vol 07 - convenção da basiléia

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Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Volume VII Volume VII Volume VII Volume VII Volume VII Convenção da Basiléia sobre Convenção da Basiléia sobre Convenção da Basiléia sobre Convenção da Basiléia sobre Convenção da Basiléia sobre o Controle de Movimentos o Controle de Movimentos o Controle de Movimentos o Controle de Movimentos o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Transfronteiriços de Resíduos Transfronteiriços de Resíduos Transfronteiriços de Resíduos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito Perigosos e seu Depósito Perigosos e seu Depósito Perigosos e seu Depósito Perigosos e seu Depósito GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO São Paulo Ambiente do Meio Secretaria

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Entendendo o Meio Ambiente - Volume 07 Convenção da Basiléia sobre Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Perigosos e seu Depósito Ambiente SP

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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Entendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteVolume VIIVolume VIIVolume VIIVolume VIIVolume VII

Convenção da Basiléia sobreConvenção da Basiléia sobreConvenção da Basiléia sobreConvenção da Basiléia sobreConvenção da Basiléia sobreo Controle de Movimentoso Controle de Movimentoso Controle de Movimentoso Controle de Movimentoso Controle de Movimentos

Transfronteiriços de ResíduosTransfronteiriços de ResíduosTransfronteiriços de ResíduosTransfronteiriços de ResíduosTransfronteiriços de ResíduosPerigosos e seu DepósitoPerigosos e seu DepósitoPerigosos e seu DepósitoPerigosos e seu DepósitoPerigosos e seu Depósito

GOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADO

DE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULO

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Ambiente

do Meio

Secretaria

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Entendendo o Meio Ambiente – SMA – Volume VII

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Ficha CatalográficaFicha CatalográficaFicha CatalográficaFicha CatalográficaFicha Catalográfica(preparada pelo Setor de Biblioteca da CETESB)

S 2 4 2 e São Paulo (Estado). Secretaria de Estado do Meio Ambiente.Entendendo o meio ambiente / Coordenação geral [do]

Secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo FabioFeldmann. - - São Paulo: SMA, 1997.

8 v.; 22cm

Conteúdo: v. 1. Tratados e organizações internacionais emmatéria de meio ambiente. 33 p. - - v.2. Convenção da biodiversi-dade. 47 p. - - v.3. Convenção do RAMSAR: sobre zonas úmidasde importância internacional, especialmente como habitat deaves aquáticas. 23 p. - - v.4.Convenção CITES: convenção sobreo comércio internacional das espécies da fauna e da flora selva-gens em perigo de extinção. 69 p. - - v.5. Convenção de Vienapara a proteção da camada de ozônio e protocolo de Montrealsobre substâncias que destroem a camada de ozônio. 71 p. --v.6. Convenção sobre mudança do clima. 50 p. - - v.7. Convençãoda Basiléia sobre o controle de movimentos transfronteiriços deresíduos perigosos e seu depósito. 62 p. - - v.8. CooperaçãoInternacional. 35 p.

1. Biodiversidade 2. Controle da poluição ambiental 3. Gestãoambiental - programas 4. Meio Ambiente - preservação I. Título

CDD (18.ed.) 614 . 7CDU (2.ed. med. port.) 504 . 064

Tiragem: 1.000 exemplares

Impresso no Brasil - Printed in Brazil

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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ÍNDICE

Apresentação 5Fabio Feldmann - Secretário do Meio Ambiente

Apresentação 7Marília Marreco

Convenção da Basiléia – Preâmbulo 1 1Artigo 1 – Alcance da Convenção 1 5Artigo 2 – Definições 1 7Artigo 3 – Definições Nacionais de Resíduos Perigosos 1 8Artigo 4 – Obrigações Gerais 1 9Artigo 5 – Designação de Autoridades Competentes e 2 3do Ponto FocalArtigo 6 – Movimento Transfronteiriço entre Partes 2 3Artigo 7 – Movimento Transfronteiriço a Partes de uma 2 6através de Estados que não sejam PartesArtigo 8 – O Dever de Reimportar 2 6Artigo 9 – Tráfico Ilegal 2 7Artigo 10 – Cooperação Internacional 2 8Artigo 11 – Acordo Bilaterais, Multilaterais e Regionais 3 0Artigo 12 – Consultas sobre Responsabilidades 3 0Artigo 13 – Transmissão de Informações 3 1Artigo 14 – Aspectos Financeiros 3 3Artigo 15 – Conferência das Partes 3 3Artigo 16 – O Secretariado 3 5Artigo 17 – Emenda à Convenção 3 8Artigo 18 – Adoção de Emendas aos Anexos 3 9Artigo 19 – Verificação 4 0Artigo 20 – Solução de Controvérsias 4 0Artigo 21 – Assinatura 4 1Artigo 22 – Ratificação, Aceitação, Confirmação Formal ou 4 2AprovaçãoArtigo 23 – Adesão 4 2Artigo 24 – Direito a Voto 4 3Artigo 25 – Entrada em Vigor 4 3Artigo 26 – Reservas e Declarações 4 4Artigo 27 – Denúncia 4 4Artigo 28 – Depositário 4 4Artigo 29 – Textos Autênticos 4 5Anexo I – Categorias de Resíduos a serem Controlados 4 6Anexo II – Categorias de Resíduos que exigem 4 9Consideração EspecialAnexo III – Lista de Características Perigosas 4 9

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Anexo IV – Operações de Depósito 5 3Anexo V-A – Informações a serem fornecidas por ocasião 5 5da notificaçãoAnexo V-B – Informações a serem fornecidas no documento 5 8de movimentoAnexo VI – Arbitragem 5 9

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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A p rA p rA p rA p rA p r e s e n t a ç ã oe s e n t a ç ã oe s e n t a ç ã oe s e n t a ç ã oe s e n t a ç ã o

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente está lançandoa Série “Entendendo o Meio Ambiente”, com o intuito de apre-sentar de forma clara e sucinta os grandes temas relativos aomeio ambiente para os profissionais, ativistas e estudiosos daárea, bem como ao público leigo.

Este livro da série, intitulado “Convenção da BasiléiaConvenção da BasiléiaConvenção da BasiléiaConvenção da BasiléiaConvenção da Basiléiasobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Re-sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Re-sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Re-sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Re-sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Re-síduos Perigosos e seu Depósitosíduos Perigosos e seu Depósitosíduos Perigosos e seu Depósitosíduos Perigosos e seu Depósitosíduos Perigosos e seu Depósito”, contém, além do textointegral do tratado, artigo da especialista na matéria, MaríliaMarreco, Diretora do Departamento de Gestão Ambiental doMinistério do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e da Amazô-nia Legal, que apresenta os principais conceitos contidos nes-se importante acordo internacional.

