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relatório e contas 2002

INDICADORES DE ACTIVIDADE

Sede: Estrada Nacional 13 - KM 6 - 4470 MAIA - Cap i ta l soc ia l : €25.000 .000 Matric. na C. R. C. da Maia sob o n.º 7.570 - Pessoa colectiva n.º 500.076.936

RELATÓRIOS E CONTAS 2002

Estrutura Conta Resultados (milhares de euros)

1998 1999 2000 2001 2002

Vendas 138.181 137.394 146.520 161.774 164.110Excedente Bruto Exploração 25.082 22.855 25.538 31.389 33.113Resultado Operacional 18.257 15.427 17.521 22.400 22.923Resultado Corrente 15.723 13.022 13.878 19.783 20.731Resultados Antes de Impostos 16.149 14.278 11.725 16.363 17.868Resultado Líquido 10.049 9.283 6.485 10.602 17.915

Cash Flow 17.776 16.711 14.503 19.591 28.105

Estrutura do Balanço (milhares de euros)

1998 1999 2000 2001 2002

Activo Fixo 45.733 49.196 53.566 63.468 61.234Activo Circulante 67.409 70.516 77.140 86.079 98.432Total Activo 113.142 119.712 130.707 149.547 159.666Capitais Próprios 37.506 27.105 28.666 39.448 52.338Passivo Remunerado 33.678 56.185 63.786 71.633 70.133Passivo n/ Remunerado (incl. Int. Min.) 41.959 36.422 38.254 38.466 37.195Passivo + Situação Líquida 113.142 119.712 130.707 149.547 159.666

Fundo Maneio 4.061 10.875 13.471 13.525 11.228

Recursos Humanos (milhares de euros)

1998 1999 2000 2001 2002

N.º de Colaboradores 1.021 1.091 1.092 1.106 1.143Produtividade (Vnd p/ colaborador) 135 126 134 146 144

Despesas c/ Pessoal 25.391 26.600 28.288 29.937 32.088

Distribuição de Dividendos (milhares de euros)

1998 1999 2000 2001 2002

Dividendos 2.993 2.993 3.117 3.500 3.800Pay-out ratio 36,7% 33,4% 32,8% 33,3% 21,2%

Dividendos p/ acção (ajustados) - euro 0,12 0,12 0,12 0,14 0,15

Proposta de Aplicação de Resultados (milhares de euros)

1998 1999 2000 2001 2002

Reserva Legal 408 448 475 526 896Distribuição aos trabalhadores 798 798 848 920 1.000Dividendos a distribuir 2.993 2.993 3.117 3.500 3.800Reservas Livres 3.959 4.714 5.055 5.578 12.219

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relatório e contas 2002

É com satisfação que apresentamos o desempenho da companhia em 2002.

De facto, num ambiente difícil, quer nos mercados internacionais, por situ-ações bem conhecidas e que referimos no relatório do Conselho deAdministração, quer nos mercados em que operamos - Portugal afectado poruma (quase) recessão e Espanha com crescimento contido, efeito da situ-ação europeia e internacional - apresentamos uma melhoria de resultados eum claro ganho de quota de mercado.

É também com grato prazer que realçamos o contributo positivo das nossasoperações em Espanha que, ao acontecer num momento menos bom daeconomia, prova a justeza do nosso modelo de negócio e da sua efectividadeno longo prazo.

Em 2002 reestruturámos também os órgãos de governo da companhia, querna componente Nacional, quer na Internacional, criando condições para umcrescimento sustentado a longo prazo.

Prosseguimos a nossa política de aquisições, complementando a gama deprodutos oferecidos aos nossos clientes em Portugal, Espanha e África, aotomar uma posição de minoria de bloqueio na empresa francesa Artilin –especialista em produtos funcionais anti-ácaros, anti-insectos, anti-bactériase anti-fungos.

Continuamos a acreditar nas nossas possibilidades de crescimento e nanecessidade de permanentemente actualizar os nossos activos, pelo queprosseguimos a nossa política de investimento, embora actuando com aprudência necessária ao momento em que vivemos.

Estamos convictos que, no ano de 2003, apesar da conjuntura difícil, con-tinuaremos a evoluir positivamente, quer em ganhos de quota de mercado,quer na melhoria da nossa performance.

João Manuel SerrenhoAdministrador-Delegado

Nota doAdministrador-Delegado

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4RELATÓRIO CONSOLIDADO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Aos nossos Accionistas,

No cumprimento das obrigações legais e designadamente do disposto no Art.º 508-A do Códigodas Sociedades Comerciais, submetemos a V. Ex.as. o relatório consolidado de gestão, o balançoconsolidado, a demonstração consolidada de resultados e o anexo ao balanço e demonstraçãoconsolidados do exercício de 2002.

Nota Prévia

O Grupo continuou a reforçar a sua linha de integração dos diferentes factores da cadeia devalor nas suas empresas, pelo que apenas a actividade consolidada reflecte de forma efectiva oseu desempenho.

INTRODUÇÃOA actividade do Grupo ao longo de 2002 foi afectada pela conjuntura económica. No entanto,as medidas correctivas implementadas atingiram plenamente os objectivos delineados, pelo quegarantimos uma liderança sustentada no mercado Ibérico, reforçando o nosso posicionamento.

Ao longo do ano, continuámos a rever os nossos processos e a reestruturar a nossa cadeia devalor, continuando o processo de implementação de um sistema ERP que, após conclusão, nosgarantirá factores de competitividade acrescida.

MEIO ENVOLVENTE

ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICOO ano 2002 iniciou-se com alguns sinais de recuperação da economia Americana, que rapida-mente não se confirmaram, surgindo novos riscos decorrentes do aumento de preço de matérias-primas, nomeadamente o petróleo. Por outro lado, os mercados financeiros já a sofrerem doapavoramento dos investidores em não obterem o retorno esperado sobre os investimentos efec-tuados, nomeadamente nos sectores tecnológicos e de comunicação, sofreram impactos adi-cionais decorrentes dos processos de más políticas de governo das sociedades, que vieram a lumeapós o caso Enron, mergulhando-os numa das maiores crises de confiança, espelhada no retro-ceder dos índices para níveis anormalmente baixos.

A zona Euro mantém-se estagnada, assente na debilidade do consumo privado e volume deinvestimento, sendo preocupante a situação da Alemanha e da Itália.

A economia Nipónica mantém-se numa espiral deflacionista cujo fim é difícil de prever.

Os efeitos colaterais das ameaças de guerra e terrorista aprofundaram os sinais de abranda-mento de actividade, espalhando-se rapidamente por todo o mundo.

PORTUGALA economia Portuguesa estagnou em 2002, tendo possivelmente entrado em recessão, pelo quevoltou a alargar-se o fosso em matéria de convergência com as economias da UE.

A evolução Internacional condicionou o desempenho do sector exportador, ao mesmo tempoque se registava um abrandamento em todas as componentes da procura interna, com especialênfase no consumo privado e contracção do investimento.

Este abrandamento está sustentado no menor rendimento disponível das famílias, decorrente daevolução moderada dos salários e quebra do nível de emprego, o que influenciou o grau de con-fiança destas para manter o consumo em patamares de anos anteriores, tanto mais que o seugrau de endividamento já é bastante elevado.

Por outro lado, foi necessário tomar medidas duras, sobretudo por via da redução do investi-mento público e procura de receitas extraordinárias, para correcção do défice das contas doEstado, o que teve impacto significativo na esfera económica.

O investimento manteve-se em quebra, essencialmente pela forte travagem da construção eretracção das empresas em avançar com novos projectos numa conjuntura económica difícil.O elevado endividamento de particulares e das empresas, bem como a diminuição de liquidezdo sistema bancário, contribuíram para potenciar esta evolução.

ESPANHAA economia Espanhola manteve um ritmo de crescimento modesto, cerca de 2% que, no entan-to, foi melhor que a média Europeia. Todos os componentes da procura interna colaborarampara esta desaceleração, com excepção do consumo público.

O consumo privado cresceu 1,7%, abaixo da evolução do rendimento das famílias, pelo queestas, atendendo aos sinais de crise, tomaram medidas para aumentar o nível de aforro.

O investimento em construção tem sido um agregado de sustentação de evolução do PIB, masregistou abrandamento ao longo do ano, sendo a componente de construção residencial a queevoluiu mais negativamente, reduzindo-se pelo segundo ano consecutivo o volume de cons-trução de novos projectos. A actividade industrial começa a despontar, melhorando a utilizaçãoda capacidade instalada.

MERCADOS

O MERCADO GLOBALO mercado de tintas tem vindo a consolidar-se essencialmente nos sectores cuja capacidade deintervenção passa por ganhar massa crítica em termos globais, de forma a responder aos efeitosde concentração que se estão a processar, quer a nível de fornecedores, quer a nível de clientes.É o caso da repintura automóvel – anticorrosão e outros subsegmentos muito específicos na áreadas tintas para indústria. Quanto ao sector de tintas decorativas começam a despontar movi-mentos, por parte dos fundos de capital de risco, a tomar posições em empresas específicas oque, atendendo à política de investimento normalmente por eles seguida, antecipa modificaçõesestruturais neste segmento.

relatório e contas 2002

A indústria de tintas na Península Ibérica denota algumas fraquezas estruturais como a falta deescala a nível internacional, a não integração de activos e custos de agência elevados. Assim,vemos como é necessário prosseguir o processo de consolidação, quer por fusões e aquisições,quer pelo estabelecimento de alianças estratégicas.

No passado temos tido uma intervenção activa e continuamos atentos e com vontade de agarraras oportunidades que surjam.

O MERCADO NATURALApesar da conjuntura económica desfavorável reforçámos durante 2002 a nossa liderança domercado Ibérico, que terá caído cerca de 3%, evidenciando o Grupo um crescimento de 1,4%,sustentado na capacidade de adaptação da sua cadeia de valor às mutações do mercado. Assim,aprofundámos a nossa focalização:

• Respondendo ou antecipando as necessidades dos clientes;• Intervindo nos segmentos de maior valor acrescentado;• Refinando o nosso modelo de negócio, garantindo criação de valor aos accionistas

e parceiros de negócio.

OS SEGMENTOS

Nota PréviaDe acordo com o Regulamento n.º 6 de 2002 da CMVM as empresas cotadas devem apresentaras contas de 2002 sujeitas ao disposto na directriz 27 que define a informação em termos de seg-mentos. O Grupo tem a sua estrutura comercial e de gestão sustentada em duas grandes áreas:tintas não-industriais e tintas para a indústria. No entanto, ao longo dos anos, temos vindo aapresentar o nosso desempenho na base agregada de famílias de produtos, independentementede quem os vende. Mantivemos este princípio no relatório de gestão, podendo a informaçãoagregada segundo a directiva ser avaliada na nota 36 do anexo às contas.

DECORATIVOSComo é reconhecido, o desempenho deste sector depende do comportamento das variáveismacro económicas, da focalização de cada empresa na segmentação do mercado, bem como dasquestões climatéricas.

Tal como em 2001, a conjuntura económica foi bastante adversa no mercado natural do Grupo,essencialmente em Portugal, dado que à quebra no investimento habitacional, fruto da forteexpansão nos últimos anos, associaram-se os efeitos das medidas de contenção do défice orça-mental que alargaram o espectro da crise de confiança dos agentes económicos.

Em Espanha, os efeitos da conjuntura económica foram também relevantes. Contudo, o merca-do da construção continuou a evidenciar algum dinamismo, essencialmente na construção nãoresidencial, em cujo mercado estamos mais débeis. No final de 2002 as duas economias Ibéricasforam assoladas pelo mau tempo, impedindo que a nossa actividade se desenrolasse normal-mente, o que prejudicou significativamente o desempenho que tínhamos vindo a evidenciar.

Em Portugal, continuámos o processo de segmentação do mercado, intervindo com marcas dis-tintas nos diferentes segmentos, alargando a base de risco do negócio, intervindo de forma maisagressiva no mercado profissional e avançando significativamente na abertura de lojas próprias,potenciando as vantagens do nosso modelo de negócio.

Esta forma de intervenção foi fundamental para contornar a forte quebra de actividade, já queestimamos que a quebra no segmento de produtos decorativos terá rondado os 7/8%, reflectin-do a paragem do sector imobiliário, essencialmente do mercado de construção nova, onde esta-mos menos expostos. Neste sector, vendemos -1,7% do que em período homólogo de 2001.

Em Espanha, crescemos 0,2% no segmento de tintas decorativas, se bem que de forma não uni-forme. Nas Canárias, reflectindo uma fase mais avançada de implementação do modelo denegócio, crescemos 3,9%, enquanto que o contributo da actividade da Barnices Valentine nestesegmento foi negativo (-0,5%). No entanto, consolidámos a componente de distribuição exclu-siva (lojas próprias e concessionadas) que cresceu a um ritmo bastante razoável (+22,6%), man-tendo-se em perca o sector de distribuição multimarca.

REPINTURA AUTOMÓVELO aprofundamento da segmentação deste sector permitiu um desempenho positivo, reflectidono crescimento de 4,3%.

Como referimos anteriormente, neste segmento o processo de consolidação está quase termi-nado, sendo a intervenção do Grupo feita na componente comercial, representando dois dosgrupos que detém massa critica a nível global.

Deste modo, o Grupo tem contornado esta evolução apostando na consolidação da relação coma sua carteira de clientes e na optimização da estrutura de custos do departamento, bem comointervindo de forma directa em nichos de mercado.

INDÚSTRIAO aprofundamento da crise económica pressionou a performance deste segmento que, no mer-cado interno, estagnou.

No entanto, a decisão estratégica tomada em 2001, de intervenção em novos mercados, desdeque disponhamos dos instrumentos que nos garantam uma vantagem competitiva sustentada,permitiu ao segmento de tintas em pó encontrar mercados alternativos ao abrandamento deactividade em Portugal.

Deste modo, crescemos 15,6% num sector que terá sofrido quebras significativas: a título deexemplo, o mercado de lacagem de alumínio para fachadas, onde temos uma forte exposição,terá quebrado 25%.

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5A EXCELÊNCIA DOS RECURSOS

O nosso sucesso depende da qualidade e performance dos nossos colaboradores. Por isso, éessencial potenciar o talento e a criatividade que cada um transporta para o Grupo.Acreditamos que a performance organizacional é uma consequência da capacidade dos colabo-radores entenderem o negócio, do seu alinhamento com os interesses do Grupo e do conheci-mento que detêm e disseminam no interior da organização.A gestão deste talento é uma prioridade, de forma a atrairmos e retermos os colaboradores comas características necessárias para responder às necessidades actuais e futuras, antecipandomovimentos de carreiras e planos de desenvolvimento futuro.A excelência da performance está enraizada na cultura CIN, sendo reconhecida pela generali-dade dos colaboradores. O objectivo é servir o cliente interno e externo de uma forma eficiente.De acordo com este objectivo, a política de remunerações tem em conta a avaliação do contri-buto de cada um e da equipa para o resultado global. Relativamente aos quadros principais, aempresa tem definido, desde há alguns anos, um programa de atribuição de opções de comprade acções, de forma a alinhar os seus interesses com o crescimento de valor do Grupo.

INTEGRAÇÃOO Grupo CIN é gerido segundo um modelo de negócio integrado, com um conjunto de unidadesde negócio geridas autonomamente, partilhando uma cultura comum.Esta visão consubstancia-se na existência de centros corporativos que têm como missão coor-denar a actividade das unidades estratégicas de negócio e maximizar, de forma sustentada, a cri-ação de valor.Assim a CIN - Corporação Industrial do Norte, SA e a CIN Internacional BV funcionam comoinstrumentos que garantem que as unidades nacionais e internacionais respectivamente operamde forma coerente dentro de um quadro comum de princípios e valores. Nesse sentido, os donos do processo mantêm-se ao nível local, mas os factores estratégicos sãodefinidos centralmente no quadro de três funções essenciais:• Controle e gestão do risco

Concentrando experiência e conhecimento permite-nos garantir de forma integrada a estru-tura equilibrada entre riscos e benefícios ao mesmo tempo que se definem normas de repor-ting e parâmetros de performance uniformes e adequados ao estádio de desenvolvimento decada unidade de negócio.

• Coordenar a cadeia de valorPotenciando as sinergias de forma a assegurar a maximização da utilização dos recursos.

• Identificação de oportunidades de desenvolvimentoProduzindo novas fontes de vantagem competitiva seja em termos organizacionais seja em ter-mos de mercado.

VISÃO FINANCEIRAMELHORIA DA PERFORMANCE

O aprofundamento dos sinais de crise económica nas duas economias Ibéricas, patente nosníveis historicamente baixos dos diferentes indicadores de consumo privado, investimento e con-fiança, teve influência decisiva no comportamento do Grupo no ano 2002.No entanto, as medidas correctivas que fomos tomando permitiram uma evolução positiva,espelhada na consolidação da performance.Foi neste enquadramento que o volume de negócios cresceu 1,4%, cifrando-se em 164,1 milhõesde Euros, num mercado global que terá evidenciado uma quebra de 3%, pelo que reforçámossolidamente a nossa quota de mercado.Num quadro de crise enriquecemos o mix de produtos vendidos, de forma a contornar parcial-mente a evolução do mercado o que, aliado ao comportamento do preço das principais matérias-primas, permitiu melhorarmos significativamente a margem bruta que, de 54,4% em 2001 pas-sou para 56%.Reflectindo a pressão inflacionista, assim como pelo facto de termos uma estrutura que, em situ-ações normais, garante um volume de actividade manifestamente superior, os custos opera-cionais evoluíram acima do crescimento das vendas (+3,5%).

No entanto, o resultado de exploração (EBITDA) obtido em 2002 de M€ 33,1 reflecte umcrescimento de 5,5%, relativamente ao verificado no ano anterior.Atendendo à perspectiva sombria de evolução da conjuntura económica, aprofundamos o graude conservadorismo de cobertura do risco de actividade. Por outro lado, o forte investimento emsistemas de informação, bem como a manutenção do nosso plano de investimentos determinouum aumento do nível de amortizações.Deste modo, o resultado operacional ficou pressionado, espelhando um crescimento de 2,3%,cifrando-se em 22,9 milhões de Euros.A evolução positiva das componentes financeira e extraordinária induziu um crescimento de9,2% dos resultados antes de impostos.Decorrente da reestruturação do Grupo, do registo da componente de impostos diferidos e dautilização dos créditos fiscais em Espanha, o resultado líquido de M€ 17,9 é superior em 69%ao de 2001.

MEIOS LIBERTOS EM LINHA COM O ESPERADOO cash flow após interesses minoritários evoluiu muito favoravelmente, cifrando-se em M€ 28,1,ou seja, 43,4% superior ao conseguido durante o ano 2001, que se cifrou em M€ 19,59. Os meioslibertos da actividade operacional foram de M€ 13,4 contra M€ 16 no ano 2001, relevando umaquebra sustentada no maior volume de pagamento de imposto em 2002 (IRC e IVA). Durante2002 e 2001, os meios utilizados na actividade foram M€ 7,1 e M€ 12,4, respectivamente, o quepermitiu colmatar o desequilíbrio verificado na componente operacional e dispor de fundospara cobrir a actividade financeira, nomeadamente, pagamento de juros e dividendos.

CONSOLIDAÇÃO DO NÍVEL DE AUTONOMIA FINANCEIRAOs capitais próprios foram reforçados, decorrente da boa performance relevada, pelo que con-solidou-se o nível de solvabilidade do Grupo.

ANTICORROSÃOEste segmento foi também muito afectado pela conjuntura económica, se bem que comevolução diferenciada nos dois países Ibéricos.Em Portugal quebramos 4,3%. Os grandes projectos estão parados, dado a quebra da compo-nente de investimento. Em Espanha, o investimento público mantém-se com níveis interessantese a actividade industrial começa a dar sinais de recuperação, pelo que crescemos com significa-do (+6,4%).Este segmento tem sido o exemplo do ritmo de integração da economia Ibérica, sendo cada vezmais comum os aplicadores de um país terem obras no outro país, se bem que sejam empresasEspanholas a liderar este processo. Deste modo, tornar-se-á cada vez mais difícil avaliar, em ter-mos locais, a performance.Em termos consolidados crescemos 2,5%.

ACESSÓRIOSA evolução desta componente cifrou-se em 2,9%, reflectindo o início do processo de substitui-ção/colocação do novo sistema operativo das máquinas de afinação de cor, bem como o reforçode abertura de lojas, quer em Portugal, quer em Espanha.

LIDERANÇA EM MOVIMENTO Enquanto organização combinamos uma estrutura financeira sólida com uma cultura baseadano inconformismo e na mudança, se bem que valorizando relações de sólida parceria seja comclientes, colaboradores, fornecedores, investidores e organizações sociais.Por isso, toda a nossa linha de pensamento e acção está estruturada em torno de um eixo funda-mental: criar novos relacionamentos que permitam consolidar as posições já atingidas e conquis-tar novas oportunidades, sustentados num conjunto de factores tangíveis e intangíveis quereforçam a nossa performance no mercado que perspectivamos num conceito de mercado natural.Nesse sentido, definimos alguns elementos que sustentam a forma como estruturamos o nossomodelo de negócio:

• Marca e cultura• Inovação e conhecimento• Excelência dos recursos• Integração• Criação de valor• Evolução

Desta forma, temos conseguido optimizar o que fazemos, perspectivar no longo prazo as car-reiras dos que aceitam o desafio de colaborar connosco, potenciar o bem comum e criar valorpara a sociedade.

A MARCA E CULTURAA marca é mais do que um conjunto de produtos e serviços. Ela representa o que a empresa é,os seus valores, aquilo que faz e o espírito dessa actuação e o que transmite para o mercado.Os consumidores confrontados com uma proliferação e diversidade de produtos compram cadavez mais atitudes, centrando a sua escolha nos princípios e valores que transmitimos.É precisamente aí que reside a força do conceito corporativo que o Grupo CIN projecta no mer-cado, associando a imagem de inovação e de domínio tecnológico das suas diferentes unidadesde negócio a outros factores intangíveis – como a construção de uma cultura empresarial comumnum Grupo de natureza transnacional que absorveu as melhores influências das diferentesactividades que foi integrando.Desta forma, é possível manter a diversidade cultural e promover ao longo das diferentesunidades de negócio valores comuns como sejam:• Posicionamento ético

Regemo-nos por regras que impedem factores discriminatórios na forma como gerimos anossa actividade bem como violem a ética.

• Consistência de valoresO grupo representa um conjunto de valores dos quais toda a organização sente orgulho.

• Tratamento justo dos conflitosTransparência na comunicação e informação e o relacionamento com os nossos parceiros éigualmente valorizado.

• Abertura intelectualApoiamos o surgimento de novas ideias, procuramos que o nosso comportamento seja coeren-te com a comunicação que desenvolvemos; não impomos ideias antes influenciamos e con-duzimos comportamentos, permitindo que os nossos colaboradores sintam capacidade empre-sarial.

Deste modo, a marca simboliza cada vez mais estes valores comuns independentemente do posi-cionamento no mercado, realçando os factores associados ao êxito do grupo, que por estaremtão enraízados internamente e reconhecidos externamente, projectam-se para além da marca,sendo os pilares de um conceito corporativo que sustenta a realização da missão do grupo.

INOVAÇÃO E CONHECIMENTOO conhecimento é um factor distintivo relativamente aos nossos concorrentes e está sustentadona experiência e dedicação dos nossos colaboradores, nos sistemas que construímos e nosserviços e produtos que oferecemos.O nosso sucesso é determinado pela criação de redes que ligam o grupo a centros de excelência,permitindo-nos integrar a informação tecnológica; criar produtos inovadores com êxito comer-cial; gerir o conhecimento; formar parcerias estratégicas e optimizar processos.A estratégia de optimizar e prioritizar a nossa carteira de produtos melhora a capacidade desucesso do grupo, ao aproveitar o momentum para lançar produtos inovadores. É exemplo clarodeste desiderato o forte empenho em lançar linhas de produtos com baixo teor em COV’s(Componentes Orgânicos Voláteis), bem como o lançamento do novo sistema de máquinas deafinação cor 3G, antecipando tendências e impondo o grupo como influenciador do mercado. Aproveitando o conhecimento e capacidade de distribuição temos vindo a potenciar parceriasestratégicas que nos garantem a entrada em nichos de mercado. Nesse sentido, em 2002 tomá-mos uma participação estratégica no capital social da empresa Artilin, líder no segmento de tin-tas funcionais.

relatório e contas 2002

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O GOVERNO DA SOCIEDADE

A sociedade está atenta à forma como a gestão exerce o seu poder nas empresas e à forma comoas supervisiona. Os escândalos de abuso de poder e o ênfase em dar garantias aos minoritáriosestá na ordem do dia.O Grupo tem vindo a adoptar as regras de governo da sociedade que privilegiam aqueles princí-pios.

I) DIVULGAÇÃO DA INFORMAÇÃO1) MAPA RELATIVO À ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DAS SOCIEDADES

A gestão diária é responsabilidade do Administrador-Delegado que acumula com o cargo deVice-Presidente da Companhia, o qual define as regras e procedimentos para pôr em prática aestratégia e políticas estabelecidas pelo Conselho de Administração.O Grupo desenvolveu uma estrutura de gestão flexível, dotada de poucos níveis hierárquicos,assente num Grupo de Directores Seniores que assessora o Administrador-Delegado, sendocada um deles responsável por uma actividade específica, com a responsabilidade principal deimplementar na sua área as políticas definidas e providenciar a informação necessária para queo Conselho esteja em condições de decidir sobre os pontos estratégicos.Este grupo é constituído pelo Administrador-Delegado e pelas seguintes direcções operativas:

• Direcção Administrativa• Direcção Financeira• Direcção de Operações• Direcção Técnica• Direcção Comercial• Direcção de Marketing• Direcção de Exportação

e reúne mensalmente para rever os factos mais relevantes da actividade do mês, definir planosde implementação das políticas emanadas pela Administração e tomar decisões correctivas parapossíveis desvios.Para além das competências estatutárias e legais, o Conselho de Administração é responsávelpela direcção estratégica do Grupo, seu desenvolvimento e controlo, sendo a aprovação dosorçamentos anuais e plano estratégico, a monitorização da performance financeira e opera-cional, bem como a definição da política de remunerações e contratações, actividades reservadasao Conselho.É igualmente da sua responsabilidade a implementação e gestão de um sistema de controlo dosriscos.A política de remunerações está baseada no princípio de assegurar a capacidade em atrair emanter colaboradores de elevado potencial.O Conselho define a base desta política, instruindo o departamento de Recursos Humanossobre a sua aplicação.A estrutura para quadros superiores e direcção assenta em 3 pilares:a) O salário base competitivob) Um incentivo anual baseado num esquema de avaliação assente em objectivos definidos para

atingir individualmente e em Grupo.c) Incentivos de longo prazo sustentados num programa de atribuição de opções de compra de

acções.

2) DESCRIÇÃO DA EVOLUÇÃO DA COTAÇÃOEm 2002 aprofundaram-se os sinais de crise das bolsas internacionais, reflectindo o pessimismoquanto à evolução da economia mundial. Após o terramoto verificado na cotação das empresastecnológicas e de comunicação, surge o caso Enron e avolumam-se os casos de deficiente gover-no das sociedades que ampliam um sentimento de desconfiança dos investidores para níveisalarmantemente elevados.A bolsa de Lisboa voltou a reflectir um comportamento negativo, tendo o índice PSI 20 caído25,6%.O comportamento da CIN voltou a ser excelente; assim, a cotação de 6,10 Euro em 31Dezembro reflecte um crescimento de 18,5%.A nossa performance resulta de alguns factos. Num mercado em quebra os investidores, ouprocuram liquidez, ou acções de refúgio. A CIN, apesar da conjuntura económica difícil, foianunciando ao mercado uma performance bastante positiva, pelo que o interesse dos investi-dores em comprar acções CIN manteve-se. Por outro lado, o mercado de tintas ainda tem umaampla capacidade de consolidação pelo que, sempre que surgem movimentos nesse sentido, aCIN é vista como sendo uma componente a ter uma intervenção nesse processo. Durante o anodesencadearam-se algumas operações de tomada de posição por parte de fundos de capitais derisco em empresas internacionais que poderão prenunciar algum rearranjo do mercado peloque, nomeadamente no final do ano, beneficiámos deste processo, tendo-se verificado um ele-vado número de transacções que consolidaram a evolução positiva da cotação.

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relatório e contas 2002

MANUTENÇÃO DA RENTABILIDADE EM NÍVEIS ELEVADOS A rentabilidade operacional das vendas cresceu marginalmente em 2002, passando de 13,8%para 14% espelhando a evolução positiva ao nível da margem bruta e a pressão de incrementona componente dos custos operacionais. A rentabilidade média dos activos de 11,6% espelhatambém uma excelente evolução relativamente ao ano 2001.

INVESTIMENTOSO Grupo investiu em activos fixos MEuros 9,1.

Concentrando-se em Portugal M€ 6,4, em Espanha M€ 2,2 e na Holanda K€ 500.O projecto que envolveu maiores recursos financeiros foi o reforço da capacidade produtiva daunidade de fabrico de tintas em pó, onde se investiram M€ 1,3. Continuou a melhorar-se o nívelde automatização das fábricas, investindo-se em Portugal K€ 840 e M€ 1,1 em Espanha.A implementação do projecto ERP, visando criar uma nova plataforma do sistema de infor-mação que se coadune com uma nova abordagem do nosso modelo de negócio sustentado nahorizontalidade dos processos, de forma a melhorar a nossa cadeia de valor, é responsável porinvestimentos de K€ 854.

