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2015 RELATÓRIO E CONTAS BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A.

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2015

RELATÓRIO E CONTAS BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 2

ÍNDICE

Principais Indicadores .................................................................................................................................. 3

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração ............................................................. 4

O Banco BIC ..................................................................................................................................................... 8

Órgãos Sociais ........................................................................................................................................... 8

Estrutura Organizativa ........................................................................................................................ 15

Estrutura Acionista ............................................................................................................................... 16

Marcos Históricos .................................................................................................................................. 16

Canais de Distribuição ......................................................................................................................... 23

Marca Banco BIC .................................................................................................................................... 26

Universo BIC ............................................................................................................................................ 30

Capital Humano ...................................................................................................................................... 31

Enquadramento Macroeconómico ........................................................................................................ 37

Áreas de Negócio ....................................................................................................................................... 51

Banca Comercial ..................................................................................................................................... 51

Área Internacional e Financeira ....................................................................................................... 57

Mercado de Capitais ............................................................................................................................. 63

Análise Económico-Financeira .............................................................................................................. 70

Gestão dos Riscos ...................................................................................................................................... 82

Proposta de Aplicação dos Resultados .............................................................................................. 99

Demonstrações Financeiras e Notas ................................................................................................ 100

Certificação Legal das Contas …………………………………………………………………………………………………..….192

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ……………………………………………………………………………………..195

Adoção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of

European Banking Supervisors (CEBS) Relativas à Transparência da Informação e Valorização de Ativos …………………………………………………………………………………………………………………199

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Principais Indicadores

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015

Var. (%) 2015/2014

Ativo total líquido 6.110.034 6.995.224 14,5%

Volume de negócios 8.472.679 9.909.979 17,0%

Crédito a Clientes (bruto) 3.639.138 4.244.105 16,6%

Garantias prestadas e créditos documentários abertos 383.078 384.543 0,4%

Recursos de Clientes 4.450.464 5.281.331 18,7%

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 1.220.607 1.314.907 7,7%

Recursos de instituições de crédito e de bancos centrais 938.729 1.004.284 7,0%

Situação líquida 381.239 416.949 9,4%

Rendibilidade

Margem financeira 103.000 126.672 23,0%

Produto bancário 140.619 161.193 14,6%

Produto bancário / Ativo líquido 2,4% 2,5% 3,4%

Produto bancário por Colaborador 97 110 13,4%

Resultado do exercício 1.144 15.160 1225,0%

Rendimento integral do exercício 16.966 (4.478) -126,4%

Rácios de eficiência

Custos de estrutura / produto bancário 77,3% 67,6% -

Custos com o pessoal / produto bancário 41,8% 40,1% -

Capital

Rácio de adequação de fundos próprios 11,9% 10,5% -

Rácio core tier I 9,6% 8,9% -

Qualidade do crédito

Rácio de crédito com incumprimento (1) 3,7% 3,7% -

Rácio de crédito em risco (1) 6,0% 6,0% -

Rácio de crédito em risco, líquido (1) 1,2% 1,8% -

Rácio de cobertura de crédito com incumprimento (1) 128,3% 112,6% -

Rácio de cobertura de crédito em risco (1) 79,4% 69,3% -

Rede de distribuição (n.º) (2) 223 226 1,3%

Número de Colaboradores 1.443 1.459 1,1%

(1) Rácios calculados de acordo com a Instrução n.º 16/2004, do Banco de Portugal. (2) Inclui Agências, Gabinetes de Empresas, Centros de Private Banking e Centros de Investimento.

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Mensagem do Presidente do Conselho de Administração A recuperação da economia mundial tarda em consolidar-se. Com efeito, em 2015 o crescimento mundial manteve-se pouco expressivo (+3,1%), reduzindo inclusivamente face ao observado em 2014 (+3,4%), em razão dos impactos das difíceis transições estruturais que estão a ocorrer nos mercados emergentes, bem como pelos níveis de crescimento insuficientes das economias desenvolvidas, em particular da economia europeia. Em 2015, o crescimento dos países da União Económica e Monetária (“UEM”) foi de 1,9%, o que constitui ainda assim uma ligeira melhoria face ao observado no ano anterior (+1,5%). Importa no entanto relevar que, apesar do recurso às políticas monetárias não convencionais (“Quantitative Easing”), com a consequente queda das taxas de juro para valores próximos de 0%, em conjunto com a significativa depreciação do euro face às principais moedas de referência, em particular face ao USD, quer o crédito à economia quer o investimento, estão longe de apresentar os níveis de crescimento esperados, não obstante a recuperação observada ao nível do consumo privado e da taxa de desemprego. Em Angola, geografia berço do Banco BIC, 2015 foi um ano marcado pelo choque dos preços do petróleo que afetou negativamente a economia, dificultando o acesso a moeda estrangeira e, consequentemente, originando uma desvalorização cambial relevante. A desvalorização acumulada em 2015 do Kwanza face ao USD foi de cerca de 31,5%. Não obstante, o desafio da atual conjuntura económica não deixa de consistir igualmente um incentivo para a aposta noutros setores, em particular aqueles que permitem uma diminuição das importações, que, cada vez mais, deverão reforçar o seu contributo para o crescimento da economia Angolana. Neste difícil contexto internacional, a recuperação da economia portuguesa, iniciada em 2014 em ritmo muito modesto e depois de três anos de recessão, acelerou em 2015. O PIB cresceu 1,5%, o que compara com um crescimento de 0,9% em 2014. Estes valores confirmam ainda assim uma trajetória de afastamento da economia portuguesa em relação à União Europeia, cujo crescimento médio foi de 1,9%. Para o Banco BIC Português, 2015 foi um ano em que demos passos muito positivos na consolidação do nosso posicionamento no setor financeiro nacional. De facto, para além do reforço de capital realizado pelos acionistas em cerca de 40 milhões de euros, juntaram-se a nós mais de 30 mil novos Clientes, crescemos cerca de 1,4 mil milhões de euros (17%) em volume de negócios, e reforçámos substancialmente os níveis de rentabilidade, com a obtenção de um resultado líquido de 15,2 milhões de euros. Adicionalmente, embora seja um marco mais simbólico que substancial, não podemos deixar igualmente de relevar a aquisição em 2015 do nosso atual edifício Sede, na Av. António Augusto de Aguiar.

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É de destacar que, não obstante o enquadramento macroeconómico desfavorável, aumentámos o crédito concedido a Empresas e Particulares em mais de 600 milhões de euros, e os depósitos de Clientes em cerca de 830 milhões de euros, fazendo do Banco BIC atualmente o 8º maior Banco português em termos de depósitos de Clientes (12º em 2012). Só assim, com o respaldo da confiança que os Clientes nos têm depositado, a par do esforço contínuo dos nossos acionistas, tem sido possível investir nos nossos Colaboradores, merecendo nota de destaque o facto do Banco BIC ter mantido cerca de 400 postos de trabalho a mais do que o mínimo acordado com o Governo Português quando da reprivatização do ex-BPN (contávamos em dezembro de 2015 com perto de 1500 Colaboradores). Em 2015 foi assim possível melhorar os níveis de eficiência, traduzido na evolução do rácio Cost to Income que passou de 77,3% em 2014 para 67,6% no presente ano. É de salientar na análise deste indicador o crescimento de 14,6% do produto bancário, para além do necessário controlo dos custos operacionais que de 2014 para 2015 praticamente se mantiveram constantes. Ainda neste âmbito, importa reter que o aumento do produto bancário em 2015 deveu-se à melhoria da margem financeira alargada (margem financeira e comissões), ou seja, decorreu da atividade core do Banco e não de resultados extraordinários resultantes de operações financeiras não recorrentes. De facto, em termos absolutos, a margem financeira alargada no final de 2015 ascendeu a 153,3 milhões de euros, que compara com 125 milhões em 2014 (crescimento de 22,6%). Por outro lado, importa relevar que o reforço dos níveis de rentabilidade observados em 2015 tem sido igualmente sustentado por uma gestão de risco prudente, conservadora, que tem tradução quer na qualidade dos nossos ativos, quer nos níveis de provisionamento existentes. Neste contexto, sublinhamos o seguinte:

· O Banco apresenta níveis de crédito em risco de 6,0% em 2015 e 2014, com níveis de cobertura por imparidades de 91,4%, indicadores que comparam de forma muito positiva com o observado no setor;

· A carteira própria do Banco é constituída em 65% por dívida pública portuguesa, da qual cerca de 38% é de curto prazo (inferior a 1 ano), e 16% em dívida corporate cotada nos respetivos índices de referência e/ou em instituições de crédito de bom risco; e

· A concentração em balanço de ativos não produtivos, nomeadamente em imóveis decorrentes da recuperação de crédito mal parado, é absolutamente despicienda, cerca de 0,1%.

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Em termos de liquidez, mantivemos uma posição muito confortável, com uma liquidez disponível na ordem dos 2,4 mil milhões de euros, que correspondia a 34% do total de balanço. Neste particular, importa relevar os 737 milhões de euros de linha disponível junto do BCE que não está utilizada. Por tudo isto, é com satisfação que olhamos para o trabalho desenvolvido e com confiança e enorme entusiasmo que encaramos o futuro, conscientes naturalmente da enorme exigência que 2016 e os anos seguintes encerram. Durante o ano de 2015, mostrámos estar ainda mais próximos dos nossos Clientes, designadamente no apoio às economias locais onde estamos presentes, através da nossa Rede Comercial de mais de 200 Agências (+ 2 Agências face a 2014), 13 Gabinetes de Empresa e 4 Centros de Private Banking/Centros de Investimento. Com efeito, desenvolvemos parcerias com diversas associações e empresas de consultoria, nomeadamente com a Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria, as Associações Empresariais Regionais e a Sociedade Portuguesa de Inovação, com as quais realizámos 15 seminários em 15 diferentes localidades, de Norte a Sul do País. Assinámos igualmente novos protocolos e novas linhas de financiamento para continuar a investir na criação de melhores condições para os nossos Clientes empresariais, em particular para o nosso segmento principal, as PMEs. Com a colaboração do nosso parceiro estratégico, Banco BIC (Angola), apesar das dificuldades acrescidas, não deixámos de apoiar o comércio Portugal-Angola, apoiar os empresários angolanos que investem em Portugal, bem como os empresários portugueses que investem em Angola, posicionando-nos como um parceiro de referência dos nossos Clientes para o negócio no espaço lusófono e nos países limítrofes com ligações a Angola, onde ambicionamos ser um Banco de referência, designadamente para as operações de trade finance. No que se refere ao segmento de Particulares, mantivemos em 2015 um forte investimento no crédito habitação (crescimento de cerca de 76 milhões de euros face a 2014), que queremos manter em 2016. Para 2016, estaremos atentos às incertezas de contexto que poderão condicionar a atuação bancária, nomeadamente as incertezas sobre o panorama político internacional e macroeconómico, a manutenção de taxas de juro reduzidas – em particular, taxas de juro indexantes do euro negativas - e ainda as exigências decorrentes das alterações recentes no modelo europeu de regulação e supervisão bancária, com impactos importantes ao nível dos requisitos de capital. O nosso desígnio é continuar a crescer e é com esse espírito que encaramos o ano de 2016, o qual será determinante no trajeto de afirmação do Banco BIC Português. É com responsabilidade, determinação e empenho que continuaremos no desenvolvimento das

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medidas que se revelem necessárias para assegurar esse crescimento de forma sustentável, focando a nossa estratégia no investimento nos nossos Colaboradores, na inovação operacional e tecnológica dos processos de negócio, bem como na otimização dos processos de gestão de risco e capital. Uma palavra para enaltecer a dedicação e qualidade dos nossos Colaboradores que, por via do seu contributo, têm possibilitado que o Banco BIC continue a afirmar-se, dia após dia, junto dos nossos Clientes e parceiros. Por último, um agradecimento pela confiança e apoio dos nossos acionistas, dos nossos Clientes, bem como de todos os restantes parceiros que, com o seu apoio, têm contribuído decisivamente para o crescimento do Banco BIC Português, o qual, com toda a certeza, não vai ficar por aqui. O Presidente do Conselho de Administração

Fernando Mendes Teles

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O BANCO BIC

ÓRGÃOS SOCIAIS

Assembleia Geral

Jorge Manuel de Brito Pereira (Presidente)

Alberto Mendes Teles (Vice-Presidente)

José Artur Tavares Neves (Secretário)

Conselho de Administração

Fernando Teles (Presidente)

Isabel dos Santos

Francisco Constantino Pinto

Isabel Loureiro (1)

Luís Mira Amaral

Jaime Pereira

Carlos Traguelho

Diogo Barrote

Artur Marques

Rui Pedras

(1) Designada por “Finisantoro Holding Limited”.

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Comissão Executiva

Luís Mira Amaral (Presidente)

Jaime Pereira (Vice-Presidente)

Carlos Traguelho

Diogo Barrote

Artur Marques

Rui Pedras

Conselho Fiscal

Henrique Camões Serra (Presidente)

Maria Ivone Santos (Vogal Efetivo)

Célia Custódio (Vogal Efetivo)

Secretário da Sociedade

Gonçalo Figueiredo

Revisor Oficial de Contas (quadriénio 2012/2015)

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Deloitte e Associados, SROC, S.A., representada por:

José António Barata, ROC n.º 1210

Carlos Loureiro, ROC n.º 572 (Suplente)

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Divulgação de Informação Quantitativa No cumprimento do disposto no artigo 3.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, no artigo 115.º - I do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) e do disposto no n.º 2 do artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, publicado em 9 de janeiro de 2012, divulgamos de forma agregada e individual a composição e as remunerações auferidas no exercício de 2015 pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral e que correspondem, por não ter havido remuneração variável, apenas ao pagamento das remunerações fixas:

(a) Inclui todos os membros do Conselho de Administração e da Mesa da Assembleia Geral que exerceram funções ao longo de todo o ano de 2015 no Banco BIC Português, S.A..

Órgão N.º de elementos Montante das

remunerações (euros)

Conselho de Administração 11 1.458.334

Conselho Fiscal 4 78.000

Mesa da Assembleia Geral 3 8.250

Total 18 (a) 1.544.584

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Órgão Nome Cargo

Montante das

remunerações

(euros)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Fernando Leonídio Mendes Teles Presidente do Conselho de Administração 70.000

Isabel José dos Santos Administrador Não Executivo 70.000

Luís Filipe Alves Monteiro (1) Administrador Não Executivo 20.624

Francisco Manuel Constantino Pinto (2) Administrador Não Executivo 70.000

Isabel Vizeu Pinheiro Pereira Reis Loureiro (2) (3)

Administrador Não Executivo 26.751

Luís Fernando de Mira Amaral Presidente da Comissão Executiva 211.652

Jaime Pedro Galhoz Pereira Vice-Presidente da Comissão Executiva 197.751

Carlos Prieto Traguelho Administrador Executivo 197.860

Diogo Vasco Ramos Barrote Administrador Executivo 198.058

Artur de Jesus Marques Administrador Executivo 197.634

Rui Manuel Correia Pedras Administrador Executivo 198.004

Subtotal 1.458.334

CONSELHO FISCAL

Henrique Manuel Camões Serra Presidente do Conselho Fiscal 30.000

Maria Ivone de Freitas Pereira dos Santos

Vogal 24.000

Abílio Manuel Pinto Rodrigues de Almeida Morgado (1)

Vogal 6.000

Célia Maria Pedro Custódio (4) Vogal 18.000

Subtotal 78.000

MESA DA ASSEMBLEIA

GERAL

Pedro Canastra de Azevedo Maia (1) Presidente da Mesa 3.750

Alberto Mendes Teles Vice-Presidente da Mesa 2.500

Jorge Manuel de Brito Pereira (5) Presidente da Mesa 2.000

José Artur Tavares Neves (6) Secretário da Mesa 0

Subtotal 8.250

Total 1.544.584

(1) Cessou funções em 31/03/2015. (2) Integram o Comité de Nomeações e de Remunerações. (3) Iniciou funções em 14/08/2015. (4) Iniciou funções em 01/04/2015. (5) Até 31/03/2015 desempenhou a função de Secretário da Mesa da Assembleia Geral.

(6) Iniciou funções em 01/12/2015.

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Ainda no cumprimento do disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, publicado em 9 de janeiro de 2012, divulgamos de forma agregada e discriminada por área de atividade as remunerações dos Colaboradores que cumprem alguns dos critérios previstos no n.º 2 do artigo 1.º do mesmo Aviso, nas alíneas a) a e) do n.º 2 do artigo 115.º - C do RGICSF e do Regulamento Delegado (UE) n.º 604/2014 da Comissão de 4/3/2014. Para efeitos de delimitação dos Colaboradores a que respeita esta informação considerou-se que o universo de Colaboradores designados “relevantes” e que correspondem aos Colaboradores de primeira linha das Direções e dos Gabinetes que desempenharam “funções de controlo interno” durante todo o ano de 2015, a saber, Direção de Auditoria Interna, Direção de Análise de Risco de Crédito, Direção de Compliance e Gabinete de Risco, bem como aqueles que desempenharam funções de primeira linha e com categorias diretivas de segunda linha das Direções e Gabinetes que reportam diretamente à Comissão Executiva e ainda os que desempenharam funções de Diretor Regional, Coordenador dos Gabinetes de Empresas e Coordenador dos Centros de Private Banking e dos Centros de Investimento e, por último, o que desempenhou funções de Chief Information Security Officer. Assim, em 2015, o universo acima definido compreendeu 78 Colaboradores. A remuneração do universo referido, indicada no quadro infra, compreendeu apenas remunerações fixas, por ausência de remuneração variável, estando naquele montante incluídos 92.534 euros de diuturnidades e 14.276 euros de prémios de antiguidade.

Órgão Remuneração anual

N.º de Colaboradores (1) Montante (euros)

Funções de controlo 5 304.155

Outras funções 74 4.677.792

Total - 4.981.947

(1) Em 2015 verificou-se a movimentação de 2 Colaboradores das funções de controlo (primeira linha) para outras

funções e vice-versa.

Em 2015 não ocorreram novas contratações de Colaboradores que integrassem aquele universo. Apesar de ter ocorrido uma rescisão antecipada do contrato de um Colaborador integrante daquele universo, o mesmo não beneficiou de qualquer pagamento resultante daquela rescisão.

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Divulgação Anual sobre a Política de Remuneração A Política de Remuneração do Banco BIC Português, a que de seguida faremos referência, foi objeto de revisão e aprovação em reunião da Assembleia Geral de 27 de março de 2015, sob proposta do Conselho de Administração e do Comité de Nomeações e de Remunerações, na sequência das alterações introduzidas no RGICSF. Em 2015, um dos Administradores Não Executivos e que era, simultaneamente, membro do Comité de Nomeações e de Remunerações apresentou a sua renúncia ao mandato, tendo o mesmo sido substituído nos termos previstos na Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização, para o mandato em curso que terminou em 2015, sendo a sua atual composição a seguinte:

Comité de Nomeações e de Remunerações (Mandato 2012/2015)

Composição

Luís Filipe Alves Monteiro (1)

Francisco Manuel Constantino Pinto

Isabel Vizeu Pinheiro Pereira Reis Loureiro (2)

N.º de reuniões realizadas em 2015 5

(1) Cessou funções em 31/03/2015. (2) Iniciou funções em 14/08/2015.

1. Política de Remuneração dos Órgãos Sociais

1.1. Na definição da Política de Remuneração não participaram quaisquer consultores

externos. 1.2. A Política de Remuneração consubstanciou-se no pagamento de uma remuneração

fixa aos Administradores Executivos e Não Executivos, definida por Assembleia Geral, paga 14 vezes ao ano.

