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FACULDADE REDENTOR CURSO: NUTRIÇÃO A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA por Érica Cristina de Oliveira Moreira

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FACULDADE REDENTORCURSO: NUTRIÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

por

Érica Cristina de Oliveira Moreira

Itaperuna

2007

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FACULDADE REDENTORCURSO: NUTRIÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NUTRICIONALPARA PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

por

Érica Cristina de Oliveira Moreira

Orientador: Prof. Rodrigo Cardoso Ramos

Monografia apresentada à Faculdade

Redentor como parte dos requisitos para

obtenção do título de Bacharel em

Nutrição, área de concentração em

Nutrição Esportista.

Itaperuna

2007

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Título: A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA PRATICANTES

DE ATIVIDADE FÍSICA.

Autor: Érica Cristina de Oliveira Moreira.

Natureza: Monografia

Objetivo: Título de Bacharel

Instituição: Faculdade Redentor

Área de Concentração: Nutrição Esportista

Aprovada em: Dez/2007

Banca Examinadora:

_______________________________________

Profo Rodrigo Cardoso Ramos

Instituição: Faculdade Redentor

_______________________________________

Profa Elaine Ibrahim de Freitas

Instituição: Faculdade Redentor

_______________________________________

Profa Wania Guimarães Damaceno Bastos

Instituição: Faculdade Redentor

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Nº Matrícula:

MOREIRA, Érica Cristina de Oliveira – 2007 - A importância da orientação nutricional para praticantes de atividade física. Monografia de final de Curso de Graduação em Nutrição. Itaperuna. Faculdade Redentor. 2007 - 63 páginas -Orientador: Prof. Rodrigo Cardoso Ramos

1. Nutrição 2. Atividade Física 3. Suplementos 4. Hábitos Alimentares Saudáveis.

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“É melhor tentar e falhar, que se preocupar em ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que se sentar fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver”.

Martin Luther King

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Dedico este trabalho aos meus pais, meus irmãos e meu esposo por todo amor, apoio, respeito, encorajamento, amizade, confiança e incentivo e que acima de tudo acreditaram que seria capaz.

AGRADECIMENTOS

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6

Agradeço primeiramente a Deus que me deu forças nos momentos mais

difíceis, e guiou meus passos até aqui, e sei que continuará guiando no decorrer da

minha caminhada.

Ao Professor Rodrigo Cardoso Ramos pela orientação, paciência e incentivo

na realização deste trabalho.

Aos meus pais que me deram à oportunidade de realizar este sonho, e que

acima de tudo acreditaram que seria capaz.

Aos meus queridos e amados irmãos, obrigado pelo respeito, cumplicidade e

o grande amor que nos une.

Ao meu esposo Rosemberg pelo carinho e compreensão.

A todos meus amigos que acompanharam a minha trajetória e me apoiaram.

Ao meu amigo Leonardo, a quem agradeço eternamente, a compreensão, o

incentivo, a palavra certa, e principalmente o companheirismo.

A todos os professores e funcionários da Faculdade Redentor que se fizeram

presentes ao longo da minha jornada.

RESUMO

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MOREIRA, Érica Cristina de Oliveira. A Importância da Orientação Nutricional para

Praticantes de Atividade Física. Faculdade Redentor. Professor Orientador: Rodrigo

Cardoso Ramos. Dezembro de 2007.

A busca pelo melhor condicionamento físico e o forte apelo da forma física tem levado

pessoas de todas as idades à prática de exercícios físicos. Este trabalho tem como

finalidade destacar a importância da nutrição na atividade física. Os estudos científicos vêm

demonstrando que o desempenho e a saúde de atletas podem ser beneficiados com a

modificação dietética. A escolha do alimento a ser consumido assim, como a quantidade

adequada tem sido motivo de preocupação para as pessoas que querem emagrecer,

pessoas sem tempo para uma alimentação correta ou atleta de elite com obsessão pelo o

desempenho. O consumo de suplementos nutricionais é mais disseminado entre pessoas

que praticam atividade física, porém a falta de informação aliada ao apelo mercadológico, a

respeito de suplementos nutricionais tem levado a grande maioria ao consumo

indiscriminado de produtos cujo objetivo proposto não é cientificamente comprovado se

estes suplementos realmente promovem efeitos ergogênicos. Entretanto uma dieta

saudável, variada e equilibrada é a melhor estratégia para uma melhor qualidade de vida e

melhora do desempenho.

Palavras-chave: nutrição; atividade física; suplementos; hábitos alimentares e saudáveis.

ABSTRACT

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MOREIRA, Érica Cristina of Oliveira. The Importance of the Nutritional Orientation goes Apprentices of Physical Activity. Faculdade Redentor. Guiding teacher: Rodrigo Cardoso

Ramos. December of 2007.

The search for the best physical conditioning and the fort appeal in the physical way has

been taking people of all of the ages to the practice of physical exercises. This work has as

purpose to detach the importance of the nutrition in the physical activity. The scientific

studies are demonstrating that the acting and the athletes' health can be benefitted with the

dietary modification. The choice of the food the being consumed as well as the appropriate

amount has been reason of concern for the people that want to make thin people without

time for a correct feeding or elite athlete with obsession for the acting. The consumption of

nutritional supplements is disseminated more and more among sportsmen, however the lack

of allied information to the appeal mercadológico, regarding nutritional supplements it has

been taking the great majority to the indiscriminate consumption of products whose proposed

objective is not scientifically proven if these supplements really promote effects ergogênicos.

However a diet healthy, varied and balanced is the best strategy for a better quality of life

and it gets better of the acting.

Word-key: nutrition; physical activity; supplements; healthy eating habits.

LISTA DE TABELAS

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Tabela 1: Taxa de metabolismo

basal....................................................................................34

Tabela 2: Cálculo das necessidades energéticas segundo sexo, nível de atividade

física e TMB............................................................................................................................34

Tabela 3: Ingestão Dietética de Referencia IDR....................................................................59

Tabela 4: Ingestão Dietética de Referencia IDR....................................................................60

Tabela 5: Ingestão Dietética de Referencia IDR....................................................................61

Tabela 6: Ingestão Dietética de Referencia IDR....................................................................62

SUMÁRIO

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RESUMO......................................................................................................................... 07

ABSTRACT..................................................................................................................... 08

1. INTRODUÇAO............................................................................................................ 12

2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................... 14

3. OBJETIVOS................................................................................................................ 15

4. METODOLOGIA.......................................................................................................... 16

5. REVISÃO LITERÁRIA................................................................................................. 17

5.1 Princípios básicos da nutrição.......................................................................... 17

5.1.1 Energia.............................................................................................................. 18

5.1.2 Carboidratos..................................................................................................... 19

5.1.3 Proteína............................................................................................................. 20

5.1.4 Lipídeos............................................................................................................. 21

5.1.5 Vitaminas.......................................................................................................... 23

5.1.5.1 Vitaminas Lipossolúveis.................................................................... 25

5.1.5.2 Vitaminas Hidrossolúveis.................................................................. 27

5.1.6 Minerais............................................................................................................. 28

5.1.7 Água................................................................................................................... 29

5.2. ATIVIDADE FÍSICA: UMA VISÃO ATUAL.............................................................. 30

5.3 NUTRIÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA.......................................................................... 32

5.3.1 Energia............................................................................................................. 33

5.3.2 Carboidratos.................................................................................................... 35

5.3.3 Proteínas.......................................................................................................... 37

5.3.4 Lipídeos............................................................................................................ 38

5.3.5 Água.................................................................................................................. 39

5.3.6 Vitaminas.......................................................................................................... 39

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5.3.7 Minerais............................................................................................................. 41

5.4 REFEIÇÕES PRÉ-EXERCÍCIO, DURANTE EXERCÍCIO E PÓS- EXERCÍCIO....... 43

5.4.1 Refeições pré-exercício................................................................................... 43

5.4.2 Refeições durante o exercício........................................................................ 44

5.4.3 Refeições pós-exercício................................................................................... 46

5.5 SUPLEMENTO NUTRICIONAL.................................................................................. 48

5.5.1 Albumina........................................................................................................... 49

5.5.2 Aminoácidos de Cadeia Ramificada (BCAA).................................................

50

5.5.3 Glutamina..........................................................................................................

51

5.5.4 Creatina............................................................................................................. 52

6 CONCLUSÃO................................................................................................................ 53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 54

ANEXOS.......................................................................................................................... 58

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1 INTRODUÇÃO

A nutrição juntamente com o exercício físico regular, promove um grande

benefício à saúde, pois esta relacionada na composição do organismo, competência

muscular e capacidade respiratória e cardiovascular (KRUMMEL, 1998).

A capacidade de rendimento do organismo melhora através de uma nutrição

adequada, com a ingestão equilibrada de todos os nutrientes, sejam eles

carboidratos, gorduras, proteínas, minerais e vitaminas (ARAUJO & SOARES,

1999).

A prática regular de exercício físico apresenta efeitos benéficos na

prevenção e tratamento da hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes,

dislipidemias e obesidade, pois irá diminuir triglicérides, melhorar a ação high density

lipoprotein (HDL), reduzir as células adiposas, beneficiar a capitação de glicose e

melhorar a densidade mineral óssea (CIOLAC & GUIMARÃES, 2004).

