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2012 Relatório e Contas Caixa Gestão de Activos S.G.P.S, S.A. Av. João XXI, 63- 2º Piso 1000-300 Lisboa Telefone: 217 953 222 Fax: 217 953 206 Número único de Pessoa Colectiva e Matrícula Comercial 504677462 Capital Social realizado 10.350.000 Euros

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2012 Relatório e Contas

Caixa Gestão de Activos S.G.P.S, S.A. Av. João XXI, 63- 2º Piso 1000-300 Lisboa Telefone: 217 953 222 Fax: 217 953 206

Número único de Pessoa Colectiva e Matrícula Comercial 504677462 Capital Social realizado 10.350.000 Euros

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CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A. ___________________________________________________________________________________________

ÍNDICE 1. RELATÓRIO DE GESTÃO .................................................................................... 4

1.1 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO .......................................................................................... 4 1.1.1 Evolução global ............................................................................................................................................ 4 1.1.2 Economia portuguesa ................................................................................................................................... 6

1.2 MERCADO DE CAPITAIS ....................................................................................................................... 8 1.2.1 Mercado Acionista ........................................................................................................................................ 8 1.2.2 Mercado Obrigacionista ................................................................................................................................ 9

1.3 MERCADO IMOBILIÁRIO ..................................................................................................................... 11 1.3.1 Internacional ............................................................................................................................................... 11 1.3.2 Nacional ..................................................................................................................................................... 12

1.4 MERCADO DE GESTÃO DE ATIVOS PORTUGUÊS ........................................................................... 13 1.4.1 Fundos de investimento mobiliário .............................................................................................................. 13 1.4.2 Gestão de patrimónios ................................................................................................................................ 14 1.4.3 Fundos de investimento imobiliário ............................................................................................................. 14 1.4.4 Fundos de pensões .................................................................................................................................... 15

1.5 ATIVIDADE DA CAIXA GESTÃO DE ATIVOS....................................................................................... 16 1.5.1 Caixagest S.A. - Fundos de Investimento Mobiliário & Patrimónios............................................................. 16 1.5.2 Fundger S.A. - Fundos de Investimento Imobiliário ..................................................................................... 17 1.5.3 CGD Pensões S.A. - Fundos de Pensões ................................................................................................... 19 1.5.4 Estrutura operacional e sistemas de informação ......................................................................................... 20 1.5.5 Recursos humanos ..................................................................................................................................... 20 1.5.6 Mecanismos de governação ....................................................................................................................... 21

1.6 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E CAPITAIS PRÓPRIOS .......................................................... 22 1.6.1 Conta consolidada ...................................................................................................................................... 22 1.6.2 Contas Individuais ...................................................................................................................................... 23 1.6.3 Proposta de aplicação de resultados .......................................................................................................... 23 1.6.4 Considerações finais................................................................................................................................... 23

1.7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................................................................................................... 25 1.8 NOTAS EXPLICATIVAS ....................................................................................................................... 29

2 RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE .................................................. 36 2.1 AVALIAÇÃO DO GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO ....................... 36 2.2 ORIENTAÇÕES DE GESTÃO, MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS DA INSTITUIÇÃO ..................... 38

2.2.1 Orientações de Gestão ............................................................................................................................. 38 2.2.2 Missão, Objetivos e Políticas ...................................................................................................................... 39 2.2.3 Plano de Atividades .................................................................................................................................... 39

2.3 PRINCÍPIOS GERAIS DE ATUAÇÃO ................................................................................................... 40 2.3.1 Regulamentos Internos e Externos ............................................................................................................. 40 2.3.2 Código de Conduta ..................................................................................................................................... 40 2.3.3 Normas de Natureza Fiscal ......................................................................................................................... 41 2.3.4 Normas de prevenção de branqueamento de capitais ................................................................................ 41 2.3.5 Normas de concorrência e de proteção do consumidor .............................................................................. 41 2.3.6 Normas de natureza ambiental ................................................................................................................... 41 2.3.7 Normas de índole laboral ............................................................................................................................ 41 2.3.8 Igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres ..................................................... 42 2.3.9 Conciliação da vida pessoal, familiar e profissional ..................................................................................... 42 2.3.10 Valorização profissional dos colaboradores ................................................................................................ 42

2.4 TRANSAÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS .................................................. 42 2.4.1 Transações relevantes com entidades relacionadas ................................................................................... 42 2.4.2 Procedimentos adotados em matéria de aquisição de serviços .................................................................. 43

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 1

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 2

2.4.3  Universo de transações que não tenham ocorrido em condições de mercado ............................................. 43 2.4.4  Fornecedores que representam mais de 5% dos Fornecimentos e Serviços Terceiros ............................... 43 

2.5  MODELO DE GOVERNO DA SOCIEDADE .......................................................................................... 44 2.5.1  Modelo de Governo ........................................................................................................................................ 44 2.5.2  Organograma do Modelo de Governo da Sociedade .................................................................................... 44 2.5.3  Informação sobre os Órgãos Sociais à data de 31 de Dezembro de 2012 ................................................... 46 2.5.4  Informação sobre os membros do Conselho de Administração .................................................................... 47 2.5.5  Número de reuniões do Conselho de Administração..................................................................................... 48 2.5.6  Informação sobre os membros dos restantes Órgãos Sociais ...................................................................... 48 2.5.7  Incompatibilidades dos membros do Conselho de Administração ................................................................ 49 2.5.8  Avaliação de desempenho dos gestores executivos ..................................................................................... 49 2.5.9  Incompatibilidades dos Membros do Conselho Fiscal ................................................................................... 50 2.5.10  Revisor Oficial de Contas ............................................................................................................................... 50 2.5.11  Auditoria Externa ............................................................................................................................................ 50 2.5.12  Meios de salvaguarda da independência dos auditores ................................................................................ 50 2.5.13  Comissões Especializadas - Comissão de Vencimentos .............................................................................. 50 2.5.14  Prevenção de conflitos de interesses ............................................................................................................ 51 

2.6  REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS .............................................................. 52 2.6.1  Política de Remunerações ............................................................................................................................. 52 2.6.2  Remunerações dos membros do Conselho de Administração ...................................................................... 52 2.6.3  Prémios de Gestão ........................................................................................................................................ 52 2.6.4  Remuneração do Revisor Oficial de Contas .................................................................................................. 53 

2.7  SISTEMA DE CONTROLO ................................................................................................................... 53 2.7.1  Sistema de Controlo Interno .......................................................................................................................... 53 2.7.2  Sistema de Controlo de Proteção dos Investimentos .................................................................................... 53 2.7.3  Sistema de Controlo de Salvaguarda de Títulos............................................................................................ 53 

2.8  DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO RELEVANTE .................................................................................. 53 2.8.1  Representante para as Relações com o Mercado ......................................................................................... 53 2.8.2  Divulgação de informação relevante .............................................................................................................. 54 2.8.3  Divulgação de informação sobre o Governo da Sociedade ........................................................................... 54 

2.9  ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA, SOCIAL E AMBIENTAL ....................................... 54 

2.10 NOMEAÇÃO DO PROVEDOR DO CLIENTE ........................................................................................ 54 

3  RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS .................... 55 3.1  OBJETIVOS DE GESTÃO .................................................................................................................... 55 

3.2  DEVERES ESPECIAIS DE INFORMAÇÃO À DGTF E À IGF ................................................................ 55 

3.3  DIVULGAÇÃO DOS ATRASOS NOS PAGAMENTOS .......................................................................... 55 

3.4  RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA - DILIGÊNCIAS E RESULTADOS OBTIDOS ............................ 55 

3.5  NÍVEL DAS REMUNERAÇÕES ............................................................................................................ 55 3.5.1  Orgãos sociais ............................................................................................................................................... 55 3.5.2  Colaboradores ................................................................................................................................................ 56 

3.6  APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 32º DO ESTATUTO DO GESTOR PÚBLICO ..................... 56 

3.7  NORMAS DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA ............................................................................................ 56 

3.8  ADESÃO AO SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS ........................................................... 56 

3.9  PARQUE DE VEÍCULOS DO ESTADO ................................................................................................. 56 

3.10 PRINCÍPIO DE IGUALDADE DO GÉNERO .......................................................................................... 56 

3.11 PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS DEFINIDO PARA 2012 ............................................................... 57 

3.12 REDUÇÃO DO NÚMERO DE EFETIVOS E DE CARGOS DIRIGENTES ............................................. 57 

3.13 QUADRO RESUMO DO CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS ........................................... 57 

4  RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO .................................................. 58 

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ESTRUTURA ACIONISTA

ASSEMBLEIA GERAL

Presidente Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Secretário Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Secretário Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Dr. Nuno Maria Pinto de Magalhães Fernandes Thomaz

Vice-Presidente Dr. João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Vogal Dr. Fernando Manuel Domingos Maximiano

Vogal Dr. Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Vogal Eng. Jorge dos Santos Duro

ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO (FISCAL ÚNICO)

Efectivo Deloitte & Associados, SROC, SA, representada pelo

Dr. Eduardo Manuel Fonseca de Moura

Suplente Dr. Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

COMISSÃO DE VENCIMENTOS

Membro Dr. Henrique Pereira Melo

Membro Dr. Vitor José Lilaia da Silva

ESTRUTURA ACIONISTA

A Caixa Geral de Depósitos, S.A..é detentora da totalidade do capital social da Caixa Gestão de Ativos, S.G.P.S., S.A..

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 3

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1. RELATÓRIO DE GESTÃO

1.1 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1.1.1 Evolução global A economia mundial voltou a expandir-se em 2012, embora tenha registado o segundo ano sucessivo de abrandamento. A conjuntura económica internacional continuou condicionada por um crescimento modesto da atividade no setor industrial, reflexo da fraca procura, nomeadamente por parte das principais economias, e consequente desaceleração das transações de comércio internacional.

A procura manteve-se condicionada, em diversos casos, pelo ambiente de desalavancagem, quer de empresas, quer sobretudo de famílias, nomeadamente nas regiões desenvolvidas, e pela ausência de tração dos estímulos monetários, quer convencionais, quer não convencionais, à economia real.

Adicionalmente, com o rácio de dívida sobre o PIB a atingir, em diversos casos, o nível mais elevado desde a Segunda Guerra Mundial, vários Governos continuaram a ser forçados a seguir políticas orçamentais restritivas, procurando alcançar saldos orçamentais primários positivos que permitam inverter a tendência de subida da dívida pública, atribuindo-lhe assim um caráter de sustentabilidade. Nas poucas economias em que se assistiu a algum estímulo orçamental, o impacto no crescimento não foi significativo, uma vez que o setor privado manteve uma toada de contração do consumo.

O ano de 2012 ficou marcado pela propagação da crise da dívida soberana no seio da Europa, após o contágio da mesma à dívida italiana e espanhola, situação agravada ainda pelas incertezas políticas em alguns países, pelo pedido de assistência ao setor financeiro por parte de Espanha, e pela necessidade de aprovação de um novo pacote de auxílio financeiro à Grécia, mesmo após o processo de reestruturação da dívida pública daquele Estado Membro ainda durante o 1º trimestre de 2012. Com o receio dos investidores acerca da situação das finanças públicas a agravar-se até meados do ano, alguns Governos reforçaram as medidas de austeridade.

Os responsáveis governamentais e dos bancos centrais continuaram, em 2012, a implementar medidas para estabilizar os mercados financeiros e impulsionar a atividade económica, medidas que acabaram por despoletar uma evolução mais favorável do sentimento durante a segunda metade do ano.

Na Europa, a nível dos Governos, destaque para os novos compromissos no sentido de reforçar a coordenação das politicas económicas, de fiscalização orçamental, e de aumento do poder de intervenção dos mecanismos de estabilização financeira, desta feita junto do setor bancário, tendo para isso sido dados os primeiros passos com vista à criação de um mecanismo único de supervisão bancária.

A nível da política monetária, realce para a introdução de novos estímulos, nomeadamente o anúncio da criação, por parte do Banco Central Europeu (BCE), do programa Transações Monetárias Definitivas (na sigla inglesa, OMT - Outright Monetary Transations), o novo mecanismo de intervenção do banco central no mercado da dívida, assim como a decisão de reduzir a principal taxa diretora para um mínimo de 0.75% em julho, e, para a realização de um segundo leilão de cedência de liquidez a 3 anos, em fevereiro.

Nos EUA, a Reserva Federal reforçou a compra de títulos do Tesouro e anunciou a aquisição de títulos de dívida hipotecária, enquanto no Japão o banco central aumentou, por seis vezes, a dimensão do programa de compra de ativos financeiros.

Apesar disso, ao longo do ano, as estimativas de crescimento económico das instituições

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 4

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internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a OCDE, entre outras, foram sucessivamente sido revistas em baixa, em conformidade com a deterioração dos indicadores económicos em muitas regiões do globo. Na atualização mais recente das estimativas económicas, em janeiro de 2013, o FMI estimava que a economia mundial terá crescido 3,2% em 2012, percentagem inferior aos 3,3% estimados em setembro de 2012. O FMI continuou a alertar para o fato dos diversos riscos, quer de natureza orçamental, quer financeira, serem ainda muito elevados, embora tenha reconhecido que, caso não se materializem, e caso as condições financeiras continuem a melhorar, o crescimento pode vir a ser mais elevado do que o atualmente previsto para 2013.

De acordo com o Eurostat, o crescimento na Área Euro em 2012 terá voltado a contrair, desta feita -0,4%, tendo a economia voltado a cair em recessão pela segunda vez em quatro anos. Esta retração assentou, primordialmente, na procura doméstica.

Pela negativa, sublinhe-se o desempenho das economias periféricas, que terão averbado uma contração. Quanto aos restantes Estados Membros da Área Euro, nomeadamente os principais, embora tenham crescido, registaram fortes abrandamentos. O desemprego na região continuou a aumentar em 2012, tendo a taxa de desemprego atingido 11,8%, perto do final do ano, o nível mais elevado desde o verão de 1990.

INDICADORES ECONÓMICOS

Taxas de variação (%) Taxas (em %) PIB Inflação (b) Desemprego (b)

2011 2012 2011 2012 2011 2012 União Europeia (a) 1.5

-0.3

3.1 2.7 9.7 10.5

Área do Euro 1.4 -0.4 2.7 2.5 10.1 11.3 Alemanha 3.0 0.7 2.5 2.1 5.5 5.5 França 1.7 0.2 2.3 2.3 9.6 10.2 Reino Unido 0.9 -0.3 4.5 2.7 8.0 7.9 Espanha 0.4 -1.4 3.1 2.5 21.7 25.1 Itália 0.4 -2.3 2.9 3.3 8.4 10.6 EUA 1.8 2.3 3.1 2.0 9.0 8.2 Japão -0.6 2.0 -0.3 0.0 4.6 4.5 Rússia 4.3 3.6 8.4 5.1 6.5 6.0 China 9.3 7.8 5.4 3.0 4.1 4.1 Índia 7.9 4.5 10.2 9.6 n.d. n.d. Brasil 2.7 1.0 6.6 5.2 6.0 6.0 Fontes: FMI: World Economic Outlook - Update - Janeiro de 2013 (a) Comissão Europeia: European Economic Forecast - Novembro de 2012 (b) FMI: World Economic Outlook - Setembro de 2012 (para os países não membros da UE) n.d. – não disponível

Nos EUA, apesar da crescente incerteza relacionada com o forte ajustamento orçamental previsto para 2013, o crescimento teve um contributo positivo para o sentimento dos investidores, tendo a atividade mantido um ritmo de expansão ligeiramente acima do inicialmente esperado. Destacou-se a substancial melhoria do mercado habitacional, quer ao nível de preços, quer ao nível de vendas.

Embora os níveis de crescimento mais elevados tenham sido registados pelas economias emergentes, este bloco evidenciou também algum abrandamento no decurso de 2012, sobretudo na segunda metade do ano. O mesmo foi, por um lado, resultado do enfraquecimento dos seus

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principais parceiros comerciais e, por outro, das políticas macroeconómicas de contenção implementadas ainda durante 2011, a fim de prevenir o aparecimento de pressões inflacionistas.

Assim, em 2012, em muitas destas economias as políticas monetárias foram novamente objeto de ajustamento, desta feita no sentido expansionista.

No bloco asiático voltou a assistir-se às maiores taxas de expansão. Ainda assim, a atenção dos investidores esteve centrada quer na China, onde no verão o crescimento económico registado foi o mais baixo desde o início de 2009, quer no Japão, onde a atividade voltou a terreno negativo.

Destaque ainda para o desempenho da economia brasileira, cuja expansão foi muito inferior à esperada. O Banco Central do Brasil destacou-se, aliás, ao decretar sete reduções da taxa diretora, enquanto, por seu lado, o governo anunciou novos estímulos ao consumo e ao investimento.

Em 2012, a nível global, a inflação não constituiu um obstáculo à implementação de medidas de estímulo à economia, uma vez que se observou uma tendência de moderação, enquanto as expetativas para a evolução do nível dos preços permaneceram ancoradas.

Na Área Euro, a inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), registou uma taxa de variação média de 2,5%, abaixo dos 2,7% de 2011, tendo o principal contributo para o arrefecimento dos preços vindo da componente energética.