1.3. A Política de Remuneração em 2015 foi compatível com os interesses de longo prazo do Banco e não incentivou a assunção excessiva de riscos. Em caso de destituição de um Administrador, sem justa causa, a indemnização a pagar rege-se pelo disposto no artigo 403.º do Código das Sociedades Comerciais, isto é, não excederá o montante das remunerações que presumivelmente aquele receberia até ao final do mandato. Em caso de destituição por inadequado desempenho, não será paga qualquer compensação ou indemnização, nem existirão quaisquer pagamentos previstos em caso de cessação por acordo ou por renúncia ao mandato.

1.4. Ao proporem à Assembleia Geral a aprovação da Política de Remuneração do Banco BIC Português, S.A., todos os Administradores se vinculam ao seu cumprimento, incluindo o compromisso de não celebração de quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco,

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tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerente às suas modalidades de remuneração.

1.5. Remuneração dos membros da Comissão Executiva: a) Todos os membros da Comissão Executiva auferiram uma remuneração fixa mensal

paga 14 vezes ao ano; b) Em 2015 não foi atribuída, como dito acima, qualquer remuneração variável, sistema

de prémios ou qualquer outro benefício não pecuniário àqueles membros; c) É previsto que os Administradores Executivos procedam a uma autoavaliação do seu

desempenho relativo ao ano transato, as quais serão apreciadas pelo Presidente do Conselho de Administração e pelo Presidente da Comissão Executiva, sendo a avaliação deste apreciada pelo Presidente do Conselho de Administração;

d) Os membros da Comissão Executiva não beneficiam de regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada.

1.6. Remuneração dos membros do Conselho Fiscal: Os membros do Conselho Fiscal auferiram apenas de uma remuneração fixa mensal

paga 12 vezes ao ano. 1.7. Remuneração dos membros Não Executivos do Conselho de Administração: Os membros Não Executivos do Conselho de Administração auferiram apenas de

uma remuneração fixa mensal paga 14 vezes ao ano. 1.8. Remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral:

Os membros da Mesa da Assembleia Geral auferiram uma senha de presença, de valor fixo, por cada participação nas reuniões da Assembleia Geral definida e aprovada por esta Assembleia.

2. Política de Remuneração dos Colaboradores (conforme definido no n.º

2 do artigo 1.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, de 9 de

janeiro de 2012) 2.1. Os Colaboradores que mantêm uma relação jurídico-laboral com o Banco através de

contrato de trabalho, não beneficiam de outras formas de remuneração que não as que decorram da normal aplicação do Acordo de Empresa ou do direito do trabalho, não beneficiando de nenhum sistema de prémios anuais ou de quaisquer outros benefícios não pecuniários, sem prejuízo de eventualmente auferirem uma participação nos lucros conforme previsto no Acordo de Empresa.

2.2. Os Colaboradores abrangidos pelo Acordo de Empresa beneficiam de um plano complementar de pensões, de contribuição definida, para o qual concorrem, em percentagens iguais sobre a respetiva remuneração, os Colaboradores e o Banco.

2.3. Os Colaboradores beneficiam de uma remuneração fixa definida nos respetivos contratos de trabalho ou de prestação de serviços, não tendo auferido em 2015 de remuneração variável.

2.4. A avaliação de desempenho dos Colaboradores é anual e realizada pelo respetivo superior hierárquico e dos resultados daquela não depende a atribuição de qualquer componente variável da remuneração.

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ESTRUTURA ORGANIZATIVA

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ESTRUTURA ACIONISTA Em 31 de dezembro de 2015, o capital do Banco era detido pelos seguintes acionistas:

Estrutura acionista em 2015 % capital N.º de ações Montantes (euros)

Santoro Financial Holding, SGPS, S.A. 25% 21.600.000 85.104.000

Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 17.280.000 68.083.200

Finisantoro Holding Limited 17,5% 15.120.000 59.572.800

Telesgest B.V. 17,5% 15.120.000 59.572.800

Luís Manuel Cortez dos Santos 5% 4.320.000 17.020.800

Manuel Pinheiro Fernandes 5% 4.320.000 17.020.800

Sebastião Bastos Lavrador 5% 4.320.000 17.020.800

Outros acionistas 5% 4.320.000 17.020.800

100% 86.400.000 340.416.000

No dia 30 de junho de 2015 foi registado um aumento de capital de 300.228.000 euros para 340.416.000 euros, subscrito por todos os acionistas do Banco em proporção das respetivas participações.

MARCOS HISTÓRICOS

2008

O Banco BIC Português, S.A., foi constituído em janeiro de 2008, iniciando a sua atividade bancária em maio desse ano. A cidade escolhida para a localização da sua sede e do primeiro Centro de Empresas/Agência foi Lisboa, abrindo, no final de 2008, um Centro de Empresas/Agência no Porto. O Banco BIC foi lançado tendo como foco estratégico o apoio às pequenas e médias empresas (PME) em Portugal e na sua atividade exportadora, nomeadamente como banco correspondente de bancos angolanos, designadamente o Banco BIC, S.A. (Angola).

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2009

No ano de 2009 teve início uma estratégia de progressiva implantação geográfica. Com o objetivo de estar mais próximo dos seus Clientes e de disponibilizar um serviço personalizado e de qualidade, o Banco BIC alargou a sua área de atuação, passando a estar presente em Viseu, Aveiro, Leiria e Braga.

2010

Continuando a dar prioridade a uma abordagem de proximidade, o Banco BIC abriu em 2010 uma Agência em Alvarenga, a primeira Agência especialmente vocacionada para a captação de recursos.

2012

O ano de 2012 foi marcado pela aquisição ao Estado Português da Rede Comercial do nacionalizado BPN e consequente fusão das duas entidades. Com esta aquisição, o Banco BIC passou a contar com cerca de 200 Agências, 11 Gabinetes de Empresas e uma Direção de Private Banking. O Banco BIC entrou assim na banca de retalho, passando a assegurar uma oferta completa de serviços financeiros para Particulares e Empresas, transformando-se num Banco mais completo, mais estruturado e mais vocacionado para o fomento das relações comerciais entre Portugal e Angola.

2013

Em 2013, com o objetivo de reapresentar o Banco BIC à sociedade portuguesa, foi lançada a primeira campanha institucional, denominada “Mais Próximo de Si”. Neste ano foram abertas 4 Agências (Açores, Sines, Algés e Mirandela) e um Gabinete de Empresas e Direção Regional nos Açores, e foram deslocalizadas algumas, passando a disponibilizar espaços de atendimento mais modernos e de mais fácil acesso.

2014

Completando um importante passo no plano de valorização da Rede Comercial e de proximidade com o Cliente, o Banco BIC inaugurou em Lisboa o seu primeiro Centro de Investimento. Este foi concebido para assegurar um serviço personalizado de aconselhamento e soluções financeiras adequadas ao perfil de cada Cliente. A Rede Comercial viu ainda a sua cobertura geográfica reforçada com a abertura de mais 6 Agências e a deslocalização de 4.

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Principais Acontecimentos de 2015 Janeiro

Continuação dos Ciclos de Seminários Empresariais iniciados em 2014. O Banco BIC, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), a Associação Industrial Portuguesa - Câmara de Comércio e Indústria (AIP - CCI) e as Associações Empresariais Regionais, lançou em 2014 dois ciclos de Seminários Empresariais: “Crescer para Expandir” e “A Caminho da Competitividade”. Até julho de 2015 foram realizados 15 Seminários em 15 localidades, que contaram com perto de 2 mil participantes e mais de 50 oradores, convidados locais e especialistas nacionais.

Celebração de um protocolo com a Associação Portuguesa de Seniores de Golfe (APSG), tendo sido disputadas duas provas durante o ano de 2015. A primeira prova, denominada Ordem de Mérito Banco BIC, foi composta por 8 torneios, e o Torneio Nacional Final Banco BIC, realizado numa prova única, foi disputado pelos 100 melhores classificados na Ordem de Mérito Banco BIC. Abertura da Agência de Beja, dando continuidade à estratégia de proximidade e modernização da Rede Comercial.

Fevereiro

Lançamento da Conta BIC Salário Internacional, conta destinada a Clientes Particulares não residentes cambiais em Angola. Esta conta foi criada com o objetivo de apoiar os Clientes, ajudando a colmatar as dificuldades sentidas nas transferências dos seus salários para Portugal. Disponibilização do serviço MB NET, serviço gratuito que permite a realização de pagamentos não presenciais (nomeadamente através da internet, telefone ou e-mail), sem necessidade de divulgação do número real do cartão de débito ou crédito.

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Abertura da Agência de Albergaria-a-Velha.

Patrocínio, pelo segundo ano consecutivo, do Lisbon Summit 2015, evento que decorreu no Hotel Cascais Miragem sob o tema “Portugal at a crossroads: today, tomorrow and beyond to 2030”.

Março

Celebração de um protocolo de colaboração com a COSEC (Companhia de Seguros de Crédito, S.A.), que permite às empresas exportadoras portuguesas, Clientes do Banco BIC, terem acesso à Linha de Seguros de Crédito à Exportação da COSEC para a cobertura de operações suscetíveis de beneficiarem de garantias do Estado. Abril

Disponibilização da Linha de Crédito PME Crescimento 2015, linha de crédito destinada a garantir o acesso ao crédito em condições mais favoráveis das empresas nacionais, reforçando a liquidez e a capacidade de investimento do tecido empresarial nacional. Assinatura de um protocolo de cooperação entre o Banco BIC, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Vivapower, dando início ao Programa Grow with Energy. Este programa, assente numa linha de financiamento de 30 milhões de euros, visa apoiar a implementação de projetos de eficiência energética e energias renováveis nas empresas. Maio

Disponibilização da Linha de Crédito Portugal Angola, linha

destinada a empresas portuguesas com processo de

internacionalização em Angola, que resultou do protocolo

celebrado entre o Banco BIC, o Ministério da Economia, o

Instituto de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), a

PME Investimentos e as Sociedades de Garantia Mútua.

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Lançamento do passatempo “À boleia do Miguel Oliveira com o Banco BIC”. Este passatempo, dirigido ao segmento 18-25 e que decorreu exclusivamente no facebook, ofereceu aos vencedores a experiência única de acompanhar o piloto Miguel Oliveira e toda a sua equipa a Valência, ao Grande Prémio da Comunidade Valenciana, uma das provas mais importantes do campeonato do mundo de Moto3. Banco BIC mantém o estatuto de patrocinador oficial da Liga, da Taça de Portugal e da Supertaça de Futsal e ainda da Seleção Portuguesa de Futsal, tendo marcado presença na Final Four da Taça de Portugal que decorreu em Sines.

Junho

Assinatura de um protocolo de parceria com o IAPMEI e o Turismo de Portugal, que confere aos Clientes do Banco BIC a possibilidade de acederem aos Estatutos PME Líder e PME Excelência, “selos de reputação” para empresas e que têm como objetivo distinguir o mérito das PME nacionais com desempenhos acima da média.

Disponibilização da Linha de Apoio à Revitalização Empresarial. Esta linha destina-se a financiar o reforço do fundo de maneio das empresas e investimentos de modernização. Realização do 3.º Torneio de Golfe Banco BIC. Durante dois dias, os convidados do Banco tiveram a oportunidade de disputar este torneio, que se realizou em Vidago, no Vidago Palace Hotel. Julho

Patrocínio da 77.ª Volta a Portugal em Bicicleta, reforçando o compromisso de responsabilidade social do Banco, centrado na promoção de valores como vida saudável, dedicação, espírito de equipa, integração e desenvolvimento social. Esta prova constituiu uma excelente ocasião para o Banco BIC se apresentar aos Clientes espalhados pelo país de uma forma menos formal, mas sempre profissional. No âmbito deste patrocínio foi lançada a campanha Depósito Volta a Portugal, exclusivo para novos Clientes ou novos recursos com vinculação associada.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 21

Lançamento da campanha Depósito Volta a Portugal, antecipando o patrocínio da 77.ª Volta a Portugal em Bicicleta. Nesta campanha, que assentou num depósito a prazo exclusivo para novos Clientes ou novos recursos com vinculação associada, foram atribuídas toalhas de praia Banco BIC.

Presença na 32.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), este ano com o tema “Dinamismo, criatividade, competência na produção nacional: um pressuposto para a diversificação e industrialização da economia angolana e um desafio para a juventude empreendedora”. Neste evento de referência para o mercado angolano, tal como em anos anteriores, o Banco BIC Português marcou presença no pavilhão de Portugal.

Agosto

Patrocínio a 4 clubes de futebol da 1.ª Liga – Grupo desportivo Estoril Praia Futebol, Clube Paços de Ferreira, Vitória Sport Club de Guimarães e Futebol Clube de Arouca. Banco BIC como principal patrocinador, a par da Câmara Municipal de Viseu, da 623.ª edição da Feira de São Mateus. Com um atrativo cartaz de espetáculos e eventos para todos os públicos, nomeadamente emigrantes e jovens, este acontecimento de grande mediatismo contou, este ano, com um total de 950 mil visitantes.

Setembro

Lançamento da campanha Portugal 2020, referente ao acordo entre Portugal e a Comissão Europeia, que consagra a política de desenvolvimento económico, social e territorial até 2020. Paralelamente, com o objetivo de assegurar uma oferta integrada para Clientes do segmento Empresas, desde a disponibilização de produtos e serviços bancários tradicionais até à assessoria em matéria de incentivos financeiros e fiscais, o Banco BIC estabeleceu uma parceria com a consultora PricewaterhouseCoopers & Associados.

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Outubro

Lançamento do cartão BIC Soft, um cartão de crédito destinado a Clientes Particulares, sem anuidades e com um plafond máximo reduzido, que permite uma utilização simples e segura.

Patrocínio da prova Banco BIC – Rally de Portugal Histórico 2015, evento organizado pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) que contou com 102 inscritos. Com início no Estoril e passagem por grande parte dos locais mais emblemáticos do Rally de Portugal, como o Kartódromo dos Milagres, o rally terminou em Sintra, onde se realizou a apoteose final com passagem noturna pelas provas especiais dessa serra (Lagoa Azul Peninha e Pé da Serra-Rampa da Pena). Para além do naming da prova e criação do logótipo em colaboração com o ACP, o Banco BIC contou com 5 equipas que ostentaram as cores do Banco e assinalou a sua presença com insufláveis e pórticos iluminados, lonas e bandeiras espalhadas ao longo do percurso.

Dezembro

Disponibilização da Linha de Crédito de Apoio aos Produtores de Leite de Vaca e Suínos 2015, destinada a disponibilizar meios financeiros para o apoio a encargos de tesouraria ou investimentos associados à atividade. Implementação do programa “Financiamento para Renováveis e Eficiência Energética”, estabelecido através de um protocolo entre o Banco BIC e a empresa Ecochoice. Este programa visa promover soluções de eficiência energética e/ou a integração de sistemas de energias renováveis nas empresas, em especial nas PME.

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Patrocínio do 2.º Fórum da União de Exportadores da CPLP. Este evento, destinado a empresários de diversos setores de atividade, a entidades públicas e às mais diversas instituições e organizações, reuniu 3.000 participantes. O Banco BIC, na qualidade de um dos patrocinadores, marcou presença com um stand próprio.

CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Rede Comercial O Banco BIC opera em Portugal através de uma rede de distribuição à escala nacional, servindo os seus Clientes de uma forma segmentada. No final de 2015, o Banco BIC dispunha de uma rede de retalho composta por 209 Agências (110 na zona Norte do país e 99 na zona Sul, incluindo os Arquipélagos da Madeira e Açores). A Rede de Agências é complementada pela Rede de Empresas, vocacionada para as PME e Grandes Empresas e, por centros especializados e totalmente dedicados aos segmentos Private e segmento de Clientes com apetência por produtos financeiros complexos. No final de 2015, o Banco BIC contava com 13 Gabinetes de Empresas, 2 Centros de Investimento e 2 Centros de Private Banking.

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Rede de Promotores A Rede de Promotores, rede complementar para apoio à atividade de angariação de negócio, é constituída por parceiros externos, promotores e canais agenciados. Em 2015 esta estrutura foi reforçada, registando um crescimento de 27%.

Rede Netpay Em 2015, o parque de TPA Netpay registou um crescimento de 15% face ao ano anterior, atingindo um quota de mercado de 7,2%. Este acréscimo contribuiu para um aumento do número de transações e do valor transacionado de, respetivamente, 29% e 22%.

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Em 2015 entrou em vigor o Regulamento (UE) 2015/751, diploma que estabelece os requisitos técnicos e comerciais uniformes aplicáveis às operações de pagamento baseadas em cartões, efetuadas no interior da União Europeia. Além da limitação da taxa de intercâmbio (interchange fee) paga pelo acquirer ao emissor dos cartões (segmento consumer), o diploma impôs regras no sentido de garantir a transparência na comunicação dos custos incorridos pelo Comerciante na aceitação de operações com cartões.

ATM Apesar de alterações na localização de alguns equipamentos, o parque ATM manteve a sua dimensão e no final do ano era constituído por 279 máquinas, das quais 204 instaladas em Agências e 75 em Clientes.

Canais Alternativos A par da manutenção do Selo de Qualidade - Norma ISO 9001:2008 “Gestão e conceção dos canais alternativos e meios de pagamento (TPA Netpay, ATM, cartões e canais alternativos)” e do Selo da Qualidade da Associação Portuguesa de Contact Centers, foi renovada a certificação da Norma I5838:2009 “Customer Contact Centers –

Requirements for service provision”, garantindo ao Banco BIC a chancela da qualidade no serviço prestado. O serviço BancoBIC Net tem vindo a registar um crescimento sustentado, tendo-se verificado, em 2015, um aumento de 14% no número de contratos de adesão. Durante o ano, através da linha BancoBIC foram recebidas pelo Contact Center 79.674 chamadas. Os canais à distância registaram um incremento de utilização de 40%, resultando num aumento de 30% do valor global movimentado.

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MARCA BANCO BIC A marca Banco BIC prosseguiu, em 2015, o desenvolvimento do seu programa de consolidação no mercado português, aprofundando a sua relação com os Clientes e apresentando propostas de valor enquadradas com a situação geral do país e das empresas nacionais. Assim, a estratégia de marketing e de comunicação de marca foi ancorada em três linhas de ação fundamentais:

· Encontrar um tom de comunicação adequado ao clima do mercado e capaz de prosseguir a apresentação da oferta do Banco em condições de inteligibilidade e boa aceitação pelos Clientes;

· Apostar em interações diretas e pessoais com os segmentos com maior potencial de criação de negócio novo, designadamente o setor empresarial com capacidade exportadora e os empresários com projetos de expansão dos seus investimentos rentáveis;

· Criar as melhores condições possíveis para os agentes económicos com ligação a Angola, tirando partido das excelentes relações com o Banco BIC Angola e do nosso especial conhecimento do mercado africano.

Comunicar através da Rede Comercial No âmbito da primeira linha de ação foram desenvolvidas campanhas de comunicação de produtos e serviços especialmente focadas na atividade comercial das Agências, apostando em servir com os materiais necessários e adequados as forças comerciais do Banco distribuídas pelo país. Com uma presença mediática menos intensa do que nos anos de lançamento da marca em Portugal, o Banco BIC esteve presente nos media nacionais sobretudo em virtude dos seus patrocínios desportivos e muito especialmente através do apoio a alguns clubes de futebol e à prova de ciclismo de maior destaque, a Volta a Portugal em Bicicleta. Nestas oportunidades de mediatização das mensagens, que incluíram ainda a sistemática promoção de produtos e serviços nas posições de publicidade anualmente contratadas nos media de referência, procurou-se afirmar a vocação do Banco BIC para o apoio aos criadores de riqueza e a todos aqueles que desenvolvem atividades empresariais nas suas regiões. O tom da comunicação foi, pois, essencialmente alinhado com o discurso geral de recuperação da atividade económica e principalmente das exportações, divulgando as

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possibilidades de apoio financeiro e de ajuda técnica, focando a atenção dos destinatários nas possibilidades de continuar a criar riqueza e a garantir a normalidade da vida portuguesa.

