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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E QUALIDADE AMBIENTAL DIRETORIA DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA GERÊNCIA DE RESÍDUOS PERIGOSOS R egistro de E missão e T ransferência de P oluentes – RETP Volume 1 Manual descritivo Agosto 2010

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E QUALIDADE AMBIENTAL

DIRETORIA DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA

GERÊNCIA DE RESÍDUOS PERIGOSOS

Registro de Emissão e Transferência de Poluentes – RETP

Volume 1 Manual descritivo

Agosto 2010

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E QUALIDADE AMBIENTAL

DIRETORIA DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA

GERÊNCIA DE RESÍDUOS PERIGOSOS

Registro de Emissão e Transferência de Poluentes – RETP

Volume 1 - Manual descritivo

MMA. Ministério do Meio Ambiente. Registro de Emissão e Transferência de Polu-entes – RETP. Manual descritivo. Volume 1. 2010.

1. Poluentes. 2. Emissões. 3. Transferências. 4. Gestão Ambiental

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

NOTA PRÉVIA

Este texto é de livre acesso e poderá ser reproduzido, no todo ou em

parte, por toda e qualquer parte interessada, desde que reconhecida a

fonte.

Nele são descritos os elementos, mecanismos e instrumentos para o

funcionamento do RETP Registro de Emissão e Transferência de Po-

luentes, integrado ao Cadastro Técnico Federal do IBAMA e opera-

cionalizado através do Portal RETP, na página eletrônica do Ministé-

rio do Meio Ambiente.

Espera-se que os usuários contribuam para o aperfeiçoamento do tex-

to, a fim de que o entendimento do conteúdo seja cada vez mais bem

aproveitado por leitores com diferentes interesses.

O RETP é um sistema de coleta e processamento, com divulgação

livre e irrestrita baseada no princípio do direito público de acesso à

informação.

Ministério do Meio Ambiente

Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental

Diretoria de Qualidade Ambiental na Indústria

Esplanada dos Ministérios – Bloco B – 8º andar

70068-900 - Brasília - DF - Brasil

Telefone +55-61-2028-1215

Página na Internet www.mma.gov.br

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Texto elaborado pela consultoria InterTox Ltda., segundo Contrato de

Prestação de Serviços n° BRA10-07502/2009, e pela equipe técnica a

ela associada:

EQUIPE TÉCNICA

Coordenador Geral Moysés Chasin

Coordenador Técnico João Salvador Furtado

Consultores Ademar Haruo Yamada

Alice A. da Matta Chasin

Fabriciano Pinheiro

Fausto Antonio de Azevedo

Marcus E. M. da Matta

Rafael Candido de Oliveira

COORDENAÇÃO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Sérgia de Souza Oliveira Diretora do Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria

Zilda Maria Faria Veloso

Gerente de Resíduos Perigosos

Revisão Técnica

Mirtes Vieitas Boralli Técnica Especializada

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Conteúdo

1.  O que é o RETP .................................................................. 7 

1.1.  Apresentação resumida  7 1.2.  Participantes do RETP Brasil  8 1.3.  Declarantes ao RETP  8 

2.  Elementos essenciais do RETP .......................................... 9 

2.1.  Missão  9 2.2.  Visão  9 2.3.  Objetivos  10 2.4.  Abrangência  10 2.5.  Avaliação anual  11 

3.  Por que e como o RETP foi criado ................................. 12 

3.1.  As experiências internacionais e o processo de harmonização  12 3.2.  Marco legal  13 3.3.  Modelos mentais no RETP  14 3.4.  O que é o poluente RETP  15 3.5.  O que é conformidade e além­da­conformidade  15 

4.  Como os dados e informações são coletados e divulgados ........................................................................................... 16 

4.1 ETP e  .  R  o Cadastro Técnico Federal do IBAMA  17

   4.2  .  Elementos do RETP  184.2.1. Identificação .......................................................................................................................... 18

   4.2.2. Relatório de emissões........................................................................................................ 20.  Avaliação anual  404.3.1.  Relatório de transferência ............................................................................................... 41 

4.3  

4.4.  Fluxo de dados e informações  43 4.5.  O Portal RETP do Ministério do Meio Ambiente (MMA)  46 

5.  Operação do RETP .......................................................... 52 

5.1.  Grupo Nacional do RETP  52 5.2.  Coordenadoria de Gestão  52 5.3.  Grupos sociotécnicos de colaboradores  53 

6.  Grupos de influência para o RETP ................................ 53 

Papel dos grupos de interesse e participação pública  54 6.1.  Agencias multilaterais  57 

7.  Práticas de aprimoramento ............................................. 58 

8.  Vocabulário do RETP ...................................................... 61 

9.  Referências........................................................................ 68 

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

INTRODUÇÃO

O Registro de Emissões e Transferência de Poluentes – RETP é um sistema de uso

internacional de coleta e tratamento de dados e informações, para posterior acesso e

divulgação públicos, sobre atividades e substâncias químicas selecionadas que cau-

sam ou têm o potencial de causar riscos ou danos ao ambiente ou à saúde humana.

O propósito é criar, no âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente

(SISNAMA), procedimentos permanentes, competentes, eficazes e eficientes de

gestão das informações para o RETP Brasil, para aprimoramento da gestão de

substâncias químicas nos processos produtivos, na composição e no uso de

produtos. E, em decorrência disso, contribuir para a melhoria da qualidade de vida e

do ambiente.

Esta iniciativa está alicerçada no compromisso assumido pelo Brasil, durante o III

Foro Intergovernamental de Segurança Química1, em Salvador/BA, no ano de 2000,

tornando-se a 4ª Prioridade do Plano de Ação para Segurança Química2 do Ministé-

rio do Meio Ambiente.

• Uma vez em operação, o sistema RETP Brasil contribuirá para a formulação

e o desempenho efetivo de políticas governamentais.

• Na esfera corporativa, o sistema poderá subsidiar decisões e ações efetivas

no campo da Responsabilidade Social Empresarial, devido, principalmente,

ao papel desse setor no fornecimento dos dados e informações, através de

declarações ao Cadastro Técnico Federal do IBAMA.

• Economicamente, o RETP contribuirá para os setores industriais envolvidos

diretamente com a declaração de dados e informações, no aprimoramento

dos processos produtivos, com o emprego das melhores práticas disponíveis,

garantindo menor nível de emissão e de transferência de poluentes.

• A sociedade, por sua vez, terá garantido o direito de acesso à informação e

participará na tomada de decisão, como exercício de cidadania.

1 III Foro Intergovernamental de Segurança Química – declaração Bahia. 2000. Disponível em: http://www.unece.org/env/pp/prtr/docs/PRTR_Protocol_e.pdf 2 Comissão Coordenadora do Plano de Ação para Segurança Química – COPASQ. Disponível em: http://desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1197483016.pdf

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 7 de 72

1. O que é o RETP

1.1. Apresentação resumida

O RETP Brasil (Fig. 1) é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente do

Governo do Brasil, integrado ao Cadastro Técnico Federal/IBAMA. Está fun-

damentado em marco regulatório federal e constitui ferramenta de uso interna-

cional3, como sistema de levantamento, tratamento, acesso e divulgação públi-

ca de dados (elementos alfanuméricos) e informações (dados tratados e juízo de

valor) sobre as emissões e as transferências de poluentes constantes de lista ofi-

cial, presentes em atividades produtivas, que causam ou têm o potencial de

causar impactos maléficos para os compartimentos ambientais ar, água e solo.

Figura 1 – Macroestrutura de comunicação institucional do RETP Brasil

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 

3 Internacionalmente, a denominação no idioma inglês é Pollutant Release and Transfer Registers (PRTR).

2010 

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1.2. Participantes do RETP Brasil

Fazem parte do RETP os seguintes agentes ou atores.

• Grupo Nacional, de caráter consultivo e normativo, formada por re-presentantes qualificados de múltiplas partes interessadas

• Coordenadoria de Gestão, com Grupo de Apoio, para execução das atividades correntes

• Grupos sociotécnicos, convocados para colaboração sob demanda

• Órgãos colaboradores, representados por unidades governamentais especializadas, em diferentes áreas geopolíticas do Brasil

• Organizações e pessoas físicas, que declaram suas atividades ao CTF/IBAMA

• Outras partes ou grupos de interesse, para manutenção de diálogo pa-ra convergência de expectativas no âmbito de atuação do RETP

• Público em geral.

1.3. Declarantes ao RETP

O RETP funciona a partir da captura de dados e informações que são declara-

das, obrigatoriamente, por organizações de pessoas jurídicas, por meio de for-

mulário eletrônico do Cadastro Técnico Federal – CTF/IBAMA.

Portanto, o declarante deverá criar e manter sistema próprio para atender às e-

xigências do RETP, no formulário do CTF/IBAMA, abrangendo identificação

do declarante, cálculo anual e registro de emissões para os compartimentos

ambientais ar, água e solo e transferência de poluentes pela destinação de resí-

duos associada às atividades produtivas.

As regras, procedimentos e instrumentos do RETP são de conhecimento públi-

co e para uso de todos os grupos de interesse. Dessa maneira, as organizações

ou estabelecimentos terão acesso às instruções para efetuar as declarações e os

demais interessados do assunto para a qualificação técnica e contribuição obje-

tiva, desejadas para o aprimoramento do RETP.

Os instrumentos, mecanismos e procedimentos do RETP estão descritos neste

Manual, incluídos nas instruções para preenchimento do formulário eletrônico

ao CTF/IBAMA e poderão ser acessados, livremente, no Portal RETP Brasil.

Apesar disso, alguns aspectos devem ser ressaltados.

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• O RETP utiliza-se de parte dos campos do CTF/IBAMA e alguns i-tens deste são específicos para o RETP.

• Os dados e informações destinados ao RETP são transferidos do CTF/IBAMA para o Portal RETP Brasil, hospedado na página ele-trônica do Ministério do Meio Ambiente. A partir daí, são processa-dos para geração de produtos informativos e disponibilizados para acesso público livre, gratuito e irrestrito.

• Sob determinadas circunstâncias, alguns dados do RETP não serão acessados, divulgados, nem incluídos nos relatórios, por razões me-todológicas ou jurídicas.

• Isto será devido, por exemplo, no caso da adoção de metas para ava-liações anuais, ou atendimento à condição de sigilo4. Os critérios pa-ra as condições são públicos, da mesma forma como o são para con-testações e interposição de recursos contraditórios.

2. Elementos essenciais do RETP

2.1. Missão

Disponibilizar informações objetivas e confiáveis de emissões e transferências

de substâncias poluentes selecionadas, que causam ou têm o potencial de cau-

sar danos à saúde humana e ambiental, oriundas de atividades produtivas em

organizações privadas ou públicas.

2.2. Visão

Tornar-se instrumento permanentemente aprimorado, no âmbito do SISNAMA,

para gerar informações confiáveis a respeito de emissões e transferências de

determinados poluentes e, com isso, melhorar a qualidade de vida humana e

ambiental.

4 Consultar Volume 2: Instruções Complementares.

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2.3. Objetivos

O objetivo geral é capturar informações sobre as emissões e as transferências

de poluentes selecionados, derivados de processos produtivos, em bases anuais

e promover a divulgação ampla, gratuita e irrestrita das informações previstas.

Os objetivos específicos

• Estabelecer, anualmente – e com base em avaliação da realidade bra-sileira e mediante contribuição de grupos sociotécnicos qualificados – a porcentagem a ser adotada como limiar (ou linha de corte) para divulgar as emissões e transferências, a partir dos dados e informa-ções declarados ao CTF/IBAMA.

• Analisar as condutas operacionais das organizações declarantes em relação às emissões e transferências de poluentes.

2.4. Abrangência

O RETP Brasil abrange as empresas e pessoas físicas obrigadas a preencherem

o formulário eletrônico do CTF/IBAMA, cujas atividades produtivas envolvam

a emissão ou transferência de uma ou mais substâncias da lista oficial de polu-

entes.

O RETP estabelece as correlações entre (i) atividades (como fontes geradoras

de poluição), (ii) substâncias poluentes selecionadas e (iii) destinação para

compartimentos (ar, água e solo) ou finalidades (reaproveitamento, descarte ou

incineração).

O RETP lida com duas categorias de informações.

• Informações obrigatórias, determinadas por marcos regulatórios do CTF/IBAMA, consideradas necessárias para a melhor gestão dos e-feitos maléficos efetivos ou potenciais, provocados por substâncias poluentes.

• Para o RETP, as substâncias estão presentes nos fluxos produtivos que culminam com o depósito sistemático de materiais perigosos na ecosfera e comprometem o Desenvolvimento Sustentável.

• Informações voluntárias, que, por livre iniciativa da declarante, re-sultam de aprimoramento de processos produtivos na organização declarante. Estas informações abrangem, por exemplo, prevenção de perdas de matérias-primas, de produtos, de energia ou de água.

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• As informações voluntárias são reconhecidas como fruto do esforço para aprimoramento de práticas. Servem para iniciativas promocio-nais, pelo RETP, visando o reconhecimento de ações pró-ativas de organizações diferenciadas, uma vez que representam progressos na cadeia de suprimentos.

As informações coletadas constituirão banco de dados de emissões e transfe-

rências de poluentes no Brasil com importantes características ou finalidades,

como as seguintes.

• Acesso individual e amigável

• Busca por elementos históricos e georreferenciados

• Uso de dados e informações por usuário não técnico e usuário-orientado, para entendimento das informações quanto à natureza, conteúdo, potencial de impacto causado e outras variáveis ou ele-mentos descritivos.

• Apresentação de quantidades ou valores, detalhados e agregados

• Estudos sobre as emissões e/ou transferências de poluentes, sob dife-rentes ângulos ou aspectos e atendimento sob demanda

2.5. Avaliação anual

Todos os dados do CTF/IBAMA são passíveis de captura para o RETP. Entre-

tanto, a determinação de metas para avaliação anual poderá resultar do uso de

sistema de filtros para seleção de dados e informações no ano da divulgação.

O primeiro nível de filtro é representado pela seleção do poluente. Para isso e-

xiste a lista oficial de poluentes do RETP, a qual é construída com base em

conjunto de critérios técnicos, administrativos e socioambientais.

O segundo nível de filtro é criado por categorias de atividades que constituem

as fontes de emissão e transferência de poluentes. O terceiro nível será estabe-

lecido, se for utilizado limiar ou linha de corte, para obtenção apenas dos da-

dos de emissões representativas do total emitido pelas atividades, baseado em

critérios técnicos.

Portanto, há possibilidade de estabelecimento de metas anuais, com visão de

médio e longo prazo, baseadas nos filtros utilizados. Nestas condições, poderão

ser levadas em conta recomendações técnicas em Protocolos e Convenções

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Multilaterais; quantidades relacionadas à produção da substância poluente (to-

neladas) versus impactos; cálculos estatísticos capazes de revelar o limiar de-

terminante para determinada cobertura (porcentagem) de emissões anuais, etc.

3. Por que e como o RETP foi criado

No Brasil, a iniciativa do RETP é alicerçada no compromisso internacional supraci-

tado, durante o III Foro Intergovernamental de Segurança Química, Salvador, Bahi-

a, no ano de 2000, sendo relacionado como a 4ª Prioridade do Plano de Ação para

Segurança Química do Ministério do Meio Ambiente.

A principal contribuição do RETP é para a melhoria no desempenho da gestão de

substâncias poluentes, visando reduzir impactos possíveis ou potenciais. Isto se tor-

na viável pela possibilidade de se identificar, quantificar e divulgar, no âmbito do

SISNAMA: as quantidades de determinados poluentes químicos, as fontes de libe-

ração e os correspondentes destinos ou compartimentos ambientais.

Dessa maneira, as organizações declarantes poderão analisar e interpretar os resul-

tados para aprimorar o envolvimento, engajamento e comprometimento dos diferen-

tes atores, a tomada de decisões corporativas e a definição de ações de responsabili-

dade socioambiental.

3.1. As experiências internacionais e o processo de harmonização

Os entendimentos e conceitos usados para o RETP Brasil correspondem aos

encontrados internacionalmente, com especial referencia aos embasados no

Protocolo de Kiev. Este Protocolo resultou da Convenção de Aarhus, que esta-

belece as bases para o acesso à informação, à participação pública nas toma-

das de decisão e à justiça.

Outros documentos consultados, especialmente os de agências internacionais

que se dedicaram ao assunto e foram considerados relevantes para a constitui-

ção do RETP são:

• Agenda 21 da UN Commission on Environment and Development, em seu Cap. 19, que aborda a questão da segurança química;

• acordo cooperativo Inter-Organization Programme for the Sound Management of Chemicals (IOMC), que criou um grupo de coorde-nação para promover a implementação do modelo PRTR em diversos países;

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 13 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

• OECD – guia para elaboração de documentos para o RETP;

• UNITAR – programa de treinamento para implantação de RETP.

• Algumas recomendações foram extraídas da documentação de países selecionados, servindo de base comparativa. Assim, foram utilizadas informações de:

• União Européia, por representar, de maneira geral, consenso transna-cional bastante debatido por grupos de interesse;

• Reino Unido, Canadá e Japão, por serem países industrializados e de avançada tecnologia;

• Austrália, por sua semelhança com o Brasil em tecnologia e clima; e

• México, por ser um país com semelhanças sociais, econômicas e po-líticas ao Brasil.

