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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2004 A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto no nº3 do artigo 250º do Código dos Valores Mobiliários, dispensou a publicação das contas individuais. Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta sociedade, de acordo com o estabelecido pelo Código das Sociedades Comerciais.

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2004

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto no nº3 do artigo 250º do Código dos Valores Mobiliários,

dispensou a publicação das contas individuais. Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se disponíveis

para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta sociedade, de acordo com o estabelecido pelo Código das Sociedades

Comerciais.

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RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO

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Destaques • Proveitos operacionais crescem 16,8% para 1,23 mil milhões de euros • Crescimento do EBIT de 23,4%, com margens EBITDA e EBIT de 10,6%

e 5,8% • Resultado líquido cresce 43,5% para 22,1 milhões de euros • Redução da dívida líquida em 34 milhões de euros • Manutenção da carteira de encomendas em cerca de 1,8 mil milhões de

euros Síntese

31.12.2004 % PO ∆ % 31.12.2003 % PO ∆ % 31.12.2002 % POProveitos operacionais 1.226.906 16,8% 1.050.652 14,6% 916.448EBITDA 129.617 10,6% 8,4% 119.523 11,4% 21,6% 98.257 10,7%EBIT 70.650 5,8% 23,4% 57.259 5,4% 19,1% 48.059 5,2%Resultados financeiros (28.903) (2,4%) 8,3% (31.533) (3,0%) (33,8%) (23.565) (2,6%)Resultados correntes 41.747 3,4% 62,3% 25.726 2,4% 5,0% 24.493 2,7%Resultados antes de impostos 40.525 3,3% 33,4% 30.377 2,9% 8,3% 28.042 3,1%Resultado antes de interesses minoritários 27.690 2,3% 41,4% 19.576 1,9% (14,0%) 22.760 2,5%Resultado consolidado líquido 22.069 1,8% 43,5% 15.383 1,5% (20,6%) 19.362 2,1%

(milhares de euros)

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Acontecimentos significativos • Lançamento de Programa Voluntário de Redução de Efectivos,

abrangendo todas as empresas nacionais do GRUPO, resultando na redução de 81 Quadros

• Manutenção da política de obtenção de sinergias na área de construção,

na qual se incluiu a fusão por incorporação na MOTA-ENGIL ENGENHARIA de diversas associadas

• Reforço da carteira de encomendas na Europa de Leste, nomeadamente

com a adjudicação de diversas obras de dimensão significativa na Polónia e na Hungria

• Fusão das duas associadas do GRUPO na Polónia e constituição da MOTA-

ENGIL POLSKA, a quarta maior construtora a operar na Polónia, incluindo empresas internacionais

• Conclusão da operação de reorganização e concentração das

participações em empresas do segmento de Resíduos Sólidos Urbanos, passando todas a estar sob o controlo directo da SUMA

• Reforço da posição do GRUPO no segmento de negócio do Abastecimento

de Água e Saneamento, com aumento da participação no capital da Indáqua, de 28% para 42,86%

• Início da actividade no segmento de negócio de exploração de terminais

portuários com a adjudicação de dois contratos de concessão do Terminal Multiusos do Porto de Setúbal a favor da TERSADO e SADOPORT em que o GRUPO detém uma participação de 25%

• Conclusão da construção, e respectiva abertura ao trânsito, de diversos

troços de auto-estradas concessionadas à AENOR e às LUSOSCUT, perfazendo, em 31 de Dezembro de 2004, 213 km sob exploração

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Mensagem do Presidente Srs. Accionistas, O ano de 2004 é efectivamente o 1º ano completo após a conclusão da fusão dos Grupos Mota e Engil, concluída em Dezembro de 2003, com a criação da MOTA-ENGIL, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO. E os resultados obtidos demonstram claramente que a opção tomada foi correcta. Mas para além disso, devemos referir ainda outros aspectos, que reputo de muito importantes, que ocorreram em 2004 e que são fruto de uma estratégia delineada anteriormente e prosseguida com afinco. Refiro-me a:

• A primeira das quatro concessões de auto-estradas que nos foi adjudicada, a concessão da Costa de Prata, foi concluída no quarto trimestre do ano (com excepção do lote 4, suspenso pelo concedente).

• A aposta na Europa Central começa a demonstrar o acerto da decisão, passando a ser o maior mercado internacional do GRUPO, ultrapassando Angola.

• A previsão de adjudicações das concessões de Águas de Matosinhos e de Vila do Conde, colocarão a nossa associada INDÁQUA na linha da frente neste sector.

Temos por isso de estar satisfeitos com a performance obtida, mas conscientes de que o nosso objectivo é continuar a trabalhar para sermos cada dia mais competitivos e mais rentáveis. Felicito assim todos os Colaboradores do GRUPO MOTA-ENGIL pelos resultados obtidos, dirigindo uma palavra de especial agradecimento para todos aqueles que abandonaram a empresa através do Programa de Redução Voluntária de Efectivos, pelo muito que, ao longo dos anos, deram a este GRUPO. Estou certo de que 2005 será para o GRUPO MOTA-ENGIL um bom ano e espero que a estabilidade política que agora se perspectiva em Portugal venha a permitir que o sector da construção possa, de uma vez por todas, basear-se num Planeamento do Investimento Público que não possa mais ser alterado pelas modificações políticas. Como líderes do Sector da Construção, lutaremos para que este objectivo seja atingido. É também meu objectivo que em 2005 possam ser dados significativos passos na entrada no Mercado Espanhol. Vamos em frente!

António Mota

Presidente do Conselho de Administração

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Exmos. Senhores Accionistas,

De acordo com a legislação em vigor apresen-

tamos o Relatório Consolidado de Gestão, con-

juntamente com as contas relativas ao ano de

2004.

1. Enquadramento macro-económico

O ano de 2004 registou, ao nível mundial, alguns

sinais de uma aguardada retoma, confirmados

com um crescimento global próximo dos 5%,

embora com a UEM a crescer pouco menos de

2% (e a UE 25 a crescer 2,3%). Os últimos dados

divulgados pelos principais organismos

internacionais, nomeadamente pela Comissão

Europeia e pelo Eurostat mostram, no entanto,

que o 4º trimestre do ano registou crescimentos

inferiores aos do trimestre anterior baixando mais

uma vez as expectativas quanto ao indicadores

anuais e obrigando a revisões mais ou menos

generalizadas quanto às previsões para 2005.

Em Portugal, a instabilidade política agravou uma

situação económica que já mostrava dificuldade

em acompanhar os níveis de crescimento dos

parceiros europeus. Assim, os dados mais

recentes divulgados pelo Banco de Portugal

indicam que o PIB terá crescido 1,1%, embora a

mesma fonte refira uma tendência de redução da

actividade e dos indicadores de confiança,

principalmente no sector industrial, nos últimos

três meses do ano.

2. Análise da actividade

2.1. Construção

A área de negócio de Construção evoluiu muito

favoravelmente durante o exercício de 2004.

Para esta evolução positiva, em contra-ciclo com

o sentimento de pessimismo vivido no sector em

Portugal, contribuiram em larga medida, as obras

realizadas em auto-estradas concessionadas a

empresas associadas do GRUPO, que por força

das vicissitudes e dos atrasos ocorridos nos

últimos anos, foram executadas em pleno período

de quebra da procura no sector. Foi também

importante e decisivo o desempenho positivo da

generalidade das empresas do GRUPO, nacionais

e internacionais, incluindo as associadas do

segmento da metalomecânica.

2.1.1. Análise sectorial

No plano económico, 2004 não trouxe grandes

surpresas para o sector. A construção

permaneceu em crise, a produção continuou a

cair como resultado da quebra no investimento

Indicadores macroeconómicos - Portugalreal previsão

% 2003 2004 2004em Junho em Dezembro

PIB -1,30 1,25 1,10

Consumo Privado -0,70 1,00 2,20

Consumo Público 0,50 -0,60 0,60

FBCF -9,60 1,25 1,80

IPC 3,30 2,60 2,50

Exportações 4,10 5,75 6,80

Importações -0,50 4,25 8,20

fonte: projecções do Banco de Portugal - taxas de variação anual

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público e da crise na habitação, salientando-se no

entanto que a redução da actividade não foi tão

pronunciada como no ano anterior. Numa

primeira apreciação global do comportamento do

sector da construção, com base no

comportamento da FBCF - Construção nas

Contas Nacionais Trimestrais e no Inquérito ao

Emprego do INE, podemos concluir que se

verificou uma redução no emprego de 6,2 % e um

decréscimo da produção de 6 %.

A produção no segmento da engenharia civil

decresceu 7%, a habitação registou uma quebra

de 6% e o segmento não residencial decresceu

cerca de 1 % em 2004.

Num sector que anualmente movimenta mais de

15 mil milhões de euros, emprega mais de meio

milhão de pessoas e regista mais de 40 mil

empresas, os indicadores económicos referidos

permitem concluir que a conjuntura ocorrida em

2004 foi de recessão grave.

De sublinhar ainda que a actividade no sector foi

ainda altamente prejudicada pelo acréscimo

anormal do preço do aço em varão para

construção, aço para pré-esforço e dos produtos

petrolíferos, beneficiando contudo de condições

atmosféricas favoráveis. Apesar do decréscimo

do segmento de engenharia civil, da política

orçamental restritiva, afectando fundamental-

mente o segmento de infraestruturas, e do

acréscimo anormal do preço do aço em varão

para construção e aço para pré-esforço, a

actividade nacional da área de Construção

registou uma performance extremamente positiva.

Para esta performance, tal como acima referido, a

actividade de construção de infraestruturas

rodoviárias contribuiu de forma decisiva. De

destacar que, durante o exercício, a MOTA-ENGIL

ENGENHARIA e suas associadas estiveram

envolvidas na construção de mais de 100 km de

autoestradas.

2.1.2. Análise de actividade

2.1.2.1 MOTA-ENGIL ENGENHARIA

Actividade principal

A actividade principal desenvolveu-se em 100

estaleiros distribuídos geograficamente por todo o

território nacional, registou um volume de

produção no ano de 617 milhões de euros valor

expurgado da dupla consolidação dos ACE. De

sublinhar relativamente a 2003 o aumento em

31,2% do volume de produção que se estima

manter no presente exercício.

Salientamos alguns indicadores quantitativos que

definem a matriz impressiva da actividade da

MOTA-ENGIL ENGENHARIA:

1.350.000 t de bases e sub – bases britadas,

200.000 t de cimento, 880.000 t de misturas

betuminosas, 11.000.000 m3 de terraplenagens,

6.878.000 t de agregados produzidos, 533.000

m3 de betão hidráulico, 47.000 t de aço em varão

e 1.600 t de Aço de Pré-esforço. Construímos em

simultâneo mais de 100 km de auto-estrada,

355.000 m2 de lajes para edifícios e 90.000 m2

de tabuleiros para pontes; mobilizámos em meios

próprios, 600 equipamentos pesados motorizado

e 6 Vigas de lançamento em Obras de Arte

Especiais.

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A nossa carteira de obras em curso e concluídas

foi a seguinte:

Infra – Estruturas Rodoviárias

Concluímos os troços, Calvos/Fafe e Fafe/Basto

da A7 com uma extensão de 30km na Concessão

Norte, Mira/Vagos/Ílhavo da A17 com uma

extensão de 17 km na Concessão Costa da

Prata, iniciámos a construção dos troços,

Lousada/Castelões na A11 com uma extensão de

9 km na Concessão Norte, Freixieiro/Alfena,

Alfena/Ermida da A41 com uma extensão de 23

km na Concessão do Grande Porto,

Talhadas/Vouzela, Vouzela/Boa Aldeia e Celorico

da Beira/Guarda da A25 com uma extensão de 25

km na Concessão da Beira Litoral e Alta.

Construímos a variante à EN 220 entre o IP2 e

Torre de Moncorvo com uma extensão de 5 km e

a variante à EN 321-1 e EN 210 entre o Marco de

Canavezes e Soalhães na extensão de 6 km e

iniciámos a construção da Variante à EN 321

entre Soalhães e Baião na extensão de 6 km,

para o IEP.

Infra – Estruturas Ferroviárias

Iniciámos a construção, da Linha do Norte: Sub-

troços 1.2 e 1.3 da Azambuja – Vale de

Santarém, para a Refer, o troço da Linha

Vermelha (Túnel e Estações do Saldanha e São

Sebastião), para o Metropolitano de Lisboa,

continuámos a construção da Infra-estrutura de

Longa Duração do Metro do Sul do Tejo numa

extensão de 19km. Concluímos a Estação de

Nine e Nó Ferroviário na Linha do Minho para a

Refer e os Toscos da Estação do Terreiro do

Paço para o Metropolitano de Lisboa.

Infra – Estruturas Aeroportuárias

Concluímos o *Novo Aeroporto da Praia – Cabo

Verde para a ASA, e continuámos a construção

da ampliação da aerogare do *Aeroporto Sá

Carneiro para a ANA.

Infra – Estruturas de Saneamento

Iniciámos a Construção da ETAR de Santa Cita

para a Águas do Centro, S.A. e de 6 ETAR para a

Águas de Trás os Montes e Alto Douro SA.

Infra – Estruturas Portuárias

Concluímos a *Marina do Lugar de Baixo –

Madeira.

Infra – Estruturas Hidráulicas e Hidroeléctricas

Concluímos os, Aproveitamento Hidroeléctrico de

Bouçoais, Aproveitamento Hidroeléctrico do

Rabaçal, *Reforço de Potência da Barragem da

Venda Nova para a EDP, Pipeline de interligação

entre o Porto de Leixões e a Refinaria de

Matosinhos numa extensão de 3km para a GALP,

continuámos a construção da Barragem de

Pedrógão para a EDIA, iniciámos a construção do

*Canal dos Álamos/Loureiro, *Canal Condutor

Geral com uma extensão de 15km e do

Reservatório do Monte do Bispo para a EDIA e o

Aproveitamento hidroagrícola da Cova da Beira

para o IDRHa.

Infra – Estruturas de Obras de Arte e Túneis

Concluímos a, Via Machico Faial II, Via Expresso

Faial Santana – 2ª Fase, *Machico – Faial troço

Terça – Ribeira Grande na Madeira, para a

SREST, continuámos a construção das Obras de

Arte nos Lotes 5.1, 6,7 e 11 na Concessão Norte,

concluímos as Obras de Arte nos Lotes 1, 7 e 8

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na Concessão da Costa de Prata, e iniciámos as

Obras de Arte nos Lotes 1,3,4,6 e 7 na

Concessão da Beira Litoral e Alta e Lotes 4 e 9

na Concessão do Grande Porto.

Edifícios Comerciais

Concluímos a construção do Shoping Dolce Vita

Vila Real e iniciámos a, construção do

EuroStadium para a Amorim Imobiliária,

construção do Shoping Fórum Viseu para a MDC,

e construção do El Corte Inglês em Vila de Nova

de Gaia.

Edifícios para Hotéis

Concluímos os Hotéis, Vila Sol (5*) em Vila

Moura, Royal Garden (4*) – Açores e Marina

Atlântico (4*) – Açores.

Edifícios para Escritórios e Habitação

Continuámos a construção do Edifício Pertejo –

Lisboa, Edifícios e Moradias em Gondomar, 90

fogos em CDH na Amadora e concluímos, os

Blocos 14 e 15 – Vila Sol em Vila Moura e

iniciámos a construção do Aldeamento Turístico

do Cabo Girão na Madeira.

Edifícios Hospitalares

Iniciámos a construção do Hospital do BES em

Lisboa e concluímos a construção do Hospital

João de Almada – Madeira e Centro de Saúde

Santo António – Madeira.

Edifícios Industriais

Concluímos o Matadouro da Terceira para o

IAMA – Açores e Matadouro Sodiprave –

Madeira.

Reabilitação

A reabilitação continuou a merecer a nossa

atenção e a justificar a existência de uma

direcção especifica apesar do investimento

público ter praticamente estagnado porque é

nossa convicção que este segmento no actual

estado de maturidade do nosso mercado será o

de mais significativo crescimento no futuro.

Destacamos a conclusão do Teatro Micaelense –

Açores e a continuação da intervenção no Museu

da Electricidade para a EDP.

Madeira e Açores

A actividade concentrou-se em 14 estaleiros, 10

na Madeira e 4 nos Açores, nas ilhas de S.Miguel

e Terceira. Na Madeira a produção foi de 50

milhões de euros representando um acréscimo

de 260 % e nos Açores 15 milhões de €

representando um decréscimo de 20 %

relativamente a 2003. Na Madeira continuou a

verificar-se um forte investimento do sector

público, responsável por cerca de 90% da

produção no ano contrariamente ao ocorrido nos

Açores.

Espanha

Iniciámos a construção de duas obras em

Santiago de Compostela a Fábrica do Morteiro

Seco e as infra-estruturas da Urbanizacio

Boqueixon, que estamos a realizar em consórcio

com um parceiro espanhol.

Centro Autónomo das Pedreiras

O mercado de agregados apresentou-se no ano

de 2004 altamente competitivo, acentuando-se a

tendência que se vinha observando nos anos

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anteriores. Esta crescente competitividade gerada

essencialmente por um excesso de oferta de

agregados em consequência da diminuição da

quantidade de obras públicas tem provocado a

degradação dos preços de venda e

consequentemente das margens de negócio. A

produção anual de agregados atingiu 6.878.000 t,

a que corresponde um volume de negócios de

38,6 milhões de euros, muito acima dos

objectivos previstos. O aumento da produção

registada correspondeu a um maior consumo

interno de agregados relacionado com o ciclo de

obra rodoviárias realizadas.

Em 2004 foi iniciada a actividade de um novo

centro industrial em V. F. de Xira, visando

satisfazer o mercado da grande Lisboa.

Em 2004 a MOTA-ENGIL ENGENHARIA reforçando a

posição de líder de mercado tornou-se o primeiro

produtor nacional a comercializar agregados com

a Marcação CE.

Direcção de Fundações Especiais

No ano registou um acréscimo de produção de

15% relativamente ao ano anterior. O volume de

negócios ascendeu a 16 milhões de euros, dos

quais 38% corresponderam a clientes externos. A

componente interna cresceu de 43% para 62%

fundamentalmente devido à realização de

empreitadas internas significativas de contenções

e paredes moldadas (Hospital BES, Norfin e El

Corte Inglês). A actividade desenvolveu-se em 80

estaleiros. Foram realizados 75 km de estacas,

21 km de microestacas, 49 km de ancoragens, 33

km de pregagens, 2300 m2 de betão projectado e

28.000 m2 de paredes moldadas.

Destacam-se as Obras, Escarpas na Baía de

Angra do Heroísmo, Estabilização da Encosta do

Bairro da Liberdade para a C.M. Lisboa,

Contenções e Estacas do Hospital do BES em

Lisboa, a Contenção do El Corte Inglês em Vila

Nova de Gaia e a Contenção do Office Park na

Expo.

Centro de Geotecnia e Laboratório Central

O núcleo de Geotecnia registou um volume de

negócios de 1,6 milhões de euros, muito acima

dos objectivos iniciais. Concentrou a sua atenção

na procura de novos nichos de mercado,

utilizando novas técnicas geofísicas e métodos

não destrutivos para a caracterização de maciços

terrosos e na área da geotecnia ambiental

dedicando-se à avaliação de zonas

contaminadas. No âmbito de parcerias científicas

foram iniciados os seguintes projectos: Avaliação

da coesão efectiva em solos cimentados –

Controlo de compactação de aterros e avaliação

do CBR através do ensaio DMT – Valorização de

resíduos de obras geotécnicas;

O núcleo do Laboratório Central registou um

volume de negócios de 0.7 milhões de euros,

14,3 % acima da meta orçamental. Concentrou a

sua atenção na conquista de clientes externos e

viu reconhecida a extensão da sua acreditação

em Março de 2004 pelo IPQ.

Direcção de Pré – Esforço

No exercício registou um volume de negócios de

3,7 milhões de euros distribuídos por 23

estaleiros, também muito claramente acima dos

objectivos iniciais.

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A actividade foi fortemente afectada pelo anormal

aumento do aço de pré – esforço cujo preço na

origem duplicou em 2004. Refira-se que 20% da

actividade foi realizada para clientes externos,

destacando-se neste âmbito a utilização de um

sistema de lançamento incremental de tabuleiros

metálicos de viadutos.

No domínio das parcerias científicas manteve-se

o Protocolo com a FEUP do Projecto Pré –

Esforço Orgânico.

Direcção de Betões Hidráulicos

Esta direcção registou uma produção de betão de

532.664 m3 de betão (inclui a QUALIBETÃO )

ultrapassando largamente os objectivos iniciais.

Registou actividade em 17 Centros de Produção

de Betão, destacando-se que 40% do volume do

betão fabricado inseririu-se em classes com

resistências iguais ou superiores a C30/37.

Manteve-se activa a parceria com a FEUP,

MAPREL e SIKA no âmbito do Projecto BACPOR

(betões autocompactáveis).

Direcção de Equipamentos

A prestação de serviços dos diversos

departamentos que integram este sector atingiu

um valor global de 50 milhões €, registando uma

taxa de ocupação dos equipamentos de 64%, em

linha com o esperado. Foi encerrado o Estaleiro

do Mondego e concentrada a actividade no

Estaleiro do Porto Alto. Efectuou-se a fusão das

vertentes de gestão e manutenção com

alterações importantes no Organigrama,

extinguiram-se os armazéns de obra e

integraram-se no Processo de Gestão de

Aprovisionamentos algumas valências

específicas, traduzindo-se estas alterações numa

redução de 144 trabalhadores cerca de 47% dos

efectivos da direcção.

Área Técnica

No âmbito desta área que congrega as valências

de apoio à engenharia e logística a todos os

sectores da empresa desenvolveram-se diversos

processos de melhoria, criando a Biblioteca

Técnica num conceito ”on line” e a divulgação

digital de revistas técnicas em parceria com a

Manchete. Foi iniciado o desenvolvimento dos

Sistemas de Gestão de Segurança e Ambiente

tendo em vista a obtenção da sua certificação já

em 2005, destacando-se ainda no campo da I&D

os seguintes projectos:

• Projecto de Gestão de Tempos –

Desenvolvimento em parceria com a Sol

S de um sistema de software de recolha

de tempos com origem em equipamentos

biométricos e integração com o módulo

de SAP;

• Projecto RoadSim – Desenvolvimento de

um sistema de software em parceria com

a Universidade de Teesside no Reino

Unido de planeamento físico integrado e

informatizado com o objectivo de gerar

ganhos de eficiência e rigor em obras

rodoviárias;

• Projecto ECOCASA – Desenvolvimento

de uma parceria com a QUERCUS com

o objectivo de promover a redução do

consumo energético nas residências e a

utilização de energias renováveis. O

projecto envolve o desenvolvimento de

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uma casa virtual da energia, onde o

utilizador poderá testar diversas soluções

para melhorar a eficiência energética da

sua residência. A participação da MOTA-

ENGIL vai no sentido de apoiar a

selecção de materiais e tecnologias

construtivas a aplicar nesta casa virtual

• Projecto OPS 2-3 – No âmbito deste

projecto iniciou-se o fabrico da estrutura

metálica e do sistema de automação,

destacando-se que o projecto

desenvolvido em parceria com FEUP

venceu um Prémio de Ideias de

Negócios da ADI (Agência de Inovação).

2.1.2.2 Associadas nacionais

GRUPO MARTIFER

O ano de 2004 foi marcado pela excelente

performance da MARTIFER e das suas associadas

quer ao nível do volume de negócios, quer ao

nível dos resultados líquidos. Na sua maioria

estas empresas conseguiram superar a

conjuntura negativa a que se tem assistido em

Portugal e na Europa nos últimos anos. Quando a

vontade de vencer os grandes obstáculos é

acompanhada por uma estratégia bem delineada,

é possível ultrapassar as dificuldades.

O ano foi ainda marcado, conforme referido, pela

concretização da estratégia de diversificação da

intervenção das empresas deste segmento da

Metalomecânica e a consequente constituição da

MARTIFER, SGPS, SA.

Assim, para além da continuação do processo de

internacionalização (com destaque para a

MARTIFER ESPANHA e para a expansão da

actividade para a Europa Central, com o início da

laboração da unidade industrial da MARTIFER

POLSKA, uma fábrica com uma área aproximada

de 20.800 m2 e que já empregava no final do ano

107 pessoas.), verificou-se durante 2004 o início

de actividade da MARTIFER ENERGIA culminando

com a saída das primeiras torres da fábrica em

Setembro de 2004 para o Parque Eólico de

Mogadouro. A MARTIFER ENERGIA tem como

actividades principais o fabrico de equipamentos

para energia, nomeadamente torres eólicas, o

desenvolvimento de tecnologia para a energia

das ondas, e no futuro a produção de outros

componentes para os equipamentos da energia

eólica. Adicionalmente, foi também constituida

durante o ano de 2004 a MARTIFER GESTÃO DE

INVESTIMENTOS que tem como actividade principal

a promoção de projectos imobiliários que tenham

sinergias com as restantes empresas do GRUPO.

Fruto desta estratégia e da performance

MARTIFER e das suas associadas o segmento da

Metalomecânica cresceu, ao nível do volume de

negócios, cerca de 29% atingindo cerca de 147

milhões de euros, contribuindo para o EBIT do

GRUPO com cerca de 7,2 milhões de euros.

FERROVIAS

Os objectivos traçados para o ano de 2004 foram

de uma forma geral cumpridos e ultrapassados.

Assim, o volume de negócios atingiu o valor de

32.481.514 euros (menos 0,45% que o

orçamentado), com resultados operacionais de

2.005.674 euros (mais 27,8% que o orçamentado)

e um resultado antes de impostos de 1.401.946

euros (mais 52,9% que o orçamentado). Este

bom desempenho deve-se à melhoria da margem

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das obras, nomeadamente devido a termos tido

um ano especialmente favorável em termos

climatéricos e também à execução de trabalhos

em Espanha, não previstos em orçamento, que

permitiram rentabilizar os recursos em

equipamento da empresa, que, de outra forma,

teriam ficado subaproveitados.

O resultado líquido apurado foi de 1.092.463

euros, mais 37,4% que o conseguido em 2003.

O sector de obras ferroviárias, após a conclusão

dos projectos relativos ao Euro 2004 entrou

claramente em contraciclo, do qual

presumivelmente só sairá com os projectos da

alta velocidade, pelo que o volume de obras em

concurso vai com certeza escassear.

No entretanto, é estratégia da empresa continuar

a apostar no mercado espanhol, através da sua

associada HIFER, e também nos contratos de

conservação, recentemente postos a concurso

pela Refer

TECNOCARRIL

As encomendas de travessas pelo cliente Refer

continuaram no ano de 2004 a ser

substancialmente inferiores aos mínimos

contratuais.

Durante o ano de 2004 a empresa continuou a

sua actividade na área da deservagem química, o

que permitiu de alguma forma compensar a

actividade na área das travessas. Assim, o

volume de negócios foi de 3.791.585 euros

(3.614.779 euros em 2003), com um resultado

operacional negativo de 74.968 euros (100.717

negativos em 2003 ).

Encontra-se em fase de renegociação o contrato

de preparação e creosotagem de travessas de

madeira com a Refer, sendo de prever que serão

necessários mais cinco anos de produção, ao

ritmo actual, para repor o seu equilíbrio

económico e financeiro, tendo a Refer já dado o

seu acordo de princípio a esta prorrogação.

CPTP

Fruto da enorme retracção que se verifica na área

das obras marítimas, as prestações de serviços

diminuíram 28,5% em relação ao ano de 2003,

tendo passado de 26.697.717 euros para

19.081.537 euros em 2004.

Apesar disto, os resultados operacionais da

empresa foram em 2004 de 1.633.964 euros ,

fruto de uma gestão cuidadosa das empreitadas

em carteira, em que a componente técnica, na

busca de soluções mais competitivas, assume

uma importância determinante.

Durante o ano de 2004 a CPTP desenvolveu a

sua actividade essencialmente no mercado

nacional continental (Portos de Aveiro, Setúbal,

Peniche e Figueira da Foz, cais da Gafanha da

Encarnação, obras de emergência na muralha-

cais da estação do Barreiro e reparação dos

esporões na Costa da Caparica e Cova do

Vapor). Na Madeira concluiu-se a execução da

empreitada de construção de Recifes Artificiais.

Também deverá ser destacado o investimento

feito nos estaleiros centrais da empresa, na

Figueira da Foz, com a conclusão de uma ponte-

cais e de uma rampa, que permitirão uma

optimização de custos significativa na gestão do

equipamento flutuante.

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Para 2005, e fruto da mais que provável

continuação na retracção do mercado, prevê-se

uma diminuição da actividade da empresa, sendo

importante que as entidades responsáveis do

sector avancem, pelo menos, com a execução

das empreitadas já concursadas e que aguardam

adjudicação, algumas há já longo tempo.

MAPREL e MAPREL NELAS

Apesar de no ano de 2004, e tal como

prevíramos, ter havido um aumento de actividade

da MAPREL em relação a 2003 (proveitos

operacionais de 21.420.928 euros, contra

20.886.116 em 2003), os resultados estiveram

longe do que era expectável. Assim, os

resultados líquidos no conjunto das 2 empresas

cifraram-se em 933.049 euros negativos contra

uma previsão de 480.035 euros positivos. As

razões para este mau desempenho têm a ver

com várias circunstâncias:

a) aumento muito significativo do aço,

aumento este na maior parte dos casos

dificilmente trespassável para o cliente (seja

porque os contratos são não revisíveis, seja

porque, quando o são, as fórmulas de revisão não

contemplarem a realidade dos aumentos)

b) as primeiras adjudicações de obras

“chave na mão“ que, apesar de terem corrido

tecnicamente bem, obrigaram à reorganização

desta área, traduzindo-se em custos significativos

não orçamentados.

c) custos não previstos de reestruturação e

programa voluntário de saída de colaboradores.

Para 2005 a empresa tem uma carteira de obras

bastante confortável, sendo de prever um

desempenho claramente positivo

TRACEVIA

O ano de 2004 foi um ano muito positivo para a

TRACEVIA, tendo-se ultrapassado largamente o

previsto no orçamento do ano, apesar do

mercado da sinalização continuar numa fase de

contracção.

Para este bom desempenho muito contribuiu a

área da telemática rodoviária, que representa

cerca de 40% da actividade da empresa, tendo

as áreas tradicionais de sinalização horizontal e

vertical contribuído com o restante, em partes

iguais.

No ano de 2004 os proveitos globais foram de

10.664.175 euros contra uma previsão de

7.500.000 euros, os resultados antes de impostos

foram de 1.172.859 euros contra uma previsão de

505.195 euros e os resultados líquidos foram de

810.560 euros contra uma previsão de 325.555

euros.

PROBISA

Contrariando as perspectivas existentes no início

de 2004, para a PROBISA, o ano acabou por

decorrer acima das expectativas, apesar da

contracção que existe no mercado e da escassez

de obras postas a concurso.

Assim, o valor das vendas, variação de produção

e outros proveitos operacionais foi em 2004 de

4.170.421 euros, que compara com 2.983.572

euros do exercício de 2003.

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O resultado do exercício antes de impostos foi de

356.679 euros contra 201.066 euros obtidos no

ano anterior, tendo o resultado líquido sido,

respectivamente, de 244.615 euros e 134.337

euros.

PROBIGALP

Apesar das restrições orçamentais impostas pelo

governo durante o ano de 2004, com

consequências negativas no mercado das

emulsões, betumes normais e modificados, as

premissas consideradas no orçamento foram

cumpridas. Este facto deveu-se, essencialmente,

ao dinamismo verificado na construção das

concessões rodoviárias que se veio a repercutir

positivamente no mercado de actuação da

PROBIGALP.

Assim, o valor das vendas, variação de produção

e outros proveitos operacionais foi em 2004 de

5.405.007 euros, que compara com 4.653.836

euros do exercício de 2003.

O resultado do exercício antes de impostos foi de

547.529 euros contra 492.608 euros obtidos no

ano anterior, tendo o resultado líquido sido,

respectivamente, de 405.295 euros e 333.734

euros.

SOPROCIL

Não obstante os cenários depressivos do sector,

em termos globais pode considerar-se positivo o

desempenho da SOPROCIL em 2004 sobretudo

com referência ao exercício anterior.

De facto, o volume de negócios elevou-se a 24,6

milhões de euros, o que representa um

crescimento de 27% em relação a 2003,

registando-se em paralelo resultados líquidos de

44.345 euros quando em 2003 se havia incorrido

em prejuízos de 228.721 euros.

Paralelamente, as dificuldades crescentes de

pagamento por parte dos clientes influíram

negativamente na situação financeira da empresa

mas, ainda assim, foi possível manter os

indicadores de liquidez geral e autonomia

financeira dentro dos níveis muito aceitáveis de

116,3 e 10,1 respectivamente.

Destaca-se ainda pela sua relevância para o

futuro da empresa, a aquisição por parte do

GRUPO de 41,2% do capital, passando a deter

65,9%, bem como a concentração de todos os

serviços em edifício próprio, nova sede da

empresa, o que vem permitindo o

aprofundamento das medidas de organização

interna e clarificação das suas políticas e

estratégias de desenvolvimento.

Perspectiva-se para 2005 uma melhoria geral de

todos os indicadores, nomeadamente quanto ao

volume de negócios, que deverá elevar-se a 30

milhões de euros, o que representará um

crescimento de 21%.

GEOGRANITOS

Confirmando as expectativas do início do ano,

este exercício foi de recuperação para a

GEOGRANITOS, tendo-se prosseguido com o plano

de reestruturação da empresa, com a

correspondente redução de custos, tendo em

vista sustentar o seu equilíbrio económico-

financeiro.

O volume de negócios foi de 13.620.190 euros,

tendo-se conseguido um resultado antes de

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impostos de 165.876 euros e um resultado líquido

de 126.792 euros.

Para o ano de 2005 perspectiva-se um exercício

positivo, na medida em que a carteira de obras

existente é relativamente confortável.

QUALIBETÃO

Esta empresa, que tem como principal actividade

o fabrico e comercialização de betões de elevado

desempenho, alcançou um volume de negócios

de 8 milhões de euros, para uma produção de

97.000 m³ de betão. Para 2005, prevê-se um

volume de negócios de 9,5 milhões de euros e o

fabrico de 110.000 m3 de betão. A empresa tem

uma visão de desenvolvimento com aposta na

qualidade, na inovação tecnológica e no

cumprimento de rigorosas regras de segurança e

de protecção ambiental. Com actividade já

consolidada na área do Porto, pretende estender

a sua actuação ao pólo geográfico de Lisboa.

TIMOZ

A actividade desta empresa, dedicada à

transformação de rochas ornamentais para a

construção civil, viu-se prejudicada no exercício,

pelo forte retraimento do sector nacional da

construção, a nível de edifícios, e pelos

consequentes excesso de oferta, concorrência e

aviltamento de preços.

O volume de negócios, situou-se, apesar disso,

em nível ligeiramente superior ao do exercício

anterior, ascendendo a 1,8 milhões de euros. Tal

foi possível pelo aumento da componente

exportação. Verificou-se, no exercício, a

consolidação da reorganização da empresa, com

melhoria substancial dos resultados operacionais.

A actividade continuará em 2005 muito

dependente da recuperação do sector da

construção, pelo que não se prevê um

crescimento significativo do volume de negócios.

SEDENGIL

O volume de negócios no ano ascendeu a cerca

de 9,34 milhões de euros, devido a ter sido

concluída a venda do PER do Casal do Silva na

Amadora e continuado a comercialização do

C.D.H. da Quinta da Pala em Gaia. Não tendo

sido, oportunamente, aprovado o loteamento

correspondente ao projectado CDH do Tronco em

Gondomar, foi alienado o respectivo terreno.

Igualmente foi, também, anulado o contrato

promessa de compra e venda do terreno

destinado ao projectado PER de Moncorvo. Com

a anulação dos dois negócios acima referidos e

não se perspectivando, neste momento, a

angariação de outros, a previsão do volume de

negócios para o ano de 2005 é de cerca de 6,0

milhões de euros, resultantes da vendas da

Quinta da Pala e do Alto de Mira.

RENTACO

Esta empresa manteve a estratégia de

concentração da sua actividade no mercado de

aluguer de gruas automóveis, visando aumentar

os seus níveis de eficácia e a satisfação dos seus

clientes. O volume de negócios manteve-se nos

3,5 milhões de euros alcançados no ano anterior,

mas os resultados foram os melhores do historial

da empresa. As perspectivas para 2005 apontam

para a estabilização dos níveis de actividade e

rentabilidade.

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2.1.2.3. Associadas internacionais

Angola

SUCURSAL DE ANGOLA

A conjuntura nacional da economia angolana

durante o ano de 2004 teve um comportamento

positivo e em linha com as expectativas traçadas

para um quadro inicial de recuperação económica

e de reconstrução nacional.

A SUCURSAL DE ANGOLA teve, no ano de 2004, um

volume de Proveitos Operacionais de cerca de

38,9 milhões de euros.

Neste exercício foram concluídas e inauguradas

diversas obras, das quais se destacam a

Passagem Inferior do Prenda, a reabertura da

estrada entre Namibe e Lubango (numa extensão

de 77,7 Km), Reabilitação de dois pontões na

Linha de Caminho de Ferro de Moçâmedes e a

Estrada Camama / Viana. É de realçar a

finalização de 24 casas no Condomínio

Residencial MOTA-ENGIL em Luanda, estando

estas a ser utilizadas pelos quadros do grupo em

Angola.

Ainda no decorrer de 2004, foram inauguradas

duas novas frentes de trabalho nas províncias,

alargando a área de intervenção da empresa. Na

do Huambo, a SUCURSAL está a construir o

Edifício Sede do Banco Nacional de Angola, obra

orçada em 3,9 milhões de euros. Na província da

Lunda Sul, estão a ser executados diversos

trabalhos estimados em 45,1 milhões de euros.

Ao nível das actividades de investimento

imobiliáio, o valor da produção realizada foi 3,2

milhões de euros no decurso de 2004. As obras

que tiveram actividade foram o Edifício

Habitacional e escritórios em Cabinda e o

Condomínio Residencial MOTA-ENGIL em Luanda.

Presentemente, a SUCURSAL possui uma carteira

de 131 milhões de euros, dos quais 23,2 milhões

de euros são obras em que o dono é o cliente

Estado, o que representa uma grande diminuição

da exposição perante as entidades oficiais

angolanas (17,8% do total da carteira).

PREFAL

A PREFAL-PRÉ-FABRICADOS DE LUANDA, LDA., cuja

actividade consiste no fabrico e comercialização

de materiais e estruturas em betão pré-fabricado,

atingiu em 2004 um volume de negócios de

aproximadamente 3 milhões de euros. O

crescimento face a 2003 foi de 15,1%. Os

Resultados Líquidos cifraram-se em 562 mil

euros.

Os investimentos de maior relevo efectuados

durante este exercício foram:

• execução do complemento da cobertura

da Nave Fabril (89 mil euros);

• aquisição de moldes para produção de

lancis (4,4 mil euros).

ICER

O volume de negócios da ICER no exercíco foi de

3,6 milhões de euros, em linha com o de 2003.