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Essa Convenção estabelece obrigações com vistas areduzir os movimentos transfronteiriços de resíduos perigososao mínimo e com manejo eficiente e ambientalmente seguro.Visa também a minimização da quantidade e toxidade dos re-síduos gerados e seu tratamento ambientalmente seguro e pró-ximo da fonte geradora, bem como fornecer suporte aos paí-ses em desenvolvimento para o manejo ambientalmente cor-reto desses e outros resíduos e para a implementação desseacordo. Essa convenção foi adotada em março de 1989 naBasiléia e entrou em vigor em maio de 1992. O Brasil é signa-tário da Convenção, que passou a vigorar neste país em 1992.

A Série “Entendendo o Meio Ambiente”, e em particularos números relativos aos principais tratados internacionais, pre-tende apresentar os temas fundamentais relativos à proteçãoambiental ao grande público, possibilitando o acesso ao co-nhecimento de instrumentos que permitam uma ação eficazda cidadania em prol do meio ambiente.

Fabio FeldmannSecretário de Estado do Meio Ambiente

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Apre sen t a çãoAp re sen t a çãoAp re sen t a çãoAp re sen t a çãoAp re sen t a çãoMarília Marreco

A Convenção da Basiléia, ratificada pelo Brasil atravésdo Decreto No. 875, de 18.07.93, e publicada no DOU em19.07.93, constitui-se em instrumento que estabelece meca-nismos de controle de movimentos transfronteiriços de resídu-os perigosos e seu depósito, baseado no princípio do consen-timento prévio e explícito para a importação e o trânsito des-ses resíduos, coibindo o tráfico ilícito. Ou seja, a Convençãoem si não proibe, até o momento, a movimentaçãotransfronteiriça de resíduos perigosos, mas estabelece meca-nismos para o controle e acompanhamento desse tráfico.

A Convenção reconhece ainda o direito soberano dequalquer Estado em proibir a entrada ou depósito de resíduos

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perigosos estrangeiros em seu território. Em seu artigo 1 (Ane-xos I e III) são definidos os resíduos considerados perigosos noâmbito da Convenção, além de prever em seu artigo 3, a pos-sibilidade de complementações necessárias a partir das le-gislações nacionais.

Em termos de obrigações gerais, a Convenção contem-pla, dentre outros, os seguintes compromissos:

� necessidade de consentimento prévio, por escrito, porparte dos países importadores, dos resíduos autorizados deimportação;

� a adoção de medidas adequadas de minimização dageração de resíduos, levando em consideração aspectos so-ciais, tecnológicos e econômicos;

� a administração ambientalmente saudável de resíduose seu depósito;

� a adoção de medidas internas para a implementaçãoda Convenção;

� a possibilidade de movimentação entre Estados partese não partes somente mediante acordo de cooperação;

� a exigência que a movimentação transfronteiriça aten-da as normas e padrões internacionais aceitos e reconheci-dos para embalagem, etiquetagem e transporte;

� a permissão para a movimentação transfronteiriça deresíduos perigosos, desde que os resíduos em questão sejamnecessários como matéria prima para as indústrias dereciclagem ou recuperação no Estado de importação.

A Convenção prevê a designação de autoridades com-petentes e de ponto focal que no Brasil são:

� ponto focal: Ministério das Relações Exteriores� autoridades competentes: Ministério do Meio Ambien-

te, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, e o InstitutoBrasi leiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis.

A realização dos movimentos transfronteiriços autoriza-

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dos envolve uma série de procedimentos referentes a notifica-ção por parte dos Estados de importação e exportação, coma finalidade de disciplinar tais ações. Em casos de não atendi-mento aos procedimentos específicos, fica o Estado exporta-dor obrigado a reimportar.

Para os fins da Convenção considera-se tráfico ilegal mo-vimentos realizados sem notificação, sem consentimento ouconsentimento falsificado, fora de conformidade com a docu-mentação e para depósito liberado (por exemplo, dumping).

Na III Conferência das Partes, foi adotada a Decisão II.12que trata da proibição da exportação de resíduos perigososde países OCDE para países não OCDE, a partir de 1 de janei-ro de 1998. Mesmo assim, prevê-se que até dezembro de 1997,os países notifiquem ao Secretariado da Convenção a neces-sidade de importação de resíduos considerados imprescindí-veis dentre os perigosos, especif icando as condições dereciclagem e reutilização.

A Convenção tem atingido seus objetivos em termos deum maior disciplinamento na movimentação de resíduos peri-gosos e num maior intercâmbio de informações e tecnologias,inclusive quanto à redução na geração de resíduos e nummaior aproveitamento interno dos mesmos.

A grande limitação da Convenção refere-se à definiçãogenérica dos resíduos perigosos considerados. Para tanto, foicriado um Grupo Técnico de Trabalho específico para caracte-rizar e classificar os resíduos abrangidos pela Convenção , oque resultará, provavelmente na modificação dos seus Ane-xos I e III e no estabelecimento de uma nova listagem.

Visando estabelecer os procedimentos necessários àefetiva implementação da Convenção da Basiléia no Brasil, bemcomo disciplinar a importação e exportação de resíduos, foiaprovada a Resolução CONAMA No. 37/94, revogada em de-zembro de 1996. Com o mesmo objetivo foi aprovada outranorma, a Resolução CONAMA No. 23, em dezembro de 1996.

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Convenção da Basiléia sobre oConvenção da Basiléia sobre oConvenção da Basiléia sobre oConvenção da Basiléia sobre oConvenção da Basiléia sobre oControle de Movimentos TransfronteiriçosControle de Movimentos TransfronteiriçosControle de Movimentos TransfronteiriçosControle de Movimentos TransfronteiriçosControle de Movimentos Transfronteiriços

de Resíduos Perigosos e seu Depósitode Resíduos Perigosos e seu Depósitode Resíduos Perigosos e seu Depósitode Resíduos Perigosos e seu Depósitode Resíduos Perigosos e seu Depósito

P reâmbu loP reâmbu loP reâmbu loP reâmbu loP reâmbu lo

As Partes da presente Convenção,

ConscientesConscientesConscientesConscientesConscientes do risco que os resíduos perigosos e ou-tros resíduos e seus movimentos transfronteiriços represen-tam para a saúde humana e o meio ambiente,

AtentasAtentasAtentasAtentasAtentas à crescente ameaça à saúde humana e ao meioambiente que a maior geração, complexidade e movimentotransfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos repre-sentam,

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AtentasAtentasAtentasAtentasAtentas também ao fato de que a maneira mais eficazde proteger a saúde humana e o meio ambiente dos perigosque esses resíduos representam é a redução ao mínimo dasua geração em termos de quantidade e/ou potencial de seusriscos,

ConvencidasConvencidasConvencidasConvencidasConvencidas de que os Estados devem tomar medidasnecessárias para garantir que a administração de resíduosperigosos e outros resíduos, inclusive seu movimento transfron-teiriço e depósito, seja coerente com a proteção da saúde hu-mana e do meio ambiente, independentemente do local deseu depósito,

