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- 0 - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. Capital € 21.635.880 Matriculada na C.R.C. de Lisboa sob o N.º 11035 NIPC 500 068 569 Sede Social: Rua Joaquim António de Aguiar, 41-3º Apartado 24346 1251-997 Lisboa Telefone: 21 386 43 48 Telefax: 21 386 31 60 PROSPECTO DE ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO DE 430 OBRIGAÇÕES ESCRITURAIS E AO PORTADOR COM VALOR NOMINAL DE EUR 50.000 CADA AO EUROLIST BY EURONEXT DA EURONEXT LISBON Organização e Montagem Fevereiro 2006

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Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.

Capital € 21.635.880

Matriculada na C.R.C. de Lisboa sob o N.º 11035

NIPC 500 068 569

Sede Social: Rua Joaquim António de Aguiar, 41-3º

Apartado 24346

1251-997 Lisboa

Telefone: 21 386 43 48

Telefax: 21 386 31 60

PROSPECTO DE ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO DE 430 OBRIGAÇÕES

ESCRITURAIS E AO PORTADOR COM VALOR NOMINAL DE EUR 50.000 CADA

AO EUROLIST BY EURONEXT DA EURONEXT LISBON

Organização e Montagem

Fevereiro 2006

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ÍNDICE

Capítulo 0. Sumário do Prospecto ...................................................................................................................7

0.1. Características da Emissão ......................................................................................................................7

0.2. Historial .....................................................................................................................................................9

0.3. Principais actividades................................................................................................................................9

0.4. Principais accionistas..............................................................................................................................10

0.5. Órgãos sociais ........................................................................................................................................10

0.6. Factores de risco ....................................................................................................................................11

Capítulo 1. Responsáveis pela informação....................................................................................................13

1.1. Identificação dos responsáveis ...............................................................................................................13

1.2. Declaração de responsabilidade.............................................................................................................14

Capítulo 2. Revisores oficiais de contas ........................................................................................................15

2.1. Identificação dos revisores oficiais de contas .........................................................................................15

2.2. Informação complementar significativa ...................................................................................................15

Capítulo 3. Factores de risco .........................................................................................................................16

3.1. Riscos específicos da presente emissão ................................................................................................16

3.2. Outros riscos...........................................................................................................................................18

Capítulo 4. Informações sobre o emitente .....................................................................................................19

4.1. Antecedentes e evolução do emitente ....................................................................................................19

4.1.1. Denominação jurídica e comercial do emitente e dos garantes...........................................................21

4.1.2. Local de registo do emitente e respectivo número...............................................................................21

4.1.3. Data de constituição como sociedade..................................................................................................21

4.1.4. Endereço, forma jurídica do emitente e legislação que regula a sua actividade..................................21

4.1.5. Acontecimentos recentes significativos................................................................................................21

Capítulo 5. Panorâmica geral das actividades ...............................................................................................24

5.1. Principais actividades..............................................................................................................................24

5.1.1. Descrição das principais actividades ...................................................................................................24

Capítulo 6. Estrutura organizativa..................................................................................................................28

6.1. Descrição sucinta do grupo.....................................................................................................................28

6.2. Dependência do emitente relativamente a outras entidades ..................................................................28

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Capítulo 7. Informação sobre tendências ......................................................................................................29

Capítulo 8. Previsões ou estimativas de lucros..............................................................................................30

Capítulo 9. Órgãos de administração, de direcção e de fiscalização.............................................................31

9.1. Identificação dos membros, endereços profissionais, funções e cargos: ...............................................31

9.1.1. Membros dos órgãos de administração, de direcção e de fiscalização ...............................................31

9.2. Conflitos de interesses............................................................................................................................36

Capítulo 10. Principais accionistas ................................................................................................................37

10.1. Identificação de proprietários e relações de controlo............................................................................37

10.2. Eventuais acordos que o emitente tem conhecimento..........................................................................38

Capítulo 11. Informações financeiras.............................................................................................................39

11.1. Historial financeiro ................................................................................................................................39

11.1.1 Balanço ...............................................................................................................................................40

11.1.1.1. Balanço pelo método POC..............................................................................................................40

11.1.1.2. Balanço utilizando o método IAS e Demonstração Consolidada das alterações no Capital Próprio41

11.1.2 Demonstração de resultados ..............................................................................................................43

11.1.2.1 Demonstração de resultados pelo método POC..............................................................................43

11.1.2.2. Demonstração de resultados pelo método IAS...............................................................................44

11.1.3. Notas explicativas e políticas contabilísticas......................................................................................45

11.1.3. 1. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas de 2003, pelo método POC........................45

11.1.3. 2. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas de 2004, pelo método POC........................63

11.1.3.3. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas de 2004, pelo método IAS...........................82

11.2. Mapas de fluxos de tesouraria ............................................................................................................114

11.2.1. Mapas de fluxos de tesouraria: princípios de reconhecimento e mensuração POC: .......................114

11.2.2. Mapas de fluxos de tesouraria: princípios de reconhecimento e mensuração das IAS/IFRS: .........117

11.3. Auditoria de informações financeiras históricas anuais.......................................................................118

11.4. Período coberto pelas informações financeiras ..................................................................................124

11.5. Acções judiciais e arbitrais..................................................................................................................124

11.6. Alteração significativa na situação financeira ou comercial do emitente.............................................124

Capítulo 12. Informações de base ...............................................................................................................125

Capítulo 13. Informação relativa aos valores mobiliários a admitir à negociação........................................126

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13.1. Montante total .....................................................................................................................................126

13.2. Tipo e a categoria dos valores mobiliários..........................................................................................126

13.3. Legislação...........................................................................................................................................126

13.4. Representação das obrigações ..........................................................................................................128

13.5. Moeda.................................................................................................................................................128

13.6. Classificação dos valores mobiliários em termos de privilégios creditórios ........................................128

13.7. Direitos inerentes ................................................................................................................................129

13.8. Taxa de juro ........................................................................................................................................129

13.9. Data de vencimento e amortização do empréstimo ............................................................................130

13.10. Rendimento.......................................................................................................................................132

13.11. Representação dos detentores da dívida..........................................................................................133

13.12. Declaração de resoluções, autorizações e aprovações ....................................................................133

13.13. Data de emissão dos valores mobiliários..........................................................................................133

13.15. Restrições à livre transferência dos títulos........................................................................................133

Capítulo 14. Admissão à negociação e modalidades de negociação ..........................................................134

14.1. Mercado em que serão negociados os valores mobiliários.................................................................134

14.2. Nome e endereço dos agentes pagadores e depositários de cada país.............................................134

Capítulo 15. Despesas de admissão à negociação .....................................................................................134

Capítulo 16. Informação adicional................................................................................................................134

Capítulo 17. Requisitos mínimos de informação relativos aos garantes......................................................135

17.1. Natureza da garantia...........................................................................................................................135

17.2. Historial Financeiro .............................................................................................................................136

17.2.1. Balanço ............................................................................................................................................136

17.2.2. Demonstração de Resultados..........................................................................................................140

17.2.3. Notas Explicativas e políticas contabilísticas ...................................................................................141

17.2.4. Mapas de fluxos de Caixa ................................................................................................................188

17.2.5. Auditoria de informações financeiras históricas anuais ...................................................................191

17.2.6. Período coberto pelas informações financeiras ...............................................................................197

17.2.7. Acções judiciais e arbitrais...............................................................................................................197

17.2.8. Alteração significativa na situação financeira ou comercial dos garantes........................................197

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17.3. Âmbito da garantia..............................................................................................................................197

17.4. Informações a fornecer sobre o garante ............................................................................................197

17.5. Principais accionistas dos garantes ....................................................................................................198

17.6. Órgãos de administração, de direcção e de fiscalização dos garantes ..............................................198

Capítulo 18. Contratos significativos............................................................................................................201

18.1. Identificação e descrição dos contractos significativos .......................................................................201

Capítulo 19. Informações de terceiros, declarações de peritos e declarações de eventuais interesses......201

Capítulo 20. Documentação acessível ao público .......................................................................................201

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Definições:

Salvo estipulação em contrário, os termos utilizados neste Prospecto têm o seguinte

significado:

Ø ALTRI

Altri S.G.P.S., S.A..

Ø CAIMA ou entidade emitente

Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., sociedade-mãe do Grupo CAIMA.

Ø CIRC

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, aprovadas pelo D.L. n.º

442 –B/88, de 30 de Novembro, com a redacção em vigor na presente data.

Ø CIRCS

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo D.L. n.º

442-A/88, de 30 de Novembro, com a redacção em vigor na presente data.

Ø CMVM

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Ø COFINA

Cofina S.G.P.S., S.A..

Ø CSC

Código das Sociedades Comerciais.

Ø CVM

Código dos Valores Mobiliários.

Ø EBF

Estatuto dos benefícios Fiscais, aprovado pelo D.L. n.º 215/89, de 1 de Julho, com a

redacção em vigor na presente data.

Ø EURONEXT

Euronext Lisbon: Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.

Ø GRUPO CAIMA

A própria CAIMA e empresas subsidiárias.

Ø GRUPO COFINA

A própria COFINA e empresas subsidiárias.

Ø EBITDA – Resultados operacionais acrescidos de amortizações.

Ø DÍVIDA – constituída por quaisquer dívidas às instituições de crédito (curto, médio e

longo prazo) sénior ou subordinadas, empréstimos obrigacionistas (curto, médio e longo

prazo), papel comercial, leasing, factoring com recurso, subsídios reembolsáveis e outra

dívida remunerada.

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Ø CAPITAL PRÓPRIO – valor contabilístico dos capitais próprios apresentado no

balanço consolidado da Celulose do Caima S.G.P.S..

Ø ACTIVO – o activo líquido contabilístico adicionado das responsabilidades por letras

descontadas e factoring com recurso e deduzido do montante relativo a depósitos

bancários e caixa.

Ø ENCARGOS FINANCEIROS – juros, comissões e outros encargos suportados a

título de remuneração da “Dívida”.

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Capítulo 0. Sumário do Prospecto

Neste capítulo, apresenta-se um sumário do presente prospecto de admissão à negociação das

obrigações da Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. no que respeita às características essenciais da

oferta privada de subscrição das obrigações de acordo com o disposto no n.º2 do artigo 5º da

Directiva n.º2003/71/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de Novembro de 2003.

Esta parte deverá ser entendida apenas como uma introdução ao prospecto, não dispensando a

leitura integral do mesmo, considerando que a informação aqui incluída está sob forma

resumida e não pretende ser exaustiva.

Tanto quanto é do conhecimento de todas as entidades e pessoas singulares que, nos termos da

lei e demais disposições regulamentares aplicáveis, são responsáveis pela informação prestada

no presente prospecto, os elementos nele inscritos estão de acordo com os factos e não existem

omissões que possam alterar o seu significado, responsabilizando-se assim pela suficiência,

veracidade, objectividade e actualidade das informações nele contidas à data da sua publicação.

Qualquer decisão de investimento deverá ser efectuada após avaliação independente da

condição económica, avaliação financeira e demais elementos relativos à emitente, ao grupo

Caima e aos seus negócios. Adicionalmente, nenhuma decisão quanto à intenção de

investimento deverá ser tomada sem prévia análise, pelo potencial investidor e pelos seus

consultores, do prospecto no seu conjunto, mesmo que a informação relevante seja prestada

mediante a remissão para outra parte deste prospecto ou para outros documentos no mesmo

incorporados.

Na sequência da aplicação das disposições relevantes da Directiva n.º 2003/71/CE, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de Novembro de 2003, em cada Estado Membro,

nenhuma pessoa poderá incorrer em responsabilidade civil em nenhum Estado Membro

exclusivamente com fundamento neste sumário do prospecto, incluindo qualquer tradução do

mesmo, salvo se o sumário do prospecto contiver menções enganosas, inexactas ou incoerentes

quando lidas em conjunto com as outras partes do prospecto.

Quando uma queixa relativa à informação contida no presente documento for submetida a um

tribunal de um Estado Membro, ao abrigo da legislação nacional do Estado Membro em que tal

queixa é apresentada, o queixoso poderá ter de suportar os custos da tradução deste documento

antes do processo judicial ter início.

0.1. Características da Emissão

Montante total O montante total dos Valores Mobiliários sujeitos à negociação será de €21.500.000 que constitui o total da emissão de 430 obrigações com o valor nominal de € 50.000 cada.

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Tipo e a categoria dos valores mobiliários

As obrigações são escriturais ao portador. O código ISIN – International Security Identification Number – da emissão das obrigações é SGPS/2005 – PTCAIAOE0006.

Legislação À presente emissão é aplicável, nomeadamente, o disposto nos artigos 348º a 372º do código das Sociedades Comerciais e o Código de Valores Mobiliários.

Representação das obrigações Os títulos são escriturais, ao portador, e são exclusivamente materializadas pela sua inscrição em contas abertas em nome dos respectivos titulares, de acordo com as disposições legais em vigor.

Moeda Os títulos são emitidos em Euros.

Classificação dos valores mobiliários em termos de privilégios creditórios

As obrigações constituem uma responsabilidade directa, incondicional e geral da Emitente, que empenhará toda a sua boa fé no seu cumprimento. As Obrigações constituem obrigações comuns da Emitente, a que corresponderá a um tratamento “pari passu” com todas as outras dívidas e compromissos presentes e/ou futuros não especialmente garantidos ou não subordinados da Emitente, sem prejuízo dos privilégios que resultem da lei.

Direitos inerentes As obrigações conferem aos seus titulares o recebimento de um juro semestral variável, descrito no ponto seguinte, pagos postecipadamente em 30 de Agosto e 01 de Março de cada ano até ao final do 6º ano.

Taxa de juro

O primeiro período de juros teve início na data de subscrição, ou seja, em 30 de Agosto de 2005, e maturidade na 1ª data de pagamento de juros, ou seja, em 01 de Março de 2006. A taxa de juro anual nominal aplicável a cada um dos períodos de juros será variável e igual à “Euribor 6 meses”, cotada no segundo “Dia Útil Target” imediatamente anterior à data de início de cada período de juros, acrescida de um spread de 1,7% arredondada 1/8 de ponto percentual imediatamente superior. Em caso de mora da emitente, esta pagará juros correspondentes à última taxa aplicável à emissão acrescida de uma sobretaxa de 4% .

Data de vencimento e amortização do empréstimo

O reembolso das obrigações será efectuado ao seu valor nominal em 30 de Agosto de 2011, salvo se ocorrer reembolso antecipado por opção da emitente ou dos obrigacionistas

Rendimento A taxa de rentabilidade efectiva anual bruta é de 3,91% e a taxa de rentabilidade efectiva anual líquida é de 3,31%.

Representação dos detentores da dívida A Emitente assegurará as diligências necessárias para que se proceda à eleição do Representante Comum dos Obrigacionistas, nos termos da legislação em vigor.

Declaração de resoluções, autorizações e aprovações

A presente emissão foi deliberada por resolução do Conselho de Administração da Celulose do Caima S.G.P.S., S.A., em 03/08/2005. A constituição de fiança por parte da Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A. e da Caima – Indústria de Celulose do Caima, S.A. foi aprovada por resolução dos Conselhos de Administração das respectivas empresas em, 03 de Agosto de 2005.

Garantias

As sociedades Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A. e Caima – Indústria de Celulose do Caima, S.A. constituem-se como fiadores e principais pagadoras, com renúncia ao benefício da execução prévia, das obrigações constituídas pela emitente no âmbito da presente emissão. A responsabilidade de cada sociedade garante está limitada a 50% do montante total da Emissão.

Data de emissão dos valores mobiliários A data de emissão das obrigações realizou-se no dia 30 de Agosto de 2005.

Livre transferência dos títulos Não existem restrições à livre transferência das obrigações.

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0.2. Historial

O grupo Caima foi fundado em 1888, originariamente com o nome de Caima Wood Pulp &

Timber Estate, Ltd. Mais tarde, por escritura pública realizada em 1973 transformou-se na

Companhia Celulose do Caima, S.A, e com esta denominação abriu o capital social à subscrição

pública em 1981.

Em 1998 a Cofina, holding que à data detinha participadas na área industrial adquire uma

participação minoritária na companhia. Em Outubro de 2000 com o objectivo de passar a

explorar o negócio da pasta de papel, a Cofina anuncia o lançamento de uma OPA sobre a

empresa, tendo garantido, em Dezembro de 2000, 85,3% do capital social da Companhia

Celulose do Caima, S.A..

No primeiro trimestre de 2002 foi implementado um processo de reestruturação que incluiu a

conversão da Companhia Celulose do Caima, S.A. em Sociedade Gestora de Participações

Sociais, a constituição da Caima – Indústria de Celulose, S.A. e a declaração de perda de

qualidade de sociedade aberta das empresas do grupo Caima, deliberada em Assembleia Geral

de accionistas e emitida em 28 de Outubro de 2004.

A Cofina, na qualidade de accionista maioritário, obrigou-se a comprar as acções pertencentes

aos accionistas que não votaram favoravelmente à deliberação de perda de qualidade de

Sociedade Aberta.

A 14 de Fevereiro de 2005 é constituída a Altri, na sequência da cisão da Cofina. Esta operação

envolveu o destaque da participação social detida pela Cofina na Caima. Em Setembro de 2005,

a Altri comprou as restantes acções da Caima que não lhe pertenciam, passando assim a deter na

totalidade o capital social desta.

0.3. Principais actividades

A Celulose do Caima, S.G.P.S.,S.A, e as suas participadas estão presentes em 3 áreas de

actividade principal: a exploração florestal de eucalipto, a produção de pasta e a produção e

venda de energia para a rede de distribuição eléctrica.

As empresas do grupo Caima e respectivas actividades encontram-se descritas na seguinte

tabela:

Actividades Empresas

Gestão de participações sociais

Silvicultura

Produção de pasta

Energia

Celulose do Caima, S.G.P.S.

Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A.

Caima – Indústria de Celulose, S.A.

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.

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A emitente. é uma sociedade gestora de participações sociais que tem participações sociais na

Inflora e na Invescaima, sendo esta última uma sub-holding que detém as empresas Caima

Indústria, Caima Energia e Silvicaima.

Na área da produção e exploração florestal, a emitente opera no mercado através da Silvicaima -

Sociedade Silvícola Caima, S.A e da Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. Estas

empresas operam no sector florestal em Portugal, dedicando-se em especial à produção de

rolaria de eucalipto para celulose. A actividade florestal compreende as vertentes de produção

de plantas, a preparação e plantação de terrenos, a manutenção de todas as áreas controladas

pela Silvicaima e a exploração de povoamentos florestais.

A Caima – Indústria de Celulose, S.A. é a empresa responsável pela área da comercialização e

produção de pasta de papel, o Core Business da actividade do grupo Caima, tendo sido

responsável pela produção de 108 mil toneladas de pasta de papel/ano em 2004.

A Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia S.A, constituída em 1997, tem

como actividade a produção e fornecimento de energia eléctrica e energia térmica. Até Outubro

de 2003, a Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia S.A fornecia energia

às empresas do grupo Caima, como resultado de uma estratégia de integração, altura em que a

EDP começou a absorver a totalidade da produção.

0.4. Principais accionistas

Em Outubro de 2004 foi emitida a declaração de perda de qualidade de sociedade aberta da

emitente e consequentemente as acções do capital social desta foram excluídas da negociação,

ficando vedada a respectiva readmissão antes de decorrido um ano sobre aquela declaração.

Actualmente, desde 13 de Setembro do presente ano, a Altri detém 90% do capital da Celulose

do Caima S.G.P.S., S.A., e a totalidade dos direitos de voto, exercendo desta forma uma relação

de controlo.

0.5. Órgãos sociais

De acordo com os estatutos da Caima, o seu Conselho de Administração é constituído por sete

membros eleitos em Assembleia Geral por um período de quatro anos sendo três executivos e

quatro não executivos.

O Fiscal Único Efectivo é a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Deloitte & Associados,

SROC. S.A., inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 43 e registada na

CMVM com o n.º 231, representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves, Revisor Oficial

de Contas e o Fiscal Único Suplente é António Dias e Associados, Sociedade de Revisores

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Oficiais de Contas (SROC 43) representada por António Marques Dias (ROC 562), Vogal e

Revisor Oficial de Contas suplente.

0.6. Factores de risco

Devido às características deste tipo de valor mobiliário, múltiplos factores de risco podem

influenciar o seu valor, e devem ser ponderados durante o processo de decisão de investimento.

As obrigações da Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. serão cotadas na Eurolist by Euronext da

Euronext Lisbon . A emitente não pode antecipar o desempenho das obrigações no mercado de

valores mobiliários, não podendo prever o comportamento bolsista das mesmas, nomeadamente

no que respeita à sua liquidez e volatilidade.

Os factores que influenciam o valor das obrigações dependem do risco da empresa emitente, dos

garantes e das outras empresas participadas, da incerteza dos cash flows provenientes das

obrigações e da perspectiva dos investidores, o que significa que a sua valorização pode ser

volátil e estar sujeita a flutuações.

Existem múltiplos factores de mercado que por si só, podem influenciar o risco de negócio ou a

variação dos resultados de uma empresa, o retorno exigido pelos investidores deve incluir a

variação do risco ou seja, a diferença na capacidade da emitente em cumprir com as suas

responsabilidades.

Alguns destes factores são independentes da vontade da empresa e dos garantes, não podendo

ser influenciados pela acção destas empresas nos mercados em que exercem a sua actividade.

Os factores genéricos dos mercado e sectores em que a emitente e os garantes se inserem,

podem afectar de forma determinante e adversa o preço de mercado das obrigações da Celulose

do Caima S.G.P.S., S.A., independentemente do desempenho operacional dos garantes e das

outras empresas participadas da emitente.

A Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. enquanto sociedade gestora de participações sociais tem

como activos as acções representativas do capital social das sociedades por si participadas,

sociedades com actividade no sector da silvicultura, indústria e energia. A emitente não

desenvolve qualquer outra actividade, pelo que o cumprimento das obrigações por si assumidas

encontra-se dependente dos cash flows gerados pelos seus garantes e pelas suas outras

participadas e consequentemente dos factores de risco que influenciam significativamente a

actividade dessas empresas.

Restrições estatutárias e fiscais, relativamente aos resultados, às reservas e à estrutura financeira

das empresas participadas podem influenciar a capacidade destas sociedades distribuírem

dividendos bem como pagar juros e reembolsar eventuais empréstimos concedidos pela

Celulose do Caima S.G.P.S., S.A..

A rentabilidade da Caima - Indústria de Celulose, S.A., encontra-se dependente entre outros

factores, do preço de mercado da pasta de papel que é determinado pelo equilíbrio global entre a

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oferta e a procura deste bem. Este factor constitui um risco para o negócio, devido à livre

flutuação do preço deste produto.

A rentabilidade da Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A depende da exposição do seu

património florestal, a partir do qual extrai madeira que consome ou comercializa, ao risco de

incêndio. No entanto, consideram-se que os riscos relacionados com os incêndios florestais se

encontram relativamente controlados pela permanente limpeza e conservação das florestas

pertencentes à empresa.

A competitividade nos mercados em que as participadas da emitente operam só pode ser

garantida mediante incrementos continuados de produtividade, o que exige um esforço

significativo ao nível dos investimentos. Deve ser tido em conta as necessidades de reforço do

investimento das empresas participadas da Celulose do Caima S.G.P.S., S.A.. Este reforço

poderá ser efectuado recorrendo a capitais próprios ou alheios. A emitente não pode garantir a

obtenção ou as condições inerentes à obtenção desses fundos. No caso de a Celulose do Caima

S.G.P.S., S.A. não dispor de fundos necessários, os objectivos ou planos operacionais de

desenvolvimento dos negócios poderão ter de ser alterados ou diferidos.

O valor dos juros das obrigações objecto da presente oferta está dependente da performance da

taxa euribor a 6 meses, sendo que a taxa de juro não poderá ser inferior a zero. Esta taxa está

sujeita a flutuações e influencia directamente o rendimento dos investidores não podendo a

Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. antecipar a performance desta taxa de juro.

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Capítulo 1. Responsáveis pela informação

1.1. Identificação dos responsáveis

A forma e conteúdo do presente Prospecto obedecem ao disposto (i) no Código dos Valores

Mobiliários, aprovado pelo decreto-lei n.º 486/99 de 13 de Novembro (ii) no Regulamento (CE)

n.º 809/2004 da Comissão de 29 de Abril de 2004 com redacção da rectificação de 16 de Junho

de 2004 que estabelece normas de aplicação da Directiva 2003/71/CE do Parlamento Europeu e

do Conselho no que diz respeito à informação contida nos prospectos e (iii) na demais

legislação e regulamentação aplicável, declarando os seus responsáveis – no âmbito da

responsabilidade que lhes é atribuída nos termos do artigo 149º do Código dos Valores

Mobiliários aplicável por remissão do artigo 243º do dito Código– que os elementos nele

inscritos estão de acordo com os factos e que não existem omissões que possam alterar o seu

significado, responsabilizando-se assim pela suficiência, veracidade, objectividade e actualidade

das informações nele contidas à data da sua publicação e pelos danos causados pela

desconformidade do conteúdo do Prospecto com o disposto no artigo 135º, aplicável por

remissão do artigo 238º do mesmo código.

Nos termos do artigo 149º do Código de Valores Mobiliários, são responsáveis pelo conteúdo

do presente Prospecto:

• a entidade emitente: Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. com sede estatutária em Lisboa, na

Rua Joaquim António de Aguiar, 41-3º.

• os membros do Conselho de Administração da entidade emitente:

Executivos

Paulo Jorge dos Santos Fernandes - assume funções de coordenação global no âmbito das

tradicionais tarefas adstritas à figura de CEO

João Manuel Matos Borges de Oliveira - assume funções de coordenação global no âmbito das

tradicionais tarefas adstritas à figura de CFO

Agostinho Dolores Ferreira - assume responsabilidade executiva pelas operações da subsidiárias

Caima SGPS, com especial ênfase nas actividades industriais.

Não Executivos

Domingos José Vieira de Matos

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Graham Malcolm Comrie Dewar

Luís Manuel Pego Todo Bom

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• A empresa garante: Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A. com sede social em

Constância-Sul – 2250-058 Constância.

• A empresa garante Caima – Indústria de Celulose do Caima, S.A. com sede social em

Constância-Sul – 2250-058 Constância.

• A Sociedade de Revisores oficiais de Contas da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. apenas

relativamente a contas por si aprovadas, certificações legais de contas por si elaboradas e

por toda a informação baseada nesses documentos apresentada no seguinte prospecto:

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Magalhães, Neves & Associados, SROC,

inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 95 e registada na CMVM sob o n.º

223, representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves (ROC n.º 746), com sede na Praça

Duque de Saldanha, 1 - Atrium Saldanha, 6º, 1050-094 Lisboa, responsável pela Certificação

Legal e Relatório de Auditoria referente às contas consolidadas da Celulose do Caima, S.G.P.S.,

S.A., do exercício de 2003 constante deste prospecto, e da Certificação Legal e Relatório de

Auditoria às contas da Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A. e da Caima – Indústria de

Celulose do Caima, S.A. do exercício de 2003 igualmente constantes deste prospecto.

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Deloitte & Associados, SROC. S.A. , inscrita

na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 43 e registada na CMVM com o n.º 231,

representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves (ROC n.º 746), com sede na Praça Duque

de Saldanha, 1 - Atrium Saldanha, 6º, 1050-094 Lisboa, responsável por (i) Certificação Legal

e Relatório de Auditoria referente às contas consolidadas da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.,

utilizando os princípios de reconhecimento e mensuração POC, referentes ao exercício de 2004

constante deste Prospecto; (ii) restatement das demonstrações financeiras consolidadas do

exercício de 2004 utilizando os princípios de reconhecimento e mensuração das IAS/IFRS da

Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.; (iii) Certificação Legal e Relatório de Auditoria às contas do

exercício de 2004 da Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A. e da Caima – Indústria de

Celulose do Caima, S.A..

1.2. Declaração de responsabilidade

Os responsáveis pelo presente documento declaram que após terem efectuado as diligências

consideradas razoáveis, tanto quanto é do seu conhecimento as informações incluídas no

presente documento estão de acordo com os factos e não contêm omissões susceptíveis de

alterar o seu alcance.

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Capítulo 2. Revisores oficiais de contas

2.1. Identificação dos revisores oficiais de contas

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Magalhães, Neves & Associados, SROC, inscrita

na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 95 e registada na CMVM sob o n.º 223,

representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves (ROC n.º 746), com sede na Praça Duque

de Saldanha, 1 - Atrium Saldanha, 6º, 1050-094 Lisboa, foi responsável pela Certificação Legal

e Relatório de Auditoria referente às contas consolidadas da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.

referentes ao exercício de 2003 constante deste prospecto.

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Deloitte & Associados, SROC. S.A. , inscrita na

Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 43 e registada na CMVM com o n.º 231,

representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves(ROC n.º 746), com sede na Praça Duque

de Saldanha, 1 - Atrium Saldanha, 6º, 1050-094 Lisboa, foi responsável pela Certificação Legal

e Relatório de Auditoria referente às contas consolidadas da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A,

referentes do exercício de 2004 e que, igualmente, constam deste Prospecto.

2.2. Informação complementar significativa

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Magalhães, Neves & Associados, SROC, inscrita

na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 95 e registada na CMVM sob o n.º 223,

representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves (ROC n.º 746) denomina-se actualmente,

Deloitte & Associados, SROC. S.A. por efeito de fusão entre estas empresas.

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Capítulo 3. Factores de risco

3.1. Riscos específicos da presente emissão

As obrigações representam um título de dívida. A emissão impõe a obrigação de pagamento de

juros semestrais durante os seis próximos anos e o reembolso total do valor nominal das

obrigações no final do período.

Existe uma relação directa entre o risco e o rendimento associado a um valor mobiliário sendo

exigido um retorno maior por parte dos investidores quando o risco dos seus investimentos

aumenta. Devido às características deste tipo de valor mobiliário, múltiplos factores de risco

podem influenciar o seu valor, e devem ser ponderados quando se decide investir em

obrigações.

As obrigações da Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. serão cotadas na Eurolist by Euronext da

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.. A Celulose do

Caima S.G.P.S., S.A. não pode antecipar o desempenho das obrigações no mercado de valores

mobiliários, não podendo prever o comportamento bolsista das obrigações, nomeadamente no

que respeita à sua liquidez e volatilidade.

Os factores que influenciam o valor das obrigações dependem do risco da empresa emitente, dos

garantes e das outras empresas participadas, da incerteza dos cash flows provenientes das

obrigações e da perspectiva dos investidores, o que significa que a sua valorização pode ser

volátil e estar sujeita a flutuações.

Existem múltiplos factores de mercado que por si só, podem influenciar o risco de negócio ou a

variação dos resultados de uma empresa, o retorno exigido pelos investidores deve incluir a

variação do risco ou seja, a diferença na capacidade da emitente em cumprir com as suas

responsabilidades.

Alguns destes factores são independentes da vontade da empresa e dos garantes, não podendo

ser influenciados pela acção destas empresas nos mercados em que exercem a sua actividade.

Os factores genéricos dos mercado e sectores em que a emitente e os garantes se inserem,

podem afectar de forma determinante e adversa o preço de mercado das obrigações da Celulose

do Caima S.G.P.S., S.A., independentemente do desempenho operacional dos garantes e das

outras empresas participadas da emitente.

Riscos da actividade do emitente

A Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. enquanto sociedade gestora de participações sociais tem

como activos as acções representativas do capital social das sociedades por si participadas,

sociedades com actividade no sector da silvicultura, indústria e energia. A emitente não

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desenvolve qualquer outra actividade, pelo que o cumprimento das obrigações por si assumidas

encontra-se dependente dos cash flows gerados pelas suas participadas, incluindo os garantes, e

consequentemente dos factores de risco que influenciam significativamente a actividade dessas

empresas.

A capacidade das participadas disponibilizarem fundos à emitente dependerá da capacidade de

gerarem cash flows positivos, pelo que os investidores na presente oferta deverão tomar em

consideração os factores de risco decorrentes da actividade de todas as suas participadas,

incluindo os garantes.

Restrições estatutárias e fiscais, relativamente aos resultados, às reservas e à estrutura financeira

das empresas participadas podem influenciar a capacidade destas sociedades distribuírem

dividendos bem como pagar juros e reembolsar eventuais empréstimos concedidos pela

Celulose do Caima S.G.P.S., S.A..

A rentabilidade da Caima - Indústria de Celulose, S.A., encontra-se dependente entre outros

factores, do preço de mercado da pasta de papel que é determinado pelo equilíbrio global entre a

oferta e a procura deste bem. Este factor constitui um risco para o negócio, devido à livre

flutuação do preço deste produto.

A rentabilidade da Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A depende da exposição do seu

património florestal, a partir do qual extrai madeira que consome ou comercializa, ao risco de

incêndio. No entanto, consideram-se que os riscos relacionados com os incêndios florestais se

encontram relativamente controlados pela permanente limpeza e conservação das florestas

pertencentes à empresa.

A competitividade nos mercados em que as participadas da emitente operam só pode ser

garantida mediante incrementos continuados de produtividade, o que exige um esforço

significativo ao nível dos investimentos. Deve ser tido em conta as necessidades de reforço do

investimento das empresas participadas da Celulose do Caima S.G.P.S., S.A.. Este reforço

poderá ser efectuado recorrendo a capitais próprios ou alheios. A emitente não pode garantir a

obtenção ou as condições inerentes à obtenção desses fundos. No caso de a Celulose do Caima

S.G.P.S., S.A. não dispor de fundos necessários, os objectivos ou planos operacionais de

desenvolvimento dos negócios poderão ter de ser alterados ou diferidos.

Para os próximos períodos, a Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. não tem conhecimento da

existência de dependências relativas a qualquer patente, licença ou contrato de concessão ou de

qualquer outro tipo que tenha tido ou possa vir a ter uma importância significativa na sua

actividade ou nas actividades dos seus garantes e das suas outras participadas.

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3.2. Outros riscos

O valor dos juros das obrigações objecto da presente oferta está dependente da performance da

taxa euribor a 6 meses, sendo que a taxa de juro não poderá ser inferior a zero. Esta taxa está

sujeita a flutuações e influencia directamente o rendimento dos investidores. A Celulose do

Caima S.G.P.S., S.A. não pode antecipar a performance desta taxa de juro.

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Capítulo 4. Informações sobre o emitente

4.1. Antecedentes e evolução do emitente

O Grupo Caima foi fundado em 1888, originariamente com o nome de Caima Wood Pulp &

Timber Estate, Ltd. Mais tarde, por escritura pública realizada em 1973 transformou-se na

Companhia Celulose do Caima, S.A. Já com essa denominação, em 1981 abriu o capital social à

subscrição pública.

O core business da sua actividade é a produção de pasta de papel a partir de rolaria de eucalipto.

Todavia, desenvolve igualmente actividades como a produção e exploração florestal, a

produção e comercialização de pasta papeleira e a produção de energia a partir de recursos

renováveis. Salientam-se duas datas relacionadas com o core business: em 1925 inicia-se a

comercialização de pasta de eucalipto e em 1960 é construída a sua segunda fábrica – em

Constância – sendo pioneira na introdução de pasta branqueada de eucalipto isenta de cloro, ou

pasta TCF (Totally Chlorine Free), no mercado.

Em 1998 a COFINA, holding que à data detinha participadas na área industrial (Vista Alegre

Atlantis S.G.P.S., S.A., que opera na indústria da porcelana e F. Ramada S.A. que opera na

indústria do aço) adquire uma participação minoritária na companhia. Em Outubro de 2000 com

o objectivo de passar a explorar o negócio da pasta de papel, a Cofina S.G.P.S. anuncia o

lançamento de uma OPA. Em Dezembro de 2000, a COFINA garante 85,3% do capital social

da Companhia Celulose do Caima, S.A..

No primeiro trimestre de 2002 foi implementado um processo de reestruturação que envolveu a

conversão da Companhia Celulose do Caima, S.A. em Sociedade Gestora de Participações

Sociais e a constituição da Caima – Indústria de Celulose, S.A. Os activos e passivos afectos à

actividade operacional de fabrico e comercialização de pasta de papel foram integralmente

transferidos para a Caima – Indústria de Celulose, S.A, empresa que passou a ser detida a 100 %

pela CAIMA.

A figura seguinte ilustra a estrutura do Grupo Caima que engloba as empresas Celulose do

Caima, S.G.P.S., S.A., Caima – Indústria de Celulose, S.A., Silvicaima – Sociedade Silvícola

Caima, S.A. , Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A., Caima Energia – Empresa

de Gestão e Exploração de Energia, S.A., Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S.,

S.A.:

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Em Outubro de 2004 foi deliberado, em Assembleia Geral de accionistas da CAIMA, a perda da

qualidade de Sociedade Aberta das empresas do grupo Caima.

A declaração de perda de qualidade de Sociedade Aberta foi emitida em 28 de Outubro de 2004

e consequentemente as acções do capital social da Celulose do Caima, S.G.P.S. SA foram

excluídas da negociação, ficando vedada a respectiva readmissão antes de decorrido um ano

sobre aquela declaração.

Em cumprimento do disposto na alínea a) do n.º3 do artigo 27º do Código dos Valores

Mobiliários, e em conformidade com a deliberação tomada na Assembleia Geral, a COFINA, na

qualidade de accionista maioritário, obrigou-se a comprar as acções pertencentes aos accionistas

que não votaram favoravelmente à deliberação de perda de qualidade de Sociedade Aberta, no

prazo compreendido entre 28 de Outubro de 2004 e 28 de Janeiro de 2005. No final deste

período, as acções representativas do capital social da CAIMA foram excluídas de negociação.

A COFINA, nessa data, era titular de 89.32% do Capital Social da CAIMA, representativas de

99.24% dos respectivos direitos de voto.

A 14 de Fevereiro de 2005 é constituída, por escritura pública lavrada no 4º Cartório Notarial do

Porto a ALTRI, sequência da cisão da COFINA, que envolve o destaque da participação social

detida pela COFINA na CAIMA

Este processo de cisão insere-se num processo de reorganização empresarial da COFINA,

separando as participações detidas nas duas grandes áreas em que desenvolve a sua actividade, a

indústria e media e conteúdos. A ALTRI, foi criada com as participações em empresas

industriais, incluindo a CAIMA. No passado mês de Setembro, a ALTRI comprou as restantes

acções da Caima que não lhe pertenciam, passando assim a deter na totalidade o capital social

desta.

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4.1.1. Denominação jurídica e comercial do emitente e dos garantes

O emitente adoptou como denominação jurídica e comercial: Celulose do Caima S.G.P.S., S.A..

As empresas garantes adoptaram como denominação jurídica e comercial: Silvicaima Sociedade

Silvícola Caima, S.A. e Caima – Indústria de Celulose do Caima S.A.

4.1.2. Local de registo do emitente e respectivo número

A emitente, Celulose do Caima S.G.P.S., S.A., está matriculada na Conservatória do Registo

Comercial de Lisboa, 4ª Secção, sob o n.º 11035 .

4.1.3. Data de constituição como sociedade

A sociedade Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. foi constituída no dia 9 de Janeiro de 2002

realizada por escritura pública na sequência da execução do processo de reestruturação do

Grupo.

4.1.4. Endereço, forma jurídica do emitente e legislação que regula a sua actividade

O emitente tem a sua sede social em Lisboa na Rua Joaquim António de Aguiar nº41, 3º e

assume a forma jurídica de uma Sociedade Gestora de Participações Sociais.

O emitente desenvolve a maior parte das suas actividades em: Constância-Sul, 2250-058

Constância, com o telefone (+351) 249 730 000.

A actividade do emitente é regulada pelas disposições constantes do Código das Sociedades

Comerciais e do Decreto - Lei n.º 495/88, de 30 de Dezembro, alterado pelo Decreto – Lei n.º

318/94, de 24 de Dezembro, e pelo decreto-lei n.º 378/98, de 27 de Novembro.

4.1.5. Acontecimentos recentes significativos

Acontecimentos recentes significativos que afectam a actividade da empresa emitente e dos

garantes da presente emissão:

Processo de cisão da Cofina

Na sequência do processo de cisão da COFINA, que deu origem à separação entre os

negócios desenvolvidos por este grupo nas áreas de comunicação social, (que se mantêm na

esfera da Cofina) e na área industrial (que passaram a ser detidos pela nova sociedade

“Altri”), verificaram-se alterações na estrutura do balanço consolidado do emitente.

Este processo decorreu em Fevereiro de 2005, pelo que estas alterações não se encontram

reflectidas nas demonstrações financeiras do emitente relativas ao exercício de 2004.

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Aquisição de 95% da Portucel Tejo

A participada da emitente, Invescaima - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

comprou acções representativas de 95% do capital da Portucel Tejo por um valor de

37.976.250 Euros. Esta transacção ocorreu na sequência de um concurso público para o

processo de reprivatização da Portucel Tejo, sendo que a decisão do concurso foi aprovada

por Conselho de Ministros em Junho do presente ano.

A Portucel Tejo é uma empresa que opera no mercado das pastas naturais, nos seguintes

segmentos: fibrocimentos, decor, papéis de embalagem e papéis especiais, com destaque para

uma gama variada de papéis destinados à embalagem de produtos alimentares delicados e

aplicações eléctricas.

A Portucel Tejo tem actualmente uma capacidade de produção de 150.000 toneladas/ano de

pasta kraft não branqueada. Concretizados os processos em curso de reestruturação e

aproveitamento e sinergias como grupo, o Conselho de Administração estima que nas

condições actuais de preço do mercado da pasta, a Portucel Tejo possa atingir uma margem

EBITDA de 20%. Do ponto vista estratégico a operação permite diversificar o tipo de pasta

produzida pelo Grupo Caima, e origina a entrada da empresa no negócio de produção de

papel. Esta operação, aliada à reestruturação do equipamento produtivo na Portucel Tejo,

actualmente em curso, deverá levar ainda a que a capacidade de produção da Caima mais que

duplique fruto desta operação.