Os Resultados Líquidos subiram 5,6 % em

relação a 2003 para 210 mil euros, não obstante

algumas alterações da conjuntura económica com

factores negativos para a obtenção de resultados

mais favoráveis, nomeadamente:

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• Aumento de preços dos combustíveis

duas vezes ao longo do exercício, o que

veio a encarecer de forma substancial a

rubrica com os custos de combustíveis,

nomeadamente gasóleo e fuel-óleo cujo

preço subiu 212,5%, sendo que existe

enorme dependência desta actividade do

factor energético;

• O aumento acentuado e contínuo ao

longo do ano do custo da energia

eléctrica o que veio a encarecer de forma

substancial a rubrica com os custos

energéticos;

• Acresce a este facto a circunstância de

que, durante muitos e prolongados

períodos, as unidades produtivas não

foram abastecidas com corrente eléctrica

da rede, o que naturalmente obrigou à

utilização quase permanente de

geradores, o que contribuiu para um

aumento substancial do consumo de

gasóleo comparativamente a anos

anteriores.

PAVITERRA

A PAVITERRA obteve em 2004 um volume de

Proveitos Operacionais na ordem de 13,5 milhões

de euros, com Resultados Líquidos positivos de

474 mil euros.

Neste exercício foram iniciadas as obras Ruas de

Luanda de 2004 e a 1ª Fase da Vila Residencial

da Camama, entre outras.

A carteira total de encomendas da PAVITERRA é

de 33,4 milhões de euros, estimando-se que em

2005 seja consumido cerca de 17,6 milhões de

euros desse valor. Das obras em carteira,

destacam-se a Obra da Boavista e a 1ª Fase da

Vila Residencial da Camama.

SONAUTA

Os Proveitos Operacionais da SONAUTA atingiram,

em 2004, o valor de 1,2 milhões de euros

sensivelmente igual ao ano anterior.

Perante a previsível redução da procura de

transporte de cabotagem marítima na costa de

Angola, dada a cada vez maior abertura na

circulação rodoviária pelo interior do país, foi

iniciado, em finais de 2003, um plano de

reestruturação e redimensionamento para adaptar

a empresa à realidade do mercado, conseguindo-

se, mercê dessas medidas, inverter a tendência

negativa dos resultados de exercicios anteriores,

obtendo-se um Resultado Operacional de 46,2 mil

euros.

AUTO-SUECO (ANGOLA)

O volume de vendas de produtos VOLVO e

prestações de serviços desta associada registou,

a exemplo dos exercícios anteriores, um aumento

significativo, atingindo cerca de 29,4 milhões de

euros, isto é, um aumento da ordem dos 50%

essencialmente devido à elevada procura de

viaturas pesadas. O Resultado Líquido atingiu

cerca de 900 mil euros.

Europa central

Polónia

A economia polaca apresentou em 2004 um

crescimento do PIB de 5,4%, representando um

desenvolvimento superior ao da zona EURO e da

média dos 25 paises da União Europeia.

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

19

Este crescimento foi essencialmente alavancado

pelo aumento das exportações, produção

industrial e investimento. A inflação tem vindo a

diminuir.

MOTA-ENGIL, POLSKA

No ano de 2004 salientam-se os seguintes

aspectos:

• Fusão por incorporação da PBML Sp.zoo na

KPRD S.A. e alteração da denominação

social para MOTA-ENGIL POLSKA SA,

concluindo com sucesso, em Dezembro de

2004, o processo de fusão iniciado em Abril

do mesmo ano.

• Aumento dos Proveitos Operacionais de 49,9

milhões de euros para 53 milhões de euros,

representando uma variação de 6%,

consolidando a posição competitiva que a

empresa tem vindo a construir no mercado;

• Manutenção do processo de reorganização

da empresa e de renovação de staff, através

da criação de equipas funcionais e

interactivas de forma a responder às

necessidades actuais;

• Adjudicação de 2 secções da Auto-estrada

A2, Konin-Kolo e Kolo-Dabie à joint-venture

participada pela MOTA-ENGIL no valor de 51,3

milhões de euros e da S7 secção Myslenice-

Pcim (ZAKOPIANKA) no valor de 59 milhões

de euros;

• Implementação da divisão de construção civíl

e início da apresentação de propostas neste

sector;

• Implementação de uma plataforma única de

sistemas de informação, com vantagens

notórias no controlo de informação de gestão

conduzindo a um aumento de produtividade;

• Manutenção da política de formação de

quadros e contratação de pessoal jovem

fortemente qualificado e especializado;

• Consolidação da presença no mercado

tradicional do Sul da Polónia assumindo a

liderança nesta região.

As margens EBITDA e EBIT atingiram 6,4% e

2,1% respectivamente e os Resultados Líquidos o

valor de 230 mil euros.

A Carteira de Encomendas no final do exercício

ascendia a 115 milhões de euros.

SUCUSAL DA POLÓNIA

A delegação esteve envolvida na construção de 2

secções de auto-estrada (A2 e S2), uma via

rápida (Myslenice-Pcim), trabalhos de rede de

canalização na cidade de Torun, finalização dos

trabalhos na auto-estrada A4 (secção

Nogowczyce - Kleszczow) e 2 estradas nacionais

em Zgorzelec e Torun.

Destaque para a credibilidade dotada pelo Grupo

MOTA-ENGIL neste mercado, sendo disso exemplo

o processo de concurso da auto-estrada A2 no

qual apenas MOTA-ENGIL e STRABAG

demonstraram possuir curriculum e capacidade

suficiente para concorrer em simultâneo às 5

secções, tendo-nos sido adjudicadas duas delas.

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

20

República Checa

O crescimento estimado do PIB na República

Checa para 2004 foi de 3,7%, sendo esperado

em 2005 um crescimento de 4,3%. A taxa de

inflação verificada em 2004 fixou-se nos 2,8%,

influenciada pelos preços do petróleo e do

contexto macroeconómico externo.

O Governo tentou melhorar, através de receitas

fiscais, o défice orçamental do Estado, no entanto

deverá procurar mais e melhores reformas,

designadamente no sistema de segurança social,

de forma a potenciar o crescimento económico e

cumprir os objectivos de acesso à UE.

Os conflitos políticos verificados no decorrer de

2004 contribuíram para o adiamento de

importantes reformas. São esperadas alterações

políticas para 2005.

O Investimento Directo Estrangeiro manteve-se a

níveis elevados, mas o aumento da repatriação

dos lucros contribuiu para a manutenção do

défice na conta corrente.

SEFIMOTA

O total do volume de negócios da SEFIMOTA em

2004 foi de 23,9 milhões de euros, gerando um

lucro antes de impostos de 181 mil euros.

Os elevados níveis de competição no mercado e

a consolidação do elevado crescimento no

volume de negócios verificado em 2003, permitiu

à SEFIMOTA manter a mesma performance

durante o ano de 2004.

A empresa concluiu diversos contratos

significativos, designadamente um bloco de 89

apartamentos na cidade de Podebrady. Outras

construções residenciais foram concluídas para

investidores privados (Krocínka, Lumirova,

Letňany, entre outras) representando um volume

de aproximadamente 7,2 milhões de euros de

trabalhos entregues.

A SEFIMOTA consolidou a sua posição na

construção de instalações fabris, tendo entregue

uma nova unidade de cerca de 10.000 m2 a um

investidor espanhol, no Parque Industrial

Automóvel em Plsen.

A carteira de trabalhos encomendados actual

ascende a 30,6 milhões de euros, sendo que

destes 24,6 milhões de euros são para ser

realizados no decurso do ano de 2005. Este

indicador permite expectativas positivas para os

anos de 2005 e 2006.

A SEFIMOTA, iniciou a aposta no mercado

eslovaco, através do estabelecimento de uma

subsidiária, MOTA-ENGIL SLOVAKIA, A.S., cabendo

à SEFIMOTA 80% do capital e o remanescente a

um parceiro local.

Esta nova empresa, fechou o ano de 2004 ainda

sem nenhum contrato assinado, sendo que as

expectativas para o ano de 2005 se revelam

bastante optimistas.

M-INVEST, SRO

O volume de negócios da M-INVEST atingiu as 1,7

milhões de euros, gerando um lucro antes de

impostos de 548 mil euros. Grande parte deste

resultado teve origem da disponibilização de

terrenos que faziam parte da carteira.

A marca M-INVEST é uma referência consolidada

no mercado imobiliário de Praga e permanece

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como sinónimo de qualidade. O portfolio de

projectos aprovados atinge hoje o montante de

44,8 milhões de euros, suficientes para cumprir

os objectivos estratégicos delineados para o

mercado até 2008.

M-INVEST BOHDALEC

A M-Invest Bohdalec, detida a 100% pela M-

INVEST, SRO, foi constituída com o objectivo de

desenvolver 244 novos apartamentos na zona de

Praga 10.

Esta empresa encerrou 2004 com 71 unidades

vendidas, representando um total de vendas de

4,1 milhões de euros.

O volume de negócios total esperado para este

projecto é de 14,8 milhões de euros, devendo os

trabalhos de construção estar concluídos até ao

final de Junho de 2005.

MORAVSKE POZEMNÍ STAVBY

O volume de negócios desta subsidiária para o

mercado da Morávia na República Checa

ascendeu a 9,5 milhões de euros em 2004, em

linha com o estabelecido no orçamento no início

do ano. A empresa apresentou um lucro antes de

impostos de 115 mil euros.

Durante o ano de 2004 foram concluídos

importantes contratos, nomeadamente com

clientes retalhistas (cadeia de supermercados

Albert), estações de gasolina (Shell) e stands de

automóveis (retalhistas representantes da Nissan

e Skoda).

Hungria

A Hungria continuou a convergência com a média

da União Europeia prevendo-se um crescimento

do PIB à volta dos 4% gerado sobretudo pelo

investimento. De acordo com as previsões e

apesar de uma normal desaceleração no longo

prazo podemos esperar um crescimento firme ao

redor de 3,5% - 4% para os próximos dois anos.

As preocupações do actual governo com o défice

público deverá implicar a utilização de parcerias

publico-privadas como suporte dos novos

investimentos públicos. Esta situação abre novas

e maiores oportunidades para a presença do

GRUPO no mercado Húngaro.

MOTA HUNGÁRIA

Depois de vários anos de performance negativa a

MOTA-HUNGARIA atingiu, no exercício de 2004, um

volume de negócio de 27 milhões de euros e

Resultados Líquidos de 42 mil euros (e EBIDTA

de 1,5 milhões de euros). Durante o exercício a

empresa terminou a construção do parque

industrial de Szolnok. Ao longo de 2004 a

empresa começou empreitadas em várias áreas

principalmente ligadas ao ambiente (Aterros

Sanitários de Szolnok e Miskolc) e Construção

Civil (Parque Residencial “Tolgyes” em

Budapest). Um importante facto a salientar é o

regresso da empresa ao seu objectivo principal

com o início da construção de um troço da auto-

estrada M35 perto de Debrecen. No próximo ano

a empresa espera atingir um volume de negócios

de 60 milhões de euros.

METROEPSZOLG

Esta associada aumentou o seu volume de

negócios em relação ao ano anterior atingindo os

9,4 milhões de euros com Resultados Líquidos de

110 mil euros. A empresa esteve presente em

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

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dois grandes projectos de ambiente na área de

Szolnok o que lhe permitiu reforçar a sua posição

como empresa regional especializada em

ambiente. Deve-se destacar a empreitada de

construção da rede de esgotos de Besenyszog no

valor de 3,9 milhões de euros antecipada em 7

meses face à data planeada e com um resultado

considerável.

Em 2005 a empresa espera manter a sua quota

de mercado na região e procurar oportunidades

de expansão dentro da área do ambiente.

Estados Unidos

A associada MK CONTRACTORS LLC, com sede

em Miami e detida a 50,5% pelo GRUPO MOTA-

ENGIL teve, em 2004, um volume de negócios de

cerca de 21,1 milhões de euros.

Assinala-se no exercício de 2004 a conclusão dos

seguintes Projectos:

• Douglas View Condominium

• Villa Calabria Condominium

• Brickell Bay Village

• Shopping Center Avanti II

Destaca-se a contratação dos seguintes novos

projectos:

• Grove Garden Residenses

• Onyx 1 Condominium

• Puerta de Palmas Condominium

• Douglas Place

• Mediterranea Condominium

A carteira de encomendas para 2005 atingia a 31

de Dezembro de 2004 o montante de 74,2

milhões de euros dos quais a realizar durante

2005 cerca de 51,4 milhões de euros.

Perú

O mercado das obras públicas e infraestruturas

de transporte no Perú durante o ano de 2004 foi

marcado por uma evolução muito negativa

(variação negativa de 14,4%) embora a economia

tenha crescido 5,1%.

Ainda assim, o comportamento da TRANSLEI foi

bastante positivo.

Mantendo a sua presença no mercado das

infraestruturas mineiras a TRANSLEI continuou a

sua estratégia de intensificação e diversificação

das suas actividades em outras áreas da

construção, o que lhe permitiu um volume de

negócios de 16,3 milhões de euros e Resultados

Líquidos de 807 mil euros.

Durante 2004 foi concluído um conjunto de obras

no valor de 7,3 milhões de euros para a Mina de

Yanacocha bem como a Estrada de Altomayo, a

manutenção anual da Estrada de Antamina e os

trabalhos desenvolvidos na Mina de Alto

Chicama.

Das obras contratadas durante o ano de 2004

destacamos o seguinte:

• Conjunto de 11 operações para a Mina de

Yanacocha, tais como os movimentos de

terras de Carachugo e La Quinua e o By

Pass de Cerro Negro

• Barragem de Rajucolta

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• Manutenção da Estrada de Antamina

• Operações em Alto Chicama

• Estrada Neshuya – Pucallpa

• Estrada Aguaytia–San Alejandro (contrato

em preparação)

O volume de vendas da TRANSLEI previsto para o

ano de 2005 de acordo com a carteira angariada

é de 21 milhões de euros.

Moçambique

Em Moçambique, em termos macro-económicos,

manteve-se o ambiente recessivo no que respeita

a investimentos públicos com apenas 6 concursos

lançados durante o ano de 2004.

Prevê-se para o 1º semestre de 2005 o

lançamento de 4 troços de construção de

estradas no eixo rodoviário Sul/Centro com

financiamento do Banco Mundial.

No exercício de 2004 a SUCURSAL DE

MOÇAMBIQUE teve um volume de negócios de 612

mil euros, essencialmente em trabalhos de

manutenção e Resultados Líquidos de 55 mil

euros, invertendo a tendência do ano anterior.

Concluiu-se, em Agosto, o período de

manutenção referente à empreitada que se

executou até 2003 na Província de Cabo Delgado

nomeadamente nas estradas Mocimboa da

Praia/Oasse e Oasse/Macomianum total de 140

Km de estrada.

Benim

Durante o ano de 2004 os trabalhos realizados,

no Lote. nº2 Dassa-Savé-Parakou-Beroubouay,

decorreram a um ritmo excepcional, permitindo

atingir um resultado no exercício de cerca de 1

milhão de euros.

Para 2005 transitam apenas trabalhos de

acabamentos e sinalização vertical.

O projecto deverá ser inaugurado em meados de

Fevereiro.

Chade

Apesar das dificuldades, quer de ordem logística,

quer meteorológica, a produção efectuada

durante 2004 no Lot. nº.B Moundou-Laramanay-

Touboro atingiu um valor de cerca de 12,3

milhões de euros.

Previsivelmente este projecto entrará em

velocidade de cruzeiro em 2005, com a aplicação

de massas betuminosas em camadas de base e

desgaste.

Malawi

No Malawi a actividade produtiva desenrolou-se

com normalidade, tendo o volume de negócios

atingido cerca de 4 milhões de euros.

Durante 2004, foi iniciada e concluída a

construção da ponte ferroviária sobre o rio Rivirivi.

Esta empreitada incluiu fundações especiais e

volumes de betão da ordem dos 4.000 m3 e foi

concluída dentro dos quatro meses do prazo

contratual.

No sector rodoviário foi concluído igualmente a

obra de reabilitação de Midima Road, mais

especificamente o lanço Limbe – Choda.

Foram igualmente adjudicados os troços Nguludi

Spur e Choda-Chisitu que representam um

encurtamento do percurso e vantagens

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económicas, quer para o trânsito pesado que

circula entre o Sul e o Centro de Moçambique e o

Norte através do Malawi, quer para as indústrias

locais de plantação e processamento de chá.

2.1.3. Análise económico-financeira

Globalmente, conforme referido, a área de

negócio de Construção evoluiu muito

favoravelmente durante o exercício de 2004.

O segmento da Construção nacional, excluindo a

Metalomecânica, contribuiu para o volume de

negócios e EBIT do GRUPO com cerca de 813,8

milhões de euros e de 55,6 milhões de euros,

respectivamente. O segmento da Metalomecânica

cresceu, ao nível do volume de negócios, cerca

de 29% atingindo cerca de 146,7 milhões de

euros, contribuindo para o EBIT do GRUPO com

cerca de 7,2 milhões de euros.

A actividade internacional da área de Construção

contribuiu para o volume de negócios e EBITDA

do GRUPO com cerca de 255 milhões de euros e

de 16,9 milhões de euros, respectivamente.

Assim, em termos de contribuição global para o

GRUPO, a área de Construção registou Proveitos

Operacionais de 1,13 mil milhões de euros,

EBITDA de 115,1 milhões de euros e resultados

operacionais de 65,8 milhões de euros (i.é,

margens EBITDA e EBIT de 10,1% e 5,8%,

respectivamente). Os resultados financeiros e

extraordinários totalizaram os valores negativos

de 22,9 milhões de euros e 2,0 milhões de euros,

respectivamente.

2.1.4. Perspectivas

Totalizando cerca de 988,5 milhões de euros, a

carteira de encomendas a realizar em Portugal é

ainda constituída em grande percentagem por

obras a realizar para as concessionárias de auto-

estradas do GRUPO. Por seu lado, a carteira de

negócios da construção internacional ascende a

cerca de 575 milhões de euros dos quais 251

milhões de euros a efectuar na Europa de Leste e

144 milhões de euros a realizar em Angola.

Com uma sólida carteira de encomendas, a área

de Construção do GRUPO, antevê assim uma

evolução da actividade em 2005, mais uma vez,

com níveis de crescimento e rentabilidade acima

do sector, tanto na sua vertente nacional, como

internacional.

2.2. Ambiente e serviços

O exercício de 2004, foi o primeiro integralmente

vivido pela MOTA-ENGIL, AMBIENTE E SERVIÇOS,

SGPS, SA, sub-holding detentora das

participações do grupo em empresas que

desenvolvem a sua actividade nas áreas do

ambiente e serviços.

2.2.1. Análise sectorial

Resíduos sólidos

A conjuntura do sector enquadra-se dentro do

cenário da difícil conjuntura económica do país,

traduzida nas sucessivas correcções em baixa

dos indicadores de aferição do comportamento e

evolução da economia portuguesa.

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25

A par da evolução da situação económica do

país, também o sector dos resíduos sólidos, vem

registando um forte abrandamento do

investimento assistindo-se no corrente exercício a

uma quase ausência no lançamento de concursos

públicos resultante da falta de capacidade

financeira para aumentar a despesa pública na

melhoria da qualidade ambiental, o que,

naturalmente, tem vindo a cercear as

possibilidades de crescimento das empresas do

sector.

Ainda consequência da situação económica supra

referida, as empresas envolvidas nesta área,

viram-se a braços com graves dificuldades ao

nível dos recebimentos de parte das autarquias,

trazendo como consequência serias dificuldades

financeiras, com os naturais agravamentos dos

custos concomitantes.

Concessões de água e saneamento

Os factos políticos sucedidos durante o ano de

2004, não contribuíram para a definição do papel

das entidades privadas no sector das águas.

Muitas promessas de maior abertura à

participação dos capitais privados neste sector

não tiveram qualquer expressão prática

continuando o Estado, através das empresas que

tutela, a exercer uma forte acção redutora das

oportunidades de investimento privado.

A indecisão sobre as politicas de fundo,

conduziram a que as Câmaras Municipais

adiassem as decisões de lançamento de novos

concursos. Apenas foi colocada a concurso no

final de Dezembro, a “Concessão para

Exploração e Gestão dos Serviços Públicos

Municipais de Abastecimento de Água e

Saneamento do Município de Espinho”.

Manutenção

O ano findo foi de verdadeira estagnação, quer no

domínio da contratação por externalização da

manutenção, quer no da gestão da manutenção,

em que apenas no sector privado se assinaram

alguns contratos no âmbito da contratação

simples de trabalhos de manutenção.

Tal situação resulta, na nossa opinião, da falta de

capacidade financeira de diversos organismos

públicos que por essa razão não celebraram

contratos já concursados e não lançaram

concursos que já tinham programados.

É, contudo, indesmentível a tendência para a

externalização dos serviços de manutenção nos

mais diversos sectores.

Jardins e espaços verdes

É uma realidade o interesse despertado pelos

espaços verdes e pela sua interacção com o

urbanismo e o quotidiano.

Confirmado este interesse, as Câmaras

Municipais vêm revelando crescente sensibilidade

e iniciativa para a requalificação das suas zonas

não edificadas, com intervenções em que os

espaços verdes são o elemento dominante.

Face à crise económica, verificada no ano de

2004, em geral no país, associada ainda aos

sucessivos retardamentos dos planos de

investimento, públicos e privados, a VIBEIRAS

registou no seu mercado um aumento de

concorrência e a uma diminuição significativa das

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margens que tiveram que ser supridas pela via do

investimento.

Para isso, a VIBEIRAS delineou uma estratégia de

crescimento suportada no reforço de meios

técnicos, administrativos e de produção que lhe

permitiram angariar novos trabalhos no âmbito da

concepção e construção na área dos arranjos

exteriores.

O ano de 2004 foi um ano de bom desempenho

para a VIBEIRAS. A estratégia traçada aliada a

uma melhoria da qualidade dos serviços permitiu

o crescimento da actividade e consolidou a

liderança no mercado em que a VIBEIRAS se

insere.

Reciclagem

Foram em 2004 dados passos decisivos para a

criação do sistema integrado de gestão dos óleos

usados, esperando-se para o 1º semestre do

corrente ano a atribuição da licença à sociedade

gestora - Sogilub.

À semelhança do ocorrido noutras fileiras de

resíduos a entrada em operação do sistema

integrado irá alterar significativamente a realidade

do sector dos óleos lubrificantes usados no país.

Novas actividades

Nos hospitais em parcerias público-privadas,

embora com atraso relativamente ao calendário

inicial, 2004 foi o ano da efectivação do

lançamento de concursos nesta modalidade,

habitualmente referida como PPP.

Os parques de estacionamento de veículos

concessionados têm verificado, nos últimos anos,

um crescimento natural, que se irá manter. Os

municípios têm também introduzido parquímetros

nos centos urbanos, tornando deste modo os

parques atractivos. De realçar, em alguns casos a

falta de fiscalização municipal que se traduz

negativamente. Este sector, embora com boas

rentabilidades a médio e longo prazo, envolve

grandes investimentos, factor esse que tem

retardado a construção do novos parques.

2.2.2. Análise de actividade

Resíduos sólidos

A evolução da actividade no sector do ambiente

em geral, e do mercado de resíduos em

particular, tem-se desenvolvido dentro de um

quadro de estagnação, corolário lógico do cenário

macroeconómico do país, a que não é alheia a

análise conjuntural a que acima se fez menção.

Durante o ano foi concluído o processo de

reorganização das participações deste segmento

de mercado, o qual consistiu na concentração de

todas as empresas de resíduos sólidos urbanos,

entre as quais a SERURB, sob o controlo de uma

mesma empresa, constituindo-se assim o GRUPO

SUMA.

Nos contratos em vigor, as empresas do GRUPO

recolheram 723.992 toneladas de resíduos

sólidos urbanos em 36 concelhos atendendo a

uma população abrangida de 2 milhões de

habitantes. Na actividade de tratamento de

resíduos sólidos urbanos destacar que foram

tratadas 479.498 toneladas destes resíduos

produzidas por cerca de 700 mil habitantes,

repartidos nos 21 Concelhos contratados pelo

GRUPO SUMA. A RESILEI, empresa dedicada ao

tratamento de resíduos industriais banais,

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

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depositou no seu aterro de Leiria, 57.710

toneladas de resíduos.

Foram, durante 2004 realizados novos contratos

cabendo assinalar a renovação dos contratos

com as Câmaras de Ílhavo, Maia, Almada e

ampliação na limpeza urbana de Matosinhos.

Concessões de água e saneamento

Apesar das condicionantes adversas, a INDÁQUA,

conseguiu durante o ano de 2004 a adjudicação

provisória de dois novos contratos de concessão

nos Concelhos de Matosinhos e Vila do Conde.

A angariação destes novos contratos, associada

à manutenção dos contratos existentes, implicará

uma reorganização da actual estrutura da

empresa, com impacto ao nível da aquisição de

capital humano e tecnológico.

Nas concessões em que participa, a INDÁQUA

consolidou a sua actividade, aumentando o

número de consumidores em cerca de 2.830.

No final do exercício de 2004, verificou-se um

reajustamento da estrutura accionista da

INDÁQUA, sendo que à data de 31 de Dezembro

de 2004 a MOTA-ENGIL - AMBIENTE E SERVIÇOS

SGPS, S.A. passou a deter 42,86% do capital da

INDÁQUA contra os 28% que detinha

anteriormente.

Manutenção

A MANVIA, em princípios de 2004, obteve a

certificação de qualidade, no contexto da ISO

9001-200, aplicável à Gestão e Manutenção de

Edifícios.

Durante o exercício em análise a MANVIA operou

nos seguintes segmentos de mercado: Gestão e

Manutenção de Edifícios; Operação e

Manutenção de Infraestruturas Ambientais;

Reabilitação de Condutas; Manutenção

Condicionada (Vibrometria e Termografia)

Na MANVIA, apesar do acréscimo de vendas,

verifica-se uma redução significativa dos

resultados antes de impostos, em parte justificada

pelo acréscimo de custos de estrutura. O sobre

custo verificado na rubrica de pessoal traduz os

encargos com as admissões, que se saldaram

num acréscimo de 7 pessoas, requeridas para

desenvolvimento da actividade na zona Norte do

país.

Jardins e espaços verdes

A VIBEIRAS desenvolveu no corrente ano obras de

elevada complexidade, no âmbito da recuperação

da margem do rio Liz, em Leiria, no âmbito do

Programa Polis e a reabilitação parcial do Vale do

Jamor, para o Instituto de Desporto, adaptando-

as para zona de lazer. Foram ainda iniciadas

algumas intervenções em núcleos urbanos

nomeadamente em Alcanena e Minde.

Na área da manutenção, a VIBEIRAS manteve os

contratos que tem vindo a desenvolver com a

Brisa e o Parque das Nações, reforçando a

presença em Lisboa. De referir ainda os contratos

de manutenção dos estádios desportivos de

Albufeira e do estádio Faro/Loulé, já no final do

ano de 2004. , o que permitirá uma presença

mais forte no Algarve no ano 2005.

Cumprindo as previsões, foi inaugurada em

Outubro passado a primeira loja portuguesa da

marca JARDILAND. Localizada na Maia esta

unidade, nascida da parceria da MOTA-ENGIL,

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AMBIENTE E SERVIÇOS, SGPS, S.A. com o grupo

francês JARDILAND, oferece um conceito de

distribuição diferente para animais, plantas e

produtos afins.

Reciclagem

Continuou a fazer-se sentir na rentabilidade da

ENVIROIL o preço de aquisição do óleo usado para

reciclagem, que se manteve inalterado.

A experiência vem-nos mostrando o interesse em

introduzir ajustamentos técnicos na unidade que

lhe aumentem o nível de disponibilidade,

melhorias que esperamos iniciar em 2005.

Na CORREIA & CORREIA, sociedade de que a

ENVIROIL é accionista maioritária, obtido o

respectivo licenciamento foi iniciada a construção

das novas instalações centrais. A sua conclusão

no segundo semestre de 2005 proporcionará à

empresa uma actividade ao melhor nível técnico e

ambiental.

Novas actividades

O último semestre de 2004 caracterizou-se pelo

facto de ter sido possível à MOTA-ENGIL AMBIENTE

E SERVIÇOS iniciar a actividade logística portuária

através de duas sociedades concessionárias, a

SADOPORT e a TERSADO onde o Grupo detém

participações de 25%. A essas sociedades foi-

lhes concessionado o direito de operar os

terminais de granéis sólidos, contentores e “roll-

on, roll-off“ no porto de Setúbal por um período de

25 anos

A EMSA – EMPREENDIMENTOS E EXPLORAÇÃO DE

ESTACIONAMENTOS, S.A., iniciou em Agosto a

concessão e exploração do Parque de

Estacionamento da Devesa em Castelo Branco,

construído pelo GRUPO MOTA-ENGIL. Apesar de

inferior ao projectado, verificou-se um acréscimo

regular da facturação até ao final do ano.

O Parque Mota-Galiza, sob gestão da MANVIA,

tem verificado acréscimo de facturação, ainda

não o suficiente para que sejam alcançados

resultados positivos, mas com tendência para que

tal possa acontecer brevemente. Iniciou-se no

último trimestre de 2004 a disponibilização de um

serviço de lavagem manual de viaturas.

O Consórcio que integramos nos hospitais em

parcerias público-privadas apresentou em Julho

proposta para as concessões de concepção

financiamento, construção e manutenção por um

período de 30 anos, e de operação e gestão

clínica por 10 anos do Hospital de Loures. As

propostas encontram-se ainda em fase de

apreciação.

Em Outubro foi lançado, nos mesmos moldes, o

concurso para o novo Hospital de Cascais em

que igualmente e com o mesmo consórcio

apresentamos proposta no dia 28 de Fevereiro de

2005.

Já no final do ano, em Dezembro, foi também

anunciado o lançamento do concurso para o novo

Hospital de Braga que viria a ser publicado em

Janeiro passado. Nos mesmos moldes iremos

apresentar-nos a concurso.

Respondendo às orientações da União Europeia

em matéria de biocombustíveis, constituímos em

2004 uma parceria para construir e operar uma

fábrica de produção de biodiesel.

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29

A recente decisão governamental de isentar o

biodiesel de ISP veio satisfazer uma condição

essencial para o prosseguimento do projecto.

2.2.3. Análise económico-financeira

Os activos líquidos da MOTA-ENGIL, AMBIENTE E

SERVIÇOS atingem 47,6 milhões de euros, dos

quais 30,3 milhões de euros correspondem a

participações financeiras.

Durante o corrente exercício a MOTA-ENGIL,

AMBIENTE E SERVIÇOS reforçou o investimento na

INDÁQUA, tendo passado a sua participação de

28%, para 42,86%, e participou com 25%, na

constituição das empresas TERSADO e SADOPORT.

Constituiu ainda a MOTA-ENGIL II, onde

concentrou os quadros técnicos.

Para financiar estes activos a empresa não

recorreu a endividamento bancário, tendo-se

financiado dentro do GRUPO, nomeadamente

através de 16,5 milhões de euros registados sob

a forma de capitais próprios. Assim, a autonomia

financeira é de 34,7%.

Globalmente, em termos económicos, a área de

Ambiente e Serviços, contribuiu para os valores

consolidados do GRUPO, com 91,2 milhões de

euros para os Proveitos Operacionais, 21,1

milhões de euros para o EBITDA (margem de

23,1%) e 13 milhões de euros para o EBIT

(margem de 14,3%) .

Resíduos sólidos

O ano 2004 decorreu de maneira positiva e foram

melhoradas as expectativas económicas orçadas,

sendo de salientar os seguintes indicadores: os

proveitos operacionais, deste segmento,

atingiram cerca de 64 milhões de euros, o que

representa um crescimento de 10,4% face a

2003, tendo a contribuição para o EBIT do GRUPO

ascendido a cerca de 11,2 milhões de euros;

activo ligeiramente inferior a 90 milhões de euros

e capitais próprios de 28 milhões de euros,

contribuindo para uma autonomia financeira

superior aos 30%.

Concessão de águas e saneamento

Os Resultados Líquidos da INDÁQUA face a 2003

melhoraram significativamente atingindo os 312

mil euros, essencialmente devidos ao acréscimo

de proveitos referente aos custos incorridos com

a apresentação das propostas de Vila do Conde e

Matosinhos, a facturar em 2005 às respectivas

concessões a constituir. O EBITDA ascendeu em

2004, a 3,8 milhões de euros, face aos 1,7

milhões de euros do ano anterior.

Os Resultados Financeiros negativos de 413 mil

euros, são justificados essencialmente pelos juros

de suprimentos. O impacto positivo (254 mil

euros) resultante da contabilização pelo método

da equivalência patrimonial das participações

financeiras, não foi no entanto suficiente para

tornar positivos os Resultados Financeiros do

exercício.

De relevar, que a INDÁQUA apresenta para o

exercício do ano de 2004 um resultado positivo, o

que ocorre pela primeira vez na sua existência de

mais de uma década, resultado de uma gestão

cuidada e também do empenho dos accionistas.

No conjunto das empresas é de salientar os

seguintes indicadores: proveitos operacionais

agregados de aproximadamente 13 milhões de

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

30

euros com margem operacional de 9,3%; activo

de 77,6 milhões de euros e capitais próprios de

11,2 milhões de euros, contribuindo para uma

autonomia financeira de aproximadamente

14,4%.

Outros segmentos

Salientam-se os seguintes indicadores: Proveitos

Operacionais agregados de aproximadamente 38

milhões de euros com margem operacional média

superior a 5,5%; activo ligeiramente inferior a 54

milhões de euros e capitais próprios de 14,2

milhões de euros, contribuindo para uma

autonomia financeira próxima dos 26,3%.

No segmento de concessões portuárias, tratando-

se de sociedades que iniciaram a sua actividade

em Novembro de 2004, ainda não consolidadas,

refira-se apenas a confirmação dos volumes de

actividade face aos previstos nos modelos iniciais

das duas concessões: SADOPORT e TERSADO.

2.2.4. Perspectivas

Resíduos sólidos

O problema essencial irá continuar a centrar-se

nas debilidades financeiras do Estado e

Municípios que não parecem encontrar forma de

melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos e

munícipes, sem que realizem investimentos e os

façam repercutir sobre a população.

Estamos convictos que o sector privado em muito

poderá contribuir para mobilizar a qualidade do

serviço, através dos capitais próprios que poderá

mobilizar, desde que sejam criadas condições

razoáveis para o conseguir, sempre numa lógica

saudável de competição e alicerçada na melhoria

da produtividade.

Concessão de águas e saneamento

Com o arranque das concessões de Vila do

Conde e Matosinhos, a INDÁQUA potenciará de

forma assinalável a prestação dos seus serviços,

pela utilização multiplicada das suas

capacidades, conhecimento qualitativo,

tecnológico e arte de bem fazer e servir no sector.

É necessário investir no sector mais de seis mil

milhões de euros. Perante os orçamentos

restritivos das autarquias será necessariamente o

sector privado a assegurar este investimento.

Auguramos, assim, um desenvolvimento

sustentável para a empresa e uma progressiva

fixação num mercado que se irá abrindo que, às

tarifas de hoje, se calcula em cerca de mil

milhões de euros anuais.

Manutenção

A MANVIA, através do aperfeiçoamento da

utilização do software de gestão Rosmiman, da

aplicação de métodos de manutenção

condicionada e da certificação da qualidade,

permite-lhe deter uma imagem de referência

neste segmento de mercado. Nos próximos anos

pretende, aumentar o volume de negócios no

sector dos centros comerciais.

Relativamente à limpeza e inspecção de

colectores, a MANVIA está a realizar investimentos

em equipamento de vídeo para efectuar trabalhos

integrando a vertente de limpeza e inspecção, de

forma. Sendo um mercado essencialmente

dependente das Águas de Portugal e das

Autarquias, aguardamos com alguma expectativa

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

31

a definição das políticas, nesta área, pelo governo

central. A reabilitação de colectores, deverá

apresentar no próximo ano, um volume de

negócios mais significativo. De igual modo,

divulgaremos o nosso programa, no segmento da

indústria alimentar operando a gestão e a

execução dos programas da vibrometria e

termografia

Jardins e espaços verdes

A VIBEIRAS encara o ano de 2005 com optimismo

e mantém uma visão positiva relativamente ao

desempenho futuro da empresa, estabelecendo,

como objectivo, um crescente nas vendas, na

ordem dos 25%, com previsão de resultados

equivalentes aos de 2004. A carteira de obras

assume o valor confortável de 11,5 milhões de

euros.

A VIBEIRAS pretende manter e reforçar a sua

posição de liderança, procurando desenvolver a

sua actividade em novas áreas do mercado.

Relativamente á nossa parceria com a JARDILAND,

é nosso objectivo definir um local na zona de

Lisboa para a construção do próximo centro de

jardinagem. Ainda durante 2005 pretendemos

iniciar o respectivo pedido de licenciamento.

Reciclagem

Com a já referida perspectiva de entrada em

Actividade do Sistema Integrado de Gestão de

Óleos Usados, através da sociedade gestora

Sogilub, em 2005, prevemos uma significativa

alteração na actividade da ENVIROIL e da CORREIA

& CORREIA.

Para a primeira o Sistema Integrado significa a

concretização do cenário, previsível pelas

directivas europeias há vários anos, de encarar o

óleo como um resíduo que tem de ser

adequadamente tratado e que não é, portanto,

pago pela empresa, para reciclagem, a preços de

combustível.

Para a CORREIA & CORREIA esta realidade, e

sobretudo a entrada em serviço das novas

instalações centrais, proporcionarão um grande

salto qualitativo nos métodos e capacidades de

produção.

Concessões portuárias

O início da actividade das empresas SADOPORT e

TERSADO constitui, para o GRUPO MOTA-ENGIL,

uma iniciativa pioneira num sector onde

esperamos vir a ocupar um lugar relevante.

Fundamentamos essa pretensão no facto de

acreditarmos na necessidade de profundas

mudanças estruturais no domínio dos transportes

com particular relevo para toda a estrutura

logística a eles associada.

Novas actividades

No que concerne ao Parque de Estacionamento

da Devesa em Castelo Branco, apesar da

existência de obras à superfície e de

estacionamento gratuito nas imediações, prevê-

se para o próximo ano uma subida continuada do

nível de facturação.

Também no Parque Mota-Galiza prevemos que

no ano de 2005 as receitas possam aumentar

pela angariação novos clientes.

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32

2.3. Imobiliário e turismo

2.3.1. Análise sectorial

Numa conjuntura macro-económica adversa a

nível nacional e internacional, 2004 foi ainda um

ano de recessão, quer para o sector imobiliário,

quer para o sector turístico, que se reflectiu no

resultado das associadas da MEITS-MOTA-ENGIL

IMOBILIÁRIO E TURISMO, S.A..

Acresce ainda a esta conjuntura, o facto de que o

sector imobiliário tem vindo a ser cada vez mais

penalizado no que respeita a procedimentos

burocráticos, por parte das entidades oficiais, que

prejudicam claramente a anunciada retoma do

sector.

2.3.2. Análise de actividade

Imobiliário

Para além da conjuntura desfavorável já referida,

esta área viu a sua actividade prejudicada em

resultado do atraso no licenciamento de

empreendimentos, essencialmente localizados na

cidade do Porto, cujo desenvolvimento poderia ter

equilibrado a actividade desta área de negócio.

Assim, foi adoptada a política seguida no

exercício precedente, quanto à alocação de

recursos, concentrando-os preferencialmente no

desenvolvimento e valorização dos projectos

imobiliários em carteira.

No que se refere à actividade de Promoção de

Empreendimentos, é de referir que:

• Foi praticamente concluído o Empreendi-

mento Varandas do Douro - Lote 1, situado

na marginal do Rio Douro, Campanhã,

estando actualmente comercializado cerca de

42% do empreendimento.