ObservandoObservandoObservandoObservandoObservando que os Estados devem assegurar que ogerador cumpra suas tarefas no que se refere ao transporte edepósito de resíduos perigosos e outros resíduos numa ma-neira coerente com a proteção do meio ambiente, indepen-dentemente do local de depósito,

ReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendo plenamente que qualquer Estado temo direito soberano de proibir a entrada ou depósito de resídu-os perigosos e outros resíduos estrangeiro em seu território,

ReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendo também o desejo crescente de proibirmovimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu de-pósito em outros Estados, especialmente nos países em de-senvolvimento,

ConvencidaConvencidaConvencidaConvencidaConvencida de que os resíduos perigosos e outros resí-duos devem, na medida em que seja compatível com umaadministração ambientalmente saudável e eficiente, ser depo-sitados no Estado no qual foram gerados,

ConscientesConscientesConscientesConscientesConscientes também de que os movimentostransfronteiriços desses resíduos do Estado gerador para qual-quer outro Estado devem ser permitidos apenas quando reali-zados em condições que não ameacem a saúde humana e omeio ambiente, nas condições previstas na presente Conven-ção,

Considerando Considerando Considerando Considerando Considerando que um maior controle do movimentotransfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos agirácomo um estímulo para a administração ambientalmente sau-

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dável dos mesmos e para a redução do volume deste movi-mento transfronteiriço,

ConvencidasConvencidasConvencidasConvencidasConvencidas de que os Estados devem tomar medidaspara estabelecer um intercâmbio adequado de informaçõessobre o movimento transfronteiriço de resíduos perigosos eoutros resíduos que saem desses Estados ou neles entram epara o controle de tais movimentos,

ObservandoObservandoObservandoObservandoObservando que diversos acordos internacionais e re-gionais abordaram a questão da proteção e preservação domeio ambiente em relação ao trânsito de bens perigosos,

LevandoLevandoLevandoLevandoLevando em consideração a Declaração da Conferên-cia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Esto-colmo, 1972), as Diretrizes e Princípios do Cairo para a admi-nistração ambientalmente saudável de resíduos perigososadotados pelo Conselho de Administração do Programa dasNações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) por meio dadecisão 14/30 de 17 de junho de 1987, as Recomendaçõesdo Comitê de Peritos das Nações Unidas para o Transporte deBens Perigosos (formuladas em 1957 e atualizadas bienal-mente), recomendações, declarações, instrumentos e regula-mentos pertinentes adotados dentro do sistema das NaçõesUnidas e o trabalho e os estudos desenvolvidos dentro de ou-tras organizações internacionais e regionais,

AtentasAtentasAtentasAtentasAtentas ao espírito, princípios, objetivos e funções daCarta Mundial da Natureza adotada pela Assembléia Geral dasnações Unidas na sua trigésima sétima sessão (1982) como aregra de ética para a proteção do meio ambiente humano e apreservação dos recursos naturais,

AfirmandoAfirmandoAfirmandoAfirmandoAfirmando que os Estados devem cumprir suas obriga-ções internacionais no que se refere à proteção da saúde hu-mana e proteção e à preservação do meio ambiente e quesão responsáveis por danos em conformidade com o direitointernacional,

ReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendo que, no caso de uma violação grave dosdispositivos da presente Convenção ou de qualquer protocoloda mesma, aplicar-se-ão as normas pertinentes do direito in-ternacional dos tratados,

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Conscientes Conscientes Conscientes Conscientes Conscientes da necessidade de continuar o desenvol-vimento e a implementação de tecnologias ambientalmenteracionais, que gerem escassos resíduos, medidas de recicla-gem e bons sistemas de administração e de manejo, permi-tam reduzir ao mínimo a geração de resíduos perigosos e ou-tros resíduos,

ConscientesConscientesConscientesConscientesConscientes também da crescente preocupação inter-nacional com a necessidade de um controle rigoroso do mo-vimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos,bem como com a necessidade de, tanto quanto possível, re-duzir este movimento a um mínimo,

PreocupadasPreocupadasPreocupadasPreocupadasPreocupadas com o problema do tráfico transfronteiriçoilegal de resíduos perigosos e de outros resíduos,

LevandoLevandoLevandoLevandoLevando também em consideração que países em de-senvolvimento têm uma capacidade limitada para administrarresíduos perigosos e outros resíduos,

ReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendo que é preciso promover a transferênciade tecnologia para a administração saudável dos resíduos peri-gosos e outros resíduos produzidos localmente, particularmentepara os países em desenvolvimento, de acordo com o espíritodas Diretrizes do Cairo e da decisão 14/16 do Conselho deAdministração do PNUMA sobre a promoção da transferênciade tecnologias de proteção ambiental,

ReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendoReconhecendo também que os resíduos perigosos eoutros resíduos devem ser transportados de acordo com asconvenções e recomendações internacionais pertinentes,

ConvencidasConvencidasConvencidasConvencidasConvencidas também de que o movimento transfrontei-riço de resíduos perigosos e outros resíduos só deve ser per-mitido quando o transporte e o depósito final desses resíduosforem ambientalmente racionais, e

Determinadas Determinadas Determinadas Determinadas Determinadas a proteger, por meio de um controle rigo-roso, a saúde humana e o meio ambiente contra os efeitos ad-versos que podem resultar da geração e administração de resí-duos perigosos e outros resíduos,

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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Acordaram o seguinte:

Artigo 1Artigo 1Artigo 1Artigo 1Artigo 1Alcance da ConvençãoAlcance da ConvençãoAlcance da ConvençãoAlcance da ConvençãoAlcance da Convenção

1. Serão “resíduos perigosos” para os fins da presenteConvenção, os seguintes resíduos que sejam objeto de movi-mentos transfronteiriços:

a) Resíduos que se enquadram em qualquer categoriacontida no Anexo I, a menos que não possuam quaisquer dascaracterísticas descritas no Anexo III; e,

b) Resíduos não cobertos pelo parágrafo (a) mas defini-dos, ou considerados, resíduos perigosos pela legislação in-terna da Parte que seja Estado de exportação, de importaçãoou de trânsito.

2. Os resíduos que se enquadram em qualquer catego-ria contida no Anexo II e que sejam objeto de movimentostransfronteiriços serão considerados “outros resíduos” para osfins da presente Convenção.

3. Os resíduos que, por serem radioativos, estiverem su-jeitos a outros sistemas internacionais de controle, inclusive ins-trumentos internacionais que apliquem especificamente amateriais radioativos, ficam excluídos do âmbito da presenteConvenção.

4. Os resíduos derivados de operações normais de umnavio, cuja descarga esteja coberta por um outro instrumentointernacional, ficam excluídos do âmbito da presente Conven-ção.

