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Caixa Gestão de Activos S.G.P.S, S.A. Av. João XXI, 63- 2º Piso 1000-300 Lisboa Telefone: 217 953 222 Fax: 217 953 206 Número único de Pessoa Colectiva e Matrícula Comercial 504677462 Capital Social realizado 10.350.000 Euros CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A. Relatório e Contas 2011

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Caixa Gestão de Activos S.G.P.S, S.A. Av. João XXI, 63- 2º Piso 1000-300 Lisboa � Telefone: 217 953 222 � Fax: 217 953 206

Número único de Pessoa Colectiva e Matrícula Comercial 504677462 � Capital Social realizado 10.350.000 Euros

CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A.

Relatório e Contas 2011

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 2

INDICE

ORGÃOS SOCIAIS ...................................................................................................................................... 3

ESTRUTURA ACCIONISTA ........................................................................................................................ 3

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ............................................................................................................ 4

MERCADO DE CAPITAIS............................................................................................................................ 7

MERCADO IMOBILIÁRIO .......................................................................................................................... 11

MERCADO DE GESTÃO DE ACTIVOS PORTUGUÊS ............................................................................ 13

ACTIVIDADE DA CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS..................................................................................... 16

CAIXAGEST S.A. - FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO & PATRIMÓNIOS..........................................16

FUNDIMO S.A. - FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO .........................................................................16

CGD PENSÕES S.A. - FUNDOS DE PENSÕES ................................................................................................20

ESTRUTURA OPERACIONAL E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ......................................................................21

RECURSOS HUMANOS ....................................................................................................................................22

MECANISMOS DE GOVERNAÇÃO...................................................................................................................23

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E CAPITAIS PRÓPRIOS ............................................................. 24

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS .................................................................................... 25

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 25

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COM NOTAS EXPLICATIVAS ....................................................... 27

RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE ........................................................................................ 38

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO........................................................................................ 59

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 3

ORGÃOS SOCIAIS

Assembleia Geral

Presidente Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Secretário Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Secretário Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

Conselho de Administração

Presidente Dr. Pedro Manuel de Oliveira Cardoso - renúncia em 5-12-2011

Vice-Presidente Dr. João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Vogal Dr. Fernando Manuel Domingos Maximiano

Vogal Dr. Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Vogal Eng. Jorge dos Santos Duro

Órgão de Fiscalização (Fiscal único)

Efectivo Deloitte & Associados, SROC, SA, representada pelo

Dr. Eduardo Manuel Fonseca de Moura

Suplente Dr. Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

Comissão de Vencimentos

Membro Dr. Henrique Pereira Melo

Membro Dr. Vitor José Lilaia da Silva

ESTRUTURA ACCIONISTA

A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A., é detentora da totalidade do capital social da Caixa Gestão de Activos, S.G.P.S., S.A..

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 4

RELATÓRIO DA GESTÃO

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

Em 2011 a economia mundial voltou a expandir-se, embora o crescimento económico tenha registado um abrandamento no segundo semestre do ano. Depois de uma primeira metade em que a actividade económica registou um ritmo de crescimento forte, em particular nos países emergentes, o segundo semestre foi caracterizado por uma crescente preocupação com o abrandamento da economia.

Ao contrário do ano anterior, a deterioração dos indicadores económicos em muitas regiões do globo levou a que as estimativas de crescimento para 2011, por parte de instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a OCDE, entre outras, fossem sucessivamente revistas em baixa. No World Economic Outlook de Setembro de 2011, o FMI estimava um crescimento para a economia mundial em 2011 de 4.0%, percentagem inferior aos 4.4% previstos no relatório de Abril. O FMI alertou ainda, no final de 2011, para o aumento de diversos riscos, nomeadamente de natureza orçamental e financeira.

Taxas (em %)

PIB Inflação Desemprego 2010 2011 2010 2011 2010 2011

União Europeia (a) 2,0 1,6 2,1 3,1 9,7 9,7 Área do Euro 1,9 1,5 1,6 2,7 10,1 10,0 Alemanha 3,6 3,0 2,2 2,7 7,1 6,1 França 1,5 1,6 1,7 2,3 9,8 9,8 Reino Unido 1,8 0,7 3,3 4,5 7,8 7,9 Espanha -0,1 0,7 2,0 3,1 20,1 20,9 Itália 1,5 0,5 1,6 2,9 8,4 8,1

EUA 3,0 1,5 1,6 3,0 9,6 9,0

Japão 4,0 -0,5 -0,7 -0,4 5,1 4,9 Rússia 4,0 4,3 6,9 8,9 7,5 7,3

China 10,4 9,2 3,3 5,4 4,1 4,0 Índia 10,1 7,8 12,0 10,6 n.d. n.d.

Brasil 7,5 3,8 5,0 6,6 6,7 6,7

O ano de 2011 ficou marcado pelo agravamento da crise da dívida soberana na Europa. Numa primeira fase acentuaram-se as preocupações com a situação da Grécia, devido aos receios de uma reestruturação da dívida helénica, e estes propagaram-se à situação das finanças públicas de outros estados da periferia europeia. Durante este período, Portugal recorreu aos mecanismos de ajuda conjunta da União Europeia (UE) e do FMI.

Na segunda metade de 2011 assistiu-se a um agravamento do contágio da crise a Espanha e a Itália, enquanto economias denominadas do centro, como a França, a Bélgica, a Áustria ou mesmo a Holanda e a Finlândia, até aqui não afectadas, sofreram também os impactos desta crise.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 5

Assistiu-se, em consequência do agravamento da crise da dívida soberana, a um novo aumento da aversão ao risco por parte de diversos participantes nos mercados financeiros, sobretudo durante o segundo semestre. Tal traduziu-se, por um lado, numa nova fase de alargamento dos spreads das obrigações de governo, agora não só de economias periféricas. Por outro lado, o mesmo se verificou nas obrigações de empresas, a par de uma mais acentuada redução de novas emissões de dívida privada em mercado, sendo o sector financeiro o mais penalizado. Neste, o alargamento dos spreads foi particularmente visível, chegando a atingir o valor mais elevado de sempre, superior inclusive ao verificado no seguimento da falência do banco norte-americano Lehman Brothers.

A crise da dívida soberana fez-se sentir também nos EUA. Obrigados a subir o limite da dívida pública numa altura em que aumentava a dificuldade de financiamento dos Estados soberanos, os EUA viram a agência de notação de risco S&P reduzir o rating atribuído à dívida pública de AAA para AA+ em Agosto.

Os responsáveis governamentais e os bancos centrais implementaram medidas em 2011 para estabilizar os mercados financeiros e impulsionar a actividade económica.

Na Área Euro, após o BCE ter decretado, por duas vezes, o aumento da taxa directora no primeiro semestre, elevando-a aos 1.50% em Julho, o banco central fez regressar aquela taxa ao nível mínimo de 1.00% no final do ano, com a crise da dívida a intensificar-se e o crescimento a abrandar.

Assistiu-se ao contínuo reforço das medidas não convencionais de política monetária, desde o regresso à compra de obrigações de dívida pública em mercado secundário, à reabertura do programa de compra de obrigações hipotecárias e à reintrodução dos leilões de cedência ilimitada de liquidez por prazos a 6 e 12 meses. Já no final do ano o BCE anunciaria ainda a realização de dois leilões de cedência de liquidez a 3 anos.

Em termos da actuação dos Governos no seio da União Europeia no sentido de debelar os efeitos da crise da dívida, 2011 foi marcado pela realização de diversas Cimeiras de Chefes de Estado e de Governo, e de Ministros das Finanças, das quais resultaram compromissos no sentido de flexibilizar e aumentar o poder de intervenção dos mecanismos de estabilização financeira, como seja o de adquirir títulos de dívida soberana em mercado e financiar a recapitalização de instituições financeiras, bem como de reforçar a coordenação das políticas económicas e a de fiscalização orçamental.

Fora da Área Euro, a actuação dos restantes principais bancos centrais passou igualmente pela tomada de decisões para estabilizar os mercados financeiros, as quais se traduziram no aumento da dimensão dos programas de compra de activos. O Banco Central do Japão, o Banco Central de Inglaterra e a Reserva Federal mantiveram inalteradas as taxas de referência em níveis mínimos.

No que diz respeito ao crescimento económico, 2011 foi marcado por um diferente desempenho entre as duas maiores economias. Enquanto os EUA revelaram um início de ano fraco e uma aceleração ao longo dos últimos meses, devido sobretudo à retoma do consumo e do investimento, na Área Euro (AE) passou-se o contrário, com os indicadores de confiança a encerrarem o ano em zona recessiva.

De acordo com o FMI, o crescimento na Área Euro em 2011 terá ascendido a 1.5%, ligeiramente inferior aos 1.9% do ano anterior. Esta expansão assentou primordialmente no desempenho da procura doméstica.

Pela negativa, sublinhe-se o desempenho das economias periféricas da Europa, sobretudo Portugal e Grécia, que terão sido os únicos Estados Membros a averbar crescimentos negativos. Pela positiva, voltou destacar-se a Alemanha com um crescimento de 2.7%, num ano em que o mercado de trabalho continuou em evidência. Em Dezembro, a taxa de desemprego germânica atingiu os 6.8%, o nível mais baixo desde a reunificação. Na Área Euro, pelo contrário, o desemprego voltou a aumentar

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 6

em 2011, tendo a taxa de desemprego atingido, no final do mesmo, os 10.3%, o nível mais elevado desde a Primavera de 1998.

O nível de inflação na Área Euro, medido pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), registou em 2011 uma taxa de variação média de 2.7%, acima dos 1.6% de 2010, devido maioritariamente ao aumento dos preços energéticos.

O bloco asiático registou, novamente, um desempenho positivo, apesar dos impactos negativos resultantes da catástrofe natural ocorrida no início de 2011 no Japão e consequente crise de risco nuclear, que levaram a que aquela economia permanecesse em contracção durante toda a primeira metade de 2011. Ainda relativamente à Ásia, os indicadores económicos da China mantiveram-se robustos, sobretudo os respeitantes à actividade doméstica, apesar de terem também evidenciado algum abrandamento.

Destaque ainda para o desempenho da actividade económica brasileira, cujo crescimento económico arrefeceu substancialmente durante a segunda metade de 2011, tendo estagnado no 3º trimestre. O Banco Central do Brasil destacou-se no bloco emergente, ao decretar, por três vezes, durante o 2º semestre, reduções da taxa directora, decisão decorrente do impacto negativo que espera que as turbulências internacionais possam ter sobre a economia brasileira. No final do ano o governo brasileiro anunciou um pacote de estímulo ao consumo destinado a acelerar a actividade económica e a garantir um crescimento de 5% em 2012.

INDICADORES DA ECONOMIA PORTUGUESA (em %)

2009 2010 2011 *

PIB (Taxas de variação real) -2,9 1,4 -1,9 Consumo privado -2,2 2,3 -3,5 Consumo público 4,7 1,3 -5,2 FBCF -8,6 -4,9 -10,6 Exportações -10,9 8,8 6,7 Importações -10,0 5,1 -4,5

Taxa de Inflação (IHPC) -0,8 1,4 3,7 Rácios Taxa de desemprego 9,5 10,8 12,5 Défice do SPA (em % do PIB) -10,1 -9,8 -5,9 Dívida Pública (em % do PIB) 83,0 93,3 100,3 INE (*) Orçamento de Estado para 2012 - Outubro de 2011

Em Portugal, 2011 marcou o início do processo de ajustamento da economia, caracterizado por uma redução do défice orçamental, bem como por uma forte desalavancagem do sector privado, incluindo do sector bancário.

A actividade económica nos primeiros três trimestres de 2011 decresceu -1.1%, se comparada com o mesmo período de 2010, salientando-se o facto de ter registado variações em cadeia negativas nos três períodos já conhecidos. Este desempenho resultou do contributo negativo do consumo privado, do consumo público e da forte queda do investimento, apesar do bom comportamento das exportações líquidas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 7

Sublinhe-se o contributo positivo do comércio externo. Por um lado as exportações apresentaram um crescimento de 7.8% e, por outro, as importações diminuíram 2.8%. Este comportamento esteve associado ao aumento da procura vinda do exterior, apesar do abrandamento da economia mundial, tendo-se observado um aumento das novas encomendas provindas do exterior, em termos homólogos, de 22.9% no período em causa. Por seu lado, a redução das importações deveu-se, sobretudo, à queda da procura interna.

Quer o consumo privado, com um decréscimo de 3.0%, quer o consumo público, que contraiu 2.5%, contribuíram para o fraco desempenho económico durante o período em causa. Os desafios de redução do défice orçamental e a consequente aprovação e implementação de medidas de austeridade enquadradas no Programa de Apoio Económico e Financeiro a Portugal induziram um contributo negativo destas componentes para o crescimento económico, tendo se observado um agravamento da confiança dos consumidores ao longo de todo o ano.

Por outro lado, registou-se uma redução de 9.8% da Formação Bruta de Capital Fixo, em parte consequência do nível de actividade económica e das perspectivas para a procura interna, bem como do decréscimo do investimento público. A contracção foi mais evidente no investimento sobretudo em Bens de equipamento e em construção.

Quanto à inflação, o IHPC português registou, nos primeiros 11 meses de 2011, uma taxa de variação média de 3.7%, consequência, sobretudo, do aumento do preço dos bens energéticos e do acréscimo de diversos impostos indirectos, designadamente, o IVA, ficando 1 ponto percentual acima do da Área Euro.

A taxa de desemprego subiu nos primeiros três trimestres de 2011 face ao período homólogo. No terceiro trimestre, esta cifrou-se em 12.5%, sendo a população desempregada de 689,6 mil indivíduos, o que representa um aumento de 24,1% face ao mesmo período de 2010.

MERCADO DE CAPITAIS

Mercado Obrigacionista

O mercado obrigacionista em 2011 foi dominado, à semelhança de 2010, pela crise soberana europeia. Ao longo do primeiro semestre do ano, a crise manteve-se focalizada nos países denominados por ultra-periféricos (Grécia, Irlanda e Portugal); no entanto a deterioração das condições financeiras nos países periféricos acabou por contagiar Itália e Espanha.

Deste modo, assistiu-se a um alargamento generalizado dos spreads, em particular nos governos, o que culminou num efeito de contágio ao sector financeiro.

A natureza mais sistémica da crise soberana, aliada a um ciclo de divulgação de dados económicos negativos, contribuiu para o forte movimento de aversão ao risco, o que se traduziu em novos mínimos nas taxas alemãs e americanas, com quedas, no cômputo anual, de 113p.b. e 141p.b., respectivamente, no prazo com maturidade a 10 anos.

O Banco Central Europeu, que durante o primeiro semestre procedeu a duas subidas de 25p.b. da taxa de referência, perante a evidência do perfil ascendente da inflação, com a inversão das expectativas de crescimento económico e o adensar da crise da dívida soberana, acabou por reverter estes movimentos, fixando a taxa de referência em 1.00% no final de 2011. Paralelamente às descidas de taxas directoras, foram adoptadas políticas monetárias de índole não convencional,

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designadamente a criação de uma linha de financiamento a 3 anos, com alocação ilimitada, de modo a garantir a liquidez no sistema financeiro.