Portanto, qualquer prática esportiva pode ser eficaz na melhora do

condicionamento físico e ajudará na perda de peso, porém os exercícios aeróbicos

de baixo impacto têm sido os exercícios mais procurados por muitos daqueles que

querem perder peso, enquanto qualquer exercício aeróbico é bom para o

condicionamento cardiorrespiratório, pode não ser o melhor para esculpir e tonificar

o corpo (id).

É muito importante para os freqüentadores de academias um

acompanhamento na prática do exercício, e uma orientação alimentar não só a

curto, mas em longo prazo, uma vez que a ingestão de dieta desequilibrada pode

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acarretar deficiências alimentares, comprometendo a saúde e uma perda na

qualidade de vida (BION et al, 2006).

Uma dieta variada rica em frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios com

baixo teor de gordura e carnes, aves e peixes magros equilibrados e moderados

oferece a ingestão adequada de carboidratos, ácidos graxos essenciais, proteína,

vitaminas, minerais e água, necessária para evitar a deficiência de um nutriente que

poderia comprometer o desempenho (WILLIAMS, 2004).

Com a justificativa da falta de tempo para uma alimentação adequada, com o

interesse de uma melhor qualidade de vida e aparência física, houve nos últimos

anos um aumento na utilização de suplementos, sem qualquer orientação de um

profissional. Porém o uso de suplementos deve relaciona-se às necessidades de

cada indivíduo, sem excessos, levando em consideração, o sexo, a idade, a

alimentação, os objetivos, o tipo de atividade física e a freqüência da prática

(MACHADO & SCHNEIDER, 2006).

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2 JUSTIFICATIVA

Os indivíduos têm procurado adquirir como habito a pratica de atividades

regulares, seja por motivos estéticos ou para manutenção de um estilo de vida

saudável (ARAUJO & SOARES, 1999).

A busca de um “corpo perfeito” tem levado inúmeras pessoas a adotar

estratégias radicais que nem sempre estão relacionados à promoção de saúde. Em

relação à nutrição, destaca-se o surgimento de diversas “dietas milagrosas” bem

como o crescimento consumo de suplementos nutricionais (MACHADO &

SCHNEIDER, 2006).

A busca de suplemento nutricional, com a finalidade de ganho em

desempenho e melhor estética corporal associada à busca por agentes ergogênicos,

é algo em nossa realidade tão disseminado que hoje representa uma preocupação

pelo uso e abuso desenfreado de drogas e suplementação não apenas na área de

alta performance, mas também nos esportes recreativos ou para melhora da

aparência física, sem considerar os riscos adversos à saúde que podem

comprometer a qualidade de vida dos praticantes de atividade física (REIS et al,

2006).

A prática regular de atividade física ou o estilo de vida mais ativa tem

demonstrado ser um meio de proteção contra a ocorrência de doenças

cardiovasculares, reduzindo não só a mortalidade cardiovascular, mas também a

mortalidade por todas as causas (CIOLAC & GUIMARÃES, 2004).

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Ressaltar a importância da nutrição para praticantes de atividade física.

3.2 Objetivos Específicos

● Verificar a necessidade de um praticante de atividade física usar suplementos.

● Propor uma alimentação adequada para quem pratica atividade física.

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4 METODOLOGIA

O presente trabalho consiste de uma revisão bibliográfica onde foram utilizados

artigos científicos originais e de revisão e livros didáticos, pesquisa na internet.

Palavras-chave: nutrição; atividade física; suplementos; hábitos alimentares e

saudáveis.

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5 REVISÃO DE LITERATURA

5.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA NUTRIÇÃO

A relação entre a alimentação e o bem-estar físico, mental e emocional dos

indivíduos já era conhecida desde a antiguidade. Os hábitos alimentares adequados,

mantidos por meio de uma dieta equilibrada, podem amplamente beneficiar os

indivíduos fisicamente ativos, seja como forma de promoção de qualidade de vida e

saúde ou com o intuito de melhora do desempenho esportivo e competitivo (VIEBIG

& NACIF, 2006).

A escolha dos alimentos que fazem parte da dieta de praticantes de atividade

física e de atletas é determinante para manutenção da saúde destes indivíduos, bem

como para o controle do peso e da composição corporal, o aperfeiçoamento do

rendimento nos treinamentos e o alcance de resultados positivos em competições

(id.).

A nutrição desempenha o papel primordial de fornecer a energia necessária

para o trabalho biológico realizado durante a atividade física, além de nutrientes que

aperfeiçoam a obtenção e utilização dessa energia. Os nutrientes obtidos por uma

alimentação equilibrada são essenciais na formação, reparação e reconstituição de

tecidos corporais, mantendo a integridade funcional e estrutural do organismo e

tornando possível a prática de atividade física (MCARDLE et al, 2003). Os nutrientes

podem ser divididos em 2 grupos, sendo os carboidratos, proteínas e lipídios

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chamados de macronutrientes, e as vitaminas e minerais chamados de

micronutrientes.

5.1.1Energia

A energia é a capacidade do organismo de realizar trabalho, sendo no que diz

respeito à nutrição é a maneira pela qual o organismo utiliza a energia situada nas

ligações químicas dentro do alimento. Ela é liberada pelo metabolismo do alimento

para ser fornecida regularmente, a fim de atender as necessidades de energia para

sobrevivência do corpo (ESCOTT-STUMP & MAHAN, 1998).

Existem varias formas de energia, sendo as reações químicas que executam

a síntese e manutenção dos tecidos corpóreos; condução elétrica da atividade

nervosa; o trabalho mecânico do esforço muscular e a produção de calor para

manter a temperatura corpórea (SILVA, 2004; ESCOTT-STUMP & MAHAN, 1998).

A necessidade de energia diária de cada indivíduo varia de acordo com

diversos fatores, sendo idade, sexo, altura, peso, atividade, composição corporal e

as condições fisiológicas (SILVA, 2004).

A energia é consumida pelo corpo humano na forma de gasto de energia no

repouso (REE), atividade voluntária e o efeito térmico do alimento (TEF) (ESCOTT-

STUMP & MAHAN, 1998).

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5.1. 2 Carboidratos

Segundo MCARDLE (2003) “os carboidratos são átomos de carbono,

hidrogênio e oxigênio que se combina para formar uma molécula de carboidrato

(açúcar) com a fórmula geral (CH²O)n”. Seus diversos tipos podem ser encontrados

na forma de monômeros, dímeros ou polímeros. São utilizados como fonte de

carbono para a síntese de componentes celulares, depósitos de energia química e

elementos estruturais de células e tecidos, e são responsáveis por 50 a 70% da

energia proveniente da dieta humana normal (GALIZIA, 2004).

Os carboidratos são classificados de acordo com o número de cadeias de

carbono, que apresentam em monossacarídeos, sendo glicose, frutose e galactose;

dissacarídeos, que é a união de dois monossacarídeos, sacarose, lactose e maltose

e polissacarídeos ou complexos, sendo o amido e as fibras (MCARDLE, 2003).

A glicose é a forma de carboidrato utilizada para se obter energia. Após

serem digeridos, os dissacarídeos e os polissacarídeos se convertem em glicose e

esta pode ser transformada em energia ou armazenada nos músculos e no fígado

na forma de glicogênio (id.).

O carboidrato é a principal fonte de energia na dieta humana. Ele tem

também a função de poupadora de proteína, pois uma quantidade suficiente de

carboidrato impede que as proteínas corpóreas sejam utilizadas para a produção de

energia, mantendo-as em sua função de construção de tecidos (GALIZIA, 2004).

Os carboidratos fornecem o equivalente a 4 Kilocalorias (Kcal) por grama

(CANUTO & FAGUNDES, 2006). Os carboidratos são nutrientes essenciais para o

homem, onde 60% dos que ingerimos está na forma de polissacarídeos,

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principalmente amido e glicogênio, enquanto os dissacarídeos sacarose e lactose

representam 30 a 10% (LEVIN et al, 2003).

São fontes de carboidratos simples, as frutas (frutose), mel, leite (galactose) e

açúcar, e de carboidratos complexos os tubérculos (batata, mandioca, inhame),

cereais (arroz, trigo, milho, cevada, centeio, aveia), pães e massas (id.).

5.1.3 Proteína

A proteína é um composto formado por carbono, nitrogênio e oxigênio e,

algumas vezes, por outros elementos, como enxofre, fósforo, ferro e cobalto

(LOGULLO, 2004).

A proteína se forma estruturalmente a partir de pequenos compostos

denominados aminoácidos, que podem estar ligados por uma formação peptídica.

Ao ingerirmos a proteína, elas se degradam em aminoácidos, que serão absorvidas

e depois servirão para formar novos tecidos (MCARDLE et al, 2003).

Ela desempenha um importante papel na manutenção, no reparo e no

crescimento dos tecidos, no transporte de triglicérides, colesterol, fosfolipídios e

vitaminas lipossolúveis, formação de enzimas e hormônios e participação no sistema

imunológico (id.).