Na abertura e remodelação de lojas investimos M€ 2,1 em Portugal, centrados na abertura de 7lojas e remodelação e manutenção de 11, e K€ 750 em Espanha, essencialmente no apoio deinstalação de máquinas de afinação de cor e lojas próprias e concessionadas.No âmbito de implementação do conceito do mercado natural tomámos uma participaçãoestratégica de 33,6% na sociedade Artilin, SA, que detém uma posição de bastante relevo nonicho de mercado de tintas funcionais.

CRIAÇÃO DE VALORApesar da conjuntura económica depressiva o nível de performance do grupo consolidou-se, de-monstrando que estamos a começar a receber o retorno do nosso investimento no crescimento.É nossa convicção que a criação de valor numa óptica de longo prazo é o meio mais consistentede garantir o sucesso empresarial, pelo que avaliamos a nossa estratégia de aquisições e investi-mentos na base do seu impacto na libertação de valor de forma sustentada.Factores que escapam ao nosso controle, como o aprofundamento da crise dos mercados de ca-pitais, têm retirado actualidade ao processo de consolidação no mercado de tintas, se bem queconsideremos esta situação transitória. De facto, o interesse crescente de fundos de capital derisco em intervir nos últimos movimentos verificados na indústria, indicia, atendendo aos princí-pios que norteiam a actividade de tais entidades, um processo de consolidação significativo.Aliás, a própria CIN tem na sua estrutura accionista fundos dessa natureza que têm vindo areforçar a sua participação.Suspenso temporariamente o factor de crescimento exógeno, temos sustentado a evolução danossa actividade no crescimento orgânico.Durante o ano 2002 crescemos 1,4% em vendas num mercado que terá evoluído negativamentena ordem dos 3%, relevando a conquista e reforço de quota.A cotação de uma acção é um indicador importante da criação de valor, já que reflecte a avaliaçãodos investidores da performance corrente e mede o grau de confiança que depositam na equipa degestão da empresa em implementar a estratégia delineada. Neste quadro, a performance da CINfoi excepcional, evidenciando um incremento da cotação de 18,5%, em contra-ciclo com o desem-penho da Bolsa Portuguesa que espelha uma quebra acentuada do PSI 20 (-25,6%).Por outro lado o sucesso de longo prazo de uma empresa está sustentado na sua capacidade deremunerar os detentores do seu capital a uma taxa mais elevada que o custo do capital ajustadopelo risco.Nesta perspectiva a remuneração subjacente do título CIN, desde a sua entrada em bolsa, é de18,9% em contraponto para uma evolução do índice PSI Geral em igual período de 5,5%,reflectindo a justeza da estratégia definida e capacidade de implementação.

MERCADO MONETÁRIODurante o ano de 2002 as taxas de juro mantiveram a tendência de redução, ao mesmo tempoque se consolidaram as dificuldades de liquidez da banca portuguesa. Por outro lado, o elevadonúmero de escândalos financeiros internacionais, bem como a evolução das bolsas determi-naram um aumento do prémio de risco pedido pelos investidores em operações creditícias.Neste quadro, o Grupo deu relevo à componente liquidez na montagem das operações, uti-lizando linhas de curto prazo. No 4º trimestre iniciámos um processo de avaliação de refinan-ciamento da dívida no sentido de aumentar a sua maturidade.O custo do endividamento em 31 Dezembro de 2002 era de 3,6%, reflectindo uma margem de66 pontos base contra a Euribor a 3 meses.

Unidades de NegócioAdministração-Delegada

Administração

Direcção

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relatório e contas 2002

4.5) Transmissão dos Títulos

No prazo de 90 dias a contar da recepção da comunicação de exercício da Opção, as acções porela abrangidas serão transmitidas ao Beneficiário contra o pagamento integral do seu preço.

4.6) Aumento de Capital

Em caso de aumento do capital social da CIN que venha a ocorrer entre a atribuição das opçõese a data do seu exercício, cada beneficiário terá direito a um número adicional de acções igualàs que lhe caberiam por via do exercício dos direitos de incorporação e subscrição se tivesse,desde a data dessa atribuição, a qualidade de accionista titular de um número igual ao númerode acções objecto das Opções que lhe foram atribuídas.

4.7) Caducidade

4.7.1) Morte do Beneficiário

No caso de morte do beneficiário, as Opções por ele detidas e que estejam vencidas ou sevençam nos doze meses posteriores ao óbito, poderão ser exercidas pelos seus herdeiros noprazo máximo de dezoito meses a contar do óbito.

4.7.2) Cessação do vínculo laboral ou do mandato de administrador

Sem prejuízo de acordo em contrário então celebrado por escrito entre o beneficiário e o órgãocompetente, caducarão automaticamente todas as Opções de qualquer beneficiário que venha acessar a sua relação de trabalho ou mandato de Administrador com a CIN ou empresa que inte-gre o Grupo CIN, seja qual for a causa dessa cessação, com excepção da morte ou da aposen-tação do Beneficiário.

4.7.3) As Opções não exercidas no prazo estabelecido no número anterior e as que apenas sevençam após o prazo aí fixado caducam, ainda que os prazos fixados para o seu exercício nomomento da concessão fossem superiores.

4.8) Revogação ou alteração das Opções

Salvo diferente regulamentação estabelecida na respectiva deliberação, se a Assembleia Geralda CIN alterar o presente Regulamento e suspender ou fizer cessar o regime de Opções estabe-lecido, as Opções nesse momento atribuídas serão obrigatoriamente executadas e o seu venci-mento será antecipado pelo Órgão Competente, na medida em que tais execução e antecipaçãosejam possíveis face à deliberação tomada.

Assim, neste momento, estão atribuídas um total de 1.434 357 acções, cujos prazos de exercícioestão assim distribuídos:

Ano N.º de Acções Preço de exercício Data de Data limiteda opção vencimento de exercício

1997 143.215 €5,24 30-04-2000 30-04-2005

1998 194.639 €6,28 30-04-2001 30-04-2006

1999 282.500 €4,97 30-04-2002 30-04-2007

2000 9.000 €5,53 30-04-2003 30-04-2008

2001 385.000 €3,00 30-04-2004 30-04-2009

2002 420.000 €5,00 30-04-2005 30-04-2010

No ano 2002 não houve qualquer exercício de opções.

5) UTILIZAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

A CIN tem vindo progressivamente a utilizar as novas tecnologias na difusão da informação,tendo reservado no seu site institucional www.cin.pt um link de apoio aos investidores que, apósum conjunto de vicissitudes várias julgamos ter completo muito brevemente. Nesta fase permitesolicitar relatórios e contas, obter informação sobre factos relevantes comunicados ao mercadoe informação trimestral, bem como aceder às propostas a discutir em Assembleia Geral.

No referido site é possível aceder a um conjunto de informação institucional como seja a mis-são, estratégia e visão do grupo - a configuração dos principais negócios em que intervimos e alocalização dos principais estabelecimentos.

6) SERVIÇO DE APOIO AOS INVESTIDORES

O Administrador-Delegado e o Representante para o Mercado de Capitais mantiveram aolongo do ano encontros com analistas, accionistas e investidores de forma a discutir a estratégiada companhia e a sua performance financeira. Adicionalmente, relatórios formais foram elabo-rados, prestando informação sobre a evolução da actividade, de forma a garantir um fluxo objec-tivo, claro e completo de informação a toda a comunidade financeira.

Se bem que não tenha de uma forma abrangente um serviço de apoio ao investidor, o Grupoalocou, desde sempre, recursos que permitem prestar uma informação objectiva relacionadacom a sua actividade, nomeadamente com a divulgação de factos relevantes, informação trimes-tral e anual e prestação de esclarecimentos, solicitada por investidores e público em geral.

Os contactos podem ser efectuados pelas seguintes vias:

CIN - Corporação Industrial do Norte, SA

Serviço de Apoio ao Investidor:

Sandra Valentim

Apartado 1008

4471-909 Maia

Tel.: 22 9405325

Fax: 22 9419585

Representante para as relações com o mercado

Dr. Fernando Jorge de Almeida Ferreira

A evolução do mercado de capitais ao longo de 2002 demonstrou o que tínhamos perspectivadoem 2001, ou seja, os investidores continuam a exigir um elevado prémio de risco, o retorno dosinvestimentos no mercado de capitais mantém-se em níveis baixos. Não vemos no imediatoalteração deste quadro, o que pode penalizar a evolução do estado de desenvolvimento doGrupo, dado que será difícil nesta situação podermos contar com o mercado de capitais enquan-to factor integrador do processo de consolidação no mercado de tintas.

3) DESCRIÇÃO DA POLÍTICA DE DISTRBUIÇÃO DE DIVIDENDOS

Temos mantido uma política consistente de distribuição de dividendos, consubstanciada na dis-tribuição de 30 a 40% do resultado líquido recorrente. Nesse contexto, iremos propor àAssembleia Geral a distribuição de um dividendo de 3,8 milhões de Euros, ou seja, um dividen-do bruto de 15,2 cêntimos por acção, o que, em termos líquidos, se expressa em 12,16 cêntimos,representando um pay-out de 21,2% sobre o resultado líquido, sensivelmente abaixo do patamaratrás referenciado dado o carácter excepcional da performance relevada em 2002 e a necessi-dade de reter meios para fazer face aos projectos de investimento que temos em desenvolvi-mento.

4) DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PLANO DE ATRIBUIÇÃO DEOPÇÕES DE AQUISIÇÃO DE ACÇÕES

No âmbito de alinhar os interesses dos quadros chave do Grupo com a vontade do grupo con-solidar a excelência da sua performance encontra-se em vigor, desde 1997, um programa deatribuição de opções de compra de acções que tem as seguintes características:

4.1) Beneficiários

Membro do Conselho de Administração da CIN ou de empresa que integre o Grupo CIN e pes-soas vinculadas por contrato de trabalho a qualquer dessas empresas, com um nível hierárquiconão inferior a Director ou equivalente.

4.2) Formas de atribuição

As Opções serão sempre concedidas individualmente, em função da avaliação discricionáriapelo Órgão Competente do mérito de cada possível Beneficiário e do interesse de que para aEmpresa se revista a sua concessão, não dando o exercício de qualquer cargo, por si só, direitoà concessão de Opções e tendo as Opções concedidas carácter pessoal e intransmissível por actointervivos.

4.2.1 – Os órgãos competentes para atribuição das Opções são:

• A Comissão de Remunerações da CIN para as Opções concedidas aos membros do seuConselho de Administração

• Conselho de Administração da CIN para Opções as concedidas aos demais Beneficiários.

4.2.2. – Limites à concessão de opções

As Opções concedidas em cada ano não podem exceder 2% do capital social da CIN subscritoà data de deliberação de concessão.

As Opções em vigor não poderão representar, em caso algum, no seu conjunto, mais de 10% docapital social da CIN.

4.3) Condições da opção

4.3.1 – Deliberações da Assembleia Geral

A concessão de Opções depende da existência de deliberação da Assembleia Geral da CIN,autorizando a compra e venda de acções próprias, deliberação cujos termos o ÓrgãoCompetente tem de respeitar.

4.3.2 – Fixação do Regime e Condições das Opções

No prazo de 60 dias contados da deliberação da Assembleia Geral que aprovar as contas doexercício, cada Órgão Competente atribuirá as Opções aos Beneficiários, com respeito peloslimites estabelecidos no ponto 4.2.2, fixando o preço, o vencimento, o período de exercício e oprazo de cada Opção que conceda.

4.3.3 – Condições Limite das Opções

O vencimento da Opção será fixado dentro do período compreendido entre um e três anos con-tados da sua concessão.

A caducidade da Opção será fixada dentro do período compreendido entre um e cinco anos con-tados do seu vencimento.

O preço da Opção não pode ser nem superior nem inferior, em mais de 20%, à maior e à menorcotação de fecho das acções da CIN na Bolsa de Valores nos últimos doze meses anteriores àsua fixação pelo Órgão Competente.

4.4) Comunicação e Exercício da Opção

A concessão de cada Opção deverá ser comunicada pelo Órgão competente ao Beneficiário den-tro dos trinta dias posteriores à respectiva deliberação.

A Opção será exercida através de comunicação dirigida pelo Beneficiário ao Órgão Competenteaté 90 dias antes do termo do Período de Exercício, devendo essa comunicação conter, obriga-toriamente, a aceitação expressa dos termos do Regulamento e da convenção arbitral dele con-stante.

As opções podem ser acumuladas e exercidas em conjunto.Cada Opção pode ser exercida parcialmente, mas o seu exercício parcial implica a caducidadeda parte restante dessa Opção.

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relatório e contas 2002

II - EXERCÍCIO DE DIREITOS DE VOTOS E REPRESENTAÇÃO DOS ACCIONISTASDesde sempre tem sido política do Conselho de Administração incentivar a participação dosaccionistas nas Assembleias Gerais.Deste modo encontra-se já estatutariamente protegido o direito de voto e o direito de repre-sentação dos senhores accionistas em Assembleia Geral, conforme avisos constantes do texto daConvocatória da Assembleia Geral. Assim, a Assembleia Geral é constituída pelos accionistascom direito a, pelo menos, um voto, sendo que a cada grupo de 100 acções corresponde um voto,sem limite máximo, fazendo-se o arredondamento por defeito, estando convocada para o dia 22de Abril de 2003.O direito de voto por correspondência foi também já assegurado e integrado no aviso convo-catório da Assembleia Geral, de acordo com legislação em vigor, prevendo-se a sua eventualinclusão nos estatutos em próxima revisão do Pacto Social. A consideração dos votos por corres-pondência fica dependente da sua recepção na sede social até cinco dias úteis antes da datadesignada para a Assembleia Geral Anual.Concomitantemente, a CIN disponibilizou no seu site www.cin.pt um modelo de voto por cor-respondência, não lhe tendo sido possível garantir, de forma segura, o exercício de voto pormétodos electrónicos.

III - REGRAS SOCIETÁRIAS1) CONFLITO DE INTERESSES, SIGILO PROFISSIONAL E INCOMPATIBILIDADESPor força do disposto no Código das Sociedades Comerciais e no Código dos ValoresMobiliários, os membros do Conselho de Administração são já objecto de especiais deveres paraobviar a situações de conflito de interesses e a obrigações de confidencialidade e diligência naconduta da gestão da sociedade. Neste sentido entende-se que é ao próprio Conselho deAdministração que cabe promover, entre os seus quadros e colaboradores, a divulgação destasnormas e práticas de conduta, tendo em vista a sua perfeita consciencialização. Será ainda daresponsabilidade deste órgão a implementação de mecanismos de controlo do cumprimento dasmesmas.Assim, os quadros de topo são especialmente instruídos para, em relação a todos os níveishierárquicos, estarem atentos a eventuais situações de conflito de interesses, sendo estas poste-riormente analisadas e tratadas pelos órgãos com máxima responsabilidade na gestão dasociedade.No que se refere ao sigilo profissional, e sempre que se trate de informação privilegiada, é práti-ca da empresa a chamada de atenção, pelo superior hierárquico, para a natureza confidencial dainformação e, consequentemente, para o dever de não divulgar nem utilizar a mesma.A sociedade não tem definido, de um modo formal, um código de conduta para o seguimentodestas matérias. No entanto, tal não tem sido impeditivo para internamente se valorarem e con-trolarem estes aspectos.

2) CONTROLO DO RISCOÉ responsabilidade do Conselho de Administração a implementação e gestão de um sistema decontrolo dos riscos. Alguns elementos base sustentam esse sistema:• As prioridades básicas são divulgadas de forma ampla no interior da organização.• O Grupo tem uma missão e visão claras.• A estrutura organizativa está estabelecida com linhas de reporte detalhadas, bem como

definidos níveis de autoridade apropriados.• Um conjunto vasto de políticas corporativas estabelece princípios orientadores quanto a com-

portamento ético, reporte financeiro, avaliação de investimentos, segurança, ambiente esaúde.

• Os gestores das unidades de negócio operam de forma independente, elaborando relatóriosmensais que são avaliados pelos gestores corporativos.

Um aspecto crucial na gestão do risco é o processo de planeamento. O Conselho, suportado porassessores externos e quadros chave, examina e avalia periodicamente os riscos e oportunidadesque influenciam a actividade.Sustentadas nesta avaliação são tomadas acções que permitem potenciar as oportunidadesdetectadas e evitar os eventuais riscos.

3) LIMITES AOS DIREITOS DE VOTO, DE DIREITOS ESPECIAIS, ACORDOSPARASSOCIAIS.

Não existem limites estatutários ao exercício do direito de voto, nem accionistas com direitosespeciais.A sociedade não tem conhecimento da existência de acordos parassociais.

IV- ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO1) Composição do Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração é actualmente composto por dois representantes do accionista dereferência e por um administrador independente.

ANTÓNIO LUÍS MARTINS SERRENHO (ENG.)PRESIDENTE- EXECUTIVO Exerce ainda os cargos de:Presidente do Conselho de Administração das sociedades• SF - Sociedade de Controlo, S.A. (SGPS)• Tintas CIN de Angola, SARL• Nitin - Nova Indústria de Tintas, S.A.

Gerente das sociedades:• Nortrading - Comércio Internacional, Lda. • Tintas CIN - Madeira, Soc. Unipessoal, Lda.• Lacose-Sotinco – Tintas e Vernizes, Soc. Unipessoal, Lda.

Administrador das sociedades:• CIN International BV• EMBOPAR - Embalagens de Portugal, S.A.

Presidente da Direcção:• Associação Portuguesa dos Fabricantes de Tintas e Vernizes

Presidente Mesa da Assembleia Geral:• GALVAMETA - Galvanização e Metalurgia, S.A.

Membro do Conselho Consultivo• ELO – Associação Portuguesa o Desenvolvimento Económico e a Cooperação• BPP – Banco Privado Português

Vogal da Comissão de Remunerações• BPP – Banco Privado Português

Membro do Conselho Superior Associativo• AEP – Associação Empresarial de Portugal

JOÃO MANUEL FIALHO MARTINS SERRENHO (ENG.)

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVOADMINISTRADOR-DELEGADOExerce ainda os cargos de:

Presidente do Conselho de Administração• Barnices Valentine, S.A.• GALVAMETA – Galvanização e Metalurgia, S.A.• Pinturas CIN Canárias, SA• Tintas CIN Moçambique, SARL

Gerente das Sociedades• Nortrading - Comércio Internacional, Lda.• Tintas CIN (Açores), Soc. Unipessoal, Lda.• Lacose-Sotinco - Tintas e Vernizes, Soc. Unipessoal, Lda

Vice-Presidente do Conselho de Administração• NITIN – Nova Industria de Tintas, S.A.• SF - Sociedade de Controlo, S.A. (Sociedade Gestora de Participações Sociais)

Administrador• CIN Internacional, BV

Membro do Conselho Geral• AEP – Associação Empresarial de Portugal

Vogal do Conselho de Administração• Gervide - Promoção Imobilária, S.A.

Secretário da Assembleia Geral• Monsegur, Montagens e Segurança, S.A.

ÂNGELO BARBEDO CÉSAR MACHADO (DR.)

VOGAL - NÃO EXECUTIVO

Exerce ainda os cargos de:

Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes Sociedades• Aníbal H. Abrantes - Indústria de Moldes e Plásticos, S.A.• Iberomoldes, S.A• Setsa - Sociedade de Engenharia e Transformação, S.A.

Membro do Conselho Fiscal• Banco B.P.I., S.A.

Administrador Delegado• Segafredo Zanetti S.A. (Holding - Suíça)• Segafredo Zanetti S.p.A. (Itália)• Segafredo Zanetti (Portugal) Comercialização e Distribuição de Café, S.A.• Segafredo Zanetti España S.A.• Segafredo Zanetti Belguim S.A./N.V.• Segafredo Zanetti France, S.A.• Tiktak B.V. (Holanda)

O Conselho reúne obrigatoriamente uma vez cada dois meses e extraordinariamente sempreque necessário, sendo as decisões tomadas por maioria simples.Todos os membros são assessorados pelo secretário que lhes presta aconselhamento e serviços,essencialmente sobre os procedimentos adequados relativamente às reuniões e deveres do con-selho e implementação e cumprimento das regras do governo da sociedade.O secretário é responsável pela elaboração da agenda das reuniões, competindo-lhe secretari-ar as reuniões, lavrar as respectivas actas e assiná-las conjuntamente com os Srs.Administradores.

2) COMISSÃO EXECUTIVA

Não existe comissão executiva

3) CONTROLO SOCIETÁRIO

Não existindo a figura de comissão executiva, o controle é exercido directamente pelo Conselhode Administração que reúne obrigatoriamente uma vez cada dois meses e extraordinariamentesempre que necessário, sendo as decisões tomadas por maioria simples.

4) COMISSÃO DO CONTROLO INTERNO

Não existe criada qualquer comissão com estas atribuições. A estrutura organizativa tem supor-tado de forma efectiva estas funções.

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relatório e contas 2002

5) RELAÇÃO ENTRE A REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO E A EVO-LUÇÃO DE RESULTADOS E A EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO DAS ACÇÕES SOCIEDADE

A remuneração do Conselho contém uma componente variável cuja evolução depende da per-formance da companhia. No exercício de 2001, foram atribuídos ao Vice-Presidente e ao Vogalopções de compra de acções, estando o seu exercício dependente da evolução da cotação.

6) REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOA remuneração do Conselho assenta em 3 pilares:a) Uma remuneração fixa mensal;b) Um incentivo anual baseado num esquema de avaliação assente em objectivos definidos;c) Incentivos de longo prazo sustentados num programa de atribuição de opções de compra de

acções.que são estabelecidos pela Comissão de Remunerações constituída pelos Presidentes daAssembleia Geral, Conselho Fiscal e Conselho de Administração.A remuneração auferida pelos membros do Conselho de Administração foi de 702.130 Euros,sendo 41.950 Euros relativos ao Vogal não executivo (26.950 Euros de remuneração fixa e15.000 Euros de remuneração variável) e 660.180 Euros para os membros executivos (410.180Euros de remuneração fixa e 250.000 Euros de remuneração variável).

PERSPECTIVAS

O desempenho do Grupo em 2002 reforça a percepção de que detemos o conhecimento e osinstrumentos necessários para suplantar condições de mercado adversas, relevando uma per-formance positiva.No entanto, temos consciência de que estamos integrados num mercado e não somos total-mente imunes ao quadro que nos rodeia.A recuperação económica não é previsível no imediato e poderá mesmo aprofundar-se con-soante o evoluir da crise do Iraque.Desta forma, não esperamos muito do mercado em termos de crescimento, continuando a apos-tar na melhoria da performance e reforçando a disciplina financeira.Neste entorno, continuaremos a desenvolver a mesma actividade com especial realce para asseguintes componentes:• O crescimento do segmento da renovação e reparação para o qual o Grupo está vocacionado

e para o qual perspectivamos forte crescimento decorrente da revisão das leis do arrenda-mento, dado julgarmos estar encerrado o processo de construção de habitação nova emgrande escala;

• A abertura de lojas, alargando a capacidade de resposta ao cliente;• A nossa intervenção no mercado Espanhol, de forma a atenuar o desequilíbrio entre os pesos

relativos que temos nos dois mercados Ibéricos, pelo que temos perspectivado investir numanova fábrica, na região de Montcada, que duplicará a capacidade produtiva e sustentará oplano de duplicação de quota de mercado nos próximos 5 anos;

• A intervenção em novos nichos de mercado, aportando a nossa capacidade integradora;• O processo de optimização de operações, estando prevista a construção de um novo armazém

central, representando um investimento de 6,5 milhões de euros que potenciará a nossacapacidade logística de forma apreciável;

• O alargamento da nossa intervenção nas áreas de indústria, avançando para novos mercadose consolidando o nosso posicionamento nos existentes, pelo que iremos investir 7,5 milhõesde euros numa nova fábrica de tintas em pó que nos dará uma capacidade de produção comsignificado a nível europeu.

EVOLUÇÃOO Grupo CIN detém uma base sólida de clientes, da qual uma parte substancial é forjada emrelações de longo prazo.O elevado nível de retenção de clientes assenta na proposta de valores que lhes oferecemos.Reforçar a componente do negócio destes clientes na nossa actividade é fundamental de formaa consolidar o grau de rentabilidade. No entanto, este processo é difícil e para geri-lo de forma produtiva beneficiamos da inspiração,mas dependemos da informação e comunicação.Deste modo, a criação de base de dados e seu tratamento é crucial para gerir modelos de pre-visão que permitem atingir e reter os clientes de maior valor acrescentado Somente o desenvolvimento constante do processo pode garantir a posição de relevo que hojedetemos no mercado.O desafio é dar resposta às questões no momento certo, implementar as ideias certas de formaeficaz e optimizar os resultados perante a concorrência.Assim, toda a cadeia de valor é avaliada de forma a optimizar as capacidades intrínsecas, man-tendo apenas dentro de portas o desenvolvimento das capacidades que são fundamentais paraa actividade e alienando as restantes.Começámos o processo por áreas tangíveis como a manutenção, o fabrico de algumas linhas deprodutos como os decorrentes do segmento da repintura automóvel, mas estamos a avançarpara a componente intangível como o design dos produtos, o suporte ao cliente final na área detintas decorativas fomentando, por exemplo, o serviço de pintor recomendado.Este posicionamento permite diversificar o risco numa operação que passa pelo aprofunda-mento da segmentação, sem perder o controle dos factores cruciais para o êxito do modelo denegócio.

ACTIVIDADE DAS PRINCIPAIS EMPRESAS DO GRUPO

LACOSE SOTINCOA Lacose-Sotinco atingiu um volume de vendas líquidas de 23.993 mil Euros, correspondente aum decréscimo de 2,3% face a 2001.A margem bruta evoluiu muito favoravelmente, representando 51,9% das vendas. Esta melho-ria tem como causa o enriquecimento do mix de produtos.

O excedente bruto de exploração de M€ 5,5 releva um crescimento (+39,7%) relativamente aperíodo homólogo anterior, reflectindo o efeito positivo da margem e controle dos custos opera-cionais, bem como a integração da actividade dentro do Grupo.

Reflectindo esta boa performance, o resultado operacional de K€ 4.565 cresceu com significado(+47,3%).

Deste modo, foi possível atingir um resultado líquido de K€ 2.769.

BARNICES VALENTINEA Barnices Valentine entrou em 2001 trazendo uma forte componente negativa derivado da ABarnices Valentine tinha como objectivo para 2002 iniciar um processo de consolidação da suaestratégia e melhorar a estrutura da empresa.Nesse sentido, concluímos o processo de pôr em ordem a política comercial da companhia, o quepermitiu uma melhoria na margem bruta que passou de 51,1% a 52,2%.O reforço do controlo do canal de distribuição teve êxito, consolidando-se o processo de aberturade lojas concessionadas e o nível de negócios que cada ponto de venda aporta à empresa. Em ter-mos globais crescemos 1,5%, apesar de continuarmos a perder peso na distribuição multimarca ea reforçar o canal exclusivista.Continuamos a incrementar a nossa quota no mercado de anticorrosivos, espelhado no cresci-mento de 6,9% do volume de negócios, beneficiando da disponibilidade dos recursos do Grupo edo esforço de marketing e vendas.A melhoria da margem e a manutenção de um apertado controlo dos custos sustentam a evoluçãopositiva do excedente bruto de exploração que cresceu para 5,087 milhões de Euros em 2002,reflectindo uma melhoria de 26% relativamente a período homólogo do ano anterior.Se bem que mantendo uma política de investimentos adequada ao desenvolvimento da empresa e,como habitualmente, tenhamos coberto de forma conservadora os riscos potenciais, alcançámosum resultado operacional positivo de 2,06 milhões de Euros, o que representa um robusto cresci-mento de 95% em relação a 2001.Atendendo ao aprofundamento da crise económica, decidimos criar provisões adicionais paracobertura de riscos não especificados, o que prejudicou a evolução do resultado líquido deM€2.709, que se situou ao nível de 2001 permitindo reforçar a estrutura do balanço da compan-hia.

CIN AÇORESAs vendas de K€ 4.402 reflectem um crescimento de 24,1% relativamente ao ano de 2001.A margem bruta evoluiu positivamente, cifrando-se em 28,2% das vendas em contraponto como valor de 26,5% no ano 2001.Decorrente do crescimento das vendas e do controlo dos custos operacionais, o resultado opera-cional de K€ 526 releva uma melhoria substancial, crescendo 59,8% relativamente ao ano pas-sado.

CIN MADEIRAAs vendas de 2002 cifraram-se em K€ 4.733, relevando um crescimento de 11,1%.A margem cresceu ligeiramente relativamente ao ano anterior, reflectindo um incremento de 1,1%.Os custos operacionais cresceram a um ritmo superior ao das vendas, pelo que o excedente brutode exploração de K€ 383 reflecte a eliminação parcial dos ganhos obtidos em termos de margembruta. A cobertura de risco do negócio determinou a manutenção de um elevado volume de pro-visões cifrando-se, contudo, o resultado operacional em K€ 246, o que espelha uma melhoria de24,1% relativamente a período homólogo do ano anterior.

NITINA evolução negativa do segmento do mercado em que a NITIN opera influenciou as vendas daempresa que caíram 1,1%, cifrando-se em K€ 4.279. Por outro lado, foi possível aumentar em2,5% a margem bruta, atingindo o montante de K€ 1.927.

O resultado operacional de K€ 363 representa uma forte progressão relativamente à perfor-mance de 2001.