Artigo 2Artigo 2Artigo 2Artigo 2Artigo 2Def iniçõesDef iniçõesDef iniçõesDef iniçõesDef inições

Para os fins da presente Convenção:

1. Por “Resíduos” se entendem as substâncias ou obje-tos, a cujo depósito se procede, se propõe proceder-se, ou se

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está obrigado a proceder-se em virtude do disposto na legisla-ção nacional;

2. Por “Administração” se entenda à coleta, transporte edepósito de resíduos perigosos e outros resíduos, incluindo avigilância dos locais de depósito;

3. Por “Movimento transfronteiriço” se entende todo mo-vimento de resíduos perigosos ou outros resíduos proceden-tes de uma área sob a jurisdição nacional de um Estado paraou através de uma área sob a jurisdição nacional de outro Es-tado ou para ou através de uma área não incluída na jurisdi-ção nacional de qualquer Estado, desde que o movimento afe-te a pelo menos dois Estados;

4. Por “Depósito” se entende qualquer das operaçõesespecificadas no Anexo IV da presente Convenção;

5. Por “Local ou Instalação aprovada” se entende um lo-cal ou uma instalação para o depósito de resíduos perigosos eoutros resíduos autorizada ou liberada para operar com estafinalidade por uma autoridade competente do Estado no qualo local ou a instalação esteja localizada;

6. Por “Autoridade competente” se entende uma autori-dade governamental designada por uma Parte para ser res-ponsável, dentro das áreas geográficas consideradas adequa-das pela Parte, para receber a notificação de um movimentotransfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos, bemcomo qualquer informação relativa ao mesmo, e para dar res-posta a tal notificação, como prevê o Artigo 6;

7. Por “Ponto focal” se entende a entidade de uma Partemencionada no Artigo 5, responsável por receber e fornecerinformações na forma prevista nos Artigos 13 e 16;

8. Por “Administração ambientalmente saudável de resí-duos perigosos ou outros resíduos” se entende a tomada detodas as medidas práticas para garantir que os resíduos peri-gosos e outros resíduos sejam administrados de maneira aproteger a saúde humana e o meio ambiente de efeitos noci-vos que possam ser provocados por esses resíduos;

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9. Por “Área sob a jurisdição nacional de um Estado” seentende qualquer área terrestre, marítima ou aérea dentro daqual um Estado exerça responsabil idade administrativa eregulamentadora de acordo com o direito internacional emrelação à proteção da saúde humana ou do meio ambiente;

10. Por “Estado de exportação” se entende uma Parte apartir da qual se planeja iniciar ou se inicia um movimentotransfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos;

11. Por “Estado de importação” se entende uma Partepara a qual se planeja fazer ou se faz efetivamente um movi-mento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resídu-os com a finalidade de aí depositá-los ou carregá-los antes dedepositá-los numa área não incluída na jurisdição nacional dequalquer Estado;

12. Por “Estado de trânsito” se entende qualquer Estado,que não seja o Estado de exportação ou importação, atravésdo qual se planeja fazer ou se faz um movimento transfronteiriçode resíduos perigosos ou outros resíduos;

13. Por “Estados interessados” se entende as Partes quesão Estados de exportação ou importação, ou Estados de trân-sito, quer sejam Partes ou não;

14. Por “Pessoa” se entende qualquer pessoa física oujurídica;

15. Por “Exportador” se entende qualquer pessoa sob ajurisdição do Estado de exportação que providencia a expor-tação de resíduos perigosos ou outros resíduos;

16. Por “Importador” se entende qualquer pessoa sob ajurisdição do Estado de importação que providencia e impor-tação de resíduos perigosos ou outros resíduos;

17. Por “Transportador” se entende qualquer pessoa querealiza o transporte de resíduos perigosos ou outros resíduos;

18. Por “Gerador” se entende qualquer pessoa cuja ativi-dade produza resíduos perigosos ou outros resíduos que se-jam objeto de um movimento transfronteiriço ou, caso essa

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pessoa não seja conhecida, a pessoa que possui e/ou contro-la esses resíduos;

19. Por “Encarregado do depósito” se entende qualquerpessoa para a qual resíduos perigosos ou outros resíduos sãoenviados ou que efetua o depósito desses resíduos;

20. Por “Organização constituída por Estados soberanospara a qual seus Estados-Membros tenham transferido a com-petência pelas questões regidas pela presente Convenção eque tenha sido devidamente autorizada, de acordo com seusprocedimentos internos, a assiná-la, ratificá-la, aceitá-la, aprová-la, confirmá-la formalmente ou aderir à mesma;

21. Por “Tráfico ilegal” se entende qualquer movimentotransfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos naforma especificada no Artigo 9.

Artigo 3Artigo 3Artigo 3Artigo 3Artigo 3Definições Nacionais de Resíduos PerigososDefinições Nacionais de Resíduos PerigososDefinições Nacionais de Resíduos PerigososDefinições Nacionais de Resíduos PerigososDefinições Nacionais de Resíduos Perigosos

1. Cada Parte deverá, dentro de um prazo de seis me-ses a contar da data em que tornar uma Parte da presenteConvenção, informar a Secretaria da Convenção a respeito dosresíduos, excluídos aqueles relacionados nos Anexos I e II, consi-derados ou definidos como perigosos em sua legislação naci-onal e a respeito de quaisquer requisitos relacionados com osprocedimentos adotados para o movimento transfronteiriçodesses resíduos.

2. Cada Parte deverá subseqüentemente informar a Se-cretaria a respeito de quaisquer mudanças significativas ocor-ridas na informação prestada em conformidade com o pará-grafo 1.

3. A Secretaria deverá prontamente levar ao conhecimen-to de todas as Partes as informações recebidas de acordo comos parágrafos 1 e 2.

4. As Partes estarão obrigadas a colocar à disposiçãode seus exportadores a informação que lhes seja transmitidapela Secretaria em cumprimento do parágrafo 3.

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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Artigo 4Artigo 4Artigo 4Artigo 4Artigo 4Obrigações GeraisObrigações GeraisObrigações GeraisObrigações GeraisObrigações Gerais

1. (a) As Partes que estiverem exercendo o seu direi-to de proibir a importação de resíduos perigosos e outros resí-duos para depósito deverão informar as outras Partes de suadecisão em conformidade com o que prevê o Artigo 13.

(b) As Partes deverão proibir ou não permitir a ex-portação de resíduos perigosos e outros resíduos para as Par-tes que proibirem a importação desses resíduos, quando noti-ficadas como prevê o subparágrafo (a) acima.

(c) As partes deverão proibir ou não permitir a ex-portação de resíduos perigosos e outros resíduos se o Estadode importação não der consentimento por escrito para a im-portação específica, no caso de o Estado de importação nãoter proibido a importação desses resíduos.