1.1.2 Economia portuguesa No decurso de 2012 prosseguiu o processo de ajustamento da economia portuguesa caraterizado pela redução das necessidades de financiamento líquidas dos diversos setores da economia, bem como pelo ajustamento do balanço dos bancos através do aumento dos rácios de solvabilidade e da redução dos rácios de transformação.

INDICADORES ECONÓMICOS DA UNIÃO EUROPEIA E ÁREA DO EURO União Europeia Área do Euro

Taxas de variação (em %) 2011 2012 2011 2012 Produto Interno Bruto (PIB) 1.5 -0.3 1.4 -0.4 Consumo privado 0.1 -0.6 0.1 -1.0 Consumo público -0.1 0.0 -0.1 -0.2 FBCF 1.4 -2.2 1.5 -3.5 Procura Interna 0.3 -0.7 0.3 -1.3 Exportações 6.4 2.2 6.3 2.5 Importações 4.1 0.1 4.2 -0.5

Taxas (em %)

Taxa de Inflação (IHPC) 3.1 2.7 2.7 2.5 Taxa de desemprego 9.7 10.5 10.1 11.3 Saldo do Setor Púb. Adm. (em % do PIB)

-4.4 -3.6 -4.1 -3.3 Fonte: Eurostat Valores de 2012: Comissão Europeia: European Economic Forecast - novembro de 2012 Comissão Europeia: European Economic Forecast - novembro de 2012

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A atividade económica, nos primeiros três trimestres de 2012, decresceu -3,0%, se comparada com o mesmo período de 2011, tendo-se assistido a variações negativas em cadeia nos três períodos já conhecidos. Este desempenho resultou do contributo negativo do consumo privado, do consumo público e do investimento, atenuado apenas pelo desempenho das exportações líquidas.

INDICADORES DA ECONOMIA PORTUGUESA

Taxas de variação (em %) 2010 2011 2012 (a)

Produto Interno Bruto 1.4 -1.7 -3.0 Consumo privado 2.1 -4.0 -5.9 Consumo público 0.9 -3.8 -3.3 FBCF -4.1 -11.3 -14.1 Procura Interna 1.8 5.8 n.d. Exportações 8.8 7.5 4.3 Importações 5.4 -5.3 -6.6

Taxas (em %)

Taxa de Inflação (IHPC) 1.4 3.7 2.8 Taxa de desemprego 10.8 15.5 16.4 Défice do SPA (em % do PIB) -9.8 -4.4 -5.0 Dívida Pública (em % do PIB) 93.5 108.1 119.1 Fonte: INE (a) OE: Relatório Orçamento de Estado para 2013, outubro de 2012

Quer o consumo privado, com uma queda de -5,8%, quer o consumo público, que contraiu -4,3%, contribuíram para o decréscimo da atividade económica durante o período em causa. Tal deveu-se, em parte, à política orçamental contracionista num contexto de implementação do Programa de Apoio Económico e Financeiro a Portugal. Também se assistiu a um agravamento da confiança dos consumidores, tendo este sido evidente no terceiro trimestre.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) diminuiu -14,9%, com forte expressão na componente da construção e de equipamento de transporte. Tal foi consequência, sobretudo, do nível de atividade económica e do decréscimo do investimento público.

Registe-se o comportamento do comércio internacional. Por um lado, as exportações cresceram 9,3%, por outro lado, as importações diminuíram -3,0%. Apesar do abrandamento da economia mundial, observou-se um aumento da quota das exportações portuguesas ao longo de 2012. As exportações destinadas ao mercado extracomunitário aumentaram 24,5%.

Quanto à inflação, o IHPC português registou, nos primeiros 11 meses de 2012, uma taxa de variação média de 2,8%, 0,3 pontos percentuais acima da Área Euro. Esta resultou, em parte, do aumento do preço dos bens energéticos e do acréscimo de diversos impostos indiretos, nomeadamente, o IVA.

No mercado de trabalho, a taxa de desemprego manteve a tendência de subida em 2012. Em termos médios, esta fixou-se em 15.7%, sendo a população desempregada de 923,2 mil indivíduos, um aumento de 19,7% face ao mesmo período de 2011.

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1.2 MERCADO DE CAPITAIS

As incertezas derivadas da questão da dívida soberana europeia, herdadas dos anos anteriores, continuaram a constituir o principal obstáculo à retoma da confiança dos investidores e demais agentes na recuperação económica durante grande parte de 2012, sobretudo após os indícios de que os efeitos dessas dúvidas se propagaram a Estados Membros da Área Euro de maior dimensão. A evidência de abrandamento das regiões emergentes, sobretudo do leste europeu, elevou ainda os receios quanto ao crescimento da economia global.

As organizações internacionais e os bancos centrais reviram em baixa as estimativas de crescimento nessa altura e, em alguns casos, decretaram reduções de taxas de juro diretoras, dado que também a inflação moderou em diversos blocos. A atuação dos Bancos Centrais, de caráter convencional e não convencional, e a promessa de adição de novos estímulos económicos, nos quais se enquadra o anúncio dos detalhes do novo programa de aquisição de dívida no mercado secundário pelo BCE (OMT), contribuiram de forma decisiva para que os mercados de capitais encerrassem 2012 a evidênciar fortes sinais de estabilização, isto apesar da incerteza relacionada com a situação das finanças públicas dos EUA, tema que foi ganhando protagonismo durante a 2ª metade do ano.

As perspetivas mais positivas com que se encerrou 2012, em termos da resolução da crise da dívida europeia, prenderam-se não com qualquer melhoria dos dados económicos, mas sim com o reforço da coordenação das políticas das autoridades europeias no sentido da estabilização e fortelecimento da União Monetária. A evidência de que os decisores deram os primeiros passos para a criação de uma União Bancária, o reforço da sustentabilidade orçamental, e um conjunto de novas medidas adotadas pelo BCE constituiram ações nesse sentido.

Embora a economia da Área Euro tenha voltado a cair em recessão em 2012, a divulgação de indicadores económicos positivos nos EUA e na China contribuíram, em adição, para que o sentimento de mercado recuperasse nos últimos meses do ano.

Ainda no 3º trimestre de 2012, de acordo com o FMI, a atividade económica mostrou uma melhoria modesta. A aceleração do crescimento foi maior nas economias emergentes, bem como nos EUA, onde o desempenho foi um pouco acima do previsto.

Apesar dos riscos e das incertezas, o ano de 2012, sobretudo devido aos últimos meses, pautou-se por uma elevada contração nos prémios de risco da grande maioria das diferentes classes de ativos que, no cômputo anual, apresentaram rendibilidades positivas. Os fluxos de capitais permaneceram fortes, sobretudo nas economias emergentes.

1.2.1 Mercado Acionista Após um inicio de ano com tom positivo, o mercado acionista encetou uma forte queda durante o segundo trimestre de 2012, afetado pelos indícios de propagação da crise da dívida soberana europeia a países de maior dimensão, nomeadamente à Espanha e à Itália, pela necessidade de aprovação de um novo pacote de auxílio financeiro à Grécia, bem como pelas preocupações acerca das necessidades de recapitalização da banca espanhola, e ainda pelo impasse político em alguns países da Área Euro.

O reforço das medidas de estímulo ao crescimento económico, por parte das autoridades monetárias de diversos países, incluindo reduções das taxas de juro diretoras, pelo imperativo de assegurar o fluxo de crédito à economia, o desempenho positivo a que se foi assistindo em termos dos lucros das empresas e alguma retoma da atividade económica, nomeadamente dos EUA e da China na fase final do ano, levou a que o mercado retomasse a tendência de subida ao longo do segundo semestre de 2012, tendo sido possível encerrar o ano com valorizações positivas dos principais índices.

Durante o ano assistiu-se a momentos muito díspares de valorização. Nos EUA, os ganhos mais ____________________________________________________________________________________________

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salientes estiveram concentrados sobretudo na primeira metade de 2012, enquanto na Europa a valorização maior aconteceu durante o segundo semestre. Destaque para o PSI20 português que embora tenha registado uma subida de 2.9%, até final de novembro averbava ainda uma desvalorização.

ÍNDICES BOLSISTAS

2011 2012 Índice Variação Índice Variação Dow Jones (Nova Iorque) 12.217,56 5,5% 13.104,14 7,3% Nasdaq (Nova Iorque) 2.605,87 -1,8% 3.019,51 15,9% FTSE (Londres) 5.572,28 -5,6% 5.897,91 5,8% NIKKEI (Tóquio) 8.455,35 -17,3% 10.228,92 21,0% CAC (Paris) 3.159,81 -17,0% 3.641,07 15,2% DAX (Frankfurt) 5.898,35 -14,7% 7.612,39 29,1% IBEX (Madrid) 8.566,30 -13,1% 8.167,50 -4,7% PSI-20 (Lisboa) 5.494,27 -27,6% 5.655,15 2,9%

Em 2012, voltaram a observar-se diferentes desempenhos entre regiões, num contexto geral de valorização. Entre os países desenvolvidos, a Europa registou um ano de ganhos mais significativos dos respetivos índices acionistas, após o reforço dos mecanismos de combate à crise da dívida soberana. Evidenciaram-se os índices das economias do centro, destacando-se o DAX alemão, e em menor magnitude os da periferia, sendo de salientar, contudo, o ASE da Grécia com uma subida de 33,4%. Pela negativa, entre os periféricos, apenas a Espanha averbou uma queda, neste caso de -4,7%. O índice japonês subiu 21%, ganho concentrado no final do ano após o vitória do LDP na eleições legislativas ter despoletado o anúncio de mais estimulos económicos. Nos EUA, destaque para a variação positiva no ano, mesmo com o avolumar dos receios em torno da situação das finanças públicas.

O desempenho dos mercados acionistas emergentes em 2012 foi positivo, e em linha com o das praças acionistas dos mercados desenvolvidos, isto apesar dos receios de abrandamento económico. O índice da Morgan Stanley para os mercados emergentes subiu 15,2%, tendo-se assistido a um comportamento pouco uniforme, já que, enquanto na China o índice Shangai valorizou 3,2%, na Índia o Sensex destacou-se ao subir 25,7%. No Brasil, o Bovespa apreciou-se 15,1%, e na Rússia a subida do índice respetivo foi de 5,2%.

1.2.2 Mercado Obrigacionista A evolução da crise da dívida soberana europeia condicionou o comportamento do mercado obrigacionista ao longo de 2012, à semelhança do verificado no ano anterior, afetando igualmente o segmento de obrigações de empresas, o qual encerrou com uma redução dos spreads, em particular do setor financeiro.

O contágio do receio acerca da sustentabilidade da dívida pública a países de maior dimensão, nomeadamente à Espanha e à Itália, ainda durante a fase final de 2011, estendeu-se e agravou-se ao longo dos primeiros sete meses de 2012, nomeadamente entre março e julho, mesmo após a realização de dois leilões de cedência de liquidez, por parte do BCE, de montantes ilimitados, a 3 anos, por forma a garantir a existência de liquidez no sistema financeiro europeu, o segundo em fevereiro e o primeiro ainda em dezembro de 2011.

As taxas de rendibilidade da dívida soberana de Itália e de Espanha esboçaram, ao longo da primeira parte do ano, uma tendência de subida, registando sucessivos máximos históricos, tendo a trajetória ____________________________________________________________________________________________

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sido contrária no caso da Irlanda e, sobretudo, de Portugal.

A partir do final de julho, a atuação dos bancos centrais, em particular do BCE, foi determinante para o forte estreitamento dos custos de financiamento de Itália e de Espanha, ao mesmo tempo que contribuiu para que os de Portugal e da Irlanda mantivessem a tendência de decréscimo que nestes casos vigoravam desde o início do ano. O fator crucial para a inflexão da tendência de subida das taxas de rendibilidade de Itália e Espanha correspondeu à apresentação do novo mecanismo de compra de dívida soberana europeia o que, embora condicional a um pedido de ajuda à Comissão Europeia, tem um caráter ilimitado em termos dos montantes de compra de titulos de dívida por parte do BCE.

O estreitamento dos prémios de risco das obrigações da periferia, bem como de Itália e de Espanha, foram resultado ainda das decisões positivas das diversas Cimeiras de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia e da Área Euro, em termos do reforço dos mecanismos de integração financeira e orçamental.

Apesar da redução do prémio de risco associado à crise da dívida pública europeia, tal não se traduziu numa inversão da trajetória descendente observada ao longo dos primeiros sete meses do ano das taxas de rendibilidade dos países com melhor qualidade creditícia.

As taxas de rendibilidade dos EUA e da Alemanha desceram em 2012, nos vários prazos da curva de rendimentos, algo que se verificou também nos países do centro da Europa. A tendência de queda, por efeito refúgio, levou a que, no final do mês de julho, tenham sido atingidos novos mínimos, no caso das taxas norte-americanas e germânicas. A diminuição das mesmas foi interrompida, na segunda metade do ano, em consequência das decisões referidas com o propósito de cimentar a integração financeira, as quais levaram a uma acalmia significativa dos receios dos investidores quanto à possibilidade de uma fragmentação da União Económica e Monetária.

As taxas de curto prazo nos EUA continuaram a beneficiar da manutenção da taxa diretora da Reserva Federal norte-americana num nível mínimo, da expetativa de que assim permanecerá durante um prolongado período de tempo dada a indicação do FED nesse sentido, e ainda do reforço das medidas de estímulo monetário ao crescimento económico. Assim, após um período inicial de alguma subida, estas desceram para patamares historicamente baixos em julho, antes de estabilizarem durante o resto do ano. Na Área Euro, registou-se um aumento, também durante os primeiros três meses do ano, antes da significativa redução das mesmas nos quatro meses seguintes, para o que contribuiu ainda a decisão do BCE de proceder, em julho, a um corte adicional da taxa de refinanciamento, fixando-a num novo mínimo de 0,75%, bem como cortar para 0% a taxa de remuneração dos depósitos.

As taxas de rendibilidade das maturidades longas, quer norte-americanas, quer germânicas, tiveram, ao longo de todo o ano de 2012, um desempenho muito sincronizado entre si. Após terem registado um aumento nos primeiros meses do ano, averbaram um forte declinio e, à semelhança das taxas de prazos mais curtos, atingiram níveis mínimos históricos, tendo estabilizado nos meses seguintes até ao final do ano. Para além de outros fatores já referidos que condicionaram o comportamento dos mercados, beneficiaram também da diminuição das pressões inflacionistas, a par da incerteza quanto ao grau de arrefecimento económico.

No cômputo do ano, e tal como sucedeu no ano anterior, assistiu-se a uma queda maior das maturidades mais longas do que das mais curtas. Nos EUA, a taxa a 2 anos acabou por registar, ainda assim, um ganho muito marginal (+0,8 p.b.), e a taxa a 10 anos uma queda de -11,9 p.b., enquanto na Alemanha os 2 anos desceram -16 p.b., e os 10 anos diminuíram -51,3 p.b..

A queda da taxa de rendibilidade das obrigações da dívida pública portuguesa destacou-se na Europa. No cômputo do ano, a respetiva taxa a 10 anos, após ter atingido, logo no início do ano, o valor máximo desde a introdução do euro, corrigiu ao longo de todo o ano de 2012. A queda anual de ____________________________________________________________________________________________

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-635 p.b. quase anulou o aumento de 676 p.b. registados durante 2011. A quase ininterrupta tendência de diminuição caraterizou, igualmente, as taxas de curto prazo, com os 2 anos a descerem -1236 p.b., neste caso mais do que anulando o aumento de -1180 p.b. observado em 2011.

Em termos do desempenho dos spreads das taxas de rendibilidade dos países da periferia face às alemãs, apenas os de Portugal e da Grécia registaram diminuições, no segundo caso fruto da restruturação da dívida pública grega, renegociação das metas orçamentais e melhoria das condições de financiamento nos empréstimos realizados àquele país. No caso do português, o spread reduziu-se em -584 p.b., encerrando o ano no nível mais baixo desde março de 2011. Assistiu-se igualmente a um estreitamento destes diferenciais no caso das economias do centro, França, Holanda, Bélgica e Áustria, e inclusive de Itália. Entre os principais paises, apenas o diferencial de Espanha aumentou, isto apesar da compressão registada durante a segunda metade do ano.

O contexto mais otimista teve reflexos no mercado de dívida privada, cujos spreads, após 2 anos de forte alargamento, registaram uma redução em 2012, beneficiando quer das decisões no seio da União Europeia para a resolução da crise da dívida soberana, quer da atuação dos principais bancos centrais.

O mercado primário revelou em 2012 uma assinalável melhoria, em particular após o verão, permitindo inclusivamente o financiamento de países periféricos, com destaque para as empresas portuguesas.

O setor financeiro beneficiou de forma notória com as medidas do BCE, e com as primeiras decisões no ambito da criação de um futuro sistema bancário integrado, registando um forte estreitamento de spreads sobretudo na segundo metade do ano, mais pronunciado nas empresas financeiras do que nas empresas não financeiras.

1.3 MERCADO IMOBILIÁRIO

1.3.1 Internacional Em 2012 a zona Euro continuou mergulhada num clima de incerteza, resultante da crise da dívida soberana e do abrandamento económico, com as diferenças económicas entre o Norte e o Sul da Europa a persistirem, a Alemanha a permanecer no topo da tabela, enquanto a Europa do Sul enfrentava um cenário deveras mais adverso.