3.2. Marco legal

A obrigatoriedade na prestação dos dados e informações pelos declarantes de-

corre das exigências estabelecidas por instrumentos legais alinhados ao

CTF/IBAMA. Em questão de legislação, o RETP está pautado fundamental-

mente em quatro pontos:

• Constituição Federal, Artigo 2255, parágrafo 1, inciso V, citação in verbis: “V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida e o meio ambiente”;

• Lei Federal n° 7.3476, de 24 de julho de 1985, que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambi-ente e dá outras providências;

• Lei Federal nº 10.1657, de 27 de dezembro de 2000, que regulamenta as atividades potencialmente poluidoras e aquelas que se utilizam de recursos naturais, com destaque para o Manual do Relatório de Ati-vidades do Cadastro Técnico Federal/IBAMA;

5 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm 6 Lei Federal que disciplina a ação civil pública por danos causados ao meio ambiente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htm 7 Lei Federal que altera a Política Nacional do Meio Ambiente, estabelecendo categorias de atividade potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10165.htm

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• Política Nacional do Meio Ambiente, Lei Federal nº 6.9388, de 31 de agosto de 1981, que criou um sistema de meio ambiente com o obje-tivo da preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.

O Plano Nacional de Prevenção, Preparação, e Resposta Rápida a Emergências

Ambientais com Produtos Químicos Perigosos (P2R2) foi considerado como

documento de apoio ao RETP.

3.3. Modelos mentais no RETP

O processo de coleta de informações é amigável e orientado para o modelo de

janela única. Assim, buscou-se proporcionar praticidade ao declarante e evitar

o esforço de fornecimento repetitivo de informações. Para isso, os requisitos do

RETP são incorporados e harmonizados ao formulário eletrônico utilizado na

declaração CTF/ IBAMA.

O funcionamento do RETP está ancorado na conformidade legal e obrigatória

para as organizações declarantes ao CTF/IBAMA, mas oferece instrumentos e

mecanismos de reconhecimento de informação voluntária, por organizações

que vão além-da-conformidade.

O RETP é um sistema dinâmico, flexível e sujeito, permanentemente, ao apri-

moramento, em todos seus aspectos, com a contribuição de grupos de interes-

ses e a partir de recomendações de grupos sociotécnicos qualificados. Para tan-

to, o RETP tem previsão para a participação pública em modificações organi-

zacionais e operacionais.

Prevalece, no RETP, o princípio do direito público de acesso à informação, o

qual se apoia na responsabilidade socioambiental da organização declarante.

Para tanto, leva-se em conta, para a dinâmica do RETP, o relacionamento esta-

belecido com múltiplos grupos de interesse, a participação qualificada e a res-

ponsabilidade compartilhada dos participantes.

Dessa maneira, o RETP subsidiará a formulação de políticas públicas e deci-

sões corporativas de responsabilidade socioambiental e de negócios. Contribui-

8 Lei Federal que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm

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rá, também, para o aperfeiçoamento da cidadania, mediante o debate público a

respeito do desempenho das organizações produtivas de bens e serviços que re-

sultam nas emissões e transferências dos poluentes selecionados.

3.4. O que é o poluente RETP

Substância poluente é aquela que causa, efetivamente, ou que tem o potencial

de causar, por ação direta ou indireta, alterações e/ou danos para a saúde hu-

mana e o ambiente.

Na esfera ambiental, os poluentes RETP afetam, de forma imediata, mediata,

ou a longo prazo, a qualidade dos diferentes ecossistemas do ar, água ou solo,

bem como as condições sanitárias e estéticas. Além disso, são os agentes quí-

micos que, consequentemente, prejudicam ou têm potencial para prejudicar a

segurança e o bem-estar das populações.

Para os corpos hídricos, são considerados os poluentes que alteram as proprie-

dades físicas, químicas ou biológicas dos rios, lagoas, águas subterrâneas e ma-

res, bem como os reservatórios de água para consumo da população humana.

3.5. O que é conformidade e além-da-conformidade

Conformidade consiste em práticas e condutas operacionais, produtivas, co-

merciais e de relacionamento, envolvendo o atendimento ou alinhamento a de-

terminados requisitos, condições, padrões, características ou regulamentos, em

relação a determinado produto, processo, pessoa ou serviço. Esta conduta cons-

titui a linha de base obrigatória para a organização declarante.

Além-da-conformidade significa ultrapassar os critérios, padrões determinados

por legislação vigente, baseada em políticas organizacionais próprias ou em

códigos de conduta voluntários setoriais.

O RETP leva em conta que as organizações declarantes são obrigadas a respei-

tar a conformidade legal. Por outro lado, há dispositivos para o reconhecimento

das organizações que ultrapassam as exigências mandatárias e que se destacam

pela prática além-da-conformidade. Para as últimas, o RETP proporciona con-

dições de reconhecimento de desempenho e prevê ações promocionais.

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4. Como os dados e informações são coletados e divulgados

A declaração ao RETP deve obedecer ao calendário e aos procedimentos para pre-

enchimento do formulário eletrônico do CTF/IBAMA. Muitas das informações de-

claradas correspondem a exigências para o licenciamento ambiental.

Os dados fornecidos ao CTF/IBAMA e destinados ao RETP são automaticamente

organizados como Banco do RETP, hospedado no próprio CTF. Automaticamente,

são reprocessados e transferidos para o Banco de dados no Portal RETP, localizado

na página eletrônica do Ministério do Meio Ambiente (Fig. 2).

Figura 2 – Síntese do fluxo geral do RETP Brasil

A partir daí, os Relatórios do RETP são elaborados eletronicamente e disponibiliza-

dos para acesso público. Outros documentos, para divulgação pública, são produzi-

dos de acordo com calendário anual estabelecido pelos gestores do RETP. Os pro-

dutos informativos do RETP são oferecidos a todas as partes interessadas, das quais

se espera contribuição para o aprimoramento do sistema.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

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4.1. RETP e o Cadastro Técnico Federal do IBAMA

O CTF/IBAMA já existe e é operante, segundo o modelo de captura de variá-

veis. A rotina de declaração (Fig. 3) parte de uma chave primária, por meio do

fornecimento do CNPJ ou do número de cadastro da organização (ou CPF, in-

dividual) no IBAMA, com senha individual. O manual de operação do

CTF/IBAMA está disponível eletronicamente em:

http://www.IBAMA.gov.br/cadastro/manual/html/index.htm.

O arcabouço de dados e informações requerido para o RETP Brasil estará anco-

rado em quatro pilares fundamentais:

• o grupo de poluentes selecionados, que resultam ou que podem resul-tar de processos produtivos de bens e serviços;

• as atividades econômicas praticadas por organizações com ou sem fins lucrativos, sejam estas privadas ou públicas;

• os compartimentos ambientais impactados por emissões e

• os destinos ou finalidades das transferências.

Figura 3 – Procedimentos de declaração do RETP Brasil

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

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4.2. Elementos do RETP

Os elementos ou variáveis do RETP Brasil estão em harmonia com os modelos

implantados em diversos países. No caso do Brasil, os campos são compostos

de variáveis ou elementos descritivos.

O formulário do CTF/IBAMA contém instruções específicas para cada variá-

vel. Os comentários a seguir têm o propósito de descrever as características ou

aspectos gerais dos elementos apropriados para o RETP.

4.2.1. Identificação

Variáveis – (1) Estabelecimento. (2) Dados cadastrais. (3) Localização

geográfica. (4) Porte. (5) Dirigente responsável. (6) Responsável técnico

pela declaração. (7) Responsável pelo atendimento público. (8) Práticas

de aprimoramento.

Estabelecimento ou organização declarante e dados cadastrais

• A organização é identificada como pessoa jurídica, seja esta empresa privada ou pública, órgão público, fundação privada ou pública, as-sociação, cooperativa, ou que tenha outra denominação e condição jurídica.

• A pessoa jurídica passa a ser denominada “organização declarante”. Na eventualidade de obrigação de declaração por pessoa física, esta será identificada pelo CPF, passando para a denominação de “pessoa declarante”.

• A mesma organização poderá estar classificada em uma ou mais ca-tegorias de atividade e em um ou mais elementos descritivos, con-forme as atividades potencialmente poluidoras listadas na Lei n° 10.165 de 2000.

• Adicionalmente, a mesma organização poderá ter uma ou mais plan-tas industriais de produção (de mesmo processo ou de processos dife-rentes), em locais adjacentes, próximos ou remotos.

• A declaração será feita para cada planta industrial ou instalação equi-valente. No caso de plantas em locais adjacentes com o mesmo CNPJ será possível uma única declaração.

• Em plantas industriais onde existir mais de uma organização decla-rante (diferentes CNPJs) cada declarante fornecerá os dados e infor-mações no formulário eletrônico do CTF/IBAMA, ainda que concor-ram num único processo industrial de produção.

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

• A questão de emissão ou transferência eventual de poluentes por pes-soa física deverá receber tratamento especial, na forma da lei, em conformidade com normas que vierem a ser adotadas pelo IBAMA e outros órgãos do SISNAMA. Segundo os aspectos técnico-operacionais, as decisões estão no âmbito do CTF/IBAMA.

• Atenção especial deverá ser dada à organização declarante que for micro ou pequena empresa. Independentemente das rotinas operacio-nais do CTF/IBAMA, as questões envolvendo as declarações destas deverão ser exigidas de acordo com o calendário que for estabelecido pelo MMA.

Localização geográfica

A organização declarante deverá informar as coordenadas geográficas da

atividade potencialmente poluidora por meio da latitude e longitude.

Dessa maneira, o mapa das emissões e transferências de poluentes é a-

presentado no Portal do RETP.

As emissões e transferência de poluentes poderão, dessa forma, ser pes-

quisadas no Portal do RETP em função da localização dos declarantes e

nas variáveis (a) bacia hidrográfica, (b) região, (c) estado e (d) cidade.

Responsabilidade pela declaração

Toda declaração feita terá os responsáveis legais devidamente identifica-

dos no CTF/IBAMA, na forma de pessoa física de funcionário ou prepos-

to, que responderão pelas informações prestadas.

Além dos responsáveis legais – representados pela (a) autoridade maior

da organização declarante e (b) responsável técnico pela declaração – o

nome e os dados do (c) responsável pelo atendimento público serão reve-

lados no Portal RETP Brasil.

Práticas de aprimoramento

Espera-se que a divulgação dos dados e informações do RETP contribua

para melhorar a interface da organização declarante com as demais partes

interessadas em geral. A titulo de sugestão são apresentados procedimen-

tos para aprimoramento de prevenção de emissões e transferência de po-

luentes.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 20 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Nestas condições, os dados da organização declarante deverão refletir as-

pectos importantes como:

• modelo de produção e processamento de substâncias químicas polu-entes e seus respectivos produtos;

• práticas de importação e exportação de substâncias tóxicas e perigo-sas incluídas no RETP Brasil;

• manipulação de resíduos químicos, locais destinados ao tratamento, reciclagem e/ou incineração;

• gestão para destinação de resíduo sólido, como no caso de aterro in-dustrial;

• conduta de comercialização de resíduos (inclusive bolsas de resí-duos);

• transporte de substâncias e produtos perigosos;

• processamento de alimentos animais e vegetais.

4.2.2. Relatório de emissões

Variáveis – (1) Categoria de atividade. (2) Poluente emitido. (3) Compar-

timento ambiental afetado. (4) Tipo de emissão. (5) Total emitido: valo-

res, linha de corte, método de medição, condição de sigilo.

Categoria de atividade poluidora

As atividades econômicas (que também são denominadas de categorias,

processos ou operações), correspondem às fontes geradoras das emis-

sões e transferências dos poluentes. Este evento acontece, de fato, no

ambiente físico do empreendimento ou instalação.

No RETP Brasil, a organização declarante deve identificar a Categoria(s)

de atividade(s) prevista(s) pelo sistema e seus correspondentes elementos

descritivos (Quadro 1).

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 21 de 72

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Quadro 1 – Categoria de Atividades e respectivos elementos descritivos Código

CTF CATEGORIA ELEMENTOS DESCRITIVOS

21-4 Atividades diversas Análises laboratoriais 21-5 Atividades diversas Experimentação com agroquímicos 21-1 Atividades diversas Reparação de aparelhos de refrigeração 21-2 Atividades diversas Reparação de maquinas, aparelhos e equipamentos

21-3 Atividades diversas Usuários de substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal

1-2 Extração e tratamento de minerais Lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficia-mento

1-4 Extração e tratamento de minerais Lavra garimpeira 1-3 Extração e tratamento de minerais Lavra subterrânea com ou sem beneficiamento 1-5 Extração e tratamento de minerais Perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural 1-1 Extração e tratamento de minerais Pesquisa mineral com guia de utilização 23-4 Gerenciador de projeto Atividades nucleares e/ou radioativas 23-6 Gerenciador de projeto Duto

23-13 Gerenciador de projeto Empreendimento militar 23-14 Gerenciador de projeto Exploração e produção de petróleo off shore 23-8 Gerenciador de projeto Ferrovia 23-9 Gerenciador de projeto Hidrovia 23-5 Gerenciador de projeto Linha de transmissão

23-12 Gerenciador de projeto Mineração 23-2 Gerenciador de projeto Pequena central hidroelétrica (PCH)

23-10 Gerenciador de projeto Ponte 23-11 Gerenciador de projeto Porto 23-7 Gerenciador de projeto Rodovia 23-1 Gerenciador de projeto Usina hidroelétrica 23-3 Gerenciador de projeto Usina termoelétrica 9-1 Indústria de borracha Beneficiamento de borracha natural. 9-2 Indústria de borracha Fabricação de câmara de ar, fabricação e recondicionamento de

pneumáticos.

9-4 Indústria de borracha Fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusive látex.

9-3 Indústria de borracha Fabricação de laminados e fios de borracha. 10-2 Indústria de couros e peles Curtimento e outras preparações de couros e peles. 10-3 Indústria de couros e peles Fabricação de artefatos diversos de couros e peles 10-4 Indústria de couros e peles Fabricação de cola animal. 10-1 Indústria de couros e peles Secagem e salga de couros e peles

7-3 Indústria de madeira Fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada

7-4 Indústria de madeira Fabricação de estruturas de madeira e de móveis. 7-2 Indústria de madeira Preservação de madeira 7-1 Indústria de madeira Serraria e desdobramento de madeira. 7-6 Indústria de madeira Usina de preservação de madeira piloto (pesquisa). 7-7 Indústria de madeira Usina de preservação de madeira sem pressão. 7-5 Indústria de madeira Usina de preservação de madeira sob pressão.

6-2 Indústria de material de transporte Fabricação e montagem de aeronaves.

6-1 Indústria de material de transporte Fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios.

6-3 Indústria de material de transporte Fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes.

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Código

CTF CATEGORIA ELEMENTOS DESCRITIVOS

5-3 Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações Fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos.

5-2 Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações

Fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e informática.

5-1 Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações Fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores.

8-3 Indústria de papel e celulose Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada.

8-1 Indústria de papel e celulose Fabricação de celulose e pasta mecânica. 8-2 Indústria de papel e celulose Fabricação de papel e papelão.

16-5 Indústria de produtos alimentares e bebidas Beneficiamento e industrialização de leite e derivados

16-1 Indústria de produtos alimentares e bebidas

Beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares

16-14 Indústria de produtos alimentares e bebidas Fabricação de bebidas alcoólicas

16-13 Indústria de produtos alimentares e bebidas

Fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação de águas minerais

16-12 Indústria de produtos alimentares e bebidas Fabricação de cervejas, chopes e maltes

16-3 Indústria de produtos alimentares e bebidas Fabricação de conservas

16-9 Indústria de produtos alimentares e bebidas Fabricação de fermentos e leveduras

16-10 Indústria de produtos alimentares e bebidas

Fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais

16-11 Indústria de produtos alimentares e bebidas Fabricação de vinhos e vinagre

16-6 Indústria de produtos alimentares e bebidas Fabricação e refinação de açúcar

16-2 Indústria de produtos alimentares e bebidas

Matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal

16-4 Indústria de produtos alimentares e bebidas Preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados

16-8 Indústria de produtos alimentares e bebidas

Produção de manteiga, cacau e gorduras de origem animal para alimentação

16-7 Indústria de produtos alimentares e bebidas Refino e preparação de óleo e gorduras vegetais

12-2 Indústria de produtos de matéria plástica. Fabricação de artefatos de material plástico.

12-1 Indústria de produtos de matéria plástica. Fabricação de laminados plásticos.

2-1 Indústria de produtos minerais não metálicos

Beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extração

2-2 Indústria de produtos minerais não metálicos

Fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como produção de material cerâmico, cimento, gesso, amianto,

vidro e similares

13-1 Indústria do fumo Fabricação de cigarros, charutos, cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento do fumo.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 23 de 72

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Código

CTF CATEGORIA ELEMENTOS DESCRITIVOS

4-1 Indústria mecânica Fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico ou de superfície.

3-1 Indústria metalúrgica Fabricação de aço e de produtos siderúrgicos

3-10 Indústria metalúrgica Fabricação de artefatos de ferro, aço e de metais não ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia

3-9 Indústria metalúrgica Fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.