Taxas de Juro das Obrigações a 10 anos

2010 2011

EUA 3.29% 1.88%

Reino Unido 3.40% 1.98%

Japão 1.13% 0.99%

Alemanha 2.96% 1.83%

França 3.36% 3.15%

Espanha 5.45% 5.09%

Itália 4.82% 7.11%

Irlanda 8.87% 8.43%

Grécia 12.47% 34.96%

Valores no final do ano

Adicionalmente, o abrandamento económico global e a expansão da crise da dívida financeira, conduziram à adopção de medidas expansionistas por parte dos principais Bancos Centrais, com intervenção directa em mercado por parte do Banco Central Europeu, Reserva Federal Americana e Banco de Inglaterra.

Por outro lado, o cenário de abrandamento económico global, associado ao nível de endividamento excessivo, contribuiu para a redução da qualidade creditícia, percepcionada pelas agências de rating, de Portugal e Irlanda para High Yield, mantendo um número elevado de países europeus em revisão, para possível futuro downgrade. De forma análoga, os EUA perderam, pela primeira vez, o estatuto de AAA, sendo actualmente considerados AA por uma agência de rating.

Neste sentido, a crescente preocupação com os níveis sustentáveis da dívida levou o mercado a focar-se em países com elevado risco de refinanciamento, nomeadamente Itália, Espanha e mesmo França, o que conduziu os spreads face à Alemanha a atingir máximos históricos, de 670p.b., 500p.b. e 180p.b., respectivamente, no prazo de 5 anos.

O sector financeiro, com forte dependência do mercado de capitais, registou um alargamento muito significativo, em particular nos países periféricos, assim como emitentes com maior exposição a dívida soberana. No sector de empresas não financeiras, o risco de refinanciamento foi menor, dada a situação de liquidez mais elevada, o que contribuiu para um alargamento significativamente inferior.

Mercado Accionista

Os principais mercados accionistas mantiveram, nos primeiros meses do ano de 2011, a tendência ascendente evidenciada durante o segundo semestre do ano de 2010, em função dos maiores níveis de optimismo no que se refere às expectativas de crescimento económico global. Nos meses que se seguiram, a performance dos mercados accionistas foi afectada por um conjunto de choques, de natureza endógena e exógena, que inverteram a tendência até então patenteada.

A ocorrência do desastre natural no Japão, no mês de Março, e a respectiva afectação das cadeias

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de distribuição de recursos produtivos, a par da turbulência política vivida nos países do Médio Oriente ao longo do primeiro semestre do ano, que culminou num choque de oferta de recursos energéticos como o petróleo e originou um aumento significativo do preço da matéria-prima, contribuíram, de forma peremptória, para a afectação dos índices de confiança dos agentes económicos. Adicionalmente, o ano de 2011 foi ainda marcado pela deterioração das principais economias mundiais e respectivas expectativas de crescimento económico, assim como pela crise da dívida soberana, eventos que viriam a afirmar-se como determinantes para a performance da classe nos restantes meses do ano, despoletando uma vaga de aversão ao risco que culminou numa correcção nos principais mercados accionistas.

Principais Índices Bolsistas

2010 2011

Índice Variação (%)

Índice Variação (%)

Dow Jones (Nova Iorque) 11577 +11% 12218 +6%

Nasdaq (Nova Iorque) 2652 +17% 2605 -2%

FTSE (Londres) 5900 +9% 5572 -6%

NIKKEI (Tóquio) 10229 -3% 8455 -17%

CAC (Paris) 3805 -3% 3160 -17%

DAX (Frankfurt) 6914 +16% 5898 -15%

IBEX (Madrid) 9859 -17% 8566 -13%

PSI-20 (Lisboa) 7588 -10% 5494 -28%

Valores no final do ano

Efectivamente, a evolução dos factores referidos ao longo do ano, designadamente a deterioração contínua das condições económicas no bloco europeu, e uma recuperação significativa destas nos últimos meses do ano nos EUA, assim como a incorporação de maiores prémios de risco, na sequência da crise da dívida soberana europeia, determinou a performance diferenciada entre os mercados accionistas no cômputo anual. Assim, nos EUA, observou-se uma variação nula do índice S&P500, uma valorização de 6% do índice Dow Jones e uma desvalorização de 2% do índice Nasdaq. Por outro lado, o índice agregado europeu Eurostoxx 600 obteve uma desvalorização de 17% em 2011, com destaques pela negativa para os índices accionistas de Grécia (FTSE/ASE), Portugal (PSI-20) e Itália (FTSE/MIB), a registarem perdas de 60%, 28% e 25%, respectivamente. Na Ásia, o Nikkei registou uma perda de 17%.

Em 2011, o desempenho dos mercados accionistas emergentes esteve entre os mais penalizados pelo fenómeno de aversão ao risco dos investidores, averbando desvalorizações em média superiores às observadas nas praças accionistas de mercados desenvolvidos. Assim, o índice da Morgan Stanley para os mercados emergentes registou uma queda de 20%, entre os quais foram visíveis variações de -25% do índice accionista da Índia (Sensex), de -22% do índice da China (Shangai) e perdas de 18% do índice brasileiro (Bovespa).

Perspectivas

O fraco desempenho da economia europeia ao longo do segundo semestre de 2011 conduziu a fortes

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 10

revisões em baixa das expectativas de crescimento económico, fazendo actualmente parte do consenso a convicção de que a Europa irá atravessar um período de estagnação económica em 2012. Por sua vez, após um ciclo de divulgação de dados económicos fracos ao longo dos segundo e terceiro trimestres de 2011, que causaram fortes revisões em baixa das expectativas de crescimento económico nos EUA, a reversão observada nas métricas macroeconómicas ao longo do último trimestre do ano permitiu uma ascensão das expectativas para 2012, facto que deverá constituir algum suporte para as classes de risco oriundas desta região.

No que respeita à actuação dos Bancos Centrais, ao longo do ano de 2012, a Reserva Federal Americana deverá manter as operações de intervenção previstas para o mercado de dívida, com maturidade no final do primeiro semestre de 2012, mantendo as taxas directoras em níveis mínimos históricos. Por sua vez, será expectável que o Banco Central Europeu mantenha as medidas de cedência de liquidez extraordinárias a bancos comerciais, com vista à reposição da estabilidade do sistema financeiro europeu, assim como do programa de compras de dívida soberana europeia. Adicionalmente, em função da contracção das expectativas de inflação e crescimento real para a Zona Euro para 2012, e da evolução da crise da dívida soberana, o BCE deverá manter uma política monetária acomodatícia, convencional e não convencional.

No actual ambiente macroeconómico, os mercados de obrigações deverão registar comportamentos distintos. As yields americanas poderão denunciar um comportamento ascendente, em função da melhoria dos fundamentais económicos observada no último trimestre de 2011, apesar da possibilidade de prevalência do sentimento de aversão ao risco vigente no mercado e da manutenção de taxas directoras até 2013. Inversamente, existe potencial para diminuições adicionais das taxas alemãs, na sequência das fracas expectativas económicas em 2012, possibilidade de adopção de políticas monetárias mais acomodatícias pelo ECB e do sentimento de refúgio associado à crise da dívida soberana. Quanto aos mercados periféricos europeus, deverão continuar a evidenciar uma dinâmica de elevada volatilidade, em especial no primeiro semestre de 2012.

Em termos de obrigações de risco de crédito, o sector de empresas deverá permanecer susceptível à elevada volatilidade implícita no mercado e forte correlação com a evolução da crise da dívida soberana, não sendo expectável, como tal, um forte estreitamento de spreads, a partir dos níveis actuais, num horizonte de curto prazo. Ainda assim, a classe deverá continuar a beneficiar de uma rendibilidade potencial atractiva face às obrigações do tesouro de referência. No que respeita ao segmento das obrigações financeiras, o respectivo potencial poderá ser menor, dada a exposição ao risco de países periféricos europeus, necessidades de recapitalização e os maiores níveis de regulação a que serão sujeitas.

No que respeita aos mercados accionistas, num cenário de manutenção da actual divergência de expectativas de crescimento económico entre EUA e Europa e de incertezas relativamente à evolução da crise da dívida soberana, será expectável a permanência de uma performance diferenciada da classe entre os dois blocos, favorável aos EUA, à semelhança do observado nos anos de 2010 e 2011. É expectável que se mantenha o actual regime de forte volatilidade de mercado, numa conjuntura de elevados índices de aversão ao risco.

Assim, em 2012, a performance das classes de activos deverá permanecer fortemente correlacionada com a evolução da crise da dívida soberana europeia e o cenário macroeconómico vivenciado, que com grande grau de probabilidade será mais frágil na Zona Euro, apesar dos níveis de valorização atractivos apresentados pelas diferentes classes. Consequentemente, poderá existir potencial no estabelecimento de estratégias diferenciadoras de índices norte-americanos e europeus, sendo expectável uma performance atractiva das classes de risco num cenário de recuperação dos índices de aversão ao risco dos agentes económicos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 11

MERCADO IMOBILIÁRIO

Internacional

O último ano foi severamente marcado por um contexto económico-financeiro decorrente da crise da dívida soberana na Europa. A persistencia de desequilíbrios orçamentais de estados-membros da União Europeia, para além dos chamados países periféricos e a inexistência de uma posição concertada, contribuíram para um permanente estado de turbulência económica.

O sector imobiliário, pela relevância que tem na actividade económica, não foi alheio ao enquadramento macroeconómico. A confrontação com um ambiente de crédito mais restritivo, com maior exigência no aporte de capitais próprios, reduziu a apetência de assumpção de risco no investimento imobiliário. Não obstante, esta classe de activos manteve-se atractiva em comparação com outras classes, nomeadamente as acções e as obrigações.

Os três principais mercados mundiais — Europa, Estados Unidos e Ásia Pacifico — evoluíram a diferentes velocidades face ao impacto da crise financeira.

Na Europa registaram-se volumes de investimento reduzidos, originados pela relutância dos investidores em assumirem investimentos de maior risco, bem como pela escassez de oferta de activos prime. O Reino Unido continuou a ser o maior mercado, totalizando cerca de 30% da actividade total.

Nos Estados Unidos verificou-se um aumento da actividade que teve por base a recuperação do mercado de arrendamento e uma maior disponibilidade de acesso ao crédito, contribuindo para uma ligeira compressão das taxas de capitalização.

A região Ásia Pacifico tem vindo a recuperar moderadamente da crise financeira mundial, sendo de destacar a China Continental cujo crescimento no sector financeiro demonstra resiliência e robustez.

As perspectivas a médio prazo não são animadoras, com a evolução da economia e seus problemas estruturais, em especial na zona Euro, a terem, seguramente consequências directas no sector. Ainda assim, a existência de um fluxo crescente de capital, oriundo de economias do novo mundo, assume-se como potencialmente interessante para o mercado imobiliário, no sentido de aproveitar a correlação entre subida das yields e deflação dos preços, bem como a oportunidade gerada pela necessidade de desalavancagem financeira de alguns sectores da economia.

Nacional

A economia nacional viveu, no último ano, num cenário de redução efectiva do PIB tendo grande parte dos indicadores económicos confirmado o prolongamento de uma conjuntura recessiva, situação à qual o mercado imobiliário não foi alheio. Para além das características intrínsecas de cada segmento, das localizações e das especificidades dos activos, os resultados deste sector estão estruturalmente dependentes do desempenho macroeconómico, que assenta hoje muito para além da zona euro.

Se por um lado, esta conjuntura tem vindo a reflectir-se em todos as áreas de actividade, conduzindo a uma política restritiva de concessão de crédito com repercussões no mercado imobiliário nacional e a consecutiva subida das yields em todos os segmentos de mercado, por outro, o impacto do referido

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 12

contexto económico na actividade dos ocupantes, bem como a falta de alternativas para a substituição dos mesmos, têm imposto a renegociação de rendas, com o consequente ajustamento das mesmas.

No mercado de arrendamento de escritórios, apesar das rendas prime não terem sofrido grandes variações, a área absorvida foi a mais baixa da última década e a taxa de disponibilidade apresentou uma tendência crescente.

O sector de retalho sofreu grandes dificuldades devido à retracção do consumo privado. Apesar deste enquadramento há a destacar o comércio de rua, segmento que registou um razoável dinamismo conseguindo manter os valores de mercado. Já os valores praticados nos centros comerciais e em especial nos formatos de retail parks, foram alvo de uma pressão considerável.

O segmento industrial e logístico, fortemente dependente da evolução da economia e do nível de consumo, com o natural reflexo nas importações e exportações, ficou marcado por uma quebra efectiva dos valores de mercado, resultado de um acentuado enfraquecimento da procura.

Ao nível da aquisição de habitação permanente ou para segunda habitação, registou-se um forte abrandamento da procura. Este abrandamento resulta, fundamentalmente, da subida das taxas de juro, escassa liquidez e consequente restrição do acesso ao crédito. Neste segmento registou-se um aumento significativo na actividade de arrendamento, sendo este um mercado que demonstra um interesse crescente.

O mercado de investimento registou um dos valores mais baixos dos últimos 10 anos, verificando-se uma descida superior a 60% face ao volume verificado no ano anterior. Na origem do decréscimo esteve a adopção de uma política de concessão de crédito mais restritiva, assim como o afastamento de investidores estrangeiros institucionais que, dependendo do perfil, preferiram optar por mercados seguros ou pelos emergentes.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 13

MERCADO DE GESTÃO DE ACTIVOS PORTUGUÊS

Fundos de Investimento Mobiliário

No final de 2011, o valor dos activos geridos pelas sociedades gestoras portuguesas situava-se em 10.835 Milhões de Euros (M€), o que correspondeu a um decréscimo de 3.384 M€ (24%).

Os Fundos de Tesouraria perderam 1.056 M€ (47%) por deslocação dos clientes bancários para Depósitos a Prazo; os Fundos de Capital Garantido diminuíram 628 M€ (30%) devido à liquidação de 17 fundos, cujo termo do período de actividade previsto nos seus regulamentos chegou ao fim; os Fundos Flexíveis diminuíram 625 M€ (33%) e os Fundos de Acções, no seu conjunto, perderam 523 M€ (34%) devido essencialmente aos resgates e à desvalorização dos títulos em carteira. De assinalar também a perda de 220 M€ (17%) nos fundos PPR.

Os Fundos Especiais de Investimento e os Fundos de Capital Assegurado são actualmente as categorias com maior dimensão no mercado português, detendo activos no valor de 4.487M€, o que corresponde a 41% do mercado de fundos mobiliários.

MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PORTUGUÊS

0 M€

5.000 M€

10.000 M€

15.000 M€

20.000 M€

25.000 M€

30.000 M€

2007 2008 2009 2010 2011

Tesouraria Obrigações Mistos e F.Fundos

Flexíveis Acções Nacionais Acções Internacionais

PPR Capital Assegurado Fundos Especiais

Fonte: APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, de Pensões e Patrimónios

Em 2011 foram constituídos 50 novos fundos, maioritariamente Fundos Especiais de Investimento, e foram liquidados 35 fundos, principalmente Fundos de Capital Assegurado, elevando para 299, o número de fundos mobiliários portugueses em actividade.