A situação económico-financeira teve um impacto direto no desempenho do mercado imobiliário global, que apresentou vários sinais de divergência. No que diz respeito ao mercado global de investimento e, em linha com a tendência dos últimos dois anos, manteve-se uma base consistente de atividade transacional, nomeadamente em ativos premium localizados nas principais capitais europeias. Em contrapartida, os volumes de arrendamento enfraqueceram à medida que os ocupantes adotaram estratégias de retração, face à grande incerteza instalada.

No segmento de escritórios constatou-se uma diminuição ao nível das rendas. O crescimento em muitos mercados relativamente saudáveis, como a Alemanha, os Países Nórdicos e Londres, sofreu uma perda de vitalidade, enquanto os países mais afetados pela crise económica da Zona Euro registaram quebras acentuadas nas rendas.

O mercado industrial e logístico registou uma significativa desaceleração da atividade. A incerteza económica aliada ao receio dos diversos promotores e operadores em desenvolver novos projetos foram os grandes fatores para os fracos resultados alcançados.

O setor de retalho viu-se condicionado pelo atual panorama de contenção que se regista no consumo ____________________________________________________________________________________________

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das famílias, consequência de um clima de incerteza Internacional a par de um aumento das taxas de desemprego. Ainda assim, o mercado das grandes griffes e dos artigos de luxo tem apresentado bons resultados onde é visível uma grande competitividade entre marcas, focadas em aproveitar a atual conjuntura para obter as melhores localizações e desenvolver novos conceitos.

No mercado de investimento verificou-se que as transações foram realizadas com um maior volume de capitais próprios, tendo a procura incidido em edifícios de escritórios prime nos mercados mais líquidos de Londres, Paris e algumas das principais cidades alemãs e nórdicas. Confirma-se que o setor de escritórios continua a oferecer mais estabilidade do que outros setores, devido, essencialmente, aos contratos de longa duração. Neste contexto, as entidades com capital ou facilidade de obtenção, têm uma excelente oportunidade de reforçar os seus portfólios com ativos core.

1.3.2 Nacional No último ano a conjuntura económica e social em Portugal ficou marcada pelo aumento do défice público, do endividamento externo e do desemprego, que foi especialmente adverso para os setores privado e financeiro. Este enquadramento conduziu a uma política restritiva de concessão de crédito com as consequentes repercussões no mercado imobiliário nacional.

No mercado de arrendamento de escritórios, os ocupantes continuaram focados na diminuição da sua estrutura de custos. Em reação a esta situação, os proprietários têm-se revelado disponíveis na negociação dos contratos, reduzindo o valor das rendas e concedendo mais incentivos aos inquilinos, recebendo, como contrapartida, o alargamento dos prazos contratuais.

Em contra ciclo, o comércio de rua nas zonas prime de Lisboa continua a ser o segmento mais resiliente à crise, atenta a procura sustentada, por parte de várias marcas de luxo, conjugada com o elevado poder de compra de estrangeiros e turistas provenientes de economias emergentes.

O aumento do desemprego e a elevada quebra no consumo privado afetaram o segmento industrial e logístico, que, apesar da subida das exportações, ficou marcado por uma pressão descendente sobre os valores, resultado de uma acentuada queda da procura.

A compra e venda de habitação tem registado uma diminuição da procura resultante, fundamentalmente, da subida das taxas de juro, das restrições das instituições financeiras à concessão de crédito, bem como da falta de confiança das famílias. Todavia, consequentemente tem surgido um mercado de arrendamento habitacional mais eficaz e racional.

O mercado de investimento continua a apresentar uma fraca performance. Na origem estiveram o agravamento do rating da divida soberana, a falta de confiança dos investidores, a ausência de financiamento e o débil desempenho dos mercados. Contudo, se é certo que as perspetivas não são animadoras, também é certo que há novos players emergentes com interesse no mercado nacional - investidores privados e grupos familiares - que vêm substituir os tradicionais investidores institucionais, agora afastados do mercado nacional. Com efeito, estima-se uma crescente procura focada no aproveitamento das descidas dos preços e subida das taxas de retorno.

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1.4 MERCADO DE GESTÃO DE ATIVOS PORTUGUÊS

1.4.1 Fundos de investimento mobiliário

No final de 2012, o valor dos fundos mobiliários geridos pelas sociedades gestoras portuguesas situava-se em 12.830 Milhões de Euros (M€), o que correspondeu a um acréscimo de 1.995 M€ (18%) face ao ano anterior.

Os Fundos de Tesouraria registaram um crescimento de 2.108 M€ (115%), regressando aos níveis de 2009, os Fundos Especiais de Investimento aumentaram 295 M€ (12%) e os Fundos de Obrigações 27 M€ (2%) As restantes categorias de fundos registaram decréscimos em 2012: os Fundos Flexíveis diminuíram 233 M€ (18%), os Fundos de Ações, no seu conjunto, baixaram 15 M€ (1%), os fundos PPR, 75 M€ (7%) e os Fundos de Capital Assegurado perderam 57 M€ (4%) com a liquidação de 9 fundos.

Os Fundos de Tesouraria e os Fundos Especiais de Investimento eram as categorias com maior dimensão no mercado português, com ativos 3.942 M€ e 2.664 M€, respetivamente, o que corresponde a mais de metade do volume do mercado de fundos mobiliários.

Fonte: APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, de Pensões e Patrimónios

Em 2012, o número de fundos mobiliários portugueses em atividade baixou de 299 para 273, devido à liquidação de 37 fundos, maioritariamente Fundos Especiais de Investimento e fundos de Capital Garantido, e à constituição de apenas 11 fundos.

No final do ano, as cinco maiores sociedades gestoras portuguesas concentravam 83% do mercado e a quota de mercado da Caixagest ascendia a 25% e mantendo a liderança do mercado.

0 M€

2.000 M€

4.000 M€

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8.000 M€

10.000 M€

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18.000 M€

2008 2009 2010 2011 2012

Tesouraria Obrigações Mistos e F.FundosFlexíveis Acções Nacionais Acções InternacionaisPPR Capital Assegurado Fundos Especiais

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1.4.2 Gestão de patrimónios

No final 2012, o montante sob gestão no mercado de gestão de carteiras por conta de outrem, aferido pela APFIPP, ascendia a cerca de 52.153 M€, o que traduz um aumento de 3,1% desde o início do ano. Relativamente à Categoria de clientes;são as Seguradoras que detém maior volume de ativos sob gestão (68,3% do total), seguidas pelos Fundos de Pensões (17,1%) e pelos outros Investidores (11,4%). A quota de mercado da Caixagest situa-se em 37,3%, mantendo a liderança do mercado.

1.4.3 Fundos de investimento imobiliário

Em 31 de Dezembro de 2012, o valor líquido dos fundos de investimento imobiliário ascendia a 11.445 milhões de euros (M€), o que traduz um acréscimo de 178 milhões de euros relativamente ao início do ano.

O volume sob gestão manteve uma ligeira tendência de crescimento ao longo do ano. Os Fundos Imobiliários Fechados aumentaram 291 M€ e os Fundos Especiais de Investimento Imobiliário Fechados (FEIIF) 148 M€, contudo, os Fundos Imobiliários Abertos baixaram 261 M€.

MERCADO DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS PORTUGUÊS

Fonte: APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, de Pensões e Patrimónios

Em 2012 foram constituídos 5 fundos imobiliários, maioritariamente fechados, e registou-se a liquidação de 12 fundos, baixando para 254 o número de fundos imobiliários portugueses em atividade.

Os fundos imobiliários portugueses representados por 36 sociedades gestoras. As cinco maiores sociedades concentravam 46% do volume total gerido e a Fundger ocupava o primeiro lugar no ranking por montante, com uma quota de 13,1%.

0 M€

2.000 M€

4.000 M€

6.000 M€

8.000 M€

10.000 M€

12.000 M€

2008 2009 2010 2011 2012

Abertos Fechados FEII

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1.4.4 Fundos de pensões

Em 31 de Dezembro de 2012 o valor sob gestão dos fundos de pensões ascendia a 14.388 milhões de euros (M€), o que traduz um acréscimo de 8,7% relativamente ao final do ano anterior.

O desempenho dos mercados, sobretudo, dos segmentos acionista e obrigacionista, contribuiu para as valorizações registadas nos ativos geridos pelas gestoras de fundos de pensões.

Os Fundos Fechados registaram um aumento de 12.078 M€ para 13.114 M€, continuando a dominar este mercado com uma quota de 91,1% do montante total.

MERCADO DE FUNDOS DE PENSÕES PORTUGUÊS

Fonte: ISP – Instituto de Seguros de Portugal

Durante o ano de 2012 foram extintos cinco fundos de pensões, um PPA e quatro fundos fechados, dos quais um foi liquidado e três foram transferidos para fundos já existentes. No mesmo período assistiu-se à constituição de três fundos de pensões fechados, do que resultou um conjunto de 227 fundos de pensões, 155 dos quais fechados.

No final de 2012, o mercado estava representado por 11 sociedades gestoras e por 12 empresas de seguros. As cinco maiores sociedades gestoras concentravam mais de 79% do volume total gerido e a CGD Pensões ocupava o segundo lugar no ranking por montante, com uma quota de 15,8%.

0 M€

5.000 M€

10.000 M€

15.000 M€

20.000 M€

25.000 M€

2008 2009 2010 2011 2012

Fundos Fechados Fundos Abertos

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 15

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1.5 ATIVIDADE DA CAIXA GESTÃO DE ATIVOS

Em 31 de Dezembro de 2012, o universo das empresas integrantes da Caixa Gestão de Ativos – Grupo Caixa Geral de Depósitos, detinham sob gestão e aconselhamento ativos que totalizavam 24.770 M€, o que representou um acréscimo de 16% relativamente ao final do ano anterior.

ATIVOS GERIDOS

Unid.: Milhões de euros Variação 2011 2012 Valor %

Fundos Mobiliários (Caixagest) 2.490 3.071 581 23% Fundos Imobiliários (Fundimo) 1.565 1.517 -48 -3% Fundos de Pensões (CGD Pensões) 2.115 2.306 191 9% Carteiras sob Gestão (Caixagest) 1 14.884 17.524 2.640 18% Carteiras sob aconselhamento (Caixagest) 307 392 85 28% Total 21.361 24.810 3.449 16%

1 Os montantes das carteiras sob Gestão não incluem os Fundos de Pensões referidos na linha anterior

1.5.1 Caixagest S.A. - Fundos de Investimento Mobiliário & Patrimónios

Evolução comercial

O ano de 2012 foi caraterizado pela diminuição do poder de compra das famílias portuguesas, pelo ajustamento em baixa das expetativas dos empresários e famílias relativamente ao sentimento económico, pelo aumento do desemprego e da aversão ao risco por parte dos investidores ao mesmo tempo que as taxas de juro dos depósitos a prazo se mantiveram artificialmente elevadas.

O segundo semestre do ano foi influenciado, em termos de sentimento económico, pelo sucesso da colocação de ofertas públicas de subscrição de obrigações de vários emitentes nacionais no mercado de retalho, com yields bastante competitivas. No final do ano o BCE anunciou o lançamento do programa de Transações Monetárias Diretas (OMT), através do qual se compromete a efetuar compras ilimitadas de dívida soberana. Este anúncio teve um impacto direto na melhoria da perceção do risco das obrigações dos governos dos países periféricos, com um estreitamento acentuado dos spreads de crédito, e da redução da curva da taxa de juro dos depósitos a prazo.

Neste contexto, a estratégia de 2012 assentou:

- Numa dinamização dos fundos do mercado monetário, com nível de risco baixo e retornos competitivos, com procura crescente por parte dos aforradores.

- Na promoção dos fundos de obrigações e de ações, aproveitando o bom momento das várias classes de ativos no decurso de 2012.

- Na continuada aposta na formação e literacia financeira, nos vários canais de distribuição.

- No desenvolvimento de cursos temáticos na plataforma de e-learning, de difusão generalizada, para toda a rede comercial dos canais de distribuição, sobre mercados e instrumentos financeiros.

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A estratégia comercial foi sustentada pela dinamização dos fundos de oferta permanente, em detrimento do lançamento de novos produtos.

Em 2012 apenas foi lançado um novo produto, o fundo Caixagest Rendimento Corporate II 2014, foi liquidado o Fundo Caixa Capitalização e terminaram dois fundos: o Caixagest Seleção Especial e o Caixagest Valor Premium.

A gestão discricionária de carteiras registou, para o segmento de Institucionais, um aumento de 17% no volume de ativos sob gestão, em resultado do boa performance dos mercados ao longo do ano. Quanto ao segmento de Particulares, registou-se um crescimento de 32% no número de novos clientes, essencialmente no serviço de Aconselhamento, sendo um reflexo do reconhecimento da qualidade do serviço prestado junto dos clientes. A procura crescente para este tipo de serviço, por parte da rede de retalho, denota um esforço conjunto na colocação de fontes alternativas de valor no portfolio do cliente final.

Evolução financeira

O ano de 2012 ficou marcado pelo aumento das comissões da Caixagest para o valor de 21,6 M€, mais 7,2% do que no anterior.

O produto bancário aumentou 22% para 10,4 M€ e os custos de funcionamento baixaram 7,2% para 6,5 milhões de euros, em cumprimento das orientações do Orçamento Geral do Estado e das diretrizes do acionista. Deste modo, o Resultado Líquido do Exercício de 2012, no valor de 2,6 M€ euros, registou um acréscimo de 134% face ao ano anterior.

Adicionalmente, a atividade de gestão de fundos mobiliários e de carteiras gerou, direta e indiretamente, para a CGD 8,5 M€ de comissões de comercialização, 6,1 M€ de comissões de custódia de títulos e 0,3 M€ de comissões de resgate.

(Milhares de Euros)

2011 2012 Variação

Ativo líquido 31 313 34 317 10%

Capitais próprios 27 155 28 650 6%

Distribuição de Dividendos e Reservas 1 053 1 109 5%

Resultado líquido 1 109 2 595 134%

Capital social 9 300 9 300

1.5.2 Fundger S.A. - Fundos de Investimento Imobiliário

Evolução comercial

O Fundo Imobiliário Aberto Fundimo manteve a sua posição enquanto maior fundo de investimento imobiliário aberto nacional. Embora sob grande pressão de saída de clientes, foi possível manter o comportamento consistente deste Fundo e continuar a estratégia de gestão implementada nos últimos anos - sem exposição ao setor residencial e privilegiando uma política que concilia a monitorização da carteira atual com a procura ativa das oportunidades existentes no mercado imobiliário nacional e especialmente nas zonas prime.

A tendência generalizada no mercado de quebra de clientes nos fundos de investimento, foi

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 17

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transversal a toda a tipologia de fundos abertos. A menor liquidez das famílias associada a uma perda média do poder de compra, contribuiu para um menor nível médio de investimento por cliente nos fundos.

(Milhões de Euros)

2011 2012 Variação

Fundo Imobiliário Aberto 922 914 - 1% Fundos Imobiliários Fechados 643 604 - 6% Total 1.565 1.517 - 3%

Quanto aos fundos fechados geridos pela Fundger, atendendo à situação de se encontrarem maioritariamente afetos ao desenvolvimento e promoção imobiliária, registou-se um significativo abrandamento de atividade. Durante o ano, a Fundger cessou a gestão de um fundo de investimento imobiliário fechado. Por outro lado, a atual conjuntura nacional e internacional tem trazido dificuldades acrescidas aos projetos de alguns Fundos imobiliários fechados de subscrição particular, lançados na fase mais favorável do ciclo económico, nomeadamente, projetos de grande dimensão ou turísticos e residenciais com insuficiente alocação de capitais próprios.

No final de 2012 a carteira de fundos imobiliários sob gestão incluía 1 fundo aberto e 26 fundos fechados por subscrição particular, dos quais 7 classificados como fundos especiais e 2 como Fundos de Arrendamento Habitacional.

Evolução financeira

Em termos globais, o ano de 2012, caraterizou-se por um abrandamento da atividade da Fundger, contudo, o aumento do valor das comissões de resgate cobradas relativas ao Fundo Fundimo, refletiram-se excecionalmente no montante de comissões, as quais atingiram o montante de 16,6 milhões de euros, em 31 de Dezembro de 2012.

A Fundger deu integral cumprimento às orientações transmitidas pelo acionista no sentido de implementar um rigoroso controlo de custos operativos, tanto em custos com os recursos humanos como em termos de fornecimentos de terceiros, tendo os custos de funcionamento sofrido um decréscimo 19% face ao ano anterior.

As contas da Fundger foram afetadas pela constituição de Provisões para Créditos de Cobrança Duvidosa no valor de 2,8 milhões de euros, em resultado da impossibilidade de cobrança de comissões e da necessidade de responder a situações deficitárias de alguns fundos fechados.

Estes desenvolvimentos refletiram-se nos resultados, tendo a Fundger fechado o ano com resultados líquidos de 3,9 milhões de euros, menos 11% que no período homólogo.

(Milhares de Euros)

2011 2012 Variação

Ativo líquido 9 196 9 216 0,2%

Capitais próprios 7 084 6 612 - 7%

Distribuição de dividendos e reservas 2 857 4 385 + 53%

Resultado líquido 4 385 3 912 - 11%

Capital social 600 600

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 18

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1.5.3 CGD Pensões S.A. - Fundos de Pensões

Evolução comercial

A CGD Pensões terminou o ano tendo sob gestão: 16 fundos de pensões fechados e 4 fundos de pensões abertos. Já no final do ano, por via de concurso lançado no mercado a CGD Pensões obteve o mandato da gestão de dois fundos de pensões fechados um dos quais com capital garantido. Encontra-se no ISP, para autorização, a constituição do novo fundo de pensões das seguradoras do Grupo no âmbito do novo contrato coletivo de trabalho, o PIR Fidelidade – Companhia de Seguros e Associadas.