• Encontra-se em fase final de análise a

solução urbanística do loteamento do

Empreendimento da Quinta da China, situado

também nos terrenos da Marginal do Douro,

pela Câmara Municipal do Porto, tendo sido

desenvolvidos os projectos de infra-estruturas

urbanas, já registados no início de 2005.

• Existiu uma maior dinamização na

comercialização do Empreendimento “Ribeira

da Granja”, estando comercializado cerca de

70% do empreendimento.

• Foi concluído o processo de licenciamento de

um empreendimento habitacional no Montijo,

designado por “Páteo do Lagar”.

• Em 2004 não foi ainda possível celebrar a

escritura de aquisição do terreno no Montijo,

devido a não se ter concretizado a aprovação

do respectivo Plano de Pormenor, com vista

ao desenvolvimento do Empreendimento

Imobiliário “Barrão”.

• Estando concluído o processo de aprovação

do “Edifício Báltico”, a implantar num lote no

Parque das Nações, continuou-se a aguardar

a melhor oportunidade de mercado para

lançamento ou comercialização do mesmo,

devido ao mercado de escritórios de Lisboa

não ter dado sinais claros de retoma.

Turismo

No Turismo, não obstante ter-se mantido o efeito

negativo provocado pela conjuntura económica,

nacional e internacional, foi possível assegurar

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

33

desempenhos equivalentes aos verificados no

ano anterior, no que respeita às associadas RTA

e SGA.

Da associada SGA, podemos destacar o prémio

atribuído pela Federação Portuguesa de Golfe

“Sociedade do Ano - 2004”, realçando o esforço e

o contributo para o desenvolvimento do golfe

nacional e da crescente afirmação do Campo de

Golfe de Amarante, no panorama do golfe

nacional. Destacamos também o número de

eventos realizados ao longo do ano, que deram

notória visibilidade ao Campo de Golfe de

Amarante.

A sociedade RTA foi recentemente objecto de

uma restruturação de forma a especializar as

suas unidades de negócio, adequando-as ao

actual mercado onde se inserem. No entanto, em

resultado da referida conjuntura económica, só foi

possível, no ano em análise, manter o nível de

desempenho da empresa.

A LARGO DO PAÇO continuou a política que vem

seguindo de elevar a qualidade do serviço

prestado na sua unidade Estalagem Casa da

Calçada. Como resultado, em 2004, este hotel de

charme, pertencente à cadeia Relais & Chateaux,

foi distinguido pelo mais famoso roteiro

gastronómico – o Guia Vermelho 2005 da

Michelin, que atribuiu uma estrela ao restaurante

Largo do Paço. Apesar da notoriedade

conseguida no ano anterior, e consolidada em

2004, a Largo do Paço teve um desempenho

económico inferior ao esperado.

2.3.3. Análise económico-financeira

Em consequência das referidas condicionantes

esta área de negócio conclui o ano com um total

de proveitos de 5,69 milhões de euros e uma

margem operacional negativa de 1,37 milhões.

2.3.4. Perspectivas

Para o ano de 2005, com a perspectiva de alguns

sinais de retoma do mercado imobiliário,

pretende-se continuar a desenvolver e valorizar

os projectos que o GRUPO tem em carteira.

Para a área do turismo perspectiva-se também

um crescimento e melhor desempenho das

associadas, resultado dos investimentos

efectuados nos últimos anos, designadamente em

beneficiações e acções promocionais, bem como

do esforço de restruturação que tem sido levado a

cabo e da notoriedade que as várias unidades

têm vindo a alcançar.

2.4. Concessões de transportes

2.4.1. Análise sectorial

Durante o ano de 2004 o mercado de concessões

de transportes ficou marcado, em Portugal, pela

abertura de dois concursos para atribuição de

concessões rodoviárias (Grande Lisboa e Douro

Litoral) e pela ausência de definição de políticas

públicas quanto ao sector ferroviário,

nomeadamente quanto à Alta Velocidade.

A nível internacional, os mercados da Europa

Central e do Leste, região estrategicamente

definida pela empresa como prioritária para o

desenvolvimento do negócio das concessões,

não tiveram um desenvolvimento tão acelerado

quanto se podia esperar, sobretudo devido a

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34

atrasos na introdução da legislação indispensável

para a implementação de parcerias público-

privadas e às indefinições sobre as políticas a

adoptar nesta área. Espera-se que já em 2005, e

sobretudo em 2006, face às urgentes

necessidades de desenvolvimento das

infraestruturas rodoviárias naqueles países, os

processos sejam acelerados e possam ser

lançados concursos para atribuição de

concessões rodoviárias na região.

2.4.2. Análise de actividade

Concessões rodoviárias

O conjunto das concessões rodoviárias, já

adjudicadas ao consórcio liderado pelo GRUPO

MOTA-ENGIL, totaliza mais de 500 km de auto-

estradas e investimentos da ordem dos 3,7 mil

milhões de euros.

Como maior accionista destas quatro

concessões, a MOTA-ENGIL, CONCESSÕES DE

TRANSPORTES, SGPS, SA é concessionária da

maior rede de auto-estradas no Norte de

Portugal, possibilitando a ligação entre as

principais cidades e centros económicos a Norte

do Mondego, bem como a principal ligação de

Portugal à Espanha.

Assim, o GRUPO afirma a sua posição em

concessionárias rodoviárias que, no seu conjunto,

constituem, de forma destacada, o segundo maior

operador privado de infra-estruturas rodoviárias

de Portugal e um dos maiores da Europa.

Portugal

Durante o ano de 2004 decorreram a bom ritmo

os trabalhos de construção nas quatro

concessões rodoviárias em que o GRUPO

participa. No total, estiveram em construção cerca

de 345 km de auto-estrada ao longo de 2004, e

foram abertos ao tráfego 108 km.

Merece especial destaque a concessão da Costa

de Prata, em que os grandes esforços

desenvolvidos permitiram que cerca de 55 km de

auto-estrada fossem abertos ao tráfego ao longo

do ano. Assim, em 2004 completaram-se as infra-

estruturas integradas no objecto da concessão,

com excepção da ligação entre Angeja e

Estarreja, cujos trabalhos estão suspensos por

razões totalmente alheias à concessionária.

Abriram ainda ao tráfego os cerca de 33 Km do

Lanço Guarda-Vilar Formoso da A25 (Lusoscut

Beiras Litoral e Alta) e os 20 Km do Sublanço

Fafe-Basto da A7 (Aenor)

Com as aberturas ao tráfego ocorridas em 2004,

a rede de auto-estradas já em operação pelas

quatro concessionárias detidas pelo grupo

ascende aos 207 Km.

Em simultâneo prosseguiram as negociações

com o Estado relativas ao reequilíbrio financeiro

das concessões Norte e Costa de Prata. Estes

procedimentos, solicitados pelas concessionárias,

visam repor a situação em que estas estariam se

não tivessem ocorrido sucessivos atrasos

imputáveis ao concedente que condicionaram o

normal desenvolvimento dos trabalhos em

períodos anteriores.

O ano de 2004 ficou ainda marcado pela intenção

anunciada pelo Governo, através da Resolução

do Conselho de Ministros nº 157/2004, de alterar

as linhas orientadoras do modelo de

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35

financiamento das infraestruturas rodoviárias em

Portugal, designadamente através da introdução

de portagens reais nas concessões SCUT. Neste

quadro, as concessionárias LUSOSCUT COSTA DE

PRATA, LUSOSCUT BEIRAS LITORAL E ALTA e

LUSOSCUT GRANDE PORTO participaram em várias

reuniões preliminares com a comissão nomeada

pelo governo para o efeito, cujos objectivos se

centravam na discussão dos diversos aspectos

envolvidos na potencial transformação, bem como

na análise da viabilidade de algumas soluções

apresentadas. Este processo foi entretanto

suspenso pela demissão do governo e a

convocação de eleições legislativas.

Novas Concessões

Os consórcios LusoLisboa e Lusoporto, liderados

pela MOTA-ENGIL, apresentaram propostas aos

dois concursos para atribuição das concessões

rodoviárias, em regime de portagens reais,

lançados pelo governo português durante o 1º

semestre de 2004 - Grande Lisboa e Douro

Litoral.

Internacional

Grécia

Na Grécia o consórcio Odopoesis, liderado pelo

GRUPO MOTA-ENGIL, em conjunto com o Grupo

Acciona (Espanha), e composto ainda pelo Banco

Espírito Santo e pelos construtores locais

Michaniki e Themeliodomi, prosseguiu com os

trabalhos de preparação da proposta para a

concessão do projecto Maliakos-Kleidi, cuja data

de entrega tem, no entanto, sido sucessivamente

adiada pelo Estado grego. Têm sido também

adiados os lançamentos dos concursos

internacionais para a atribuição da concessão

dos projectos Corinto-Tripoli-Kalamata/Lefktron-

Sparti e Atenas (Elefsina)-Corinth-Patra, para os

quais o Consórcio Odopoesis está também pré-

qualificado.

República da Irlanda

Na sequência da fase de negociações com o

concedente e da apresentação da proposta final

(“BAFO” ou “Best And Final Offer”) para o

concurso internacional para a concessão do

projecto N8 Rathcormac to Fermoy Bypass, o

consórcio Togher Toll, liderado pelo GRUPO MOTA-

ENGIL, em conjunto com o grupo Acciona

(Espanha) e a Mowlem (Inglaterra), e do qual

também faziam parte o Banco Espírito Santo e os

construtores locais Coffey e Priority, foi preterido

pelas autoridades irlandesas, tendo o consórcio

anglo-alemão com o qual concorreu directamente

na fase derradeira do concurso internacional sido

declarado adjudicatário do projecto.

Conforme o planeamento do governo irlandês,

novos concursos para concessões de auto-

estradas serão lançados durante o ano de 2005.

O GRUPO está a preparar-se para concorrer aos

novos projectos anunciados, para os quais o

conhecimento do mercado e a experiência

entretanto adquiridos deverão representar grande

valia.

Concessões ferroviárias

No âmbito ferroviário continuamos a participar

enquanto accionistas da METRO, TRANSPORTES DO

SUL - Concessionária do Metro Sul do Tejo

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36

2.4.3. Análise económico-financeira

O desenvolvimento das actividades concessio-

nadas é uma actividade estratégica e de longo

prazo que impõe, no imediato, significativos

investimentos.

Assim, o GRUPO MOTA-ENGIL investiu nas

concessões de que a MOTA-ENGIL CONCESSÕES

DE TRANSPORTES, SGPS, SA é accionista, ao

longo do ano de 2004, cerca de 30,7 milhões de

euros, perfazendo um total de 64,7 milhões de

euros já investidos nas sociedades

concessionárias participadas.

Refira-se que, até ao ano de 2004, os recursos

destinados à realização dos investimentos foram

assegurados através da realização de

suprimentos pela accionista. Em Dezembro de

2004, tendo em conta os objectivos de

autonomizar a estrutura de financiamento da

MOTA-ENGIL CONCESSÕES DE TRANSPORTES,

SGPS, SA, e adequar o passivo da empresa ao

perfil de maturação previsível dos negócios de

que participa, foi contratado junto do Millenium

BCP um financiamento de 80 milhões de euros,

por um prazo de 12 anos e com um período de

carência de amortizações até Junho de 2011.

Parte dos fundos foram utilizados para

reembolsar a MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. pelos

suprimentos referentes aos aportes de capital

efectuados durante o ano de 2004, enquanto o

restante virá assegurar o financiamento integral

dos compromissos de aportes de capital futuros

assumidos no âmbito das concessões rodoviárias

de que a MOTA-ENGIL CONCESSÕES DE

TRANSPORTES, SGPS, SA, é accionista.

2.4.4. Perspectivas

Durante o ano de 2005 assume especial

relevância a concretização dos empreendimentos

e na sua abertura ao tráfego. Assim, em 2005

abrirão ao tráfego 110 km integrados na

concessão AENOR, completando integralmente as

auto-estradas objecto daquele contrato. Para

além disso, estão também previstas a abertura de

vários troços das concessões LUSOSCUT BEIRAS

LITORAL E ALTA E LUSOSCUT GRANDE PORTO, num

total de 64 Km. No conjunto das 4 concessões

teremos, em Dezembro de 2005, 381 km de auto-

estrada em operação, que comparam com os 207

km em operação no final de 2004.

Para além disso, participaremos naturalmente nos

concursos que sejam lançados para atribuição de

novas concessões rodoviárias em Portugal.

Desde logo às já anunciadas, apesar do Decreto-

lei que as institui ainda não ter sido publicado, –

IP3/IC12, IP4 Auto-Estrada Transmontana, IP2

Alto Alentejo e IP8 Alto Alentejo.

Deve ainda ser referido que, acompanhando à

crescente presença do GRUPO MOTA-ENGIL na

Europa Central, na área de construção,

continuaremos especialmente atentos aos

desenvolvimentos destes mercados no domínio

das Concessões de Transportes, interesse que a

sua integração na União Européia como membros

de pleno direito veio reforçar.

Mais uma vez se reafirma que, durante 2005,

será prestada uma especial atenção aos

desenvolvimentos que o processo para

concretização do transporte ferroviário de alta

velocidade em Portugal e Espanha vier a

conhecer.

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37

Por outro lado , e com a mudança de governo em

Portugal, aguardamos a definição das novas

políticas públicas para o sector que condicionarão

fortemente a nossa actividade.

2.5 Serviços partilhados

Durante o ano de 2004 concluiu-se, conforme

previsto, a concentração dos Colaboradores da

MOTA-ENGIL SERVIÇOS PARTILHADOS na sua Sede

no Porto.

Essa concentração geográfica, a adesão de

vários Colaboradores da MESP ao Programa

Voluntário de Redução de Efectivos que o GRUPO

MOTA-ENGIL implementou no segundo semestre

de 2004, assim como a cedência de um

colaborador para uma associada do GRUPO no

estrangeiro, implicaram uma reestruturação mais

profunda que a inicialmente prevista, contudo

necessária à obtenção das sinergias e da

operacionalidade exigida à empresa

3. Análise económico-financeira: contas consolidadas

O GRUPO MOTA-ENGIL encerrou o ano de 2004

com um crescimento nos Proveitos Operacionais

de 16,8% face ao ano transacto, de 1,1 mil

milhões de euros verificados em 2003 para 1,23

mil milhões de euros no final deste ano,

destacando-se como maior grupo português do

sector da construção.

O segmento de Construção assume um peso nos

Proveitos Operacionais do GRUPO superior a

90%, com tendência, no entanto, para uma

continuada diluição a favor, sobretudo, do

crescente segmento de Ambiente e Serviços.

O crescimento da actividade operacional ficou a

dever-se, principalmente a dois factores. Por um

lado, assistimos a um aumento do volume de

obra realizado no mercado interno, em particular

na construção para as concessões rodoviárias

detidas pelo GRUPO. Por outro lado, o volume de

negócios alcançado nos mercados da Europa

Central registou um forte impulso.

A aposta estratégica do GRUPO, na atempada

internacionalização da actividade para esses

mercados traduziu-se em 2004 na adjudicação de

importantes obras, sobretudo rodoviárias, em

países como a Polónia e a Hungria.

Apesar do forte ritmo de produção em 2004, a

carteira de encomendas mantém-se estável, em

níveis elevados, próximos dos 1,8 mil milhões de

euros, reflectindo a capacidade de ganhar novas

obras e abrindo excelentes perspectivas para o

futuro. A este respeito, o GRUPO olha com

bastante atenção o novo projecto nacional de

construção de linhas rápidas de ferrovias,

projecto que se espera seja alvo de

implementação a breve trecho e no qual iremos

procurar uma participação relevante.

Proveitos operacionais 2004

0,5%

0,3%

91,8%

8,2%

7,4%

Construção Ambiente e Serviços Imobiliário e Turismo Holding e ajustamentos

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

38

O aumento de dimensão do GRUPO, potencia a

nossa posição no mercado, em especial nos

grandes concursos internacionais, em Portugal e

no Estrangeiro.

Em 2004, o aumento do volume de negócios

repercutiu-se positivamente no EBITDA e no

EBIT. O primeiro atingiu cerca de 130 milhões de

euros (crescimento de 8,5% face ao ano anterior),

com uma ligeira diminuição da respectiva margem

que passou de 11,4% em 2003 para 10,6% em

2004. O EBIT situou-se nos 71 milhões de euros,

apresentando um crescimento de 23,4% face ao

ano anterior. A margem EBIT passou de 5,4% em

2003 para 5,8% em 2004.

Estas grandezas estão, no entanto, afectadas por

custos assumidos em 2004 com o Programa

Voluntário de Redução de Efectivos levado a

cabo pelo GRUPO nas suas empresas nacionais.

Se excluíssemos este efeito, cerca de 5,5 milhões

de euros, concluiríamos, que a margem EBITDA

ficaria ao nível da de 2003 e o EBITDA, em valor,

seria de cerca de 135 milhões de euros.

Para a evolução dos custos com o pessoal, que

cresceram cerca de 18%, contribuiram dois

factores, determinantes no esforço de reajuste do

factor trabalho dentro do GRUPO, a saber: o

referido Programa Voluntário de Redução de

Efectivos e o aumento, em 2004, do número

médio de colaboradores ao serviço do GRUPO em

cerca de 1200 pessoas, dos quais cerca de 1000

estão localizados em operações no estrangeiro,

reflexo da estratégia de internacionalização do

GRUPO.

O Resultado de Actividade Operacional gerado

durante o ano de 2004 foi de 130 milhões de

euros, e permitiu que a empresa efectuasse um

investimento líquido de cerca de 100 milhões de

euros, repartindo-se este montante em 55

milhões de euros para imobilizado técnico e o

restante para imobilizado financeiro.

Ao mesmo tempo, o GRUPO reduziu a dívida

remunerada líquida em cerca de 34 milhões de

euros face a 2003, situando-se agora nos 410

milhões de euros. Relativamente à dívida, houve

lugar, igualmente, a um aumento de maturidade,

de curto prazo, para médio e longo prazo

contribuindo para a manutenção dos níveis de

equilíbrio entre capitais permanentes e

imobilizado, cujo rácio no final do ano era de 1,27.

Com o aumento do EBITDA e a diminuição da

dívida verificou-se uma melhoria no rácio de

cobertura do endividamento pelo cash-flow

operacional (Net Debt/EBITDA), que se situou, no

fim do ano em 3,2.

A redução do nível do endividamento teve

impacto nos custos líquidos com juros e encargos

bancários, tendo o GRUPO suportado este ano

17,6 milhões de euros com estes custos

financeiros, cerca de 800 mil euros menos que

em 2003.

Globalmente, os Resultados Financeiros,

atingiram o valor negativo de 28,9 milhões de

euros, em 2004, face ao valor negativo de 31,5

milhões de euros, no ano anterior.

Nos resultados extraordinários reflectiu-se um

custo de 3,2 milhões de euros referente a

despesas incorridas com um projecto de

concessão rodoviária na Irlanda, e que, devido ao

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

39

desfecho do concurso ter sido negativo para o

GRUPO se tornaram não recuperáveis.

Todo este enquadramento resulta numa

generalizada melhoria de todos os indicadores de

rendibilidade.

A rendibilidade do activo aumentou 18,2% entre

2003 e 2004 (de 4,6% para 5,5%), sendo ainda

mais significativo o crescimento da rendibilidade

dos capitais próprios (ROE) que passou de 6,8%

em 2003 para 10% em 2004. O retorno do capital

empregue (ROCE) passou dos 10,3% em 2003

para 11,1% em 2004.

O corolário, em termos económicos, do bom

desempenho do GRUPO MOTA-ENGIL, em 2004,

foi, conforme referido, um crescimento dos seus

Resultados Líquidos Consolidados de 43% para

um montante de cerca de 22,1 milhões de euros.

4. Projecto de implementação das Normas Internacionais de Relato Financeiro

Com o objectivo de preparar as empresas do

GRUPO para a necessidade de adoptar as Normas

Internacionais de Relato Financeiro, foi consti-

tuída em 2003 uma Equipa de Projecto de

Implementação das Normas IFRS/IAS que

procedeu à avaliação do impacto da alteração

dos princípios contabilísticos, quer ao nível

organizacional, quer ao nível quantitativo nas

demonstrações financeiras.

Para adaptar a organização administrativa do

GRUPO ao novo normativo procedeu-se a acções

de formação internas e externas, em que

participaram todos os envolvidos na preparação

das demonstrações financeiras das associadas

do GRUPO, assim como a sessões de

esclarecimento direccionadas para os quadros

superiores do GRUPO. Por outro lado, procedeu-

se a alterações no sistema informático de forma a

adaptá-lo às novas necessidades de informação.

Análise dos impactos

A análise apresentada de seguida foi preparada

de acordo com todas as IFRS/IAS em vigor à data

de emissão deste Relatório. Chamamos a

atenção para o facto de que, de acordo com as

IFRS/IAS, somente um conjunto completo de

demonstrações financeiras compreendendo um

balanço, uma demonstração de resultados, uma

demonstração de alterações do capital próprio e

uma demonstração de fluxos de caixa,

juntamente com informação financeira

comparativa, políticas contabilísticas e notas

explicativas, pode proporcionar uma apresenta-

ção razoável da informação financeira, dos

resultados das suas operações e dos fluxos de

caixa da Empresa de acordo com as IFRS/IAS,

facto pelo qual as reconciliações apresentadas

abaixo devem ser entendidas como preliminares

uma vez que, de acordo com a IFRS 1, as

políticas contabilísticas a utilizar no exercício de

conversão devem conformar-se com cada IFRS

eficaz à data de relato para o seu primeiro

conjunto completo de demonstrações financeiras

IFRS/IAS.

A aplicação a partir de 1 de Janeiro de 2005 das

normas internacionais de relato financeiro

emitidas pelo “International Accounting Standard

Board” gera algumas diferenças face ao

normativo geralmente aceite em Portugal que têm

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

40

de ser relevadas nas demonstrações financeiras,

as quais podem ser analisadas como segue:

(Valores em milhares de euros)

226.855

Ajustamentos pela aplicação das IAS/IFRSA) Diferenças de consolidação (1.394) B) Imobilizações incorpóreas (810) C) Imóveis afectos à exploração 17.789 D) Terrenos afectos à exploração de pedreiras 12.850 E) Propriedades de investimento 725 F) Investimentos financeiros disponíveis para venda 35.206 G) Inv. financeiros consolidados pelo método da

equivalência patrimonial (4.710) H) Perdas de imparidade de clientes (31.037) I) Existências (27) J) Acréscimos de proveitos (7.458) K) Custos diferidos (9.546) L) Pensões (5.954) M) Imposto diferido 606 N) Interesses minoritários (3.367)

2.874

229.728

Capitais próprios consolidados em 1 de Janeiro de 2004 - POC

Capitais próprios consolidados em 1 de Janeiro de 2004 - IAS/IFRS Próforma

Em termos de resultado líquido do exercício de

2004 as diferenças apuradas, as quais ainda não

foram objecto de auditoria, podem ser analisadas

como segue:

22.069

O) Reconhecimento de dif. consolidação negativas 1.452 P) Reversão da amortização do imob. incorpóreo 777 Q) Reversão da amortização das prop. investimento 440 R) Custos diferidos 1.724 S) Pensões 1.066 T) Resultado das empresas não consolidadas (4.205) U) Imposto do exercício (1.102) V) Interesses minoritários 117

269

22.338

Resultado líquido consolidado do exercício de 2004 - POC

Resultado líquido consolidado do exercício de 2004 - IAS/IFRS Próforma

A diferença líquida nos capitais próprios entre os

princípios contabilísticos utilizados até 31 de

Dezembro de 2004 e as normas internacionais de

contabilidade que utilizaremos a partir de 2005

pode ser analisada como segue:

221.145

2.874

7.334 Diferença entre o resultado líquido POC e IAS/IFRS 269

231.622

Capitais próprios consolidados em 31 de Dezembro de 2004 - POC

Ajustamentos a efectuar na transposição para as normas IAS/IFRSSituações registadas em 2004 em POC por antecipação às normas IAS/IFRS

Capitais próprios consolidados em 31 de Dezembro de 2004 - IAS/IFRS Próforma

A explicação das diferenças evidenciadas nestas

reconciliações, assim como os principais critérios

contabilísticos e valorimétricos a utilizar no futuro

na preparação das demonstrações financeiras

consolidadas do GRUPO MOTA-ENGIL, e que foram

utilizadas na preparação das reconciliações

acima, são apresentados no anexo A deste

Relatório de Gestão.

5. Perspectivas

Os sinais de retoma no sector não são ainda

visíveis e a instabilidade política provocada pelos

sucessivos períodos eleitorais dos próximos

meses dificultará a recuperação do sector de

construção nacional. Ao nível central, aguarda-se

com expectativa a retoma do investimento público

em infraestruturas e, ao nível local, o reequilíbrio

das finanças das autarquias. Espera-se ainda, a

clarificação das políticas centrais na área do

ambiente e da água. O GRUPO MOTA-ENGIL, mais

uma vez em contra-ciclo com a economia e com a

crise do sector de construção, terá apesar desta

conjuntura uma performance em 2005 que

manterá os níveis de crescimento verificados em

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

41

2004 e rentabilidade em linha com as suas

orientações estratégicas.

6. Análise da actividade bolsista

No final do exercício em análise, cada acção

MOTA-ENGIL cotava em 1,98 euros revelando um

crescimento superior a 30%.

Durante o ano de 2004 as acções da MOTA-ENGIL,

SGPS, SA, evoluiram da forma que se evidencia

no gráfico abaixo, fazendo-se no mesmo a

comparação com a evolução do índice PSI 20.

O anúncio de resultados relativos ao ano de 2003

ocorreu em 15 de Março de 2004.

Em 30 de Abril de 2004, a sociedade efectuou,

através da Central de Valores Mobiliários, o

pagamento de dividendos, relativos ao exercício

de 2003, correspondente a um valor ilíquido por

acção de 0,055 euros (5,5 cêntimos) por cada

uma das 204.635.695 acções ordinárias que

representavam o capital social da MOTA-ENGIL,

SGPS, SA, em 31 de Dezembro de 2003.

Durante o ano de 2004 o GRUPO MOTA-ENGIL

alienou 924.067 acções próprias, pelo que em 31

de Dezembro de 2004, era detentor de uma

carteira composta por 8.103.971 acções próprias,

de valor nominal de 1 euro, escrituradas pelo

preço médio de aquisição de 1,37 euros.

Já durante o exercício de 2005, os accionistas

maioritários lançaram uma Oferta Particular de

Distribuição de acções da MOTA-ENGIL, SGPS,

SA, que resultou, tal como anunciado em 2 de

Fevereiro de 2005, na colocação de 45 milhões

de acções ao preço de 2,45 euros. junto de

Investidores Institucionais em Portugal e em

130,3%

112,6%

100,0%

105,0%

110,0%

115,0%

120,0%

125,0%

130,0%

135,0%

140,0%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Mota-Engil

PSI-20

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

42

diversos países europeus. Desta forma, foram

alcançados os objectivos pretendidos com o

lançamento da operação, nomeadamente, para a

MOTA-ENGIL, SGPS, SA: o aumento significativo

do “free-float” para um nível de cerca de 38%; o

aumento da visibilidade, no mercado de capitais,

do maior grupo de construção português.

7. Outras informações obrigatórias

Durante ano de 2004 a sociedade não comunicou

factos relevantes.

A Assembleia Geral de Accionistas reuniu em 30

de Março de 2004 tendo aprovado os Relatórios e

Contas referentes ao período findo em 31 de

Dezembro de 2003.

Na mesma Assembleia Geral foi aprovada a

proposta de distribuição de resultados que

contemplava um dividendo de 5,5 cêntimos por

acção, que foi entretanto pago durante o mês de

Abril.

Em 12 de Novembro de 2004, ao abrigo dos nº 2

e 3 do artº 397º do Código das Sociedades

Comerciais, o Conselho de Administração

deliberou autorizar, e com parecer favorável do

Fiscal Único, a compra pela MEITS, MOTA-ENGIL

IMOBILIÁRIO E TURISMO, SA, sociedade que se

encontra em relação de domínio total com a

MOTA-ENGIL, SGPS, SA, de duas quotas de

3.117,49 euros e 1309,34 euros, representativas

de 8,875% do capital social da CORGIMOBIL-

EMPRESA IMOBILIÁRIA DAS CORGAS, LDA., cedidas

pelo Vice-Presidente do Conselho de

Administração, Sr.Eng. António Jorge Campos de

Almeida, pelo seu valor nominal.

A MOTA-ENGIL, SGPS, SA não tem dívidas em

mora perante o Estado ou quaisquer outras

entidades públicas, incluindo a Segurança Social.

8. Proposta do Conselho de Administração para a Aplicação dos Resultados do Exercício

Do Relatório de Gestão Individual consta a

seguinte proposta: o Conselho de Administração

da MOTA-ENGIL, SGPS, SA propõe à Assembleia

Geral Anual, a seguinte distribuição dos

Resultados Líquidos do Exercício, no valor de

22.069.100 euros:

a) Para reserva legal, 5% correspondentes a

1.103.455 euros;

b) Para distribuição pelo Conselho de

Administração nos termos do artigo 23º, nº 3 dos

Estatutos o montante de 500.000 euros,

correspondentes a cerca de 2,3%;

c) Para distribuição aos Accionistas, 8

cêntimos por acção, cativos de impostos, o valor

global de 16.370.855 euros e 60 cêntimos;

d) Para reservas livres, o remanescente, no

valor de 4.094.789 euros e 40 cêntimos.

9. Nota final

Resta agradecer o empenhamento pessoal e

profissional de todos os colaboradores do GRUPO,

dos membros dos Órgãos Sociais, dos clientes e

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43

de todos quantos se relacionaram com as suas

diversas empresas.

Porto, 18 de Fevereiro de 2005

O Conselho de Administração,

Eng.António Manuel Queirós Vasconcelos da

Mota Presidente

Eng. António Jorge Campos de Almeida

Vice-Presidente

Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo

Vogal

Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa Ribeiro

Vogal

Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota

Vogal

Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota

Vogal

Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota

Vogal

Eng. Carlos Manuel Marques Martins

Vogal

Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha Vogal

Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar

Vogal

Dr.Luís Manuel Parreirão Gonçalves

Vogal

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Anexo A Projecto de Implementação das Normas Internacionais de Relato Financeiro

A.1. Explicação dos ajustamentos resultantes da aplicação das IAS/IFRS

Os ajustamentos referidos no capítulo 4. supra, a

efectuar pela aplicação das IAS/IFRS, resultam

das seguintes situações:

A) Diferenças de consolidação: O ajustamento

evidenciado nesta rubrica respeita à diferença

cambial reconhecida nas diferenças de

consolidação de empresas que relatam em

moeda estrangeira.

B) Imobilizações incorpóreas: O montante a

ajustar corresponde a despesas de instalação e

de investigação que à luz das IAS/IFRS não são

alvo de capitalização.

C) Imóveis afectos à exploração: O GRUPO

optou por relevar contabilísticamente os imóveis

afectos à exploração pelo seu justo valor, tendo

por base avaliações externas elaboradas por

peritos imobiliários independentes.

D) Terrenos afectos à exploração de pedreiras:

Os recursos naturais vão passar a ser registados

ao justo valor, conforme estipulado na IFRS 6 que

será adoptada por antecipação com referência a

1 de Janeiro de 2004.

E) Propriedades de investimento: As

propriedades de investimento são contabilizadas

ao justo valor, em função das avaliações de

peritos imobiliários independentes.

F) Investimentos financeiros disponíveis para venda: Os investimentos financeiros disponíveis

para venda são contabilizados ao justo valor. O

montante do ajustamento corresponde

integralmente à diferença entre o valor

contabilístico e o justo valor das participações.

G) Investimentos financeiros consolidados pelo método da equivalência patrimonial: O

montante a ajustar incluído nesta rúbrica respeita

ao ajustamento líquido, nomeadamente ao nível

do imobilizado incorpóreo e dos custos diferidos,

a relevar nas demonstrações financeiras das

associadas consolidadas pelo método da

equivalência patrimonial.

H) Perdas de imparidade de clientes de curto prazo: Corresponde à perda a incorrer, à luz do

acordo estabelecido entre o Estado português e o

angolano, no que concerne ao pagamento da

dívida, sobre Angola, às diversas associadas do

GRUPO.

I) Existências: Anulação de alguns custos

capitalizados nos empreendimentos imobiliários

em curso.

J) Acréscimos de proveitos: De acordo com a

IAS 11, as reclamações para reembolso de

custos não incluídos no preço do contrato são

incluídas no rédito do contrato apenas e

unicamente quando as negociações atinjam um

estágio avançado de tal forma que é provável que

o cliente aceite a reclamação, e quando for

possível mensurá-la com fiabilidade, pelo que o

GRUPO terá de anular as reclamações que não se

enquadrem nesta interpretação.

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

45

K) Custos diferidos: Dado que o conceito de

custo de diferido, para além das despesas

antecipadas com horizonte temporal definido, não

existe, o GRUPO terá de anular todos os custos

diferidos relativos a despesas com a preparação

de propostas e a custos de arranque de projectos,

nomeadamente os de exploração de pedreiras e

de novos mercados externos.

L) Pensões: Corresponde ao custo que se

encontrava diferido relativo aos serviços

passados, à data de entrada em vigor da directriz

contabilística, dos colaboradores actualmente ao

serviço da empresa, que de acordo com o

definido pelas IAS 19 e 26 têm de ser totalmente

reconhecido na situação patrimonial da empresa.

O) Reconhecimento de diferenças de consolidação negativas: Trata-se do montante

correspondente à diferença de consolidação

gerada na aquisição de parte da SOPROCIL, a qual

não foi afecta a qualquer activo ou

responsabilidade contingente.

P e Q) Amortizações do exercício: corresponde

ao efeito que as diferenças ao nível do

imobilizado incorpóreo, corpóreo e das

propriedades de investimento tiveram nas

amortizações do exercício e terão nas

amortizações dos exercícios futuros.

R) Custos diferidos: corresponde ao efeito que

as correcções descritas na alínea K) teve na

demonstração dos resultados do exercício de

2004.

S) Pensões: Este ajustamento respeita à

diminuição de responsabilidades pelas pensões a

pagar.

T) Empresas excluídas da consolição: O

GRUPO tem como política contabilística excluir da

consolidação as suas participações financeiras

nas empresas concessionárias de auto-estradas

enquanto estas não estão ainda em exploração.

O montante a ajustar reflecte a apropriação do

resultado líquido na parte proporcional à

participação do Grupo no capital social daquelas

empresas, pelo método da equivalência

patrimonial.

A.2. Políticas contabilísticas IFRS/IAS

Os principais critérios contabilísticos e

valorimétricos a utilizar no futuro na preparação

das demonstrações financeiras consolidadas do

GRUPO MOTA-ENGIL, e que foram utilizadas na

preparação das reconciliações dos capitais

próprios a 1 de Janeiro de 2004 e 31 de

Dezembro de 2004, bem como na reconciliação

do resultado líquido do exercício findo em 31 de

Dezembro de 2004, são os seguintes:

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas

ajustadas no processo de consolidação do GRUPO

MOTA-ENGIL são preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, a partir dos livros e

registos contabilísticos das empresas que

constituem o GRUPO, de modo a que as

demonstrações financeiras consolidadas estejam

de acordo com as Normas Internacionais de

Relato Financeiro ("IAS/IFRS") emitidas pelo

International Accounting Standards Board

("IASB") em vigor em 1 de Janeiro de 2005, data

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

46

que corresponde ao início do período da primeira

aplicação pela Empresa dos IAS/IFRS.

Bases de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação

adoptados pelo GRUPO:

a) Empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas

quais o GRUPO detenha directa ou indirectamente,

mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia

Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha o poder

de controlar as suas políticas financeiras e

operacionais (definição de controlo utilizada pelo

GRUPO), foram incluídas nas demonstrações

financeiras consolidadas anexas. O capital

próprio e o resultado líquido destas empresas

correspondente à participação de terceiros nas

mesmas, é apresentado no balanço consolidado

(na rubrica de capitais próprios) e na

demonstração de resultados consolidada (incluída

nos resultados líquidos consolidados)

respectivamente.

Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários

excedem o interesse minoritário no capital próprio

da filial, o GRUPO absorve esse excesso e

quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando

os minoritários tenham a obrigação e sejam

capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial

subsequentemente reportar lucros, o GRUPO

apropria todos os lucros até que a parte

minoritária dos prejuízos absorvidos pelo GRUPO

tenha sido recuperada.

Nas concentrações empresariais ocorridas após 1

de Janeiro de 2004, os activos e passivos de

cada filial (incluindo os passivos contingentes)

são identificados ao seu justo valor na data de

aquisição conforme estabelecido no IFRS 3.

Qualquer excesso/(défice) do custo de aquisição

face ao justo valor dos activos e passivos líquidos

adquiridos é reconhecido, respectivamente, como

diferença de consolidação positiva (Goodwill) e no

caso de défice, após reanálise do processo de

valorização do justo valor e caso este se

mantenha, na demonstração de resultados do

exercício. Os interesses de accionistas

minoritários são apresentados pela respectiva

proporção do justo valor dos activos e passivos

identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas

durante o exercício estão incluídos nas

demonstrações de resultados desde a data da

sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efectuados

ajustamentos às demonstrações financeiras das

filiais para adequar as suas políticas

contabilísticas às usadas pelo GRUPO. As

transacções, os saldos e os dividendos

distribuídos entre empresas do GRUPO são

eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que o GRUPO detenha, em

substância, o controlo de outras entidades criadas

com um fim específico (“SPE´s”), ainda que não

possua participações de capital directamente

nessas entidades as mesmas são consolidadas

pelo método de consolidação integral.

b) Empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas

associadas (empresas onde o GRUPO exerce uma

influência significativa mas não detém o controlo

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

47

das mesmas através da participação nas

decisões financeira e operacional da Empresa -

geralmente investimentos representando entre

20% a 50% do capital de uma empresa) são

registados pelo método da equivalência

patrimonial.

De acordo com o método da equivalência

patrimonial, as participações financeiras são

registadas pelo seu custo de aquisição ajustado

pelo valor correspondente à participação do

GRUPO nas variações dos capitais próprios

(incluindo o resultado líquido) das associadas por

contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e

pelos dividendos recebidos.

Os activos e passivos de cada associada

(incluindo os passivos contingentes) são

identificados ao seu justo valor na data de

aquisição. Qualquer excesso/(défice) do custo de

aquisição face ao justo valor dos activos e

passivos líquidos adquiridos é reconhecido,

respectivamente, como diferença de consolidação

positiva (Goodwill) sendo adicionada ao valor de

balanço do investimento financeiro e no caso de

défice, após reanálise do processo de valorização

do justo valor e caso este se mantenha, na

demonstração de resultados do exercício.

É feita uma avaliação dos investimentos em

associadas quando existem indícios de que o

activo possa estar em imparidade sendo

registada uma perda na demonstração de

resultados sempre que tal se confirme.