No final do ano, as cinco maiores sociedades gestoras portuguesas concentravam 83% do mercado, situando-se a quota de mercado da Caixagest em 23% e mantendo a liderança do mercado.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 14

Fundos de Investimento Imobiliário

Em 31 de Dezembro de 2011, o valor líquido dos fundos de investimento imobiliário ascendeu a 11.267 milhões de euros (M€), o que traduz uma redução de 353 milhões de euros relativamente ao início do ano.

O volume sob gestão manteve uma ligeira tendência de descida ao longo do semestre. Os Fundos Imobiliários Abertos baixaram 487 M€ e os Fundos Imobiliários Fechados perderam 62 M€, mas os Fundos Especiais de Investimento Imobiliário Fechados (FEIIF) registaram um aumento de 258 M€.

MERCADO DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS PORTUGUÊS

0 M€

2.000 M€

4.000 M€

6.000 M€

8.000 M€

10.000 M€

12.000 M€

2007 2008 2009 2010 2011

Abertos Fechados FEII

Fonte: APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, de Pensões e Patrimónios

Em 2011 foram constituídos quatro novos fundos imobiliários e registou-se a liquidação de dois fundos; o que elevou o número de fundos imobiliários portugueses em actividade para 261 fundos.

Os fundos imobiliários portugueses encontram-se dispersos por 36 sociedades gestoras e as cinco maiores concentravam 47% do mercado. A quota de mercado da Fundimo situa-se em 13,9%, mantendo a liderança do mercado.

Fundos de Pensões

Em 31 de Dezembro de 2011 o valor sob gestão dos fundos de pensões ascendia a 13.253 milhões de euros (M€), o que traduz um decréscimo de 32,8% face ao final de 2010.

O comportamento dos fundos de pensões foi, por um lado, fortemente influenciado pela transmissão parcial para o Estado da titularidade do património dos fundos de pensões cuja responsabilidade das pensões em pagamento em 31 de Dezembro de 2011 se encontrava prevista no regime substitutivo da regulamentação colectiva de trabalho vigente no sector bancário (Decreto-Lei n.º 127/2011 de 31 de Dezembro) e, por outro, pelo comportamento negativo de quase todas as classes de activos a

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 15

partir do mês de Agosto. O referido diploma, para além de justificar em grande medida a quebra verificada no montante total dos fundos de pensões sob gestão, influenciou o posicionamento no ranking das principais entidades gestoras.

Os Fundos Fechados registaram uma descida de 16.897 M€ para 12.094 M€, continuando a dominar este mercado com uma quota de 91,3% do total de fundos de pensões. Durante o ano extinguiram-se cinco fundos de pensões fechados por transferência para adesões individuais e colectivas a fundos de pensões abertos já existentes. Assistiu-se ainda à liquidação de três fundos, um PPR, um fechado e um fundo aberto que não PPR ou PPA. O montante dos Fundos de Pensões Abertos (incluindo PPR e PPA) diminuiu 1% para 1.159 M€.

MERCADO DE FUNDOS DE PENSÕES PORTUGUÊS

0 M€

5.000 M€

10.000 M€

15.000 M€

20.000 M€

25.000 M€

2007 2008 2009 2010 2011

Fundos Fechados Fundos Abertos

Fonte: ISP – Instituto de Seguros de Portugal

Durante o ano de 2011, foram liquidados dois fundos de pensões abertos e seis fundos fechados, por transferência para adesões colectivas a fundos de pensões abertos já existentes.

No final de 2011, o mercado estava representado por 229 fundos, 156 dos quais fechados, administrados por 11 sociedades gestoras de fundos de pensões e por 12 empresas de seguros. As quatro maiores sociedades gestoras foram responsáveis por 68,4% do mercado de Fundos de Pensões e a quota da CGD Pensões situava-se em 15,7%, ocupando o segundo lugar no ranking por montante.

Gestão de Patrimónios

No final 2011, o montante sob gestão no mercado de gestão de carteiras por conta de outrem estava distribuído por cerca de 50 entidades gestoras (das quais 90% são sociedades gestoras de patrimónios ou de fundos) e ascendia a cerca de 55.230 M€, o que representou um decréscimo de 17% face ao início do ano, situando-se a quota de mercado da Caixagest em 30%, mantendo a liderança do mercado.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 16

ACTIVIDADE DA CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS

Em 31 de Dezembro de 2011, o universo das empresas integrantes da Caixa Gestão de Activos – Grupo Caixa Geral de Depósitos, detinham sob gestão e aconselhamento activos que totalizavam 21.304 M€, o que representou um decréscimo de 12% relativamente ao final do ano anterior.

ACTIVOS GERIDOS PELO GRUPO CAIXA GERAL DEPÓSITOS

Unid.: Milhões de euros

Variação

2010 2011 Valor %

Activos geridos

Fundos Mobiliários (Caixagest) 3.282 2.490 - 792 - 24%Fundos Imobiliários (Fundimo) 1.683 1.548 - 135 - 8%Fundos de Pensões (CGD Pensões) 2.183 2.075 - 108 - 5%Carteiras sob Gestão (Caixagest) 1 16.691 14.884 -1.807 - 11%Carteiras sob aconselhamento (Caixagest) 303 307 4 1%

Total 24.142 21.304 -2.839 - 12%

1 Os montantes das carteiras sob Gestão não incluem os Fundos de Pensões referidos na linha anterior

Destacam-se, seguidamente, os principais aspectos que caracterizaram o ano de 2011, para cada uma das sociedades integradas

CAIXAGEST S.A. - FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO & PATRIMÓNIOS

EVOLUÇÃO COMERCIAL

Fundos de Investimento Mobiliário

O enquadramento económico desfavorável do país e da Europa em 2011, que culminou com o resgate financeiro de Portugal, maior aversão ao risco por parte dos clientes e menor liquidez no mercado nacional, contribuiu para o agravamento de uma tendência negativa no mercado nacional de Fundos de Investimento Mobiliário (FIM).

A tendência de incremento da competição do pricing praticado, ao longo do ano, nas instituições bancárias portuguesas, conduziu a um aumento generalizado das remunerações dos depósitos tradicionais, conduzindo a uma menor procura por produtos alternativos de investimento por parte dos clientes de retalho.

Face a este cenário, o paradigma do comportamento dos clientes de retalho alterou-se com a procura crescente de depósitos a prazo, com maturidades até um ano, associado a uma quebra acentuada da procura por produtos com risco diferenciado. Acompanhando a tendência do mercado, o montante

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 17

gerido pela Caixagest baixou de 3 282 milhões de euros para 2 490 milhões de euros, mantendo a quota de mercado em 23%.

A estratégia comercial da Fundimo em 2011, junto dos canais de distribuição, assentou na consolidação da política de transmissão de conhecimentos e comunicação:

Em Maio de 2011, realizou-se um questionário junto da rede comercial para avaliar a sua opinião sobre o nível da qualidade do serviço que a Caixagest presta à Rede Comercial da Caixa, e a maioria dos inquiridos manifestou uma opinião muito favorável relativamente ao serviço de Consultoria.

Apostou-se na literacia financeira da rede comercial, com o desenvolvimento e participação em cursos de formação, promovidos por iniciativa da Caixagest, transversal a todas as funções de enquadramento da rede de retalho. A consolidação da personalização do acompanhamento da rede contribuiu para um fortalecimento da proximidade, da confiança e da criação de oportunidades ganhadoras.

Reforçou-se a promoção de iniciativas de fomento da comunicação, internas e externas ao Grupo Caixa, com contributo relevante para o aumento dos níveis de notoriedade da empresa e para a recolha de informação de suporte ao contínuo desenvolvimento e oferta de soluções inovadoras e fortemente competitivas.

Decorrendo desta estratégia e em estreita interligação com as Direcções Comerciais e de Marketing da Caixa, foram constituídos três novos fundos especiais de investimento (FEI) fechados, que captaram um montante global de 98,5 milhões de euros:

Caixagest Valor BRIC 2015

Caixa Rendimento Fixo 2015

Caixagest Rendimento Corporate 2014.

Destaca-se ainda, durante o ano de 2011, o término de seis Fundos Especiais de Investimento:

Fundo Mês de

Liquidação Valorização bruta

acumulada Duração

Caixagest Multiactivos 2011 Agosto 13,81% 6 anos

Caixagest Maxiselecção Agosto 6,00% 5 anos

Caixagest Rendimento Mais Junho 10,00% 5 anos

Caixagest Memories Julho 12,37% 5 anos

Caixagest Valor Plus Abril 6,00% 4 anos

Caixagest Rendimento Crescente 2011 Março 8,25% 5 anos

Em Fevereiro de 2011, e na sequência de uma política de simplificação da oferta, procedeu-se à fusão por incorporação de alguns Fundos da Caixagest:

Os fundos Caixagest Rendimento e Caixagest Moeda foram incorporados no Fundo Caixagest Obrigações Mais Mensal (anteriormente designado por Caixagest Renda Mensal);

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 18

O fundo Caixagest Curto Prazo foi incorporado no Caixagest Activos Curto Prazo (anteriormente designado por Caixagest Tesouraria).

No final do ano, a Caixagest geria uma carteira de 48 fundos de investimento mobiliário amplamente diversificada por vários mercados financeiros internacionais e adaptada aos diversos segmentos de investidores.

Gestão de Patrimónios

O reconhecimento, por parte dos clientes, do acréscimo de valor com a diversidade de soluções de investimento disponíveis e adaptadas às suas necessidades, permitiu um crescimento da taxa de penetração deste serviço junto dos clientes de retalho. A área de aconselhamento registou um incremento significativo de clientes que compensou largamente a saída de clientes do serviço de gestão discricionária

No segmento de clientes Institucionais, registou-se um aumento do número da carteira das carteiras dos Fundos Reserva, mas que não foi suficiente para compensar a desvalorização, nas quais pesam significativamente as Obrigações e outros activos, cujo valor destes activos foi negativamente afectado pela crise do mercado de crédito.

Os mesmos factores que influenciaram a diminuição da procura de Fundos de Investimentos, terão também afectado a constituição de seguros de capitalização, tendo-se registado uma diminuição de activos das seguradoras do grupo CGD, sob gestão da Caixagest.

EVOLUÇÃO FINANCEIRA

O ano de 2011 ficou marcado pela diminuição das comissões da Caixagest para o valor de 20,1 M€, menos 11% do que no ano anterior.

Os encargos com serviços e comissões registaram também um decréscimo para 11,8 M€, devido à diminuição das comissões de comercialização pagas ao banco comercializador. Os custos de funcionamento no valor de 7,0 M€ foram, em cumprimento das directrizes do accionista, 17% inferiores aos do ano anterior.

SOCIEDADE GESTORA

(Milhares de Euros)

2010 2011 Variação

Activo líquido 32 761 31 313 - 4%

Capitais próprios 27 106 27 155 0%

Distribuição de dividendos e reservas 6 595 1 053 - 84%

Resultado líquido 1 053 1 108 + 5%

Capital social 9 300 9 300

% GRUPO CGD 100,0% 100,0%

Durante o ano, a Caixa Geral de Depósitos recebeu em resultado directo desta actividade, 1,6 M€ de comissões de depositário, 8,9 M€ de comissões de comercialização e 0,4 M€ de comissões de subscrição e resgate.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 19

FUNDIMO S.A. - FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

EVOLUÇÃO COMERCIAL

A tendência generalizada no mercado de quebra de clientes nos fundos de investimento, foi transversal a toda a tipologia de fundos abertos. A menor liquidez das famílias associada a uma perda média do poder de compra, contribuiu para um menor nível médio de investimento por cliente nos fundos.

A estratégia comercial da Fundimo em 2011, junto dos canais de distribuição, assentou na consolidação da política de transmissão de conhecimentos, comunicação e informação sobre as condições do mercado imobiliário e a posição concorrencial do fundo Fundimo.

A promoção comercial do Fundo Imobiliário Aberto Fundimo concentrou-se no 1º semestre de 2011, com a realização de uma campanha nos canais de comercialização para a captação de novos clientes.

O Fundo Imobiliário Aberto Fundimo manteve a sua posição enquanto maior fundo de investimento imobiliário aberto nacional. O comportamento consistente deste Fundo e a continuação da estratégia de gestão implementadas nos últimos anos - sem exposição ao sector residencial e privilegiando uma política que concilia a monitorização da carteira actual com a procura activa das oportunidades existentes no mercado imobiliário nacional e especialmente nas zonas prime - explicam o comportamento do Fundo, mesmo num cenário em que algumas aplicações alternativas de médio e longo prazo, podem parecer mais competitivas.

Fundos Imobiliários sob Gestão

(Milhões de Euros)

2010 2011 Var iação

Fundo Imobiliário Aberto 1064 922 - 13%

Fundos Imobiliários Fechados 619 643 + 4%

Total 1.683 1.565 - 7%

Quanto aos fundos fechados geridos pela Fundimo, atendendo à situação de se encontrarem maioritariamente afectos ao desenvolvimento e promoção imobiliária, registou-se algum abrandamento de actividade. Durante o ano de 2011, a Fundimo cessou a gestão de um fundo de investimento imobiliário fechado. Por outro lado, a actual conjuntura nacional e internacional tem trazido dificuldades acrescidas aos projectos de alguns Fundos imobiliários fechados de subscrição particular, lançados na fase mais favorável do ciclo económico, nomeadamente, projectos de grande dimensão ou turísticos e residenciais com insuficiente alocação de capitais próprios.

No final de 2011 a carteira de fundos imobiliários sob gestão incluía 1 fundo aberto e 27 fundos fechados por subscrição particular, dos quais 8 classificados como fundos especiais.

EVOLUÇÃO FINANCEIRA

Em termos globais, o ano de 2011, caracterizou-se por um abrandamento da actividade da Fundimo, resultante dos resgates no fundo aberto Fundimo. O aumento do valor das comissões de resgate cobradas relativas ao Fundo Fundimo, reflectiram-se favoravelmente no montante de comissões, as

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 20

quais atingiram o montante de 15,9 milhões de euros, em 31 de Dezembro de 2011.

A Fundimo deu integral cumprimento às orientações transmitidas pelo accionista no sentido de implementar um rigoroso controlo de custos operativos, tanto em custos com os recursos humanos como em termos de fornecimentos de terceiros. Os custos de funcionamento sofreram um decréscimo 7% face ao ano anterior e os encargos com serviços e comissões registaram ainda um crescimento em consequência do aumento da comissão de comercialização.

As contas da Fundimo foram afectadas pela constituição de uma Provisão para Créditos de Cobrança Duvidosa no valor de 987 milhares de euros.

Estes desenvolvimentos reflectiram-se nos resultados, tendo a Fundimo fechado o ano com resultados líquidos de 4 385 milhares de euros, mais 28,6% que no período homólogo.