Partilhar Caminhos de Crescimento No contexto da segunda linha de ação o grande desiderato foi interagir de forma construtiva e útil com audiências de empresários nas localidades e praças bancárias de maior relevância, levando aos Clientes atuais e potenciais uma palavra de ânimo no futuro e de informação relevante sobre os fundos estruturais de que os empreendedores e investidores nacionais podem beneficiar, candidatando-se ao Programa Portugal 2020. Foi com este objetivo que se desenvolveram os Seminários Empresariais “Crescer para Expandir” e “A Caminho da Competividade”, vocacionados para dinamizar as relações comerciais do Banco com as comunidades empresariais de todas as regiões de Portugal.

Quinze seminários em 14 localidades, dois mil participantes, mais de quatro dezenas de oradores, convidados locais e especialistas nacionais. Uma iniciativa de parceiros que apostaram em crescer juntos. Ao longo de oito meses o Banco BIC, a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e outros parceiros relevantes promoveram o conhecimento dos mercados lusófonos e das condições de aproveitamento dos fundos europeus no quadro Portugal 2020. Em cada evento, mais de centena e meia de participantes manifestaram os seus interesses e curiosidades relativamente aos tópicos do programa, com especial ênfase para toda a informação relativa a contactos em novos mercados e candidaturas aos fundos comunitários europeus. Em todas as ocasiões a gestão do Banco BIC foi acompanhada por quadros da área comercial, que nessas localidades assumiram a responsabilidade de explicar a estratégia comercial do Banco, apresentando os seus produtos e serviços e deixando à consideração dos interessados a proposta para um contacto mais privado e detalhado.

Primeira Década Em 2015 completou-se o primeiro ciclo de 10 anos sobre a data de criação da marca Banco BIC, em Angola. Houve assim ensejo de saudar os nossos colegas angolanos pela primeira década de uma história que se tornou marcante em Angola e que está agora numa fase

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de expansão internacional noutros países africanos, depois de ter sido implantada em Portugal com grande sucesso. A marca Banco BIC foi lançada em Angola, em 2005, com uma proposta comercial inovadora e uma visão institucional focada no desenvolvimento e progresso dos angolanos. Durante uma década, o Banco BIC criou e fez crescer uma Rede Comercial que se distribuiu com racionalidade e modernidade por todo o país, servindo a maioria da população e abrangendo todos os setores de atividade empresarial. Com o decisivo apoio dos acionistas e a determinação e sentido estratégico do Conselho de Administração, o Banco BIC tem vindo a contribuir de forma decisiva para a construção de um mercado bancário angolano moderno e robusto. As linhas orientadoras da gestão do negócio têm privilegiado a proximidade aos empreendedores e empresas, criando valor para a comunidade nacional e projetando Angola para lá das suas fronteiras. Esta raiz angolana do Banco BIC tem uma expressão simbólica muito forte e original na marca bancária construída em torno de uma imagem estilizada do embondeiro, árvore rica de significados e funções sociais no quotidiano histórico angolano. À semelhança desta árvore mãe, conhecida referência das terras de Angola, a marca Banco BIC apresentou-se ao mercado como um projeto de desenvolvimento nacional, apostada em crescer e em influenciar o crescimento económico dos seus parceiros. O slogan institucional e assinatura de marca - crescemos juntos - é precisamente uma afirmação perentória deste objetivo fundacional, que traduz o desiderato sincero e firme de comprometer a atividade bancária com o bem social geral, mediante uma gestão criteriosa e altamente profissional. O crescimento em Angola foi rápido e expressivo, justificando que o Banco BIC equacionasse uma expansão para Portugal, tirando partido das ligações económicas e financeiras existentes entre os dois países e correspondendo com realismo ao facto de os seus concorrentes terem profundos apoios técnicos e financeiros na banca portuguesa. Em 2008, o Banco BIC iniciou a atividade bancária em Portugal, com uso da mesma marca e mantendo uma estreita ligação ao mercado angolano, embora apontando a um crescimento autónomo e sustentado na relação com os seus Clientes portugueses. Inicialmente, o Banco BIC Português procurou distinguir-se dos concorrentes na prestação de serviços de qualidade ao setor empresarial, ao private banking e nas operações bancárias com Angola.

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Apesar da reduzida dimensão inicial, o Banco BIC conquistou uma posição de mercado interessante, demonstrando rendibilidades acima da média do mercado e remunerando os capitais de forma generosa. Por circunstâncias do mercado bancário português surgiu a oportunidade de comprar ativos e passivos da Rede Comercial do ex-BPN, conseguindo assim uma posição de mercado muito mais abrangente, capaz de servir a generalidade da população portuguesa em toda a sua diversidade geográfica e diferentes perfis socioeconómicos. Assim, a marca Banco BIC encontrou em Portugal um território de crescimento e afirmação profissional, consolidando o seu valor simbólico e comercial, sendo-lhe reconhecida a solidez financeira, dinamismo empresarial e uma relação privilegiada com Angola.

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UNIVERSO BIC O Universo BIC teve a sua origem no Banco BIC, S.A. (Angola), que nasceu em 2005. Em 2008, resultado da aposta na expansão internacional, em particular no mercado europeu, o Banco BIC Português iniciou a sua atividade em Portugal, com a mesma estrutura acionista que o Banco BIC, S.A.. Em 2012, o Banco BIC comprou ao Estado Português a Rede Comercial do nacionalizado BPN. Esta aquisição permitiu ao Banco BIC assumir uma posição de mercado muito mais abrangente, passando a englobar na sua atividade as seguintes linhas de negócios: banca de empresas, banco correspondente de bancos angolanos, banca de retalho, dirigida a particulares e pequenos negócios, e private banking.

Em 2013, a marca Banco BIC reforçou a sua projeção internacional com a abertura de uma instituição financeira em Cabo Verde (Banco BIC Cabo Verde IFI), tendo em 2014 aberto um escritório de representação em Joanesburgo (África do Sul). O processo de abertura de um banco comercial na Namíbia encontra-se na sua fase final, estando já planeado abrir um banco comercial na China e começar operações bancárias no Zimbabwe, na Zâmbia e nos dois Congos.

Banco BIC Português

Banco BIC Cabo Verde

Bank BIC (Namíbia)

Banco BIC (Angola)

Escritório de Representação (África do Sul)

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CAPITAL HUMANO Em 2015 assistiu-se, no Banco BIC, a uma mudança de paradigma relativamente à gestão dos Recursos Humanos. Mantendo o alinhamento com o modelo de gestão, promoveu-se a valorização dos quadros existentes, privilegiando o recrutamento interno, procurando valorizar o potencial dos quadros e alargar as oportunidades de carreira de uma forma transparente e igualitária. Por outro lado, as necessidades de recrutamento externo foram preferencialmente satisfeitas com jovens qualificados, permitindo reduzir a média etária, elevando o seu potencial e adequando-os às necessidades do Banco. Durante o ano 2015, a Direção de Recursos Humanos continuou a afirmar o seu trabalho, pela inovação. Foram implementados novos processos de controlo, com o envolvimento dos restantes Órgãos, com nítidos ganhos de eficiência no controlo e na gestão da informação dos Recursos Humanos, e consequente otimização dos recursos financeiros, relativos a custos com pessoal. Foi, ainda, implementado um novo modelo de Avaliação do Desempenho, assente numa plataforma tecnológica cujas funcionalidades permitem assegurar uma gestão mais eficiente de todo o processo. Este modelo é fiel ao compromisso assumido de fomentar o desenvolvimento do Capital Humano, enquanto referência fundamental para a gestão de carreiras, quer pela observação dos contributos individuais para os resultados coletivos, quer pelas apreciações das competências core (transversais) e das competências específicas (funcionais). Em 31 de dezembro de 2015, o quadro de pessoal era composto por 1.443 Colaboradores. Verificou-se um aumento de 55 Colaboradores e uma redução de 35 Estagiários, o que representou, em termos globais e comparando com o período homólogo, um crescimento de 1,12% (incluindo Estagiários).

Tipo de Vínculo Nº Colaboradores

2012 2013 2014 2015 Contratos sem termo 1.316 1.266 1.327 1.353

Contratos a termo 6 35 61 86

Estágios 1 49 39 4

Totais 1.323 1.350 1.427 1.443

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O quadro de pessoal, em 31 de dezembro de 2015, era composto por 599 Colaboradores do género feminino e 844 do género masculino. Evolução do n.º de Colaboradores

A taxa de rotatividade em 2015 foi de 5,61%, enquanto que em 2014 foi de 9,74%. A média etária atingiu os 41 anos de idade. Pirâmide etária

806 835 844

544 592 599

2013 2014 2015

Homens Mulheres

7

25

66

208

211

181

93

35

18

12

35

73

183

182

74

24

14

2

De 18 a 24 anos

De 25 a 29 anos

De 30 a 34 anos

De 35 a 39 anos

De 40 a 44 anos

De 45 a 49 anos

De 50 a 54 anos

De 55 a 59 anos

60 e mais anos

Mulheres Homens

1.350 1.427 1.443

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Tal como em 2014, o grupo das Categorias Profissionais - Específicas e de Enquadramento – foi o que registou maior representatividade, com especial destaque para as Categorias de Gerente, Subgerente e Gestor de Cliente.

Categorias Rede Comercial Serviços Centrais Total

Administrativas 337 138 475

Apoio 0 9 9

Diretivas 45 42 87

Específicas e de Enquadramento 622 31 653

Técnicas 34 181 215

Estagiários 2 2 4

Total 1.040 403 1.443

A distribuição de Colaboradores apresentou um rácio de 2,58 Colaboradores da Área Comercial, por cada Colaborador dos Serviços Centrais. No final de 2015, 55% dos Colaboradores tinham habilitações literárias de nível superior, o que representou um acréscimo de 1% face a 2014. Habilitações literárias

A taxa geral de absentismo registada em 2015 foi de 3,83%, sem variação significativa quando comparada com o valor registado em 2014.

55%43%

2%

Ensino superior

Ensino secundário

Ensino básico

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As principais causas de absentismo foram doença e assistência à família, bem como parentalidade, com 58% e 32% respetivamente. Relativamente às restantes causas, verificou-se uma diminuição na ordem dos 8% em relação ao ano de 2014. Absentismo

Apesar da tendência de contenção verificada ao nível dos investimentos realizados pela Banca em geral, um setor tradicionalmente muito ativo em matéria de formação, 2015 representou para o Banco BIC um ano de consolidação. O número total de ações e horas de formação manteve-se muito próximo dos valores registados em 2014. No entanto, o número de participantes foi inferior (-691 participantes que em 2014), consequência da conclusão do Projeto Embondeiro no primeiro bimestre de 2015 (146 colaboradores participantes), que teve a sua principal incidência no ano de 2014 (+ de 800 colaboradores participantes). Por outro lado, registou-se um crescimento muito significativo do número de horas de formação realizadas em e-learning (211%), metodologia utilizada para fazer face a temas que, pela sua criticidade, requerem uma intervenção regular e permanente. São exemplo, as iniciativas formativas realizadas sobre a Recirculação da Nota Euro e a Prevenção no Branqueamento de Capitais e do Combate ao Terrorismo. Com o apoio de algumas das áreas dos Serviços Centrais e com o objetivo de dar resposta a necessidades específicas da Rede Comercial, verificou-se um aumento da produção de conteúdos internos nomeadamente em temas como: “A Agenda Comercial - Importância Prática da sua Utilização”, “Cartões, Netpay, ATM, Pagamento de Serviços e Canais Alternativos”, “Rendibilidade, Imparidade, Analítica” e “Utilização do Proclarity”.

58%

31%

10%

Doença/Assitência à familia

Parentalidade

Outros absentismos

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Com o objetivo de criar uma dinâmica comercial ao nível do crédito protocolado, foram implementadas diversas ações que contaram com o envolvimento do Gabinete de Crédito Protocolado, bem como com entidades externas, parceiras do Banco. Modalidade de formação

Tipo de participação

Com o objetivo de assegurar uma melhoria contínua dos serviços prestados ao Cliente, serão criadas soluções de formação interna, a partir das áreas dos Serviços Centrais, que sustentem uma maior aproximação com a Rede Comercial e assegurem a satisfação das suas necessidades e particularidades.

134

1.458 12.235

16

1.942 18.786

Ações Participantes Horas

Presencial E-learning + Blended Learning

33

1.54411.348

117

1.85619.673

Ações Participantes Horas

Interna Externa

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A distribuição da formação entre a Rede Comercial e os Serviços Centrais continuou a revelar uma forte concentração do investimento em formação dirigida à Rede Comercial. No final de 2015, foi lançada uma ação de formação destinada à Rede Comercial sobre “Análise Económico-Financeira de Empresas”. Esta ação foi produzida de forma customizada com o Instituto de Formação Bancária e a Direção de Análise de Risco de Crédito do Banco. Inicialmente destinada a Gerentes (204 participantes), esta ação de formação irá ter continuidade no próximo ano, abrangendo também os Gestores de Cliente. O número de Colaboradores envolvido em formação registou um aumento em 2015. Do conjunto de Colaboradores a 31 de dezembro, 1.223 participaram em, pelo menos, uma ação de formação, ou seja, 85% do total do efetivo (1.439).

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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

ECONOMIA MUNDIAL

Países Desenvolvidos: Europa e Japão – As Taxas Negativas Depois da crise financeira de 2007/8, o mundo ocidental foi sujeito a políticas monetárias fortemente expansionistas procurando estimular o crescimento e levar a inflação para valores próximo de 2%, combatendo assim algumas ameaças de deflação. No que toca à inflação, os EUA estão mais próximos desse objetivo do que a Zona Euro. Recorreu-se então às chamadas politicas monetárias não convencionais, designadamente impressão de moeda para compra de ativos financeiros (“Quantitative Easing”) e alguns bancos centrais (BCE, Japão, Dinamarca, Suíça e Suécia) começaram a aplicar taxas de juro negativas aos depósitos que neles fazem os bancos comerciais. Com isso, esses bancos centrais pretendem desincentivar os bancos comerciais a aplicarem neles os excessos de liquidez que têm, tentando força-los a darem mais crédito à economia real, famílias e empresas, apoiando assim o investimento e o consumo, puxando pela procura agregada e pela inflação. O problema é que essas taxas negativas por um período prolongado (como já acontecia aliás com taxas muito baixas) afetam a poupança e logo o investimento e podem levar a guerras cambiais na sequência de depreciações das moedas pois que os intermediários financeiros tenderão a deslocar o dinheiro para outros países (“carry trade”) na busca de remunerações mais atrativas, até porque a procura de crédito continua deprimida. Por outro lado, essas taxas de juro negativas acabam por contaminar os indexantes de crédito, tendo na Zona Euro (e não só) os indexantes de crédito começando a ficar em terreno negativo, como já está a acontecer com a Euribor a 3 meses e a 6 meses, só devendo a Euribor a 3 meses voltar a terreno positivo em 2019. Este terreno negativo dos indexantes de crédito afeta significativamente a rendibilidade dos bancos comerciais na medida em que reduz as taxas de juro ativas praticadas no crédito, enquanto os bancos continuam a remunerar positivamente os depósitos dos seus clientes.

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Também alguns países começam a emitir divida de longo prazo a taxas de juro negativas, como acontece com o Japão e poderá acontecer com a Alemanha. Por outro lado já há países que têm Yields negativas da sua dívida soberana em mercado secundário: Suíça, Japão, Alemanha, Holanda, Áustria, Bélgica, França, Finlândia, Irlanda, Dinamarca, Suécia, República Checa, Eslovénia, Itália e Espanha.

União Europeia e Zona Euro A Europa parecia estar, embora muito lentamente, a recuperar a sua economia e a ultrapassar a crise das dívidas soberanas dos países periféricos, quando foi atingida em pleno pela crise dos refugiados, que põe em causa uma das conquistas essenciais da integração europeia, a liberdade de circulação das pessoas, e tem ainda a ameaça da saída do Reino Unido, o chamado “Brexit”. Isto põe novas incertezas políticas ao nosso bloco económico, o que poderá impactar negativamente na situação económica. Por outro lado, a política de compra de ativos do BCE (“Quantitative Easing”), a qual na Europa (ao contrário dos EUA) tinha que se centrar mais na compra de divida pública, atendendo à relativamente (em relação aos EUA) pequena dimensão do nosso mercado de capitais, parece não estar a surtir os efeitos desejados em termos de estimulo à economia e à inflação. No fundo, o BCE precisava dum sistema financeiro europeu a funcionar e de boa saúde para que ele fosse um efetivo canal de transmissão da sua política monetária às empresas e famílias. E para haver decisões de consumo e sobretudo de investimento é preciso haver confiança nos agentes económicos, coisa que não se resolve só com a política monetária. Também o BCE na compra de dívida pública se viu restringido em termos de limites de compras pelos pesos no capital de cada país no BCE, o que leva a comprar mais dívida pública dos países do centro (que não necessitavam) e menos dos países periféricos. Por exemplo, até agora tinham sido comprados títulos de divida pública no valor de 548 mil milhões de euros, dos quais apenas 12 mil milhões de euros de divida portuguesa. O BCE acabou de reforçar o seu programa de compra de ativos (QE) e aumentar a remuneração negativa dos depósitos da banca comercial nele colocados. Segundo alguns analistas, trata-se de mais uma tentativa do BCE de, através do reforço da política monetária acomodatícia, tentar combater a deflação e estimular a economia da Zona Euro mas esta tentativa já está a mostrar os limites da política monetária nesta matéria, política essa que devia ser completada pelos estímulos à procura agregada e pelas reformas estruturais na Zona Euro, o que está longe de acontecer.

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Neste contexto ainda de consequências negativas para os bancos comerciais de política de taxas de juro negativas, o Vice-Presidente do BCE Vítor Constâncio admitiu, aliás, à semelhança do Banco Central do Japão, a possibilidade de estabelecer um regime de taxas diferenciadas por forma a excluir do terreno negativo alguns tipos de depósitos dos bancos comerciais.

Países Emergentes: A Gestão Difícil da Transição dos Modelos

Económicos Os países emergentes não são uma realidade homogénea. China, uma economia continental e industrial está numa fase de desaceleração. Brasil e Rússia, ambos produtores de “comodities”, estão a passar por vários problemas. Por outro lado a India, outra economia continental, centrada ainda na agricultura e serviços e com um claro défice de infraestruturas para a atividade manufatureira, está num ciclo ascendente. O fator comum a todos estes países é que estão a passar por uma transição estrutural, no quadro de mudanças na economia global, que puseram em causa os seus modelos de negócios e as suas estratégias de crescimento. As mudanças fundamentais são: - Fraqueza da procura para as exportações A queda da procura chinesa, designadamente nas “comodities”, veio adicionar-se aos problemas da já débil procura nas economias desenvolvidas

- Preços das “comodities” em queda O ciclo ascendente das “comodities” alimentou o “boom” de economias emergentes assente nesses produtos. Mas as quedas no preço do petróleo, nas matérias-primas para a indústria e nas “comodities” agrícolas está a criar tensões macroeconómicas e geopolíticas.

- O endurecimento de política monetária americana e o fortalecimento do dólar As taxas de juro próximo de zero e o “QE” do FED alimentaram uma rápida expansão de liquidez nos países emergentes, pois que a liquidez voou para esses países (“carry trade”) em busca de rendimentos maiores (“search for yield”), alimentando também a expansão do crédito para as empresas. O endurecimento da política monetária americana, com a tentativa do FED de começar um ciclo de subida de taxas de juro, gera o movimento inverso nos emergentes com saída de capitais e grandes depreciações das suas moedas, colocando problemas aos países e empresas endividadas em dólares.