3-7 Indústria metalúrgica Metalurgia de metais preciosos. 3-8 Indústria metalúrgica Metalurgia do pó, inclusive peças moldadas.

3-3 Indústria metalúrgica Metalurgia dos metais não ferrosos, em formas primárias e se-cundárias, inclusive ouro.

3-2 Indústria metalúrgica Produção de fundidos de ferro e aço, forjados, arames, re-

laminados com ou sem tratamento de superfície, inclusive galva-noplastia.

3-4 Indústria metalúrgica Produção de laminados, ligas, artefatos de metais não ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.

3-6 Indústria metalúrgica Produção de soldas e anodos. 3-5 Indústria metalúrgica Re-laminação de metais não ferrosos, inclusive ligas

3-11 Indústria metalúrgica Têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamen-to de superfície.

3-12 Indústria metalúrgica Usuário de mercúrio metálico - metalurgia dos metais não ferro-sos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro.

15-3 Indústria química Fabricação de combustíveis não derivados de petróleo

15-8 Indústria química Fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos

15-11 Indústria química Fabricação de fertilizantes e agroquímicos 15-14 Indústria química Fabricação de perfumarias e cosméticos

15-6 Indústria química Fabricação de pólvora, explosivos, detonantes, munição para caça e desporto, fósforo de segurança e artigos pirotécnicos

15-9 Indústria química Fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetan-tes, inseticidas, germicidas e fungicidas

15-17 Indústria química Fabricação de preservativos de madeiras

15-18 Indústria química Fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo - Res. CONAMA N° 362/2005

15-2 Indústria química Fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira

15-16 Indústria química Fabricação de produtos e substâncias controlados pelo Protocolo de Montreal

15-12 Indústria química Fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários

15-5 Indústria química Fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos

15-13 Indústria química Fabricação de sabões, detergentes e velas

15-10 Indústria química Fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizan-tes, solventes e secantes

15-15 Indústria química Produção de álcool etílico, metanol e similares. 15-19 Indústria química Produção de óleos - Res. CONAMA N° 362/2005

15-4 Indústria química Produção de óleos, gorduras, ceras vegetais e animais, óleos essenciais, vegetais e produtos similares, da destilação da madeira

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 24 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Código

CTF CATEGORIA ELEMENTOS DESCRITIVOS

15-1 Indústria química Produção de substâncias e fabricação de produtos químicos

15-7 Indústria química Recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais

11-1 Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos

Beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos.

11-4 Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos Fabricação de calçados e componentes para calçados.

11-2 Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos Fabricação e acabamento de fios e tecidos

11-3 Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos

Tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestu-ário e artigos diversos de tecidos

14-2 Indústrias diversas Usinas de produção de asfalto. 14-1 Indústrias diversas Usinas de produção de concreto.

22-1 Obras civis Rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos

17-4 Serviços de utilidade Destinação de resíduos de esgotos sanitários e de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas

17-3 Serviços de utilidade Disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens; usadas e de serviço de saúde e similares

17-8 Serviços de utilidade Estações de tratamento de água 17-10 Serviços de utilidade Geração de energia hidrelétrica

17-7 Serviços de utilidade Interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário

17-1 Serviços de utilidade Produção de energia termoelétrica 17-2 Serviços de utilidade Tratamento e destinação de resíduos industriais

18-6 Transporte, terminais, depósitos e comércio Comércio de combustíveis, derivados de petróleo

18-10 Transporte, terminais, depósitos e comércio

Comércio de produtos e substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal

18-13 Transporte, terminais, depósitos e comércio

Comércio de produtos químicos e produtos perigosos - Res. CONAMA N° 362/2005

18-5 Transporte, terminais, depósitos e comércio Depósitos de produtos químicos e produtos perigosos

18-3 Transporte, terminais, depósitos e comércio Marinas, portos e aeroportos

18-4 Transporte, terminais, depósitos e comércio Terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos

18-1 Transporte, terminais, depósitos e comércio Transporte de cargas perigosas

18-14 Transporte, terminais, depósitos e comércio Transporte de cargas perigosas - Res. CONAMA N° 362/2005

18-15 Transporte, terminais, depósitos e comércio Transporte ferroviário

18-2 Transporte, terminais, depósitos e comércio Transporte por dutos

20-17 Uso de recursos naturais Atividade agrícola e pecuária 20-9 Uso de Recursos Naturais Consumidor de madeira, lenha ou carvão vegetal

De maneira geral, as atividades econômicas são classificadas por meio do

uso de diferentes esquemas, sistemas, modelos e nomenclaturas, relacio-

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 25 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

nadas aos setores econômicos, embora todos tenham por objetivo criar

meios para harmonizar informações e compatibilizar o entendimento, no

âmbito internacional e nacional.

As fontes consultadas na elaboração deste documento recomendam o uso

de sistema de classificação que estabeleça categorização industrial pa-

dronizada nos níveis (a) internacional, (b) interno a cada país, ou (c) es-

pecialmente criado para o programa, de âmbito regional.

A categorização de atividades, adotada no CTF/IBAMA, é usada para o

RETP Brasil, considerando-se os seguintes aspectos:

• o conjunto de atividades produtivas adotado pelo CTF/IBAMA9 é bastante extenso e abrangente;

• o modelo já está em plena aplicação em todo o território nacional, o que facilitará, sobremaneira, os passos para a implementação do RETP Brasil, notadamente no que diz respeito à informatização de todo o processo de gestão da informação;

A identificação das relações entre atividades geradoras de emissões e

transferência de poluentes é feita por meio da identificação da possibili-

dade de ocorrência10, de emissão do poluente, dependendo da prática

adotada no processo de produção11. Para o caso brasileiro, as relações en-

tre categorias de atividades, elementos descritivos e possibilidade de e-

missões estão detalhadas em documentos específicos.

O formulário contém a lista de atividades, para orientar o declarante, e a

lista de poluentes relacionados à atividade, a fim de que o declarante faça

o enquadramento atividade-poluente.

9 IBAMA. Manual do Cadastro Técnico Federal. Tabela de Atividades. http://www.IBAMA.gov.br/cadastro/manual/html/010401.htm

10 Ver Tabelas de Correlações Poluentes versus Categorias de Atividade em material complementar de acesso online. 11 Práticas de arrumação da casa (housekeeping) e outras, no âmbito de Produção Mais Limpa, Ecode-sign, Ecoeficiência, Metabolismo industrial, Emissão Zero, por exemplo, poderão ser preventivas no processo ou de reaproveitamento de substâncias emitidas, mas não liberadas para os compartimentos ar, água e solo.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 26 de 72

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As correlações atividade-poluente incluídas no formulário do

CTF/IBAMA são apenas sugestivas e construídas com o espírito de aju-

dar o declarante a identificar seu próprio caso.

Mas as sugestões não esgotam as possibilidades de ocorrência. Por isso, o

declarante deve examinar a lista de poluentes oficiais do RETP, a fim de

verificar se a substância química detectada na atividade produtiva real es-

tá incluída na lista.

É importante destacar que determinada atividade produtiva pode envol-

ver mais de um poluente e que determinado poluente pode estar presente

em diferentes atividades produtivas, no mesmo estabelecimento.

Poluente emitido

O sistema de registro e declaração de emissões e transferência é focado

em poluentes que efetivamente causam ou tenham potencial de causar,

direta ou indiretamente, alterações e/ou danos para o meio ambiente e pa-

ra a saúde humana, abrangendo, entre outros, os eventos que:

• afetem – de forma imediata, mediata ou a longo prazo – a qualidade dos diferentes ecossistemas, presentes nos compartimentos ambien-tais ar, água e solo;

• prejudiquem ou potencialmente possam prejudicar a saúde, a segu-rança e o bem-estar de populações;

• afetem as condições sanitárias e/ou estéticas do meio ambiente;

• liberem matérias (como material particulado e fuligem) em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos por lei ou regulamentações;

• alterem as propriedades físicas, químicas ou biológicas dos diferentes corpos d’água como rios, lagoas, águas subterrâneas e mares, bem como eventuais reservatórios destinados ao consumo da população;

• prejudiquem, direta ou indiretamente, a biodiversidade aquática;

• criem condições nocivas, ofensivas ou inadequadas para fins domés-ticos, agropecuários, industriais, e a outros segmentos de atividades sócioeconômicas.

O universo de substâncias candidatas para o RETP é amplo. Por isso, foi

preciso iniciar pela elaboração de Lista de base a partir de critérios que

permitissem eleger as mais perigosas e/ou mais tóxicas. A partir desta,

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 27 de 72

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foi construída a Lista oficial de substâncias poluentes, apresentada no

Quadro 2.

Para isso, foram considerados inúmeros critérios como os listados.

• Lista de substâncias em RETPs existentes

• Acordos e protocolos internacionais

• Legislação nacional

• Critérios socioambientais

O passo seguinte foi levar em conta elementos ou condicionantes objeti-

vos, como os seguintes.

• Usos efetivos

• Frequência nas atividades produtivas

• Toxicidade

• Referência oficial

• Produção e consumo nacionais

• Limites ou limiares adotados em sistemas congêneres

• Conformidade legal

A listagem preliminar foi, então, submetida à avaliação critica de pessoas

qualificadas e selecionadas pelo MMA, que pudessem refletir expectati-

vas de múltiplos grupos de interesse. Daí surgiu a Lista oficial para o

funcionamento inicial do RETP Brasil.

De acordo com o modelo mental adotado como conduta no RETP, a lista

oficial não é definitiva, nem tem caráter imutável. Ao contrário, deve ser

considerada dinâmica e sujeita a modificações, de acordo com a realidade

nacional frente à identificação de impactos causados. Assim, prevê-se

que determinadas substâncias poderão ser incluídas, enquanto outras de-

verão ser retiradas, de acordo com critérios previstos e descritos para o

aprimoramento e validação do RETP Brasil, pelas diferentes partes.

Os poluentes sugeridos na Lista de base, entre outros que venham a ser

reconhecidos como relevantes e incluídos posteriormente, são os conside-

rados perigosos e/ou tóxicos, direta ou indiretamente, gerando efeitos ad-

versos que: resultem em situações de calamidade (fogo e explosão); re-

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presentem questões epidemiológicas (câncer); ou levem a alterações am-

bientais caracterizadas por efeitos perceptíveis em escala de importância

(mudança climática).

Quadro 2 - Lista Oficial de Poluentes RETP Brasil Ordem Substância Sinonímia Número CAS

0001 Acetaldeído Aldeído acético; Etanal; Etilaldeído 75-07-0

0002 Acetato de éter monometílico de etilenogli-col 2-Metoxietanol acetato; 2-Metoxietil acetato 110-49-6

0003 Acetato de vinila Etanoato de etenila; MVA; Vinil a monômero 108-05-4

0004 Acetona 2-Propanona; Dimetilcetona 67-64-1

0005 Ácido acético (glacial ou solução) Ácido acético; Ácido de vinagre; Ácido etanóico 64-19-7

0006 Ácido acrílico Ácido propenóico 79-10-7

0007 Ácido cianídrico Solução Ácido hidrociânico; Ácido prússico; Cianeto de hidrogênio 74-90-8

0008 Ácido clorídrico Ácido muriático; Cloreto de hidrogênio em solução aquosa 7647-01-0

0009 Ácido cloroacético Ácido monocloroacético 79-11-8

0010 Ácido fluorídrico Ácido fluorídrico solução; Fluoreto de Hidroge-nio 7664-39-3

0011 Ácido fórmico Ácido metanóico 64-18-6

0012 Ácido fosfórico Ácido ortofosfórico 7664-38-2

0013 Ácido nítrico Aqua fortis; Ácido azótico 7697-37-2

0014 Ácido sulfúrico Ácido fertilizante; Ácido para bateria; Óleo de vitríolo; Sulfato de hidrogênio 7664-93-9

0015 Acrilamida Amida acrílica 50%; Propenamida 50% 79-06-1

0016 Acrilonitrila Cianeto de etileno; Cianeto de vinila; " Fumigrain "; Propenonitrila 107-13-1

0017 Acroleína 2-Propenal; Acraldeído; Acrilaldeído; Aldeído acrílico 107-02-8

0018 Alaclor 2-cloro- 2,6-dietil-N-(Metoximetil)acetanilida 15972-60-8

0019 Aldrin 1,4:5,8-Dimetanonaftaleno, 1,2,3,4,10,10-hexacloro-1,4,4a,5,8,8a-hexahidro-, endo,exo- 309-00-2

0020 Amianto (ver também crocidolita) asbesto 1332-21-4

0021 Amileno trimetiletileno 513-35-9

0022 Amônia anidra Amônia; Amônia anidra, liquefeita; Amoniaco 7664-41-7

0023 Anidrido ftálico 1,3-Dioxoftalano; Ácido anidrido 1,2-

benzenodicarboxílico; Ácido anidridoftálico; Ftalanodiona; Ácido benzeno-1,2-dicarboxílico

85-44-9

0024 Anidrido maléico 2,5-Furanodiona; Anidrido toxílico; cis-Anidrido butenóico 108-31-6

0025 Anidrido trimelítico 552-30-7

0026 Anilina Aminobenzeno; Fenilamina; Óleo de anilina 62-53-3

0027 Antimônio e compostos Stibium 7440-36-0

0028 Arsênio e compostos Arsênico 7440-38-2

0029 Atrazina 2-Cloro-4-etilamino-6-isopropilamina-S-triazina; Herbicida Aatrex 1912-24-9

0030 Benomil Agrocit; Benlate 17804-35-2

0031 Benzeno Benzol, ciclohexatrieno 71-43-2

0032 Benzidina 92-87-5

0033 Berílio e compostos Glucínio 7440-41-7

0034 Bifenila Bifenil, Difenila, Difenil 92-52-4

0035 Bifenila Polibromada (PBB) PBB 67774-32-7

0036 Bifenilas policloradas (PCBs) Aroclor; Ceras halogenadas; Policloropolifenilas 1336-36-3

0037 Binapacril Dinoseb metacrilato; Dinoseb, 3,3-dimetilacril 485-31-4

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Ordem Substância Sinonímia Número CAS

éster

0038 Boro e compostos Boro 7440-42-8

0039 Brometo de metila Bromometano; M - B - C - Fumegante; Mono-bromometano 74-83-9

0040 Bromo 7726-95-6

0041 Bromoclorometano Brometo de clorometila 74-97-5

0042 Bromodifeniléteres (PBDE) 60371-14-4

0043 1,3-Butadieno Bietileno; Butadieno, inibido; Divinil; Viniletile-no 106-99-0

0044 Butil álcool (sec-) 2-Hidroxibutano; Álcool sec-butílico; Metiletil-carbinol 78-92-2

0045 Butil álcool (tert-) 2-Metil-2-propanol; Álcool terc-butílico; t-Butanol; Trimetilcarbinol 75-65-0

0046 Butileno (todos os isômeros) 1-Buteno; Etiletileno; n-Buteno; n-Butileno 25167-67-3

0047 Cádmio e compostos Cádmio 7440-43-9

0048 Captafol Difolatan; Difosan 2425-06-1

0049 Carbofurano Furadan; Kenofuran 1563-66-2

0050 Carbono orgânico total (COT)

0051 Chumbo e compostos Plumbum 7439-92-1

0052 Chumbo tetraetila 78-00-2

0053 Chumbo tetrametila 75-74-1

0054 Cianetos Cianetos 57-12-5

0055 Ciclo-hexano Hexahidrobenzeno; Hexametileno; Hexanafteno 110-82-7

0056 Cipermetrina 52315-07-8

0057 Clordano 1,2,4,5,6,7,8,8-Octacloro-2,3,3a,4,7,7a-

hexahidro -4,7-metanoindeno; Octa-klor; Toxi-clor

57-74-9

0058 Clordecon 143-50-0

0059 Clordimeforme Clorfenamidina 6164-98-3

0060 Cloreto de etila Cloroetano; Éter hidroclórico; Éter muriático; Monocloroetano 75-00-3

0061 Cloreto de metila Clorometano; Gás refrigerante R 40 74-87-3

0062 Cloreto de vinila Cloroeteno; Cloroetileno; Monômero Vinil C 75-01-4

0063 Clorfenvinfos Apaclor 470-90-6

0064 Cloro e compostos inorgânicos (exceto HCl) 7782-50-5

0065 Clorobenzeno Monoclorobenzeno; Cloreto de benzeno; Cloreto de fenila; MCB 108-90-7

0066 Clorobenzilato 510-15-6

0067 Clorofenóis (di, tri, tetra) 25167-81-1

(di);25167-82-2 (tri);58-90-2 (tetra)

0068 Clorofórmio Triclorometano 67-66-3

0069 3-Cloropropionitrila 1-Cloro-2-cianoetane; 3-Cloropropanonitrila 542-76-7

0070 Clorpirifós Cloropirifós 2921-88-2

0071 Cobalto e compostos 7440-48-4

0072 Cobre e compostos 7440-50-8

0073 Compostos orgânicos halogenados absorví-veis (expressos em AOX - adsorbable orga-

nic halogen)