SOCIEDADE GESTORA

(Milhares de Euros)

2010 2011 Variação

Activo líquido 7 055 9 196 + 30%

Capitais próprios 5 556 7 084 + 27%

Distribuição de dividendos e reservas 3 604 2 857 - 21%

Resultado líquido 3 408 4 385 + 29%

Capital social 600 600

% GRUPO CGD 100,0% 100,0%

CGD PENSÕES S.A. - FUNDOS DE PENSÕES

EVOLUÇÃO COMERCIAL

A CGD Pensões terminou o ano de 2011 mantendo sob gestão dezasseis fundos de pensões fechados e quatro fundos de pensões abertos. Não obstante a transferência da gestão do Fundo de Pensões Finibanco provocada pela OPA do Montepio Geral sobre o referido banco, a CGD Pensões conseguiu obter o mandato para a gestão do Fundo de Pensões ICP-Anacom. O valor patrimonial dos fundos geridos ascendia a 2.115,4 M€, representando um decréscimo de 3,1 % face aos 2.183 M€ geridos no final de 2010.

Devido à conjuntura de crise que marcou a economia mundial durante o ano, os reembolsos de unidades de participação dos fundos de pensões abertos, realizados na sua larga maioria por participantes com direito a pensão de reforma, ascenderam a 17,2 M€, tendo-se igualmente verificado transferências de 3,4 M€ entre os três fundos de pensões abertos. Não obstante, durante o ano, registaram-se 299 novas adesões individuais, num total de novas subscrições no valor de 1,9 M€, das quais 124 resultaram de transferências. Verificou-se ainda 1 nova adesão colectiva aos fundos de pensões abertos Caixa Reforma Activa e Caixa Reforma Valor, cujo montante total subscrito correspondeu a 0,07 M€.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 21

Para alcançar os objectivos a que se propôs, a Sociedade continuou a contar com a colaboração imprescindível da rede comercial da CGD e da área comercial da Caixa Gestão de Activos.

EVOLUÇÃO FINANCEIRA

Não obstante ter conseguido manter o mesmo número de fundos sob gestão ao longo de 2011, a CGD Pensões registou uma quebra nos montantes sob gestão, nomeadamente ao nível dos fundos de pensões abertos por via de reembolsos por parte de participantes em condições de acesso aos benefícios, tendo registada, em 31 de Dezembro, em Prestações de Serviços, um valor de 2,96 M€, ou seja, um decréscimo de 7,24% face ao período homólogo de 2010.

Quanto aos Fornecimentos e Serviços Externos e aos Gastos com Pessoal registaram, respectivamente, uma redução de 2,1% e um aumento de 30,2%, face ao período homólogo do ano anterior, ascendendo, respectivamente, a 1,5 M€ e a 0,4M€.

Assim o Resultado Líquido do Exercício de 2011, no valor de 793.963 euros, regista um decréscimo de 21,9% face ao do ano anterior.

(Milhares de Euros)

2010 2011 Variação

Activo líquido 5 640 5 402 - 4%

Capitais próprios 4 827 4706 - 3%

Distribuição de Dividendos e Reservas 2 332 915 - 61%

Resultado líquido 1 017 794 - 22%

Capital social 3 000 3 000

% GRUPO CGD 100% 100%

A CGD Pensões deu integral cumprimento às orientações transmitidas pelo accionista no sentido de implementar um rigoroso controlo de custos operativos, tanto em custos com os recursos humanos como em termos de fornecimentos de terceiros. Os valores apurados estão contudo influenciados pela transferência dos custos com um administrador, quadro da CGD, anteriormente contabilizado em pessoal cedido e pela nova metodologia de contabilização do custo com o contrato de gestão financeira assinado com a Caixagest.

ESTRUTURA OPERACIONAL E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

A área de gestão dos sistemas de informação da Caixa Gestão de Activos consolidou durante o ano de 2011 os processos de negócio através da melhoria das actividades de gestão de informação e de gestão tecnológica:

Foi dada continuidade à actualização dos sistemas centrais de informação utilizados nas áreas de apoio ao negócio, nomeadamente nas actualizações aos sistemas de valorização de fundos de investimento mobiliário, fundos de investimento imobiliário, fundos de pensões e gestão de patrimónios, nas actualizações ao sistema de gestão de contribuições e

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 22

participantes dos fundos de pensões, nas actualizações ao sistema de apoio ao processo de reconciliações financeiras e físicas, e às actualizações do software de contabilidade e gestão de pessoal.

Foi consolidada a plataforma de gestão e distribuição de informação, que fornece serviços de informação na área de gestão de títulos, pricing, reporting legal e disponibiliza informação para as diversas áreas de negócio da Caixa Gestão de Activos.

Foi implementada a componente de Acções da nova ferramenta de front office para a gestão de activos “Charles River“ e encontra-se em fase de conclusão a implementação da componente de Obrigações

Foram negociadas novas funcionalidades e desenvolvimentos para a aplicação de gestão de fundos imobiliários “Fund Manager”.

RECURSOS HUMANOS

No final de 2011, a Caixa Gestão de Activos contava com um total de 126 colaboradores, o que corresponde ao decréscimo de um colaborador em relação ao ano anterior, em consequência do movimento de 3 entradas e 4 saídas. A este efectivo há que adicionar, 5 administradores que desempenham funções executivas nas sociedades e 2 colaboradores que se encontram cedidos a empresas do Grupo CGD.

Os custos com os recursos humanos das empresas que integram a Caixa Gestão de Activos (incluindo o pessoal cedido) em 2011, totalizaram 6.241 milhares de euros, menos 11% do que o registado no exercício anterior. Este decréscimo traduz a redução da remuneração fixa e variável dos colaboradores e administradores, decretada pelo Orçamento do Estado de 2011 para as empresas do Sector Empresarial do Estado, no âmbito do Memorando de Entendimento estabelecido com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, de acordo com as especificidades conferidas pelo Ministério das Finanças à CGD e em conformidade com as directrizes do grupo CGD.

2010 2011 Variação

Custos com Pessoal

Orgãos Sociais 603 698 + 15,8%

Funcionários 5.556 4.877 - 12,2%

Fornecimento Serviços Terceiros Pessoal Cedido 856 666 - 22,2%

Custos totais com Pessoal 7.015 6.241 - 11,0%

O nível, a capacidade e a motivação das pessoas que integram as empresas da Caixa Gestão de Activos constituíram, da mesma forma que em anos anteriores, as preocupações centrais da política de pessoal que, ao fomentar a identificação dos empregados com o projecto Gestão de Activos, visa a manutenção do padrão de qualidade dos serviços prestados. Assim, salienta-se o apoio concedido em 2011, para reforço do nível académico das carreiras técnicas de Gestão de Activos bem como a

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 23

preocupação constante com uma política de retenção de talentos, através do acompanhamento e evolução das carreiras dos recursos humanos que possam responder aos desafios mais estratégicos.

O aumento verificado na conta de Orgãos sociais, decorre em exclusivo do facto desta rubrica agora considerar os custos de dois administradores executivos, que anteriormente eram quadros da empresa e da CGD e, a partir de Outubro de 2011, a totalidade do custo do presidente da comissão executiva, que anteriormente era suportado por outras empresas do grupo CGD.

MECANISMOS DE GOVERNAÇÃO

A Sociedade considera fundamental que os Fundos e as Carteiras que administra possuam um sistema de controlo interno adequado e eficaz. A sociedade define o sistema de controlo interno como o conjunto de estratégias, sistemas, processos, políticas e procedimentos definidos pelo Conselho de Administração, e ainda as acções desenvolvidas por este Conselho e todos os colaboradores da Caixagest, de forma a que assegure:

o desempenho eficiente e rentável, no médio e longo prazo, da actividade através de uma utilização eficaz dos activos e recursos;

o efectivo cumprimento das obrigações legais e regulamentares a que se encontra sujeita;

a apropriada gestão dos riscos inerentes às actividades desenvolvidas, assegurando a estabilidade e sobrevivência da sociedade;

a prudente e adequada avaliação dos activos e responsabilidades;

a existência de informação financeira e de gestão completa e fiável.

Para atingir estes objectivos a Sociedade tem vindo a fomentar, ao longo do tempo, uma cultura e um ambiente de controlo adequados, assegurando actividades de controlo, um mecanismo de avaliação do ambiente de controlo, bem como um efectivo processo de monitorização.

Diversos projectos, têm sido implementados, abrangendo de forma transversal todos os órgãos de estrutura da organização, nomeadamente, em termos de gestão do risco operacional e mecanismo de controlo interno (ROCI), bem como na implementação e manutenção do plano de continuidade de negócio (PCN).

A implementação do projecto ROCI permitiu a criação da função de gestão de riscos para a sociedade gestora. Para os fundos de investimento e gestão discricionária de carteiras, a função de gestão de riscos será subcontratada à Direcção de Gestão de Risco da CGD, tendo sido já iniciada a monitorização dos riscos de liquidez, concentração e contraparte.

Tendo presente o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, relativamente ao processo de monitorização do sistema de controlo interno, a Sociedade subcontratará a função de auditoria interna à Direcção de Auditoria Interna da CGD, tendo já estabelecido o programa de acção a desenvolver nos próximos 3 anos, com início em 2012.

Para assegurar a governação, a sociedade dispõe de uma Comissão Executiva que se reúne regularmente, e que em 2011 realizou 25 reuniões. Para melhorar o acompanhamento dos assuntos operacionais e monitorização dos riscos, existe o Comité de Gestão de Riscos de Negócio, que se reuniu 6 vezes. Também o Comité de Avaliação de Activos, que trata de aspectos ligados à avaliação dos activos das carteiras dos Fundos, reuniu 6 vezes.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 24

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E CAPITAIS PRÓPRIOS

CONTA CONSOLIDADA

As contas da Caixa Gestão de Activos são consolidadas na Caixa Geral de Depósitos. Apresenta-se no quadro seguinte uma análise comparativa dos indicadores agregados das empresas que constituem a estrutura da Caixa Gestão de Activos.

SGPS CAIXAGEST FUNDIMOCGD

PENSÕESConsolidado

2011 Ano

Anterior Variação

%

Indicadores de Resultados e de Balanço

Margem Financeira 77 561 121 61 820 417 96,7%

Produto Bancário 77 8.499 9.548 2.114 20.237 20.924 -3,3%

dos quais: Comissões

- Comissões de Gestão 0 20.147 15.924 2.965 38.639 39.311 -1,7%

- Comissões de Comercialização 0 -8.914 -5.520 -450 -14.884 -14.798 0,6%

Outros Custos 27 6.991 3.458 1.037 11.512 13.414 -14,2%

- Custos com Pessoal 0 3.722 1.041 401 5.575 6.159 -9,5%

- Fornec. e Serviços Externos 27 2.983 1.365 577 4.541 5.827 -22,1%

- Amortizações 0 286 65 58 409 291 40,7%

- Provisões Líquidas e Anulações 0 0 987 0 987 1.137

Resultado Antes de Impostos 50 1.508 6.090 1.077 8.725 7.511 16,2%

Impostos sobre Lucros 11 399 1.705 283 2.398 2.026 18,3%

Resultados Líquidos (1) 39 1.109 4.385 794 6.326 5.483 15,4%

Capitais Próprios Totais 492 27.155 7.085 4.706 39.437 44.118 -10,6%

Indicadores de Actividade

Proveitos Gerados para o Grupo: 26.534 17.480 3.177 47.190 47.450 -0,5%

- Comissões de Gestão 19.802 12.524 2.954 35.280 37.368 -5,6%

- Comissões de Banco Depositário 6.341 1.449 212 8.003 8.524 -6,1%

- Comissões Subscrição e Resgate 391 3.506 11 3.908 1.558 150,8%

Activos: 19.487.749 1.547.771 2.074.861 21.303.819 24.142.424 -11,8%

Activos sob Gestão 19.181.103 1.547.771 2.074.861 20.997.173 23.839.556 -11,9% Activos sob Aconselhamento 306.646 306.646 302.867 1,2%

(1) Os Resultados antes de Impostos e o Resultado Líquido da SGPS excluem os dividendos recebidos das participadas.

(2) Os Capitais Próprios Totais da SGPS excluem o valor do Investimento nas Filiais (Caixagest, Fundimo e CGD Pensões) .

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 25

CONTAS INDIVIDUAIS

As contas da Caixa Gestão de Activos, SGPS, no que aos proveitos diz respeito, resumem-se aos dividendos recebidos das empresas subsidiárias (Caixagest, Fundimo e CGD Pensões) que atingiram o montante de 4.825 milhares de Euros no exercício de 2011, e aos juros provenientes de aplicações financeiras dos capitais próprios no valor de 77 milhares de Euros. O resultado líquido depois de impostos foi de 4 863 Milhares Euros.

Apresenta-se no quadro seguinte a evolução dos resultados líquidos das empresas participadas.

EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS LÍQUIDOS DAS EMPRESAS PARTICIPADAS

Unidade: Milhares de Euros

Sociedade 2010 2011 Variação

Caixagest 1 053 1 108 + 5%

Fundimo 3 408 4 385 + 27%

CGD Pensões 1 017 794 - 22%

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos do preceituado nos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido de Imposto da Caixa Gestão de Activos, S.G.P.S. relativo ao ano de 2011, no valor de 4.863.464,10 euros (quatro milhões, oitocentos e sessenta e três mil e quatrocentos e sessenta e quatro euros e dez cêntimos), tenha a seguinte aplicação:

10%, ou seja, 486.346.41 euros, para reforço da Reserva Legal;

o remanescente, ou seja, 4.377.117,69 euros, colocamos à disposição do accionista.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir o seu relatório, o Conselho de Administração considera ser seu dever exprimir o reconhecimento às seguintes entidades, pela contribuição que prestaram à actividade da Sociedade:

Às entidades de supervisão, pela disponibilidade e acompanhamento da evolução dos fundos e das sociedades;

Aos membros da Assembleia-geral e das entidades revisoras de contas das sociedades e dos fundos, pelo empenhamento colocado na sua actuação fiscalizadora;

À rede comercial do Grupo CGD e seus responsáveis, a quem de dedica uma palavra de apreço;

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 26

Às estruturas centrais do Grupo CGD, designadamente às estruturas de apoio às participadas, marketing, gestão de produtos, gestão de risco, gestão de recursos humanos, assessoria jurídica, controlo de gestão, compliance, informática e auditoria interna, de quem se recebeu empenhada colaboração;

Aos colaboradores de todas as empresas da Caixa Gestão de Activos, a cuja competência, dedicação e espírito de serviço, se devem parte importante dos resultados alcançados;

À CGD, Accionista Único, pelo seu apoio permanente e pelo acompanhamento da actividade da Sociedade.