Quando a proporção do GRUPO nos prejuízos

acumulados da associada excede o valor pelo

qual o investimento se encontra registado, o

investimento é reportado por valor nulo enquanto

o capital próprio da associada não for positivo,

excepto quando o GRUPO tenha assumido

compromissos para com a associada registando

nesses casos uma provisão para fazer face a

essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transacções com

associadas são eliminados proporcionalmente ao

interesse do GRUPO na associada por

contrapartida do investimento nessa mesma

associada. As perdas não realizadas são

similarmente eliminadas, mas somente até ao

ponto em que a perda não evidencie que o activo

transferido esteja em situação de imparidade.

c) Empresas controladas conjuntamente

Os interesses financeiros em empresas /

Agrupamentos Complementares de Empresas

(ACE´s) controlados conjuntamente foram

consolidados nas demonstrações financeiras pelo

método de consolidação proporcional, desde a

data em que o controlo é partilhado. De acordo

com este método os activos, passivos, proveitos e

custos destas empresas foram integrados, nas

demonstrações financeiras consolidadas, rubrica

a rubrica na proporção do controlo atribuível ao

GRUPO.

A classificação dos interesses financeiros detidos

em entidades controladas conjuntamente é

determinada com base:

- nos acordos parassociais que regulam o

controlo conjunto;

- na percentagem efectiva de detenção;

- nos direitos de voto detidos.

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

48

As transacções, os saldos e os dividendos

distribuídos entre empresas são eliminados, na

proporção do controlo atribuível ao GRUPO.

Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos a utilizar no

futuro na preparação das demonstrações

financeiras consolidadas do GRUPO MOTA-ENGIL,

e que foram utilizadas na preparação das

reconciliações dos capitais próprios a 1 de

Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2004, bem

como na reconciliação do resultado líquido do

exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, são

os seguintes:

i) Diferenças de consolidação positivas

Nas concentrações empresariais ocorridas após 1

de Janeiro de 2004, as diferenças positivas entre

o custo de aquisição dos investimentos em

empresas do GRUPO e associadas e o justo valor

dos activos e passivos identificáveis (incluindo os

passivos contingentes) dessas empresas à data

da sua aquisição, são registadas na rubrica

“Diferenças de consolidação positivas”.

Adicionalmente, as diferenças entre o custo de

aquisição dos investimentos em filiais sedeadas

no estrangeiro e o justo valor dos activos e

passivos identificáveis dessas filiais à data da sua

aquisição, encontram-se registadas na moeda de

reporte dessas filiais, sendo convertidas para a

moeda de reporte do GRUPO (Euros) à taxa de

câmbio em vigor na data de balanço. As

diferenças cambiais geradas nessa conversão

são registadas na rubrica “Reserva de conversão

cambial”.

As diferenças de consolidação positivas geradas

antes da data de transição para os IFRS (1 de

Janeiro de 2004) mantêm-se registadas pelo valor

líquido contabilístico, apurado de acordo com o

Plano Oficial de Contabilidade, tendo sido objecto

de testes de imparidade naquela data.

Adicionalmente, e de acordo com a alternativa

prevista no IFRS 1, a MOTA – ENGIL, SGPS, SA

não aplicou retrospectivamente as disposições da

IAS 21 (“Efeitos de alterações de taxas de

câmbio”) às diferenças de consolidação positivas

geradas antes de 1 de Janeiro de 2004, pelo que,

a partir dessa data passou a mensurar tais

diferenças de consolidação na moeda de reporte

das suas participadas pelo valor equivalente de

Euros naquela data.

Anualmente, a MOTA – ENGIL, SGPS, SA procede

à realização de testes de imparidade formais às

diferenças de consolidação positivas existentes à

data de encerramento de contas. Sempre que o

montante pelo qual se encontra registada a

diferença de consolidação positiva for superior à

sua quantia recuperável, é reconhecida uma

perda de imparidade, registada na demonstração

de resultados na rubrica de “Outros custos

operacionais”. A quantia recuperável, é a mais

alta do preço de venda líquido e do valor de uso.

O preço de venda líquido é o montante que se

obteria com a alienação do activo numa

transacção ao alcance das partes envolvidas,

deduzido dos custos directamente atribuíveis à

alienação. O valor de uso é o valor presente dos

fluxos de caixa futuros estimados que são

esperados que surjam do uso continuado do

activo e da sua alienação no final da sua vida útil.

A quantia recuperável é estimada para cada

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49

activo, individualmente ou, no caso de não ser

possível, para a unidade geradora de caixa à qual

o activo pertence.

ii) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se

registadas ao custo de aquisição, deduzido das

amortizações acumuladas e eventuais perdas de

imparidade, e só são reconhecidas se for

provável que venham a gerar benefícios

económicos futuros para o GRUPO e se possa

medir razoavelmente o seu valor.

As imobilizações incorpóreas são constituídas

basicamente por software sendo amortizadas

pelo método das quotas constantes durante um

período entre três e seis anos.

As despesas de investigação são reconhecidas

como gasto do exercício em que são incorridas,

enquanto as despesas de constituição e com

aumentos de capital são deduzidas ao capital

próprio.

iii) Imóveis para uso próprio

Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio

são registados por uma quantia revalorizada, que

é o seu justo valor à data da revalorização menos

quaisquer subsequente depreciação acumulada e

ou perdas de imparidade acumuladas. As

revalorizações são feitas periodicamente, por

avaliadores imobiliários independentes, de forma

a que o montante revalorizado não difira

materialmente do justo valor do respectivo imóvel.

Os ajustamentos resultantes das revalorizações

efectuadas aos bens imobilizados são registados

por contrapartida de capital próprio. Quando um

activo fixo corpóreo que foi alvo de uma

revalorização positiva em exercícios

subsequentes se encontra sujeito a uma

revalorização negativa, o ajustamento é registado

por contrapartida de capital próprio até ao

montante correspondente ao acréscimo no capital

próprio resultante das revalorizações anteriores

deduzido da quantia realizada através das

amortizações, sendo o seu excedente registado

como custo do exercício por contrapartida de

resultado líquido do período.

As depreciações são imputadas numa base

sistemática durante a vida útil estimada dos

edifícios, enquanto os terrenos não são

depreciáveis.

iv) Terrenos afectos à exploração de pedreiras

Os terrenos afectos à exploração de pedreiras,

bem como alguns custos relacionados (despesas

suportadas com o licenciamento e arranque das

pedreiras e os custos a incorrer com o

desmantelamento das mesmas) são registados

por uma quantia revalorizada, que é o seu justo

valor à data da revalorização menos quaisquer

subsequente depreciação acumulada e ou perdas

de imparidade acumuladas. As revalorizações

são feitas periodicamente, por avaliadores

independentes, de forma a que o montante

revalorizado não difira materialmente do justo

valor da respectiva pedreira. A depreciação de

tais activos é efectuada de acordo com o nível de

pedra extraído anualmente considerando o valor

residual da pedreira no final da extracção.

Os ajustamentos resultantes das revalorizações

efectuadas aos bens imobilizados são registados

por contrapartida de capital próprio. Quando a

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50

pedreira que foi alvo de uma revalorização

positiva em exercícios subsequentes se encontra

sujeito a uma revalorização negativa, o

ajustamento é registado por contrapartida de

capital próprio até ao montante correspondente

ao acréscimo no capital próprio resultante das

revalorizações anteriores deduzido da quantia

realizada através das amortizações, sendo o seu

excedente registado como custo do exercício por

contrapartida de resultado líquido do período.

v) Outras imobilizações corpóreas

As outras imobilizações corpóreas adquiridas até

31 de Dezembro de 2003 encontram-se

registadas ao seu “deemed cost”, o qual

corresponde ao custo de aquisição ou ao custo

de aquisição reavaliado de acordo com os

princípios contabilísticos geralmente aceites em

Portugal até aquela data, deduzido das

amortizações acumuladas e de perdas de

imparidade.

As depreciações são calculadas após os bens

estarem em condições de serem utilizados e são

imputadas numa base sistemática durante a sua

vida útil que é determinada tendo em conta a

utilização esperada do activo pelo GRUPO, do

desgaste natural esperado, da sujeição a uma

previsível obsolescência técnica e o valor residual

atribuível ao bem. O valor residual atribuível ao

bem é estimado com base no valor residual

prevalecente à data da estimativa de activos

semelhantes que tenham atingido o fim das suas

vidas úteis e que tenham funcionado sob

condições semelhantes àquelas em que o activo

será usado.

As taxas de amortização utilizadas correspondem

aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Equipamento básico 3 a 10

Equipamento administrativo 4 a 10

Equipamento de transporte 3 a 10

Ferramentas e utensílios 3 a 6

Outras imobilizações corpóreas 3 a 10

As despesas subsequentes de substituição de

componentes de activos fixos incorridas pelo

GRUPO são adicionadas aos respectivos activos

corpóreos, sendo o valor líquido das

componentes substituídas desses activos abatido

e registado como um custo na rubrica de “Outros

custos operacionais”.

As despesas de conservação e reparação que

não aumentam a vida útil, nem resultem em

benfeitorias ou melhorias significativas nos

elementos das imobilizações corpóreas, são

registadas como custo do exercício em que

ocorrem.

vi) Locações

Os contratos de locação são classificados como

(i) locações financeiras se através deles forem

transferidos substancialmente todos os riscos e

vantagens inerentes à posse do activo sob

locação e como (ii) locações operacionais se

através deles não forem transferidos

substancialmente todos os riscos e vantagens

inerentes á posse do activo sob locação.

A classificação das locações em financeiras ou

operacionais é feita em função da substância e

não da forma do contrato.

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51

Os activos imobilizados adquiridos mediante

contratos de locação financeira, bem como as

correspondentes responsabilidades, são

contabilizados pelo método financeiro,

reconhecendo o imobilizado corpóreo, as

amortizações acumuladas correspondentes,

conforme definido nas políticas “iii” e “v” acima e

as dívidas pendentes de liquidação de acordo

com o plano financeiro contratual.

Adicionalmente, os juros incluídos no valor das

rendas e as amortizações do imobilizado

corpóreo são reconhecidos como custos na

demonstração de resultados do exercício a que

respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais,

as rendas devidas são reconhecidas como custo

na demonstração de resultados numa base linear

durante o período do contrato de locação.

vii) Propriedades de investimento

As propriedades de investimento são constituídas

por terrenos e edifícios cujos fins são a obtenção

de rendas e, ou a valorização do capital investido

e não para uso na produção ou fornecimento de

bens, serviços ou para fins administrativos ou

para venda no decurso da actividade corrente dos

negócios.

As propriedades de investimento são registadas

pelo seu justo valor determinado pela avaliação

anual efectuada por entidade especializada

independente. As variações no justo valor das

propriedades de investimento são reconhecidas

directamente na demonstração de resultados do

exercício na rubrica de variação de valor das

propriedades de investimento.

As propriedades de investimento não são

depreciáveis.

Os activos promovidos e construídos qualificados

como propriedades de investimento só passam a

ser reconhecidos como tal após o fim da sua

construção. Até terminar o período de construção

ou promoção do activo a qualificar como

propriedade de investimento, esse activo é

registado pelo seu custo de aquisição ou

produção na rubrica de propriedades de

investimento em construção. No final do período

de promoção e construção desse activo a

diferença entre o custo de construção e o justo

valor nessa data é registada directamente na

demonstração de resultados consolidada na

rubrica de variação de valor das propriedades de

investimento.

Os custos incorridos com propriedades de

investimento em utilização nomeadamente:

manutenções, reparações, seguros e impostos

sobre propriedades (contribuição autárquica) são

reconhecidos na demonstração de resultados

consolidada do exercício a que se referem.

viii) Activos não financeiros e não correntes

disponíveis para venda

Os activos não financeiros e não correntes são

classificados como disponíveis para venda se o

seu valor de balanço apenas for recuperado

através de uma alienação e não através do uso

continuado dos mesmos. Para que tais activos

sejam objecto de tal classificação, os mesmos

têm de estar disponíveis para venda imediata nas

suas condições actuais, a venda tem de ser

altamente provável, o Conselho de Administração

tem de estar comprometido a executar tal venda e

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52

a alienação ocorrer num período de 12 meses,

conforme estabelecido no IFRS 5.

Os activos não financeiros e não correntes

classificados como disponíveis para venda são

registados pelo mais baixo entre o seu valor de

balanço e o justo valor dos mesmos, deduzidos

dos custos expectáveis com a sua venda.

ix) Activos e passivos financeiros

a) Instrumentos financeiros:

Os instrumentos financeiros classificam-se como

segue:

- Investimentos detidos até ao vencimento

activos financeiros, não derivados, com

reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma

maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de

Administração é a manutenção dos mesmos até à

data do seu vencimento;

- Investimentos registados a justo valor

através da demonstração de resultados – activos

ou passivos financeiros cujo objectivo de

detenção é a realização da mais valias no curto

prazo e todos os instrumentos derivados que não

estejam afectos a operações de cobertura;

- Empréstimos e contas a receber activos

financeiros não derivados com reembolsos fixos

ou variáveis que não se encontram cotados em

mercados líquidos e que não foram classificados

como investimentos registados a justo valor

através da demonstração de resultados ou como

investimentos disponíveis para venda;

- Investimentos disponíveis para venda

activos financeiros, não derivados, que são

designados como disponíveis para venda ou

aqueles que não se enquadrem das categorias

anteriores.

Os investimentos detidos até ao vencimento são

classificados como investimentos não correntes,

excepto se o seu vencimento for inferior a 12

meses da data do balanço. Os investimentos

registados a justo valor através da demonstração

de resultados são classificados como

investimentos correntes. Os investimentos

disponíveis para venda são classificados como

não correntes.

Todas as compras e vendas destes investimentos

são reconhecidas à data da assinatura dos

respectivos contratos de compra e venda,

independentemente da data de liquidação

financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo

seu valor de aquisição, que é o valor pago na

data de aquisição e que corresponde ao seu justo

valor naquela data incluindo despesas de

transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos

registados a justo valor através da demonstração

de resultados e os investimentos disponíveis para

venda são reavaliados pelos seus justos valores

por referência ao seu valor de mercado à data do

balanço, sem qualquer dedução relativa a custos

da transacção que possam vir a ocorrer até à sua

venda.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma

alteração no justo valor dos investimentos

disponíveis para venda são registados no capital

próprio, na rubrica de “Reserva de justo valor” até

o investimento ser vendido, recebido ou de

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53

qualquer forma alienado, ou nas situações em

que o justo valor do investimento se situe abaixo

do seu custo de aquisição e tal situação seja

considerada uma perda de imparidade, no

momento em que o ganho ou perda acumulada é

registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma

alteração no justo valor dos investimentos detidos

para negociação são registados(as) na

demonstração de resultados do exercício.

Os investimentos detidos até ao vencimento são

registados ao custo capitalizado através da taxa

de juro efectiva, líquido de amortizações de

capital e juros recebidos.

Os investimentos financeiros em empresas do

GRUPO excluídas da consolidação são

apresentados ao custo de aquisição ou ao seu

justo valor dos dois o mais baixo.

b) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros, que não vencem juros,

são registadas pelo seu valor nominal deduzido

de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas

na rubrica de “Perdas de imparidade em contas a

receber”, por forma a que as mesmas reflictam o

seu valor presente realizável líquido.

c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo

valor nominal recebido líquido de despesas com a

emissão desses empréstimos. Os encargos

financeiros calculados de acordo com a taxa de

juro efectiva, incluindo prémios a pagar são

contabilizados na demonstração de resultados de

acordo com o princípio de especialização dos

exercícios e são adicionados ao valor

contabilístico do empréstimo caso não sejam

liquidados durante o exercício.

d) Contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são

registadas pelo seu valor nominal.

e) Passivos financeiros e instrumentos de

capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de

capital próprio são classificados de acordo com a

substância contratual da transacção. São

considerados pelo GRUPO instrumentos de capital

próprio aqueles em que o suporte contratual da

transacção evidencie que o GRUPO detém um

interesse residual num conjunto de activos após

dedução de um conjunto de passivos.

f) Instrumentos derivados

O GRUPO utiliza instrumentos derivados na gestão

dos seus riscos financeiros unicamente como

forma de garantir a cobertura desses riscos, não

sendo utilizados instrumentos derivados com o

objectivo de negociação. A utilização de

instrumentos financeiros derivados encontra-se

devidamente aprovada pelo Conselho de

Administração do GRUPO.

Os instrumentos derivados utilizados pelo GRUPO

definidos como instrumentos de cobertura de

fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a

instrumentos de cobertura de taxa de juro e de

taxa de câmbio de empréstimos obtidos. O

montante dos empréstimos, prazos de

vencimento dos juros e planos de reembolso dos

empréstimos subjacentes aos instrumentos de

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54

cobertura de taxa de juro e taxa de câmbio são

em tudo idênticos às condições estabelecidas

para os empréstimos contratados, pelo que

configuram relações perfeitas de cobertura.

Os critérios utilizados pelo GRUPO para classificar

os instrumentos derivados como instrumentos de

cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- Espera-se que a cobertura seja altamente

eficaz ao conseguir a compensação de alterações

nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- A eficácia da cobertura pode ser

fiavelmente mensurada;

- Existe adequada documentação sobre a

transacção a ser coberta no início da cobertura;

- A transacção objecto de cobertura é

altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro e de

câmbio são inicialmente, registados pelo seu

custo, se algum, e subsequentemente reavaliados

ao seu justo valor. As alterações de justo valor

destes instrumentos, associadas à parcela de

cobertura efectiva, são reconhecidas em capitais

próprios na rubrica “Reservas de cobertura”,

sendo transferidos para resultados no mesmo

período em que o instrumento objecto de

cobertura afecta resultados. A parcela de

cobertura não efectiva é registada, no momento

em que é apurada, na demonstração de

resultados do exercício.

A reavaliação dos instrumentos derivados é

descontinuada quando o instrumento se vence ou

é vendido. Nas situações em que o instrumento

derivado deixe de ser qualificado como

instrumento de cobertura, as diferenças de justo

valor acumuladas e diferidas em capital próprio

na rubrica “Reservas de cobertura” são

transferidas para resultados do exercício, e as

reavaliações subsequentes são registadas

directamente nas rubricas da demonstração de

resultados.

g) Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu

valor de aquisição como um abatimento ao capital

próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à

alienação das acções próprias são registadas em

“Outras reservas”.

h) Letras descontadas e contas a receber

cedidas em “factoring”

Os saldos de clientes titulados por letras

descontadas e não vencidas e as contas a

receber cedidas em “factoring” à data de cada

balanço, com excepção das operações de

factoring sem recurso”, são reconhecidas nas

demonstrações financeiras do GRUPO até ao

momento do recebimento das mesmas.

x) Existências

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias

e de consumo são valorizadas ao custo médio de

aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de

mercado. Os produtos acabados e semi-

acabados, os subprodutos e os produtos e

trabalhos em curso são valorizados ao custo de

produção, o qual é inferior ao valor de mercado.

Os custos de produção incluem o custo da

matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e

gastos gerais de fabrico.

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55

xi) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo

com o princípio de especialização dos exercícios

pelo qual estas são reconhecidas à medida em

que são geradas, independentemente do

momento em que são recebidas ou pagas. As

diferenças entre os montantes recebidos e pagos

e as correspondentes receitas e despesas são

registadas nas rubricas de “Outros activos

correntes”, “Outros activos não correntes”,

“Outros passivos correntes” e “Outros passivos

não correntes”.

xii) Rédito

a) Reconhecimento de custos e proveitos

em obras

O GRUPO reconhece os resultados das obras,

contrato a contrato, de acordo com o método de

percentagem de acabamento, o qual é entendido

como sendo a relação entre os custos incorridos

em cada obra até uma determinada data e a

soma destes custos com os custos estimados

para completar a obra. As diferenças obtidas

entre os valores resultantes da aplicação do grau

de acabamento aos proveitos estimados e os

valores facturados, são contabilizadas nas

rubricas "Produção não facturada" ou "Facturação

antecipada".

Relativamente aos contratos de prestação de

serviços das sucursais no estrangeiro, os

proveitos são registados com base nos autos de

medição dos trabalhos realizados, sendo as

diferenças positivas ou negativas face à

facturação efectuada, calculadas contrato a

contrato, apresentadas nas rubricas de balanço

"Produção não facturada" ou "Facturação

antecipada". O impacto da adopção desta política

face à descrita no parágrafo acima não produz

efeitos materialmente relevantes nas

demonstrações financeiras anexas.

Variações nos trabalhos face à quantia de rédito

acordada no contrato são reconhecidas no

resultado do exercício quando é fortemente

provável que o cliente aprove a quantia de rédito

proveniente da variação, e que esta possa ser

mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de custos não

incluídos no preço do contrato são incluídas no

rédito do contrato quando as negociações atinjam

um estágio avançado de tal forma que é provável

que o cliente aceite a reclamação, e que é

possível mensurá-la com fiabilidade.

b) Obras de construção civil e obras

públicas de curta duração

Nestes contratos de prestação de serviços o

GRUPO reconhece os proveitos e custos à medida

que se facturam ou incorrem, respectivamente.

c) Reconhecimento de custos e proveitos

na actividade imobiliária

Os custos relevantes com os empreendimentos

imobiliários são apurados tendo em conta os

custos directos de construção, assim como todos

os custos associados à elaboração de projectos e

licenciamento das obras. Os custos imputáveis ao

financiamento e à supervisão e fiscalização do

empreendimento são também adicionados ao

custo dos empreendimentos imobiliários, desde

que estes se encontrem em curso.

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56

Considera-se, para efeito de capitalização de

encargos financeiros e encargos com a

supervisão e fiscalização do empreendimento,

que o empreendimento está em curso se

aguardar decisão das autoridades envolvidas, ou

se se encontrar em construção. Caso o

empreendimento não se encontre nestas fases é

considerado parado e as capitalizações acima

referidas são suspensas.

As vendas da actividade imobiliária e os

correspondentes custos das fracções vendidas

são registados no momento em que existe

expectativa, pelas condições contratuais, de que

os clientes irão consumar a aquisição, isto é,

quando o preço da venda está na sua quase

totalidade pago, ou em que existe acordo de

compra com entidades públicas relativo a planos

de realojamento. A margem das vendas é

ponderada pela percentagem de acabamento do

imóvel, determinada pela relação entre os custos

incorridos e os custos totais estimados.

xiii) Custos com a preparação de propostas

Os custos incorridos com a preparação de

propostas são reconhecidos na demonstração de

resultados do exercício em que são incorridos,

em virtude do desfecho da proposta não ser

controlável.

xiv) Trabalhos para a própria empresa

Os trabalhos para a própria empresa

correspondem basicamente a obras de

construção e beneficiação, executadas pelas

próprias empresas, bem como a grandes

reparações de equipamentos e incluem custos

com materiais, mão-de-obra directa e gastos

gerais, os quais são deduzidos às respectivas

rubricas da demonstração de resultados.

xv) Activos e passivos expressos em moeda

estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em

moeda estrangeira são convertidos para a moeda

de apresentação funcional, utilizando-se as

cotações oficiais vigentes na data de reporte. As

diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis,

originadas pelas diferenças entre as taxas de

câmbio em vigor na data das transacções e

aquelas em vigor na data das cobranças,

pagamentos ou à data do balanço, são registadas

como proveitos e custos na demonstração dos

resultados do exercício.

As demonstrações financeiras de empresas

participadas e sucursais expressas em moeda

estrangeira, que não Quanzas Angolanos, foram

convertidas para Euro, através da utilização das

seguintes taxas de câmbio:

Vigente no final do ano: para a totalidade dos

activos e passivos;

Média: para a demonstração dos resultados do

ano.

As demonstrações financeiras de empresas

participadas expressas em Quanzas Angolanos

foram convertidas para Euros, através da

utilização das seguintes taxas de câmbio:

Histórica: para as rubricas de imobilizado e do

capital próprio, com excepção do resultado do

ano;

Vigente no final do ano: para a totalidade dos

activos e passivos monetários;

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57

Média: para a demonstração dos resultados do

ano.

As diferenças de câmbio originadas nesta

conversão, a partir de 1 de Janeiro de 2005,

foram incluídas no capital próprio na rubrica

“Ajustamentos de conversão cambial”.

xvi) Impostos diferidos

Os impostos diferidos são calculados com base

no método da responsabilidade de balanço e

referem-se às diferenças temporárias entre os

montantes dos activos e passivos para efeitos de

reporte contabilístico e os seus respectivos

montantes para efeitos de tributação.

Os activos e passivos por impostos diferidos são

calculados e anualmente avaliados utilizando as

taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para

estarem em vigor, à data da reversão das

diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados

unicamente quando existem expectativas

razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para

os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada

uma reapreciação das diferenças subjacentes aos

activos por impostos diferidos no sentido de

reconhecer activos por impostos diferidos não

registados anteriormente por não terem

preenchido as condições para o seu registo e, ou,

para reduzir o montante dos impostos diferidos

activos registados em função da expectativa

actual da sua recuperação futura.

xvii) Encargos financeiros com empréstimos

obtidos

Os encargos financeiros relacionados com

empréstimos obtidos são geralmente

reconhecidos como custo de acordo com o

princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos

directamente relacionados com a aquisição,

construção ou produção de activos fixos, ou

projectos imobiliários classificados em

existências, são capitalizados, fazendo parte do

custo do activo. A capitalização destes encargos

começa após o início da preparação das

actividades de construção ou desenvolvimento do

activo e é interrompida após o início de utilização

ou final de produção ou construção do activo ou

quando o projecto em causa se encontra

suspenso.

xviii) Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e

somente quando, o GRUPO tem uma obrigação

presente (legal ou implícita) resultante de um

evento passado, seja provável que para a

resolução dessa obrigação ocorra uma saída de

recursos e o montante da obrigação possa ser

razoavelmente estimado. As provisões são

revistas na data de cada balanço e são ajustadas

de modo a reflectir a melhor estimativa a essa

data.

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58

As provisões para custos de reestruturação são

reconhecidas pelo GRUPO sempre que exista um

plano formal e detalhado de reestruturação e que

o mesmo tenha sido comunicado às partes

envolvidas.

xix) Pensões

As responsabilidades com planos de pensões de

benefícios definidos atribuídos a alguns ex-

funcionários e actuais funcionários do GRUPO são

apurados de acordo com o “Projected Unit Credit

Method” utilizando os pressupostos actuariais e

financeiros mais adequados ao plano

estabelecido. As responsabilidades por serviços

passados e as responsabilidades perante

pensionistas encontram-se totalmente cobertas. A

responsabilidade adicional gerada em cada

exercício é reconhecida na demonstração de

resultados do exercício como custos com o

pessoal.

xx) Imparidade de activos não financeiros que

não “goodwill”

É efectuada uma avaliação de imparidade à data

de cada balanço e sempre que seja identificado

um evento ou alteração nas circunstâncias que

indique que o montante pelo qual um activo se

encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual um activo se

encontra registado é superior à sua quantia

recuperável, é reconhecida uma perda de

imparidade, registada na demonstração de

resultados na rubrica de “Outros custos

operacionais”. A quantia recuperável, é a mais

alta do preço de venda líquido e do valor de uso.

O preço de venda líquido é o montante que se

obteria com a alienação do activo numa

transacção ao alcance das partes envolvidas,

deduzido dos custos directamente atribuíveis à

alienação. O valor de uso é o valor presente dos

fluxos de caixa futuros estimados que são

esperados que surjam do uso continuado do

activo e da sua alienação no final da sua vida útil.

A quantia recuperável é estimada para cada

activo, individualmente ou, no caso de não ser

possível, para a unidade geradora de caixa à qual

o activo pertence.

A reversão de perdas de imparidade

reconhecidas em exercícios anteriores é

registada quando os motivos que provocaram o

registo das mesmas deixaram de existir e

consequentemente o activo deixa de estar em

imparidade. A reversão das perdas de imparidade

é reconhecida na demonstração de resultados

como resultados operacionais. Contudo, a

reversão de uma perda de imparidade é

efectuada até ao limite da quantia que estaria

reconhecida (quer através do custo histórico, quer

através do seu valor reavaliado, líquido de

amortizações ou depreciações) caso a perda de

imparidade não se tivesse registado em

exercícios anteriores.

xxi) Contingências

As responsabilidades contingentes não são

reconhecidas nas demonstrações financeiras

consolidadas, sendo as mesmas divulgadas no

anexo, a menos que a possibilidade de uma saída

de fundos afectando benefícios económicos

futuros seja remota.

Um activo contingente não é reconhecido nas

demonstrações financeiras, mas divulgado no

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59

anexo quando é provável a existência de um

benefício económico futuro.

xxii) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que

proporcionem informação adicional sobre

condições que existiam à data do balanço

(“adjusting events”) são reflectidos nas

demonstrações financeiras consolidadas. Os

eventos após a data do balanço que

proporcionem informação sobre condições que

ocorram após a data do balanço (“non adjusting

events”), se materiais, são divulgados no anexo

às demonstrações financeiras consolidadas.

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Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

60

Anexo B Relatório sobre as práticas de Governo Societário

B.1 Declaração de cumprimento

Dando cumprimento ao regulamento nº7/2001 da

CMVM (com a redacção dada pelo regulamento

nº11/2003 da mesma Comissão), declara-se que,

conforme explicitado neste Relatório, a sociedade

adoptou as “Recomendações da CMVM sobre o

Governo das Sociedades Cotadas”.

B.2 Divulgação de informação

A repartição de competências entre os vários

órgãos e departamentos da sociedade no quadro

do processo de decisão empresarial, atendendo à

sua natureza de Sociedade Gestora de

Participações Sociais, apresenta-se não sob a

forma de organigramas ou mapas funcionais, mas

sim através da descrição dos pelouros que

encerram as competências do órgão de

administração, efectuada no ponto B.5., bem

como se consubstancia na descrição das regras

societárias do ponto B.4., onde se descreve a

existência de regras inerentes aos processos de

decisão críticos dentro do GRUPO de empresas.

A descrição da evolução da cotação das acções

da MOTA-ENGIL SGPS, SA efectua-se no capítulo

6. do Relatório Consolidado de Gestão para onde

se efectua a consequente remissão.

Não ocorreram, durante o exercício de 2004,

emissões de acções ou de outros valores

mobiliários que confiram direito à subscrição ou

aquisição de acções.

A política de dividendos adoptada pela sociedade

consiste na atribuição de um dividendo que

materialize, em cada ano económico, um “Pay-

Out Ratio” mínimo de 50% e máximo de 75%,

dependendo da avaliação pelo Conselho de

Administração de um conjunto de condições

temporais, mas onde pontifica o objectivo de

atingir uma adequada remuneração do capital

accionista por essa via.

Não existem, actualmente quaisquer planos de

atribuição de acções ou de opções de aquisição

de acções, relativos à sociedade.

Não foram efectuados negócios nem outras

operações entre a sociedade e os membros dos

órgãos de administração e fiscalização, titulares

de participações qualificadas ou sociedades que

se encontram em relação de domínio ou de

grupo, excepto os negócios que fazendo parte da

actividade corrente, foram adicionalmente

realizados em condições normais de mercado.

A sociedade utiliza com intensidade as novas

tecnologias de informação, concretamente o

correio electrónico, na divulgação de informação

de natureza financeira, designadamente no

contacto com investidores e analistas, com a

imprensa da especialidade e com as autoridades

de mercado, Comissão de Valores Mobiliários e

Euronext Lisboa.

Existe uma página oficial na Internet, sob o

endereço www.mota-engil.pt, onde, para além

das actividades do GRUPO MOTA-ENGIL, se

disponibiliza informação financeira, designada-

mente os Relatórios e Contas, os comunicados

de facto relevante e outras press-releases, bem

como as apresentações de resultados em formato

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61

electrónico. Este sítio na Internet encontra-se já

organizado de acordo com o disposto no artº 3º-A

do Regulamento nº7/2001 da CMVM.

A empresa divulga ainda informação diversa

sobre a sua actividade através das versões em

papel e electrónica do seu boletim: Sinergia

Adicionalmente, existem diversos sítios na

internet de empresas do GRUPO, aos quais se

poderá aceder através do menú de links da

página oficial.

Foi constituída durante o ano de 2002 a Direcção

de Relações com o Mercado. O seu responsável

é o Dr. João Vermelho, cujos contactos são:

João Vermelho

Rua Mário Dionísio nº2

2796-957 Linda-a-Velha

tel. 351 214 158 200

fax. 351 214 158 688

e-mail: [email protected]

Qualquer investidor ou analista poderá ainda

entrar em contacto com a empresa através do

seu Representante para as Relações com o

Mercado, Dr. Eduardo Rocha, por correio

electrónico, pelo endereço [email protected].

De acordo com os estatutos as remunerações

dos Administradores e dos membros dos

restantes órgãos sociais são fixadas por uma

Comissão de Vencimentos composta por três

accionistas. A composição actual desta comissão

é a seguinte: Eng. António Manuel Queirós

Vasconcelos da Mota (em representação da Mota

Gestão e Participações, SGPS, SA); Dra. Maria

Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos

(em representação da Algosi – Gestão de

Participações Sociais, SGPS, SA); e Dra. Maria

Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da

Costa (em representação da Vallis – SGPS, SA),

todos membros do órgão de administração.

Durante o exercício de 2004 foram pagos, pela

MOTA-ENGIL SGPS, SA e associadas, a todas as

pessoas singulares e colectivas da mesma rede

do auditor, registado na CMVM, os seguintes

montantes: 320 mil euros por serviços de revisão

legal de contas; 50 mil euros por serviços de

garantia de fiabilidade; e 30 mil euros por outros

serviços.

B.3. Exercício do direito de voto e representação de accionistas

Nos termos dos Estatutos, a Assembleia Geral é

constituída pelos accionistas com direito de voto

possuidores de acções que, desde, pelo menos,

dez dias antes da data da reunião da Assembleia:

a. Tenham sido registadas em seu nome em

conta aberta junto da própria sociedade,

quando a lei o permita, ou de outras

entidades autorizadas para o efeito, se foram

escriturais;

b. Se encontrem, consoante a sua natureza e

regime, averbadas em seu nome nos registos

da sociedade ou depositadas em seu nome

junto desta ou de outra entidade legalmente

autorizada para o efeito se forem tituladas.

O registo em conta de valores mobiliários

escriturais e o depósito supra referidos, quando

não hajam sido feitos na própria sociedade, terão

de ser comprovados mediante certificado emitido

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62

pela entidade em que foram efectuados e que dê

entrada na sociedade até, pelo menos, oito dias

antes da data fixada para a reunião da

Assembleia Geral.

Os accionistas que não possuírem o número de

acções necessário para terem direito a voto

poderão agrupar-se por forma a perfazê-lo,

devendo designar por acordo um só de entre eles

para os representar na Assembleia Geral.

Os obrigacionistas só podem assistir às reuniões

da Assembleia Geral através dos seus represen-

tantes comuns, designados nos termos, respecti-

vamente, do artigo 343º e dos Artigos 357º e

seguintes do Código das Sociedades Comerciais.

A cada grupo de cem acções corresponde um

voto, tendo os accionistas tantos votos quantos

os correspondentes à parte inteira que resulte da

divisão por cem do número das acções que

possuam, sem qualquer limite.

As votações serão feitas pelo modo designado

pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Os accionistas que sejam pessoas singulares

poderão fazer-se representar nas reuniões da

Assembleia Geral pelo seu cônjuge, por um

ascendente ou descendente, por um

administrador da sociedade ou por outro

accionista.

Os accionistas que sejam pessoas colectivas far-

se-ão representar por pessoa para o efeito

designada pela respectiva Administração ou

Direcção.

Todas as representações supra previstas deverão

ser comunicadas ao Presidente da Mesa da

Assembleia Geral por carta, com a assinatura do

mandante reconhecida notarialmente ou

autenticada pela própria sociedade, entregue na

sede social até oito dias antes da data da

Assembleia, e que, especificando a reunião a que

respeita, pela indicação da data, hora e local em

que se realize e da respectiva ordem de

trabalhos, confira inequivocamente o mandato ao

representante, com adequada identificação deste

último.

Os accionistas poderão votar por

correspondência, mas apenas relativamente à

alteração do contrato social e à eleição dos

órgãos sociais.

Só serão considerados os votos por

correspondência, desde que recebidos na sede

da sociedade com pelo menos três dias de

antecedência em relação à data da Assembleia

Geral, por meio de carta registada com aviso de

recepção dirigida ao Presidente da Mesa da

Assembleia, e sem prejuízo da obrigatoriedade da

tempestiva prova da qualidade de accionista, nos

termos supra indicados.

A declaração de voto por correspondência só

será admitida quando assinada pelo titular das

acções ou seu representante legal e

acompanhada de cópia autenticada do bilhete de

identidade do accionista, se este for uma pessoa

singular, ou, tratando-se de pessoa colectiva, com

a assinatura da declaração reconhecida

notarialmente na qualidade e com poderes para o

acto.

Só serão consideradas válidas as declarações de

voto de onde conste, de forma expressa e

inequívoca:

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63

a. A indicação do ponto ou pontos da ordem de

trabalhos a que respeita;

b. A proposta concreta a que se destina, com

indicação do ou dos proponentes;

c. A indicação precisa e incondicional do sentido

de voto para cada proposta, bem como se o

mesmo se mantém caso a proposta venha a

ser alterada pelo seu proponente.

Não obstante o disposto na alínea b. supra, é

permitido a um accionista que envie declaração

de voto relativamente a certa proposta declarar

que vota contra todas as demais propostas sobre

o mesmo ponto da ordem de trabalhos, sem

outras especificações.

Entender-se-á que os accionistas que enviem

declarações de voto por correspondência se

abstêm na votação das propostas que não sejam

objecto dessas declarações.

Não obstante o disposto na alínea c. supra, pode

o accionista condicionar o sentido de voto para

certa proposta à aprovação ou rejeição de outra,

no âmbito do mesmo ponto da ordem de

trabalhos.

Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia

Geral, ou, se for o caso, ao seu substituto,

verificar da conformidade das declarações de

voto por correspondência, valendo como não

emitidos os votos constantes de declarações não

aceites.

Não é possível exercer o direito de voto por meios

electrónicos.

As deliberações sociais são tomadas por maioria

simples dos votos emitidos na Assembleia, salvo

quando a lei ou o presente contrato dispuserem

diferentemente.

Em primeira convocação, a Assembleia Geral

apenas poderá deliberar desde que se encontrem

presentes ou representados accionistas que

detenham acções correspondentes a mais de

cinquenta por cento do capital social.

B.4. Regras Societárias

A sociedade, enquanto holding do GRUPO MOTA-

ENGIL, possui um Regulamento Interno, aprovado

em Conselho de Administração e, uma vez que

exerce a sua actividade económica de forma

indirecta através das suas participadas,

formalmente comunicado a todas as empresas do

GRUPO MOTA-ENGIL, onde existe uma relação de

domínio, ou de influência dominante ou

significativa.

Ao abrigo desse regulamento os Conselhos de

Administração das participadas devem obter

aprovação prévia do Conselho de Administração

da holding relativamente à prática de um conjunto

de actos de gestão exaustivamente previstos no

dito regulamento, considerados como de elevado

impacto nos negócios do GRUPO ou por versarem

matérias que a holding entende como

compreendidas no seu exclusivo âmbito de

competências.

Para além do referido sobre o Regulamento

Interno aprovado pelo Conselho de Administração

da MOTA-ENGIL, SGPS, SA e divulgado junto das

empresas do GRUPO não existem outros

procedimentos de controlo do risco, nem órgãos

de Auditoria e, ou, Gestão do Risco sediados na

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holding. É no entanto órgão da MOTA-ENGIL,

SGPS, SA a Direcção de Controlo de Gestão.