Processo de alienação de participação minoritária na VAA S.G.P.S., S.A.

A Caima deu início ao processo de venda da totalidade da participação financeira de 19,8%

que detém na VAA S.G.P.S.,S.A., través da Caima – Indústria de Celulose, SA, na sequência

da decisão estratégica da ALTRI de concentrar os seus investimentos nas suas participações

estratégicas nas quais detém participações maioritárias.

Aquisição de 50% da EDP Produção – Bioeléctrica, SA

A Caima adquiriu uma participação de 50% do capital social da EDP Produção – Bioeléctrica,

SA (EDP Bioeléctrica).

O valor da transacção referente à participação de 50% na EDP Bioeléctrica foi de 7,5 milhões

de euros.

A EDP Bioeléctrica opera a central de valorização energética de resíduos florestais de

Mortágua que conta com uma capacidade instalada de 9 MW. A energia emitida para a rede

pela central de Mortágua, que em 2004 ascendeu a 49 GWh, é vendida ao Sistema à tarifa de

produtor em regime especial.

A Caima irá assim aumentar a sua actividade na área de produção eléctrica através de

biomassa florestal, na qual já explora uma central com uma capacidade instalada de 7 MW, na

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sua fábrica de Constância, em regime de co-geração. Adicionalmente, a Caima possui uma

central de produção de energia eléctrica com uma capacidade instalada de 7 MW que

aproveita subprodutos provenientes do processo de produção de pasta para papel. A

transacção agora apresentada ao mercado envolve a realização de uma parceria entre a EDP e

a Celulose do Caima, que irá promover uma maior eficiência na integração entre a fileira

florestal produtora de biomassa e a produção de energia a partir deste recurso renovável,

contribuindo assim para a melhoria do ordenamento da floresta.

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Capítulo 5. Panorâmica geral das actividades

5.1. Principais actividades

A Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. detém a totalidade do capital das empresas participadas

que actuam nas áreas descritas aproveitando assim a complementaridade entre estas actividades.

A Celulose do Caima, S.G.P.S.,S.A, e as suas participadas estão presentes em 3 áreas de

actividade principal: a exploração florestal de eucalipto, a produção de pasta - que utiliza

madeiras produzidas pela floresta própria -, e finalmente a produção e venda de energia para a

rede de distribuição eléctrica.

Em termos financeiros é uma empresa flexível, equilibrada e competitiva posicionada no

mercado nacional e no mercado europeu.

5.1.1. Descrição das principais actividades

A Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. é uma empresa gestora de participações sociais. As

participadas que exploram as actividades descritas, incluem:

Actividades Empresas

Gestão de participações sociais

Silvicultura

Produção de pasta

Energia

Celulose do Caima, S.G.P.S.

Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A.

Caima – Indústria de Celulose, S.A.

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.

A Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. é uma sociedade gestora de participações sociais que tem

participações sociais na Inflora e na Invescaima, sendo esta última uma sub-holding que detém

as empresas Caima Indústria, Caima Energia e Silvicaima.

Os principais indicadores financeiros de 31 de Dezembro de 2004, das empresas participadas

apresentam-se no quadro seguinte:

Empresas

2004 2003 Total do Activo

Total do Capital próprio

Total dos proveitos Resultado do exercício

Caima Industria 100,00% 100,00% 48.590.607 27.563.215 46.804.473 1.658.091

Silvicaima 100,00% 100,00% 44.273.663 20.146.402 12.500.938 4.024.918

Caima Energia 100,00% 100,00% 20.136.039 3.151.815 11.062.788 1.743.059

Inflora 100,00% 100,00% 3.082.619 1.278.889 - -41.190

Invescaima 100,00% 100,00% 183.130.863 173.144.906 33.274.269 32.815.784

Unidade: Euros

Percentagem de Participação Informação relativa a

31 / 12 / 2004

Silvicultura:

Na área da produção e exploração florestal, a emitente opera no mercado através da Silvicaima -

Sociedade Silvícola Caima, S.A. (empresa constituída em 1966 que é responsável pela gestão

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dos cerca de 24 mil hectares de floresta, dos quais cerca de 19 mil hectares são de eucalipto) e

da Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. Estas empresas operam no sector

florestal em Portugal, dedicando-se em especial à produção de rolaria de eucalipto para

celulose.

A actividade florestal compreende as vertentes de produção de plantas em viveiros próprios,

para o consumo interno e para comercialização, a preparação e plantação de terrenos, a

manutenção de todas as áreas controladas pela Silvicaima e a exploração de povoamentos

florestais.

A floresta de eucalipto da Silvicaima é gerida de forma a garantir uma produção sustentável e

uma produção de madeira com níveis de qualidade e a custo competitivo, com a utilização de

técnicas adequadas de manutenção das florestas, respeitando preocupações de natureza

ambiental e recorrendo ao melhoramento genético das plantas utilizadas nas suas plantações.

A Silvicaima, adopta medidas de defesa da floresta contra os incêndios, cabendo realçar os

investimentos nas manutenções, a colaboração com as restantes empresas congéneres no

combate aos fogos e o esforço em sistemas de prevenção e combate aos incêndios.

Com o objectivo de diminuir os custos de exploração, a Silvicaima - Sociedade Silvícola Caima,

S.A., tem privilegiado a concentração das áreas florestais mais próximas da fábrica de

Constância, pelo que mais de 70% da área florestal localiza-se num raio não superior a 70 Km

da fábrica.

As vendas de madeira pela Silvicaima são efectuadas na sua quase totalidade à Caima -

Indústria de Celulose, S.A., fornecendo a madeira de eucalipto à fábrica de Constância. O

objectivo desta lógica de integração vertical consiste em diminuir a dependência face a

terceiros, fornecedores de matéria prima, e limitar os efeitos da oscilação de preços e dos

próprios fornecimentos. O montante global das vendas no exercício de 2004 foi de 8.468.354

Euros, equivalentes a um volume de vendas de madeira de eucalipto de 157.803 m3. A

quantidade de madeira entregue na Caima - Indústria de Celulose, S.A. foi de 150.000 m3 o que

corresponde a 46% do consumo global da fábrica.

Pasta de papel

A Caima – Indústria de Celulose, S.A. é a empresa responsável pela área da comercialização e

produção de pasta de papel, o Core Business da actividade do Grupo Caima, sendo responsável

pela produção de 108 mil toneladas de pasta de papel/ano em 2004.

O aumento da capacidade operacional da fábrica de Constância, que passou de uma produção de

6.000 toneladas em 1948 para uma produção actual próxima das 108.000 toneladas de pasta de

papel em 2004, tem sido acompanhado pela adopção de medidas de protecção ambiental

adequadas em termos de emissões atmosféricas, redução de efluentes a tratar e melhoria de

eficiência nos processos de tratamento.

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Produção de pasta de papel 2001 2002 2003 2004

Produção de pasta (ton) 96.331 101.418 105.025 107.764

Capacidade instalada 100.000 107.000 110.000 115.000

Utilização da capacidade 96% 95% 95% 94%

Produção de pasta de papel em toneladas

Em termos de produção e comercialização de pasta de papel, a Caima Indústria, produz pasta

branqueada de eucalipto isenta de cloro, ou pasta TCF (Totally Chlorine Free). A pasta

produzida é resultado da combinação da matéria-prima utilizada, a madeira de eucalipto

globulus, pelo processo de bissulfito de magnésio e branqueada pelo processo TCF, o que

confere às fibras características que as tornam particularmente adequadas a determinadas

aplicações papeleiras.

A estratégia comercial da empresa tem sido a aposta em ninhos de mercado que valorizam as

características próprias das matéria produzidas, que as tornam particularmente adequadas a

determinadas aplicações papeleiras, como os papéis do tipo “tissue” e papéis de impressão

escrita, nomeadamente papéis com marca de água e papéis de cor. Em termos de forças de

vendas, a estratégia que tem sido seguida divide-se em: utilização da própria força de vendas

para o mercado ibérico e a utilização de agentes rigorosamente seleccionados para os restantes

mercados, na sua maioria agentes exclusivos.

A produção tem como principal destino a exportação: cerca de 85% do volume de negócios é

efectuado com o exterior, sendo a Espanha e a Alemanha os principais mercados.

Comercialização de pasta de

papel2001 % 2002 % 2003 % 2004 %

Volume de negócios 44.438 100% 44.201 100% 41.377 100% 39.523 100%

Mercado Interno 4.318 10% 4.197 9% 4.619 11% 5.529 14%

Mercado Externo 40.120 90% 40.004 91% 36.758 89% 33.994 86%Espanha 8.596 19% 8.639 20% 11.300 27% 13.670 35%Alemanha 4.784 11% 7.578 17% 10.051 24% 9.960 25%França 3.913 9% 3.920 9% 1.883 5% 2.115 5%Outros Países 22.828 51% 19.867 45% 13.524 33% 8.249 21%

Os clientes produtores do papel “tissue” são responsáveis por cerca de 65% das vendas,

caracterizados por serem clientes de um segmento alto-luxo. Cerca de 30% do esforço das

vendas é dirigido aos clientes produtores de papéis de impressão e escrita, e os restantes 5%

destinam-se a especialidades de gama alta relacionadas com a indústria papeleira e química.

Em 2004, a Caima Indústria produziu 107.764 toneladas de pasta branqueada de eucalipto.

Relativamente à caracterização dos fornecedores, é de salientar que o principal fornecedor é a

Silvicaima e que os restantes fornecedores de matéria prima são exclusivamente nacionais.

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A Caima – Indústria de Celulose assinou em 6 de Maio de 2004 um contrato com a API –

Agência Portuguesa para o Investimento no âmbito do Programa PRIME. O valor total

acordado é de cerca de 12 milhões de euros, e inclui os principais investimentos no domínio

ambiental, o aumento de produção da fábrica de Constância, projectos de investigação e

desenvolvimento e formação.

Na vertente tecnológica teve início, em finais de 2003, a cooperação com os Departamentos de

Química e de Ordenamento e Ambiente da Universidade de Aveiro, no âmbito de projectos de

Investigação e Desenvolvimento nas áreas da digestão anaeróbia de condensados da evaporação,

e na engenharia de processo associada às áreas do cozimento ao bissulfito de magnésio e à

optimização de sequências de branqueamento TCF.

A nível internacional, saliente-se a colaboração mantida com o IDEA – Instituto para o

Desenvolvimento do Eucalipto e suas Aplicações, organismo que visa a promoção da utilização

do eucalipto na pasta e papel.

Energia

A Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia S.A, constituída em 1997, tem

como actividade a produção e fornecimento de energia eléctrica e energia térmica. Em 2003,

obteve a alteração do estatuto de produtor de energia a partir de biomassa para o de co-gerador.

Na continuação da lógica integrada, a biomassa utilizada na produção de energia é obtida da

madeira com casca que é consumida na fábrica de Constância.

Até Outubro de 2003, a Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia S.A

fornecia energia às empresas do grupo Caima, como resultado de uma estratégia de integração,

altura em que a EDP começou a absorver a totalidade da produção.

A produção total de energia eléctrica em 2004 foi de 92,9 Gwh o que representa um aumento de

6,3% relativamente ao valor de 2003, que tinha sido de 87,5 Gwh. A venda de energia à EDP –

Distribuição de Energia, S.A. foi efectuada ao abrigo da Portaria 60/2002 de 15 de Janeiro que

indica um preço de compra de energia renovável fixo.

Os investimentos realizados totalizaram 403 milhares de euros e correspondem a projectos de

melhoria processual.

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Capítulo 6. Estrutura organizativa

6.1. Descrição sucinta do grupo

A Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. é a empresa mãe de um grupo de empresas que

desempenham as actividades de exploração florestal, comercialização de pasta de celulose e co-

geração de energia e produção.

Até ao início do ano de 2005, a Caima era maioritariamente detida pela COFINA. No dia 14 de

Fevereiro de 2005, foi constituída sociedade por escritura pública a ALTRI, na sequência da

cisão da COFINA, na modalidade cisão-simples prevista na alínea a) do n.º1 do art. 118º do

Código das Sociedades Comerciais, cisão esta que envolveu o destaque da participação social

detida pela COFINA na Caima. Na sequência das operações mencionadas a Caima é

actualmente detida pela Altri S.G.P.S..

A Altri é uma holding industrial que detém a maioria do capital da Caima bem como a

totalidade do capital social da F. Ramada.

F. Ramada F. Ramada –– AAçços e os e IndIndúústriasstrias

100%100%

F. Ramada F. Ramada –– AAçços e os e IndIndúústriasstrias

100%100%

6.2. Dependência do emitente relativamente a outras entidades

A Altri detém a totalidade dos direitos de voto da emitente, exercendo desta forma uma relação

de controlo.

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Capítulo 7. Informação sobre tendências

A Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. declara que não existiram, nem se espera que venham a

existir alterações adversas desde a data dos seus últimos mapas financeiros auditados publicados

que tenham influenciado a actividade ou rendibilidade do emitente, dos garantes ou de qualquer

outra das suas participadas.

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Capítulo 8. Previsões ou estimativas de lucros

Não foi efectuado qualquer estudo de previsões ou estimativas de lucros, por parte da Caima ou

de uma terceira entidade, dado não se enquadrar mas situações previstas na lei.

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Capítulo 9. Órgãos de administração, de direcção e de fiscalização

9.1. Identificação dos membros, endereços profissionais, funções e cargos:

9.1.1. Membros dos órgãos de administração, de direcção e de fiscalização

De acordo com os estatutos da CAIMA, o seu Conselho de Administração é constituído por três,

cinco, sete ou nove membros, accionistas ou não, eleitos em Assembleia Geral por períodos de

quatro anos. Actualmente o Conselho de Administração é constituído por sete membros, sendo

três executivos e quatro não executivos

Actualmente, o Conselho de Administração da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A é composto

por um presidente e seis vogais, identificados seguidamente:

Conselho de Administração

Presidente:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Vogais:

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Agostinho Dolores Ferreira

Domingos José Vieira de Matos

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Graham Malcolm Comrie Dewar

Luís Manuel Pego Todo Bom

Fiscal Único Efectivo:

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Deloitte & Associados, SROC.

S.A., inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 43 e registada

na CMVM com o n.º 231, representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves,

Revisor Oficial de Contas.

Fiscal Único Suplente:

António Dias e Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (SROC

43) representada por António Marques Dias (ROC 562), Vogal e Revisor Oficial

de Contas suplente.

Para os efeitos decorrentes do exercício dos mandatos dos órgãos sociais da CAIMA, a morada

dos respectivos membros é a sede da Empresa, sita na Rua Joaquim António de Aguiar, 41-3º.

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Competem ao Conselho de Administração os mais amplos poderes de gestão e representação da

sociedade e a realização de todas as operações relativas à execução do objecto social,

nomeadamente, constituir mandatários ou procuradores para a prática de determinadas actos ou

categorias de actos e representar a sociedade em juízo e fora dele activa e passivamente, propor

a fazer seguir acções judiciais, confessá-las e nelas desistir da instância ou do pedido e transigir,

bem como, comprometer-se em árbitros.

Não existe limitação quanto ao número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores

em órgãos de administração de outras sociedades, tentando os membros do Conselho de

Administração da Caima fazer parte das administrações das empresas participadas mais

relevantes do grupo, de forma a permitir um mais próximo acompanhamento das suas

actividades.

O Conselho de Administração da Sociedade é actualmente composto por 7 elementos, sendo

três executivos e quatro não executivos e que são:

Executivos

Paulo Jorge dos Santos Fernandes, Presidente

João Manuel Matos Borges de Oliveira, Vogal

Agostinho Dolores Ferreira, Vogal

Não Executivos

Domingos José Vieira de Matos, Vogal

Pedro Macedo Pinto de Mendonça, Vogal

Graham Malcolm Comrie Dewar, Vogal

Luís Manuel Pego Todo Bom, Vogal

No quadro do processo de decisão empresarial, os membros executivos do Conselho de

Administração assumem as seguintes funções:

• Paulo Jorge dos Santos Fernandes - assume funções de coordenação global no âmbito

das tradicionais tarefas adstritas à figura de CEO

• João Manuel Matos Borges de Oliveira - assume funções de coordenação global no

âmbito das tradicionais tarefas adstritas à figura de CFO

• Agostinho Dolores Ferreira - assume responsabilidade executiva pelas operações da

subsidiárias Caima SGPS, com especial ênfase nas actividades industriais.

Adicionalmente não existe qualquer outro tipo de Comissão com competência em matéria de

gestão.

Actualmente, o Conselho de Administração tem 3 administradores considerados como

independentes, de acordo com o conceito de administrador independente estipulado no n.º 2 e

n.º 3 do artigo 1º do Regulamento da CMVM n.º 11/2003, na medida em que todos eles não

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fazem parte do Conselho de Administração da Altri, empresa detentora do capital da Celulose

do Caima, S.G.P.S., S.A, e que sobre ela exerce uma influência dominante: Graham Malcolm

Comrie Dewar, Luís Manuel Pego Todo Bom e Agostinho Dolores Ferreira.

Os membros do Conselho de Administração desempenham igualmente funções de

administração nas seguintes empresas:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Desempenha funções de administração nas seguintes empresas:

• Altri S.G.P.S., S.A. (a)

• Caima-Indústria de Celulose, S.A.

• Canal de Negócios- Edição de Publicações, Lda (a)

• Cofina, S.G.P.S., S.A. (a)

• Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)

• Cofina.com II, S.G.P.S., S.A. (a)

• Cofinagest.com Consultoria, S.A. (a)

• Edisport- Sociedade de Publicações Desportivas, S.A. (a)

• Exequatur- Comércio por Grosso de Mat. E Apar. De Informática, S.A. (a)

• F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)

• F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A (a)

• F. Ramada – Participações S.G.P.S., S.A. (a)

• IMC-Inv.Média e Conteúdos, S.G.P.S.,S.A. (a)

• Invescaima-Invest.Participações, S.G.P.S., S.A.

• Investec, S.G.P.S., S.A. (a)

• Investec II, S.G.P.S., S.A. (a)

• Malva-Sociedade de Gestão Imobiliária, S.A. (a)

• Mediafin- S.G.P.S., S.A. (a)

• Presselivre-Imprensa Livre, S.A. (a)

• Préstimo-Prestígio e Mobiliário, S.A. (a)

• Soc.Imobiliária Porto Seguro-Invest.Imobiliários, S.A. (a)

• Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (a)

• CPK – Companhia Produtora de Kraftsack, S.A. (a)

(a) sociedades que não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo CAIMA.

Domingos José Vieira de Matos

Desempenha funções de administração nas seguintes empresas:

• Altri S.G.P.S., S.A. (a)

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• Caima-Indústria de Celulose, S.A.

• Cofina, S.G.P.S.,S.A. (a)

• Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)

• F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)

• F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a)

• F. Ramada – Participações S.G.P.S., S.A. (a)

• Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a)

• Préstimo-Prestígio Imobiliário, S.A. (a)

• Silvicaima-Sociedade Silvícola Caima, S.A.

• Universal Afir-Aços Especiais e Ferramentas, S.A. (a)

(a) sociedades que não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo CAIMA.

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Desempenha funções de administração nas seguintes empresas:

• Altri S.G.P.S., S.A. (a)

• Caima-Indústria de Celulose, S.A.

• Cofina, S.G.P.S.,S.A. (a)

• Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)

• F.Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)

• F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a)

• F. Ramada – Participações S.G.P.S., S.A. (a)

• Préstimo-Prestigio e Mobiliário, S.A. (a)

• Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (a)

(a) sociedades que não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo CAIMA.

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Desempenha funções de administração nas seguintes empresas:

• Altri S.G.P.S., S.A. (a)

• Caima-Indústria de Celulose, S.A.

• Cofina, S.G.P.S.,S.A. (a)

• Cofina.com II, S.G.P.S., S.A. (a)

• Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)

• Edisport-Soc.de Publicações Desportivas, S.A. (a)

• F.Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)

• F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a)

• F. Ramada – Participações S.G.P.S., S.A. (a)

• IMC-Investimento, Média e Conteúdos, S.G.P.S., S.A. (a)

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• Invescaima-Invest. Participações, S.G.P.S., S.A.

• Investec, S.G.P.S., S.A. (a)

• Presselivre-Imprensa Livre, S.A. (a)

• Préstimo-Prestigio e Mobiliário, S.A. (a)

• Universal Afir-Aços Especiais e Ferramentas, S.A. (a)

• Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (a)

(a) sociedades que não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo CAIMA.

Graham Malcolm Comrie Dewar

Desempenha funções de administração nas seguintes empresas:

• Caima-Indústria de Celulose, S.A.

• Invescaima-Inv. Participações, S.A.

• Cofina.comII, S.G.P.S., S.A. (a)

• Cofinagest.com Consultoria, S.A. (a)

• Exequatur-Comércio por Grosso de Mat.e Apar.de Informática, S.A. (a)

• MédicoAmigo.com-Edições Electrónicas, S.A. (a)

• IDCentre-The Internet Data Centre, S.A. (a)

(a) sociedades que não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo CAIMA.

Agostinho Dolores Ferreira

Desempenha funções de administração nas seguintes empresas:

• Caima-Indústria de Celulose, S.A.

• Silvicaima-Sociedade Silvícola Caima, S.A.

• Inflora-Soc.de Investimentos Florestais, S.A.

• Caima Energia-Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.

• Edifícios Saudáveis, Lda. (a)

• Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (a)

• CPK – Companhia Produtora de Kraftsack, S.A. (a)

• Sosapel – Sociedade Comercial de pastas e papéis, Lda (a)

(a) sociedades que não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo CAIMA.

Luís Manuel Pego Todo Bom

Desempenha funções de administrador nas seguintes empresas:

• PT Brasil (a)

• Banco Finantia (a)

• Amorim Imobiliária, S.G.P.S., S.A. (a)

• Semapa, S.G.P.S., S.A. (a)

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Desempenha funções como Presidente do Conselho Fiscal na seguinte empresa:

• Associação Industrial Portuguesa (a)

Desempenha funções como Presidente do Conselho Geral na seguinte empresa

• Associação Empresarial de Portugal (a)

(a) sociedades que não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo CAIMA.

9.2. Conflitos de interesses

Não existem situações de conflito actuais ou potenciais entre as obrigações de qualquer uma das

pessoas referidas no ponto anterior para com o emitente e os seus interesses privados ou outras

obrigações.

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Capítulo 10. Principais accionistas

10.1. Identificação de proprietários e relações de controlo

Em Outubro de 2004 foi emitida a declaração de perda de qualidade de Sociedade Aberta da

emitente e consequentemente as acções do capital social desta foram excluídas da negociação,

ficando vedada a respectiva readmissão antes de decorrido um ano sobre aquela declaração.

Actualmente, desde 13 de Setembro de 2005, a Altri detém 90% do capital da Celulose do

Caima S.G.P.S. e a totalidade dos direitos de voto, exercendo desta forma uma relação de

controlo.

Por sua vez a Altri é uma sociedade gestora de participações sociais com a seguinte estrutura

accionista:

EntidadeAcções Detidas

% Directa de direitos de

votoCofihold S.G.P.S., S.A. 16.548.981 32,26%a) directamente 10.500.000 20,47%

b) indirectamente, através dos seus administradores 6.048.981 11,79%Paulo Jorge dos Santos Fernandes 1.592.873 3,11%João Manuel Matos Borges de Oliveira 1.145.000 2,23%Pedro Macedo Pinto de Mendonça 431.250 0,84%Domingos José Vieira de Matos 1.734.858 3,38%Carlos Manuel Matos Brorges de Oliveira 1.145.000 2,23%

Banco BPI, S.A. 3.227.270 6,29% *

Ana Rebelo Mendonça Fernandes 3.199.170 6,24%

UBS AG, Zurique 3.020.000 5,89%

Free - Float 43,82%

Estrutura Accionista da Altri S.G.P.S. em 30 / 06 / 2005

* Na sequência operações efectuadas em bolsa de valores, ocorridas no passado mês de Julho, o BancoBPI,S.A. passou a deter indirectamente, através de Fundos geridos pela BPI Fundos - Gestão de Fundos deInvestimento Mobiliário,S.A. 693.689 acções da Altri,SGPS,S.A., representando 1,35% do Capital Social daempresa.

A Altri é uma sociedade com acções admitidas à negociação na Eurolist by Euronext da

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados e sujeita às regras de

mercado e à supervisão da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, pelo que o exercício

do controlo da actividade da emitente é efectuado no cumprimento das disposições legais e

regulamentares em vigor. A Cofihold, S.G.P.S., S.A. detém, directamente e indirectamente,

através dos seus administradores, 32,26% dos direitos de voto da Altri.

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10.2. Eventuais acordos que o emitente tem conhecimento

Não existem actualmente acordos que possam dar origem a uma mudança do controlo da

emitente.

A Caima – Indústria de Celulose, S.A. está numa posição vendedora relativamente à

participação financeira de 9,99% que detém na V.A.A. S.G.P.S., S.A. com o objectivo de

concentrar os seus investimentos em empresas em si concentradas e geridas.

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Capítulo 11. Informações financeiras

11.1. Historial financeiro

Nos pontos seguintes apresentam-se as informações financeiras históricas auditadas do emitente

relativas aos dois últimos exercícios completos. As informações históricas incluem todas as

empresas participadas, pelo método de integração global, conforme disposto no Artigo 1º, n.º 1,

a) do decreto-lei n.º 238/91, de 2 de Julho, que determina a consolidação quando uma empresa

detém a maioria dos direitos de voto dos titulares do capital.

Relativamente à informação financeira de 2004, apresenta-se um restatement utilizando

políticas contabilísticas idênticas às que serão utilizadas em 2005, ou seja adoptar-se-á os

princípios de reconhecimento e mensuração das IAS/IFRS.

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11.1.1 Balanço

11.1.1.1. Balanço pelo método POC

Nos quadros seguintes, apresentam-se os balanços consolidados da Celulose do Caima S.G.P.S,

S.A., relativos aos dois últimos exercícios completos:

BALANÇO CONSOLIDADO 2003 2004

Imobilizado incorpóreo: 1.522 1.904

Imobilizado corpóreo: 128.339 126.411

(Amort. e reintegrações acumuladas) 68.068 72.707

IMOBILIZADO TÉCNICO LÍQUIDO 61.793 55.607

INVESTIMENTO FINANCEIRO LÍQUIDO 3 6.319

IMOBILIZADO TOTAL LÍQUIDO 61.795 61.926

Plantações 19.576 19.888

REALIZÁVEL A MÉDIO E LONGO PRAZO LIQ: 19.576 19.888

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 3.505 3.664

Produtos e trabalhos em curso 126 157

Produtos acabados e intermédios 3.374 3.950

Mercadorias 451 0

(Provisão p/ depreciação de existências) 1.136 1.136

EXISTÊNCIAS TOTAIS LÍQUIDAS 6.319 6.635

Clientes 9.373 8.086

Adiantamentos a fornecedores 126 123

Estado e outros entes públicos 1.760 2.245

Outros devedores 743 23.643

(Provisões) 541 531

DÍVIDAS TERCEIROS CURTO PRAZO 11.459 33.565

Títulos Negociáveis 6.901 1

Disponibilidades 8.697 3.382

Acréscimos e diferimentos 3.183 1.034

ACTIVO TOTAL LÍQUIDO 117.932 126.432

Capital Social 21.636 21.636

Acções próprias -4.924 -4.924

Prémios de emissão 838 838

Reservas legais 4.470 4.627

Reservas de reav. + outras res. + res. Transit. 50.909 60.439

Resultado consolidado líquido 9.686 10.294

TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 82.616 92.910

Provisões p/ riscos e encargos 5.155 4.799

Dívidas a instituições de crédito 5.440 2.854

Outros empréstimos obtidos 5.241 4.288

TOTAL DÍVIDAS TERC. MÉDIO E LONGO PRAZO 10.681 7.142

Dívidas a instituições de crédito 4.098 5.797

Fornecedores 4.934 5.956

Outros empréstimos obtidos 1.442 953

Fornecedores de imobilizado 1.314 843

Estado e outros entes públicos 1.962 1.893

Outros credores 1.851 2.521

TOTAL DÍVIDAS TERCEIROS CURTO PRAZO 15.601 17.963

Acréscimos e diferimentos 3.878 3.619

PASSIVO TOTAL 35.315 33.523

PASSIVO+CAPITAL PRÓPRIO 117.932 126.432

Unidade: Milhares de euros

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11.1.1.2. Balanço utilizando o método IAS e Demonstração Consolidada das alterações no

Capital Próprio

De modo a facilitar uma compreensão constante da informação financeira da emitente, tendo em

atenção que para o exercício financeiro de 2005 adoptar-se-á os princípios de reconhecimento e

mensuração das IAS/IFRS, apresenta-se de seguida um restatement da informação financeira de

2004, utilizando políticas contabilísticas idênticas às que serão utilizadas em 2005. Desta forma

assegura-se a necessária comparabilidade de números entre os dois períodos.

CELULOSE DO CAIMA, S.G.P.S., S.A.BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO 31.12.2004

ACTIVOS NÃO CORRENTESImobilizações corpóreas 54.609.056Activos biológicos 19.888.324Investimentos disponíveis para venda 1.818.949Impostos diferidos activos 2.340.779Outros activos não correntes 117.767

Total de activos não correntes 78.774.875

ACTIVOS CORRENTES:Existências 5.721.420Clientes 7.841.407Outras dívidas de terceiros 25.723.528Outros activos correntes 916.621Instrumentos derivados 1.232.350Caixa e equivalentes de caixa 3.383.169

Total de activos correntes 44.818.495

TOTAL DO ACTIVO 123.593.370

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 21.635.880Acções próprias (4.923.730)Prémios de emissão de acções 837.980Reserva legal 4.626.844Outras reservas 62.801.623Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas da empresa-mãe 9.638.510Total do capital próprio atribuível aos accionistas da empresa-mãe 94.617.107

Interesses minoritários -

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 94.617.107

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTEEmpréstimos bancários 2.854.136Outros empréstimos 4.287.976Outros passivos não correntes 835.558Impostos diferidos passivos 501.283

Total de passivos não correntes 8.478.953

PASSIVO CORRENTE:Empréstimos bancários 5.797.037Outros empréstimos - parcela de curto prazo 952.884Fornecedores 5.955.667Outras dívidas a terceiros 5.257.462Outros passivos correntes 2.367.353Instrumentos derivados 139.298Responsabilidades por pensões 27.609

Total de passivos correntes 20.497.310

TOTAL DO PASSIVO 28.976.263

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 123.593.370

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De seguida apresenta-se a Demonstração consolidada das alterações no Capital Próprio da

Celulose do Caima SGPS, SA para o exercício de 2004 resultantes da adopção dos princípios

de reconhecimento e mensuração das IAS/IFRS.

CELULOSE DO CAIMA, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros)

PrémiosCapital Acções de emissão Reserva Outras Resultado

Notas social Próprias de acções legal reservas líquido Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 (POC) 21.635.880 (4.923.730) 837.980 4.470.326 60.595.715 - 82.616.171Ajustamentos de conversão para IFRS (efeito acumulado) 29 - - - - 3.017.007 - 3.017.007

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso 21.635.880 (4.923.730) 837.980 4.470.326 63.612.722 - 85.633.178Variação nas reservas

Reservas de cobertura 18 - - - - (654.581) - (654.581)Constituição de reserva legal com base no resultado líquido do exercício de 2003 - - - 156.518 (156.518) - -

Resultado líquido consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 - - - - - 9.638.510 9.638.510

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 21.635.880 (4.923.730) 837.980 4.626.844 62.801.623 9.638.510 94.617.107

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11.1.2 Demonstração de resultados

11.1.2.1 Demonstração de resultados pelo método POC

No quadro seguinte apresentam-se as demonstrações de resultados consolidados da Celulose do

Caima, S.G.P.S., S.A., relativas aos dois últimos exercícios completos.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS [consolidado] 2003 2004

Vendas 47.414 48.380

Prestação de serviços 1 0

Variação de produção 297 2.050

Trabalhos para a própria empresa 5 7

Proveitos suplementares + Subsídios à exploração 13 40

Outros proveitos operacionais 1.145 1.284

PRODUÇÃO 48.876 51.760

Custo existências vendidas e consumidas 13.343 14.191

MARGEM BRUTA 35.533 37.569

Custos com pessoal 7.668 8.085

Fornecimentos e Serviços Externos 13.785 16.631

Impostos 112 56

Outros custos operacionais 130 53

MEIOS LIBERTOS OPERACIONAIS 13.838 12.744

Amortizações 5.141 5.545

Provisões 120 23

RESULTADO OPERACIONAL 8.577 7.176

Proveitos e ganhos extraordinários 2.358 4.821

Custos e perdas extraordinários 771 1.226

RESULTADO ANTES JUROS E IMPOSTOS 10.165 10.771

Receitas financeiras 1.770 1.730

Encargos financeiros 708 898

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 11.227 11.603

Imposto s/ rendimento do exercício 1.540 1.310

RESULTADO CONSOLIDADE LÍQUIDO 9.686 10.293

Unidade: Milhares de euros

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11.1.2.2. Demonstração de resultados pelo método IAS

A demonstração consolidada dos resultados por natureza de 2004 utilizando os princípios de

reconhecimento e mensuração das IAS/IFRS é apresentada a seguir:

CELULOSE DO CAIMA, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZASPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2004

Proveitos operacionaisVendas 28 48.407.856Prestações de serviços -Outros proveitos operacionais 24 5.781.337

Total de proveitos operacionais 54.189.193Custos operacionais

Custo das vendas 7 12.115.949Fornecimento de serviços externos 26 18.075.914Custos com o pessoal 8.116.869Amortizações e depreciações 5.064.385Provisões e perdas por imparidade 22 22.500Outros custos operacionais 366.879

Total de custos operacionais 43.762.496Resultados operacionais 10.426.697

Custos financeiros 23 (850.979)Proveitos financeiros 23 719.584Resultados extraordinários -

Resultado antes de impostos 10.295.302

Impostos sobre o rendimento 25 (656.792)Resultado depois de impostos 9.638.510

Atribuível a:Detentores de capital próprio da empresa-mãe 9.638.510Interesses minoritários -

9.638.510

Resultados por acçãoBásico 27 0,49Diluído 27 0,49

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11.1.3. Notas explicativas e políticas contabilísticas

De seguida apresentam-se os anexos às Demonstrações Financeiras consolidadas da Celulose do

Caima, S.G.P.S., S.A., relativas aos dois últimos exercícios completos .

11.1.3. 1. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas de 2003, pelo método POC

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2003:

(Montantes expressos em Euros)

NOTA INTRODUTÓRIA

A Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., é a empresa mãe de um grupo de empresas, que tem como

actividade principal a exploração florestal, co-geração de energia e produção e comercialização

de pasta de celulose. A Empresa foi constituída em 1992 e tem a sua sede em Lisboa.

No dia 9 de Janeiro de 2002 foi realizada a escritura pública que deu execução ao processo de

reestruturação do Grupo Caima, objecto de aprovação pelos seus accionistas na Assembleia

Geral realizada em 2 de Fevereiro de 1999. O processo de reestruturação implementado

compreendeu, nomeadamente, a conversão da Empresa em sociedade gestora de participações

sociais, alterando a sua denominação para Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., e a constituição

de uma nova sociedade denominada Caima – Indústria de Celulose, S.A., integralmente detida

pela Empresa, para a qual foram transferidos todos os activos e passivos afectos à actividade

operacional de fabrico e comercialização de pasta de papel.

Em 31 de Dezembro de 2003, a Cofina, S.G.P.S., S.A. detém 66,7% do capital da Empresa

(Nota51).

As acções da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. estão cotadas na Euronext Lisboa.

Em 31 de Dezembro de 2003, as empresas participadas que constituem o Grupo Caima e suas

respectivas sedes, são como se segue:

Empresas Sede

Caima – Indústria de Celulose, S.A. (“Caima Indústria”) Constância

Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. (“Silvicaima”) Constância

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. (“Inflora”) Lisboa

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.

(“Caima Energia”) Constância

Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

(“Invescaima”) Lisboa

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Os principais indicadores financeiros destas empresas participadas incluídas nas demonstrações

financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2003 e o respectivo método de consolidação

utilizado, encontram-se descritos e explicados na Nota 1, abaixo.

As notas que seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade para

demonstrações financeiras consolidadas e aquelas não incluídas neste Anexo não são aplicáveis

ao Grupo Caima ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações

financeiras consolidadas anexas.

1. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas do Grupo foram todas incluídas na consolidação pelo método de integração global,

conforme disposto no Artigo 1º, n.º 1, a) do decreto-lei n.º 238/91, de 2 de Julho, que determina

a consolidação quando uma empresa detém a maioria dos direitos de voto dos titulares do

capital. Em 31 de Dezembro de 2003, a respectiva proporção do capital detido e a informação

financeira das empresas do Grupo, são como se segue:

EmpresasTotal Total do Total dos Resultado

2003 2002 do activo capital próprio proveitos do exercício

Caima Indústria 100% 100% 52.490.500 29.605.124 46.022.320 2.583.595Silvicaima 100% 100% 50.003.527 45.121.484 11.697.227 3.213.655Caima Energia 100% 100% 24.743.292 1.408.756 9.066.452 546.755Inflora 100% 100% 2.764.051 1.320.080 166.076 40.349Invescaima 100% 100% 81.301.360 80.029.122 1.093.259 687.881

Percentagem de Participa ção Informação relativa a 31/12/2003

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante o exercício de 2003, o número médio de pessoal do Grupo Caima pode ser resumido

como se segue:

Produção 214

Distribuição e serviços 6

Administrativo e geral 46

TOTAL 266

10. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

As diferenças de consolidação apuradas na data da primeira consolidação das empresas

participadas foram directamente deduzidas a reservas, nos capitais próprios.

15. CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA

Os critérios de valorimetria utilizados pelas empresas do Grupo Caima são consistentes entre si

e foram aplicados de forma uniforme relativamente ao período homólogo anterior.

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21. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Fundo de Pensões:

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987

e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se

a garantir aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do

contrato de trabalho com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço

contínuo, o direito a um complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo

valor tem por base a média dos vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da

Empresa. Por decisão da Administração da Caima, o Fundo de Pensões Caima e Silvicaima foi

dividido em dois fundos autónomos, em Dezembro de 1998, após autorização do Instituto de

Seguros de Portugal, e de acordo com o último estudo actuarial realizado pela sociedade gestora

do fundo com referência a 31 de Dezembro de 2003, o valor actual das responsabilidades por

serviços passados para os colaboradores no activo e para os reformados, naquela data, eram

como se segue:

Caima Silvicaima

Activos 1.071.484 223.099

Reformados 1.778.682 160.726

TOTAL 2.850.166 383.825

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected Unit

Credit”, tendo-se utilizado as Tábuas de Mortalidade TV 73/77 e de invalidez EKV-80. Para

além dos parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos como pressupostos uma

rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparada com o crescimento dos salários e de

4% face ao crescimento das pensões.

O movimento durante o exercício de 2003 e a situação patrimonial dos Fundos de Pensões em

31 de Dezembro de 2003, era como se segue:

Fundo Fundo

Caima Silvicaima

Saldo no início do exercício 2.458.809 339.885

Contribuições do ano 298.000 28.000

Rendimento do fundo, líquido 233.685 28.588

Complementos de reforma pagos (167.337 ) ( 9.845 )

Saldo no fim do exercício 2.823.157 386.628

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Em virtude dos desvios actuariais desfavoráveis ocorridos no exercício de 2003, a Empresa

registou um custo extraordinário do exercício, de acordo com a Directriz Contabilística n.º 19

(Nota 45) e mantém um saldo credor no passivo, na rubrica “Acréscimo de custos” (Nota 60).

Terrenos arrendados

A Silvicaima assumiu responsabilidades com rendas de terrenos arrendados para florestação no

montante de 4.096.000 Euros, ascendendo o valor das rendas referente ao exercício findo em 31

de Dezembro de 2003 a, aproximadamente 566.000 Euros.

Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2003, os compromissos contratuais assumidos para aquisição de

imobilizado são de, aproximadamente, 919.000 Euros.

22. RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2003, as responsabilidades das empresas que constituem o Grupo

Caima por garantias bancárias e seguros de caução prestados são de, aproximadamente,

5.325.000 Euros.

23. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

UTILIZADOS

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas

na consolidação (Nota 1) mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente

aceites em Portugal.

Princípios de consolidação

A consolidação das empresas do Grupo referidas na Nota 1 efectuou-se pelo método de

integração global. Os saldos, as transacções, as margens e quaisquer outros ganhos e perdas

gerados entre empresas do Grupo Caima incluídas na consolidação, foram eliminados neste

processo.

Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

consolidadas foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas principalmente por despesas de investigação e

desenvolvimento, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um

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período de três anos. Adicionalmente, estas imobilizações incorpóreas são abatidas na data em

ficam totalmente amortizadas.

b) Imobilizações corpóreas

Os terrenos e recursos naturais afectos à exploração florestal e adquiridos até 31 de Dezembro

de 1988 encontram-se registados ao custo de aquisição, reavaliados em 31 de Dezembro de

1988 com base em avaliações técnicas efectuadas por avaliadores independentes. Em 31 de

Dezembro de 2003, o efeito daquela reavaliação extraordinária é inferior ao efeito que resultaria

da aplicação dos coeficientes de reavaliação previstos no decreto-lei n.º 31/98, de 11 de

Fevereiro. As restantes imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997

encontram-se registadas ao custo de aquisição, reavaliadas de acordo com as disposições legais

(Nota 41). As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao

custo de aquisição.