Lisboa, 23 de Fevereiro de 2012

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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João Eduardo de Noronha Gamito de Faria – Vice-Presidente (Comissão Executiva – Presidente)

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Fernando Manuel Domingos Maximiano (Comissão Executiva - vogal)

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Luís Miguel Saraiva Lopes Martins (Comissão Executiva - vogal)

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Eng. Jorge dos Santos Duro

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 27

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COM NOTAS EXPLICATIVAS

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 28

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2011 2010 Juros e rendimentos similares 11 77.053 32.505 Margem financeira 77.053 32.505

Rendimentos de instrumentos de capital 12 4.824.953 14.031.046 Encargos com serviços e comissões (757) (1.261) Produto bancário 4.901.249 14.062.290 Gastos gerais administrativos 13 (26.780) (26.812) Resultado antes de impostos 4.874.469 14.035.478

Impostos . Correntes 6 (11.005) 388 . Diferidos 6 - - Resultado do exercício 4.863.464 14.035.866

Receitas e despesas não reconhecidas no resultado do exercício - - Rendimento integral do exercício 4.863.464 14.035.866

Número médio de acções ordinárias emitidas 2.070.000 2.070.000 Resultado por acção 2,35 6,78

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 29

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

2010

Activo Activo Activo

ACTIVO Notas bruto Amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO Notas 2011 2010

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 180 - 180 180 Passivos por impostos correntes 6 11.070 -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 3 512.058 - 512.058 101.055 Outros passivos 8 9.246 10.061

Aplicações em instituições de crédito 4 - - - 6.501.806 Total do passivo 20.316 10.061

Investimentos em filiais e associadas 5 22.573.797 - 22.573.797 22.573.797

Activos por impostos correntes 6 - - - 33.875 Capital 9 10.350.000 10.350.000

Outros activos 7 - - - 1.602 Outras reservas e resultados transitados 10 7.852.255 4.816.388

Lucro do exercício 4.863.464 14.035.866

Total do capital próprio 23.065.719 29.202.254Total do activo 23.086.035 - 23.086.035 29.212.315 Total do passivo e do capital próprio 23.086.035 29.212.315

2011

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

Capital Reservas legais Reservas livres Total de reservasDividendos antecipados

Resultado do exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 10.350.000 3.757.675 - 3.757.675 (4.762.783) 10.587.133 19.932.025

Distribuição do lucro do exercício de 2009:. Transferência para reservas - 1.058.714 - 1.058.714 - (1.058.714) -. Transferência de dividendos antecipados - - - - 4.762.783 (4.762.783) -. Distribuição de dividendos - - - - - (4.765.636) (4.765.636)Resultado líquido do exercício de 2010 - - - - - 14.035.866 14.035.866Outros - (1) - (1) - - (1)

Saldos em 31 de Dezembro de 2010 10.350.000 4.816.388 - 4.816.388 - 14.035.866 29.202.254

Distribuição do lucro do exercício de 2010:. Transferência para reservas - 1.403.587 1.632.280 3.035.867 - (3.035.867) -. Distribuição de dividendos - - - - - (11.000.000) (11.000.000)Resultado líquido do exercício de 2011 - - - - - 4.863.464 4.863.464Outros - - - - - 1 1

Saldos em 31 de Dezembro de 2011 10.350.000 6.219.975 1.632.280 7.852.255 - 4.863.464 23.065.719

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 30

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

2011 2010 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Pagamentos a fornecedores (27.453) (26.554) Recebimento/(Pagamento) de impostos sobre lucros 33.931 (27.275) (Aumento)/diminuição de activos operacionais: Aplicações em instituições de crédito 6.500.000 (6.500.000) Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à actividade operacional (588) (1.090) Fluxos gerados pelas actividades operacionais 6.505.890 (6.554.919) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Dividendos recebidos 4.824.953 14.031.046 Juros e rendimentos similares 78.902 30.698 Fluxos gerados pelas actividades de investimento 4.903.855 14.061.744 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Pagamento de dividendos e distribuição de reservas (11.000.000) (19.787.256) Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (11.000.000) (19.787.256)

Variação líquida de caixa e seus equivalentes 409.745 (12.280.431) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 102.493 12.382.924 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 512.238 102.493

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 31

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010 (Montantes expressos em Euros) 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa – Gestão de Activos, SGPS, S.A. (adiante igualmente designada por “Sociedade”) foi constituída em 10 de Dezembro de 1999 com a denominação de Gestibanca, SGPS, S.A., tendo alterado a sua denominação social para a actual em 15 de Novembro de 2000. A Sociedade tem por objecto a gestão de participações sociais noutras sociedades, como forma indirecta do exercício de actividades económicas.

Conforme indicado na Nota 9, a Sociedade é detida integralmente pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD), sendo as suas operações e transacções influenciadas pelas decisões do Grupo em que se insere. Os principais saldos e transacções com empresas do Grupo CGD encontram-se detalhados na Nota 15.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras da Sociedade foram preparadas no pressuposto da continuidade

das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA’s), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.

As NCA’s correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS),

conforme adoptadas pela União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, não existem diferenças com impacto significativo nas demonstrações financeiras da Sociedade entre as NCA’s e as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia.

As demonstrações financeiras da Sociedade relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de

2011 não foram ainda objecto de aprovação pela Assembleia Geral, tendo contudo sido aprovadas pelo Conselho de Admnistração em 23 de Fevereiro de 2012. Contudo, o Conselho de Administração admite que as mesmas venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

A Sociedade não apresenta contas consolidadas, uma vez que se encontra dispensada de o

fazer, ao abrigo do Artigo 7º do Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho. De acordo com este parágrafo, a dispensa deve-se ao facto da Sociedade ser totalmente detida pela CGD, a qual apresenta demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, e visto que a Sociedade não emitiu nem tem intenções de emitir instrumentos de dívida ou de capital próprio.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes: a) Investimentos em filiais e associadas

Esta rubrica inclui as participações estáveis em empresas do Grupo Caixa Geral de

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Depósitos, nas quais a Sociedade exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas actividades, sendo o controlo evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto. Estas participações são denominadas filiais. Nos termos da Norma IAS 27 – “Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas” estes investimentos encontram-se registados ao custo de aquisição (ver Nota 5). Os dividendos são registados como proveito no exercício em que é aprovada a sua distribuição pelas filiais, na rubrica de “Rendimentos de instrumentos de capital”.

b) Impostos diferidos

Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultantes de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação, sendo registados de acordo com a Norma IAS 12 – “Impostos sobre o rendimento” e calculados com base nas taxas de imposto que se antecipam estarem em vigor no período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou liquidado o passivo.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Sociedade não tem registado impostos diferidos activos e passivos.

c) Especialização de exercícios

A Sociedade regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo as mesmas reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.

3. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica refere-se a depósitos à ordem expressos em Euros domiciliados na CGD (Nota 15). Nas mesmas datas, estes depósitos eram remunerados às taxas anuais brutas de 1,01% e 0,61%, respectivamente.

4. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo desta rubrica referia-se a um depósito a prazo e correspondentes juros corridos nos montantes de 6.500.000 Euros e 1.806 Euros, respectivamente. Este depósito a prazo encontrava-se domiciliado na Caixa Geral Depósitos, S.A., sendo remunerado à taxa anual bruta de 2,50% e teve o seu vencimento em Março de 2011 (Nota 15).

5. INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição: Caixagest – Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. (Caixagest) 15.798.473 Fundimo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. (Fundimo) 3.716.189 CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (CGD Pensões) 3.059.135 ---------------- 22.573.797 ========= Os principais dados financeiros das empresas participadas, obtidos a partir das respectivas

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demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são como segue:

2010% de Situação Lucro do

Entidade participação Activo líquida (*) exercício

Caixagest 100% 32.761.447 27.105.766 1.052.851Fundimo 100% 7.055.034 5.556.649 3.408.239CGD Pensões 100% 5.639.646 4.826.996 1.017.170

(*) Inclui o lucro do exercício A Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. foi constituída por escritura pública de 6 de

Novembro de 1990. O seu objecto social consiste na administração e gestão de fundos de investimento mobiliário, abertos ou fechados, podendo igualmente exercer a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, incluindo as correspondentes a fundos de pensões, com base em mandato conferido pelos investidores.

A Fundimo - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. foi constituída em 8 de

Janeiro de 1987, tendo por objecto social exclusivo a administração, gestão e representação de fundos de investimento imobiliário.

A CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. foi constituída em 14 de Maio de

1992, tendo por principal actividade a administração, gestão e representação de fundos de pensões.

A diferença entre o custo de aquisição das participações e o valor dos capitais próprios das empresas filiais, dado serem detidas a 100%, pode ser demonstrada da seguinte forma:

2010Equivalência Custo de

Entidade patrimonial aquisição Diferença

Caixagest 27.105.766 15.798.473 11.307.293Fundimo 5.556.649 3.716.189 1.840.460CGD Pensões 4.826.996 3.059.135 1.767.861

37.489.411 22.573.797 14.915.614

2011% de Situação Lucro do

Entidade participação Activo líquida (*) exercício

Caixagest 100% 31.313.058 27.154.902 1.108.520Fundimo 100% 9.196.591 7.084.932 4.384.932CGD Pensões 100% 5.401.523 4.705.507 793.963

2011Equivalência Custo de

Entidade patrimonial aquisição Diferença

Caixagest 27.154.902 15.798.473 11.356.429 Fundimo 7.084.932 3.716.189 3.368.743CGD Pensões 4.705.507 3.059.135 1.646.372

38.945.341 22.573.797 16.371.544

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6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Sociedade está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama, cuja taxa agregada em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 corresponde a 26,5%. Adicionalmente, com a alteração introduzida pela Lei n.º 64 – A/2008, de 31 de Dezembro – Lei do Orçamento do Estado para 2009, o actual artigo 87.º do Código do IRC passou a prever a aplicação de duas taxas de IRC distintas, atendendo ao montante da matéria colectável apurada. Assim, até ao montante de 12.500 Euros é aplicada uma taxa reduzida de 12,5%, sendo o remanescente montante da matéria colectável sujeito a uma taxa de IRC de 25%. Caso a matéria colectável, a partir do exercício de 2010, ultrapasse o montante de 2.000.000 Euros, tal parcela será alvo de uma taxa de derrama adicional de 2,5%.

As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da Sociedade durante um período

de quatro anos, excepto nos casos de utilização de prejuízos fiscais reportáveis, em que o prazo de caducidade do direito à liquidação é de seis anos. Desse facto poderão resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios de 2008 a 2011. No entanto, na opinião do Conselho de Administração da Sociedade, não é previsível que qualquer correcção ou liquidação adicional relativamente aos exercícios atrás referidos seja significativa para as demonstrações financeiras anexas.

Ao abrigo do regime fiscal das Sociedades Gestoras de Participações Sociais, os lucros distribuídos à

Sociedade pelas suas participadas são integralmente dedutíveis em sede de IRC. A reconciliação entre o lucro contabilístico e o lucro para efeitos de determinação do Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Colectivas, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode ser detalhada como segue:

2011 2010 Resultado antes de imposto 4.874.469 14.035.478

Ajustamentos: . Rendimentos de instrumentos de capital (Nota 12) (4.824.953 ) ( 14.031.046 )

------------ --------------- Lucro tributável 49.516 4.432

Taxa de imposto 26,5% 26,5%

--------- ------- 13.122 1.174

Taxa de imposto reduzida ( 1.563 ) - Outros - 1

--------- ------- ( 11.559 ) 1.175

===== ==== Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica da demonstração dos resultados

“Impostos correntes”, encontra-se deduzida do excesso de estimativa de imposto dos exercícios de 2010 e 2009, nos montantes de 554 Euros e 1.563 Euros, respectivamente.

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Os saldos de activos/(passivos) por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 eram os seguintes:

2011 2010 Pagamentos por conta 489 35.050 Estimativa de imposto corrente do exercício (11.559 ) ( 1.175 ) --------- -------- ( 11.070 ) 33.875 ===== =====

7. OUTROS ACTIVOS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2011 2010 Despesas com custo diferido - Seguros - 1.602 === ====

8. OUTROS PASSIVOS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2011 2010 Auditoria 9.225 7.302 Outros 21 2.759 -------- --------- 9.246 10.061 ==== ===== 9. CAPITAL PRÓPRIO Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o capital social da Sociedade estava representado por

2.070.000 acções com valor nominal de 5 Euros cada, totalmente subscrito e realizado, sendo integralmente detido pela CGD.

10. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as rubricas de “Outras reservas e resultados transitados” têm a

seguinte composição: 2011 2010 Outras reservas: . Reservas legais 6.219.975 4.816.388 . Reservas livres 1.632.280 - -------------- ------------- 7.852.255 4.816.388 ======== ========

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Reserva legal

A Sociedade constitui uma reserva legal por afectação de 10% do resultado líquido de cada exercício, até um limite igual ao valor do capital ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. De acordo com a legislação em vigor, esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Sociedade, podendo ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital.

Dividendos

Nas reuniões de Assembleia Geral realizadas nos dias 29 de Abril de 2011 e 31 de Março de 2010, foi deliberada a distribuição de dividendos nos montantes de 11.000.000 Euros e 9.528.419 Euros, respectivamente.

11. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica apresenta a seguinte

composição: 2011 2010 Juros de aplicações em instituições de crédito (Nota 15) 71.294 20.613 Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 15) 5.759 11.892 --------- -------- 77.053 32.505 ===== ===== 12. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica refere-se aos dividendos recebidos de empresas filiais e apresenta a seguinte composição:

2011 2010 Fundimo 2.856.650 5.103.799 Caixagest 1.052.851 6.595.447 CGD Pensões 915.452 2.331.800 ------------- --------------- 4.824.953 14.031.046 ======= ========= 13. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2011 2010 Trabalhos especializados 12.831 10.967 Deslocações e estadas 12.261 11.315 Seguros 1.602 3.205 Outros 86 1.325 --------- --------- 26.780 26.812 ===== ====== Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Trabalhos especializados”

inclui, essencialmente, os honorários suportados com auditores.

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14. EFECTIVO MÉDIO ANUAL DE TRABALHADORES A Sociedade não tem quadro próprio de pessoal, estando as tarefas inerentes ao seu funcionamento

a cargo do Conselho de Administração, o qual não é remunerado. 15. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os resultados gerados pela Sociedade em

transacções efectuadas com entidades relativamente às quais está em relação de domínio ou de controlo conjunto (entidades do Grupo CGD) foram os seguintes:

2011 2010 Juros e rendimentos similares (Nota 11) 77.053 32.505 Rendimentos de instrumentos de capital (Nota 12) 4.824.953 14.031.046 Encargos com serviços e comissões ( 11 ) ( 41 ) ------------- --------------- 4.901.995 14.063.510

======= ========= Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Sociedade mantém os seguintes saldos com

entidades do Grupo CGD: 2011 2010 Activo Disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 3) 512.058 101.055

Aplicações em instituições de crédito (Nota 4) - 6.501.806

16. INCLUSÃO NAS CONTAS CONSOLIDADAS DE OUTRA INSTITUIÇÃO Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as demonstrações financeiras da Sociedade são incluídas nas

contas consolidadas da Caixa Geral de Depósitos, S.A., as quais se encontram disponíveis na sua sede social, na Av. João XXI, nº 63, 1000-300 Lisboa.

17. JUSTO VALOR E RISCOS FINANCEIROS

Justo valor Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o Conselho de Administração da Sociedade entende que o justo

valor dos instrumentos financeiros registados ao custo amortizado não difere significativamente do seu justo valor.

Risco de crédito

A Sociedade considera que, face à sua actividade, não se encontra exposta ao risco de crédito. De

referir que os activos da Sociedade correspondem, essencialmente, a disponibilidades e aplicações na CGD.