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- A mudança de motor de crescimento de procura externa (exportações) para a procura interna e as reformas estruturais Tal é particularmente evidente na China que precisa de mudar duma economia puxada pelo investimento e pelas exportações para um modelo mais centrado no consumo doméstico. Brasil e Rússia também têm que fugir da dependência das “comodities” e avançarem em investimentos em infraestruturas e na diversificação da economia. India precisa de reformas estruturais do lado da oferta (“supply-side policies”) para modernizar a economia, avançar no sector manufatureiro e poder absorver o rápido crescimento da população ativa. Todos estes países têm que gerir essas transações macroeconómicas (sem recessão) e sobretudo evitando “crashes” financeiros. Neste contexto, os mercados financeiros estão particularmente preocupadas com a China, Brasil e Rússia.

- China: a gestão financeira é o calcanhar de Aquiles Como referido, a China está em transição duma fase de economia emergente com grandes taxas de crescimento do PIB (entre 12 a 13%) para uma fase de crescimento mais “madura” à volta de 5%. O governo chinês parece estar a gerir essa transição económica de forma razoável. Mas está a ter menos sucesso em evitar a instabilidade financeira. Embora pareça que a política cambial vá na boa direção para taxas de câmbio mais flexíveis, os avanços e recuos nessa direção e a incapacidade de comunicar e enviar mensagens corretas aos mercados financeiros, conjugados com o elevado endividamento de grandes empresas públicas, estão a criar volatilidade nos mercados.

- Brasil: duma recessão para uma crise financeira Pelo contrário, o governo brasileiro está logo a falhar na gestão da transição macroeconómica, com inação nas reformas estruturais, sendo por consequência disso a Formação Bruta de Capital Fixo muito fraca no contexto dos emergentes. Isto leva a sérios constrangimentos do lado da oferta, designadamente nas infraestruturas rodoviárias, marítimas e portuárias vitais para a competitividade empresarial e para as exportações. O Brasil também enfrenta sérios riscos duma crise financeira com probabilidade de “default” nas maiores empresas, cuja alavancagem tinha subido rapidamente nos anos recentes. A dívida pública ainda está em 65% do PIB mas deverá subir rapidamente para cerca de 90% nos próximos dois anos.

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- Rússia: uma economia em grandes dificuldades A economia atingiu os limites da era pós-soviética e a Formação Bruta de Capital Fixo é muito baixa para resolver o problema. Contudo o risco de crise financeira é menor do que no Brasil pois que a Rússia acumulou “buffers” substanciais antes do atual choque petrolífero (368 mil milhões de dólares) e tem apenas uma dívida pública de 18% do PIB. O Banco Central geriu razoavelmente o choque petrolífero graças à política de taxas de câmbio flexíveis para o rublo. Contudo, a posição orçamental está-se a deteriorar bem como a almofada atrás referida.

- Outros países emergentes Outros países da América Latina e da Ásia e Médio Oriente também estão em dificuldades. Na linha do que já referido, nota positiva para a India, que está beneficiando do impacto positivo nos rendimentos reais da alteração dos termos de troca com a descida dos preços do petróleo, embora haja algum desapontamento dos investidores face ao impasse do governo indiano nas reformas estruturais. A Coreia do Sul, bem como a Polónia e a República Checa, também se estão a comportar razoavelmente. Mas no geral, devido à importância que os países emergentes já têm na economia e no comércio mundiais, as dificuldades nas mudanças estruturais em muitos emergentes vão gerar um cenário de permanente volatilidades nos mercados financeiros, quer nos países desenvolvidos quer nos emergentes.

- Países Produtores de Petróleo; o “stress” macroeconómico A maioria entrou em grande “stress” macroeconómico com a queda dos preços do petróleo na sequência do choque positivo do lado da oferta, devido à revolução energética americana do “shale”, e à fraqueza da procura mundial. Os países, como a Arábia Saudita e os do Golfo Pérsico, com custos de produção inferiores ao preço de mercado “spot” e que acumularam “buffers” com divisas externas são, contudo, claramente menos afetadas.

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ECONOMIA MUNDIAL E EUROPEIA – CRESCIMENTO,

INVESTIMENTO E EMPREGO

Cinco anos depois do início da recuperação da economia mundial, esta tarda em consolidar-se. Baixo crescimento da produtividade (de todos os fatores), dos salários e do produto potencial são as situações mais comuns e marcantes. O baixo investimento tem sido desencorajado pela baixa procura. Mas o baixo investimento tem sido prejudicado, igualmente, pela procura agregada, num círculo vicioso que tarda em quebrar-se. Os legados da crise de 2008 não deixam de influir ainda pesadamente: alta dívida pública e privada, instabilidade financeira, ajustamento ainda em curso da bolha de crédito. Nos últimos 5 anos as previsões de crescimento falharam sempre por excesso. Os desvios ocorreram mais no produto e menos no emprego, revelando uma baixa de produtividade não prevista. Apesar da maior intensidade do emprego verificada, o baixo crescimento do produto teve como consequência a manutenção de elevados níveis de desemprego.

Produção e emprego O crescimento nos países emergentes e em desenvolvimento continuou em desaceleração pelo quinto ano consecutivo e os países avançados continuaram a registar uma modesta recuperação da crise. O Brasil e a Rússia entraram em recessão devido à baixa do preço do petróleo e no caso da Rússia também às sanções económicas sofridas. O PIB mundial cresceu 3,1%, abaixo do valor registado em 2014 (3,4%). Nos países avançados o crescimento foi de 1,9%, sensivelmente idêntico ao ano anterior (1,8%). A economia dos EUA continua a destacar-se com crescimento de 2,5% em 2015 e 2,4% em 2014. Na Zona Euro, o PIB cresceu 1,5% e na União Europeia 1,9%. Estes valores representam uma aceleração face ao ano anterior: 0,9% (Zona Euro) e 1,5 % (União Europeia).

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Nos países emergentes e em desenvolvimento o crescimento foi de 4% (contra 4,6% em 2014) o mais baixo desde a crise financeira de 2008. Já há vários anos que o crescimento da China tem vindo a diminuir, mas em 2015 a quebra foi mais acentuada e inesperada. A economia chinesa continuou em desaceleração com um crescimento de 6,9% em 2015, face a 7,3% em 2014. A evolução entre os países avançados é diferenciada. Os EUA e o Reino Unido já recuperaram o PIB atingido antes da crise e os respetivos produtos estão já muito próximos do potencial. O desemprego já está ao baixo nível registado durante o pico pré-crise de 2007. Estas performances foram possíveis - apesar das apreciações cambiais - devido aos dinâmicos mercados de trabalho, baixos preços do petróleo e boa situação financeira das famílias e apesar da revalorização cambial. A Zona Euro e o Japão, apesar da desvalorização cambial provocada pela política monetária expansionista, conheceram crescimentos mais modestos. A produção ainda está afastada da capacidade de produção. A recuperação da economia europeia, iniciada no segundo trimestre de 2013, continuou em 2015. A recuperação na Europa deve-se principalmente ao consumo privado. As empresas beneficiaram com a desvalorização do euro e queda dos preços da energia. O investimento cresceu moderadamente apesar da melhoria das condições financeiras proporcionadas pela política monetária expansionista. O preço do petróleo continuou a tendência de queda acentuada. O preço do Brent em euros apresentou uma queda de 36,4%, seguindo-se a quedas mais moderadas de 9,3% em 2014 e em 2013 de 5,8%. O preço médio do barril foi de €28,3 em Janeiro (média móvel de 3 meses) representando o valor mais baixo dos últimos 12 anos (desde Abril de 2004). A queda do preço do petróleo deveria estimular a procura mundial, dado que os importadores de petróleo têm maior propensão para gastar que os exportadores daquele produto. Isto não ocorreu devido à instabilidade financeira e à redução verificada do investimento no sector energético, afetado justamente pela baixa rendibilidade devido à queda dos preços. Na União Europeia, a taxa de desemprego caiu de 11%, no início de 2013, para 9%, no fim de 2015. O emprego teve forte recuperação aproximando-se do máximo histórico registado antes da crise. Nos EUA a taxa de desemprego situou-se em 5%, representando a taxa mais baixa dos últimos 8 anos (desde Fevereiro de 2008).

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A recuperação na União Europeia foi suportada pela procura de consumo, esta ajudada pela baixa inflação. O investimento, contudo, continua em baixos níveis com a procura de crédito das empresas estável, apesar da política monetária ultra expansionista. A Espanha conseguiu inverter a situação de crise no Verão de 2013, passando a crescer a ritmos crescentes atingindo 3,2% em 2015. O investimento em máquinas e equipamentos cresceu fortemente na generalidade dos sectores. Beneficiou de uma das mais baixas taxas de inflação (valor negativo em 2015 de 0,6%). O sector da construção voltou a dar um contributo positivo, depois da redução, com êxito, da sua enorme e excedentária capacidade de produção. Do grupo de países europeus onde foi necessário o resgate externo (Irlanda, Portugal, Grécia e Chipre) só a Grécia não está em recuperação. Irlanda, Espanha e Chipre cresceram acima da Zona Euro. A Irlanda está em franca recuperação, registando em 2015 um crescimento notável de 6,9%. Portugal e Chipre, embora mais moderadamente, registam ambos franca recuperação, com taxas de crescimento, em 2015, de, respetivamente, 1,4% e 1,5%.

Comércio internacional O comércio mundial de bens e serviços desacelerou em 2015, registando um crescimento de 2,6% em 2015 contra 3,4% em 2014. De referir a inversão da globalização com o comércio a crescer (2,6%) a um ritmo inferior ao produto (3,1%), depois de, em 2014, os dois agregados ainda terem crescido ao mesmo ritmo. Este movimento deve-se, sobretudo, à acentuada diminuição do envolvimento no comércio internacional dos países emergentes e em desenvolvimento. Enquanto nas economias avançadas as importações cresceram em 2015 a ritmo duplo do produto (4% nas importações contra 1,8% no produto), as importações dos países emergentes e em desenvolvimento cresceram dez vezes menos que o respetivo produto (0,4% contra 4%). A taxa de câmbio do euro tem vindo a diminuir desde Setembro de 2014. Em 2015 o euro depreciou-se16,5% face ao dólar, 4,3% face ao Iene e 10% face à libra esterlina. Em resultado desta depreciação, os países da Zona Euro ganharam, quase todos, quotas de mercado nos mercados internacionais. Com a forte queda da taxa de câmbio do euro, a competitividade preço na Zona Euro inverteu, em 2015, a anterior tendência à queda. A taxa de câmbio efetiva nesta zona caiu 9,7% após aumentos de 0,2% em 2014 e 5% em 2013.

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Inflação A queda dos preços do petróleo ajudou a manter baixa a inflação e a política monetária expansionista. As taxas de inflação nos países avançados continuam a situar-se em níveis abaixo dos objetivos dos bancos centrais. Nos países avançados os preços subiram marginalmente em 2015 (0,3%) contra a subida de 1,4% em 2014. Nos países emergentes e em desenvolvimento, a inflação manteve-se estável, próximo de 5%. Na União Europeia a inflação situou-se em 0,0% enquanto nos EUA se fixou, respetivamente em 0,1% e 0,8%.

Política orçamental A recuperação na Europa permitiu que a maior parte dos países reduzisse os seus deficits públicos. Na Zona Euro o deficit público agregado de todos os países em percentagem do PIB foi reduzido em 2015 de 0,4 pontos percentuais, fixando-se em 2,2%. O número de países a que se aplica ainda o Procedimento de Deficit Excessivo caiu de 16 em 2014 para 9 em 2015. A queda dos juros da dívida soberana permitiu nos países avançados seguir, em geral, políticas orçamentais expansionistas. O deficit orçamental fixou-se, em 2015, em 2,5% na União Europeia, 4,2% nos EUA e 5,1% no Japão. Nas economias avançadas as condições monetárias fáceis e as baixas taxas de juro de longo prazo reduziram os spreads e permitiram estabilizar a dinâmica das dívidas.

ECONOMIA PORTUGUESA A recuperação da economia portuguesa, iniciada em 2014 em ritmo muito modesto, acelerou em 2015. O PIB cresceu 1,5% em 2015, contra 0,9% em 2014, tendo atingido quedas nos anos 2011 a 2013. No entanto, relativamente ao conjunto dos países da União Europeia, os valores do crescimento do PIB em 2015 indicam uma recuperação ainda tímida. Estes valores confirmam a trajetória de divergência da economia portuguesa em relação à União Europeia cujo crescimento médio foi de 1,9%.

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O crescimento do produto deveu-se ao contributo da procura interna. O contributo desta para o crescimento do PIB foi positivo (2,5 pontos percentuais), contra 2,2 p.p. em 2014. Este aumento do contributo da procura interna deveu-se ao consumo, tendo o papel do investimento diminuído. O contributo da procura externa líquida continuou negativo em 2015, situando-se em -1% contra -1,3% em 2014.

Produção e vendas O índice de volume de negócios total continuou a cair em 2015 (0,4%), embora a um ritmo tendencialmente mais moderado do que nos anos precedentes 1,7% em 2014 e 2,4% em 2013. O índice de produção na indústria registou uma melhoria de 1,8%, representando ligeira aceleração em relação a 2014. Pelo contrário, no sector da construção, o índice de produção continuou a cair, embora a ritmo tendencialmente mais reduzido: 8,9% em 2014 e 15,9% em 2013. O índice de volume de negócios na indústria cresceu marginalmente (0,1%), invertendo a tendência negativa dos anos anteriores (1,3% em 2014 e 0,5% em 2013). No sector dos serviços o índice de volume de negócios caiu 0,7%, mas a ritmo inferior a 2014 (1,9%) e 2013 (1,9%). No sector hoteleiro o volume de negócios continuou a crescer em ritmo forte, mas com desaceleração face a 2014. Em 2015 o índice de volume de negócios cresceu 6,1%, contra um valor sensivelmente superior em 2014 (+10,4%). O consumo de energia elétrica registou um crescimento marginal (0,1%), valor idêntico ao verificado nos dois anos anteriores. Por sua vez, o consumo de gasóleo tem vindo a aumentar a rimos significativos e crescentes. Em 2015, o consumo de gasóleo esteve a crescer a ritmos (médias trimestrais) entre 3,6% e 4,4%, face um valor médio de 2,3% durante o ano de 2014.

Investimento O investimento (FBCF) registou, em 2015, um crescimento de 5,5%, contra um ligeiro aumento de 0,4% em 2014 e quebra acentuada em 2013 (8,9%).

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Todos os tipos de investimento registaram crescimento: 2% nas Máquinas e equipamento, 27,6% no Material de Transporte e 4% na Construção. Este padrão repete, sensivelmente, o ocorrido no ano anterior. As vendas de cimento no mercado interno registaram um crescimento de 7,1%, invertendo a tendência de queda dos anos anteriores: -0,5% em 2014 e -27,7% em 2013. O crédito a particulares para compra de habitação caiu 3,6%, confirmando a tendência de queda dos anos anteriores, 3,7% e 3,5%, em 2014 e 2013, respetivamente. A venda de veículos pesados apresentou forte crescimento (28,8%) mantendo a tendência dos 2 anos anteriores: 29,1% em 2014 e 23,7% em 2013. O investimento em percentagem do PIB registou em 2015 o valor de 15%, valor sensivelmente idêntico ao de 2014 e 2013 e ainda longe dos valores pré-crise (23% em média nos anos pré-crise de 2003-2008).

Consumo e poupança das famílias O rendimento disponível das famílias - que crescera modestamente em 2014 (0,7%) - conheceu em 2015 uma clara desaceleração. Registou um crescimento marginal de 0,1% no 2º trimestre e entrou em terreno negativo na parte final do ano: -0,1% no 3º trimestre (último período conhecido). A taxa de poupança das famílias, que se situara em 5,9% do rendimento disponível em 2014 e 7,8% em 2013, continua a cair, registando valores sucessivamente mais baixos nos trimestres conhecidos de 2015: 5,7% (1º T), 4,8% (2º T) e 4% (3º T). O consumo privado continuou a crescer a ritmo consolidado face ao ano anterior: 2,8% em 2015 e 2,6% em 2014. Embora o acréscimo de consumo se verifique em todas as categorias de produtos, aquele é bastante mais significativo no consumo de produtos duradouros. Em 2015, o consumo de produtos duradouros cresceu 12,8%, contra 2% nos produtos correntes. As vendas de gasolina registaram variações negativas em 2015, mantendo a tendência do ano anterior: -0,7% em 2015 e -0,3% em 2014. O crédito ao consumo continua em queda, embora a ritmos tendencialmente mais baixos: em 2015 caiu 0,5%, contra quedas de 4% e 10,3%, respetivamente em 2014 e 2013. A venda de automóveis ligeiros continuou a crescer a ritmo muito elevado: 25% em 2015 face a 35% em 2014 e 11% em 2013.

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Comércio externo As exportações de bens aumentaram 3,6%, uma aceleração face a 2014 (1,7%). No entanto, este aumento ficou a dever-se às exportações para a Zona Euro, que aumentaram +6,4%, uma vez qua as exportações extracomunitárias sofreram uma quebra de 3,0%. Ao contrário das exportações, as importações de bens conheceram um crescimento total em desaceleração. Em 2015 as importações cresceram 1,9% contra 3,4% em 2014. As importações da Zona Euro aumentaram 4,2% enquanto as importações extracomunitárias sofreram uma quebra de 4,8%. Considerando as exportações totais (incluindo bens e serviços) registamos um crescimento de 5,1% em 2015, contra 3,9% em 2014. Por seu lado, as importações mantiveram o ritmo elevado de crescimento do ano anterior: 7,3% em 2015 e 7,2% em 2014. Os termos de troca no comércio internacional registaram uma evolução positiva, devido sobretudo à quebra dos preços das importações de produtos petrolíferos. O deflator das importações de bens e serviços registou o valor de 4,1% em 2015 contra 2,1% em 2014. Por seu turno, o valor do deflator das exportações diminuiu 1% contra 0,7% em 2014. O saldo da balança externa de bens e serviços voltou, em 2015, a registar, tal como em 2014, um valor ligeiramente positivo: 0,8% do PIB. A balança externa corrente que abandonara o terreno negativo em 2012 - depois de sucessivos anos de deficits elevados - voltou a registar em 2015 valor positivo, fixando-se em 2,1% do PIB, contra 1,7% em 2014 e 2,3% em 2013.

Emprego A taxa de desemprego média anual foi, em 2015, de 12,4%, contra 13,9% em 2014 e 16,2% em 2013. O número de empregados registou uma quebra de 11%, contra uma diminuição de 15,1% em 2014 e aumento de 2,3% em 2013. Em linha com a diminuição do desemprego, o número de empregados aumentou 1,1%, depois de um aumento de 1,6% em 2014 e quebra de 2,6% em 2013.

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O custo nominal do trabalho por unidade produzida continuou a diminuir. Depois de uma queda de 0,9% em 2014, aquele continuou a cair nos primeiros três trimestres de 2015 (únicos valores até agora conhecidos), registando valores entre -0,3% (1º T) e -2,2% (3º T).

Preços Os preços sofreram assinalável pressão à subida, devido à recuperação impulsionada pela procura interna, ao aumento de impostos, e à desvalorização do euro. O índice de preços no consumidor registou um aumento de 0,5% contra uma quebra em 2014 de 0,3%. No entanto, na categoria Bens a variação foi negativa (0,1%) contra variação positiva de 1,3% nos Serviços. A competitividade-preço conheceu melhoria significativa. Em 2015, a taxa de câmbio nominal efetiva teve uma redução de 2,5%, depois de registar aumentos de 0,1% e 0,9%, respetivamente em 2014 e 2013.

Finanças públicas Após o acerto, no fim do ano, devido à resolução do BANIF (1,2% do PIB), o deficit das contas públicas, em 2015, fixou-se em 4,2% do PIB, representando, apesar de tudo, uma melhoria face a 2014 (7,2%). No entanto, as contas públicas continuam a enfrentar grandes riscos: o deficit estrutural conheceu, em 2015, um agravamento de meio ponto percentual, passando de 1,4% em 2014 para 1,9% em 2015. A dívida publica bruta em percentagem do PIB registou o nível de 129,1% representando ligeira redução face a 2014 (130,2%).