Segundo SIMIONI et al (2006) as proteínas são formadas por combinações

dos 20 aminoácidos em diversas proporções e cumprem funções estruturais,

reguladoras, de defesa e de transporte nos fluidos biológicos. Alguns aminoácidos,

denominados essenciais, devem ser fornecidos pela dieta, pois sua deficiência

ocasiona alterações nos processos bioquímicos e fisiológicos na síntese protéica.

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Como os carboidratos, as proteínas possuem em cada grama 4 kcal

(CANUTO & FAGUNDES, 2006). São fontes de proteínas todos os tipos de carne,

leguminosa (feijões, grão-de-bico), lentilha, ervilha e soja, leite e derivados, ovos

(MCARDLE et al, 2003).

O valor biológico do alimento se refere à maneira como fornece os

aminoácidos essenciais, sendo que os alimentos protéicos de alta qualidade provêm

de fontes animais, já os vegetais são incompletos em um ou mais aminoácidos

essenciais, sendo assim suas proteínas possuem um valor biológico mais baixo (id.).

5.1.4 Lipídeos

O lipídeo constitui um grupo heterogêneo de compostos no qual incluem

óleos, que se tornam líquidos na temperatura ambiente; gorduras, ceras e

compostos correlatos, sendo que aproximadamente 98% do lipídeo dietético existem

como triglicérides, e 90% aproximadamente da gordura corporal total residem nos

depósitos de tecido adiposo dos tecidos subcutâneos (PETTER, et al 2003).

Os lipídeos são fontes de energia, são importantes para o transporte e

absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) e para produção de hormônios

(id.).

A gordura na forma de ácidos graxos livres (AGLs) pode ser usada

diretamente como substrato energético pela maioria dos tecidos no corpo, sendo

suas exceções as células do sistema nervoso central e os eritrócitos. Os AGLs

constituem a maior reserva de energia no corpo e são armazenados sob a forma de

triglicérides no tecido adiposo (id.).

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Os ácidos graxos se dividem em saturados e insaturados. O ácido graxo

saturado é quando há apenas ligações simples entre os carbonos. Eles são

encontrados nas gorduras alimentares de origem animal, entretanto algumas

gorduras vegetais são também saturadas como o cacau, coco e amêndoa

(BORGES, 2004).

O consumo de gordura saturada está associado a maior incidência de

aterosclerose das artérias coronarianas e também de elevar os níveis plasmáticos

de colesterol e de lipoproteínas de baixa densidade Low density upagt (LDL) (id.).

O ácido graxo insaturado quando há uma ou mais duplas ligações, podendo

ser monoiinsaturados ou poliinsaturados. Essas gorduras são encontradas em

grandes quantidades em fontes vegetais. Eles estão associados à redução de

incidência de doenças cardíacas, pois relaciona-se aos níveis plasmáticos de

colesterol e com transporte de lipídeos. A substituição da gordura saturada pela

insaturada leva a diminuição plasmática das lipoproteínas de baixa densidade (LDL),

sem redução das lipoproteínas de alta densidade (HDL), com diminuição dos riscos

de coronariopatias em pacientes hiperlipidêmicos e normais (id.).

Encontra-se forma saturada em carne, leite e derivados e óleo de coco.

Insaturados sendo monoiinsaturados no azeite de oliva, óleo de canola, abacate e

amendoim; e poliinsaturados no óleo de milho, de soja, de girassol e de peixe

(MCARDLE et al, 2003).

Recomenda-se que a dieta contenha 8 a 10% da energia total na forma de

ácidos graxos poliinsaturados e que a ingestão total de gordura não exceda a 30%

da energia da dieta (PETTER, et al, 2003).

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5.1.5 Vitaminas

As vitaminas são um pequeno grupo de nutrientes orgânicos, que

desempenham funções vitais e específicas nas células e nos tecidos do organismo.

Sua ausência ou deficiência causará doenças carências, e seu excesso poderá

ocasionar efeitos tóxicos (FERRINI et al, 2004).

Elas são divididas em dois grupos de acordo com sua solubilidade,

lipossolúveis e hidrossolúveis.

5.1.5.1 Vitaminas Lipossolúveis

Segundo TIRAPEGUI, (2006) as “vitaminas lipossolúveis constituem um

grupo de substâncias químicas, com estruturas variadas, solúveis em solventes

orgânicos, que o organismo não sintetiza ou o faz em quantidades insuficientes”.

Tendem a ser absorvidas e transportadas com lipídeo da dieta. São

excretadas nas fezes por meio da circulação êntero-hepática (FERRINI, et al, 2004).

As vitaminas lipossolúveis podem ser armazenadas no organismo, sendo elas

vitaminas A, D, E, K solúveis em gordura e solventes lipídicos. O fígado armazena

as vitaminas A, D e K, enquanto a vitamina E se distribui através de todos os tecidos

adiposos do organismo. A vitamina K é armazenada somente em pequenas

quantidades (MCARDLE et al, 2003).

As vitaminas lipossolúveis têm funções no organismo, deficiências e

tnicidade:

Funções: As vitaminas lipossolúveis desempenham importantes funções no

organismo. A vitamina A atua sobre a manutenção da visão normal, crescimento e

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desenvolvimento ósseo, diferenciação do tecido epitelial e células ósseas e aumenta

a resistência aos agentes infecciosos. A vitamina D é essencial para o crescimento e

desenvolvimento normais, importante para a formação e manutenção de ossos e

dentes normais e influencia a absorção e o metabolismo do fósforo e do cálcio. A

vitamina E tem função de antioxidante, pode ajudar a prevenir à oxidação de ácidos

graxos insaturados e vitamina A no trato intestinal e nos tecidos corpóreos, protege

as células sanguíneas vermelhas da hemólise, ajuda na manutenção do tecido

epitelial e síntese de prostaglandina. A vitamina K participa do mecanismo de

coagulação sanguínea. (ESCOTT-STUMP & MAHAN, 1998; MCARDLE et al, 2003).

Deficiências e Toxicidade: a deficiência de vitamina A prolongada pode

produzir alterações na pele, cegueira noturna e ulcerações de córnea e seu excesso

pode causar cefaléia, vômitos, descamação da pele e anorexia, sendo uma ingestão

muito alta pode causar doença hepática. A deficiência de vitamina D se manifesta

como raquitismo em crianças e como osteomalacia em adultos, e seu excesso pode

causar vômito, diarréia, perda de peso. A deficiência de vitamina E pode causar

perda de reflexos tendinosos profundos, sensação vibratória e de posição

prejudicadas, alterações no equilíbrio e coordenação, fraqueza muscular e distúrbios

visuais. Ela é relativamente atóxica. A deficiência de vitamina K pode causar

sangramentos intensos e hemorragias internas que em casos graves pode levar a

anemia fatal. Ela também é relativamente atóxica, sendo que as formas sintéticas

em altas doses podem causar icterícia (ESCOTT-STUMP & MAHAN, 1998;

MCARDLE et al, 2003).

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5.1.5.2 Vitaminas Hidrossolúveis

As vitaminas hidrossolúveis são absorvidas por processos transportadas

ligadas a carreadores e em solução livre (FERRINI et al, 2004). Elas se dispersam

nos líquidos corporais não sendo armazenadas em quantidades significativas no

corpo, sendo encontradas na parte aquosa dos alimentos. São elas as vitaminas do

complexo B e vitamina C. Além do seu papel no metabolismo, algumas são

antioxidantes (ANDERSON et al, 1998).

São excretadas intactas na urina ou como metabólicos hidrossolúveis

(ESCOTT-STUMP & MAHAN, 1998).

As vitaminas hidrossolúveis desempenham importantes funções no

organismo, deficiências e tonicidade.

Funções: as vitaminas hidrossolúveis também desempenham importantes

funções no organismo. A tiamina ajuda na remoção de gás carbônico dos alfa-

cetoácidos durante a oxidação dos carboidratos. É essencial para o crescimento,

apetite normal, digestão e nervos saudáveis. A riboflavina é essencial para o

crescimento, desempenha papel enzimático na respiração dos tecidos e é

importante no metabolismo dos glicídios, protídeos e lipídeos por participar do

sistema de oxirredução e transporte de elétrons. A niacina como parte do sistema

enzimático, ajuda na transferência de hidrogênio e atua no metabolismo de

carboidratos e aminoácidos, e está envolvida na glicólise, síntese de lipídeos e

respiração dos tecidos. A vitamina B6 é uma coenzima, que auxilia na síntese e

quebra de aminoácidos e na síntese de ácidos graxos insaturados a partir de ácidos

essenciais, é essencial para o crescimento normal. O folato é essencial para

formação de células sanguíneas vermelhas e brancas na medula óssea e por sua

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maturação. A vitamina B12 desempenha importantes papéis no metabolismo de

propionato, aminoácidos e carbono simples que são essenciais para o

funcionamento normal do metabolismo de todas as células, especialmente para

aquelas do trato gastrointestinal, medula óssea e tecido nervoso. O ácido

pantotênico é essencial no metabolismo intermediário de carboidrato, gordura e

proteína. A biotina é uma coenzima necessária para a síntese das gorduras, o

metabolismo dos aminoácidos e a formação de glicogênio e a vitamina C ajuda na

absorção do ferro não heme; aumenta a resistência a infecções, favorece a

cicatrização de ferimentos e importante em reações alérgicas (ESCOTT-STUMP &

MAHAN, 1998; MCARDLE et al, 2003).