2. Cada Parte deverá tomar medidas adequadas para:

(a) Assegurar que a geração de resíduos perigo-sos e outros resíduos em seu território seja reduzida a um mí-nimo, levando em consideração aspectos sociais, tecnológicose econômicos;

(b) Assegurar a disponibilidade de instalações ade-quadas para o depósito, visando a uma administraçãoambientalmente saudável de resíduos perigosos e outros resí-duos, as quais deverão se localizar, na medidas do possível,dentro de seu território, seja qual for o local de depósito;

(c) Assegurar que as pessoas envolvidas na admi-nistração de resíduos perigosos e outros resíduos dentro deseu território tomem as medidas necessárias para evitar a po-luição por resíduos perigosos e outros resíduos provocada poressa administração, e se tal poluição ocorrer, para minimizarsuas conseqüências em relação à saúde humana e ao meioambiente;

(d) Assegurar que o movimento transfronteiriço deresíduos perigosos e outros resíduos seja reduzido ao mínimocompatível com a administração ambientalmente saudável e

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Entendendo o Meio Ambiente – SMA – Volume VII

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eficiente desses resíduos e que seja efetuado de maneira aproteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos ad-versos que possam resultar desse movimento;

(e) Não permitir a exportação de resíduos perigo-sos e outros resíduos para um Estado ou grupo de Estadosque pertençam a uma organização de integração econômicae/ou política de que sejam Partes países, particularmente paí-ses em desenvolvimento, cuja legislação tenha proibido todasas importações, ou se tiver razões para crer que os resíduosem questão não serão administrados de forma ambientalmentesaudável, de acordo com critérios a serem decididos pelasPartes em sua primeira reunião.

(f) Exigir que informações sobre qualquer movimen-to transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos pro-posto sejam fornecidas aos Estados interessados, de acordocom o Anexo V a, no sentido de definir claramente os efeitosdesse movimento sobre a saúde humana e o meio ambiente;

(g) Impedir a importação de resíduos perigosos eoutros resíduos se tiver razões para crer que os resíduos emquestão não serão administrados de forma ambientalmentesaudável;

(h) Cooperar com outras Partes e organizações in-teressadas em atividades, diretamente e através do Secretari-ado, inclusive, diretamente e através do Secretariado, inclusivedivulgando informações sobre o movimento transfronteiriço deresíduos perigosos e outros resíduos, com o objetivo de apri-morar a administração ambientalmente saudável desses resí-duos e impedir o tráfico ilegal;

3. As Partes consideram que o tráfico ilegal de resíduosperigosos ou outros resíduos perigosos ou é uma atividadecriminosa.

4. Cada Parte deverá tomar medidas legais, administra-tivas ou de outra natureza para implementar e fazer vigorar osdispositivos da presente Convenção, inclusive medidas paraimpedir e punir condutas que representem violação da pre-sente Convenção.

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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5. Nenhuma Parte permitirá que resíduos perigosos ououtros resíduos sejam exportados para um Estado que nãoseja Parte, ou importados de um Estado que não seja Parte.

6. As Partes acordam que não permitirão a exportaçãode resíduos perigosos e outros resíduos para depósito dentroda área ao sul dos 60 graus de latitude sul, estejam ou nãoesses resíduos sujeitos a movimento transfronteiriço.

7. Além disso, cada Parte deverá:

(a) Proibir todas as pessoas sob sua jurisdição na-cional de transportarem ou depositarem resíduos perigososou outros resíduos, a não ser que essas pessoas estejam au-torizadas ou tenham permissão para realizar esse tipo de ope-rações;

(b) Exigir que os resíduos perigosos e outros resí-duos a serem objeto de um movimento transfronteiriço sejamembalados, etiquetados e transportados em conformidade comnormas e padrões internacionais aceitos e reconhecidos deforma geral no campo de embalagem, etiquetagem e trans-porte, e que sejam levadas em consideração práticas perti-nentes internacionalmente reconhecidas;

(c) Exigir que os resíduos perigosos e outros resí-duos se façam acompanhar de um documento de movimentodesde o ponto no qual tenha início um movimentotransfronteiriço até o ponto de depósito.

8. Cada Parte deverá exigir que os resíduos perigosos eoutros resíduos a serem exportados sejam administrados deforma ambientalmente saudável no Estado de importação ouem qualquer outro lugar. Diretrizes técnicas a serem adotadaspara a administração ambientalmente saudável dos resíduoscobertos pela presente Convenção serão acordadas pelas Par-tes em sua primeira reunião.

(a) O Estado de exportação não tiver capacidadetécnica e as instalações necessárias, capacidade ou locais dedepósito adequados para depositar os resíduos em questãode forma ambientalmente saudável e eficiente; ou

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(b) Os resíduos em questão forem necessárioscomo matéria-prima para as indústrias de reciclagem ou recu-peração no Estado de importação; ou

(c) O movimento transfronteiriço em questão esti-ver de acordo com outros critérios a serem acordados pelasPartes, desde que esses critérios não divirjam dos objetivosda presente Convenção.

10. A obrigação estipulada pela presente Convenção emrelação aos Estados nos quais são gerados resíduos perigo-sos e outros resíduos, de exigir que esses resíduos sejam ad-ministrados de forma ambientalmente saudável não poderá,em nenhuma circunstância, ser transferida para os Estadosde importação ou trânsito.

11. Nada na presente Convenção deve impedir uma Partede impor exigências adicionais que sejam compatíveis com osdispositivos da presente Convenção e que estejam em con-cordância com as normas de direito internacional, a fim demelhor proteger a saúde humana e o meio ambiente.

12. Nada na presente Convenção deve afetar em nenhumaspecto a soberania dos Estados sobre seu mar territorial,estabelecida de acordo com o direito internacional e os direi-tos soberanos e a jurisdição que os Estados exercem sobresuas zonas econômicas exclusivas e plataformas continentaisde acordo com o direito internacional, bem como o exercíciodos direitos e liberdades de navegação por parte dos navios eaviões de todos os Estados, conforme provê o direito internaci-onal e como estabelecido em instrumentos internacionais per-tinentes.

13. As Partes deverão rever periodicamente as possibili-dades de reduzir a quantidade e/ou o potencial de poluiçãodos resíduos perigosos e outros resíduos que são exportadospara outros Estados, particularmente para os países em de-senvolvimento.

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Artigo 5Artigo 5Artigo 5Artigo 5Artigo 5Designação de AutoridadesDesignação de AutoridadesDesignação de AutoridadesDesignação de AutoridadesDesignação de Autoridades

Competentes e do Ponto FocalCompetentes e do Ponto FocalCompetentes e do Ponto FocalCompetentes e do Ponto FocalCompetentes e do Ponto Focal

Para facilitar a implementação da presente Convenção,as Partes deverão:

1. Designar ou estabelecer uma ou mais autoridadescompetentes e um ponto focal. Uma autoridade competentedeverá ser designada para receber a notificação no caso deum Estado de trânsito.