Endividamento Em 2015, o sector não financeiro privado reduziu o endividamento enquanto o sector público continuou a registar crescimento da dívida. A desalavancagem no sector privado ocorre, nas famílias e particulares já desde 2011 e, nas empresas privadas é mais recente, iniciando-se em 2013. Em 2015 confirma-se esta tendência de redução do endividamento privado (empresas e famílias). Em 2015 o endividamento do sector não financeiro registou uma redução de 3,3 mil milhões de euros, para se situar, no fim do ano, num valor total de 697,4 mil milhões de euros. Tanto as empresas privadas como os particulares diminuíram o endividamento,

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respetivamente em mil milhares de euros 4,9 biliões e 3,9. Por seu lado o sector público viu agravada a sua dívida em 5,5 mil milhões de euros.

ECONOMIA ANGOLANA A economia angolana, em 2015, continuou a sofrer as consequências da queda dos preços do petróleo. A incerteza relativa à evolução dos preços do petróleo no mercado internacional fez com que as perspetivas para o crescimento económico fossem revistas em baixa, sendo esperada uma desaceleração do crescimento do PIB para 4,4%, abaixo dos 4,8% registados em 2014. Angola aumentou ligeiramente a produção de petróleo por forma a compensar a queda dos preços, no entanto não evitou uma diminuição das receitas. Os dados da Sonangol fazem referência a uma produção média de 1,8 milhões de barris/dia, o que representa um aumento de 7,8% face a 2014. De acordo com o Ministério do Petróleo, espera-se que os investimentos no setor petrolífero atinjam 22.1 mil milhões de USD em 2016, no seguimento de um esforço que visa garantir a sustentabilidade da produção e alcançar a

meta de produção de 2 milhões de barris/dia em 2016. A queda dos preços do petróleo levou o Conselho de Ministros a rever em baixa, no Orçamento de Estado para 2015, o preço médio do barril de petróleo, passando de 81 para 40 dólares, o que criou um significativo défice das receitas públicas. Apesar dos esforços de diversificação, a economia angolana continua ainda dependente das receitas do setor petrolífero. A contribuição da agricultura para o PIB continua baixa e em 2015, para facilitar o acesso dos pequenos agricultores ao crédito, o governo aprovou 118 milhões de dólares e reduziu a taxa de juro de referência para o Crédito Agrícola de Campanha (programa de financiamento instituído pelo Executivo de apoio à agricultura) de 5% para 2%.

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ÁREAS DE NEGÓCIO

BANCA COMERCIAL O Banco BIC desenvolve a sua atividade em Portugal, com ênfase nos negócios da banca de retalho, banca de empresas e private banking. Através de uma abordagem segmentada ao mercado, o Banco BIC pretende oferecer uma gama abrangente de produtos e serviços financeiros que respondam às necessidades dos Clientes.

Particulares e Negócios A Rede de Agências desenvolveu a sua atividade nos segmentos de Particulares e Pequenos Negócios. Em 2015, estes Clientes eram servidos por uma rede de 209 Agências, da qual faziam parte 920 Colaboradores distribuídos por 17 Direções Regionais, e que proporcionou um produto bancário de 55,6 milhões de euros (expurgado de provisões). Esta Rede é responsável por uma carteira de 5,70 mil milhões de euros de volume de negócios (2,88 mil milhões de euros a Norte e 2,82 mil milhões de euros a Sul), com a componente de depósitos a representar 67,9% desse volume. No final de 2015, o volume de negócios médio por Agência atingiu os 27,3 milhões de euros, apresentando a Rede de Agências um rácio de transformação de 42,1%. Com efeito, do aumento do volume de negócios observado em 2015, que superou os 740 milhões de euros, os depósitos registaram um acréscimo de 618 milhões de euros e o crédito de 192 milhões de euros. Nesta última rúbrica, 75,3 milhões de euros derivaram do crédito habitação, produto em campanha durante o ano. A taxa dos depósitos sofreu uma redução de 71 pontos base (pb), refletindo o impacto da descida das taxas de referência e o aumento da confiança no Banco.

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Por seu lado, a taxa ativa registou uma redução de 65 pb resultado, não só das atuais condições do mercado, mas também do facto da carteira ter ainda um peso significativo de operações de médio e longo prazo, nomeadamente mútuos, crédito habitação e crédito automóvel. Ao nível do cross-selling registou-se uma variação de 21.965 cartões de crédito e débito, e a instalação de 6.110 novos TPA Netpay. O aumento da notoriedade do Banco BIC, aliado à atividade comercial da Rede de Agências, permitiu o reforço da base de Clientes com mais 31.366 novos Clientes. Evolução mensal do número de novos Clientes

Empresas A Rede de Empresas do Banco BIC desenvolveu a sua atividade no segmento Corporate,

isto é, empresas de média e grande dimensão, cujo volume de faturação anual exceda os 7,5 milhões de euros ou que integrem um grupo que atinja, em termos consolidados, aquele volume de faturação. No final de 2015, estes Clientes tinham ao seu dispor 13 Gabinetes de Empresas, com o compromisso de desenvolver e aprofundar a atividade comercial. No ano 2015, em Portugal, verificou-se uma melhoria significativa dos principais indicadores económicos, destacando-se o acesso ao investimento externo e a redução do défice da balança comercial, que contribuiu para a recuperação da confiança dos consumidores relativamente ao retomar da atividade económica.

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Esta evolução, que assentou principalmente numa recuperação da procura interna, contribuiu para a dinamização da atividade empresarial, tendo-se verificado uma maior apetência das empresas para o investimento, em linha com o ano transato e contrariamente ao clima de retração que marcou os anos pós crise do “subprime”. O ano de 2015 caracterizou-se também por uma elevada pressão a nível das taxas ativas, reflexo de uma maior disponibilidade de oferta bancária, num contexto em que se assistiu igualmente a uma redução do custo do funding. Neste clima de maior pressão a nível de preços, a Rede de Empresas do Banco BIC assumiu o compromisso de apoiar a atividade das empresas, apostando em setores críticos para o crescimento da economia portuguesa, nomeadamente o setor exportador, tanto ao nível do negócio internacional como no apoio à internacionalização, privilegiando um relacionamento de proximidade, pautado por um elevado nível de profissionalismo e qualidade no atendimento. Este posicionamento e o foco no crescimento da carteira de crédito permitiram que, em 2015, a Rede de Empresas alcançasse um volume de negócios de 3.331 milhões de euros, o que representou um aumento de 11% face a 2014. Esta evolução do volume de negócios foi possível graças à estratégia comercial que teve como objetivo, por um lado, a fidelização dos Clientes atuais e por outro, o alargamento da base de Clientes. Esta dinâmica permitiu o início do relacionamento comercial com mais 394 novas empresas, que contribuíram com cerca de 7% para o volume de negócios total, no final do ano de 2015. Depois de dois anos de significativo crescimento, os recursos captados apresentaram no final de 2015, um abrandamento no ritmo de crescimento, fixando-se nos 809 milhões de euros. A redução das taxas passivas implementada pela Rede de Empresas, com vista a minimizar a degradação da margem financeira, conjugada com o contexto concorrencial na captação de recursos verificado em 2015, justificaram em grande medida esta evolução. A carteira de crédito da Rede de Empresas aumentou 14% no final de 2015, para 2.522 milhões de euros. A vertente que mais se destacou foi a do crédito por desembolso, com um crescimento de 18%, evoluindo de 1.909 milhões de euros a 31 de dezembro de 2014 para 2.255 milhões de euros a 31 de dezembro de 2015.

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Montantes expressos em milhões de euros

2014 2015 Variação %

Crédito por desembolso 1.909 2.255 18,15%

Crédito por assinatura 294 267 -9,28%

Crédito 2.203 2.522 14,49%

Depósitos 797 804 0,84%

Outros recursos 6 5 -12,22%

Recursos 803 809 0,74%

Total 3.006 3.331 10,82%

A Rede de Empresas manteve o setor exportador como um dos segmentos prioritários, verificando-se em 2015 um aumento de 17% na atividade relacionada com o negócio internacional. No âmbito da estratégia de proximidade e apoio ao tecido empresarial português, o Banco BIC disponibilizou um conjunto de produtos e serviços que respondem às necessidades das empresas nos seus projetos de internacionalização, dos quais destacamos, as linhas de crédito protocoladas (Linhas “PME Investe/Crescimento”) e os créditos com garantia mútua. Em 2015, a Rede de Empresas foi responsável pela colocação de 65 novas operações num total de 26,7 milhões de euros, tendo a carteira apresentado, nesta tipologia de crédito, um crescimento de 68,6%.

Montantes expressos em milhões de euros

Na área do crédito especializado, a Rede de Empresas evidenciou um desempenho comercial bastante favorável em todos os segmentos de negócio em que opera.

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Crédito com Garantia Mútua Locação Financeira

2014 2015

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No caso da locação financeira, a produção da Rede de Empresas atingiu em 2015, 75 milhões de euros, o que representou um crescimento de 31 milhões de euros relativamente ao ano anterior. No factoring e na Gestão de Pagamento a Fornecedores (GPF), o Banco BIC, através do seu segmento Corporate, descontou/confirmou nestes dois produtos um montante superior a 90 milhões de euros. O serviço BancoBIC Net tem-se assumido, cada vez mais, como um canal privilegiado na relação do Banco com os Clientes, verificando-se em 2015, um aumento de 8% do número de Clientes aderentes a este serviço. Relativamente ao parque de TPA Netpay, apesar de em 2015 terem sido instalados 391 novos equipamentos, verificou-se um decréscimo de 4% na carteira. Em 2015, registou-se um aumento da carteira de cartões de 38,8% face a 2014. Os cartões de crédito foram os que mais contribuíram para esse crescimento, tendo aumentado 66%. No que respeita ao controlo do crédito vencido, a Rede de Empresas seguiu uma política de rigor e seletividade, com vista à deteção precoce de eventos de incumprimento, negociando a constituição de colaterais que permitam mitigar o risco de crédito e privilegiando uma diversificação do risco da carteira por setores de atividade. Em 2015, a Rede de Empresas assistiu a uma relativa estabilização do rácio de crédito vencido.

Private Banking 2015 foi um ano de consolidação para a Direção de Private Banking. Num ano marcado por uma conjuntura económica desfavorável e por um clima de incerteza nos mercados financeiros, a Direção de Private Banking do Banco BIC conseguiu alcançar os seus objetivos de negócio, crescendo de forma significativa em número de Clientes, ativos sob gestão e produto bancário. Mantendo como foco a preservação do património dos Clientes, o modelo de negócio do Private Banking permite, de forma consistente e objetiva, adequar os produtos ao perfil de investimento de cada Cliente, com base nos parâmetros de risco. Sendo este considerado um fator diferenciador.

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A Direção de Private Banking integra uma equipa de profissionais preparada para acompanhar cada Cliente, analisando as suas necessidades, especificidades e o seu perfil de risco, com vista à identificação das melhores soluções. Esta equipa está distribuída por 2 Centros de Private Banking, um em Lisboa e um no Porto, tendo a equipa do Centro de Private Banking do Porto sido reforçada. A defesa dos interesses dos Clientes, a preservação do seu património e a criação de valor, constituem os principais objetivos desta Direção, que tem como vetores o serviço e a confidencialidade. Para 2016, pretende-se consolidar as posições e, aprofundar as relações com os atuais Clientes através de uma maior vinculação. Alargar a base de Clientes na zona centro do país e, assim, continuar a crescer de forma sustentada. Consolidar a marca Banco BIC como marca de referência da banca privada no mercado de expressão portuguesa. Integrando a estrutura da Direção de Private Banking, os Centros de Investimento partilham os mesmos princípios, valores e objetivos no que respeita à qualidade dos serviços e à satisfação dos Clientes tendo superado, no seu primeiro ano de atividade, as expetativas sob o ponto de vista de captação de negócio.

Promotores O Gabinete de Dinamização Comercial, enquanto área responsável pela gestão e dinamização dos canais externos de captação de negócio do Banco, esteve presente em conjunto com a Rede Comercial em diversos congressos, feiras e convenções, a convite dos seus parceiros, com o objetivo de promover os produtos e serviços do Banco, com especial incidência no Crédito Habitação. A Rede de Promotores do Banco BIC, rede complementar para apoio à atividade de angariação de negócio, é constituída por parceiros externos, promotores e canais agenciados, e foi reforçada em 2015, tendo registado um crescimento de 27% face a 2014. O número de Clientes angariados por esta rede aumentou 33%, tendo este aumento contribuído para o crescimento de 37% do volume de negócios face ao período homólogo.

Gabinete Angola Portugal A crise cambial que a economia angolana atravessa e que começou a desenhar-se logo no início de 2015, agravou a disponibilidade de divisas e, como consequência, contribuiu para uma diminuição acentuada das remessas enviadas.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 57

Apoiados numa estratégia concertada, os gabinetes dos dois países, levaram a cabo uma política de aprofundamento e dinamização dos fluxos. Durante o 1.º semestre, foi possível atenuar o clima adverso vivido em Angola, devido ao empenho dos gabinetes e das estruturas comerciais, no apoio prestado aos Clientes e investidores. No 2.º semestre, as fortes restrições à saída de divisas tiveram maior impacto, tendo as operações recebidas sofrido uma quebra acentuada, quando comparadas com idêntico período de 2014. Evolução do fluxo BIC AO - BIC PT

Alinhada com a estratégia de crescimento do Banco, a atividade do Gabinete Angola Portugal continuará a pautar-se por aprofundar o conceito de plataforma internacional no espaço lusófono e nos países limítrofes e com ligações a Angola.

ÁREA INTERNACIONAL E FINANCEIRA

Gestão de Tesouraria A gestão da tesouraria do Banco tem como principais objetivos garantir o cumprimento das reservas mínimas de caixa e a manutenção de níveis adequados de liquidez para fazer face às necessidades decorrentes da atividade do Banco.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 58

O Banco efetua a monitorização periódica dos riscos de liquidez e de taxa de juro, sendo efetuadas análises regulares, que são apresentadas e discutidas em sede de Conselho de Gestão de Ativos e Passivos (ALCO), o qual passou a ter, no decorrer de 2015, para além de funções consultivas, funções deliberativas. No final de 2015, a tesouraria do Banco incluía investimentos em aplicações financeiras de curto prazo no mercado monetário interbancário (MMI) no montante de 1.150 milhões de euros (1.072 milhões de euros em 2014) e tomadas de fundos de outras instituições de crédito e de bancos centrais no montante de 964 milhões de euros (828 milhões de euros em 2014). Em alternativa aos investimentos no MMI, o Banco continuou a participar ativamente em leilões de programas de papel comercial tendo, em 31 de dezembro de 2015, subscrito cerca de 140 milhões de euros, e incrementou o investimento em instrumentos de dívida, cujo valor de balanço em 31 de dezembro de 2015 ascendia a 1.392 milhões de euros (1.218 milhões de euros em dezembro de 2014). O Banco Central Europeu (BCE) iniciou em 2014 o programa de financiamento Targeted

Longer–Term Refinancing Operations (TLTRO), tendo o Banco subscrito o montante total aproximado de 150 milhões de euros. Em 2015 e atendendo à situação de liquidez da tesouraria, o Banco, apesar de satisfazer as condições necessárias, decidiu não participar em nenhuma das quatro operações realizadas pelo programa TLTRO. Ao abrigo deste programa foi atribuído ao Banco, no último leilão realizado em dezembro de 2015, o limite de 1.849 milhões de euros. No exercício de 2015, o Banco aumentou a pool de ativos dados como colateral (ativos elegíveis) para operações de financiamento junto do BCE. O Banco tinha, assim, no final do exercício de 2015, linhas de financiamento disponíveis e não utilizadas, no montante de 738 milhões de euros que permitiam uma posição de liquidez bastante conservadora (638 milhões de euros em 31 de dezembro de 2014).

Mercado Cambial O euro (EUR) iniciou o ano de 2015 no seu valor máximo face ao dólar dos Estados Unidos (USD), tendo mantido uma tendência generalizada de desvalorização ao longo do ano. Durante o ano de 2015 o euro variou entre um máximo de 1,2099 dólares (janeiro) e um mínimo de 1,0496 dólares (março).

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 59

Evolução do câmbio EUR/USD em 2015

A evolução do valor do euro contra o dólar, foi essencialmente condicionada pelas decisões de política monetária tanto do Federal Reserve Bank, como do BCE. No final do 1.º trimestre de 2015, o euro atingiu o seu valor mínimo face ao dólar com o mercado cambial a antecipar uma possível subida das taxas de juro do dólar. Esta subida não se verificou devido ao desempenho, abaixo das expetativas, da economia americana, pelo que se assistiu a uma ligeira recuperação do euro face ao dólar até meados de outubro. No último trimestre do ano, o dólar valorizou face ao euro, em resultado das expetativas de alteração das políticas monetárias nas duas regiões. Em dezembro, o Federal Reserve Bank subiu o intervalo de variação da taxa de juro dos fed funds em 25 pb para 0,25% a 0,50%. No mesmo mês, o BCE baixou a sua taxa de depósito em 10 pb para -0,30%, mantendo inalteradas as restantes taxas diretoras. O BCE aumentou ainda o prazo do programa Quantitative Easing (QE) em mais 6 meses, até março de 2017, e alargou o leque de ativos elegíveis. Este conjunto de medidas contribuiu para a valorização do dólar face à moeda europeia.

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Gestão da Posição Cambial Ao longo do ano de 2015, o Banco manteve uma política de risco cambial tendencialmente nula, sendo os lucros cambiais resultantes da cobertura das transações efetuadas com Clientes e contrapartes. O Banco BIC transacionou as principais moedas no mercado cambial, com grande destaque para o EUR/USD. Durante o ano de 2015, o Banco continuou a negociar notas de Kwanza fora de Angola, tendo-se registado uma diminuição do número de operações com a moeda angolana. % de divisa transacionada em 2015

No exercício de 2015, os resultados cambiais diminuíram, fixando-se em 5,7 milhões de euros (8,4 milhões de euros em 2014). Esta diminuição resultou da redução do negócio cambial com bancos correspondentes e da diminuição da atividade nas operações cambiais em notas kwanza.

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GBP0,97%

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 61

Carteira própria Em 2015, mantendo critérios conservadores definidos na Política de Investimentos em vigor e com o objetivo de maximizar a rendibilidade da liquidez disponível, o Banco BIC reforçou o investimento em instrumentos financeiros para a carteira própria. O total de investimentos financeiros em carteira aumentou, aproximadamente, 174 milhões de euros face ao exercício anterior, totalizando cerca de 1.392 milhões de euros (valor de balanço) em 31 de dezembro de 2015. Investimentos financeiros em carteira

Montantes expressos em milhões de euros

Nota: Inclui instrumentos financeiros classificados como outros créditos e valores a receber.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 62

Em 2015, manteve-se a estratégia de investimento essencialmente em instrumentos de dívida, nomeadamente dívida soberana de curto e médio prazo e dívida corporate. No final de 2014 e 2015, a carteira própria do Banco apresentava a seguinte composição:

A Política de Investimentos do Banco BIC consagra critérios conservadores de avaliação do risco de crédito e do risco de mercado, nomeadamente no que se refere a rendibilidade (taxa de retorno versus risco emissor), maturidade, diversificação, liquidez e elegibilidade dos ativos para efeitos de acesso a facilidades de financiamento junto do BCE. Em 2015, o desempenho da carteira própria foi afetado pelo comportamento negativo da dívida da Oi e pela decisão tomada, no final do ano, pelo Banco de Portugal de retransmitir para o BES um conjunto de obrigações de dívida sénior do Novo Banco ao qual a carteira própria tinha uma exposição global de 18 milhões de euros.