Deficiências e toxicidade: a deficiência de tiamina é caracterizada por beribéri,

cujos sintomas incluem confusão mental, perda muscular, edema, neuropatia

periférica, taquicardia e cardiomegalia. A deficiência de riboflavina tem sintomas de

fotofobia, lacrimejamento, queimação e coceira dos olhos, perda de acuidade visual,

dor e queimação dos lábios, boca e língua. A deficiência de niacina se manifesta

como fraqueza muscular, anorexia, indigestão e erupções cutâneas, sendo que sua

deficiência em estágio grave leva à pelagra, caracterizada por dermatite, demência e

diarréia. A toxicidade de niacina leva ao efeito colateral de rubor, queimação e

formigamento ao redor do pescoço, nas faces e nas mãos. A deficiência de vitamina

B6 causa irritabilidade, convulsões, contrações musculares, dermatite e cálculos

renais. A deficiência de folato é caracterizada por anemia, distúrbios gastrintestinais,

diarréia e língua avermelhada. A deficiência de vitamina B 12 se caracteriza por

anemia perniciosa e distúrbios neurológicos. A deficiência do ácido pantotênico se

caracteriza por fadiga, distúrbios do sono, coordenação alterada e náuseas. A

deficiência de biotina se caracteriza por fadiga, depressão, náuseas dermatite e

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dores musculares. A deficiência de vitamina C resulta no escorbuto (degeneração da

pele, dos dentes, dos vasos sanguíneos, hemorragias epiteliais). Os efeitos de altas

doses de vitamina C resultam em distúrbios gastrointestinais e diarréia (ESCOTT-

STUMP & MAHAN, 1998; MCARDLE et al, 2003).

5.1.6 Minerais

Os minerais são elementos com funções orgânicas essenciais como

componentes estruturais e em muitos processos vitais, embora constituam apenas

4% do tecido corporal (ANDERSON, et al, 1988).

Eles desempenham funções metabólicas, tais como, ativação, regulação,

transmissão e controle. São elementos inorgânicos amplamente distribuídos na

natureza. No corpo é essencial a manutenção de uma concentração normal de

minerais nos fluidos orgânicos (id.).

Os minerais desempenham importantes funções no organismo, deficiências e

tonicidade:

Funções: Os minerais desempenham importantes funções no organismo. O

cálcio tem uma importante função no organismo de formação do tecido ósseo, na

coagulação sanguínea e atua no funcionamento muscular. O fósforo participa na

geração de energia celular e é indispensável para formação de ossos e dentes. O

sódio e o potássio trabalham equilibrando a pressão sanguínea, e controlando a

contração das fibras musculares, além de manter o equilíbrio da água no corpo. O

ferro é um importante componente da hemoglobina e das enzimas implicadas no

metabolismo energético. O magnésio ativa as enzimas envolvidas na síntese de

proteínas, converte o açúcar em energia. O zinco forma enzimas e hormônios que

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participam do crescimento e produção de energia. O iodo ajuda no funcionamento

das glândulas tireóides, permite que os músculos armazenem oxigênio e evita que a

gordura se deposite nos tecidos. O cromo atua na formação da síntese protéica e

está envolvida no metabolismo da glicose e energético (CZAJKA, 1998; MCARDLE

et al, 2003).

Deficiência e toxicidade: a deficiência de cálcio resulta em retardo do

crescimento, raquitismo, osteoporose e convulsões. O excesso de cálcio pode levar

a hipercalcemia, podendo levar a calcificação excessiva nos ossos e tecidos moles.

A deficiência de fósforo causa fraqueza e desmineralização e seu excesso causa

erosão da maxila (maxila encovada). A deficiência de potássio pode levar a

hipertensão e a osteoporose e o excesso de sódio pode levar a hipertensão e a

osteoporose. A deficiência de ferro pode levar a fraqueza e menor resistência às

infecções. A deficiência de magnésio pode causar falha no crescimento e distúrbios

comportamentais e o seu excesso causa diarréia. A deficiência de zinco pode causar

falha do crescimento e glândulas sexuais pequenas e seu excesso causa febre,

náuseas, vômitos e diarréia. A deficiência de iodo pode causar aumento da tireóide

(bócio). A deficiência de cromo pode causar menor capacidade de metabolizar à

glicose (CZAJKA, 1998; MCARDLE et al, 2003).

5.1.7 Água

A água é muito importante para vida, pois ela transporta os nutrientes através

do corpo. Ela é um componente essencial do sangue, linfa, secreções do corpo, do

interstício e de todas as células do corpo (ANDERSON et al, 1988).

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Portanto ela compõe de 40 a 70% da massa corporal, de 65 a 75% do peso

do músculo e cerca de 10% da massa de gordura (MCARDLE et al, 2003).

Ela tem a função de meio de transporte no qual também auxiliam na digestão,

absorção e excreção e é essencial na regulação da temperatura corporal. O corpo

perde água através da pele, na transpiração sensível e insensível, pelos pulmões,

pelos rins (urina), pelo intestino (fezes) (id.).

Para uma pessoa adulta sedentária a recomendação da necessidade de água

é de 2,5L de água, mas para uma pessoa ativa é de 5 a 10L diariamente (id.).

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5.2 ATIVIDADE FÍSICA: UMA VISÃO ATUAL

A atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela musculatura

esquelética, que resulte num gasto energético maior do que os níveis de repouso,

enquanto que exercícios físicos é toda atividade planejada, estruturada e repetitiva

que tem por objetivo a melhoria e a manutenção da capacidade física (MONTEIRO

& FILHO, 2004).

Durante muito tempo, a inatividade física era considerada somente um fator

de risco secundário no desenvolvimento das doenças coronarianas, isto é um estilo

de vida sedentário só aumentaria o risco de doença coronariana se outros fatores

primários de risco estivessem presentes. Hoje em dia, estudos têm demonstrado

que a atividade física vigorosa regular é muito útil na redução do risco de doença

coronariana, como a hipertensão, elevado níveis séricos de colesterol e o tabagismo

(id.).

Com o aumento da atividade física houve uma redução da taxa de

mortalidade geral, inclusive por doenças coronarianas. Isso significa que a atividade

física deve ser utilizada com outras terapias para reduzir os riscos de doença

coronariana daqueles que apresentam outros fatores de risco (id.).

Existem evidências científicas de que a prática de exercício físico traz

benefícios para saúde física como também para mental, pois ela pode influenciar de

maneira positiva a composição corporal por meio de vários mecanismos, pois

promove o aumento do gasto energético total, preservação da massa magra,

equilíbrio na oxidação dos macronutrientes e por oferecer melhor oxigenação a

todos os tecidos do organismo. Auxiliaria, também, na recuperação da auto-estima.

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Seus efeitos no metabolismo energético dependeram do tipo, da intensidade, da

duração e da freqüência do exercício realizado (MONTEIRO et al, 2004).

Os exercícios podem ser classificados em duas categorias: o exercício de

curta duração e alta intensidade, no qual predomina os sistemas anaeróbicos para a

produção energética, e o exercício de longa duração e de baixa intensidade, no qual

predomina o sistema aeróbico (ARAUJO & SOARES, 1999).

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5.3 NUTRIÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA

A nutrição apropriada constitui o alicerce para o desempenho físico;

proporciona o combustível para o trabalho biológico e as substâncias químicas para

extrair e utilizar a energia potencial contida nesse combustível. Além disso, os

nutrientes dos alimentos proporcionam os elementos essenciais para a síntese de

novos tecidos e o reparo das células já existentes (MCARDLE et al., 2003).

Existe uma importante relação entre a nutrição e a atividade física, pois a

capacidade de rendimento do organismo melhora através de uma nutrição

adequada, com a ingestão equilibrada de todos os nutrientes (carboidratos,

proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas) sendo muito influenciados pela faixa etária,

composição corporal, estado de saúde e especialmente o nível de atividade física

(ARAUJO & SOARES, 1999).

Uma dieta ideal requer nutrientes em quantidades suficientes para a

manutenção, o reparo e o crescimento dos tecidos sem uma ingestão energética

excessiva. A confiança nas dietas pobres em calorias ou nas dietas ricas em

gorduras e pobres em carboidratos, nas dietas líquido-protéicas, ou nas dietas

baseadas em um único alimento pode comprometer a saúde, o desempenho no

exercício e a composição corporal (MCARDLE et al., 2003).

As pessoas fisicamente ativas não necessitam de nutrientes adicionais além

daqueles obtidos através de uma dieta balanceada (id.).

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5.3.1 Energia

O exercício físico aumenta a demanda energética do organismo, uma vez que

a energia corresponde diretamente à capacidade do indivíduo de realizar trabalho. A

manutenção do balanço energético deve ser o objetivo principal do manejo dietético

na atividade física, ou seja, a quantidade de calorias ingeridas diariamente deve

satisfazer ao gasto de calorias nas atividades diárias e no exercício físico (VIEBIG &

NACIF, 2006).