0074 Compostos orgânicos voláteis não-metânicos (COVNM)

0075 Cresol Ácido cresílico; Hidroxitolueno; Oxitolueno; Ácido de alcatrão; Metilfenol 1319-77-3

0076 Crocidolita (ver também amianto) Amianto azul; Asbesto amorfo 12001-28-4

0077 Cromo e compostos Crômio 7440-47-3

0078 Cumeno 2-Fenil-propano; Isopropilbenzeno 98-82-8

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Ordem Substância Sinonímia Número CAS

0079 DDT 1,1,1-Tricloro-2,2-bis(p-clorofenil)etano; Diclo-rodifenil tricloroetano; pp' DDT 50-29-3

0080 Di(2-Etilhexil) ftalato Ácidoftálico di (2-etilhexil)éster; Dioctilftalato; DEHP 117-81-7

0081 Dibrometo de etileno 1,2-Dibromoetano; Dibromoetileno; Etilenodi-brometo; Glicol dibrometo 106-93-4

0082 Dibutilftalato Ácidoftálico dibutil éster; Butilftalato; DBP 84-74-2

0083 Diclorobenzeno (mistura de isômeros orto e para) 106-46-7 (para);

95-50-1 (orto)

0084 Dicloroetano DCE 107-06-2

0085 Diclorometano Cloreto de metileno; Dicloreto de metileno; DCM 75-45-6

0086 Dieldrin HEOD 60-57-1

0087 Dietanolamina D E A; 2,2 dihidroxidietilamina; 2,2 iminodieta-nol; di (2 - hidroxietil) amina 111-42-2

0088 Difenilamina Anilinobenzeno; n-Fenilanilina 122-39-4

0089 Diisocianato de tolueno Naconato 100; TDI; Tolueno 2,4-diisocianato 26471-62-5

0090 Dimetilamina DMA 124-40-3

0091 Dimetilformamida DMF 68-12-2

0092 Dinitro-orto-cresol e sais DNOC 534-52-1

0093 Dinitrotolueno (mistura de isômeros) DNT 25321-14-6

0094 Dinoseb 88-85-7

0095 Dioxano 1,4-Dioxano; Di(óxido de etileno); p-Dioxano 123-91-1

0096 Dióxido de carbono Anidrido carbônico; Gás carbônico ácido; CO2 124-38-9

0097 Dioxinas e Furanos* PCDD; PCDF

0098 Dissulfeto de carbono Bissulfeto de carbono; Sulfureto de carbono 75-15-0

0099 Diuron Anduron; Ansaron; DMCU 330-54-1

0100 Endossulfan Thiodan 115-29-7

0101 Endrin Hexadrin 72-20-8

0102 Epicloridrina 1-Cloro- 2,3-epóxipropano; Cloridrina; Cloro metiloxirano; Epicloridrina crua; gama-Cloro

óxido-propileno 106-89-8

0103 Estanho e compostos 7440-31-5

0104 Estireno Estirol; Feniletileno; Vinilbenzeno 100-42-5

0105 Etanol Álcool; Álcool de cereais; Álcool etílico 64-17-5

0106 Éter monoetílico de etilenoglicol Celossolve; Etileno-glicol-monoetil éter; Etilgli-col; Glicol monoetil éter 110-80-5

0107 Éter monometílico de dietilenoglicol Dowanol DM; Metil carbinol 111-77-3

0108 Éter monometílico de etilenoglicol 2-Metoxietanol; Dowanol EM; Glicol monometil éter; Metil celossolve 109-86-4

0109 Etilbenzeno Etilbenzol; Feniletano 100-41-4

0110 Etilbutilcetona 106-35-4

0111 Etileno Eteno; Etileno líquido refrigerado; Gás oleifican-te; Hidrogênio bicarburetado 74-85-1

0112 Etilenoglicol 1,2-Dihidrixietano; 1,2-Etanodiol; Etileno dihi-dratado; Monoetilenoglicol 107-21-1

0113 Etilenotiouréia 2-Imidazolina-2-tiol; 2-Mercapto-2-imidazolina 96-45-7

0114 Fenóis (como C total) Oxibenzeno; Ácido Fênico; Álcool fenílico 108-95-2

0115 Flúor e compostos inorgânicos (como HF) 7782-41-4

0116 Fluoretos

0117 Fluoroacetamida Amida do ácido fluoracético 640-19-7

0118 Formaldeído Aldeído fórmico; Formalina; Metanal; Oximeti-leno 50-00-0

0119 Fosfamidon Famfos 13171-21-6

0120 Fósforo total 7723-14-0

0121 Heptacloro Heptachlor; Velsicol 76-44-8

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Ordem Substância Sinonímia Número CAS

0122 Hexaclorobenzeno (HCB) HCB 118-74-1

0123 Hexaclorobutadieno (HCBD) 87-68-3

0124 1,2,3,4,5,6-Hexaclorociclohexano (mistura de isômeros) [ver lindano]

HCH (chamado erroneamente de BHC, embora seja designação consagrada no Brasil) 608-73-1

0125 Hexafluoreto de enxofre 2551-62-4

0126 Hexano n-hexano 110-54-3

0127 1-Hexeno Butiletileno; Hexileno 592-41-6

0128 Hidrazina Diamina; Hidrazina anidra 302-01-2

0129 Hidrobromofluorocarbonetos (HBFCs)*

0130 Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs)* 130498-29-2

0131 Clorofluorocarbonetos (CFCs)*

0132 Hidroquinona 1,4-Benzenodiol; Ácido pirogentísico; Hidroqui-nol; p-Dihidroxibenzeno 123-31-9

0133 Isopreno beta-Metildivinil 78-79-5

0134 Isoproturon 34123-59-6

0135 Lindano [ver 1,2,3,4,5,6-hexaclorociclohexano] hexaclorociclohexano isômero gama 58-89-9

0136 Manganês e compostos 7439-96-5

0137 Mercúrio e compostos Azougue; Quicksilver, mercúrio metálico 7439-97-6

0138 Metacrilato de metila 2-Metil-2-propenoato de metila; Ácido metacrí-

lico, metil éster; Alfa-metacrilato de metila; Monômero metacrilato

80-62-6

0139 Metamidofós Acefate-met; Amidor 10265-92-6

0140 Metano Gás natural; Gás de pântano 74-82-8

0141 Metanol Álcool colonial; Álcool columbia; Álcool de madeira; Álcool metílico 67-56-1

0142 Metiletilcetona 2-Butanona; Etilmetilcetona; MEK 78-93-3

0143 Metilisobutilcetona 4-Metil-2-pentanona; Hexona; Isobutilmetilceto-na; Isopropilacetona; MIBK 108-10-1

0144 Metil-tert-butiléter MTBE 1634-04-4

0145 Mirex Percloropentaciclodecano 2385-85-5

0146 Monocrotofós Azodrin; Corofós; Croton 6923-22-4

0147 Monóxido de carbono Monóxido 630-08-0

0148 Níquel e compostos 7440-02-0

0149 Nitroanilina (isômero para) 1-Amino-4-nitrobenzeno; 4-Nitroanilina 100-01-6

0150 Nitrobenzeno Nitrobenzol 98-95-3

0151 Nitrogênio total

0152 Nitroglicerina Trinitrato de glicerina; Trinitrato de glicerol 55-63-0

0153 Nonilfenóis e nonilfenóis etoxilados (NF/NFE) Nonilfenol 25154-52-3

0154 Octilfenóis etoxilados p-Octilfenol; 4-octilfenolato 1806-26-4

0155 Óxido de etileno Oxirano; Óxido de eteno; Óxido de etileno com nitrogênio 75-21-8

0156 Óxido de magnésio 1309-48-4

0157 Óxido de propileno 1,2-Epoxipropano; Metil oxirano; Óxido de propeno 75-56-9

0158 Óxido nitroso Gás hilariante; Monóxido de dinitrogênio 10024-97-2

0159 Óxidos de enxofre (SOx) 13827-32-2/ 7446-09-5

0160 Óxidos de nitrogênio (NOx) Dióxido e monóxido de nitrogênio 11104-93-1

0161 Parafinas cloradas de cadeia curta, C10-C13 Cloroalcanos 85535-84-8

0162 Paration Ácido fosforotióico; Etil paration; Paration etílico 56-38-2

0163 Paration metílico Metil paration 298-00-0

0164 Partículas (PM10)

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Ordem Substância Sinonímia Número CAS

0165 Pentaclorobenzeno 608-93-5

0166 Pentaclorofenol Dowicide 7; Penta; Santophen 20; PCP 87-86-5

0167 Perfluorcabonos* PFC

0168 Permetrina 52645-53-1

0169 Piridina Azobenzeno 110-86-1

0170 Propileno Metiletileno; Propeno 115-07-1

0171 Selênio e seus compostos 7782-49-2

0172 Simazina Gesaran; Gesatop 122-34-9

0173 Sulfeto de hidrogênio Ácido sulfídrico; Hidrogênio sulforoso 7783-06-4

0174 2,4,5-T e sais ácido triclorofenoxiacético 93-76-5

0175 Terfenilas policloradas (PCT) Policloradaterfenila 61788-33-8

0176 Tetracloreto de carbono Benzinaform; Necatorina; Perclorometano; Tetraclorometano; TCM 56-23-5

0177 1,1,2,2-Tetracloroetano Tetracloroetano; Tetracloreto de acetileno 79-34-5

0178 Tetracloroetileno (PER) Percleno; Percloroetileno; Perk; Tetracloroeteno; PER 127-18-4

0179 Thiram Arasan; Atiram; Tiotox 137-26-8

0180 Tiouréia 62-56-6

0181 Tolueno Metilbenzeno; Metilbenzol; Toluol 108-88-3

0182 Toxafeno Octaclorocanfeno 8001-35-2

0183 Tributilestanho e compostos Hidreto de tri-n-butilestanho 688-73-3

0184 Triclorobenzeno TCB 12002-48-1

0185 1,1,2-Tricloroetano Tricloreto de vinila 79-00-5

0186 1,1,1-Tricloroetano Cloroteno; Metilclorofórmio 71-55-6

0187 Tricloroetileno Tricleno; Tricloroeteno; TEC 79-01-6

0188 Trifenilestanho e compostos Hidreto de trifenilestanho 892-20-6

0189 Trifluralina Treflan 1582-09-8

0190 Tris (2,3-dibromopropil) fosfato TRIS; TDBPP 126-72-7

0191 Vanádio e compostos 7440-62-2

0192 Xileno Metiltolueno; xilol 1330-20-7

0193 2,4-Xilenol 2,4-Dimetilfenol 105-67-9

0194 Zinco e compostos 7440-66-6

* Grupos químicos especificados nos Quadros 3 a 6.

Quadro 3 - Lista dos perfluorcarbonos (PFCs) Perfluorcarbonos (PFC) Número CAS

2-Cloro-1,1,1-trifluoroetano 75-88-7 1,1,1,2-Tetrafluoretano 811-97-2 1,1,1-Trifluoretano 420-46-2 1,1,2-Tricloro-1,2,2-trifluoretano 76-13-1 1,1-Difluoretano 75-37-6 Difluormetano 75-10-5 Fluoreto de etila 353-36-6 Fluoreto de metila Hexafluoretano 76-16-4 Pentafluoretano 354-33-6 Trifluormetano 75-46-7

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Quadro 4 – Clorofluorcarbonos, hidroclorofluorcarbonos, bromoclorofluormetano, bromofluorocarbonos, tetracloreto de carbono, 1,1,1-tricloroetano, hidrobromofluorcar-bonos, hidrobromoclorometano, brometo de metila.

Substâncias do protocolo de Montreal Número CAS Anexo do protocolo de Montreal

Triclorofluorometano (CFC-11) 75-69-4 Anexo A / I Diclorodifluorometano (CFC-12) 75-71-8 Anexo A / I Triclorotrifluoroetano (CFC-113) 76-13-1 Anexo A / I 1,2-Diclorotetrafluoroetano (CFC-114) 76-14-2 Anexo A / I Monocloropentafluoroetano (CFC-115) 76-15-3 Anexo A / I Bromoclorodifluorometano (halon-1211) 353-59-3 Anexo A / II Bromotrifluorometano (halon-1301) 75-63-8 Anexo A / II 1,2-Dibromotetrafluoroetano (halon-2402) 124-73-2 Anexo A / II Clorotrifluorometano (CFC-13) 75-72-9 Anexo B/I Pentaclorofluoroetano (CFC-111) 354-56-3 Anexo B/I 1,2-Difluorotetracloroetano (CFC-112) 76-12-0 Anexo B/I Heptaclorofluoropropano(CFC-211) 422-78-6 Anexo B/I Hexaclorodifluoropropano (CFC-212) 3182-26-1 Anexo B/I Pentaclorotrifluoropropano(CFC-213) 2354-06-5 Anexo B/I Tetraclorotetrafluoropropano (CFC-214) 29255-31-0 Anexo B/I 1,2,2-Tricloropentafluoropropano (CFC-215) 1599-41-3 Anexo B/I 1,2-Dicloro-1,1,2,3,3,3-hexafluoropropano (CFC-216) 661-97-2 Anexo B/I Heptafluoropropil chloride (CFC-217) 422-86-6 Anexo B/I Carbon tetrachloride 56-23-5 Anexo B/II 1,1,1-tricloroetano (metil cloroform) 71-55-6 Anexo B/III Dicloromonofluorometano (HCFC-21) 75-43-4 Anexo C/I Clorodifluorometano (HCFC-22) 75-45-6 Anexo C/I clorofluorometano (HCFC-31) 593-70-4 Anexo C/I 1,1,2,2-Tetracloro-1-fluoroetano (HCFC-121) - 2 isômeros 354-14-3 Anexo C/I 1,1-Difluoro-1,2,2-tricloroetano (HCFC-122) - 3 isômeros 354-21-2 Anexo C/I 2,2-dicloro-1,1,1-trifluoroetano (HCFC-123) - 3 isômeros 306-83-2 Anexo C/I 2-cloro-1,1,1,2-tetrafluoroetano (HCFC-124) - 2 isômeros 2837-89-0 Anexo C/I HCFC-131 - 3 isômeros 134237-34-6 Anexo C/I Diclorodifluoroetano (HCFC-132) - 4 isômeros 25915-78-0 Anexo C/I HCFC-133 Anexo C/I HCFC -141 - 3 isômeros Anexo C/I 1,1-dicloro-1-fluoroetano (HCFC-141b) 1717-00-6 Anexo C/I HCFC-142 - 3 isômeros Anexo C/I 1-cloro-1,1-difluoroetano (HCFC-142b) 75-68-3 Anexo C/I HCFC-151 - 2 isômeros Anexo C/I HCFC-221 - 5 isômeros 134237-35-7 Anexo C/I HCFC-222 - 9 isômeros 134237-36-8 Anexo C/I HCFC-223 - 12 isômeros 134237-37-9 Anexo C/I HCFC-224 - 12 isômeros 134237-38-0 Anexo C/I HCFC-225 - 9 isômeros Anexo C/I 3,3-Dicloro-1,1,1,2,2-pentafluoropropano (HCFC-225ca) 422-56-0 Anexo C/I 1,3-Dicloro-1,1,2,2,3-pentafluoropropano (HCFC-225cb) 507-55-1 Anexo C/I HCFC-226 - 5 isômeros 134308-72-8 Anexo C/I HCFC-231 - 9 isômeros 134190-48-0 Anexo C/I HCFC-232 - 16 isômeros 134237-39-1 Anexo C/I HCFC-233 - 18 isômeros 134237-40-4 Anexo C/I HCFC-234 -16 isômeros 127564-83-4 Anexo C/I HCFC-235 - 9 isômeros 134237-41-5 Anexo C/I HCFC-241 - 12 isômeros 134190-49-1 Anexo C/I HCFC-242 - 18 isômeros 134237-42-6 Anexo C/I HCFC-243 - 18 isômeros 134237-43-7 Anexo C/I HCFC-244 - 12 isômeros 134190-50-4 Anexo C/I 1,1,3-Tricloro-1-fluoropropano (HCFC-251) - 12 isômeros 818-99-5 Anexo C/I HCFC-252 - 16 isômeros 134190-52-6 Anexo C/I HCFC-253 - 12 isômeros 134237-44-8 Anexo C/I 1,1-Dicloro-1-fluoropropano (HCFC-261) - 9 isômeros 7799-56-6 Anexo C/I HCFC-262 - 9 isômeros 134190-53-7 Anexo C/I

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Quadro 4 – cont. Substâncias do protocolo de Montreal Número CAS Anexo do protocolo de