PINTURAS CIN CANÁRIASAs vendas cresceram 9%, cifrando-se em M€ 7,4. A conclusão do processo de integração dacompanhia no Grupo consolidou a performance operacional, quer ao nível da margem bruta,que passou de 40,3% em 2001 para 45,5% em 2002, quer ao nível de estrutura, pelo que o resul-tado operacional melhorou significativamente (+66,4%), cifrando-se em M€ 1,042.

AGRADECIMENTOSAos nossos Clientes, razão principal da nossa existência, uma palavra de apreço pela confiançaque nos têm manifestado e pela colaboração prestada no desenvolvimento dos nossos produtos.Aos nossos Colaboradores, agradecendo o empenho, a colaboração, a competência demonstra-da e a forma entusiástica como têm respondido ao esforço de crescimento e transformações doGrupo.Às instituições de Crédito e aos nossos fornecedores, o nosso reconhecimento pela forma comonos têm apoiado.Ao Conselho Fiscal e aos nossos Auditores, os nossos agradecimentos pelo conselho sempredisponível e competente.

Maia, 28 de Fevereiro de 2003

O Conselho de AdministraçãoAntónio Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice-PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

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relatório e contas 2002

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

2002 2001Activo Amortizações Activo Activo Capital próprio, 2001 2000

Activo Notas bruto e provisões líquido líquido interesses minoritários e passivo Notas

Imobilizado: Capital próprio:Imobilizações incorpóreas: Capital 50 e 52 25.000.000 25.000.000

Despesas de instalação 25 609.084 461.189 147.895 197.774 Acções próprias - Valor nominal 52 (1.232.461) (1.059.539)Despesas de investigação e desenvolvimento 25 3.620.581 2.031.290 1.589.291 303.691 Acções próprias - Descontos e prémios 52 (4.770.004) (4.048.830)Propriedade industrial e outros direitos 25 3.447.123 1.266.142 2.180.981 2.419.705 Reservas de reavaliação 52 2.758.445 2.758.445Trespasses 114.372 - 114.372 114.372 Reservas:Diferen;as de consolidação 10 3.479.877 695.976 2.783.901 3.131.889 Reserva legal 52 3.488.227 2.962.034Imobilizações em curso - - - 1.440.559 Outras reservas 52 9.178.980 3.233.807

27 11.271.037 4.454.597 6.816.440 7.607.990Imobilizações corpóreas: Resultado líquido do exercício 52 17.915.031 10.601.998

Terrenos e recursos naturais 13.707.299 - 13.707.299 14.058.224 52.338.218 39.447.915Edifícios e outras construções 50.220.727 27.446.974 22.773.753 22.729.960Equipamento básico 40.150.068 30.185.593 9.964.475 8.731.377 Interesses minoritários 355 355Equipamento de transporte 6.058.131 4.697.511 1.360.620 2.064.195Ferramentas e utensílios 2.355.989 2.006.221 349.768 411.684Equipamento administrativo 14.255.752 11.232.621 3.023.131 3.117.109 Passivo:Taras e vasilhame 240.653 240.653 - - Provisões para riscos e encargos 46 4.490.154 3.053.840Imobilizações em curso 445.053 - 445.053 1.534.904Adiantamentos p/ conta de imoblizações corpóreas 47.300 - 47.300 330.017

27 127.480.972 75.809.573 51.671.399 52.977.470 Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:Investimentos financeiros: Empréstimos por obrigações 55 9.750.000 19.500.000

Partes de capital em empresas do Grupo 18 2.055.622 32.547 2.023.075 2.640.059 Dívidas a instituições de crédito 55 9.098.238 12.379.414Partes de capital em empresas associadas 18 e 19 495.000 - 495.000 - Acordo de credores 56 874.349 1.651.779Títulos e outras aplicações financeiras 252.268 23.463 228.805 242.832 Subsídio reembolsável 58 - 701.847

27 e 46 2.802.890 56.010 2.746.880 2.882.891 Fornecedroes de imobilizado 47 401.534 885.863Circulante: 20.124.121 35.118.903Existências:

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 53 7.417.486 136.673 7.280.813 6.436.993 Dívidas a terceiros - Curto prazo:Produtos acabados e intermédios 54 12.180.197 544.717 11.635.480 11.624.902 Empréstimos por obrigações 55 9.750.000 1.247.144Mercadorias 53 3.448.273 264.684 3.183.589 3.149.721 Dívidas a instituições de crédito 55 41.534.909 37.096.466

46 23.045.956 946.074 22.099.882 21.211.616 Subsídio reembolsável 58 701.848 435.315Fornecedores, c/c 16.471.538 15.378.619

Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo - - - 54.419 Fornecedores - Fact. em recep. e conf. 776 1.719 Dívidas de terceiros - Curto prazo Fornecedores - Títulos a pagar 46.850 997.454

Clientes, c/c 41.487.113 - 41.487.113 37.303.949 Accionistas 29.875 27.309Clientes - Títulos a receber 10.577.174 - 10.577.174 12.325.240 Acordo de credores 56 809.524 1.309.808Clientes de cobrança duvidosa 11.302.751 10.391.320 911.431 402.717 Fornecedores de imobilizado, c/c 47 1.793.160 1.428.720Outros Accionistas 424.439 - 424.439 74.128 Estado e outros entes públicos 57 2.291.563 5.706.469Adiantamentos a fornecedores 72.369 - 72.369 71.168 Outros credores 2.156.262 3.960.661Estado e outros entes públicos 57 4.748.307 - 4.748.307 704.800 75.586.305 67.589.684Outros devedores 60 5.264.629 - 5.264.629 1.817.013

46 73.876.782 10.391.320 63.485.462 52.699.015 Acréscimos e diferimentos:Acréscimos de custos 59 5.786.723 3.222.166Proveitos diferidos 59 1.021.686 834.925

Títulos negociáveis: Passivos por impostos diferidos 61 318.647 279.137Outras aplicações de tesouraria 1.476 - 1.476 - 7.127.056 4.336.228

Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 3.472.462 3.472.462 3.818.067Caixa 128.942 128.942 236.933

3.601.404 3.601.404 4.055.000Acréscimos e diferimentos:

Acréscimos de proveitos 59 1.125.501 1.125.501 1.014.635Custos diferidos 59 2.210.151 2.210.151 1.805.778Activos por impostos diferidos 61 5.907.614 5.907.614 5.238.111

9.243.266 9.243.266 8.058.524

Total de amortizações 80.264.170

Total de provisões 11.393.404 Total do capital próprio,

Total do activo 251.323.783 91.657.574 159.666.209 149.546.925 interesses minoritários e passivo 159.666.209 149.546.925

O Técnico de Contas O Conselho de AdministraçãoAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002

(montantes expressos em euros)

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relatório e contas 2002

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADASDE RESULTADOS POR NATUREZA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(montantes expressos em euros)

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADASDE FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(montantes expressos em euros)

Custos e perdas Notas 2002 2001

Custo das mercadorias vendidase das matérias consumidas:

Mercadorias 53 12.134.877 10.786.840Matérias 53 61.294.648 73.429.525 63.946.934 74.733.774

Fornecimentos e serviços externos 28.200.294 27.939.001

Custos com o pessoal:Remunerações 24.533.676 22.899.154Encargos sociais:

Pensões 519.929 341.410Outros 7.034.143 32.087.748 6.696.460 29.937.024

Amortiz. do imobiliz. corpóreo e incorpóreo 27 8.831.063 8.075.711

Provisões 46 1.359.050 10.190.113 912.788 8.988.499

Impostos 482.634 468.111Outros custos e perdas operacionais 517.305 999.939 536.754 1.004.865

(A) 144.907.619 142.603.163Juros e custos similares:

Outros 44 4.160.866 4.890.961(C) 149.068.485 147.494.124

Custos e perdas extraordinários 45 4.145.603 5.852.511

(E) 153.214.088 153.346.635

Impostos s/ o rendimento do exercício 61 (47.481) 5.760.995(G) 153.166.607 159.107.630

Interesses minoritários - (35)Resultado consolidado líquido do exercício 17.915.031 10.601.998

171.081.638 169.709.593

Proveitos e ganhos Notas 2002 2001

Vendas:Mercadorias 13.911.894 13.600.507Produtos 149.958.527 147.441.427

Prestações de serviços 36 239.418 164.109.839 732.502 161.774.436

Variação da produção 54 1.158.668 1.035.364Trabalhos para a própria empresa 24.706 18.746Proveitos suplementares 670.551 692.133Outros proveitos e ganhos operacionais 1.866.546 2.561.803 1.482.513 2.193.392

(B) 167.830.310 165.003.192

Ganhos em empresas do grupo e associadas 44 1.508.388 1.658.181Rendimentos de participações de capital 44 5.985 52.471Outros juros e proveitos similares:

Outros 44 455.122 1.969.495 563.631 2.274.283(D) 169.799.805 167.277.475

Proveitos e ganhos extraordinários 45 1.281.833 2.432.118(F) 171.081.638 169.709.593

Resumo:Resultados operacionais: (B)-(A) = 22.922.691 22.400.029Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) = (2.191.371) (2.616.678)Resultados correntes: (D) - (C) = 20.731.320 19.783.351Resultados antes de impostos: (F) - (E) = 17.867.550 16.362.958Resultado consolidado com os

interesses minoritários do exercício: (F) - (G) = 17.915.031 10.601.963

ACTIVIDADES OPERACIONAIS: 2002 2001

Recebimentos de clientes 187.770.525 178.796.615

Pagamentos a fornecedores (113.108.723) (110.787.449)

Pagamentos ao pessoal (19.288.601) (18.500.575)

Fluxos gerados pelas operações 55.373.201 49.508.591

Pagamento/receb.do imposto sobre o rendimento (7.324.398) (5.023.692)

Outros receb./paga. relat. à actividade operacional (33.803.071) (26.770.323)

Fluxos gerados antes das rubricas extraord. (41.127.469) (31.794.015)

Receb. relacionados c/ rubricas extraordinárias 57.852 133.629

Pagam. relacionados com rubricas extraordinárias (876.861) (1.753.267)

(819.009) (1.619.638)

Fluxos das actividades operacionais (1) 13.426.723 16.094.938

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros - 210.354

Imobilizações corpóreas 476.089 71.906

Subsidios ao investimento 7.030 304.078

483.119 586.338

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros (500.506) (4.332.366)

Imobilizações corpóreas (7.098.532) (7.641.765)

Imobilizações incorpóreas (97) (1.054.272)

(7.603.835) (13.028.403)

Fluxos das actividades de investimento (2) (7.116.016) (12.442.065)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 55.246.831 80.824.511

Dividendos 1.005.985 52.471

Juros e proveitos similares 449.204 445.181

56.702.020 81.322.163

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (55.760.043) (79.002.719)

Juros e custos similares (4.162.698) (5.051.462)

Aquisição de acções próprias (350.396) (586.377)

Dividendos (3.193.186) (2.714.887)

(63.466.323) (87.355.445)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (6.764.303) (6.033.282)

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+ (2)+(3) (453.596) (2.380.409)

Caixa e seus equivalentes no início do período 4.055.000 5.832.359

Correc. ao saldo inicial de caixa e seus equivalentes - 603.050

Caixa e seus equivalentes no fim do período 3.601.404 4.055.000

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002

O Técnico de Contas O Conselho de AdministraçãoAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

O Técnico de Contas O Conselho de AdministraçãoAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

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NOTA INTRODUTÓRIA

A CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A., Sociedade Aberta ("CIN" ou "Empresa") e empre-sas do Grupo ("Grupo CIN"), têm como actividade principal a produção e comercialização de tin-tas, vernizes e produtos afins. As acções da CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A., SociedadeAberta estão cotadas na Euronext Lisboa desde 1988.

As notas que seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade parademonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração é omitida neste anexo não sãoaplicáveis ao Grupo CIN ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstraçõesfinanceiras consolidadas anexas.

BASES DA CONSOLIDAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no quadro das disposições em vigorem Portugal, de acordo com os princípios contabilísticos e normas de consolidação consignados noPlano Oficial de Contabilidade, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei238/91, de 2 de Julho, e com as directrizes contabilísticas da CNC.

1. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas do Grupo CIN incluídas na consolidação pelo método de integração global, suas sedessociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2002, são como segue:

Percentagem do capital detido

Denominação social Sede Directa Indirecta Efectiva

Com sede em Portugal:Lacose-Sotinco, Tintas e Vernizes,

Sociedade Unipessoal, Lda ("Lacose-Sotinco") Maia 100% - 100%

Nitin – Nova Indústria de Tintas, S.A. ("Nitin") Lisboa 100% - 100%

Galvameta – Galvanização e Metalurgia, S.A. ("Galvameta") Maia 100% . 100%

Tintas Cin (Açores), Sociedade Unipessoal, Lda. ("Cin Açores") S. Miguel 100% - 100%

Tintas Cin (Madeira), Sociedade Unipessoal, Lda. ("Cin Madeira") Funchal 100% - 100%

Cin – Tintas para Repintura Automóvel, Lda. ("Cin Repintura") Maia 90% - 90%

Cin – Aluguer e Gestão de Veículos,Soc. Unipessoal, Lda. ("Cin Aluguer") Maia 100% - 100%

Com sede em outros países:Barnices Valentine, S.A. ("Barnices Valentine") Montcada (Espanha) 100% 100%

Pinturas Cin Canarias, S.A. ("Pinturas Cin Canarias") Canárias (Espanha) 100% 100%

Cin Internacional B.V. ("Cin BV") Amesterdão (Holanda) 100% - 100%

Estas empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação, pelo método de integração global,com base no estabelecido na alínea a) do nº 1 do Artigo 1ª do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 deJulho, que determina a consolidação quando uma empresa detém a maioria dos direitos de votodos titulares do capital.

Os principais indicadores financeiros destas empresas relativos ao exercício findo em 31 deDezembro de 2002 são como segue:

Informação relativa a 31 de Dezembro de 2002

Total Total do Total de ResultadoEmpresas do activo capital próprio proveitos do exercício

Lacose-Sotinco 16.096.552 6.297.963 24.302.505 2.769.207

Nitin 4.038.096 2.147.617 4.685.706 209.388

Galvameta 93.760 82.335 - (2.644)

Cin Açores 2.883.216 828.136 4.459.418 346.685

Cin Madeira 2.891.037 469.989 4.746.645 80.410

Cin Repintura 3.349 3.349 - (197)

Cin Aluguer 48.061 48.055 (259)

Barnices Valentine 55.648.475 13.612.431 50.697.095 2.708.866

Pinturas Cin Canarias 7.164.254 2.793.570 7.431.512 897.095

Cin BV 21.532.143 17.424.512 251 (169.134)

Para além das empresas acima referidas, foram incluídas na consolidação de contas, pelo méto-do da equivalência patrimonial, duas outras empresas do Grupo CIN, as quais são referidas nosparágrafos seguintes.

A empresa Coatings RE, S.A. ("Coatings Re") foi incluída na consolidação pelo método daequivalência patrimonial, por esta ser uma empresa que se dedica a uma actividade de resse-guro, actividade distinta das restantes empresas que formam o Grupo Cin. A consolidação decontas desta empresa pelo método de equivalência patrimonial incluiu, em exercícios anteriorese no exercício de 2002, uma redução do valor líquido de investimentos financeiros, por contra-partida de redução dos capitais próprios consolidados, correspondente ao valor de aquisição deacções da Cin, detidas pela Coatings RE. A proporção do capital detido e os principais indi-cadores financeiros, são como segue:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕESDE FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

1. AQUISIÇÃO/ALIENAÇÃO DE PARTES DE CAPITALRelativamente aos pagamentos / recebimentos afectos à aquisição / alienação de partes de cap-ital ocorridas em cada um dos exercícios de 2002 e 2001 é de referir o seguinte:

a) 2002Aquisição:Compra de participação na Artilin, S.A. (33,6%) 495.000Outros 5.506

500.506

b) 2001Aquisição:Compra de participação adicional na Pinturas Cin Canárias, S.A. (50%) 3.332.366Compra de participação na CIME – Comércio Internacional de

Mercaderias y Equipos, S.A. (100%) 1.000.0004.332.366

Alienação:Recebimento parcial da Pinturas Lobo, S.A. 210.354

Os pagamentos e recebimentos relativos a estas aquisições e alienações processaram-se atravésde caixa ou equivalentes.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, e a reconci-liação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constantes do balanço naquelas datas,é como segue:

2002 2001Numerário 58.924 122.672Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 3.472.462 3.818.067Equivalentes a caixa 70.108 114.261

Caixa e seus equivalentes 3.601.404 4.055.000

Disponibilidades constantes do balanço 3.601.404 4.055.000

3. ACTIVIDADES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIASA Empresa e suas participadas têm disponível linhas de crédito no montante de € 18.750.000que poderão ser utilizadas para futuras actividades operacionais e para satisfazer compromissosfinanceiros, não havendo qualquer restrição à utilização dessa facilidade.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002(Montantes em euros)

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADASDE RESULTADOS POR FUNÇÕES

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001(Montantes expressos em euros)

2002 2001

Vendas e prestações de serviços 164.109.839 161.774.436Custos das vendas e das prestações de serviços (86.148.915) (87.614.023)

Resultados brutos 77.960.924 74.160.413

Outros proveitos e ganhos operacionais 2.987.606 6.155.190Custos de distribuição (41.069.629) (40.769.326)Custos administrativos (15.156.918) (11.955.566)Outros custos e perdas operacionais (3.487.892) (6.674.402)

Resultados operacionais 21.234.091 20.916.309

Custo líquido de financiamento (2.869.739) (3.798.389)Ganhos (perdas) em filiais e associadas 1.514.373 52.470Resultados não usuais ou não frequentes (2.011.175) (807.432)

Resultados correntes 17.867.550 16.362.958

Impostos sobre resultados correntes 47.481 (5.760.995)

Resultados correntes após impostos 17.915.031 10.601.963Resultados extraordinários - -

Impostos sobre resultados extraordinários - -

Interesses minoritários - 35

Resultados líquidos c/ os interesses minoritários 17.915.031 10.601.998

Resultados por acção 0,75 0,42

O TÉCNICO DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho- Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice-PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

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12Percentagem

efectiva departicipação Informação relativa a 2002

2002 2001 Total do Total do ResultadoEmpresas activo cap. próprio do exerc.

Coatings RE 99,90% 99,90% 5.156.805 1.296.875 -

A empresa Nictrading – Comércio Internacional, Lda. ("Nictrading") foi incluída nas demons-trações financeiras consolidadas pelo método de equivalência patrimonial uma vez que a quasetotalidade do seu volume de negócios é realizada com clientes sediados em países que evidenci-am risco de transferência de fundos, pelo que o Conselho de Administração da CIN entendeunão utilizar o método de consolidação integral relativamente àquela empresa. Adicionalmente,a não inclusão das demonstrações financeiras da Nictrading pelo método de integração globalnão produz efeitos materialmente relevantes na leitura e análise das demonstrações financeirasconsolidadas anexas. A proporção do capital detido e os principais indicadores financeiros daNictrading em 31 de Dezembro de 2002, são como segue:

Percentagemefectiva de

participação Informação relativa a 2002

Total do Total do Total de ResultadoEmpresas activo cap. próprio proveitos do exerc.

Nictrading 95,00% 3.609.688 1.668.313 6.556.375 1.587.777

2. EMPRESAS DO GRUPO EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO

As empresas do Grupo excluídas da consolidação são como segue:

Percentagens de participaçãoEmpresas Sedes Directa Indirecta Efectiva

Detidas por CIN

Tintas CIN Angola, S.A. Benguela 99,90% - 99,90%Tintas CIN Guiné, Lda. Bissau 51,00% - 51,00%Lacocentral – Comércio e Rep., Lda. Coimbra 85,00% - 85,00%Tintas CIN (Macau), Lda. Macau 90,00% - 90,00%

Detidas por CIN International BVTintas (CIN Moçambique), S.A.R.L. Maputo 99,99% 99,99%

As empresas do Grupo excluídas da consolidação estão registadas ao custo de aquisição, deduzi-do de uma provisão para fazer face a eventuais perdas no valor de realização, conforme indica-do na Nota 18. O Conselho de Administração da CIN entende que a não inclusão destas empre-sas na consolidação não é materialmente relevante, nos termos do Artigo 4º do Decreto-Lei nº238/91, de 2 de Julho, dado que a sua não inclusão não origina um impacto significativo nasdemonstrações financeiras consolidadas anexas.

4. EMPRESAS ASSOCIADAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO POR EQUIVALÊNCIAPATRIMONIAL

Durante o segundo semestre de 2002, a empresa do Grupo Cin Internacional B.V. adquiriu umaparticipação de 33,63% na sociedade anónima de direito francês com sede em Colayrac Saint-Cirq denominada Artilin, S.A.. Em 31 de Dezembro de 2002 esta empresa está incluída nasdemonstrações financeiras consolidadas ao custo de aquisição uma vez que o Conselho deAdministração da Empresa entende que o impacto da não aplicação do método da equivalênciapatrimonial não é material para a apresentação de uma imagem fiel e verdadeira da situaçãofinanceira e resultados do Grupo CIN.

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2002, o quadro de pessoal para as principais empresas do Grupodescritas nas Notas 1 e 2 acima, é distribuído da seguinte forma:

Permanentes Contrato a termo Part-time Ausentes

Emp. do Grupo incluídas na consolidação:CIN 688 66 11 4Cin Açores 17 2 - -Cin Madeira 12 2 - -Barnices Valentine 231 56 5 -Pinturas Cin Canarias. 36 - - -Cin B.V. 1 - - -Coatings RE 1 - - -Nictrading 1 - - -Nitin 27 6 - -

1.014 132 16 4

Outras Empresas do Grupo :CIN Angola 60 - - -CIN Moçambique 40 - - -

100 - - -A coluna "Ausentes" respeita aos doentes há mais de 6 meses, pré-reforma, licença sem vencimento e suspensãode contrato por cumprimento de imperativos legais.

10. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

As diferenças existentes entre os valores pagos e os correspondentes valores patrimoniais dosinvestimentos financeiros na data de aquisição, apuradas pela Empresa, são registadas nas parce-las consideradas imputáveis a imobilizações corpóreas, ou a outros activos, nas correspondentesrubricas do balanço e amortizadas numa base sistemática, e os montantes remanescentes, regis-tados inicialmente na rubrica do imobilizado incorpóreo "Diferenças de consolidação", sãoamortizados num período de dez anos.

Excepção a este procedimento ocorreu nas diferenças apuradas em 1999 e 2000 relativamente apercentagens adicionais no capital das empresas Barnices Valentine, Tintas Cin Madeira e naaquisição da Nitin - Nova Indústria de Tintas, S.A., as quais foram relevadas directamente comouma dedução aos capitais próprios consolidados, naqueles exercícios.

Como consequência dos critérios acima descritos, em 31 de Dezembro de 2002 as diferenças deconsolidação registadas como imobilizado, incorpóreo ou corpóreo, como redução de passivosa médio e longo prazo ou directamente como redução aos capitais próprios consolidados, são asseguintes:

Redução deReflectido em resultados capitais próp.

Diferenças Em exerc. em exerc. de consolidação anteriores Em 2002 anteriores

Terrenos e recursos naturais 6.987.697 - - -Edifícios e outras construções 5.123.004 1.586.079 171.199 -Actualização de passivos de médio

e longo prazo 5.141.165 1.745.792 - 3.395.373Equipamentos 322.378 322.378 - -Diferenças de consolidação:- regularização em exercícios anter. 14.704.213 115.143 - 14.589.070/ do exercício de 2001 (Nota 27) 3.479.877 347.988 347.988 -

35.758.334 4.117.380 519.187 17.984.443

O reconhecimento na demonstração de resultados consolidada (não considerado como custo fis-calmente aceite) das diferenças de consolidação acima referidas, tem vindo a ser calculado emconformidade com os seguintes anos:

AnosEdifícios e outras construções 20 - 33Diferen;as de consolidação 10

15. CONSISTÊNCIA DE APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE VALORIMETRIAOs critérios de valorimetria utilizados pelas empresas do Grupo CIN são consistentes entre si eforam aplicados de forma uniforme relativamente ao exercício anterior, encontrando-sedescritos na Nota 23.

18. CRITÉRIOS DE CONTABILIZAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES EM EMPRESAS DOGRUPO NÃO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2002, as participações em empresas do Grupo excluídas da consolidação (Nota 2), estão contabilizadas ao custo de aquisição, deduzido de uma provisão para investi-mentos financeiros, no montante de 32.547 Euros, para fazer face a eventuais perdas no valorde realização desses investimentos financeiros.

21. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇOCONSOLIDADO

O Fundo de Pensões CIN, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987 e administradopela "SGF - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.", destina-se a garantir aos trabal-hadores que se reformem a partir daquela data, por invalidez ou por velhice, o direito a um com-plemento de reforma, pago mensalmente, cujo valor tem por base o vencimento ilíquido à datade reforma e é igual ao produto dos anos de serviço por 0,5% no máximo de 12,5% daquelevencimento.De acordo com o relatório actuarial realizado pela sociedade gestora do Fundo, o valor actualdas responsabilidades por serviços passados com os colaboradores no activo e com os reforma-dos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, era como segue:

2002 2001

Activos 3.324.239 3.071.094Reformados 1.182.844 995.187

4.417.083 4.066.281

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo "Projected UnitCredit", tendo sido utilizadas as tábuas de mortalidade TV 73/77 e de invalidez SR (tábua deSuisse Re), bem como foram assumidos como pressupostos, taxas de crescimento salarial de 3%,taxas de rendimento do fundo de 5,5%, taxa zero de crescimento das pensões em pagamento,taxa de juro técnica de 4,5% e tabela de "turnover" estimada a partir da realidade verificada naEmpresa no período entre 1994 e 2002.O movimento das responsabilidades por serviços passados entre 1 de Janeiro de 2002 e 31 deDezembro de 2002 pode ser resumido como segue:

Responsabilidades por serviços passados em 1 de Janeiro de 2002 4.006.281

Custo dos serviços correntes 149.201Custo dos juros 202.217Perdas (ganhos) actuariais 48.541Custo dos serviços passados 85.834Complementos de reforma pagos (134.991)

Responsabilidades por serviços passados estimadas em 31 de Dezembro de 2002 4.417.083

Em 31 de Dezembro de 2002, a situação patrimonial do fundo era como segue:

Saldo em 1 de Janeiro de 2002 3.504.954

Contribuições efectuadas em 2002 300.000Rendimento do fundo, líquido (104.963)Complementos de reforma pagos (134.991)

Saldo estimado em 31 de Dezembro de 2001 3.565.000

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a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas, que são constituídas principalmente por despesas com aumentosde capital, trespasses, investigação e desenvolvimento e outras despesas de instalação e expan-são, são amortizadas, com excepção dos trespasses que não são amortizados, pelo método dasquotas constantes durante um período de três a cinco anos.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas em Portugal até 31 de Dezembro de 1997 encontram-seregistadas ao custo de aquisição, reavaliadas de acordo com as disposições legais em Portugal(Nota 41) e relatórios de avaliadores imobiliários independentes. As imobilizações corpóreasadquiridas anteriormente a 1996 pela Barnices Valentine, com sede em Espanha, foram objectode reavaliação ao abrigo de disposições legais e de relatórios de avaliadores independentes. Asimobilizações corpóreas adquiridas após aquelas datas encontram-se registadas ao custo deaquisição.

Os encargos com conservação e reparação, que não aumentam a vida útil ou não representambenfeitorias ou melhorias significativas nos elementos do imobilizado, são registados como cus-tos do exercício.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as seguintesvidas úteis estimadas:

AnosEdifícios e outras construções 20 - 50

Equipamento básico 7 - 17

Equipamento de transporte 3 - 5

Ferramentas e utensílios 4 - 14

Equipamento administrativo 3 - 14

Taras e vasilhame 5 - 11

Para as adições do ano, o Grupo Cin calcula um ano de amortização, independentemente domês de entrada em utilização do respectivo bem.

c) Locação financeira

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as cor-respondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com estemétodo o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabili-dade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo,calculada conforme descrito na Nota 23.b), são registados como custos na demonstração dosresultados do exercício a que respeitam (Nota 47).

d) Aluguer de longa duração

Os contratos de aluguer de longa duração são registados pelo método operacional, em virtudedas características dos actuais contratos em vigor, pelo que as rendas são registadas como custona demonstração dos resultados do exercício na rubrica "Fornecimentos e serviços externos",durante o prazo do aluguer, bastante inferior aos correspondentes períodos de vida útil dos bensobjecto destes contratos. Adicionalmente, para os referidos contratos, não existem quaisquercompromissos de compra assumidos.

e) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em participações não incluídas na consolidação (Notas 2 e 4) e ou-tros, encontram-se registados ao custo de aquisição, sendo constituída uma provisão parareduzir os mesmos ao valor estimado líquido de realização, em face das restrições motivadaspelos países onde se localizam, ou pelos efeitos não relevantes associados à sua reduzida activi-dade ou mesmo inactividade.

f) Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas aocusto médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Os produtos acaba-dos intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção (inclui o custo de matérias-pri-mas incorporadas, mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabrico), o qual é inferior ao res-pectivo valor de mercado.

g) Provisões para riscos e encargos

As empresas do Grupo CIN registam nesta rubrica as provisões constituídas que não seenquadram, pela sua natureza, na provisão para cobranças duvidosas, nem para depreciação deexistências. Adicionalmente, nos exercícios em que são decididos e elaborados planos dereestruturação com potencial impacto em exercícios futuros, são criadas provisões para outrosriscos e encargos para fazer face aos mesmos (Nota 46).

h) Indemnizações ao pessoal

O Grupo CIN regista como custo extraordinário do exercício os encargos com rescisões de con-tratos de trabalho acordados em cada exercício (Nota 45).

i) Subsídios

Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de imobiliza-ções corpóreas, são registados, apenas quando recebidos, como proveitos diferidos e reconheci-dos na demonstração de resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações cor-póreas subsidiadas (Notas 45, 58 e 59).

Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 19/97, a Empresa registou na rubrica"Acréscimos de custos" o montante necessário para a cobertura das responsabilidades porserviços passados de acordo com o estudo actuarial reportado a 31 de Dezembro de 2002, nomontante de 590.756 Euros, determinado como segue e registado por contrapartida das rubri-cas abaixo indicadas:

Custo dos serviços correntes ("Custos com pessoal") 149.201

Custo dos juros ("Custos com pessoal) 202.217

Rendimento do fundo, líquido ("Custos extraordinários") 104.963

Perdas (ganhos) actuariais ("Custos extraordinários") 48.541

Custo dos serviços passados ("Custos diferidos") 85.834

590.756

Deste modo, o movimento ocorrido durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 narubrica "Acréscimos de custos" relativo a benefícios de reforma foi conforme segue:

Saldo em 31 de Dezembro de 2001 594.312

Custos com pessoal e custos diferidos em 2002 590.756Contribuições para o Fundo de Pensões realizadas em 2002 (300.000)

Saldo em 31 de Dezembro de 2002 (Nota 59) 885.068

Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 19/97, a Empresa difere os ganhos ou per-das actuariais relacionados com alterações nos critérios actuariais no período estimado de per-manência dos empregados no activo, que actualmente ascende a 23 anos. Deste modo, o custodos serviços passados apurado no exercício de 2002, que compreende essencialmente os efeitosassociados a alterações no universo dos trabalhadores incluídos no Fundo de Pensões, foi regis-tado na rubrica "Custos diferidos" (Nota 59). O movimento ocorrido durante o exercício findoem 31 de Dezembro de 2002 na rubrica "Custos diferidos" relativo a benefícios de reforma foiconforme segue:

Saldo em 31 de Dezembro de 2001 125.508

Custo de serviços passados diferido em 2002 85.834Amortização de custo de serviços passados em 2002 (14.653)

Saldo em 31 de Dezembro de 2002 (Nota 59) 196.689

22. GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2002, a Cin, empresa-mãe do Grupo, tinha assumido responsabilidadespor garantias bancárias prestadas a favor de outras entidades, como segue:

1ª Repartição de Finanças do concelho da Maia (Nota 61) 4.543.559

IAPMEI 2.119.891

Direcção Geral de Contribuições e Impostos 465.308

Outros 89.537

7.218.295

23. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOSUTILIZADOS

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da con-tinuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos individuais da Empresa edas empresas participadas incluídas na consolidação (Nota 1), mantidos de acordo com princí-pios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Princípios de consolidaçãoA consolidação das empresas do Grupo CIN referidas na Nota 1 efectuou-se pelo método deintegração global e, no caso da Coatings Re, S.A. e da Nictrading – Comércio Internacional,Lda. pelo método da equivalência patrimonial.

A Nota 10 descreve a base para a eliminação dos investimentos financeiros e a determinação dasdiferenças de consolidação, bem como a amortização das mesmas. Adicionalmente, os saldos, astransacções, as margens e quaisquer outros ganhos e perdas gerados entre empresas do GrupoCIN incluídos na consolidação, foram eliminados neste processo e o valor correspondente à par-ticipação de terceiros nas empresas consolidadas, é apresentado na rubrica "Interessesminoritários".

Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeirasconsolidadas foram os seguintes:

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j) Complementos de reformaA CIN assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a títu-lo de complementos de reforma por velhice ou invalidez. Estes compromissos não abrangem asrestantes empresas do Grupo. Para cobrir essas responsabilidades a Empresa constituiu umfundo autónomo, cujas contribuições, efectuadas de acordo com cálculos actuariais de forma acompensar o custo normal do exercício, quando necessárias, são registadas na demonstraçãodos resultados do exercício. Adicionalmente, em conformidade com a Directriz Contabilísticanº 19/97, os desvios actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício em que ocor-rem (Nota 21).

l) Especialização de exercíciosAs empresas do Grupo CIN registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio daespecialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em quesão geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferençasentre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas sãoregistadas nas rubricas "Acréscimos e diferimentos" (Nota 59).

m) Campanhas publicitáriasOs custos incorridos com campanhas publicitárias de lançamento de novas marcas/produtos sãoregistados como custos diferidos e são reconhecidos na demonstração de resultados, numa basesistemática, durante um período de três anos (Nota 59).

n) Distribuição de resultados aos colaboradoresA CIN, empresa-mãe do Grupo, utiliza o procedimento de registar directamente nos capitaispróprios a distribuição de resultados aos seus colaboradores, quando aprovada pela AssembleiaGeral de Accionistas e quando os pagamentos são efectuados (Nota 52). De acordo com asdeliberações aprovadas em Assembleias Gerais, durante o exercício de 2002 a CIN distribuiuaos seus colaboradores 920.000 Euros relativos aos resultados do exercício de 2001, sendo pro-posta do Conselho de Administração, para aprovação em Assembleia Geral de Accionistas, adistribuição relativa aos resultados do exercício de 2002, do montante de 1.000.000 Euros.

o) Acções própriasAs acções próprias adquiridas pela Empresa, ou empresas do Grupo, são registadas ao custo deaquisição, a deduzir aos capitais próprios, sendo as mais ou menos valias geradas com a suaalienação registadas directamente na rubrica do capital próprio "Outras reservas".

p) Consolidação fiscal do Grupo CIN

Os impostos sobre o rendimento do exercício são calculados, a partir do exercício de 2001, combase no Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades ("RETGS"), o qual inclui amaior parte das empresas do Grupo CIN com sede em Portugal, e reflectidos nas demons-trações financeiras consolidadas do Grupo CIN em 31 de Dezembro de cada ano.Adicionalmente, as restantes empresas do Grupo CIN são tributadas em base individual e emconformidade com a legislação aplicável.

q) Impostos diferidos

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos epassivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tribu-tação (Nota 61).Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando astaxas de tributação que se esperam estarem em vigor à data da reversão das diferenças tem-porárias.Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativasrazoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectu-ada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidosno sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por nãoterem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante do impostosdiferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

r) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeiraOs activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizandoas taxas de câmbio oficiais em vigor em 31 de Dezembro. As diferenças de câmbio, favoráveis edesfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data dastransacções e aquelas em vigor na data das cobranças, dos pagamentos ou na data do balanço,são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados consolidados.

25. DESPESAS DE INSTALAÇÃO, DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EPROPRIEDADE INDUSTRIAL

Em 31 de Dezembro de 2002, estas rubricas tinham a seguinte composição:

Despesas de instalação:Despesas com aumentos de capital e outras 609.084

Despesas de investigação e desenvolvimento:Estudos e projectos – Implementação de "ERP" 2.266.750Outros estudos e projectos 1.353.831

3.620.581

Propriedade industrial e outros direitos:Fundo de Comércio 1.895.152Propriedade industrial 677.140Aplicações informáticas 318.153Outros direitos e licenciamentos 556.678

3.447.123

A rubrica "Estudos e Projectos – Implementação de "ERP" refere-se aos gastos com a imple-mentação do novo sistema informático da CIN, o qual entrou em funcionamento em Janeiro de2002 (Nota 27). A rubrica "Fundo de Comércio" inclui o valor correspondente à aquisição pela empresa doGrupo CIN sediada em Espanha, Barnices Valentine, em exercícios anteriores, dos produtos deFaura Castellet e o Fundo de Comércio gerado no exercício de 2000 com a aquisição dos activose passivos da sociedade La Llar del Pintor, S.L. no montante de, aproximadamente, 1.600.000Euros. Estes fundos de comércio estão a ser amortizados pelo método das quotas constantesnum período de dez anos.

27. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício de 2002, o movimento ocorrido nas imobilizações incorpóreas, imobiliza-ções corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladase provisões, foi o seguinte:

ACTIVO BRUTO

Saldos Alienações Saldos iniciais Aumentos e abates Transf. finais

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 606.762 2.322 - - 609.084Despesas de invest. e desenv. 1.329.126 24.705 - 2.266.750 3.620.581Prop. ind. e outros direitos 3.364.394 82.729 - - 3.447.123Trespasses 114.372 - - - 114.372Diferenças de consolidação 3.479.877 - - - 3.479.877Imobilizações em curso 1.440.559 826.191 - (2.266.750) -

10.335.090 935.947 - - 11.271.037

Imobilizações corpóreasTerrenos e rec. naturais 14.058.224 403.702 (807.000) 52.373 13.707.299Edifícios e outras const. 48.607.002 2.494.062 (1.855.105) 974.768 50.220.727Equipamento básico 36.636.128 2.317.409 (776.573) 1.973.104 40.150.068Equipamento de transporte 6.781.812 90.603 (868.009) 53.725 6.058.131Ferramentas e utensílios 2.267.985 83.526 (12.551) 17.029 2.355.989Equip. administrativo 13.634.065 663.929 (382.421) 340.179 14.255.752Taras e vasilhame 240.653 - - - 240.653Imobilizações em curso 1.534.904 1.380.819 (68.473) (2.402.197) 445.053Adiant. p/ imob. corpóreas 330.017 211.713 (204.130) (290.300) 47.300

124.090.790 7.645.763 (4.974.262) 718.681 127.480.972Investimentos financeirosPartes capital em emp. do Grupo 2.672.606 1.584.466 (2.201.450) - 2.055.622Partes de capital em emp. associadas - 495.000 - - 495.000Títulos e outras aplic. financeiras 266.295 5.506 (19.533) - 252.268

2.938.901 2.084.972 (2.220.983) - 2.802.890

O aumento da rubrica "Partes de capital em empresas do Grupo" inclui o efeito da aplicação dométodo da equivalência patrimonial à participação financeira na Nictrading – ComércioInternacional, Lda. (Nota 44). A diminuição da mesma rubrica inclui o montante de 1.657.750Euros correspondente à distribuição de dividendos efectuada por aquela empresa e inclui omontante de 543.700 Euros relativo ao efeito da aplicação do método da equivalência patrimo-nial à participação financeira na Coatings Re (Nota 52).

O aumento da rubrica "Partes de capital em empresas associadas" corresponde à aquisição, emJulho de 2002, pela participada Cin Internacional B.V. de 33,63% do capital da sociedade dedireito francês Artilin, S.A.

Parte das transferências registadas na rubrica "Equipamento básico" correspondem à transferên-cia de sistemas tintométricos da rubrica "Mercadorias" para imobilizações corpóreas, em virtudede os mesmos se encontrarem ao serviço das lojas e delegações do Grupo (Nota 53).

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS E PROVISÕES

Saldos Alie. transf. Saldos iniciais Aumentos e abates finais

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 408.988 52.201 - 461.189Despesas de invest. e desenvolvimento 1.025.435 1.005.855 - 2.031.290Prop. ind. e outros direitos 944.689 321.453 - 1.266.142Diferenças de consolidação 347.988 347.988 - 695.976

2.727.100 1.727.497 - 4.454.597Imobilizações corpóreasEdifícios e outras construções 25.877.042 2.422.589 (852.657) 27.446.974Equipamento básico 27.904.751 2.714.887 (434.045) 30.185.593Equipamento de transporte 4.717.617 753.445 (773.551) 4.697.511Ferramentas e utensílios 1.856.301 159.485 (9.565) 2.006.221Equipamento administrativo 10.516.956 1.053.160 (337.495) 11.232.621Taras e vasilhame 240.653 - - 240.653

71.113.320 7.103.566 (2.407.313) 75.809.573Investimentos financeirosPartes de cap. em emp. do Grupo 32.547 - - 32.547Títulos e out. aplicações financeiras 23.463 - - 23.463

56.010 - - 56.010

Em 31 de Dezembro de 2002, o valor bruto dos bens totalmente amortizados das principais empresas do GrupoCIN que se dedicam à actividade produtiva ascende a, aproximadamente, 42.820.000 Euros.

36. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, no exercício de 2002,foi como segue:

Mercado interno 110.261.012Mercado externo 53.848.827

164.109.839

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Rubricas Custo histórico Reavaliações Custo reavaliado

Terrenos e recursos naturais 6.483.024 - 6.483.024Edifícios e outras construções 10.806.157 844.729 11.650.886Equipamento básico 5.872.822 24.142 5.896.964Equipamento de transporte 361.947 - 361.947Ferramentas e utensílios 219.039 - 219.039Equipamento administrativo 1.760.588 - 1.760.588

25.503.577 868.871 26.372.448

Como resultado das reavaliações efectuadas pela CIN, Empresa mãe do Grupo (Nota 41), asamortizações do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, foram aumentadas em 115.977Euros. Deste montante, 40% não é aceite como custo para efeitos de determinação da matériacolectável em sede de imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC).

44. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS FINANCEIROS

Nos exercícios de 2002 e 2001, os resultados financeiros consolidados têm a seguinte composição:Custos e perdas 2002 2001

Juros suportados 2.827.770 3.653.452Diferenças de câmbio desfavoráveis 16.134 55.021Descontos de pronto pagamento concedidos 843.636 790.234Perdas na alienação de aplicações de tesouraria - 1.110Outros custos e perdas financeiros 473.326 391.144

4.160.866 4.890.961Resultados financeiros (2.191.371) (2.616.678)

1.969.495 2.274.283Proveitos e ganhos

Juros obtidos 139.911 103.632Ganhos a empresas do grupo e associadas (nota 27) 1.508.388 1.658.181Rendimentos e alienações de particip.s financeiras 5.985 52.471Diferenças de câmbio favoráveis 25.617 31.539Descontos de pronto pagamento obtidos 156.117 195.798Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 10.316 6.545Outros proveitos e ganhos financeiros 123.161 226.117

1.969.495 2.274.283

45. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Nos exercícios de 2002 e 2001, os resultados extraordinários consolidados têm a seguinte com-posição:

Custos e perdas 2002 2001

Donativos 163.208 47.668Dívidas incobráveis 6.164 -Perdas em existências 822.464 1.409.535Perdas em imobilizações 105.561 47.395Multas e penalidades 10.415 11.655Correcções relativas a exercícios anteriores 57.160 601.132Outros custos e perdas extraordinários 2.980.631 3.735.126

4.145.603 5.852.511Resultados extraordinários (2.863.770) (3.420.393)

1.281.833 2.432.118

Proveitos e ganhos

Recuperação de dívidas - 4.890Ganhos em existências 459.737 1.006.563Ganhos em imobilizações 308.446 81.676Reduções de amortizações e provisões (Nota 46 127.114 520.760Correcções relativas a exercícios anteriores 104.024 86.701Outros proveitos e ganhos extraordinários 282.512 731.528

1.281.833 2.432.118

As rubricas "Perdas e Ganhos em existências" dizem respeito às correcções de inventário porquebras, deteriorações e sobras, efectuadas em cada exercício.Nos exercícios de 2002 e 2001, a rubrica "Outros custos e perdas extraordinários" inclui os mon-tantes de, aproximadamente, 758.000 Euros e 810.000 Euros, respectivamente, de indemniza-ções por rescisões de contratos de trabalho pagas a trabalhadores. Adicionalmente, esta rubricainclui em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, aproximadamente, 2.051.000 Euros (Nota 46) e2.300.000 Euros, respectivamente, referentes ao reforço de provisões para outros riscos e encar-gos e para cobranças duvidosas afectas a riscos de natureza global, como sejam, "risco País".A rubrica "Outros proveitos e ganhos extraordinários" inclui o reconhecimento dos subsídiosobtidos no âmbito do PEDIP II, na mesma proporção das amortizações das imobilizações cor-póreas subsidiadas, no montante de 51.500 Euros (311.172 Euros no exercício de 2001), e 78.194Euros (19.851 Euros no exercício de 2001) referente às comparticipações recebidas relativa-mente a acções de formação (Nota 58).

46. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2002, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:Saldos iniciais Alter. perímetro Aumentos Diminuições Saldos finais

Para cobranças duvidosas 9.480.960 1.450.315 (123.211) (416.744) 10.391.320Para depreciação de existências 669.979 365.046 - (88.951) 946.074Para investimentos financeiros 56.010 - - 56.010Para outros riscos e encargos 3.053.840 1.594.689 (3.903) (154.472) 4.490.154

Durante o exercício, a Empresa reforçou as provisões para outros riscos e encargos e para depre-ciação de existências no montante de 2.051.000 Euros, por contrapartida de "Custos extra-ordinários" (Nota 45), para fazer face a riscos não cobertos expressamente pelas outras pro-visões.

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2002 os contributos dos segmentos principais esecundários para a Demonstração de resultados e Balanço consolidado podem ser resumidoscomo segue:

PORTUGAL ESPANHA Eliminações ConsolidadoPor mercado geográfico 2002 2002 2002 2002

RÉDITOSVendas externas 111.599.087 52.510.752 - 164.109.839Vendas inter-segmentais 5.733.677 494.291 (6.227.968) -

Réditos totais 117.332.764 53.005.043 (6.227.968) 164.109.839

RESULTADOSResultados segmentais e inter-segmentais 30.115.256 19.088.000 (69.357) 49.133.899Gastos da empresa não imputados 11.219.101 12.829.548 3.851.159 27.899.808Resultados operacionais 18.896.155 6.258.452 (3.920.516) 21.234.091

Gastos de juros (gtos intereses) (1.575.357) (1.664.010) - (3.239.367)Proveitos de juros (ingresos intereses) 8.697 360.931 - 369.628Parte de lucros líquidos em associadas 6.485 1.657.000 (149.112) 1.514.373Impostos s/ os lucros (290.847) - 338.328 47.481

Resultados de actividades ordinárias 17.045.133 6.612.373 (3.731.300) 19.926.206Perdas extraordinárias: - - - -Resultados não usuais ou não frequentes (883.670) (3.005.160) 1.877.655 (2.011.175)

Resultado líquido 16.161.463 3.607.213 (1.853.645) 17.915.031

OUTRAS INFORMAÇÕESActivos do segmento 69.585.343 23.564.476 (12.062.000) 81.087.819Investimento em Associadas - 1.898 1.328.103 1.330.001Activos da empresa não imputados 51.557.645 39.268.185 (13.577.441) 77.248.389Activos totais consolidados 121.142.988 62.834.559 (24.311.338) 159.666.209

Passivos do segmento 67.780.921 62.834.558 (23.287.488) 107.327.991Passivos da empresa não imputados - - - -Passivos totais consolidados 67.780.921 62.834.558 (23.287.488) 107.327.991

Dispêndios de capital fixo 6.411.175 2.170.535 - 8.581.710Depreciações 5.781.329 2.832.333 217.401 8.831.063

Réditos de vendas por áreas de negócio 2002

Área Negócio Tintas Não-Industriais 142.204.399Área Negócio Tintas para a Industria 21.905.440

Totais em Euros 164.109.839

Activos líquidossegmentais Investimentos

Por área de negócio 2002 2002Área Negócio Tintas Não-Industriais 72.604.964 4.728.074Área Negócio Tintas para a Industria 8.482.855 1.563.934Activos não imputados 78.578.390 2.289.702

Totais em Euros 159.666.209 8.581.710

39. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da CIN (empresa-mãe) no exercí-cio findo em 31 de Dezembro de 2002 foram como segue:

Conselho de Administração 702.130Conselho Fiscal 15.962

41. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

A CIN reavaliou as suas imobilizações corpóreas em exercícios anteriores ao abrigo da legis-lação seguinte:

- Decreto-Lei nº 219/82, de 2 de Junho- Decreto-Lei nº 399-G/84, de 28 de Dezembro- Decreto-Lei nº 118-B/86, de 27 de Maio- Decreto-Lei nº 111/88, de 2 de Abril- Decreto-Lei nº 49/91, de 25 de Janeiro- Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro- Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro

Uma parte (40%) do acréscimo das amortizações derivado das reavaliações legais efectuadasnão é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável em sede de Impostosobre o Rendimento de pessoas Colectivas (IRC), tendo a Empresa calculado e registado osrespectivos passivos, por impostos diferidos. As restantes empresas do Grupo CIN com sede em Portugal reavaliaram as suas imobilizaçõescorpóreas ao abrigo dos Decretos-Lei nº 49/91, de 25 de Janeiro, nº 264/92, de 24 de Novembroe nº 31/98, de 11 de Fevereiro. Adicionalmente, a Barnices Valentine reavaliou as suas imobi-lizações corpóreas ao abrigo do "Real Decreto-Lei 7/1996, de 7 de Junho" de acordo com a le-gislação espanhola.

43. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e correspondentereavaliação, líquidos de amortizações acumuladas da Cin, Empresa mãe do Grupo, em 31 deDezembro de 2002, é o seguinte:

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47. LOCAÇÃO FINANCEIRA

Em 31 de Dezembro de 2002, a CIN tinha responsabilidades, como locatária, relativas a rendasvincendas em contratos de locação financeira no montante de 885.863 Euros, as quais se vencemcomo segue:

Curto prazo2003 484.329

Médio e longo prazo2004 401.534

885.863

50. CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2002, o capital social da CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A.,Sociedade Aberta, totalmente subscrito e realizado, é composto por 25.000.000 acções ao por-tador, com o valor nominal de 1 Euro cada.

51. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITALSUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2002, a SF – Sociedade de Controlo, S.A. (SGPS) detém 55,63% do cap-ital da CIN.

52. VARIAÇÃO NAS OUTRAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Durante o exercício de 2002, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de capitalpróprio:

Saldos iniciais Aumentos Transf. Diminuiç. Saldos finais

Capital 25.000.000 - - - 25.000.000Acções próprias-valor nominal (1.059.539) (172.922) - - (1.232.461)Acções próprias-desc. e prémios (4.048.830) (721.174) - - (4.770.004)Reservas de reavaliação 2.758.445 - - - 2.758.445Reserva legal 2.962.034 - 526.193 - 3.488.227Outras reservas:

Da Cin 19.373.141 127.336 5.577.658 - 25.078.135Originadas na consolidação (16.139.334) 162.032 78.147 - (15.899.155)

Total de outras reservas 3.233.807 289.368 5.655.805 - 9.178.980Res. líq. consol. do exerc. 10.601.998 17.915.031 (6.181.998) (4.420.000) 17.915.031

39.447.915 17.310.303 - (4.420.000) 52.338.218

A variação ocorrida no exercício de 2002 no total dos capitais próprios consolidados é explica-da da forma que segue:

Total dos capitais próprios em 31 de Dezembro de 2001 39.447.915Distribuição de resultados:

Da Cin:Dividendos (3.500.000)Gratificações aos colaboradores (920.000) (4.420.000)

Aquisição de acções próprias (350.396)Dividendos correspondentes às acções próprias detidas 127.336Variações resultantes da aplicação do método de equivalência patrimonial:

Coatings Re - reflectido em acções próprias (543.700)Nictrading 76.509

Outros ajustamentos de consolidação 85.523Resultado consolidado do exercício de 2002 17.915.031

Total dos capitais próprios em 31 de Dezembro de 2002 52.338.218

De acordo com o deliberado na Assembleia Geral de Accionistas datada de 21 de Maio de 2002,o Conselho de Administração da CIN pode adquirir ou alienar acções próprias na Bolsa deValores dentro dos limites legais e outras condições relacionadas com o número de acções aadquirir, tendo ainda sido fixados os preços mínimo e máximo de aquisição, os preços mínimosde alienação, bem como os limites impostos à alienação de acções a favor de trabalhadores emembros dos órgãos sociais da CIN. Durante o exercício de 2002, o aumento verificado na rubri-ca "Acções Próprias" diz respeito à aquisição de 68.617 acções próprias pela Cin, pelo que em 31de Dezembro de 2002 a Empresa tinha em carteira 978.156 acções próprias. Adicionalmente,existem acções da CIN – Corporação Industrial do Norte, S.A., Sociedade Aberta adquiridas poruma empresa do Grupo consolidada pelo método de equivalência patrimonial, que, para efeitosde consolidação, estão equiparadas a acções próprias. Durante o exercício de 2002 aquelaempresa adquiriu 104.305 acções, estando o valor de aquisição também incluído no aumento darubrica "Acções próprias", pelo que em 31 de Dezembro de 2002 aquela empresa detinha254.305 acções registadas ao custo de aquisição, correspondentes a 1.551.272 Euros. De formaa cumprir com o Código das Sociedades Comerciais, a Empresa mantém indisponível uma reser-va de montante igual àquela por que as acções próprias estão registadas.

Desde 1997 o Grupo CIN tem um programa de atribuição de opções de compra de acções queabrange os membros do Conselho de Administração da Empresa e demais beneficiários. Asopções são concedidas individualmente por decisão da Comissão de Remunerações no caso dosmembros do Conselho de Administração e do Conselho de Administração no caso dos demaisbeneficiários. Todos os aspectos relacionados com a atribuição das referidas opções e respecti-vo exercício encontram-se detalhadamente descritos no Relatório de Gestão.

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anualtem de ser destinada ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capi-tal. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser uti-lizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Reserva de reavaliação: Esta rubrica resulta da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuadanos termos da legislação aplicável (Nota 41). De acordo com a legislação vigente e as práticascontabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas poden-do apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital daEmpresa ou em outras situações especificadas na legislação.

53. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício de 2002 foi determi-nado como segue:

Mat.-primasMercadorias Subs. e de consumo

Existências iniciais 3.265.271 6.625.773Compras 13.943.416 62.163.104Regularização de existências ( 1.625.537) ( 76.743)Existências finais ( 3.448.273) ( 7.417.486)

12.134.877 61.294.648

Parte da regularização de existências - mercadorias - corresponde à transferência de equipa-mento corpóreo - máquinas "Colormix" e "Lacormix", em virtude da sua utilização em dele-gações próprias (Nota 27).

54. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃOA variação da produção no exercício de 2002 foi determinada como segue:

Produtos acabados intermédios e subprodutos

Existências finais 12.180.197Regularização de existências 969.022Existências iniciais (11.990.551)

1.158.668

55. INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES

Em 31 de Dezembro de 2002 o detalhe dos empréstimos obtidos era como segue:

Curto Médio eprazo longo prazo Total

PortugalEmpréstimos por obrigações 9.750.000 9.750.000 19.500.000

Outras dívidas a inst. de crédito:Descobertos bancários 7.021.582 - 7.021.582Outros empréstimos 3.206.064 1.160.839 4.366.903Papel comercial 7.384.855 - 7.384.855

17.612.501 1.160.839 18.773.340Outros países

Descobertos bancários e linhas de crédito 21.318.308 - 21.318.308Outros empréstimos 2.604.100 7.937.399 10.541.499

23.922.408 7.937.399 31.895.807

41.534.909 9.098.238 50.633.147

Os empréstimos acima referidos vencem juros a taxas de mercado e a parcela referente aosempréstimos a médio e longo prazo tem o seguinte prazo de reembolso:

ANO

2004 12.916.5802005 5.782.0182006 149.640

18.848.238

Durante o exercício de 1995, foi emitido pela CIN, um empréstimo obrigacionista no montante deEscudos 1.000.000.000 (4.987.979 Euros) por subscrição privada e cujas características são asseguintes: (i) valor nominal de 1.000 Escudos; (ii) o empréstimo terá uma duração de 7 anos e oseu reembolso será efectuado ao par em quatro prestações anuais de igual montante nas datas depagamento dos 8º, 10º, 12º e 14º cupões; (iii) vence juros a uma taxa anual nominal indexada àLisbor para o prazo de 6 meses, acrescida de 0,375%; (iv) os juros serão pagos semestral e poste-cipadamente contando-se a partir da data de subscrição; (v) os juros das obrigações estão sujeitosa retenção na fonte de IRS e IRC à taxa liberatória de 20%, estando isentos do imposto sobresucessões e doações. Este empréstimo obrigacionista foi objecto de redenominação para Eurosdurante o exercício de 2001, passando as obrigações redenominadas a valer 1 Euro cada. Esteempréstimo obrigacionista ficou totalmente amortizado no decurso do exercício de 2002.

Adicionalmente, no exercício de 1999, foi emitido pela CIN, um empréstimo obrigacionista nomontante de 19.500.000 Euros, por subscrição privada, e cujas características são as seguintes: (i)valor nominal de Euros 10; (ii) o empréstimo terá uma duração de 5 anos e o seu reembolso seráefectuado ao par em duas prestações anuais de igual montante nas datas de pagamento dos 8º e10º cupões; (iii) vence juros a uma taxa anual nominal indexada à Euribor para o prazo de 6 meses,acrescida de 0,4%; (iv) os juros das obrigações estão sujeitos a retenção na fonte de IRS e IRC àtaxa liberatória de 20%, estando isentos de imposto sobre sucessões e doações.

Em 31 de Dezembro de 2002, os restantes financiamentos obtidos de instituições de crédito acimareferidos, venciam juros a taxas de mercado.

56. DÍVIDAS AFECTAS AO ACORDO DE SUSPENSÃO DE PAGAMENTOS DA BARNICESVALENTINE

A Barnices Valentine celebrou, em Março de 1994, um acordo com os seus credores, relativo auma dívida incluída nesse acordo que, em 31 de Dezembro de 2002, ascende ao montante totalde 1.683.873 Euros, dos quais 874.349 Euros se vencem a médio e longo prazo. A composiçãodos passivos afectos ao acordo de credores acima referido, incluído no balanço consolidadoanexo, pode ser resumida como segue:

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17Parcela que se vence a médio e longo prazo:

Outros credores 208.695Sector Público Estatal 518.407Dívida a instituições de crédito 147.247

874.349

Parcela que se vence a curto prazo:Fornecedores 132.573Outros credores 52.900Sector Público Estatal 486.007Dívida a instituições de crédito 138.044

809.524

1.683.873

A dívida classificada em médio e longo prazo tem vencimento em 2004.

57. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2002, o detalhe das rubricas do passivo “Estado e outros entes públicos”e é como segue:

Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas:Pagamentos por conta e retenção na fonte 5.004.852Impostos do exercício de 2002 (nota 61) (620.000)

4.384.852

Imposto sobre o Valor Acrescentado 363.455

4.478.307

Saldos credores:Retenção de imposto sobre o rendimento 579.053Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.115.865Contribuições para a Segurança Social 593.166Outros 3.479

2.291.563

58. SUBSÍDIO NO ÂMBITO DO PEDIP II

No dia 16 de Dezembro de 1996 foi assinado pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas eMédias Empresas e ao Investimento), no âmbito do PEDIP II, um contrato de concessão de umsubsídio reembolsável no valor de 2.992.787 Euros e outro subsídio a fundo perdido no mon-tante de 1.621.821 Euros para fazer face ao projecto de investimento apresentado pela CIN, nomontante de 13.943.317 Euros. Estes subsídios encontram-se divididos do seguinte modo:

• Subsídio reembolsável recebido até 31 de Dezembro de 2002 no montante de 2.660.763 Euroscorrespondendo a 30,3% de 8.776.299 Euros de investimento directamente produtivo, sendoo prazo de reembolso do subsídio em dívida em 31 de Dezembro de 2002 como segue:

2003 .................................................................................701.848

• Subsídio a fundo perdido correspondendo a 29,3% de 4.249.768 Euros de investimento nãodirectamente produtivo, sendo o limite máximo do subsídio de 1.246.995 Euros, os quais jáforam integralmente recebidos (Nota 59);

• Subsídio a fundo perdido de 374.827 Euros correspondendo a 90% das despesas com for-mação profissional e 50% da produção de material pedagógico.

59. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2002, o detalhe destas rubricas é como segue:

Acréscimos de proveitosBónus de fornecedores a receber 935.501Royalties a receber 190.000

1.125.501Custos diferidosCampanhas publicitárias (Nota 23. m) 1.457.353Fundo de pensões (Nota 21) 196.689Seguros antecipados 148.979Outros 407.130

2.210.151Acréscimos de custosRemunerações a liquidar 3.838.987Fundo de pensões (nota 21) 885.068Sefuros a liquidar 241.834Publicidade 220.934Rappel a pagar 214.345Serviços prestados opor terceiros 173.798Juros a liquidar 63.381Royalties 35.629Outros 107.747

5.786.723Proveitos diferidosSubsídios e compartic. ao investimento (nota 58) 631.047Passivos por impostos diferidos (notas 23 q), 52 e 60) 326.000Outros 64.639

1.021.686

A rubrica "Mais valias diferidas" refere-se ao diferimento nas demonstrações financeiras con-solidadas da mais valia registada pela sociedade Nitin – Nova Indústria de Tintas, S.A. nas suascontas individuais relacionada com a venda do terreno que aquela empresa possui no Seixal,onde anteriormente estavam localizadas as suas instalações fabris. A escritura de compra evenda do referido terreno e edifício estava prevista para este exercício, não tendo sido, no entan-to, realizada durante o exercício de 2002 devido à existência de algumas questões legais aindanão formalizadas à data de 31 de Dezembro de 2002.

60. OUTROS DEVEDORESEm 31 de Dezembro de 2002, o detalhe desta rubrica é como segue:

Saldos devedores com pessoal 200.541Outros devedores por venda de imobilizado 1.667.068Depósitos e cauções prestadas 1.499.280Saldos devedores de fornecedores 181.093Outros 1.716.647

5.264.629

O saldo da rubrica "Outros devedores por venda de imobilizado", inclui 1.097.355 Euros refer-entes ao valor a receber da sociedade promitente compradora do terreno da sociedade Nitin –Nova Indústria de Tintas , S.A., conforme referido na Nota 59.

60. IMPOSTOS SOBRE LUCROSDe acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da CIN e das empresas do Grupoestão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período dequatro anos (dez anos para a segurança social até 2000, inclusivé, e cinco anos a partir de 2001),excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ouestejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendodas circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dasEmpresas do Grupo dos anos de 1999 a 2002 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.O Conselho de Administração da CIN entende que as eventuais correcções resultantes derevisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terãoum efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de2002.Nos termos da legislação em vigor em Portugal e em Espanha, os prejuízos fiscais sãoreportáveis durante um período de seis anos e quinze anos respectivamente, após a sua ocor-rência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 31 deDezembro de 2002, as seguintes empresas do Grupo tinham prejuízos fiscais reportáveis con-forme segue:

Barnices Valentine 10.623.000Nitin 3.800.000

Estes prejuízos fiscais reportáveis, numa óptica de prudência não foram considerados paraefeito do cálculo dos impostos diferidos.Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas aEmpresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto deencargos às taxas previstas no artigo mencionado.O detalhe dos montantes e natureza dos activos e passivos por impostos diferidos registados noexercício de 2002, pode ser resumido como segue (Débitos/(Créditos)):

Activos por Passivos por Reflectido Reflectido emimpostos impostos em resultados capitais própriosdiferidos diferidos de 2002 em exerc. anteriores

Provisões constituídas enão aceites como custos fiscais 1.237.137 - (290.400) (946.737)

40% das amortizações resultantesdas reavaliações legais efectuadas - (114.691) (21.028) 135.719

Efeito do reinvestimento de mais valiasgeradas com alienações de imobilizações - (125.693) (17.725) 143.418

Impostos diferidos gerados em Espanha:- Reserva de fusão 3.730.941 - 140.392 (3.871.333)- Provisões constituídas

e não aceites como custos fiscais 819.743 - (314.734) (505.009)- Outros 119.793 (78.263) (163.986) 122.456

4.670.477 (78.263) (338.328) (4.253.886)5.907.614 (318.647) (667.481) (4.921.486)

Relativamente à "Reserva de fusão" a mesma encontra-se a ser amortizada, para efeitos fiscais,num prazo de vinte anos.Adicionalmente, a rubrica da demonstração de resultados "Impostos sobre o rendimento doexercício" foi determinada como segue:

Impostos sobre o rendimento do exercício de 2002 (Nota 57) 620.000Impostos diferidos, líquidos do exercício de 2002 ( 667.481)

( 47.481)A CIN recebeu em exercícios anteriores diversas liquidações adicionais em sede de Impostosobre o Rendimento das Pessoas Colectivas relacionadas com diferentes alegações relativas aosexercícios de 1991 a 1994, tendo a Empresa recebido, durante o primeiro semestre de 2002,despacho favorável da administração tributária relativamente à liquidação adicional respeitanteao exercício de 1991. Em Dezembro de 2002, no âmbito do Regime Excepcional deRegularização de Dívidas ao Fisco e Segurança Social (Decreto Lei 248-A/2002 de 14 deNovembro) a Empresa procedeu ao pagamento de liquidações adicionais em sede de Impostosobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, as quais tinham sido anteriormente reclamadasjunto das autoridades competentes. A Empresa registou a débito da rubrica de "Estado e outrosentes públicos" o montante de 288.575 Euros pago ao abrigo deste regime, e não criou qualquerprovisão para fazer face a eventuais riscos de recuperação do montante pago, por ser entendi-mento do Conselho de Administração da Empresa que o resultado da reclamação efectuada lheserá favorável. Relativamente às restantes liquidações adicionais (as quais ascendem a, aproxi-madamente, 2.980.000 Euros), dado o Conselho de Administração da Empresa discordar daqualificação dos factos alegados pela administração tributária, as mesmas não foram pagas,tendo, no entanto, a Empresa prestado as correspondentes garantias bancárias.Adicionalmente, estas liquidações foram impugnadas judicialmente e, segundo o entendimen-to do Conselho de Administração da Empresa, do desfecho final destas impugnações não resul-tarão efeitos significativos nas demonstrações financeiras anexas. Pelo facto de estar convenci-da do sucesso das impugnações, a Administração decidiu não constituir qualquer provisãoespecífica para estes efeitos.

O Técnico de Contas O Conselho de AdministraçãoAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice-PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL1. Nos termos das disposições legais aplicáveis, designadamente o nº 1 do artigo 508º-D, do

Código das 1. Em cumprimento das disposições legais aplicáveis, designadamente o nº 1 doartigo 508º-D, do Código das Sociedades Comerciais, foram submetidas à nossa apreciaçãoe exame as Demonstrações Financeiras Consolidadas, reportadas a 31 de Dezembro de2002.

2. No âmbito do nº 3 do referido dispositivo legal, compete-nos examinar e fiscalizar os referi-dos documentos, ou seja o Relatório Consolidado de Gestão, o Balanço Consolidado, asDemonstrações Consolidadas dos Resultados por naturezas e por funções e a DemonstraçãoConsolidada dos fluxos de caixa e os respectivos Anexos, apresentados pelo Conselho deAdministração.

3. No exercício dessa competência, procedemos aos exames e verificações que nos estãocometidos, os quais foram suportados sob o ponto de vista técnico pela Certificação Legaldas Contas e pelo Relatório, emitidos pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, mem-bro deste Conselho, documentos que merecem a nossa concordância, o que expressamentedeclaramos.

4. É nossa convicção que os citados documentos de prestação de Contas Consolidadas foramelaborados em obediência aos requisitos legais e apresentam de forma verdadeira e apropria-da, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira do conjunto dasempresas compreendidas na consolidação, em conformidade com os princípios contabilísti-cos geralmente aceites em Portugal.

5. Procedemos, também, à verificação da conformidade do Relatório Consolidado de Gestãocom as Contas Consolidadas do exercício.

6. Face aos exames efectuados e como corolário do que precede, somos de Parecer que:- sejam aprovados o Relatório Consolidado de Gestão, o Balanço Consolidado e as

Demonstrações Consolidadas dos Resultados e dos fluxos de caixa e respectivos Anexos,relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

Maia, 14 de Março de 2003O Conselho Fiscal

Rui Fernando da Silva Rio - PresidenteArmando José Fonseca Pinto - Vogal

António Magalhães & Carlos Santos - SROCrepresentada por: António Monteiro de Magalhães, Vogal e R.O.C.

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTASINTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da "CIN-CORPORAÇÃO

INDUSTRIAL DO NORTE, S.A.", as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 deDezembro de 2002, que evidencia um total de balanço de 159.666.209 euros e um total decapital próprio de 52.338.218 euros, incluindo um resultado líquido de 17.915.031 euros, aDemonstração consolidada dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstraçãoconsolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentesAnexos.

RESPONSABILIDADES2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações

financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição finan-ceira do conjunto das empresas englobadas na consolidação, o resultado consolidado dassuas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas ecritérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apro-priados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

ÂMBITO4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as

Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quaisexigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segu-rança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de dis-torções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:- a verificação das demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidação

terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o nãotenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divul-gações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critériosdefinidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação;- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação

uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações

financeiras consolidadas.5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da

nossa opinião.

OPINIÃO6. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1, apre-

sentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, aposição financeira consolidada da "CIN - CORPORAÇÃO INDUSTRIAL DO NORTE,S.A.", em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxosconsolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal, aplicados de forma consistente.

ÊNFASE7. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para a situação

seguinte:7.1. Em exercícios anteriores o activo imobilizado corpóreo foi reavaliado de acordo com as

disposições legais aplicáveis e ainda através de uma reavaliação extraordinária, como éreferido no Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados.

Maia, 14 de Março de 2003António Magalhães & Carlos Santos, SROC

representada por: António Monteiro de Magalhães, R.O.C. n.º 179

RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNOIntrodução1. Para os efeitos do artigo 245.º d os Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de

Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e asdemonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de2002 da CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A., e subsidiárias (Grupo CIN, Notas 1 e2), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002 que eviden-cia um total de €159.666.209 e capitais próprios de €52.338.218, incluindo um resultado líqui-do de €17.915.031, as Demonstrações consolidadas de resultados por naturezas e porfunções, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela datae os correspondentes anexos.

Responsabilidades2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa; (i) a preparação de

demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada aposição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consoli-dado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa; (ii) que a informação finan-ceira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceitese que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido peloCódigo dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos ade-quados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação dequalquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresasincluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos docu-mentos de prestação de contas acima referidas, incluindo a verificação se, para os aspectosmaterialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conformeexigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profis-sional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que esteseja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre seas demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente rele-vantes. Este exame inclui a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantiase informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas,baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação. Este exame inclui, igualmente: a verificação das operações de consolidação e aaplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente exami-nadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação; a apreciaçãosobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e asua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; a verificação da aplicabilidade do princípiode continuidade das operações; a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apre-sentação das demonstrações financeiras consolidadas; e a apreciação, para os aspectos mate-rialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objec-tiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informaçãofinanceira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos deprestação de contas consolidadas. Entendemos que, quer o nosso exame, quer os relatóriosdos outros auditores relativamente a empresas subsidiárias, proporcionaram uma baseaceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião5. Em nossa opinião, com base na nossa auditoria e nos relatórios de outros auditores relativa-

mente a empresas subsidiárias, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no pará-grafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos mate-rialmente relevantes, a posição financeira consolidada da CIN - Corporação Industrial doNorte, S.A., e suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado dassuas operações e os seus fluxos consolidados de caixa para o exercício findo naquela data, emconformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a infor-mação nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas noparágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Porto, 18 de Março de 2003

Magalhães, Neves e Associados - SROCRepresentada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

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Aos nossos Accionistas,

No cumprimento das obrigações legais e designadamente do disposto no Art.º 508-A do Códigodas Sociedades Comerciais, submetemos a V. Ex.as. o relatório consolidado de gestão, o ba-lanço consolidado, a demonstração consolidada de resultados e o anexo ao balanço e demons-tração consolidados do exercício de 2002.

MEIO ENVOLVENTEENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO

O ano 2002 iniciou-se com alguns sinais de recuperação da economia Americana, que rapida-mente não se confirmaram, surgindo novos riscos decorrentes do aumento de preço dematérias-primas, nomeadamente o petróleo. Por outro lado, os mercados financeiros já a sofre-rem do apavoramento dos investidores em não obterem o retorno esperado sobre os investi-mentos efectuados, nomeadamente nos sectores tecnológicos e de comunicação, sofreramimpactos adicionais decorrentes dos processos de más políticas de governo das sociedades, quevieram a lume após o caso Enron, mergulhando-os numa das maiores crises de confiança, espe-lhada no retroceder dos índices para níveis anormalmente baixos.

A zona Euro mantém-se estagnada, assente na debilidade do consumo privado e volume deinvestimento, sendo preocupante a situação da Alemanha e da Itália.

A economia Nipónica mantém-se numa espiral deflacionista cujo fim é difícil de prever.

Os efeitos colaterais das ameaças de guerra e terrorista aprofundaram os sinais de abranda-mento de actividade, espalhando-se rapidamente por todo o mundo.

PORTUGAL

A economia Portuguesa estagnou em 2002, tendo possivelmente entrado em recessão, pelo quevoltou a alargar-se o fosso em matéria de convergência com as economias da UE.

A evolução Internacional condicionou o desempenho do sector exportador, ao mesmo tempoque se registava um abrandamento em todas as componentes da procura interna, com especialênfase no consumo privado e contracção do investimento.

Este abrandamento está sustentado no menor rendimento disponível das famílias, decorrenteda evolução moderada dos salários e quebra do nível de emprego, o que influenciou o grau deconfiança destas para manter o consumo em patamares de anos anteriores, tanto mais que oseu grau de endividamento já é bastante elevado.

Por outro lado, foi necessário tomar medidas duras, sobretudo por via da redução do investi-mento público e procura de receitas extraordinárias, para correcção do défice das contas doEstado, o que teve impacto significativo na esfera económica.

O investimento manteve-se em quebra, essencialmente pela forte travagem da construção eretracção das empresas em avançar com novos projectos numa conjuntura económica difícil.

O elevado endividamento de particulares e das empresas, bem como a diminuição de liquidezdo sistema bancário, contribuíram para potenciar esta evolução.

MERCADOS

O MERCADO GLOBAL

O mercado de tintas tem vindo a consolidar-se essencialmente nos sectores cuja capacidade deintervenção passa por ganhar massa crítica em termos globais, de forma a responder aos efeitosde concentração que se estão a processar, quer a nível de fornecedores, quer a nível de clientes.É o caso da repintura automóvel – anticorrosão e outros subsegmentos muito específicos naárea das tintas para indústria. Quanto ao sector de tintas decorativas começam a despontarmovimentos, por parte dos fundos de capital de risco, a tomar posições em empresas específi-cas o que, atendendo à política de investimento normalmente por eles seguida, antecipa modi-ficações estruturais neste segmento.

A indústria de tintas na Península Ibérica denota algumas fraquezas estruturais como a falta deescala a nível internacional, a não integração de activos e custos de agência elevados. Assim,vemos como é necessário prosseguir o processo de consolidação, quer por fusões e aquisições,quer pelo estabelecimento de alianças estratégicas.

No passado temos tido uma intervenção activa e continuamos atentos e com vontade de agar-rar as oportunidades que surjam.

O MERCADO NATURAL

Apesar da conjuntura económica desfavorável reforçámos durante 2002 a nossa liderança domercado Ibérico, que terá caído cerca de 3%, evidenciando o Grupo um crescimento de 1,4%,sustentado na capacidade de adaptação da sua cadeia de valor às mutações do mercado. Assim,aprofundámos a nossa focalização:

• Respondendo ou antecipando as necessidades dos clientes;

• Intervindo nos segmentos de maior valor acrescentado;

• Refinando o nosso modelo de negócio, garantindo criação de valor aos accionistas e parceirosde negócio.

VISÃO FINANCEIRA

MELHORIA DA PERFORMANCE

No ano de 2002 o volume de negócios ascendeu a 98.118 KEuros, o que representa um cresci-mento de 2,5% face ao ano anterior. A evolução evidenciada é extremamente relevante, dadoque se concretizou num contexto macroeconómico adverso, de quebra do mercado, con-cretizando ganhos de quota de mercado.

Também a evolução da margem bruta percentual foi positiva, situando-se nos 48,8% face aos47,6% de 2001, e resultou do enriquecimento do mix de produtos e da evolução positiva do custode matérias-primas.

Reflectindo a pressão inflacionista assim como termos uma estrutura que em termos normaisgarante um volume de actividade manifestamente superior, os custos operacionais evoluíramacima do crescimento das vendas. Atendendo à perspectiva sombria de evolução da conjunturaeconómica, aprofundamos o grau de conservadorismo de cobertura do risco de actividade. Poroutro lado, o forte investimento em sistemas de informação bem como a manutenção do nossoplano de investimentos determinou um aumento do nível de amortizações. Resultante dareestruturação do Grupo a componente de proveitos suplementares apresentou uma redução de1.787 KEuros.

A evolução descrita determinou uma quebra do Resultado Operacional de 15,8% face ao perío-do homólogo do ano anterior, cifrando-se em 14.634 KEuros.

Decorrente da introdução do método de equivalência patrimonial, da evolução positiva dascomponentes financeira e extraordinária, assistimos a um crescimento de 2% dos resultadosantes de impostos.

O Resultado Líquido de M€ 17,9 é superior em 70% ao de 2001, motivado pelo processo dereestruturação do Grupo e pelo registo da rubrica de impostos diferidos.

MERCADO MONETÁRIO

Durante o ano de 2002 as taxas de juro mantiveram a tendência de redução, ao mesmo tempoque se consolidaram as dificuldades de liquidez da banca portuguesa. Por outro lado, o elevadonúmero de escândalos financeiros internacionais, bem como a evolução das bolsas determi-naram um aumento do prémio de risco pedido pelos investidores em operações creditícias.

Neste quadro, o Grupo deu relevo à componente liquidez na montagem das operações, uti-lizando linhas de curto prazo. No 4º trimestre iniciámos um processo de avaliação de refinan-ciamento da dívida no sentido de aumentar a sua maturidade.

O custo do endividamento em 31 Dezembro de 2002 era de 3,6%, reflectindo uma margem de66 pontos base contra a Euribor a 3 meses.

Descrição da evolução da cotação

Em 2002 aprofundaram-se os sinais de crise das bolsas internacionais, reflectindo o pessimismoquanto à evolução da economia mundial. Após o terramoto verificado na cotação das empresastecnológicas e de comunicação, surge o caso Enron e avolumam-se os casos de deficiente gover-no das sociedades que ampliam um sentimento de desconfiança dos investidores para níveisalarmantemente elevados.

A bolsa de Lisboa voltou a reflectir um comportamento negativo, tendo o índice PSI 20 caído25,6%.

O comportamento da CIN voltou a ser excelente; assim, a cotação de 6,10 Euro em 31Dezembro reflecte um crescimento de 18,5%.

A nossa performance resulta de alguns factos. Num mercado em quebra os investidores, ouprocuram liquidez, ou acções de refúgio. A CIN, apesar da conjuntura económica difícil, foianunciando ao mercado uma performance bastante positiva, pelo que o interesse dos investi-dores em comprar acções CIN manteve-se. Por outro lado, o mercado de tintas ainda tem umaampla capacidade de consolidação pelo que, sempre que surgem movimentos nesse sentido, aCIN é vista como sendo uma componente a ter uma intervenção nesse processo. Durante o anodesencadearam-se algumas operações de tomada de posição por parte de fundos de capitais derisco em empresas internacionais que poderão prenunciar algum rearranjo do mercado peloque, nomeadamente no final do ano, beneficiámos deste processo, tendo-se verificado um ele-vado número de transacções que consolidaram a evolução positiva da cotação.

A evolução do mercado de capitais ao longo de 2002 demonstrou o que tínhamos perspectivadoem 2001, ou seja, os investidores continuam a exigir um elevado prémio de risco, o retorno dosinvestimentos no mercado de capitais mantém-se em níveis baixos. Não vemos no imediatoalteração deste quadro, o que pode penalizar a evolução do estado de desenvolvimento doGrupo, dado que será difícil nesta situação podermos contar com o mercado de capitais enquan-to factor integrador do processo de consolidação no mercado de tintas.

Descrição da política de distribuição de dividendos

Temos mantido uma política consistente de distribuição de dividendos, consubstanciada na dis-tribuição de 30% a 40% do resultado líquido recorrente. Nesse contexto, iremos propor àAssembleia Geral a distribuição de um dividendo de 3,8 milhões de Euros, ou seja, um dividen-do bruto de 15,2 cêntimos por acção, o que, em termos líquidos, se expressa em 12,16 cêntimos,representando um pay-out de 21,2% sobre o resultado líquido, sensivelmente abaixo do patamaratrás referenciado dado o carácter excepcional da performance relevada em 2002 e a necessi-dade de reter meios para fazer face aos projectos de investimento que temos em desenvolvi-mento.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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relatório e contas 2002

ANEXO

INos termos e para os efeitos do disposto no nº 1 do artigo 447.º do Código das SociedadesComerciais, no artigo 246.º do Código de Valores Mobiliários e artigo 7.º do Regulamento n.º11/2000, informa-se que os movimentos de valores mobiliários efectuados pelos membros dosórgãos sociais da sociedade, com referência ao exercício de 2002, foram os seguintes:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio Luís Martins Serrenho - Presidente

AcçõesEm 01/01/2002 era titular de 330.000 ordinárias. No decurso do exercício de 2002 não realizouquaisquer operações de compra e venda de acções da sociedade pelo que em 31/12/2002 eratitular das mesmas 330.000 acções ordinárias no capital social da CIN.

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice-PresidenteAcções

Em 01/01/2002 era titular de 822.595 acções ordinárias no capital social da CIN. Em 27/12/2002vendeu 100 acções ordinárias a €6,30; em 30/12/2001 vendeu 12.500 acções ordinárias a €6,20;em 30/12/2002 vendeu 5.000 acções ordinárias a €6,18; em 31/12/2002 vendeu 971 acçõesordinárias a €6,10. Assim, em 31/12/2002 era titular de 804.024 acções ordinárias no capitalsocial da CIN.

Ângelo Barbedo César Machado - VogalAcções

Em 01/01/2002 era titular de 28.500 acções ordinárias no capital social da CIN. Em 30/12/2002vendeu 26.500 acções ordinárias a €6,19. Assim, em 31/12/2002 era titular de 2.000 acçõesordinárias no capital social da CIN.

CONSELHO FISCALArmando José Fonseca Pinto - Vogal

AcçõesEm 01/01/2002 era titular de 70 acções ordinárias no capital social da CIN. No decurso do anode 2002 não realizou quaisquer operações de compra e venda de acções da sociedade, pelo queem 31/12/2002 era titular das mesmas 70 acções ordinárias no capital social da CIN.

IINos termos do n.º 2 da alínea d) do artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais respei-tante aos accionistas, Senhores Engenheiro António Luís Martins Serrenho e Engenheiro JoãoManuel Fialho Martins Serrenho:

SF-SOCIEDADE DE CONTROLO, S.A.(Sociedade Gestora de Participações Sociais)

AcçõesEm 01/01/2002 era titular de 13.907.903 acções ordinárias no capital social da CIN. No decursodo ano de 2002 não realizou quaisquer operações de compra e venda de acções da sociedade,pelo que em 31/12/2002 era titular das mesmas 13.907.903 acções ordinárias no capital social daCIN.

IIINos termos do artigo 448.º do Código das Sociedades Comerciais, e conforme notas do Anexoao Balanço, informamos que, com referência ao exercício de 2001, é accionista com mais de10% do capital social:

SF-SOCIEDADE DE CONTROLO, S.A.(Sociedade Gestora de Participações Sociais)

55,63 %

IVAinda nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 246.º do Código de ValoresMobiliários e artigo 7.º do Regulamento n.º 11/2000, informa-se que os titulares de partici-pações qualificadas, bem como o respectivo nº de acções, percentagem e direitos de voto, comreferência ao mesmo exercício, eram os seguintes:Accionista Acções Percentagem Votos Direitos

no Capital de Voto

SF – Sociedade de Controlo, S.A. (SGPS) 13.907.903 55,63% 139.079 58,52%António Luís Martins Serrenho 330.000 1,32% 3.300 1,39%João Manuel Fialho Martins Serrenho 804.024 3,22% 8.040 3,38%M.ª João Fialho Martins Serrenho Santos Lima 600.000 2,40% 6.000 2,52%

(a) 15.641.927 62,57% 156.419 65,81%M.ª Francisca Fialho Martins Serrenho Bulhosa 760.000 3,04% 7.600 3,20%

Whangarei Investments Ltd 2.554.726 10,22% 25.547 10,75%Lotus Holding & Finance, Ltd 1.696.298 6,79% 16.962 7,14%

(b) 4.251.024 17,01% 38.174 17,89%(a) Participação qualificada no âmbito do nº 1 alínea b) e d) do artigo 20º do C.V.M.(b) Participação detida por empresas controladas directa e indirectamente pelo Banco Privado Português.

Informação relativa a 26 de Setembro de 2002

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice-PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

PRESPECTIVAS

O desempenho do Grupo em 2002 reforça a percepção de que detemos o conhecimento e osinstrumentos necessários para suplantar condições de mercado adversas, relevando uma perfor-mance positiva.

No entanto, temos consciência de que estamos integrados num mercado e não somos totalmenteimunes ao quadro que nos rodeia.

A recuperação económica não é previsível no imediato e poderá mesmo aprofundar-se con-soante o evoluir da crise do Iraque.

Desta forma, não esperamos muito do mercado em termos de crescimento, continuando a apos-tar na melhoria da performance e reforçando a disciplina financeira.

Neste entorno, continuaremos a desenvolver a mesma actividade com especial realce para asseguintes componentes:

• O crescimento do segmento da renovação e reparação para o qual o Grupo está vocacionadoe para o qual perspectivamos forte crescimento decorrente da revisão das leis do arrenda-mento, dado julgarmos estar encerrado o processo de construção de habitação nova emgrande escala;

• A abertura de lojas, alargando a capacidade de resposta ao cliente;

• A nossa intervenção no mercado Espanhol, de forma a atenuar o desequilíbrio entre os pesosrelativos que temos nos dois mercados Ibéricos, pelo que temos perspectivado investir numanova fábrica, na região de Montcada, que duplicará a capacidade produtiva e sustentará oplano de duplicação de quota de mercado nos próximos 5 anos;

• A intervenção em novos nichos de mercado, aportando a nossa capacidade integradora;

• O processo de optimização de operações, estando prevista a construção de um novo armazémcentral, representando um investimento de 6,5 milhões de euros que potenciará a nossacapacidade logística de forma apreciável;

• O alargamento da nossa intervenção nas áreas de indústria, avançando para novos mercadose consolidando o nosso posicionamento nos existentes, pelo que iremos investir 7,5 milhões deeuros numa nova fábrica de tintas em pó que nos dará uma capacidade de produção com signi-ficado a nível europeu.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

O Conselho de Administração da CIN propõe a seguinte afectação para o resultado líquido apu-rado no exercício, de € 17.915.030,76 (dezassete milhões novecentos e quinze mil e trinta Eurose setenta e seis cêntimos):

Reserva Legal €895.752,00

Reservas livres €12.219.278,76

Dividendos a distribuir €3.800.000,00

Distribuição aos Trabalhadores €1.000.000,00

O dividendo bruto por cada uma das 25.000.000 acções será de € 0,152 (quinze vírgula dois cên-timos), ao qual corresponderá o dividendo líquido de € 0,1216 (doze vírgula dezasseis cêntimos)para os accionistas residentes, e de € 0,1064 (dez vírgula sessenta e quatro cêntimos) para osaccionistas não residentes.