Para atletas as recomendações energéticas devem ser seguidas de acordo com

o tipo de exercício praticado, a freqüência, a intensidade e duração, além dos gastos

energéticos de um dia de atividades normais. Além disso, fatores como peso, altura,

sexo, idade e metabolismo também irão influenciar (ROSANELI & DONIN). Eles

necessitam de uma alimentação diferenciada, pois o gasto energético do atleta pode

ser até quatro vezes maiores que de um indivíduo sedentário ou moderadamente

ativo (VIEBIG & NACIF, 2006).

Uma alimentação insuficiente em macronutrientes, micronutrientes e energia,

podem levar o organismo a situações de estresse que prejudica de forma importante

o desempenho da atividade física como fadiga crônica, disfunções do sistema

endócrino, maior suscetibilidade a doenças infecciosas e baixa imunidade, lesões

músculo esqueléticas e articulares, perda de massa muscular e osteopenia (id.).

Existem métodos para determinar o gasto energético, havendo contestação

sobre o mais preciso. Podem ser realizados através da calorimetria direta ou indireta

(SILVA, 2004).

A calorimetria direta mede o metabolismo basal pela determinação da

quantidade de calor produzida a partir da oxidação de substratos energéticos,

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apresentando uma precisão de 99%. A calorimetria indireta estima o gasto de

energia pela determinação do consumo de oxigênio e produção de dióxido de

carbono pelo corpo durante certo período de tempo. Estes métodos são pouco

usados e é de alto custo (ESCOTT-STUMP & MAHAN, 1998; SILVA, 2004).

Segundo FAO (1989), a fórmula mais usada para se calcular as

necessidades energéticas segundo sexo, idade e peso corporal é a Taxa de

Metabolismo Basal (TMB) vezes fator atividade (FA).

Tabela 1:Taxa de metabolismo basal Idade Homens Mulheres

0 a 3 anos 60,9 P - 54 61 P -51

03 a 10 anos 22,7 P + 495 22,5 P +499

10 a 18 anos 17,5 P +651 12,2 P +746

18 a 30 anos 15,3 P +679 14,7 P +496

30 a 60 anos 11,6 P +879 8,7 P +829

+ de 60 anos 13,5 P +487 10,5 P +596

Fonte: (FAO, 1989).

Tabela 2: Cálculo das necessidades energéticas segundo sexo, nível de atividade física e TMB.

Leve Moderada Intensa

Homens 1,55 x TMB 1,78 x TMB 2,10 x TMB

Mulheres 1,56 x TMB 1,64 x TMB 1,82 x TMB

Fonte: (FAO, 1989).

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5.3.2 Carboidratos

Os carboidratos desempenham importantes funções relacionadas ao

metabolismo energético e ao desempenho nos exercícios, principalmente como

combustível energético (MACARDLE et al, 2003).

Eles constituem um grupo importante de nutrientes no que se refere à

atividade física, principalmente por serem rapidamente metabolizados de forma

anaeróbica, permitindo sobremaneira o apoio energético em exercício de alta

intensidade. O fornecimento inadequado deste nutriente prejudica, de forma

significativa, o desempenho atlético, podendo levar a depleção rápida do glicogênio

muscular e hepático e afetar de forma negativa o desempenho no exercício

anaeróbico em curto prazo e nas atividades aeróbicas prolongadas e de alta

intensidade (BION et al, 2003 & MCARDLE et al, 2003).

O carboidrato da dieta tem função de manutenção da reserva de glicogênio

do fígado e também para ressíntese rápida do glicogênio muscular, pois uma perda

de glicogênio hepático resulta em conteúdo diminuído de glicose no sangue, e uma

falta de glicogênio muscular diminui a capacidade de trabalho. A omissão de

carboidrato da dieta durante mais de um dia resulta em produção aumentada de

corpos cetônicos, degradação de proteína corporal e perda de cátions e água. Esses

efeitos são equilibrados por uma ingestão mínima de carboidrato por dia (GALIZIA,

2004).

Para atletas uma dieta rica em carboidratos pode ser mais proveitosa, devido

ao mesmo ser uma fonte de energia mais eficiente, pois ele tem uma maior

produção de energia por litro de captação de oxigênio comparado à gordura,

independente da tensão de oxigênio no ar inspirado (BUSS & OLIVEIRA, 2006).

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Para uma pessoa fisicamente ativa a ingestão diária de carboidratos, terá que

proporcionar níveis capazes de manter as reservas corporais de glicogênio. Após

alcançarem sua capacidade máxima para armazenamento de glicogênio, os

açúcares em excesso são transformados prontamente e armazenados como gordura

(MCARDLE et al, 2003).

A recomendação de carboidratos para pessoas fisicamente mais ativas e

aquelas envolvidas em um treinamento com exercícios são de aproximadamente

60% a 70% das calorias diárias (id.).

5.3.3 Proteínas

As proteínas apesar de fornecer energia, geralmente não são utilizadas como

substratos energéticos significativos na maior parte das formas de exercício,

contribuindo com apenas 5 a 10% das necessidades energéticas em algumas

circunstâncias, porém responde pelo suprimento adequado de aminoácidos

essenciais que garantem o crescimento, desenvolvimento e reconstituição tecidual

como a musculatura esquelética de indivíduos praticantes de atividades físicas

regulares (ARAUJO & SOARES, 1999).

Os alimentos protéicos (carnes, ovos, leite, queijos) não devem ser

consumidos muito próximos ao início da atividade por terem uma digestão mais

demorada, e com isso, provocarem desconforto estomacal durante o exercício. Logo

após a atividade, também não é bom momento devido à prioridade do organismo em

sintetizar glicogênio para repor os estoques de carboidratos gastos no esforço.

Portanto, os alimentos protéicos devem ser consumidos distantes dos horários de

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exercício e de forma fracionada, ou seja, em várias refeições para que haja melhor

aproveitamento dos aminoácidos pelo tecido muscular (MCARDLE, et al, 2003).

Para os indivíduos que praticam exercício físico regularmente, é necessário

aumentar as atuais recomendações de proteínas, pois estes acréscimos em relação

às necessidades dos sedentários destinam-se a suprir a oxidação dos aminoácidos

durante o exercício, fornecer matéria-prima adicional para substituir qualquer dano

muscular, além de garantir a síntese protéica (BION, et al, 2003).

A quantidade dietética recomendada (QDR) de ingestão de proteína é de

0,83g por kg de massa corporal, considerando ser eficiente para quase todas as

pessoas fisicamente ativa, independente do nível de atividade física. Durante um

treinamento árduo a ingestão de proteína entre 1,2 e 1,8g por kg de massa corporal

(MCARDLE et al, 2003).

Devido os músculos serem formados por proteínas, para se ganhar massa

muscular deve-se aumentar muita a ingestão deste nutriente, o que não é verdade.

O excesso de proteínas é convertido em carboidratos que serão utilizados como

fonte de energia ou transformado em gorduras que serão armazenadas (BARROS,

2001).

Portanto, uma dieta hiperproteica pode levar a cetose, gota, desidratação,

promover balanço negativo de cálcio e induzir perda de massa óssea. O excesso de

proteína pode ser prejudicial, por sobrecarregar o fígado que é o órgão responsável

pelo metabolismo de aminoácidos; e os rins, já que grande quantidade de

subprodutos do metabolismo protéico como uréia, amônia e outros produtos

nitrogenados são eliminados por via urinária (SIMIONI et al, 2006).

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5.3.4 Lipídeos

A gordura também fornece energia para o exercício, ela é a mais concentrada

fonte de energia dos alimentos e a que fornece mais que o dobro de calorias (9

kcal/g) por peso. Ela também fornece ácidos graxos essenciais, que são necessários

para as membranas celulares, pele, hormônios e transporte de vitaminas

lipossolúveis (CANUTO & FAGUNDES, 2006).

O consumo de lipídeos que um adulto necessita diariamente é em torno de 1g

de gordura por kg/peso corporal, o equivalem aproximadamente 30% do conteúdo

energético da dieta, sendo que a quantia de ácidos graxos essenciais deve ser de 8

a 10g/dia (id).

A recomendação nutricional de lipídeos tanto para os sedentários como para

praticantes de atividade física, não devem ultrapassar os 30% do conteúdo

energético da dieta para promover uma boa saúde (JONES et al, 2003).

Recomenda-se de modo geral que a dieta contenha 10% da energia total na forma

de ácidos graxos saturados, 10% de ácidos graxos poliinsaturados e 10% como

monoiinsaturados (id.).

As reduções significativas nos lipídeos dietéticos podem comprometer o

desempenho nos exercícios, pois se a dieta for pobre em gordura durante um

treinamento exaustivo, ficará difícil de aumentar a ingestão de carboidratos e

proteínas para fornecer energia suficiente para se manter o peso corporal e a massa

muscular (MCARDLE et al, 2003).

Da mesma forma que os alimentos protéicos, os alimentos ricos em gordura

não devem ser consumidos próximos do exercício, pois eles são digeridos mais

lentamente e permanece no trato digestivo por mais tempo (id.).

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5.3.5 Água

Segundo CEZAR et al, 2007 “no esporte, em torno de 75% a 80% da energia

utilizada é convertida em calor. A remoção do calor no corpo é necessária para que

não ocorra um aumento drástico da temperatura, levando a morte ou injúria”.