Montreal 2-cloro-2-fluoropropano (HCFC-271) - 5 isômeros 420-44-0 Anexo C/I Dibromofluormetano (1 isomer) Anexo C/II Dibromofluorometano (HBFC-22B1) (1 isomer) 1868-53-7 Anexo C/II Bromofluorometano (1 isomer) 373-52-4 Anexo C/II Tetrabromofluoretano (2 isômeros) Anexo C/II Tribromodifluoretano (3 isômeros) Anexo C/II 1,2-Dibromo-1,1,2-trifluoroetano (3 isômeros) 354-04-1 Anexo C/II 1,1,1,2-Tetrafluoro-2-bromoetano (2 isômeros) 124-72-1 Anexo C/II Tribromofluoretano (3 isômeros) Anexo C/II 1,2-Dibromo-1,1-difluoroetano (4 isômeros) 75-82-1 Anexo C/II 1,1,1-Trifluoro-2-bromoetano (3 isômeros) 421-06-7 Anexo C/II 1,2-Dibromo-1-fluoroetano (3 isômeros) 358-97-4 Anexo C/II 1-Bromo-1,1-difluoroetano (3 isômeros) 420-47-3 Anexo C/II 1-Bromo-2-fluoroetano (2 isômeros) 762-49-2 Anexo C/II Hexabromofluorpropano (5 isômeros) Anexo C/II Pentabromodifluorpropano (9 isômeros) Anexo C/II Tetrabromotrifluorpropano (12 isômeros) Anexo C/II Tribromotetrafluorpropano (12 isômeros) Anexo C/II Dibromopentafluorpropano (9 isômeros) Anexo C/II 1-Bromo-1,1,2,3,3,3-hexafluoropropano (5 isômeros) 2252-78-0 Anexo C/II Pentabromofluorpropano (9 isômeros) Anexo C/II Tetrabromodifluorpropano (16 isômeros) Anexo C/II 1,2,2-Tribromo-3,3,3-trifluoropropano (18 isômeros) Anexo C/II 1,3-Dibromo-1,1,3,3-tetrafluoropropano (16 isômeros) Anexo C/II Bromopentafluorpropano (8 isômeros) Anexo C/II Tetrabromofluropropano (12 isômeros) Anexo C/II 1,2,3-Tribromo-3,3-difluoropropano (18 isômeros) Anexo C/II 2,3-Dibromo-1,1,1-trifluoropropano (18 isômeros) 431-21-0 Anexo C/II Bromotetrafluorpropano Anexo C/II Tribromofluorpropano (12 isômeros) Anexo C/II 1,3-Dibromo-1,1-difluoropropano (16 isômeros) 460-25-3 Anexo C/II 3-Bromo-1,1,1-trifluoro-2-propanol (12 isômeros) 88378-50-1 Anexo C/II Dibromofluorpropano (9 isômeros) Anexo C/II Bromodifluorpropano (9 isômeros) Anexo C/II 1-Bromo-3-fluoropropano (5 isômeros) 352-91-0 Anexo C/II Bromoclorometano 74-97-5 Anexo C/III metil bromide 74-83-9 Anexo E/I

Quadro 5 – Lista dos Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP)

Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP) Número CAS Acenafteno 83-32-9 Acenaftileno 208-96-8 Antraceno 120-12-7 Benzo(a)antraceno 56-55-3 Benzo(a)pireno 50-32-8 Benzo(b)fluoranteno 205-99-2 Benzo(e)pireno 192-97-2 Benzo(g,h,i)perileno 191-24-2 Benzo(j)fluoranteno 205-82-3 Benzo(k)fluoranteno 207-08-9 Coroneno 191-07-1 Criseno 218-01-9 Dibenzo(a,e)fluoranteno 5385-75-1 Dibenzo(a,e)pireno 192-65-4 Dibenzo(a,h)acridina 226-36-8 Dibenzo(a,h)antraceno 53-70-3 Dibenzo(a,h)pireno 189-64-0

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Quadro 5 - cont Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP) Número CAS Dibenzo(a,i)pireno 189-55-9 Dibenzo(a,j)acridina 224-42-0 Dibenzo(a,l)pireno 191-30-0 7H-Dibenzo(c,g)carbazole 194-59-2 Dibenzotiofeno 132-65-0 9,10-Dimetilantraceno 781-43-1 7,12-Dimetilbenzo(a)antraceno 57-97-6 Fenantreno 85-01-8 Fluoranteno 206-44-0 Fluoreno 86-73-7 Indeno(1,2,3-c,d)pireno 193-39-5 3-Metilcolantreno 56-49-5 5-Metilcriseno 3697-24-3 1-Metilfenantreno 832-69-9 2-Metilfenantreno 2531-84-2 1-Metilnaftaleno 90-12-0 2-Metilnalftaleno 91-57-6 Naftaleno 91-20-3 1-Nitropireno 5522-43-0 Perileno 198-55-0 Pireno 129-00-0

Quadro 6 – Lista das Dioxinas e furanos Dioxinas e Furanos Número CAS 2,3,7,8-Tetraclorodibenzo-p-dioxina 1746-01-6 1,2,3,7,8-Pentaclorodibenzo-p-dioxina 40321-76-4 1,2,3,4,7,8-Hexaclorodibenzo-p-dioxina 39227-28-6 1,2,3,7,8,9-Hexaclorodibenzo-p-dioxina 19408-74-3 1,2,3,6,7,8-Hexaclorodibenzo-p-dioxina 57653-85-7 1,2,3,4,6,7,8-Heptaclorodibenzo-p-dioxina 35822-46-9 Octaclorodibenzo-próprio-dioxina 3268-87-9 2,3,7,8-Tetraclorodibenzofurano 51207-31-9 2,3,4,7,8-Pentaclorodibenzofurano 57117-31-4 1,2,3,7,8-Pentaclorodibenzofurano 57117-41-6 1,2,3,4,7,8-Hexaclorodibenzofurano 70648-26-9 1,2,3,7,8,9-Hexaclorodibenzofurano 72918-21-9 1,2,3,6,7,8-Hexaclorodibenzofurano 57117-44-9 2,3,4,6,7,8-Hexaclorodibenzofurano 60851-34-5 1,2,3,4,6,7,8-Heptaclorodibenzofurano 67562-39-4 1,2,3,4,7,8,9-Heptaclorodibenzofurano 55673-89-7 Octaclorodibenzofurano 39001-02-0

O RETP Brasil adota a Lista oficial de substâncias poluentes12 e, assim,

a organização declarante terá que informar quais poluentes, dentre os da

relação oficial, estão presentes nas atividades praticadas.

12 Lista proposta e discutida em reunião, com múltiplas partes interessadas, no dia 19 de novembro de 2008 e posterior contribuição para validação das sugestões de aprimoramento da Lista de poluentes do RETP Brasil.

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Portanto, para cada categoria de atividade e respectivo elemento descriti-

vo, devem ser informados: (i) quais são os poluentes emitidos para cada

compartimento ambiental ou (ii) quais os resíduos que são transferidos,

para onde vão e com que finalidade.

Destinação para compartimentos ambientais

As emissões podem ser direcionadas aos três tipos de compartimentos –

ar, água e solo –, mas, na maioria, as metodologias são específicas para

um compartimento em particular, como nos casos apresentados a seguir:

• Ar: são exemplos de poluentes que comprometem o ar aqueles oriun-dos de processos que envolvem geração de energia ou aquecimento por queima de material combustível, transportes, destinação de resí-duos, agricultura, manufatura de químicos e defensores agrícolas. Na maioria dos casos, os poluentes são quantificados através de métodos de estimativa de emissão que apresentam uma alta qualidade de in-formação. Portanto, os resultados podem ser extrapolados e adapta-dos, com expressiva margem de segurança, para as outras atividades que envolvam diferentes tipos de queima, tais como metalurgia, fa-bricação de papel, indústria química e farmacêutica, manufatura de equipamentos eletrônicos e indústria têxtil;

• Água: as emissões para o compartimento água podem ter origem de diversas fontes pontuais, como efluentes industriais ou estações de tratamento de efluentes. A água é usada para uma variedade de pro-cessos industriais de produção e, em muitos casos, é um dos materi-ais ou insumos de elevado custo. Consequentemente, seu uso é con-trolado e bem regulado dentro dos processos que a empregam. Al-guns dos usos para este elemento são: (a) atuação como solvente ou condutor iônico; (b) reagente; (c) limpeza de superfícies; (d) forma-ção de barreira líquida, evitando ou reduzindo a emissão para o ar de uma substância; (e) produção de vapor ou geração de energia para aquecimento; (f) resfriamento de superfícies ou peças manufaturadas. Assim, as águas residuais podem absorver e/ou carregar diferentes ti-pos de poluentes. Nestes casos, a medição direta é uma maneira efi-caz de coletar os dados necessários. O monitoramento indireto base-ado no volume proporcional aferido pode também ser um método uti-lizado;

• Solo: os diferentes tipos de resíduos industriais, que contenham polu-entes em sua composição, podem ser dispostos no solo como material sólido ou em partição líquida (composto aquoso ou em base orgâni-ca), assumindo diversos estados como lama, pó, sedimentos, entre

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outros. Os RETPs procuram identificar, nestes resíduos, traços de al-gumas classes de poluentes específicos, a exemplo dos metais níquel e cádmio, os vestígios de dioxinas, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs), os solventes como benzeno ou tolueno. Geral-mente, os tipos de poluentes e suas quantidades podem ser determi-nados por meio de monitoramento direto e permanente sistema de contabilidade dos dados.

Tipologia de emissões

Emissão é, por definição, o ato ou o efeito antrópico de liberar substân-

cias químicas poluentes na forma de resíduos ou não produtos, oriundos

de um processo produtivo ou do consumo de determinado produ-

to/matéria-prima, e que são descarregados nos compartimentos ambien-

tais representados pelo ar, água e/ou solo.

Para o RETP Brasil, há dois principais tipos de emissões definidos de a-

cordo com as fontes a partir das quais os poluentes são gerados e libera-

dos para os compartimentos ar, água e solo.

• Emissões fixas, localizadas ou pontuais – que ocorrem durante de-terminado processo ou prática produtiva na instalação, industrial ou comercial, facilmente identificados.

• Emissões difusas, não localizadas ou fugazes – cujos impactos ou e-feitos – embora possam ser significativos – não podem ser atribuídos, com precisão, a cada fonte, individualmente, uma vez que poderão corresponder a inúmeras fontes pequenas ou espalhadas. As diversas fontes de emissões fugitivas espalhadas em instalação de grande por-te não são consideradas difusas, uma vez que têm a origem identifi-cada.

As emissões de poluentes para os compartimentos ambientais podem es-

tar sob diferentes situações.

• Emissões rotineiras: quando as emissões são previstas podendo ser computadas e aferidas de forma metódica e periódica.

• Emissões intencionais: são aquelas emissões sem a previsão de rotina periódica, mas sabendo-se da intenção de que serão liberadas pelos processos e atividades envolvidos.

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• Acidentais: todas aquelas emissões não intencionais que resultam de situações não controladas durante a execução de um processo ou ati-vidade.

• Não programadas: constituem classe particular de emissões, proveni-entes da execução de processos e atividades com caráter extraordiná-rio, podendo conduzir ao aumento de emissões de determinado polu-ente.

É importante salientar que para fins do RETP Brasil as emissões rotinei-

ras e intencionais são agrupadas, tendo-se o grupo das emissões strictu

senso. As emissões não programadas são reunidas às acidentais, para fins

de declaração.

Medições

A metodologia empregada para estabelecer os critérios e condições para

medição de emissões e transferência de poluentes para o RETP Brasil ba-

seou-se na identificação da experiência acumulada em diversos RETPs

nacionais e na literatura especializada nas técnicas para medição analítica

dos poluentes selecionados, conforme a possibilidade de sua ocorrência

em cada um dos compartimentos ambientais (ar, água e solo).

Para calcular as quantidades de poluentes é obrigatório o uso de metodo-

logias oficiais, reconhecidas para o RETP Brasil13. Mas a organização

declarante poderá usar metodologia distinta das aceitas para o RETP,

desde que seja devidamente justificada, científica e tecnicamente realiza-

da de acordo com os princípios da Melhor Técnica Disponível14 (BAT

Best Available Technique).

As metodologias oficialmente aceitas são divulgadas, para livre acesso,

no Portal RETP Brasil, para que a organização declarante tenha conhe-

cimento prévio do que será necessário para quantificar as emissões e

transferências.

A metodologia empregada para estabelecer quais os critérios e as condi-

ções para medição das emissões e transferências dos poluentes baseia-se

13 Ver Tabela de Metodologias Sugeridas em material complementar de acesso online. 14 Melhor Técnica Disponível. Disponível em: http://www.epa.ie/whatwedo/advice/bat/

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na possibilidade de sua ocorrência em cada um dos compartimentos am-

bientais (ar, água e solo) e os tipos de processos envolvidos, sendo basi-

camente representados pelas seguintes.

A organização declarante – ainda não preparada para efetuar as medições

– poderá obter informações e metodologias através do Portal RETP e de

outras fontes. Para isso, é sugerida ação estruturante de interação entre a

medição e a organização (Fig. 4) e introduzidos os comentários pertinen-

tes.

Figura 4 – Procedimentos para medição de emissões

• Medição – ocorre quando os dados sobre as emissões de um estabe-lecimento são extraídos dos resultados do acompanhamento direto dos processos produtivos específicos, com base em medições efeti-vas, contínuas ou periódicas.

• Cálculo – as emissões são baseadas em cálculos que usam dados rela-tivos à atividade (como volume de combustível utilizado, taxa de produção), fatores de emissão ou balanço de massa.

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• Estimativas – os dados sobre as emissões baseiam-se em estimativas não normalizadas (ausência de metodologias reconhecidas), por meio de conjecturas ou hipóteses formuladas por peritos técnicos.

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O primeiro passo para selecionar a técnica de medição apropriada consis-

te em determinar a classe do poluente. As possibilidades podem ser desde

um químico específico (por exemplo, o tolueno); ou categorias de polu-

entes (como os gases do efeito estufa ou os metais pesados); ou ainda

grupos particularizados pela estrutura química (por exemplo, os hidro-

carbonetos aromáticos policíclicos - HAPs), entre outros.

Algumas técnicas de estimativa de emissões são específicas, enquanto

que outras produzem a estimativa total das emissões por classe ou grupo.

Em casos de extrema dificuldade ou efetiva impossibilidade da identifi-

cação individual do poluente, a estimativa é feita para a classe, sendo o

valor da emissão expresso pelo resultado de todas as quantidades dos di-

ferentes poluentes.

Geralmente, encontra-se número maior de métodos de estimativas de e-

missões quando se procura quantificar os grupos ou classes, em compa-

ração com a variedade de técnicas específicas para um poluente isolado.

O segundo passo consiste em reconhecer qual o processo produtivo e su-

as variáveis. Com isto é possível determinar qual a viabilidade de se apli-

car uma das diferentes técnicas – Medição, Cálculo ou Estimativa – para

declarar os poluentes em foco.

Limiar ou linha de corte

Anualmente, poderá ser estabelecido o limiar15 para processamento dos

dados declarados. Dessa maneira, serão detectadas as quantidades emiti-

das e/ou transferidas, no respectivo ano, referente a determinado poluente

da Lista do RETP Brasil, conforme previamente apresentado no tópico

4.3. Avaliação anual

O limiar poderá ser estabelecido pelo Grupo Nacional do RETP e, se assim for,

ficará explicitado no formulário do CTF/IBAMA, no Portal RETP e em outras

fontes e documentos, caso seja pertinente.

15 Ver Tabela de Limiares Sugeridos em material complementar de acesso online.

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A determinação do limiar ou linha de corte, para o RETP Brasil, demanda aná-

lises e avaliações para a escolha da melhor opção. Será importante dispor de in-

formações corretas e confiáveis das quantidades emitidas e das respectivas fon-

tes (atividades) e compartimentos. Sabendo-se, também, quais foram as organi-

zações declarantes que ficaram abaixo do limiar ou linha de corte, será possível

estabelecer ajustes nos limiares a fim de aprimorar o inventário pretendido para

o RETP Brasil.

É possível a eleição de outros critérios, que não as quantidades de emissão e

transferência, para se estabelecer um limiar ou linha de corte para a declaração

das quantidades, como, por exemplo, número de funcionários, produção e con-

sumo de energia. Contudo, a totalização poderá ser imprecisa, pois o inventário

não diferenciará, necessariamente, a empresa muito poluidora da menos polui-

dora.

Critérios adotados em diferentes países incluem: volume de produção e rela-

ções com tipo de atividade e impacto, propriedades químicas ou toxicológicas.

4.3.1. Relatório de transferência

Variáveis – (1) Categoria de atividade e classificação do resíduo. (2)

Destinação do resíduo, finalidade da transferência, identificação do polu-

ente transferido, quantidade, linha de corte, método de medição e condi-

ção de sigilo.

A transferência consiste no transporte de poluentes para fora do períme-

tro de um estabelecimento, sítio, ou planta industrial, realizada por dife-

rentes meios e que tem por finalidade promover algum tipo de tratamento

final. Assim, para o RETP Brasil, transferência é a movimentação do po-

luente RETP para fins de armazenamento, tratamento, reutilização, reci-

clagem, recuperação ou destinação final.

Atividade e classificação dos resíduos

A atividade produtiva, da qual o resíduo se origina, tem o mesmo enten-

dimento e sentido quando se trata de emissões.

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Conforme convencionado pela norma ABNT NBR 10.004 existem dife-

rentes tipos de resíduos, voltados para a forma sólida, principal forma pe-

la qual os poluentes podem ser transferidos.

• Perigosos: característica apresentada por um resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas pode apresentar algum risco à saúde pública ou riscos ao meio ambiente;

• Não perigosos: aqueles resíduos que não forem perigosos, mas que apresentarem biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água, conforme avaliação das suas propriedades, são considera-dos não-perigosos;

• Inertes: qualquer resíduo que quando amostrado e submetido a um contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada não tiver nenhum dos seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade.