Os encargos com conservação e reparação, que não aumentam a vida útil ou não representam

benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos do imobilizado, são registados como

custos de exercício.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as seguintes

vidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 10 - 50

Equipamento básico 7 - 14

Equipamento de transporte 3 - 10

Ferramentas e utensílios 4 - 14

Equipamento administrativo 3 - 10

Outras imobilizações corpóreas 3 – 10

c) Florestas

As florestas encontram-se classificadas na rubrica de produtos e trabalhos em curso,

essencialmente a médio e longo prazo. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações

efectuadas e os custos incorridos com o seu desenvolvimento, conservação e manutenção são

incluídos no valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de produção quando a

madeira é cortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada

mata atribuído a cada corte. A Empresa reconhece como custo do exercício os custos

acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos proporcionais à área cortada no

mesmo exercício.

d) Existências

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As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de

aquisição o qual, deduzido da provisão constituída para depreciação de existências, é inferior ao

respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso da área industrial,

encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respectivo valor de

mercado. Os custos de produção incluem o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-

obra directa e os gastos gerais de fabrico para o caso da pasta de papel.

Relativamente à madeira cortada, esta encontra-se valorizada a custo de produção, o qual inclui

custos incorridos com o “corte” e “rechega” da madeira, e ainda a parte proporcional à área

cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos,

conforme referido na alínea c) acima.

Os produtos e trabalhos em curso da área florestal encontram-se valorizados a custo de

produção (inclui custos acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos)

corrigido pela parte respeitante à madeira já cortada e vendida, a qual é reconhecida como custo

do exercício na rubrica “Variação de produção” (Nota 54).

e) Títulos negociáveis

Em 31 de Dezembro de 2002, os títulos negociáveis correspondem a acções cotadas em Bolsa

de Valores, os quais são registados ao mais baixo do custo de aquisição ou valor presumível de

mercado, sendo constituída a correspondente provisão quando necessária.

No final do exercício de 2003, os títulos negociáveis correspondem a aplicações de curto prazo

sem risco, e encontram-se registadas ao custo de aquisição, o qual é inferior ao valor de

mercado.

f) Provisões para riscos e encargos

As empresas do Grupo registam nesta rubrica as provisões constituídas que não se enquadram,

pela sua natureza, nas provisões para cobranças duvidosas, e para depreciação de existências, e

as provisões que se destinam a dotações para o fundo de pensões. Adicionalmente, nos

exercícios em que são decididos e elaborados planos de reestruturação com potencial impacto

em exercícios futuros são criadas provisões para outros riscos e encargos para fazer face aos

mesmos.

g) Indemnizações ao pessoal

O Grupo tem como política registar como custo extraordinário do exercício os encargos com

rescisões de contratos de trabalho acordados em cada exercício, excepto para aquelas rescisões

que se enquadram em planos de reestruturação, cujos encargos são afectos à utilização de

provisões para riscos e encargos, criadas para esse efeito.

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h) Subsídios

Os subsídios a fundo perdido, obtidos para financiamento de investimentos em imobilizações

corpóreas são registados, apenas quando recebidos, como proveitos diferidos e reconhecidos na

demonstração consolidada dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações

subsidiadas (Notas 45, 59 e 60).

i) Pensões

A Caima e Silvicaima assumiram o compromisso de conceder aos seus empregados prestações

pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para

cobrir essas responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos, cujos

encargos anuais, determinados de acordo com cálculos actuariais, são registados como custos

em cada exercício, sendo registados, como custos ou proveitos do exercício, em conformidade

com a Directriz Contabilística n.º 19, os desvios actuariais desfavoráveis ou favoráveis (Nota

21).

j) Especialização de exercícios

As empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da

especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que

são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças

entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são

registadas nas rubricas “Acréscimos e diferimentos” (Nota 60).

k) Impostos diferidos

Em conformidade com a alternativa definida nas disposições transitórias da Directriz

Contabilística n.º 28/01, o Grupo Caima não reconheceu nas demonstrações financeiras

consolidadas os activos e passivos por impostos diferidos, relacionados com as diferenças

temporárias entre o reconhecimento de receitas e despesas para fins contabilísticos e de

tributação relativas a situações anteriores a 1 de Janeiro de 2002. Os correspondentes efeitos não

registados encontram-se resumidos na Nota 63.

l) Acções próprias

As acções próprias adquiridas e os respectivos prémios e descontos, são registadas ao custo de

aquisição, como uma dedução aos capitais próprios, sendo as mais ou menos valias geradas com

a sua alienação, registadas directamente na rubrica dos capitais próprios “Reservas livres”.

m) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

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Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando

as taxas de conversão oficiais em vigor em 31 de Dezembro de 2003. As diferenças de câmbio,

favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na

data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou na data do

balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada dos resultados.

27. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício de 2003, o movimento ocorrido no valor bruto das imobilizações

incorpóreas e corpóreas, nos investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações

acumuladas e provisões, foi o seguinte:

Saldos Transferências Saldosiniciais Aumentos Alienações e abates finais

Imobilizações incorpóreas:Despesas de I&D 962.576 532.172 - 27.592 1.522.340Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 30.382.576 119.745 -613.759 - 29.888.562Edifícios e outras construções 16.966.044 45.804 -232.557 88.154 16.867.445Equipamento básico 70.170.654 486 -1.101 828.308 70.998.347Equipamento de transporte 1.451.468 - -102.129 - 1.349.339Ferramentas e utensílios 219.040 4.075 -19.150 - 203.965Equipamento administrativo 1.690.509 26.910 -20 1.318.967 3.036.366Outras imobilizações corpóreas 1.046.178 4.883 - 179.956 1.231.017Imobilizações em curso 542.924 5.416.352 - -2.442.977 3.516.299Adiantamentos p/ imob. Corp. 490.588 861.933 - -105.240 1.247.281

122.959.981 6.480.188 -968.716 -132.832 128.338.621

Investimentos financeiros:Títulos e outras aplicações financ. 2.550 - - - 2.550

Saldos Transferências Saldosiniciais Aumentos Alienações e abates Finais

Imobilizações incorpóreas:Despesas de investigação e desenvolvimento 962.577 186.569 - - 1.149.146Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 10.662.353 490.459 -195.348 -3.424 10.954.040Equipamento básico 47.870.213 3.835.383 - -1.102 51.704.494Equipamento de transporte 1.208.772 117.636 -54.182 -29.887 1.242.339Ferramentas e utensílios 215.571 1.562 - -19.148 197.985Equipamento administrativo 1.507.738 398.267 - -20 1.905.985Outras imobilizações corpóreas 803.679 110.676 - - 914.355

62.268.326 4.953.983 -249.530 -53.581 66.919.198

Investimentos financeiros:Títulos e outras aplicações financeiras 30 - - - 30

ACTIVO BRUTO

AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES ACUMULADAS

Na rubrica “ Terrenos e recursos naturais” está incluído o terreno denominado por “Casal do

Bonito”, relativamente ao qual a Empresa está a levar a cabo um processo de loteamento, a que

corresponde uma área total de 20 hectares e 165 lotes. Os custos com o processo de loteamento

já incorridos até 31 de Dezembro de 2003, no montante de, aproximadamente, 2.494.000 Euros

encontram-se registados na rubrica “Imobilizações em curso”.

36. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, no exercício de 2003,

foi como se segue:

Mercado externo 36.757.983

Mercado interno 10.657.163

47.415.146

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Do ponto de vista das demonstrações financeiras consolidadas existe apenas um negócio, que é

a produção e comercialização de pasta para papel. Essa actividade está voltada para o exterior,

ou seja venda a terceiros, sendo que a comercialização da pasta é efectuada quer no mercado

interno quer no mercado externo.

Existem no entanto outras actividades que do ponto de vista consolidado fazem igualmente

parte da produção de pasta para papel, como é o caso da actividade florestal e a co-geração de

energia. A madeira vinda da actividade florestal é incorporada no processo produtivo da pasta.

A energia produzida é igualmente utilizada no processo produtivo, sendo que existe uma

percentagem minoritária de excedentes de energia que é vendida a terceiros.

Face ao exposto é nosso entendimento que existe apenas um negócio único, logo não existem

segmentos relatáveis.

39. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

A remuneração dos membros dos órgãos sociais (apenas da Empresa-mãe) no exercício de

2003, foi como se segue:

Conselho de Administração 46.008

Fiscal Único 13.120

41. REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS (LEGISLAÇÃO)

As empresas do Grupo Caima reavaliaram, em exercícios anteriores, as suas imobilizações

corpóreas (excepto terrenos e recursos naturais afectos à exploração florestal) ao abrigo da

legislação a seguir mencionada:

- decreto-lei n.º 430/78, de 27 de Dezembro;

- decreto-lei n.º 24/82, de 30 de Janeiro;

- decreto-lei n.º 219/82, de 2 de Junho;

- decreto-lei n.º 399-G/84, de 28 de Dezembro;

- decreto-lei n.º 118-B/86, de 27 de Maio;

- decreto-lei n.º 111/88, de 2 de Abril;

- decreto-lei n.º 49/91, de 25 de Janeiro;

- decreto-lei n.º 31/98, de 11 de Fevereiro.

Adicionalmente, os terrenos e recursos naturais afectos à exploração florestal, incluídos nas

subsidiárias Silvicaima e Inflora, não foram objecto de reavaliação legal, mas sim de uma

reavaliação extraordinária, efectuada em 1988, com base em relatórios de avaliadores

independentes. Em 31 de Dezembro de 2003, o efeito dessa reavaliação extraordinária é inferior

ao que resultaria da aplicação dos coeficientes de desvalorização monetária previstos na

legislação acima referida.

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42. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição das imobilizações corpóreas e correspondentes

reavaliações, líquidos das amortizações acumuladas em 31 de Dezembro de 2003, é o seguinte:

Custos Saldos

históricos Reavaliações reavaliados

Terrenos e recursos naturais 14.859.435 15.029.127 29.888.562Edifícios e outras construções 4.786.858 1.126.547 5.913.405Equipamento básico 19.242.177 51.676 19.293.853Equipamento de transporte 107.000 - 107.000Ferramentas e utensílios 5.978 2 5.980Equipamento administrativo 1.130.283 98 1.130.381Outras imobilizações corpóreas 316.373 289 316.662

40.448.104 16.207.739 56.655.843

Como resultado das reavaliações efectuadas (Nota 41), as reintegrações do exercício findo em

31 de Dezembro de 2003 foram aumentadas em, aproximadamente, 61.600 Euros. Uma parte

(40%) deste montante não é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria

colectável do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas.

44. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS FINANCEIROS

Nos exercícios de 2003 e 2002, os resultados financeiros consolidados têm a seguinte

composição: 2003 2002

Custos e perdas:Juros suportados 476.672 603.219Provisões para aplicações financeiras - 401.858Diferenças de câmbio desfavoráveis 58.389 97.595Outros custos e perdas financeiros 173.408 119.947

708.469 1.222.619Resultados financeiros 1.061.670 -946.147

1.770.139 276.472Proveitos e ganhos:Juros obtidos 284.784 30.494Rendimentos de participações de capital 243.670 -Diferenças de câmbio favoráveis 26.041 35.570Descontos de pronto pagamento obtidos 3.666 851Ganhos na alien. de aplic.de tesouraria 837.058 150.329Redução de prov. para tít. negociáveis (Nota 46) 374.058 -Outros proveitos e ganhos financeiros 862 59.228

1.770.139 276.472

A rubrica “Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria” dizem respeito às mais-valias

geradas com a alienação em bolsa de acções de sociedades cotadas.

45. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Nos exercícios de 2003 e 2002, os resultados extraordinários consolidados têm a seguinte

composição:

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2003 2002Custos e perdas:Donativos 66.250 53.205Perdas em existências 302.070 278.024Perdas em imob.(Nota 10) 307.836 5.026Multas e penalidades 100 986Correcções relativas a exerc. Ant. - 20.282Outros custos e perdas extraordin. 94.568 510389

770.824 867.912Resultados extraordinários 1.587.660 1355764

2.358.484 2.223.676Proveitos e ganhos:Ganhos em existências 13.144 17.954Ganhos em imobilizações (Nota 10) 1.411.679 1.052.685Redução de provisões (Nota 46) 519.877 886.487Correcções relativas a exercícios anteriores 2.164 -Outros prov.e ganhos extraordin. 411.620 266.550

2.358.484 2.223.676

Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica “Outros custos e perdas extraordinários” inclui o

montante de 30.055 Euros referente a desvios actuariais desfavoráveis associados aos encargos

com complementos de reforma e respectivo Fundo de Pensões, de acordo com a Directriz

Contabilística n.º19 (Nota 21).

A rubrica “Outros proveitos e ganhos extraordinários” inclui o reconhecimento dos proveitos

respeitantes a bens subsidiados que ascenderam nos exercícios de 2003 e 2002 a,

aproximadamente, 249.200 Euros e 217.000 Euros, respectivamente (Nota 59).

A rubrica “Ganhos em imobilizações” é constituída, principalmente, por mais valias obtidas na

alienação de terrenos a terceiros.

Adicionalmente, a rubrica “Perdas em existências” inclui a contabilização das perdas estimadas

com os incêndios florestais ocorridos no Verão de 2003, líquidas do montante da indemnização

a receber do seguro existente (Notas 54 e 60).

46. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2003, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Saldos em Reposições Saldos em31-12-2002 Aumentos (Notas 44 e 45) Utilizações 31-12-2003

Para cobranças duvidosas 421.313 120.000 - - 541.313Para depreciação de existências 1.713.278 - -191.985 -96.530 1.424.763Para investimentos financeiros 30 - - - 30Para títulos negociáveis 374.058 - -374.058 - -Para riscos e encargos 5.686.056 - -327.892 -202.975 5.155.189

A “Provisão para outros riscos e encargos” inclui as provisões constituídas para os

complementos de pensões e para outros riscos relativos à actividade da Empresa.

50. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro de 2003, o capital social da Empresa, totalmente subscrito e realizado, está

representado por 21.635.880 acções, com o valor nominal de 1 Euro cada. Adicionalmente, as

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acções estão convertidas em escriturais, apresentando-se ao portador ou nominativas, livremente

convertíveis, sendo apenas cotadas em bolsa as acções ao portador.

51. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

SUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2003, a Cofina – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

detém 66,7% do capital da Empresa, e a sua participação nos direitos de voto é de 74,1%. A

diminuição da percentagem de participação em relação a 31 de Dezembro de 2002 resulta da

alienação realizada pela Cofina, S.G.P.S., S.A. em Janeiro de 2003, em mercado fora da bolsa,

ao Banco de Investimento Global, S.A., de um lote de 2.200.000 acções escriturais

correspondentes a 10,17% do capital social da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.. No âmbito do

contrato de compra e venda de acções representativas do capital social da Celulose do Caima,

S.G.P.S., S.A. que a Cofina, S.G.P.S., S.A. celebrou com o Banco de Investimento Global, S.A.

está configurada a possibilidade de resolução do mesmo em função de determinadas cláusulas

designadamente nos casos de perda pela Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. da qualidade de

sociedade aberta e do lançamento, sobre acções da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. de Oferta

Pública de Aquisição ou de Oferta Pública de Troca, pelo que a respectiva participação se

enquadra na alínea e) do n.º 1 do artigo 20º do Código da CMVM. Os direitos sociais inerentes

às acções que foram objecto do referido contrato são exclusivamente detidos pelo Banco de

Investimento Global, S.A., o qual não se encontra sujeito a qualquer vínculo à Cofina, S.G.P.S.,

S.A. ou a qualquer sociedade por esta dominada.

52. VARIAÇÃO NAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Durante o exercício de 2003, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de capital

próprio:

Saldos 31-12-2002 Aumentos Transferências Diminuições Saldos 31-12-2003

Capital 21.635.880 - - - 21.635.880Acções próprias:Valor nominal -2.161.990 - - - -2.161.990Descontos e prémios -2.761.739 - - - -2.761.739Prémios de emissão de acções 837.980 - - - 837.980Reservas de reavaliação 26.730.168 - -530.578 - 26.199.590Reserva legal 4.373.979 - 96.347 - 4.470.326Reservas livres 19.999.632 - 5.845.758 - 25.845.390Resultados transitados -2.400.563 - 1.264.831 - -1.135.732Result. líquido consolidado do exerc. 6.676.358 9.686.467 -6.676.358 - 9.686.467

De acordo com o deliberado na Assembleia Geral de 23 de Maio de 2003, o Conselho de

Administração da Empresa pode adquirir ou alienar acções próprias na Bolsa de Valores dentro

dos limites legais e de outras condições relacionadas com: (i) o número de acções a adquirir; (ii)

os preços mínimo e máximo de aquisição; (iii) os preços mínimos de alienação; (iv) bem como

no tocante à alienação de acções a favor de trabalhadores e membros dos órgãos sociais da

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Empresa. De forma a cumprir com o Código das Sociedades Comerciais, a Empresa mantém

indisponível uma reserva de montante igual àquele por que as acções próprias estão

contabilizadas. Durante o exercício de 2003 não ocorreram quaisquer transacções de acções

próprias.

A transferência verificada entre as rubricas “Reservas de reavaliação” e “Resultados

transitados” diz respeito ao valor da reavaliação técnica efectuada por avaliadores

independentes em 1988, imputável aos terrenos que foram alienados durante o exercício de

2003.

As reservas de reavaliação resultantes da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos

termos da legislação aplicável (Nota 41) não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas,

em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou

em outras situações especificadas na legislação.

A variação ocorrida no exercício de 2003 no total dos capitais próprios consolidados pode ser

explicada da forma que se segue:

Saldo em 31 de Dezembro de 2002 72.929.705Resultado líquido consolidado do exercício de 2003 9.686.467Saldo em 31 de Dezembro de 2003 82.616.172

Adicionalmente, o Res. Líq.consolidado do exerc. de 2003 foi obtido da forma que segue:Contribuição da Empresa – mãe (excluindo efeito da equivalência patrimonial)

379.302Contribuição das empresas do Grupo:Silvicaima 3.213.655Invescaima 687.881Caima Indústria 2.583.595Caima Energia 546.755Inflora 40.349

7.451.537Ajustamentos de consolidação:Ajustamento de amortizações do imobilizado corpóreo por efeito doincremento das mesmas pela constituição da Caima Energia 1.968.349Outros ajustamentos de consolidação 266.581Resultado líquido consolidado do exercício 9.686.467

No final do exercício de 1997, foi criada uma nova empresa subsidiária, Caima Energia -

Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. (integralmente detida pela Caima) a qual

integrou os activos que vinham sendo utilizados para fornecimento de energia à Caima. Estes

activos foram transferidos com base num valor determinado por uma avaliação efectuada por

uma entidade especializada independente, estando a ser amortizados nas demonstrações

financeiras individuais da Caima Energia. Esta amortização é anulada nas demonstrações

financeiras consolidadas, passando os referidos activos a ser amortizados de acordo com os

valores praticados antes da referida transferência.

53. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas consolidadas no exercício de 2003

foi determinado como se segue:

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Matérias-primas,subsidiárias

Mercadorias e de consumoExistências iniciais - 3.967.850Compras 2.240.392 11.161.242Regularização de existências - -70.396Existências finais -451.466 -3.504.998

1.788.926 11.553.698

54. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

A variação da produção ocorrida no exercício de 2003 foi determinada como se segue:

Produtos e Produtos

trabalhos em acabados ecurso Intermédios Plantações Total

Existências finais 125.566 3.373.569 19.864.337 23.363.472Regularizações - 117.320 3.506.031 3.623.351Existências iniciais -412.215 -3.073.484 -23.203.731 -26.689.430

-286.649 417.405 166.637 297.393

O montante registado em “Regularização de existências” na rubrica “Plantações” corresponde,

na sua maioria, às perdas estimadas com os incêndios florestais ocorridos no Verão de 2003

relativamente à subsidiária Silvicaima. Este valor foi registado por contrapartida da rubrica de

custos extraordinários “Perdas em existências” líquido do montante de indemnização a receber

do seguro (Notas 45 e 60).

55. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2003, o detalhe das dívidas a instituições de crédito é como se segue:

Médio e

Curto prazo longo prazo Total

Descobertos bancários 1.511.349 - 1.511.349Empréstimos bancários 1.339.285 2.946.429 4.285.714Emp. garantido pelo Fundo EFTA 1.246.994 2.493.990 3.740.984

4.097.628 5.440.419 9.538.047

Os empréstimos acima referidos vencem juros a taxas de mercado, tendo a parcela referente a

médio e longo prazo o seguinte calendário de reembolso:

Ano2005 2.586.2802006 2.229.1392007 625.000

5.440.419

56. OUTROS CREDORES

Em 31 de Dezembro de 2003, esta rubrica do passivo inclui o montante de, aproximadamente,

1.561.000 Euros correspondente a adiantamentos recebidos relativamente a diversos contratos

promessa de compra e venda celebrados entre a Empresa e particulares, para a alienação de

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terrenos propriedade da Empresa. Da concretização dos referidos contratos resultarão

essencialmente mais valias para a Empresa.

57. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe das rubricas “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2003, é como se

segue:

Activo Passivo

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 868.167 1.540.132Imposto sobre o Valor Acrescentado 891.518 9.685Retenção de Imp.sobre o Rend. das Pessoas Singulares - 298.178Contribuições para a Segurança Social - 114.089

1.759.685 1.962.084

58. SUBSÍDIO NO ÂMBITO DO PEDIP II

Em Novembro de 1998, foi celebrado com o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias

Empresas e ao Investimento) um contrato de concessão de subsídio reembolsável e de subsídio

a fundo perdido no âmbito do PEDIP II, para fazer face ao projecto de investimento apresentado

pela Empresa, no montante de 26.314.652 Euros. Até 31 de Dezembro de 2003, a Empresa tinha

recebido uma parcela do subsídio reembolsável no montante de 2.933.751 Euros, assim como

uma parcela do subsídio a fundo perdido no montante de 626.243 Euros.

Estes subsídios encontram-se divididos do seguinte modo:

• Subsídio reembolsável de 3.911.667 Euros ao investimento directamente produtivo do qual a

Empresa recebeu, até 31 de Dezembro de 2003, o montante de 2.933.751 Euros tendo já sido

efectuados reembolsos parciais. Consequentemente, o subsídio em dívida em 31 de Dezembro

de 2003 será integralmente reembolsado durante o exercício de 2004;

• Subsídio a fundo perdido ao investimento não directamente produtivo, sendo o limite máximo

do subsídio de 653.385 Euros;

• Subsídio a fundo perdido ao investimento respeitante à componente relativa ao ambiente

externo, sendo o limite máximo do subsídio de 163.790 Euros;

• Subsídio a fundo perdido de 242.351 Euros para as despesas com formação profissional e de

produção de material pedagógico.

59. SUBSÍDIO NO ÂMBITO DO REGIME DE APOIO AO APROVEITAMENTO DO

POTENCIAL DOS RECURSOS ENERGÉTICOS ENDÓGENOS

Em Novembro de 1998, a Caima Energia celebrou com o IAPMEI (Instituto de Apoio às

Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento) e com a Direcção Geral de Energia, um

contrato de concessão de subsídio reembolsável a taxa nula no âmbito do Regime de Apoio ao

Aproveitamento do Potencial dos Recursos Energéticos Endógenos no montante de 8.889.067

Euros. Esta comparticipação financeira destinou-se à construção de uma central de produção de

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energia de 6.500 KVA de potência que utiliza casca de eucalipto, tendo o seu custo global

ascendido a 15.326.867 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2003, a execução deste projecto de investimento tinha sido finalizada,

tendo a Empresa recebido a totalidade do subsídio reembolsável, no montante de 8.099.510

Euros. Durante o exercício de 2003 a Empresa procedeu ao reembolso de 952.884 Euros, sendo

que o calendário de reembolso da parte restante do subsídio é como se segue:

Curto prazo:2004 952.884Subsídio no âmbito do PEDIP II (Nota 58) 488.958

1.441.842Médio e longo prazo:2005 952.8842006 e seguintes 4.287.975

5.240.859

60. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2003 o detalhe desta rubrica era como se segue:

Acréscimo de proveitosIndemnizações a receber 2.828.933Outros 75.685

2.904.618Acréscimos de custosRemunerações a liquidar 946.808Despesas de venda a liquidar 404.864Fundo de pensões (Nota 21) 311.573Custos com electricidade a liquidar 232.912Rendas de terrenos a liquidar 221.955Juros a liquidar 94.259Seguros a liquidar 75.584Outros 558.821

2.846.776Proveitos diferidosSubsídios para investimento (Nota 59) 1.008.979Outros 22.170

1.031.149

A rubrica de “Acréscimos de proveitos – Indemnizações a receber” refere-se à compensação

que a subsidiária Silvicaima irá receber da seguradora pelas perdas sofridas nos incêndios

florestais ocorridos durante o exercício de 2003. Este valor foi registado por contrapartida da

rubrica de “Custos extraordinários - Perdas em existências” (Notas 45 e 54).

Na rubrica “Subsídios para investimento” encontram-se registados os valores recebidos de

subsídios para investimento, no âmbito dos programas SIUR, PEDIP e SINDEPEDIP os quais,

após conclusão dos processos, vão sendo reconhecidos como proveitos na demonstração

consolidada de resultados proporcionalmente à amortização dos bens que foram subsidiados.

Encontra-se igualmente registado nesta rubrica o subsídio recebido no âmbito do programa

SINDEPEDIP de regime de apoio à Promoção da Qualidade Industrial, que apoiou o Projecto

de Certificação da Caima.

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61. VALOR DE EXISTÊNCIAS À GUARDA DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2003, a Caima tinha 922.699 Euros de produtos acabados à guarda de

terceiros, no estrangeiro.

62. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 31 de Dezembro de 2003, o valor das dívidas de cobrança duvidosa ascende a 541.313

Euros, as quais se encontravam totalmente provisionadas.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção

por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança

Social até 2000 inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido

prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções,

reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são

alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2000 a

2003 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de

revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão

um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2003.

A Caima encabeça o grupo de empresas (Grupo Caima) que são tributadas de acordo com o

Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”).

A subsidiária Caima Indústria reflectiu no exercício de 2003 o benefício fiscal consagrado no

decreto-lei n.º 23/2004, de 23 de Janeiro, resultando desse benefício uma poupança de Imposto

sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) no montante de, aproximadamente, 197.000

Euros. Aquele montante foi registado por contrapartida de uma diminuição do saldo da rubrica

“Impostos sobre o rendimento do exercício” na demonstração dos resultados do exercício findo

em 31 de Dezembro de 2003.

Visando o cumprimento do previsto no art. 9º do supra mencionado decreto-lei, o Conselho de

Administração da subsidiária em causa, no seu Relatório de Gestão relativo ao exercício de

2003 vai propor aos accionistas a constituição de uma reserva especial no montante

correspondente à dedução acima mencionada. Esta reserva especial a constituir não poderá ser

utilizada para distribuição aos accionistas antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua

constituição.

Para beneficiar do regime previsto naquele diploma, sem quaisquer penalidades, deverão ser

cumpridos determinados requisitos de investimentos até ao final de 2005, os quais o Conselho

de Administração considera que serão cumpridos.

Os valores aproximados dos activos e passivos por impostos diferidos não registados no

exercício de 2003 relativos a exercícios anteriores (em conformidade com as disposições

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transitórias da Directriz Contabilística n.º 28/01), podem ser resumidos como se segue

(débitos/(créditos)):

Activos por Passivos porimpostos impostosdiferidos diferidos

Prov. cons tituídas não aceites como custos fiscais 1.841.000 -Efeito do reinvestimento de mais valiasgeradas com alienações de imobil izações - 33.000

1.841.000 33.000

Adicionalmente, o Conselho de Administração da Empresa decidiu não registar quaisquer

activos ou passivos por impostos diferidos relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de

2003, dado o seu efeito não ser relevante em relação às demonstrações financeiras consolidadas

anexas.

64. OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS E OUTROS CUSTOS E PERDAS

OPERACIONAIS

Para cobertura do risco de variação do preço da pasta de papel a Empresa, entre Outubro de

2002 e Março de 2003 celebrou contratos financeiros de futuros, com uma entidade bancária

externa, com efeito a partir de Janeiro de 2003. Esses contratos cobrem 25%, 15% e 12% da

produção de pasta nos anos de 2003, 2004 e 2005 respectivamente.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2003 a Empresa registou relativamente a esses

contratos, proveitos e custos nos montantes de, aproximadamente, 1.110.948 Euros e 11.720

Euros, respectivamente.

65. ACÇÕES INTERPOSTAS POR ACCIONISTAS MINORITÁRIOS

A Empresa foi demandada por alguns accionistas minoritários nas seguintes acções judiciais:

a) Acção de anulação/declaração de nulidade das deliberações sociais, tomadas na Assembleia

Geral da sociedade de 16 de Julho de 2001, (i) de autorização para aquisição e alienação de

acções próprias da sociedade; (ii) de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do

Exercício de 2000 e (iii) de aprovação do Relatório consolidado de Gestão e das Contas

Consolidadas do Exercício de 2000;

b) Providência cautelar de suspensão de deliberações sociais, tomadas na Assembleia Geral da

sociedade de 22 de Abril de 2002, (i) de autorização para aquisição e alienação de acções

próprias da sociedade e (ii) de aumento do capital social da sociedade;

c) Acção principal de anulação/declaração de nulidade das deliberações sociais tomadas na

Assembleia Geral da sociedade de 22 de Abril de 2002 (i) de aprovação do Relatório de Gestão

e Contas do Exercício de 2001; (ii) de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas

Consolidadas do Exercício de 2001; (ii) de aprovação de um voto de louvor aos órgãos de

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administração e fiscalização da sociedade; (iv) de autorização para a aquisição e alienação de

acções próprias da sociedade e (v) de aumento do capital social da sociedade;

d) Dois inquéritos Judiciais à sociedade para prestação de informações;

e) Acção de anulação das deliberações sociais aprovadas na reunião da Assembleia Geral de 23

de Maio de 2003 (i) de aprovação do Relatório de Gestão e Contas do Exercício de 2002, (ii) de

aprovação do Relatório Consolidado de Gestão e Contas Consolidadas de Exercício de 2002,

(iii) de eleição de administrador ao abrigo das regras especiais de eleição de administrador, e

(iv) de autorização ao Conselho de Administração para aquisição e alienação de acções

próprias;

f) Acção de nomeação judicial de titular de órgão social, na qual é requerida a integração de um

ROC e respectivo suplente no órgão de fiscalização da sociedade (Fiscal Único).

É convicção do Conselho de Administração da Empresa que as acções judiciais mencionadas no

parágrafo anterior carecem de qualquer fundamento, dado que todas as condutas colocadas em

causa nessas mesmas acções judiciais foram, no seu entender, tomadas com respeito pela mais

estrita legalidade.

As contas individuais e consolidadas relativas aos exercícios de 2000, 2001 e 2002 foram

objecto de depósito junto das respectivas Conservatórias do Registo Comercial.

11.1.3. 2. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas de 2004, pelo método POC

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2004:

(Montantes expressos em Euros)

NOTA INTRODUTÓRIA

A Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. (“Caima” ou “Empresa”), é a empresa mãe de um grupo

de empresas ("Grupo Caima"), que tem como actividade principal a exploração florestal, co-

geração de energia e produção e comercialização de pasta de celulose. A Empresa foi

constituída em 1922 e tem a sua sede em Lisboa.

No dia 9 de Janeiro de 2002 foi realizada a escritura pública que deu execução ao processo de

reestruturação do Grupo Caima, objecto de aprovação pelos seus accionistas na Assembleia

Geral realizada em 2 de Fevereiro de 1999. O processo de reestruturação implementado

compreendeu, nomeadamente, a conversão da Empresa em sociedade gestora de participações

sociais, alterando a sua denominação para Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., e a constituição

de uma nova sociedade denominada Caima – Indústria de Celulose, S.A., integralmente detida

pela Empresa, para a qual foram transferidos todos os activos e passivos afectos à actividade

operacional de fabrico e comercialização de pasta de papel.

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Em 31 de Dezembro de 2004, a Cofina, S.G.P.S., S.A. detém 89,1% do capital da Empresa

(Nota 51).

Em 31 de Dezembro de 2004, as empresas participadas que constituem o Grupo Caima e suas

respectivas sedes, são como se segue:

Empresas Sede

Caima – Indústria de Celulose, S.A. (“Caima Indústria”) Constância

Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. (“Silvicaima”) Constância

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. (“Inflora”) Lisboa

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.

(“Caima Energia”) Constância

Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

(“Invescaima”) Lisboa

Os principais indicadores financeiros destas empresas participadas incluídas nas demonstrações

financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2004 e o respectivo método de consolidação

utilizado, encontram-se descritos e explicados na Nota 1, abaixo.

As notas que seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade para

demonstrações financeiras consolidadas e aquelas não incluídas neste Anexo não são aplicáveis

ao Grupo Caima ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações

financeiras consolidadas anexas.

1. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas do Grupo foram todas incluídas na consolidação pelo método de integração global,

conforme disposto no Artigo 1º, n.º 1, a) do decreto-lei n.º 238/91, de 2 de Julho, que determina

a consolidação quando uma empresa detém a maioria dos direitos de voto dos titulares do

capital. Em 31 de Dezembro de 2004, a respectiva proporção do capital detido e a informação

financeira das empresas do Grupo, são como se segue:

2004 2003 Total do activo Total do Capital Próprio Total dos Proveitos Resultado do Exercício

Caima Indústria 100% 100% 48.590.607 27.563.215 46.804.473 1.658.091

Silvicaima 100% 100% 44.273.663 20.146.402 12.500.938 4.024.918

Caima Energia 100% 100% 20.136.039 3.151.815 11.062.788 1.743.059

Inflora 100% 100% 3.082.619 1.278.889 -41.190

Invescaima 100% 100% 183.130.863 173.144.906 33.274.269 32.815.784

Empresas Percentagem de Participação Informação relativa a 31-12-2004

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7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante o ano de 2004, o número médio de pessoal do Grupo Caima pode ser resumido como se

segue:

Produção 206

Distribuição e serviços 6

Administrativo e geral 44

256

10. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

As diferenças de consolidação apuradas na data da primeira consolidação das empresas

participadas foram directamente deduzidas a reservas, nos capitais próprios.

15. CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA

Os critérios de valorimetria utilizados pelas empresas do Grupo Caima são consistentes entre si

e foram aplicados de forma uniforme relativamente ao período homólogo anterior.

21. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987

e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se

a garantir aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do

contrato de trabalho com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço

contínuo, o direito a um complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo

valor tem por base a média dos vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da

Empresa. Por decisão da Administração da Caima, o Fundo de Pensões Caima e Silvicaima foi

dividido em dois fundos autónomos, em Dezembro de 1998, após autorização do Instituto de

Seguros de Portugal, e de acordo com o último estudo actuarial realizado pela sociedade gestora

do fundo com referência a 31 de Dezembro de 2004, o valor actual das responsabilidades por

serviços passados para os colaboradores no activo e para os reformados, naquela data, eram

como se segue:

Caima Silvicaima

Activos 1.078.278 225.594

Reformados 1.815.749 164.601

2.894.027 390.195

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected Unit

Credit”, tendo-se utilizado as Tábuas de Mortalidade TV 73/77 e de invalidez EKV-80. Para

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além dos parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos como pressupostos uma

rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparada com o crescimento dos salários e de

4% face ao crescimento das pensões.

O movimento durante o exercício de 2004 e a situação patrimonial dos fundos de pensões em 31

de Dezembro de 2004, era como se segue:

Fundo Fundo

Caima Silvicaima

Saldo no início do exercício 2.823.157 386.628

Contribuições do ano 27.609 -

Rendimento do fundo, líquido 185.105 24.000

Complementos de reforma pagos ( 173.048 ) ( 10.236 )

Saldo no fim do exercício 2.862.823 400.392

Em virtude dos desvios actuariais desfavoráveis ocorridos no exercício de 2004, a Empresa

registou um custo extraordinário do exercício, de acordo com a Directriz Contabilística n.º 19

(Nota 45) e mantém um saldo credor no passivo, na rubrica “Acréscimo de custos” (Nota 60).

Terrenos arrendados

A filial Silvicaima assumiu responsabilidades com rendas de terrenos arrendados para

florestação no montante de 4.320.000 Euros, ascendendo o valor das rendas referente ao

exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 a, aproximadamente 388.000 Euros.

Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2004, os compromissos contratuais assumidos para aquisição de

imobilizado são de, aproximadamente, 2.500.000 Euros.

22. RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2004, as responsabilidades das empresas que constituem o Grupo

Caima por garantias bancárias e seguros de caução prestados são de, aproximadamente,

4.364.500 Euros.

23. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

UTILIZADOS

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Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas

na consolidação (Nota 1) mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente

aceites em Portugal.

Princípios de consolidação

A consolidação das empresas do Grupo referidas na Nota 1 efectuou-se pelo método de

integração global. Os saldos, as transacções, as margens e quaisquer outros ganhos e perdas

gerados entre empresas do Grupo Caima incluídas na consolidação, foram eliminados neste

processo.

Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

consolidadas foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas principalmente por despesas de investigação e

desenvolvimento, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um

período de três anos. Adicionalmente, estas imobilizações incorpóreas são abatidas na data em

ficam totalmente amortizadas.

b) Imobilizações corpóreas

Os terrenos e recursos naturais afectos à exploração florestal e adquiridos até 31 de Dezembro

de 1988 encontram-se registados ao custo de aquisição, reavaliados em 31 de Dezembro de

1988 com base em avaliações técnicas efectuadas por avaliadores independentes. Em 31 de

Dezembro de 2004 o efeito daquela reavaliação extraordinária é inferior ao efeito que resultaria

da aplicação dos coeficientes de reavaliação previstos no decreto-lei n.º 31/98, de 11 de

Fevereiro. As restantes imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997

encontram-se registadas ao custo de aquisição, reavaliadas de acordo com as disposições legais

(Nota 41). As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao

custo de aquisição.

Os encargos com conservação e reparação, que não aumentam a vida útil ou não representam

benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos do imobilizado, são registados como

custos de exercício.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as seguintes

vidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 10 - 50

Equipamento básico 7 - 14

Equipamento de transporte 3 - 10

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Ferramentas e utensílios 4 - 14

Equipamento administrativo 3 - 10

Outras imobilizações corpóreas 3 - 10

c) Florestas

As florestas encontram-se classificadas na rubrica de produtos e trabalhos em curso,

essencialmente a médio e longo prazo. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações

efectuadas e os custos incorridos com o seu desenvolvimento, conservação e manutenção são

incluídos no valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de produção quando a

madeira é cortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada

mata atribuído a cada corte. A Empresa reconhece como custo do exercício os custos

acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos proporcionais à área cortada no

mesmo exercício.

d) Existências

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de

aquisição o qual, deduzido da provisão constituída para depreciação de existências, é inferior ao

respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso da área industrial,

encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respectivo valor de

mercado. Os custos de produção incluem o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-

obra directa e os gastos gerais de fabrico para o caso da pasta de papel.

Relativamente à madeira cortada, esta encontra-se valorizada a custo de produção, o qual inclui

custos incorridos com o “corte” e “rechega” da madeira, e ainda a parte proporcional à área

cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos,

conforme referido na alínea c) acima.

Os produtos e trabalhos em curso da área florestal encontram-se valorizados a custo de

produção (inclui custos acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos)

corrigido pela parte respeitante à madeira já cortada e vendida, a qual é reconhecida como custo

do exercício na rubrica “Variação de produção” (Nota 54).

e) Títulos negociáveis

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os títulos negociáveis correspondem a acções cotadas em

Bolsa de Valores, os quais são registados ao mais baixo do custo de aquisição ou valor

presumível de mercado, sendo constituída a correspondente provisão quando necessária.

f) Provisões para riscos e encargos

As empresas do Grupo registam nesta rubrica as provisões constituídas que não se enquadram,

pela sua natureza, nas provisões para cobranças duvidosas, e para depreciação de existências, e

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as provisões que se destinam a dotações para o fundo de pensões. Adicionalmente, nos

exercícios em que são decididos e elaborados planos de reestruturação com potencial impacto

em exercícios futuros são criadas provisões para outros riscos e encargos para fazer face aos

mesmos.

g) Indemnizações ao pessoal

O Grupo tem como política registar como custo extraordinário do exercício os encargos com

rescisões de contratos de trabalho acordados em cada exercício, excepto para aquelas rescisões

que se enquadram em planos de reestruturação, cujos encargos são afectos à utilização de

provisões para riscos e encargos, criadas para esse efeito.

h) Subsídios

Os subsídios a fundo perdido, obtidos para financiamento de investimentos em imobilizações

corpóreas são registados, apenas quando recebidos, como proveitos diferidos e reconhecidos na

demonstração consolidada dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações

subsidiadas (Notas 45, 59 e 60).

i) Pensões

As filiais Caima e Silvicaima assumiram o compromisso de conceder aos seus empregados

prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez.

Para cobrir essas responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos,

cujos encargos anuais, determinados de acordo com cálculos actuariais, são registados como

custos em cada exercício, sendo registados, como custos ou proveitos do exercício, em

conformidade com a Directriz Contabilística n.º 19, os desvios actuariais desfavoráveis ou

favoráveis (Nota 21).

j) Especialização de exercícios

As empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da

especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que

são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças

entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são

registadas nas rubricas “Acréscimos e diferimentos” (Nota 60).

27. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício de 2004, o movimento ocorrido no valor bruto das imobilizações

incorpóreas e corpóreas, nos investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações

e provisões acumuladas, foi o seguinte:

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Activo bruto:

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de investigação e desenvolvimento 1.522.340 311.190 - 70.020 1.903.550

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 29.888.562 1.220.569 -9.098.425 3.609.903 25.620.609

Edifícios e outras construções 16.867.445 136.850 -108.934 225.447 17.120.808

Equipamento básico 70.998.347 8.073 -104.521 3.023.163 73.925.062

Equipamento de transporte 1.349.339 50.911 -619.591 - 780.659

Ferramentas e utensílios 203.965 1.933 -8.095 - 197.803

Equipamento administrativo 3.036.366 182.103 -93.026 44.993 3.170.436

Outras imobilizações corpóreas 1.231.017 58.206 -1.715 37.251 1.324.759

Imobilizações em curso 3.516.299 6.625.772 - -6.262.480 3.879.591

Adiantamentos p/ imobilizações corpóreas 1.247.281 38.751 - -895.178 390.854

128.338.621 8.323.168 -10.034.307 -216.901 126.410.581

Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas participadas - 6.729.862 - - 6.729.862

Títulos e outras aplicações financeiras 2.550 - - - 2.550

2.550 6.729.862 - - 6.732.412

Saldos Iniciais

Saldos Finais

Aumentos AlienaçõesTransferências

e Abates

Amortizações e provisões acumuladas:

Imobilizações incorpóreas:Despesas de investigação e desenvolvimento 1.149.146 312.368 - - 1.461.514Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 10.954.040 485.470 -86.261 - 11.353.249Equipamento básico 51.704.494 4.118.405 -104.521 - 55.718.378Equipamento de transporte 1.242.339 35.154 -507.030 - 770.463Ferramentas e utensílios 197.985 2.344 -8.096 - 192.233Equipamento administrativo 1.905.985 459.670 -91.280 -108.198 2.166.177Outras imobilizações corpóreas 914.355 131.961 -1.715 - 1.044.601

66.919.198 5.233.004 -798.903 -108.198 71.245.101Investimentos financeiros:Títulos e outras aplicações financeiras 30 - - - 30

Saldos Finais

Saldos Iniciais

Aumentos AlienaçõesTransferências

e Abates

Na rubrica “Terrenos e recursos naturais” em 2003 está incluído o terreno denominado por

“Casal do Bonito”, relativamente ao qual a Empresa procedeu ao seu loteamento, e que

corresponde uma área total de 20 hectares e 165 lotes. Grande parte desse lotes foram

comercializados durante o ano de 2004 (Notas 45 e 56).

A maior parte do valor registado na rubrica “Imobilizações em curso” diz respeito a montantes

dispendidos com o processo de aumento da capacidade da caldeira de recuperação, processo que

se espera concluir durante o exercício de 2005.

36. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, no exercício de 2004,

foi como se segue:

Mercado externo 33.994.011

Mercado interno 14.386.370

TOTAL 48.380.381

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Do ponto de vista das demonstrações financeiras consolidadas existe apenas um negócio com

dimensão para ser considerado segmento relatável, que é a produção e comercialização de pasta

para papel. Essa actividade está voltada para o exterior, ou seja venda a terceiros, sendo que a

comercialização da pasta é efectuada quer no mercado interno quer no mercado externo.

k) Impostos diferidos

Em conformidade com a alternativa definida nas disposições transitórias da Directriz

Contabilística n.º 28/01, o Grupo Caima não reconheceu nas demonstrações financeiras

consolidadas os activos e passivos por impostos diferidos, relacionados com as diferenças

temporárias entre o e conhecimento de receitas e despesas para fins contabilísticos e de

tributação relativas a situações anteriores a 1 de Janeiro de 2002. Os correspondentes efeitos não

registados encontram-se resumidos na Nota 63.

l) Acções próprias

As acções próprias adquiridas e os respectivos prémios e descontos, são registadas ao custo de

aquisição, como uma dedução aos capitais próprios, sendo as mais ou menos valias geradas com

a sua alienação, registadas directamente na rubrica dos capitais próprios “Reservas livres”.

m) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando

as taxas de conversão oficiais em vigor em 31 de Dezembro de 2004. As diferenças de câmbio,

favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na

data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou na data do

balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada dos resultados.

Existem no entanto outras actividades que do ponto de vista consolidado fazem igualmente

parte da produção de pasta para papel, como é o caso da actividade florestal e a co-geração de

energia. A madeira vinda da actividade florestal é incorporada no processo produtivo da pasta.

Parte da energia produzida é igualmente utilizada no processo produtivo.

Face ao exposto é nosso entendimento que existe apenas um negócio único, logo não existem

segmentos relatáveis.

39. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

A remuneração dos membros dos órgãos sociais (apenas da Empresa-mãe) no exercício de

2004, foi como se segue:

Conselho de Administração 90.147

Fiscal Único 13.600

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41. REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS (LEGISLAÇÃO)

As empresas do Grupo Caima reavaliaram, em exercícios anteriores, as suas imobilizações

corpóreas (excepto terrenos e recursos naturais afectos à exploração florestal) ao abrigo da

legislação a seguir mencionada:

- decreto-lei n.º 430/78, de 27 de Dezembro;

- decreto-lei n.º 24/82, de 30 de Janeiro;

- decreto-lei n.º 219/82, de 2 de Junho;

- decreto-lei n.º 399-G/84, de 28 de Dezembro;

- decreto-lei n.º 118-B/86, de 27 de Maio;

- decreto-lei n.º 111/88, de 2 de Abril;

- decreto-lei n.º 49/91, de 25 de Janeiro;

- decreto-lei n.º 31/98, de 11 de Fevereiro.

Adicionalmente, os terrenos e recursos naturais afectos à exploração florestal, incluídos nas

subsidiárias Silvicaima e Inflora, não foram objecto de reavaliação legal, mas sim de uma

reavaliação extraordinária, efectuada em 1988, com base em relatórios de avaliadores

independentes. Em 31 de Dezembro de 2004, o efeito dessa reavaliação extraordinária é inferior

ao que resultaria da aplicação dos coeficientes de desvalorização monetária previstos na

legislação acima referida.

42. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição das imobilizações corpóreas e correspondentes

reavaliações, líquidos das amortizações acumuladas em 31 de Dezembro de 2004, é o seguinte:

Custos Saldos

históricos Reavaliações reavaliados

Terrenos e recursos naturais 10.680.470 14.940.139 25.620.609Edifícios e outras construções 4.698.913 1.068.646 5.767.559Equipamento básico 18.165.255 41.430 18.206.684Equipamento de transporte 10.195 - 10.195Ferramentas e utensílios 5.569 1 5.570Equipamento administrativo 1.004.173 86 1.004.259Outras imobilizações corpóreas 279.960 198 280.158

34.844.535 16.050.500 50.895.034

Como resultado das reavaliações efectuadas (Nota 41), as reintegrações do exercício findo em

31 de Dezembro de 2004 foram aumentadas em, aproximadamente, 61.600 Euros. Uma parte

(40%) deste montante não é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria

colectável do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas.

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44. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS FINANCEIROS

Nos exercícios de 2004 e 2003, os resultados financeiros consolidados têm a seguinte

composição:

2004 2003

Custos e perdas:

Juros suportados 234.922 476.672

Provisões para investimentos financeiros (Nota 46) 413.433 -

Diferenças de câmbio desfavoráveis 17.346 58.389

Outros custos e perdas financeiros 232.018 173.408

897.719 708.469

Resultados financeiros 832.249 1.061.670

1.729.968 1.770.139

Proveitos e ganhos:

Juros obtidos 705.804 284.784

Rendimentos de participações de capital 29 243.670

Diferenças de câmbio favoráveis 11.624 26.041

Descontos de pronto pagamento obtidos 8 3.666

Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 2.119 837.058

Redução de provisões para títulos negociáveis - 374.058

Outros proveitos e ganhos financeiros 1.010.384 862

1.729.968 1.770.139

Em 2004 a rubrica “Outros proveitos e ganhos financeiros” diz respeito aos valores relativos aos

contratos de cobertura do risco de variação cambial.

45. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Nos exercícios de 2004 e 2003, os resultados extraordinários consolidados têm a seguinte

composição: 2004 2003

Custos e perdas:Donativos 60.895 66.250Perdas em existências 882.168 302.070Perdas em imobilizações - 307.836Multas e penalidades 1.017 100Correcções relativas a exerc. anteriores 20.893 -Outros custos e perdas extraordin. 261.295 94.568

1.226.268 770.824Resultados extraordinários 3.594.973 1.587.660

4.821.241 2.358.484Proveitos e ganhos:Ganhos em existências 25.227 13.144Ganhos em imobilizações (Nota 27) 3.550.697 1.411.679Redução de provisões (Nota 46) 388.775 519.877Correcções rel. a exerc. anteriores 94.037 2.164Outros prov. e ganhos extraordinários 762.505 411.620

4.821.241 2.358.484

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Outros custos e perdas extraordinários” inclui o

montante de 39.198 Euros referente a desvios actuariais desfavoráveis associados aos encargos

com complementos de reforma e respectivo Fundo de Pensões, de acordo com a Directriz

Contabilística nº19 (Nota 21) e inclui o reconhecimento dos proveitos respeitantes a bens

subsidiados que ascenderam nos exercícios de 2004 e 2003 a, aproximadamente, 116.700 Euros

e 249.200 Euros, respectivamente (Nota 59).

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A rubrica “Ganhos em imobilizações” é constituída, principalmente, por mais valias obtidas na

alienação de terrenos a terceiros (Nota 27).

Adicionalmente, a rubrica “Perdas em existências” diz respeito à descapitalização de custos

relativos a florestas alienadas.

46. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2004, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Saldos em Saldos em31-12-2003 Aumentos Transferências Diminuições 31-12-2004

Capital 21.635.880 - - - 21.635.880Acções próprias:Valor nominal -2.161.990 - -1.595 - -2.163.585Descontos e prémios -2.761.739 - 1.595 - -2.760.145Prémios de emissão de acções 837.980 - - - 837.980Reservas de reavaliação 26.199.590 - -88.988 - 26.110.602Reserva legal 4.470.326 - 156.518 - 4.626.844Reservas livres 25.845.390 - 9.529.949 - 35.375.340Resultados transitados -1.135.732 - 88.988 - -1.046.744Res. líq. consolidado do exercício 9.686.467 10.293.669 -9.686.467 - 10.293.669

A “Provisão para outros riscos e encargos” inclui as provisões constituídas para os

complementos de pensões e para outros riscos relativos à actividade da Empresa.

50. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro de 2004, o capital social da Empresa, totalmente subscrito e realizado, está

representado por 21.635.880 acções, com o valor nominal de 1 Euro cada. Adicionalmente, as

acções estão convertidas em escriturais, apresentando-se ao portador ou nominativas, livremente

convertíveis.

51. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

SUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2004, a Cofina – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

detém 89,1% do capital da Empresa, e a sua participação nos direitos de voto é de 98,9%.

52. VARIAÇÃO NAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Durante o exercício de 2004, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de capital

próprio:

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De acordo com o deliberado na Assembleia Geral de 27 de Maio de 2004, o Conselho de

Administração da Empresa pode adquirir ou alienar acções próprias na Bolsa de Valores dentro

dos limites legais e de outras condições relacionadas com: (i) o número de acções a adquirir; (ii)

os preços mínimo e máximo de aquisição; (iii) os preços mínimos de alienação; (iv) bem como

no tocante à alienação de acções a favor de trabalhadores e membros dos órgãos sociais da

Empresa. De forma a cumprir com o Código das Sociedades Comerciais, a Empresa mantém

indisponível uma reserva de montante igual àquele por que as acções próprias estão

contabilizadas. Durante o exercício de 2004 não ocorreram quaisquer transacções de acções

próprias.

A transferência verificada entre as rubricas “Reservas de reavaliação” e “Resultados

transitados” diz respeito ao valor da reavaliação técnica efectuada por avaliadores

independentes em 1988, imputável aos terrenos que foram alienados durante o exercício de

2004.

As reservas de reavaliação resultantes da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos

termos da legislação aplicável (Nota 41) não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas,

em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou

em outras situações especificadas na legislação.

A variação ocorrida no exercício de 2004 no total dos capitais próprios consolidados pode ser

explicada da forma que segue:

Saldo em 31 de Dezembro de 2003 82.616.172

Resultado líquido consolidado do exercício de 2004 10.293.669

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 92.909.841

Adicionalmente, o resultado líquido consolidado do exercício de 2004 foi obtido da forma que

segue:

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Contribuição da Empresa – mãe (excluindo efeito da equivalência patrimonial): 277.440Contribuição das empresas do Grupo:Silvicaima 4.024.918Invescaima 32.815.784Caima Indústria 1.658.091Caima Energia 1.743.059Inflora -41.190

40.200.662Ajustamentos de consolidação:Ajustamento de amortizações do imobilizado corpóreo por efeito doincremento das mesmas pela constituição da Caima Energia 2.001.706Dividendos -32.700.000Outros ajustamentos de consolidação 513.861Resultado líquido consolidado do exercício 10.293.669

No final do exercício de 1997, foi criada uma nova empresa filial, Caima Energia - Empresa de

Gestão e Exploração de Energia, S.A. (integralmente detida pela Caima) a qual integrou os

activos que vinham sendo utilizados para fornecimento de energia à Caima. Estes activos foram

transferidos com base num valor determinado por uma avaliação efectuada por uma entidade

especializada independente, estando a ser amortizados nas demonstrações financeiras

individuais da Caima Energia. Esta amortização é anulada nas demonstrações financeiras

consolidadas, passando os referidos activos a ser amortizados de acordo com os valores

praticados antes da referida transferência.

O resultado liquido da Invescaima inclui o montante de 32.700.000 Euros de dividendos

recebidos das suas participadas (Caima Indústria e Silvicaima), os quais, pelo facto da

Invescaima registar as participações financeiras ao custo de aquisição, foram relevados como

proveitos financeiros. Este efeito foi anulado no processo de consolidação.

53. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas consolidadas no exercício de 2004

foi determinado como se segue:

Matérias-primas,

subsidiáriasMercadorias e de consumo

Existências iniciais 451.466 3.504.998Compras 674.010 13.276.980Regularização de existências -48.378 -3.733Existências finais - -3.664.410

1.077.098 13.113.835

54. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

A variação da produção ocorrida no exercício de 2004 foi determinada como se segue:

Produtos e Produtos

trabalhos em acabados ecurso Intermédios Plantações Total

Existências finais 156.920 3.950.304 20.176.669 24.283.893Regularizações - 210.144 919.192 1.129.336Existências iniciais -125.566 -3.373.569 -19.864.337 -23.363.472

31.354 786.879 1.231.524 2.049.757

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55. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe das dívidas a instituições de crédito é como se segue:

Médio e

Curto prazo longo prazo Total

Descobertos bancários 197.689 - 197.689Empréstimos bancários 4.352.354 1.607.141 5.959.495Empréstimo garantido pelo Fundo EFTA 1.246.994 1.246.995 2.493.989

5.797.037 2.854.136 8.651.173

Os empréstimos acima referidos vencem juros a taxas de mercado, tendo a parcela referente a

médio e longo prazo o seguinte calendário de reembolso:

Ano2006 2.229.1362007 625.000

2.854.136

56. OUTROS DEVEDORES E CREDORES

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Outros Devedores” inclui o montante de,

Aproximadamente, 3.100.000 Euros relativo à alienação de parte dos lotes do terreno “Casal do

Bonito” (Nota 27).

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica do passivo “Outros Credores” inclui o montante de,

aproximadamente, 1.553.000 Euros correspondente ao valor recebido da entidade Merrill Lynch

CreditProducts, LLC. relativamente à venda de créditos reclamados judicialmente pela Caima

junto da Enron Capital & Trade Resources International Corporation. Dado que existem ainda

algumas condicionantes relacionadas com o desfecho deste processo, o Conselho de

Administração decidiu não reconhecer qualquer proveito associado ao valor recebido.

Adicionalmente em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica do passivo “Outros Credores” inclui o

montante de, aproximadamente, 520.000 Euros correspondente a adiantamentos recebidos

relativamente a diversos contratos promessa de compra e venda celebrados entre a Empresa e

particulares, para a alienação de terrenos propriedade da Empresa. Da concretização dos

referidos contratos resultarão essencialmente mais valias para a Empresa.

57. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe das rubricas “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2004, é como se

segue:

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Activo Passivo

Imp. sobre o Rend. de Pessoas Colectivas 969.601 1.309.951Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.275.074 139.291Retenção de Imp.sobre o Rend. das Pessoas Singulares - 323.136Contribuições para a Segurança Social - 120.427

2.244.675 1.892.805

58. SUBSÍDIO NO ÂMBITO DO PEDIP II

Em Novembro de 1998 foi celebrado com o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias

Empresas e ao Investimento) um contrato de concessão de subsídio reembolsável e de subsídio

a fundo perdido no âmbito do PEDIP II, para fazer face ao projecto de investimento apresentado

pela Empresa, no montante de 26.314.652 Euros. Até 31 de Dezembro de 2003, a Empresa tinha

recebido uma parcela do subsídio reembolsável no montante de 2.933.751 Euros, assim como

uma parcela do subsídio a fundo perdido no montante de 626.243 Euros. Em 31 de Dezembro

de 2004 este empréstimo já tinha sido totalmente reembolsado.

Estes subsídios encontram-se divididos do seguinte modo:

• Subsídio reembolsável de 3.911.667 Euros ao investimento directamente produtivo do qual a

Empresa recebeu, até 31 de Dezembro de 2003, o montante de 2.933.751 Euros tendo já sido

efectuados reembolsos parciais. Em 31 de Dezembro de 2004 este subsídio encontra-se

integralmente reembolsado.

• Subsídio a fundo perdido ao investimento não directamente produtivo, sendo o limite máximo

do subsídio de 653.385 Euros;

• Subsídio a fundo perdido ao investimento respeitante à componente relativa ao ambiente

externo, sendo o limite máximo do subsídio de 163.790 Euros;

• Subsídio a fundo perdido de 242.351 Euros para as despesas com formação profissional e de

produção de material pedagógico.

59. SUBSÍDIO NO ÂMBITO DO REGIME DE APOIO AO APROVEITAMENTO DO

POTENCIAL DOS RECURSOS ENERGÉTICOS ENDÓGENOS

Em Novembro de 1998 a Caima Energia celebrou com o IAPMEI (Instituto de Apoio às

Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento) e com a Direcção Geral de Energia, um

contrato de concessão de subsídio reembolsável a taxa nula no âmbito do Regime de Apoio ao

Aproveitamento do Potencial dos Recursos Energéticos Endógenos no montante de 8.889.067

Euros. Esta comparticipação financeira destinou-se à construção de uma central de produção de

energia de 6.500 KVA de potência que utiliza casca de eucalipto, tendo o seu custo global

ascendido a 15.326.867 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2004, a execução deste projecto de investimento tinha sido finalizada,

tendo a Empresa recebido a totalidade do subsídio reembolsável, no montante de 8.099.510

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Euros. Durante o exercício de 2004 a Empresa procedeu ao reembolso de 952.884 Euros, sendo

que o calendário de reembolso da parte restante do subsídio é como se segue:

Curto prazo:2005 952.884Médio e longo prazo:2006 952.8842007 e seguintes 3.335.092

4.287.976

60. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2004 o detalhe desta rubrica era como se segue:

Acréscimo de proveitosJuros 369.802Outros 311.110

680.912Acréscimos de custosRemunerações a liquidar 901.301Despesas de venda a liquidar 356.067Fundo de pensões (Nota 21) 308.373Custos com electricidade a liquidar 271.350Rendas de terrenos a liquidar 207.664Juros a liquidar 151.251Seguros a liquidar 44.399Outros 497.029

2.737.434Proveitos diferidosSubsídios para investimento (Nota 59) 879.320Outros 1.963

881.283

Na rubrica “Subsídios para investimento” encontram-se registados os valores recebidos de

subsídios para investimento, no âmbito dos programas SIUR, PEDIP e SINDEPEDIP os quais,

após conclusão dos processos, vão sendo reconhecidos como proveitos na demonstração

consolidada de resultados proporcionalmente à amortização dos bens que foram subsidiados.

Encontra-se igualmente registado nesta rubrica o subsídio recebido no âmbito do programa

SINDEPEDIP de regime de apoio à Promoção da Qualidade Industrial, que apoiou o Projecto

de Certificação da Caima.

61. VALOR DE EXISTÊNCIAS À GUARDA DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2004, a Caima tinha 836.788 Euros de produtos acabados à guarda de

terceiros, no estrangeiro.

62. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 31 de Dezembro de 2004, o valor das dívidas de cobrança duvidosa ascende a 531.450

Euros, as quais se encontravam totalmente provisionadas.

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63. IMPOSTOS SOBRE LUCROS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção

por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança

Social até 2000 inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido

prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções,

reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são

alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2001 a

2004 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de

revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão

um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

A Caima encabeça o grupo de empresas (Grupo Caima) que são tributadas de acordo com o

Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades.

A subsidiária Caima Indústria reflectiu no exercício de 2003 o benefício fiscal consagrado no

decreto-lei n.º 23/2004, de 23 de Janeiro, resultando desse benefício uma poupança de Imposto

sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) no montante de, aproximadamente, 197.000

Euros. Aquele montante foi registado por contrapartida de uma diminuição do saldo da rubrica

“Impostos sobre o rendimento do exercício” na demonstração dos resultados do exercício findo

em 31 de Dezembro de 2003.

Visando o cumprimento do previsto no art. 9º do supra mencionado decreto-lei, aquela filial

constituiu uma reserva especial no montante correspondente à dedução acima mencionada. Esta

reserva especial não poderá ser utilizada para distribuição aos accionistas antes do fim do quinto

exercício posterior ao da sua constituição.

Para beneficiar do regime previsto naquele diploma, sem quaisquer penalidades, deverão ser

cumpridos determinados requisitos de investimentos até ao final de 2005, os quais o Conselho

de Administração considera que serão cumpridos.

Os valores aproximados dos activos por impostos diferidos não registados no exercício de 2004

relativos a exercícios anteriores (em conformidade com as disposições transitórias da Directriz

Contabilística n.º 28/01), podem ser resumidos como se segue (débitos/(créditos)):

Activos

por impostosdiferidos

Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais 1.860.000

Adicionalmente, o Conselho de Administração da Empresa decidiu não registar quaisquer

activos ou passivos por impostos diferidos relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de

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2004, dado o seu efeito não ser relevante em relação às demonstrações financeiras consolidadas

anexas.

64. OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS E OUTROS CUSTOS E PERDAS

OPERACIONAIS

Para cobertura do risco de variação do preço da pasta de papel a Empresa, entre Outubro de

2002 e Março de 2003 celebrou contratos financeiros de futuros, com uma entidade bancária

externa, com efeito a partir de Janeiro de 2003. Esses contratos cobrem 25%, 15% e 12% da

produção de pasta nos anos de 2003, 2004 e 2005 respectivamente.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 a Empresa registou relativamente a esses

contratos, proveitos no montante de 1.252.510 Euros (1.110.948 Euros em 31 de Dezembro de

2003).

65. ACCIONISTAS

Em 31 de Dezembro de 2004 o montante incluído nesta rubrica corresponde a empréstimos para

cobertura de carências de tesouraria concedidas ao accionista Cofina, S.G.P.S., S.A., os quais

vencem juros a taxas de mercado e serão reembolsadas durante o ano de 2005.

66. ACÇÕES INTERPOSTAS POR ACCIONISTAS MINORITÁRIOS

Foram objecto de homologação judicial as transacções para pôr termo às providências cautelares

e acções judiciais requeridas e propostas contra a sociedade por um grupo de accionistas

minoritários, tendo a última destas homologações judiciais transitado em julgado no dia 16 de

Junho de 2004.

67. EVENTOS SUBSEQUENTES

De acordo com a deliberação da reunião de Assembleia Geral de 2 de Fevereiro de 2005, a

Empresa distribuiu 36.997.361 Euros relativos a reservas livres.

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11.1.3.3. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas de 2004, pelo método IAS

De seguida apresenta-se os anexos às Demonstrações Financeiras consolidadas da Celulose do

Caima, S.G.P.S., S.A., relativas a 2004 de acordo com as Normas Internacionais de Relato

Financeiro (“International Financial Reporting Standards – IFRS”) emitidas pelo International

Accounting Standards Board (“IASB”) em vigor.

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2004:

(Montantes expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Celulose do Caima, SGPS, S.A. (“Caima” ou “Empresa”), é a empresa mãe de um grupo

de empresas ("Grupo Caima"), que tem como actividades: a exploração florestal, co-

geração de energia e a produção e comercialização de pasta de celulose de papel. A

Empresa foi constituída em 1922 e tem a sua sede em Lisboa.

No dia 9 de Janeiro de 2002 foi realizada a escritura pública que deu execução ao processo

de reestruturação do Grupo Caima, objecto de aprovação pelos seus accionistas na

Assembleia Geral realizada em 2 de Fevereiro de 1999. O processo de reestruturação

implementado compreendeu, nomeadamente, a conversão da Empresa em sociedade

gestora de participações sociais, alterando a sua denominação para Celulose do Caima,

SGPS, S.A., e a constituição de uma nova sociedade denominada Caima – Indústria de

Celulose, S.A. (“Caima Indústria”), integralmente detida pela Empresa, para a qual foram

transferidos todos os activos e passivos afectos à actividade operacional de fabrico e

comercialização de pasta de papel.

Em 31 de Dezembro de 2004, a Cofina, S.G.P.S., S.A. detém 89,1% do capital da Empresa

(Nota 13).

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações

financeiras consolidadas são como segue:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

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As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas

incluídas na consolidação (Nota 4), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade

geralmente aceites em Portugal, ajustados, no processo de consolidação, de modo a que as

demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Internacionais

de Relato Financeiro (“International Financial Reporting Standards – IFRS”) emitidas pelo

International Accounting Standards Board (“IASB”) em vigor.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no âmbito da admissão à

negociação de obrigações do Grupo Caima no Mercado de Valores Mobiliários, e de forma

a dar cumprimento ao disposto no ponto 11.1 do anexo IX do regulamento Comunitário n.º

809/2004, pelo que não é apresentada informação comparativa relativa a 31de Dezembro

de 2003.

A adopção dos IAS/IFRS na elaboração de demonstrações financeiras por parte do Grupo

Caima ocorrerá oficialmente pela primeira vez em 31 de Dezembro de 2005, pelo que a

data de transição dos princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para esse

normativo é 1 de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 – “Adopção pela

primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”, uma vez que nessa data

serão apresentadas demonstrações financeiras comparativas elaboradas de acordo com os

IAS/IFRS.

Os efeitos dos ajustamentos, reportados a 1 de Janeiro de 2004, relacionados com a

adopção de princípios e políticas contabilísticas de acordo com os IAS/IFRS, no montante

de 3.017.007 Euros, foram registados nos capitais próprios na rubrica “Outras Reservas”,

ao abrigo do disposto no IFRS 1 – “First-time adoption of International Financial

Reporting Standards” e encontram-se descritos na Nota 29.

2.2 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

Os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo Caima na preparação das suas

demonstrações financeiras consolidadas são os seguintes:

(i) As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo Caima detenha, directa ou

indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas

ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição

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de controlo utilizada pelo Grupo), são incluídas nas demonstrações financeiras

consolidadas pelo método de consolidação integral. As empresas incluídas nas

demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral

encontram-se detalhadas na Nota 4.

(ii) Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das

filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As

transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são

eliminados no processo de consolidação.

2.3 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Caima na preparação das suas

demonstrações financeiras consolidadas, são os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido

das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações

incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios

económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir

razoavelmente o seu valor.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para

completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e

relativamente às quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios

económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não

cumpram estes critérios são registadas como custo do exercício em que são incorridas.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das

quotas constantes em conformidade com o exercício de vida útil estimado.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para

IAS/IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo

de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios

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contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das

amortizações acumuladas e de perdas por imparidade.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de

aquisição, deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade

acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das

quotas constantes em conformidade com o exercício de vida útil estimado para cada

grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil

estimada:

Anos

Edifícios e outras construções 10 a 50

Equipamento básico 7 a 14

Equipamento de transporte 3 a 10

Ferramentas e utensílios 4 a 14

Equipamento administrativo 3 a 10

Outras imobilizações corpóreas 3 a 10

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem

resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos das imobilizações

corpóreas são registadas como custo do exercício em que incorrem.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção,

encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de

imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos

subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são

determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na

data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração de resultados nas rubricas

“Outros proveitos operacionais” ou “Outros custos operacionais”.

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c) Locação financeira e aluguer de longa duração

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira

bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método

financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado

corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos

no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota

2.3.b), são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que

respeitam.

As rendas de aluguer de longa duração referentes a bens adquiridos neste regime são

reconhecidos como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da

substância dos contratos em causa e não da sua forma.

d) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à

exploração, são registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração

consolidada dos resultados do exercício em que são obtidos, independentemente da data

do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de imobilizações corpóreas

são registados no balanço como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não

correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo

respectivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às

amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas.

e) Imparidade dos activos correntes

É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada balanço e

sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem

que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

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Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia

recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos

resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e do valor de uso. O

preço de venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa

transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos

directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de

caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da

sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada

activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de

fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada

quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não

existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a

perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas

por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros

proveitos operacionais” e é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida

(líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse

registado em exercícios anteriores.

f) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como

custo na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da

especialização dos exercícios.

g) Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao

custo médio de aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos

pelos fornecedores, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em

curso são valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas

incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de

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mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em posse do Grupo Caima encontra-se

valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte, rechega e

transporte da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos

acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes activos.

As empresas do Grupo procederam ao registo das correspondentes perdas por

imparidade para reduzir, quando aplicável, as existências ao mais baixo entre o seu

valor realizável líquido ou preço de mercado.

h) Activos biológicos

As florestas propriedade das empresas do Grupo Caima encontram-se classificadas na

rubrica “Activos biológicos”. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações

efectuadas e os custos incorridos com o seu desenvolvimento, conservação e

manutenção são incluídos no valor destas. O valor da madeira é transferido para

existências quando a madeira é cortada e para custo de produção quando é utilizada no

processo de fabrico. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de

cada mata atribuído a cada corte, o qual inclui ainda os custos incorridos em cada mata

desde o último corte. São reconhecidos como custo do exercício os custos acumulados

de plantação, manutenção e gastos administrativos, proporcionais à área cortada nesse

exercício.

i) Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma

obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável

que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante dessa

obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada

balanço e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo apenas quando

exista um plano formal e detalhado de reestruturação e o mesmo já tenha sido

comunicado às partes envolvidas.

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j) Complementos de reforma

Algumas empresas do Grupo assumiram compromissos de conceder aos seus

empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por

velhice ou invalidez. Para cobrir essas responsabilidades existem os correspondentes

fundos de pensões autónomos, cujos encargos anuais, determinados de acordo com

cálculos actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício, em

conformidade com a IAS 19 – “Benefícios dos empregados”.

As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o “Projected Unit Credit

Method” utilizando os pressupostos actuariais e financeiros considerados mais

adequados utilizando as tábuas de mortalidade TV 73/77 e invalidez EKV-80.

k) Instrumentos financeiros

i) Investimentos

Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:

Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não

derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e

relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de deter até à

maturidade. Estes investimentos são classificados como Activos não correntes,

excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço.

Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados fazem parte de uma

carteira de instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros

no curto prazo e são classificados como Activos não correntes.

Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes

investimentos que não sejam considerados como detidos até à maturidade ou

mensurados ao justo valor através de resultados, sendo classificados como Activos

não correntes.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o

justo valor do preço pago; no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e

investimentos disponíveis para venda são incluídas as despesas de transacção.

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Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através

de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus

justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem

qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua

venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados

e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são

mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os

investimentos detidos até à maturidade são registados mensurados pelo custo

amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos

investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica

de “Reserva de justo valor” incluída na rubrica “Outras Reservas” até o

investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se

situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por

imparidade, momento em que a perda acumulada é registada na demonstração dos

resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da

transferência dos respectivos direitos e responsabilidades que coincide com a data

da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da

sua data de liquidação financeira.

ii) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal

deduzido de eventuais perdas de imparidade para que as mesmas reflictam o seu

valor presente realizável líquido.

iii) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos

custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos.

Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e

contabilizados na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o

princípio da especialização dos exercícios.

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iv) Contas a pagar

As contas a pagar que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal.

v) Instrumentos derivados

A Caima utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros,

unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados

instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de

cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de

cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio de empréstimos obtidos, bem como

de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo,

as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos

de cobertura de taxa de juro e taxa de câmbio são em tudo idênticos às condições

estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram

relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os

contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados

pelas empresas do Grupo Caima como referencial do preço de venda da sua pasta

de papel.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como

instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de

alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

- existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da

cobertura;

- a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro e de câmbio são registados pelo seu

justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em

capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura” incluída na rubrica “Outras

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Reservas”, sendo transferidas para resultados no mesmo exercício em que o

instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o

instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado

deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo

valor acumuladas até então, estão registadas em capital próprio na rubrica

“Reservas de cobertura” incluída em “Outras Reservas” são transferidas para

resultados do exercício, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as

transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são

registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros

contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que

os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos

de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo

seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração

dos resultados.

vi) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de

acordo com a substância contratual da transacção. São considerados instrumentos

de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo

após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos

custos suportados com a sua emissão.

vii) Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um

abatimento ao capital próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das acções

próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”.

viii) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem

aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de

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tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente

mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de

caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do

passivo corrente “Empréstimos bancários”.

l) Activos e passivos contingentes

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e

cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos

futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da

Empresa mas são unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de

um benefício económico futuro.

Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações possíveis que

surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela

ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o

controlo da empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos

passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um exfluxo de

recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação

ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do

Grupo, sendo os mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma

saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que

não são sequer objecto de divulgação.

m) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados

tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

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O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis

das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor,

considerando o resultado intercalar e a taxa anual efectiva de imposto estimada.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do

balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos

para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de

tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente

avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em

vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem

expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas

situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as

diferenças temporárias dedutíveis no exercício da sua reversão. No final de cada

exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos

reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se

resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o

imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

n) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos

resultados quando (i) são transferidos para o comprador os riscos e vantagens

significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento

continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo

efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada,

(iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam

para o Grupo e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção

possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos,

descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante

recebido ou a receber.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da

especialização de exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são

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geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças

entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas

são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídos nas rubricas “Outros

activos correntes” e “Outros passivos correntes”.

Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na

melhor avaliação dos Conselhos de Administração das Empresas do Grupo.

o) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para

Euros utilizando as taxas de câmbio oficiais vigentes à data de balanço. As diferenças

de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de

câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças,

pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na

demonstração dos resultados do exercício.

p) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações

adicionais sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são

reflectidos nas demonstrações financeiras do Grupo. Os eventos após a data do balanço

que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“non adjusting

events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

q) Informação por segmentos

Em cada exercício, são identificados os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo mais

adequados tendo em consideração as actividades desenvolvidas.

3. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante o ano de 2004, o número médio de pessoal do Grupo Caima pode ser resumido

como segue:

Produção 206

Distribuição e serviços 6

Administrativo e geral 44

256

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4. INVESTIMENTOS As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção

do capital detido e actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2004 são as seguintes:

Denominação social Sede Percentagem efectiva de participação Actividade

Celulose do Caima, SGPS, S.A. (“Caima”) Lisboa Empresa-mãe Sociedade gestora de

participações sociais

Caima Indústria de Celulose, S.A. (“Caima Indústria”)

Constância Sul 100%

Produção e comercialização de pasta de papel

Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. (“Silvicaima”)

Constância Sul 100% Exploração silvícola

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. (“Caima Energia”)

Constância Sul 100% Produção de energia

térmica e eléctrica

Invescaima – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (“Invescaima”)

Lisboa 100% Sociedade gestora de participações sociais

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. (“Inflora”)

Lisboa 100% Exploração silvícola

Estas filiais foram incluídas na consolidação do Grupo Caima pelo método de consolidação

integral, conforme indicado na Nota 2.2.

Os investimentos disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2004, a percentagem de

capital detido e o seu valor de balanço nessa data, podem ser detalhados como segue:

Denominação social

Percentagem efectiva de participação

Valor de balanço

VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. 19,80% 6.729.862

Outros - 2.520 6.732.412 Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 22)

(4.913.463)

1.818.949 5. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, o movimento ocorrido no valor das

imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

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2004

Terrenos Edifícios e Outras Adiantamentos

e recursos outras Equipamento Equipamento Ferramentas Equipamento imobilizações Imobilizações imobilizações

naturais construções básico de transporte e utensílios administrativo corpóreas em curso corpóreas Total

Activo bruto:

Saldo inicial 29.888.562 16.867.445 70.998.347 1.349.339 203.965 3.036.366 1.231.017 3.516.299 1.247.281 128.338.621

Ajustamentos efectuados

na conversão para IFRS - (540.150) ) 1.352.331 - - - - ( 172.839) ) - 639.342

Saldo inicial reexpresso 29.888.562 16.327.295 72.350.678 1.349.339 203.965 3.036.366 1.231.017 3.343.460 1.247.281 128.977.963

Adições 1.220.569 136.850 8.073 50.911 1.933 182.103 58.206 6.039.776 38.751 7.737.172

Alienações (

9.098.425 ( 77.164 ) ( 104.521 ) ( 619.591 ) ( 8.095 ) ( 93.206 ) ( 1.715 ) - -

( 10.002.537

)

Transferências e abates 3.609.903 135.054 3.113.556 - - 44.993 37.251 ( 6.262.480 ) ( 895.178 ) ( 216.901 )

Saldo final 25.620.609 16.522.035 75.367.786 780.659 197.803 3.170.435 1.324.759 3.120.756 390.854 126.495.696

Amortizações acumuladas:

Saldo inicial - 10.954.040 51.704.494 1.242.339 197.985 1.905.985 914.355 - - 66.919.198

Ajustamentos efectuados

na conversão para IFRS - ( 349.025 ) 780.499 - - - - - - 431.474

Saldo inicial reexpresso - 10.605.015 52.484.993 1.242.339 197.985 1.905.985 914.355 - - 67.350.672

Amortização do exercício - 318.975 4.147.118 35.154 2.344 441.249 119.545 - - 5.064.385

Alienações - ( 85.599 ) ( 104.521 ) ( 507.030 ) ( 8.096 ) ( 91.280 ) ( 1.715 ) - - ( 798.241 )

Transferências e abates - 220.022 47.067 - - (34.514 ) 37.249 - - 269.824

Saldo final - 11.058.413 56.574.657 770.463 192.233 2.221.440 1.069.434 - - 71.886.640

Valor líquido 25.620.609 5.463.622 18.793.129 10.196 5.570 948.995 255.325 3.120.756 390.854 54.609.056

Os ajustamentos efectuados na conversão para IAS/IFRS dizem respeito, essencialmente,

ao desreconhecimento de imobilizações corpóreas não susceptíveis de serem consideradas

como activos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro e à

reclassificação de peças de reserva da rubrica “Existências” para a rubrica “Equipamento

básico” (Notas 7 e 22).

Na rubrica “Terrenos e recursos naturais” em 31 de Dezembro de 2003 está incluído o

terreno denominado por “Casal do Bonito”, relativamente ao qual a Empresa procedeu ao

seu loteamento, e que corresponde uma área total de 20 hectares e 165 lotes. Grande parte

desses lotes foi comercializado durante o exercício de 2004 (Notas 9, 20 e 24).

A maior parte do valor registado na rubrica “Imobilizações em curso” diz respeito a

montantes dispendidos com o processo de aumento da capacidade da caldeira de

recuperação, processo que se espera concluir durante o exercício de 2005.

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6. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, o movimento ocorrido no valor das

imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o

seguinte:

Despesas de

investigação e

desenvolvimento Activo bruto: Saldo inicial 1.522.340

Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS ( 1.522.340 )

Saldo inicial reexpresso - Adições - Alienações e abates - Transferências - Saldo final - Amortizações acumuladas: Saldo inicial 1.149.146 Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS ( 1.149.146 ) Saldo inicial reexpresso - Amortização do exercício - Alienações e abates - Transferências - Saldo final - Valor líquido -

Os ajustamentos efectuados na conversão para IAS/IFRS dizem respeito ao

desreconhecimento de imobilizações incorpóreas relativas a despesas de investigação e

desenvolvimento não susceptíveis de serem consideradas como activos de acordo com as

Normas Internacionais de Relato Financeiro.

7. EXISTÊNCIAS E ACTIVOS BIOLÓGICOS

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 a rubrica “Existências” tinha a seguinte composição:

31.12.2004

(IFRS) 31.12.2003

(POC) Produtos acabados e intermédios 3.950.304 3.373.569 Mercadorias - 451.466 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 1.653.195 3.504.998 Produtos e trabalhos em curso 156.920 125.566 5.760.419 7.455.599 Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 22) ( 38.999) ( 1.136.418)

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5.721.420 6.319.181 Em 31 de Dezembro de 2004, a Caima tinha 836.788 Euros de produtos acabados à guarda

de terceiros no estrangeiro.