A perda de líquido no corpo sem o equilíbrio adequado durante a atividade

física leva a desidratação que é considerada como um dos principais fatores que

interferem negativamente no desempenho, sendo este quadro potencializado

quando há aumento da temperatura corporal (MCARDLE et al, 2003).

O exercício em um clima quente aumenta a necessidade de água por parte do

corpo, sendo em condições extremas acarretam um aumentam de cinco ou seis

vezes nas necessidades hídricas acima das demandas normais (id.).

Recomenda-se o consumo de 3 a 5 litros por dia, já que a diurese é regulada

em função da ingestão hídrica. Quando o treino durar mais de uma hora e for

predominantemente atividade física que trabalhe diversos grupos musculares

durante um determinado e constante período de tempo, as bebidas isotônicas

hidratam mais rapidamente que a água, porém elas só são eficazes na hidratação

de esportistas que perdem muita água e sais minerais durante atividade física, se

essa perda não é grande, o consumo de isotônicos pode engordar (BUSS &

OLIVEIRA, 2006).

5.3.6 Vitaminas

As vitaminas não são fontes de energia para o exercício, porém, participam

dos processos metabólicos de forma importante, especialmente na regulação das

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reações de produção de energia, de síntese e degradação de compostos. O

metabolismo aeróbico é extremamente regulado pelas vitaminas hidrossolúveis,

como, por exemplo, a atuação das vitaminas do complexo B como co-fatores na

mobilização e utilização dos carboidratos nos processos de oxidação (MCARDLE et

al, 2003).

As vitaminas do complexo B são de grande importância para atletas, por

apresentar funções, como auxilio na contração e relaxamento muscular, na

produção e gasto de energia e também na digestão e absorção de nutrientes

(MCARDLE et al, 2003).

As vitaminas A, C e E, asssim como a provitamina B-caroteno,

desempenham funções protetoras como antioxidante, uma vez que a dieta com

níveis apropriados desses micro nutrientes ajuda a reduzir a possibilidade de ocorrer

um dano induzido por radicais livres (estresse oxidativo) e pode proteger contra

doença cardíaca e o câncer. Portanto a atividade física eleva o metabolismo e

aumenta a produção de radicais livres potencialmente prejudiciais, sendo assim uma

dieta diária deve conter alimentos ricos em vitaminas antioxidantes e minerais para

diminuir a possibilidade de ocorrer um estresse oxidativo (id.).

Existe uma grande importância em relação à quantidade dietética

recomendada de vitaminas. A QDR representa uma declaração de probabilidade

para uma nutrição adequada; à medida que a ingestão de nutrientes diminui em

relação aos valores da QDR a probabilidade de desnutrição aumenta e a medida

e que se consomem em excesso esses nutrientes, com valores acima da QDR pode

ocorrer um efeito tóxico, sendo assim de suma importância ingerir pelo menos a

quantidade mínima recomendada pela QRD e não ultrapassar o limite superior

(MCARDLE et al, 2003).

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5.3.7 Minerais

Os minerais, assim como as vitaminas, são elementos essenciais à

manutenção dos processos metabólicos fazendo parte de algumas enzimas e de

hormônios que regulam a atividade fisiológica. Nas reações de produção de energia,

os minerais modulam o catabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos. Além

disso, os minerais atuam na manutenção das estruturas celulares e teciduais e estão

envolvidos na contração muscular e na resposta nervosa (MCARDLE et al, 2003).

As deficiências de minerais não são raras nas populações. A deficiência de

cálcio pode levar a desmineralização óssea e consequentemente osteoporose, que

predispõe o sistema ósseo a fraturas e são mais comuns em mulheres após a

menopausa e atletas mirins ou jovens em treinamento extenuante (id.). Além disso,

uma baixa ingestão de cálcio pode prejudicar o desempenho de atletas, uma vez

que este micronutriente é essencial para o processo de contração muscular. O maior

interesse na suplementação de cálcio para atletas é a prevenção da massa óssea,

principalmente em mulheres (VIEBIG & NACIF, 2006).

O ferro é o mineral que participa da composição da hemoglobina (85% do

ferro funcional) e da mioglobina (12% do ferro funcional) pigmentos presentes no

sangue e nos músculos respectivamente (MCARDLE et al, 2003).

Ele ativa a hemoglobina, mioglobina para que sejam capazes de captar e

transportar oxigênio aos tecidos. A deficiência na ingestão de alimentos fontes de

ferro pode levar a anemia ferropriva e ocasionar diminuição do rendimento esportivo

dos atletas devido a sintomas como fadiga, sonolência e a falta de concentração

(VIEBIG & NACIF, 2006).

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Pessoas do sexo feminino são mais suscetíveis, às carências de minerais,

especialmente quando em dietas de restrição calórica, o que pode ocasionar além

de osteopenia e osteoporose, a anemia e a amenorréia, provocando queda do

desempenho em treinamento e competições (MCARDLE et al, 2003).

O cromo é um oligomineral necessário para o metabolismo dos carboidratos

e dos lipídios e a sua função é apropriada à insulina e a síntese protéica. As

principais fontes alimentares de cromo são as oleaginosas, aspargo, cerveja,

cogumelo, ameixa, cereais integrais, carnes, vísceras, leguminosas e vegetais (id.).

Minerais como, zinco, cobre, manganês e selênio atuam como antioxidante ou

fazem parte de compostos antioxidante que combatem a produção aumentada de

radicais livres. Além da função antioxidante, o zinco é componente da

desidrogenase lática, da superóxido dismutase e da anidrase carbônica, enzimas

que estão relacionadas à produção de energia, crescimento e reparo dos tecidos

(id.).

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43

5.4 REFEIÇÕES PRÉ-EXERCÍCIO, DURANTE O EXERCÍCIO E PÓS-EXERCÍCIO

5.4.1 Refeição pré-exercício

A refeição anterior aos treinamentos e competições é muito importante, pois

tem como objetivo aumentar a reposição das reservas de glicose depletadas, evitar

a fome durante o exercício, além de promover a hidratação adequada para a prática

da atividade, principalmente se o exercício for realizado no período da manhã, após

o jejum noturno no qual há a redução importante das reservas corporais de

carboidratos (MACARDLE et al, 2003).

A refeição pré-exercício deve ser composta por alimentos de alta

digestibilidade, de preferência carboidratos, evitando alimentos ricos em lipídeos e

proteínas, que podem permanecer por um período mais prolongado no sistema

digestório. Os carboidratos são digeridos mais rapidamente, reduzindo a sensação

de desconforto e plenitude gástrica durante a atividade física e fornecendo energia

de forma mais eficiente e rápida (id.).

Na hora em que antecede o evento esportivo devem ser evitados alimentos

ricos em carboidratos simples, de elevado índice glicêmico, que podem ocasionar o

aumento da secreção de insulina e causar tonturas e náuseas em conseqüência da

hipoglicemia de rebote ou reativa. Para ocorrer uma rápida reposição de glicogênio

ao término do exercício, deverá ser ingerido carboidrato de alta resposta glicêmica

(COELHO et al, 2004).

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44

No período de 3 a 4 horas antes do exercício, a ingestão de carboidratos

com cerca de 200 a 300 g, irá proporcionar inicialmente um aumento dos níveis de

glicogênio, durante o exercício. Para potencializar o efeito de oxidação desse

carboidrato, é necessária, a diminuição adicional do carboidrato durante o exercício

prolongado (id.).

5.4.2 Refeição durante o exercício

A ingestão de carboidratos durante o exercício aeróbico prolongado de alta

intensidade auxilia na manutenção da glicemia e na preservação do glicogênio

muscular para a continuidade do exercício, e nos casos de prova de velocidade,

para aceleração final para o encerramento da competição. A quantidade de

carboidratos a ser oferecida com o intuito de retardar a fadiga e manter a glicemia

durante o exercício deve ser de 30 a 60g/hora. Geralmente o carboidrato na forma

líquida, é mais utilizado durante o exercício físico prolongado, devido ao seu rápido

esvaziamento gástrico, rápida absorção intestinal, além dos aspectos fundamentais

para o desempenho, como a hidratação e a reposição de fluidos. Deve ser oferecido

de 150 a 300 mL a cada 15 a 20 minutos, atividade de longa duração 7 a 8 g/Kg ou

30 a 60g para cada hora de exercício de soluções contendo água, eletrólitos e 5-8%

de carboidratos (MCARDLE et al, 2003).

5.4.3 Refeição pós-exercício

O principal objetivo da refeição pós-exercício é reabastecer as reservas

muscular e hepática de glicose e aperfeiçoar a recuperação muscular. Após o

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45

término do exercício exaustivo, é necessário que a ingestão de carboidratos seja

imediata para que a recuperação do glicogênio muscular seja completa, sendo

recomendada uma ingestão de 5 a 8 g/Kg, longa duração 10g/Kg/dia de peso

corporal em 4 horas de carboidratos simples oferta diária, com alto índice glicêmico

(MCARDLE et al, 2003).

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46

5.5 SUPLEMENTO NUTRICIONAL

Nos últimos anos, houve um aumento na procura por academias, visando por

uma melhor aparência, levando inúmeras pessoas a adotar estratégias radicais que

nem sempre estão relacionados à promoção de saúde (MACHADO & SCHNEIDER,

2006).