Nos termos do Artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 411/91 de 17 de Outubro, informamos que nãoexistem dividas à Segurança Social.

AGRADECIMENTOS

Aos nossos Clientes, razão principal da nossa existência, uma palavra de apreço pela confiançaque nos têm manifestado e pela colaboração prestada no desenvolvimento dos nossos produtos.

Aos nossos Colaboradores, agradecendo o empenho, a colaboração, a competência demonstra-da e a forma entusiástica como têm respondido ao esforço de crescimento e transformações doGrupo.

Às instituições de Crédito e aos nossos fornecedores, o nosso reconhecimento pela forma comonos têm apoiado.

Ao Conselho Fiscal e aos nossos Auditores, os nossos agradecimentos pelo conselho sempredisponível e competente.

Maia, 28 de Fevereiro de 2003

O Conselho de Administração

António Luís Martins Serrenho - PresidenteJoão Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice-Presidente

Ângelo Barbedo César Machado - Vogal

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relatório e contas 2002

2002 2001Activo Amortizações Activo Activo 2002 2001

Activo Notas bruto e provisões líquido líquido CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO NotasImobilizado: Capital próprio:

Imobilizações incorpóreas: Capital 36 e 40 25.000.000 25.000.000Despesas de instalação 97.700 97.700 - - Acções próprias - Valor nominal 40 (978.156) (909.539)Despesas de investigação e desenvolvimento 2.896.453 1.364.816 1.531.637 220.038 Acções próprias - Descontos e prémios 40 (3.473.037) (3.191.258)Propriedade industrial e outros direitos 79.420 1.445 77.975 5.384 Ajustamentos de partes de capital 40 (17.353.183) -Trespasses 16.211 - 16.211 16.211 Reservas de reavaliação 40 2.758.445 2.758.445Diferenças na aquisição de participações financ. 16 972.436 194.488 777.948 - Reservas:Imobilizações em curso - - - 1.440.559 Reserva Legal 40 3.488.227 2.962.034

10 4.062.220 1.658.449 2.403.771 1.682.192 Outras reservas 40 25.078.135 19.373.141Resultados transitados 40 (97.244) -

Imobilizações corpóreas: Resultado líquido do exercício 40 17.915.031 10.523.851Terrenos e recursos naturais 6.483.024 - 6.483.024 6.578.081 52.338.218 56.516.674Edifícios e outras construções 28.246.624 16.595.738 11.650.886 10.856.997Equipamento básico 25.660.643 19.763.679 5.896.964 4.062.656 Passivo:Equipamento de transporte 3.492.003 3.130.056 361.947 825.145 Provisões para riscos e encargos 34 2.398.529 1.898.529 Ferramentas e utensílios 1.366.818 1.147.779 219.039 228.720Equipamento administrativo 9.562.107 7.801.519 1.760.588 1.769.666 Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:Taras e vasilhame 240.290 240.290 - - Empréstimos por obrigações 48 9.750.000 19.500.000Imobilizações em curso 423.508 - 423.508 1.350.087 Dívidas a instituições de crédito 48 1.160.839 1.836.483Adiantamentos p/ conta de imoblizações corpóreas 5.427 - 5.427 330.017 Subsídio reembolsável - 701.847

10 75.480.444 48.679.061 26.801.383 26.001.369 Fornecedroes de imobilizado 15 401.534 885.863Outros credores 2.579.513

Investimentos financeiros: 11.312.373 25.503.706Partes de capital em empresas do Grupo 16 26.953.449 32.547 26.920.902 35.479.642 Dívidas a terceiros - Curto prazo:

Títulos e outras aplicações financeiras 161.796 - 161.796 159.296 Empéstimos por obrigações 48 9.750.000 1.247.14410 e 34 27.115.245 32.547 27.082.698 35.638.938 Dívidas a instituições de crédito 48 17.135.526 9.181.078

Circulante: Fornecedores - c/c 16 11.483.819 11.491.671Existências: Fornecedores - facturas em recep. e conferência 716 1.719

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 41 5.678.857 108.173 5.570.684 4.915.655 Accionistas 29.875 27.309Produtos acabados e intermédios 42 5.949.732 283.416 5.666.316 4.983.618 Subsídio reembolsável 49 701.848 435.315Mercadorias 41 1.525.113 66.584 1.458.529 1.325.344 Fornecedores de imobilizado, c/c 15 1.612.994 1.251.209

34 13.153.702 458.173 12.695.529 11.224.517 Estado e outros entes públicos 51 1.455.426 4.447.492Outros credores 16 3.728.872 734.405

Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo: 45.899.076 28.817.342 Empresas do Grupo 16 575.139 - 575.139 629.558 Acréscimos e diferimentos:

Acréscimos de custos 52 3.542.147 3.031.028 Dívidas de terceiros - Curto prazo: Proveitos diferidos 52 420.080 535.532

Clientes, c/c 16 31.625.973 - 31.625.973 32.210.829 Passivos por impostos diferidos 6 240.384 279.137Clientes - Títulos a receber 741.485 - 741.485 167.383 4.202.611 3.845.697Clientes de cobrança duvidosa 3.170.919 2.702.384 468.535 262.535 Empresas do Grupo 16 1.815.681 - 1.815.681 74.107Adiantamentos a fornecedores 60.522 - 60.522 8.512Estado e outros entes públicos 51 4.140.248 - 4.140.248 48.475 Outros devedores 16 e 50 1.746.143 - 1.746.143 2.369.653

34 43.300.971 2.702.384 40.598.587 35.141.494Títulos negociáveis:Outras aplicações de tesouraria 1.476 - 1.476Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 2.221.963 2.221.963 1.353.778Caixa 73.762 73.762 116.195

2.295.725 2.295.725 1.469.973Acréscimos e diferimentos:

Acréscimos de proveitos 16 e 52 1.125.501 1.125.501 2.620.750Custos diferidos 52 1.555.344 1.555.344 1.322.503Activos por impostos diferidos 6 1.015.654 1.015.654 850.654

3.696.499 3.696.499 4.793.907

Total de amortizações 50.337.510

Total de provisões 3.193.104 Total do capital próprio

Total do activo 169.681.421 53.530.614 116.150.807 116.581.948 e passivo 116.150.807 116.581.948

O Técnico de Contas O Conselho de AdministraçãoAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(montantes expressos em euros)

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relatório e contas 2002

DEMONSTRAÇÕESDE FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

DEMONSTRAÇÕESDE RESULTADOS POR NATUREZA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

O anexo faz parte integrante da demonstração para o exercíciuo findo em 31 de Dezembro de 2002

Custos e perdas Notas 2002 2001

Custo das mercadorias vendidase das matérias consumidas:

Mercadorias 41 2.805.494 2.622.336Matérias 41 48.316.771 51.122.265 47.593.793 50.126.126

Fornecimentos e serviços externos 15.443.255 14.659.150Custos com o pessoal:

Remunerações 13.815.477 12.517.348Encargos sociais:

Pensões 519.929 341.410Outros 3.958.959 18.294.365 3.739.086 16.597.844

Amortiz. do imob.. corpóreo e incorpóreo 10 4.931.207 3.910.800Provisões 34 352.711 5.283.918 250.000 4.160.800

Impostos 143.215 133.182Outros custos e perdas operacionais 418.503 561.716 437.778 570.960

(A) 90.705.521 86.204.883Perdas em emp. do grupo e associadas 45 31.408 -Amortiz. e prov. de apl. e invest. financ. 45 97.244Juros e custos similares:

Outros 45 2.236.043 2.364.695 2.782.391 2.782.391(C) 93.070.216 88.987.274

Custos e perdas extraordinários 46 1.634.605 2.723.170

(E) 94.704.821 91.710.444Impostos s/ o rendimento do exercício 6 (1.345.502) 5.739.576

(G) 93.359.319 97.450.020Resultado consolidado líquido do exercício 17.915.031 10.523.851

111.274.350 107.973.871

Proveitos e ganhos Notas 2002 2001

Vendas:Mercadorias 3.444.545 3.483.734Produtos 94.557.797 92.203.546

Prestações de serviços 16 e 44 115.471 98.117.813 68.832 95.756.112Variação da produção 42 920.998 49.142Proveitos suplementares 16 4.618.060 6.405.579Outros proveitos e ganhos operacionais 1.682.838 6.300.898 1.367.718 7.773.297

(B) 105.339.709 103.578.551Ganhos em empresas do grupo e associad. 45 5.052.682 -Rendimentos de participações de capital 45 5.985 -Outros juros e proveitos similares:

Outros 45 169.703 5.255.370 1.797.318 1.797.318(D) 110.595.079 105.375.869

Proveitos e ganhos extraordinários 46 679.271 2.598.002(F) 111.274.350 107.973.871

Resumo:

Resultados operacionais: (B)-(A) = 14.634.188 17.373.668

Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) = 2.890.675 (985.073)

Resultados correntes: (D) - (C) = 17.524.863 16.388.595

Resultados antes de impostos: (F) - (E) = 16.569.529 16.263.427Resultado líquido do exercício: (F) - (G) = 17.915.031 10.523.851

O Técnico de Contas O Conselho de AdministraçãoAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho Vice PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

2002 2001

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 114.156.031 101.876.222

Pagamentos a fornecedores (72.888.623) (67.815.258)

Pagamentos ao pessoal (11.103.692) (10.255.342)

Fluxos gerados pelas operações 30.163.716 23.805.622

Pagamento/receb.do imposto sobre o rendimento (7.322.415) (4.924.677)

Outros receb./paga. relat. à actividade operacional (12.599.966) (9.110.976)

Fluxos gerados antes das rubricas extraord. (19.922.381) (14.035.653)

Receb. relacionados c/ rubricas extraordinárias 36.800 58.687

Pagam. relacionados com rubricas extraordinárias (77..518) (71.641)

(40.718) (12.954)

Fluxos das actividades operacionais (1) 10.200.617 9.757.015

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas 179.209 48.273

Subsídios de investimento - 249.399

176.209 297.672

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros (3.502.500) (120)

Imobilizações corpóreas (5.567.960) (4.948.020)

(9.070.460) (4.948.140)

Fluxos das actividades de investimento (2) (8.894.251) (4.650.468)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 36.933.106 58.510.885

Dividendos 2.060.389 1.497.391

Juros e proveitos similares 123.403 238.031

39.116.898 60.246.307

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (33.920.230) (60.506.590)

Juros e custos similares (2.133.700) (2.564.686)

Dividendos (3.193.186) (2.714.887)

Aquisição de acções próprias (350.396) (586.377)

(39.597.512) (66.372.540)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (480.614) 6.126.233

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) 825.752 (1.019.686)

Caixa e seus equivalentes no início do período 1.469.973 2.489.659

Caixa e seus equivalentes no fim do período 2.295.725 1.469.973

O Técnico de Contas O Conselho de AdministraçãoAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

(montantes expressos em euros) (montantes expressos em euros)

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relatório e contas 2002

ANEXO À DEMONSTRAÇÃODE FLUXOS DE CAIXA

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002(Montantes expressos em euros)

1. AQUISIÇÃO/ALIENAÇÃO DE PARTES DE CAPITALRelativamente à aquisição e alienação de partes de capital ocorridas em cada um dos exer-cícios de 2002 e 2001, o detalhe é conforme segue:

a) 2002Aquisição:

Reforço dos capitais próprios da Nitin 3.500.000Outros 2.500

3.502.500b) 2001Aquisição:

Outros 120

Os pagamentos e recebimentos relativos a estas aquisições processaram-se através de caixaou equivalentes.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTESA discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2001 e 2000, e a recon-ciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constante do balanço naquelasdatas, são como segue:

2002 2001

Numerário 3.744 1.933Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 2.221.963 1.353.778Equivalentes a caixa 70.018 114.262

Caixa e seus equivalentes 2.295.725 1.469.973

Disponibilidades constantes do balanço 2.295.725 1.469.973

3. ACTIVIDADES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIASA Empresa tem disponível linhas de crédito no montante de € 13.750.000 que poderão serutilizadas para futuras actividades operacionais e para satisfazer compromissos financeiros,não havendo qualquer restrição à utilização dessa facilidade.

O TÉCNICO DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho -Vice-PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2001

(Montantes em euros)

1. INTRODUÇÃO

A CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A., Sociedade Aberta ("CIN" ou "Empresa") é umasociedade anónima constituída em 23 de Outubro de 1926 que tem como actividade principal aprodução e comercialização de tintas, vernizes e produtos afins. As suas acções estão cotadas naEuronext Lisboa desde 1988.

A CIN encabeça um Grupo, cujas empresas e respectivas sedes em 31 de Dezembro de 2002 sãocomo segue:

Empresas Sede

Detidas directamente pela CIN:

Cin – Aluguer e Gestão de Veículos,Soc. Unipessoal, Lda. (“Cin Aluguer”) Maia

Cin International B.V. (“Cin BV”) Amesterdão (Holanda)Cin – Tintas para Repintura Automóvel, Lda. (“Cin Repintura”) MaiaGalvameta - Galvanização e Metalurgia, S.A. (“Galvameta”) MaiaLacocentral – Comércio e Representações, Lda. (“Lacocentral”) CoimbraLacose, Sotinco - Tintas e Vernizes, Soc. Unipessoal, Lda. (“Lacose-Sotinco”) MaiaNitin - Nova Indústria de Tintas, S.A. (“Nitin”) LisboaTintas Cin (Açores), Lda. (“Cin Açores”) S. MiguelTintas Cin (Madeira), Lda. (“Cin Madeira”) FunchalTintas Cin Angola, S.A. (“Cin Angola”) Benguela (Angola)Tintas Cin Guiné, Lda. (“Cin Guiné”) Bissau (Guiné)Tintas Cin (Macau), Lda. (“Cin Macau”) Macau

Outras participações detidas indirectamente pela CIN:Barnices Valentine, S.A. (“Barnices Valentine”) Montcada (Espanha)Pinturas Cin Canarias, S.A. (Pinturas Cin Canarias)- ex- Disa Pinturas, S.A. Canárias (Espanha)Tintas Cin Moçambique, S.A. (“Cin Moçambique”) MaputoCoatings RE, S.A. LuxemburgoNictrading - Comércio Internacional, Lda. (“Nictrading”) Funchal

As notas que seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade e aque-las não incluídas neste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é rele-vante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.

2. COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃOA Empresa passou a aplicar, a partir de 2002 e em conformidade com a Directriz Contabilísticanº 9/92, o método de equivalência patrimonial na valorização das participações financeiras deti-das directa e indirectamente em empresas do Grupo. Consequentemente, a comparabilidadedas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 com as do exercício anterior éafectada por esta alteração (Notas 10, 16, 40 e 45).

3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOSAs demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade dasoperações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo comprincípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeirasforam os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreasAs imobilizações incorpóreas, que são constituídas principalmente por despesas com aumentosde capital, trespasses, investigação e desenvolvimento e outras despesas de instalação e expan-são, são amortizadas, com excepção dos trespasses que não são amortizados, pelo método dasquotas constantes durante um período de três anos.Adicionalmente, a rubrica "Diferenças na aquisição de participações financeiras" que resulta daaplicação do método de equivalência patrimonial e compreende a diferença entre o custo deaquisição de participações e a proporção dos capitais próprios adquiridos (Nota 3 e), é amorti-zada numa base sistemática durante o período de recuperação daqueles investimentos, estima-do em dez anos.

b) Imobilizações corpóreasAs imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se registadas aocusto de aquisição, reavaliado de acordo com as disposições legais (Nota 12) e relatórios deavaliadores imobiliários independentes. As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela dataencontram-se registadas ao custo de aquisição.Os encargos com conservação e reparação, que não aumentam a vida útil ou não representambenfeitorias ou melhorias significativas nos elementos do imobilizado, são registados como cus-tos de exercício.As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as seguintesvidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 20 - 50Equipamento básico 7 - 16Equipamento de transporte 4 - 5Ferramentas e utensílios 4 - 14Equipamento administrativo 3 - 14Taras e vasilhame 5 - 11

Relativamente às adições do ano, a Empresa calcula um ano de amortizações, independente-mente do mês de entrada em utilização do respectivo bem.

c) Locação financeiraOs activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as cor-respondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com estemétodo o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabili-

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS POR FUNÇÕESPARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes em euros)

2002 2001

Vendas e prestações de serviços 98.117.813 95.756.112Custos das vendas e das prestações de serviços (57.491.270) (56.817.129)

Resultados brutos 40.626.543 38.938.983

Outros proveitos e ganhos operacionais 2.284.332 4.265.646 Custos de distribuição (19.653.012) (17.805.302)Custos administrativos (7.603.679) (4.689.952)Outros custos e perdas operacionais (1.972.966) (3.571.637)

Resultados operacionais 13.681.218 17.137.738

Custo líquido de financiamento (1.426.245) (2.045.310)Ganhos (perdas) em filiais e associadas 4.930.515 1.497.391 Ganhos (perdas) em outros investimentos - -Resultados não usuais ou não frequentes (615.959) (326.392)

Resultados correntes 16.569.529 16.263.427Impostos sobre resultados correntes 1.345.502 (5.739.576)

Resultados correntes após impostos 17.915.031 10.523.851Resultados extraordinários - -

Impostos sobre resultados extraordinários - -Resultados líquidos 17.915.031 10.523.851

Resultados por acção ( em euro) 0,75 0,42

O TÉCNICO DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho - Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho -Vice-PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

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o) Acções próprias

As acções próprias são registadas ao custo de aquisição, a deduzir aos capitais próprios, sendoas mais ou menos valias geradas com a sua alienação registadas directamente na rubrica do ca-pital próprio "Outras reservas" (Nota 40).

p) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeiraOs activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros, utilizando-se as taxas de conversão oficiais vigentes nas datas dos balanços. As diferenças de câmbio,favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na datadas transacções e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, foramregistadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício.

q) Impostos diferidosOs impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos epassivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tribu-tação (Nota 6).Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando astaxas de tributação que se esperam estarem em vigor à data da reversão das diferenças tem-porárias.Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativasrazoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectu-ada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidosno sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por nãoterem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dos impostosdiferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

6. IMPOSTOS SOBRE LUCROSA CIN encabeça o grupo de empresas (Grupo Cin) que são tributadas de acordo com o RegimeEspecial de Tributação dos Grupos de Sociedades ("RETGS").De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisãoe correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos paraa Segurança Social até 2000, inclusivé, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenhamhavido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em cursoinspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias,os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anosde 1999 a 2002 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão e eventuais correcções. O Conselho deAdministração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões porparte da administração tributária à situação fiscal e parafiscal da Empresa em relação aos exer-cícios em aberto não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas.Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, aEmpresa encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas pre-vistas no artigo mencionado.O Imposto sobre o Rendimento (IRC) contabilizado na demonstração dos resultados do exer-cício findo em 31 de Dezembro de 2002 encontra-se ajustado pelo efeito da contabilização dosimpostos diferidos, de acordo com a Directriz Contabilística nº 28.O detalhe dos montantes e natureza dos activos e passivos por impostos diferidos registados noexercício de 2002 e exercícios anteriores, pode ser resumido como segue (Débitos/(Créditos)):

Activos por Passivo por Reflectido Reflectido imposto imposto em resultados em exercíciosdiferido diferido 2002 anteriores

Provisões constituídas enão aceites como custos fiscais 1.015.654 - (165.000) (850.654)

40% das amortizações resultantesdas reavaliações legais efectuadas - (114.691) (21.028) 135.719

Efeito do reinvestimento de mais valias

geradas com alienações de imobilizações - (125.693) (17.725) 143.418

1.015.654 (240.384) (203.753) (571.517)

Adicionalmente, a rubrica da demonstração de resultados "Impostos sobre o rendimento doexercício" foi determinada como segue:

Imposto sobre o rendimento do exercício de 2002 da CIN (Nota 51) (1.141.749)Impostos diferidos líquidos do exercício de 2002 (203.753)

(1.345.502)

A CIN recebeu em exercícios anteriores diversas liquidações adicionais em sede de Impostosobre o Rendimento das Pessoas Colectivas relacionadas com diferentes alegações relativas aosexercícios de 1991 a 1994, tendo a Empresa recebido, durante o primeiro semestre de 2002,despacho favorável da administração tributária relativamente à liquidação adicional respeitanteao exercício de 1991. Em Dezembro de 2002, no âmbito do "Regime Excepcional deRegularização de Dívidas ao Fisco e Segurança Social" (Decreto Lei 248-A/2002 de 14 deNovembro) a Empresa procedeu ao pagamento de liquidações adicionais em sede de Impostosobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, as quais tinham sido anteriormente reclamadasjunto das autoridades competentes. A Empresa registou a débito da rubrica de "Estado e outrosentes públicos" o montante de 288.575 Euros pago ao abrigo deste regime, e não criou qualquerprovisão para fazer face a eventuais riscos de recuperação do montante pago, por ser entendi-mento do Conselho de Administração da Empresa que o resultado da reclamação efectuada lheserá favorável.

Relativamente às restantes liquidações adicionais (as quais ascendem a, aproximadamente,2.980.000 Euros), dado o Conselho de Administração da Empresa discordar da qualificação dosfactos alegados pela administração tributária, as mesmas não foram pagas, tendo, no entanto, aEmpresa prestado as correspondentes garantias bancárias. Adicionalmente, estas liquidaçõesforam impugnadas judicialmente e, segundo o entendimento do Conselho de Administração daEmpresa, do desfecho final destas impugnações não resultarão efeitos significativos nas demon-strações financeiras anexas. Pelo facto de estar convencida do sucesso das impugnações, aAdministração decidiu não constituir qualquer provisão específica para estes efeitos.

dade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo,calculada conforme descrito na Nota 3.b), são registados como custos na demonstração dosresultados do exercício a que respeitam (Nota 15).

d) Aluguer de longa duraçãoOs contratos de aluguer de longa duração são registados pelo método operacional, em virtudedas características dos actuais contratos em vigor, pelo que as rendas são registadas como custona demonstração dos resultados do exercício na rubrica "Fornecimentos e serviços externos",durante o prazo do aluguer, bastante inferior aos correspondentes períodos de vida útil dos bensobjecto destes contratos. Adicionalmente, para os referidos contratos, não existem quaisquercompromissos de compra assumidos.

e) Investimentos financeirosOs investimentos financeiros em empresas do Grupo são registados, a partir de 2002 (Nota 2),pelo método da equivalência patrimonial, em conformidade com o disposto na DirectrizContabilística nº 9/92. De acordo com este método, as participações financeiras são inicialmentecontabilizadas pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido pela diferença entre essecusto e a proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou daprimeira aplicação do referido método, por contrapartida das imobilizações incorpóreas, narubrica "Diferenças na aquisição de participações financeiras" (Nota 10), ou de capitais próprios,na rubrica "Ajustamentos de partes de capital" (Nota 40). Adicionalmente, de acordo com estemétodo da equivalência patrimonial, as participações financeiras são periodicamente ajustadaspelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do Grupo, ou poroutras variações nos capitais próprios dessas empresas, por contrapartida de ganhos ou perdasfinanceiras (Nota 45) ou de ajustamentos de partes de capital (Nota 40), respectivamente. Osdividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos inves-timentos financeiros. Na aplicação do método de equivalência patrimonial, a Empresa expurgaos efeitos associados a ganhos e perdas gerados em transacções entre empresas do Grupo, bemcomo os efeitos de harmonização de políticas contabilísticas com impacto no apuramento dosresultados.As participações financeiras detidas nas empresas do Grupo – Tintas Cin Angola, S.A., TintasCin Guiné, Lda., Tintas Cin (Macau), Lda. e Lacocentral – Comércio e Representações, Lda. –encontram-se registadas ao custo de aquisição, sendo constituída uma provisão para reduzir osmesmos ao valor estimado líquido de realização em face, por um lado, das restrições motivadaspelos países onde se localizam, ou pelos efeitos não relevantes associados à sua inactividade. OConselho de Administração da CIN entende que a não aplicação do método de equivalênciapatrimonial a estas participações financeiras não produz um efeito relevante nas demonstraçõesfinanceiras anexas.

f) ExistênciasAs mercadorias e as matérias primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas aocusto médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Os produtos acaba-dos e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção (inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabrico), o qual é inferior aovalor de mercado.Existe uma provisão para depreciação de existências pela diferença entre o valor de custo e orespectivo valor de realização das existências no caso deste ser inferior ao custo (Nota 34).

g) Provisões para riscos e encargosA Empresa regista nesta rubrica as provisões constituídas que não se enquadram, pela suanatureza, na provisão para cobranças duvidosas, nem para depreciação de existências.Adicionalmente, nos exercícios em que são decididos e elaborados planos de reestruturação compotencial impacto em exercícios futuros, são constituídas provisões para outros riscos e encar-gos para fazer face aos mesmos (Nota 34).

h) Indemnizações ao pessoalA Empresa regista como custo extraordinário do exercício os encargos com rescisões de con-tratos de trabalho acordadas em cada exercício (Nota 46).

i) SubsídiosOs subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de imobiliza-ções corpóreas, são registados, apenas quando recebidos, como proveitos diferidos e reconheci-dos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações cor-póreas subsidiadas (Notas 46, 49 e 52).

j) Complementos de reformaA Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus colaboradores prestações pecuniáriasa título de complementos de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir estas responsabili-dades, a Empresa constituiu um fundo autónomo, cujas contribuições, efectuadas de acordocom cálculos actuariais de forma a compensar o custo normal de cada exercício, quandonecessárias, são registadas na demonstração dos resultados do exercício. Adicionalmente, emconformidade com a Directriz Contabilística nº 19/97, os desvios actuariais são registados comocustos ou proveitos do exercício em que ocorrem (Nota 31).

l) Especialização de exercíciosA Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização deexercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, inde-pendentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantesrecebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas nas rubricas"Acréscimos e diferimentos" (Nota 52).

m) Campanhas publicitáriasOs custos incorridos com campanhas publicitárias de lançamento de novas marcas/produtos sãoregistados como custos diferidos e reconhecidos na demonstração de resultados, numa base sis-temática, durante um período de três anos (Nota 52).

n) Distribuição de resultados aos colaboradoresA Empresa utiliza o procedimento de registar directamente nos capitais próprios a distribuiçãode resultados aos seus colaboradores, quando aprovada pela Assembleia Geral de Accionistas equando os pagamentos são efectuados (Nota 40). De acordo com a proposta do Conselho deAdministração para aprovação em Assembleia Geral de Accionistas, a distribuição aos seuscolaboradores, relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, ascende a 1.000.000Euros (920.000 Euros em 31 de Dezembro de 2001).

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7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL AO SERVIÇO DA EMPRESAEm 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o número de pessoal ao serviço da Empresa é o seguinte:

2002 2001Empregados 699 678Não efectivos 70 62

769 74010. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADODurante o exercício de 2002, o movimento ocorrido no valor do activo bruto das imobilizaçõesincorpóreas e corpóreas, nos investimentos financeiros bem como nas respectivas amortizaçõesacumuladas e provisões, foi o seguinte:

ACTIVO BRUTO

Saldos Alienações Saldos iniciais Aumentos e abates Transf. finais

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 97.700 - - - 97.700Despesas de investigação e

Desenvolvimento 626.703 - - 2.266.750 2.896.453Prop. ind. e outros direitos 6.691 72.729 - - 79.420Trespasses 16.211 - - - 16.211Diferenças na aquisição de

participações financeiros - 972.436 - - 972.436Imobilizações em curso 1.440.559 826.191 - (2.266.750) -

2.190.864 1.871.356 - - 4.062.220

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 6.578.081 403.702 (551.133) 52.374 6.483.024Edifícios e outras construções 26.138.189 1.327.923 (4.323) 784.835 28.246.624Equipamento básico 22.711.716 1.476.264 (431.627) 1.904.290 25.660.643Equipamento de transporte 3.984.720 45.720 (535.437) - 3.492.003Ferramentas e utensílios 1.294.465 66.540 (7.352) 13.165 1.366.818Equipamento administrativo 9.046.057 446.773 (265.846) 335.123 9.562.107Taras e vasilhame 240.290 - - - 240.290Imobilizações em curso 1.350.087 1.360.626 (68.473) (2.218.732) 423.508Adiantamentos p/ conta

de imobilizações corpóreas 330.017 169.841 (204.131) (290.300) 5.42771.673.622 5.294.389 (2.068.322) 580.755 75.480.444

Investimentos financeiros:Partes de cap. em emp. do Grupo 35.512.189 6.800.009 - (15.358.749) 26.953.449Títulos e outras aplicações financ. 159.296 2.500 - - 161.796

35.671.485 6.802.509 - (15.358.749) 27.115.245

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS E PROVISÕES

Saldos Alienações Saldos iniciais Aumentos e abates Transf. finais

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 97.700 - - - 97.700Despesas de inv. e desenv. 409.665 955.151 - - 1.364.816Propriedade ind.e out. direitos 1.307 138 - - 1.445Dif. na aquisição de part. financ.