Destinação, medições, limiares e sigilo

Os poluentes transferidos serão destinados para fora do sítio, planta in-

dustrial, empreendimento ou facility com uma finalidade determinada.

Assim sendo, deverão passar por algum dos seguintes exemplos de pro-

cessos finais16.

• Armazenamento em diferentes recipientes como tambor, granel, ca-çamba, tanque, bombona ou lagoa.

• Tratamento sob diferentes formas para se processar os poluentes, de forma definitiva, envolvendo, entre outros métodos: incineração, neutralização, compostagem e tratamento biológico.

• Reutilização/recuperação/reciclagem realizada em outro estabeleci-mento de um agente receptor do material, consequentemente fora da planta industrial, sítio, empreendimento ou facility, já que a transfe-rência consiste na saída de material da localização geográfica onde o processo gerador de resíduo é realizado.

• Disposição final, para locais apropriados, como aterros municipais, aterros industriais, rede de esgoto e outras formas apropriadas.

Os comentários para medição, linha de corte e condição de sigilo para

transferência de poluentes são os mesmos apresentados para emissão de

substância poluente.

16 Consultar Volume 2: Instruções Complementares.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 43 de 72

4.4. Fluxo de dados e informações

De modo geral, as organizações já fornecem dados ao CTF/IBAMA e conhe-

cem os procedimentos. Agora, o RETP introduz novas demandas, as quais de-

verão merecer especial atenção do ponto de vista da gestão adotada pelos de-

clarantes e quanto aos indicadores de qualidade.

É indispensável, portanto, que o Responsável técnico pela declaração saiba

quais são os dados solicitados e de que maneira deverão ser fornecidos, como

parte do fluxo adotado para o RETP (Fig. 5).

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 

Figura 5 – Fluxo de dados e informações para declaração de emissões e transferência de poluentes

2010 

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 44 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

É importante reforçar que a gestão do RETP disponibiliza, para as organizações

e demais grupos de interesse, as instruções, procedimentos, fontes de informa-

ções e outros elementos técnico-gerenciais para que os resultados preconizados

para o RETP sejam alcançados.

A organização declarante deverá elaborar seu próprio sistema de identificação,

coleta, análise, avaliação e documentação de emissão e transferência de poluen-

tes da lista oficial do RETP.

Espera-se que as iniciativas do RETP resultem na implementação de Melhores

Práticas Existentes (Best Available Technique), de controle e garantia de qua-

lidade, validação e autenticação dos dados e informações encontrados.

O controle de qualidade é fundamental para proporcionar uniformidade, confi-

abilidade e autenticidade aos dados e informações declarados. A validação im-

plica no reconhecimento e legitimação dos procedimentos.

Outra recomendação importante refere-se ao fornecimento voluntário de infor-

mações além-da-conformidade legal, uma vez que estas serão utilizadas para

promover ou destacar a organização declarante e estimular ações diferenciadas

e em outros participantes.

A organização declarante deve estar atenta às exigências adotadas para o regis-

tro e manutenção das informações declaradas, pois estão sujeitas à verificação

pelo IBAMA e pela gestão do RETP, no que se refere aos dados e informações

obrigatórios.

Superação de dificuldades

Reconhece-se que as organizações declarantes terão dificuldades para atender

às exigências do RETP, especialmente as relacionadas às metodologias de me-

dição de emissões.

As demais partes interessadas também poderão encontrar dificuldades para e-

xercerem seus papéis, uma vez que, no Brasil, a prática do acesso livre e gratui-

to à informação e da convergência de interesses – nos moldes propostos pelo

RETP – ainda é pouco exercitada.

Os seguintes aspectos são destacados, os quais constituem focos de atenção das

partes interessadas e de iniciativas objetivas que precisam ser implementadas

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 45 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

para correção de rumo ou novos encaminhamentos. A gestão do RETP dedicará

esforços no sentido de eliminar tais dificuldades ou deficiências.

• Dificuldades técnicas envolvendo a identificação, levantamento de dados e geração de informações que serão requeridas para a técnica de mensura-ção escolhida e a justificativa para a escolha feita.

• Previsão de dificuldades e concepção de medidas e de iniciativas para cri-ação de competências, junto às organizações declarantes e demais agentes ou partes interessadas no RETP Brasil, quanto à necessidade de conheci-mentos e habilidades técnicas para correlacionar os limiares estabelecidos para os poluentes às atividades e processos geradores de emissões e trans-ferências.

• Preparação para aplicação de metodologias e fornecimento, online, de da-dos necessários para efetividade das informações desejadas a respeito dos poluentes prioritários do RETP Brasil.

• Atenção para os critérios na escolha de técnicas de mensuração e justifica-tivas, abrangendo variáveis importantes e indispensáveis para a qualidade do RETP Brasil como:

o identificação da emissão efetiva ou potencial do poluente constante da lista de poluentes prioritários do RETP Brasil, levando-se em consideração a tecnologia usada;

o efetividade da técnica de medição em relação à tecnologia de pro-cesso;

o efetividade da técnica quanto à destinação do compartimento (ar, água, solo) para o poluente em questão.

• Capacitação profissional e laboratorial do executor da técnica e que traba-lhe no estabelecimento declarante, levando-se em consideração os limia-res, fatores e outros critérios estabelecidos para a declaração requerida pa-ra o RETP Brasil.

• Indicação de confidencialidade sobre determinados tipos de dados e in-formações referentes às atividades e suas relações com emissões e transfe-rências, devendo ficar bastante claras as condições em que tal situação po-derá ser reivindicada pela organização declarante. A questão do sigilo está abordada em capítulo próprio, neste documento.

Capacitação para manutenção do fluxo de informações

As instruções e as sugestões são de livre acesso no Portal RETP Brasil e forne-

cidos, se solicitados, pela Coordenadoria de Gestão. Uma orientação detalhada,

e para a declaração eletrônica, faz parte do próprio formulário do

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 46 de 72

CTF/IBAMA. De modo geral, os principais passos, na organização declarante,

estão esquematizados (Fig. 6).

Figura 6 – Fluxo para declaração de dados e informação no empreendimento

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

4.5. O Portal RETP do Ministério do Meio Ambiente (MMA)

O Portal RETP armazena e disponibiliza os dados e informações declarados a-

través do CTF/IBAMA e destinados ao RETP, e outros dados sobre os poluen-

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 47 de 72

tes; manuais do sistema, contendo as metodologias de aferição dos poluentes e

demais documentos próprios do RETP Brasil (Fig. 7).

Figura 7 – Fluxo de dados e informações no RETP

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 

O design do Portal RETP Brasil será sempre amigável para assegurar a acessi-

bilidade dos públicos interessados. As informações serão disponibilizadas por

meio de pesquisas individualizadas, aplicando filtros que permitem cruzar vari-

áveis como: empresa ou CNPJ; localidade/cidade/região; poluentes; ano de re-

porte; atividade potencialmente poluidora. Outra forma de divulgação será por

sistemas georreferenciados, possibilitando a visualização dos declarantes e suas

contribuições com emissões de poluentes em meio cartográfico.

2010 

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 48 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Para assegurar a acessibilidade das informações do RETP Brasil, o Portal será

massivamente divulgado, podendo ter link de acesso inserido, entre outros, em

páginas de bibliotecas eletrônicas, órgãos de meio ambiente, prefeituras e lo-

cais em que a população tenha acesso gratuito à internet.

O sistema eletrônico permitirá a integração da base de dados do RETP Brasil a

outros sistemas e programas nas redes de comunicação, como parte do esforço

do MMA para a criação de janela única que atenderá às demandas oficiais e o-

timizará os esforços e custos para a organização declarante e demais usuários.

Acesso e divulgação de informações

A divulgação dos conteúdos registrados no banco de dados do RETP é a forma

mais adequada de assegurar que as informações sejam contínua e imediatamen-

te acessadas.

A internet constitui instrumento fundamental para uso nas diferentes regiões,

localidades e instalações físicas onde for mais conveniente para o interessado.

Consequentemente, o sistema de acesso será útil para que todos possam conhe-

cer o que está ocorrendo em relação às emissões e transferências de poluentes

selecionados e impactos. Por outro lado, também será possível conhecer práti-

cas que obtiveram êxito e as organizações que estão se destacando por melhori-

as continuadas.

Nas regiões e/ou situações em que o uso da internet não for disponível, o aces-

so não-eletrônico aos dados do RETP requererá atenção especial. Neste caso,

as informações do RETP Brasil deverão ser prestadas por meio de documentos

convencionais, mensagens e outras formas de instrumentos de comunicação.

Espera-se, para isso, contar com a cooperação de diferentes partes interessadas,

como empresas, órgãos públicos, bibliotecas, centros de estudos, ONGs, esco-

las, etc.

O acesso ao RETP Brasil deverá ser simples e sem necessidade de se justificar

o motivo da consulta. Além do acesso por via eletrônica, poderão estar dispo-

níveis documentos impressos e outros recursos para atendimento a consultas

sob demanda pelas diferentes partes interessadas.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 49 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

A divulgação permitirá que todas as partes interessadas façam uso dos dados e

informações gerados, para atendimento de suas expectativas e para que possam

cumprir seu papel.

Para isso, são considerados os procedimentos e mecanismos mais diversifica-

dos de divulgação, sem custos operacionais para os interessados, exceto quando

implicar em duplicação de material gráfico e postagem. Os seguintes meios são

considerados:

• meios eletrônicos e não eletrônicos;

• folhetos;

• apresentação em reuniões, congressos e eventos afins;

• atendimento de consultas;

• correspondência, etc.

Com tal finalidade, na divulgação de dados de emissões e transferência de po-

luentes serão considerados os seguintes elementos ou situações17:

• objetivos do RETP Brasil;

• espectro de cobertura – poluentes de declaração obrigatória, organizações declarantes, atividades, metodologias;

• contexto – localidade, bacia hidrográfica, compartimento ambiental afeta-do, números e valores, focos estratégicos (práticas de gestão e processos de melhoria);

• públicos interessados – identificação de necessidades, processos de parti-cipação e cooperação;

• tipologia – mecanismos de acesso e divulgação.

A divulgação será ativa e, quando feita diretamente pelos gestores do RETP

Brasil, não se restringirá aos públicos de interesse particular, mesmo em se tra-

tando de temas específicos. Será clara, objetiva e de fácil entendimento pelas

diferentes partes.

O atendimento de consultas sob demanda – por meio de correspondência con-

vencional ou eletrônica, telefone e outros veículos – também faz parte da agen-

17 Segundo recomendações da OECD, apresentadas no documento Environmental Health and Safety Pu-blications. 2000. Series on Pollutant Release and Transfer Registers. No. 3. PRESENTATION AND DIS-SEMINATION OF PRTR. DATA: PRACTICES AND EXPERIENCES. 113 pp.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 50 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

da de trabalho da Coordenadoria de Gestão do RETP Brasil e espera-se que se-

ja também adotado pelos demais agentes interessados.

Entretanto, é oportuno reconhecer a dificuldade para cobertura de custos para o

atendimento a consultas sob demanda que poderão ter os órgãos ambientais e

de saúde pública, nos Estados e Municípios, os conselhos municipais afins, a-

gências de desenvolvimento, ONGs e outros entes privados. Este tema deverá

ser objeto de análises e deliberações futuras.

O uso dos dados e informações do RETP Brasil para aulas nos diferentes níveis

escolares, palestras, seminários e eventos afins – por diferentes agentes – espe-

cialmente a mídia popular, constitui fator de sucesso para a divulgação das

condições ambientais decorrentes da produção e consumo que causam impac-

tos para a saúde humana e a qualidade ambiental.

O levantamento de resultados, baseado em sistema de georreferenciamento, re-

velará se a região está mais afetada ou em melhores condições ambientais.

Com isso, será possível subsidiar os planos diretores municipais, as políticas

públicas de planejamento urbano e as escolhas pessoais para vizinhança e qua-

lidade de vida.

Duas grandes categorias de informações próprias do RETP são previstas para o

Portal.

As informações mandatárias ou obrigatórias, que derivam de dados fornecidos

por organizações declarantes cuja atividade produtiva emite ou transfere subs-

tâncias constantes na lista oficial de substâncias e em atendimento a exigências

do RETP.

As informações voluntárias procedem de dois tipos de declarantes. O primeiro

é a organização declarante obrigatória que pratica ações além-da-conformidade

e, por conta disso, obtém resultado diferenciado quanto às emissões e transfe-

rências em processos e produtos.

Harmonização internacional

Os dados gerados pelas organizações declarantes são processados para fácil re-

cuperação e uso, nos moldes dos demais países que já operam recursos afins.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 51 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

O modelo do RETP Brasil leva em consideração a importância de prover in-

formações que facilitem o gerenciamento e o tratamento dos dados para com-

paração entre RETPs de outros países e outros sistemas de informação em fun-

cionamento no Brasil. Para atingir esse objetivo, são relacionados elementos

comuns entre RETPs, tais como:

(i) nome e endereço da instituição declarante;

(ii) latitude e longitude da instituição declarante;

(iii) identificação das atividades potencialmente poluidoras (Lei n° 10.165 de

2000, CONAMA n° 237 de 1997) em sistema compatível com classifica-

ções adotadas em outros RETPs (SIC, ISIC);

(iv) identificação dos poluentes pelo nome químico e número CAS;

(v) declaração de poluentes utilizando sistema único de unidades: quantida-

de emitida; quantidade transferida; e quantidade total emitida e transferi-

da de poluentes;

(vi) declaração por período de abrangência das emissões e transferências.

O máximo esforço será feito na organização do Portal RETP Brasil para que os

dados gerados pelas organizações declarantes sejam recuperados e utilizados

nos moldes dos demais países que já operam seus sistemas.

Para isso, o RETP Brasil deverá adotar procedimentos e instrumentos que vi-

sem a:

• harmonização de campos, variáveis ou elementos para inserção de dados e informações;

• métodos de processamento e de fluxo de informações;

• tipologia de relatórios com uso de indicadores aplicados internacional-mente envolvendo nomenclatura, intercâmbio com bases de dados, segun-do recomendações de padrões do UN Electronic Data Interchange for Administration, Commerce and Transport – UN/EDIFACT18;

• design do Portal RETP Brasil em harmonia com portais similares de ou-tros países.

18 UN Electronic Data Interchange for Administration, Commerce and Transport. http://www.unece.org/trade/untdid/welcome.htm

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 52 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

5. Operação do RETP

A governança do RETP Brasil será exercida de acordo com deliberações na alta

administração do MMA. A gestão superior será conduzida por critérios e princípios

implementados por meio de deliberações do Grupo Nacional do RETP Brasil. O ge-

renciamento operacional se dará pela Coordenadoria de Gestão com a colaboração

de agentes públicos na União, Estados e Municípios, e subsídios providos por gru-

pos sociotécnicos de colaboradores, especialmente convidados para tratar de temas

selecionados.

5.1. Grupo Nacional do RETP

O Grupo Nacional do RETP Brasil constituirá o órgão estatutário superior, in-

dependente, formado por representantes de pessoas jurídicas e por pessoas físi-

cas componentes das diferentes partes interessadas da sociedade, que afetam ou

são afetadas por substâncias poluentes no âmbito do RETP Brasil.

O Grupo Nacional será composta de representantes de Ministérios, organiza-

ções e pessoas físicas com interesses econômicos, sociais e ambientais, capazes

de expressar as expectativas e de mobilizar a cooperação e a responsabilidade

compartilhada dos diferentes setores da sociedade que representam ou preten-

dem representar.

5.2. Coordenadoria de Gestão

Esta unidade será mantida pelo MMA e se responsabilizará pela condução de

atividades técnico-administrativas que garantam o funcionamento, a qualidade

e o aprimoramento do RETP Brasil.

A Coordenadoria de Gestão cuidará da implementação das deliberações perti-

nentes do MMA, com as sugestões do Grupo Nacional do RETP Brasil, da in-

teração com os demais agentes e atores interessados no RETP e da gestão do

Portal RETP Brasil.

A Coordenadoria de Gestão ensejará o bom relacionamento das partes interes-

sadas, buscando compatibilizar expectativas comuns e eliminar conflitos em

torno de matérias divergentes.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 53 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Nesse sentido, procurará conceber, desenhar e promover a implementação dos

produtos (representado por bens materiais e serviços) do RETP Brasil, bem

como do aperfeiçoamento contínuo do sistema.

Informações sobre a Coordenadoria de Gestão estarão disponíveis no Portal do

RETP Brasil.

5.3. Grupos sociotécnicos de colaboradores

Os grupos sociotécnicos são instâncias importantes para o tratamento transdis-

ciplinar (integrativo), interdisciplinar (interrelacionado) e multidisciplinar (adi-

tivo) das questões que envolvem os efeitos de emissões e transferência de polu-

entes, do ponto de vista da geração e das consequências dos impactos.

Os grupos sociotécnicos são constituídos por diversidade de profissionais espe-

cializados e pessoas leigas que contribuam, notável e efetivamente, para os

múltiplos aspectos no âmbito técnico-científico e de relacionamento interpes-

soal e interinstitucional do RETP Brasil.