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 a rubrica “Activos biológicos” tinha a seguinte

composição:

31.12.2004

(IFRS) 31.12.2003

(POC) Activos biológicos 20.176.669 19.864.337 Perdas de imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 22) ( 288.345) ( 288.345) 19.888.324 19.575.992

O custo das vendas no exercício findo em 31 de Dezembro 2004 ascendeu a 12.115.949

Euros e foi apurado como segue:

Mercadorias

Matérias-primas, subsidiá rias e de

consumo

Produtos e trabalhos em

curso

Produtos acabados e intermédios Activos biológicos Total

Existências iniciais 451.466 3.504.998 125.566 3.373.569 19.864.337 27.319.936

Ajustamentos efectuados naconversão para IFRS (Nota 5) - (2.011.215) - - - (2.011.215)

Existências iniciais reexpressas 451.466 1.493.783 125.566 3.373.569 19.864.337 25.308.721

Compras 674.010 13.251.753 - - - 13.925.763

Regularização de existências (48.378) (3.733) - (210.144) (919.192) (1.181.447)

Existências finais - (1.653.195) (156.920) (3.950.304) (20.176.669) (25.937.088)1.077.098 13.088.608 (31.354) (786.879) (1.231.524) 12.115.949

8. CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2004 (IFRS)

31.12.2003 (POC)

Clientes, conta corrente 8.054.428 9.351.154 Clientes de cobrança duvidosa 31.125 21.646 8.085.553 9.372.800 Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 22) ( 244.146) ( 221.646 ) 7.841.407 9.151.154

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da

sua actividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos

das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo

Grupo, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e

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- 100 -

envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores

contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor.

9. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2004 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2004 Accionistas (Nota 26) 20.000.000 Adiantamentos a fornecedores 123.380 Estado e outros entes públicos: Imposto sobre o valor acrescentado 1.275.074 Imposto s/ o rendimento de pessoas colectivas 969.901 Outros devedores 3.642.777 26.010.832 Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 22) ( 287.304) 25.723.528

Em 31 de Dezembro de 2004 a rubrica “Outros devedores” inclui o montante de,

aproximadamente, 3.100.000 Euros relativo à alienação de parte dos lotes do terreno

“Casal do Bonito” (Nota 5).

10. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

O detalhe dos “Outros activos correntes” em 31 de Dezembro de 2004 é como segue:

31.12.2004 Acréscimos de proveitos (Nota 26) 680.912

Custos diferidos 235.709

916.621 11. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe de “Caixa e equivalentes de caixa” era o seguinte:

31.12.2004 Caixa 4.494 Depósitos à ordem 3.377.375 Títulos negociáveis convertíveis em menos de 3 meses 1.300

3.383.169

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- 101 -

12. IMPOSTOS DIFERIDOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e

correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos

para a Segurança Social até 2000 inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando

tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em

curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das

circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais

das empresas do Grupo Caima dos anos de 2001 a 2004 poderão vir ainda a ser sujeitas a

revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de

revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não

terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de

Dezembro de 2004.

A Caima encabeça o grupo de empresas (Grupo Caima) que são tributadas de acordo com o

Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”).

A subsidiária Caima Indústria reflectiu no exercício de 2003 o benefício fiscal consagrado

no Decreto-Lei n.º 23/2004, de 23 de Janeiro, resultando desse benefício uma poupança de

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) no montante de,

aproximadamente, 197.000 Euros. Aquele montante foi registado por contrapartida de uma

diminuição do saldo da rubrica “Impostos sobre o rendimento do exercício” na

demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2003.

Visando o cumprimento do previsto no art.º 9º do supra mencionado Decreto-Lei, aquela

filial constituiu uma reserva especial no montante correspondente à dedução acima

mencionada. Esta reserva especial não poderá ser utilizada para distribuição aos accionistas

antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua constituição.

Para beneficiar do regime previsto naquele diploma, sem quaisquer penalidades, deverão

ser cumpridos determinados requisitos de investimentos até ao final de 2005, os quais o

Conselho de Administração considera que serão cumpridos.

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos no exercício findo em

31 de Dezembro de 2004 foi como segue:

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Activos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Saldo em 31 de Dezembro de 2003 - POC (Nota 29) - -Ajustamentos efectuados na conversão para IAS/IFRS:

Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fiscalmente 1.794.160 -Anulação de imobilizações corpóreas 185.495 -Anulação de imobilizações incorpóreas 111.281 -Valorização de instrumentos derivados - 548.882Prejuí zos fiscais reportá veis 32.315 -Anulação de acréscimos de custos - 110.846Outros 7.592 57.890

Saldo reexpresso em 1 de Janeiro de 2004 2.130.843 717.618Efeitos na demonstração de resultados (Nota 25) 171.629 (6.349)Efeitos em capitais próprios (Notas 18 e 29) 38.307 (209.986)

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 - IFRS 2.340.779 501.283

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2004, de

acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

Activos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fiscalmente 1.799.719 -Anulação de imobilizações corpóreas 261.246 -Anulação de imobilizações incorpóreas 125.021 -Anulação de imobilizações em curso 59.126Valorização de instrumentos derivados 38.307 338.896Prejuí zos fiscais reportá veis 32.297 -Anulação de acréscimos de custos - 110.846Outros 25.063 51.541

2.340.779 501.283

13. CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro de 2004, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente

subscrito e realizado e era composto por 21.635.880 acções com o valor nominal de 1 Euro

cada. Nessa data, a Celulose do Caima, SGPS, S.A. detinha 2.163.585 acções próprias.

Em 31 de Dezembro de 2004 as seguintes pessoas colectivas detinham uma participação no

capital subscrito de, pelo menos, 20%:

- Cofina, SGPS, S.A. 89,1%

14. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe das dívidas a instituições de crédito é como segue:

Não

Corrente Corrente Total

Descobertos bancários 197.689 - 197.689

Empréstimos bancários 4.352.354 1.607.141 5.959.495

Empréstimo garantido pelo Fundo EFTA 1.246.994 1.246.995 2.493.989

-------------- -------------- ---------------

5.797.037 2.854.136 8.651.173

======== ======== =========

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- 103 -

Os empréstimos acima referidos vencem juros a taxas de mercado, tendo a parcela

referente a médio e longo prazo o seguinte prazo de reembolso:

Ano

2006 2.229.136

2007 625.000

--------------

2.854.136

========

15. OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Em Novembro de 1998 a Caima Energia celebrou com o IAPMEI (Instituto de Apoio às

Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento) e com a Direcção Geral de Energia, um

contrato de concessão de subsídio reembolsável a taxa nula no âmbito do Regime de Apoio

ao Aproveitamento do Potencial dos Recursos Energéticos Endógenos no montante de

8.889.067 Euros. Esta comparticipação financeira destinou-se à construção de uma central

de produção de energia de 6.500 KVA de potência que utiliza casca de eucalipto, tendo o

seu custo global ascendido a 15.326.867 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2004, a execução deste projecto de investimento tinha sido

finalizada, tendo a Empresa recebido a totalidade do subsídio reembolsável, no montante

de 8.099.510 Euros. Durante o exercício de 2004 a Empresa procedeu ao reembolso de

952.884 Euros, sendo que o prazo de reembolso da parte restante do subsídio é como

segue:

Corrente:

2005 952.884

========

Não corrente:

2006 952.884

2007 e seguintes 3.335.092

--------------

4.287.976

========

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- 104 -

16. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NO BALANÇO

CONSOLIDADO

a) Fundos de pensões

Algumas empresas do Grupo (nomeadamente a Caima Indústria e a Silvicaima),

possuem compromissos relacionados com encargos com pensões de reforma não

incluídos no balanço consolidado.

O Fundo de Pensões Caima Indústria e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de

Dezembro de 1987 e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de

Pensões, S.A.”, destina-se a garantir aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma

ou (ii) na cessação contratual do contrato de trabalho com a Empresa, tenham pelo

menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço contínuo, o direito a um complemento de

reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo valor tem por base a média dos

vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da empresa. Por decisão da

Administração da Caima, o Fundo de Pensões Caima Indústria e Silvicaima foi dividido

em dois fundos autónomos, em Dezembro de 1998, após autorização do Instituto de

Seguros de Portugal e, de acordo com o último estudo actuarial realizado pela sociedade

gestora do fundo com referência a 31 de Dezembro de 2004, o valor actual das

responsabilidades por serviços passados para os colaboradores no activo e para os

reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões, naquela data,

eram como segue:

Caima Indústria Silvicaima

Activo 1.078.278 225.594 Reformados 1.815.749 164.601 Valor actual das responsabilidades por serviços passados 2.894.027 390.195

Situação patrimonial dos fundos de pensões 2.862.823 400.392

Excesso / (Insuficiência) ( 31.204) 10.197

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Project

Unit Credit”, tendo-se utilizado as Tábuas de Mortalidade TV 73/77 e Invalidez EKV-

80. Para além dos parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos como

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- 105 -

pressupostos uma rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparada com o

crescimento dos salários e de 4% face ao crescimento das pensões.

b) Terrenos arrendados

A Silvicaima assumiu responsabilidades com rendas de terrenos arrendados para

florestação no montante de, aproximadamente, 4.320.000 Euros, ascendendo o valor das

rendas referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 e registado na

demonstração de resultados a, aproximadamente, 388.000 Euros.

c) Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2004, os compromissos contratuais para aquisição de

imobilizado assumidos pelas empresas do Grupo Caima são de, aproximadamente,

2.500.000 Euros.

17. RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2004, as empresas que constituem o Grupo Caima tinham

assumido responsabilidades por garantias bancárias e seguros de caução no montante de,

aproximadamente, 4.364.500 Euros.

18. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Em 31 de Dezembro de 2004 as empresas do Grupo Caima têm contratado instrumentos

financeiros derivados associados a cobertura das variações do preço de pasta de papel,

encontrando-se estes instrumentos registados de acordo com o seu justo valor (Nota 24).

As empresas do Grupo Caima apenas utilizam derivados de taxa de câmbio para cobertura

de fluxos de caixa futuros nas suas transacções.

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante o exercício

findo em 31 de Dezembro de 2004 pode ser detalhado como segue:

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- 106 -

Derivados de cobertura de preço da pasta Derivados de taxa de juro

Saldo inicial (a) 1.995.934 - Variação do justo valor dos derivados

( 765.384 ) -

Novos contratos - ( 139.298 ) Saldo final 1.232.350 ( 139.298 ) (a) – saldo inicial resultante da transição para IFRS em 1 de Janeiro de 2004 (Nota 29)

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor dos instrumentos de

cobertura (conforme denominados nos termos da IAS 39 – “Instrumentos financeiros:

reconhecimento e mensuração”), foram registados directamente em capitais próprios na

rubrica “Reservas de cobertura” líquidos dos correspondentes passivos por impostos

diferidos.

19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Na rubrica “Outros passivos não correntes” encontra-se registada a parcela de médio e

longo prazo relativa aos valores recebidos de subsídios para investimento, no âmbito dos

programas SIUR, PEDIP e SINDEPEDIP os quais, após conclusão dos processos, vão

sendo reconhecidos como proveitos na demonstração consolidada de resultados

proporcionalmente à amortização dos bens que foram subsidiados. A parcela de curto prazo

relativa a estes subsídios encontra-se registada na rubrica “Outros passivos correntes”

(Nota 21).

20. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2004 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2004 Estado e outros entes públicos:

Imposto s/ o rendimento de pessoas colectivas 1.309.951

Retenção de imposto sobre o rendimento 323.136 Imposto sobre o valor acrescentado 139.291 Contribuições para a Segurança Social 120.427 Fornecedores de imobilizado 843.428 Outros credores (Nota 26) 2.521.229 5.257.462

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Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica do passivo “Outros Credores” inclui o montante de,

aproximadamente, 1.553.000 Euros correspondente ao valor recebido da entidade Merrill

Lynch Credit Products, LLC. relativamente à venda de créditos reclamados judicialmente

pela Caima junto da Enron Capital & Trade Resources International Corporation. Dado que

existem ainda algumas condicionantes relacionadas com o desfecho deste processo, o

Conselho de Administração decidiu não reconhecer qualquer proveito associado ao valor

recebido.

Adicionalmente em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica do passivo “Outros Credores”

inclui o montante de, aproximadamente, 520.000 Euros correspondente a adiantamentos

recebidos relativamente a diversos contratos promessa de compra e venda celebrados entre

a Empresa e particulares, para a alienação de terrenos propriedade da Empresa. Da

concretização dos referidos contratos resultarão essencialmente mais valias para a Empresa

(Nota 5).

21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2004 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada

como segue:

31.12.2004 Acréscimos de custos 2.252.735 Proveitos diferidos (Nota 19) 114.618 2.367.353

A rubrica “Acréscimos de custos” inclui cerca de 901.000 Euros relativos a provisão para

férias e subsídio de férias a pagar, bem como 356.000 Euros relativos a despesas de venda

a liquidar e 316.000 Euros relativos a facturas de fornecimentos e serviços externos que

ainda não foram recebidas.

22. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

O movimento ocorrido nas provisões e perdas por imparidade durante o exercício findo em

31 de Dezembro de 2004, foi como segue:

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Saldo inicial (a)

Ajustamentos de conversão

para IFRSAumentos (Nota 23) Diminuições Reclassificações Saldo final

Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 4) 30 - 413.433 - 4.500.000 4.913.463Perdas de imparidade acumuladas em existências e activos biológicos (Nota 6) 1.424.763 (1.097.355) - (64) - 327.344Perdas de imparidade acumuladas em contas a receber (Notas 8 e 9) 541.313 - 22.500 (32.363) - 531.450Provisões 5.155.189 (298.841) - (356.348) (4.500.000) -

7.121.295 (1.396.196) 435.933 (388.775) - 5.772.257

(a) – Montante correspondente aos saldos em 31 de Dezembro de 2003 expressos de acordo

com o Plano Oficial de Contabilidade

Os ajustamentos de conversão para IAS/IFRS na rubrica “Perdas de imparidade

acumuladas em existências e activos biológicos” referem-se à reclassificação de peças de

reserva das empresas do grupo da rubrica “Existências” para a rubrica “Equipamento

básico” (Nota 5).

23. RESULTADOS FINANCEIROS

Os custos e proveitos financeiros do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 podem

ser detalhados como segue:

31.12.2004 Proveitos financeiros: Juros obtidos (Nota 26) 705.804 Rendimentos de participações de capital 29 Diferenças de câmbio favoráveis 11.624 Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 2.119 Outros proveitos financeiros 8 719.584 Custos financeiros: Juros incorridos 234.922 Perdas de imparidade em investimentos (Nota 22) 413.433

Diferenças de câmbio desfavoráveis 17.346 Outros custos financeiros 185.278 850.979

24. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS

Em 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica inclui cerca de 2.600.000 Euros relativos a

ganhos obtidos com a alienação de terrenos e outras imobilizações corpóreas (Nota 5).

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Para cobertura do risco de variação do preço da pasta de papel a Empresa, entre Outubro de

2002 e Março de 2003 celebrou contratos financeiros de futuros, com uma entidade

bancária externa, com efeito a partir de Janeiro de 2003. Esses contratos cobrem 25%, 15%

e 12% da produção de pasta nos anos de 2003, 2004 e 2005 respectivamente (Nota 18).

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 a Empresa registou na rubrica “Outros

proveitos operacionais” relativamente a esses contratos, proveitos no montante de

1.252.510 Euros (1.110.948 Euros em 31 de Dezembro de 2003).

25. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos no exercício findo em 31 de Dezembro de

2004, são detalhados como segue:

31.12.2004

Imposto corrente (834.770) Imposto diferido (Nota 12) 177.978

(656.792) 26. ENTIDADES RELACIONADAS

Os principais saldos com entidades relacionadas em 31 de Dezembro de 2004 e as

principais transacções realizadas com essas entidades durante o exercício findo nessa data,

podem ser detalhados como segue:

TransacçõesJuros obtidos (Nota

23)Aquisição de bens e

serviços

Empresas relacionadas 485.063 1.631.845

SaldosContas a receber

(Nota 9)Juros a receber

(Nota 10)Contas a pagar (Nota

20)

Empresas relacionadas 20.000.000 485.063 (275.896)

As contas a receber de entidades relacionadas referem-se essencialmente a empréstimos

concedidos para cobertura de carências de tesouraria concedidas ao accionista Cofina,

SGPS, S.A., os quais vencem juros a taxas de mercado e serão reembolsados durante o ano

de 2005.

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- 110 -

27. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção do exercício, foram calculados em função dos seguintes

montantes:

31.12.2004 Resultado para efeito do cálculo do resultado líquido por acção básico

9.638.510

Resultado para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído

9.638.510

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico e diluído

19.472.295

Resultado por acção

Básico 0,49 Diluído 0,49

28. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, no exercício findo

em 31 de Dezembro de 2004, foi como segue:

Mercado externo 34.021.486

Mercado interno 14.386.370

---------------

48.407.856

=========

Do ponto de vista das demonstrações financeiras consolidadas existe apenas um negócio

com dimensão para ser considerado segmento relatável, que é a produção e

comercialização de pasta para papel. Existem no entanto outras actividades acessórias à

produção de pasta para papel, como é o caso da actividade florestal e a co-geração de

energia.

29. PRIMEIRA APLICAÇÃO DOS “INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING

STANDARDS - IFRS”

Durante o exercício de 2004, o Grupo Caima passou a adoptar as Normas Internacionais de

Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards – IFRS), aplicando para o

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- 111 -

efeito o “IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato

Financeiro”. A data de transição considerada para apresentação das demonstrações

financeiras consolidadas é 1 de Janeiro de 2004.

Os principais impactos nos capitais próprios do Grupo com referência a 1 de Janeiro de

2004 e 31 de Dezembro de 2004 relativamente à conversão das demonstrações financeiras

para IAS/IFRS, podem ser detalhados, por natureza, como segue:

(valores em milhares de Euros) 01.01.2004 31.12.2004

Capitais próprios POC 82.616 92.910

Registo de impostos diferidos (Nota 12) 1.413 1.661

Justo valor de derivados (Nota 18) 1.996 1.093 Anulação de acréscimos de custos 687 687 Anulação de imobilizado ( 1.079 ) ( 1.079 )

Impacto da conversão para IAS/IFRS nos capitais próprios do Grupo (excluindo resultado líquido)

3.017

2.362

Diferencial de resultado líquido entre POC e IFRS - ( 655 )

Capitais próprios IFRS 85.633 94.617

Os principais impactos no resultado líquido do Grupo com referência a 31 de Dezembro de

2004 relativamente à conversão das demonstrações financeiras, podem ser detalhados, por

natureza, como segue:

(valores em milhares de Euros) 31.12.2004 Resultado líquido consolidado POC 10.294 Efeito do registo dos impostos diferidos (Nota 25) 178

Anulação de imobilizado ( 833) Amortização das peças de reserva reclassificadas para imobilizado ( 91)

Outros efeitos ( 91) Diferencial de resultado líquido entre POC e IFRS ( 655)

Resultado líquido consolidado IFRS 9.639

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- 112 -

As principais alterações e aspectos relevantes para um melhor entendimento do processo de

transição para as IAS/IFRS efectuado pelo Grupo Caima podem ser resumidos como segue:

Impostos diferidos

Nas demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com os princípios

consagrados no Plano Oficial de Contabilidade, o Grupo não procedia ao registo de activos

ou passivos por impostos diferidos gerados em data anterior à entrada em vigor da Directriz

Contabilística n.º 28 por ter adoptado a disposição transitória prevista naquela norma a qual

permite o não reconhecimento dos activos e passivos por impostos diferidos anteriores a 1

de Janeiro de 2002 por um período que não pode exceder 5 anos (Nota 12). Neste sentido, e

dado que a IAS 12 – “Impostos sobre o rendimento” não prevê qualquer tipo de norma

transitória similar, o Grupo Caima procedeu ao registo de activos e passivos por impostos

diferidos decorrentes de situações anteriores a 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para

IFRS), procedendo de igual forma aos correspondentes registos durante o exercício de

2004. O impacto desta situação na transição para as IAS/IFRS provocou um aumento dos

capitais próprios em 31 de Dezembro de 2004 no montante de 1.661 milhares de Euros

(1.413 milhares de Euros em 1 de Janeiro de 2004).

Ao nível do resultado líquido de 2004, o registo dos impostos diferidos provocou um

aumento do mesmo no valor de 178 milhares de Euros, relacionados fundamentalmente

com o efeito da não amortização do imobilizado ajustado no balanço de abertura.

Imobilizado

Ao nível dos IFRS, a exigência imposta nos critérios de reconhecimento de activos de

natureza incorpórea, estejam eles classificados em “Imobilizado incorpóreo” ou em

“Custos diferidos” (no sentido de custos plurianuais), e de natureza corpórea, basicamente

relacionados com grandes reparações, implicou um ajustamento ao activo e

consequentemente uma diminuição dos capitais próprios em 31 de Dezembro de 2004 e 1

de Janeiro de 2004 de 1.079 milhares de Euros.

Ao nível do resultado líquido de 2004 o efeito da não amortização do imobilizado ajustado

no balanço de abertura adicionado ao efeito do reconhecimento em resultados de

imobilizado de natureza corpórea e incorpórea em POC e não passível de capitalização à

luz das IFRS ascendeu a 833 milhares de Euros negativos.

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- 113 -

Derivados

À data da transição para IAS/IFRS, o Grupo Caima tinha contratado alguns instrumentos

financeiros derivados, nomeadamente ao nível de gestão de risco de volatilidade dos fluxos

de caixa de transacções futuras nas vendas de pasta de papel. De acordo com a IAS 39 –

“Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração”, estes instrumentos derivados

foram registados ao justo valor tendo provocado um aumento nos capitais próprios em 31

de Dezembro de 2004 no montante de 1.093 milhares de Euros (1.996 milhares de Euros

em 1 de Janeiro de 2004).

Classificação de Custos e Proveitos

Durante o processo de adopção dos IAS/IFRS por parte do Grupo Caima foi necessário

proceder à reclassificação de um conjunto de custos e proveitos para fazer face às

disposições previstas nesse normativo, nomeadamente, custos e proveitos extraordinários,

bem como algumas rubricas anteriormente classificadas de acordo com o normativo

contabilístico Português em resultados financeiros, e que foram reclassificados para

resultados operacionais, como sejam, descontos de pronto pagamento concedidos e

algumas comissões bancárias por serviços prestados não directamente relacionadas com a

estrutura financeira do Grupo.

30. INFORMAÇÃO RELATIVA À ÁREA AMBIENTAL

O Grupo adopta as medidas necessárias relativamente à área ambiental, com o objectivo de

cumprir com a legislação vigente.

31. ACÇÕES INTERPOSTAS POR ACCIONISTAS MINORITÁRIOS

Foram objecto de homologação judicial as transacções para pôr termo às providências

cautelares e acções judiciais requeridas e propostas contra a Empresa por um grupo de

accionistas minoritários, tendo a última destas homologações judiciais transitado em

julgado no dia 16 de Junho de 2004.

32. EVENTOS SUBSEQUENTES

De acordo com a deliberação da reunião da Assembleia Geral de 2 de Fevereiro de 2005, a

Empresa distribuiu 36.997.361 Euros relativos a reservas livres.

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- 114 -

11.2. Mapas de fluxos de tesouraria

11.2.1. Mapas de fluxos de tesouraria: princípios de reconhecimento e mensuração POC:

Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa para os dois últimos exercícios completos da

Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.:

ACTIVIDADES OPERACIONAIS: 2003 2004

Recebimentos de clientes 65.319.981 51.260.579

Pagamentos a fornecedores -42.015.497 -27.370.031Pagamentos ao pessoal -7.670.089 -8.086.206

Fluxos gerados pelas operações 15.634.395 15.804.342

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -964.117 -602.402Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional -3.759.351 3.147.867

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias -4.723.468 18.349.807

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 357.713 0Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -119.545 0

238.168 18.349.807

Fluxos das actividades operacionais (1) 11.149.095 18.349.807

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas 2.957.690 8.907.200

Subsídios ao investimento 34.039 29.488 Dividendos 190.138 -

3.181.867 8.936.688

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros - -6731162

Imobilizações corpóreas - área industrial -4.186.710 -7.096.212

Imobilizações corpóreas - área florestal -900.531 -1.578.603 Plantações florestais (existências a médio e longo prazo) -1.800.644 -2.151.196

-6.887.885 -17.557.173

Fluxos das actividades de investimento (2) -3.706.018 -8.620.485

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos - -

Juros e proveitos similares 607.146 901.269

Dividendos de acções próprias - -

607.146 901.269

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos concedidos -1.961.281 -20.000.000

Empréstimos obtidos -1.929.710 -1.013.759

Juros e custos similares -1.104.754 -510.254

Dividendos -327 -

Amortizações de contratos de locação financeira -7.778 -8.134

-5.003.850 -21.532.147

Fluxos das actividades de financiamento (3) -4.396.704 -20.630.878

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 3.046.373 -10.901.556Caixa e seus equivalentes no início do período 11.040.663 14.087.036Caixa e seus equivalentes no fim do período 14.087.036 3.185.480Montantes expressos em euros

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- 115 -

Anexo à demonstração consolidada dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de

dezembro de 2003 e 2002: Princípios POC (Montantes expressos em Euros):

1. NOTA PRÉVIA

As notas que seguem respeitam a numeração sequencial do Regulamento 93/11. As notas não

referidas não são aplicáveis neste exercício.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, e a

reconciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constante do balanço naquelas

datas, são como se segue:

2003 2002

Numerário 4.494 4.494Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 8.692.591 1.853.152Equivalentes a caixa:Descoberto bancário “overdraft” -1.511.349 -105.648Caixa e seus equivalentes 7.185.736 1.751.998Outras disponibilidades:Títulos negociáveis 6.901.300 9.288.665Disponibilidades constantes do balanço 14.087.036 11.040.663

Os títulos negociáveis correspondem a acções cotadas na Bolsa de Valores de Lisboa.

3. ACTIVIDADES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIAS

A Empresa tem disponível linhas de crédito no montante de 19.720.549 Euros que poderão ser

utilizadas para futuras actividades operacionais ou para satisfazer compromissos financeiros,

não havendo qualquer restrição à utilização dessa facilidade.

Anexo à demonstração consolidada dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de

dezembro de 2004 e 2003: Princípios POC (Montantes expressos em Euros):

1. NOTA PRÉVIA

As notas que seguem respeitam a numeração sequencial do Regulamento 93/11. As notas não

referidas não são aplicáveis neste exercício.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, e a

reconciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constante do balanço naquelas

datas, são como se segue:

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2004 2003

Numerário 4.494 4.494Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 3.377.375 8.692.591Equivalentes a caixa:Descoberto bancário “overdraft” -197.689 -1.511.349Caixa e seus equivalentes 3.184.180 7.185.736Outras disponibilidades:Títulos negociáveis 1.300 6.901.300Disponibilidades constantes do balanço 3.185.480 14.087.036

Os títulos negociáveis correspondem a acções cotadas na Bolsa de Valores de Lisboa.

3. ACTIVIDADES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIAS

A Empresa tem disponível linhas de crédito no montante de 19.213.397 Euros que poderão ser

utilizadas para futuras actividades operacionais ou para satisfazer compromissos financeiros,

não havendo qualquer restrição à utilização dessa facilidade.

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- 117 -

11.2.2. Mapas de fluxos de tesouraria: princípios de reconhecimento e mensuração das

IAS/IFRS:

Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. para o

exercício de 2004 utilizando os princípios de reconhecimento e mensuração das IAS/IFRS:

CELULOSE DO CAIMA, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVIDADES OPERACIONAIS: 31.12.2004

Recebimentos de clientes 51.260.579 Pagamentos a fornecedores (27.370.031)Pagamentos ao pessoal (8.086.206)

Fluxos gerados pelas operações 15.804.342 Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (602.402)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 3.147.867

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 2.545.465 Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias -Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -

- Fluxos das actividades operacionais (1) 18.349.807

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Imobilizações corpóreas 8.907.200 Subsídios ao investimento 29.488 Dividendos -

8.936.688 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros (6.731.162)Imobilizações corpóreas - área industrial (7.096.212)Imobilizações corpóreas - área florestal (1.578.603)Activos biológicos (2.151.196)

(17.557.173) Fluxos das actividades de investimento (2) (8.620.485)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:Juros e proveitos similares 901.269

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos concedidos (20.000.000)Empréstimos obtidos (1.013.759)Juros e custos similares (510.254)Dividendos -Amortizações de contratos de locação financeira (8.134)

(21.532.147) Fluxos das actividades de financiamento (3) (20.630.878)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (10.901.556)Caixa e seus equivalentes no início do período 14.087.036 Caixa e seus equivalentes no fim do período 3.185.480

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Anexo à demonstração consolidada dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de

Dezembro de 2004 utilizando os princípios de reconhecimento e mensuração das IAS/IFRS

(Montantes expressos em Euros):

1. PAGAMENTOS/RECEBIMENTOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS FINANCEIROS Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 os pagamentos relativos a investimentos

financeiros foram os seguintes:

Pagamentos: VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. 6.729.862 Outros 1.300 6.731.162

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2004, e a reconciliação

entre o seu valor e o montante de disponibilidades constante do balanço naquela data, são como

segue:

2004 Numerário 4.494 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 3.377.375 Títulos negociáveis convertíveis em menos de 3 meses 1.300 ------------- 3.383.169 ------------- Descobertos bancários ( 197.689 ) ------------- Caixa e seus equivalentes 3.185.480 ======== 3. ACTIVIDADES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIAS A Empresa tem disponíveis linhas de crédito no montante de 19.213.397 Euros que poderão ser

utilizadas para futuras actividades operacionais ou para satisfazer compromissos financeiros,

não havendo qualquer restrição à utilização dessa facilidade.

11.3. Auditoria de informações financeiras históricas anuais

Jorge Manuel Araújo de Beja Neves, representante da Sociedade de revisores oficiais

Magalhães, Neves e Associados, emitiu a Certificação Legal das Contas anuais consolidadas, do

exercício de 2003 que abaixo se transcreve.

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Certificação Legal das Contas

Contas consolidadas do exercício de 2003

Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório

de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as

demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2003

da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. (“Empresa”) e subsidiárias (Grupo Caima, Nota 1), as

quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2003 que evidencia um total

de 117.931.505 Euros e capitais próprios de 82.616.172 Euros, incluindo um resultado líquido

de 9.686.467 Euros, as Demonstrações consolidadas dos resultados por natureza e por funções,

a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os

correspondentes anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de

demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a

posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado

das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa; (ii) que a informação financeira

histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que

seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos

Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a

manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto

relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na

consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos

materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme

exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e

independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja

planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes.

Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e

informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas

em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação.

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- 120 -

Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação e de terem sido

apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na

consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua

aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da

aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em

termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para

os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual,

clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da

informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes

documentos de prestação de contas consolidadas. Entendemos que o exame efectuado

proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima,

apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a

posição financeira consolidada da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. e suas subsidiárias em 31

de Dezembro de 2003, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados

de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos

geralmente aceites em Portugal e a informação financeira nelas constante é, nos termos das

definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira,

actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfase

6. Conforme referido na Nota 63 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados, a

Empresa optou por aplicar a medida transitória prevista na Directriz Contabilística n.º 28, não

tendo registado os activos e passivos por impostos diferidos relativos a situações anteriores a 1

de Janeiro de 2002. Os efeitos nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, caso a

Empresa não tivesse adoptado esta medida transitória, encontram-se evidenciadas na Nota 63 do

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados.

Lisboa, 9 de Março de 2004

MAGALHÃES, NEVES E ASSOCIADOS - SROC

Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

Jorge Manuel Araújo de Beja Neves, representante da Sociedade de revisores oficiais Deloitte &

Associados, emitiu as Certificações Legais das Contas anuais consolidadas, do exercício de

2004, que abaixo se transcrevem.

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Certificação Legal das Contas

Contas consolidadas do exercício de 2004

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da Celulose do Caima,

S.G.P.S., S.A. (“Empresa”) e filiais (Grupo Caima, Nota 1), as quais compreendem o Balanço

consolidado em 31 de Dezembro de 2004 que evidencia um total de 126.432.561 Euros e

capitais próprios de 92.909.841 Euros, incluindo um resultado líquido de 10.293.669 Euros, as

Demonstrações consolidadas dos resultados por natureza e por funções, a Demonstração

consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa a preparação de

demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a

posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado

das suas operações, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a

manutenção de sistemas de controlo interno apropriados. A nossa responsabilidade consiste em

expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas

demonstrações financeiras.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja

planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes.

Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e

informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas

em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação.

Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação e de terem sido

apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na

consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua

aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da

aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada,

em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Entendemos que

o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima,

apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a

posição financeira consolidada da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. e suas filiais em 31 de

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Dezembro de 2004, bem como o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos de

caixa consolidados do exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios

contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Ênfase

5. Conforme referido na Nota 63 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados, a

Empresa optou por aplicar a medida transitória prevista na Directriz Contabilística n.º 28, não

tendo registado os activos e passivos por impostos diferidos relativos a situações anteriores a 1

de Janeiro de 2002. Os efeitos nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, caso a

Empresa não tivesse adoptado esta medida transitória, encontram-se evidenciadas na Nota 63 do

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados.

Porto, 9 de Março de 2005

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.

Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

Jorge Manuel Araújo de Beja Neves, representante da Sociedade de revisores oficiais Deloitte &

Associados, emitiu as Certificações Legais das Contas anuais consolidadas, da Celulose do

Caima, S.G.P.S., S.A., relativas às Demonstrações Financeiras consolidadas da relativas a 2004

de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“International Financial

Reporting Standards – IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board

(“IASB”) em vigor.

Certificação Legal das Contas

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da Celulose do Caima,

SGPS, S.A. e subsidiárias (“Empresa”) as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de

Dezembro de 2004, que evidencia um total de 123.593.370 Euros e capitais próprios de

94.617.107 Euros, incluindo um resultado líquido de 9.638.510 Euros, a Demonstração

consolidada de resultados por naturezas, a Demonstração consolidada de fluxos de caixa e a

Demonstração consolidada das alterações no capital próprio para o exercício findo nesta data e

os correspondentes anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa a preparação de

demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a

posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado

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das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa, bem como a adopção de políticas e

critérios adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa

responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no

nosso exame, sobre aquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja

planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes.

Este exame inclui a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e

informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas

em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação.

Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação e de terem sido

apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na

consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua

aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da

aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada,

em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Entendemos que

o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima,

apresentam de forma verdadeira e apropriada, para os efeitos descritos no parágrafo 5 abaixo,

em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Celulose do

Caima, SGPS, S.A. e suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2004, bem como o resultado

consolidado das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo

nesta data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS),

tal como adoptadas pela União Europeia.

Ênfases

5. Conforme referido na Nota 2.1 do anexo, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo

1 acima foram preparadas no âmbito da admissão à negociação de obrigações da Celulose do

Caima, SGPS, S.A. no Mercado de Valores Mobiliários, facto pelo qual não é apresentada

informação comparativa relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2003.

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6. No processo de transição das normas contabilísticas anteriormente adoptadas (Plano Oficial

de Contabilidade – POC) para as IAS/IFRS, a Empresa seguiu os requisitos previstos na Norma

Internacional de Relato Financeiro 1 - Adopção pela Primeira vez das Normas Internacionais de

Relato Financeiro, tendo a data de transição, para os efeitos referidos no parágrafo 5 acima, sido

reportada a 1 de Janeiro de 2004, pelo que a informação financeira referida àquela data e ao

exercício de 2004, anteriormente apresentada de acordo com o POC, foi reexpressa para as

IAS/IFRS, estando mencionadas na Nota 29 do Anexo às demonstrações financeiras as

divulgações exigidas relativamente ao processo de transição para as Normas Internacionais de

Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia.

Porto, 1 de Novembro de 2005 DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

11.4. Período coberto pelas informações financeiras

O último exercício completo coberto por informações financeiras auditadas terminou em

Dezembro de 2004.

11.5. Acções judiciais e arbitrais

Foram objecto de homologação judicial as transacções para pôr termo às providências cautelares

e acções judiciais requeridas e propostas contra a Sociedade por um grupo de accionistas

minoritários, tendo a última destas homologações judiciais transitado em julgado nesta data.

11.6. Alteração significativa na situação financeira ou comercial do emitente

Quer no âmbito da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., quer das empresas do Grupo, não se

verificou, nos últimos dois anos, nem se prevê que venha a verificar no futuro, qualquer

acontecimento de carácter excepcional que tenha afectado ou venha a afectar a actividade das

sociedades.

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Capítulo 12. Informações de base

A Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. e os garantes da presente emissão não têm conhecimento

nem de interesses de pessoas singulares nem de entidades colectivas envolvidas na emissão,

incluindo interesses em conflito para a emissão.

A operação foi realizada através de oferta particular, tendo sido objecto de tomada firme por

parte de um sindicato financeiro.

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Capítulo 13. Informação relativa aos valores mobiliários a admitir à negociação

13.1. Montante total

O montante total dos Valores Mobiliários sujeitos à negociação será de € 21.500.000 (vinte e

um milhões e quinhentos mil Euros), que constitui o total da emissão de 430 (quatrocentos e

trinta) obrigações com o valor nominal de € 50.000 (cinquenta mil Euros) cada.

13.2. Tipo e a categoria dos valores mobiliários

As obrigações serão escriturais ao portador. O código ISIN – International Security

Identification Number – da emissão das obrigações é SGPS/2005 – PTCAIAOE0006.

13.3. Legislação

À presente emissão é aplicável, nomeadamente, o disposto nos artigos 348º a 372º do código

das Sociedades Comerciais e o Código de Valores Mobiliários.

Nos termos do artigo 1º do Decreto-Lei nº 187/70, de 30 de Abril, consideram-se abandonados a

favor do Estado os juros ou outros rendimentos das obrigações quando, durante o prazo de cinco

anos, os seus titulares ou possuidores não os hajam cobrado ou tentado cobrar ou não tenham

manifestado por outro modo legítimo e inequívoco o seu direito sobre esses juros ou

rendimentos.

Nos termos do artigo 1º do Decreto-Lei n º 187/70, de 30 de Abril, consideram-se abandonados

a favor do Estado, entre outros valores, as obrigações quando, durante o prazo de vinte anos, os

seus titulares ou possuidores não hajam cobrado ou tentado cobrar os respectivos juros ou

outros rendimentos ou não tenham manifestado por outro modo legítimo e inequívoco o seu

direito sobre esses títulos.

Deve ser tido em conta que, após a realização da emissão, foi aprovado, pelo Decreto-Lei n.º

193/2005 de 7 de Novembro (entretanto alterado pelo Decreto-Lei n.º 25/2006 de 8 de

Fevereiro), o Regime Especial de Tributação dos Rendimentos de Valores Mobiliários

Representativos de Dívida, que se aplica apenas aos rendimentos obtidos após a data do

primeiro vencimento do cupão ocorrido depois da entrada em vigor do referido regime que se

verificou em 1 de Janeiro de 2006. Nos termos do mencionado regime são, designadamente,

isentos de IRS ou IRC os rendimentos considerados obtidos em território português, nos termos

dos códigos do IRS e do IRC, de valores mobiliários representativos de dívida não pública

(independentemente da moeda em que essa dívida seja emitida), integrados em sistema

centralizado reconhecido nos termos do Código dos valores Mobiliários e legislação

complementar (incluindo o sistema centralizado gerido pelo Banco de Portugal), qualificados

como rendimentos de capitais ou como mais valias para efeitos de IRS (incluindo os ganhos

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obtidos na transmissão de valores mobiliários, bem como os devidos no momento do

vencimento do cupão ou na realização de operações de reporte, mútuos ou equivalentes),

obtidos por beneficiários efectivos que em território português não tenham residência, sede,

direcção efectiva ou estabelecimento estável ao qual os rendimentos possam ser imputáveis,

nem sejam (a) pessoa colectiva detida, directa ou indirectamente, em mais de 20% por entidades

residentes, nem (b) entidade residente em país, território ou região com regimes de tributação

privilegiada, constante de lista aprovada por portaria do ministro de Estado e das Finanças

(com excepção, neste último caso, dos respectivos bancos centrais e agências de natureza

governamental). A qualidade de não residente deve ser comprovada nos termos previstos no

referido regime.

Para resolução de qualquer litígio emergente do presente empréstimo obrigacionista, é

competente o Tribunal da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro.

Regime fiscal

a) Titulares sujeitos passivos de IRS:

- Juros das obrigações

Residentes: os juros das obrigações estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 20%.

A retenção na fonte libera a obrigação de imposto, salvo se o titular optar pelo englobamento,

caso em que se aplicarão as taxas progressivas do regime geral do IRS, tendo a retenção na

fonte natureza de pagamento por conta do imposto devido.

Não residentes: os rendimentos das obrigações são objecto de retenção na fonte a título

definitivo, à taxa de 20%, exceptuando-se os casos em que haja acordos de dupla tributação.

Relativamente aos juros das obrigações a partir do segundo cupão deve-se ter em conta o

disposto no Decreto-Lei n.º 193/2005 de 7 de Novembro referido na página anterior.

- Mais-valias

Residentes: exclusão de tributação nos termos do artigo 10º n.º. 2 alínea b) do código do IRS.

Não residentes: Nos termos do art. 26º dos EBF, as mais-valias realizadas com a transmissão

onerosa de partes sociais, outros valores mobiliários, warrants autónomos emitidos por

entidades residentes e negociados em mercados regulamentados de bolsa por entidades ou

pessoas singulares que não tenham domicílio em território português e aí não possuam

estabelecimento estável, estão isentas de IRS, salvo nos casos em que o titular do rendimento

seja residente em país, território ou região sujeitas a regime fiscal claramente mais favorável,

constante da lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças. Relativamente às mais-valias

das obrigações a partir do segundo cupão deve-se ter em conta o disposto no Decreto-Lei n.º

193/2005 de 7 de Novembro referido na página anterior.