Risco de taxa de juro, de liquidez e de mercado

A Sociedade considera que, face à sua actividade, não se encontra exposta ao risco de taxa de juro,

de liquidez e de mercado. De referir que a Sociedade aplica os seus excedentes de tesouraria em aplicações financeiras domiciliadas na CGD. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Sociedade não tinha contraído financiamentos.

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RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 39

RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE

AVALIAÇÃO DO GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO

A Caixa Gestão de Activos, adiante designada por Sociedade, cumpre todas as recomendações sobre o bom governo apresentadas na resolução do conselho de ministros nº 49/2007, conforme se descreve no presente Relatório sobre o Governo da Sociedade.

ORIENTAÇÕES DE GESTÃO, MISSÃO, OBJECTIVOS E POLÍTICAS DA INSTITUIÇÃO

Orientações de Gestão

As orientações de gestão definidas pelo accionista são as seguintes:

Consolidação do crescimento rentável, através da captação de produtos de valor acrescentado, da obtenção de uma posição de liderança de mercado e da aposta na qualidade das soluções financeiras apresentadas;

Aumento do contributo para o Grupo, através do aumento do comissionamento, e do controlo dos custos de funcionamento;

Crescer com riscos controlados, através de um modelo de gestão assente na minoração de riscos. Implementação do projecto ROCI (para controlo e monitorização do risco operacional e controlo interno), investimento em tecnologias de informação que permitam melhorar a capacidade de gestão e controlo de risco dos investimentos, e captação de talentos em recursos humanos em áreas consideradas prioritárias.

Missão, Objectivos e Políticas

A missão da Sociedade é ser reconhecida pelos clientes (internos e externos), como a sua primeira escolha de fornecedor de serviços e produtos financeiros. Tendo por base esta missão, o objectivo é a concretização das aspirações financeiras dos clientes, proporcionando-lhes performance de investimento com valor acrescentado, face aos seus requisitos de rendibilidade e risco, de forma consistente ao longo do tempo. Para tal a Sociedade procura captar as melhores pessoas no mercado de trabalho e proporcionar aos seus colaboradores os meios e ferramentas de trabalho que permitam a excelência nas suas funções. A Sociedade e os seus colaboradores desenvolvem a sua actividade e funções no respeito por elevados princípios éticos e deontológicos, orientando a sua prática pelos valores definidos no Código de Conduta, documento que consagra os princípios de actuação e as normas de conduta profissional observados na, e pela, empresa no exercício da sua actividade, sempre sob orientações do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).

A estratégia só terá sucesso se as actividades da empresa forem desenvolvidas em estreita cooperação com a CGD, que acumula papéis de accionista, cliente e comercializador dos serviços e produtos, assegurando o respeito próprio pelas competencias fiduciárias da Sociedade.

Os objectivos estratégicos da Sociedade assentam grande parte do seu esforço na:

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 40

Reformulação da oferta dos seus produtos e serviços, ajustando-a às necessidades dos clientes e à conjuntura registada nos mercados financeiros;

Adequação das propostas de valor na gestão de investimentos à oferta de produtos e serviços apresentados aos seus clientes;

Dotação de ferramentas de informação e tecnologia, de gestão e controlo do risco necessárias na execução da actividade.

Com estes objectivos a Sociedade pretende manter a liderança, em montante sob gestão em fundos de investimento, para tal tem reformulado a sua oferta, procurando também desta forma concretizar as aspirações financeiras dos clientes. No entanto, a envolvente é adversa: a deterioração do enquadramento macro-económico em Portugal, o comportamento desfavorável dos mercados de capitais, o aumento da concorrência no sector, o recurso ao cross-selling por parte dos concorrentes e dentro dos canais de comercialização utilizados pela sociedade gestora e as alterações no enquadramento regulamentar dos fundos de investimento, dificultam a concretização dos objectivos definidos e atrasam a implementação da visão estratégica da Sociedade nos próximos anos.

Plano de Actividades

A Sociedade desenvolve anualmente um processo de planeamento para as diversas áreas de negócio, de forma integrada com a estrutura de planeamento do grupo CGD, realizando uma reunião entre o Conselho de Administração e os quadros onde é apresentado o plano de actividades anual face aos objectivos previamente traçados.

Para acompanhar a execução do plano de actividade e orçamento aprovados, encontra-se implementado um sistema de informação de gestão, composto por um vasto conjunto de relatórios periódicos sobre as diversas áreas de actividade, produzido internamente pela Área de Orçamento e Controlo de Gestão da Caixa - Gestão de Activos SGPS e pela Direcção de Controlo e Planeamento da Caixa Geral de Depósitos.

Anualmente, o Relatório e Contas apresenta uma avaliação da actividade desenvolvida pela sociedade.

PRINCÍPIOS GERAIS DE ACTUAÇÃO

Toda a actividade da Sociedade é norteada pelo cumprimento rigoroso das normas legais, regulamentares, éticas, deontológicas e boas práticas, existindo um sistema de controlo interno para acompanhar o grau de observância respectivo.

Neste contexto, a Sociedade adopta um comportamento eticamente irrepreensível na aplicação de normas de natureza fiscal, de prevenção do branqueamento de capitais, de concorrência, de protecção do consumidor, de natureza ambiental e de índole laboral.

Regulamentos Internos e Externos

A actividade da Sociedade está sujeita a todas as normas legais relativas às sociedades anónimas, designadamente ao Código das Sociedades Comerciais e às consagradas nos seus Estatutos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 41

A sociedade está igualmente sujeita aos princípios de bom governo das empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE), cujo regime jurídico consta do DL n.º 558/99, de 17 de Dezembro, republicado pelo DL n.º 300/2007, de 23 de Agosto.

De um modo geral, à Sociedade aplica-se a legislação europeia e nacional relativa à sua actividade, salientando-se no direito interno, o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92 de 31 de Dezembro, na sua actual redacção, o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei nº 486/99 de 13 de Novembro, na sua actual redacção e todas as disposições regulamentares emitidas pelo Banco de Portugal, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e pelo Instituto de Seguros de Portugal.

No âmbito da sua actividade de gestão de fundos mobiliários, é de realçar ainda o Decreto Lei n.º 71/2010, de 18 de Junho que institui o Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo.

No âmbito da sua actividade de gestão de fundos imobiliários, é de realçar ainda o Decreto Lei n.º 60/2002, de 20 de Março que institui o Regime Jurídico dos Fundos de Investimento Imobiliário.

No âmbito da sua actividade de gestão de fundos de pensões, é de realçar ainda o Decreto Lei n.º 12/2006 de 20 de Janeiro que institui o Regime Jurídico dos Fundos de Pensões.

Destaca-se, também, a aplicação à sociedade da lei n.º 25/2008, de 5 de Junho, e do Regulamento EU n.º 1781/2006, que estabelecem medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

Código de Conduta

A Sociedade dispõe de um Código de Conduta que está disponível para consulta, na sua sede, na Avenida João XXI, 63, 2º, Lisboa.

O Código de Conduta pretende garantir como princípio geral que todos os colaboradores, no exercício das suas funções, observam os mais elevados padrões de integridade e de honestidade, actuando sempre de uma forma competente, diligente e profissional, cumprindo com todas as disposições legais e regulamentares inerentes às actividades de intermediação financeira, com todas as normas éticas e deontológicas de conduta, previstas na lei.

Para minimizar o risco de ocorrência de conflitos de interesses este regulamento impõem que os colaboradores tenham sempre formulada e actualizada, perante o Conselho de Administração, uma declaração onde constem as situações susceptíveis de gerar conflitos de interesses.

Todas as operações de aquisição ou alienação de valores mobiliários efectuadas pelos colaboradores são alvo de restrições impostas por este Código e, mensalmente, todos colaboradores comunicam por escrito as operações realizadas por conta própria.

Normas de Natureza Fiscal

No que se refere ao cumprimento da legislação e regulamentação em vigor de normas de natureza fiscal, a Direcção Administrativa e Financeira assegura o cumprimento das mesmas ao nível da Sociedade e dos Fundos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 42

Normas de prevenção de branqueamento de capitais

Para efeitos da prevenção de operações relacionadas com branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e crimes contra o mercado, a Sociedade actua em estrita colaboração com a CGD, já que os activos por si geridos são comercializados e depositados nessa instituição financeira.

A CGD dispõe de um adequado normativo interno, do qual constam todos os deveres consagrados no ordenamento jurídico vigente, bem como as medidas e procedimentos internos destinados ao cumprimento dos aludidos deveres, de que se destacam ferramentas informáticas para detecção de situações susceptíveis de configurarem branqueamento de capitais, de que a corrupção é crime subjacente.

Não obstante este facto, a Sociedade tem presente todos os deveres impostos pela Lei n.º 25/2008 de 5 de Junho. A formação dos colaboradores sobre a temática da prevenção do branqueamento de capitais e o combate ao financiamento do terrorismo constitui um aspecto crucial em toda a temática da prevenção.

O responsável pela coordenação dos procedimentos de controlo interno em matéria de branqueamento de capitais, bem como pela centralização da informação e respectiva comunicação às autoridades competentes é a Direcção de Supervisão e Controlo, em estrita colaboração com o Gabinete de Apoio à função de Compliance da CGD.

A Sociedade não identificou no corrente ano quaisquer operações suspeitas de relacionamento do crime de branqueamento de capitais, não tendo sido realizada qualquer comunicação às entidades competentes.

Normas de concorrência e de protecção do consumidor

As práticas concorrenciais da Sociedade obedecem a princípios éticos de actuação que não põem em causa as linhas de acção da sã concorrência das Instituições que operam no sistema financeiro.

O processo de criação, aprovação e lançamento de Produtos e Serviços obedece a procedimentos que procuram acautelar o cumprimento da legislação vigente e da estratégia de negócio e a satisfação das necessidades dos Clientes.

Normas de natureza ambiental

A Sociedade encontra-se inserida num grupo económico em que o Ambiente assume uma importância fulcral na Estratégia de Sustentabilidade, que se consubstancia nas mais diversas áreas da sua actividade a nível externo e interno.

Normas de índole laboral

A sociedade pauta as suas relações laborais por critérios de grande rigor e elevados padrões éticos, cultivando um diálogo esclarecedor e construtivo com os seus colaboradores e dando cumprimento à legislação laboral, ao Acordo Colectivo de Trabalho das Empresas do Grupo CGD e às diversas Ordens de Serviço. A sociedade mantém disponível um domínio na intranet onde podem ser consultadas as Ordens de Serviço em vigor.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 43

Igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres

O efectivo das empresas que integram a Caixa Gestão de Activos apresentou em 2011 uma distribuição equitativa por sexos (49% feminino e 51% masculino). O processo de recrutamento e selecção respeita integralmente o princípio da igualdade de oportunidades, sendo a selecção feita de acordo com o ajustamento às necessidades do currículo e perfil de competências de cada candidato.

Conciliação da vida pessoal, familiar e profissional

A Sociedade tem procurado implementar um conjunto de medidas de apoio à conciliação do trabalho e da família, destacando-se as seguintes:

Adequação e flexibilidade de horários e condições de trabalho;

Adequação das colocações às condições físicas e psicológicas dos trabalhadores, equipando os postos de trabalho de acordo com as necessidades específicas apresentadas por alguns colaboradores;

Assistência à família na doença sem perda de vencimento, para além do período previsto legalmente, quando a análise do acompanhamento da situação assim o justifique;

Atribuição de subsídios aos filhos dos colaboradores (infantil e de estudo);

Concessão de apoios para necessidades relevantes de ordem material e social dos seus colaboradores, nomeadamente para formação profissional e eventos inesperados.

Apoio nas Colónias de férias para os filhos dos colaboradores

Valorização profissional dos colaboradores

O acesso à formação é feito de uma forma generalizada pela globalidade dos colaboradores, sendo estes incentivados à formação permanente e contínua ao longo da sua vida profissional.

Em 2011 registaram-se nas empresas participadas da Caixa Gestão de Activos, 34 participações em acções de formação específicas para a actividade de negócio e 13 presenças em Conferências e Seminários no País e no Estrangeiro.

Os colaboradores que pretendam frequentar cursos de formação, considerados de importância para o desempenho da sua função, também podem requerer a comparticipação nos custos de formação. Neste âmbito, em 2011 foram apoiados 15 colaboradores na frequência de mestrados, pós-graduações e cursos de alta especialização nas empresas participadas da Caixa Gestão de Activos.

TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS

Transacções relevantes com entidades relacionadas

São consideradas entidades relacionadas, todas as empresas controladas pelo Grupo CGD. Das transacções com empresas do Grupo destaca-se como sendo a mais relevante, as realizadas com a CGD.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 44

Em 31 de Dezembro de 2011, as demonstrações financeiras das empresas da Caixa Gestão de Activos incluem os seguintes saldos e transacções com a CGD:

Caixa Gestão

de Activos Caixagest Fundimo CGD Pensões

Activos:

Disponibilidades em instituições de crédito 512 2.614 777 290

Aplicações em instituições de crédito 0 19.024 6.023 0

Activos Financeiros disponíveis p/ Venda 4.238

Proveitos:

Juros e rendimentos similares 77 558 121 61

Custos:

Comissões 0 10.503 5.536 451

Procedimentos adoptados em matéria de aquisição de serviços

A Sociedade possui procedimentos transparentes relativos à aquisição de bens e serviços, pautados pela adopção de critérios de adjudicação orientados por princípios de economia e eficácia para obtenção dos resultados pretendidos.

Os procedimentos adoptados são os seguintes:

Consultas ao mercado – em regra, são consultados três fornecedores por produto;

Selecção de fornecedores – com base na análise comparativa das propostas apresentadas;

Autorização de despesas – de acordo com as competências delegadas;

Contratos com fornecedores de bens/prestadores de serviços – de forma escrita, por troca de correspondência ou contrato formal.

Universo de transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado

As contratações sem consulta ao mercado são habitualmente realizadas com empresas do Grupo CGD, respeitando as práticas de mercado:

Seguros - com a Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, SA;

Locação Operacional - com a Locarent, Companhia Portuguesa de Aluguer de Viaturas, SA.

Fornecedores que representam mais de 5% dos Fornecimentos e Serviços Terceiros

Os fornecedores que representam mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos em base individual em 2011 foram os seguintes:

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 45

Fornecedor Caixagest Fundimo CGD Pensões

CGD 29% 21% 21%

Bloomberg 17%

Reuters 8%

Longo Prazo 8%

Charles River 5%

Vieira de Almeida 8%

Império Bonança 7%

Fund Manager 5% 1%

Deloitte 3% 4% 9%

Fidelidade Mundial 25%

MODELO DE GOVERNO DA SOCIEDADE

Modelo de Governo

A Sociedade integra um conjunto de empresas que dispõem de uma estrutura organizativa integrada, que assegura um adequado nível de funcionamento e define responsabilidades e hierarquias, sendo composta por Direcções funcionais na dependência directa da Comissão Executiva (órgão de estrutura de nível de enquadramento mais elevado).