2. Informar o Secretariado, em um período de três me-ses a partir da entrada em vigor da presente Convenção paraelas, a respeito das repartições designadas por elas como seuponto focal e suas autoridades competentes.

3. Informar o Secretariado, em um período de um mês acontar da data da decisão, a respeito de quaisquer mudançasrelacionadas com a designação feita em conformidade com oparágrafo 2 acima.

Artigo 6Artigo 6Artigo 6Artigo 6Artigo 6Movimento Transfronteiriço entre PartesMovimento Transfronteiriço entre PartesMovimento Transfronteiriço entre PartesMovimento Transfronteiriço entre PartesMovimento Transfronteiriço entre Partes

1. O Estado de exportação deverá notificar, ou exigir queo gerador ou exportador notifiquem, por escrito, por meio daautoridade competente do Estado de exportação, a autorida-de competente dos Estados interessados, a respeito de qual-quer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou ou-tros resíduos proposto. Essa notificação deverá conter as de-clarações e informações especificadas no Anexo V A, escritasnuma língua aceitável para o Estado de importação. Apenasuma notificação precisará ser enviada para cada um dos Esta-dos interessados.

2. O Estado de importação deverá responder por escritoao notificador, permitindo o movimento com ou sem condições,negando permissão para o movimento ou solicitando informa-ções adicionais. Uma cópia da resposta final do Estado de im-portação deverá ser enviada as autoridades competentes dosEstados interessados que sejam Partes.

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3. O Estado de exportação não deverá permitir que ogerador ou exportador dê início ao movimento transfronteiriçoaté que tenha recebido confirmação por escrito de que:

(a) O notificador recebeu o consentimento por es-crito do Estado de importação; e,

(b) O notificador recebeu da parte do Estado deimportação confirmação quanto à existência de um contratoentre o exportado e o encarregado do depósito especificandoa administração ambientalmente saudável dos resíduos emquestão.

4. Cada Estado de trânsito que seja deverá acusar pron-tamente ao notificador o recebimento da notificação. Subse-quentemente, poderá dar uma resposta por escrito ao notifi-cador, em um prazo de 60 dias, permitindo o movimento comou sem condições, negando permissão para o movimento ousolicitando informações adicionais. O Estado de exportaçãonão deverá permitir que o movimento transfronteiriço tenhainício antes de haver recebido a permissão por escrito do Es-tado de trânsito. Não obstante, caso em qualquer momentouma Parte decida não exigir consentimento prévio, de formageral ou sob condições específicas, para movimentos transfron-teiriços de trânsito de resíduos perigosos ou outros resíduos,ou caso modifique seus requisitos neste particular, deverá in-formar prontamente as outras Partes de sua decisão, comoprevê o Artigo 13. Nesse último caso, se o Estado de exporta-ção não receber qualquer resposta em um prazo de 60 dias apartir do recebimento de uma determinada notificação peloEstado de trânsito, o Estado de exportação poderá permitirque a exportação se faça através do Estado de trânsito.

5. No caso de um movimento transfronteiriço em que osresíduos sejam legalmente definidos ou considerados comoresíduos perigosos apenas:

(a) Pelo Estado de exportação, os requisitos do pa-rágrafo 9 do presente Artigo que se aplicam ao importador eencarregado do depósito e ao Estado de importação aplicar-se-ão, mutatis mutandis, ao exportador e ao Estado de expor-tação, respectivamente;

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(b) Pelo Estado de importação, ou pelos Estadosde importação e de trânsito que sejam Partes, os requisitosdos parágrafos 1, 3, 4 e 6 do presente Artigo que se aplicamao exportador e ao Estado de exportação aplicar-se-ão, mutatis

mutandis, ao importador ou encarregado do depósito e aoEstado de importação, respectivamente; ou

(c) Por qualquer Estado de trânsito que seja umaParte, os dispositivos do parágrafo 4 aplicar-se-ão a tal Estado.

6. O Estado de exportação poderá, mediante consenti-mento por escrito dos Estados interessados, permitir que ogerador ou o exportador usem uma notificação geral pela qualos resíduos perigosos ou outros resíduos com as mesmas ca-racterísticas físicas e químicas sejam aduana de saída do Es-tado de exportação, via a mesma aduana de entrada do Esta-do de importação e, no caso de trânsito, via a mesma aduanade entrada e saída do Estado ou Estados de trânsito.

7. Os Estados interessados poderão apresentar sua per-missão por escrito para a utilização da notificação geral men-cionada no parágrafo 6 mediante o fornecimento de determi-nadas informações, com as quantidades exatas ou relaçõesperiódicas de resíduos perigosos ou outros resíduos a seremexpedidos.

8. A notificação geral e o consentimento por escrito men-cionados nos parágrafos 6 e 7 poderão abranger múltiplasexpedições de resíduos perigosos ou outros resíduos duranteum período máximo de 12 meses.

9. As Partes deverão exigir que todas as pessoas encar-regadas de um movimento transfronteiriço de resíduos peri-gosos ou outros resíduos assinem o documento do movimen-to na entrega ou no recebimento dos resíduos em questão.Também deverão exigir que o encarregado do depósito infor-me tanto o exportador quanto a autoridade competente doEstado de exportação do recebimento, pelo encarregado dodepósito, dos resíduos em questão e, no devido tempo, daconclusão do depósito de acordo com as especificações danotificação. Caso essas informações não sejam recebidas noEstado de exportação, a autoridade competente do Estado deexportação ou o exportador deverão notificar o Estado de im-

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portação.

10. A notificação e resposta exigidas pelo presente Arti-go deverão ser transmitidas à autoridade competente das par-tes interessadas ou às autoridades governamentais responsá-veis no caso de Estados que não sejam Partes.

11. Qualquer movimento transfronteiriço de resíduos pe-rigosos ou outros resíduos deverá ser coberto por seguro, cau-ção ou outra garantia exigida pelo Estado de importação ouqualquer Estado de trânsito que seja um Parte.

Artigo 7Artigo 7Artigo 7Artigo 7Artigo 7Movimento Transfronteiriço a Partes de umaMovimento Transfronteiriço a Partes de umaMovimento Transfronteiriço a Partes de umaMovimento Transfronteiriço a Partes de umaMovimento Transfronteiriço a Partes de uma

Parte através de Estados que não sejam PartesParte através de Estados que não sejam PartesParte através de Estados que não sejam PartesParte através de Estados que não sejam PartesParte através de Estados que não sejam Partes

O parágrafo 2 do Artigo 6 da Convenção aplicar-se-á,mutatis mutandis, ao movimento transfronteiriço de resíduosperigosos ou outros resíduos a partir de uma Parte através deum Estado ou Estados que não sejam Partes.