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b) Titulares sujeitos passivos de IRC

- Juros das obrigações

Residentes: Os juros das obrigações concorrem para a determinação da matéria colectável sendo

englobados e tributados nos termos gerais. O imposto é objecto de retenção na fonte à taxa de

20%, tendo a natureza de pagamento por conta do imposto devido. As Instituições Financeiras

estão dispensadas de retenção na fonte.

Não residentes: os rendimentos das obrigações são objecto de retenção na fonte a título

definitivo, à taxa de 20%, exceptuando-se os casos em que haja aplicação de acordos de dupla

tributação. Relativamente aos juros das obrigações a partir do segundo cupão deve-se ter em

conta o disposto no Decreto-Lei n.º 193/2005 de 7 de Novembro referido na página 126.

- Mais-valias

Residentes: Os ganhos obtidos com a transmissão onerosa de obrigações concorrem para a

determinação da matéria colectável sendo tributadas nos termos gerais.

Não residentes: Nos termos do art. 26º dos EBF, as mais-valias realizadas com a transmissão

onerosa de partes sociais, outros valores mobiliários, warrants autónomos emitidos por

entidades residentes e negociados em mercados regulamentados de bolsa por entidades ou

pessoas singulares que não tenham domicílio em território português e aí não possuam

estabelecimento estável, estão isentas de IRC, salvo nos casos em que: a) a entidade titular do

rendimento seja detida, directa ou indirectamente, em mais de 25% por entidades residentes; b)

a entidade titular do rendimento seja domiciliada em país, território ou região, sujeitas a um

regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada por portaria do Ministro

das Finanças. Relativamente às mais-valias das obrigações a partir do segundo cupão deve-se ter

em conta o disposto no Decreto-Lei n.º 193/2005 de 7 de Novembro referido na página 126.

13.4. Representação das obrigações

Os títulos são escriturais, ao portador, e são exclusivamente materializadas pela sua inscrição

em contas abertas em nome dos respectivos titulares, de acordo com as disposições legais em

vigor. A Interbolsa, com sede na Avenida da Boavista, 3433, Porto - Portugal será a entidade

responsável pela manutenção dos registos.

13.5. Moeda

Os títulos são emitidos em Euros.

13.6. Classificação dos valores mobiliários em termos de privilégios creditórios

As Obrigações constituem uma responsabilidade directa, incondicional e geral da Emitente, que

empenhará toda a sua boa fé no respectivo cumprimento. As Obrigações constituem obrigações

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comuns da Emitente, a que corresponderá um tratamento “pari passu” com todas as outras

dívidas e compromissos presentes e/ou futuros não especialmente garantidos ou não

subordinados da Emitente, sem prejuízo dos privilégios que resultem da lei.

13.7. Direitos inerentes

As obrigações conferem aos seus titulares o recebimento de um juro semestral variável, descrito

no ponto seguinte, pagos postecipadamente em 30 de Agosto e 01 de Março de cada ano até ao

final do 6º ano.

O reembolso das Obrigações será efectuado ao seu valor nominal, no final do 6º ano, ou seja,

em 30 de Agosto de 2011.

13.8. Taxa de juro

A taxa de juro anual nominal aplicável a cada um dos períodos de juros será variável e igual à

“Euribor 6 meses”, cotada no segundo “Dia Útil Target” imediatamente anterior à data de início

de cada período de juros, acrescida de um spread de 1,7% arredondada 1/8 de ponto percentual

imediatamente superior.

Por “Euribor 6 meses” entende-se a taxa patrocinada pela Federação Bancária Europeia em

associação com a Associação Cambista Internacional resultante do cálculo da média das taxas

de depósitos interbancários para o prazo de 6 meses denominados em Euro, oferecidas na zona

da União Económica e Monetária entre bancos de primeira linha, cotada para valor spot

(TARGET + 2), na base Actual/360, e divulgada cerca das 11 horas de Bruxelas, na página

EURIBOR01 da REUTERS, ou noutra página que a substitua, ou no caso de a REUTERS

cessar a divulgação, na página de outra agência que a divulgue.

Por “Dias Úteis Target” entendem-se aqueles dias em que o sistema de pagamentos TARGET

esteja em funcionamento.

Os juros contar-se-ão diariamente, na base Actual/360. Os juros serão pagos semestral e

postecipadamente em 30 de Agosto e 01 de Março de cada ano (cada uma “Data de Pagamento

de Juros”). O primeiro período de juros terá início (incluindo) na Data de Subscrição, ou seja,

em 30 de Agosto de 2005, e maturidade (excluindo) na 1ª Data de Pagamento de Juros, ou seja,

em 01 de Março de 2006. Cada período de juros, com excepção do primeiro, terá início

(incluindo) numa Data de Pagamento de Juros e maturidade (excluindo) na Data de Pagamento

de Juros imediatamente seguinte.

Caso o indexante “Euribor 6 meses” venha a ser substituído por um outro indexante ou a

convenção do indexante “Euribor 6 meses” venha a ser alterada, a contagem de juros passará a

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ser efectuada com base na convenção desse outro indexante ou com base na nova convenção do

indexante “Euribor 6 meses”.

Em caso de mora da Emitente, no pagamento de quaisquer montantes devidos pela Emissão, a

Emitente pagará, pelo período de duração da mora, juros correspondentes à última taxa

aplicável à Emissão acrescida de uma sobretaxa de 4% (quatro por cento), sendo os juros

capitalizados nos termos da lei.

Se a data prevista para a realização de qualquer pagamento de juros ou reembolso de capital das

Obrigações não constituir um Dia Útil, essa data passará para o Dia Útil imediatamente

seguinte. Por Dia Útil, para este efeito, entende-se qualquer dia em que os Bancos estejam

abertos e a funcionar em Lisboa e no Porto e em que o sistema de pagamentos TARGET esteja

em funcionamento.

O agente pagador que procederá ao cálculo dos juros será o Banco de Investimento Global,

S.A..

13.9. Data de vencimento e amortização do empréstimo

O reembolso das Obrigações será efectuado ao seu valor nominal, de uma só vez, no final do 6º

ano, ou seja, em 30 de Agosto de 2011, salvo se ocorrer reembolso antecipado, nomeadamente,

segundo os termos previstos que se seguem:

Reembolso antecipado por opção da emitente:

A Emitente poderá, sem penalização, efectuar o reembolso antecipado total ou parcial, neste

caso por redução ao valor nominal, das Obrigações, depois de decorridos 4 anos sobre a Data de

Subscrição, e sempre em data coincidente com uma Data de Pagamento de Juros.

Para o efeito, a Emitente deverá publicar a sua intenção no boletim de cotações da Euronext

Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. com uma antecedência mínima

de 30 dias.

Reembolso antecipado por opção dos obrigacionistas:

Cada um dos obrigacionistas poderá, sem penalização, exigir o reembolso antecipado ("Put

Option") das Obrigações, depois de decorridos 4 anos sobre a Data de Subscrição, e sempre em

data coincidente com uma Data de Pagamento de Juros.

Para o efeito, o obrigacionista deverá notificar a Emitente com uma antecedência mínima de 30

dias.

Cada um dos obrigacionistas poderá exigir à Emitente o reembolso imediato das Obrigações,

bem como a liquidação dos respectivos juros devidos até à data em que se efectuar aquele

reembolso, em qualquer das seguintes situações, desde que tais situações não sejam sanadas no

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prazo de 30 (trinta) dias a contar da notificação por parte do obrigacionista para o efeito:

a) mora no pagamento de capital ou de juros das Obrigações;

b) mora, por parte da Emitente, ou por parte de qualquer sociedade que esteja em relação de

domínio ou de grupo com a Emitente, no pagamento de quaisquer outras obrigações

resultantes de empréstimos, outras facilidades de crédito ou outras modalidades, directas ou

indirectas, de concessão de crédito incluindo instrumentos financeiros derivados contraídos

junto do sistema financeiro português ou estrangeiro, ou ainda no pagamento de obrigações

decorrentes de valores monetários ou mobiliários de qualquer natureza;

c) incumprimento pela Emitente da cláusula de Pari Passu referida anteriormente:

Classificação dos Valores Mobiliários em termos de privilégios creditórios do Prospecto;

d) a Emitente ou qualquer sociedade por ela dominada nos termos dos artigos 486º e seguintes

do Código das Sociedades Comerciais, der em garantia ou, por qualquer outra forma onerar

ou prometer onerar ou alienar ou prometer alienar, os bens que constam ou venham a

constar dos seus activos nomeadamente as actuais participações sociais, ou as suas receitas,

presentes ou futuras (sem prejuízo das garantias já prestadas ou prometidas na Data de

Subscrição), salvo no caso de:

i) garantias ou alienações constituídas com o acordo prévio dos obrigacionistas,

obtido por maioria simples, nos termos do n.º 7 do art.º 355º do Código das

Sociedades Comerciais;

ii) alienações e /ou transmissões, incluindo respectivas promessas, de activos, desde

que realizadas por um valor correspondente a, no mínimo, o respectivo valor

contabilístico bruto;

iii) garantias constituídas sobre bens do activo da Emitente a adquirir ou a

beneficiar por esta, (incluindo, sem limitar, por locação financeira) desde que a

referida aquisição não se configure como mera substituição de activos corpóreos, e

desde que a garantia seja constituída em caução do respectivo preço de aquisição,

ou do crédito concedido para o efeito;

iv) para efeitos do disposto na alínea anterior, não constitui mera substituição de

activos corpóreos o investimento nos bens do activo imobilizado que se encontrem

obsoletos ou deteriorados.

e) as garantias especiais constituídas pela Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima S.A. e pela

Caima Indústria de Celulose, S.A., se venham, por qualquer razão, a revelar inválidas ou

ineficazes;

f) se, pela análise dos documentos de prestação de contas anuais consolidadas e auditadas da

Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 e para

todos os exercícios subsequentes a esse durante todo o período de vigência da Emissão, se

verificar que o Rácio Capital Próprio / Activo é inferior a 35%;

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g) se, pela análise dos documentos de prestação de contas anuais consolidadas e auditadas da

Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 e para

todos os exercícios subsequentes a esse durante todo o período de vigência da Emissão, se

verificar que o Rácio Dívida/ EBITDA é superior a 5;

h) se, pela análise dos documentos de prestação de contas consolidadas e anuais auditadas da

Celulose do Caima , S.G.P.S., S.A., para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 e para

todos os exercícios subsequentes a esse durante todo o período de vigência da Emissão, se

verificar que o Rácio EBITDA / Encargos Financeiros é inferior a 4;

i) interrupção pela Emitente, por qualquer forma, da sua actividade global;

j) se a ALTRI, S.G.P.S., S.A. deixar de deter, directa ou indirectamente, 66% (sessenta e seis

por cento) do capital social e/ou dos direitos de voto da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.;

k) inobservância de qualquer das demais obrigações previstas na ficha técnica.

13.10. Rendimento

A taxa de rentabilidade efectiva é aquela que torna equivalente, numa base anual, o valor dos

fluxos monetários gerados pela obrigação e o seu preço de compra, pressupondo uma

capitalização com idêntico rendimento. Assim, a taxa de rentabilidade efectiva dependerá do

preço a que ela for adquirida no mercado.

Pressupondo que o preço de compra é o preço de subscrição, as taxas de rentabilidade efectivas,

nas actuais condições de mercado, seriam as seguintes:

Taxa de rentabilidade

Taxa de rentabilidade efectiva anual bruta 3,95%

Taxa de rentabilidade efectiva anual líquida 3,15%

Os pressupostos utilizados nos cálculos apresentados são os seguintes:

• A taxa de imposto considerada é de 20%;

• A taxa Euribor a 6 meses considerada é de 2,156% (taxa Euribor a 6 meses no dia 26

de Agosto de 2005);

• As condições de mercado manter-se-ão no futuro, o que traduz uma taxa de cupão

constante de 3,875% ao longo do período;

• Actualizaram-se apenas os fluxos monetários futuros para a data de subscrição

(assumiu-se como o último dia do período de subscrição) e foi considerado como

preço de compra o valor de subscrição da obrigação.

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As taxas de rentabilidade efectivas são afectadas pelas eventuais taxas ou comissões cobradas

pelas instituições financeiras que asseguram o serviço financeiro do empréstimo e que podem

variar de instituição para instituição.

13.11. Representação dos detentores da dívida

A Emitente assegurará as diligências necessárias para que se proceda à eleição do Representante

Comum dos Obrigacionistas, nos termos da legislação em vigor.

13.12. Declaração de resoluções, autorizações e aprovações

A presente emissão foi deliberada por resolução do Conselho de Administração da Caima em

03/08/2005 nos termos do estabelecido no artigo 366º do Código das Sociedades Comerciais e

nos Estatutos da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.

A constituição de fiança por parte da Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A. e da Caima –

Indústria de Celulose do Caima, S.A. foi aprovada por resolução dos Conselhos de

Administração das respectivas empresas em, 03 de Agosto de 2005, ao abrigo do Código de

Sociedades Comerciais e dos estatutos das empresas.

13.13. Data de emissão dos valores mobiliários

A data de emissão das obrigações realizou-se no dia 30 de Agosto de 2005.

13.15. Restrições à livre transferência dos títulos

Não existem restrições à livre transferência das obrigações apresentadas neste Prospecto.

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Capítulo 14. Admissão à negociação e modalidades de negociação

14.1. Mercado em que serão negociados os valores mobiliários

Será solicitada a admissão à cotação das Obrigações na Eurolist by Euronext da Euronext

Lisbon - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.. Os valores mobiliários serão

admitidos à negociação em ..........

14.2. Nome e endereço dos agentes pagadores e depositários de cada país.

O Banco de Investimento Global, S.A., com sede social na Praça Duque de Saldanha, n.º 1 – 8º

E/F, 1050-094 Lisboa, actuará como Agente Paga

dor das Obrigações nos termos do Contrato de Serviço de Agente Pagador celebrado para o

efeito.

Não existem agentes depositários.

Capítulo 15. Despesas de admissão à negociação

A emitente incorre em taxas, devidas à CMVM, pela aprovação do prospecto de admissão de

valores mobiliários à negociação no valor de 1750 Euros.

Capítulo 16. Informação adicional

Não existem outras informações que a emitente ou os garantes considerem relevantes para o

presente Prospecto.

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- 135 -

Capítulo 17. Requisitos mínimos de informação relativos aos garantes

17.1. Natureza da garantia

As sociedades Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A. e Caima – Indústria de Celulose do

Caima, S.A. constituem-se como fiadores e principais pagadoras, com renúncia ao benefício da

execução prévia, das obrigações constituídas pela Emitente no âmbito da emissão, sendo a

responsabilidade de cada uma limitada a 50% do montante total da emissão.

A Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A. foi constituída a 26 de Maio de 1966,

matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Constância sob o n.º 146 e tem a sua

sede social em Constância-Sul – 2250-058 Constância, com o telefone 249 730 000 e o telefax

249 736 284.

A Caima – Indústria de Celulose do Caima, S.A. foi constituída a 9 de Janeiro de 2002,

matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Constância sob o n.º 131 / 020117 com

sede social em Constância-Sul – 2250-058 Constância com o telefone 249 736 635.

A actividade das garantes é regulada pelas disposições constantes do Código das Sociedades

Comerciais e do Decreto - Lei n.º 495/88, de 30 de Dezembro, alterado pelo Decreto – Lei n.º

318/94, de 24 de Dezembro, e pelo decreto-lei n.º 378/98, de 27 de Novembro.

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17.2. Historial Financeiro

17.2.1. Balanço

De seguida apresentam-se as informações financeiras históricas auditadas dos garantes

relativamente aos dois últimos exercícios completos:

Balanço: Caima – Indústria De Celulose, S.A.

2004 2003

Imobilizado:Imobilizações incorpóreas:

Despesas de I&D 10 442.036 373.196

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 592.295 2.379.082

Edifícios e outras construções 3.923.920 3.909.609

Equipamento básico 10.289.732 9.541.683

Equipamento de transporte - 61.649

Ferramentas e utensílios 138 468

Equipamento administrativo 983.240 1.097.199

Outras imobilizações corpóreas 275.689 304.949

Imobilizações em curso 2.901.812 3.070.542

Adiantamentos por conta de imob. Corp. - 845.000

10 18.966.826 21.210.181

Circulante:Existências:

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 41 2.690.835 3.124.966

Produtos e trabalhos em curso 42 177.638 147.571

Produtos acabados e intermédios 42 3.796.556 3.285.633

34 6.665.029 6.558.170

Dívidas de terceiros - Curto prazo:Clientes, c/c 6.454.674 7.714.516

Empresas do Grupo 16 2.077.404 3.004.761

Adiantamentos a fornecedores 140.879 122.077

Estado e outros entes públicos 51 1.124.284 889.911

Outros devedores 54 3.298.789 365.533

23 e 34 13.096.030 12.096.798

Títulos negociáveis:Outras aplicações de tesouraria 6.316.429 4.900.000

Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 2.601.911 7.153.594

Caixa 2.000 2.000

2.603.911 7.155.594

Acréscimos e diferimentos:Acréscimos de proveitos 50 311.526 66.547

Custos diferidos 50 188.820 130.014

500.346 196.561

Total de amortizaçõesTotal de provisõesTotal do activo 48.590.607 52.490.500

Montantes expressos em euros

Activo Notas Activo Líquido Activo Líquido

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Capital próprio e passivo Notas 2004 2003Capital próprio:

Capital 36 12.500.000 12.500.000

Prémios de emissão de acções 40 12.594.591 12.594.591

Reservas:Reserva legal 40 225.527 96.347

Reservas livres 40 388.094 1.830.591

Outras reservas 6 e 40 196.912 -

Resultado líquido do exercício 40 1.658.091 2.583.595

27.563.215 29.605.124

Passivo:Provisões para riscos e encargos 34 3.303.161 3.659.508

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:Dívidas a instituições de crédito 52 1.604.136 3.565.419

Dívidas a terceiros - Curto prazo:Dívidas a instituições de crédito 52 4.975.646 3.416.045

Fornecedores, c/c 16 4.814.805 5.035.082

Fornec. - facturas em recepção e conf. 220.692 409.560

Empresas do Grupo 16 856.544 2.300.577

Fornecedores de imobilizado, c/c 780.285 1.287.948

Estado e outros entes públicos 51 366.055 333.375

Outros credores 54 1.916.135 281.883

13.930.162 13.064.470

Acréscimos e diferimentos:Acréscimos de custos 50 1.725.090 2.103.978

Proveitos diferidos 50 464.843 492.001

2.189.933 2.595.979

Total do capital próprio e passivo 48.590.607 52.490.500

Montantes expressos em euros

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Balanço: Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.

2003 2004

Activo NotasImobilizado:Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 24.576.069 22.116.753Edifícios e outras construções 546.930 493.233Equipamento básico 34.465 9.390Equipamento de transporte 45.352 10.197Ferramentas e utensílios 4.388 4.870Equipamento administrativo 11.776 7.230Outras imobilizações corpóreas 11.713 4.469Imobilizações em curso 24.894 69.116Adiantamentos por conta de imob. Corpóreas 402.281 390.854

10 25.657.868 23.106.112

Investimentos financeiros:Títulos e outras aplicações financeiras 34 20 20

Circulante:Existências:Mercadorias 41 451.466 216.562Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 41 30.165 18.365Produtos e trabalhos em curso 42 19.273.605 19.634.316Produtos acabados e intermédios 42 331.198 205.415

34 20.086.434 20.074.658

Dívidas de terceiros - Curto prazo:Clientes, c/c 16 860.769 682.591Clientes de cobrança duvidosa - -Empresas do Grupo 16 349.998 103.214Estado e outros entes públicos 1.765 1.233Outros devedores 54.793 31.940

34 1.267.325 818.978

Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 12.355 107.396Caixa 2.493 2.494

14.848 109.890

Acréscimos e diferimentos:Acréscimos de proveitos 2.828.841 -Custos diferidos 49 148.191 164.005

2.977.032 164.005

Total de amortizaçõesTotal de provisõesTotal do activo 50.003.527 44.273.663Montante expresso em euros

Activo líquido Activo líquido

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Capital próprio e passivo Notas 2003 2004Capital próprio:Capital 36 150.000 150.000Reservas de reavaliação 40 15.500.702 15.411.714Reservas:Reserva legal 40 30.000 30.000Reservas livres 40 25785958 -Resultados transitados 40 441.169 529.770Resultado líquido do exercício 40 3.213.655 4.024.918

45.121.484 20.146.402

Passivo:Provisões para riscos e encargos 34 1.276.219 1.276.219

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:Empresas do Grupo 16 - 19.000.000

Dívidas a terceiros - Curto prazo:Dívidas a instituições de crédito 56583 -Fornecedores, c/c 843.986 1.044.970Empresas do Grupo 16 374.091 1.209.994Fornecedores de imobilizado, c/c 19.907 8.959Estado e outros entes públicos 48 85.730 213.853Outros credores 50 1.509.668 527.008

2.889.965 3.004.784

Acréscimos e diferimentos:Acréscimos de custos 49 633.458 797.044Proveitos diferidos 49 82.401 49.214

715.859 846.258

Total do capital próprio e passivo 50.003.527 44.273.663Montante expresso em euros

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17.2.2. Demonstração de Resultados

Nos quadros seguinte apresentam-se as demonstrações de resultados dos garantes relativamente

aos dois últimos exercícios completos.

Demonstração de Resultados: Caima – Indústria de Celulose, S.A.

2003 2004

Vendas e prestações de serviços 43.323.418 41.705.990Custos das vendas e prestações de serviços -33.355.435 -34.882.011

Resultados brutos 9.967.983 6.823.979

Outros proveitos e ganhos operacionais 1.155.326 1.324.453Custos de distribuição -3.121.479 -3.063.455Custos administrativos -4.611.756 -4.953.973Outros custos e perdas operacionais -183.728 -51.371

Resultados operacionais 3.206.346 79.633

Custo líquido do financiamento 116.418 564.873Resultados não usuais ou não frequentes 171.919 1.581.499Resultados correntes 3.494.683 2.226.005

Impostos sobre resultados correntes -911.088 -567.914Resultados correntes após impostos 2.583.595 1.658.091

Resultados extraordinários - -Imposto sobre os resultados extraordinários - -Resultados líquidos 2.583.595 1.658.091

Resultados por acção (Euros) 0,21 0,13Montante expresso em euros

Demonstração de Resultados: Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.

2003 2004

Vendas e prestações de serviços 10.358.685 8.468.354Custos das vendas e prestações de serviços -5.729.980 -4.028.797

Resultados brutos 4.628.705 4.439.557

Outros proveitos e ganhos operacionais 8.115 5.826Custos de distribuição -965.669 -772.905Custos administrativos -1.211.596 -1.276.086Outros custos e perdas operacionais -28.449 -22.275

Resultados operacionais 2.431.106 2.374.117

Custo Líquido de Financiamento - -351.036Ganhos (perdas) em outros investimentos -285 -1.334Resultados não usuais ou não frequentes 1.042.989 1.949.332

Resultados correntes 3.473.810 3.971.079

Impostos sobre resultados correntes -289.855 53.838Resultados correntes após impostos 3.183.955 4.024.917

Resultados extraordinários 29.700 -Imposto sobre os resultados extraordinários - -

Resultados líquidos 3.213.655 4.024.917

Resultados por acção (Euros) 21,42 26,83

Montante expresso em euros

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17.2.3. Notas Explicativas e políticas contabilísticas

De seguida apresentam-se os anexos às Demonstração Financeiras da Caima – Indústria de

Celulose, S.A., e a Certificação Legal de Contas relativas aos dois últimos exercícios completos:

Caima – Indústria de Celulose, S.A.

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2003

(Montantes expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caima – Indústria de Celulose, S.A. (“Empresa” ou “Caima Indústria”) foi constituída em 9

de Janeiro de 2002, através de escritura pública que deu execução ao processo de reestruturação

do Grupo Caima, objecto de aprovação pelos seus accionistas na Assembleia Geral realizada em

2 de Fevereiro de 1999 e tem a sua sede social em Constância. O processo de reestruturação

implementado compreendeu, nomeadamente, a conversão da Companhia de Celulose do Caima,

S.A. em sociedade gestora de participações sociais, alterando a sua denominação para Celulose

do Caima, S.G.P.S., S.A. (“Caima, S.G.P.S.”), e a constituição de uma nova sociedade

denominada Caima – Indústria de Celulose, S.A., para a qual foram transferidos (através de um

processo de cisão) todos os activos e passivos afectos à actividade operacional de fabrico e

comercialização de pasta de papel desenvolvida pela anterior Companhia de Celulose do Caima,

S.A..

Na sequência da operação de cisão acima referida, o património transferido para a Empresa com

o qual o capital social da mesma foi realizado (Nota 36), com efeitos a 9 de Janeiro de 2002,

ascendeu a um valor total de 25.094.591 Euros.

Adicionalmente, a Empresa é detida pela Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. (Nota 37) e a sua

actividade é influenciada e condicionada pelo seu accionista (Nota 16).

As notas que seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC)

e aquelas não incluídas neste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é

relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.

3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com

princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

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As imobilizações incorpóreas, constituídas por despesas de investigação e desenvolvimento, são

amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.

Adicionalmente, a Empresa procede à anulação destas imobilizações incorpóreas na data em

que as mesmas ficam totalmente amortizadas.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se registadas ao

custo de aquisição reavaliadas de acordo com as disposições legais (Nota 12). As imobilizações

corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição. Os

encargos com conservação e reparação, que não aumentam a vida útil ou não representam

benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos do imobilizado são registados como

custos no exercício.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as seguintes

vidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 10 - 50

Equipamento básico 7 - 14

Equipamento de transporte 3 - 10

Ferramentas e utensílios 3 - 10

Equipamento administrativo 3 - 10

Outras imobilizações corpóreas 3 - 10

c) Existências

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de

aquisição, o qual, deduzido da provisão constituída para depreciação de existências, é inferior ao

respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se

valorizados ao custo de produção o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção

incluem o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e os gastos gerais de

fabrico.

d) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis correspondem a aplicações de curto prazo sem risco, e encontram-se

registados ao custo de aquisição, o qual é inferior ao valor de mercado.

e) Subsídios

Os subsídios a fundo perdido, obtidos para financiamento de investimentos em imobilizações

corpóreas são registados, apenas quando recebidos, como proveitos diferidos e reconhecidos na

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demonstração dos resultados, proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas

subsidiadas (Notas 46, 49 e 50).

f) Pensões

A Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a

título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas

responsabilidades a Empresa tem um fundo autónomo constituído em conjunto com outra

empresa do Grupo Caima, a Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A., cujos encargos

anuais, determinados de acordo com cálculos actuariais, são registados como custos em cada

exercício, sendo registados como proveitos ou custos extraordinários do exercício, em

conformidade com a Directriz Contabilística n.º 19/97, desvios actuariais favoráveis e

desfavoráveis, respectivamente (Nota 31).

g) Provisões para riscos e encargos

A Empresa regista nesta rubrica as provisões constituídas que não se enquadram, pela sua

natureza, na provisão para cobranças duvidosas, nem para depreciação de existências, e as

provisões que se destinam a dotações para o fundo de pensões. Adicionalmente, nos exercícios

em que são decididos e elaborados planos de reestruturação com potencial impacto em

exercícios futuros são criadas provisões para outros riscos e encargos para fazer face aos

mesmos.

h) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de

exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas,

independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os

montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas

rubricas “Acréscimos e diferimentos” (Nota 50).

i) Indemnizações ao pessoal

A Empresa tem como política registar como custo extraordinário do exercício os encargos com

rescisões de contratos de trabalho acordados em cada exercício, excepto para aquelas rescisões

que se enquadram em planos de reestruturação, cujos encargos são afectos à utilização de

provisões para riscos e encargos, criadas para esse efeito.

j) Impostos diferidos

Em conformidade com a alternativa definida nas disposições transitórias da Directriz

Contabilística nº28/01, a Empresa não reconheceu nas demonstrações financeiras os activos e

passivos por impostos diferidos, relacionados com as diferenças temporárias entre o

reconhecimento das receitas e despesas para fins contabilísticos e de tributação, relativas aos

saldos dos activos e dos passivos resultantes do processo de cisão (Nota introdutória), no

exercício findo em 31 de Dezembro de 2002. Relativamente ao exercício de 2003, o Conselho

de Administração da Empresa decidiu não registar quaisquer activos ou passivos por impostos

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diferidos, dado o seu efeito não ser relevante em relação às demonstrações financeiras anexas.

Os correspondentes efeitos não registados encontram-se resumidos na Nota 6.

k) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros utilizando-se

as taxas de conversão vigentes na data do balanço publicadas pelo Banco de Portugal. As

diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de

câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à

data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do

exercício.

6. IMPOSTOS SOBRE LUCROS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção

por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança

Social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido

prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções,

reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são

alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2002 e

2003 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de

revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão

um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2003.

A Caima Indústria pertence a um grupo de empresas encabeçado pela Celulose do Caima,

S.G.P.S., S.A. (Grupo Caima) que são tributadas de acordo com o Regime Especial de

Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”), facto pelo qual a estimativa de Imposto

sobre o Rendimento se encontra registada por contrapartida da rubrica “Empresas do Grupo”

(Nota 16).

A Empresa reflectiu no exercício o benefício fiscal consagrado no Decreto-Lei n.º 23/2004, de

23 de Janeiro, resultando desse benefício uma poupança de Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Colectivas (IRC) no montante de, aproximadamente, 197.000 Euros. Aquele montante

foi registado por contrapartida de uma diminuição do saldo da rubrica “Impostos sobre o

rendimento do exercício” na demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de

Dezembro de 2003.

Visando o cumprimento do previsto no art.º 9º do supra mencionado Decreto-Lei, o Conselho

de Administração da Empresa no seu Relatório de Gestão relativo ao exercício de 2003 vai

propor aos accionistas a constituição de uma reserva especial no montante correspondente à

dedução acima mencionada. Esta reserva especial a constituir não poderá ser utilizada para

distribuição aos accionistas antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua constituição.

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Para beneficiar do regime previsto naquele diploma, sem quaisquer penalidades, deverão ser

cumpridos determinados requisitos de investimentos até ao final de 2005, os quais o Conselho

de Administração considera que serão cumpridos.

Adicionalmente, o valor aproximado dos principais activos por impostos diferidos não

registados em 31 de Dezembro de 2003 (em conformidade com as disposições transitórias da

Directriz Contabilística n.º 28/01), podem ser resumidos como se segue:

Activos por

impostos diferidosProvisões constituídas e não aceites como custos fiscais (Nota 34) 1.372.000

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante os exercícios de 2003 e 2002, o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi o

seguinte: 2003 2002

Produção 189 181Distribuição e serviços 6 5Administrativo e geral 37 41

232 227

10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício de 2003, o movimento ocorrido no valor do activo bruto das imobilizações

incorpóreas e corpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Activo bruto

Saldos em Transferências Saldos em31-12-2002 Aumentos Alienações e abates 31-12-2003

Imobilizações incorpóreas:Despesas de investigação e desenvolvimento 962.576 532.172 - 27.592 1.522.340Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 2.379.089 - -7 - 2.379.082Edifícios e outras construções 7.826.560 - -229.133 34.588 7.632.015Equipamento básico 36.818.558 210 - 807.101 37.625.869Equipamento de transporte 908.779 - -72.243 - 836.536Ferramentas e utensílios 48.818 - - - 48.818Equipamento administrativo 1.061.014 25.520 - 1.318.967 2.405.501Outras imobilizações corpóreas 854.458 2.319 - 179.956 1.036.733Imobilizações em curso 335.300 5.103.446 - -2.368.204 3.070.542

)Adiantamentos por conta de imobilizado corpóreo 90.000 860.240 - -105.240 845.000

50.322.576 5.991.735 -301.383 -132.832 55.880.096

Amortizações acumuladas

Saldos em Transferências Saldos em31-12-2002 Aumentos Alienações e abates 31-12-2003

Imobilizações incorpóreas:Despesas de investigação e desenvolvimento 962.576 186.568 - - 1.149.144Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 3.604.773 312.981 -195.348 - 3.722.406Equipamento básico 26.375.088 1.709.098 - - 28.084.186Equipamento de transporte 764.998 64.071 -54.182 - 774.887Ferramentas e utensílios 48.020 330 - - 48.350Equipamento administrativo 926.919 381.383 - - 1.308.302Outras imobilizações corpóreas 628.677 103.107 - - 731.784

32.348.475 2.570.970 -249.530 - 34.669.915

Na rubrica “Terrenos e recursos naturais” está incluído o terreno denominado por “Casal do

Bonito”, relativamente ao qual a Empresa está a levar a cabo um processo de loteamento, a que

corresponde uma área total de 20 hectares e 165 lotes. Os custos com o processo de loteamento

já incorridos até 31 de Dezembro de 2003, no montante de, aproximadamente, 2.494.000 Euros

encontram-se registados na rubrica “Imobilizações em curso”.

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12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

As imobilizações corpóreas transferidas para a Empresa no âmbito do processo de

reestruturação (Nota introdutória), foram reavaliadas em exercícios anteriores, ao abrigo da

legislação aplicável, nomeadamente:

Decreto-Lei n.º 430/78, de 27 de Dezembro

Decreto-Lei n.º 24/82, de 30 de Janeiro

Decreto-Lei n.º 219/82, de 2 de Junho

Decreto-Lei n.º 399-G/84, de 28 de Dezembro

Decreto-Lei n.º 118-B/86, de 27 de Maio

Decreto-Lei n.º 111/88, de 2 de Abril

Decreto-Lei n.º 49/91, de 25 de Janeiro

Decreto-Lei n.º 31/98, de 11 de Fevereiro

13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição das imobilizações corpóreas e correspondentes

reavaliações, líquidos das amortizações acumuladas em 31 de Dezembro de 2003, é o seguinte:

Custos Saldos

históricos Reavaliações reavaliadosTerrenos e recursos naturais 2.379.082 - 2.379.082Edifícios e outras construções 3.561.349 348.260 3.909.609Equipamento básico 9.490.011 51.672 9.541.683Equipamento de transporte 61.649 - 61.649Ferramentas e utensílios 468 - 468Equipamento administrativo 1.097.199 - 1.097.199Outras imobilizações corpóreas 304.674 275 304.949

16.894.432 400.207 17.294.639

Como resultado das reavaliações efectuadas (Nota 12), as reintegrações do exercício de 2003

foram aumentadas em, aproximadamente, 49.000 Euros. Uma parte (40%) deste montante não é

aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável do Imposto sobre o

Rendimento de Pessoas Colectivas.

14. CARACTERIZAÇÃO DAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

a) Quanto à afectação e localização:

Imobilizações afectas à actividade 16.875.207Imobilizações implantadas em propriedade alheia 419.432

17.294.639

b) Não existem custos financeiros capitalizados em imobilizações.

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16. EMPRESAS DO GRUPO

Em 31 de Dezembro de 2003, os saldos com as empresas do Grupo Caima, são como se segue:

Saldos

devedores Saldos credoresEmpresas do Fornecedores, Empresas

Grupo c/c do GrupoSilvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. 82.144 774.106 181.681Celulose do Caima, S.G.P.S, S.A. 397.570 - 2.039.088Inflora – Sociedade de Investimentos Flores tais , S.A. 72.676 - 79.808Caima Energia– Emp. de Gestão e Exploração de Energia, S.A. 2.452.371 942.360 -

3.004.761 1.716.466 2.300.577

As contas a pagar, como fornecedores, à Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. e à

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. dizem respeito à aquisição

de madeira para o fabrico de pasta de papel e à aquisição de electricidade e vapor,

respectivamente.

A conta a pagar à Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., inclui o montante de 911.088 Euros

correspondente ao efeito da tributação de acordo com o Regime Especial de Tributação dos

Grupos de Sociedades (Nota 6) relativa ao exercício de 2003, bem como o imposto a pagar

relativo ao exercício de 2002.

As principais transacções efectuadas no exercício de 2003 com as empresas do Grupo Caima

acima

referidas, podem ser resumidas como se segue:

Compras de Aquisição de Prestação de

madeira energia serviçosSilvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. 8.246.777 - -Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploraçãode Energia, S.A. - 5.125.684 1.820.272

8.246.777 5.125.684 1.820.272

Em 31 de Dezembro de 2003, os serviços prestados à Caima Energia dizem respeito a

reparações e manutenção de maquinaria. A aquisição de energia encontra-se registada na rubrica

“Fornecimentos e serviços externos”.

22. VALOR DE EXISTÊNCIAS À GUARDA DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2003, a Empresa tinha 922.699 Euros de produtos acabados à guarda de

terceiros, no estrangeiro.

23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 31 de Dezembro de 2003, o valor das dívidas de cobrança duvidosa (incluídas nas rubricas

“Clientes, c/c” e “Outros devedores”), as quais se encontram totalmente provisionadas, ascende

a 232.363 Euros (Nota 34).

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25. DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS COM O PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2003, a Empresa tinha as seguintes dívidas activas e passivas com o

pessoal:

Débitos a curto prazo 12.996

Créditos a curto prazo ( 11.180 )

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Fundo de Pensões

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987

e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se

a garantir aos trabalhadores que à data normal da reforma tenham pelo menos 10 anos de

serviço contínuo o direito a um complemento de reforma, pago mensalmente e cujo valor tem

por base a média dos vencimentos ilíquidos dos dois anos anteriores à data de reforma. Por

decisão da Administração da Caima, o Fundo de Pensões Caima e Silvicaima foi separado em

Dezembro de 1998, tendo sido obtida a prévia autorização do Instituto de Seguros de Portugal e,

de acordo com o último relatório actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor

actual das responsabilidades por serviços passados para os colaboradores no activo e para os

reformados, na parte respeitante à Caima Indústria, referentes a 31 de Dezembro de 2003 eram

como se segue:

Activos 1.071.484

Reformados 1.778.682

2.850.166

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected Unit

Credit”, tendo-se utilizado as tábuas de mortalidade TV 73/77 e de invalidez EKV-80. Para

além dos parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos como pressupostos uma

rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparada com o crescimento dos salários e de

4% face ao crescimento das pensões.

Em 31 de Dezembro de 2003, a situação patrimonial do Fundo de Pensões era como se segue:

Saldo no início do exercício 2.458.809

Contribuições do ano 298.000

Rendimento do fundo, líquido 233.685

Complementos de reforma pagos ( 167.337 )

Saldo no fim do exercício 2.823.157

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Em virtude dos desvios actuariais desfavoráveis ocorridos no exercício de 2003, a Empresa

registou um custo extraordinário no exercício, em conformidade com a Directriz Contabilística

n.º 19 (Nota 46).

Outros compromissos

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2003, os compromissos contratuais existentes para

aquisição de imobilizado são de, aproximadamente, 919.000 Euros.

32. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2003, as responsabilidades da Empresa por garantias bancárias e

seguros de caução prestados é de 2.216.623 Euros.

34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2003, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Saldos em Reduções Saldos em31-12-2002 Aumentos (Nota 46) 31-12-2003

Para cobranças duvidosas 112.363 120.000 - 232.363Para depreciação de existências 1.097.355 - - 1.097.355Para outros riscos e encargos 3.661.508 - -2.000 3.659.508

A rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” inclui as provisões constituídas para os

complementos de pensões e para outros riscos relativos à actividade da Empresa.

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2003, o capital social da Empresa, totalmente subscrito e realizado em

espécie (Nota Introdutória), está representado por 12.500.000 acções, com o valor nominal de 1

Euro cada.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

SUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2003, a Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. detém 100% do capital da

Empresa, detendo igualmente a totalidade dos direitos de voto.

40. VARIAÇÃO NAS OUTRAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Durante o exercício de 2003, ocorreram os seguintes movimentos nas outras rubricas de capital

próprio:

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Saldos em Saldos em31-12-2002 Aumentos Transferências 31-12-2003

Prémio de emissão de acções 12.594.591 - - 12.594.591Reserva legal - - 96.347 96.347Reservas livres - - 1.830.591 1.830.591Resultado líquido do exercício 1.926.938 2.583.595 -1.926.938 2.583.595

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser

destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta

reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada

para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

A demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício de

2003 foi determinada como se segue: Matérias-primas,

subsidiáriasMercadorias e de consumo Total

Existências iniciais - 4.490.608 4.490.608Compras (Nota 16) - 18.970.709 18.970.709Regularização de existências 836 -70.484 -69.648Existências finais - -4.222.321 -4.222.321

836 19.168.512 19.169.348 42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

A demonstração da variação da produção ocorrida no exercício findo em 31 de Dezembro de

2003 foi determinada como se segue: Produtos acabados Produtos e

e intermédios trabalhos em curso Total

Existências finais 3.285.633 147.571 3.433.204Regularização de existências 17.997 - 17.997Existências iniciais -2.745.939 -100.040 -2.845.979

557.691 47.531 605.222

43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

A remuneração dos membros dos Órgãos Sociais no exercício de 2003, foi como se segue:

Conselho de Administração 615.813

Conselho Fiscal 18.500

44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos durante o exercício

findo em 31 de Dezembro de 2003 foi como se segue:

Mercado externo 36.757.983

Mercado interno 6.565.435

TOTAL 43.323.418

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45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros do exercício de 2003 e do período compreendido entre 9 de Janeiro e

31 de Dezembro de 2002 têm a seguinte composição:

2003 2002

Custos e perdas:Juros suportados 361.084 442.092Diferenças de câmbio desfavoráveis 58.389 95.429Outros custos e perdas financeiros 125.177 62.739

544.650 600.260Resultados financeiros 116.418 -537.252

661.068 63.008

Proveitos e ganhos:Juros obtidos (Nota 16) 634.165 34.239Diferenças de câmbio favoráveis 26.041 28.521Outros proveitos e ganhos financeiros 862 248

661.068 63.008

A rubrica “Juros obtidos” inclui o montante de, aproximadamente, 380.000 Euros referente a

juros debitados à Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. durante o exercício de 2003 por

empréstimos de tesouraria concedidos.

46. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Os resultados extraordinários do exercício de 2003 e do período compreendido entre 9 de

Janeiro e 31 de Dezembro de 2002, têm a seguinte composição:

2003 2002

Custos e perdas:Donativos 66.050 53.205Multas e penalidades legais 100 986Outros custos e perdas extraordinários 39.218 464.143

105.368 518.334Resultados extraordinários 171.918 -157.697

277.286 360.637

Proveitos e ganhos:Ganhos em existências 13.144 17.954Ganhos em imobilizações 127.146 24.946Reduções nas amortizações e provisões (Nota 34) 2.000 178.613Outros proveitos e ganhos extraordinários 134.996 139.124

277.286 360.637

Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica “Outros custos e perdas extraordinários” inclui o

montante de 19.345 Euros referente a desvios actuariais desfavoráveis associados aos encargos

com complementos de reforma e respectivo Fundo de Pensões, de acordo com a Directriz

Contabilística n.º 19 (Nota 31). No ano de 2003, a rubrica “Outros proveitos extraordinários”

inclui, aproximadamente, 126.000 Euros referente ao reconhecimento dos proveitos respeitantes

a bens subsidiados (Notas 49 e 50).

49. SUBSÍDIO NO ÂMBITO DO PEDIP II

Em Novembro de 1998 foi celebrado com o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias

Empresas e ao Investimento) um contrato de concessão de subsídio reembolsável e de subsídio

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a fundo perdido no âmbito do PEDIP II, para fazer face ao projecto de investimento apresentado

pela actual Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. (Nota Introdutória), no montante de 26.314.652

Euros.

Do total dos subsídios atribuídos por aquela entidade, os transferidos para a Empresa no âmbito

do processo de reestruturação do Grupo Caima, foram os seguintes:

• Subsídio a fundo perdido ao investimento não directamente produtivo, sendo o limite máximo

do subsídio de 653.385 Euros;

• Subsídio a fundo perdido ao investimento respeitante à componente relativa ao ambiente

externo, sendo o limite máximo do subsídio de 163.790 Euros;

• Subsídio a fundo perdido de 242.351 Euros para as despesas com formação profissional e de

produção de material pedagógico.

50. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS (PASSIVO)

Em 31 de Dezembro de 2003, o detalhe destas rubricas do passivo era como se segue:

Acréscimos de custos:Remunerações a liquidar 795.915Despesas de venda a liquidar 404.864Fundo de Pensões (Nota 31) 222.062Custos com electricidade a liquidar 183.236Juros a liquidar 59.943Seguros a liquidar 75.584Outros 362.374

2.103.978Proveitos diferidos:Subsídios para investimento (Nota 49) 490.108Outros 1.893

492.001

51. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe das rubricas “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2003, é como se

segue:

Activo Passivo

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas:Retenção na fonte 36.949 -Imposto sobre o Valor Acrescentado 852.962 -Retenção de Imp. sobre o Rend.das Pessoas Singulares - 233.993Contribuições para a Segurança Social - 99.382

889.911 333.375

52. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2003, o detalhe das dívidas a instituições de crédito é como se segue:

Médio e

Curto prazo longo prazo TotalDescobertos bancários 1.454.766 - 1.454.766Empréstimos bancários 714.285 1.071.429 1.785.714Empréstimo garantido pelo Fundo EFTA 1.246.994 2.493.990 3.740.984

3.416.045 3.565.419 6.981.464

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Os empréstimos acima referidos vencem juros a taxas de mercado, tendo a parcela referente a

médio e longo prazo o seguinte calendário de reembolso:

Ano

2005 1.961.280

2006 1.604.139

TOTAL 3.565.419

53. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS E OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

Para cobertura do risco de variação do preço da pasta de papel a Empresa, entre Outubro de

2002 e Março de 2003 celebrou contratos financeiros de futuros, com uma entidade bancária

externa, com efeito a partir de Janeiro de 2003. Esses contratos cobrem 25%, 15% e 12% da

produção de pasta nos anos de 2003, 2004 e 2005 respectivamente.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2003 a Empresa registou relativamente a esses

contratos, proveitos e custos nos montantes de, aproximadamente, 1.110.948 Euros e 11.720

Euros, respectivamente.

Caima – Indústria de Celulose, S.A.

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro De 2004

(Montantes Expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caima – Indústria de Celulose, S.A. (“Empresa” ou “Caima Indústria”) foi constituída em 9

de Janeiro de 2002, através de escritura pública que deu execução ao processo de reestruturação

do Grupo Caima, objecto de aprovação pelos seus accionistas na Assembleia Geral realizada em

2 de Fevereiro de 1999 e tem a sua sede social em Constância. O processo de reestruturação

implementado compreendeu, nomeadamente, a conversão da Companhia de Celulose do Caima,

S.A. em sociedade gestora de participações sociais, alterando a sua denominação para Celulose

do Caima, S.G.P.S., S.A. (“Caima, S.G.P.S.”), e a constituição de uma nova sociedade

denominada Caima – Indústria de Celulose, S.A., para a qual foram transferidos (através de um

processo de cisão) todos os activos e passivos afectos à actividade operacional de fabrico e

comercialização de pasta de papel desenvolvida pela anterior Companhia de Celulose do Caima,

S.A. Na sequência da operação de cisão acima referida, o património transferido para a Empresa

com o qual o capital social da mesma foi realizado (Nota 36), com efeitos a 9 de Janeiro de

2002, ascendeu a um valor total de 25.094.591 Euros.

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Adicionalmente, a Empresa é integralmente detida pela Invescaima – Investimentos e

Participações, S.G.P.S., S.A. (Nota 37) e esta pela Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. e a sua

actividade é influenciada e condicionada pelo seu accionista (Nota 16).

As notas que seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC)

e aquelas não incluídas neste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é

relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.

3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com

princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas, constituídas por despesas de investigação e desenvolvimento, são

amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.

Adicionalmente, a Empresa procede à anulação destas imobilizações incorpóreas na data em

que as mesmas ficam totalmente amortizadas.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se registadas ao

custo de aquisição reavaliadas de acordo com as disposições legais (Nota 12). As imobilizações

corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição.

Os encargos com conservação e reparação, que não aumentam a vida útil ou não representam

benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos do imobilizado são registados como

custos no exercício.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as seguintes

vidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 10 - 50

Equipamento básico 7 - 14

Equipamento de transporte 3 - 10

Ferramentas e utensílios 3 - 10

Equipamento administrativo 3 - 10

Outras imobilizações corpóreas 3 – 10

c) Existências

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As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de

aquisição, o qual, deduzido da provisão constituída para depreciação de existências, é inferior ao

respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se

valorizados ao custo de produção o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção

incluem o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e os gastos gerais de

fabrico.

d) Títulos negociáveis

Em 31 de Dezembro de 2004, os títulos negociáveis correspondem a acções cotadas em bolsa de

valores de Lisboa (“Euronext Lisboa”) os prazos são registados ao mais baixo do custo de

aquisição ao valor de mercado.

e) Subsídios

Os subsídios a fundo perdido, obtidos para financiamento de investimentos em imobilizações

corpóreas são registados, apenas quando recebidos, como proveitos diferidos e reconhecidos na

demonstração dos resultados, proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas

subsidiadas (Notas 46, 49 e 50).

f) Pensões

A Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a

título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas

responsabilidades a Empresa tem um fundo autónomo constituído em conjunto com outra

empresa do Grupo Caima, a Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A., cujos encargos

anuais, determinados de acordo com cálculos actuariais, são registados como custos em cada

exercício, sendo registados como proveitos ou custos extraordinários do exercício, em

conformidade com a Directriz Contabilística n.º 19/97, desvios actuariais favoráveis e

desfavoráveis, respectivamente (Nota 31).

g) Provisões para riscos e encargos

A Empresa regista nesta rubrica as provisões constituídas que não se enquadram, pela sua

natureza, na provisão para cobranças duvidosas, nem para depreciação de existências, e as

provisões que se destinam a dotações para o fundo de pensões. Adicionalmente, nos exercícios

em que são decididos e elaborados planos de reestruturação com potencial impacto em

exercícios futuros são criadas provisões para outros riscos e encargos para fazer face aos

mesmos.

h) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de

exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas,

independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os

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montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas

rubricas “Acréscimos e diferimentos” (Nota 50).

i) Indemnizações ao pessoal

A Empresa tem como política registar como custo extraordinário do exercício os encargos com

rescisões de contratos de trabalho acordados em cada exercício, excepto para aquelas rescisões

que se enquadram em planos de reestruturação, cujos encargos são afectos à utilização de

provisões para riscos e encargos, criadas para esse efeito.

j) Impostos diferidos

Em conformidade com a alternativa definida nas disposições transitórias da Directriz

Contabilística nº28/01, a Empresa não reconheceu nas demonstrações financeiras os activos e

passivos por impostos diferidos, relacionados com as diferenças temporárias entre o

reconhecimento das receitas e despesas para fins contabilísticos e de tributação, relativas aos

saldos dos activos e dos passivos resultantes do processo de cisão (Nota introdutória), no

exercício findo em 31 de Dezembro de 2002. Relativamente ao exercício de 2004, o Conselho

de Administração da Empresa decidiu não registar quaisquer activos ou passivos por impostos

diferidos, dado o seu efeito não ser relevante em relação às demonstrações financeiras anexas.

Os correspondentes efeitos não registados encontram-se resumidos na Nota 6.

k) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros utilizando-se

as taxas de conversão vigentes na data do balanço publicadas pelo Banco de Portugal. As

diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de

câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à

data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do

exercício.

6. IMPOSTOS SOBRE LUCROS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção

por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança

Social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido

prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções,

reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são

alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde o ano de 2002

poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de

revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão

um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

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A Caima Indústria pertence a um grupo de empresas encabeçado pela Celulose do Caima,

S.G.P.S., S.A. (Grupo Caima) que são tributadas de acordo com o Regime Especial de

Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”), facto pelo qual a estimativa de Imposto

sobre o Rendimento se encontra registada por contrapartida da rubrica “Empresas do Grupo”

(Nota 16).

A Empresa reflectiu no exercício de 2003 o benefício fiscal consagrado no Decreto-Lei n.º

23/2004, de 23 de Janeiro, resultando desse benefício uma poupança de Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) no montante de, aproximadamente, 197.000 Euros.

Aquele montante foi registado por contrapartida de uma diminuição do saldo da rubrica

“Impostos sobre o rendimento do exercício” na demonstração dos resultados do exercício findo

em 31 de Dezembro de 2003.

Visando o cumprimento de previstos no art. 9º do supra mencionado Decreto-Lei, a Empresa

constituiu uma reserva especial no montante correspondente à dedução acima mencionada (Nota

40). Esta reserva especial não poderá ser utilizada para distribuição aos accionistas antes do fim

do quinto exercício posterior ao da sua constituição.

Para beneficiar do regime previsto naquele diploma, sem quaisquer penalidades, deverão ser

cumpridos determinados requisitos de investimentos até ao final de 2005, os quais o Conselho

de Administração considera que serão cumpridos.

Adicionalmente, o valor aproximado dos principais activos por impostos diferidos não

registados em 31 de Dezembro de 2004 (em conformidade com as disposições transitórias da

Directriz Contabilística n.º 28/01), podem ser resumidos como se segue:

Activos por

impostos

diferidos

Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais (Nota 34) 1.271.000

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante os exercícios de 2004 e 2003, o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi o

seguinte:

2004 2003

Produção 183 189

Distribuição e serviços 6 6

Administrativo e geral 38 37

227 232

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10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício de 2004, o movimento ocorrido no valor do activo bruto das imobilizações

incorpóreas e corpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Imobilizações incorpóreas:Despesas de investigação e desenvolvim ento 1.522.340 381.210 - - 1.903.550Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 2.379.082 - -5.395.192 3.608.405 592.295Edifícios e outras construções 7.632.015 136.850 -108.933 225.448 7.885.380Equipamento básico 37.625.869 - -104.523 2.725.593 40.246.939Equipamento de transporte 836.536 50.911 -492.061 - 395.386Ferramentas e utensílios 48.818 - - - 48.818Equipamento adm inistrativo 2.405.501 181.393 -73.074 153.192 2.667.012Outras imobilizações corpóreas 1.036.733 58.267 - 37.192 1.132.192Imobilizações em curso 3.070.542 6.651.178 - -6.819.908 2.901.812

Adiantamentos por conta de imobilizado corpóreo 845.000 10.000 - -855.000 -55.880.096 7.088.538 -6.173.783 -925.078 55.869.834

Imobilizações incorpóreas:Despesas de investigação e desenvolvim ento 1.149.144 312.370 - - 1.461.514Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 3.722.406 325.311 -57.488 -28.769 3.961.460Equipamento básico 28.084.186 1.977.543 -22.221 -82.301 29.957.207Equipamento de transporte 774.887 - -39.324 -340.177 395.386Ferramentas e utensílios 48.350 330 - - 48.680Equipamento adm inistrativo 1.308.302 446.798 - -71.328 1.683.772Outras imobilizações corpóreas 731.784 124.719 - - 856.503

34.669.915 2.874.701 -119.033 -522.575 36.903.008

Activo bruto

Saldos em 31/12/2003

Aumentos AlienaçõesTransferências

e abatesSaldos em 31/12/2004

Amortizações Acumuladas

Saldos em 31/12/2003

Aumentos AlienaçõesTransferências

e abatesSaldos em 31/12/2004

Na rubrica “Terrenos e recursos naturais” em 2003 está incluído o terreno denominado por

“Casal do Bonito”, que foi sujeito a um processo de loteamento, e que corresponde uma área

total de 20 hectares e 165 lotes. Grande parte desse lotes foram comercializados durante o ano

de 2004 (Nota 46).

A maior parte do valor registado na rubrica “Imobilizações em curso” diz respeito a montantes

dispendidos com o processo de aumento da capacidade da caldeira de recuperação, processo que

se espera concluir durante o exercício de 2005.

12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

As imobilizações corpóreas transferidas para a Empresa no âmbito do processo de

reestruturação (Nota introdutória), foram reavaliadas em exercícios anteriores, ao abrigo da

legislação aplicável, nomeadamente:

Decreto-Lei n.º 430/78, de 27 de Dezembro

Decreto-Lei n.º 24/82, de 30 de Janeiro

Decreto-Lei n.º 219/82, de 2 de Junho

Decreto-Lei n.º 399-G/84, de 28 de Dezembro

Decreto-Lei n.º 118-B/86, de 27 de Maio

Decreto-Lei n.º 111/88, de 2 de Abril

Decreto-Lei n.º 49/91, de 25 de Janeiro

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Decreto-Lei n.º 31/98, de 11 de Fevereiro

13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição das imobilizações corpóreas e correspondentes

reavaliações, líquidos das amortizações acumuladas em 31 de Dezembro de 2004, é o seguinte:

Terrenos e recursos naturais 592.295 - 592.295

Edifícios e outras construções 3.620.246 303.673 3.923.919

Equipamento básico 10.248.303 41.429 10.289.732

Ferramentas e utensílios 138 - 138

Equipamento administrativo 983.240 - 983.240

Outras imobilizações corpóreas 275.505 184 275.689

15.719.727 345.286 16.065.013

Custos Históricos

Saldos Reavaliados

Reavaliações

Como resultado das reavaliações efectuadas (Nota 12), as reintegrações do exercício de 2004

foram aumentadas em, aproximadamente, 45.000 Euros. Uma parte (40%) deste montante não é

aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável do Imposto sobre o

Rendimento de Pessoas Colectivas.

14. CARACTERIZAÇÃO DAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

a) Quanto à afectação e localização:

Imobilizações afectas à actividade 15.658.398

Imobilizações implantadas em propriedade alheia 406.616

TOTAL 16.065.014

b) Não existem custos financeiros capitalizados em imobilizações.

16. EMPRESAS DO GRUPO

Em 31 de Dezembro de 2004, os saldos com as empresas do Grupo Caima, são como se segue:

Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. 1.521 636.448 17.857Celulose do Caima, S.G.P.S, S.A. 105 - 838.687Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.1.994.770 - -Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. 81.008 -

2.077.404 636.448 856.544

Saldos CredoresSaldos

DevedoresEmpresas do

GrupoFornecedores,

c/cEmpresas do

Grupo

As contas a pagar, como fornecedores, à Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. e à

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. dizem respeito à aquisição

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de madeira para o fabrico de pasta de papel e à aquisição de electricidade e vapor,

respectivamente.

A conta a pagar à Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., inclui o montante de 567.914 Euros

correspondente ao efeito da tributação de acordo com o Regime Especial de Tributação dos

Grupos de Sociedades (Nota 6) relativa ao exercício de 2004.

As principais transacções efectuadas no exercício de 2004 com as empresas do Grupo Caima

acima referidas, podem ser resumidas como se segue:

Compras de Aquisição de Pres tação demadeira energia serviços(Nota 41)

Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. 7.269.906 - -Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploraçãode Energia, S.A. - 3.414.944 2.062.062

7.269.906 3.414.944 2.062.062

Em 31 de Dezembro de 2004, os serviços prestados à Caima Energia dizem respeito a

reparações e manutenção de maquinaria. A aquisição de energia encontra-se registada na rubrica

“Fornecimentos e serviços externos”.

22. VALOR DE EXISTÊNCIAS À GUARDA DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa tinha 836.788 Euros de produtos acabados à guarda de

terceiros, no estrangeiro.

23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 31 de Dezembro de 2004, o valor das dívidas de cobrança duvidosa (incluídas nas rubricas

“Clientes, c/c” e “Outros devedores”), as quais se encontram totalmente provisionadas, ascende

a 222.500 Euros (Nota 34).

25. DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS COM O PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa tinha as seguintes dívidas activas com o pessoal:

Débitos a curto prazo 6.462

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Fundo de Pensões

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987

e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se

a garantir aos trabalhadores que à data normal da reforma tenham pelo menos 10 anos de

serviço contínuo o direito a um complemento de reforma, pago mensalmente e cujo valor tem

por base a média dos vencimentos ilíquidos dos dois anos anteriores à data de reforma. Por

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decisão da Administração da Caima, o Fundo de Pensões Caima e Silvicaima foi separado em

Dezembro de 1998, tendo sido obtida a prévia autorização do Instituto de Seguros de Portugal e,

de acordo com o último relatório actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor

actual das responsabilidades por serviços passados para os colaboradores no activo e para os

reformados, na parte respeitante à Caima Indústria, referentes a 31 de Dezembro de 2004 eram

como se segue:

Activos 1.078.278

Reformados 1.815.749

TOTAL 2.894.027

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected Unit

Credit”, tendo-se utilizado as tábuas de mortalidade TV 73/77 e de invalidez EKV-80.

Para além dos parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos como pressupostos uma

rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparada com o crescimento dos salários e de

4% face ao crescimento das pensões.

Em 31 de Dezembro de 2004, a situação patrimonial do Fundo de Pensões era como se segue:

Saldo no início do exercício 2.823.157

Contribuições do ano 27.609

Rendimento do fundo, líquido 185.105

Complementos de reforma pagos ( 173.048 )

Saldo no fim do exercício 2.862.823

Em virtude dos desvios actuariais desfavoráveis ocorridos no exercício de 2004, a Empresa

registou um custo extraordinário no exercício, em conformidade com a Directriz Contabilística

n.º 19 (Nota 46).

Outros compromissos

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2004, os compromissos contratuais existentes para

aquisição de imobilizado são de, aproximadamente, 1.835.000 Euros.

32. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2004, as responsabilidades da Empresa por garantias bancárias e

seguros de

caução prestados é de 1.674.637 Euros.

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34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2004, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Saldos em Reduções Saldos em31-12-2003 Aumentos (Nota 46) 31-12-2004

Para cobranças duvidosas 232.363 22.500 -32.363 222.500Para depreciação de existências 1.097.355 - - 1.097.355Para títulos negociáveis (Nota 45) - 413.433 - 413.433Para outros riscos e encargos 3.659.508 - -356.347 3.303.161

A rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” inclui as provisões constituídas para os

complementos de pensões e para outros riscos relativos à actividade da Empresa.

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2004, o capital social da Empresa, totalmente subscrito e realizado em

espécie (Nota Introdutória), está representado por 12.500.000 acções, com o valor nominal de 1

Euro cada.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

SUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2004, a Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

detém 100% do capital da Empresa, detendo igualmente a totalidade dos direitos de voto.

40. VARIAÇÃO NAS OUTRAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Durante o exercício de 2004, ocorreram os seguintes movimentos nas outras rubricas de capital

próprio:

Saldos em Saldos em

31-12-2003 Aumentos Transferências Diminuições 31-12-2004Prémio de emissão de acções 12.594.591 - - - 12.594.591Reserva legal 96.347 - 129.180 - 225.527Reservas livres 1.830.591 - 2.257.503 -3.700.000 388.094Outras reservas (Nota 6) - - 196.912 - 196.912Resultado líquido do exercício 2.583.595 1.658.091 -2.583.595 - 1.658.091

De acordo com a deliberação da reunião da Assembleia Geral de 30 de Junho de 2004, a

Empresa distribuiu 3.700.000 Euros relativos a reservas livres, tendo para o efeito preparado

demonstrações financeiras intercalares, com referência a 31 de Maio de 2004.

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser

destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta

reserva não é distribuísse a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada

para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

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41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

A demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício de

2004 foi determinada como se segue:

Matérias-primas,

subsidiárias

e de consumo

Existências iniciais 4.222.621

Compras (Nota 16) 19.194.410

Regularização de existências ( 3.734 )

Existências finais ( 3.788.190 )

19.625.107

42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

A demonstração da variação da produção ocorrida no exercício findo em 31 de Dezembro de

2004 foi determinada como se segue:

Total

Existências finais 3.796.556 177.638 3.974.194Regularização de existências 27.654 - 27.654Existências iniciais -3.285.633 -147.571 -3.433.204

538.577 30.067 568.644

Produtos acabados e

Produtos e trabalhos em

43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

A remuneração dos membros dos Órgãos Sociais no exercício de 2004, foi como se segue:

Conselho de Administração 632.130

Fiscal Único 18.350

44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos durante o exercício

findo em 31 de Dezembro de 2004 foi como se segue:

Mercado externo 33.994.010

Mercado interno 7.711.980

41.705.990

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45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos exercícios de 2004 e 2003 têm a seguinte composição:

2004 2003

Custos e perdas:Juros suportados 155.636 361.084Diferenças de câmbio desfavoráveis 17.289 58.389Provisões para inves timentos financeiros (Nota 34) 413.433 -Outros custos e perdas financeiros 225.175 125.177

811.533 544.650Resultados financeiros 564.873 116.418

1.376.406 661.068

Proveitos e ganhos:Juros obtidos (Nota 16) 354.398 634.165Diferenças de câmbio favoráveis 11.624 26.041Outros proveitos e ganhos financeiros 1.010.384 862

1.376.406 661.068

A rubrica “Juros obtidos” inclui o montante de, aproximadamente, 160.000 Euros referente a

juros debitados a empresas do Grupo durante o exercício de 2004 por empréstimos de tesouraria

concedidos. A rubrica “Outros proveitos e ganhos financeiros” corresponde, principalmente, a

valores relativos a contratos de cobertura do risco da variação cambial.

46. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Os resultados extraordinários dos exercícios de 2004 e 2003, têm a seguinte composição: 2004 2003

Custos e perdas:Donativos 60.570 66.050Multas e penalidades legais 767 100Outros custos e perdas extraordinários 186.144 39.218

247.481 105.368Resultados extraordinários 1.581.499 171.918

1.828.980 277.286

Proveitos e ganhos:Ganhos em exis tências - 13.144Ganhos em imobilizações (Nota 10) 1.166.004 127.146Reduções nas amortizações e provisões (Nota 34) 388.710 2.000Outros proveitos e ganhos extraordinários 274.266 134.996

1.828.980 277.286

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Outros custos e perdas extraordinários” inclui o

montante de 31.804 Euros referente a desvios actuariais desfavoráveis associados aos encargos

com complementos de reforma e respectivo Fundo de Pensões, de acordo com a Directriz

Contabilística n.º 19 (Nota 31). No ano de 2004, a rubrica “Outros proveitos extraordinários”

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inclui, aproximadamente, 27.300 Euros referente ao reconhecimento dos proveitos respeitantes

a bens subsidiados (Notas 49 e 50).

49. SUBSÍDIO NO ÂMBITO DO PEDIP. II Em Novembro de 1998 foi celebrado com o

IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento) um contrato de

concessão de subsídio reembolsável e de subsídio a fundo perdido no âmbito do PEDIP II, para

fazer face ao projecto de investimento apresentado pela actual Celulose do Caima, S.G.P.S.,

S.A. (Nota Introdutória), no montante de 26.314.652 Euros.

Do total dos subsídios atribuídos por aquela entidade, os transferidos para a Empresa no âmbito

do processo de reestruturação do Grupo Caima, foram os seguintes:

• Subsídio a fundo perdido ao investimento não directamente produtivo, sendo o limite máximo

do subsídio de 653.385 Euros;

• Subsídio a fundo perdido ao investimento respeitante à componente relativa ao ambiente

externo, sendo o limite máximo do subsídio de 163.790 Euros;

• Subsídio a fundo perdido de 242.351 Euros para as despesas com formação profissional e de

produção de material pedagógico.

50. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe destas rubricas era como se segue: Acréscimos de proveitos :Serviços não facturados 286.235Outros acréscimos de proveitos 25.291

311.526

Custos diferidos :Custos suportados com vendas a realizar 160.479Outros custos diferidos 28.341

188.820

Acréscimos de custos :Remunerações a liquidar 745.360Despesas de venda a liquidar 356.067Fundo de Pensões (Nota 31) 226.257Custos com electricidade a liquidar 233.964Juros a liquidar 33.917Seguros a liquidar 44.405Outros 85.120

1.725.090

Proveitos diferidos:Subsídios para inves timento (Nota 49) 462.879Outros 1.964

464.843

51. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe das rubricas “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2004, é como se

segue:

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Activo PassivoImposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas:Retenção na fonte 33.420 -Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.090.864 -Retenção de Imp. sobre o Rend. das Pessoas Sing. - 259.101Contribuições para a Segurança Social - 106.954

1.124.284 366.055

52. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe das dívidas a instituições de crédito é como se segue:

Médio e

Curto prazo longo prazo Total

Empréstimos bancários 3.728.651 357.141 4.085.792Empréstimo garantido pelo Fundo EFTA 1.246.995 1.246.995 2.493.990

4.975.646 1.604.136 6.579.782

Os empréstimos acima referidos vencem juros a taxas de mercado, tendo a parcela referente a

médio e longo prazo o seguinte calendário de reembolso:

Ano

2006 1.604.136

1.604.136

53. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS E OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

Para cobertura do risco de variação do preço da pasta de papel a Empresa, entre Outubro de

2002 e Março de 2003 celebrou contratos financeiros de futuros, com uma entidade bancária

externa, com efeito a partir de Janeiro de 2003. Esses contratos cobrem 25%, 15% e 12% da

produção de pasta nos anos de 2003, 2004 e 2005 respectivamente.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 a Empresa registou relativamente a esses

contratos, proveitos no montante de 1.252.510 Euros.

54. OUTROS DEVEDORES E CREDORES

Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Outros devedores” inclui o montante de,

aproximadamente, 3.100.000 Euros relativo à alienação de parte dos lotes do terreno “Casal do

Bonito” (Nota 10). Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Outros credores” inclui o montante

de, aproximadamente, 1.553.000 Euros correspondente ao valor recebido da entidade Merrill

Lynch Credit Products, LLC.

relativamente à venda de créditos reclamados judicialmente pela Caima junto da Enron Capital

& Trade Resources Internacional Corporation. Dado que existem ainda algumas condicionantes

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relacionadas com o desfecho deste processo, o Conselho de Administração decidiu não

reconhecer qualquer proveito associado ao valor recebido.

Seguidamente apresentam-se os anexos às Demonstrações Financeiras da Silvicaima –

Sociedade Silvícola Caima, S.A., e a Certificação Legal de Contas relativas aos dois últimos

exercícios completos:

SILVICAIMA – SOCIEDADE SILVÍCOLA CAIMA, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

(Montantes expressos em Euros)

1. INTRODUÇÃO

A Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. (“Empresa” ou “Silvicaima”), com sede em

Constância, foi constituída em 26 de Maio de 1966, com capital inicialmente representado por

quotas e tem como actividade principal a exploração silvícola.

Conforme deliberação da Assembleia Geral de Sócios realizada em 3 de Dezembro de 2001 a

Empresa foi transformada em sociedade anónima por escritura pública realizada em 28 de

Dezembro de 2001. A Empresa vende a quase totalidade da sua produção (rolaria de madeira) à

Caima – Indústria de Celulose, S.A. (Empresa pertencente ao grupo Caima) (Nota 16), a qual

utiliza essa madeira para a produção de pasta de papel. As transacções da Empresa e a sua

actividade estão dependentes e são influenciadas pelas decisões do seu accionista, a Invescaima

– Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. (Sociedade pertencente ao Grupo Caima

detentora da totalidade do seu capital - Nota 37). As notas que seguem respeitam a numeração

definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC) e aquelas não incluídas neste anexo não são

aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras

anexas.

3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com

princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Os principais critérios

valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Imobilizações corpóreas

Os terrenos e recursos naturais afectos à exploração florestal, encontram-se registados ao custo

de aquisição, dos quais, os terrenos adquiridos até 31 de Dezembro de 1988, foram objecto de

reavaliação naquela data com base numa avaliação técnica efectuada por avaliadores

independentes (Nota 12). Os terrenos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao

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custo de aquisição. As restantes imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de

1997 encontram-se registadas ao custo de aquisição, reavaliadas de acordo com as disposições

legais (Nota 12). As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se

registadas ao custo de aquisição. Os encargos com conservação e reparação, que não aumentam

a vida útil ou não representam benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos do

imobilizado são registados como custos do exercício. As amortizações são calculadas pelo

método das quotas constantes, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 10 - 50

Equipamento básico 4 - 14

Equipamento de transporte 3 - 10

Ferramentas e utensílios 3 - 10

Equipamento administrativo 3 - 10

Outras imobilizações corpóreas 3 - 10

Como resultado das reavaliações legais efectuadas, as reintegrações do exercício findo em 31 de

Dezembro de 2003 foram aumentadas em 13.415 Euros. Uma parte (40%) deste montante não é

aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável do Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Colectivas.

b) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros encontram-se registados ao custo de aquisição, sendo constituída

uma provisão para reduzir os mesmos ao valor estimado líquido de realização.

c) Florestas

As florestas encontram-se classificadas na rubrica de produtos e trabalhos em curso,

essencialmente a longo prazo. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações efectuadas

e os custos incorridos com o seu desenvolvimento, conservação e manutenção são incluídos no

valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de produção quando a madeira é

cortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído

a cada corte. A Empresa reconhece como custo do exercício os custos acumulados de plantação,

manutenção e gastos administrativos proporcionais à área cortada no mesmo exercício.

d) Existências

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de

aquisição o qual, líquido da provisão existente, é inferior ao respectivo valor de mercado. Os

produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual inclui

custos incorridos com o “corte” e “rechega” da madeira, e ainda a parte proporcional à área

cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos. Os

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produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados a custo de produção (inclui custos

acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos) corrigido pela parte respeitante

à madeira já cortada e vendida, a qual é reconhecida como custo do exercício na rubrica

“Variação de produção” (Nota 42).

e) Provisões para riscos e encargos

A Empresa regista nesta rubrica as provisões que se destinam para pensões, para desvalorização

de terrenos (diferença entre o valor de aquisição dos terrenos e o seu actual valor de mercado) e

outros riscos associados com processos judiciais. Adicionalmente, esta rubrica inclui ainda uma

provisão para fazer face a riscos gerais de negócio, nomeadamente os associados a rescisões de

contratos de trabalho.

f) Indemnizações ao pessoal

A Empresa utiliza a provisão constituída para riscos e encargos para fazer face aos encargos

com rescisões de contratos de trabalho acordadas em cada exercício.

g) Subsídios

Os subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações corpóreas são

registados, apenas quando recebidos, como proveitos diferidos e reconhecidos na demonstração

dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas (Notas 46 e

49).

h) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de

exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas,

independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os

montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas

rubricas “Acréscimos e diferimentos” (Nota 49).

i) Pensões

A Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a

título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas

responsabilidades a Empresa constituiu um fundo autónomo em conjunto com outra empresa do

Grupo, cujas contribuições, efectuadas de acordo com cálculos actuariais, quando necessárias,

são registadas na demonstração dos resultados do exercício (Nota 31).

j) Impostos diferidos

Em conformidade com a alternativa definida nas disposições transitórias da Directriz

Contabilística n.º 28/01, a Empresa não reconheceu nas demonstrações financeiras os activos e

passivos por impostos diferidos, relacionados com as diferenças temporárias entre o

reconhecimento de receitas e despesas para fins contabilísticos e de tributação relativas a

situações geradas em data anterior a 1 de Janeiro de 2002. Relativamente ao exercício findo em

31 de Dezembro de 2003, o Conselho de Administração decidiu não registar quaisquer activos

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ou passivos por impostos diferidos dado o seu efeito não ser relevante em relação às

demonstrações financeiras anexas. Os correspondentes efeitos não registados encontram-se

resumidos na Nota 6.

6. IMPOSTOS SOBRE LUCROS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção

por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança

Social até 2000 inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido

prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções,

reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são

alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2000 a

2003 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de

revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão

um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2003.

A Empresa integra o grupo de empresas dominado pela Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. que

são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (Nota

16).

Os valores aproximados dos activos e passivos por impostos diferidos não registados em de 31

de Dezembro de 2003 (em conformidade com as disposições transitórias da Directriz

Contabilística n.º28/01), podem ser resumidos como se segue (débitos/(créditos)):

Activos por Passivos porimpostos impostosdiferidos diferidos

Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais 409.000 -Efeito do reinvestimento de mais valias geradascom alienações de imobilizações - 33.000

409.000 33.000

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL AO SERVIÇO DA EMPRESA

Durante os exercícios de 2003 e 2002, o número médio de pessoal ascendeu a 30 e 32.

10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício de 2003, o movimento ocorrido no valor bruto das imobilizações corpóreas,

bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Activo bruto

Saldo Alienações Transfe- Saldoinicial Aumentos e abates Rências final

Imobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturais 27.228.220 353.704 -3.005.855 - 24.576.069Edifícios e outras construções 1.208.712 45.803 -3.423 53.566 1.304.658Equipamento básico 764.751 275 -1.101 - 763.925Equipamento de transporte 542.690 - -29.887 - 512.803Ferramentas e utensílios 167.972 4.074 -19.149 - 152.897Equipamento administrativo 297.732 1.390 -20 - 299.102Outras imobilizações corpóreas 191.719 2.564 - - 194.283Imobilizações em curso 178.274 41.562 -141.376 -53.566 24.894Adiantamentos por conta de imobilizações 400.589 1.692 - - 402.281

30.980.659 451.064 -3.200.811 - 28.230.912

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- 171 -

Saldo Alienações Saldoinicial Aumentos E abates final

Imobilizações corpóreasEdifícios e outras construções 707.644 53.508 -3.424 757.728Equipamento básico 690.654 39.907 -1.101 729.460Equipamento de transporte 443.774 53.564 -29.887 467.451Ferramentas e utensílios 166.989 669 -19.149 148.509Equipamento administrativo 280.356 6.990 -20 287.326Outras imobilizações corpóreas 175.001 7.569 - 182.570

2.464.418 162.207 -53.581 2.573.044

Amortizações acumuladas

As aquisições e alienações efectuadas no exercício de 2003 de “Terrenos e recursos naturais”

foram, essencialmente efectuadas com a empresa do Grupo Inflora – Sociedade de

Investimentos Florestais, S.A. (Nota 16).

12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Em 1988 a Empresa efectuou, com base em relatórios de avaliadores independentes, uma

reavaliação técnica de terrenos, no montante de 18.857.997 Euros. Em 31 de Dezembro de

2003, o efeito dessa reavaliação extraordinária é inferior ao que resultaria da aplicação dos

coeficientes de desvalorização monetária previstos na legislação abaixo indicada.

Adicionalmente, no exercício de 1988 e subsequentes, a Silvicaima reavaliou as restantes

imobilizações corpóreas ao abrigo da seguinte legislação:

- Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril;

- Decreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro;

- Decreto-Lei 31/98, de 11 de Fevereiro.

13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e correspondente

reavaliação, líquidos das amortizações acumuladas em 31 de Dezembro de 2003, é como se

segue:

Custos Saldos

históricos Reavaliações reavaliadosTerrenos e recursos naturais 9.755.727 14.820.342 24.576.069Edifícios e outras construções 320.534 226.396 546.930Equipamento básico 34.461 4 34.465Equipamento de transporte 45.352 - 45.352Ferramentas e utensílios 4.386 2 4.388Equipamento administrativo 11.679 97 11.776Outras imobilizações corpóreas 11.698 15 11.713

10.183.837 15.046.856 25.230.693

16. EMPRESAS DO GRUPO

Os saldos com empresas do Grupo em 31 de Dezembro de 2003, são como se segue:

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Saldos credoresEmpresas Empresas

Clientes, c/c do Grupo do GrupoCaima – Indústria de Celulose, S.A. 774.106 181.681 82.144Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - - 291.947Inflora – Sociedade de InvestimentosFlorestais, S.A. - 168.317 -

774.106 349.998 374.091

Saldos devedores

A conta a pagar à Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. inclui o montante de 289.855 Euros

correspondente ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas do exercício de 2003 o

qual, em conformidade com o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, será

liquidado pela empresa-mãe (Nota 6).

As principais transacções efectuadas no exercício de 2003 com as empresas do Grupo Caima

acima

referidas, podem ser resumidas como se segue:

Vendas de Vendas de Compras Compras de

madeira terrenos de terrenos madeiraCaima – Indústria de Celulose, S.A. 8.246.777 - - -Inflora – Sociedade de InvestimentosFlorestais, S.A. - 1.688.102 341.713 451.466

8.246.777 1.688.102 341.713 451.466

19. VALORES DE MERCADO DE ACTIVO CIRCULANTE

Em 31 de Dezembro de 2003, as diferenças entre os saldos contabilísticos e os valores de

mercado foram registadas como provisões para clientes de cobrança duvidosa e provisões para

depreciação de existências (Nota 34).

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Fundo de Pensões

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987

e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se

a garantir aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do

contrato de trabalho com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço

contínuo, o direito a um complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo

valor tem por base a média dos vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da

Empresa. Por decisão da Administração da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., o Fundo de

Pensões foi separado em Dezembro de 1998, tendo sido obtida a prévia autorização do Instituto

de Seguros de Portugal.

Em 31 de Dezembro de 2003, e de acordo com o relatório actuarial realizado pela sociedade

gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os

colaboradores no activo e para os reformados relativos à Empresa, eram como se segue:

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Activos 223.099

Reformados 160.726

TOTAL 383.825

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected Unit

Credit”, tendo-se utilizado as tábuas de mortalidade TV 73/77 e de invalidez EKV-80, bem

como uma rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparado com o crescimento dos

salários e de 5% face ao crescimento das pensões.

Em 31 de Dezembro de 2003 a situação patrimonial do Fundo de Pensões da Empresa era como

se segue:

Saldo no início do exercício 339.885

Contribuições efectuadas em 2003 28.000

Rendimento do fundo, líquido 28.588

Complementos de reforma pagos ( 9.845 )

Saldo no fim do exercício 386.628

Em virtude dos desvios actuariais desfavoráveis ocorridos no exercício de 2003, a Empresa

registou um custo extraordinário do exercício, em conformidade com a Directriz Contabilística

n.º 19 (Nota 46).

Terrenos arrendados

A Empresa assumiu responsabilidades com rendas de terrenos arrendados para florestação, no

montante de, aproximadamente, 4.096.000 Euros, ascendendo o valor das rendas referente ao

exercício findo em 31 de Dezembro de 2003 a, aproximadamente, 566.000 Euros.

32. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2003, a Empresa assumiu responsabilidades por duas garantias

bancárias: prestadas a favor da Câmara Municipal do Entroncamento tendo em vista a emissão

do Alvará de Loteamento duma propriedade, no valor de 2.576.193 Euros e a favor da Galp

Energia, no valor de 29.928 Euros.

34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2003, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

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Saldo Reposição Saldoinicial Aumento (Nota 46) Utilização final

Para cobranças duvidosas 308.950 - - - 308.950Para depreciação de existências 615.923 - -191.984 -96.531 327.408Para investimentos financeiros 30 - - - 30Para outros riscos e encargos 1.738.935 - -259.741 -202.975 1.276.219

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2003, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado, é

composto por 150.000 acções ao portador, com o valor nominal de 1 Euro por acção.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

SUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2003, a Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

detém 100% do capital da Empresa.

40. VARIAÇÃO NAS OUTRAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, ocorreram os seguintes movimentos nas

outras contas de capital próprio:

Saldo Transfe- Saldoinicial Aumentos Diminuições rências final

Reservas de reavaliação:Legal 680.360 - - - 680.360Extraordinária 15.123.517 - - -303.175 14.820.342Reserva legal 30.000 - - - 30.000Reservas livres 21.770.791 - - 4.015.167 25.785.958Resultados transitados 137.994 - - 303.175 441.169Resultado líquido do exercício 4.015.167 3.213.655 - -4.015.167 3.213.655

A transferência verificada entre as rubricas “Reservas de reavaliação” e “Resultados

transitados” diz respeito ao valor da reavaliação técnica efectuada por avaliadores

independentes em 1988, imputável aos terrenos que foram alienados durante o exercício de

2003.