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 46

Organograma do Modelo de Governo da Sociedade

Esquematicamente o organigrama funcional é o seguinte:

Assembleia Geral

Direcção da CGD Pensões

Direcção de Ges tão de

C ontratos

Direcção de Ges tão de Fundos Fechados

Direcção de Invest imentos Directos

Fiscal ÚnicoCom issão de

Vencim entos

Fundimo

Direcção de Ges tão de Património

Direcção de Negóc ios e

Inovação

Direcção de Back office Imobiliário

Direcção de

Recursos H um anos e Mei os

Conselho de Administração

Direcção de Soluções de Inves timentos e

Inst itucionais

CaixagestCGD Pensões

Orçamento e Controlo de Gestão

Direcção de Supervisão e

Controlo

Direcção Admi nis trat iva e

Financei ra

Direcção de

Informação e de Tecnologia

C ontrolo de Risco e

Análise de Performance

Comissão Executiva

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 47

Funções Integradas

Direcção de Supervisão e Controlo (DSC)

É responsável pela gestão do risco de compliance e pela Gestão de Risco Operacional e Controlo Interno. É completamente independente das restantes áreas funcionais, não estando envolvida em qualquer actividade de gestão, valorização e liquidação. A Direcção de Supervisão e Controlo é composta por 5 elementos, tem como responsável a Dra. Paula Geada.

Direcção de Negócios e Inovação (DNI)

Desenvolve as actividades comerciais e de marketing, em estrita colaboração com a CGD. Assegura a ligação à Rede Comercial da CGD, incluindo formação no lançamento de campanhas comerciais. A Direcção de Negócios e Inovação é composta por 11 elementos, sendo o responsável o Dr. Paulo Ferreira.

Direcção Administrativa e Financeira (DAF)

Desenvolve as actividades necessárias ao apuramento do valor das unidades de participação (UP) dos fundos e do valor dos patrimónios geridos. Processa todas as transacções mobiliárias e garante a existência de informação de gestão sobre as carteiras dos fundos e dos clientes da gestão discricionária. Realiza os processamentos necessários a garantir que as demonstrações financeiras de cada fundo e Sociedade espelhem, de forma correcta, a sua actividade. Esta direcção é composta por 22 elementos e tem como responsável o Dr. José Pedro Rodrigues.

Direcção de Backoffice Imobiliário (DBI)

Exerce funções transversais às estruturas de front office da gestão imobiliária, efectuando o registo e acompanhamento das operações imobiliárias, incluindo o cálculo do valor das unidades de participação. Esta direcção é composta por 10 elementos e tem como responsável o Sr. José João Froes.

Direcção de Informação e de Tecnologia (DIT)

É responsável pela gestão da informação, dos sistemas e da infra-estrutura tecnológica, em estrita colaboração com a Sogrupo SI da CGD. A Direcção de Informação e de Tecnologia é composta por 6 elementos e tem como responsável o Eng. António Nogueira.

Direcção de Recursos Humanos e Meios (DRH)

É responsável por dirigir e coordenar as políticas e processos administrativos, respeitantes aos recursos humanos, bem como das áreas de logística e suporte à actividade. A Direcção de Recursos Humanos e Meios é composta por 4 elementos e reportando directamente à administradora Drª Marta Magalhães.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 48

Orçamento e Controlo de Gestão

Unidade responsável pela função de Auditoria Interna e pela elaboração do Orçamento e respectivo Controlo, sendo assegurada pelo Dr. Filipe Reinaldo.

Controlo de Risco e Análise de Performance

Unidade responsável pelo Controlo de Risco e Análise de Performance das carteiras sob gestão, é composta por 4 elementos e tendo como responsável a Dr.ª Patrícia Vieira.

Consultoria e Assessoria

As sociedades dispõem ainda de colaboradores que prestam serviços de consultoria e assessoria à Comissão Executiva.

Gestão Imobiliária

Direcção de Gestão de Património (DGP)

É responsável pela gestão das carteiras de imóveis, pela fundamentação dos investimentos, adjudicações e gestão dos arrendamentos, assegurando todo o apoio técnico da sua especialidade à administração do Fundo Aberto. Tem ainda a responsabilidade de gestão de alguns fundos fechados. Esta direcção é composta por 8 elementos, reportando directamente ao administrador do pelouro, Eng. Jorge Madeira.

Direcção de Gestão de Fundos Fechados (DGF)

Tem como responsabilidade a gestão do património da generalidade dos fundos fechados e a gestão da relação com os participantes e entidades financeiras. Esta direcção é composta por 4 elementos, sendo o responsável o Eng. Carlos Pinheiro.

Direcção de Gestão de Contratos (DGC)

Esta Direcção é responsável pela análise e elaboração de contratos de compra e venda e de arrendamento, e pela preparação de todo o processo relativo a escrituras e registos dos imóveis dos fundos. Tem ainda a responsabilidade pela supervisão da acção contenciosa. Esta direcção é composta por 4 elementos, sendo a responsável a Dr.ª Filipa Pereira da Silva. Gestão de Fundos e Planos de Pensões

Direcção da CGD Pensões

É responsável pela gestão dos fundos e dos planos de pensões, assegurando a coordenação das actividades das áreas integradas com a actuação dos serviços da CGD Pensões. Esta direcção é composta por 7 elementos, sendo a responsável o Dr. Daniel Graça. Gestão de Activos Mobiliários

Direcção de Investimentos Directos (DID)

É responsável pela gestão dos investimentos directos em tesouraria, taxa de juro, crédito, acções e alocação de activos. A DID é composta por 19 elementos e tem como responsável o Director Adjunto Dr. João Marques.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 49

Direcção de Soluções de Investimentos e Institucionais (DSI)

É responsável pela gestão de investimentos indirectos, de outsourcing (escolha e acompanhamento de gestores externos), alternativos, gestão de carteiras de patrimónios e gestão de carteiras de investidores institucionais, designadamente carteiras de seguros e fundos de pensões. A DSI é composta por 12 elementos, tendo como responsáveis os Directores Adjuntos - Drª Cristina Brízido (Fundos Mobiliárioes e Patrimónios) e o Dr. Pedro Frada (Seguros e Pensões).

Informação sobre os Órgãos Sociais à data de 31 de Dezembro de 2011

A Mesa da Assembleia Geral é composta pelos seguintes membros:

Presidente Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Secretário Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Secretário Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

A composição do Conselho de Administração para o mandato actual (triénio 2011/2013) é a seguinte:

Presidente Dr. Pedro Manuel de Oliveira Cardoso (renunciou em 5 de Dezembro)

Vice-Presidente Dr. João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Vogal Dr. Fernando Manuel Domingos Maximiano

Vogal Dr. Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Vogal Eng. Jorge dos Santos Duro

O Fiscal Único da Sociedade é a Deloitte & Associados, SROC, representada pelo Dr. Eduardo Manuel Fonseca Moura e o suplente o Dr. Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro.

A composição da Comissão de Vencimentos é a seguinte:

Membro Dr. Henrique Pereira Melo

Membro Dr. Vitor José Lilaia da Silva

Informação sobre os membros do Conselho de Administração

Pedro Manuel de Oliveira Cardoso (renunciou ao mandato em 5 de Dezembro de 2011)

Primeira designação para o cargo de presidente do Conselho de Administração em 7/2/2008. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa. Pós-graduado em Actuariado pela Universidade Católica Portuguesa. MBA em Finanças pela Universidade Católica Portuguesa.

Vogal do Conselho de Administração da CGD (desde 2008). Vice Presidente do Conselho de Administração do BNU Macau (desde 2010). Vogal do Conselho de Administração do Banco Efisa

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 50

(desde 2009). Vogal do Conselho de Administração do Banco Português de Negócios (desde 2008). Presidente da Sogrupo – Serviços Administrativos, S.A. (desde 2008). Administrador do Banco Caixa Geral de Espanha do Grupo CGD (2005 -2008). Administrador Executivo do Banco BEST (2004-2005). Director Central Adjunto da Direcção de Mercado de Capitais - Rendimento Fixo no BCP Investimento e membro da Alta Direcção do Banco Comercial Português (2000-2004). Membro do Conselho de Administração da BCP Dealer (1999-2000). Presidente da CISF Securities, Corretora do Grupo BCP, em Nova Iorque (1997-1999). Director Geral Adjunto na Sucursal do Banco Português do Atlântico em Nova Iorque (1996-1999). Director da Direcção de Planeamento e Marketing do Banco Cisf (1995-1996). Director Adjunto na Direcção de Mercado de Capitais do Banco Cisf (1993-1995). Sub-Director da Direcção Internacional do Banco Comercial Português (1989-1993). Técnico na Direcção Internacional do Banco Pinto & Sotto Mayor (1988-1989).

Data de nascimento: 2 de Julho de 1965

João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Primeira designação para o cargo de presidente do Conselho de Administração em 7/2/2008. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa.

Presidente da Comissão Executiva (C.E.O.) da Caixa Gestão de Activos (desde 2001) e em consequência, presidente do Conselho de Administração da Caixagest, da Fundimo, SGFII e da CGD Pensões, SGFP.

Membro do Conselho de Administração da Caixa Seguros (2008-2011). Administrador (C.F.O) da área seguradora do Grupo Fidelidade Mundial (2000-2008) e da Império Bonança (2005-2008). Membro do Conselho de Administração da Mundial-Confiança (desde 1995). Membro do Conselho de Administração da IPE Capital. Presidente do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (1989-1994). Membro do Conselho de Administração da Fundição de Oeiras (1986-1989)

Data de nascimento: 21 de Fevereiro de 1955.

Fernando Manuel Domingos Maximiano

Primeira designação para o cargo de membro do Conselho de Administração em 13/12/2003. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso de “Global Asset Allocation” no International Center for Monetary and Banking Studies em Geneve. Curso de “Financial Risk Management” no Instituto de Gestão Bancária. Cursos de “Negotial Strategies” e de “Marketing Strategies” na Universidade Nova de Lisboa. Programa de Alta Direcção de Empresas no Instituto de Estudios Superiores de la Empresa da Universidade de Navarra.

Membro do Conselho de Administração da Caixa Gestão de Activos (desde 2008), da Caixagest, Técnicas de Gestão de Fundos (desde 2000).

Director-Geral da Caixagest (1994-2000). Chefe de Investimento em Obrigações de Taxa Fixa da Caixagest (1993-1994). Gestor de Fundos na Caixagest (1990-1993) e na UAP - Union des Assurance de Paris (1989-1990).

Data de Nascimento: 25 de Dezembro de 1960

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 51

Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Primeira designação para o cargo de membro do Conselho de Administração em 28/3/2002. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Pós-Graduado em Mercados e Activos Financeiros pelo Centro de Investigação de Mercados e Activos Financeiros do ISCTE.

Membro do Conselho de Administração da Caixagest, da Fundimo e da CGD Pensões, SGFP (desde 2002). Director de Gestão de Activos do Barclays Bank, em Lisboa. Membro do Conselho de Administração da Mello Activos Financeiros, SGFIM e da Mello Activos Financeiros SGP. Director de Investimento da AF Investimentos, SGFIM. Director de Investimento da Tottafundos, SGFIM. Director de Research da Caixagest. Analista Financeiro, Gestor de Fundos de Acções e Subdirector da Área de Investimento, na Gestifundo, SGFIM.

Data de Nascimento: 20 de Maio de 1965

Jorge dos Santos Duro

Primeira designação para o cargo de membro do Conselho de Administração em 29/4/2011. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra.

Director Central da DPC (desde 2009). Director de Recursos e Qualidade da DPC (2005-2009). Director da DCR (2004-2005).Director do Banco Siméon (1995-2003). Colaborador da Caixa Geral de Depósitos desde 1979.

Data de Nascimento: 16 de Agosto de 1953

Número de reuniões do Conselho de Administração

O número de reuniões dos órgãos de administração durante o exercício de 2011 foi o seguinte:

Conselho de Administração: 8 reuniões

Comissão Executiva: 25 reuniões

Informação sobre os membros dos restantes Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Primeira designação para o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral em 31/3/2005. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade Clássica de Lisboa. Pós-graduado em Direito e Gestão de Empresas pela Nova Fórum da Universidade Nova de Lisboa.

Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Activos, Caixa Imobiliário, Caixagest, Caixanet, Caixatec, Gestinsua, Imocaixa, Locarent, Sanjimo e Vale do Lobo. Vice-Presidente da

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 52

Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Participações, Gerbanca, Parbanca, Sogrupo IV GI, TF Turismo e Yunit Serviços. Secretário da Mesa da Assembleia-Geral do Banco Comercial Atlântico, da Caixa BI, Cares, Cares RH, CGD Pensões, Sogrupo CSP e da Sogrupo SI. Membro do Conselho de Administração do Banco Comercial e de Investimentos e do Banco Caixa Geral Totta Angola. Membro da Comissão de Vencimentos da Cares, Imocaixa, Multicare, Sogrupo CSP, Sogrupo IV GI e TF Turismo. Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 1980). Exerce advocacia em regime de profissão liberal (deste 1981).

Data de nascimento: 28 de Janeiro de 1952

Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Primeira designação para o cargo de secretário da Mesa da Assembleia-Geral em 29/4/2011. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciada em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso Avançado de Gestão Bancária no Instituto de Formação Bancária.

Vice-presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Activos, da Caixagest e da Fundimo (desde 2011). Secretário da Mesa da Assembleia-geral da Gerbanca (desde 2012), da Caixa Seguros e Saúde e da HPP - Hospitais Privados de Portugal (desde 2011), da HPP-ACE (desde 2010), da Caixa Participações e da Parbanca (desde 2009). Colaboradora da Caixa Geral de Depósitos (desde 1987).

Data de nascimento: 30 de Julho de 1955

Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

Primeira designação para o cargo de secretário da Mesa da Assembleia-geral em 29/4/2011. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas e Mestre em Finanças pelo ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.

Secretário da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Activos, da Caixagest e da Fundimo (desde 2011). Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 2004).

Data de nascimento: 13 de Outubro de 1979

Incompatibilidades dos membros do Conselho de Administração

Não existem incompatibilidades entre o exercício dos cargos de administração na sociedade e os demais cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração, decorrentes da integração em empresas do Sector Empresarial do Estado ou de quaisquer outras normas. Os membros do Conselho de Administração cumprem todas as disposições legais relativas à comunicação dos cargos exercidos em acumulação.

Avaliação de desempenho dos gestores executivos

Considerando a forma como foi conduzida a administração da sociedade, o accionista propôs na última Assembleia Geral, um voto de confiança no Conselho de Administração e em cada um dos seus membros, para que prossigam os seus mandatos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 53

Incompatibilidades dos Membros do Conselho Fiscal

Os membros do Conselho Fiscal não se encontram abrangidos pelas incompatibilidades do artigo 414-A do Código das Sociedades Comerciais (CSC), e a maioria dos seus membros são independentes, de acordo com a recomendação constante da carta circular do Banco de Portugal nº 24/2009/DSB e do artº 414 nºs 5 e 6 do CSC.

Revisor Oficial de Contas

Deloitte & Associados, SROC, representada pelo Dr. Eduardo Manuel Fonseca Moura

Primeira designação para o cargo de Fiscal Único em 28/9/2010. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Gestão Financeira pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Revisor Oficial de Contas desde 2003.