Para além das adesões individuais celebradas nos quatro fundos de pensões abertos comercializados na rede CGD encontravam-se ainda sob gestão 33 adesões coletivas ao Fundo de Pensões Aberto Caixa Reforma Ativa,12 ao Fundo de Pensões Aberto Caixa Reforma Valor e 15 ao Fundo de Pensões Aberto Caixa Reforma Prudente, num total de 60.

O valor patrimonial dos fundos geridos, em 31 de Dezembro de 2012, ascendia a 2.306,3 M€, representando um acréscimo de 9,02% face aos 2.115,3 M€ geridos no final de 2011.

Devido à manutenção conjuntura de crise que marcou a economia mundial durante o ano, os reembolsos de unidades de participação dos fundos de pensões abertos, realizados na sua larga maioria por participantes com direito a pensão de reforma, ascenderam a 11,8 M€, dos quais 2,5 M€ respeitam a transferências entre os três fundos de pensões abertos. Não obstante, durante o ano, registaram-se subscrições no valor de 10,9 M€, das quais 2,7M€ resultaram de transferências.

No último trimestre do ano iniciou-se o projeto conducente à dinamização da celebração de adesões coletivas aos três fundos de pensões abertos através da rede comercial da CGD, e prevê-se que a primeira fase deste projeto esteja implementada até final de Junho do corrente ano.

Para alcançar os objetivos a que se propôs, a Sociedade continuou a contar com a colaboração imprescindível da rede comercial da CGD e da área comercial da Caixa Gestão de Ativos.

Evolução financeira

Não obstante ter conseguido crescer em montantes ao longo de 2012, o valor das Comissões da CGD Pensões, 2,93 M€, teve um ligeiro decréscimo de 1,28% face ao período homólogo de 2011.

Quanto aos Custos Operacionais registaram um ligeiro crescimento de 4,1% face ao período homólogo do ano anterior, ascendendo a 2,02M€ em 2012.

Assim o Resultado Líquido do Exercício de 2012, no valor de 674.183 euros, regista um decréscimo de 15,1% face ao do ano anterior.

(Milhares de Euros)

2011 2012 Variação

Ativo líquido 5 402 5 061 - 6,3%

Capitais próprios 4 706 4 392 - 6,7% Distribuição de Dividendos e Reservas 915 988 + 7,9% Resultado líquido 794 674 -15,1%

Capital social 3 000 3 000

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 19

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1.5.4 Estrutura operacional e sistemas de informação

A área de gestão dos sistemas de informação da Caixa Gestão de Ativos consolidou, durante o ano de 2012, os processos de negócio através da melhoria das atividades de gestão de informação e de gestão tecnológica:

• Foi dada continuidade à atualização dos sistemas centrais de informação utilizados nas áreas de apoio ao negócio, nomeadamente:

• Aos sistemas de valorização de fundos de investimento mobiliário, fundos de investimento imobiliário, fundos de pensões e gestão de patrimónios;

• Ao sistema de gestão de contribuições e participantes dos fundos de pensões;

• Ao sistema de apoio ao processo de reconciliações financeiras e físicas;

• Ao programa de contabilidade e gestão de pessoal;

• Na consolidação da plataforma de gestão e distribuição de informação, que fornece serviços de informação na área de gestão de valores mobiliários, pricing, reporting legal e disponibiliza informação para as diversas áreas de negócio da Caixa Gestão de Ativos;

• Foi implementada a componente de Obrigações da nova ferramenta de frontoffice para a gestão de ativos “Charles River“ cuja utilização plena encontra-se prevista para 2013;

• Foi implementado o novo web site da CGD Pensões com criação de uma área de empresas e particulares para consulta de posição de contribuições e respetivo extrato de movimentos para cada uma das adesões aos fundos de pensões abertos.

1.5.5 Recursos humanos

No final de 2012, a Caixa Gestão de Ativos contava com um total de 116 colaboradores, o que corresponde ao decréscimo de 10 colaboradores em relação ao ano anterior. A este efectivo há que adicionar, 5 administradores que desempenham funções executivas nas sociedades.

Nos 'contratos efetivos' registou-se a contratação de 3 colaboradores, que estavam em contrato a termo, a saída de 7 (dos quais, 5 foram integrados na CGD) e foi autorizada 1 licença sem vencimento. Relativamente ao 'pessoal cedido do Grupo CGD' verificou-se a extinção de 2 contratos.

Os custos com os recursos humanos das empresas que integram a Caixa Gestão de Ativos (incluindo o pessoal cedido) em 2012, baixaram relativamente ao exercício anterior. Este decréscimo traduz a suspensão de pagamento dos subsídios de férias e de Natal dos colaboradores e administradores, decretada pelo Orçamento do Estado de 2012 para as empresas do Sector Empresarial do Estado, no âmbito do Memorando de Entendimento estabelecido com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, de acordo com as especificidades conferidas pelo Ministério das Finanças à CGD.

O nível, a capacidade e a motivação das pessoas que integram as empresas da Caixa Gestão de Ativos constituíram, da mesma forma que em anos anteriores, as preocupações centrais da política de pessoal que, ao fomentar a identificação dos empregados com o projeto Gestão de Ativos, visa a manutenção do padrão de qualidade dos serviços prestados. Assim, salienta-se o apoio concedido em 2012, para reforço do nível académico das carreiras técnicas de Gestão de Ativos bem como a preocupação constante com uma política de retenção de talentos, através do acompanhamento e ____________________________________________________________________________________________

RELATÓRIO E CONTAS 2012 20

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evolução das carreiras dos recursos humanos que possam responder aos desafios mais estratégicos.

O aumento verificado na conta de Orgãos sociais, decorre em exclusivo do fato desta rubrica agora considerar a totalidade do custo do presidente da comissão executiva, que anteriormente era suportado por outras empresas do grupo CGD, tendo sido dado cumprimentointegral aos normativosprevistos a este nível.

1.5.6 Mecanismos de governação

A Sociedade considera fundamental que os Fundos e as Carteiras que administra possuam um sistema de controlo interno adequado e eficaz. A sociedade define o sistema de controlo interno como o conjunto de estratégias, sistemas, processos, políticas e procedimentos definidos pelo Conselho de Administração, e ainda as ações desenvolvidas por este Conselho e todos os colaboradores da Caixagest, por forma a assegurar:

• O desempenho eficiente e rentável, no médio e longo prazo, da atividade através de uma utilização eficaz dos ativos e recursos;

• O efetivo cumprimento das obrigações legais e regulamentares a que se encontra sujeita;

• A apropriada gestão dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas, assegurando a estabilidade e sobrevivência da sociedade;

• A prudente e adequada avaliação dos ativos e responsabilidades;

• A existência de informação financeira e de gestão completa e fiável.

Para atingir estes objetivos a Sociedade tem vindo a fomentar, ao longo do tempo, uma cultura e um ambiente de controlo adequados, assegurando atividades de controlo, um mecanismo de avaliação do ambiente de controlo, bem como um efetivo processo de monitorização.

Diversos projetos têm sido implementados, abrangendo de forma transversal todos os órgãos de estrutura da organização, nomeadamente, em termos de gestão do risco operacional e mecanismo de controlo interno (ROCI), bem como na implementação e manutenção do plano de continuidade de negócio (PCN).

A implementação do projeto ROCI permitiu a criação da função de gestão de riscos para a sociedade gestora. Para os fundos de pensões, a função de gestão de riscos é já da competência da Direção de Risco da CGD encontrando-se em vias de formalização a subcontratação da mesma o que não impede a prestação da referida informação.

Relativamente ao processo de monitorização do sistema de controlo interno, a Sociedade subcontratou, no início do ano, a função de auditoria interna à Direção de Auditoria Interna da CGD, tendo ficado já estabelecido o programa de ação a desenvolver nos próximos 3 anos, com início em 2012.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 21

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1.6 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E CAPITAIS PRÓPRIOS

1.6.1 Conta consolidada

As contas da Caixa Gestão de Ativos são consolidadas na Caixa Geral de Depósitos. Apresenta-se no quadro seguinte uma análise comparativa dos indicadores agregados das empresas que constituem a estrutura da Caixa Gestão de Ativos.

(1) Os Resultados antes de Impostos e o Resultado Líquido da SGPS excluem os dividendos recebidos das participadas.

(2) Os Capitais Próprios Totais da SGPS excluem o valor do Investimento nas Filiais (Caixagest, Fundger e CGD Pensões) .

SGPS CAIXAGEST FUNDIMO CGD PENSÕES

Consolidado 2012

Consolidado 2011

Variação %

Margem Financeira 9 573 151 25 758 820 -7,5%

Produto Bancário 8 10.397 10.356 1.944 22.705 20.237 12,2%

dos quais: Comissões

- Comissões de Gestão 0 21.608 16.645 2.927 40.723 38.639 5,4%

- Comissões de Comercialização 0 -8.465 -5.146 -364 -13.975 -14.884 -6,1%

Outros Custos 11 6.539 4.832 1.019 12.401 11.512 7,7%

- Custos com Pessoal 0 3.661 1.055 423 5.390 5.575 -3,3%

- Fornecimentos e Serviços Externos 11 2.512 899 582 3.752 4.541 -17,4%

- Amortizações 0 366 62 15 443 409 8,1%

- Provisões Líquidas e Anulações 0 0 2.816 0 2.816 987

Resultado Antes de Impostos -3 3.859 5.523 925 10.304 8.725 18,1%

Impostos sobre Lucros 0 1.264 1.611 251 3.126 2.398 30,4%

Resultados Líquidos (1) -3 2.595 3.912 674 7.178 6.326 13,5%

Capitais Próprios Totais 961 28.650 6.612 4.392 40.615 39.437 3,0%

Indicadores de Actividade

Proveitos Gerados para o Grupo: 26.449 17.979 3.115 47.543 46.056 3,2%

- Comissões de Gestão 21.608 11.795 2.919 36.322 35.518 2,3%

- Comissões de Banco Depositário 4.582 1.333 189 6.104 6.630 -7,9%

- Comissões de Subscrição e Resgate 259 4.850 8 5.117 3.908 31,0%

Total 20.986.485 1.517.186 2.306.303 24.809.974 21.320.592 16,4%

Activos sob Gestão 20.594.569 1.517.186 2.306.303 24.418.058 21.013.945 16,2%

Activos sob Aconselhamento 391.915 391.915 306.646 27,8%

Indicadores de Resultados e de Balanço

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 22

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1.6.2 Contas Individuais

Os proveitos da Caixa Gestão de Ativos, SGPS resumem-se aos dividendos recebidos das empresas subsidiárias (Caixagest, Fundger e CGD Pensões), que atingiram o montante de 6 481 milhares de Euros no exercício de 2012, e aos juros provenientes de aplicações financeiras dos capitais próprios no valor de 9 milhares de Euros. O resultado líquido depois de impostos foi de 6 478 Milhares Euros.

A evolução dos resultados líquidos das empresas participadas são apresentados no quadro seguinte:

EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS LÍQUIDOS DAS EMPRESAS PARTICIPADAS

Unidade: Milhares de Euros Sociedade 2011 2012 Variação Caixagest 1 108 2.595 134% Fundger 4 385 3.912 -11% CGD Pensões 794 674 -15%

1.6.3 Proposta de aplicação de resultados

Nos termos do preceituado nos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido de Imposto da Caixa Gestão de Ativos, S.G.P.S. relativo ao ano de 2012, no valor de 6.478.077,61 euros (seis milhões, quatrocentos e setenta e oito mil e e setenta e sete euros e sessenta e um cêntimos), tenha a seguinte aplicação:

• 10%, ou seja, 647 807,76 euros, para reforço da Reserva Legal;

• o remanescente, ou seja, 5.830.269,85 euros, colocamos à disposição do acionista.

1.6.4 Considerações finais

Ao concluir o seu relatório, o Conselho de Administração considera ser seu dever exprimir o reconhecimento às seguintes entidades, pela contribuição que prestaram à atividade da Sociedade:

• Às entidades de supervisão, pela disponibilidade e acompanhamento da evolução dos fundos e das sociedades;

• Aos membros da Assembleia-geral e das entidades revisoras de contas das sociedades e dos fundos, pelo empenhamento colocado na sua atuação fiscalizadora;

• À rede comercial do Grupo CGD e seus responsáveis, a quem de dedica uma palavra de apreço;

• Às estruturas centrais do Grupo CGD, designadamente às estruturas de apoio às participadas, marketing, gestão de produtos, gestão de risco, gestão de recursos humanos, assessoria jurídica, controlo de gestão, compliance, informática e auditoria interna, de quem se recebeu empenhada colaboração;

• Aos colaboradores de todas as empresas da Caixa Gestão de Ativos, a cuja competência, dedicação e espírito de serviço, se devem parte importante dos resultados alcançados;

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 23

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• À CGD, Acionista Único, pelo seu apoio permanente e pelo acompanhamento da atividade da

Sociedade.

Lisboa, 18 de Fevereiro de 2013

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

____________________________________________________ Nuno Maria Pinto de Magalhães Fernandes Thomaz - Presidente

____________________________________________________ João Eduardo de Noronha Gamito de Faria – Vice-Presidente

(Comissão Executiva – Presidente)

____________________________________________________ Fernando Manuel Domingos Maximiano

(Comissão Executiva - vogal)

____________________________________________________ Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

(Comissão Executiva - vogal)

____________________________________________________ Eng. Jorge dos Santos Duro

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 24

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1.7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas

2012

2011

Juros e rendimentos similares

10

9.129

77.053

Margem financeira

9.129

77.053

Rendimentos de instrumentos de capital

11

6.481.100

4.824.953 Encargos com serviços e comissões (1.251)

(757)

Produto bancário

6.488.978

4.901.249

Gastos gerais administrativos 12 (10.900)

(26.780)

Resultado antes de impostos

6.478.078

4.874.469

Impostos . Correntes

6

-

(11.005)

Resultado líquido do exercício

6.478.078

4.863.464

Receitas e despesas não reconhecidas no resultado do exercício

-

-

Rendimento integral do exercício

6.478.078

4.863.464

Número médio de acções ordinárias emitidas

2.070.000

2.070.000

Resultado por acção

3,13

2,35

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 25

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BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas

2012

2011

ACTIVO

Caixa e disponibilidades em bancos centrais

180

180

Disponibilidades em outras instituições de crédito

3

656.993

512.058

Aplicações em instituições de crédito

4

300.889

-

Investimentos em filiais e associadas

5

22.573.797

22.573.797

Activos por impostos correntes

6

9.735

-

Total do activo

23.541.594

23.086.035

PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO

Passivos por impostos correntes

6

-

11.070

Outros passivos

7

7.195

9.246

Total do passivo

7.195

20.316

Capital

8

10.350.000

10.350.000

Outras reservas

9

6.706.321

7.852.255

Dividendos antecipados

-

-

Resultado líquido do exercício

6.478.078

4.863.464

Total do capital próprio

23.534.399

23.065.719

Total do passivo e do capital próprio

23.541.594

23.086.035

____________________________________________________________________________________________

RELATÓRIO E CONTAS 2012 26

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DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas

Capital

Reserva legal

Reservas livres

Total de outras

reservas

Resultado líquido do exercício

Total

10.350.000

4.816.388

-

4.816.388

14.035.866

29.202.254

Distribuição do resultado do exercício de 2010:

. Transferência para reservas

-

1.403.587

1.632.280

3.035.867

(3.035.867)

-

. Distribuição de dividendos

9

-

-

-

-

(11.000.000)

(11.000.000)

Resultado líquido do exercício de 2011

-

-

-

-

4.863.464

4.863.464

Outros

-

-

-

-

1

1

10.350.000

6.219.975

1.632.280

7.852.255

4.863.464

23.065.719

Distribuição do resultado do exercício de 2011:

. Transferência para reservas

-

486.346

-

486.346

(486.346)

-

. Distribuição de dividendos

9

-

-

-

-

(4.377.118)

(4.377.118)

Distribuição de reservas livres

9

-

-

(1.632.280)

(1.632.280)

-

(1.632.280)

Resultado líquido do exercício de 2012

-

-

-

-

6.478.078

6.478.078

10.350.000

6.706.321

-

6.706.321

6.478.078

23.534.399

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 27

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

2012 2011

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Pagamentos a fornecedores

(12.944)

(27.453)

Recebimento/(pagamento) de impostos sobre lucros

(20.805)

33.931 (Aumento)/diminuição de ativos operacionais:

Aplicações em instituições de crédito

(300.000)

6.500.000

Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à atividade operacional (1.258)

(588)

Fluxos gerados pelas atividades operacionais (335.007)

6.505.890

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO: Dividendos recebidos

6.481.100

4.824.953

Juros e rendimentos similares

8.240

80.160

Fluxos gerados pelas atividades de investimento 6.489.340

4.905.113

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Pagamento de dividendos e distribuição de reservas (6.009.398)

(11.000.000)

Fluxos gerados pelas atividades de financiamento (6.009.398)

(11.000.000)

Variação líquida de caixa e seus equivalentes

144.935

411.003

Caixa e seus equivalentes no início do exercício

512.238

101.235

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício

657.173

512.238

__________________________________________________________________________________________ RELATÓRIO E CONTAS 2012 28

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1.8 NOTAS EXPLICATIVAS

ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa – Gestão de Activos, SGPS, S.A. (adiante igualmente designada por “Sociedade”) foi constituída em 10 de Dezembro de 1999 com a denominação de Gestibanca, SGPS, S.A., tendo alterado a sua denominação social para a actual em 15 de Novembro de 2000. A Sociedade tem por objecto a gestão de participações sociais noutras sociedades, como forma indirecta do exercício de atividades económicas.