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Dezembro 2014

Obrigações do Tesouro

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Dezembro 2015

Obrigações do Tesouro

Bilhetes do Tesouro

Dívida Pública Estrangeira

Obrigações Corporate - Financeiro

Obrigações Corporate - Não Financeiro

Outros instrumentos de dívida

Ações

Fundos de Investimento

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 63

Negócio Internacional - Trade Finance

Proximidade com os Clientes O Banco BIC conta com uma equipa especializada que tem vindo a desenvolver o relacionamento com mais bancos correspondentes e em geografias cada vez mais diversas, permitindo um apoio mais eficaz no processo de internacionalização dos nossos Clientes, nomeadamente na estruturação de operações de trade finance, no apoio às exportações, projetos e investimentos internacionais. Com o objetivo de oferecer, de forma global, uma panóplia alargada de produtos e serviços internacionais, competitivos e eficazes, aos Clientes, o Banco BIC tem vindo a firmar parcerias com bancos correspondentes e com as plataformas internacionais do Universo BIC, em países como Angola, África do Sul e Cabo Verde.

MERCADO DE CAPITAIS O ano de 2015 apresentou os seguintes aspetos mais relevantes:

1. O registo de depósitos de valores mobiliários de Clientes ascendeu a 3.390 milhões de euros e a quota de mercado, a 30 de setembro de 2015 (fonte: CMVM), era de 1,1%.

2. Em março, o Banco emitiu o primeiro produto estruturado, denominado “Depósito Energia BIC Mercado de Capitais”, com as seguintes características: depósito indexado, capital garantido, prazo de 24 meses e com remuneração dependente da rendibilidade de um cabaz de 5 ações com um valor máximo de 6% na maturidade.

3. O montante sob gestão, no âmbito da gestão discricionária de carteiras, ascendeu em 2015 a 5,94 milhões de euros, o que representou um crescimento no ano de mais de 50%. Em 2015, um ano marcado por elevados níveis de volatilidade, a BIC Conservadora e a BIC Dinâmica obtiveram uma performance de, 1,35% e 4,32%, respetivamente, cumprindo o objetivo de preservação de capital, nomeadamente em meses de queda acentuada do mercado acionista, como agosto e dezembro.

4. Aprovação junto do Supervisor do início da comercialização das SICAV PICTET Total Return, FIDELITY Funds e JUPITER Global Fund.

5. Foi aprovada, em dezembro, a nova estrutura legal do fundo Banco BIC Obrigações Global, que já se encontra ao abrigo da lei de investimentos coletivos UCITS I, passando o fundo a denominar-se NSF SICAV - Banco BIC Obrigações Global. Esta nova estrutura legal confere maior proteção aos participantes, não implicando qualquer alteração à estratégia, risco ou processo de investimento.

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6. Como perspetivado no relatório do ano passado, o Banco estabeleceu a relação de Banco Depositário com outra sociedade gestora independente, nomeadamente de dois fundos de Capital de Risco: ASK Capital e o ASK Celta.

Perspetivas para 2016

Com o objetivo de proporcionar retornos consistentes no médio prazo, tal como no passado, a Direção de Mercado de Capitais continuará a oferecer em 2016 um leque alargado de soluções de investimento adequadas ao perfil dos Clientes. Os principais objetivos para 2016 são:

- Captação e fidelização de novos Clientes; - Formação especializada em soluções de investimento à Rede de Agências; - Incremento do volume sob gestão do serviço de Gestão Discricionária de Carteiras; - Incremento do montante sob gestão nos fundos distribuídos pelo Banco BIC; – Desenvolvimento de novas soluções de investimento, nomeadamente com capital

garantido; - Colocação de emissões de papel comercial em investidores institucionais.

Banco BIC Tesouraria Em 31 de dezembro de 2015, o montante sob gestão do fundo ascendia a 44.758.174 euros, sendo o valor da unidade de participação da Categoria A de 5,7874 euros e de 7,7396 dólares para a Categoria B. As unidades de participação em circulação das Categorias A e B ascenderam a 7.236.613 e 404.626, respetivamente. No que se refere às unidades de participação em circulação e correspondente valor unitário, apresenta-se abaixo um quadro com o seu valor no final dos últimos exercícios:

Categoria A – EUR 2012 2013 2014 2015

Número de UP 7.678.483 12.589.279 12.576.102 7.236.613

Valor da UP (euros) 5,6036 5,7902 5,8692 5,7874

Categoria B – USD 2012 2013 2014 2015

Número de UP 371.145 625.780 759.867 404.626

Valor da UP (dólares) 7,4002 7,6616 7,8409 7,7396

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 65

Evolução do valor da unidade de participação da Categoria A – EUR e do montante sob

gestão desde o arranque

Volume total sob gestão

2012 2013 2014 2015

Volume total sob gestão (euros) 45.109.055 76.371.293 78.719.704 44.758.174

Variação do volume sob gestão 368% 69% 3% -43%

Rendibilidade e risco da Categoria A - EUR

Ano Rendibilidade líquida Risco Classe de risco

2012 9,66% 1,62% 2

2013 3,33% 0,80% 2

2014 1,36% 0,79% 2

2015 -1,40% 1,59% 3

No ano de 2015, as comissões de gestão e de Banco Depositário ascenderam a 431.190 euros e 72.995 euros, respetivamente.

Banco BIC Investimento Em dezembro de 2015, o fundo Banco BIC Investimento registou um montante sob gestão que ascendia a 8.039.780 euros. O valor da unidade de participação era de 10,7025 euros e em circulação registaram-se 751.202 unidades de participação.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 66

2013 2014 2015

Número de UP 684.916 1.467.177 751.202

Valor da UP (euros) 10,6784 10,7644 10,7025

Evolução do valor da unidade de participação e do montante sob gestão desde o arranque

Volume total sob gestão

2013 2014 2015

Volume total sob gestão (euros) 7.313.842 15.793.365 8.039.780

Variação do volume sob gestão - 116% -49%

Rendibilidade e risco

Ano Rendibilidade líquida Risco Classe de risco

2013 6,78% 2,62% 3

2014 0,81% 5,02% 4

2015 -0,58% 6,63% 4

No ano de 2015, as comissões de gestão e de Banco Depositário ascenderam a 110.913 euros e 22.182 euros, respetivamente.

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Unidade de participação Montante sob gestão

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 67

Banco BIC Obrigações Global Em 31 de dezembro de 2015, o montante sob gestão do fundo ascendia a 33.589.856 dólares, sendo o valor da unidade de participação da Categoria A - USD 115,89 e 79,47 da Categoria A - EUR. Evolução do valor da unidade de participação da Categoria A – USD e do montante sob

gestão desde o arranque

Volume total sob gestão

2012 2013 2014 2015

Volume total sob gestão (dólares) 34.715.850 39.101.534 37.971.154 33.589.856

Variação do volume sob gestão 11% 13% -3% -12%

Rendibilidade e risco da Categoria A - USD Ano Rendibilidade Risco Classe de risco

2012 9,08% 2,49% 3

2013 3,84% 2,39% 3

2014 -2,20% 3,40% 3

2015 -3,85% 4,73% 3

No ano de 2015, a comissão de gestão ascendeu a 85.232 dólares.

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Unidade de participação Montante sob gestão

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 68

Banco BIC Brasil Em 31 de dezembro de 2015, o montante sob gestão do fundo ascendia a 9.250.106 dólares. O valor da unidade de participação era de 90,9212 dólares e em circulação registaram-se 101.737 unidades de participação. No que se refere às unidades de participação em circulação e correspondente valor unitário, apresenta-se de seguida um quadro com o seu valor no final dos últimos exercícios:

2012 2013 2014 2015

Número de UP 100.656 104.005 101.216 101.738

Valor da UP (dólares) 106,9786 102,1743 104,0834 90,9212

Evolução do valor da unidade de participação e do montante sob gestão desde o arranque

Volume total sob gestão

2012 2013 2014 2015

Volume total sob gestão (dólares) 10.768.003 10.626.687 10.534.860 9.250.106

Variação do volume sob gestão - -1,31% -0,86% -12,19%

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Unidade de participação Montante sob gestão

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 69

Rendibilidade e risco

Ano Rendibilidade líquida Risco Classe de risco

2012 7,49% 2,01% 3

2013 -4,49% 5,29% 4

2014 1,87% 4,42% 4

2015 -12,05% 8,60% 4

No ano de 2015, as comissões de gestão e de depósito ascenderam a 98.826 dólares e 20.163 dólares, respetivamente. Nota BIC Fundos: acresce referir que dando cumprimento ao disposto no artigo 71.º do Regulamento n.º

2/2015 da CMVM: a) A transferência dos valores mobiliários escriturais entre contas do mesmo ou de distintos titulares

opera-se pelo lançamento a débito na conta de origem e a crédito na conta de destino;

b) As transferências entre contas integradas em sistema centralizado são feitas em conformidade com

os valores globais a transferir, comunicados pela entidade gestora do sistema centralizado de valores mobiliários.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 70

ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA

ANÁLISE DOS RESULTADOS Em 2015 o Banco obteve um resultado líquido positivo de 15,2 milhões de euros, substancialmente superior aos 1,1 milhões de euros de 2014. Não obstante, o rendimento integral, que inclui a valorização, mais e menos valias potenciais, da carteira de títulos não registada na demonstração de resultados foi negativo em 4,5 milhões de euros, que compara com os 17 milhões de euros de 2014. Em 2015 a penalização do rendimento integral resultou essencialmente da evolução desfavorável das yields da dívida pública europeia e da desvalorização da dívida corporate. Resultado líquido Rendimento Integral Milhares de euros Milhares de euros

Importa sublinhar que a evolução positiva do resultado líquido foi alicerçada no desempenho da atividade core, nomeadamente por via da redução dos custos de

1.144

15.160

2014 2015

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2014 2015 2014 2015

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 71

financiamento (redução da taxa praticada nos depósitos a prazo) e do crescimento do volume de negócios em cerca de 1,4 mil milhões de euros (17%).

SOLIDEZ FINANCEIRA O crescimento do volume de negócios, assim como a evolução favorável dos níveis de rendibilidade e de eficiência, evidenciada pelo aumento do produto bancário (14,6%) e pela estabilização dos custos de estrutura, traduzem o reforço da sustentabilidade da atividade do Banco no ano de 2015. No decorrer de 2015, o Banco efetuou um aumento de capital na ordem dos 40 milhões de euros.

Capitalização Em 31 de dezembro de 2015, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common

Equity Tier 1) do Banco ascendia a 8,9%, superior ao mínimo de 7% exigido pelo Banco de Portugal (CRD IV fully implemented). O rácio de fundos próprios totais ascendia a 10,5%.

Financiamento e Liquidez Em linha com o verificado em 2014, o Banco BIC manteve em 2015 níveis de financiamento estáveis, com os depósitos dos Clientes a registarem um aumento de cerca de 831 milhões de euros, e níveis de liquidez bastante confortáveis: § Os níveis de liquidez imediata representavam 23,3% do balanço (ativos monetários

e liquidez disponível em outras instituições financeiras); § A elevada liquidez dos títulos em carteira própria permite dispor de uma linha junto

do BCE, não utilizada, na ordem dos 737 milhões de euros; e § O rácio de transformação de depósitos em crédito situava-se em 80,4%.

Em síntese, o Banco dispõe de liquidez disponível na ordem dos 2.367 milhões de euros, o que corresponde a 34% do total de balanço.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 72

Qualidade dos Ativos A política de gestão de risco conservadora implementada pelo Banco na concessão e acompanhamento do crédito traduziu-se na estabilidade dos indicadores de qualidade da carteira de crédito, nomeadamente o crédito em risco e o crédito em incumprimento que mantiveram os valores observados em 2014 (6,0% e 3,7%, respetivamente). Em 31 de dezembro de 2014 e de 2015, os principais indicadores sobre a qualidade do crédito são os seguintes:

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%)

Crédito em risco 220.106 255.447 16,1%

Crédito com incumprimento 136.206 157.167 15,4%

Crédito vencido há mais de 90 dias 112.095 126.948 13,3%

Provisões e imparidade de crédito 207.933 239.979 15,4%

Crédito em risco / Crédito total (1) 6,0% 6,0% -

Crédito em risco, líquido (1) 1,2% 1,8% -

Crédito em incumprimento / Crédito (1) 3,7% 3,7% -

Cobertura do crédito em risco (1) 79,4% 69,3% -

Cobertura do crédito com incumprimento (1) 128,3% 112,6% -

Cobertura do crédito total 5,7% 5,7% -

Custo do crédito 0,8% 0,3% -

(1) Rácio calculado de acordo com Instrução 16/2004 do Banco de Portugal.

Ao nível da cobertura do crédito em risco e do crédito em incumprimento importa referir que, considerando as provisões constituídas para riscos gerais de crédito, em 31 de dezembro de 2015, o grau de cobertura ascendia a 91,4% e a 152,7%, respetivamente (94,2% e 152,2 % em 31 de dezembro de 2014). De referir que o Banco não tem praticamente exposição a ativos não produtivos (representam 0,1% do balanço), nomeadamente a imóveis adquiridos por recuperação de crédito.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 73

Demonstração dos resultados Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%)

Margem financeira 1 103.000 126.672 23,0%

Rendimentos de instrumentos de capital 2 29 29 0,0%

Comissões líquidas 3 22.031 26.584 20,7%

Resultados em operações financeiras 4 10.317 3.705 -64,1%

Outros resultados de exploração 5 5.242 4.202 -19,8%

Produto bancário (=1+2+3+4+5) 6 140.619 161.192 14,6%

Custos com o pessoal 7 58.761 64.595 9,9%

Gastos gerais administrativos 8 47.122 41.904 -11,1%

Amortizações 9 2.753 2.435 -11,6%

Custos operacionais (=7+8+9) 10 108.636 108.934 0,3%

Resultado operacional (=6-10) 11 31.983 52.258 63,4%

Provisões e imparidade 12 30.417 29.208 -4,0%

Resultados antes de impostos (=11-12) 13 1.566 23.050 1371,9%

Impostos 14 422 7.890 1769,7%

Resultado líquido do período (=13-14) 15 1.144 15.160 1225,2%

Cash flow de exploração (=6-10+9) 16 34.736 54.693 57,5%

O produto bancário aumentou 14,6% face a 2014 totalizando 161,2 milhões de euros, resultado da melhoria verificada na margem financeira (23,6 milhões de euros) e nas comissões líquidas (4,5 milhões de euros).

Este desempenho permitiu a obtenção de um cash flow de exploração de 54,7 milhões de euros, em 2015. Não obstante, observou-se um decréscimo de 64,1% dos resultados em operações financeiras, justificado essencialmente pela evolução negativa dos mercados financeiros e pela diminuição dos resultados cambiais. No exercício de 2015, os outros resultados de exploração incluíam 1,5 milhões de euros referentes à contribuição inicial para o mecanismo único de resolução. Excluindo este efeito, os outros resultados de exploração "correntes" cresceram cerca de 9% face ao período homólogo.

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Margem Financeira No exercício de 2015, a margem financeira ascendeu a 126,7 milhões de euros (+23%), em resultado essencialmente da redução do custo de funding, que, conjugada com o crescimento do volume de negócios permitiu compensar a redução das yields das operações ativas. Margem financeira absoluta e unitária Milhares de euros

103.000

126.672

1,7%

1,9%

2014 2015

Margem financeira Taxa da margem financeira

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A margem financeira apresentou a seguinte evolução:

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%)

Juros e rendimentos similares

Juros de crédito a Clientes

Juros de crédito a Clientes (não titulado) 1 130.983 125.450 -4,2%

Juros de crédito a Clientes (titulado) 2 19.990 19.731 -1,3%

Comissões associadas ao custo amortizado 3 12.462 12.286 -1,4%

Juros de aplicações em B.C. e O.I.C. 4 18.273 14.541 -20,4%

Juros de ativos financeiros e outros juros 5 26.400 29.110 10,3%

Total (=1+2+3+4+5) 6 208.108 201.118 -3,4%

Juros e encargos similares

Juros de depósitos de Clientes 7 87.305 61.024 -30,1%

Comissões associadas ao custo amortizado 8 1.463 2.754 88,2%

Juros de recursos de B.C. e O.I.C. 9 13.026 7.843 -39,8%

Juros de passivo titulado e outros juros 10 3.314 2.825 -14,8%

Total (=+7+8+9+10) 11 105.108 74.446 -29,2%

Margem financeira 12 103.000 126.672 23,0%

Ativos remunerados (saldo médio) 13 5.918.163 6.546.070 10,6%

Passivos remunerados (saldo médio) 14 5.261.924 5.836.429 10,9%

Taxa da margem financeira (=12/13) 15 1,7% 1,9% -

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Comissões As comissões apresentaram um comportamento positivo em 2015, quando comparadas com o período homólogo, em razão, essencialmente, do aumento do volume de negócios.

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%) Por operações extrapatrimoniais

6.152 7.112 15,6% Créditos documentários abertos

5.420 5.910 9,0% Garantias e avales prestados

732 1.202 64,2% Por serviços prestados:

14.976 19.205 28,2% Transferência de valores e ordens de pagamento 10.049 13.746 36,8% Gestão de cartões e anuidades

2.174 3.026 39,2% Outros serviços prestados

2.753 2.433 -11,6% Rendimentos de serviços e comissões

11.079 12.327 11,3% Por operações realizadas por conta de terceiros

4.788 4.794 0,1% Outras comissões recebidas

6.291 7.533 19,7% Serviços prestados por terceiros

(10.176) (12.060) -18,5%

Comissões líquidas 22.031 26.584 20,7%

Resultados em Operações Financeiras Conforme referido anteriormente, a evolução negativa dos resultados em operações financeiras reflete por um lado, o comportamento desfavorável dos mercados financeiros, que penalizou os resultados da atividade não core, e por outro, a diminuição de 12,8% (-1 milhão de euros) registada nos resultados cambiais obtidos com a intermediação da compra e venda de moeda estrangeira. Importa salientar que em 2014 o Banco beneficiou de mais-valias no valor de 2,9 milhões de euros com as operações de troca de dívida pública portuguesa.

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%) Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (155) (2.235) -1341,9% Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 2.904 (608) -120,9% Resultados cambiais 7.489 6.529 -12,8% Resultados de alienação de outros ativos 79 19 -75,9%

Resultados em operações financeiras 10.317 3.705 -64,1%

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Custos Operacionais e Níveis de Eficiência Os custos operacionais ascenderam a 108,9 milhões de euros no exercício de 2015, em linha com os 108,6 milhões de euros em 2014 (+ 0,3%). A gestão rigorosa e criteriosa dos custos operacionais, conjugada com a evolução positiva do produto bancário, conduziu a uma melhoria do rácio cost to income, que representa os custos operacionais em percentagem do produto bancário, de 77,3% em 2014 para 67,6% em 2015. Cost to income Custos operacionais Milhões de euros Milhões de euros

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%) Custos com o pessoal

58.761 64.595 9,9% Gastos gerais administrativos

47.122 41.904 -11,1% Amortizações

2.753 2.435 -11,6%

Custos operacionais 108.636 108.934 0,3% Cost to income

77,3% 67,6% - Custos com pessoal / Produto bancário

41,8% 40,1% - Produto bancário por empregado

97,4 110,5 -

141161

77,3%67,6%

2014 2015

Produto bancário

Cost to income

59 65

47 42

3 2

2014 2015

Amortizações

Gastos gerais administrativos

Custos com o pessoal

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Balanço Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%)

Ativo

Ativos monetários e créditos a I.C. 1.450.753 1.631.156 12,4%

Carteira de títulos 1.127.401 1.198.604 6,3%

Crédito a Clientes 3.463.829 4.060.542 17,2%

Outros ativos 68.051 104.923 54,2%

Total do ativo 6.110.034 6.995.225 14,5%

Passivo e capitais próprios

Passivo

Recursos de B.C. 374.514 448.277 19,7%

Recursos de I.C. 564.215 556.008 -1,5%

Recursos de Clientes 4.450.464 5.281.331 18,7%

Dívida subordinada 145.048 94.990 -34,5%

Outros passivos 194.554 197.670 1,6%

Total do passivo 5.728.795 6.578.276 14,8%

Capitais próprios 381.239 416.949 9,4%

Total do passivo e capitais próprios 6.110.034 6.995.225 14,5%

Composição do balanço em 2015

O balanço do Banco traduz a solidez financeira referida anteriormente e reflete a atividade desenvolvida ao nível da banca comercial, nos segmentos de Empresas e Retalho. Com efeito, em 31 de dezembro de 2015, o crédito a Clientes representava 58%

1,5%

58,0%

17,1%

23,3%

Ativo

Ativos monetários e créditos a I.C.'s

Carteira de títulos

Crédito a Clientes

Imobilizado e outros ativos

6,0%4,2%

75,5%

7,9%

6,4%

Passivo e Capitalpróprio

Recursos de B.C.'s

Recursos de I.C.'s

Recursos de Clientes

Dívida subordinada e outros passivosCapitais próprios

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do total do ativo (56,7% em 31 de dezembro de 2014) e os recursos de Clientes representavam 75,5% do financiamento do balanço (72,8% em 31 de dezembro de 2014).