Refira-se ainda a este propósito, a existência de

Departamentos de Qualidade nas empresas

Certificadas ou em processo de certificação e de

Departamentos de Segurança nas empresas que

se dedicam ao segmento da Construção.

Conforme decorre das disposições estatutárias

reproduzidas no capítulo anterior, não existem

limites estatutários ao exercício de direitos de

voto. Não existem direitos especiais de um

accionista ou de um conjunto de accionistas, nem

a sociedade tem conhecimento de quaisquer

acordos parassociais.

B.5. Órgão de Administração

O Conselho de Administração é composto pelo

Presidente do Conselho de Administração, pelo

Vice-Presidente do Conselho de Administração e

por 9 Vogais, não havendo a distinção entre

administradores executivos e não-executivos,

nem existindo a figura da Comissão Executiva.

O Conselho de Administração tem a seguinte

composição :

Presidente - Eng. António Manuel Queirós

Vasconcelos da Mota

Vice-Presidente - Eng. António Jorge Campos

de Almeida

Vogais: Eng. Arnaldo José Nunes da Costa

Figueiredo

Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa Ribeiro

Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos

Mota dos Santos

Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota

Neves da Costa

Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota

de Meireles

Eng. Carlos Manuel Marques Martins

Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha

Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar

Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves

Listam-se nos parágrafos seguintes as

sociedades em que os membros dos Órgãos

Sociais da MOTA-ENGIL - SGPS, SA exercem

cargos sociais:

Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • empresa agrícola e florestal portuguesa, sa • fm - sociedade de controlo, sgps, sa • somota, sgps, sa. • mota-engil, engenharia e construção, sa • mota gestão e participações, sgps,sa. • vallis - sgps, sa Administrador das seguintes sociedades: • antónio de lago cerqueira, s.a • auto sueco (angola), sarl. Representante com poderes da • tabella holding, bv Gerente das seguintes sociedades: • mota internacional – comércio e consultadoria

económica, lda. • sociedade agrícola moura basto, lda. Director da • aneop – associação nacional de empreiteiros de obras

públicas. Presidente da mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades: • indáqua – industria e gestão de águas, sa • martifer – construções metalomecânicas, sa • tratofoz – sociedade de tratamento de resíduos, s.a. • mota – engil, ambiente e serviços, sgps, sa

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• cptp – companhia portuguesa de trabalhos portuários e construções, sa

• martifer – sgps, sa Presidente da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • martifer – alumínios, sa • em – edifícios modernos, construções, sa • emsa – sociedade imobiliária, sa • ferrovias e construções, sa • martifer – construções metalomecânicas, sa • mota-engil, ambiente e serviços, sgps, sa • sol - s - internacional, tecnologias de informação, sa • sol – s e solsuni – tecnologias de informação, sa • vibeiras – sociedade comercial de plantas, sa • mota-engil, engenharia e construção, s.a. Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • antónio de lago cerqueira, s.a • aurimove – sociedade imobiliária, s.a. • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, sa • planinova – sociedade imobiliária, sa • soprocil – sociedade de projectos e construções civis,

sa, em representação da antónio de lago cerqueira, sa • suma – serviços urbanos e meio ambiente, sa • mota – engil, tecnologias de informação, sa • mota-engil ii, gestão, ambiente, energia e concessões

de serviços, sa • cptp – companhia portuguesa de trabalhos portuários e

construções, sa • sedengil – sociedade imobiliária, s.a. • martifer – sgps, sa • nortedomus – sociedade imobiliária, s.a.

Eng. António Jorge Campos de Almeida Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • mota-engil – ambiente e serviços, sgps,sa • suma - serviços urbanos e meio ambiente, sa. • turalgo – sociedade promoção imobiliária e turística do

algarve, sa • mota-engil, tecnologias de informação, sa • mota – engil ii, gestão, ambiente, energia e concessões

de serviços, s.a. Administrador das seguintes sociedades: • aenor – auto-estradas do norte, sa. • lusoscut – auto estradas das beiras litoral e alta, sa. • lusoscut - auto-estradas da costa da prata, sa • lusoscut – auto-estradas do gp, sa. • operanor – operação e manutenção de auto-estradas,

sa • operadora lusoscut bla – operação e manutenção de

auto-estradas, sa • operadora lusoscut – operação e manutenção de auto-

estradas, s.a. • operadora lusoscut gp – operação e manutenção de

auto-estradas, s.a. • mts-metro – transportes do sul, sa

Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades: • rima – resíduos industriais e meio ambiente, sa Representante da MOTA-ENGIL, AMBIENTE E SERVIÇOS, SGPS, S.A., na qualidade membro do Conselho Geral e bem assim, como Secretário da Mesa da assembleia Geral da • indáqua – indústria e gestão de águas, sa Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos da: • mota-engil, tecnologias de informação, sa

Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Vogal do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • mota-engil, engenharia e construção, sa • mota gestão e participações, sgps, sa • meits – mota-engil, imobiliário e turismo, s.a. • mota-engil, concessões de transportes, sgps, s.a. Gerente das seguintes sociedades: • asinter – comércio internacional, lda. • cerâmica de boialvo, lda. • mota-internacional – comércio e consultadoria

económica, lda. Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades: • maprel – nelas, indústria de pré-fabricados, sa • mesa da assembleia geral da paviterra, sarl (angola). • mesa da assembleia geral da auto-sueco (angola) , sarl.

Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa Ribeiro Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • cptp – companhia portuguesa de trabalhos portuários e

construções, sa • maprel-nelas , indústria de pré-fabricados, sa • probisa portuguesa - construção e obras públicas, sa • soprocil - sociedade de projectos e construções civis, sa Vice – Presidente do Conselho de Administração da: • probigalp – ligantes betuminosos, sa Administrador das seguintes sociedades: • ferrovias e construções, sa • lote dois – empreendimentos imobiliários, sa • proim – empreendimentos imobiliários, sa • quinta da foz – empreendimentos imobiliários, sa Gerente das seguintes sociedades: • maprel – empresa de pavimentos e materiais pré-

esforçados, lda. • ferrovias, brasil, lda. • tracevia, lda. Vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da: • mota-engil, ambiente e serviços, sgps, sa

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Membro da comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • cptp – companhia portuguesa de trabalhos portuários e

construções, s.a. • soprocil – sociedade de projectos e construções civis,

s.a.

Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • algosi – gestão de participações sociais, sgps, sa • antónio de lago cerqueira, sa. Administradora das seguintes sociedades: • agrimota – sociedade agrícola e florestal, sa • aurimove- sociedade imobiliária, sa • empresa agrícola florestal portuguesa, s.a. • f. m. – sociedade de controlo, sgps, s.a. • maprel – nelas , indústria de pré-fabricados, s.a. • mesp – mota-engil, serviços partilhados, administrativos

e de gestão, s.a. • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, s.a. • mota gestão e participações, sgps, s.a. • planinova – sociedade imobiliária, s.a. • somota, sgps, sa • sunviauto - indústria de componentes de automóveis,

sa. Gerente das seguintes sociedades • calçadas do douro – sociedade imobiliária, limitada. • casal agrícola de parada, lda • carlos vieira dos santos, lda. • cerâmica de boialvo, limitada. • edifícios galiza – sociedade imobiliária, limitada • edifícios mota-viso – sociedade imobiliária, limitada • edipainel – sociedade imobiliária, lda • ladário - sociedade de construção, lda. • largo do paço – investimentos turísticos e imobiliários,

limitada. • matiprel – materiais pré-fabricados, limitada. • mil e sessenta – sociedade imobiliária, lda. • mota-internacional – comércio e consultoria económica,

lda. • motadomus – sociedade imobiliária, limitada • predimarão – sociedade de construções, limitada • serra lisa - sociedade de empreendimentos imobiliários,

lda. • sociedade agrícola moura basto, lda. • corgimobil – empresa imobiliária das corgas, lda. Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da: • vibeiras – sociedade comercial de plantas, s.a. Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • martifer - alumínios, s.a., em representação da mota-

engil, sgps, s.a.

• em – edifícios modernos, construções, s.a., em representação da mota-engil, sgps, s.a.

• ferrovias e construções, s.a. • martifer – construções metalomecânicas, s.a., em

representação da mota-engil, sgps, s.a. • mota-engil, ambiente e serviços, sgps, s.a. • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, s.a. • planinova – sociedade imobiliária, s.a. • antónio de lago cerqueira, sa • aurimove – sociedade imobiliária, sa • mota-engil ii, gestão, ambiente, energia e concessões

de serviços, sa • sedengil – sociedade imobiliária, s.a. • martifer – sgps, sa • nortedomus – sociedade imobiliária, s.a.

Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Presidente do Conselho de Administração da: • mesp – mota-engil, serviços partilhados, administrativos

e de gestão, sa Vice-Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • f. m. – sociedade de controlo, sgps, sa • vallis , sgps, sa Administradora das seguintes sociedades: • antónio de lago cerqueira, sa • mota gestão e participações, sgps, sa • sdci – sociedade de distribuição e comércio

internacional, sa. • somota, sgps, sa • supermercados navarras, sa. • tabella holding b.v. Gerente das seguintes sociedades: • edifícios galiza – sociedade imobiliária, lda. • imobiliária toca do lobo, lda. • matiprel – materiais pré-fabricados, lda. • sociedade agrícola moura basto, lda. • casal agrícola de parada, lda. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da: • empresa agrícola florestal portuguesa, sa Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da • pescas tavares mascarenhas, sa.

Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • aurimove – sociedade imobiliária ,sa • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, s.a. • planinova – sociedade imobiliária, sa • r.t.a. – rio tâmega, turismo e recreio, s.a.

Page 67: web3.cmvm.ptweb3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC5821.pdfMOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A. Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004 3 Destaques • Proveitos operacionais crescem

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• sga – sociedade do golfe de amarante, sa Vice-Presidente do Conselho de Administração da: • algosi – gestão de participações sociais, sgps, sa Administradora das seguintes sociedades: • antónio de lago cerqueira, s.a. • empresa agrícola florestal portuguesa, sa • f.m. – sociedade de controlo, sgps, sa • mota gestão e participações, sgps, sa • mota-engil, ambiente e serviços, sgps,sa • somota, sgps, sa • turalgo – sociedade de promoção imobiliária e turística

do algarve, sa. Gerente das seguintes sociedades: • calçadas do douro – sociedade imobiliária, lda. • edifícios galiza – sociedade imobiliária, lda. • edifícios mota-viso – sociedade imobiliária, lda. • edipainel – sociedade imobiliária, lda. • largo do paço – investimentos turísticos e imobiliários,

lda. • matiprel – materiais pré-fabricados, lda. • mil e sessenta – sociedade imobiliária, lda. • motadomus – sociedade imobiliária, lda. • predimarão - sociedade de construções, lda. • sociedade agricola moura bastos, lda. • verotâmega – sociedade imobiliária, lda. • casal agrícola de parada, lda • corgimobil – empresa imobiliária das corgas, lda. Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • aurimove - sociedade imobiliária, s.a. • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, s.a. • planinova – sociedade imobiliária, sa • mota-engil ii, gestão, ambiente, energia e concessões

de serviços, s.a. • antónio de lago cerqueira, sa • s.g.a. - sociedade do golfe de amarante, sa • r.t.a - rio tâmega, turismo e recreio, sa • nortedomus – sociedade imobiliária, s.a

Eng. Carlos Manuel Marques Martins

Presidente do Conselho de Administração das seguintes

sociedades:

• martifer– construções metalomecânicas, sa. • martifer energia, sa • mto, sgps, sa • promodois – investimentos imobiliários, sa • promodez – investimentos imobiliários, sa • promovinte – investimentos imobiliários, sa • uriba, sgps, sa • martifer – sgps, sa Administrador das seguintes sociedades: • em – edifícios modernos, construções, sa • martifer polska, sploka z o.o.

• metalruda – construções metálicas, sa Gerente das seguintes sociedades: • imavic – investimentos imobiliários, lda. • lage – imóveis, lda. • martins e coutinho – construções em aço inox, lda. • promoquatro – investimentos imobiliários, lda. • promodoze – investimentos imobiliários, lda. Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades: • entufapra – sociedade de construções, sa • promosete – investimentos imobiliários, sa Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • martifer – construções metalomecânicas, sa • martifer – sgps, sa

Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha Presidente do conselho Geral da • vortal – comércio electrónico, consultadoria e

multimédia, sa em representação da mota-engil, sgps, s.a

Administrador das seguintes sociedades: • algosi – gestão de participações sociais, sgps, sa • martifer – construções metalomecânicas, sa • mesp – mota-engil, serviços partilhados, administrativos

e de gestão, s.a. • mota – engil, tecnologias de informação, s.a. • martifer – sgps, sa • meits - mota-engil, imobiliário e turismo, s.a. • mota-engil, concessões de transportes, sgps, s.a. Gerente único da • bilimora – trading internacional, lda. Membro da comissão de Fixação de Vencimentos da: • mota – engil, tecnologias de informação, sa

Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • engil 4i – sgps, sa • em – edifícios modernos, construções, sa • emsa – empreendimentos e exploração de

estacionamentos, sa Membro do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • mota – engil, engenharia e construção, sa Presidente da Mesa da Assembleia Geral da: • sedengil – sociedade imobiliária, s.a.

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

68

Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • em - edifícios modernos, construções, sa • emsa – empreendimentos e exploração de

estacionamentos, sa Director da • aneop – associação nacional de empreiteiros de obras

públicas.

Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • mota-engil – concessões de transportes, sgps, s.a. • aenor – auto-estradas do norte, sa. • lusoscut – auto estradas das beiras litoral e alta, sa. • lusoscut - auto-estradas da costa da prata, sa • lusoscut – auto-estradas do gp, sa. • operanor – operação e manutenção de auto-estradas,

sa • operadora lusoscut bla – operação e manutenção de

auto-estradas, sa • operadora lusoscut – operação e manutenção de auto-

estradas, s.a. • operadora lusoscut gp – operação e manutenção de

auto-estradas, s.a. Administrador da: • companhia de seguros sagres (membro não executivo)

O órgão de administração da sociedade exerce o

controle efectivo da vida societária através da

distribuição de pelouros executivos aos membros

do Conselho de Administração. Os pelouros

atribuídos compreendem cada uma das linhas de

negócio, bem como funções de controle e

coordenação de áreas supra-empresas, isto é as

que atravessam horizontalmente todo o universo

de empresas do GRUPO.

Assim, no que respeita às linhas de negócio,

estão definidos os pelouros de “Construção”, de

“Imobiliário e Turismo”, de “Ambiente e Serviços”

e de “Concessões de Transportes”.

Nos pelouros de coordenação e controle,

inscrevem-se os pelouros da “Coordenação

Financeira”, da “Coordenação Comercial”, da

“Coordenação Jurídica”, da “Coordenação de

Recursos Humanos” dos “Sistemas de

Informação”, do “Controlo de Gestão”, das

“Relações com o Mercado de Capitais” e da

“Imagem Corporativa”.

O Conselho de Administração reúne com

frequência, para apreciação das matérias

relativas aos negócios das sociedades e do

GRUPO, sendo que uma componente significativa

das reuniões, se destina especificamente à

análise do Relatório de Gestão do Grupo, relativo

ao mês anterior, onde se analisa o desempenho

económico e financeiro das subsidiárias do

GRUPO em termos individuais e consolidados.

Durante o exercício de 2004, o Conselho de

Administração reuniu por 8 vezes.

Uma parte da remuneração de todos os titulares

do órgão de administração, está directamente

dependente dos resultados da empresa. Assim,

em 2004, os administradores da sociedade

auferiram globalmente o montante de 465.000

euros, correspondentes a cerca de 3% dos

Resultados Líquidos de 2003, por proposta de

aplicação de resultados aprovada em Assembleia

Geral de Accionistas.

No exercício de 2004 a remuneração auferida

pelo conjunto dos membros do órgão de

administração, excluindo a referida no ponto

anterior, foi de 1.284.661 euros do qual o

montante de 945.730 euros a título de

remuneração fixa e o montante de 338.931 euros

a título de remuneração variável. Auferiram ainda,

no exercício de funções nas empresas

operacionais do GRUPO o montante global de

1.343.386 euros.

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

69

De acordo com o disposto no artº 1º do

regulamento nº 7/2001 da CMVM consideram-se

administradores independentes:

Eng. António Jorge Campos de Almeida

Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa

Ribeiro

Eng. Carlos Manuel Marques Martins

Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar

Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão

Gonçalves

O controlo interno não é exercido por comissões

autónomas, decorrendo da composição e

organização referida do próprio Conselho de

Administração (pelouros por linhas de negócio e

pelouros por funções de coordenação e controlo).

A sociedade utiliza com intensidade as novas

tecnologias de informação, concretamente o

correio electrónico, na divulgação de informação

de natureza financeira, designadamente no

contacto com investidores e analistas, com a

imprensa da especialidade e com as autoridades

de mercado (Comissão do Mercado de Valores

Mobiliários e Euronext Lisboa).

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Relatório sobre as práticas de Governo Societário de Mota-Engil, SGPS, SA relativo ao exercício de 2004 - Aditamento

MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. EDIFÍCIO MOTA TEL: 351 22 5190300 SOCIEDADE ABERTA RUA DO REGO LAMEIRO, Nº 38 FAX: 351 22 5190303 CAPITAL SOCIAL: 204 635 695 EUROS 4300-454 PORTO WWW.MOTA-ENGIL.PT MATRICULADA NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DO PORTO COM O Nº 56.514 RUA MÁRIO DIONÍSIO, Nº 2 TEL: 351 21 4158200 NIPC: 502 399 694 2796-957 LINDA-A-VELHA FAX: 351 21 4158688

Introdução

Por indicação da CMVM publica-se este

aditamento como forma de esclarecimento

de alguns pontos referidos no Relatório

sobre as práticas de Governo Societário

da MOTA-ENGIL, SGPS, SA, relativo a

2004.

Declaração de cumprimento

A MOTA-ENGIL, SGPS, SA adoptou as

“Recomendações da CMVM sobre o

Governo das Sociedades Cotadas” com

os nos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10 e 11, cumpre

apenas parcialmente a recomendação no

8 (porque não são divulgadas individual-

mente as remunerações dos Administra-

dores) e não seguiu as recomendações

nos 7 (pois não havia sido criada até ao

final de 2004 nenhuma Comissão de

Controlo Interno para avaliação da

Estrutura e Governo Societários) e 9 (pois

os membros da Comissão de Vencimen-

tos fazem parte do Conselho de

Administração).

Adicionalmente, para cumprimento integral

do nº 5 do capítulo I do anexo ao

regulamento da CMVM nº7/2001 (com a

redacção que lhe foi dada pelo

Regulamento da CMVM nº 11/2003),

informa-se que a política de dividendos da

MOTA-ENGIL, SGPS, SA materializou-se,

nos últimos três exercícios, na distribuição

dos seguintes dividendos:

2001: 7 cêntimos por acção;

2002: 7 cêntimos por acção;

2003: 5,5 cêntimos por acção.

Em 15 de Abril de 2005 a Assembleia

Geral de Accionistas aprovou a

distribuição de um dividendo por acção,

relativo ao exercício de 2004, de 8

cêntimos.

Porto, 29 de Abril de 2005

O REPRESENTANTE PARA AS RELAÇÕES

COM O MERCADO EDUARDO ROCHA

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

70

Anexo C

C.1 Publicidade de participações

De acordo com o disposto nos artigos 447º e 448º

do Código das Sociedades Comerciais são os

seguintes os números de valores mobiliários

emitidos pela MOTA-ENGIL, SGPS, SA e por

sociedades com as quais esta se encontra em

relação de domínio ou de grupo, detidos no

período de 1 de Janeiro de 2004 a 31 de

Dezembro de 2004, por titulares de órgãos

sociais:

(Nota: O capital da MOTA-ENGIL, SGPS , SA

ascende a 204.635.695 euros, estando

representado por 204.635.695 acções ao portador

com o valor nominal de 1 euro cada.

Em 31 de Dezembro de 2004, o capital da MOTA-

ENGIL, SGPS, SA era detido em 33,53% pela

MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, em

19,37% pela VALLIS, SGPS, SA e 19,37% pela

ALGOSI-GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS,

SA.

A MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA

detêm 51% da VALLIS, SGPS, SA e 51% da

ALGOSI-GESTÃO PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS,

SA.

O capital da MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES,

SGPS, SA é detido em 70% pela SOMOTA, SGPS,

SA.

O capital da SOMOTA, SGPS, SA é detido em

58,84% pela FM-SOCIEDADE DE CONTROLO, SGPS,

SA.).

C.2 Participações qualificadas

De acordo com o disposto na alínea e do número

1 do artigo 8º do regulamento 4/2004 da CMVM é

a seguinte a lista dos titulares de participações

qualificadas, com indicação do número de acções

detidas e percentagem de direitos de voto

Qt.Inicial Movimento Qt.Final % Qt. % Qt. % Qt. % Qt.I Mov. Qt.F % Qt. %

ANTÓNIO MANUEL QUEIRÓS VASCONCELOS DA MOTA (ENG.), CÔNJUGE 2.585.780 1.636.837 4.222.617 2,06 1.666 16,66 3.332 16,66 330.000 5,50 45.534 15.006 60.540 6,05 19.115 38,23

MARIA MANUELA QUEIRÓS VASCONCELOS MOTA (DRª) E CÔNJUGE 2.025.005 1.636.836 3.661.841 1,79 1.078 10,78 2.156 10,78 240.000 4,00 35.424 15.005 50.429 5,04 10.295 20,59

MARIA TERESA QUEIRÓS VASCONCELOS MOTA (DRª) E CÔNJUGE 2.100.000 1.636.836 3.736.836 1,83 1.078 10,78 2.156 10,78 240.000 4,00 35.424 15.005 50.429 5,04 10.295 20,59

MARIA PAULA QUEIRÓS VASCONCELOS MOTA (ENGª) E CÔNJUGE 2.276.215 1.636.836 3.913.051 1,91 1.078 10,78 2.156 10,78 240.000 4,00 35.424 15.005 50.429 5,04 10.295 20,59

ANTÓNIO JORGE CAMPOS ALMEIDA (ENGº) E CÔNJUGE 258.475 0 258.475 0,13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0 0 0,00 0 0,00

ARNALDO JOSÉ NUNES DA COSTA FIGUEIREDO (ENGº) E CÔNJUGE 91.410 0 91.410 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00 18 0 18 0,00 0 0,00

MANUEL MARIA COELHO DE SOUSA RIBEIRO (ENGº) E CÔNJUGE 89.130 0 89.130 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0 0 0,00 0 0,00

CARLOS MANUEL MARQUES MARTINS (ENGº) E CÔNJUGE 24.230 0 24.230 0,01 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0 0 0,00 0 0,00

ISMAEL ANTUNES HERNANDEZ GASPAR (ENGº) E CÔNJUGE 49.110 0 49.110 0,02 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0 0 0,00 0 0,00

MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA 68.617.423 47.890 68.665.313 33,55 5.100 51,00 10.200 51,00 0 0,00 0 0 0 0,00 0 0,00

ALGOSI - GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS, SA 39.635.345 0 39.635.345 19,37 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0 0 0,00 0 0,00

VALLIS - SGPS, SA 39.635.305 0 39.635.305 19,37 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0 0 0,00 0 0,00

SOMOTA, SGPS, SA 0 0 0 0,00 0 0,00 0 0,00 4.200.000 70,00 0 0 0 0,00 0 0,00

FM, SGPS, SA 0 0 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 588.249 152 588.401 58,84 0 0,00

Os restantes membros dos Orgãos Sociais não são titulares dos valores mobiliários em causa.

FM, SGPS, SA

Detendo em 2004.12.31 acções de

MOTA-ENGIL,SGPS, SA ALGOSI, SGPS, SA MGP, SGPS, SAVALLIS, SGPS, SA SOMOTA, SGPS, SA

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

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correspondentes, calculada nos termos do artigo

20º do Código dos Valores Mobiliários, em 31 de

Dezembro de 2004:

1. A F.M. - SOCIEDADE DE CONTROLO, SGPS, SA,

com sede na Rua do Rego Lameiro, nº 38, no

Porto, com o capital social de Euros 250.000,00,

matriculada na Conservatória do Registo

Comercial do Porto sob o nº 3.586/950920,

pessoa colectiva nº 503.488.860 era detida em 31

de Dezembro de 2004 pelos Administradores da

MOTA-ENGIL, SGPS, SA, Engº António Manuel

Queirós Vasconcelos da Mota, Drª Maria Manuela

Queirós Vasconcelos Mota, Drª Maria Teresa

Queirós Vasconcelos Mota e Engª Maria Paula

Queirós Vasconcelos Mota respectivamente nas

percentagens de, para o primeiro de 38,23% e

20,59% para cada uma das três restantes, no

total de 100%.

2. Os quatro acima referidos Administradores da

MOTA-ENGIL, SGPS, SA, Engº António Manuel

Queirós Vasconcelos da Mota, Drª Maria Manuela

Queirós Vasconcelos Mota, Drª Maria Teresa

Queirós Vasconcelos Mota e Engª Maria Paula

Queirós Vasconcelos Mota detinham em 31 de

Dezembro de 2004 no capital da sociedade

SOMOTA, SGPS, SA, Sociedade Aberta, com sede

na Casa da Calçada, Amarante, com o capital

social de Euros 5.000.000,00 matriculada na

Conservatória do Registo Comercial de Amarante

sob o nº 969/960424, pessoa colectiva nº

503.634.514 respectivamente nas percentagens

de, para o primeiro de 6,05% e 5,04% para cada

uma das três restantes, enquanto que a F.M. -

Sociedade de Controlo, SGPS, SA , S.A. detinha

58,84% do mesmo capital pelo que a SOMOTA é

detida no total de 80,02%.

3. A MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA,

com sede na Rua do Rego Lameiro, nº 38, no

Porto, com o capital social de Euros

30.000.000,00, matriculada na Conservatória do

Registo Comercial do Porto sob o nº

50.875/931115, pessoa colectiva nº 503.101.524

era detida em 31 de Dezembro de 2004 pelos

Administradores da MOTA-ENGIL, SGPS, SA, Engº

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota,

Drª Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota,

Drª Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota e

Engª Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota

respectivamente nas percentagens de, para o

primeiro de 5,5% e 4,0% para cada uma das três

restantes, enquanto que a SOMOTA a detém na

percentagem de 70,0% pelo que a MOTA GESTÃO

E PARTICIPAÇÕES é detida em 87,50% pelos

referidos.

4. A MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA,

com sede na Rua do Rego Lameiro, Nº 38, no

Porto, com o capital social de Euros

30.000.000,00, matriculada na Conservatória do

Registo Comercial do Porto sob o nº

50.875/931115, pessoa colectiva nº 503 101 524,

detinha em 31 de Dezembro de 2004, no capital

da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.:

i) directamente, 68.665.313 acções escriturais,

ordinárias, ao portador, com o valor nominal de 1

euro cada, correspondentes a 33,55% do capital,

e a que correspondem 34,94% dos direitos de

voto;

ii) indirectamente, através da VALLIS, SGPS, SA,

com sede na Rua do Rêgo Lameiro, Nº 38, no

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Relatório Consolidado de Gestão relativo a 2004

72

Porto, com o capital social de euros 100.000,00,

matriculada na Conservatória do Registo

Comercial do Porto sob o nº 9.667/980322,

pessoa colectiva nº 504 125 257, sociedade

detida em 51% pela MOTA GESTÃO E

PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, 39.635.305 acções

escriturais, ordinárias, ao portador, com o valor

nominal de 1 euro cada, correspondentes a

19,37% do capital, e a que correspondem 20,17%

dos direitos de voto;

iii) indirectamente, através da ALGOSI - GESTÃO DE

PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS, SA, com sede na

Rua do Rêgo Lameiro, Nº38, no Porto, com o

capital social de euros 50.000,00 matriculada na

Conservatória do Registo Comercial do Porto sob

o nº 6.655/980522, pessoa colectiva n º 504 170

945, sociedade detida em 51% pela MOTA

GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, 39.635.345

acções escriturais, ordinárias, ao portador, com o

valor nominal de 1 euro cada, correspondentes a

19,37% do capital, e a que correspondem 20,17%

dos direitos de voto.

5. Os membros do Conselho de Administração e

do Órgão de Fiscalização da MOTA GESTÃO E

PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA detinham em 31 de

Dezembro de 2004, individualmente, no capital da

MOTA-ENGIL, SGPS, S.A., acções escriturais,

ordinárias ao portador com o valor nominal de 1

euro cada, cuja totalidade era de 15.637.140,

correspondentes a 7,64% do capital, e a que

correspondem 7,96% dos direitos de voto; dos

membros dos referidos órgãos sociais da MOTA

GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, apenas o

Engº António Manuel Queirós Vasconcelos da

Mota,.individualmente, detém um número de

acções da MOTA-ENGIL, SGPS, SA representa-

tivas de 2% ou mais do capital (2,06%).

Os direitos de voto, mencionados nas alíneas ii) e

iii) do n.º 4 e no n.º 5 supra, são imputáveis à

MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, nos

termos do disposto do artigo 20º do Código dos

Valores Mobiliários.

6. A Caixagest – Gestão de Fundos, SA detinha

em 31 de Dezembro de 2004, no capital da MOTA-

ENGIL, SGPS, SA, 4.882.285 acções escriturais,

ordinárias, ao portador, com o valor nominal de 1

euro cada, correspondentes a 2,39% do capital e

a 2,48% do direitos de voto.

7. A CGD Pensões – Sociedade Gestora de

Fundos, SA detinha em 31 de Dezembro de 2004,

no capital da MOTA-ENGIL, SGPS, SA, 12.022.422

acções escriturais, ordinárias, ao portador, com o

valor nominal de 1 euro cada, correspondentes a

5,88% do capital e a 6,12% do direitos de voto.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

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Notas Explicativas 2004 2003

Vendas e prestações de serviços 18 1.168.635.179 1.005.327.043 Custo das vendas e das prestações de serviços (1.071.427.935) (922.815.649)

Resultados brutos 97.207.244 82.511.394

Outros proveitos e ganhos operacionais 71.057.923 57.674.005 Custos de distribuição (8.872.574) (6.463.129) Custos administrativos (59.802.990) (54.283.831) Outros custos e perdas operacionais (30.161.744) (17.528.551)

Resultados operacionais 69.427.859 61.909.888

Custo líquido de financiamento 24 (29.836.137) (32.865.210) Ganhos (perdas) em filiais e associadas 24 774.928 1.260.489 Ganhos (perdas) em outros investimentos 24 158.209 71.821

Resultados correntes 40.524.859 30.376.988

Impostos sobre os resultados correntes 26 (12.834.993) (10.801.025)

Resultados correntes após impostos 27.689.866 19.575.963

Resultados extraordinários - -Impostos sobre os resultados extraordinários - -

Resultados líquidos 27.689.866 19.575.963

Interesses minoritários 27 (5.620.766) (4.193.019)

Resultado consolidado líquido do exercício 22.069.100 15.382.944

Resultados por acção 0,1128 0,0786

MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.

Para ser lido em conjunto com o anexo ao balanço e à demonstração dos resultados e correspondentes notas explicativas.

Demonstração Consolidada dos Resultados por Funções para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003

(Montantes expressos em Euro)

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2004 2003

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes 1.213.307.170 1.041.264.501 Pagamentos a fornecedores (848.392.551) (688.639.527)Pagamento ao pessoal (168.829.231) (143.605.723)

Fluxos gerados pelas operações 196.085.388 209.019.251

Pagamento/Recebimento de imposto sobre o rendimento (15.602.117) (13.676.409)Outros recebimentos/pagamentos de actividades operacionais (7.609.058) (59.130.778)

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 172.874.213 136.212.064

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 1.330.444 617.214 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (4.013.964) (1.298.033)

Fluxos das actividades operacionais (1) 170.190.693 135.531.245

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:Investimentos financeiros 841.981 2.885.444 Imobilizações corpóreas 669.553 4.632.772 Subsídios de investimento 949.580 82.025 Juros e proveitos similares 9.648.998 6.132.411

12.110.112 13.732.652 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros (33.006.034) (22.595.870)Imobilizações corpóreas (63.261.784) (59.573.893)Imobilizações incorpóreas (63.935) (29.498)

(96.331.753) (82.199.261)Fluxos das actividades de investimento (2) (84.221.641) (68.466.609)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:Empréstimos obtidos 171.157.530 593.449.200 Subsídios e doações 122.680 156.092 Venda de acções/quotas próprias 1.374.578 533 Outros 6.260.561 60.245

178.915.349 593.666.070

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos (181.813.984) (596.377.590)Amortizações de contratos de locação financeira (21.526.601) (19.237.373)Juros e custos similares (32.459.252) (25.648.248)Dividendos (10.758.410) (13.692.536)Aquisição de acções próprias - (380)

(246.558.247) (654.956.127)Fluxos das actividades de financiamento (3) (67.642.898) (61.290.057)

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) 18.326.154 5.774.579 Variações decorrentes de alterações de perímetro 5.453.708 666.440 Caixa e seus equivalentes no início do exercício 30.262.296 23.821.277 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 54.042.158 30.262.296

Para ser lido em conjunto com o anexo ao balanço e à demonstração dos resultados e correspondentes notas explicativas

MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.

Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa

(Montantes expressos em Euro)

para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003

Notas Explicativas

29

29

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados 31 de Dezembro de 2004

79

Indicações obrigatórias constantes do Plano Oficial de Contabilidade:

1) As informações relativas às empresas incluídas na consolidação pelo método integral são apresentadas na Nota Explicativa 4.

2) Os motivos da exclusão de empresas do grupo da consolidação pelo método integral são apresentados na Nota Explicativa 4.

3) As informações relativas a empresas associadas são apresentadas na Nota Explicativa 4.

4) Os motivos da exclusão de empresas associadas da consolidação pelo método da equivalência patrimonial são apresentados na Nota Explicativa 4.

5) As informações relativas a empresas consolidadas pelo método proporcional são apresentadas na Nota Explicativa 4.

6) As informações relativas a empresas participadas em mais de 10% cuja informação não foi apresentada nas notas anteriores são referidas na Nota Explicativa 4.

7) O número médio de trabalhadores ao serviço, durante o exercício de 2004, das empresas incluídas na consolidação pelos métodos integral e proporcional, bem como a sua repartição por categorias encontra-se referido na Nota Explicativa 22.

8) Não existem casos em que a aplicação das normas de consolidação não seja suficiente para que as demonstrações financeiras consolidadas dêem uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas incluídas na consolidação.

9) Não existe qualquer afastamento da aplicação das normas de consolidação efectuado para se obter a necessária imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto de empresas incluídas na consolidação.

10) A discriminação das diferenças de consolidação, indicação dos métodos de cálculo adoptados e explicitação das variações significativas ocorridas no período em análise, são apresentados nas Notas Explicativas 2, 11 e 16.

11) Não existem alterações materialmente relevantes de métodos e procedimentos de consolidação que afectem a comparabilidade dos valores do exercício de 2004 com os do exercício de 2003. As alterações de métodos de consolidação são apresentadas na Nota Explicativa 4.

12) Não existem situações, materialmente relevantes, que impliquem a eliminação de resultados decorrentes de operações efectuadas entre empresas do grupo ou associadas.

13) As demonstrações financeiras consolidadas são elaboradas com referência à mesma data das demonstrações financeiras da empresa-mãe.

14) Não existem alterações significativas na composição do conjunto das empresas incluídas na consolidação durante o exercício de 2004.

15) Os critérios de valorimetria utilizados pelas empresas do grupo foram consistentes entre si e são os descritos na Nota Explicativa 1.

16) Não existem ajustamentos excepcionais de valor dos activos, feitos exclusivamente para fins fiscais e não eliminados da consolidação.

17) A justificação da amortização do valor de diferenças de consolidação para além do período de cinco anos é apresentada na Nota Explicativa 2.

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Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados 31 de Dezembro de 2004

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18) Os critérios de contabilização das participações em empresas associadas são referidos na Nota Explicativa 4.

19) A aplicação no exercício de 2004 do método da equivalência patrimonial pela primeira vez a participações financeiras é apresentada na Nota Explicativa 4.

20) Não existem elementos do activo ou do passivo de empresas associadas que tenham sido valorizados segundo critérios diferentes dos utilizados na consolidação, com excepção do referido na Nota 43.

21) Não existem compromissos financeiros que não figurem no balanço consolidado.

22) A descrição das responsabilidades por garantias prestadas, desdobradas por natureza é apresentada na Nota Explicativa 17.

23) As bases de apresentação e principais critérios valorimétricos utilizados são apresentados na Nota Explicativa 1.

24) O método de conversão utilizado para conversão em Euros dos elementos incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas que sejam ou tenham sido originariamente expressos em moeda estrangeira é apresentado na Nota Explicativa 1-c-xvii).

25) Os valores incluídos em despesas de instalação e em despesas de investigação e desenvolvimento são analisados na Nota Explicativa 2.

26) Não existem trespasses amortizados para além de um período de cinco anos.

27) Os movimentos do activo imobilizado constantes do balanço consolidado e nas respectivas amortizações e provisões são apresentados nas Notas Explicativas 2, 3 e 4.

28) Não existem juros suportados referentes a imobilizado em construção que tenham sido capitalizados no exercício de 2004.

29) Não existem ajustamentos do valor dos activos compreendidos na consolidação que tenham sido objecto de amortizações e de provisões extraordinárias, feitas exclusivamente para fins fiscais.

30) Em 31 de Dezembro de 2004 não existem diferenças significativas, que não estejam cobertas pelas provisões constituídas pelo Grupo, entre os valores das rubricas do activo circulante, calculados de acordo com os critérios valorimétricos adoptados pelo Grupo e o respectivo valor de mercado.

31) Não existem elementos do activo circulante que se encontrem registados a um valor inferior ao mais baixo do custo ou do valor de mercado.

32) As provisões extraordinárias respeitantes a elementos do activo circulante são apresentadas nas Notas Explicativas 5 e 7.

33) As dívidas a terceiros com vencimento a mais de cinco anos são apresentadas na Nota Explicativa 14.

34) O montante total das dívidas a terceiros cobertas por garantias reais prestadas por empresas incluídas na consolidação, com indicação de natureza e forma é apresentado na Nota Explicativa 17.

35) Não existem diferenças levadas ao activo, entre as importâncias das dívidas a pagar e as correspondentes dívidas arrecadadas.

36) A análise do valor líquido consolidado das vendas e das prestações de serviços é apresentada na Nota Explicativa 18.

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Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados 31 de Dezembro de 2004

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37) Os elementos do activo, passivo e dos capitais próprios foram valorizados segundo critérios de valorimetria uniformes, excepto quanto ao referido na Nota 43, de acordo com o estipulado no Plano Oficial de Contas, e não foram efectuadas amortizações e provisões extraordinárias com vista a obter vantagens fiscais durante o exercício de 2004 ou em períodos anteriores.

38) A diferença entre os impostos imputados à demonstração consolidada dos resultados do período e dos períodos anteriores, e os impostos já pagos e a pagar relativamente a esses mesmos períodos encontra-se descrita na Nota Explicativa 26.

39) As remunerações atribuídas aos membros dos orgãos sociais que estejam relacionadas com o exercício das respectivas funções, bem como o montante dos compromissos em matéria de pensões de reforma referentes a antigos membros destes orgãos são apresentadas na Notas Explicativas 22 e 1-c-x).

40) Não existem adiantamentos ou empréstimos concedidos aos membros dos orgãos de administração ou de fiscalização da Empresa-mãe, efectuados por esta última ou por uma empresa filial.