Conforme indicado na Nota 8, a Sociedade é detida integralmente pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD), sendo as suas operações e transacções influenciadas pelas decisões do Grupo em que se insere. Os principais saldos e transacções com empresas do Grupo CGD encontram-se detalhados na Nota 14.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras da Sociedade foram preparadas no pressuposto da continuidade

das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA’s), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.

As NCA’s correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS),

conforme adoptadas pela União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, não existem diferenças com impacto significativo nas demonstrações financeiras da Sociedade entre as NCA’s e as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia.

As demonstrações financeiras da Sociedade relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de

2012 não foram ainda objecto de aprovação pela Assembleia Geral, tendo contudo sido aprovadas pelo Conselho de Administração em 18 de Fevereiro de 2013. Contudo, o Conselho de Administração admite que as mesmas venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

A Sociedade não apresenta contas consolidadas, uma vez que se encontra dispensada de o

fazer, ao abrigo do Artigo 7º do Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho. De acordo com aquele artigo, a dispensa deve-se ao facto da Sociedade ser totalmente detida pela CGD, a qual apresenta demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, e visto que a Sociedade não emitiu nem tem intenções de emitir instrumentos de dívida ou de capital próprio.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes: a) Investimentos em filiais e associadas

Esta rubrica inclui as participações estáveis em empresas do Grupo Caixa Geral de

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Depósitos, nas quais a Sociedade exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas atividades, sendo o controlo evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto. Estas participações são denominadas filiais. Nos termos da Norma IAS 27 – “Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas” estes investimentos encontram-se registados ao custo de aquisição (Nota 5).

Os dividendos são registados como rendimento no exercício em que é aprovada a sua distribuição pelas filiais, na rubrica de “Rendimentos de instrumentos de capital”.

b) Impostos diferidos

Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultantes de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação, sendo registados de acordo com a Norma IAS 12 – “Impostos sobre o rendimento” e calculados com base nas taxas de imposto que se antecipam estarem em vigor no período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou liquidado o passivo.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a Sociedade não tem registados impostos diferidos activos e passivos.

c) Especialização de exercícios

A Sociedade regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo os mesmos reconhecidos à medida em que são gerados, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.

3. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica refere-se a depósitos à ordem expressos em Euros

domiciliados na CGD (Nota 14). Em 31 de Dezembro de 2012, estes depósitos não eram remunerados. Em 31 de Dezembro de 2011, aqueles depósitos eram remunerados à taxa anual bruta de 1,01%.

4. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2012, o saldo desta rubrica refere-se a um depósito a prazo e

correspondentes juros corridos nos montantes de 300.000 Euros e 889 Euros, respectivamente. Este depósito a prazo encontra-se domiciliado na CGD, é remunerado à taxa anual bruta de 1,10% e tem o seu vencimento em Março de 2013 (Nota 14).

5. INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição: Caixagest – Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. (Caixagest) 15.798.473

Fundger – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento

Imobiliário, S.A. (Fundger)(*) 3.716.189

CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (CGD Pensões) 3.059.135

--------------- 22.573.797 ========= (*) Anteriormente denominada por Fundimo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

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Os principais dados financeiros das empresas participadas, obtidos a partir das respectivas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, são como segue:

(*) Inclui o resultado do exercício A Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. foi constituída por escritura pública de 6 de

Novembro de 1990. O seu objecto social consiste na administração e gestão de fundos de investimento mobiliário, abertos ou fechados, podendo igualmente exercer a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, incluindo as correspondentes a fundos de pensões, com base em mandato conferido pelos investidores.

A Fundger - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., anteriormente designada

por Fundimo - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., foi constituída em 8 de Janeiro de 1987, tendo por objecto social exclusivo a administração, gestão e representação de fundos de investimento imobiliário.

A CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. foi constituída em 14 de Maio de

1992, tendo por principal atividade a administração, gestão e representação de fundos de pensões.

A diferença entre o custo de aquisição das participações e o valor dos capitais próprios das empresas filiais, dado serem detidas a 100%, pode ser demonstrada da seguinte forma:

2012% de Situação Resultado do

Entidade participação Activo líquida (*) exercício

Caixagest 100% 34.317.086 29.050.191 2.994.577Fundger 100% 9.216.362 6.611.995 3.911.995CGD Pensões 100% 5.061.411 4.392.041 674.183

2011% de Situação Resultado do

Entidade participação Activo líquida (*) exercício

Caixagest 100% 31.313.058 27.154.902 1.108.520Fundger 100% 9.196.591 7.084.932 4.384.932CGD Pensões 100% 5.401.523 4.705.507 793.963

2012Equivalência Custo de

Entidade patrimonial aquisição Diferença

Caixagest 29.050.191 15.798.473 13.251.718Fundger 6.611.995 3.716.189 2.895.806CGD Pensões 4.392.041 3.059.135 1.332.906

40.054.227 22.573.797 17.480.430

2011Equivalência Custo de

Entidade patrimonial aquisição Diferença

Caixagest 27.154.902 15.798.473 11.356.429Fundger 7.084.932 3.716.189 3.368.743CGD Pensões 4.705.507 3.059.135 1.646.372

38.945.341 22.573.797 16.371.544

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6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Sociedade está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) a uma taxa de 25% nos exercícios de 2012 e 2011. A partir de 1 de Janeiro de 2007, os municípios podem deliberar uma derrama anual até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC. Esta disposição implica que a taxa fiscal utilizada nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 no apuramento de impostos fosse de 26,5%.

Adicionalmente, com a alteração introduzida pela Lei n.º 64 – A/2008, de 31 de Dezembro – Lei do Orçamento do Estado para 2009, o actual artigo 87.º do Código do IRC passou a prever a aplicação de duas taxas de IRC distintas, atendendo ao montante da matéria colectável apurada. Assim, até ao montante de 12.500 Euros é aplicada uma taxa reduzida de 12,5%, sendo o remanescente montante da matéria colectável sujeito a uma taxa de IRC de 25%.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Sociedade esteve sujeita a uma taxa de derrama adicional de 2,5%, aplicável ao montante de lucro tributável que excedesse os 2.000.000 Euros. A partir do exercício de 2012, a Sociedade passou a estar sujeita a uma taxa de derrama adicional de 3%, aplicável ao montante de lucro tributável que exceda os 1.500.000 Euros e de 5%, aplicável ao montante de lucro tributável que exceda os 10.000.000 Euros.

As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da Sociedade durante um período

de quatro anos, excepto nos casos de utilização de prejuízos fiscais reportáveis, em que o prazo de caducidade do direito à liquidação é de seis anos. Desse facto poderão resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios de 2009 a 2012. No entanto, na opinião do Conselho de Administração da Sociedade, não é previsível que qualquer correcção ou liquidação adicional relativamente aos exercícios atrás referidos seja significativa para as demonstrações financeiras anexas.

Ao abrigo do regime fiscal das Sociedades Gestoras de Participações Sociais, os lucros distribuídos à

Sociedade pelas suas participadas são integralmente dedutíveis em sede de IRC. A reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado para efeitos de determinação do Imposto

sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, pode ser detalhada como segue:

2012 2011 Resultado antes de impostos 6.478.078 4.874.469 Ajustamentos: . Rendimentos de instrumentos de capital (Nota 11) (6.481.100) (4.824.953) -------------- ------------ Resultado tributável (3.022) 49.516

Taxa de imposto 26,5% 26,5% ----------- --------- - 13.122 Taxa de imposto reduzida - (1.563) --------- ---------- - (11.559) ===== ====== No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica da demonstração dos resultados “Impostos

correntes” encontra-se deduzida do excesso de estimativa de imposto do exercício de 2010 no montante de 554 Euros.

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Os saldos de activos/(passivos) por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 eram os seguintes:

2012 2011 Pagamentos por conta 9.735 489 Estimativa de imposto corrente do exercício - (11.559) -------- --------- 9.735 (11.070) ==== =====

7. OUTROS PASSIVOS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2012 2011 Auditoria 7.195 9.225 Outros - 21 -------- ------- 7.195 9.246 ==== ==== 8. CAPITAL PRÓPRIO Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o capital social da Sociedade estava representado por

2.070.000 acções com valor nominal de 5 Euros cada, totalmente subscrito e realizado, sendo integralmente detido pela CGD.

9. OUTRAS RESERVAS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as rubricas de “Outras reservas” têm a seguinte composição: 2012 2011 Outras reservas: . Reserva legal 6.706.321 6.219.975 . Reservas livres - 1.632.280 -------------- -------------- 6.706.321 7.852.255 ======== ======== Reserva legal

A Sociedade constitui uma reserva legal por afectação de 10% do resultado líquido de cada exercício até um limite igual ao valor do capital ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. De acordo com a legislação em vigor, esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Sociedade, podendo ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital.

Reservas livres

Na reunião de Assembleia Geral realizada no dia 30 de Março de 2012, foi deliberada a distribuição de reservas livres no montante de 1.632.280 Euros.

Dividendos

Nas reuniões de Assembleia Geral realizadas nos dias 30 de Março de 2012 e 29 de Abril de 2011, foi deliberada a distribuição de dividendos nos montantes de 4.377.118 Euros e 11.000.000 Euros, respectivamente.

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10. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte

composição: 2012 2011 Juros de aplicações em instituições de crédito (Nota 14) 7.313 71.294 Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 14) 1.816 5.759 ------- --------- 9.129 77.053 ==== ===== 11. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica refere-se aos dividendos recebidos de empresas filiais e apresenta a seguinte composição:

2012 2011 Fundger 4.384.932 2.856.650 Caixagest 1.108.520 1.052.851 CGD Pensões 987.648 915.452 ------------- ------------- 6.481.100 4.824.953 ======== ======== 12. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2012 2011 Trabalhos especializados 10.815 12.831 Deslocações e estadas - 12.261 Seguros - 1.602 Outros 85 86 --------- --------- 10.900 26.780 ===== ===== Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Trabalhos especializados”

inclui, essencialmente, os honorários suportados com auditores. 13. EFECTIVO MÉDIO ANUAL DE TRABALHADORES A Sociedade não tem quadro próprio de pessoal, estando as tarefas inerentes ao seu funcionamento

a cargo do Conselho de Administração, o qual não é remunerado.

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14. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os resultados gerados pela Sociedade em

transacções efectuadas com entidades relativamente às quais está em relação de domínio ou de controlo conjunto (entidades do Grupo CGD) foram os seguintes:

2012 2011 Juros e rendimentos similares (Nota 10) 9.129 77.053 Rendimentos de instrumentos de capital (Nota 11) 6.481.100 4.824.953

Encargos com serviços e comissões ( 14 ) ( 11 ) -------------- ------------- 6.490.215 4.901.995 ======== ======== Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a Sociedade mantém os seguintes saldos com

entidades do Grupo CGD: 2012 2011 Activo Disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 3) 656.993 512.058

Aplicações em instituições de crédito (Nota 4) 300.889 -

15. INCLUSÃO NAS CONTAS CONSOLIDADAS DE OUTRA INSTITUIÇÃO Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as demonstrações financeiras da Sociedade são incluídas nas

contas consolidadas da Caixa Geral de Depósitos, S.A., as quais se encontram disponíveis na sua sede social, na Av. João XXI, nº 63, 1000-300 Lisboa.

16. JUSTO VALOR E RISCOS FINANCEIROS

Justo valor Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Conselho de Administração da Sociedade entende que o justo

valor dos instrumentos financeiros registados ao custo amortizado não difere significativamente do seu justo valor.

Risco de crédito

A Sociedade considera que, face à sua atividade, não se encontra exposta ao risco de crédito. De

referir que os activos da Sociedade correspondem, essencialmente, a disponibilidades e aplicações na CGD.

Risco de taxa de juro, de liquidez e de mercado

A Sociedade considera que, face à sua atividade, não se encontra exposta ao risco de taxa de juro,

de liquidez e de mercado. De referir que a Sociedade aplica os seus excedentes de tesouraria em aplicações financeiras domiciliadas na CGD. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a Sociedade não tinha contraído financiamentos.

17. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

Os honorários totais incorridos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, relacionados com a revisão legal das contas anuais, ascenderam a 7.600 Euros e 7.800 Euros, respectivamente.

__________________________________________________________________________________________ RELATÓRIO E CONTAS 2012 35

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2 RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE

2.1 AVALIAÇÃO DO GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO

A Caixa Gestão de Ativos, adiante designada por Sociedade, cumpre todas as recomendações sobre o bom governo apresentadas na resolução do conselho de ministros nº 49/2007, conforme se descreve no presente Relatório sobre o Governo da Sociedade.

Princípios Recomendações Grau de Cumprimento(1)

Referências no Relatório

Missão, Objetivos e Princípios Gerais de Atuação

Obrigação de cumprimento, respeito e divulgação, da missão, objetivos e políticas, para si e para as participadas que controla, fixados de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de qualidade, visando salvaguardar e expandir a sua competitividade, com respeito pelos princípios fixados de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e satisfação das necessidades da coletividade;

Cumprido 2.2.1 a 2.2.3

Elaborar planos de atividade e orçamentos adequados aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta a sua missão e os objetivos fixados;

Cumprido 2.2.3

Definir estratégias de sustentabilidade nos domínios económico, social e ambiental; Cumprido 2.9

Adoção de planos de igualdade, de modo a alcançar uma efetiva igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres, eliminando a discriminação em razão de sexo e permitindo a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional;

Cumprido 2.3.8

Reporte de informação anual à tutela e ao público em geral, de como foi prosseguida a missão, grau de cumprimento dos objetivos, forma de cumprimento da política de responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável e forma de salvaguarda da sua competitividade (via de investigação, da inovação, do desenvolvimento e da integração de novas tecnologias no processo produtivo);

Cumprido 2.8.2 e 2.8.3

Cumprimento de legislação e regulamentação, adotando um comportamento eticamente irrepreensível na aplicação de normas de natureza fiscal, de prevenção do branqueamento de capitais, de concorrência, de proteção do consumidor, de natureza ambiental e de índole laboral;

Cumprido 2.3.3 a 2.3.7

Obrigação de tratamento com respeito e integridade de todos os trabalhadores e contribuir para a sua valorização pessoal;

Cumprido 2.3.10

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CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A.

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Princípios Recomendações Grau de Cumprimento(1)

Referências no Relatório

Missão, Objetivos e Princípios Gerais de Atuação

Obrigação de tratamento com equidade de clientes, fornecedores e demais titulares de direitos legítimos, estabelecendo e divulgando procedimentos adotados em matéria de aquisição de bens e serviços, adotando critérios de adjudicação orientados por princípios de economia e eficácia, que assegurem a eficiência das transações realizadas e que garantam a igualdade de oportunidades para todos os interessados, devendo divulgar anualmente todas as transações que não tenham ocorrido em condições de mercado e a lista dos fornecedores que representem mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos (se a % ultrapassar 1 milhão de euros);

Cumprido 2.4

Conduzir com integridade todos os negócios da empresa, não podendo praticar despesas confidenciais ou não documentadas

Cumprido 2.3.1 e 2.3.2

Ter ou aderir a um código de ética (que contemple exigentes comportamentos éticos e deontológicos e proceder à sua divulgação).

Cumprido 2.3.2

Estruturas de Administração e Fiscalização

Nº de membros não exceder o de empresas privadas comparáveis, de dimensão semelhante e do mesmo sector; O modelo de governo deve assegurar a efetiva segregação de funções de administração e fiscalização (empresas de maior dimensão e complexidade devem especializar a função de supervisão criando comissão de auditoria ou comissão para matérias financeiras);

Não aplicável

Cumprido

2.5.1 a 2.5.2

Emissão de relatório de avaliação de desempenho anual dos gestores executivos e de avaliação global das estruturas e mecanismos de governo em vigor pela empresa, efetuado pelos membros do órgão de fiscalização;

Não aplicável

Empresas de maior dimensão e complexidade devem ter as contas auditadas por entidades independentes com padrões idênticos aos praticados para empresas admitidas à negociação em mercados regulamentados, devendo os membros do Órgão de fiscalização ser os responsáveis pela seleção, confirmação e contratação de auditores, pela aprovação de eventuais serviços alheios à função de auditoria e ser os interlocutores empresa/auditores;

Não aplicável

Implementação do sistema de controlo, que proteja os investimentos e ativos da empresa e que abarque todos os riscos relevantes assumidos pela empresa;

Cumprido 2.7

Promover a rotação e limitação dos mandatos dos membros dos órgãos de fiscalização

Não aplicável

Remuneração e Outros Direitos

Divulgação anual das remunerações totais (fixas e variáveis) auferidas por cada membro do órgão de administração; Divulgação anual das remunerações auferidas por cada membro do órgão de fiscalização;

Cumprido 2.6.2

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Princípios Recomendações Grau de Cumprimento(1)

Referências no Relatório

Remuneração e Outros Direitos

Divulgação anual dos demais benefícios e regalias (seguros de saúde, utilização de viatura e outros benefícios concedidos pela empresa).