Artigo 8Artigo 8Artigo 8Artigo 8Artigo 8O Dever de ReimportarO Dever de ReimportarO Dever de ReimportarO Dever de ReimportarO Dever de Reimportar

Quando um movimento tranfronteiriço de resíduos peri-gosos ou outros resíduos para o qual foi dado consentimentodos Estados interessados, com base nos dispositivos da pre-sente Convenção não puder ser concluído de acordo com ostermos do contrato, o Estado de exportação deverá garantirque os resíduos em questão serão levados de volta para o seuterritório pelo exportador, caso não possam ser estabelecidosesquemas alternativos para o depósito dos mesmos, de umaforma ambientalmente saudável, num prazo de 90 dias a par-tir da data em que o Estado importador informou o Estado deexportação e o Secretariado a esse respeito, ou em qualqueroutro prazo acordado entre os Estados interessados. Para essefim, o Estado de exportação e qualquer Parte de trânsito nãodeverá se opor, dificultar ou impedir o retorno desses resíduospara o Estado de exportação.

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Artigo 9Artigo 9Artigo 9Artigo 9Artigo 9Tráfico IlegalTráfico IlegalTráfico IlegalTráfico IlegalTráfico Ilegal

1. Par os fins da presente Convenção , qualquer movi-mento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros rejeitos:

(a) sem notificação, segundo os dispositivos dapresente Convenção, para todos os Estados interessados; ou

(b) sem o consentimento, segundo os dispositivosda presente Convenção, de um Estado interessado; ou

(c) com o consentimento de Estados obtido pormeio de falsificação, descrição enganosa ou fraude; ou

(d) que não esteja materialmente em conformida-de com os documentar; ou

(e) que resulte num depósito deliberado (por exem-plo, “dumping”) de resíduos perigosos ou outros resíduos ca-racterizando violação da presente Convenção e de princípiogerais do direito internacional,

será considerado tráfico ilegal.

2. No caso de um movimento transfronteiriço de resídu-os perigosos ou outros resíduos considerado tráfico ilegal emfunção da conduta do exportador ou gerador, o Estado de ex-portação deverá assegurar que os resíduos em questão se-jam:

(a) levados de volta pelo exportador ou pelo gera-dor ou, se necessário, pelo próprio Estado para dentro de seuterritório ou, se isto for impraticável,

(b) depositados de alguma outra forma de acordocom os dispositivos da presente Convenção,

em um prazo de 30 dias a contar da data em que o Esta-do de exportação foi informado do tráfico ilegal ou em qual-quer outro prazo acordado entre os Estados interessados. Paraesse fim, as Partes interessadas não deverão se opor, dificul-tar ou impedir o retorno desses resíduos para o Estado de ex-portação.

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3. No caso de um movimento transfronteiriço de resídu-os perigosos ou outros resíduos considerado tráfico ilegal emfunção da conduta do importador ou do encarregado do de-pósito, o Estado de importação deverá assegurar que os resí-duos em questão sejam depositados de forma ambientalmentesaudável pelo importador ou encarregado do depósito ou, senecessário, pelo próprio Estado de importação em um prazode 30 dias a partir da data em que o tráfico ilegal tenha chega-do ao conhecimento do Estado de importação ou em qual-quer outro prazo acordado entre os Estados interessados. Paraesse fim, as Partes interessadas deverão cooperar umas comas outras, conforme necessário, no depósito dos resíduos deforma ambientalmente saudável.

4. Nos casos em que a responsabilidade pelo tráfico ile-gal não possa ser atribuída ao exportador ou gerador nem aoimportador ou encarregado do depósito , as Partes interessa-das ou outras Partes, de acordo com a situação, deverão as-segurar, por meio cooperação, que os resíduos em questãosejam depositados o mais rapidamente possível de forma am-bientalmente saudável no Estado de exportação, no Estado deimportação ou em algum outro lugar considerado adequado.

5. Cada Parte deverá implementar uma legislação naci-onal/interna adequada para impedir e punir o tráfico ilegal. AsPartes deverão cooperar umas com as outras para atingir osobjetivos deste Artigo.

Artigo 10Artigo 10Artigo 10Artigo 10Artigo 10Cooperação InternacionalCooperação InternacionalCooperação InternacionalCooperação InternacionalCooperação Internacional

1. As Partes deverão cooperar umas com as outras como objetivo de aprimorar e alcançar um manejo ambientalmentesaudável de resíduos perigosos e outros resíduos.

2. Para esse fim, as Partes deverão:

(a) Mediante solicitação, fornecer informações, sejanuma base bilateral ou multilateral, com vistas a promover omanejo ambientalmente saudável de resíduos perigosos eoutros resíduos, incluindo a harmonização de padrões técni-cos e práticas para um manejo adequado de resíduos perigo-sos e outros resíduos;

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(b) Cooperar na vigilância dos efeitos do manejode resíduos perigosos sobre a saúde humana e o meio ambi-ente;

(c) Cooperar, em sintonia com suas leis, regulamen-tos e políticas nacionais, no desenvolvimento e implementaçãode novas tecnologias ambientalmente racionais com baixo ín-dice de resíduos e no aperfeiçoamento das tecnologias exis-tentes com vistas e eliminar, na medida do possível, a geraçãode resíduos perigosos e outros resíduos e estabelecer méto-dos mais efetivos e eficientes de assegurar um manejoambientalmente saudável para os mesmos, incluindo o estu-do dos efeitos econômicos, sociais e ambientais da adoção detais tecnologias novas ou aperfeiçoamento;

(d) Cooperar ativamente, em sintonia com suas leis,regulamentos e políticas nacionais, na transferência de tecnolo-gias e sistemas administrativos relacionados com o manejoambientalmente saudável de resíduos perigosos e outros resí-duos. Também deverão cooperar no desenvolvimento de ca-pacidade entre aquelas que necessitem ou solicitem assistên-cia técnica nessa área;

(e) Cooperar no desenvolvimento de diretrizes téc-nicas e/ou códigos de práticas apropriadas.

3. As Partes deverão empregar meios adequados paracooperarem umas com as outras a fim de dar assistência aospaíses em desenvolvimento na implementação dos subpará-grafos a, b, c e D do parágrafo 2 do Artigo 4.

4. Levando em consideração as necessidades dos paí-ses em desenvolvimento, estimula-se a cooperação entre asPartes e as organizações internacionais competentes com oobjetivo de promover, inter alia, uma consciência pública, o de-senvolvimento de um manejo ambientalmente saudável deresíduos perigosos e outros resíduos e a adoção de novastecnologias com baixo índice de resíduos.