Farão parte dos grupos, por exemplo, representantes (a) de órgãos federais, es-

taduais e municipais que se ocupam, se interessam ou, preferencialmente, têm

responsabilidades em questões ambientais e de saúde; (b) de empresas decla-

rantes; (c) da gestão pública de bacias hidrográficas; (d) de agentes financeiros;

(e) de ONGs sociais e ambientais; (f) de trabalhadores; (g) de cidadãos e cida-

dãs, individualmente ou como representantes comunitários; (h) e educadores,

pesquisadores, tecnólogos e especialistas, consultores de diferentes áreas.

Além de contribuírem para o aprimoramento contínuo do RETP Brasil, espera-

se que os participantes dos grupos sociotécnicos atuem ativamente (a) na difu-

são das atividades e proposições e (b) no processo de envolvimento, engaja-

mento e comprometimento da sociedade para as questões relativas à prevenção

de emissões e transferência de substâncias poluentes no País.

6. Grupos de influência para o RETP

Além dos participantes efetivos nas operações, está prevista a contribuição de vários

tipos de grupos de interesse, para representarem as diversas formas de participação

pública.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 54 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Papel dos grupos de interesse e participação pública

As atitudes, comportamentos e iniciativas dos diferentes agentes e atores en-

volvidos com o RETP Brasil são fundamentais para o seu bom desempenho,

revelando, dessa forma, a assimilação da filosofia do sistema.

A construção e a operação do RETP Brasil levam em conta, portanto, que cada

parte ou grupo de interesse tem distintas expectativas a serem atendidas. Mas

reconhecem, simultaneamente, que os agentes e atores devam assumir respon-

sabilidades compartilhadas, mesmo que diferenciadas, como parte da dinâmica

do RETP.

As condições e situações relevantes para os mecanismos de consulta às partes

interessadas envolvem: identificação e engajamento; sensibilização e diálogo

para participação e resposta às contribuições19.

O papel da autoridade pública

A autoridade pública é aqui entendida como o órgão ou instituição em qualquer

nível de governo; a pessoa com diploma legal para exercer funções administra-

tivas dos bens nacionais ou de prestação de serviços públicos; ou a instituição

encarregada da integração de interesses intermunicipais ou regionais relaciona-

dos ao ambiente. A autoridade pública constitui a principal guardiã do princípio

fundamental do RETP, expresso pelo direito público de acesso livre e gratuito à

informação sobre emissões e transferência de resíduos e do direito de acesso à

justiça relacionado a tal condição.

Todos os agentes públicos devem assumir a incumbência de introduzir – com a

máxima transparência – as atividades previstas pelo RETP Brasil em políticas

públicas que resultem na proteção ao direito das pessoas, do presente e das ge-

rações futuras, para que vivam com dignidade, justiça social e ambiental.

Para ações jurídicas efetivas e aplicação de penalidades, a autoridade pública

disporá – através do funcionamento do RETP Brasil – de elementos objetivos

para o uso de instrumentos legais como os representados, principalmente, pelo

Código Civil, pela Lei de Crimes Ambientais e pelo estatuto do Código do

Consumidor.

19 Consultar Volume 2: Instruções Complementares

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 55 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

O setor produtivo

Para o RETP Brasil, o setor produtivo engloba as empresas privadas e as orga-

nizações não empresariais, privadas ou públicas, cujas atividades sejam gerado-

ras de emissões e transferência de poluentes da lista oficial de poluentes. Fun-

damentalmente, a organização declarante deverá – para cada atividade efetiva

ou potencialmente poluidora licenciada e praticada na instalação ou sítio: iden-

tificar, calcular, registrar e relatar as liberações e transferências para o RETP

Brasil.

Acima de tudo, a organização declarante deverá se valer das informações gera-

das para avaliar seu próprio desempenho, com base em dados internos e em

comparações a outros marcos de referência, no seu setor de atuação, na catego-

ria de atividades de seus negócios ou de práticas sem fins lucrativos.

Cabe à organização e demais entidades representativas setoriais tomar iniciati-

vas para aprimorar o desempenho no âmbito do processo produtivo a fim de

aumentar seus próprios ganhos com a prevenção de emissões e transferências.

Os órgãos governamentais

Os organismos ambientais e os que cuidam da saúde humana, nas esferas go-

vernamentais da União, Estados e Municípios, têm papel múltiplo, para garan-

tir o sucesso do RETP Brasil, ao longo do tempo, como exemplificados a se-

guir:

• uso das informações geradas pelo sistema, a fim de aprimorar as políticas públicas relacionadas à qualidade ambiental e de saúde humana;

• interação, diretamente, com os gestores do RETP Brasil no sentido de a-perfeiçoar o sistema, especialmente em relação a questões como:

o integração do RETP ao sistema de licenciamento ambiental e de am-bos ao SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente;

o aperfeiçoamento de metodologias de medição, e;

o melhoria na gestão de práticas ambientais dos processos de produção nas organizações declarantes.

• oferta de assistência aos gestores nacionais do RETP Brasil na fiscaliza-ção da conformidade e qualidade do desempenho das organizações decla-rantes;

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 56 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

• contribuição para que as organizações declarantes aprimorem seu desem-penho na prevenção de emissões e transferências.

Considerando-se que a gestão ambiental é de interesse de toda a sociedade, por

ser o meio ambiente seu patrimônio comum (Constituição Federal), é inevitável

que a gestão do RETP Brasil envolva de forma disciplinada os planos Estadual

e Municipal, e, por óbvio, isto só pode se dar no escopo do SISNAMA.

Núcleos de C&T e P&D

Nesta categoria de partes interessadas estão os membros de universidades, ins-

titutos de pesquisa, empresas de consultoria, consultores e outros profissionais

com qualificação técnica nos diferentes ramos do conhecimento e das habilida-

des tecnológicas. O desempenho das organizações declarantes constitui meta

indispensável para o sucesso do RETP Brasil e os ganhos para todas as demais

partes interessadas. Neste sentido, é importante ressaltar a contribuição e o pa-

pel dos agentes técnico-científicos para a inovação e incorporação de técnicas e

novas habilidades indispensáveis para a prevenção de emissões e transferência

de poluentes. São também relevantes o suporte metodológico, os procedimen-

tos para a garantia de qualidade, validação, auditoria e outras formas de certifi-

cação e autenticação que os agentes deste segmento poderão oferecer.

A sociedade civil organizada e as ONGs

Grupos representativos de segmentos da sociedade – que defendem a melhoria

das questões ambientais, sociais e econômicas – são agentes importantes para

acompanhamento do desempenho das organizações declarantes e do RETP

Brasil, propriamente dito.

A prática do direito público de informação encontra, nas ONGs, o ambiente a-

propriado para a disseminação dos resultados do RETP Brasil, com alinhamen-

to aos objetivos de cada ONG. As vozes do setor social organizado são indis-

pensáveis para apontar as oportunidades e necessidades de aperfeiçoamento,

denunciar condutas inadequadas e destacar as organizações declarantes com

notáveis esforços para aprimoramento continuado em suas práticas.

As ONGs podem desempenhar papel especial ao produzir informações em lin-

guagem apropriada aos respectivos públicos – a respeito de emissões e transfe-

rência – acessadas do Portal RETP Brasil. Elas constituem importante agente

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 57 de 72

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

para a inclusão das informações do RETP em questões relativas à gestão ambi-

ental, com especial destaque para ações de defesa, alerta público, diálogo,

campanhas e ações propriamente ditas.

O papel de cidadãos e cidadãs

Individualmente, as pessoas – independentemente de pertencerem a segmento

organizado – são agentes importantes para o sucesso do RETP Brasil, pois

constituem o agente exposto aos danos e impactos das emissões e transferên-

cias. O uso das informações geradas pelo RETP Brasil, por cidadãos e cidadãs,

representa o benefício esperado, no elo final da cadeia de interesses, pela rele-

vância do tema no local onde as pessoas vivem e nas comunidades das quais

participam.

Os agentes econômicos

O setor financeiro já demonstrou iniciativas para atender às organizações pro-

dutivas com modelos de gestão socioambiental e econômica diferenciada. Es-

tão, nesta categoria, os fundos éticos e as empresas financeiras que adotam cri-

térios orientados por indicadores recomendados por organizações internacio-

nais. Destacam-se, também, as empresas de seguros que oferecem condições

mais vantajosas para organizações produtivas com modelo de gestão para pre-

visão, prontidão, prevenção e gestão de riscos socioambientais e, em especial,

para a sustentabilidade tríplice, econômica, ambiental e social.

6.1. Agencias multilaterais

Os gestores do RETP manterão contato permanente com organismos semelhan-

tes, com o propósito de divulgar os resultados obtidos no Brasil e, simultanea-

mente, compartilhar conhecimento e experiência.

Particular atenção será dada a centros de P&D, nacionais e estrangeiros, com o

objetivo de estimular estudos e iniciativas para capacitação nacional e coopera-

ção internacional.

Outros focos de atenção importantes para o aprimoramento do RETP Brasil são

as organizações multilaterais, agências internacionais e centros de excelência

que mantém atividades no âmbito de atuação do RETP.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 58 de 72

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7. Práticas de aprimoramento

O aprimoramento do RETP Brasil depende, fundamentalmente, do aperfeiçoamento

na conduta dos estabelecimentos geradores de poluentes e do comportamento das

demais partes interessadas em relação às emissões e transferências.

De modo geral, todos os agentes e atores devem orientar suas iniciativas para me-

lhorias contínuas e para a busca de melhores metas de desempenho em cada fase ou

período previsto no cronograma de operação do RETP Brasil.

De outro lado, os gestores do RETP Brasil implementarão procedimentos para pro-

mover e divulgar as organizações diferenciadas que introduzirem práticas de redu-

ção de emissões e transferências.

Neste sentido, a Organização declarante e os demais agentes e atores poderão esta-

belecer:

• metas temporais qualitativas e quantitativas, para expansão e aperfeiçoa-mento do processo produtivo e de consumo;

• ações para aumento da capacitação técnica, organizacional e institucional, nas diversas regiões e dos agentes envolvidos na condução do RETP Bra-sil, e

• indicadores ou marcos métricos de referência, que expressem a excelência observada em RETPs já em operação em diversos países, notadamente no âmbito dos desenvolvidos.

Para isso, também é recomendado que a organização faça melhoramento do projeto

de produção, focado, especificamente, na prevenção da geração de emissões e resí-

duos20.

Instrumentos para aprimoramento do RETP Brasil

O aprimoramento da conduta das partes interessadas e, consequentemente, da pre-

venção da geração de emissões e de transferência de poluentes depende, fundamen-

talmente, da conscientização e do compromisso de todos.

Todavia, há iniciativas de natureza psicossocial, técnica e econômica que poderão

ser utilizadas, embora muitos creditem maior eficácia para as medidas regulamenta-

20 Consultar Volume 2: Instruções Complementares.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 59 de 72

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das e coercitivas, baseadas no cumprimento de obrigações legais, as quais são, em

geral, repudiadas pelo setor privado.

a. Instrumentos estratégicos

As ações e iniciativas, no âmbito do RETP Brasil têm direcionamento estratégico,

como visão de futuro. Para isso, são destacados os seguintes elementos.

• Aprimoramento de técnicas de medição e gestão de informações das orga-nizações;

• Aplicação dos dados e informações, declarados e acessados, para o apri-moramento de métodos e técnicas relacionadas a:

• Redução de uso e de consumo de recursos materiais;

• Eficiência no consumo e, consequentemente, na poupança de energias, i-dealmente renováveis e limpas e de água;

• Redução de impactos, notadamente em relação a questões como mudanças climáticas, proteção da camada de ozônio, conservação e recomposição da biodiversidade, etc.

b. Instrumentos mandatários e de conformidade

Os principais instrumentos coercitivos são representados pela legislação ambiental e

instrumentos adicionados, tais como: legislação sobre resíduos (industriais e urba-

nos), elementos normativos sobre determinados agentes poluentes ou perigosos, re-

gulamentação sobre procedimentos produtivos e aspectos relacionados à toxicidade

(humana e ambiental), destinação ambiental, fatores de exposição a riscos químicos,

etc.

Outros focos de instrumentos mandatários e de conformidade são: estipulação de

metas de redução; estabelecimento de exigências e proibições envolvendo padrões,

registro de produtos e rotulagem; criação de sistemas de gestão pós-uso; monitora-

mento de desempenho junto ao consumidor final; política de descarte e destinação

de produtos.

Estes e outros instrumentos complementam o arcabouço jurídico que regulamenta as

questões relacionadas às emissões e transferência de resíduos.

No caso da desconformidade legal, a ação coercitiva é seguida de medidas puniti-

vas, via de regra com penalidade financeira pelo não cumprimento.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 60 de 72

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c. Instrumentos motivacionais

A crença de que as pessoas fazem as coisas certas se baseia na premissa de que to-

dos agem com responsabilidade e respeito para com os semelhantes e às condições

ambientais das quais a sociedade humana depende para sua sobrevivência.

Portanto, os instrumentos motivacionais – ou psicossociais – estimulam os gerado-

res e demais partes envolvidas com as emissões e transferência de resíduos para que

atinjam os objetivos regulatórios e, idealmente, os além-da-conformidade, como

sendo a coisa certa a ser feita.

A divulgação pública do desempenho das organizações declarantes constitui instru-

mento psicossocial importante e que pode ser usado de diversas maneiras pelas dife-

rentes partes interessadas.

Os agentes públicos disporão de informações precisas para avaliar o desempenho e

a efetividade das políticas públicas relacionadas e os papéis das organizações produ-

tivas. Estas terão oportunidade de analisar seu desempenho perante organizações

similares, em seu setor de atividades. As pessoas passarão a identificar as organiza-

ções “campeãs” e aquelas que precisarão aprimorar o desempenho.

d. Instrumentos técnicos e gerenciais

Os seguintes tipos são mencionados, a título de exemplos já usados em vários paí-

ses.

• Gestão estratégica econômica e socioambiental (Resultado Final Tríplice – Triple Bottom Line);

• Produção Mais Limpa e Ecoeficiência;

• Resíduo zero (fechamento de ciclos na cadeia de valor);

• Formação de custo total e internalização de externalidade econômica.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 61 de 72

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8. Vocabulário do RETP

Termos e expressões usados no RETP Brasil estão harmonizados ao entendimento

internacional.

ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria Química.

Acesso público à informação

Os brasileiros têm garantido constitucionalmente o direito a saber no artigos 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilida-de, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; e regulamentado pela LEI Nº 11.111, DE 5 DE MAIO DE 2005.

Água residual

Água proveniente do fim do processo, que transfere os poluentes que foram introduzidos ou gerados indiretamente e não foram emitidos ou removidos da fase líquida para outros compartimentos ambientais, transferidos para o lodo, que reagiram formando outros compostos, ou que foram incorporados no produto manufaturado.

AliceWeb Sistema de análise das informações de comércio exterior via Internet, da Secretaria de Comércio Exterior, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Análise Preliminar de Risco (APR)

Técnica que consiste em uma análise qualitativa, tanto na fase inicial quanto operacional, para revisão de riscos relacionada aos detalhes de um projeto, gerando recomendações para redução dos riscos durante a fase final.

ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestres

Armazenamento Ação ou efeito de reter, guardar, estocar ou depositar provisoriamen-te substâncias que contenham em sua fórmula um ou mais dos poluen-tes relacionados para o RETP Brasil.

Atividade econômica

Ação, função, prática, categoria ou modalidade de uso de recursos que proporciona bens e serviços para atendimento de demandas e necessi-dades ilimitadas das sociedades humanas. Definida pelo IBAMA e utilizadas no RETP Brasil como sendo as atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos natu-rais, abrangidas pela Lei Federal n° 10.165 de 2000.

Atividade, Categoria de Agrupamento de atividades com características de tema, propriedade ou definição semelhante, representando um setor produtivo.

ATSDR Agency for Toxic Substances and Disease Registry, dos Estados Uni-dos da América.

Auditoria externa

Verificação realizada por instituição externa e independente da entida-de fiscalizada, no caso do RETP Brasil a Organização declarante, com o objetivo de emitir um parecer sobre os dados e informações forneci-das.

Autenticação

Processo de comprovação material se o dado ou informação declarado é, de fato, real, verdadeiro ou o que pretende significar. A autenticação é ou deve ser feita por pessoa física ou jurídica habilitada, credenciada ou reconhecida, por mérito.

Avaliação de Ciclo de Vida do produto

Processo para avaliar a carga ambiental associada com um produto, processo ou atividade, através da identificação e quantificação da energia e/ou materiais usados e a subsequente geração de resíduos para o ambiente, ao longo do ciclo do produto, desde a coleta ou extração dos recursos usados, da manufatura, distribuição, uso e destinação pós-uso de resíduos e embalagens. A AVC identifica ou prevê os impactos da energia consumida e dos materiais utilizados e liberados no ambien-te e as oportunidades para o aprimoramento ambiental.

Bacia hidrográfica

Região compreendida entre divisores de água, na qual toda a água aí precipitada escoa por um único exutório (IBGE, 2004). Área drenada por um curso d´água ou um sistema conectado de cursos d´agua, de maneira que toda a vazão efluente seja descartada através de uma saída única. A bacia hidrográfica é usada como unidade territorial para im-plementação da Política Nacional de Recursos Hídricos

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 62 de 72

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Balanço de massa

Técnica de cálculo que considera a entrada de material em um proces-so, devendo este sair na forma de produto manufaturado, emissões ou outro composto alterado quimicamente em virtude das reações. Energia e água são recursos também considerados para cálculo do Balanço de massa.