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser

destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20 % do capital. Esta

reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada

para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

As reservas de reavaliação resultantes da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos

termos da legislação aplicável (Nota 12) não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas,

em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou

em outras situações especificadas na legislação.

41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício de 2003 foi

determinado

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como se segue:

Matériasprimas Mercadorias Total

Existências iniciais 68.358 - 68.358Compras 6.710 2.239.556 2.246.266Existências finais -69.228 -451.466 -520.694

5.840 1.788.090 1.793.930 42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

A variação da produção ocorrida no exercício de 2003 foi determinada como se segue:

Produtos acabados Produtos e

e intermédios trabalhos em curso TotalExistências finais 331.198 19.561.950 19.893.148Regularização de existências - 3.506.031 3.506.031Existências iniciais -546.004 -23.223.598 -23.769.602

-214.806 -155.617 -370.423

O montante registado em “Regularização de existências” da rubrica “Produtos e trabalhos em

curso” corresponde, na sua maioria, às perdas estimadas com os incêndios florestais ocorridos

no verão de 2003. Este valor foi registado por contrapartida da rubrica de custos extraordinários

“Perdas em existências” líquido do montante da indemnização a receber do seguro (Notas 46 e

49).

43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

As remunerações dos Órgãos Sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2003 foram

como se segue:

Conselho de Administração 315.630

Fiscal Único 12.860

44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

As vendas da Empresa durante o exercício de 2003 foram integralmente efectuadas no mercado

interno.

45. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos exercícios de 2003 e 2002 têm a seguinte composição:

2003 2002

Custos e perdas:Juros suportados 2.902 2.983Outros custos e perdas financeiros 1.308 1.627

4.210 4.610Resultados financeiros -285 -2.270

3.925 2.340Proveitos e ganhos:Juros obtidos 3.925 2.300Outros proveitos e ganhos financeiros - 40

3.925 2.340

46. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

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Os resultados extraordinários dos exercícios de 2003 e 2002 têm a seguinte composição:

2003 2002

Custos e perdasDonativos 200 200Perdas em existências 302.070 278.024Perdas em imobilizações (Nota 10) 307.793 5.026Outros custos e perdas extraordinários 14.177 61.272

624.240 344.522Resultados extraordinários 1.072.688 1.133.560

1.696.928 1.478.082Proveitos e ganhosGanhos em imobilizações (Nota 10) 1.083.742 1.027.739Reduções nas amortizações e provisões (Nota 34) 451.725 402.050Outros proveitos e ganhos extraordinários 161.461 48.293

1.696.628 1.478.082

O valor da rubrica “Perdas em existências” inclui a contabilização de perdas estimadas com os

incêndios florestais ocorrida no Verão de 2003, líquidas do montante de indemnização a receber

do seguro existente (Notas 42 e 49).

A rubrica “Outros custos e perdas extraordinários” inclui o montante de 10.710 Euros referente

a desvios actuariais desfavoráveis associados aos encargos com complementos de reforma e

respectivo Fundo de Pensões, de acordo com a Directriz Contabilística n.º 19 (Nota 31).

Adicionalmente, a rubrica “Outros proveitos e ganhos extraordinários” inclui o montante de

34.039 Euros referente ao reconhecimento dos proveitos respeitantes a bens subsidiados (Nota

49).

48. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (PASSIVO)

Em 31 de Dezembro de 2003, o detalhe desta rubrica do passivo é como se segue:

Retenção de impostos sobre o rendimento 61.339

Contribuições para a Segurança Social 14.707

Imposto sobre o Valor Acrescentado 9.684

TOTAL 85.730

49. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2003, o detalhe destas rubricas é como se segue:

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Acréscimo de proveitosIndemnizações a receber 2.828.833Outros 8

2.828.841Custos diferidosRendas 60.447Adiantamentos por madeira em pé 85.964Outros custos diferidos 1.780

148.191Acréscimos de custos:Rendas de terrenos a liquidar 221.955Remunerações a liquidar 139.673Benefícios de reforma a liquidar (Nota 31) 89.511Outros 182.319

633.458Proveitos diferidos:Comparticipações para investimentos, ainda não amortizadas (Nota 46) 62.124Outros 20.277

82.401

A rubrica de “Acréscimos de proveitos – Indemnizações a receber” refere-se à compensação

que a Empresa irá receber da seguradora pelas perdas sofridas nos incêndios florestais ocorridos

durante o exercício de 2003. Este valor foi registado por contrapartida da rubrica de “Custos

extraordinários - Perdas em existências” (Notas 42 e 46).

50. OUTROS CREDORES

Em 31 de Dezembro de 2003, esta rubrica do passivo inclui o montante de, aproximadamente,

1.494.000 Euros correspondente a adiantamentos recebidos relativamente a diversos contratos

promessa de compra e venda celebrados entre a Empresa e particulares, para a alienação de

terrenos propriedade da Empresa. Da concretização dos referidos contratos resultarão

essencialmente mais valias para a Empresa.

SILVICAIMA – SOCIEDADE SILVÍCOLA CAIMA, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros)

1. INTRODUÇÃO

A Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. (“Empresa” ou “Silvicaima”), com sede em

Constância, foi constituída em 26 de Maio de 1966, com capital inicialmente representado por

quotas e tem como actividade principal a exploração silvícola.

Conforme deliberação da Assembleia Geral de Sócios realizada em 3 de Dezembro de 2001 a

empresa foi transformada em sociedade anónima por escritura pública realizada em 28 de

Dezembro de 2001.

A Empresa vende a quase totalidade da sua produção (rolaria de madeira) à Caima – Indústria

de Celulose, S.A. (Empresa pertencente ao grupo Caima) (Nota 16), a qual utiliza essa madeira

para a produção de pasta de papel. As transacções da Empresa e a sua actividade estão

dependentes e são influenciadas pelas decisões do seu accionista, a Invescaima – Investimentos

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- 178 -

e Participações, S.G.P.S., S.A. (Sociedade pertencente ao Grupo Caima detentora da totalidade

do seu capital - Nota 37).

As notas que seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC)

e aquelas não incluídas neste anexo não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante

para a leitura das demonstrações financeiras anexas.

3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com

princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

foram os seguintes:

a) Imobilizações corpóreas

Os terrenos e recursos naturais afectos à exploração florestal, encontram-se registados ao custo

de aquisição, dos quais, os terrenos adquiridos até 31 de Dezembro de 1988, foram objecto de

reavaliação naquela data com base numa avaliação técnica efectuada por avaliadores

independentes (Nota 12). Os terrenos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao

custo de aquisição.

As restantes imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se

registadas ao custo de aquisição, reavaliadas de acordo com as disposições legais (Nota 12). As

imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de

aquisição. Os encargos com conservação e reparação, que não aumentam a vida útil ou não

representam benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos do imobilizado são

registados como custos do exercício.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as seguintes

vidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 10 - 50

Equipamento básico 4 - 14

Equipamento de transporte 3 - 10

Ferramentas e utensílios 3 - 10

Equipamento administrativo 3 - 10

Outras imobilizações corpóreas 3 – 10

Como resultado das reavaliações legais efectuadas, as reintegrações do exercício findo em 31 de

Dezembro de 2004 foram aumentadas em 13.328 Euros. Uma parte (40%) deste montante não é

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aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável do Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Colectivas.

b) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros encontram-se registados ao custo de aquisição, sendo constituída

uma provisão para reduzir os mesmos ao valor estimado líquido de realização.

c) Florestas

As florestas encontram-se classificadas na rubrica de produtos e trabalhos em curso,

essencialmente a longo prazo. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações efectuadas

e os custos incorridos com o seu desenvolvimento, conservação e manutenção são incluídos no

valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de produção quando a madeira é

cortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído

a cada corte. A Empresa reconhece como custo do exercício os custos acumulados de plantação,

manutenção e gastos administrativos proporcionais à área cortada no mesmo exercício.

d) Existências

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de

aquisição o qual, líquido da provisão existente, é inferior ao respectivo valor de mercado. Os

produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual inclui

custos incorridos com o “corte” e “rechega” da madeira, e ainda a parte proporcional à área

cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos.

Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados a custo de produção (inclui custos

acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos) corrigido pela parte respeitante

à madeira já cortada e vendida, a qual é reconhecida como custo do exercício na rubrica

“Variação de produção” (Nota 42).

e) Provisões para riscos e encargos

A Empresa regista nesta rubrica as provisões que se destinam para pensões, para desvalorização

de terrenos (diferença entre o valor de aquisição dos terrenos e o seu actual valor de mercado) e

outros riscos associados com processos judiciais. Adicionalmente, esta rubrica inclui ainda uma

provisão para fazer face a riscos gerais de negócio, nomeadamente os associados a rescisões de

contratos de trabalho.

f) Indemnizações ao pessoal

A Empresa utiliza a provisão constituída para riscos e encargos para fazer face aos encargos

com rescisões de contratos de trabalho acordadas em cada exercício.

g) Subsídios

Os subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações corpóreas são

registados, apenas quando recebidos, como proveitos diferidos e reconhecidos na demonstração

dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas (Notas 46 e

49).

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h) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de

exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas,

independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os

montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas

rubricas “Acréscimos e diferimentos” (Nota 49).

i) Pensões

A Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a

título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas

responsabilidades a Empresa constituiu um fundo autónomo em conjunto com outra empresa do

Grupo, cujas contribuições, efectuadas de acordo com cálculos actuariais, quando necessárias,

são registadas na demonstração dos resultados do exercício (Nota 31).

j) Impostos diferidos

Em conformidade com a alternativa definida nas disposições transitórias da Directriz

Contabilística n.º 28/01, a Empresa não reconheceu nas demonstrações financeiras os activos e

passivos por impostos diferidos, relacionados com as diferenças temporárias entre o

reconhecimento de receitas e despesas para fins contabilísticos e de tributação relativas a

situações geradas em data anterior a 1 de Janeiro de 2002. Relativamente ao exercício findo em

31 de Dezembro 2004, o Conselho de Administração decidiu não registar quaisquer activos ou

passivos por impostos diferidos dado o seu efeito não ser relevante em relação às demonstrações

financeiras anexas. Os correspondentes efeitos não registados encontram-se resumidos na Nota

6.

6. IMPOSTOS SOBRE LUCROS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção

por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança

Social até 2000 inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido

prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções,

reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são

alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2001 a

2004 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de

revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão

um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

A Empresa integra o grupo de empresas dominado pela Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. que

são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (Nota

16). Os valores aproximados dos activos e passivos por impostos diferidos não registados em de

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31 de Dezembro de 2004 (em conformidade com as disposições transitórias da Directriz

Contabilística n.º 28/01), podem ser resumidos como se segue (débitos/(créditos)):

Activos por

impostos

diferidos

Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais 460.000

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL AO SERVIÇO DA EMPRESA

Durante os exercícios de 2004 e 2003, o número médio de pessoal ascendeu a 28 e 30.

10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício de 2004, o movimento ocorrido no valor bruto das imobilizações corpóreas,

bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte: Activo bruto

Saldo Alienações Transfe- Saldoinicial Aumentos e abates rências final

Imobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturais 24.576.069 1.222.068 3.681.384 - 22.116.753Edifícios e outras construções 1.304.658 - - - 1.304.658Equipamento básico 763.925 8.073 - - 771.998Equipamento de transporte 512.803 - 127.528 - 385.273Ferramentas e utensílios 152.897 1.933 8.095 - 146.735Equipamento adm inistrativo 299.102 710 19.952 - 279.860Outras imobil izações corpóreas 194.283 - 1.714 - 192.567Imobilizações em curso 24.894 44.222 - - 69.116Adiantamentos por conta de imobilizações 402.281 28.751 40.178 - 390.854

28.230.912 1.305.757 3.878.851 - 25.657.814

Amortizações acumuladasSaldo Alienações Saldoinicial Aumentos abates Final

Imobilizações corpóreasEdifícios e outras cons truções 757.728 53.697 - 811.425Equipamento bás ico 729.460 33.149 - 762.608Equipamento de transporte 467.451 35.154 127.529 375.076Ferramentas e utensílios 148.509 1.451 8.095 141.865Equipamento adm inis trativo 287.326 5.256 19.952 272.630Outras imobil izações corpóreas 182.570 7.243 1.715 188.098

2.573.044 135.950 157.292 2.551.702

12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Em 1988 a Empresa efectuou, com base em relatórios de avaliadores independentes, uma

reavaliação técnica de terrenos, no montante de 18.857.997 Euros. Em 31 de Dezembro de

2004, o efeito dessa reavaliação extraordinária é inferior ao que resultaria da aplicação dos

coeficientes de desvalorização monetária previstos na legislação abaixo indicada.

Adicionalmente, no exercício de 1988 e subsequentes, a Silvicaima reavaliou as restantes

imobilizações corpóreas ao abrigo da seguinte legislação:

- Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril;

- Decreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro;

- Decreto-Lei 31/98, de 11 de Fevereiro.

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13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e correspondente

avaliação, líquidos das amortizações acumuladas em 31 de Dezembro de 2004, é como se segue:

Custos Saldos

históricos Reavaliações reavaliados

Terrenos e recursos naturais 7.385.399 14.731.354 22.116.753Edifícios e outras construções 280.150 213.083 493.233Equipamento básico 9.390 - 9.390Equipamento de transporte 10.197 - 10.197Ferramentas e utensílios 4.870 - 4.870Equipamento administrativo 7.143 87 7.230Outras imobilizações corpóreas 4.455 14 4.469

7.701.604 14.944.537 22.641.272

16. EMPRESAS DO GRUPO

Os saldos com empresas do Grupo em 31 de Dezembro de 2004, são como se segue:

Caima – Indústria de Celulose, S.A. 636.448 17.857 1.521 -Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A - 53.838 2.000 -Invescaima – Investimentos eParticipações, S.G.P.S., S.A. - 31.520 306.473 19.900.000

636.448 103.214 309.994 19.900.000

Saldos devedores Saldos credores

Clientes, c/c EmpréstimosEmpresas do

grupoEmpresas do grupo

A conta a receber da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. diz respeito ao imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Colectivas do exercício de 2004 o qual, em conformidade com o

Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, será liquidado à Celulose do Caima,

S.G.P.S., S.A. (Nota 6).

Os empréstimos obtidos de empresas do grupo destinam-se a fazer face a carências de tesouraria

e vencem juros a taxas de mercado.

As principais transacções efectuadas no exercício de 2004 com as empresas do Grupo Caima

acima referidas, podem ser resumidas como se segue:

Vendas de Proveitos Custos Outros

madeira financeiros financeiros custos(Nota 45) (Nota 45)

Caima – Indústria de Celulose, S.A. 7.269.906 - - -Invescaima – Investimentos eParticipações, S.G.P.S., S.A. - 31.520 382.556 17.554

7.269.906 31.520 382.556 17.554

19. VALORES DE MERCADO DE ACTIVO CIRCULANTE

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- 183 -

Em 31 de Dezembro de 2004, as diferenças entre os saldos contabilísticos e os valores de

mercado foram registadas como provisões para clientes de cobrança duvidosa e provisões para

depreciação de existências (Nota 34).

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Fundo de Pensões

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987

e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se

a garantir aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do

contrato de trabalho com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço

contínuo, o direito a um complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo

valor tem por base a média dos vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da

Empresa. Por decisão da Administração da Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A., o Fundo de

Pensões foi separado em Dezembro de 1998, tendo sido obtida a prévia autorização do Instituto

de Seguros de Portugal.

Em 31 de Dezembro de 2004, e de acordo com o relatório actuarial realizado pela sociedade

gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os

colaboradores no activo e para os reformados relativos à Empresa, eram como se segue:

Activos 225.594

Reformados 164.601

TOTAL 390.195

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected Unit

Credit”, tendo-se utilizado as tábuas de mortalidade TV 73/77 e de invalidez EKV-80, bem

como uma rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparado com o crescimento dos

salários e de 5% face ao crescimento das pensões.

Em 31 de Dezembro de 2004 a situação patrimonial do Fundo de Pensões da Empresa era como

se segue:

Saldo no início do exercício 386.628

Contribuições efectuadas em 2004 -

Rendimento do fundo, líquido 24.000

Complementos de reforma pagos ( 10.236 )

Saldo no fim do exercício 400.392

Terrenos arrendados

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A Empresa assumiu responsabilidades com rendas de terrenos arrendados para florestação, no

montante de, aproximadamente, 4.320.000 Euros, ascendendo o valor das rendas referente ao

exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 a, aproximadamente, 388.000 Euros.

32. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa assumiu responsabilidades por três garantias bancárias

prestadas a favor da Câmara Municipal do Entroncamento tendo em vista a emissão do Alvará

de Loteamento duma propriedade, no valor de 2.576.193 Euros, e a favor da Galp Energia, no

valor de 29.928 Euros.

34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2004, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Saldo Reposição SaldoInicial Aumento (Nota 46) Utilização final

Para cobranças duvidosas 308.950 - - - 308.950Para depreciação de existências 327.407 - 64 - 327.343Para investimentos financeiros 30 - - - 30Para outros riscos e encargos 1.276.219 - - - 1.276.219

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2004, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado, é

composto por 150.000 acções ao portador, com o valor nominal de 1 Euro por acção.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

SUBSCRITO

Em 31 de Dezembro de 2004, a Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

detém 100% do capital da Empresa.

40. VARIAÇÃO NAS OUTRAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, ocorreram os seguintes movimentos nas

outras contas de capital próprio:

Saldo Transfe- Saldoinicial Aumentos Diminuições rências final

Reservas de reavaliação:Legal 680.360 - - - 680.360Extraordinária 14.820.342 - - -88.988 14.731.354Reserva legal 30.000 - - - 30.000Reservas livres 25.785.958 - 28.999.613 3.213.655 -Resultados transitados 441.169 - 387 88.988 529.770Resultado líquido do exercício 3.213.655 4.024.918 - -3.213.655 4.024.918

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De acordo com a deliberação da Assembleia Geral datada de 30 de Junho de 2004, a Empresa

distribuiu ao seu accionista os montantes de 28.999.613 Euros e 387 Euros relativos a reservas

livres e resultados transitados, tendo para o efeito preparado demonstrações financeiras

intercalares, com referência a 31 de Maio de 2004. A transferência verificada entre as rubricas

“Reservas de reavaliação” e “Resultados transitados” diz respeito ao valor da reavaliação

técnica efectuada por avaliadores independentes em 1988, imputável aos terrenos que foram

alienados durante o exercício de 2004.

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser

destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20 % do capital. Esta

reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada

para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

As reservas de reavaliação resultantes da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos

termos da legislação aplicável (Nota 12) não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas,

em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou

em outras situações especificadas na legislação.

41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício de 2004 foi

determinado como se segue: Matérias

primas Mercadorias TotalExistências iniciais 69.228 451.466 520.694Compras 975 918.398 919.373Regularizações - -48.377 -48.377Existências finais -57.363 -216.562 -273.925

12.840 1.104.925 1.117.765

42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

A variação da produção ocorrida no exercício de 2004 foi determinada como se segue:

Existências finais 205.415 19.922.661 20.128.076Regularização de existências 121.691 712.099 833.790Existências iniciais -331.198 -19.561.950 -19.893.148

-4.092 1.072.810 1.068.718

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em

curso Total

43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

As remunerações dos Órgãos Sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 foram

como se segue:

Conselho de Administração 387.815

Fiscal Único 12.100

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44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

As vendas da Empresa durante o exercício de 2004 foram integralmente efectuadas no mercado

interno.

45. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos exercícios de 2004 e 2003 têm a seguinte composição:

2004 2003

Custos e perdas:Juros suportados (Nota 16) 384.471 2.902Diferenças de câmbio desfavoráveis 57 -Outros custos e perdas financeiros 1.292 1.308

385.820 4.210Resultados financeiros -352.370 -285

33.450 3.925Proveitos e ganhos:Juros obtidos (Nota 16) 31.520 3.925Outros proveitos e ganhos financeiros 1.930 -

33.450 3.925

46. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Os resultados extraordinários dos exercícios de 2004 e 2003 têm a seguinte composição: 2004 2003

Custos e perdasDonativos 200 200Perdas em existências 882.168 302.070Perdas em imobilizações - 307.793Outros custos e perdas extraordinários 92.890 14.177

975.258 624.240Resultados extraordinários 1.949.332 1.072.688

2.924.590 1.696.928

Proveitos e ganhosGanhos em imobilizações 2.384.693 1.083.742Reduções nas amort. e provisões (Nota 34) 64 451.725Outros proveitos e ganhos extraordinários 539.833 161.461

2.924.590 1.696.628

O valor da rubrica “Perdas em existências” inclui a contabilização de perdas de “Produtos e

trabalhos em curso” com a alienação de “Terrenos e recursos naturais” (Nota 42).

48. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (PASSIVO)

Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe desta rubrica do passivo é como se segue:

Retenção de impostos sobre o rendimento 61.893

Contribuições para a Segurança Social 12.668

Imposto sobre o Valor Acrescentado 139.292

213.853

49. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe destas rubricas é como se segue:

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Custos diferidos:

Rendas 75.663

Adiantamentos por madeira em pé 85.042

Outros custos diferidos 3.300

TOTAL 164.005

Acréscimos de custos:

Rendas de terrenos a liquidar 318.024

Remunerações a liquidar 139.873

Benefícios de reforma a liquidar (Nota 31) 82.117

Outros 257.030

TOTAL 797.044

Proveitos diferidos:

Comparticipações para investimentos, ainda não amortizadas 34.736

Outros 14.478

TOTAL 49.214

50. OUTROS CREDORES

Em 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica do passivo inclui o montante de, aproximadamente,

519.426 Euros correspondente a adiantamentos recebidos relativamente a diversos contratos

promessa de compra e venda celebrados entre a Empresa e particulares, para a alienação de

terrenos propriedade da Empresa. Da concretização dos referidos contratos resultarão

essencialmente mais valias para a Empresa.

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17.2.4. Mapas de fluxos de Caixa

De seguida são apresentadas as Demonstrações de Fluxos de Caixa e os anexos à Demonstração

dos Fluxos de Caixa dos garantes relativas aos dois últimos exercícios completos :

Demonstração de Fluxos de Caixa: Caima – Indústria de Celulose, S.A.

2003 2004ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de cliente 40.581.391 40.844.592Pagamentos a fornecedores -54.096.480 -33.095.490Pagamentos ao pessoal -6.407.254 -6.824.694

Fluxos gerados pelas operações -19.922.343 924.408Pagamentos do imposto sobre o rendimento -36.949 -33.420Outros pagamentos/recebimentos relativos à act. operacional -218.460 2.791.595

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinária -255.409 2.758.175Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 118.837 210.311Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -105.368 -183.315

13.469 26.996Fluxos das actividades operacionais (1) -20.164.283 3.709.579

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de

Imobilizações corpóreas 127.146 3.592.669

Pagamentos respeitantes aImobilizações corpórea -3.894.058 -6.741.201

Fluxos das actividades de investimento (2) -3.766.912 -3.148.532

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de

Empréstimos obtidos 35.351.898 3.014.364Reembolso de empréstimos concedido - 20.400.000Juros e proveitos similares 281.355 1.216.915

35.633.253 24.631.279Pagamentos respeitantes a

Reembolso de empréstimos obtido -1.961.281 -1.961.281Empréstimos concedidos - -20.400.000

Juros e custos similares -544.650 -398.100Dividendos - -3.700.000

-2.505.931 -26.459.381Fluxos das actividades de financiamento (3) 33.127.322 -1.828.102

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 9.196.127 -1.267.055Caixa e seus equivalentes no iníc io do período 1.404.701 10.600.828

Caixa e seus equivalentes no fim do período 10.600.828 9.333.773Montante expresso em euros

CAIMA – INDÚSTRIA DE CELULOSE, S.A.

ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE

2003 (Montantes expressos em Euros)

1 NOTA PRÉVIA

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial do Regulamento 93/11. As notas não

referidas não são aplicáveis neste exercício.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

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- 189 -

A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, e a

reconciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constante do balanço naquelas

datas, são como se segue:

2003 2002

Numerário 2.000 2.000Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 7.153.594 1.402.701Descobertos bancários -1.454.766 -Outras aplicações de tesouraria 4.900.000 -Disponibilidades constantes do balanço 10.600.828 1.404.701

ACTIVIDADES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIAS

A Empresa tem disponíveis linhas de crédito no montante de 19.720.549 Euros que poderão ser

utilizadas para futuras actividades operacionais ou para satisfazer compromissos financeiros,

não havendo qualquer restrição à utilização dessa facilidade.

Caima – Indústria De Celulose, S.A.

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa Em 31 De Dezembro de

2004 (Montantes Expressos Em Euros)

1 NOTA PRÉVIA

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial do Regulamento 93/11. As notas não

referidas não são aplicáveis neste exercício.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, e a

reconciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constante do balanço naquelas

datas, são como se segue:

2004 2003Numerário 2.000 2.000Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 2.601.911 7.153.594Descobertos bancários - -1.454.766Outras aplicações de tesouraria 6.729.862 4.900.000Disponibilidades constantes do balanço 9.333.773 10.600.828

ACTIVIDADES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIAS

A Empresa tem disponíveis linhas de crédito no montante de 14.213.397 Euros que poderão ser

utilizadas para futuras actividades operacionais ou para satisfazer compromissos financeiros,

não havendo qualquer restrição à utilização dessa facilidade.

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- 190 -

Demonstração de Fluxos de Caixa: Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. ACTIVIDADES OPERACIONAIS: 2004 2003

Recebimentos de clientes 10.238.354 26.748.413Pagamentos a fornecedores -3.865.103 -8.100.143Pagamentos ao pessoal -1.147.153 -1.185.891

Fluxos gerados pelas operações 5.226.098 17.462.379Pagamentos/recebimentos do imposto sobre o rendimento 530.144 -Outros pagamentos/recebimentos relativos à actividade operacional 1.933.732 -821.823

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 2.463.876 -821.823Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 34.038 212.980Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -450 -14.177

33.588 198.803Fluxos das actividades operacionais (1) 7.723.562 16.839.359

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas 5.314.531 4.338.431Subsídios ao investimento 29.488 34.039

5.344.019 4.372.470Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas -1.304.257 -451.065Plantações florestais (existências a médio e longo prazo) -2.151.196 -1.800.644

-3.455.453 -2.251.709Fluxos das actividades de investimento (2) 1.888.566 2.120.761

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 19.900.000 -Juros e proveitos similares 33.450 3.925

19.933.450 3.925Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos - -18.900.000Amortizações de contratos de locação financeira -8.133 -7.778Juros e custos similares -385.820 -4.210Dividendos -29.000.000 -

-29.393.953 -18.911.988Fluxos das actividades de financiamento (3) -9.460.503 -18.908.063

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 151.625 52.057Caixa e seus equivalentes no início do período -41.735 -93.792

Caixa e seus equivalentes no fim do período 109.890 -41.735Montante expresso em euros

Seguidamente apresentam-se os anexos à Demonstração dos Fluxos da Silvicaima – Sociedade

Silvícola Caima, S.A. relativas aos dois últimos exercícios completos:

SILVICAIMA – SOCIEDADE SILVÍCOLA CAIMA, S.A.

ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO

FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

(Montantes expressos em Euros)

1. NOTA PRÉVIA

As notas que seguem respeitam a numeração sequencial do Regulamento 93/11. As notas não

referidas não são aplicáveis neste exercício.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, e a

reconciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constante do balanço naquelas

datas, são como se segue:

2003 2002

Numerário 2.493 2.494

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 12.355 9.362

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- 191 -

Equivalentes a caixa

Descobertos bancários “overdraft” ( 56.583 ) ( 105.648 )

Disponibilidades constantes do balanço ( 41.735 ) ( 93.792 )

SILVICAIMA – SOCIEDADE SILVÍCOLA CAIMA, S.A.

ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO

FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros)

1. NOTA PRÉVIA

As notas que seguem respeitam a numeração sequencial do Regulamento 93/11. As notas não

referidas não são aplicáveis neste exercício.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, e a

reconciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constante do balanço naquelas

datas, são como se segue:

2004 2003

Numerário 2.494 2.493

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 107.396 12.355

Equivalentes a caixa

Descobertos bancários “overdraft” - (56.583 )

Disponibilidades constantes do balanço 109.890 (41.735)

17.2.5. Auditoria de informações financeiras históricas anuais

Certificação legal das contas da Caima – Indústria de Celulose, S.A.

para o exercício de 2003

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Caima – Indústria de Celulose, S.A.

(Empresa detida pela Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. – Nota introdutória) as quais

compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2003 que evidencia um total de 52.490.500

Euros e capitais próprios de 29.605.124 Euros, incluindo um resultado líquido de 2.583.595

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- 192 -

Euros, as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração dos

fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa a preparação de

demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição

financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a

adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de

controlo interno apropriado.

A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,

baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja

planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame

incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações

divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e

critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame

incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e

a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio

da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a

apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona

uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam

de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição

financeira da Caima – Indústria de Celulose, S.A. em 31 de Dezembro de 2003, bem como o

resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em

conformidade com os

princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

5. Conforme referido na Nota 6 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados, a

Empresa optou por aplicar a medida transitória prevista na Directriz Contabilística n.º 28, não

tendo registado os activos e passivos por impostos diferidos relativos a situações anteriores a 1

de Janeiro de 2002. Os efeitos nas demonstrações financeiras anexas, caso a Empresa não

tivesse adoptado esta medida transitória, encontram-se evidenciados na Nota 6 no Anexo ao

Balanço e à Demonstração dos resultados.

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- 193 -

Lisboa, 9 de Março de 2004

MAGALHÃES, NEVES & ASSOCIADOS, SROC S.A.

Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

Certificação legal das contas da Caima – Indústria de Celulose, S.A.

para o exercício de 2004

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Caima – Indústria de Celulose, S.A.

(Empresa integralmente detida pela Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.,

Nota introdutória) as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2004 que evidencia

um total de 48.590.607 Euros e capitais próprios de 27.563.215 Euros, incluindo um resultado

líquido de 1.658.091 Euros, as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a

Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa a preparação de

demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição

financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a

adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de

controlo interno apropriado

A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,

baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja

planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame

incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações

divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e

critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame

incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e

a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio

da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a

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- 194 -

apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona

uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam

de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição

financeira da Caima – Indústria de Celulose, S.A. em 31 de Dezembro de 2004, bem como o

resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em

conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Ênfase

5. Conforme referido na Nota 6 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados, a

Empresa optou por aplicar a medida transitória prevista na Directriz Contabilística n.º 28, não

tendo registado os activos e passivos por impostos diferidos relativos a situações anteriores a 1

de Janeiro de 2002. Os efeitos nas demonstrações financeiras anexas, caso a Empresa não

tivesse adoptado esta medida transitória, encontram-se evidenciados na Nota 6 no Anexo ao

Balanço e à Demonstração dos resultados.

Lisboa, 7 de Março de 2005

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.

Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

Certificação legal das contas da Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.

para o exercício de 2003

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Silvicaima – Sociedade Silvícola

Caima, S.A. (Empresa detida pela Invescaima – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.),

as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2003 que evidencia um total de

50.003.527 Euros e capitais próprios de 45.121.484 Euros, incluindo um resultado líquido de

3.213.655 Euros, as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a

Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa a preparação de

demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição

financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a

Page 196: Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - CMVMweb3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd10618.pdf · - 0 - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. Capital € 21.635.880 Matriculada na C.R.C. de

- 195 -

adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de

controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião

profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja

planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame

incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações

divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e

critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame

incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e

a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio

da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a

apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona

uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam

de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição

financeira da Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. em 31 de Dezembro de 2003, bem

como o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data,

em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Ênfases

5. Conforme mencionado na Nota 16, durante o exercício de 2003 e em exercícios anteriores, a

quase totalidade das vendas da Empresa foi efectuada a uma empresa do Grupo, a Caima –

Indústria de Celulose, S.A..

6. Conforme referido na Nota 6 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados, a

Empresa optou por aplicar a medida transitória prevista na Directriz Contabilística n.º 28, não

tendo registado os activos e passivos por impostos diferidos relativos a situações anteriores a 1

de Janeiro de 2002. Os efeitos nas demonstrações financeiras anexas, caso a Empresa não

tivesse adoptado esta medida transitória, encontram-se evidenciados na Nota 6 no Anexo ao

Balanço e à Demonstração dos resultados.

Lisboa, 9 de Março de 2004

MAGALHÃES, NEVES & ASSOCIADOS, SROC S.A.

Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

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- 196 -

Certificação legal das contas da Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.

para o exercício de 2004

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Silvicaima – Sociedade Silvícola

Caima, S.A. (Empresa integralmente detida pela Invescaima – Investimentos e Participações,

S.G.P.S., S.A.), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2004 que evidencia

um total de 44.273.663 Euros e capitais próprios de 20.146.402 Euros, incluindo um resultado

líquido de 4.024.918 Euros, as Demonstrações dos resultados por natureza e por funções e a

Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa a preparação de

demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição

financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a

adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de

controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião

profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja

planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame

incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações

divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e

critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame

incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e

a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio

da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a

apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona

uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam

de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição

financeira da Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. em 31 de Dezembro de 2004, bem

como o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data,

em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Ênfases

Page 198: Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - CMVMweb3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd10618.pdf · - 0 - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. Capital € 21.635.880 Matriculada na C.R.C. de

- 197 -

5. Conforme mencionado na Nota 16, durante o exercício de 2004 e em exercícios anteriores, a

quase totalidade das vendas da Empresa foi efectuada a uma empresa do Grupo, a Caima –

Indústria de Celulose, S.A.

6. Conforme referido na Nota 6 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados, a

Empresa optou por aplicar a medida transitória prevista na Directriz Contabilística n.º 28, não

tendo registado os activos e passivos por impostos diferidos relativos a situações anteriores a 1

de Janeiro de 2002. Os efeitos nas demonstrações financeiras anexas, caso a Empresa não

tivesse adoptado esta medida transitória, encontram-se evidenciados na Nota 6 no Anexo ao

Balanço e à Demonstração dos resultados.

Lisboa, 7 de Março de 2005

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.

Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

17.2.6. Período coberto pelas informações financeiras

O último exercício completo coberto por informações financeiras auditadas dos garantes

terminou em Dezembro de 2004.

17.2.7. Acções judiciais e arbitrais

Não existem quaisquer procedimentos judiciais ou arbitrais susceptíveis de terem tido ou virem

a ter uma incidência importante sobre a situação financeira das empresas garantes - Silvicaima –

Sociedade Silvícola Caima, S.A. e Caima – Indústria de Celulose, S.A.

17.2.8. Alteração significativa na situação financeira ou comercial dos garantes

Não se verificou, nos últimos dois anos, nem se prevê que venha a verificar no futuro, qualquer

acontecimento de carácter excepcional que tenha afectado ou venha a afectar a actividade das

empresas garantes.

17.3. Âmbito da garantia

A responsabilidade da Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S. A. está limitada a 50% do

montante total da Emissão e a responsabilidade da Caima – Indústria de Celulose do Caima,

S.A. está igualmente limitada a 50% do montante total da Emissão.

17.4. Informações a fornecer sobre o garante

A Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A. foi constituída em 1966 e é a empresa do grupo

Caima que opera no sector florestal, dedicando-se em especial à produção de rolaria de

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- 198 -

eucalipto para celulose. Foi responsável pela gestão dos cerca de 24 mil hectares de floresta, dos

quais cerca de 19 mil hectares são de eucalipto.

A actividade florestal compreende, para além da produção de plantas em viveiros próprios que

se destinam ao consumo interno e à venda, a preparação e plantação de terrenos, a manutenção

de todas as áreas controladas pela Silvicaima e a exploração das propriedades a corte. As vendas

de madeira são efectuadas na sua quase totalidade à Caima Indústria de Celulose, S.A.

Em 2004 o resultado líquido da Silvicaima foi de 4.024.918 euros 25% superiores aos

resultados de 2003.

A Caima – Indústria de Celulose, S.A. foi criada no primeiro trimestre de 2002 como resultado

de um processo de reestruturação do grupo. A empresa, detida indirectamente pela emitente

através da Invescaima SGPS, SA, passou a deter os activos e passivos afectos à actividade

operacional de fabrico e comercialização de pasta de papel.

A Caima – Indústria de Celulose, S.A. foi responsável, em 2004, pela produção de 107.764

toneladas de pasta branqueada de eucalipto, no mesmo ano, o resultado líquido do exercício foi

de 1.658.091 euros, 35% inferior ao ano anterior.

17.5. Principais accionistas dos garantes

Actualmente a emitente detém a totalidade do capital social das empresas garantes - Silvicaima

– Sociedade Silvícola Caima, S.A. e Caima – Indústria de Celulose, S.A. através da Invescaima

S.G.P.S. S.A., exercendo desta forma uma relação de controlo.

17.6. Órgãos de administração, de direcção e de fiscalização dos garantes

Actualmente, o Conselho de Administração da Caima – Indústria de Celulose, S.A. é composto

por sete elementos, identificados seguidamente:

Conselho de Administração

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Agostinho Dolores Ferreira

Domingos José Vieira de Matos

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Graham Malcolm Comrie Dewar

Carlos Alberto do Espírito Santo Delfim

O Conselho de Administração da Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, SA é composto por

cinco elementos, identificados seguidamente:

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- 199 -

Conselho de Administração

Joaquim Ferreira de Matos

Laurentina da Silva Martins

Agostinho Dolores Ferreira

Domingos José Vieira de Matos

Carlos Manuel Borges de Oliveira

O Fiscal Único Efectivo de ambas as empresas é a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas,

Deloitte & Associados, SROC. S.A., inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o

n.º 43 e registada na CMVM com o n.º 231, representada por Jorge Manuel Araújo de Beja

Neves, Revisor Oficial de Contas. Esta sociedade tem a sua sede na Praça Duque de Saldanha,

1 - Atrium Saldanha, 6º.

Não existem situações de conflito actuais ou potenciais entre as obrigações de qualquer um dos

membros do Conselho de Administração dos garantes para como emitente e os seus interesses

privados ou outras obrigações.

Para os efeitos decorrentes do exercício dos mandatos dos órgãos sociais da Caima – Indústria

de Celulose do Caima, S.A, a morada dos respectivos membros é a sede da Empresa, sita em

Constância-Sul – 2250-058 Constância.

Para os efeitos decorrentes do exercício dos mandatos dos órgãos sociais da Silvicaima

Sociedade Silvícola Caima, S.A., a morada dos respectivos membros é a sede da Empresa, sita

em Constância-Sul – 2250-058 Constância.

Os membros do Conselho de Administração da Caima – Indústria de Celulose, S.A.

desempenham igualmente funções nas seguintes empresas:

• Carlos Alberto do Espírito Santo Delfim desempenha cargos de administração na

sociedade Inflora - Sociedade de Investimentos Florestais, SA

As funções dos outros membros da administração da Caima – Indústria de Celulose, S.A. em

outras empresas encontram-se descritas no capítulo 9 do presente prospecto.

Os membros do Conselho de Administração da sociedade Silvicaima Sociedade Silvícola

Caima, S.A., desempenham igualmente funções nas seguintes empresas:

• Laurentina da Silva Martins desempenha cargos de administração nas seguintes

empresas:

- Caima Energia - Emp.Gestão e Exp.Energia, SA;

- Investec Media - SGPS, S.A.;

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- Investec II, - SGPS, LDA.;

- Grafedisport, Impressão e Artes Gráficas, SA;

- IMC - SGPS, SA;

- Cofina.com II - SGPS, SA;

- Metro News, Publicações, SA;

• Joaquim Ferreira de Matos desempenha cargos de administração nas seguintes

empresas:

- Inflora - Sociedade de Investimentos Florestais, SA;

- Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, SA;

- CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA;

- Afocelca - Agrupamento Complementar de Empresas para Protecção contra Incêndios

(ACE);

- Desempenha o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral da CELPA - Associação

da Indústria Papeleira;

• Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira desempenha cargos de administração nas

seguintes empresas:

- Cofihold SGPS, SA;

- F. Ramada, Aços Industriais, S.A.;

- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A.;

- F. Ramada – Participações S.G.P.S., S.A;

- Prestimo – Prestígio Imobiliário, SA;

- Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, SA;

As funções dos outros membros da Administração Silvicaima Sociedade Silvícola Caima, S.A.,

em outras empresas encontram-se descritas no capítulo 9 do presente prospecto.

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- 201 -

Capítulo 18. Contratos significativos

18.1. Identificação e descrição dos contractos significativos

Não existem contratos significativos para além dos que são decorrentes da normal actividade da

emitente e dos garantes, com impacto relevante na capacidade da emitente cumprir as

obrigações para com os titulares de valores mobiliários.

Capítulo 19. Informações de terceiros, declarações de peritos e declarações de eventuais

interesses

No presente prospecto não foi incluído nenhum relatório ou declaração de qualquer tipo, de

terceiros ou de peritos sobre a emitente, os garantes ou qualquer outras das suas participadas.

Capítulo 20. Documentação acessível ao público

Os estatutos, os Relatórios e Contas individuais e consolidadas do emitente, os Relatórios dos

garantes e outras informações que, de acordo, com as disposições legais, devem estar à

disposição do público e dos accionistas, podem ser consultados na sede da Celulose do Caima,

S.G.P.S.,S.A, Rua Joaquim António de Aguiar, 41– 3º e no sítio da internet do emitente:

http://www.caima.pt.