(Notas 40 e 45) - 194.488 - - 194.488508.672 1.149.777 - - 1.658.449

Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 15.281.192 1.316.096 (1.550) - 16.595.738Equipamento básico 18.649.060 1.327.671 (213.0552) - 19.763.679Equipamento de transporte 3.159.575 459.765 (489.284) - 3.130.056Ferramentas e utensílios 1.065.745 87.203 (5.169) - 1.147.779Equipamento administrativo 7.276.391 785.183 (260.055) - 7.801.519Taras e vasilhame 240.290 - - - 240.290

45.672.253 3.975.918 (969.110) - 48.679.061

Investimentos financeirosPartes de cap. em emp. Grupo 32.547 - - - 32.547

As variações ocorridas em "Partes de capital em empresas do Grupo" dizem respeito aos efeitosda reestruturação efectuada em 2002 nas participações financeiras do Grupo e à aplicação pelaprimeira vez do método de equivalência patrimonial e podem ser resumidas conforme sedescreve nos parágrafos seguintes.Conforme referido na Nota 2, a Empresa passou a aplicar, a partir de 2002, o método deequivalência patrimonial na valorização de participações financeiras em empresas do Grupo,pelo que o movimento da rubrica "Partes de capital em empresas do Grupo" no exercício de2002 é justificado como segue:Custo de aquisição das participações em 31 de Dezembro de 2001 35.512.189

Reforço de capitais próprios da Nitin – Nova Indústria de Tintas, S.A 3.500.000Aquisição de participação de 50% da Pinturas Cin Canarias, S.A. 3.300.009Efeito da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial:

Diferenças na aquisição de participações financeiras (972.436)Ajust. de partes de capital relativos a exercícios anteriores (Nota 40) (17.353.183)Part. nos result. líquidos do exerc. de 2002 das empresas do Grupo (Nota 45) 5.021.274

Anulação dos dividendos distribuídos em 2002 pelas empresas participadase respeitantes aos resultados de 2001 (2.054.404)

Valor de balanço em 31 de Dezembro de 2002 26.953.449

O investimento financeiro detido pela CIN em 31 de Dezembro de 2001 na Barnices Valentine,S.A. assim como a participação financeira adquirida durante o exercício de 2002 correspon-

dente a 50% do capital da Pinturas Cin Canarias, S. A., foram utilizados no aumento de capi-tal da participada Cin Internacional BV integralmente subscrito pela CIN através de entradasem espécie correspondentes àqueles investimentos financeiros, no âmbito do processo derestruturação das participações do Grupo ocorrido no exercício de 2002.As transferências de "Imobilizações em curso" para "Despesas de investigação e desenvolvi-mento" correspondem à entrada em funcionamento do novo sistema informático - "ERP" daEmpresa. Parte das transferências registadas na rubrica "Equipamento básico" corresponde à transferên-cia de máquinas "Colormix" da rubrica "Mercadorias" para imobilizações corpóreas, em virtudede as mesmas se encontrarem ao serviço das delegações da Empresa (Nota 41).Em 31 de Dezembro de 2002, o valor bruto dos bens totalmente amortizados ascende a, aproxi-madamente, 31.146.758 Euros.

12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREASA Empresa reavaliou as suas imobilizações corpóreas nos exercícios anteriores ao abrigo daseguinte legislação:Decreto-Lei 219/82, de 2 de Junho Decreto-Lei 399-G/84, de 28 de DezembroDecreto-Lei 118-B/86, de 27 de Maio Decreto-Lei 111/88, de 2 de AbrilDecreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro Decreto-Lei 264/92, de 24 de NovembroDecreto-Lei 31/98, de 11 de Fevereiro

13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREASEm 31 de Dezembro de 2002, o detalhe dos custos históricos, líquidos de amortizações, deaquisição de imobilizações corpóreas e correspondente reavaliação é o seguinte:

Custos Valoreshistóricos Reavaliações reavaliados

Terrenos e recursos naturais 6.483.024 - 6.483.024Edifícios e outras construções 10.806.157 844.729 11.650.886Equipamento básico 5.872.822 24.142 5.896.964Equipamento de transporte 361.947 - 361.947Ferramentas e utensílios 219.039 - 219.039Equipamento administrativo 1.760.588 - 1.760.588

25.503.577 868.871 26.372.448Como resultado das reavaliações efectuadas (Nota 12), as amortizações do exercício findo em 31 de Dezembrode 2002, foram aumentadas em 115.977 Euros. Deste montante, 40% não é aceite como custo para efeitos dedeterminação da matéria colectável em sede de imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC).

15. LOCAÇÃO FINANCEIRAEm 31 de Dezembro de 2002, a Empresa tinha responsabilidades, como locatária, relativas arendas vincendas em contratos de locação financeira no montante de 885.863 Euros, as quais sevencem como segue:

Curto prazo2003 484.329Médio e longo prazo2004 401.534

885.863

16. EMPRESAS DO GRUPOEm 31 de Dezembro de 2002, a informação financeira obtida das demonstrações financeiras dasempresas incluídas na rubrica "Partes de capital em empresas do Grupo" naquela data, pode serresumida como segue

Percentagem Total do Total do Total de Resultadode participação activo capital próprio proveitos líquido

Cin BV 100,00% 21.532.143 17.424.512 251 (169.134)Nitin 100,00% 4.038.096 2.147.617 4.685.706 209.388Lacose Sotinco 100,00% 16.096.552 6.297.963 24.302.505 2.769.207Galvameta (a) 100,00% 93.760 82.335 - (2.644)Cin Angola (b) 99,99% - - - -Cin Açores 100,00% 2.883.216 828.136 4.459.418 346.685Cin Madeira 100,00% 2.891.037 469.989 4.746.645 80.140Cin Aluguer 100,00% 48.061 48.055 - (259)Cin Macau (b) 90,00% - - - -Cin Guiné (b) 51,00% - - - -Lacocentral (b) 85,00% - - - -Cin Repintura 90,00% 3.349 3.349 - (197)(a) Empresa desactivada em 31 de Dezembro de 2002.(b) Informação não disponível.

Em 31 de Dezembro de 2002, os principais saldos com as empresas do Grupo são como segue:Acréscimo de Outros

proveitos Clientes devedores Empresas Fornecedores Outros(Nota 52) c/c (Nota 50) do Grupo c/c credores

Lacose – Sotinco - 6.242.082 292.184 1.528.717 460 -Cin Açores - 1.372.389 1.247 572.218 - -Cin Madeira - 1.959.754 - 235.466 - -Barnices Valentine - 1.339.695 117.642 - (146.406) (3.303.101)Pinturas Cin Canárias - 280.874 6.863 - ( 3.611) -Nitin - 980.527 12.110 - - -Galvameta - - 10.082 - - -Cin Macau - 403.827 - 54.419 - -Cin Angola 190.000 268.313 63.805 - - -Cin Moçambique - 256.190 519.963 - - -Cin Guiné - 48.994 - - - -Cin Internacional BV - - 80.040 - - -Nictrading - 1.720.218 - - - -

190.000 14.872.863 1.103.936 2.390.820 (149.557) (3.303.101)

Os saldos da rubrica "Acréscimos de proveitos" e "Outros devedores" com as empresas sediadasno continente africano dizem respeito a "royalties" a receber ao abrigo de contratos estabeleci-

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relatório e contas 2002

Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 19/97, a Empresa registou na rubrica"Acréscimos de custos" o montante necessário para a cobertura das responsabilidades porserviços passados de acordo com o estudo actuarial reportado a 31 de Dezembro de 2002, nomontante de 590.756 Euros, determinado como segue e registado por contrapartida das rubri-cas abaixo indicadas:

Custo dos serviços correntes ("Custos com pessoal") 149.201Custo dos juros ("Custos com pessoal) 202.217Rendimento do fundo, líquido ("Custos com pessoal") 104.963Perdas (ganhos) actuariais ("Custos com pessoal") 48.541Custo dos serviços passados ("Custos diferidos") 85.834

590.756

Deste modo, o movimento ocorrido durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 narubrica "Acréscimos de custos" relativo a benefícios de reforma foi conforme segue:

Saldo em 31 de Dezembro de 2001 594.312Custos com pessoal e custos diferidos em 2002 590.756Contribuições para o Fundo de Pensões realizadas em 2002 (300.000)

Saldo em 31 de Dezembro de 2002 (Nota 52) 885.068

Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 19/97, a Empresa difere os ganhos ou per-das actuariais relacionados com alterações nos critérios actuariais no período estimado de per-manência dos empregados no activo, que actualmente ascende a 23 anos. Deste modo, o custodos serviços passados apurado no exercício de 2002, que compreende essencialmente os efeitosassociados a alterações no universo dos trabalhadores incluídos no Fundo de Pensões, foi regis-tado na rubrica "Custos diferidos" (Nota 52). O movimento ocorrido durante o exercício findoem 31 de Dezembro de 2002 na rubrica "Custos diferidos" relativo a benefícios de reforma foiconforme segue:

Saldo em 31 de Dezembro de 2001 125.508Custo de serviços passados diferido em 2002 85.834Amortização de custo de serviços passados em 2002 (14.653)

Saldo em 31 de Dezembro de 2002 (Nota 52) 196.689

32. GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2002, a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantiasbancárias prestadas a favor de outras entidades, como segue:

1ª Repartição de Finanças do concelho da Maia (Nota 6) 4.543.559IAPMEI 2.119.891Direcção Geral de Contribuições e Impostos 465.308Outros 89.537

7.218.29534. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2001, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Saldos Saldosiniciais Aumentos Reposições Utilizações finais

Para cobranças duvidosas 2.520.836 352.711 (27.852) (143.311) 2.702.384Para depreciação de existências 458.173 - - - 458.173Para investimentos financeiros 32.547 - - - 32.547Para outros riscos e encargos 1.898.529 500.000 - - 2.398.529

Durante o exercício de 2002, a Empresa reforçou a provisão para outros riscos e encargos nomontante de 500.000 Euros, por contrapartida da rubrica "Custos extraordinários" (Nota 46),para fazer face a riscos não cobertos expressamente pelas outras provisões.

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITALEm 31 de Dezembro de 2002, o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, é com-posto por 25.000.000 acções ao portador, de valor nominal de 1 Euro cada.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL SUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2002, a SF – Sociedade de Controlo, S.A. (SGPS) detém 55,63% do ca-pital da Empresa.

40. VARIAÇÃO NAS OUTRAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIODurante o exercício de 2002, ocorreram os seguintes movimentos nas outras rubricas de capitalpróprio:

Saldos Aplicação do Saldosiniciais Aumentos Diminuições resultado finais

Capital social 25.000.000 - - - 25.000.000Acções próprias-Valor nominal (909.539) (68.617) - - (978.156)Acções próprias-Desc. e prémios (3.191.258) (281.779) - - (3.473.037)Ajust. de partes de capital - - (17.353.183) - (17.353.183)Reserva de reavaliação 2.758.445 - - - 2.758.445Reserva legal 2.962.034 - - 526.193 3.488.227Outras reservas 19.373.141 127.336 - 5.577.658 25.078.135Resultados transitados - - (97.244) - (97.244)Resultado líquido do exercício 10.523.851 17.915.031 (4.420.000) (6.103.851) 17.915.031

56.516.674 17.691.971 (21.870.427) - 52.338.218

De acordo com a deliberação da Assembleia Geral de Accionistas de 21 de Maio de 2002, oresultado do exercício de 2001 foi aplicado na "Reserva legal" (526.193 Euros), "Outras reservas"(5.577.658 Euros), bem como na distribuição de dividendos aos accionistas no montante de3.500.000 Euros e de gratificações aos colaboradores da Empresa no montante de 920.000 Euros(830.498 Euros no exercício findo em 31 de Dezembro de 2001).

De acordo com o deliberado na mesma Assembleia Geral de Accionistas, o Conselho deAdministração da Empresa pode adquirir ou alienar acções próprias na Bolsa de Valores den-tro dos limites legais e outras condições relacionadas com o número de acções a adquirir, tendoainda sido fixados os preços mínimo e máximo de aquisição, os preços mínimos de alienação,

dos com essas entidades de prestação de serviços de assistência técnica, formação profissional,cedência de exploração de licença técnica e de utilização de marca.

Os saldos da rubrica "Empresas do Grupo" inclui o montante de 1.761.262 Euros relativo aoImposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas debitado pela Empresa às suas associadas(1.761.749 Euros) deduzido das retenções e pagamentos por conta efectuados por cada uma dasempresas participadas, resultante do cálculo deste imposto de acordo com o Regime Especial deTributação dos Grupos de Sociedades (Nota 6).

Adicionalmente, a conta a pagar à Barnices Valentine registada na rubrica "Outros credores" dizessencialmente respeito ao valor de aquisição pela Empresa da participação daquela entidadena Pinturas Cin Canárias (Nota 10).

As principais transacções entre a CIN e as empresas do Grupo acima referidas correspondem avendas de produtos e outras transacções, as quais podem ser resumidas como segue:

Outros ImpostoVendas proveitos corrente

(Nota 51)

Lacose - Sotinco 8.487.487 3.775.455 1.528.996Cin Açores 3.054.664 24.862 171.866Cin Madeira 3.707.959 33.417 60.887Barnices Valentine 4.850.523 191.941 -Pinturas Cin Canárias 883.128 2.849 -Nictrading 4.067.096 - -Nitin 2.420.085 166.642 -

27.470.942 4.195.166 1.761.749

Os valores registados como "Outros proveitos" dizem respeito a custos com pessoal e custosadministrativos debitados a estas empresas do Grupo, os quais se encontram registados na rubri-ca da demonstração de resultados "Proveitos suplementares".

Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, a Empresa preparou demonstrações financeiras consoli-dadas de acordo com a legislação em vigor, sendo o resumo dos principais dados financeirosconsolidados como segue:

2002 2001

Total do activo 159.666.209 149.546.925Total dos capitais próprios 52.338.218 39.447.915Total dos proveitos 171.081.638 169.709.593Resultado líquido consolidado do exercício 17.915.031 10.601.998

19. VALORES DE MERCADO DE ACTIVO CIRCULANTE

As diferenças entre os saldos contabilísticos e os valores de mercado foram registadas em 31 deDezembro de 2002, como provisões para depreciação de existências e clientes de cobrança duvi-dosa (Nota 34).

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

O Fundo de Pensões CIN, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987 e administradopela "SGF - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.", destina-se a garantir aos trabalha-dores que se reformem a partir daquela data, por invalidez ou por velhice, o direito a um com-plemento de reforma, pago mensalmente, cujo valor tem por base o vencimento ilíquido à datade reforma e é igual ao produto dos anos de serviço por 0,5% no máximo de 12,5% daquelevencimento.

De acordo com o relatório actuarial realizado pela sociedade gestora do Fundo, o valor actualdas responsabilidades por serviços passados com os colaboradores no activo e com os reforma-dos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, era como segue:

2002 2001

Activos 3.234.239 3.071.094Reformados 1.182.844 995.187

4.417.083 4.066.281

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo "Projected UnitCredit", tendo sido utilizadas as tábuas de mortalidade TV 73/77 e de invalidez SR (tábua deSuisse Re), bem como foram assumidos como pressupostos, taxas de crescimento salarial de 3%,taxas de rendimento do fundo de 5,5%, taxa zero de crescimento das pensões em pagamento,taxa de juro técnica de 4,5% e tabela de "turnover" estimada a partir da realidade verificada naEmpresa no período entre 1994 e 2002.

O movimento das responsabilidades por serviços passados entre 1 de Janeiro de 2002 e 31 deDezembro de 2002 pode ser resumido como segue:

Responsabilidades por serviços passados em 1 de Janeiro de 2002 4.066.281

Custo dos serviços correntes 149.201Custo dos juros 202.217Perdas (ganhos) actuariais 48.541Custo dos serviços passados 85.834Complementos de reforma pagos (134.991)

Responsabilidades por serviços passados em 31 de Dezembro de 2002 4.417.083

O movimento da situação patrimonial do fundo durante o exercício de 2002 foi como segue:

Saldo em 1 de Janeiro de 2002 3.504.954

Contribuições em 2002 300.000Rendimento do fundo, líquido (104.963)Complementos de reforma pagos (134.991)

Saldo estimado em 31 de Dezembro de 2002 3.565.000

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relatório e contas 2002

bem como os limites impostos à alienação de acções a favor de trabalhadores e membros dosórgãos sociais da Empresa. Durante o exercício de 2002, o aumento verificado na rubrica"Acções próprias" diz respeito à aquisição de 68.617 acções próprias, pelo que em 31 deDezembro de 2002 a Empresa tinha em carteira 978.156 acções próprias. De forma a cumprircom o Código das Sociedades Comerciais, a Empresa mantém indisponível uma reserva demontante igual àquele por que as acções próprias estão contabilizadas.

Desde 1997 o Grupo CIN tem um programa de atribuição de opções de compra de acções queabrange os membros do Conselho de Administração da Empresa e demais beneficiários. Asopções são concedidas individualmente por decisão da Comissão de Remunerações no caso dosmembros do Conselho de Administração e do Conselho de Administração no caso dos demaisbeneficiários. Todos os aspectos relacionados com a atribuição das referidas opções e respecti-vo exercício encontram-se detalhadamente descritos no Relatório de gestão.

O movimento ocorrido na rubrica "Ajustamentos de partes de capital" diz respeito aos efeitosacumulados, associados a exercícios anteriores, da aplicação, pela primeira vez em 2002, dométodo da equivalência patrimonial na valorização dos investimentos financeiros em empresasdo Grupo (Notas 2 e 10). Adicionalmente, o movimento ocorrido na rubrica "Resultados tran-sitados" reflecte a amortização das "Diferenças na aquisição de participações financeiras" respei-tante ao exercício de 2001, em virtude de a Empresa ter passado a valorizar os investimentosfinanceiros de acordo com o método da equivalência patrimonial (Nota 10).

O aumento da rubrica "Outras reservas" diz integralmente respeito aos dividendos do exercíciode 2001 correspondentes às acções próprias em carteira na data da respectiva distribuição.

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquidoanual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20%do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas podeser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada nocapital.

Reserva de reavaliação: Esta rubrica resulta da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuadanos termos da legislação aplicável (Nota 12). De acordo com a legislação vigente e as práticascontabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas poden-do apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital daEmpresa ou em outras situações especificadas na legislação.

41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDASO custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício de 2002 foi determi-nado como segue:

Matérias-primas,subsidiárias

Mercadorias e de consumo Total

Existências iniciais 1.391.828 5.023.828 6.415.656Compras 3.719.293 49.161.114 52.880.407Regularização de existências (780.514) (189.314) (969.828)Existências finais (1.525.113) (5.678.857) (7.203.970)

2.805.494 48.316.771 51.122.265Parte da regularização de existências – "Mercadorias" - corresponde à transferência de equipamento corpóreo"Colormix" para utilização em delegações próprias (Nota 10).

42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃOA variação da produção ocorrida no exercício de 2002 foi determinada como segue:

Existências finais 5.949.732Regularização de existências 238.300Existências iniciais (5.267.034)

920.998

43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAISAs remunerações dos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de2002 foram como segue:

Conselho de Administração 702.130Conselho Fiscal 15.962

44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOSDurante o exercício de 2002, o detalhe das vendas e prestações de serviços por mercadosgeográficos foi como segue:

Mercado interno 89.037.695Mercado externo 9.080.118

98.117.813

45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROSNos exercícios de 2002 e 2001, os resultados financeiros têm a seguinte composição:

2002 2001Custos e perdasJuros suportados 1.426.245 2.045.310Perdas em empresas do grupo (Nota 10) 31.408 -Amort. das “Difer. na aquisição de partic. financeiras” (Nota 10) 97.244 -Diferenças de câmbios desfavoráveis 11.574 11.317Descontos de pronto pagamento concedidos 615.360 584.137Outros custos e perdas financeiros 182.864 141.627

2.364.695 2.782.391Resultados financeiros 2.890.675 (985.073)

5.255.370 1.797.318

Proveitos e ganhosJuros obtidos 74.998 109.559Ganhos em empresas do grupo (Nota 10) 5.052.682 -Rendimentos de participações 5.985 1.497.391Diferenças de câmbio favoráveis 14.000 28.209Descontos de pronto pagamento obtidos 107.510 109.955Outros proveitos e ganhos financeiros 195 52.204

5.255.370 1.797.318

As "Perdas e Ganhos em empresas do Grupo" dizem respeito à quota parte na proporção dos resultados gera-dos pelas empresas do Grupo no exercício de 2002 após anulação dos ganhos e perdas gerados entre empresasdo Grupo e da harmonização de políticas contabilísticas. Adicionalmente, a rubrica Amortização das"Diferenças na aquisição de participações financeiras" diz respeito à amortização das diferenças apuradas entreo valor de aquisição dessas participações e os correspondentes capitais próprios, em conformidade com a apli-cação do método da equivalência patrimonial.

46. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOSNos exercícios de 2002 e 2001 os resultados extraordinários têm a seguinte composição:

2002 2001

Custos e perdasDonativos 157.437 47.015Perdas em existências 308.557 743.544Perdas em imobilizações 5.749 8.839Multas e penalidades legais 6.047 654Aumentos de provisões (Nota 34) 500.000 863.523Outros custos e perdas extraordinários 656.815 1.059.595

1.634.605 2.723.170

Resultados extraordinários (955.334) (125.168)

679.271 2.598.002

Proveitos e ganhosRecuperação de dívidas - 2.661Ganhos em existências 239.149 777.761Ganhos em imobilizações 273.980 52.653Reduções nas provisões (Nota 34) 27.852 95.454Outros proveitos e ganhos extraordinários 138.290 1.669.473

679.271 2.598.002

As perdas e ganhos em existências dizem respeito às correcções de inventário por quebras, dete-riorações e sobras, efectuadas em cada exercício.A rubrica "Outros custos e perdas extraordinários" inclui as indemnizações pagas por rescisõesde contratos de trabalho ocorridas durante o exercício de 2002, as quais ascenderam a 384.205Euros (326.393 Euros em 2001), bem como outros encargos de natureza não recorrente.A rubrica "Outros proveitos e ganhos extraordinários" inclui o reconhecimento dos proveitosrespeitantes a bens subsidiados no montante de 51.500 Euros e 237.486 Euros nos exercícios de2002 e 2001, respectivamente.

48. EMPRÉSTIMOS OBTIDOSEm 31 de Dezembro de 2002, o detalhe dos empréstimos obtidos era como segue:

Curto Médio e longoprazo prazo Total

Emissões de papel comercial 7.384.705 - 7.384.705Descobertos bancários/Contas caucinadas 6.544.755 - 6.544.755Empréstimos bancários 3.206.066 1.160.839 4.366.905

17.135.526 1.160.839 18.296.365Empréstimos obrigacionistas 9.750.000 9.750.000 19.500.000

26.885.526 10.910.839 37.796.365

A parcela referente a médio e longo prazo tem o seguinte calendário de reembolso:

Ano

2004 10.312.281

2005 448.918

2006 149.639

10.910.839

Durante o exercício de 1995, foi emitido pela Empresa, um empréstimo obrigacionista no mon-tante de Escudos 1.000.000.000 (4.987.979 Euros) por subscrição privada, e cujas característicassão as seguintes: (i) valor nominal de 1.000 Escudos; (ii) o empréstimo terá uma duração de 7anos e o seu reembolso será efectuado ao par em quatro prestações anuais de igual montantenas datas de pagamento dos 8º, 10º, 12º e 14º cupões; (iii) vence juros a uma taxa anual nomi-nal indexada à Lisbor para o prazo de 6 meses, acrescida de 0,375%; (iv) os juros serão pagossemestral e postecipadamente contando-se a partir da data de subscrição; (v) os juros das obri-gações estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 20%, estando isento do impostosobre sucessões e doações. Este empréstimo obrigacionista foi objecto de redenominação paraEuros durante o exercício de 2002, passando as obrigações redenominadas a valer 1 Euro cada.

Adicionalmente, em 1999 foi emitido pela Empresa, um empréstimo obrigacionista no montantede 19.500.000 Euros por subscrição privada, e cujas características são as seguintes: (i) valornominal de 10 Euros; (ii) o empréstimo terá uma duração de 5 anos e o seu reembolso será efec-tuado ao par em duas prestações anuais de igual montante nas datas de pagamento dos 8º e 10ºcupões; (iii) vence juros a uma taxa anual nominal indexada à Euribor para o prazo de 6 meses,acrescida de 0,4%; (iv) os juros serão pagos semestral e postecipadamente contando-se a partirda data de subscrição; (v) os juros das obrigações estão sujeitos a retenção na fonte à taxa lib-eratória de 20%, estando isento do imposto sobre sucessões e doações.

Em 31 de Dezembro de 2002, os restantes financiamentos obtidos de instituições de créditoacima referidos, venciam juros a taxas de mercado.

49. SUBSÍDIO NO ÂMBITO DO PEDIP II

No dia 16 de Dezembro de 1996 foi assinado pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas eMédias Empresas e ao Investimento), no âmbito do PEDIP II, um contrato de concessão de umsubsídio reembolsável no valor de 2.992.787 Euros e outro subsídio a fundo perdido no mon-tante de 1.621.821 Euros para fazer face ao projecto de investimento apresentado pela CIN, nomontante de 13.943.317 Euros. Estes subsídios encontram-se divididos do seguinte modo:

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCALSenhores Accionistas,1. No uso das competências que por lei e pelos estatutos nos são conferidos, elaborámos e vimos

submeter à apreciação de V. Exas., o relatório da nossa acção fiscalizadora e o nosso Parecersobre o Relatório de Gestão, o Balanço, as Demonstrações dos resultados por naturezas epor funções, a Demonstração dos fluxos de caixa e seus anexos e a proposta, apresentadospelo Conselho de Administração, relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

2. Com a regularidade e a profundidade que se nos afiguraram adequadas, procedemos às veri-ficações e controlos que por lei nos são cometidos, designadamente examinando livros deescrituração, registos contabilísticos e testando, por escolha aleatória, a conformidade doslançamentos com os documentos que lhes serviram de suporte.

3. Ao longo do exercício, acompanhámos a gestão da Empresa tendo, de forma sistemática, sidopostos à nossa disposição balancetes e outros mapas financeiros, através dos quais acom-panhamos as variações patrimoniais ocorridas.

4. Realizámos reuniões periódicas em que participaram os membros deste Conselho, membrosdo Conselho de Administração e responsáveis pelos serviços, que nos mantiveram ao cor-rente da vida da Sociedade e nos prestaram todos os esclarecimentos e informações quesolicitámos.

5. Apreciámos o Relatório de Gestão, elaborado pelo Conselho de Administração, que faz umaexposição clara e elucidativa quanto à situação da Sociedade, alude aos factos mais relevantesque assinalaram a vida da Empresa, sintetiza a evolução previsível e fundamenta a propostade aplicação dos resultados.

6. O Balanço, as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstraçãodos fluxos de caixa e os seus Anexos, estão elaborados em conformidade com as disposiçõeslegais aplicáveis, reflectem a posição dos registos contabilísticos e apresentam a situaçãofinanceira da Sociedade.

7. Relativamente à valorização das existências, foram mantidos os critérios valorimétricos, jáutilizados em exercícios anteriores que, respeitando o princípio da consistência, merecem anossa concordância.

8. Tomámos conhecimento e apreciámos o Relatório Anual emitido pela Sociedade deRevisores Oficiais de Contas, membro deste Conselho, e a Certificação Legal das Contas,documentos com os quais concordamos, o que expressamente declaramos.

9. Agradecemos ao Conselho de Administração a disponibilidade e o apoio que nos concedeue também as palavras com que nos distinguiu no seu relatório.

10. Expressamos, também, os nossos agradecimentos aos colaboradores da Empresa com quemtivemos de contactar no desempenho das nossas funções, os quais, com a sua valiosa ajuda,muito facilitaram a nossa tarefa.

11. Face aos exames efectuados e como corolário do que precede, somos de PARECER:1º- que sejam aprovados o Relatório de Gestão, o Balanço, as Demonstrações dos resulta-

dos e dos fluxos de caixa e os seus Anexos, relativos ao exercício findo em 31 deDezembro de 2002;

2º- que, ao resultado líquido do exercício, seja dada a aplicação proposta pelo Conselho deAdministração;

3º- que seja aprovado um voto de louvor ao Conselho de Administração pela dedicação eempenho demonstrados na gestão dos negócios da Sociedade.

Maia, 14 de Março de 2003O Conselho Fiscal

Rui Fernando da Silva Rio - PresidenteArmando José Fonseca Pinto - Vogal

António Magalhães & Carlos Santos - SROCrepresentada por: António Monteiro de Magalhães, Vogal e R.O.C.

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTASINTRODUÇÃO1. Examinámos as demonstrações financeiras da "CIN-CORPORAÇÃO INDUSTRIAL DO

NORTE, S.A.", as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002, que eviden-cia um total de balanço de 116.150.807 euros e um total de capital próprio de 52.338.218euros, incluindo um resultado líquido de 17.915.031 euros, as Demonstrações dos resultadospor naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naqueladata, e os correspondentes Anexos.

RESPONSABILIDADES2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações finan-

ceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa eo resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas ecritérios adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

ÂMBITO4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que omesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitávelsobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.Para tanto o referido exame inclui:- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações con-

stantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízose critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divul-gação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das

demonstrações financeiras.5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da

nossa opinião.

• Subsídio reembolsável recebido até 31 de Dezembro de 2002 no montante de 2.660.763 Euroscorrespondendo a 30,3% de 8.776.299 Euros de investimento directamente produtivo, sendoo prazo de reembolso do subsídio em dívida em 31 de Dezembro de 2002 como segue:

2003 701.848• Subsídio a fundo perdido correspondendo a 29,3% de 4.249.768 Euros de investimento não

directamente produtivo, sendo o limite máximo do subsídio de 1.246.995 Euros, os quais jáforam integralmente recebidos (Nota 52);

• Subsídio a fundo perdido de 374.827 Euros correspondendo a 90% das despesas com for-mação profissional e 50% da produção de material pedagógico.