41) Os diplomas legais em que se baseou a reavaliação de imobilizações corpóreas são apresentados na Nota Explicativa 3.

42) A análise das reavaliações é apresentada na Nota Explicativa 3.

43) Durante o exercício de 2004, o Grupo procedeu à alteração da política contabilística relativa aos imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio, bem como para arrendamento e exploração, e aos terrenos afectos à exploração de pedreiras registados em imobilizado corpóreo, passando a registá-los pelo valor revalorizado, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e ou perdas de imparidade acumuladas. Por razões de funcionamento do mercado local, o Grupo optou por não aplicar esta medida aos activos imobiliários situados nos países africanos e no Peru. O impacto no resultado líquido consolidado do exercício e no capital próprio consolidado foi negativo no montante de Euro 336.929 e positivo no montante de Euro 19.762.257, respectivamente.

Adicionalmente, o critério de depreciação aplicado ao equipamento básico consistia na utilização de taxas de amortização que estavam indexadas à taxa de ocupação dos equipamentos verificada no exercício, mas mantendo-se dentro dos limites legais. No exercício de 2004, abandonou-se este critério passando-se a depreciar os equipamentos básicos tendo em conta a existência, quando aplicável, de um valor residual, o qual é estabecido em função do valor residual prevalecente à data da estimativa de activos semelhantes que tenham atingido o fim das suas vidas úteis e que tenham funcionado sob condições semelhantes àquelas em que o activo será usado. No entanto, a alteração de critério não teve qualquer impacto material sobre as amortizações do exercício.

44) A análise dos resultados financeiros consolidados é apresentada na Nota Explicativa 24.

45) A análise dos resultados extraordinários consolidados é apresentada na Nota Explicativa 25.

46) O movimento ocorrido nas provisões é apresentado nas Notas Explicativas 4 a 8 e 13.

47) A indicação dos bens utilizados no regime de locação financeira é apresentada na Nota Explicativa 14.

48) Em 31 de Dezembro de 2004, o montante de contas a receber cedidas em “factoring” ascendia a Euro 28.535.896. Nesta mesma data, a rubrica “Dívidas de terceiros – médio e longo prazo” - “Clientes, títulos a receber” incluem, essencialmente, letras aceites pelas empresas participadas sediadas em Angola (Paviterra e ICER), nos montantes de Euro 9.661.382 e Euro 720.915, respectivamente.

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Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados 31 de Dezembro de 2004

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49) Não existem outras informações exigidas por diplomas legais.

50) Não existem outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas incluídas na consolidação, para além das apresentadas nas notas explicativas deste anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados.

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NOTAS EXPLICATIVAS (Faz parte integrante do anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados)

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Notas Explicativas

2004 Euro

2003 Euro

Activo

Imobilizações incorpóreas 2 37.071.298 33.263.331 Imobilizações corpóreas 3 325.843.623 299.439.860 Investimentos financeiros 4 131.061.099 84.973.896 Dívidas de terceiros de médio e longo prazo 5 43.862.578 67.086.033 Existências 6 125.801.613 101.707.271 Dívidas de terceiros de curto prazo 7 471.659.346 458.786.546 Títulos negociáveis 8 7.497.380 516.369 Disponibilidades 9 46.544.778 29.745.927 Acréscimos e diferimentos activos 10 79.006.276 143.405.650 Activos por impostos diferidos 26 28.812.030 23.918.969

1.297.160.021 1.242.843.852

Capital Próprio

Capital 11 204.635.695 204.635.695 Acções próprias 11 (11.107.385) (12.292.915)Prémios de emissão de acções 11 87.256.034 87.256.034 Diferenças de consolidação 11 (57.448.337) (49.626.822)Ajustamentos de conversão cambial 11 (58.987.269) (48.902.375)Reservas e resultados transitados 11 34.726.792 30.402.373 Resultado consolidado líquido do exercício 11 22.069.100 15.382.944

Total do Capital Próprio 221.144.630 226.854.934

Interesses Minoritários 12 32.780.561 20.862.207

Passivo

Provisões para outros riscos e encargos 13 9.745.425 17.249.465 Dívidas a terceiros de médio e longo prazo 14 340.091.069 288.782.331 Dívidas a terceiros de curto prazo 15 566.297.098 564.453.234 Acréscimos e diferimentos passivos 16 111.513.483 116.002.026 Passivos por impostos diferidos 26 15.587.755 8.639.655

Total do Passivo 1.043.234.830 995.126.711

1.297.160.021 1.242.843.852

MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Balanços Consolidados em 31 de Dezembro de 2004 e 2003

Para ser lido com o anexo ao balanço e à demonstração dos resultados e correspondentes notas explicativas

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Notas Explicativas

2004 Euro

2003 Euro

Proveitos operacionaisVendas e prestações de serviços 18 1.168.635.179 1.005.327.043 Variação da produção 1.902.381 (5.964.785)Trabalhos para a própria empresa 19 8.794.568 10.803.087 Subsídios à exploração 1.637.955 843.182 Outros proveitos e ganhos operacionais 45.935.935 39.643.074

1.226.906.018 1.050.651.601 Custos operacionais

Custo das mercadorias vendidas e consumidas 20 269.714.346 201.553.443 Fornecimentos e serviços externos 21 595.289.719 535.075.815 Custos com pessoal 22 220.654.620 187.252.280

Amortizações 2 e 3 54.444.814 59.681.071 Provisões 23 4.522.151 2.583.207

Outros custos operacionais 11.629.896 7.246.910

Resultado operacional 70.650.472 57.258.875

Resultado financeiro 24 (28.903.000) (31.532.900)

Resultado extraordinário 25 (1.222.613) 4.651.013

Imposto sobre o rendimento do exercício 26 12.834.993 10.801.025

Resultado consolidado líquido antes de interesses minoritários 27.689.866 19.575.963

Interesses minoritários 27 5.620.766 4.193.019

Resultado consolidado líquido do exercício 22.069.100 15.382.944

MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Demonstração dos Resultados Consolidadospara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003

Para ser lido com o anexo ao balanço e à demonstração dos resultados e correspondentes notas explicativas

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Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados 31 de Dezembro de 2004

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Nota Introdutória

A Mota – Engil, SGPS, S.A. (“Mota-Engil SGPS” ou “Empresa-mãe”), e empresas participadas (“Grupo”), têm como actividade principal as empreitadas de obras públicas e privadas e actividades com elas conexas.

Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro, salvo se expressamente referido em contrário.

1. Políticas Contabilísticas

a) Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2004 anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o Grupo (Nota Explicativa 4), mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Contudo, à data de elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, a maioria das demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação estão pendentes de aprovação pelos respectivos orgãos sociais. O Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS entende que essas demonstrações financeiras serão aprovadas sem alterações significativas.

b) Princípios de consolidação

A consolidação das empresas referidas na Nota Explicativa 4, efectuou-se pelos métodos de integração global e proporcional, conforme aplicável. As transacções e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processo de consolidação e o valor correspondente à participação de terceiros nas empresas consolidadas pelo método de integração global, é apresentado no balanço consolidado anexo, na rubrica “Interesses minoritários” (Nota Explicativa 12). As diferenças de consolidação, decorrentes da diferença entre o valor contabilístico das partes de capital e o valor da respectiva proporção do capital próprio que elas representam, foram registadas no balanço consolidado no capital próprio ou i) se positivo, nas imobilizações incorpóreas, ii) ou se negativo, na rubrica de proveitos diferidos (Notas Explicativas 2, 11 e 16).

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadas (Nota Explicativa 4) encontram-se valorizados pelo método da equivalência patrimonial, com excepção dos referidos nessa nota, os quais foram valorizados ao mais baixo do custo de aquisição, ou do valor estimado de realização.

c) Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, foram os seguintes:

i) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas com aumentos de capital, investigação, software e trespasses, sendo amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período entre três e seis anos. As diferenças de consolidação são amortizadas durante um período entre cinco e vinte anos, e são registadas em rubricas de custos e perdas financeiras (Notas Explicativas 2 e 24).

ii) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se registadas ao custo de aquisição, reavaliado de acordo com as disposições legais aplicáveis (Nota Explicativa 3). As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição.

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Conforme mencionado na Nota 43, a partir do exercício de 2004, os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos quaisquer subsequente depreciação acumulada e ou perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são feitas periodicamente, por avaliadores imobiliários independentes (no caso presente a Luso-Roux, S.A.), de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor do respectivo imóvel. O método utilizado foi o do custo de reposição depreciado. Os terrenos afectos à exploração de pedreiras, bem como alguns custos relacionados (despesas suportadas com o licenciamento e arranque das pedreiras e os custos a incorrer com o desmantelamento das mesmas) são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos quaisquer subsequente depreciação acumulada e ou perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são feitas periodicamente, por avaliadores independentes (no caso presente o Sr. Engº José António Simões Cortez - Professor Catedrático da Faculdade de Engenharia Jubilado), de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor da respectiva pedreira.

As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do activo pelo Grupo, do desgaste natural esperado, da sujeição a uma previsível obsolescência técnica e, a partir de 1 de Janeiro de 2004, o valor residual atribuível ao bem. O valor residual atribuível ao bem é estimado com base no valor residual prevalecente à data da estimativa de activos semelhantes que tenham atingido o fim das suas vidas úteis e que tenham funcionado sob condições semelhantes àquelas em que o activo será usado.

As vidas úteis estimadas são as seguintes:

Anos de vida útil Edifícios e outras construções 5 a 50 Equipamento básico 3 a 10 Equipamento de transporte 3 a 10 Ferramentas e utensílios 3 a 6 Equipamento administrativo 4 a 10 Taras e vasilhame 3 a 6 Outras imobilizações corpóreas 3 a 10

As despesas incorridas pelo Grupo com grandes reparações de imobilizado são amortizadas num período que varia entre 2 e 5 anos. As despesas de conservação e reparação que não aumentam a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos das imobilizações corpóreas, são registadas como custo do exercício em que ocorrem.

iii) Locação financeira

Os activos imobilizados adquiridos segundo contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades encontram-se reflectidos no balanço consolidado, sendo amortizados de acordo com as vidas úteis estimadas referidas na alínea anterior. A parcela de capital incluída nas rendas pagas relativas aos contratos de locação financeira é registada como redução daquelas responsabilidades, sendo os juros incluídos nessas rendas registados como custo financeiro do exercício a que respeitam.

iv) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em empresas associadas são registados pelo método da equivalência patrimonial sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido para o valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação dos resultados líquidos das associadas por

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contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos (Nota Explicativa 4).

Os restantes investimentos financeiros encontram-se registados ao mais baixo do custo de aquisição ou de mercado, e, no caso dos empréstimos concedidos, ao valor nominal.

As mais e menos valias apuradas na alienação de participações financeiras encontram-se contabilizadas em resultados financeiros.

v) Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Os produtos acabados e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico.

vi) Provisões para créditos de cobrança duvidosa

As provisões para créditos de cobrança duvidosa foram calculadas com base na avaliação global das perdas estimadas pela não cobrança das contas a receber de clientes e outros devedores.

vii) Outras aplicações de tesouraria

As outras aplicações de tesouraria encontram-se registadas ao mais baixo do custo de aquisição, ou valor de mercado.

viii) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio de especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos (Notas Explicativas 10 e 16).

ix) Acções próprias

As acções próprias são registadas ao custo de aquisição, sendo as mais ou menos-valias geradas com a sua alienação registadas directamente na rubrica “Reservas livres” (Nota Explicativa 11).

x) Pensões e complemento de pensões

A empresa Mota-Engil Engenharia assumiu em exercícios anteriores o compromisso de conceder a alguns dos seus ex-empregados prestações pecuniárias a título de complemento de pensões de reforma. Em 31 de Dezembro de 2004 esta participada tem constituído em acréscimos de custos e em provisões para riscos e encargos os montantes de, aproximadamente, Euro 4.100.000 e Euro 1.750.000, respectivamente, que visam dar cobertura às responsabilidades por serviços passados àquela data, tendo em consideração o previsto na Directriz Contabilística nº 19, relativamente ao diferimento das responsabilidades por serviços passados geradas antes da sua publicação (Notas Explicativas 13 e 16).

xi) Reconhecimento de custos e proveitos em obras

O Grupo reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método de percentagem de acabamento, o qual é entendido como sendo a relação entre os custos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma destes custos com os custos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos proveitos estimados e os valores facturados, são contabilizadas nas rubricas "Acréscimos de proveitos" (Nota Explicativa 10) ou "Proveitos diferidos" (Nota Explicativa 16).

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Relativamente aos contratos de prestação de serviços das sucursais no estrangeiro, os proveitos são registados com base nos autos de medição dos trabalhos realizados, sendo as diferenças positivas ou negativas face à facturação efectuada, calculadas contrato a contrato e, apresentadas nas rubricas do balanço “Acréscimos de proveitos” (Nota Explicativa 10) ou “Proveitos diferidos” (Nota Explicativa 16), excepto no caso da Mota-Engil Engenharia em que tal registo é efectuado pelo seu valor líquido.

xii) Obras de construção civil e obras públicas de curta duração

Nestes contratos de prestação de serviços o Grupo reconhece os proveitos e custos à medida que se facturam ou incorrem, respectivamente.

xiii) Reconhecimento de custos e proveitos na actividade imobiliária

As vendas da actividade imobiliária e os correspondentes custos das fracções vendidas são registados no momento em que existe expectativa, pelas condições contratuais, de que os clientes irão consumar a aquisição, isto é, quando o preço da venda está na sua quase totalidade pago, ou em que existe acordo de compra com entidades públicas relativo a planos de realojamento. A margem das vendas é ponderada pela percentagem de acabamento do imóvel, determinada pela relação entre os custos incorridos e os custos totais estimados.

xiv) Trabalhos para a própria empresa

Os trabalhos para a própria empresa correspondem basicamente a obras de construção e beneficiação, executadas pelas próprias empresas, bem como grandes reparações de equipamentos e incluem custos com materiais, mão-de-obra directa e gastos gerais.

xv) Resultados em Agrupamentos Complementares de Empresas

Os resultados nos Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE) são reconhecidos ou na proporção em que se participa nesses agrupamentos, ou através de facturação de custos e proveitos com os ACE.

xvi) Sucursais no estrangeiro

Em 31 de Dezembro de 2004, as demonstrações financeiras das sucursais no estrangeiro foram integradas nas demonstrações financeiras consolidadas, tendo sido eliminadas as transacções com elas efectuadas. As diferenças de câmbio originadas na conversão para Euro dessas demonstrações financeiras foram incluídas no capital próprio. Seguidamente apresenta-se um resumo da informação relativa às principais sucursais no estrangeiro:

Angola Benin Hungria Moçambique Polónia Rep. Checa Chade

Activos Imobilizados 40.637.712 2.053 - 32.551 93.090 52.521 163.853

Activos Circulantes 31.975.289 5.180.231 10.883.201 1.346.080 26.828.399 334.746 6.514.137

Acréscimos e Diferimentos Activos 10.543.486 545.186 1.631.012 224.314 206.381 - 5.796.573

Passivos 48.684.994 6.607.868 13.203.647 4.558.123 27.806.126 281.070 17.614.818

xvii) Activos e passivos expressos em moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euro, utilizando-se as cotações oficiais vigentes em 31 de Dezembro de 2004. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício.

As diferenças de câmbio favoráveis nas dívidas de médio e longo prazo foram registadas como proveito diferido (Nota Explicativa 16).

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As diferenças de câmbio originadas na conversão para Euro de demonstrações financeiras das empresas participadas registadas pelo método da equivalência patrimonial são registadas directamente em capitais próprios.

As demonstrações financeiras de empresas participadas e sucursais expressas em moeda estrangeira, que não Quanzas Angolanos, foram convertidas para Euro, através da utilização das seguintes taxas de câmbio:

Histórica: para as rubricas do capital próprio, com excepção do resultado do ano;

Vigente no final do ano: para a totalidade dos activos e passivos, e para a demonstração dos resultados do ano.

As demonstrações financeiras de empresas participadas expressas em Quanzas Angolanos foram convertidas para Euro, através da utilização das seguintes taxas de câmbio:

Histórica: para as rubricas de imobilizado e do capital próprio, com excepção do resultado do ano;

Vigente no final do ano: para a totalidade dos activos e passivos monetários;

Média: para a demonstração dos resultados do ano.

As diferenças de câmbio originadas nesta conversão, foram incluídas no capital próprio na rubrica “Ajustamentos de conversão cambial” (Nota Explicativa 11).

xviii) Impostos diferidos

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de tributação (Nota Explicativa 26).

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura. (Nota Explicativa 26).

xix) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”

Os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em “factoring” à data de balanço, estão evidenciadas pelo seu valor nominal, como dedução às correspondentes rubricas do activo, sendo os juros registados de acordo com o critério da especialização do exercício (Nota 48 do Anexo ao balanço e à demonstração dos resultados consolidados).

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2. Imobilizações incorpóreas

Durante o exercício de 2004, o movimento ocorrido no valor de custo das imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas foi o seguinte:

Saldo inicial Aumentos Abates Transferências Saldo finalValor Bruto:

Despesas de instalação 11.400.408 174.986 (9.681.203) 210.058 2.104.249 Despesas de investigação e desenvolvimento 2.970.688 476.970 (696.576) 4.063.034 6.814.116 Propriedade industrial e outros direitos 831.308 334.156 (25.882) 2.927.545 4.067.127 Trespasses 196.564 142.457 (179.106) 7.380.001 7.539.916 Imobilizações em curso 369.128 222.035 - (535.553) 55.610 Outras imobilizações incorpóreas - - - 700.798 700.798 Diferenças de consolidação 36.649.026 5.267.571 (1.236.487) (2.813.996) 37.866.114

52.417.122 6.618.175 (11.819.254) 11.931.887 59.147.930

Amortizações Acumuladas:

Despesas de instalação (10.871.221) (327.275) 9.681.203 (175.038) (1.692.331) Despesas de investigação e desenvolvimento (1.436.621) (1.000.781) 695.097 (1.317.156) (3.059.461) Propriedade industrial e outros direitos (387.074) (351.806) 21.825 (1.669.292) (2.386.347) Trespasses (187.835) (165.698) 179.106 (1.608.070) (1.782.497) Outras imobilizações incorpóreas - - - (463.845) (463.845) Diferenças de consolidação (6.271.040) (6.629.552) - 208.441 (12.692.151)

(19.153.791) (8.475.112) 10.577.231 (5.024.960) (22.076.632)

33.263.331 (1.856.937) (1.242.023) 6.906.927 37.071.298

Os valores inscritos na coluna de transferências do valor bruto do imobilizado, incluem os movimentos decorrentes da alteração no perímetro da consolidação e o efeito da variação cambial, nos montantes positivos de Euro 9.859.031 e de Euro 63.097, respectivamente. Os valores correspondentes no mapa de movimentos das amortizações acumuladas ascendem a Euro 2.261.991 e Euro 28.391 positivos.

Incluído ainda na coluna de transferências encontra-se o montante bruto de imobilizado de cerca de Euro 4.800.000 relativo a software, os quais foram transferidos de imobilizado corpóreo. O montante correspondente às amortizações acumuladas ascende a cerca de Euro 2.900.000.

O Grupo tem vindo a registar nas rubricas de “Despesas de instalação”, “Despesas de investigação e desenvolvimento” e “Propriedade industrial e outros direitos” as seguintes naturezas de custo que, em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, apresentavam os seguintes saldos:

31.12.04 31.12.03

2.104.249 11.400.408 (1.692.331) (10.871.221)

411.918 529.187

6.814.116 2.970.688 (3.059.461) (1.436.621)

3.754.655 1.534.067

4.067.127 831.308 (2.386.347) (387.074)

1.680.780 444.234

Amortizações acumuladas

Propriedade industrial e outros direitos:

Direitos e licenciamentos

Despesas de instalação:

Despesas incorridas com aumentos de capital e organizaçãoAmortizações acumuladas

Despesas de investigação e desenvolvimento:

Estudos e projectosAmortizações acumuladas

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Os saldos apresentados na rubrica “Diferenças de consolidação”, correspondem às diferenças positivas entre o custo de aquisição das partes de capital e a proporção dos respectivos capitais próprios à data de compra, sendo amortizadas no período estimado de recuperação dos investimentos actualmente compreendido entre 5 e 20 anos. Em 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica apresentava a seguinte composição:

Activo Amortizações Activobruto acumuladas líquido

Armando Duarte 272.977 (272.977) - Aurimove 83.242 (49.945) 33.297 Corgimobil 635.615 - 635.615 Correia & Correia 175.622 (30.734) 144.888 Geogranitos 3.030.068 (3.030.068) - Icil-Icafal 801.137 (801.137) - Indaqua 2.351.508 - 2.351.508 Mota-Engil Polska 4.463.444 (1.197.620) 3.265.824 M-Invest Stodulsky 832.778 - 832.778 Manvia 497.747 (99.549) 398.198 Maprel 526.637 (315.982) 210.655 Maprel Nelas 526.700 (316.020) 210.680 Martifer 1.160.816 (348.245) 812.571 Metalruda 2.344.994 (586.249) 1.758.745 MKC 271.708 - 271.708 Mota-Viso 19.900 (11.940) 7.960 Ornamag 1.865.878 (1.865.878) - Sols e Solsuni 6.821.760 (1.804.408) 5.017.352 Sonauta 898.979 (179.796) 719.183 STL 2.563.693 (256.370) 2.307.323 Suma 3.404.208 (686.198) 2.718.010 Timoz 541.221 (541.221) - UTIL 2.599.520 (259.952) 2.339.568 Vibeiras 189.313 (37.862) 151.451 Vortal 986.649 - 986.649

37.866.114 (12.692.151) 25.173.963

O aumento na rubrica “Diferenças de consolidação”, resulta da diferença positiva gerada no exercício de 2004 entre o custo de aquisição de parte do capital das associadas e a proporção do respectivo capital próprio à data de compra daquela parte de capital. Os aumentos podem ser analisados como segue:

Vibeiras 189.313 M Invest Stodulky 832.778 Vortal 986.649 Corgimobil 635.615 MKC 271.708 Indaqua 2.351.508

5.267.571

No decorrer do exercício de 2004, a empresa procedeu à realização de testes de imparidade a todas as diferenças de consolidação reconhecidas, tendo decidido amortizar extraordinariamente as diferenças de consolidação geradas nas seguintes participações: Geogranitos, Icil-Icafal e Grupo Ornamag.

Dos aumentos de Amortizações das Diferenças de consolidação no montante de Euro 6.629.552 foi registado na rubrica de Resultados financeiros (Nota Explicativa 24) o valor de Euro 1.819.657 e o remanescente, líquido do reconhecimento das diferenças de consolidação negativas, foi registado na rubrica de Resultados extraordinários.

Dada a inclusão de algumas empresas na consolidação, as quais se encontravam excluídas da mesma à data de 31 de Dezembro de 2003, e dada a aquisição de participações financeiras nos último dias do ano de 2004, o Grupo não procedeu a amortização das respectivas diferenças de consolidação geradas.

O abate na rubrica “Diferenças de consolidação” respeita a uma correcção efectuada no cálculo do goodwill da Util, enquanto a coluna das transferências, no montante líquido de Euro 2.605.555,

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corresponde ao goodwill anteriormente registado na participação na Lusoponte. No exercício de 2004, foi interrompida a consolidação desta participada na sequência das alterações ocorridas na estrutura accionista da Lusoponte, com consequências ao nível da capacidade de influência na sua gestão por parte do Grupo.

3. Imobilizações Corpóreas

Durante o exercício de 2004, o movimento ocorrido no valor de custo ou reavaliado das imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas foi o seguinte:

Saldo inicial Aumentos AlienaçõesTransferências e

abates Saldo finalValor Bruto:

Terrenos e recursos naturais 38.657.477 4.094.834 - 14.889.930 57.642.241 Edifícios e outras construções 111.027.601 4.383.435 (302.989) 20.051.363 135.159.410 Equipamento básico 320.586.504 23.392.586 (16.996.938) 4.539.449 331.521.601 Equipamento de transporte 133.657.623 4.825.037 (5.105.441) 1.156.058 134.533.277 Ferramentas e utensílios 8.686.451 660.113 (143.477) 314.538 9.517.625 Equipamento administrativo 29.247.803 1.909.084 (422.205) (1.402.070) 29.332.612 Taras e vasilhame 3.375.096 527.132 (164.325) (2.675) 3.735.228 Outras imobilizações corpóreas 2.522.945 418.732 (359.167) 850.618 3.433.128 Imobilizações em curso 25.445.674 28.206.814 - (22.690.374) 30.962.114 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 3.920.082 5.957.203 - (8.444.388) 1.432.897

677.127.256 74.374.970 (23.494.542) 9.262.449 737.270.133

Amortizações Acumuladas:

Terrenos e recursos naturais - (40.273) - (78.639) (118.912) Edifícios e outras construções (31.062.060) (5.474.592) 122.852 (3.130.789) (39.544.589) Equipamento básico (218.639.721) (28.294.861) 13.740.188 384.031 (232.810.363) Equipamento de transporte (96.144.522) (13.814.276) 4.430.579 1.657.838 (103.870.381) Ferramentas e utensílios (6.675.544) (967.856) 123.125 (87.916) (7.608.191) Equipamento administrativo (21.554.699) (3.030.029) 146.852 1.554.517 (22.883.359) Taras e vasilhame (2.593.119) (560.925) 7.164 46.841 (3.100.039) Outras imobilizações corpóreas (1.017.731) (416.442) 802 (57.305) (1.490.676)

(377.687.396) (52.599.254) 18.571.562 288.578 (411.426.510)

299.439.860 21.775.716 (4.922.980) 9.551.027 325.843.623

Os valores inscritos na coluna de transferências e abates do valor líquido do imobilizado, incluem os movimentos decorrentes da alteração no perímetro da consolidação e o efeito da variação cambial, nos montantes positivo de Euro 11.853.875 e negativo de Euro 786.932, respectivamente. Adicionalmente, esta coluna inclui ainda as transferências para imobilizado incorpóreo e para investimentos financeiros dos montantes de Euro 1.900.000 (Nota Explicativa 2) e Euro 14.894.940 (Nota Explicativa 4), respectivamente.

Conforme referido na Nota Explicativa 1 c-ii), no decorrer do exercício de 2004, as empresas associadas procederam à reavaliação dos seus imóveis para uso próprio, assim como dos terrenos afectos à exploração de pedreiras. O efeito líquido desta reavaliação no valor do imobilizado corpóreo ascendeu a Euro 30.173.508 (Nota explicativa 11).

O Grupo procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente:

• Decreto-Lei 219/82, de 2 de Junho • Decreto-Lei 399-G/84, de 28 de Dezembro • Decreto-Lei 118-B/86, de 27 de Maio • Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril • Decreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro • Decreto-Lei 264/92, de 24 de Novembro • Decreto-Lei 31/98, de 11 de Fevereiro.

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O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas reavaliadas e correspondente reavaliação em 31 de Dezembro de 2004, líquidos de amortizações, é o seguinte:

Custos históricos Reavaliação

Valores contabilísticos

reavaliadosImobilizações corpóreas

Terrenos e recursos naturais 34.214.171 23.309.158 57.523.329 Edifícios e outras construções 72.842.579 22.772.242 95.614.821 Equipamento básico 97.006.279 1.704.959 98.711.238 Equipamento de transporte 30.356.782 306.114 30.662.896 Ferramentas e utensílios 1.908.824 610 1.909.434 Equipamento administrativo 6.423.954 25.299 6.449.253 Taras e vasilhame 635.189 - 635.189 Outras imobilizações corpóreas 1.922.542 19.910 1.942.452

245.310.320 48.138.292 293.448.612

A totalidade do incremento das depreciações, no caso das reavaliações livres, ou uma parte (40%) desse incremento, no caso das reavaliações ao abrigo dos decretos lei referidos atrás, decorrente das reavaliações não é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável em sede de imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRC).

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 encontravam-se no estrangeiro, nomeadamente em sucursais, as seguintes imobilizações corpóreas propriedade da Mota-Engil Engenharia:

31.12.04 31.12.03

Angola 23.552.166 33.915.697 Benim 982.650 1.555.481 Bulgária 600 1.190 Hungria 890.535 - Chade 6.401.310 8.116.787 Gana 44.230 89.973 Malawi 356.209 603.997 Moçambique 82.573 171.392 Polónia 1.394.873 3.322.066 República Checa - 512

33.705.146 47.777.095

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4. Investimentos Financeiros

Durante o exercício de 2004, o movimento ocorrido no valor de custo ou reavaliado dos investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações e provisões acumuladas foi o seguinte:

Saldo inicial AumentosAlienações e

abates Transferências Saldo finalValor Bruto:

Partes de capital em empresas do grupo 12.388.979 670.188 (339.183) (5.751.028) 6.968.956 Empréstimos a empresas do grupo 1.692.771 - (56.963) (1.093.410) 542.398 Partes de capital em empresas associadas 6.820.447 18.306.769 (7.800) (1.366.395) 23.753.021 Empréstimos a empresas associadas 6.507.299 2.235.786 (40.413) 12.540.581 21.243.253 Partes de capital em empresas participadas 5.087.638 1.996 (87.362) 2.657.208 7.659.480 Empréstimos a empresas participadas 1.934.502 - (1.216.773) - 717.729 Títulos e outras aplicações financeiras 50.841.450 13.236.487 (119.660) 23.896.772 87.855.049 Imobilizações em curso 426.854 - - (426.854) - Adiantamentos por conta de investimentos financeiros 1.181.746 24.940 - - 1.206.686

86.881.686 34.476.166 (1.868.154) 30.456.874 149.946.572

Amortizações e Provisões Acumuladas:

Partes de capital em empresas do grupo (5.248) - - - (5.248) Empréstimos a empresas associadas - - - (16.500.744) (16.500.744) Títulos e outras aplicações financeiras (1.902.542) (442.842) 3.292 (37.389) (2.379.481)

(1.907.790) (442.842) 3.292 (16.538.133) (18.885.473)

84.973.896 34.033.324 (1.864.862) 13.918.741 131.061.099

Incluído em transferências encontram-se os montantes negativos de Euro 6.355.651 e de Euro 25.184 relativos a alterações no perímetro de consolidação, e à aplicação do método da equivalência patrimonial, respectivamente.

Incluído ainda, na coluna de transferências na conta “Empréstimos a empresas associadas” encontra-se o montante de Euro 12.500.167, (ao qual acresce o montante que transita do saldo inicial Euro 4.000.577) relativo aos empréstimos concedidos à Intercon, Construção, ACE os quais encontravam-se já abatidos ao activo por utilização de provisões. Dado que se aguarda para breve a liquidação deste ACE, o Grupo optou por reescrever os empréstimos concedidos e as provisões constituídas em anos anteriores no montante de Euro 16.500.744.

Adicionalmente, na coluna de transferências na conta “Títulos e outras aplicações financeiras” encontram-se os montantes: de Euro 1.811.957, relativo à reavaliação ocorrida nos investimentos em imóveis; de Euro 14.894.940, relativo a imóveis registados na sucursal de Angola que se encontram arrendados, e antes se encontravam registados em imobilizações corpóreas em curso; e de Euro 7.341.605 referente a obrigações do tesouro do estado Angolano atribuídas ao Grupo como forma de pagamento de créditos comerciais.

Os aumentos de provisões para “Títulos e outras aplicações financeiras” foram registados na rubrica de Resultados Financeiros na conta “Amortizações de investimentos em imóveis” (Euro 440.028) e “Provisões para aplicações financeiras” (Euro 2.814).

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Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os saldos das rubricas incluídas em investimentos financeiros, compõem-se como segue:

31.12.04 31.12.03Partes de capital em empresas do grupo

Corgimobil - 105.436 EM 544.115 544.115 EMASA 71.544 71.544 EMSA - 44.577 Engil JCA - 329.207 Engil Tâmega ACE 199.519 199.519 Hifer 455.112 - Holdinorte 73.573 73.573 Metroepszolg - 1.004.982 M-Invest - 815.183 Mota-Engil São Tomé e Príncipe 200.000 - Neklanova - 235.070 PBM - 876.416 SGA 2.649.287 2.411.083 Solmaster 49.996 - Sols e Solsuni - 2.634.565 Sonauta 1.439.246 1.696.244 Tratofoz 669.900 669.900 Turalgo 246.484 248.203 Outras 370.180 429.362

6.968.956 12.388.979

31.12.04 31.12.03Empréstimos a empresas do grupo

Cogamo - 43.059 Corgimobil - 243.334 EM 500.000 500.000 Fibreglass (Moçambique) - 13.904 Matiprel 42.398 42.398 PBM - 850.076

542.398 1.692.771

31.12.04 31.12.03Partes de capital em empresas associadas

Aenor 11.478.625 18.220 Asinter 163.914 119.040 Auto-Sueco Angola 1.238.028 1.214.747 Cimertex & Ca 1.060.477 158.590 Ecodetra 1.153.202 1.153.202 Jardimaia 175.000 - Lusoscut CP 6.398.575 21.838 Martifer Polska - 936.526 Resilei - 881.587 Sadoport 500.000 - Soprocil - 365.115 Tersado 825.000 - Vortal 460.897 1.494.135 Outras 299.303 457.447

23.753.021 6.820.447

31.12.04 31.12.03Empréstimos a empresas associadas

Aenor 3.183.444 1.646.370 Empresa Agrícola 880.765 860.352 Intercon 16.500.744 4.000.577 MTS 678.300 -

21.243.253 6.507.299

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31.12.04 31.12.03Partes de capital em empresas participadas

Cerâmica de Boialvo 319.343 319.343Iberfibran 375.000 375.000Icil-Icafal 1.357.204 1.357.204Lusoponte 4.330.601 1.725.048MTS 904.400 904.400Outros 372.932 406.643

7.659.480 5.087.638

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, estão registados em “Empréstimos a empresas participadas” os montantes de Euro 717.729 e Euro 1.934.502, respectivamente, ambos relativos à Lusoponte.

31.12.04 31.12.03Títulos e outras aplicações financeiras

Aenor 12.384.505 12.310.847 Dependências em países africanos 782.231 1.624.049 Investimentos em imóveis 30.272.289 11.843.990 Indáqua 2.571.600 1.120.000 Lusoponte 4.828.862 4.828.862 Lusoscut BLA 16.221.921 8.564.242 Lusoscut CP 6.394.443 7.262.067 Lusoscut GP 6.769.692 3.237.258 MTS 226.100 - Obrigações do tesouro de Angola 7.341.605 - Outros investimentos 61.801 50.135

87.855.049 50.841.450

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, estão registados em “Adiantamentos por conta de investimentos financeiros” os montantes de Euro 1.206.686 e Euro 1.181.746, respectivamente, ambos relativos ao Parque Ambiental Nortenho.