Crédito a Clientes Em 2015, a carteira de crédito registou um aumento de 605 milhões de euros (16,6%). A evolução da carteira de crédito foi influenciada pela expansão quer ao nível do crédito a empresas (+ 18,6%), fruto do investimento realizado pelo Banco no apoio às empresas portuguesas, quer ao nível do crédito a particulares (+ 8,9%), onde o crédito à habitação se destacou com um crescimento de 16,2%.

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%)

Banca de empresas

Crédito geral 1 2.118.584 2.406.594 13,6%

Crédito titulado 2 591.431 781.114 32,1%

Factoring 3 13.801 24.583 78,1%

Locação financeira 4 100.500 137.243 36,6%

Total (=1+2+3+4) 5 2.824.316 3.349.534 18,6%

Banca de particulares

Habitação 6 456.337 530.130 16,2%

Consumo e outros 7 226.808 214.004 -5,6%

Total (=6+7) 8 683.145 744.134 8,9%

Total crédito vincendo (=5+8) 9 3.507.461 4.093.668 16,7%

Crédito vencido 10 124.645 142.670 14,5%

Juros e comissões associadas ao custo amortizado 11 7.032 7.767 10,5%

Provisões específicas para crédito 12 (175.309) (183.563) -4,7%

Carteira de crédito líquida (=9+10+11+12) 13 3.463.829 4.060.542 17,2%

Crédito por assinatura 14 383.078 384.543 0,4%

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Recursos de Clientes

No exercício de 2015, os depósitos de Clientes cresceram cerca de 830,9 milhões de euros (18,7%), merecendo particular destaque o crescimento de 54,1% observado nos depósitos à ordem, conforme apresentado no quadro infra:

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%)

Depósitos à ordem 870.409 1.341.121 54,1%

Depósitos a prazo 3.532.285 3.902.191 10,5%

Total depósitos 4.402.694 5.243.312 19,1%

Juros e comissões associadas ao custo amortizado 34.724 25.144 -27,6%

Cheques e ordens a pagar 13.046 12.875 -1,3%

Recursos de Clientes 4.450.464 5.281.331 18,7%

Carteira de Títulos A carteira de títulos reflete uma política de investimento conservadora, sendo composta maioritariamente por ativos em dívida pública portuguesa, num total de 65% da carteira, dos quais 38% em Bilhetes do Tesouro, e 16% em obrigações de empresas cotadas no PSI 20.

Composição da Carteira de títulos em 2015

65%

6%

16%

10%3%

Dívida públicaportuguesa

Fundos e ações

de empresas

Obrigações de empresas

do PSI 20

Dívidapública

estrangeira

Obrigações de empresas fora do PSI 20

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 81

Montantes expressos em milhares de euros

2014 2015 Var. (%)

Dívida pública portuguesa

ao justo valor 1 676.074 732.944 8,4%

ao custo amortizado 2 - 57.363 -

Total (=1+2) 3 676.074 790.307 16,9%

Dívida pública estrangeira 4 78.032 77.352 -0,9%

Obrigações de empresas 5 340.905 313.450 -8,1%

Empresas do PSI 20 188.779 190.844 1,1%

Empresas fora do PSI 20 152.126 122.606 -19,4%

Instrumentos de capital 6 33.098 34.688 4,8%

Outros ao custo histórico 7 2.447 2.379 -2,8%

Juros a receber e imparidade 8 (3.155) (19.572) -520,3%

Total (=3+4+5+6+7+8) 9 1.127.401 1.198.604 6,3%

O montante de imparidade registado no ano de 2015 inclui cerca de 16 milhões de Euros referente às obrigações sénior do Novo Banco, que foram retransmitidas para o BES por decisão do Banco de Portugal de 29 de Dezembro de 2015.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 82

GESTÃO DOS RISCOS

ORGANIZAÇÃO A gestão de riscos tem como objetivo contribuir para a prossecução dos objetivos estratégicos do Banco, procurando assegurar um desenvolvimento equilibrado e sustentado, mantendo uma adequada relação entre os níveis de fundos próprios e os riscos em que o Banco incorre no âmbito da atividade desenvolvida. O Banco tem vindo a desenvolver uma sólida e equilibrada estrutura de gestão e acompanhamento dos riscos, estabelecendo e dotando as diferentes estruturas orgânicas de meios técnicos e humanos que se revelem ajustados à natureza, dimensão e complexidade das atividades desenvolvidas assim como dos riscos incorridos. Neste âmbito, procura-se que o grau de sofisticação das metodologias aplicadas na gestão dos diferentes riscos seja proporcional e adequado ao respetivo nível de exposição e grau de tolerância ao risco. A função de gestão de riscos encontra-se distribuída por diversas estruturas orgânicas, de acordo com a tipologia de risco, designadamente:

· O risco de crédito é assegurado pela Direção de Análise de Risco de Crédito (DARC);

· A gestão de riscos numa perspetiva integrada e o risco operacional são assegurados pelo Gabinete de Risco (GR);

· O risco de compliance e o risco de reputação são assegurados pela Direção de Compliance (DC);

· O risco de sistemas de informação, apesar de se encontrar integrado no sistema de medição e gestão do risco operacional, é assegurado pela Direção de Sistemas de Informação e Tecnologias (DSIT) e pelo Chief Information Security Officer (CISO);

· Os riscos de mercado são geridos pela Direção Internacional e Financeira (DIF), acompanhados pelo GR e discutidos ao nível da Administração e Diretores de primeira linha em sede do Conselho de Gestão de Ativos e Passivos (ALCO).

Face à dispersão das funções de gestão de risco pelas diferentes áreas, a Comissão Executiva deliberou a criação de uma Comissão de Risco que tem como objetivo obter uma visão global e compreensiva dos riscos que são relevantes para a atividade do Banco, acompanhar a evolução dos mesmos e prestar aconselhamento aos órgãos de

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 83

Administração e de Fiscalização. A Comissão de Risco reúne com uma periodicidade trimestral e é constituída pelo Presidente (Administrador com o Pelouro da área de Risco), pelos Coordenadores Operacionais (DARC e GR) e pelos participantes (DARC, GR, Direção de Planeamento, Contabilidade e Gestão, DC e CISO). Refira-se ainda que, na sequência das alterações introduzidas no RGICSF pelo Decreto-Lei n.º 157/2014, de 24 outubro, as funções previstas no artigo n.º 115.º - L do RGICSF, relativas ao Comité de Riscos, são asseguradas pelo Conselho Fiscal, por força do n.º 2 desse mesmo artigo. As orientações em matéria de gestão de riscos para as diferentes estruturas orgânicas encontram-se definidas no documento “Princípios e Política de Gestão de Riscos no Banco BIC”, o qual foi objeto de revisão em 2015. No decorrer de 2015 foi ainda divulgada a Política de Investimentos adotada pelo Banco BIC, a qual estabelece os princípios, metodologias e regras a adotar na gestão da liquidez, do risco de taxa de câmbio, do risco de taxa de juro e na gestão da carteira própria do Banco, visando garantir o rigor, a segurança, a liquidez e a rendibilidade adequadas aos objetivos estabelecidos superiormente. Em 2015 destaca-se também a criação da função de Chief Information Security Officer (CISO), responsável pela segurança da informação.

CONTROLO E GESTÃO DOS RISCOS

Risco de Crédito O risco de crédito é considerado um dos riscos mais relevantes da atividade das instituições financeiras. Materializa-se nas perdas e na incerteza quanto a retornos futuros gerados pela carteira de crédito, pela possibilidade de incumprimento dos tomadores dos empréstimos (e do seu garante, se existir) ou de um emissor de um título ou da contraparte de um contrato. No ano de 2015, mantiveram-se os critérios de rigor e prudência na concessão de crédito com vista à preservação da boa qualidade da carteira, ao mesmo tempo que se manteve como principal vetor de atuação o princípio da segmentação no tratamento dos riscos de crédito, diferenciando a abordagem desses riscos em função das características dos Clientes, dos produtos e mitigantes de risco de crédito.

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 84

A função de gestão de risco de crédito é da responsabilidade da DARC, cuja atividade se rege pelos princípios e regras de concessão e acompanhamento dos créditos definidos no Regulamento Geral de Crédito do Banco BIC Português, S.A.. Na análise de risco de crédito das propostas apresentadas pelas Direções Comerciais, a DARC emite um parecer independente no qual procede à apreciação de, pelo menos, os seguintes aspetos:

· Avaliação da capacidade atual do Cliente para cumprimento do serviço da dívida e estabelecimento de limites máximos de exposição por Cliente;

· No segmento de Empresas, apreciação da evolução da sua atividade, bem como o seu posicionamento no mercado (produto, mercado, concorrência), análise da evolução histórica dos principais indicadores económico-financeiros, experiência creditícia, entre outros; e

· Valorização das garantias pessoais ou reais que contribuam para a mitigação do risco.

Concluiu-se, em 2015, o trabalho de diagnóstico das condições atuais dos modelos de risco de crédito e definiu-se um plano de ação tendente a dotar o Banco de melhores práticas e de modelos de atribuição de rating para o segmento de Empresas e de scoring para o domínio do retalho.

Práticas de Gestão O processo de decisão do crédito a Clientes encontra-se repartido pelos segmentos: Empresas, Retalho e Private Banking, com quatro escalões de decisão, definidos em função da natureza do crédito, do montante da operação, do prazo, da exposição do grupo económico e do rating da empresa (no caso do segmento Empresas). Os poderes de aprovação de operações de crédito encontram-se fortemente condicionados nos Clientes com piores notações de rating. Este processo de decisão encontra-se automatizado na aplicação workflow de crédito, sendo as diversas intervenções passíveis de consulta por parte de todos os intervenientes na concessão de crédito. O Banco avalia as exposições agregadas dos Clientes, para efeitos de avaliação de risco de crédito, através da exposição global ao grupo económico. Assim, a existência de uma base de dados atualizada e bem constituída é fundamental para a atividade primordial da análise e concessão de crédito. Em termos de avaliação dos grupos económicos, o Banco considera para efeitos de avaliação de risco:

· A notação de risco das diversas entidades que compõem o grupo; · O limite regulamentar de exposição do grupo no âmbito dos grandes riscos.

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Os limites de crédito são periodicamente revistos, em geral não ultrapassando o semestre, sendo as exposições mais significativas objeto de análise por parte do Conselho de Crédito do Banco. Verifica-se a total independência do processo de origem, análise, formalização e execução das operações de crédito. Importa ainda referir que as práticas de gestão em matéria de risco foram reforçadas em 2015, com a criação da já referida Comissão de Risco, a qual, no âmbito do risco de crédito, tem como principais atribuições:

· Acompanhar os níveis globais de risco e a evolução do risco em cada um dos principais segmentos de Clientes e categorias do produto;

· Analisar e acompanhar a concentração de risco, nomeadamente dos grandes riscos regulamentares;

· Definir e controlar as métricas internas de concentração do risco de crédito ao nível de grupos económicos e setores de atividade.

Qualidade da Carteira de Crédito A carteira de crédito do Banco apresentou a seguinte estrutura por segmento de negócio:

Montantes expressos em milhões de euros

Segmento 2013 2014 2015

Empresas 2.530 2.937 3.476

Empresários em nome individual 39 36 42

Particulares 607 672 726

Total 3.176 3.645 4.244

Evolução do crédito vencido no total da carteira de crédito

3,6% 3,4% 3,4%

-1%

1%

3%

5%

7%

9%

11%

13%

15%

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

2013 2014 2015

Milh

ões

de e

uros

Total da carteira de crédito Crédito vencido/Crédito total

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Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 86

Cobertura por provisões

Modelos de Risco de Crédito O Banco na sua política de gestão do risco procura em todo o ciclo de vida do crédito criar e manter um processo de gestão de risco de crédito adequado que inclua políticas e procedimentos prudentes para a identificação, medição, avaliação, monitorização, reporte, controlo e mitigação do risco de uma forma atempada. Neste contexto, para garantir o sucesso na conceção e no acompanhamento do crédito, o Banco tem vindo a efetuar esforços no desenvolvimento e atualização dos modelos atuais de rating e scoring, na sua componente metodológica, na qualidade de dados e nas aplicações informáticas de suporte. Em 2015, o Banco procedeu ao planeamento das iniciativas para o ano 2016 com o intuito de dar continuidade ao objetivo de adequação das métricas e políticas de gestão de risco de crédito, tendo definido as seguintes iniciativas:

· Revisão de definições e conceitos: § Definição do conceito de incumprimento; § Conceito e critérios de marcação de grupos económicos; § Segmentação de exposições.

· Execução de exercícios de back testing aos modelos de scoring e rating. · Execução de uma gap analysis aos modelos face às características da carteira de

crédito do Banco. · Definição e formalização da estrutura de governo interno do risco de crédito.

Modelo de Rating O atual modelo de rating é uma ferramenta essencial do processo de classificação de risco das sociedades não financeiras e empresários em nome individual.

3,6%

7,2%

3,4%

6,0%

3,4%

6,0%

Crédito vencido Crédito em risco2013 2014 2015

138,7% 170,1% 70,2% 79,4%128,7% 69,3%

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O modelo interno de notação de risco do Banco tem por base duas componentes, que através de uma média ponderada, atribui uma nota final de risco:

· Componente quantitativa, calculada a partir dos elementos financeiros do Cliente, sendo estes registados informaticamente em modelo próprio, calculando os rácios, e a posteriori, atribuindo um grau de rating em termos quantitativos;

· Componente qualitativa, de preenchimento automático, através da consulta online ao sistema central do Banco, que estabelece o grau de risco, o qual deverá refletir o valor em termos qualitativos da empresa.

Modelo de Scoring No domínio dos particulares, existe um scoring de originação para o produto cartões de crédito, que se baseia em critérios objetivos e coerentes para a aprovação ou recusa de propostas de cartões de crédito com suporte em métodos estatísticos. Este modelo assume um papel importante, na análise técnica do risco, mas também no processo de aprovação e monitorização do risco de crédito deste tipo de produto.

Acompanhamento do Risco de Crédito

Graus de Vigilância O sistema de vigilância implementado no Banco BIC permite a toda a estrutura conhecer os Clientes (ou operações) que apresentam sinais de alerta, classificados de ligeiro até ao mais gravoso. Este sistema pretende mitigar o impacto de situações de incumprimento, quer através do reforço de garantias, quer da redução de responsabilidades. Este sistema incorpora, desde 2013, as classificações decorrentes da legislação vigente de proteção de devedores (PARI, PERSI e L58). O enquadramento dos Clientes nos respetivos graus de vigilância é, na maioria dos casos, feito automaticamente mediante critérios objetivos, tais como: observância de crédito em situação de mora, crédito vencido, existência de cheques devolvidos, e/ou registo de incidentes, contudo, mantém-se a possibilidade de, em antecipação a futuros problemas, proceder à atualização do Cliente no respetivo workflow de vigilâncias. A depuração e atualização deste sistema de alerta é uma preocupação constante do Banco, com o objetivo de aprofundar o conhecimento dos Clientes e definir estratégias de reforço de garantias ou redução de exposição.

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Graus de vigilância

Especiais

VE1 - Extinção de Responsabilidades

VE2 - Redução de Responsabilidades

VE3 - Reforço de Garantias

VE4 – Acompanhamento

Ao abrigo da legislação em

vigor

PARI - Plano de Ação para Risco de Incumprimento

PERSI - Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento

L58 - Enquadramento na Lei 58 (Regime Extraordinário de Crédito à Habitação)

PER - Processo Especial de Revitalização

SIREVE - Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial

Contencioso PC - Pré-Contencioso

C – Contencioso

Monitorização do Crédito em Situação Irregular Para além do acompanhamento regular e diário que as áreas comerciais e a Direção de Contencioso e Recuperação de Crédito (DCRC) fazem do crédito em situação irregular, a DARC tem implementado um sistema de monitorização, que mensalmente se inicia com a divulgação dos Clientes com crédito vencido há mais de 30 dias e superior a 20.000 euros, pelas várias Direções Coordenadoras e DCRC, onde são recolhidos pontos de situação do estado do crédito e das diligências efetuadas para a regularização, culminando nas reuniões de crédito vencido, onde estão representantes das áreas intervenientes e da Comissão Executiva.

Controlo das Garantias Reais Recebidas em Caução Sendo a informação relativa aos colaterais determinante para o apuramento das taxas de imparidade individual de crédito, foram definidos critérios objetivos para utilização dos valores das garantias recebidas para efeito de determinação das taxas de imparidade individual. Para esse efeito, o Banco manteve as iniciativas de controlo das garantias recebidas em caução, tendo em conta o disposto nos Avisos n.º 3/95 e n.º 5/2007 do Banco de Portugal.

Risco de Contraparte No âmbito das aplicações de liquidez, a Sala de Mercados apenas poderá efetuar cedências a outras instituições de crédito (OIC) nos prazos e montantes máximos previamente aprovados.

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O processo de gestão e atribuição de limites de exposição a OIC é da responsabilidade do Departamento Internacional (DI) da DIF. As propostas de limites a atribuir para efeitos da realização de operações de Sala são submetidas à aprovação dos Administradores com os Pelouros Financeiro e do Risco ou do ALCO. Ultrapassagens pontuais aos limites em vigor carecem de aprovação, de acordo com as regras definidas na Política de Investimentos do Banco. A monitorização do cumprimento dos limites de contraparte é da competência do GR, responsável pela elaboração dos respetivos relatórios, reportando superiormente as situações de ultrapassagem.

Risco Operacional O risco operacional é definido como sendo o risco de perdas financeiras resultantes de falhas ou inadequação nos sistemas de informação, processos internos, pessoas ou como consequência de fatores externos.

Modelo de Gestão O Banco BIC dispõe de um Sistema de Gestão e Medição do Risco Operacional (SGMRO) assente num modelo descentralizado, situação que melhor se adapta à natureza do risco, designadamente a sua abrangência e disseminação, sendo suportado por um conjunto de ferramentas informáticas destinado a garantir a sua qualidade e eficiência. Refira-se que, não obstante o Banco BIC adotar o método do indicador básico para o cálculo do montante de requisitos mínimos de fundos próprios para cobertura do risco operacional, para efeitos de gestão, o Banco utiliza modelos internos desenvolvidos em observância com os critérios de elegibilidade previstos para o método de medição avançada. No âmbito da gestão deste risco, o GR, é coadjuvado por uma rede de coordenadores de risco operacional afetos às diferentes estruturas orgânicas do Banco, aos quais, para além das suas funções habituais, são atribuídas tarefas específicas no âmbito do SGMRO. A metodologia implementada para o registo e reporte de eventos, concebida no sentido de privilegiar a gestão do risco operacional a todos os níveis da estrutura hierárquica, permite o conhecimento imediato da respetiva hierarquia de todos os eventos ocorridos. Para o efeito, é disponibilizada a todas as estruturas do Banco a Aplicação de Risco Operacional, que é composta pelos seguintes módulos: Mapeamento, Registo e Aprovação de Eventos e, Autoavaliação de Riscos e Controlo dos Riscos.