Várias modificações nutricionais têm sido usadas por esportistas para

melhorar o seu desempenho. Tendo em vista além do rendimento físico, também a

forma física e a estética, os esportistas vêm se tornando cada vez mais adeptos do

uso de suplementos nutricionais, o que abre espaço para a utilização indevida de

tais substâncias podendo traduzir-se em riscos para a saúde (MCARDLE et al.,

2003).

Para que haja uma otimização no treinamento e desempenho, os técnicos e

seus atletas devem estar preparados para experimentar suplementos esportivos

adequados e recomendados. Uma vez que, são diferenciadas as maneiras com que

cada pessoa responde aos suplementos dietéticos (WILLIAMS, 2004).

O ganho de massa magra e peso corporal, perda de gordura e peso, aumento

da resistência física e melhora na manutenção da saúde, são os principais motivos

que levam os desportistas e atletas a consumirem suplementos nutricionais

(JUNQUEIRA et al, 2007).

É importante que os atletas conscientizem-se, de que a maioria dos

suplementos é permitida, mas podem conter substâncias proibidas. Apesar de seus

fabricantes defenderem que só contém substâncias permitidas em seu produto.

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47

Pode ocorrer a contaminação dos suplementos durante a manufatura, por acidente,

ou pela ação de indivíduos ou companhias inescrupulosas, intencionalmente (id.).

Segundo ARAÚJO (2002) “suplemento alimentar é toda e qualquer

substância, em geral produzida quimicamente, que tem a propriedade de completar

a ação dos alimentos naturais, dando mais força e energia”.

Segundo JUNQUEIRA et al, (2007) suplemento nutricional é um produto

constituído por pelo menos um dos seguintes ingredientes: vitaminas, minerais,

aminoácidos (BCAA, arginina, glutamina), metabólitos (creatina, L - carnitina), ervas

e botânicos (ginseng, guaraná em pó), extratos (levedura de cerveja).

O suplemento pode conter além dos nutrientes essenciais (vitaminas,

minerais e aminoácidos) outras substâncias que não sejam essenciais como o

ginseng, ginkgo, hiohimbe, ma huang e outros produtos fitoterápicos (WILLIANS,

2002).

BURKE E READ (2001) propuseram um critério original e extremamente útil,

dividindo os inúmeros tipos de suplementos em duas grandes categorias que são os

suplementos dietéticos e recursos ergogênicos.

. Para que um produto seja classificado como suplemento dietético é preciso

conter nutrientes similares aos níveis recomendados por entidades reconhecidas e

aqueles encontrados nos alimentos, em quantidades que sejam suficientes para

reverter um estado de deficiência nutricional; fornecer um meio conveniente ou

prático para a ingestão desses nutrientes, principalmente durante a prática de

exercícios físicos.

Portanto são considerados suplementos dietéticos os seguintes produtos: os

drinks (bebidas contendo carboidratos, eletrólitos) os suplementos com alto

conteúdo de carboidratos, os vitamínicos, os multivitamínicos, os suplementos

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minerais, as refeições líquidas e os suplementos a base de cálcio (MACHADO &

SCHNEIDER, 2006).

Já os recursos ou auxiliadores ergogênicos são definidos como melhora do

potencial para produção de trabalho, pois tem a capacidade de melhorar o

desempenho atlético por meio do aumento da potência física, da força mental ou da

vantagem mecânica (id.).

Existem várias classificações dos recursos ergogênicos, que são agrupados

de acordo com a sua natureza geral de aplicação ao esporte, sendo eles os

Recursos Mecânicos, Psicológicos, Fisiológicos, Farmacológicos e Nutricionais.

Alguns exemplos de Recursos Ergogênicos nutricionais são compostos essenciais

de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos especiais, combinações especiais de

vitaminas, suplementos minerais especiais como cromo, vanádio e boro, águas que

foram desenvolvidas especialmente para atletas e os suplementos esportivos

recomendados aos atletas como ergogênicos potentes como a creatina, L-carnitina,

coenzima Q10, inosina e ginseng (WILLIANS, 2002).

Cada modalidade esportiva apresenta maior aderência para um tipo

específico de suplemento, os praticantes de musculação usam preferencialmente

aminoácidos e proteína, os praticantes de ginástica preferem os estimulantes,

vitaminas e minerais e indivíduos que associam vários exercícios usam todos os

tipos de suplementos citados (ROCHA; PEREIRA, 1998).

5.5.1 Albumina

A proteína é um dos suplementos dietéticos mais populares comercializadas

para atletas e indivíduos fisicamente ativos. Os suplementos protéicos são

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49

recomendados para atletas para intensificar a retenção de nitrogênio e aumentar a

massa muscular, assim, evitar o catabolismo protéico durante o exercício

prolongado e promover a ressíntese do glicogênio muscular após o exercício, e para

evitar a anemia esportiva por meio do aumento da síntese de hemoglobina,

mioglobina, enzimas oxidativas e de mitocôndrias durante o treinamento aeróbico

(WILLIAMS, 2004).

A albumina é a proteína mais abundante em ovos. Presente também, no

músculo e no sangue. Comercialmente extraída da clara do ovo, a albumina é uma

proteína de alto valor biológico (que fornece todos os aminoácidos essenciais) sendo

muito importante para indivíduos que desejam realizar uma dieta hiperprotéica. Os

problemas à saúde são os mesmos que ocorrem após o uso prolongado de dietas

hiperprotéicas, sendo possíveis problemas renais e hepáticos (TIRAPEGUI, 2006).

5.5.2 Aminoácidos de Cadeia Ramificada

Os aminoácidos de cadeia ramificada compreendem três aminoácidos

essenciais: Leucina, Isoleucina e Valina, popularmente conhecidos como BCAAs

(Branched Chain Amino Acids). São aminoácidos abundantes em carnes e que

tem a característica de serem essenciais ao organismo, ou seja, o corpo não os

produz (ROCHA & PEREIRA, 1998).

Os BCAAs participam do processo de geração de energia nas atividades

físicas, principalmente as atividades de longa duração, evitando assim, a fadiga

central (GOMES & TIRAPEGUI, 2000).

São conhecidos pelos seus efeitos benéficos sobre o aumento da síntese

protéica no fígado e economia de nitrogênio; são utilizados para a síntese de 1/3

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50

da proteína muscular; atuam como uma importante fonte de energia para o

músculo esquelético durante períodos de estresse metabólico, por meio da

estimulação da síntese de Glutamina e Alamina (Gliconeogênese) (PEREIRA et

al, 2003).

Ele tem funções de poupar glicogênio, promoverem a hipertrofia muscular

por alterações hormonais, como o aumento da testosterona e insulina, ação anti-

catabólica, retarda a fadiga central (id.).

Com a ingestão de 5-10g por dia atinge-se seu efeito máximo (ROCHA &

PEREIRA, 1998). Altas doses (acima de 20g/dia) podem provocar transtornos

gastrointestinais (diarréia), seu excesso pode comprometer a absorção de outros

aminoácidos (GOMES & TIRAPEGUI, 2000).

Segundo WILLIANS, (2004) a maior parte dos estudos realizados, nos

mostra que, não há efeito da suplementação com BCAA no desempenho.

5.5.3 Glutamina

A glutamina é um aminoácido condicional essencial, encontrado em carnes.

Ela é um importante combustível para algumas células do sistema imune e pode

promover a síntese de glicogênio muscular. O nível reduzido de glutamina

plasmática, em atletas que treinam muito, significa o comprometimento das funções

do sistema imune, o que contribui com a predisposição para diversas doenças

(WILLIAMS, 2004).

O exercício prolongado e intenso causa diminuição das concentrações

plasmáticas e musculares da glutamina, a qual pode repercutir sobre a

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imunocompetencia do individuo, aumentando a incidência de infecções do trato

respiratório (ROGERO & TIRAPEGUI, 2003).

A suplementação com glutamina visa ao bem estar geral do individuo e

apresenta também um papel relevante sobre a regulação do metabolismo de

carboidratos, da síntese protéica e da funcionalidade do sistema imune (ROCHA &

PEREIRA, 1998).

Outros estudos são necessários para esclarecer o papel da suplementação de

glutamina na manutenção das concentrações plasmática e muscular de glutamina

durante o exercício (TIRAPEGUI, 2006).

5.5.4 Creatina

A creatina, encontrada em alimentos de origem animal, como suplemento

nutricional, realiza a função de melhorar o desempenho nas atividades físicas. É

armazenada no músculo esquelético, sendo sintetizada no pâncreas, fígado e rins. É

estocada de forma livre ou fosforilada. A creatina fosforilada é empregada em

atividades de alta intensidade e curta duração, sendo um importante reservatório de

energia e na contração muscular (TIRAPEGUI et al, 2002).

A falta de creatina no organismo limitaria o desempenho muscular durante

exercícios de alta intensidade e curta duração, que levaria a incapacidade de se

ressintetizar ATP em quantidades necessárias, essa é a justificativa mais comum na

utilização freqüente da creatina (id.).