É director desde 1999 e sócio desde 2007 da entidade que veio dar lugar à Deloitte & Associados SROC. Exerce a actividade de auditoria, essencialmente em bancos e outras entidades financeiras, nomeadamente, gestoras de fundos e de patrimónios.

Auditoria Externa

Das várias empresas participadas da Caixa Gestão de Activos SGPS S.A., apenas a Caixagest – Técnicas Gestão de Fundos S.A. tem como Auditor Externo, a Deloitte & Associados SROC, representada por Eduardo Manuel Fonseca Moura.

Meios de salvaguarda da independência dos auditores

A auditoria anual às contas da Caixagest é efectuada por entidade independente externa, a Deloitte & Associados, SROC, SA, que tem como interlocutores privilegiados o Conselho Fiscal e a Direcção de Contabilidade e Consolidação de Informação Financeira, sendo que, de acordo com o estipulado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007, a selecção e contratação do auditor externo são da responsabilidade do Conselho Fiscal, que assegura as suas condições de independência.

Comissões Especializadas - Comissão de Vencimentos

A Comissão de Vencimentos nomeada pela Assembleia Geral para fixar as remunerações dos membros do Conselho de Administração da Caixa - Gestão de Activos tem a seguinte composição:

Henrique Pereira Melo

Primeira designação para o cargo de membro da Comissão de Vencimentos em 1/6/2006. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade Clássica de Lisboa.

Vice-Presidente do Conselho de Administração da CGD Pensões e Membro do Conselho de Administração da Sogrupo CSP, Vogal da Comissão de Vencimentos do Banco Nacional Ultramarino, da Caixa - Banco de Investimento, da Caixa - Gestão de Activos, da Caixa Capital, da Caixa Seguros e Saúde, da Caixagest, da Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial, da Fundimo, da Império Bonança e da Sogrupo SI, do Banco Caixa Geral Totta Angola, do Banco Nacional de Investimento (Moçambique).Colaborador da Caixa Geral de Depósitos desde 1977.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 54

Data de nascimento: 23 de Outubro de 1946

Victor José Lilaia da Silva

Primeira designação para o cargo de membro da Comissão de Vencimentos em 28/3/2002. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso Avançado de Gestão Bancária no Instituto de Formação Bancária.

Administrador executivo do Banco Caixa Geral Totta de Angola. Membro do Conselho de Administração da Caixa Participações SGPS, da Caixa Geral de Depósitos - Subsidiária Offshore de Macau, da Gerbanca SGPS, da Parbanca SGPS e da Parcaixa SGPS. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Carlton Life Residências e Serviços, da HPP - Hospitais Privados de Portugal, da HPP ACE, da HPP Algarve, da HPP Boavista, da HPP Lusíadas, da HPP Saúde Parcerias Cascais, da HPP Viseu, da Sogrupo CSP, da Sogrupo SI e da Sogrupo IV GI. Vice-Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Seguros e Saúde SGPS. Presidente do Conselho Fiscal da Fundação Caixa Geral de Depósitos Culturgest. Presidente da Comissão de Vencimentos da Esegur e da Locarent. Vogal da Comissão de Vencimentos do Banco Interatlântico, do Banco Nacional Ultramarino, da Caixa Banco de Investimento, da Caixa Gestão de Activos, da Caixa Imobiliário, da Caixa Capital, da Caixa Desenvolvimento, da Caixa Leasing e Factoring, da Caixa Seguros e Saúde, da Caixagest, da Caixatec, da CGD Pensões, da Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, da Fundimo, da HPP Hospitais Privados de Portugal, da Imocaixa, da Margueira, da Multicare, da Sogrupo CSP, da Sogrupo SI, da Sogrupo IV GI e da Vale do Lobo - Resort Turístico de Luxo. Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 1979).

Data de nascimento: 23 de Agosto de 1955

Prevenção de conflitos de interesses

A organização e gestão das actividades de intermediação financeira são realizadas por forma a que não ocorram conflitos de interesses entre os diferentes clientes abrangidos e as Direcções estão estruturadas de modo a garantir uma adequada segregação de funções de decisão, execução, registo e controlo dos investimentos realizados.

Para minimizar o risco de ocorrência de conflitos de interesses com membros do Conselho de Administração (CA) e os colaboradores, estão estabelecidas as seguintes normas:

Preenchimento de uma declaração individual, em que constem as situações susceptíveis de gerar conflitos de interesses que possam surgir devido a vínculos económicos.

Interdição de uso directo ou indirecto das informações obtidas através da Sociedade, em seu próprio benefício nem em facilitá-las a quaisquer clientes ou terceiros. Estão ainda sujeitos ao segredo profissional e ao regime jurídico aplicável à informação privilegiada, as informações conhecidas por força do exercício da actividade de intermediação financeira.

Observância, em todas as suas actuações, do cumprimento das exigências éticas, morais e deontológicas e contribuição para o bom funcionamento e transparência dos mercados.

Adicionalmente, estão também estipulados critérios de resolução de potenciais conflitos de interesses com clientes, salvaguardando a prevalência dos interesses dos clientes e o respeito pelos princípios de equidade e de transparência.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 55

REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Política de Remunerações

A Comissão de Vencimentos, em cumprimento do mandato que lhe foi atribuído pela Assembleia Geral, e tendo em consideração os objectivos definidos, delibera o valor das remunerações fixas dos Administradores com pelouros, sendo os custos suportados pelas empresas da Caixa Gestão de Activos.

Os Administradores não auferiram qualquer tipo de remuneração ou compensação de despesas, através da Sociedade holding, Caixa Gestão de Activos.

Remunerações dos membros do Conselho de Administração

Os Administradores com pelouros atribuídos receberam em 2011, através das empresas participadas, Caixagest, Fundimo e CGD Pensões, as remunerações e compensações de despesas constantes do quadro seguinte:

Unid: €

Presidente Caixagest

Administrador Caixagest

Administrador Caixagest

Administrador Fundimo (a)

Administrador CGD Pensões (a)

João Eduardo Noronha Gamito

Faria

Fernando Manuel Domingos Maximiano

Luís Miguel Saraiva Martins

Fernando Jorge Nunes Madeira

Marta Cavadas Correia de Magalhães

1. Remuneração

1.1. Remuneração base Anual/ Fixa 66.221,80 154.000,00 154.000,00 89.415,20 94.439,77 558.076,77 1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 -3.311,09 -7.700,00 -7.700,00 -4.470,76 -4.721,99 -27.903,84

1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 -6.291,07 -14.630,00 -14.630,00 -8.494,44 -8.971,78 -53.017,29

1.4. Remuneração Anual Efectiva (1.1. - 1.2. - 1.3.) 56.619,64 131.670,00 131.670,00 76.450,00 80.746,00 477.155,64 1.5. Senha de presença - - - - -

1.6. Acumulação de funções de gestão (1) - - - - -1.7. Remuneração variável - - - - -

1.8. IHT - - - - -

1.9. Outras - - - - -

2. Outras regalias e compensações

2.1. Plafond Anual em comunicações móveis 1.440,00 1.440,00 1.440,00 1.440,00 5.760,00 2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis 1.440,00 313,65 562,91 546,58 2.863,14

2.3. Subsídio de refeição 558,00 2.763,90 2.741,70 1.853,70 1.864,80 9.782,10 2.4. Encargos com deslocações 529,50 810,25 353,00 0,00 1.692,75

2.5. Subsídio de estudo 458,90 365,60 479,20 100,60 1.404,30

3. Encargos com benefícios sociais3.1. Regime de Protecção Social 16.380,39 14.297,08 30.382,98 9.668,03 16.380,88 87.109,36

3.2. Seguros de Saúde - 1.751,24 0,00 1.751,24 - 3.502,48 3.3. Seguros de Vida 341,88 1.388,59 0,00 837,56 - 2.568,03

3.4. Seguro de Acidentes Pessoais 4,58 130,00 0,00 130,00 - 264,58

3.5. Plano de Pensões - 2.437,11 0,00 1.602,39 - 4.039,51 4. Parque automóvel

4.1. Marca - Mercedes Benz Mercedes Benz Mercedes Benz AUDI4.2 Modelo - E 250CDI BE E250CDI BE C 220CDI BS A5 Sportback

4.3. Modalidade de Utilização - Renting Renting Renting Renting4.4. Ano Início - 2010 2010 2010 2011

4.5. Ano Termo - 2014 2014 2014 2015

4.6. Valor das renda anual da viatura de serviço - 8.298,80 12.553,88 9.361,66 7.148,47 37.362,81 4.7. Valor do Combustível gasto com viatura - - - - -

4.8. Plafond anual de combustível atribuído - - - - -4.9 Outros: Via verde - 589,29 359,05 882,55 417,10 2.247,99

5. Informações Adicionais

5.1.Opção pela remuneração do lugar de origem n n n n n5.2. Remuneração anual pelo lugar de origem - - - - -

5.3 Regime de Protecção social Seg.Social Seg.Social CGA Seg.Social CGA

TOTAL

(a) - iniciou o mandato em 01/05/2011

(1) - O Presidente da Comissão Executiva desempenhou funções de administrador do grupo CGD, na empresa Caixa Seguros e Saúde, até 6 de Outubro, tendo auferido nessas funções o montante de 133.194€ de Remunerações Fixas, não recebendo qualquer Remuneração Variável, e sendo os encargos com o regime de previdência suportados por aquela empresa.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 56

Prémios de Gestão

Nos termos do artº 24º da Lei 55-A/2010 e em cumprimento do Despacho de 25 de Março de 2010 do Ministro do Estado e das Finanças, comunicado através do Ofício circular nº 2590, de 26 de Março de 2010, não foram distribuídos prémios de gestão aos membros dos orgãos de gestão em 2010 e 2011.

Remuneração do Revisor Oficial de Contas

Os custos relativos à remuneração dos serviços de revisão oficial de contas e de auditoria da Sociedade relativos aos exercícios de 2010 e 2011 foram, respectivamente, 8.155 euros e 7.800 euros, excluindo impostos. O Fiscal Único não foi remunerado pelas suas funções de fiscalização.

SISTEMA DE CONTROLO

Sistema de Controlo Interno

Anualmente, a Caixagest e Fundimo elaboram um relatório sobre o Sistema de Controlo Interno que é entregue ao Banco de Portugal e à CMVM onde se evidencia o cumprimento da legislação e regulamentação, as deficiências que a Sociedade apresenta e as medidas que está a desenvolver com vista as eliminar e que inclui capítulos relativos ao branqueamento de capitais e às reclamações de clientes.

Semestralmente, é também apresentado ao órgão de administração e ao órgão de fiscalização, o Relatório de Compliance, onde são identificados os incumprimentos verificados nas sociedades gestoras de fundos e as medidas adoptadas para corrigir eventuais deficiências. Este documento é preparado pela Direcção de Supervisão e Controlo, direcção responsável pela função compliance.

Sistema de Controlo de Protecção dos Investimentos

Complementarmente ao Sistema de Controlo Interno (referido anteriormente), os clientes particulares que têm contrato de gestão de carteiras estão abrangidos pelo Sistema de Indemnização aos Investidores, pessoa colectiva de direito público, criada pelo Decreto Lei n.º 222/99, de 22 de Junho, com o objectivo de proteger os pequenos investidores e que funciona junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Sistema de Controlo de Salvaguarda de Títulos

No exercício da actividade de gestão discricionária de carteiras por conta de outrem, a Caixagest assegura uma distinção clara entre os bens pertencentes ao seu património e os bens pertencentes ao património de cada cliente. Para tal adopta procedimentos e medidas que permitem, a todo o momento e em todos os actos praticados, o cumprimento desta distinção, em conformidade com o disposto no Código de Valores Mobiliários sobre a salvaguarda dos bens dos clientes.

A Caixagest ciente destes procedimentos, entende todo o trabalho realizado nesta matéria como uma das peças do sistema de controlo interno da Sociedade.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 57

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO RELEVANTE

Representante para as Relações com o Mercado

A Caixagest, enquanto emitente de instrumentos financeiros, tem nomeado um Representante para as Relações com o Mercado, cujo contacto é o seguinte:

Dr. Fernando Maximiano, Vogal do Conselho de Administração da entidade gestora.

Av. João XXI, 63 – 2º 1000-300 Lisboa Telefone: 21 790 5457 Fax: 21 790 5765

[email protected]

Divulgação de informação relevante

No exercício do cumprimento integral do dever de divulgação pública de informação relevante, durante o ano 2011, a Caixagest remeteu à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) 154 comunicações e a Fundimo remeteu 37 comunicações, que se encontram disponíveis no site da CMVM:

Divulgação de informação sobre o Governo da Sociedade

O presente Relatório de Bom Governo, que constitui um capítulo autónomo do presente Relatório e Contas, visa cumprir a Recomendação de incluir no Relatório de Gestão um ponto relativo ao governo da sociedade.

ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA, SOCIAL E AMBIENTAL

Sustentabilidade económica, social e ambiental

A Sociedade faz parte do Grupo CGD que, pela sua visão estratégica, ambiciona estar na primeira linha do Desenvolvimento Sustentável.

A oferta de produtos financeiros inovadores também evidencia a integração dos aspectos ambientais de uma forma transversal, nomeadamente através do:

Fundo Especial de Investimento Caixagest Energias Renováveis, o primeiro fundo temático português de investimento socialmente responsável (iniciado em Outubro de 2005) com notação máxima de cinco estrelas atribuída pela Morningstar.

Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional Caixa Arrendamento e Caixa Imobiliário, fundos imobiliários criado com uma vertente social, para permitir que os agregados familiares em dificuldades económicas possam permanecer na sua habitação própria permanente, mediante a substituição do seu contrato de crédito à habitação por um contrato de arrendamento, ficando com o direito de exercício de uma opção de compra do imóvel em condições bem tipificadas e predefinidas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 58

NOMEAÇÃO DO PROVEDOR DO CLIENTE

Provedor do cliente

O provedor do cliente para os participantes de adesões individuais a Fundos de Pensões abertos é o Dr. Francisco Medeiros Cordeiro, sendo nomeado pela APFIPP em nome das suas associadas. As restantes áreas de negócio não estão obrigadas à nomeação de um Provedor do cliente.

As reclamações dos clientes constituem um meio privilegiado para melhorar o nível de serviço da Sociedade, quer na resolução das situações apresentadas, quer na definição de procedimentos mais adequados em situações futuras.

O relacionamento com os clientes é na quase totalidade efectuado através da rede comercial da CGD pelo que, regra geral, todas as reclamações são atendidas e resolvidas ao nível da Estrutura Central da CGD.

Nos casos em que as reclamações são directamente dirigidas à Sociedade Gestora são adoptados os seguintes procedimentos por forma a garantir a sua pronta e justa apreciação:

Todas as reclamação são encaminhadas para a Direcção Negócio e Inovação e para a Direcção de Supervisão e Controlo, que, não estando afectas a execução das operações, as apreciam imparcialmente, procedendo à sua resposta.

É estabelecido um prazo máximo de dez dias úteis para resposta ao cliente.

Os processos de reclamação, os resultados da apreciação, bem como todos os elementos identificativos da mesma são conservados por um prazo mínimo de cinco anos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 59

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

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