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O módulo de Mapeamento, Registo e Aprovação de Eventos suporta o mapa global de atividades e riscos, permitindo capturar as exposições materiais ao risco operacional. Este inclui um workflow que permite o carregamento, validação, aprovação e contabilização dos eventos de risco operacional. As autoavaliações qualitativas dos riscos são realizadas periodicamente por todas as unidades da estrutura orgânica, no módulo de Autoavaliação de Riscos. As avaliações abrangem os riscos mapeados e são efetuadas com base num conjunto de parâmetros, nomeadamente: frequência, severidade, controlos implementados e grau de mitigação global do risco pelos controlos. A inclusão de dados qualitativos nos modelos internos é crítica uma vez que permite capturar riscos de reduzida frequência e elevada severidade que dificilmente constam nas bases de eventos. O SGMRO contempla ainda indicadores chave de risco (KRI), revistos e aprovados anualmente pela Administração, que permitem controlar a evolução dos principais fatores de risco, tendo em conta o grau de tolerância definido para as diferentes tipologias. O Banco dispõe também da Aplicação de Gestão de Informação de Risco Operacional, que permite a supervisão do sistema e o tratamento de informação de base para a elaboração dos reportes. No decorrer de 2015, foi efetuada uma revisão ao modelo de quantificação do risco operacional na sequência de uma análise aos resultados produzidos pelo módulo Scorecard.

Análise de Eventos de Risco Operacional Durante o ano de 2015 foram registados na Aplicação de Risco Operacional cerca de 300 eventos distribuídos pelas diferentes classes de risco. Em termos de severidade, verificou-se que 81% dos eventos tinha um impacto financeiro inferior a mil euros sendo que apenas 3,6% dos eventos tinha um valor superior a 10 mil euros. A classe de risco com maior número de eventos é “Execução, Entrega e Gestão de Processos”, no entanto, os eventos categorizados nesta classe apresentavam uma elevada taxa de recuperação (40%), dada a natureza das atividades que lhe estavam implícitas. Refira-se ainda que, com base na informação recolhida pelo SGMRO, foram tomadas diversas medidas tendo em vista a mitigação do risco operacional e o incremento do sistema de controlo interno.

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Plano de Continuidade de Negócio O Plano de Continuidade de Negócio (PCN) do Banco BIC foi elaborado em conformidade com as recomendações do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) no âmbito da iniciativa de Better Regulation1 e confere ao Banco a capacidade para planear e adotar, com antecedência, um conjunto de medidas de resposta a situações de perturbação da atividade, contribuindo para assegurar o estabelecimento de padrões mínimos de resiliência. Este plano agrega um conjunto documentado de procedimentos e de informação que é desenvolvido, compilado e mantido para utilização em caso de incidente ou de interrupção do normal funcionamento e tem como propósito permitir ao Banco assegurar a continuidade das atividades identificadas como críticas. Em finais de 2013, o GR coordenou a realização de uma BIA (Business Impact Analysis) às diferentes estruturas do Banco e procedeu à revisão da parametrização da Aplicação de Suporte à Gestão da Continuidade de Negócio (LDRPS)2 e dos documentos que integram o PCN. Realça-se o trabalho desenvolvido pelo grupo de trabalho permanente que, desde 2014 reúne, no mínimo semestralmente, com o objetivo de dinamizar a articulação entre as principais estruturas intervenientes na gestão da continuidade de negócio, impulsionar e consolidar a plena operacionalização do PCN e promover a sua manutenção.

Riscos de Mercado Relativamente aos riscos de mercado, foi aprovada e divulgada em novembro de 2015 a Política de Investimentos do Banco BIC, tendo como enquadramento os Princípios e Política de Gestão de Risco em vigor e as diretrizes e orientações estratégicas definidas em sede do ALCO. Esta estabelece os princípios, metodologias e regras a adotar na gestão da liquidez, do risco de taxa de câmbio, do risco de taxa de juro e na gestão da carteira própria do Banco, visando garantir o rigor, a segurança, a liquidez e a rendibilidade adequadas aos objetivos estabelecidos superiormente. A Política de Investimentos procura ainda evitar a exposição excessiva a determinados riscos, estabelecendo mecanismos de valorização, de controlo e de reporte, nomeadamente através da definição de limites.

1 O CNSF aprovou, em 9 de setembro de 2010, as Recomendações sobre Gestão da Continuidade de Negócio no Setor

Financeiro, que foram elaboradas, conjuntamente, pelo Banco de Portugal, pelo Instituto de Seguros de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, no âmbito da iniciativa de Better Regulation.

2 Living Disaster Recovery Planning System, da empresa Sungard.

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Em termos de risco de mercado, o Banco prossegue uma política de não alavancagem da atividade através da negociação de instrumentos financeiros ou da tomada de posições de cariz especulativo. O Banco não faz investimentos em produtos estruturados complexos, nem em instrumentos financeiros derivados, com exceção de eventuais operações de cobertura e de tesouraria (p.e. swaps cambiais). Compete ao GR efetuar a monitorização dos limites definidos na referida Política, reportando superiormente eventuais incumprimentos, assim como efetuar periodicamente um relatório específico relativo aos riscos de mercado.

Carteira Própria O Banco encontra-se sujeito a variações no preço de mercado dos instrumentos financeiros detidos em carteira própria, que em 2015 se referiam a instrumentos de capital, dívida e fundos de unidades de participação. As variações ocorridas no mercado são alvo de uma análise periódica, bem como a performance destes ativos, no que se refere a oscilações no preço de mercado. A análise da performance (valorização), da perspetiva de curto e médio prazo face à evolução do mercado, e a identificação dos principais riscos associados à carteira de investimentos do Banco é apresentada e discutida mensalmente, em sede do ALCO. O GR procede ao acompanhamento do risco da carteira, o qual inclui o apuramento do respetivo VAR e a monitorização dos limites estabelecidos na Política de Investimentos.

Risco de Taxa de Juro O Banco monitoriza regularmente o risco estrutural de taxa de juro com base em análises de sensibilidade da margem financeira e do valor económico face a variações das curvas de taxas de juro. Em sede do ALCO e no âmbito do acompanhamento e monitorização do risco de taxa de juro, é analisada e discutida periodicamente a seguinte informação:

· Gap de repricing; · Evolução dos spreads médios, incluindo análise de gap de spreads médios; · Evolução da exposição do balanço a taxa de juro fixa; · Evolução das taxas de juro do mercado.

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Risco de Liquidez O risco de liquidez permanece como um aspeto fundamental na gestão de tesouraria do Banco, sendo sujeito a análises periódicas que são apresentadas em sede do ALCO. A política de gestão de liquidez do Banco assenta em critérios conservadores, que visam assegurar níveis adequados de liquidez para fazer face às necessidades decorrentes da atividade do Banco, ao cumprimento das reservas mínimas de caixa e a eventuais saídas não programadas de tesouraria, tais como:

· Níveis mínimos de liquidez disponível (aplicações de muito curto prazo em MMI); · Acesso aos mecanismos de política monetária do BCE; · Ativos líquidos, passíveis de serem alineados e convertidos em liquidez no curto

prazo; · Linhas de financiamento disponíveis em outras instituições de crédito.

São efetuados relatórios de acompanhamento do risco de liquidez, para análise e discussão em sede do ALCO, nomeadamente:

· Evolução do gap de exposição comercial e de tesouraria; · Evolução da estrutura de financiamento em capitais alheios; · Mapa de fluxos previsionais de ativos e passivos (ALM).

Reportes de Liquidez (LCR e NSFR)

O Banco BIC, no âmbito do processo vulgarmente designado de Basileia III, tem cumprido com todas as obrigações regulamentares, nomeadamente em relação aos novos rácios de liquidez – Liquidity Coverage Ratio (LCR) e Net Stable Funding Ratio (NSFR), competindo ao GR o apuramento destes rácios. Relativamente ao LCR, trata-se de um rácio com periodicidade de reporte mensal, que visa promover a resistência de liquidez de curto prazo ao garantir que a instituição dispõe de um nível suficientemente elevado de ativos líquidos de alta qualidade que lhe permite sobreviver, por um período de 30 dias, a um cenário de stress. A introdução deste rácio iniciou-se em outubro de 2015 com um mínimo regulamentar de 60%, tendo um período de transição até 2018, altura em que o mínimo exigido será 100%. O Banco apresenta um rácio de LCR muito confortável face à situação de liquidez de que dispõe. No que respeita ao NSFR, trata-se de um rácio com periodicidade de reporte trimestral, que visa promover a capacidade da instituição fazer face às suas necessidades de liquidez numa situação de stress continuado, num período de 1 ano, através da criação de uma estrutura mais equilibrada e estável entre maturidades de ativos e passivos. A aplicação deste rácio está prevista para 2018, no entanto o reporte de informação iniciou-se em 2014, à semelhança do LCR.

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Risco de Taxa de Câmbio Em termos de risco de taxa de câmbio, o Banco prossegue uma política de risco cambial tendencialmente nula. Todas as transações que originam exposição ao risco de taxa de câmbio são objeto de cobertura imediata, sendo a posição cambial do Banco reconciliada diariamente.

Risco de Compliance Como se sabe, o Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal, de 1 de julho, introduziu um exigente conjunto de princípios e requisitos mínimos que o sistema de controlo interno implementado no Banco deve cumprir, nomeadamente no que respeita à denominada função de compliance. O sistema de controlo interno, enquanto conjunto das estratégias, sistemas, processos, políticas e procedimentos definidos pela Administração, bem como das ações empreendidas por este órgão e pelos restantes Colaboradores do Banco, visa garantir, entre outros, o respeito pelas exigentes disposições legais e regulamentares (nacionais e internacionais) aplicáveis, incluindo as relativas ao crime financeiro, bem como pelas normas e usos profissionais e deontológicos, pelas regras internas e estatutárias, pelas regras de conduta e de relacionamento com Clientes, pelas orientações dos Órgãos Sociais e pelas recomendações de organismos nacionais e internacionais, de modo a proteger a reputação do Banco e a evitar que este seja alvo de sanções. A função de compliance constitui-se, portanto, como uma atividade nuclear de todas as iniciativas desenvolvidas pelas pessoas sujeitas, tendo a sua criação sido perspetivada para além, naturalmente, da institucionalização da obrigação regulamentar acima mencionada, como um relevante contributo para o reforço da cultura de integridade e de cumprimento, tal como definida no Código de Conduta. Para que a função de compliance possa assumir o papel de relevo que resulta de imposição regulamentar, é necessário que a estrutura organizacional, entre outras características, seja bem definida e adequada, em cada momento, à dimensão do Banco, bem como à natureza e à complexidade da atividade desenvolvida por este. Complementarmente, e de acordo com o Aviso n.º 5/2013 do Banco de Portugal, de 18 de dezembro, a função de compliance é ainda dotada de um responsável afeto à prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, denominado Money Laundering Reporting Officer (MLRO), cujas competências refletem os requisitos regulamentares.

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A DC, criada em 2015 com base no Gabinete de Compliance, extinto em simultâneo, é um órgão de primeiro nível da estrutura do Banco, diretamente dependente da Comissão Executiva, à qual reporta através do respetivo Administrador do Pelouro, sendo um dos chamados órgãos de controlo interno. A DC é responsável pela gestão dos seguintes riscos: - Compliance (incluindo o crime financeiro): probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de violações ou desconformidades relativamente às leis, regulamentos, contratos, códigos de conduta, práticas instituídas ou princípios éticos. Pode traduzir-se em sanções de caráter legal ou regulamentar, na limitação das oportunidades de negócio, na redução do potencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o cumprimento de obrigações contratuais; e de - Reputação: probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes duma perceção negativa da imagem pública do Banco, fundamentada ou não, por parte de Clientes, fornecedores, analistas financeiros, Colaboradores, investidores, órgãos de imprensa ou pela opinião pública em geral. O ano de 2015 foi um ano de visível incremento dos meios humanos, técnicos e materiais da DC, com o objetivo estratégico de reforçar esta Direção dos meios necessários para um melhor cumprimento da função. Dentro dos meios técnicos, conta-se a disponibilização de nova ferramenta informática, permitindo não só assegurar um mais eficiente filtering de Clientes como também de pôr em prática um modelo de medição de risco, no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo. Deu-se continuidade à estratégia de formação dos Colaboradores do Banco em matéria de combate ao crime financeiro, preocupação constante da DC e do Banco. Numa perspetiva de gestão global do risco, a DC participa, de forma ativa, na Comissão de Risco criada em 2015.

Gestão Integrada dos Riscos Durante o ano de 2015, o GR prosseguiu o esforço de evolução das metodologias e ferramentas de aferição e controlo dos riscos, procurando simultaneamente assegurar o cumprimento de todos os requisitos regulamentares de reporte a seu cargo, com destaque para uma rigorosa observância dos prazos estabelecidos.

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Stress Tests De acordo com a Instrução n.º 4/2011 do Banco de Portugal, os stress tests destinam-se a avaliar os efeitos potenciais, na condição financeira do Banco, de alterações em fatores de risco em função de acontecimentos excecionais, mas plausíveis. Neste âmbito, o GR procedeu em fevereiro de 2015 à realização dos stress tests – Análise de Cenário, Análise de Sensibilidade e Reverse Stress Tests - com referência a 31 de dezembro de 2014, tendo o cenário de stress sido desenvolvido com base nas orientações do Banco de Portugal. Este exercício teve como objetivo avaliar o impacto resultante de choques num conjunto de variáveis da atividade do Banco.

ICAAP O ICAAP, Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital Interno, está regulamentado pela Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal e cumpre os objetivos do Pilar II do Acordo de Basileia II, no sentido de garantir que os riscos a que as instituições se encontram expostas são corretamente avaliados e que o capital interno de que dispõem é adequado face ao respetivo perfil de risco. Em março de 2015 realizou-se o exercício de Autoavaliação da Adequação do Capital Interno tendo como base as demonstrações financeiras do Banco reportadas a 31 de dezembro de 2014 e com base nas projeções da atividade, e da estrutura patrimonial do Banco para o ano de 2015. Neste processo o Banco utilizou diversas metodologias de quantificação (abordagem regulamentar, complementar, adicional e metodologia de testes de esforço) para os diferentes riscos, tendo como objetivo obter uma visão prudente e estruturada do seu perfil de risco. O apuramento das necessidades de capital interno resultou da interação das diferentes abordagens utilizadas para cada tipo de risco, tendo por base um horizonte temporal de 12 meses. Adicionalmente foi apurado um add-on de capital, para cada tipo de risco, para cobertura de situações de stress. Os riscos considerados materialmente relevantes para o exercício de ICAAP foram os seguintes: risco de crédito, risco de concentração de crédito, risco operacional, risco de liquidez, concentração no risco de liquidez, risco de taxa de juro, risco de mercado e risco de taxa de câmbio. Paralelamente à identificação dos requisitos de capital interno, o Banco procede à determinação da risk-taking capacity, a qual se baseia na definição dos recursos

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financeiros próprios de que dispõe, da sua composição e respetiva disponibilidade, para avaliar a sua adequação face à exposição aos riscos.

Risco de Concentração No âmbito do risco de concentração, em conformidade com o estabelecido na Instrução n.º 5/2011, foi elaborado e remetido ao Banco de Portugal em março de 2015 o relatório sobre risco de concentração de crédito, reportado a dados de 31 de dezembro de 2014. Para além desta obrigação regulamentar, o GR analisa trimestralmente o risco de concentração com base em critérios internos, apurando para o efeito o Índice de Concentração Individual (ICI) e o Índice de Concentração Setorial (ICS). Exposição por setor de atividade económica a 31 de dezembro de 2015

Plano de Recuperação O Decreto-Lei n.º 31-A/2012, de 10 de fevereiro, veio introduzir, no RGICSF, a obrigação das instituições de crédito apresentarem ao Banco de Portugal um Plano de Recuperação. Este plano tem como objetivo identificar as medidas suscetíveis de serem adotadas para corrigir tempestivamente uma situação em que uma instituição de crédito se encontre em desequilíbrio financeiro, ou em risco de o ficar, garantindo a continuidade da sua atividade, nomeadamente através do planeamento de estratégias de ação tendentes à recuperação de desequilíbrios financeiros ao nível da solvabilidade e da liquidez.

27,3%

18,6%

14,3%

10,9%

5,9%

5,9%

4,1%

13,0%Atividades financeiras e desegurosIndústrias Transformadoras

Comércio e reparações

Construção

Eletricidade, Gás, Água

Atividades imobiliárias

Transportes e armazenagem

Outros

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No decorrer de 2015, o GR coordenou as seguintes revisões do Plano de Recuperação: · Decorrente da publicação da Diretiva 2014/59/EU e das recomendações

efetuadas pelo Banco de Portugal em novembro de 2014, a revisão do plano anual de 2014 foi adiada para fevereiro de 2015 por indicação do Supervisor. Neste sentido, e no âmbito do Aviso n.º 12/2012 do Banco de Portugal, o Banco BIC elaborou e remeteu ao Banco de Portugal o referido plano em fevereiro de 2015;

· No âmbito da publicação do Aviso n.º 3/2015 do Banco de Portugal, que veio estabelecer elementos adicionais para os planos de recuperação, o Banco BIC remeteu nova revisão do Plano de Recuperação em dezembro de 2015.

CONTROLO INTERNO Em cumprimento da Instrução n.º 20/2008 do Banco de Portugal e de acordo com artigo 25.º do Capítulo VII do Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008 e Regulamento n.º 2/2007 com a redação dada pelo Regulamento n.º 3/2008, ambos da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco BIC enviou o relatório sobre o seu sistema de controlo interno. Na sequência da elaboração do referido relatório e tendo em vista o acompanhamento das deficiências reportadas, os órgãos de controlo interno (Direção de Auditoria Interna, DARC, DC e GR) procederam a follow-ups periódicos junto das diferentes estruturas sobre o grau de resolução das fragilidades detetadas. Adicionalmente, manteve-se a realização de reuniões bimestrais com a presença da Administração, do GR e dos owners das deficiências identificadas no sentido de serem definidos planos de ação e tomadas as medidas para a sua correção, com especial enfoque nas situações classificadas como de risco elevado. Complementarmente, os mencionados Órgãos de Controlo Interno elaboraram e apresentaram ao Conselho de Administração e Conselho Fiscal os respetivos relatórios de atividade, de periodicidade pelo menos anual, nos quais, de entre outras matérias, são identificadas as eventuais deficiências detetadas que possam evidenciar tendências de deterioração do sistema de controlo interno, bem como indicadas e identificadas as recomendações e medidas adotadas para as corrigir.

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

O resultado líquido do exercício referente ao ano de 2015 ascendeu a € 15.160.436,72 (quinze milhões, cento e sessenta mil, quatrocentos e trinta e seis euros e setenta e dois cêntimos). Assim, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a seguinte aplicação de resultados:

1. Reserva Legal: € 1.516.043,67 (um milhão, quinhentos e dezasseis mil e quarenta e três euros e sessenta e sete cêntimos);

2. Resultados Transitados: € 13.644.393,05 (treze milhões, seiscentos e quarenta e quatro mil, trezentos e noventa e três euros e cinco cêntimos).

O Conselho de Administração

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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Page 203: RELATÓRIO E CONTAS · Relatório e Contas 2015 - Banco BIC Português, S.A. 6 Em termos de liquidez, mantivemos uma posição muito confortável, com uma liquidez disponível na

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