Segundo TIRAPEGUI et al, (2002): “de acordo com essa justificativa,

inúmeros estudos tem demonstrado que a suplementação de creatina é capaz de

otimizar o desempenho esportivo e retardar o início da sensação de fadiga em

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52

exercícios de alta intensidade e curta duração”. Entretanto, esses estudos têm

aspectos positivos em indivíduos não treinados ou moderadamente treinados. Em

atletas altamente treinados, a maioria dos resultados demonstra a dificuldade em

melhoras significativas no desempenho.

A eficácia da suplementação de creatina continua sendo atualmente alvo de

inúmeras discussões, devido ao seu caráter controverso. Porém, para a obtenção de

melhores resultados, aconselha-se uma detalhada avaliação de critérios

fundamentais para a prescrição de tal suplementação, como tipo de atividade física

a ser praticada, população a ser submetida ao tratamento ergogênico, dosagem e

duração da suplementação (GOMES & TIRAPEGUI, 2000).

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53

6 CONCLUSÃO

A nutrição e a prática regular de atividade física estão diretamente

relacionadas a uma melhor qualidade de vida, pois apresentam efeitos benéficos na

prevenção e tratamento de patologias.

Existe uma grande importância da atuação de um profissional nutricionista,

nas academias de ginástica, para que sejam identificadas as necessidades de cada

indivíduo, sem excessos, levando em consideração, o sexo, a idade, a alimentação,

os objetivos, o tipo de atividade física e a freqüência da prática e também para

informações a respeito do uso de suplementos, visando uma ingestão adequada de

nutrientes, garantindo a saúde, melhor desempenho nos exercícios e prevenindo

doenças.

De acordo com o tema abordado, por diversos estudos científicos,

constatou-se a ineficácia dos suplementos.

Uma alimentação, balanceada e variada é de grande importância para ter

uma vida saudável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO I

Tabela 3 - Ingestão Dietética de Referência (IDR)

Grupo IdadeVit. A

Vit. C

Vit. D

Vit. E

Vit. K

   

Lactentes 0-6 m 400 40 5 4 2.07-12 m 500 50 5 5 205

Crianças 1-3 anos 300 15 5 6 304-8 anos 400 25 5 7 55

Homens

9-13 a 600 45 5 11 6014-18 a 900 75 5 15 7519-30 a 900 90 5 15 12031-50 a 900 90 5 15 12051-70 a 900 90 10 15 120>70 a 900 90 15 15 120

Mulheres

9-13 a 600 45 5 11 6014-18 a 700 65 5 15 7519-30 a 700 75 5 15 9031-50 a 700 75 5 15 9051-70 a 700 75 10 15 90>70 a 700 75 15 15 90

Gravides≤18 a 750 5 5 15 75

19-30 a 770 5 5 15 9031-50 a 770 5 5 15 90

Lactação≤18 a 1200 5 5 19 75

19-30 a 1300 5 5 19 9031-50 a 1300 5 5 19 90

Fonte: Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National, Vitamins

ANEXO II

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Tabela 4 - Ingestão Dietética de Referência (IDR)Grupo Idade Tiamina Riboflavina Niacina Vit. B6 Folato

   

Lactentes0-6 m 0.2 0.3 2 0.1 65

7-12 m 0.3 0.4 4 0.3 80

Crianças 1-3 anos 0.5 0.5 6 0.5 1504-8 anos 0.6 0.6 8 0.6 200

Homens

9-13 a 0.9 0.9 12 1.0 30014-18 a 1.2 1.3 16 1.3 40019-30 a 1.0 1.3 16 1.3 40031-50 a 1.2 1.3 16 1.3 40051-70 a 1.2 1.3 16 1.7 400>70 a 1.2 1.3 16 1.7 400

Mulheres

9-13 a 0.9 0.9 1.0 30014-18 a 1.0 1.0 12 1.2 40019-30 a 1.1 1.1 14 1.3 40031-50 a 1.1 1.1 14 1.3 40051-70 a 1.1 1.1 14 1.5 400>70 a 1.1 1.1 14 1.5 400

Gravides≤18 a 1.4 1.4 18 1.9 600

19-30 a 1.4 1.4 18 1.9 60031-50 a 1.4 1.4 18 1.9 600

Lactação≤18 a 1.4 1.6 17 2.0 500

19-30 a 1.4 1.6 17 2.0 50031-50 a 1.4 1.6 17 2.0 500

Fonte: Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National, Vitamins

ANEXO III

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60

Tabela 5 - Ingestão Dietética de Referência (IDR)

Grupo Idade Vit. B12Ac.

pantotênico Biotina Colina 

Lactentes 0-6 m 0.4 1.7 5 1257-12 m 0.5 1.8 6 150

Crianças 1-3 anos 0.9 2 8 2004-8 anos 1.2 3 12 250

Homens

9-13 a 1.8 4 20 37514-18 a 2.4 5 25 55019-30 a 2.4 5 30 55031-50 a 2.4 5 30 55051-70 a 2.4 5 30 550>70 a 2.4 5 30 550

Mulheres

9-13 a 1.8 4 20 37514-18 a 2.4 5 25 40019-30 a 2.4 5 30 42531-50 a 2.4 5 30 42551-70 a 2.4 5 30 425>70 a 2.4 5 30 425

Gravides≤18 a 2.6 6 30 450

19-30 a 2.6 6 30 45031-50 a 2.6 6 30 450

Lactação≤18 a 2.8 7 35 550

19-30 a 2.8 7 35 55031-50 a 2.8 7 35 550

Fonte: Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National, Vitamins

ANEXO IV

Tabela 6 - Ingestão Dietética de Referência (IDR)

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61

Grupo IdadeCálc

ioChromi

umCooper

Fluoride

Iodine

   

Lactentes0-6 m 210 0.2 200 0.01 110

7-12 m 270 5.5 220 0.513090

Crianças 1-3 anos 500 11 340 0.7 904-8 anos 800 15 440 1 120

Homens

9-13 a1300 25 700 2 150

14-18 a1300 35 890 3 150

19-30 a1000 35 900 4 150

31-50 a1000 35 900 4 150

51-70 a1200 30 900 4 150

>70 a1200 30 900 4 150

Mulheres

9-13 a1300 21 700 2 120

14-18 a1300 24 890 3 150

19-30 a1000 25 900 3 150

31-50 a1000 25 900 3 150

51-70 a1200 20 900 3 150

>70 a1200 20 900 3 150

Gravides

≤18 a1300 29 1000 3 220

19-30 a1000 30 1000 3 220

31-50 a1000 30 1000 3 220

Lactação

≤18 a1300 44 1300 3 290

19-30 a1000 45 1300 3 290

31-50 a1000 45 1300 3 290

Fonte: Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National, Vitamins

ANEXO V

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62

Tabela 5 - Ingestão Dietética de Referência (IDR)Grupo Idade Íon Magnésio Manganês Molibdênio Fósforo

   

Lactentes 0-6 m 0.27 30 0.003 2 1007-12 m 11 75 0.6 3 275

Crianças 1-3 anos 7 80 1.2 17 4604-8 anos 10 130 1.5 22 500

Homens

9-13 a 8 240 1.9 34 125014-18 a 11 410 2.2 43 125019-30 a 8 400 2.3 45 70031-50 a 8 420 2.3 45 70051-70 a 8 420 2.3 45 700>70 a 8 420 2.3 45 700

Mulheres

9-13 a 8 240 1.6 34 125014-18 a 15 360 1.6 43 125019-30 a 18 310 1.8 45 70031-50 a 18 320 1.8 45 70051-70 a 8 320 1.8 45 700>70 a 8 320 1.8 45 700

Gravides≤18 a 27 400 2.0 50 1250

19-30 a 27 350 2.0 50 70031-50 a 27 360 2.0 50 700

Lactação≤18 a 10 360 2.6 50 1250

19-30 a 9 310 2.6 50 70031-50 a 9 320 2.6 50 700

Fonte: Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National, Vitamins

ANEXO VI

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63

Tabela 6- Ingestão Dietética de Referência (IDR)Grupo Idade Selênio Zinco Potássio Sódio Cloride

   

Lactentes 0-6 m 15 2 0.4 0.12 0.187-12 m 20 3 0.7 0.37 0.57

Crianças 1-3 anos 20 3 3.0 1.0 1.54-8 anos 30 5 3.8 1.2 1.9

Homens

9-13 a 40 8 4.5 15 2.314-18 a 55 11 4.7 15 2.319-30 a 55 11 4.7 15 2.331-50 a 55 11 4.7 15 2.351-70 a 55 11 4.7 1.3 2.0>70 a 55 11 4.7 1.2 1.8

Mulheres

9-13 a 40 8 4.5 15 2.314-18 a 55 9 4.7 15 2.319-30 a 55 8 4.7 15 2.331-50 a 55 8 4.7 15 2.351-70 a 55 8 4.7 1.3 2.0>70 a 55 8 4.7 1.2 1.8

Gravides≤18 a 60 12 4.7 15 2.3

19-30 a 60 11 4.7 15 2.331-50 a 60 11 4.7 15 2.3

Lactação≤18 a 70 13 5.1 15 2.3

19-30 a 70 12 5.1 15 2.331-50 a 70 12 5.1 15 2.3

Fonte: Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National, Vitamins