Cumprido 2.6.2

Prevenção de conflitos de interesses

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de se absterem de intervir em decisões que envolvam o seu próprio interesse; Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem quaisquer participações patrimoniais importantes que detenham na empresa;

Cumprido 2.5.14

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem relações relevantes que mantenham com fornecedores, clientes, IC’s ou outros, suscetíveis de gerar conflito de interesse.

Cumprido 2.5.14

Divulgação de informação relevante

Divulgar publicamente, de imediato, todas as informações de que tenham conhecimento, suscetíveis de afetar de modo relevante a situação económica, financeira e patrimonial da empresa; Disponibilizar para divulgação no sítio das empresas do Estado, de forma clara, relevante e atualizada, toda a informação antes enunciada, a informação financeira histórica e atual da empresa e a identidade e os elementos curriculares de todos os membros dos seus órgãos sociais;

Cumprido

Não aplicável

2.8.2

Incluir no Relatório de Gestão ponto relativo ao governo da sociedade (regulamentos internos e externos a que está sujeita, informações sobre transações relevantes com entidades relacionadas, remunerações dos membros dos órgãos, análise de sustentabilidade e avaliação do grau de cumprimento dos PBG);

Cumprido

2.8.3.

Nomeação do provedor do cliente, quando se justificar; Cumprido 2.10

(1) Grau de cumprimento – cumprido, cumprido parcialmente, não cumprido, não aplicável.

2.2 ORIENTAÇÕES DE GESTÃO, MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS DA INSTITUIÇÃO

2.2.1 Orientações de Gestão As orientações de gestão definidas pelo accionista são as seguintes:

• Consolidação do crescimento rentável, através da captação de produtos de valor acrescentado, da obtenção de uma posição de liderança de mercado e da aposta na qualidade das soluções financeiras apresentadas;

• Aumento do contributo para o Grupo, através do aumento do comissionamento, e do controlo dos custos de funcionamento;

• Crescer com riscos controlados, através de um modelo de gestão assente na minoração de

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riscos. Implementação do projeto ROCI (para controlo e monitorização do risco operacional e controlo interno), investimento em tecnologias de informação que permitam melhorar a capacidade de gestão e controlo de risco dos investimentos, e captação de talentos em recursos humanos em áreas consideradas prioritárias.

2.2.2 Missão, Objetivos e Políticas A missão da Sociedade é ser reconhecida pelos clientes (internos e externos), como a sua primeira escolha de fornecedor de serviços e produtos financeiros. Tendo por base esta missão, o Objetivo é a concretização das aspirações financeiras dos clientes, proporcionando-lhes performance de investimento com valor acrescentado, face aos seus requisitos de rendibilidade e risco, de forma consistente ao longo do tempo. Para tal a Sociedade procura captar as melhores pessoas no mercado de trabalho e proporcionar aos seus colaboradores os meios e ferramentas de trabalho que permitam a excelência nas suas funções. A Sociedade e os seus colaboradores desenvolvem a sua Atividade e funções no respeito por elevados princípios éticos e deontológicos, orientando a sua prática pelos valores definidos no Código de Conduta, documento que consagra os princípios de atuação e as normas de conduta profissional observados na, e pela, empresa no exercício da sua Atividade, sempre sob orientações do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).

A estratégia só terá sucesso se as Atividades da empresa forem desenvolvidas em estreita cooperação com a CGD, que acumula papéis de accionista, cliente e comercializador dos serviços e produtos, assegurando o respeito próprio pelas competencias fiduciárias da Sociedade.

Os Objetivos estratégicos da Sociedade assentam grande parte do seu esforço na:

• Reformulação da oferta dos seus produtos e serviços, ajustando-a às necessidades dos clientes e à conjuntura registada nos mercados financeiros;

• Adequação das propostas de valor na gestão de investimentos à oferta de produtos e serviços apresentados aos seus clientes;

• Dotação de ferramentas de informação e tecnologia, de gestão e controlo do risco necessárias na execução da Atividade.

Com estes Objetivos a Sociedade pretende manter a liderança, em montante sob gestão em fundos de investimento, para tal tem reformulado a sua oferta, procurando também desta forma concretizar as aspirações financeiras dos clientes. No entanto, a envolvente é adversa: a deterioração do enquadramento macro-económico em Portugal, o comportamento desfavorável dos mercados de capitais, o aumento da concorrência no sector, o recurso ao cross-selling por parte dos concorrentes e dentro dos canais de comercialização utilizados pela sociedade gestora e as alterações no enquadramento regulamentar dos fundos de investimento, dificultam a concretização dos Objetivos definidos e atrasam a implementação da visão estratégica da Sociedade nos próximos anos.

2.2.3 Plano de Atividades A Sociedade desenvolve anualmente um processo de planeamento para as diversas áreas de negócio, de forma integrada com a estrutura de planeamento do grupo CGD, realizando uma reunião entre o Conselho de Administração e os quadros onde é apresentado o plano de Atividades anual face aos Objetivos previamente traçados.

Para acompanhar a execução do plano de Atividade e orçamento aprovados, encontra-se implementado um sistema de informação de gestão, composto por um vasto conjunto de relatórios periódicos sobre as diversas áreas de Atividade, produzido internamente pela Área de Auditoria Interna e Controlo de Gestão da Caixa - Gestão de Ativos SGPS e pela Direção de Controlo e Planeamento da Caixa Geral de Depósitos. __________________________________________________________________________________________ RELATÓRIO E CONTAS 2012 39

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Anualmente, o Relatório e Contas apresenta uma avaliação da Atividade desenvolvida pela sociedade.

2.3 PRINCÍPIOS GERAIS DE ATUAÇÃO

Toda a atividade da Sociedade é norteada pelo cumprimento rigoroso das normas legais, regulamentares, éticas, deontológicas e boas práticas, existindo um sistema de controlo interno para acompanhar o grau de observância respectivo.

Neste contexto, a Sociedade adopta um comportamento eticamente irrepreensível na aplicação de normas de natureza fiscal, de prevenção do branqueamento de capitais, de concorrência, de proteção do consumidor, de natureza ambiental e de índole laboral.

2.3.1 Regulamentos Internos e Externos A atividade da Sociedade está sujeita a todas as normas legais relativas às sociedades anónimas, designadamente ao Código das Sociedades Comerciais e às consagradas nos seus Estatutos.

A sociedade está igualmente sujeita aos princípios de bom governo das empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE), cujo regime jurídico consta do DL n.º 558/99, de 17 de Dezembro, republicado pelo DL n.º 300/2007, de 23 de Agosto.

De um modo geral, à Sociedade aplica-se a legislação europeia e nacional relativa à sua Atividade, salientando-se no direito interno, o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92 de 31 de Dezembro, na sua atual redação, o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei nº 486/99 de 13 de Novembro, na sua atual redação e todas as disposições regulamentares emitidas pelo Banco de Portugal, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e pelo Instituto de Seguros de Portugal.

No âmbito da sua Atividade de gestão de fundos mobiliários, é de realçar ainda o Decreto Lei n.º 71/2010, de 18 de Junho que institui o Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo.

No âmbito da sua Atividade de gestão de fundos imobiliários, é de realçar ainda o Decreto Lei n.º 60/2002, de 20 de Março que institui o Regime Jurídico dos Fundos de Investimento Imobiliário.

No âmbito da sua Atividade de gestão de fundos de pensões, é de realçar ainda o Decreto Lei n.º 12/2006 de 20 de Janeiro que institui o Regime Jurídico dos Fundos de Pensões.

Destaca-se, também, a aplicação à sociedade da lei n.º 25/2008, de 5 de Junho, e do Regulamento EU n.º 1781/2006, que estabelecem medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

2.3.2 Código de Conduta A Sociedade dispõe de um Código de Conduta que está disponível para consulta, na sua sede, na Avenida João XXI, 63, 2º, Lisboa.

O Código de Conduta pretende garantir como princípio geral que todos os colaboradores, no exercício das suas funções, observam os mais elevados padrões de integridade e de honestidade, atuando sempre de uma forma competente, diligente e profissional, cumprindo com todas as disposições legais e regulamentares inerentes às Atividades de intermediação financeira, com todas as normas éticas e deontológicas de conduta, previstas na lei.

Todas as operações de aquisição ou alienação de valores mobiliários efectuadas pelos colaboradores são alvo de restrições impostas por este Código e, mensalmente, todos colaboradores comunicam __________________________________________________________________________________________ RELATÓRIO E CONTAS 2012 40

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por escrito as operações realizadas por conta própria.

2.3.3 Normas de Natureza Fiscal No que se refere ao cumprimento da legislação e regulamentação em vigor de normas de natureza fiscal, a Direção Administrativa e Financeira assegura o cumprimento das mesmas ao nível da Sociedade e dos Fundos.

2.3.4 Normas de prevenção de branqueamento de capitais Para efeitos da prevenção de operações relacionadas com branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e crimes contra o mercado, a Sociedade atua em estrita colaboração com a CGD, já que os Ativos por si geridos são comercializados e depositados nessa instituição financeira.

A CGD dispõe de um adequado normativo interno, do qual constam todos os deveres consagrados no ordenamento jurídico vigente, bem como as medidas e procedimentos internos destinados ao cumprimento dos aludidos deveres, de que se destacam ferramentas informáticas para deteção de situações susceptíveis de configurarem branqueamento de capitais, de que a corrupção é crime subjacente.

Não obstante este fato, a Sociedade tem presente todos os deveres impostos pela Lei n.º 25/2008 de 5 de Junho e pela regulamentação em vigor nesta matéria. A formação dos colaboradores sobre a temática da prevenção do branqueamento de capitais e o combate ao financiamento do terrorismo constitui um aspecto crucial em toda a temática da prevenção.

O responsável pela coordenação dos procedimentos de controlo interno em matéria de branqueamento de capitais, bem como pela centralização da informação e respectiva comunicação às autoridades competentes é a Direção de Supervisão e Controlo, em estrita colaboração com o Gabinete de Apoio à função de Compliance da CGD.

A Sociedade não identificou no corrente ano quaisquer operações suspeitas de relacionamento do crime de branqueamento de capitais, não tendo sido realizada qualquer comunicação às entidades competentes.

2.3.5 Normas de concorrência e de proteção do consumidor As práticas concorrenciais da Sociedade obedecem a princípios éticos de atuação que não põem em causa as linhas de ação da sã concorrência das Instituições que operam no sistema financeiro.

O processo de criação, aprovação e lançamento de Produtos e Serviços obedece a procedimentos que procuram acautelar o cumprimento da legislação vigente e da estratégia de negócio e a satisfação das necessidades dos Clientes.

2.3.6 Normas de natureza ambiental A Sociedade encontra-se inserida num grupo económico em que o Ambiente assume uma importância fulcral na Estratégia de Sustentabilidade, que se consubstancia nas mais diversas áreas da sua Atividade a nível externo e interno.

2.3.7 Normas de índole laboral A sociedade pauta as suas relações laborais por critérios de grande rigor e elevados padrões éticos, cultivando um diálogo esclarecedor e construtivo com os seus colaboradores e dando cumprimento à legislação laboral, ao Acordo Colectivo de Trabalho das Empresas do Grupo CGD e às diversas Ordens de Serviço. A sociedade mantém disponível um domínio na intranet onde podem ser __________________________________________________________________________________________ RELATÓRIO E CONTAS 2012 41

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consultadas as Ordens de Serviço em vigor.

2.3.8 Igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres O efectivo das empresas que integram a Caixa Gestão de Ativos apresentou em 2012 uma distribuição equitativa por sexos (50% feminino e 50% masculino). O processo de recrutamento e seleção respeita integralmente o princípio da igualdade de oportunidades, sendo a seleção feita de acordo com o ajustamento às necessidades do currículo e perfil de competências de cada candidato.

2.3.9 Conciliação da vida pessoal, familiar e profissional A Sociedade tem procurado implementar um conjunto de medidas de apoio à conciliação do trabalho e da família, destacando-se as seguintes:

• Adequação e flexibilidade de horários e condições de trabalho;

• Adequação das colocações às condições físicas e psicológicas dos trabalhadores, equipando os postos de trabalho de acordo com as necessidades específicas apresentadas por alguns colaboradores;

• Assistência à família na doença sem perda de vencimento, para além do período previsto legalmente, quando a análise do acompanhamento da situação assim o justifique;

• Atribuição de subsídios aos filhos dos colaboradores (infantil e de estudo);

• Concessão de apoios para necessidades relevantes de ordem material e social dos seus colaboradores, nomeadamente para formação profissional e eventos inesperados;

• Apoio nas colónias de férias para os filhos dos colaboradores.

2.3.10 Valorização profissional dos colaboradores O acesso à formação é feito de uma forma generalizada pela globalidade dos colaboradores, sendo estes incentivados à formação permanente e contínua ao longo da sua vida profissional.

Em 2012 registaram-se nas empresas participadas da Caixa Gestão de Ativos, 18 participações em ações de formação específicas para a Atividade de negócio, 46 participações em cursos de informática e 57 presenças em conferências e seminários no país e no estrangeiro.

Os colaboradores que pretendam frequentar cursos de formação, considerados de importância para o desempenho da sua função, também podem requerer a comparticipação nos custos de formação. Neste âmbito, em 2012 foram apoiados 6 colaboradores na frequência de mestrados, pós-graduações e cursos de alta especialização nas empresas participadas da Caixa Gestão de Ativos.

2.4 TRANSAÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS

2.4.1 Transações relevantes com entidades relacionadas São consideradas entidades relacionadas, todas as empresas controladas pelo Grupo CGD. Das transações com empresas do Grupo destaca-se como sendo a mais relevante, as realizadas com a CGD.

Em 31 de Dezembro de 2012, as demonstrações financeiras das empresas da Caixa Gestão de Ativos incluem os seguintes saldos e transações com a CGD:

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CGA Caixagest Fundger CGD Pensões

Ativos:

Disponibilidades em instituições de crédito 657 1.677 1.188 607

Aplicações em instituições de crédito 301 21.530 6.004 0

Proveitos:

Juros e rendimentos similares 9 571 151 2

Custos:

Comissões 10.173 5.173 369

2.4.2 Procedimentos adotados em matéria de aquisição de serviços A Sociedade possui procedimentos transparentes relativos à aquisição de bens e serviços, pautados pela adopção de critérios de adjudicação orientados por princípios de economia e eficácia para obtenção dos resultados pretendidos.

Os procedimentos adoptados são os seguintes:

• Consultas ao mercado – em regra, são consultados três fornecedores por produto;

• Seleção de fornecedores – com base na análise comparativa das propostas apresentadas;

• Autorização de despesas – de acordo com as competências delegadas;

• Contratos com fornecedores de bens/prestadores de serviços – de forma escrita, por troca de correspondência ou contrato formal.

2.4.3 Universo de transações que não tenham ocorrido em condições de mercado As contratações sem consulta ao mercado são habitualmente realizadas com empresas do Grupo CGD, respeitando as práticas de mercado:

• Seguros - com a Fidelidade - Companhia de Seguros, SA;

• Locação Operacional - com a Locarent, Companhia Portuguesa de Aluguer de Viaturas, SA.

2.4.4 Fornecedores que representam mais de 5% dos Fornecimentos e Serviços Terceiros Os fornecedores que representam mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos em base individual em 2012 foram os seguintes:

Fornecedor Caixagest Fundimo CGD Pensões

CGD 79%

72%

29%

Imocaixa

14%

Assimec

6%

Caixagest

37%

Fidelidade Mundial 10%

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2.5 MODELO DE GOVERNO DA SOCIEDADE

2.5.1 Modelo de Governo A Sociedade integra um conjunto de empresas que dispõem de uma estrutura organizativa integrada, que assegura um adequado nível de funcionamento e define responsabilidades e hierarquias, sendo composta por Direções funcionais na dependência directa da Comissão Executiva (órgão de estrutura de nível de enquadramento mais elevado).

2.5.2 Organograma do Modelo de Governo da Sociedade Esquematicamente o organigrama funcional é o seguinte:

Direção de Soluções de Investimentos e

Institucionais

Direção de Back off ice Imobiliário

Direção de Gestão de Fundos

Direção de Gestão de Contratos

Direção de Investimentos Directos

Fundos Mobiliários / Gestão de Carteiras

Direção de Fundos de Pensões

Fundos de Pensões

Assembleia Geral

Comissão de Vencimentos

Fiscal Único

Conselho de Administração

Comissão Executiva

Auditoria Interna e Controlo de Gestão

Direção de Supervisão e Controlo

Direção de Clientes e Negócios

Direção Administrativa e Financeira

Fundos Imobiliários

Direção de Informação e de Tecnologia

Direção de Recursos Humanos e Meios

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Funções Integradas

Direção de Supervisão e Controlo (DSC)

É responsável pela gestão do risco de compliance, prevenção do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, e pela gestão de risco operacional e controlo interno. É completamente independente das restantes áreas funcionais, não estando envolvida em qualquer atividade de gestão, valorização e liquidação. A Direção de Supervisão e Controlo é composta por 5 elementos, tem como responsável a Dra. Paula Geada.

