05 descritivo

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rof. Marcelo Deusdedit

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Prof. Marcelo Deusdedit

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Descrição é a representação verbal de um objeto sensível (ser, coisa, paisagem), através da indicação dos seus aspectos mais característicos, dos pormenores que o individualizam, que o distinguem..

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Descrever não é enumerar o maior número possível de detalhes, mas assinalar os traços mais singulares, mais salientes.

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O texto de base descritiva tem como objetivo oferecer ao leitor /ouvinte a oportunidade de visualizar o cenário onde uma ação se desenvolve e as personagens que dela participam;

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A descrição está presente no nosso dia-a-dia, tanto na ficção (nos romances, nas novelas, nos contos, nos poemas) como em outros tipos de textos (nas obras técnico-científicas, nas enciclopédias, nas propagandas, nos textos de jornais e revistas);

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A descrição pode ter uma finalidade subsidiária na construção de outros tipos de texto,

funcionando como um plano de fundo, o que explica e situa a ação (na narração) ou que

comenta e justifica a argumentação;

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Físico É a perspectiva que

o observador tem do objeto; pode determinar a ordem na enumeração dos pormenores

significativos. Apresenta-os de maneira detalhada, levando o leitor a combinar impressões

isoladas para formar uma imagem unificada.

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PsicológicoA descrição pode ser

apresentada de modo a manifestar uma impressão pessoal, uma interpretação do objeto. A simpatia ou antipatia do observador pode resultar em imagens bastante diferenciadas do mesmo objecto. Deste ponto de vista, dois tipos de descrição podem ocorrer: a objectiva e a subjectiva.

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Na

descrição objetiva, como literalmente ela traduz, o objetivo principal é relatar as características do “objeto” de modo preciso, isentando-se de comentários pessoais ou atribuições de quaisquer termos que possibilitem as múltiplas interpretações.

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Enfoque objetivoNa descrição objetiva , o autor reproduz a realidade como a vê. Exemplo: Ele tem uma estrutura de madeira, recoberta de espuma. Sobre a espuma há um tecido grosso. Tem assento para 4 pessoas, encosto e dois braços. É o sofá da minha sala.

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A subjetiva perfaz-se de uma linguagem mais pessoal, na qual são permitidas opiniões, expressão de sentimentos e emoções e o emprego de construções livres em que revelem um “toque” de individualismo por parte de quem a descreve.

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Enfoque subjetivoA realidade descrita não é apenas observada pelo autor, é também sentida. O objeto descrito apresenta-se transfigurado de acordo com a sensibilidade de quem o descreve. O autor procura transmitir a impressão, a emoção que a realidade lhe causa. Exemplo :

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E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último.

Apocalipse 1:14-17

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“ (...)Também cantou. E cada verso que vinha da sua boca de mulata era um arrulhar choroso de pomba no cio. E o Firmo, bêbedo de volúpia, enroscava-se todo ao violão; e o violão e ele gemiam com o mesmo gosto, grunhindo, ganindo, miando, com todas as vozes de bichos sensuais, num desespero de luxúria que penetrava até ao tutano com línguas finíssimas de cobra.(...)E devorava-a de beijos violentos, repetidos, quentes, que sufocavam a menina, enchendo-a de espanto e de um instintivo temor, cuja origem a pobrezinha, na sua simplicidade, não podia saber qual era. (…) Leonie fingia prestar-lhe atenção e nada mais fazia do que afagar-lhe a cintura, as coxas e o colo. Depois, como que distraidamente, começou a desabotoar-lhe o corpinho do vestido”.

Aluísio Azevedo “O cortiço”

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