Empresas incluídas na consolidação pelo método integral

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção do capital detido, actividade, data de constituição e data de aquisição das participações financeiras,são as seguintes:

Sede

Percentagem efectiva da

participação Actividade

Data de

constituição

Data de

aquisição

Mota Engil, SGPS, S.A., sociedade aberta Porto - SGPS Ago-90 -

Aurimove – Utilidades, Equipamentos e Investimentos Imobiliários, Lda. (“Aurimove”)

Porto 100,00 Imobiliária Dez-93 -

Através da MEIT 100,00

Calçadas do Douro - Sociedade Imobiliária, Lda. (“Calçadas do Douro”) Porto 100,00 Imobiliária - Set-00 Através da MEIT 100,00

Companhia Portuguesa de Trabalhos Portuários e Construções, S.A. (“CPTP”)

Lisboa 100,00 - Jul-02

Através da Mota–Engil Engenharia 100,00

Corgimobil - Empresa Imobiliária das Corgas, Lda ("Corgimobil") Cascais 97,07 - Nov-00 Através da Mota–Engil Engenharia 71,19 Através da MEIT 25,30 Através de Acções Próprias 0,58

Edifício Mota - Viso – Soc. Imobiliária, Lda.(“Mota Viso”) Porto 100,00 Imobiliária Jun-94 - Através da MEIT 100,00

Construções e trabalhos portuários

Construções estudos e realizações imobiliárias

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Sede

Percentagem efectiva da

participação Actividade

Data de

constituição

Data de

aquisição

Emocil – Empresa Moçambicana de Construção Imobiliária (“Emocil”) Maputo 75,00 Imobiliária Jul-94 - Através da Mota–Engil Engenharia (Moçambique) 50,00 Através da Indimo 25,00

Engil 4i – SGPS, S.A. (“Engil 4I”) Porto 100,00 SGPS Dez-02 - Através da Mota–Engil Engenharia 100,00

Ferrovias e Construções, S.A. (“Ferrovias”) Linda-a-Velha 100,00 Abr-88 Set-94 Através da Mota–Engil Engenharia 100,00

Geogranitos – Pedreiras de Amarante, Lda. (“Geogranitos”) Amarante 100,00 Abr-88 Mar-90 Através da Mota–Engil Engenharia 100,00 Jun-00 / Dez-00

Indimo, Lda ("Indimo") Maputo 50,00 Imobiliária Jan-04 - Através da Mota–Engil Engenharia (Moçambique) 50,00

Largo do Paço – Investimentos Turísticos e Imobiliários, Lda. (“Largo do Paço”)

Amarante 100,00 Imobiliária - Out-01

Através da MEIT 100,00

Manvia - Manutenção e Exploração de Instalações, Lda. (“Manvia”) Lisboa 100,00 - Jun-98 Através da Mota–Engil Ambiente e Serviços 100,00

Maprel – Empresa de Pavimentos e Materiais Pré-esforçados, Lda (“Maprel”)

Vila Nova de Gaia 100,00 Jan-60 Fev-87

Através da Mota–Engil Engenharia 100,00

Maprel - Nelas, Indústria de Pré- Fabricados, S.A. (“Maprel Nelas”) Porto 98,00 Jan-01 - Através da Maprel 97,00 Através da Mota–Engil Engenharia 1,00

Martifer - SGPS, S.A. ("Marfifer SGPS") Oliveira de Frades 50,00 SGPS Nov-04 - Através da Mota–Engil Engenharia 50,00

Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A. (“Martifer”) Oliveira de Frades 50,00 Fev-90 Jun-98 / Fev-99 Através da Martifer SGPS 50,00

Martifer - Alumínios ,S.A. (“Martifer Alumínios”) Oliveira de 27,50 Caixilharias Out-90 Abr-99 Através da Martifer Frades 27,50

Martifer Construcciones Metalicas España, S.A. (“Martifer Espanha”) Valência 50,00 Nov-99 - Através da Martifer (Espanha) 50,00

Martifer Energia, S.A. ("Martifer Energia") Oliveira de Frades 50,00 Jan-04 - Através da Martifer SGPS 50,00

Martifer Gestão e Investimentos, S. A. ("Martifer Gestão e Investimentos") Oliveira de Frades 30,00 Gestão de investimentos Nov-04 - Através da Martifer SGPS 30,00

Martifer Polska Spolka Z. O. O. ("Mtpolska") Polónia 50,00 Out-03 - Através da Martifer 50,00

Martins & Coutinho, Construções em Aço Inox, Lda. (“Martins & Coutinho”) Oliveira de Frades 37,50Construções em aço

inox Abr-96 Ago-98 / Out-98 Através da Martifer 37,50 Dez-98

Mil e Sessenta – Sociedade Imobiliária, Lda. (“Mil e Sessenta”) Porto 100,00 Imobiliária - Jul-01 Através da MEIT 100,00

Metroepszolg, RT(“Metroepszolg”) Hungria 99,77 - Dez-00 Através da Mota Hungaria 99,77

M-Invest, sro (“M-Invest”) Rep. Checa 86,00 Promoção Imobiliária Mar-98 Dez-00 Através da Mota–Engil Engenharia 70,00 Através da Sefimota 16,00

M-Invest Bohdalec, A.S. (“Bohdalec”) Rep. Checa 86,00 Promoção Imobiliária Set-03 - Através da M-Invest 86,00

M-Invest Jihlavska, A.S. (“Jihlavska”) Rep. Checa 79,40 Promoção Imobiliária Fev-04 - Através da M-Invest 60,20 Através da Moravia 19,20

M-Invest Neklanova, sro (“Neklanova”) Rep. Checa 92,60 Promoção Imobiliária Set-00 Dez-00 Através da Mota–Engil Engenharia 80,00 Através da Sefimota 4,00 Através da M-Invest 8,60

Execução e montagem de estruturas metálicas

Execução e montagem de estruturas metálicas

Projecto, execução e montagem de estruturas

metálicasProdução de torres

eólicas

Execução de obras públicas

Manutenção e exploração de

instalaçõesFabrico de materiais pré-

esforçados

Fabrico de materiais pré-esforçados

Construção e exploração de pedreiras

Construção e manutenção de

caminhos de ferro

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados 31 de Dezembro de 2004

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Sede

Percentagem efectiva da

participação Actividade

Data de

constituição

Data de

aquisição

M-Invest Stodulky, a. s. ("Stodulky") Rep. Checa 86,00 Promoção Imobiliária Ago-02 Abr-04 Através da M-Invest 86,00

Moravian Partner Constructors, sro (“Moravian”) Rep. Checa 64,00 Nov-00 Dez-00 Através da Sefimota 64,00

Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A. (“Mota-Engil Ambiente e Serviços”)

Porto 100,00 SGPS Jun-97 -

Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A. ("MEASII")

Porto 100,00 Dez-03 -

Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços 100,00

Mota-Engil Concessões de Transportes, SGPS, S.A. (“MECT”) Lisboa 100,00 Concessões de transportes

Jan-03 -

Mota-Engil Engenharia e Construção, S.A. (“Mota-Engil Engenharia”) Amarante 100,00 Execução de obras e compra e venda de

- Dez-00

MEITS, Mota-Engil Imobiliário e Turismo, S.A. (“MEIT”) Porto 100,00 Gestão de participações financeiras

Set-01 -

Mota-Engil Polska, S.A. ("Mpolska") a) Cracóvia 100,00 Execução de obras Fev-53 Mar-99 Através da Tabella Holding (Polónia) 100,00

Mota-Engil, Tecnologias de Informação, S.A. (“METI”) Porto 100,00 Dez-03 - Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços 100,00

MESP- Mota Engil , Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, S.A. (“MESP”)

Porto 100,00 Serviços Administrativos Dez-02 -

Motadómus, Lda. (“Motadómus”) Porto 100,00 Imobiliária Dez-96 Dez-00 Através da Aurimove 95,00 Através da MEIT 5,00

Mota Hungária, Rt (“ Mota Hungária”) Budapeste 100,00 Jan-96 - Através da Mota–Engil Engenharia (Hungria) 100,00

Mota Internacional – Comércio e Consultadoria Económica, Lda (“Mota Internacional”)

Funchal 100,00 Set-97 Dez-98

Através da Mota–Engil Engenharia 100,00

MKContructors, LLC (“MKC”) Miami 50,50 Imobiliária Mar-02 - Através da Mota–Engil Engenharia (EUA) 50,50

Mota Real Estate, sro (“Mota Real Estate”) Rep. Checa 86,00 Promoção Imobiliária Jun-98 Dez-00 Através da M-Invest 86,00

Netmaster - Tecnologias de Informação, Lda ("Netmaster") Cascais 60,00 - Ago-99 Através da Sol-s 60,00

Nortedómus, Lda. (“Nortedómus”) Lisboa 100,00 Imobiliária - Out-01 Através da Mota–Engil Engenharia 100,00

Planinova – Sociedade Imobiliária, S.A. (“Planinova”) Porto 100,00 Imobiliária Dez-00 - Através da MEIT 100,00

Prefal – Préfabricados de Luanda, Lda. (“Prefal”) Luanda 90,00 Dez-93 - Através da Mota Internacional (Angola) 70,00 Através da Maprel 20,00

Qualibetão – Comercialização de Betões, Lda. (“Qualibetão”) Porto Alto 100,00 Jul-96 - Através da Mota–Engil Engenharia 100,00

Rentaco – Equipamentos de Construção, Lda. (“Rentaco”) Porto Alto 100,00 Set-89 Jul-96 Através da Mota-Engil Engenharia 100,00

Resilei – Tratamento de Resíduos Industriais, Lda ("Resilei") Leiria 30,63 - Jun-03 Através da STL 30,63

RTA - Rio Tâmega, Turismo e Recreio, S.A. (“RTA”) Amarante 100,00 Imobiliário e turismo - Mai-00 Através da MEIT 100,00

Sedengil – Sociedade Imobiliária, Lda.(“Sedengil”) Matosinhos 100,00 Imobiliária Out-82 Mai-95 / Mai-97 Através da Mota–Engil Engenharia 100,00

Sefimota Stavebni, AS (“Sefimota”) Praga 80,00 Jan-97 - Através da Mota–Engil Engenharia (R. Checa) 80,00

Serurb – Serviços Urbanos, Lda. (“Serurb”) V.N. Famalicão 61,50 Jul-92 Jul-92 Através da Suma 61,50

Aluguer de equipamentos de

construção

Fabrico e comercialização de betão de cimento e

Construção civil e obras públicas

Execução de obras públicas

Tecnologias de informação

Recolha de resíduos sólidos urbanos

Gestão de projectos

Desenvolvimento de aplicações informáticas

de gestão

Construção civil e obras públicas

Tratamento de Resíduos Industriais

Fabrico de materiais pré-esforçados

Gestão de participações financeiras

a) A Mota-Engil Polska resultou da fusão da PBM na KPRD

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MOTA-ENGIL, S.G.P.S., S.A.

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados 31 de Dezembro de 2004

100

Sede

Percentagem efectiva da

participação Actividade

Data de

constituição

Data de

aquisição

Serurb (Matosinhos) Serviços Urbanos, S.A. (“Serurb Matosinhos”) Matosinhos 61,50 Dez-00 - Através da Serurb 61,50

Serurb (Douro) Serviços Urbanos, Lda.(“Serurb Douro”) Murça 61,50 Dez-00 - Através da Serurb 55,35 Através da Suma 6,15

Serurb (Esposende) Serviços Urbanos, Lda.(“Serurb Esposende”) Esposende 61,50 Dez-00 - Através da Serurb 55,35 Através da Suma 6,15

Sol-s e Solsuni, Tecnologias de Informação, S.A. ("Sol-s") Cascais 60,00 - Ago-99 Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços 57,00 Atrvés de Acções Próprias 3,00

Soprocil – Sociedade de Projectos e Construções Civis, S.A. ("Soprocil") Tavira 65,88 - Dez-00 Através da Mota-Engil Engenharia 65,88

STL – Sociedade de Transportes e Limpeza, Lda. (“STL”) Ourém 61,25 - Jun-03 Através da Suma 30,63 Através da UTIL 30,63

Suma – Serviços Urbanos Meio Ambiente, S.A. (“Suma”) Lisboa 61,50 Jun-94 - Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços 61,50

Tabella Holding, BV (“Tabella”) Amesterdão 100,00 Nov-98 - Através da Mota–Engil Engenharia (Holanda) 100,00

Tecnocarril – Sociedade de Serviços Industriais e Ferroviários, Lda. (“Tecnocarril”)

Entroncamento 100,00 Jan-94 Set-94

Através da Mota–Engil Engenharia 15,00 Através da Ferrovias 85,00

Timoz - Transformadora Industrial de Mármores de Estremoz, Lda ("Timoz")

Estremoz 100,00 - Dez-00

Através da Mota–Engil Engenharia 50,00 Através da Qualibetão 50,00

Tracevia – Sinalização Segurança e Gestão de Tráfego, Lda. (“Tracevia”)

Sintra 77,50 Sinalização e gestão de tráfego

Jun-80 Out-84

Através da Mota–Engil Engenharia 77,50

Transportes Lei, S.A. (“Translei”) Lima 100,00 Set-86 Jun-98 Através da Engil 4I (Perú) 55,00 Jun-99 Através da Mota–Engil Engenharia 45,00

UTIL – União de Transportes e Limpeza, Lda. (“UTIL”) Ourém 61,50 - Jun-03 Através da Suma 61,50

Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, S.A. (“Vibeiras”) Torres Novas 66,67 Espaços verdes Jul-88 Out-98 Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços 66,67

Recolha de resíduos sólidos urbanos

Recolha de resíduos sólidos urbanos

Recolha de resíduos sólidos urbanos

Recolha de resíduos sólidos urbanos

Recolha de resíduos sólidos urbanos

Construção civi e obras públicas

Tecnologias de informação

Recolha e tratamento de resíduos

Industrialização, comercialização e

exportação de mármores e granitos

Tratamento de madeira para uso ferroviário

Gestão de participações financeiras

Industria da construção e actividades

complementares

As empresas Corgimobil, M-Invest Bohdalec, M-Invest Stodulky, M-Invest Jihlavska, Mota Real Estate, Martifer Polska, MEAS II, Serurb Esposende, Martifer Energia, Martifer Gestão e Investimentos e Martifer SGPS, foram consolidadas pela primeira vez. Por outro lado, as empresas M-Invest, Moravia, M-Invest Neklanova, Metroepszolg, Sols e Solsuni, Netmaster e Timoz passaram a ser consolidadas pelo método integral.

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101

Empresas do Grupo excluídas da consolidação

Os investimentos financeiros em empresas do Grupo não consolidadas pelo método de consolidação integral (dado não terem actividade ou serem imateriais, individualmente e no seu conjunto, para a apresentação de uma imagem fiel e verdadeira da situação financeira e resultados das operações do Grupo, conforme o estipulado no nº1 do Artigo 4º do Decreto-Lei n.º 238/91, de 2 de Julho), encontram-se registados na rubrica “Partes de capital em empresas do grupo”, ao respectivo custo de aquisição, sendo as suas respectivas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2004, as seguintes:

Gabão 51,30Portugal 75,00Angola 95,00

Portugal 53,00Alemanha 100,00

Brasil 100,00Moçambique 100,00

Espanha 50,00Portugal 67,00Portugal 70,00

S. Tomé e Principe 100,00Eslováquia 64,00

EUA 100,00Maurícias 100,00Portugal 67,00Tratofoz - Sociedade de Tratamento de Resíduos, S.A. (“Tratofoz”)

Percentagem Efectiva da

Participação

Mota-Engil - S. Tomé e Principe ("Mestomé")Mota-Engil Slovakia, a. s. ("Meslovak")Mota-Engil Florida Investments Corp.(“ME Florida”)Mota Maurícias, Lda. (“Mota Maurícias”)

Matiprel – Materiais Pré-Esforçados, Lda. (“Matiprel”)

PaísDesignação

Cogamo-Constructions Gabonaises, Mota, S.A. (“Cogamo”)EM - Edifícios Modernos , Construções, S.A. (“EM”)EMASA, Lda. (“EMASA”)Engil – Construtora do Tâmega, ACE, S.A. (“Engil Tâmega ACE”)Engil, S.A. – Bau, GmbH (“Engil Bau”)

Fibreglass Sundlete, Lda. (“Fibreglass”)Hifer Construccion Conservación e Servicios, S.A. (“Hifer”)Holdinorte - Sociedade Imobiliária do Norte, Lda. (“Holdinorte”)

Ferrovias Brasil, Lda. (“Ferrovias Brasil”)

Empresas do Grupo e Associadas registadas pelo método da equivalência patrimonial

As empresas do Grupo e associadas incluídas na consolidação pela aplicação do método da equivalência patrimonial, suas respectivas sedes e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2004, são as seguintes:

Portugal 30,00Angola 25,50Angola 44,90

Portugal 50,00Portugal 100,00Portugal 100,00Portugal 50,00

Chile 18,00Portugal 42,86Portugal 42,80Portugal 30,14Portugal 42,86Portugal 33,00Portugal 59,90Portugal 97,32Angola 83,00

Portugal 51,00Portugal 30,66

Turalgo-Sociedade de Promoção Imobiliária e Turística do Algarve, S.A. (“Turalgo”)Vortal – Comércio Electrónico, Consultadoria e Multimédia, S.A. (“Vortal”)

Indáqua Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. (“Indáqua Feira”) Indáqua Santo Tirso – Gestão de Águas de Santo Tirso, S.A. (“Indáqua St. Tirso”)

SGA – Sociedade do Golfe de Amarante, S.A. (“SGA”)Sonauta-Sociedade de Navegação, Lda. (“Sonauta”)

Rima – Resíduos Industriais e Meio Ambiente, S.A. (“Rima”)Inovia, Serviços Ferroviários ACE, S.A. (“Inovia”)

Icil – Icafal, S.A. (“Icil-Icafal”)Indáqua – Indústria e Gestão de Águas, S.A. (“Indáqua”)Indáqua Fafe – Gestão de Águas de Fafe, S.A. (“Indáqua Fafe”)

Fabritubo - Tubos Pressocentrifugados de Betão, Lda. (“Fabritubo”)

Cimertex Angola – Sociedade de Máquinas e Equipamentos, Lda. (“Cimertex Angola”)Cimertex & Companhia- Comércio Equipamentos e Serviços Técnicos, Lda. (“Cimertex & Companhia”)Edipainel – Utilidades, Equipamentos e Investimentos Imobiliários, Lda. (“Venimove”)EMSA – Empreendimentos e Exploração de Estacionamentos, S.A. (“EMSA”)

Percentagem Efectiva da

Participação

Asinter – Comércio Internacional, Lda. (“Asinter”)Auto Sueco Angola, S.A. (“Auto Sueco Angola”)

Designação País

As empresas Vortal e Turalgo foram consolidadas pela primeira vez através do método da equivalência patrimonial.

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Participações materialmente irrelevantes em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas cujas participações são materialmente irrelevantes para a obtenção de uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto de empresas compreendidas na consolidação, bem como a proporção do capital detido nestas empresas (empresas sem actividade e, ou, sem informação disponível em 31 de Dezembro de 2004), são como segue:

Portugal 49,00Portugal 5,00Portugal 50,00Angola 30,00

Parquegil- Planeamento e Gestão de Estacionamento, S.A. (“Parquegil”)Socibil, SARL (“Socibil”)

Percentagem Efectiva da

Participação

Ecodetra – Sociedade de Tratamento e Deposição de Resíduos, S.A. (“Ecodetra”)Edifícios Galiza - Sociedade Imobiliária, Lda ("Ed. Galiza")

PaísDesignação

Estes investimentos financeiros estão registados ao custo de aquisição o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Empresas consolidadas pelo método proporcional

As empresas consolidadas pelo método de consolidação proporcional, suas respectivas sedes, propor-ção de capital detido, actividades, datas de constituição e datas de aquisição são como segue:

Sede

Percentagem efectiva da

participação Actividade

Data de

constituição

Data de

aquisição

Correia & Correia, Lda.(“Correia & Correia”) Sertã 33,99 Set-88 Fev-00 Através da Enviroil

Empresa de Terraplenagem e Pavimentações – Paviterra, SARL (Angola) (“Paviterra”)

Luanda (Angola) 49,00 Nov-80 -

Através de Mota Internacional

Enviroil – Resíduos e Energia, Lda. (“Enviroil”) Matosinhos 42,50 Nov-97 - Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços

Icer – Indústria de Cerâmica, Lda. (“Icer”) Luanda (Angola) 50,00 Indústria cerâmica Nov-91 - Através da Mota-Engil Engenharia

Probigalp Ligantes Betuminosos, S.A. (“Probigalp”) Amarante 25,00 Abr-98 - Através da Mota-Engil Engenharia

Probisa Portuguesa - Construção e Obras Públicas, S.A. (“Probisa”) Amarante 50,00 Construção Jan-86 - Através da Mota-Engil Engenharia

Fabrico de produtos betuminosos

Comércio e recolha de óleos usados

Comércio e recolha de resíduos industriais

Execução de obras

Nestas empresas, a gestão é partilhada com os outros accionistas, pelo que se considera ser o método de consolidação proporcional aquele que melhor representa o efeito da actividade destas empresas nas demonstrações financeiras do Grupo.

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Participações não inferiores a 10% em empresas não mencionadas anteriormente

As empresas não mencionadas nas notas anteriores, registadas ao custo de aquisição, percentagem de participação, e suas respectivas sedes, são conforme segue:

Portugal 32,42Portugal 30,38Portugal 15,50

Africa do Sul 87,00Portugal 23,00Portugal 44,70Portugal 15,00Portugal 10,61Portugal 35,00Portugal 13,83Portugal 32,79Portugal 32,79Portugal 32,79Portugal 32,42Portugal 32,79Portugal 32,79Portugal 33,50Portugal 10,00Portugal 18,09Portugal 25,00Portugal 25,00Portugal 10,00

Sadoport - Terminal Marítimo do Sado, S.A. ("Sadoport")Tersado - Terminais Portuários do Sado, S.A. ("Tersado")Tratoser – Tratamento e Serviços Ambientais, S.A. (“Tratoser”)

Operadora Lusoscut BLA – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A. (“Operadora Lusoscut BLA”)Operadora Lusoscut GP – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A. (“Operadora Lusoscut GP”)Publicultura – Sociedade de Informação e Cultura, S.A. (“Publicultura”) MTS – Metro, Transportes do Sul, S.A. (“MTS”)

Lusoscut – Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta, S.A. (“Lusoscut BLA”) Lusoscut – Auto Estradas do Grande Porto, S.A. (“Lusoscut GP”)Operanor – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A. (“Operanor”)Operadora Lusoscut CP – Operação e Manutenção de Auto Estradas, S.A. (“Operadora Lusoscut CP”)

Imosines – Sociedade Imobiliária, Lda. (“Imosines”)Jardimaia - Jadins, Decoração e Animais, Limitada ("Jardimaia")

Lusoscut – Auto-Estradas da Costa de Prata, S.A. (“Lusoscut CP”)Lusoponte – Concessionária para a Travessia Tejo, S.A. (“Lusoponte”) (Nota Explicativa 2)

Citrup – Centro Integrado de Resíduos, Lda. (“Citrup”)

Ecolezíria - Empresa Intermunicipal para o Tratamento de Resíduos Sólidas, E. I. M. ("Ecolezíria")Cosamo, PTY ("Cosamo")

Iberfibran - Poliestireno Extrudido, S.A. ("Iberfibran")

PaísDesignação

Percentagem Efectiva da

Participação

Empresa Agrícola e Florestal Portuguesa, S.A. (“Empresa Agrícola”)

Aenor – Auto-Estradas do Norte, S.A. (“Aenor”)Ambilital – Investimentos Ambientais no Alentejo, EIM. (“Ambilital”)

Critérios de contabilização das participações em associadas

As empresas incluídas na consolidação que detêm participações financeiras em associadas, adoptam o critério de as valorizar nas suas demonstrações financeiras individuais pelo método da equivalência patrimonial ou ao custo de aquisição, conforme aplicável. Os critérios de valorimetria utilizados para as participações financeiras em empresas associadas não consolidadas são os descritos na Nota Explicativa 1-c-iv), com excepção das participações nas associadas Aenor, Lusoscut CP, Lusoscut BLA, Lusoscut GP, Operanor, Operadora Lusoscut CP, Operadora Lusoscut BLA e Operadora Lusoscut GP que estão registadas ao custo histórico. De facto, atendendo à participação do Grupo nestas empresas, à actividade de concessionárias a que estas se dedicam e ao seu estado de arranque de operações, estas participações estão registadas ao custo de aquisição, que é inferior ao respectivo valor de mercado.

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5. Dívidas de Terceiros de Médio e Longo Prazo

Esta rubrica é analisada como segue:

31.12.04 31.12.03Custo:

Clientes, conta corrente 11.180.489 11.401.595 Clientes, títulos a receber 11.325.609 12.214.261 Empresas participadas e participantes 36.358.989 42.148.601 Outros devedores 1.292.160 1.689.606

60.157.247 67.454.063

Provisões para cobranças duvidosas:

Clientes, conta corrente (6.112.104) (182.787)Clientes, títulos a receber (7.361.646) - Empresas participadas e participantes (2.820.919) - Outros devedores - (185.243)

(16.294.669) (368.030)

43.862.578 67.086.033

As subsidiárias do Grupo, Mota-Engil Engenharia e Mota Internacional, aderiram ao acordo estabelecido entre os estados Angolano e Português, no que respeita ao pagamento por parte daquele da sua dívida anterior a 31 de Dezembro de 1998 às empresas Portuguesas, e para o qual existe já uma linha de financiamento disponível, estando o processo na fase de negociação bilateral entre o estado Angolano e as respectivas empresas. Em resultado do acordo, o Grupo decidiu constituir provisões para cobranças duvidosas através da rubrica de resultados transitados pelo facto de estas contas a receber dizerem respeito a exercícios anteriores, nas contas de provisões para clientes conta corrente, clientes conta títulos a receber e empresas participadas e participantes de médio e longo prazo, e de provisões para clientes conta corrente e conta títulos a receber de curto prazo, nos montantes de Euro 5.873.056, Euro 7.361.646, Euro 2.820.919, Euro 5.377.336 e de Euro 9.603.580, respectivamente. O efeito líquido na situação patrimonial do grupo, após consideração do regime fiscal aplicável, ascendeu a Euro 23.418.319 (Nota Explicativa 11).

A exposição do Grupo relativamente à divida vencida sobre o estado Angolano foi integralmente reclamada ao abrigo do acordo anteriormente referido, pelo que o seu valor contabilístico líquido de provisões corresponde ao valor efectivamente a receber contemplando já o perdão previsto no acordo entre os dois países.

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica Empresas participadas e participantes inclui o montante de cerca de Euro 12.800.000 relativo a suprimentos efectuados pelo Grupo a empresas consolidadas pelo método da equivalência patrimonial ou excluídas da consolidação.

Provisão para cobranças duvidosas

Os movimentos na provisão para cobranças duvidosas são analisados como segue:

31.12.04 31.12.03Clientes, conta corrente:

Saldo inicial 182.787 228.728 Aumento 5.934.452 - Redução e transferências (5.135) (45.941) Saldo final 6.112.104 182.787

Clientes, títulos a receber

Saldo inicial - - Aumento 7.361.646 - Redução e transferências - - Saldo final 7.361.646 -

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31.12.04 31.12.03Empresas participadas e participantes

Saldo inicial - 1.602.115 Aumento 2.820.919 - Redução e transferências - (1.602.115) Saldo final 2.820.919 -

Outros devedores:

Saldo inicial 185.243 - Aumento - - Redução e transferências (185.243) 185.243 Saldo final - 185.243

16.294.669 368.030

6. Existências

Esta rubrica é analisada como segue:

31.12.04 31.12.03Custo:

Matérias primas, subsidiárias e de consumo 36.392.364 29.180.675 Produtos e trabalhos em curso 26.472.063 14.889.284 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 1.614 - Produtos acabados 18.412.736 19.335.455 Mercadorias 39.539.261 34.805.808 Adiantamentos por conta de compras 5.344.792 3.841.142

126.162.830 102.052.364

Provisões para depreciação de existências:

Matérias primas, subsidiárias e de consumo (304.444) (194.000) Produtos acabados (56.773) (55.789) Mercadorias - (95.304)

(361.217) (345.093)

125.801.613 101.707.271

Produtos e trabalhos em curso

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 o detalhe dos produtos e trabalhos em curso, era como segue:

31.12.04 31.12.03

Aurimove 2.175.502 1.527.935 Bohda 4.728.273 - Calçadas do Douro 958.281 652.539 Corgimobil 717.342 - Jihlavska 455.818 - Martifer Alumínios 38.296 165.557 Martifer Energia 1.695.651 - Martifer Espanha 827.070 58.242 Martifer Polska 882.412 - Martins & Coutinho 136.330 265.571 M-Invest 949.061 - Mil e Sessenta 467.031 422.679 Mota Viso 913.086 869.900 Mota-Engil Engenharia - 417.092 Mota Real Estate 178.116 - Moravia 320.885 - Neklanova 213.509 - Planinova 10.480.202 10.447.405 RTA 62.364 62.364 Stodulky 211.592 - Timoz 61.242 -

26.472.063 14.889.284

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Provisão para depreciação de existências

Os movimentos na provisão para depreciação de existências são analisados como segue:

31.12.04 31.12.03

Saldo inicial 345.093 266.423 Aumento 125.045 162.950 Redução e transferências (108.921) (84.280) Saldo final 361.217 345.093

Incluído em Aumento encontra-se o montante de Euro 10.892 o qual teve como contrapartida a rubrica de Resultados Extraordinários.

Incluído em Redução e transferências encontra-se o montante negativo de Euro 12.025 relativo a diferenças cambiais.

7. Dívidas de Terceiros de Curto Prazo

Esta rubrica é analisada como segue:

31.12.04 31.12.03Custo:

Clientes, conta corrente 404.397.290 361.097.841 Clientes, títulos a receber 16.827.957 21.134.991 Clientes de cobrança duvidosa 13.811.785 10.199.616 Empresas associadas 995.542 5.768.479 Adiantamentos a fornecedores 4.889.017 6.195.879 Estado e outros entes públicos 14.696.520 8.015.582 Outros devedores 56.342.380 60.663.062

511.960.491 473.075.450

Provisões para cobranças duvidosas:

Clientes, conta corrente (14.056.240) (3.893.305) Clientes, conta títulos a receber (9.603.580) - Clientes de cobrança duvidosa (13.811.785) (7.794.278) Empresas associadas - (594.253) Outros devedores (2.829.540) (2.007.068)

(40.301.145) (14.288.904)

471.659.346 458.786.546

Estado e outros entes públicos

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 os saldos da rubrica “Estado e outros entes públicos” têm a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03

Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas 4.670.983 2.661.934 Imposto sobre o valor acrescentado 2.906.171 4.687.106 Segurança social - 7.322 Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares 3.633 18.698 Outros impostos 148.358 - Impostos em outros países 6.967.375 640.522

14.696.520 8.015.582

A rubrica “Impostos em outros países” respeita às dívidas activas com as administrações fiscais dos países estrangeiros onde o Grupo desenvolve a sua actividade. Em 31 de Dezembro de 2004, o saldo desta conta era composto maioritariamente por imposto sobre o valor acrescentado a receber por parte das Sucursais da Hungria da Mota-Engil Engenharia e por parte da Martifer Polska.

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Provisão para cobranças duvidosas

Os movimentos na provisão para cobranças duvidosas são analisados como segue:

31.12.04 31.12.03Clientes, conta corrente:

Saldo inicial 3.893.305 3.760.918 Aumento 8.288.682 382.184 Redução e transferências 1.874.253 (249.797) Saldo final 14.056.240 3.893.305

Clientes, títulos a receber

Saldo inicial - - Aumento 9.603.580 - Redução e transferências - - Saldo final 9.603.580 -

Clientes de cobrança duvidosa:

Saldo inicial 7.794.278 9.073.811 Aumento 2.198.978 1.681.050 Redução e transferências 3.818.529 (2.960.583) Saldo final 13.811.785 7.794.278

Empresas associadas:

Saldo inicial 594.253 - Aumento - 594.253 Redução e transferências (594.253) - Saldo final - 594.253

Outros devedores:

Saldo inicial 2.007.068 130.753 Aumento 169.287 1.173.815 Redução e transferências 653.185 702.500 Saldo final 2.829.540 2.007.068

40.301.145 14.288.904

Incluído em Redução e transferências encontram-se os montantes negativo de Euro 62.454 e positivo de Euro 646.366, relativos a diferenças cambiais e a alterações no perímetro de consolidação, respectivamente.

Incluído em Aumento encontra-se o montante de Euro 2.886.699 o qual teve como contrapartida a rubrica de Resultados Extraordinários.

8. Títulos Negociáveis

Incluído nesta rubrica encontram-se 267.529 acções da Repower Systems, AG no montante de Euro 3.461.566, cotadas em mercados oficiais.

Os movimentos na provisão para aplicações de tesouraria são analisados como segue:

31.12.04 31.12.03Aplicações de tesouraria:

Saldo inicial 2.250 708 Aumento 380.023 1.542 Redução e transferências - - Saldo final 382.273 2.250

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9. Disponibilidades

Esta rubrica é analisada como segue:

31.12.04 31.12.03

Depósitos bancários 44.923.016 27.978.043 Caixa 1.621.762 1.767.884

46.544.778 29.745.927

10. Acréscimos e Diferimentos Activos

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 os saldos desta rubrica apresentavam a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03Acréscimos de proveitos

Trabalhos por facturar 43.539.172 108.705.537 Projectos imobiliários em curso 10.304.886 7.025.285 Juros a receber 548.127 1.604.222 Outros acréscimos de proveitos 3.306.053 1.018.310

57.698.238 118.353.354 Custos diferidos

6.398.030 12.193.793Seguros 820.963 1.083.708Juros e outros encargos financeiros diferidos 8.685.466 6.682.646Diferenças cambiais 340.623 682.689Outros custos diferidos 5.062.956 4.409.460

21.308.038 25.052.296

79.006.276 143.405.650

Custos com propostas e de arranque de obras

Os acréscimos de proveitos relativos a projectos imobiliários referem-se aos montantes a facturar relativos à construção de vários projectos imobiliários no âmbito dos Planos Especiais de Realojamento – PER, efectuados pela participada Sedengil.

O Grupo adopta o procedimento de diferir custos com propostas de trabalhos, cuja adjudicação à data do balanço não é conhecida mas que se antecipa favorável. Consequentemente, estes custos são na generalidade dos casos incluídos na obra no caso desta ser adjudicada, ou como custos do exercício quando a decisão é desfavorável.

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11. Capital Próprio

Durante o exercício de 2004 o movimento ocorrido nos saldos das rubricas de capital próprio, foi o seguinte:

Saldo inicial Aumentos DiminuiçõesAplicação de resultados Saldo final

Capital 204.635.695 - - - 204.635.695 Acções próprias - valor nominal (9.028.038) 924.067 - - (8.103.971) Acções próprias - descontos e prémios (3.264.877) 261.463 - - (3.003.414) Prémios de emissão de acções 87.256.034 - - - 87.256.034 Diferenças de consolidação (49.626.822) - (7.821.515) - (57.448.337) Reservas legais 5.984.746 (1.185.530) - 769.147 5.568.363 Reservas livres 23.937.103 1.374.578 - 3.355.387 28.667.068 Ajustamentos de conversão cambial (48.902.375) - (10.084.894) - (58.987.269) Resultados transitados 480.524 10.837 - - 491.361 Resultado consolidado líquido do exercício 15.382.944 22.069.100 - (15.382.944) 22.069.100

226.854.934 23.454.515 (17.906.409) (11.258.410) 221.144.630

Capital

O capital da Mota-Engil SGPS em 31 de Dezembro de 2004, ascende a Euro 204.635.695, estando representado por 204.635.695 acções ao portador com valor nominal de 1 Euro cada.

Acções próprias

No decorrer do exercício de 2004 foram alienadas 924.067 acções próprias, pelo que foi reclassificado para a conta “Reservas livres” o montante aplicado em acções próprias, acrescido da mais-valia obtida no montante de Euro 189.048.

Prémios de emissão de acções

A legislação comercial dispõe que os prémios de emissão de acções não podem ser distribuídos aos accionistas, só podendo ser utilizados em aumentos de capital, ou na cobertura de prejuízos depois de utilizadas as reservas e resultados distribuíveis.

Reserva legal

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Segundo dispõe a legislação comercial, esta reserva não pode ser distribuída aos accionistas apenas podendo ser utilizada em aumentos de capital ou na cobertura de prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas.

Aplicação de resultados

De acordo com a decisão da Assembleia Geral da Mota-Engil SGPS em reunião realizada em 30 de Março de 2004, o resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, foi aplicado como segue:

Reserva legal 769.147 Reservas livres 2.858.834 Dividendos 11.254.963 Gratificações por aplicação de resultados 500.000

Os dividendos a distribuir relativos a acções próprias, no montante de Euro 496.553, foram reclassificados para reservas livres.

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Ajustamentos de conversão cambial

A variação nesta rubrica resulta da conversão para Euro de demonstrações financeiras de empresas participadas originalmente expressas em moeda estrangeira, de acordo com os critérios descritos na Nota Explicativa 1-c-xvii).

Diferenças de consolidação

O movimento ocorrido na rubrica “Diferenças de consolidação” corresponde a variações patrimoniais ocorridas em algumas das empresas incluídas no perímetro de consolidação, relativas a:

Gratificações por aplicação de resultados efectuadas pelas participadas (1.986.354) Correcção à estimativa do goodwill calculado em 2003 relativo à Util (757.348) Reavaliação de imobilizado corpóreo e de investimentos em imóveis (Nota Explicativa 4) 19.762.257 Provisão para a dívida do estado angolano (Nota Explicativa 5) (23.418.319) Outras variações (1.421.751)

(7.821.515)

As outras variações incluem, essencialmente, variações na Situação líquida individual de algumas empresas participadas e o efeito resultante da fusão de algumas empresas na Mota-Engil Engenharia, sendo que a consolidação das mesmas tinha sido interrompida em exercícios anteriores, nomeadamente o Grupo Ornamag.

O saldo desta rubrica corresponde à compensação efectuada entre os valores de aquisição de partes de capital em empresas do Grupo e a proporção dos respectivos capitais próprios à data da sua aquisição, acrescidos ou diminuídos de outras variações nos capitais próprios dessas empresas, que não as relativas a resultados do exercício. Em 31 de Dezembro de 2004 esta rubrica tem a seguinte composição:

31.12.04

Ferrovias (3.374.268) Indaqua 17.678 Martifer 574.795 MEIT 833.748 Mota-Engil Ambiente e Serviços 49.691 Mota-Engil Engenharia (52.481.682) Qualibetão (177.963) Rentaco (180.289) Sedengil (3.884) Sefimota (11.345) Sols e Solsuni (373.123) Suma (1.132.184) Maprel (1.132.010) Translei 1.676.994 Vibeiras (1.734.495)

(57.448.337)

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12. Interesses Minoritários no Balanço

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 esta rubrica tem a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03

CPTP - 590.967 Emocil 108.441 110.029 Gerco - 328 Corgimobil (5.345) - Maprel Nelas - (10.294) Martifer e subsidiárias 15.711.911 9.143.432 MKC 343.232 1.176.841 Metroepszolg 2.726 - Motadómus - 19.680 Prefal 331.557 431.291 Sefimota 533.005 192.240 Sols e Solsuni 1.453.183 - Serurb e subsidiárias - 1.204.782 Soprocil 519.336 - Suma e subsidiárias 12.235.258 7.082.559 Tracevia 758.890 303.037 Vibeiras 788.367 617.315

32.780.561 20.862.207

13. Provisões para Outros Riscos e Encargos

O movimento das provisões no período findo em 31 de Dezembro de 2004 pode ser analisado como segue:

31.12.04 31.12.03Provisões para outros riscos e encargos

Saldo inicial 17.249.465 14.973.250 Aumento 2.913.038 1.973.163 Redução e transferências (10.417.078) 303.052 Saldo final 9.745.425 17.249.465

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” reflecte a melhor estimativa de Conselho de Administração para fazer face a: (i) riscos associados com empresas participadas; (ii) riscos associados ao desenvolvimento de operações em curso e na vertente internacional, (iii) para responsabilidades no investimento na Intercon, Construção, ACE, (iv) capitais próprios negativos de algumas associadas que se encontram registadas pelo método da equivalência patrimonial e (v) outros riscos e eventuais contingências não identificados especificamente, relacionados com o desenvolvimento das operações do Grupo.

Incluído em Redução e transferências encontram-se o montante negativo de Euro 11.981 e o montante positivo de Euro 167.826 relativo a diferenças cambiais e a alterações no perímetro de consolidação, respectivamente.

Incluído em Aumento encontra-se o montante de Euro 959.349 o qual teve como contrapartida a rubrica de Resultados Extraordinários.

Durante o exercício de 2004 foram efectuadas transferências para contas a receber, nomeadamente de aproximadamente Euro 6.240.000, bem como para Empréstimos a empresas associadas no montante de Euro 4.500.277.

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14. Dívidas a Terceiros de Médio e Longo Prazo

Esta rubrica tem o seguinte detalhe:

31.12.04 31.12.03

Empréstimos por obrigações não convertíveis 93.795.000 71.250.000 Dívidas a instituições de crédito 132.386.593 108.053.549 Empresas associadas 562.042 190.220 Outros accionistas - 275 Adiantamentos por conta de vendas 34.114.700 11.678.785 Outros empréstimos obtidos 60.071.961 65.019.273 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 18.635.084 30.764.351 Outros credores 525.689 1.825.878

340.091.069 288.782.331

Empréstimos por obrigações não convertíveis

Em 28 de Junho de 2002, a Empresa-mãe contraiu um empréstimo por obrigações no valor de Euro 22.500.000, por um prazo de 5 anos, remunerado a uma taxa de juro correspondente à taxa Euribor a 6 meses, adicionada de 1,5 pontos percentuais. Os juros são pagos semestral e postecipadamente, em 28 de Junho e 28 de Dezembro de cada ano, tendo-se vencido o primeiro cupão em 28 de Dezembro de 2002. O reembolso será efectuado ao seu valor nominal, em seis prestações semestrais, a partir da data de pagamento do 5ºcupão. A Empresa-mãe poderá efectuar o reembolso antecipado total ou parcial, neste caso por redução ao valor nominal, das obrigações, a partir do 5º pagamento de cupão. Cada obrigacionista poderá, em qualquer momento e no prazo máximo de doze meses após a data de fecho de cada exercício, solicitar o reembolso antecipado das obrigações de que seja titular caso as demonstrações financeiras consolidadas da Mota Engil SGPS demonstrem o incumprimento de determinados rácios financeiros definidos contratualmente.

Em 9 de Dezembro de 2003, a Empresa-mãe emitiu um empréstimo obrigaccionista no montante de Euro 17.500.000, pelo prazo de 7 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente a uma taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses adicionada de 1,75 pontos percentuais. Os juros são pagos em 9 de Junho e 9 de Dezembro de cada ano, tendo-se vencido o primeiro cupão em 9 de Junho de 2004. O reembolso a ser efectuado em dez prestações semestrais, iguais e sucessivas, por redução de valor nominal das obrigações, a partir da data de pagamento do 5ºcupão. A Empresa-mãe poderá efectuar o reembolso antecipado total ou parcial, neste caso por redução ao valor nominal, das obrigações, nas 10ª e 12ª datas de pagamento de juros. Cada obrigacionista poderá solicitar o reembolso antecipado das obrigações de que seja titular, ao valor nominal, nas 10ª e 12ª datas de pagamento de juros. A Mota Engil SGPS obriga-se a reembolsar de imediato as obrigações, e respectivos juros, caso se demonstre o incumprimento do definido contratualmente.