50. OUTROS DEVEDORES

Em 31 de Dezembro de 2002, o detalhe da rubrica "Outros devedores" é como segue:

Empresas do Grupo e associadas (Nota 16) 1.103.936Outros 642.207

1.746.143

51. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2002, o detalhe das rubricas do activo e do passivo "Estado e outrosentes públicos" é como segue:Saldos devedores

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivasdo grupo de empresas incluídas no RETGS:

Impostos do exercício de 2002 (620.000)Pagamentos por conta e retenções na fonte 4.746.648

Imposto sobre o Valor Acrescentado 13.6004.140.248

Saldos credoresImposto sobre o Valor Acrescentado 915.530Retenção de impostos sobre o rendimento 177.141Contribuições à Segurança Social 309.378Outros 53.377

1.455.426

O imposto sobre o rendimento do exercício de 2002 é repartido entre as sociedades que estãoabrangidas pelo Regime Especial de tributação de Grupos de Sociedades da seguinte forma:CIN (Nota 6) (1.141.749)Lacose Sotinco (Nota 16) 1.528.996Tintas Cin Açores (Nota 16) 171.866Tintas Cin Madeira (Nota 16) 60.887

620.000

A diferença entre o resultado contabilístico da CIN em 31 de Dezembro de 2002 e o resultadofiscal do mesmo exercício está relacionada essencialmente com o efeito da aplicação do métododa equivalência patrimonial no exercício de 2002.

52. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSEm 31 de Dezembro de 2002, o detalhe destas rubricas era como segue:Acréscimos de proveitosBónus de fornecedores a receber 935.501Royalties a receber (Nota 16) 190.000

1.125.501Custos diferidosCampanhas publicitárias (Nota 3.m) 1.004.331Custos de beneficios de reforma a amortizar (Notas 31) 196.689Seguros antecipados 145.502Outros 208.822

1.555.344

Acréscimos de custosEncargos com férias e subsídio de férias 2.240.401Benefícios de reforma a liquidar (Nota 31) 885.068Juros a liquidar 68.381Seguros a liquidar 234.334Outros 113.963

3.542.147Proveitos diferidos

Subsídios ao investimento (Nota 49) 376.500Outros 43.580

420.080

O TÉCNICO DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio da Silva Dias António Luís Martins Serrenho- Presidente

João Manuel Fialho Martins Serrenho - Vice-PresidenteÂngelo Barbedo César Machado - Vogal

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relatório e contas 2002

OPINIÃO6. Em nossa opinião as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e

apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da "CIN -Corporação Industrial do Norte, S.A." em 31 de Dezembro de 2002, o resultado das suasoperações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com osprincípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

ÊNFASES7. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as situações

seguintes:7.1- Na apresentação das "Contas Individuais", a empresa aplicou, em 2002, o método da

equivalência patrimonial. Os efeitos daí decorrentes encontram-se devidamente reflec-tidos nas contas do exercício.Nestas circunstâncias, deixou de haver lugar à "Reserva" que constava na CertificaçãoLegal das Contas, relativa ao exercício de 2001.

7.2- Em exercícios anteriores o activo imobilizado corpóreo foi reavaliado de acordo com asdisposições legais aplicáveis como consta do ponto 12 do Anexo ao Balanço e àDemonstração dos Resultados e ainda através de uma reavaliação extraordinária, comoé referido na alínea b) do ponto 3 do referido Anexo.

Maia, 14 de Março de 2003

António Magalhães & Carlos Santos, SROCrepresentada por: António Monteiro de Magalhães, R.O.C. n.º 179

RELATÓRIO DE AUDITORIACONTAS INDIVIDUAIS

(montantes expressos em euros)Introdução1. Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso

Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e asdemonstrações financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 da CIN –Corporação Industrial do Norte, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembrode 2002 que evidencia um total de €116.150.807 e capitais próprios de €52.338.218, incluindoum resultado líquido de €17.915.031, as Demonstrações dos resultados por naturezas e porfunções, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspon-dentes anexos.

Responsabilidades2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de

demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição finan-ceira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa; (ii) que a infor-mação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geral-mente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigi-do pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticosadequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; (iv) a informaçãode qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ouresultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos docu-mentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectosmaterialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conformeexigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissio-nal e independente baseado no nosso exame.

Âmbito4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que omesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitávelsobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.Este exame inclui a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e infor-mações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas emjuízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação.Este exame inclui, igualmente: a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísti-cas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabi-lidade do princípio da continuidade das operações; a apreciação sobre se é adequada, em ter-mos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e a apreciação, para os aspectosmaterialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara,objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informaçãofinanceira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação decontas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para o expressãoda nossa opinião.

Opinião6. Em nossa opinião, com base na nossa auditoria e nos relatórios de outros auditores relativa-

mente a empresas subsidiárias, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acimaapresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos meterialmente rele-vantes, a posição financeira da CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A., em 31 deDezembro de 2002, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findonaquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites emPortugal e a informação financeira nelas constantes é, nos termos das definições incluídas nasdirectrizes mencionadas no parágrafo acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva elícita.

Ênfase7. As demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2001 foram

por nós auditadas e a nossa opinião sobre as mesmas, expressa no Relatório de Auditoriadatado de 25 de Março de 2002, contém uma reserva não aplicável às demonstrações finan-ceiras em 31 de Dezembro de 2002, em virtude de a Empresa ter passado a aplicar, a partir de2002, o método da equivalência patrimonial na valorização dos seus investimentos financeiros(Nota2). Deste modo, as demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 referem-seà actividade da CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A. a nível individual e não consoli-

dado e foram elaboradas para aprovação em Assembleia Geral de Accionistas e para publi-cação nos termmos da legislação em vigor. Embora os investimentos financeiros tenham sidoregistados pelo método de equivalência patrimonial, tal como disposto na DirectrizContabilística n.º 9, através do qual são considerados nos resultados próprios das empresasparticipadas, as demonstrações financeiras anexas não incluem o efeito da consolidação inte-gral a nível de activos, passivos e proveitos totais, o que será efectuado em demonstraçõesfinanceiras consolidadas a aprovar e a publicar em separado e que consiste em aumentar osactivos, os passivos e os proveitos totais em 43.515.402 Euros, 43.515.402 Euros e 59.807.288Euros, respectivamente.

Porto, 18 de Março de 2003

Magalhães, Neves e Associados - SROCRepresentadas por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

ACTA N.º 185Aos vinte e dois dias do mês de Abril do ano dois mil e três, pelas quinze horas, reuniu, na sua sede social,sita na Estrada Nacional número treze, quilómetro seis, na cidade da Maia, a Assembleia Geral Anual dasociedade anónima "CIN-CORPORAÇÃO INDUSTRIAL DO NORTE, S.A.", Sociedade Aberta, NIF500.076.936, matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Maia sob o número 7570 e com o ca-pital social de vinte e cinco milhões de Euros, com a seguinte

Ordem de Trabalhos:1. Discutir, aprovar ou modificar o balanço, relatório de gestão e as contas referentes ao exercício findo

em 31 de Dezembro de 2002, bem como o balanço consolidado, o relatório consolidado de gestão e ascontas consolidadas relativas ao mesmo exercício.

2. Discutir, aprovar ou modificar a proposta de aplicação de resultados.3. Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade.4. Deliberar autorizar o Conselho de Administração a proceder à aquisição e alienação de acções próprias

pela sociedade de acordo com proposta a ser submetida a apreciação.5. Deliberar atribuir poderes ao Conselho de Administração para poder proceder ao lançamento de uma

nova operação de papel comercial e ou à renovação da já existente nos termos e condições que enten-der convenientes de acordo com o preceituado na lei respectiva.

Iniciados os trabalhos, assumiu a Presidência da Mesa da Assembleia Geral o respectivo Presidente, JoãoAugusto Esmeriz Vieira de Castro, secretariado pela primeira e segundo secretários, Maria de Fátima deSousa Vale Martins Borges e Pedro Manuel da Costa Cerquinho Ribeiro da Fonseca, respectivamente.Antes de dar início aos trabalhos, o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia dirigiu-se aos SenhoresAccionistas, assim como aos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal presentes paramanifestar a sua satisfação por mais uma vez presidir à Assembleia Geral de empresa de tão grande prestí-gio. Seguidamente e após haver constatado que a presente Assembleia Geral Anual havia sido regularmenteconvocada, tendo as legais publicações da mesma sido feitas tempestivamente, que se encontravam pre-sentes todos os membros do Conselho de Administração, bem como o Vogal do Conselho Fiscal e oRevisor Oficial de Contas, com a ausência do respectivo Presidente, bem como que se encontravam pre-sentes ou devidamente representados nove accionistas, representando 89,03% (oitenta e nove vírgula zerotrês por cento) do capital social com direito a voto, a que correspondem 211.614 (duzentos e onze mil seis-centos e catorze) votos e reunido, por isso, o necessário quorum para o funcionamento da Assembleia emprimeira convocatória, o Senhor Presidente da Mesa declarou iniciados os trabalhos, tendo-se dispensadoda leitura integral do texto da Convocatória, por verificar que o mesmo era já do conhecimento de todosos presentes, e lendo apenas o texto correspondente à ordem do dia, cuja discussão declarou aberta. Passou-se, de imediato, ao primeiro ponto da ordem de trabalhos, correspondente à análise, discussão eaprovação ou modificação do Relatório de Gestão, Balanço, Demonstrações dos Resultados e dos Fluxosde Caixa e os seus Anexos, referentes ao exercício findo em trinta e um de Dezembro do ano dois mil edois da "Cin-Corporação Industrial do Norte, S.A.", bem como o Relatório Consolidado de Gestão,Balanço Consolidado, Demonstração Consolidada dos Resultados e dos Fluxos de Caixa e respectivosAnexos, referentes ao mesmo exercício, tendo o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia perguntado aoConselho de Administração se pretendia usar da palavra ou se se confinava ao Relatório apresentadoTomou, então, a palavra o Vice-Presidente do Conselho de Administração, João Manuel Fialho MartinsSerrenho, que, no uso dela, teceu algumas considerações acerca do que de mais importante se passou noexercício do ano dois mil e dois, principais linhas de orientação que o Conselho de Administração haviaadoptado na sua política de gestão, as metas que se propôs alcançar, os objectivos que foram cumpridos eas dificuldades com que se debateu. Neste enquadramento, o orador referenciou que o resultado do anofoi um resultado extraordinário, determinado por razões externas à actividade operacional da empresa erelacionadas com reestruturações ocorridas no Grupo. No entanto, e apesar disso e de o ano em análisehaver sido difícil em termos do mercado português (e relativamente difícil em termos europeus), com umaquebra de cerca de 5% (cinco por cento), para o que também contribuiu o mau tempo que se fez sentir nofinal do ano, principalmente nos meses de Novembro e Dezembro, pode considerar-se que o desempen-ho da Companhia foi bom, tendo-se terminado o ano com um aumento efectivo das vendas, para o quemuito terá contribuído a política de exportação adoptada pela empresa, principalmente no que toca aomercado alemão, tendo-se assistido a um crescimento efectivo da empresa e a um aumento real da suaquota de mercado. Relativamente a Espanha, o orador referiu que a situação económica do país foi me-lhor do que em Portugal e que a Barnices Valentine terminou o exercício com uma performance bastanteinteressante em termos financeiros, com um crescimento da ordem dos 5% (cinco por cento), correspon-dendo a um resultado substancialmente maior do que o do ano anterior, esperando-se que a política degestão adoptada venha a consolidar-se no exercício de dois mil e três: de facto, as operações em Espanhanão estavam a apresentar resultados muito satisfatórios, pelo que em dois mil e um e dois mil e dois foiefectuada uma reestruturação da equipa directiva, que já está a dar frutos no primeiro trimestre do cor-rente ano, com resultados interessantes. No seguimento destas considerações, o orador colocou-se à dis-posição dos restantes accionistas para quaisquer esclarecimentos adicionais que entendessem conve-nientes.Antes de passar a palavra aos restantes accionistas, o Presidente da Mesa da Assembleia perguntou aoRevisor Oficial de Contas, António Monteiro de Magalhães, se pretendia acrescentar algum comentárioou algum esclarecimento, ao que este respondeu que o Relatório espelha o que de facto se passou naCompanhia no exercício em análise, terminando com a afirmação que o Conselho Fiscal se confinava aosdocumentos apresentados.E, como mais ninguém tivesse pretendido usar da palavra, o Senhor Presidente da Mesa da Assembleiasubmeteu à votação o Relatório de Gestão, Balanço, Demonstrações dos Resultados e dos Fluxos de Caixae os seus Anexos, referentes ao exercício findo em trinta e um de Dezembro do ano dois mil e dois da "Cin-Corporação Industrial do Norte, S.A.", tendo o mesmo sido aprovado por unanimidade.Seguidamente, o Senhor Presidente da Mesa submeteu igualmente à votação o Relatório Consolidado deGestão, Balanço Consolidado, Demonstração Consolidada dos Resultados e dos Fluxos de Caixa e respec-tivos Anexos, relativos ao mesmo exercício, que evidenciam um resultado consolidado de € 17.915.030,76(dezassete milhões novecentos e quinze mil e trinta euros e setenta e seis cêntimos), interessesminoritários incluídos, tendo tudo sido aprovado sem quaisquer votos contra e sem abstenções e, portan-to, por unanimidadePassou-se, depois ao segundo ponto da ordem de trabalhos, tendo o Senhor Presidente da Mesa daAssembleia referenciado para este ponto a existência de uma proposta de aplicação de resultados apre-sentada pelo Conselho de Administração que passou a ler e que era do seguinte teor:

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Após a leitura da proposta, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral declarou aberta a discussão, tendoo accionista José Marques Rodrigues pedido para usar da palavra secundando a proposta apresentadapela "SF-Sociedade de Controlo, S.A.".E, como mais ninguém quisesse usar da palavra, o Presidente da Mesa da Assembleia submeteu-a àvotação, tendo a mesma sido aprovada por unanimidade.Entrou-se, depois, no quarto ponto da ordem de trabalhos, tendo o Presidente da Mesa da Assembleiainformado que existia uma proposta do Conselho de Administração, que lhe parecia recorrente nestasAssembleias, que passou a ler e que era do seguinte teor:"Considerando que:I - se mantém plenamente válidas as razões que têm levado o Conselho de Administração a solicitar ao

longo dos últimos anos à Assembleia Geral autorização para adquirir e alienar acções próprias;II - no decurso do exercício correspondente ao ano 2002 se continuaram a vencer as Opções de Compra

de Acções, atribuídas ao abrigo do Regulamento de Stock Options, aprovado por esta Assembleia em02/04/97.

Solicita-se que, nos termos do artigo 319º do Código das Sociedades Comerciais, a Assembleia Geral daSociedade autorize o seu Conselho de Administração a:1 - adquirir acções próprias até ao montante de 10% do Capital Social realizado, sendo o preço máximo

de compra de 10% acima da cotação média ponderada da bolsa nas 20 sessões anteriores à data damesma e o preço mínimo de € 1;

2 - alienar aos Beneficiários das Opções de Compra de Acções já vencidas em 2000, 2001 e 2002 e sevencerão no decurso do ano 2003, acções próprias que detenha, sendo o preço de venda igual ao esta-belecido para o exercício das respectivas opções;

3 - alienar aos seus Colaboradores acções próprias que detenha, sendo o preço mínimo de venda de € 1.4 - para efeitos de utilização da autorização de venda de acções próprias solicitada no ponto três anterior,

considerar como colaboradores também todos aqueles que podem ser beneficiários de opções de com-pra de acções de acordo com o respectivo regulamento.

5 - alienar a terceiros acções próprias que detenha, sendo que a operação deverá realizar-se em bolsa e opreço mínimo de venda deverá ser o correspondente a 10% abaixo da cotação média ponderada daBolsa nas 20 sessões anteriores à data da venda.

6 - para efeitos de utilização da autorização de venda de acções próprias solicitada no ponto cinco anteri-or, considerar terceiros todos aqueles que não sejam colaboradores da empresa ou não possam serbeneficiários de opções de compra de acções de acordo com o respectivo regulamento.

7 - utilizar as autorizações concedidas nos pontos anteriores pelo prazo de 18 meses a contar da data darespectiva deliberação.

Maia, 28 de Fevereiro de 2003O Conselho de Administração"

A proposta foi submetida a discussão, tendo usado da palavra o representante das accionistas "WhangareiInvestments Ltd" e "Lotus Holding and Finance Ltd", Ricardo de Faria Maurício Sagaseta de Seixas, parasolicitar explicações sobre a forma de cálculo do preço das opções e as razões justificativas do ponto trêsdo pedido de autorização, ao que o Vice-Presidente do Conselho de Administração se prontificou aresponder para explicar que o preço das opções era definido de acordo com a média das cotações dos últi-mos 60 dias anteriores à sua atribuição respeitando os limites do Regulamento e que o ponto três se man-tém não só por razões históricas como técnicas.Nesta altura da Assembleia pediu para usar da palavra a Secretária da sociedade, Maria de Fátima deSousa Vale Martins Borges, para explicar que, de facto, tal ponto da proposta estava relacionado comquestões técnicas de munir o Conselho de Administração com um instrumento para, em casos excep-cionais, poder vir a premiar todos ou alguns dos colaboradores da empresa sem com isso criar direitos oualterar o Regulamento de Atribuição de Opções de Compra, estendendo-o a todos os colaboradores. Aoradora explicou ainda que, apesar de tal autorização ter vindo a ser concedida em exercícios transactos,não foi até à data utilizada.Seguidamente o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia perguntou se mais algum dos SenhoresAccionistas pretendia usar da palavra, ao que o accionista José Marques Rodrigues respondeu afirmati-vamente para, no uso dela, perguntar se não era mais transparente incluir esta previsão do ponto 3) noRegulamento, actualizando-o sem deixar quaisquer vendas a colaboradores não regulamentadas.Voltou a usar da palavra a Secretária da Sociedade para repetir as considerações que já havia tecido ante-riormente. Tomou, então, a palavra o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia para, como estranho, tentar ajudara explicitar a explicação dada, tendo referido que não seria conveniente, do ponto de vista da gestão dosrecursos humanos, proceder à alteração do Regulamento de Atribuição de Direitos de Opção de Compraestendendo-o a todos os colaboradores da empresa e que tal poderia ser inclusive prejudicial aos SenhoresAccionistas. O ponto 3 referido mais não é do que a atribuição de um instrumento ao Conselho de admin-istração para, em casos excepcionais, poder contemplar todos os seus colaboradores ou apenas alguns deforma temporalmente estanque e claramente definida. Por outro lado, referiu que tal lhe parecia umaquestão meramente académica dado que tal instrumento nunca foi utilizado nem estava prevista a sua uti-lização.Como mais ninguém tivesse querido usar da palavra, foi a proposta submetida à votação, tendo sidoaprovada por maioria dos votos reunidos com o voto contra do accionista José Marques Rodrigues titularde 6.705 (seis mil setecentas e cinco) acções correspondentes a 67 (sessenta e sete) votos.Entrou-se, seguidamente, no quinto e último ponto da ordem de trabalhos, tendo o Senhor Presidente daMesa da Assembleia procedido à leitura de uma proposta do Conselho de Administração que era doseguinte teor:"A globalização dos mercados de capitais tem vindo a reforçar a orientação da política do Grupo CIN emprosseguir com a desintermediação do seu endividamento.Por outro lado, a actual situação do mercado de capitais e o enquadramento fiscal das operações de emis-são de obrigações, dificultam que estes instrumentos sejam uma alternativa válida de financiamento parao Grupo.Dado que a montagem de um programa de papel comercial é simples e permite ter, de uma forma per-manente, fundos sob reserva, a um custo perfeitamente abordável, faz todo o sentido lançar-se um novoprograma de papel comercial e ou proceder-se à renovação do já existente em termos e condições maisalargados. Desta forma, a empresa ficará com disponibilidades financeiras acrescidas para fazer face àsoperações de reestruturação e desenvolvimento necessárias à consolidação do nosso posicionamentoestratégico.Assim, propõe-se que, nos termos do artigo 18º do contrato de sociedade, seja deliberado conferir osnecessários poderes ao Conselho de Administração da empresa para, se assim o entender, no decurso dospróximos doze meses, poder proceder à emissão de um novo Programa de Papel Comercial e ou à reno-vação do já existente até ao montante de 25.000.000 Euros, bem como para negociar todos os requisitos econdições com as entidades oficiais e particulares envolvidas num processo deste género que, em face dosimperativos e do mercado, melhor possam servir os interesses da CIN.

Maia, 28 de Fevereiro de 2003O Conselho de Administração"

Seguidamente, o Senhor Presidente da Mesa perguntou ao Conselho de Administração se pretendiacomentar a sua proposta, tendo usado da palavra o Vice-Presidente do Conselho de Administração parareferenciar tratar-se igualmente de uma proposta recorrente e obrigatória por forma a dotar o Conselhode Administração de instrumentos de gestão alternativos e mais flexíveis em termos financeiros.E, como mais ninguém quisesse usar da palavra, foi a proposta submetida à votação, tendo sido aprovadapor unanimidade.Seguidamente, o Presidente da Mesa da Assembleia, após haver manifestado mais uma vez a sua satis-fação por haver presidido à presente Assembleia Geral, agradeceu a presença de todos os accionistas, dosmembros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal e deu por encerrados os trabalhos quandoeram quinze horas e cinquenta minutos, sendo lavrada a presente acta que vai ser assinada por todos osmembros da Mesa da Assembleia Geral nela presentes.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral, João Augusto Esmeriz Vieira de Castro1ª Secretário, Maria de Fátima de Sousa Vale Martins Borges

2º Secretário, Pedro Manuel da Costa Cerquinho Ribeiro da Fonseca

"O Conselho de Administração da CIN propõe a seguinte afectação para o resultado líquido apurado noexercício, de €17.915.030,76 (dezassete milhões novecentos e quinze mil e trinta Euros e setenta e seis cên-timos):Reserva Legal: €895.752,00 (oitocentos e noventa e cinco mil setecentos e cinquenta e dois euros)Reservas livres: €12.219.278,76 (doze milhões duzentos e dezanove mil duzentos e setenta e oito Euros e

setenta e seis cêntimos)Dividendos a distribuir: €3.800.000,00 (três milhões e oitocentos mil Euros)Distribuição aos Colaboradores: €1.000.000,00 (um milhão de Euros)O dividendo bruto por cada uma das 25.000.000 acções será de € 0,152 (quinze vírgula dois cêntimos), aoqual corresponderá o dividendo líquido de €0,1216 (doze vírgula dezasseis cêntimos) para os accionistasresidentes e de € 0,1064 (dez vírgula sessenta e quatro cêntimos) para os accionistas não residentes.

Maia, 28 de Fevereiro de 2003O Conselho de Administração"

Seguidamente, o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia perguntou se algum dos Senhores Accionistasqueria apresentar uma proposta alternativa ao que o accionista José Marques Rodrigues respondeu afir-mativamente. O Senhor Presidente da Mesa da Assembleia pediu, então, ao accionista para ler a propos-ta e para proceder, seguidamente, à sua entrega para arquivo junto com os documentos da AssembleiaGeralO accionista procedeu, em seguida, à leitura da proposta, que era do seguinte teor: "Os resultados obtidos no exercício de 2002 correspondem às projecções adiantadas pelo Conselho deAdministração aquando da apresentação das contas do ano precedente.Estes objectivos exprimem, também, uma gestão responsável e isenta de factores adversos e, por isso, gra-tificante para gestores, para trabalhadores e para accionistas.A forma de estes "medirem" directamente a gratificação assenta no dividendo a distribuir.A política de distribuição de dividendos vem sendo expressa no Relatório e Contas da sociedade queevoca, consistentemente, a manutenção de um pay-out situado entre 30 e 40%. O meio empresarial português procura melhorar, gradualmente, este ratio.A lei portuguesa recomenda a atribuição de dividendos não inferior a 50% dos lucros do exercício.A título de exemplo citamos: BCP 85,3%; EDP 80,5%; BRISA 62%; SAG 60%; PT 51,3%, etc.Nesta conformidade "ouso" propor que o resultado líquido da sociedade, 17 915 030,76 € , tenha a seguinteaplicação:

para reserva legal....................................................895 752,00para reservas livres ..............................................9 769 278,76para distribuição a accionistas............................6 250 000,00para distribuição aos trabalhadores...................1 000 000,00

O dividendo bruto por cada uma das 25 000 000 acções será de 0,25 € a que corresponde um pay-out de34,9% que se situa ligeiramente acima do verificado no ano anterior – 33,2%.

José Marques Rodrigues03.04.22"

Após a leitura desta proposta, o Senhor Presidente da Mesa perguntou se algum dos Senhores Accionistaspretendia usar da palavra, tendo-a pedido o autor da proposta, José Marques Rodrigues.No uso da palavra, o accionista José Marques Rodrigues explicou que não pretendia de forma alguma coma sua proposta entrar em confronto com o Conselho de Administração nem com a sua política de gestão,mas que pensava que, numa perspectiva optimista e de criação de entusiasmo em todos os intervenientesna empresa, seria importante apresentar uma distribuição de dividendos mais interessante e próxima deoutras empresas citadas na sua proposta, aliás na senda da perspectiva optimista dada pelo Vice-Presidente do Conselho de Administração na sua primeira intervenção e de alguns indicadores dessemesmo optimismo expressos no próprio Relatório e Contas como sendo o montante global das reservaslivres, o valor das remunerações do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal e o montante dosdonativos.Terminada a intervenção, tomou a palavra o Presidente da Mesa da Assembleia para perguntar aoConselho de Administração se pretendia comentar a proposta de dividendos apresentada pelo accionistaJosé Marques Rodrigues.Usou, então, da palavra o Vice-Presidente do Conselho de Administração que começou por agradecer aintervenção do Senhor Accionista José Marques Rodrigues e a sua proposta. De seguida, o orador expli-cou que o resultado do ano de dois mil e dois foi um resultado extraordinário, tendo ficado a dever-se arazões não relacionadas com a actividade operacional propriamente dita mas antes com reestruturaçõesefectuadas ao nível das empresas do Grupo. Ora, aquilo que constitui preocupação fundamental doConselho de Administração não são as linhas de baixo do balanço mas antes as linhas de cima, que acon-selham prudência e que, no entendimento do Conselho de Administração, justificam a manutenção de umpay-out na linha da política adoptada em anos anteriores e que no exercício em causa se cifrou em mais8,6% (oito vírgula seis por cento) em relação ao ano anterior. De facto, a situação do mercado portuguêsbem como a situação da Banca não são das melhores, tendo a empresa necessidade de obter uma situaçãode menor dependência da Banca. Por outro lado, o que tem vindo a constatar-se é que algumas empresasprocedem à distribuição de uma percentagem elevada dos seus lucros e posteriormente vêm solicitar aosseus accionistas aumentos de capital de valores bastante superiores aos valores distribuídos, não sendoesta a política que o Conselho de Administração pretende ver adoptada na empresa. Quanto aos indi-cadores de optimismo referenciados pelo accionista José Marques Rodrigues, o orador afirmou não terrazões para lhes atribuir tal qualidade, dado que os valores das remunerações dos órgãos sociais mais nãoespelham do que um aumento dos valores do ano anterior de acordo com as percentagens adoptadas pelasociedade e os valores dos donativos correspondem a uma proposta interna da equipa de marketing decanalizar todas as verbas usadas na aquisição de brindes promocionais, postais de Natal e similares desti-nados a clientes e fornecedores da empresa para três Instituições de Solidariedade Social.Seguidamente pediu para usar da palavra o representante das accionistas "Whangarei Investments Ltd" e"Lotus Holding and Finance Ltd", Ricardo de Faria Maurício Sagaseta de Seixas, para secundar a propostade aplicação de resultados do Conselho de Administração da empresa e manifestar acordo na racionali-dade de distribuir resultados pelas linhas acima de impostos, afirmando que tal é louvável e de bom sensoassim como o é não fazer depender a actividade da sociedade totalmente do endividamento à banca.Como mais ninguém quisesse usar da palavra, o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia submeteu aspropostas à votação, tendo começado pela votação da proposta do Conselho de Administração que foiaprovada por maioria dos votos reunidos com o voto contra do accionista José Marques Rodrigues, titu-lar de 6.705 (seis mil setecentas e cinco) acções a que correspondem 67 votos.Retomou depois a palavra o Presidente da Mesa da Assembleia Geral dizendo que face ao resultado davotação da proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração ficava prej-udicada a votação da proposta de aplicação de resultados apresentada pelo accionista José MarquesRodrigues.Passou-se, então, ao terceiro ponto da ordem de trabalhos, tendo o Senhor Presidente da Mesa daAssembleia procedido à leitura de uma proposta apresentada pela accionista "SF-Sociedade de Controlo,S.A. (SGPS)" que era do seguinte teor:"Proponho, no âmbito do ponto 3 da Ordem de Trabalhos, que seja aprovado um voto de confiança emtodos os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal da "CIN-CORPORAÇÃOINDUSTRIAL DO NORTE, S.A.".Proponho, ainda, a aprovação de um voto de louvor pela forma altamente competente e profissionaliza-da como a sociedade foi gerida e fiscalizada durante o exercício de 2002.

Maia, 28 de Fevereiro de 2003A ACCIONISTA

SF - Soc. de Controlo, S.A. (SGPS)"

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