Auditoria Interna e Controlo de Gestão

Unidade responsável pela função de Auditoria Interna e pela elaboração do Orçamento e respetivo Controlo, sendo assegurada pelo Dr. Filipe Reinaldo.

Direção de Clientes e Negócios (DCN)

Desenvolve as atividades comerciais e de marketing, em estrita colaboração com a CGD. Assegura a ligação à Rede Comercial da CGD, incluindo formação no lançamento de campanhas comerciais. Esta Direção é composta por 11 elementos, sendo o responsável o Sr. José João Froes.

Direção Administrativa e Financeira (DAF)

Desenvolve as atividades necessárias ao apuramento do valor das unidades de participação (UP) dos fundos mobiliários e do valor dos patrimónios geridos. Processa todas as transações mobiliárias e garante a existência de informação de gestão sobre as carteiras dos fundos e dos clientes da gestão discricionária. Realiza os processamentos contabilísticos e de reconciliação por forma a garantir que as demonstrações financeiras de cada fundo e Sociedade espelhem, de forma correta, a sua atividade. Esta direção é composta por 22 elementos e tem como responsável o Dr. José Pedro Rodrigues.

Direção de Informação e de Tecnologia (DIT)

É responsável pela gestão da informação, dos sistemas e da infra-estrutura tecnológica, em estrita colaboração com a Sogrupo SI da CGD. A Direção de Informação e de Tecnologia é composta por 6 elementos e tem como responsável o Eng. António Nogueira.

Direção de Recursos Humanos e Meios (DRH)

É responsável por dirigir e coordenar as políticas e processos administrativos, respeitantes aos recursos humanos, bem como das áreas de logística e suporte à atividade. A Direção de Recursos Humanos e Meios é composta por 4 elementos e reportando diretamente à administradora da CGD Pensões responsável pelo pelouro, Dr.ª Marta Magalhães.

Consultoria e Assessoria

As sociedades dispõem ainda de colaboradores que prestam serviços de consultoria e assessoria à Comissão Executiva. Gestão de Ativos Mobiliários

Direção de Investimentos Diretos (DID)

É responsável pela gestão dos investimentos diretos em tesouraria, taxa de juro, crédito, ações e alocação de ativos. A DID é composta por 17 elementos e tem como responsável o Dr. João Marques.

Direção de Soluções de Investimentos e Institucionais (DSI)

É responsável pela gestão de investimentos indiretos, de outsourcing (escolha e acompanhamento de

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gestores externos), alternativos, gestão de carteiras de patrimónios e gestão de carteiras de investidores institucionais, designadamente carteiras de seguros e fundos de pensões. A DSI é composta por 12 elementos, tendo como responsáveis a Dr.ª Cristina Brízido e o Dr. Pedro Frada. Gestão Imobiliária

Direção de Gestão de Fundos (DGF)

É responsável pela gestão das carteiras de imóveis, pela fundamentação dos investimentos, adjudicações e gestão dos arrendamentos, assegurando todo o apoio técnico da sua especialidade à administração do Fundo Aberto. Tem ainda a responsabilidade a gestão do património dos fundos fechados e a gestão da relação com os participantes e entidades financeiras. Esta direção é composta por 12 elementos, reportando ao Eng. António Santos Silva.

Direção de Gestão de Contratos (DGC)

Esta Direção é responsável pela análise e elaboração de contratos de compra e venda e de arrendamento, e pela preparação de todo o processo relativo a escrituras e registos dos imóveis dos fundos. Tem ainda a responsabilidade pela supervisão da ação contenciosa. Esta direção é composta por 4 elementos, sendo a responsável a Dr.ª Filipa Pereira da Silva.

Direção de Backoffice Imobiliário (DBI)

Exerce funções transversais às estruturas de front office da gestão imobiliária, efetuando o registo e acompanhamento das operações imobiliárias, incluindo o cálculo do valor das unidades de participação. Esta direção é composta por 9 elementos e tem como responsável a Dr.ª Fábia Pinho.

Gestão de Fundos e Planos de Pensões

Direção da CGD Pensões

É responsável pela gestão dos fundos e dos planos de pensões, assegurando a coordenação das Atividades das áreas integradas com a atuação dos serviços da CGD Pensões. Esta direção é composta por 6 elementos, e tem como responsável o Dr. Daniel Graça.

2.5.3 Informação sobre os Órgãos Sociais à data de 31 de Dezembro de 2012 A Mesa da Assembleia Geral é composta pelos seguintes membros:

Presidente Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Secretário Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Secretário Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

A composição do Conselho de Administração para o mandato atual (triénio 2011/2013) é a seguinte:

Presidente Dr. Nuno Maria Pinto de Magalhães Fernandes Thomaz

Vice-Presidente Dr. João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Vogal Dr. Fernando Manuel Domingos Maximiano

Vogal Dr. Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Vogal Eng. Jorge dos Santos Duro

O Fiscal Único da Sociedade é a Deloitte & Associados, SROC, representada pelo Dr. Eduardo Manuel Fonseca Moura e o suplente o Dr. Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro.

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A composição da Comissão de Vencimentos é a seguinte:

Membro Dr. Henrique Pereira Melo

Membro Dr. Vitor José Lilaia da Silva

2.5.4 Informação sobre os membros do Conselho de Administração Nuno Maria Pinto de Magalhães Fernandes Thomaz

Primeira designação para o cargo de presidente do Conselho de Administração em 24/2/2012. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Gestão e Pós-Graduação, PMD, na Harvard Bussiness School ;

Vice Presidente do Banco Caixa Geral Brasil (desde 2013) e do Banco Caixa Geral Totta de Angola (desde 2013); Vogal do Conselho de Administração da CGD (desde 2011); Administrador da Locarent (2012), Presidente da Caixa Leasing e Factoring (2012); Administrador do Banco Comercial e de Investimentos, S.A.,Moçambique (2011); Presidente do Conselho de Administração da Imocaixa – Gestão imobiliária,S.A e do Caixa Imobiliário, S.A. (2011); Co-Fundador e CEO Grupo ASK - Advisory Services Kapital (2007-2011); CEO da Orey Financial (2005-2006); Director-Coordenador do Banif Investment Bank (2001-2004); Vice-Presidente da Banif Ascor (2000-2001); Director do Banco de Negócios da Argentária (1998-2000); Administrador da Titulo – Sociedade Correctora (1996-1998); Responsável pelos Mercados de Capitais da Europa do Sul na Carnegie London (1994-1996); Director de Vendas e Negociação da Carnegie Portugal (1992-1994); Sales/Trader da BCI Valores (1991-1992); Corretor na Pedro Caldeira Sociedade Corretora SA. (1990-1991).

Data de nascimento: 2 de Novembro de 1968

João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Primeira designação para o cargo de presidente do Conselho de Administração em 7/2/2008. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa.

Presidente da Comissão Executiva (C.E.O.) da Caixa Gestão de Ativos (desde 2001) e em consequência, presidente do Conselho de Administração da Caixagest, da Fundger, SGFII e da CGD Pensões, SGFP.

Membro do Conselho de Administração da Caixa Seguros (2008-2011). Administrador (C.F.O) da área seguradora do Grupo Fidelidade Mundial (2000-2008) e da Império Bonança (2005-2008). Membro do Conselho de Administração da Mundial-Confiança (desde 1995). Membro do Conselho de Administração da IPE Capital. Presidente do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (1989-1994). Membro do Conselho de Administração da Fundição de Oeiras (1986-1989)

Data de nascimento: 21 de Fevereiro de 1955.

Fernando Manuel Domingos Maximiano

Primeira designação para o cargo de membro do Conselho de Administração em 13/12/2003. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso de “Global Asset Allocation” no International Center for Monetary and Banking Studies em Geneve. Curso de “Financial Risk Management” no Instituto de Gestão Bancária. Cursos de “Negotial Strategies” e de “Marketing Strategies” na Universidade Nova __________________________________________________________________________________________ RELATÓRIO E CONTAS 2012 47

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de Lisboa. Programa de Alta Direção de Empresas no Instituto de Estudios Superiores de la Empresa da Universidade de Navarra.

Membro do Conselho de Administração da Caixa Gestão de Ativos (desde 2008), da Caixagest, Técnicas de Gestão de Fundos (desde 2000).

Diretor-Geral da Caixagest (1994-2000). Chefe de Investimento em Obrigações de Taxa Fixa da Caixagest (1993-1994). Gestor de Fundos na Caixagest (1990-1993) e na UAP - Union des Assurance de Paris (1989-1990).

Data de Nascimento: 25 de Dezembro de 1960

Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Primeira designação para o cargo de membro do Conselho de Administração em 28/3/2002. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Pós-Graduado em Mercados e Ativos Financeiros pelo Centro de Investigação de Mercados e Ativos Financeiros do ISCTE.

Membro do Conselho de Administração da Caixagest, da Fundger e da CGD Pensões, SGFP (desde 2002). Diretor de Gestão de Ativos do Barclays Bank, em Lisboa. Membro do Conselho de Administração da Mello Ativos Financeiros, SGFIM e da Mello Ativos Financeiros SGP. Diretor de Investimento da AF Investimentos, SGFIM. Diretor de Investimento da Tottafundos, SGFIM. Diretor de Research da Caixagest. Analista Financeiro, Gestor de Fundos de Ações e Subdiretor da Área de Investimento, na Gestifundo, SGFIM.

Data de Nascimento: 20 de Maio de 1965

Jorge dos Santos Duro

Primeira designação para o cargo de membro do Conselho de Administração em 29/4/2011. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra.

Diretor Central da DPC (desde 2009). Diretor de Recursos e Qualidade da DPC (2005-2009). Diretor da DCR (2004-2005).Diretor do Banco Siméon (1995-2003). Colaborador da Caixa Geral de Depósitos desde 1979.

Data de Nascimento: 16 de Agosto de 1953

2.5.5 Número de reuniões do Conselho de Administração O número de reuniões dos órgãos de administração durante o exercício de 2012 foi o seguinte:

• Conselho de Administração: 4 reuniões

• Comissão Executiva: 30 reuniões

2.5.6 Informação sobre os membros dos restantes Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Primeira designação para o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral em 31/3/2005. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

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Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade Clássica de Lisboa. Pós-graduado em Direito e Gestão de Empresas pela Nova Fórum da Universidade Nova de Lisboa.

Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Ativos, Caixa Imobiliário, Caixagest, Caixanet, Caixatec, Gestinsua, Imocaixa, Locarent, Sanjimo e Vale do Lobo. Vice-Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Participações, Gerbanca, Parbanca, Sogrupo IV GI, TF Turismo e Yunit Serviços. Secretário da Mesa da Assembleia-Geral do Banco Comercial Atlântico, da Caixa BI, Cares, Cares RH, CGD Pensões, Sogrupo CSP e da Sogrupo SI. Membro do Conselho de Administração do Banco Comercial e de Investimentos e do Banco Caixa Geral Totta Angola. Membro da Comissão de Vencimentos da Cares, Imocaixa, Multicare, Sogrupo CSP, Sogrupo IV GI e TF Turismo. Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 1980). Exerce advocacia em regime de profissão liberal (deste 1981).

Data de nascimento: 28 de Janeiro de 1952

Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Primeira designação para o cargo de secretário da Mesa da Assembleia-Geral em 29/4/2011. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciada em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso Avançado de Gestão Bancária no Instituto de Formação Bancária.

Vice-presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Ativos, da Caixagest e da Fundger (desde 2011). Secretário da Mesa da Assembleia-geral da Gerbanca (desde 2012), da Caixa Seguros e Saúde e da HPP - Hospitais Privados de Portugal (desde 2011), da HPP-ACE (desde 2010), da Caixa Participações e da Parbanca (desde 2009). Colaboradora da Caixa Geral de Depósitos (desde 1987).

Data de nascimento: 30 de Julho de 1955

Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

Primeira designação para o cargo de secretário da Mesa da Assembleia-geral em 29/4/2011. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas e Mestre em Finanças pelo ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.

Secretário da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Ativos, da Caixagest e da Fundger (desde 2011). Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 2004).

Data de nascimento: 13 de Outubro de 1979

2.5.7 Incompatibilidades dos membros do Conselho de Administração Não existem incompatibilidades entre o exercício dos cargos de administração na sociedade e os demais cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração, decorrentes da integração em empresas do Sector Empresarial do Estado ou de quaisquer outras normas. Os membros do Conselho de Administração cumprem todas as disposições legais relativas à comunicação dos cargos exercidos em acumulação.

2.5.8 Avaliação de desempenho dos gestores executivos Considerando a forma como foi conduzida a administração da sociedade, o accionista propôs na última Assembleia Geral, um voto de confiança no Conselho de Administração e em cada um dos seus membros, para que prossigam os seus mandatos. __________________________________________________________________________________________ RELATÓRIO E CONTAS 2012 49

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2.5.9 Incompatibilidades dos Membros do Conselho Fiscal Os membros do Conselho Fiscal não se encontram abrangidos pelas incompatibilidades do artigo 414-A do Código das Sociedades Comerciais (CSC), e a maioria dos seus membros são independentes, de acordo com a recomendação constante da carta circular do Banco de Portugal nº 24/2009/DSB e do artº 414 nºs 5 e 6 do CSC.

2.5.10 Revisor Oficial de Contas Deloitte & Associados, SROC, representada pelo Dr. Eduardo Manuel Fonseca Moura.

Primeira designação para o cargo de Fiscal Único em 28/9/2010. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Gestão Financeira pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Revisor Oficial de Contas desde 2003.

É diretor desde 1999 e sócio desde 2007 da entidade que veio dar lugar à Deloitte & Associados SROC. Exerce a Atividade de auditoria, essencialmente em bancos e outras entidades financeiras, nomeadamente, gestoras de fundos e de patrimónios.

2.5.11 Auditoria Externa Das várias empresas participadas da Caixa Gestão de Ativos SGPS S.A., apenas a Caixagest – Técnicas Gestão de Fundos S.A. tem como Auditor Externo, a Deloitte & Associados SROC, representada por Eduardo Manuel Fonseca Moura.

2.5.12 Meios de salvaguarda da independência dos auditores A auditoria anual às contas da Caixagest é efectuada por entidade independente externa, a Deloitte & Associados, SROC, SA, que tem como interlocutores privilegiados o Conselho Fiscal e a Direção de Contabilidade e Consolidação de Informação Financeira, sendo que, de acordo com o estipulado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007, a seleção e contratação do auditor externo são da responsabilidade do Conselho Fiscal, que assegura as suas condições de independência.

2.5.13 Comissões Especializadas - Comissão de Vencimentos A Comissão de Vencimentos nomeada pela Assembleia Geral para fixar as remunerações dos membros do Conselho de Administração da Caixa Gestão de Ativos tem a seguinte composição:

Henrique Pereira Melo

Primeira designação para o cargo de membro da Comissão de Vencimentos em 1/6/2006. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade Clássica de Lisboa.

Vice-Presidente do Conselho de Administração da CGD Pensões e Membro do Conselho de Administração da Sogrupo CSP, Vogal da Comissão de Vencimentos do Banco Nacional Ultramarino, da Caixa - Banco de Investimento, da Caixa - Gestão de Ativos, da Caixa Capital, da Caixa Seguros e Saúde, da Caixagest, da Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial, da Fundger, da Império Bonança e da Sogrupo SI, do Banco Caixa Geral Totta Angola, do Banco Nacional de Investimento (Moçambique).Colaborador da Caixa Geral de Depósitos desde 1977.

Data de nascimento: 23 de Outubro de 1946

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Victor José Lilaia da Silva

Primeira designação para o cargo de membro da Comissão de Vencimentos em 28/3/2002. O mandato atual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso Avançado de Gestão Bancária no Instituto de Formação Bancária.

Administrador executivo do Banco Caixa Geral Totta de Angola. Membro do Conselho de Administração da Caixa Participações SGPS, da Caixa Geral de Depósitos - Subsidiária Offshore de Macau, da Gerbanca SGPS, da Parbanca SGPS e da Parcaixa SGPS. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Carlton Life Residências e Serviços, da HPP - Hospitais Privados de Portugal, da HPP ACE, da HPP Algarve, da HPP Boavista, da HPP Lusíadas, da HPP Saúde Parcerias Cascais, da HPP Viseu, da Sogrupo CSP, da Sogrupo SI e da Sogrupo IV GI. Vice-Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Seguros e Saúde SGPS. Presidente do Conselho Fiscal da Fundação Caixa Geral de Depósitos Culturgest. Presidente da Comissão de Vencimentos da Esegur e da Locarent. Vogal da Comissão de Vencimentos do Banco Interatlântico, do Banco Nacional Ultramarino, da Caixa Banco de Investimento, da Caixa Gestão de Ativos, da Caixa Imobiliário, da Caixa Capital, da Caixa Desenvolvimento, da Caixa Leasing e Factoring, da Caixa Seguros e Saúde, da Caixagest, da Caixatec, da CGD Pensões, da Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, da Fundger, da HPP Hospitais Privados de Portugal, da Imocaixa, da Margueira, da Multicare, da Sogrupo CSP, da Sogrupo SI, da Sogrupo IV GI e da Vale do Lobo - Resort Turístico de Luxo. Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 1979).