Em 29 de Dezembro de 2003, a Empresa-mãe contraiu um empréstimo por obrigações no valor de Euro 35.000.000, pelo prazo de 5 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente a uma taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses adicionada de 0,75 pontos percentuais, com um único reembolso no final do prazo do empréstimo. Os juros são pagos em 29 de Junho e 29 de Dezembro de cada ano, tendo-se vencido o primeiro cupão em 29 de Junho de 2004. O reembolso será efectuado numa única prestação no final do prazo da emissão, 29 de Dezembro de 2008. A Mota Engil SGPS obriga-se a reembolsar de imediato as obrigações, e respectivos juros, caso se demonstre o incumprimento do definido contratualmente.

Em 29 de Dezembro de 2004, a Empresa-mãe emitiu novo empréstimo por obrigações no valor de Euro 15.000.000, pelo prazo de 7 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente, a 29 de Junho e 29 de Dezembro de cada ano, a uma taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses adicionada de 1,5 pontos percentuais. O reembolso das obrigações será efectuado em 4 prestações semestrais iguais e sucessivas, por redução do valor nominal das obrigações, com início na 11ª data de pagamento de juros. A Empresa-mãe poderá, sem penalização, efectuar o reembolso antecipado, total ou parcial, neste caso por redução ao valor nominal, das obrigações, a partir da 10ª data de pagamento de juros, inclusive, sempre em data coincidente com uma data de pagamento de juros. Cada obrigacionista poderá, através de carta registada com aviso de recepção e com antecedência

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mínima de 30 dias, solicitar o reembolso antecipado, da totalidade ou de parte das obrigações de que seja titular, ao valor nominal, a partir da 10ª data de pagamento de juros, inclusivé, e sempre em data coincidente com uma data de pagamento de juros, caso a Mota Engil SGPS demonstre incumprimento do definido contratualmente.

Em 30 de Dezembro de 2004, a Empresa-mãe contraiu outro empréstimo por obrigações no valor de Euro 15.000.000, pelo prazo de 5 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente, a 30 de Junho e 30 de Dezembro de cada ano, a uma taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses adicionada de 1,75 pontos percentuais. O reembolso das obrigações será efectuado ao seu valor nominal, de uma só vez, no final do 5º ano, ou seja, em 30 de Dezembro de 2009. Cada obrigacionista poderá solicitar o reembolso antecipado, da totalidade ou de parte das obrigações de que seja titular, a partir da 6ª data de pagamento de juros, inclusivé, ou, caso as demonstrações financeiras consolidadas da Mota Engil SGPS demonstrem o incumprimento de determinados rácios financeiros definidos contratualmente.

Dívidas a instituições de crédito

O saldo da rubrica de balanço “Dívidas a instituições de crédito” inclui um empréstimo contraído pela Mota Engil SGPS no montante de Euro 25.000.000, reembolsável em seis prestações semestrais, a partir de Junho de 2004 e que vence juros trimestrais a uma taxa indexada à Euribor a 6 meses.

Fornecedores de imobilizado

Em 31 de Dezembro de 2004, as empresas incluídas na consolidação mantinham responsabilidades como locatárias relativas a rendas vincendas em contratos de locação financeira no montante de Euro 35.592.404, com o seguinte prazo de vencimento:

Ano de vencimento Capital Juros Total

1 ano 14.912.467 977.003 15.889.470 2 anos 9.762.310 593.292 10.355.602 3 anos 5.142.294 281.498 5.423.792 4 ou mais anos 3.717.960 205.580 3.923.540

33.535.031 2.057.373 35.592.404

Outros empréstimos obtidos

Em 31 de Dezembro de 2004, o saldo das rubricas de balanço “Outros empréstimos obtidos” inclui uma emissão de papel comercial efectuada pela empresa-mãe, no montante, líquido de juros vincendos, Euro 20.757.586, garantida por um sindicato bancário, que vence juros a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 23 de Abril de 2008, bem como, uma outra emissão, no montante, líquido de juros vincendos, de Euro 16.807.332, que vence juros a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 03 de Dezembro de 2008.

Acrescem a este saldo, duas outras emissões de papel comercial, efectuadas pela subsidiária Mota-Engil Engenharia, no montante, líquido de juros vincendos, de Euro 14.917.513, que vence juros a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 04 de Dezembro de 2008, e no montante, líquido de juros vincendos, de Euro 7.395.507, que também vence juros a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 01 de Junho de 2007.

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15. Dívidas a Terceiros de Curto Prazo

Esta rubrica é analisada como segue:

31.12.04 31.12.03

Empréstimos por obrigações não convertíveis 7.470.000 33.675.000 Dívidas a instituições de crédito 152.052.222 195.590.759 Adiantamentos por conta de vendas 35.576.646 27.697.663 Fornecedores, conta corrente 273.252.357 225.177.140 Fornecedores, facturas em recepção e conferência 878.642 870.111 Fornecedores, títulos a pagar 12.662.208 14.627.058 Fornecedores de imobilizado, títulos a pagar 699 699 Empresas do grupo 139.057 2.130.899 Empresas associadas 618.845 1.230.143 Outros accionistas 1.092.399 686.449 Adiantamentos de clientes 11.808.533 8.462.046 Outros empréstimos obtidos 17.829.926 17.634 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 22.760.725 18.396.556 Estado e outros entes públicos 20.229.788 22.755.135 Outros credores 9.925.051 13.135.942

566.297.098 564.453.234

Empréstimos por obrigações não convertíveis

Em 31 de Dezembro de 2004 o saldo de Euro 7.470.000 é composto pelas duas prestações a pagar em 2005, do supra mencionado empréstimo obrigacionista contraido pela empresa-mãe que se vence a 28 de Junho de 2007, de Euro 22.500.000.

Outros empréstimos obtidos

Em 31 de Dezembro de 2004, o saldo das rubricas de balanço “Outros empréstimos obtidos” inclui uma emissão de papel comercial efectuada pela subsidiária Mota-Engil Engenharia, no montante, líquido de juros vincendos, de Euro 14.826.727, garantida por um sindicato bancário e que vence juros a taxa variável. O prazo de vencimento deste programa de emissão de papel comercial é 17 de Dezembro de 2005.

Estado e outros entes públicos

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 os saldos da rubrica “Estado e outros entes públicos” têm a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03

Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas 3.406.734 6.561.194 Imposto sobre o valor acrescentado 7.183.445 8.801.470 Segurança social 2.927.236 2.885.084 Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares 1.184.945 1.150.898 Outros impostos 118.670 703.274 Impostos em outros países 5.408.758 2.653.215

20.229.788 22.755.135

A rubrica “Impostos em outros países” respeita às dívidas passivas com as administrações fiscais dos países estrangeiros onde o Grupo desenvolve a sua actividade.

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16. Acréscimos e Diferimentos Passivos

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 os saldos desta rubrica apresentavam a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03Acréscimos de custos

Encargos com férias e subsídio de férias 17.677.730 15.770.581 Juros a liquidar 1.486.326 1.689.251 Produtos e trabalhos em curso 7.663.905 176.025 Outros acréscimos de custos (Nota Explicativa 1. c) x)) 10.037.040 10.242.870

36.865.001 27.878.727 Proveitos diferidos

Obras em curso 53.715.053 67.552.149 Facturação de proveitos antecipados 13.451.480 9.471.623 Diferenças de câmbio 3.067 3.067 Subsídios ao investimento 4.536.101 3.852.259 Ganhos em investimentos financeiros 1.200.120 1.200.120 Rendas em imóveis próprios 31.583 29.618 Diferenças de consolidação - 5.019.934 Outros proveitos diferidos 1.711.078 994.529

74.648.482 88.123.299

111.513.483 116.002.026

O montante diferido na conta Ganhos em investimentos financeiros respeita à parcela de mais-valias contingentes geradas na alienação de participações financeiras cuja efectivação e recebimento estão condicionados pela concretização de determinadas condições.

Obras em curso

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 o detalhe por empresa do grupo dos proveitos diferidos relativos a obras em curso, era como segue:

31.12.04 31.12.03

Ferrovias 3.039.557 3.457.494 Gerco - 41.900 Manvia 18.650 - Martifer 2.524.423 - Martifer Alumínios 2.087.922 358.554 Martifer Espanha - 101.070 Martifer Polska 240.746 - Martins & Coutinho 563.276 - Metalruda - 250.481 Metroepszolg 170.988 - MKC 931.642 1.229.868 Mota-Engil Engenharia 41.973.745 60.586.497 Mota-Engil Polska - 115.241 Serurb - 1.086.944 Tracevia 2.164.104 324.100

53.715.053 67.552.149

Diferenças de consolidação

Em 31 de Dezembro de 2004 não existe nenhum montante diferido nesta rubrica, pois os factos que em 2003 lhe deram origem deixaram de se verificar. Assim, o Grupo reconheceu como proveito do exercício o montante relativo às diferenças de consolidação negativas das associadas RTA e CPTP, uma vez que as associadas corrigiram o valor dos activos que estavam na base da existência dessas diferenças de consolidação.

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17. Garantias

Garantias Prestadas

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, as garantias prestadas pelo Grupo a terceiros referentes a garantias bancárias e a seguros caução prestados a donos de obras cujas empreitadas estão a cargo das diversas empresas do Grupo, discriminadas por moeda eram como segue:

31.12.04 31.12.03

Euros 601.941.849 452.234.193 Dólares dos Estados Unidos 16.939.015 21.669.253 Kwashas do Malawi 4.063.939 4.063.939 Forints Húngaros 6.576.770 2.349.368 Escudos Cabo Verdianos 6.958 147.621 Franco CFA 6.568.932 8.078.651 Zlotys Polacos 275.750 1.062.936 Coroas Checas 2.884.536 3.535.240 Meticais Moçambicanos 13.166 333.272 Coroas Eslovacas 375.300 - Nuevos Soles Peruanos 4.075.176 2.648.378

643.721.391 496.122.851

O detalhe por empresas do Grupo é como segue:

31.12.04 31.12.03

Correia & Correia 63.614 32.231 CPTP 9.076.918 6.555.489 Emocil 14.249 360.683 Enviroil 5.742 5.742 Ferrovias 13.255.684 11.296.738 Geogranitos 2.916.442 2.426.747 Gerco - 4.991.306 Manvia 97.002 55.147 Maprel 3.698.410 5.943.339 Martifer 16.422.995 13.504.479 Martifer Alumínios 1.127.828 745.052 Martins & Coutinho 134.251 134.251 MECT 85.458.507 - Metalruda - 2.258.784 Mota Hungária 6.774.448 478.602 Mota-Engil Engenharia 421.211.913 377.162.209 Mota-Engil SGPS 36.617.030 35.000.000 Probigalp 23.689 23.689 Probisa 862.605 862.605 RTA 392.302 848.510 Sedengil 109.714 241.311 Serurb 14.023.281 13.843.651 Soprocil 6.819.654 - STL 416.722 426.718 Suma 5.304.608 5.199.629 Tecnocarril 2.639 1.645 Timoz 31.374 - Tracevia 3.361.891 1.762.802 Translei 8.968.259 9.451.464 Util 5.837 - Vibeiras 3.693.219 2.510.028 Martifer Energia 12.401 - Serurb Matosinhos 2.818.163 -

643.721.391 496.122.851

Na referida data, o Grupo tem constituída caução sobre as acções detidas e prestações acessórias efectuadas às empresas participadas Lusoscut CP, Lusoscut GP, Lusoscut BLA, Lusoponte e AENOR, para garantir, a favor das entidades financeiras, os empréstimos contraídos por aquelas participadas, mecanismo que se insere no enquadramento jurídico e financeiro típico de uma estrutura de ‘Project Finance’.

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Adicionalmente, o Grupo prestou garantias bancárias a favor da Direcção Geral de Contribuições e Impostos relativamente a processos fiscais em curso na Mota-Engil Engenharia, no montante de Euro 22.338.657. É convicção do Conselho de Administração do Grupo, que do desfecho desses processos fiscais não resultarão perdas significativas para as demonstrações financeiras anexas.

Garantias reais

Em 31 de Dezembro de 2004 as garantias reais prestadas pelo Grupo são como segue:

Garantia Montante

Translei 5.501.548 Martifer 14.085.359 Maprel 2.750.000 M-Invest Bodhalec 1.345.851 Timoz 269.607

23.952.365

Hipoteca

Hipoteca e PenhorPenhor Mercantil

HipotecaHipoteca e Penhor

Os penhores mercantis incidem sobre equipamentos e foram concedidos como garantia de empréstimos bancários obtidos.

18. Vendas e Prestações de Serviços

As vendas e prestações de serviços dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 distribuem-se da seguinte forma:

31.12.04 31.12.03Mercado Interno:

Vendas de mercadorias 8.353.898 6.011.470 Vendas de produtos 162.034.275 127.826.264 Prestações de serviços: Obras públicas 534.048.019 386.316.615 Construção civil 138.140.945 145.294.407 Concessões de serviços públicos 56.633.437 13.495.235 Outras 17.153.325 93.292.829

916.363.899 772.236.820 Mercado externo

Vendas de mercadorias 8.239.791 5.671.450 Vendas de produtos 14.441.118 12.379.499 Prestações de serviços: Obras públicas 157.321.949 129.133.810 Construção civil 67.157.458 84.791.440 Outras 5.110.964 1.114.024

252.271.280 233.090.223

1.168.635.179 1.005.327.043

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19. Trabalhos para a Própria Empresa

Os trabalhos para a própria empresa nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 têm a seguinte repartição:

31.12.04 31.12.03

CPTP 1.040.604 778.424 Ferrovias 219.163 292.008 Geogranitos 9.749 21.511 Icer - 1.350 Maprel 124.090 3.171 MEIT - 211.967 Mota-Engil Engenharia 6.127.247 9.424.722 Mota-Engil Polska 1.251.740 69.040 Tracevia 21.975 894

8.794.568 10.803.087

Dos trabalhos para a própria empresa da participada Mota-Engil Engenharia o montante de Euro 4.566.252 corresponde a obras de construção de edifícios próprios na sua Sucursal de Angola.

20. Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas

O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas no período findo em 31 de Dezembro de 2004, foi determinado como segue:

Mercadorias

Matérias-primas, subsidiárias e de

consumo Total

Existências iniciais 34.805.808 29.180.675 63.986.483 Compras 17.571.599 264.087.889 281.659.488 Existências finais (39.539.261) (36.392.364) (75.931.625)

12.838.146 256.876.200 269.714.346

21. Fornecimentos e Serviços Externos

Incluído nesta rubrica encontra-se o montante de Euro 421.707.534 relativo a Subcontratos.

22. Custos com Pessoal

Esta rubrica é analisada como segue:

31.12.04 31.12.03

Remunerações 168.101.757 146.704.261 Encargos Sociais Pensões 234.849 683.769 Outros 52.318.014 39.864.250

220.654.620 187.252.280

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Número médio de pessoal

Durante o exercício de 2004, o número médio de pessoal ao serviço do Grupo pode ser analisado como segue:

31.12.04 31.12.03

Administradores 109 95 Empregados 5.491 4.442 Assalariados 7.734 7.609

13.334 12.146

Empresas nacionais 8.076 7.623 Empresas estrangeiras 3.106 2.164 Sucursais 2.152 2.359

13.334 12.146

Remunerações atribuídas aos membros dos orgãos sociais

As remunerações atribuídas ao Conselho de Administração da Empresa-mãe no período findo em 31 de Dezembro de 2004 ascenderam a Euro 1.779.661 e as atribuídas ao Fiscal Único foram no montante de Euro 22.352.

23. Provisões

As dotações de provisões dos exercícios de 2004 e 2003 são analisadas como segue:

31.12.04 31.12.03

Provisões para dívidas de cobrança duvidosa

Clientes, conta corrente – médio-longo prazo 61.396 - Clientes, conta corrente – curto prazo 24.648 382.184 Clientes de cobrança duvidosa 2.198.978 1.681.050 Outros devedores – curto prazo 169.287 534

Provisões para depreciação de existências 114.153 162.950

Provisões para outros riscos e encargos 1.953.689 356.489

4.522.151 2.583.207

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24. Resultados Financeiros

Os resultados financeiros nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, têm a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03

Proveitos e ganhos financeiros

Juros obtidos 4.052.813 4.377.377 Rendimentos de imóveis 552.488 527.643 Rendimentos de participações de capital 158.209 71.821 Ganhos em empresas do grupo e associadas 1.634.305 1.564.937 Ganhos na alienação de investimentos financeiros 24.694 800.000 Diferenças de câmbio favoráveis 10.482.340 9.960.485 Descontos de pronto pagamentos obtidos 1.595.812 1.700 Outros proveitos e ganhos financeiros 3.367.939 2.748.118

21.868.600 20.052.081

Custos e perdas financeiras

Juros suportados 20.898.757 21.777.434 440.028 275.812

Perdas em empresas do grupo e associadas 884.071 1.104.448 Diferenças de câmbio desfavoráveis 16.085.301 19.035.388 Descontos de pronto pagamento concedidos 349.892 432.378 Provisões para aplicações financeiras 382.837 - Amortizações das diferenças de consolidação 1.819.657 2.009.664 Outros custos e perdas financeiros 9.911.057 6.949.857

50.771.600 51.584.981 Resultados Financeiros (28.903.000) (31.532.900)

Amortizações de investimentos em imóveis (Nota Explicativa 4)

Ganhos em empresas do grupo e associadas

Os ganhos em empresas associadas nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 têm a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03

Ambilital - 12.598 Asinter 102.920 58.046 Auto Sueco Angola 228.858 158.930 Cimertex & Companhia 901.888 2.480 Citrup 90.500 - Icil-Icafal 101.163 34.092 Indaqua 74.281 - Indaqua Fafe 54.296 12.645 Indaqua Santo Tirso 74.411 - Lusoponte - 700.334 Metroepszolg - 8.248 M-Invest - 239.781 Moravian - 43.664 Edipainel 5.988 - Neklanova - 195.242 PBM - 80.775 Sol-S e Solsuni - 18.102

1.634.305 1.564.937

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Perdas em empresas do grupo e associadas

As perdas em empresas associadas nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 têm a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03

Cimertex Angola 674 31.395 Dirac - 1.020 Edipainel - 6.051 EMSA 45.997 7.153 Fabritubo 54.623 - Icer - - Indáqua - 260.377 Indáqua Feira 48.706 39.704 Indáqua St. Tirso - 6.236 Inovia 11.606 - Netmaster - 9.002 Norponte 301.350 - Rima - 9.984 SGA 369.656 366.663 Sonauta 14.622 310.355 Soprocil - 56.508 Turalgo 2.012 - Vortal 34.825 -

884.071 1.104.448

Outros custos e perdas financeiros

O saldo desta rubrica inclui basicamente despesas com garantias bancárias e custos com montagem de financiamentos.

25. Resultados Extraordinários

Os resultados extraordinários nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, têm a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03

Proveitos e ganhos extraordinários

Restituição de impostos 39.521 5.868 Ganhos em imobilizações e existências 2.999.490 3.352.454 Benefícios de penalidades contratuais 104.243 22.716

2.419.709 4.285.269 Correcções relativas a exercícios anteriores 1.192.346 1.946.244 Subsídios ao investimento 231.399 181.197 Outros proveitos e ganhos extraordinários 5.800.376 2.555.699

12.787.084 12.349.447

Custos e perdas extraordinárias

Donativos 785.308 322.968 Dívidas incobráveis 622.602 1.012.830 Perdas em imobilizações e existências 1.278.161 1.423.882 Multas e penalidades 172.148 242.095

3.856.940 3.384.208 Correcções relativas a exercícios anteriores 1.461.077 730.425 Outros custos e perdas extraordinários 5.833.461 582.026

14.009.697 7.698.434 Resultado Extraordinário (1.222.613) 4.651.013

Reduções de amortizações e provisões

Aumento das amortizações e provisões (Nota Explicativa 7)

A rubrica de “Outros custos e ganhos extraordinários”, inclui, aproximadamente Euro 3.200.000, relativo a custos anteriormente diferidos referentes ao Projecto de concessão rodoviária na Irlanda.

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26. Imposto sobre o Rendimento do Exercício

A decomposição dos activos e passivos por impostos diferidos pode ser analisada da seguinte forma:

As diferenças temporárias a deduzir ao lucro tributável que originaram activos por impostos diferidos são como segue:

Total

Efeito na Demonstração dos Resultados

Efeito em Capital Próprio

63.078.040 34.849.770 (97.927.810) 4.614.553 (379.147) (4.235.406)

31.166.190 (17.248.997) (13.917.193) Redução de amortizações não considerada fiscalmente 622.981 (532.931) (90.050)

70.659 1.038.471 (1.109.130)

99.552.423 17.727.166 (117.279.589)

Outros

Prejuízos fiscaisAcréscimos de custos não aceites fiscalmenteProvisões não aceites fiscalmente

As diferenças temporárias a deduzir à colecta que originaram activos por impostos diferidos são:

Total

Efeito na Demonstração dos Resultados

Efeito em Capital Próprio

Crédito de imposto por dupla tributação internacional 314.917 458.477 (773.394)

As diferenças temporárias que originaram passivos por impostos diferidos são como segue:

Total

Efeito na Demonstração dos Resultados Efeito em Capital

Próprio

(37.779.348) 1.659.291 36.120.057 (5.519.543) 54.622 5.464.921 (3.226.880) (779.415) 4.006.295 (4.165.571) (414.321) 4.579.892 (1.968.308) (5.237.217) 7.205.525 (4.423.534) 678.302 3.745.232

(57.083.184) (4.038.738) 61.121.922

Acréscimo de proveitos não tributadosAmortizações não aceites fiscalmenteDiferimento de tributação de mais valiasResultados negativos em ACE’sReavaliação de activos imobilizados

Outros

Em 31 de Dezembro de 2004, os activos e passivos por impostos diferidos ascendiam a Euro 28.812.030 e Euro 15.587.755, respectivamente, sendo o efeito na demonstração dos resultados positivo de Euro 3.312.656.

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123

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como segue:

9.522.337

(4.559.573) (633.799)

8.407.649 (17.203)

(388) 115.970

3.312.656 Imposto do exercício 12.834.993 Taxa Média Efectiva 31,7%

Imposto diferido

Reversão dos impostos diferidos com origem em diferenças temporárias

Reversão líquida do reporte de prejuízos

Ajustamento de políticas contabilísticas e erros fundamentais

Impostos diferidos relativos à amortização da reserva de reavaliação de imobilizações

Efeito da alteração da taxa de imposto

Outras diferenças não reconhecidas anteriormente como impostos diferidos

Imposto corrente

A Mota-Engil SGPS e as suas empresas participadas nacionais são tributadas individualmente e encontram-se sujeitas a impostos sobre lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC, à taxa normal de 25%, acrescida de derrama à taxa máxima de 10%, resultando numa taxa de imposto agregada de 27,5%.

De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais por um período de quatro anos no que se refere aos exercícios de 2001 a 2004 (dez anos para a Segurança Social até 31 de Dezembro de 2001, cinco anos após essa data) e consequentemente essas declarações fiscais poderão ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da Empresa-mãe entende que eventuais correcções, resultantes de diferentes interpretações da legislação vigente, por parte das autoridades fiscais, não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

Os efeitos de activos e passivos por impostos diferidos inerentes às provisões constituídas, durante 2004, para contas a receber de entidades angolanas (Nota Explicativa 5), bem como os respeitantes à reavaliação de terrenos e edifícios efectuada durante 2004 (Notas Explicativas 3 e 4), foram registados directamente em capitais próprios.

27. Interesses Minoritários na Demonstração de Resultados

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 esta rubrica tem a seguinte composição:

31.12.04 31.12.03

Corgimobil (723) - CPTP - 130.183 Emocil (18.385) (80.178) Gerco - (443) Martifer e subsidiárias 3.267.865 2.114.828 Metroepszolg 253 - MKC (1.437.475) 197.030 Motadomus - 333 Prefal 64.108 59.914 Sefimota e subsidiárias 161.186 37.598 Serurb - 321.654 Sols e Solsuni e associada 10.192 - Soprocil 15.129 - Suma e subsidiárias 3.151.826 1.261.475 Tracevia 165.169 6.127 Vibeiras 241.621 141.030

5.620.766 4.193.019

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28. Relato Por Segmentos

O Grupo está organizado em quatro áreas de negócio principais – Construção, Concessões de transportes, Ambiente e Serviços, e Imobiliário e Turismo -, as quais são coordenadas e apoiadas pela Mota-Engil SGPS e pela MESP. O segmento da “Construção” inclui as actividades de construção, obras públicas e estruturas metálicas nos mercados Nacional e Externo. O segmento do “Ambiente e Serviços” engloba as empresas de recolha e tratamento de resíduos urbanos. O segmento do “Imobiliário e Turismo” agrega as empresas de promoção imobiliária e empresas do sector do turismo. A área de “Concessões de transportes” inclui empresas que se encontram em fase de arranque e que não estão a ser consolidadas com excepção da MECT. Por este motivo não se justifica o relato deste segmento. Os valores relativos à MECT, Mota-Engil SGPS e MESP estão incluídos na coluna “Outros”.

Os proveitos e custos segmentais são atribuíveis directamente aos segmentos ou imputados numa base razoável quando se tratam de proveitos ou custos conjuntos. O resultado operacional por segmentos de negócio pode ser analisado como segue:

ConstruçãoAmbiente e

ServiçosImobiliário e

Turismo Outros Consolidado

Proveitos operacionais 1.134.035.110 91.176.698 5.690.183 (3.995.973) 1.226.906.018

Custo das vendas 256.133.916 13.226.905 827.523 (473.998) 269.714.346 Fornecimentos e serviços externos 575.109.358 23.063.510 3.478.823 (6.361.972) 595.289.719 Custos com pessoal 177.861.622 32.511.370 1.938.579 8.343.049 220.654.620 Outros custos operacionais 9.836.288 1.295.996 196.490 301.122 11.629.896

115.093.926 21.078.917 (751.232) (5.804.174) 129.617.437

Amortizações 45.811.416 7.130.138 584.297 918.963 54.444.814 Provisões 3.442.193 942.490 29.629 107.839 4.522.151

Resultado Operacional (EBIT) 65.840.317 13.006.289 (1.365.158) (6.830.976) 70.650.472

Resultado financeiro (22.914.463) (1.382.984) (843.862) (3.761.691) (28.903.000)

Resultado extraordinário (1.957.675) 302.152 71.372 361.536 (1.222.613)

Imposto sobre lucros 11.587.333 3.990.179 (569.132) (2.173.387) 12.834.993

Result. Líq. antes de Interesses Minoritários 29.380.846 7.935.278 (1.568.516) (8.057.742) 27.689.866

Interesses Minoritários 2.220.392 3.400.374 - - 5.620.766

Resultado Líquido 27.584.469 4.534.904 (1.568.516) (8.481.757) 22.069.100

Resultado operacional antes de amortizações e provisões(EBITDA)

Os activos segmentais incluem os activos identificáveis como pertencentes aos respectivos segmentos e consistem principalmente em imobilizado incorpóreo, corpóreo e existências e são analisados como segue:

ConstruçãoAmbiente e

ServiçosImobiliário e

Turismo Outros Consolidado

ACTIVO LÍQUIDO

Imobilizado incorpóreo

Despesas de instalação 349.132 62.690 96 - 411.918 Despesas de investigação e desenvolvimento 1.840.073 909.526 - 1.005.056 3.754.655 Propriedade industrial e outros direitos 1.050.046 163.766 - 466.968 1.680.780 Trespasses - 5.756.976 443 - 5.757.419 Imobilizações em curso 55.470 - 140 - 55.610 Outras imobilizações incorpóreas 236.953 - - - 236.953 Diferenças de consolidação 8.551.064 15.428.298 41.257 1.153.344 25.173.963

12.082.738 22.321.256 41.936 2.625.368 37.071.298

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Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados 31 de Dezembro de 2004

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ConstruçãoAmbiente e

ServiçosImobiliário e

Turismo Outros Consolidado

Imobilizado Corpóreo

Terrenos e recursos naturais 49.039.483 4.223.869 4.180.500 79.477 57.523.329 Edifícios e outras construções 80.973.332 2.334.225 12.189.504 117.760 95.614.821 Equipamento básico 91.111.469 6.763.124 574.521 262.124 98.711.238 Equipamento de transporte 24.441.910 6.212.356 8.630 - 30.662.896 Ferramentas e utensílios 1.477.991 421.514 1.403 8.526 1.909.434 Equipamento administrativo 5.154.900 1.238.768 55.585 - 6.449.253 Taras e vasilhame - 635.189 - - 635.189 Outras imobilizações corpóreas 1.836.793 105.659 - - 1.942.452 Imobilizações em curso 30.247.848 581.513 132.753 - 30.962.114 Adiantamentos por conta de imob. corpóreas 1.335.017 4.250 93.630 - 1.432.897

285.618.743 22.520.467 17.236.526 467.887 325.843.623

Existências

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 34.484.018 908.046 209.027 486.829 36.087.920 Produtos e trabalhos em curso 11.354.355 - 15.056.466 61.242 26.472.063 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 1.614 - - - 1.614 Produtos acabados 14.272.154 3.726 3.844.278 235.805 18.355.963 Mercadorias 29.882.684 203.617 9.452.960 - 39.539.261 Adiantamentos por conta de compras 3.972.501 - 1.372.291 - 5.344.792

93.967.326 1.115.389 29.935.022 783.876 125.801.613

29. Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa

Caixa e seus equivalentes pode ser analisado como segue:

31.12.04 31.12.03

Depósitos bancários e caixa Depósitos bancários 44.923.016 27.978.043 Caixa 1.621.762 1.767.884 Títulos negociáveis 7.497.380 516.369

54.042.158 30.262.296

A rubrica de pagamentos de investimentos financeiros pode ser analisada como segue:

31.12.04

Aenor 11.534.063 Lusoscut BLA 7.657.679 Indaqua 5.053.400 Lusoscut CP 3.623.754 Lusoscut GP 3.532.434 Tersado 825.000 Sadoport 500.000 MTS 226.100 ME Slovak 42.104 Ecolezíria 11.250 Citrup 250

33.006.034

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EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL DA MOTA-ENGIL,SGPS,SA,

REALIZADA EM 15 DE ABRIL DE 2005

Aos quinze dias do mês de Abril de dois mil e cinco, pelas onze horas e trinta minutos, os

accionistas da sociedade anónima MOTA-ENGIL, SGPS SA, Sociedade Aberta, com o capital

social de duzentos e quatro milhões seiscentos e trinta e cinco mil seiscentos e noventa e

cinco Euros (Euros 204 635 695), representado por 204 635 695 acções ordinárias do valor

nominal de 1 Euro cada, titular do cartão de identificação de pessoa colectiva número

quinhentos e dois milhões trezentos e noventa e nove mil seiscentos e noventa e quatro

(502 399 694), matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número

cinquenta e seis mil quinhentos e catorze (56 514), reuniram, em Assembleia Geral, no

Centro de Formação da MOTA-ENGIL, SGPS, SA, Sociedade Aberta, sito na Avenida Paiva

Couceiro, sem número de polícia, freguesia de Campanhã, concelho do Porto, conforme

Convocatória , com a Ordem de Trabalhos, publicada no Diário da República – III Série,

número 43, de 2 de Março de dois mil e cinco e no Jornal Público, Edição Lisboa e Porto de

2 de Março de dois mil e cinco, enviada na mesma data para a Euronext e disponibilizada

nos sítios da CMVM e da Sociedade na Internet.

Assumiu a condução dos trabalhos, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Daniel

Proença de Carvalho, secretariado pelo Secretário da Mesa e da Sociedade, Drª Ivone

Santos Martins.

No início da reunião, e antes de começados os trabalhos, o Presidente da Mesa da

Assembleia Geral solicitou ao Secretário que organizasse a lista dos Senhores Accionistas

presentes e representados na Assembleia, nos termos do Artigo 382º do Código das

Sociedades Comerciais.

Organizada e assinada a lista de presenças, verificou-se estarem presentes e representados

accionistas titulares de 122 380 739 acções (cento e vinte e dois milhões trezentas e oitenta

mil setecentas e trinta e nove acções), representativas de 60 % (sessenta por cento) do

capital social e de sessenta e dois por cento (62%) dos direitos de voto.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral declarou então estar a Assembleia em

condições de funcionar e deliberar validamente, de acordo com o número dois do Artigo 20º

(vigésimo) dos Estatutos da Sociedade, ordenando de seguida que a referida lista de

presenças fosse anexada à Acta.

Iniciada a sessão, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral cumprimentou os accionistas

e os membros dos orgãos sociais presentes, tendo de seguida lido integralmente a Ordem

de Trabalhos e referido que haviam sido submetidos à Assembleia e nela se encontravam

patentes, o Relatório de Gestão, o Balanço, as Demonstrações dos Resultados, a

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Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo ao Balanço, às Demonstrações dos

Resultados e à Demonstração dos Fluxos de Caixa, relativos ao Exercício de dois mil e

quatro, apresentados pelo Conselho de Administração, bem como a Certificação Legal de

Contas e o Relatório e Parecer do Fiscal Único, apresentados pelo Fiscal Único e o Relatório

de Auditoria das Contas Individuais, apresentado pelo Auditor Externo, relativos ao mesmo

exercício.

Entrados, de seguida, no Primeiro Ponto da Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa da

Assembleia Geral perguntou se algum dos presentes desejava usar da palavra sobre este

ponto. (...) Seguidamente, pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral foram postos à

votação, conjuntamente, na generalidade e na especialidade, o Relatório de Gestão, o

Balanço, as Demonstrações dos Resultados, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o

Anexo ao Balanço, às Demonstrações dos Resultados e à Demonstração dos Fluxos de

Caixa, relativos ao Exercício de dois mil e quatro, apresentados pelo Conselho de

Administração, bem como a Certificação Legal de Contas e o Relatório e Parecer do Fiscal

Único.

Feita a contagem dos votos verificou-se que aqueles documentos foram aprovados por

unanimidade dos accionistas presentes e representados, titulares de 122 380 739 acções

(cento e vinte e dois milhões trezentas e oitenta mil setecentas e trinta e nove acções),

representativas de 60 % (sessenta por cento ) do capital social e de sessenta e dois por

cento (62%) dos direitos de voto.

De seguida, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral declarou estar aberta a discussão

quanto ao Segundo Ponto da Ordem de Trabalhos.

O Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral pôs à votação a proposta do Conselho

de Administração para a aplicação dos resultados do exercício, feita no seguinte sentido:

"O Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, SA propõe à Assembleia Geral

Anual, a seguinte distribuição dos Resultados Líquidos do Exercício, no valor de 22 069 100

Euros:

a) Para Reserva Legal, 5% correspondentes a 1 103 455 Euros;

b) Para distribuição pelo Conselho de Administração, nos termos do Artigo 23º, nº 3

dos Estatutos, o montante de 500 000 Euros correspondentes a cerca de 2,3%;

c) Para distribuição aos Accionistas, 8 cêntimos por acção, cativos de impostos, no

valor global de 16 370 855 Euros e 60 cêntimos;

d) Para Reservas Livres, o remanescente, no valor de 4 094 789 Euros e 40

cêntimos.

Porto, 18 de Fevereiro de 2005

O Conselho de Administração"

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Colocado à discussão e votação o Segundo Ponto da Ordem de Trabalhos e feita a

contagem dos votos, verificou-se que aquela Proposta de Aplicação de Resultados foi

aprovada por unanimidade dos accionistas presentes e representados, titulares de

122 380 739 acções (cento e vinte e dois milhões trezentas e oitenta mil setecentas e trinta e

nove acções), representativas de 60 % (sessenta por cento) do capital social e de sessenta e

dois por cento (62%) dos direitos de voto.

Entrados de seguida, no Terceiro Ponto da Ordem de Trabalhos, respeitante ao Relatório

de Gestão Consolidado, ao Balanço Consolidado, às Demonstrações dos Resultados

Consolidados, à Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados e ao Anexo ao Balanço

Consolidado, às Demonstrações dos Resultados Consolidados e à Demonstração dos

Fluxos de Caixa Consolidados, relativos ao exercício de dois mil e quatro, apresentados pelo

Conselho de Administração, bem como a Certificação Legal das Contas Consolidadas e o

Relatório e Parecer do Fiscal Único, apresentados pelo Fiscal Único e o Relatório de

Auditoria das Contas Consolidadas apresentado pelo Auditor Externo.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (...) pôs à votação os documentos em causa

tendo os mesmos sido aprovados por unanimidade dos accionistas presentes e

representados, titulares de 122 380 739 acções (cento e vinte e dois milhões trezentas e

oitenta mil setecentas e trinta e nove acções), representativas de 60 % (sessenta por cento)

do capital social e de sessenta e dois por cento (62%) dos direitos de voto.

(...)

Entrados no QUINTO PONTO da Ordem de Trabalhos o Presidente da Mesa leu a proposta

apresentada pelo Presidente do Conselho de Administração, cujo teor se transcreve:

" PONTO QUINTO DA ORDEM DE TRABALHOS:

Discutir e Deliberar sobre a aquisição e venda, pela Sociedade, de acções próprias, bem

como mandatar o Conselho de Administração para executar as deliberações tomadas no

âmbito deste Ponto da Ordem de Trabalhos."

Proposta relativa a aquisição e a alienação de acções próprias Nos termos do disposto nos Artigos 319º e 320º do Código das Sociedades Comerciais, e do

Regulamento (CE) nº 2273/2003 da Comissão, de 22 de Dezembro de 2003, propõe-se que

a Assembleia:

a) Autorize a sociedade a comprar em Bolsa acções próprias, durante o prazo de

dezoito meses, contados da data da deliberação de autorização, até ao limite em que

a totalidade das acções próprias detidas , em cada momento, pela empresa, não

exceda 10 % ( dez por cento) do capital social, aos preços mínimo e máximo que

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resultarem da aplicação das regras constantes do Regulamento (CE) nº 2273/2003

da Comissão, de 22 de Dezembro de 2003

b) Autorize a empresa a vender acções próprias, durante o prazo de dezoito meses

contados da data da deliberação, no número mínimo de 100 acções e pelo preço

mínimo que resultar da aplicação das regras constantes do Regulamento (CE) nº

2273/2003 da Comissão, de 22 de Dezembro de 2003.

c) Autorize a empresa a vender a trabalhadores e membros dos Orgãos Sociais

(excluindo os membros da família Mota), até ao limite de 1% do capital, ao preço

mínimo que resultar da aplicação das regras constantes do Regulamento (CE) nº

2273/2003 da Comissão, de 22 de Dezembro de 2003.

Confira, desde já, ao Conselho de Administração da Sociedade plenos poderes para dar

execução às deliberações tomadas quanto ao teor das anteriores alíneas a) , b) e c), nos

momentos e pelas quantidades de acções que entender oportunos e desde que as

respectivas operações satisfaçam as demais condições legais.

Porto, 29 de Março de 2005

MOTA-ENGIL,SGPS,SA

O Presidente do Conselho de Administração."

Colocada à votação a proposta ora transcrita foi a mesma integralmente aprovada, por

unanimidade dos accionistas presentes e representados, titulares de 122 380 739 acções

(cento e vinte e dois milhões trezentas e oitenta mil setecentas e trinta e nove acções),

representativas de 60 % (sessenta por cento) do capital social e de sessenta e dois por

cento (62%) dos direitos de voto.

(...)

Nada mais havendo a tratar foi a sessão encerrada, dela se lavrando a presente acta que vai

ser assinada pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Daniel Proença de Carvalho

e pelo Secretário da Sociedade, Drª Ivone Santos Martins.

O Presidente da Mesa da Assembleia

Dr.Daniel Proença de Carvalho

O Secretário

Dra.Ivone Santos Martins

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