Cálculo, Método de

Procedimento para determinar a quantidade ou volume de poluente emitido, usando-se dados de atividades (como volume de combustível utilizado, taxa de produção), fatores de emissão ou balanço de massa. Em alguns casos são utilizadas variáveis como temperatura e radiação.

Campo de preenchimento Campo ou item do formulário eletrônico destinado ao preenchimento com dados e informações.

Categoria de poluente Agrupamento de poluentes devido a similaridade química ou de perigo, por exemplo: metais pesados e poluentes que causam efeito estufa.

Carbono-zero ou Carbono-neutro, Práti-ca de

Equalização ou neutralização da taxa, ou da responsabilidade, de emis-são de CO2, através da equivalência entre emissão e ações de sequestro ou de compensação de emissão.

CAS Chemical Abstracts System Register Number.

Certificação

Procedimento desempenhado por organização independente da relação comercial, com o objetivo de comprovar, documentalmente e atestar, publicamente, que determinado produto, processo, serviço, dado ou informação atende aos quesitos requeridos ou especificados.

Chave primária Campo de informação para identificação que serve como base para o início do processo de cadastramento.

ChemIdPlus Chemical dictionary and structure database.

Classe do poluente Identificação do poluente por grupo ou família química, por exemplo, solventes halogenados, hidrocarboneto.

Grupo Nacional do RETP Brasil Órgão máximo de gestão e regulamentação do sistema RETP Brasil, a ser criado em futuro próximo.

Compartimento(s) ambiental (is) Meio físico para o qual os poluentes são liberados.

Confidencialidade

Condição que pode ser pleiteada pela organização declarante, a fim de proteger informações importantes relativas a marcas e patentes, fórmu-las industriais e afins. Pode ser concedida ou não, conforme avaliação da comissão julgadora e terá prazo de validade.

Consulta às partes interessadas

Processo de envolvimento e engajamento das partes interessadas, a fim de obter subsídios, negociar convergências, consensos e outras formas de validação de temas e condições no interesse comum do RETP Bra-sil. Estabelecer os critérios, procedimentos e outros aspectos para o proces-so de diálogo envolvendo as partes interessadas.

Controle

Verificação do cumprimento dos dispositivos regulamentadores de práticas e atitudes exigidas por lei ou fruto de acordos voluntários assumidos. Fiscalização exercida sobre pessoas, organizações ou coisas, no senti-do de que a qualidade dessas e a atividades daquelas não se desviem do padrão exigido. Acompanhamento e ou atuação em processo de maneira que seus efeitos ou produtos estejam em conformidade com os padrões pré-estabelecidos.

Controle de qualidade Atos e procedimentos para garantir a uniformidade, confiabilidade e autenticidade dos dados e informações declarados.

Convenção da Basiléia

A Convenção de Basiléia estabelece as normas para o transporte trans-fronteiriço entre as Partes de resíduos perigosos e outros resíduos, de forma a assegurar a segurança ambiental e da saúde humana, quer em termos de transporte, quer em termos de produção e gestão destes resíduos, promovendo também a transferência de tecnologia relativa à gestão segura de resíduos produzidos localmente. Basel Convention on the Control of Transboundary Movements of Hazardous Wastes and their Disposal. 1992

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 63 de 72

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Convenção de Aarhus Convenção, no âmbito dos países da Comunidade Europeia, que pro-move o acesso à informação, a participação pública na tomada de decisão, e o acesso à justiça ambiental, 1998.

Convenção de Estocolmo

Convenção que destaca a obrigação dos países Parte de adotarem medidas de controle relacionadas a todas as etapas do ciclo de vida - produção, importação, exportação, disposição e uso das substâncias classificadas como Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs).

Convenção de Rotterdã

Convenção sobre o procedimento de consentimento prévio informado aplicado a certos agrotóxicos e substâncias químicas perigosas objeto de comércio internacional – PIC, adotada em setembro de 1998 e em vigor a partir de 24 de fevereiro de 2004.

Critério Conjunto de referências utilizadas, visando construir um raciocínio de ponderação.

Declarante

Pessoa jurídica, pública ou privada, passível de licenciamento e de prestação de informações para o Cadastro Técnico Federal; pessoa jurídica que se dedica a atividades efetivas ou potencialmente poluido-ras, conforme Lei Federal 10.064/2000.

Destinação

Destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a com-postagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacio-nais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.

Destinação, Tipo de Formas ou maneiras pelas quais os resíduos contendo os poluentes são destinados.

Dirigente responsável Pessoa física que responde ou tem a responsabilidade pelas informa-ções que estão sendo prestadas, pelas decisões e ações tomadas em relação a alguma medida ou procedimento.

Disposição em aterro

Considerado um tipo de destinação. Consiste em depositar, distribuir ou alocar resíduos em aterro, sendo que este possui uma área ou terreno concebido, projetado e explorado seguindo especificações adequadas e sem prejuízo a saúde.

Ecodesign

Concepção de projetos de produção de bens, serviços e infra-estrutura com maior eficiência, eficácia e efetividade ambiental, ou com o míni-mo de consumo de materiais, de energia e de geração de resíduo, du-rante todo o ciclo de vida do produto.

Ecoeficiência

Entrega de bens e serviços de maneira a satisfazer as necessidades humanas, trazer qualidade de vida e, ao mesmo tempo, reduzir progres-sivamente os impactos ecológicos e a intensidade de uso de recursos, através da avaliação do ciclo de vida, pelo menos no nível estimado da capacidade de sustentação da terra. Eficiência no uso de recursos ecológicos para alcançar os objetivos econômicos.

Efluente

Qualquer tipo de água ou líquido que flui de um sistema de coleta ou de transporte, como tubulações, canais, reservatórios, e elevatórias, ou de um sistema de tratamento ou disposição final, com estações de tratamento e corpos de água receptores (IBGE, 2004).

Elemento alfanumérico Dado de associação entre um código alfabético e um código numérico.

Elemento descritivo (de atividade) Termo descritivo, de ordem secundária, de uma Categoria de atividade ou de atividade setorial.

Emissão Ato, efeito de liberar, ou substância, resíduo, ou não-produto liberado de determinado processo produtivo, do uso ou consumo de produto que, usualmente, é descarregado no ar, água ou solo.

Emissão acidental Aquela decorrente de uma situação de não-conformidade de algum processo ou atividade, não sendo considerada intencional, rotineira ou programada.

Emissão difusa

Emissões não-localizadas ou fugazes cujos impactos ou efeitos – embora possam ser significativos – não podem ser atribuídos, com precisão, a cada fonte, individualmente, uma vez que poderão corres-ponder a inúmeras fontes pequenas ou espalhadas. As diversas fontes

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 64 de 72

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de emissões fugitivas, espalhadas em instalação de grande porte não são consideradas difusas, uma vez que têm a origem identificada.

Emissão direta Quando o efluente é lançado pela organização declarante no corpo hídrico.

Emissão indireta Quando o efluente é transferido para uma Estação de Tratamento de Esgoto, ou rede coletora, para posterior lançamento no corpo hídrico.

Emissão intencional Emissões sem previsão de rotina, que são realizadas intencionalmente pelos processos e atividades envolvidas.

Emissão fixa Emissões localizadas ou pontuais – que ocorrem durante determinado processo ou prática produtiva na instalação, industrial ou comercial, facilmente identificados.

Emissão rotineira Emissões previstas que podem ser computadas e aferidas de forma metódica e periódica;

Emissão, Fonte de Classificadas como fontes pontuais e fontes difusas. Emissão, Tipo de Classificadas em emissões de processo, de escape ou acidentais.

Empresa, Micro Pessoa jurídica ou a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00 (duzentos e quarenta e quatro mil reais).

Empresa de Pequeno Porte

Pessoa jurídica ou a firma mercantil individual que não se enquadrada como microempresa, e que tiver receita bruta anual superior a R$ 244.000,00 (duzentos e quarenta e quatro mil reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).

Empresa de Porte Médio Pessoa jurídica que tiver receita bruta anual superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) e igual ou inferior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais).

Empresa de Porte Grande Pessoa jurídica que tiver receita bruta anual superior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais).

Empresa-mãe ou matriz Estabelecimento ou organização principal de uma instituição, de cará-ter público ou privado, onde se centralizam as suas atividades e que comandam as sucursais.

Estimativa, Método de

Procedimento para determinar a quantidade ou volume de emissão não-normalizada, assumida como melhor estimativa, conjectura, hipótese ou opinião de perito ou especialista, a qual não constitui referência disponível publicamente ou na ausência de metodologias e boas práti-cas reconhecidas.

Externalidade Custo ambiental não previsto ou autorizado e transferido para a socie-dade.

Facilidade Ver Instalação.

Fator Ver Linha de corte

Fonte de emissão Ver Atividade, Categoria de.

Fluxograma de engenharia Representação gráfica sob a forma de diagrama de blocos, para os processos de produção de bens e serviços de forma detalhada revelando passos e componentes para os processos e operações industriais.

HAP Hidrocarboneto aromático policíclico. HCFC Hidrofluorcarboneto. IARC International Agency for Research on Cancer

Impacto ambiental

Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambi-ente e a quantidade dos recursos naturais (CONAMA 001/86).

Incineração Processo de tratamento térmico de resíduos cuja operação seja realiza-da acima da temperatura mínima de oitocentos graus Celsius (CONA-MA 316/02).

Informação Dado alfanumérico ou conjunto de dados tratados e submetidos a juízo de valor.

Instalação (site) causadora de emissão ou transferência de poluente

Unidade declarante representada por um ou mais de um empreendi-mento produtivo ou comercial, localizada no mesmo espaço físico, em vários locais da mesma instalação, em sítios contíguos ou vizinhos da mesma localidade geográfica, sob a responsabilidade do mesmo opera-dor gerencial ou legal.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 1 Manual Descritivo. Pág. 65 de 72

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IUPAC International Union of Pure and Applied Chemistry

Janela única Política adotada pelo RETP Brasil, que visa o fornecimento de dados e informações, pela organização declarante, através de formulário único que atenda as exigências de diferentes agências governamentais.

Licença ambiental

Autorização oficial para a realização de um empreendimento, geral-mente depois de realizado um Estudo de Impacto Ambiental que prova que aquele empreendimento, operando da forma como está descrito nas condições do estudo, não terá consequências danosas para o meio ambiente

Licenciamento ambiental

Instrumento da política ambiental e ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e me-didas de controle ambiental que deverão ser obedecidas para a libera-ção da: LL (Licença de Localização), LP (Licença Prévia), LI (Licença de Instalação) e LO (Licença de Operação), LA (Licença de Alteração), LOA (Licença de Operação da Alteração), LS (Licença Simplificada) e RLO (Renovação de Licença de Operação).

Limiar ou linha de corte

Fronteira que fixa o valor máximo ou a quantidade anual estabelecida para determinado indicador que, se ultrapassado, obriga a especificação da quantidade na declaração de emissões e transferências de poluentes de lista oficial do RETP Brasil.

Localização geográfica

Espaço físico identificado através de coordenadas expressas por valores numéricos através dos quais se pode definir a posição de um ponto na superfície da Terra, tendo como ponto de origem para as latitudes, o Equador e o meridiano de Greenwich, para a origem das longitudes

Login Mecanismo de identificação do usuário para liberação de acesso ao sistema de declaração.

Mandatária, Declaração Ato obrigatório de fornecer dados e informações ou documento con-tendo tais elementos, de modo a atender exigências ou marcos legais.

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Medição, Método de

Procedimento de determinação de quantidade ou volume de emissão de poluente baseado em medição de resultados de curto prazo e de pontos fixos, fruto do monitoramento direto de processos específicos na insta-lação, acompanhando-se os fluxos contínuos ou descontínuos da con-centração do poluente em determinada rota de liberação.

Medição

Ato de obter dados numéricos sobre as emissões de um estabelecimen-to, extraídos dos resultados do acompanhamento direto de processos ou elementos descritivos específicos, com base em medições efetivas, continuas ou periódicas.

Menu Conjunto de ofertas de um serviço.

Monitoramento direto

Coleta, para um propósito predeterminado, de medições ou observa-ções sistemáticas e intercomparáveis, em uma série espaço-temporal, de qualquer variável ou atributo ambiental, que forneça uma visão sinóptica ou uma amostra representativa do meio ambiente.

NCM Nomenclatura Comum do MERCOSUL. Nome fantasia Nome comercial da empresa

Número de registro do RETP Número utilizado para identificar os poluentes na Lista Oficial do RETP Brasil.

Organização (declarante) Qualquer empreendimento na condição de pessoa jurídica que se dedi-ca a atividades efetivas ou potencialmente poluidoras, obrigada a se cadastrar, devidamente, no CTF/Ibama

Parte interessada Qualquer pessoa, física ou jurídica, que afeta ou é afetada, no caso, pelo RETP Brasil.

Partes interessadas, Validação pelas Procedimento de reconhecimento e validação de questões, através do envolvimento, engajamento, cooperação e corresponsabilidade das partes interessadas

Participação pública Direito das pessoas de participarem de processo justo de escolha e decisão, com especial destaque para a democratização de políticas públicas e avaliação da conduta das organizações.

Periculosidade

Atributo de substância perigosa, capaz de causar danos ao ser humano e/ou ao ambiente, em que o grau dessa capacidade depende das propri-edades intrínsecas, físico-químicas, do agente causal. Condição ou evento físico ameaçador, probabilidade de ocorrência ou

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fenômeno potencialmente danoso, com conseqüências indesejáveis, dentro de determinado período de tempo e área

PFC Perfluorcarboneto.

Poluente químico Toda substância que efetivamente causa ou tem potencial de causar comprometimento à saúde e/ou ao meio ambiente.

Prática de aprimoramento Ações, no âmbito do processo produtivo, com vistas à prevenção ou redução de emissões e transferência de poluentes, combinadas ou não com poupança de recursos.

Processo produtivo Ver Atividade, elemento descritivo.

Processo produtivo

Processo de engenharia responsável por transformar matérias-primas em produtos manufaturados. Uso de recursos materiais, operacionais, humanos, financeiros, infor-macionais, entre outros, para manufatura de bens e serviços.

Produção Mais Limpa

Aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnoló-gica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados, com benefícios ambi-entais e econômicos para os processos produtivos.

PRTR Pollutants Release and Transfers Register

Reaproveitamento (de resíduo) Utilização de produtos não-intencionais (sobras, resíduos, emissões, etc.) por meio de técnicas de reuso, reciclagem, cogeração de energia, compostagem, entre outras.

Reporte ao RETP Brasil Ato ou efeito de declarar dados e informações pertinentes.

Resíduo

Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissó-lido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particu-laridades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou econo-micamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.

Responsabilidade socioambiental

Obrigação legal de responder por atos e atitudes, inclusive produtos e processos, uma vez introduzidos no ambiente público. Atenção especial à responsabilidade objetiva, prevista no Artigo 981 do Código Civil de 2002.

Responsável pela declaração Pessoa física, pertence ao quadro funcional da organização declarante, que responde técnica, administrativa e civilmente, pelos dados e infor-mações declarados.

Responsável pelo atendimento público Pessoa física do quadro funcional ou contratada, para atender aos pedi-dos de informações solicitadas pelo público em geral e as partes inte-ressadas, em especial.

Setor econômico primário Esfera de atividades extrativas. Setor econômico secundário Esfera de atividades de transformação.

Setor econômico terciário Esfera de atividades de serviços e ações socioambientais.

Setor econômico quaternário Esfera de atividades de Pesquisa e Desenvolvimento e, em alguns casos, educacionais.

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente.

Sociotécnico Designação atribuída a trabalho, abordagem ou grupo de trabalho caracterizado por considerações simultaneamente de natureza social, econômica e técnica.

Técnica analítica Conjunto de procedimentos técnico-laboratoriais empregados para análises qualitativa e quantitativa de uma determinada substância quí-mica.

Toxicidade Capacidade tóxica especifica de uma substância química.

Transdisciplinar Que integra atividades e características de varias disciplinas ou áreas do conhecimento.

Transferência

Deslocamento ou transporte de poluentes para fora do perímetro de um estabelecimento, sítio, ou planta industrial, realizado por diferentes meios e que tem por finalidade promover algum tipo de destinação ou tratamento final

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Uniformidade Qualidade da identidade e harmonização descritiva do dado ou da informação que garanta a coerência e reconhecimento, para atendimen-to das rotinas previstas para as declarações.

UNITAR United Nations Institute for Training and Research.

Validação

Reconhecimento e legitimação de proposta, procedimentos e outros atos ou elementos para o RETP. Desenvolver e implementar o uso de práticas e metodologias interna-cionais, preferencialmente certificadas; autenticação por agentes ofici-ais e por profissional próprio devidamente credenciado e reconhecido; verificação independente on site. Focar, em especial, a autenticidade e veracidade das informações fornecidas pelo declarante.

Voluntária, Declaração Declaração de dados e informações não mandatários feita por livre iniciativa própria do declarante.

WebService Serviço eletrônico que serve para realizar operações on-line, como a transferência de dados entre banco de dados

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