Data de nascimento: 23 de Agosto de 1955

2.5.14 Prevenção de conflitos de interesses A organização e gestão das atividades de intermediação financeira são realizadas por forma a que não ocorram conflitos de interesses entre os diferentes clientes abrangidos e as Direções estão estruturadas de modo a garantir uma adequada segregação de funções de decisão, execução, registo e controlo dos investimentos realizados.

Para minimizar o risco de ocorrência de conflitos de interesses com membros do Conselho de Administração e os colaboradores, estão estabelecidas as seguintes normas:

• Preenchimento de uma declaração individual, em que constem as situações suscetiveis de gerar conflitos de interesses que possam surgir devido a vínculos económicos.

• Interdição de uso direto ou indireto das informações obtidas através da Sociedade, em seu próprio benefício nem em facilitá-las a quaisquer clientes ou terceiros. Estão ainda sujeitos ao segredo profissional e ao regime jurídico aplicável à informação privilegiada, as informações conhecidas por força do exercício da Atividade de intermediação financeira.

• Observância, em todas as suas atuações, do cumprimento das exigências éticas, morais e deontológicas e contribuição para o bom funcionamento e transparência dos mercados.

Adicionalmente, estão também estipulados critérios de resolução de potenciais conflitos de interesses com clientes, salvaguardando a prevalência dos interesses dos clientes e o respeito pelos princípios de equidade e de transparência.

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2.6 REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

2.6.1 Política de Remunerações A Comissão de Vencimentos, em cumprimento do mandato que lhe foi atribuído pela Assembleia Geral, e tendo em consideração os Objetivos definidos, delibera o valor das remunerações fixas dos Administradores com pelouros, sendo os custos suportados pelas empresas participadas.

Os Administradores não auferiram qualquer tipo de remuneração ou compensação de despesas, através da Sociedade holding, Caixa Gestão de Ativos.

2.6.2 Remunerações dos membros do Conselho de Administração Os Administradores com pelouros atribuídos receberam em 2012, através das empresas participadas, Caixagest, Fundger e CGD Pensões, as remunerações e compensações de despesas constantes do quadro seguinte:

Conselho de Administrração

Presidente Caixagest Dr.João

Faria

Administrador Caixagest

Dr.Fernando Maximiano

Administrador Caixagest

Dr.Luis Martins

Administrador Fundger

Eng.Jorge Madeira (2)

Administrador CGD

Pensões Drª.Marta

Magalhães (2)

Remunerações Remuneração mensal (1) 12.397,50 9.405,00 9.405,00 7419,17 (2) 7954,32 (2)

Remuneração anual recebida 148.770,00 112.860,00 112.860,00 89.030,04 95.451,84

Outras regalias e compensações Gastos anuais na utilização de comunicações móveis 337,38 998,82 685,58 344,38 307,68

Subsídio anual de refeição 1.136,96 2.797,20 2.730,60 2.797,20 2.797,20

Outras (3) - 503,10 386,10 747,60 212,50

Regime de Proteção Social (anual) 38.620,56 17.007,49 29.745,84 20.379,95 26.414,38 Parque Automóvel Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço 10.758,67 12.991,42 12.569,80 8.486,00 8.184,42

Valor da renda média mensal de 2012 1.287,69 1.082,61 1.047,48 707,16 682,04

Ano de Início do contrato atual 2008 2010 2010 2010 2011

Valor anual do combustível gasto com a viatura 2.333,80 - - - -

Informações Adicionais Regime de Proteção Social Seg.Social Seg.Social CGA Seg.Social CGA

Exercício de f unções remuneradas fora do grupo Não Não Não Não Não

(1) As remunerações dos membros do Conselho de Administração acima identificadas refletem já as reduções remuneratórias de 5% e 10% do artigo 12º da Lei nº 12- A/2010, de 30 de junho e do artigo 20º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro. Em 2012, a remuneração mensal passou a 12 vezes por aplicação do artigo 21º da Lei 64-B/2011, de 30 de dezembro (não pagamento dos subsídios de férias e natal).

(2) Remuneração sujeita à redução decorrente aplicação do Estatuto do Gestor Público.

(3) Subsídio Infantil e de Estudo

2.6.3 Prémios de Gestão Nos termos do artº 24º da Lei 55-A/2010 e em cumprimento do Despacho de 25 de Março de 2010 do Ministro do Estado e das Finanças, comunicado através do Ofício circular nº 2590, de 26 de Março de 2010, não foram distribuídos prémios de gestão aos membros dos orgãos de gestão em 2011 e 2012. __________________________________________________________________________________________ RELATÓRIO E CONTAS 2012 52

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2.6.4 Remuneração do Revisor Oficial de Contas Os honorários da Deloitte & Associados, SROC SA, Revisor de Contas e Fiscal Único da Sociedade, para os exercícios 2012 e 2011, ascenderam a 7.800 euros e 7.600 euros, respetivamente, excluindo o imposto sobre o valor acrescentado (IVA). O Fiscal Único não foi remunerado pelas suas funções de fiscalização.

2.7 SISTEMA DE CONTROLO

2.7.1 Sistema de Controlo Interno Anualmente, a Caixagest e Fundger elaboram um relatório sobre o Sistema de Controlo Interno que é entregue ao Banco de Portugal e à CMVM onde se evidencia o cumprimento da legislação e regulamentação, as deficiências que as sociedades apresentam e as medidas que estão a desenvolver com vista as eliminar e que inclui capítulos relativos ao branqueamento de capitais e às reclamações de clientes.

Semestralmente, é também apresentado ao órgão de administração e ao órgão de fiscalização, o Relatório de Compliance, onde são identificados os incumprimentos verificados nas sociedades gestoras de fundos e as medidas adoptadas para corrigir eventuais deficiências. Este documento é preparado pela Direção de Supervisão e Controlo, direção responsável pela função compliance.

2.7.2 Sistema de Controlo de Proteção dos Investimentos Complementarmente ao Sistema de Controlo Interno (referido anteriormente), os clientes particulares que têm contrato de gestão de carteiras estão abrangidos pelo Sistema de Indemnização aos Investidores, pessoa colectiva de direito público, criada pelo Decreto Lei n.º 222/99, de 22 de Junho, com o Objetivo de proteger os pequenos investidores e que funciona junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

2.7.3 Sistema de Controlo de Salvaguarda de Títulos No exercício da Atividade de gestão discricionária de carteiras por conta de outrem, a Caixagest assegura uma distinção clara entre os bens pertencentes ao seu património e os bens pertencentes ao património de cada cliente. Para tal adopta procedimentos e medidas que permitem, a todo o momento e em todos os atos praticados, o cumprimento desta distinção, em conformidade com o disposto no Código de Valores Mobiliários sobre a salvaguarda dos bens dos clientes.

A Caixagest ciente destes procedimentos, entende todo o trabalho realizado nesta matéria como uma das peças do sistema de controlo interno da Sociedade.

2.8 DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO RELEVANTE

2.8.1 Representante para as Relações com o Mercado A Caixagest, enquanto emitente de instrumentos financeiros, tem nomeado um Representante para as Relações com o Mercado, cujo contacto é o seguinte:

• Dr. Fernando Maximiano, Vogal do Conselho de Administração da entidade gestora.

• Av. João XXI, 63 – 2º 1000-300 Lisboa

• Telefone: 21 790 5457 Fax: 21 790 5765 Email: [email protected]

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2.8.2 Divulgação de informação relevante No exercício do cumprimento integral do dever de divulgação pública de informação relevante, durante o ano 2012, a Caixagest remeteu à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) 101 comunicações e a Fundger remeteu 34 comunicações, disponíveis no site da CMVM.

2.8.3 Divulgação de informação sobre o Governo da Sociedade O presente Relatório de Bom Governo, que constitui um capítulo autónomo do presente Relatório e Contas, visa cumprir a Recomendação de incluir no Relatório de Gestão um ponto relativo ao governo da sociedade.

2.9 ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA, SOCIAL E AMBIENTAL

A Sociedade faz parte do Grupo CGD que, pela sua visão estratégica, ambiciona estar na primeira linha do Desenvolvimento Sustentável.

A oferta de produtos financeiros inovadores também evidencia a integração dos aspectos ambientais de uma forma transversal, nomeadamente através do:

• Fundo Especial de Investimento Caixagest Energias Renováveis, o primeiro fundo temático português de investimento socialmente responsável (iniciado em Outubro de 2005) com notação máxima de cinco estrelas atribuída pela Morningstar.

• Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional Caixa Arrendamento e Caixa Imobiliário, fundos imobiliários criados com uma vertente social, para permitir que os agregados familiares em dificuldades económicas possam permanecer na sua habitação própria permanente, mediante a substituição do seu contrato de crédito à habitação por um contrato de arrendamento, ficando com o direito de exercício de uma opção de compra do imóvel em condições bem tipificadas e predefinidas.

2.10 NOMEAÇÃO DO PROVEDOR DO CLIENTE

O provedor do cliente para os participantes de adesões individuais a Fundos de Pensões abertos é o Dr. Francisco Medeiros Cordeiro, sendo nomeado pela APFIPP em nome das suas associadas. As restantes áreas de negócio não estão obrigadas à nomeação de um Provedor do cliente.

As reclamações dos clientes constituem um meio privilegiado para melhorar o nível de serviço da Sociedade, quer na resolução das situações apresentadas, quer na definição de procedimentos mais adequados em situações futuras.

O relacionamento com os clientes é na quase totalidade efectuado através da rede comercial da CGD pelo que, regra geral, todas as reclamações são atendidas e resolvidas ao nível da Estrutura Central da CGD. Nos casos em que as reclamações são directamente dirigidas à Sociedade Gestora são adoptados os seguintes procedimentos por forma a garantir a sua pronta e justa apreciação:

• Todas as reclamações são encaminhadas para a Direção de Clientes e Negócio e para a Direção de Supervisão e Controlo, que, não estando afectas a execução das operações, as apreciam imparcialmente, procedendo à sua resposta.

• É estabelecido um prazo máximo de dez dias úteis para resposta ao cliente.

• Os processos de reclamação, os resultados da apreciação, bem como todos os elementos identificativos da mesma são conservados por um prazo mínimo de cinco anos.

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3 RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS

3.1 OBJETIVOS DE GESTÃO

O Estado Português, através da sua participada a Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD), é detentor da totalidade do capital social da Caixa Gestão de Ativos, SGPS, S.A.. Para o exercício de 2012, não foram estabelecidas orientações nem objetivos de gestão, previstos no art.º 11º do DL 300/2007, de 23 de agosto.

3.2 DEVERES ESPECIAIS DE INFORMAÇÃO À DGTF E À IGF

A Caixa Gestão de Ativos cumpre os deveres especiais de informação a que está sujeita, nos termos do Despacho nº 14277/2008, de 23 de maio, relativo designadamente ao reporte e à Inspeção Geral de Finanças (IGF) através do envio de informação regular para o Sistema de Informação das Participações do Estado (SIPART).

3.3 DIVULGAÇÃO DOS ATRASOS NOS PAGAMENTOS

Não se registam atrasos sobre a data convencionada para o pagamento das faturas.

3.4 RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA - DILIGÊNCIAS E RESULTADOS OBTIDOS

Aquando da aprovação das contas do exercício de 2011, o acionista não emitiu qualquer recomendação adicional.

3.5 NÍVEL DAS REMUNERAÇÕES

3.5.1 Orgãos sociais Os membros dos órgãos de administração da Caixa Gestão de Ativos são considerados gestores públicos e as suas remunerações estão abrangidas pelas regras decorrentes do Estatuto do Gestor Público (EGP).

Relativamente ao ano de 2012, as remunerações dos órgãos sociais foram fixadas e pagas de acordo com o EGP tendo, também, sido cumpridos os seguintes limites legais:

• Artigo 29.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, relativo à não atribuição de prémios de gestão;

• Artigo 12.º da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho, relativo às reduções remuneratórias de 5%;

• Artigo 20.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, relativo às reduções remuneratórias de 10%;

• Artigo 21.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, relativo à suspensão do pagamento da 13ª e 14ª prestações.

Em conformidade, a Caixa Gestão de Ativos respeitou integralmente as normas legais estabelecidas para a fixação das remunerações dos órgãos sociais.

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3.5.2 Colaboradores Durante o ano de 2012 a remuneração dos trabalhadores da Caixa Gestão de Ativos foi sujeita às reduções remuneratórias previstas no artigo 20º da Lei 64-B/2011, com as adaptações justificadas pela sua natureza empresarial e devidamente autorizadas pelo Despacho da SETF comunicado por ofício de 13 de janeiro de 2012.

Conforme estabelecido no artigo 21º da Lei Orçamento de Estado de 2012, Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, as remunerações dos trabalhadores estiveram igualmente abrangidas pela suspensão do pagamento do subsídio de férias e de Natal.

3.6 APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 32º DO ESTATUTO DO GESTOR PÚBLICO

Nos termos do n.º 1 do artigo 32º do Estatuto do Gestor Público os membros dos órgãos de administração da Caixa Gestão de Ativos não utilizam cartões de crédito nem outros instrumentos de pagamento tendo por objeto a realização despesas ao serviço da empresa.

Relativamente ao n.º 2 do referido artigo, na Caixa Gestão de Ativos não existem despesas de representação pessoal.

3.7 NORMAS DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA

O Código dos Contratos Públicos aprovado pelo Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de janeiro, não é aplicável à Caixa Gestão de Activos. No âmbito da atuação da Caixa Gestão de Ativos não foram celebrados contratos do valor superior a 5 milhões de euros.

3.8 ADESÃO AO SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS

A racionalização de políticas de aprovisionamento de bens e serviços do Grupo CGD - do qual a Caixa Gestão de Ativos faz parte - é efetuada através do Sogrupo Compras e Serviços Partilhados - Agrupamento Complementar de Empresas (SCSP), cuja atividade está sujeita a um conjunto de regulamentos internos e externos que se aproximam dos procedimentos adotados no Sistema Nacional de Compras Públicas.

Os aspetos mais relevantes do funcionamento de SCSP empresa e do exercício da sua atividade estão consignados em documentos específicos, que foram divulgados internamente, designadamente ao nível da transparência dos procedimentos seguidos na aquisição de bens e serviços, bem como na prevenção do branqueamento de capitais. A atividade do SCSP é orientada pelo cumprimento rigoroso das normas legais, regulamentares, de ética, deontologia e boas práticas.

3.9 PARQUE DE VEÍCULOS DO ESTADO

Inserida na estratégia global de redução de custos, a Fundger tem promovido um conjunto de iniciativas que têm como objetivo a racionalização da gestão da frota de viaturas, de que se destaca a promoção de um processo contínuo de revisão dos valores de renda anual, que se traduziu, em 2012, numa redução dos plafonds de atribuição viaturas superior a 20% face aos valores de 2011.

3.10 PRINCÍPIO DE IGUALDADE DO GÉNERO

O efectivo das empresas que integram a Caixa Gestão de Ativos apresentou em 2012 uma

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distribuição equitativa por sexos (50% feminino e 50% masculino). O processo de recrutamento e seleção respeita integralmente o princípio da igualdade de oportunidades, sendo a seleção feita de acordo com o ajustamento às necessidades do currículo e perfil de competências de cada candidato.

3.11 PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS DEFINIDO PARA 2012

Na lei do Orçamento do Estado para 2012 foram definidos objetivos de redução dos custos relativamente ao ano anterior para as empresas do setor empresarial do Estado. Para o conjunto de empresas que integram a Caixa Gestão de Ativos foi estabelecida uma redução de 5,2% nos Custos de Pessoal e de 8,6% nos Gastos Gerais Administrativos (GGA). Estes objetivos foram integralmente cumpridos tendo sido alcançada uma redução de 7,1% nos gastos com Pessoal e de 18,9% nos GGA.

3.12 REDUÇÃO DO NÚMERO DE EFETIVOS E DE CARGOS DIRIGENTES

Não foram definidos objetivos de redução de pessoal, no entanto, o número de colaboradores das empresas da Caixa Gestão de Ativos reduziu 7,9% relativamente ao ano anterior.

3.13 QUADRO RESUMO DO CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS

Orientações Cumprimento

Quantificação S N N.A.

Objetivos de gestão X não aplicável

Deveres especiais de informação à dgtf e à igf X

Divulgação dos atrasos nos pagamentos X

Recomendações do acionista - diligências e resultados obtidos X não aplicável

Nível das remunerações: · Orgãos Sociais - redução de 5% (art.º 12.º da lei n.º 12-a/2010) X - 33.900,00 euros

· Orgãos Sociais - redução de 5% (art.º 20.º da lei n.º 64-b/2011) X - 64.410,00 euros

· Orgãos Sociais - estatuto do gestor público (AEGP) X - 20.718,12 euros

· Suspensão da 13ª e 14ª prestações (art.º 21.º da lei n.º 64-b/2011) X -655.855,89 euros

· Não atribuição de prémios de gestão (art.º 29.º da lei n.º 64-b/2011) X Normas de contratação pública X não aplicável

Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas X não aplicável

Parque de veículos do Estado X não aplicável

Princípio de igualdade do género x

Plano de redução de custos:

· Gastos com Pessoal X -7,1% face a 2011

· Gastos Gerais Administrativos X -18,9% face a 2011

Redução do número de efetivos x não aplicável

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4 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

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