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Artigo 11Artigo 11Artigo 11Artigo 11Artigo 11Acordos Bilaterais, Multilaterais e RegionaisAcordos Bilaterais, Multilaterais e RegionaisAcordos Bilaterais, Multilaterais e RegionaisAcordos Bilaterais, Multilaterais e RegionaisAcordos Bilaterais, Multilaterais e Regionais

1. Não obstante o disposto no Artigo 4 parágrafo 5, asPartes podem estabelecer acordos ou arranjos bilaterais, mul-tilaterais ou regionais no que se refere ao movimento transfron-teiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos com Partesou não Partes, desde que esses esquemas ou acordos nãoderroguem a administração ambientalmente saudável dos re-síduos perigosos e outros resíduos exigida pela presenteConvenção. Esses acordos ou esquemas deverão estabele-cer dispositivos que não sejam menos ambientalmente sau-dáveis que aqueles previstos na presente Convenção, particu-larmente levando-se em consideração os interesses dos paí-ses em desenvolvimento.

2. As Partes deverão notificar o Secretariado a respeitode quaisquer acordos ou arranjos bilaterais, multilaterais ouregionais mencionados no parágrafo 1 assim como a respeitodaqueles estabelecidos antes da entrada e vigor da presenteConvenção para tais Partes, com a finalidade de controlar osmovimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e outrosresíduos exclusivamente entre as Partes desses acordos. Osdispositivos da presente Convenção não afetarão movimentostransfronteiriços efetuados em conformidade com esses acor-dos, desde que esses acordos sejam compatíveis com o ma-nejo ambientalmente saudável de resíduos perigosos e outrosresíduos, que estipula a presente Convenção.

Artigo 12Artigo 12Artigo 12Artigo 12Artigo 12Consultas sobre Responsabil idadeConsultas sobre Responsabil idadeConsultas sobre Responsabil idadeConsultas sobre Responsabil idadeConsultas sobre Responsabil idade

As Partes deverão cooperar com o objetivo de adotar,tão pronto possível, um protocolo que estabeleça normas eprocedimentos adequados no campo da responsabilidade ecompensação por danos provocados pelo movimentotransfronteiriço e depósito de resíduos perigosos e outros resí-duos.

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Artigo 13Artigo 13Artigo 13Artigo 13Artigo 13Transmissão de InformaçõesTransmissão de InformaçõesTransmissão de InformaçõesTransmissão de InformaçõesTransmissão de Informações

1. As Partes deverão velar para que sejam imediatamenteinformados os Estados interessados, sempre que tiverem co-nhecimento de algum acidente ocorrido durante o movimentotransfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos quepossa apresentar riscos à saúde humana e ao meio ambienteem outros Estados.

2. As Parte deverão informar umas às outras, por meiodo Secretariado, do seguinte:

(a) Mudanças em relação à designação de autori-dades competentes e/ou pontos focais, de acordo com o Arti-go 5;

(b) Mudanças na sua definição nacional de resídu-os perigosos, de acordo com o Artigo 3;

e, o mais rapidamente possível,

(c) Decisões tomadas por elas de proibir total ouparcialmente a importação de resíduos perigosos ou outrosresíduos para depósito dentro da área sob sua jurisdição naci-onal;

(D) Decisões tomadas por elas com vistas a limitarou banir a exportação de resíduos perigosos ou outros resídu-os;

(e) Quaisquer outras informações exigidas em con-formidade com o parágrafo 4 do presente Artigo.

3. As Partes deverão, em consonância com suas leis eregulamento nacionais, transmitir, por meio do Secretariado, àConferência das Partes estabelecida pelo Artigo 15, antes dofinal de cada ano civil, um relatório sobre o ano civil anterior, oqual deverá conter as seguintes informações:

(a) Autoridades competentes e pontos focais de-signados pelas mesmas de acordo com o Artigo 5;

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(b) Informações sobre os movimentos transfrontei-riços de resíduos perigosos ou de outros resíduos com os quaistenham tido alguma relação, incluindo:

(i) A quantidade de resíduos perigosos e ou-tros resíduos exportados, a categoria dos mesmos, suas ca-racterísticas, destino e qualquer país de trânsito e método dedepósito especificados na resposta à notificação;

(ii) A quantidade de resíduos perigosos eoutros resíduos importados, a categoria dos mesmos, suascaracterísticas, origem e métodos de depósito;

(iii) Depósitos que não tenham sido efetuadoscomo planejado;

(iv) Esforços para reduzir a quantidade deresíduos perigosos e outros resíduos sujeitos a movimentotransfronteiriço;

(c) Informações sobre as medidas adotadas porelas na implementação da presente Convenção;

(d) Informações sobre estatísticas qualificadas dis-poníveis que tenham sido compiladas pelas mesmas a respei-to dos efeitos da geração, transporte e depósito de resíduosperigosos e outros resíduos sobre a saúde humana e o meioambiente;

(e) Informações sobre acordos e esquemas bilate-rais, multilaterais e regionais estabelecidos de acordo com oArtigo 11 da presente Convenção;

(f) Informações sobre acidentes ocorridos duranteo movimento transfronteiriço e depósito de resíduos perigosose outros resíduos e sobre as medidas tomadas para lidar comos mesmos;

(g) Informações sobre opções de depósito existen-tes dentro da área de sua jurisdição nacional;

(h) Informações sobre medidas tomadas para de-senvolver tecnologias destinadas a reduzir e/ou eliminas a pro-

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dução de resíduos perigosos e outros resíduos; e

(i) Quaisquer assuntos considerados perti-nentes pela Conferência das Partes.

4. As Partes deverão, em consonância com suas leis eregulamentos nacionais, assegurar que cópias de cada notifi-cação relativa a qualquer movimento transfronteiriço de resí-duos perigosos ou outros resíduos, bem como de sua respos-ta, sejam enviadas ao Secretariado toda vez que uma Parte,ao considerar que seu meio ambiente pode ser afetado poraquele movimento transfronteiriço, formule solicitação nessesentido.

Artigo 14Artigo 14Artigo 14Artigo 14Artigo 14Aspectos FinanceirosAspectos FinanceirosAspectos FinanceirosAspectos FinanceirosAspectos Financeiros

1. As partes convêm que, de acordo com as necessida-des específicas de diferentes regiões e sub-regiões, devemser estabelecidos centros regionais e sub-regionais para trei-namento e transferências de tecnologias relacionadas com omanejo de resíduos perigosos e outros resíduos e com a redu-ção ao mínimo de sua geração. As Partes deliberarão a res-peito do estabelecimento de mecanismos de financiamentoadequados em bases voluntárias.

2. As Partes examinarão a conveniência de estabelecerum fundo rotativo destinado a prestar assistência provisória nocaso de situações de emergência, com o objetivo de minimizaros danos provocados por acidentes resultantes de movimen-tos transfronteiriços de resíduos perigosos e outros resíduos,ou ocorridos durante o depósito desses resíduos.

Artigo 15Artigo 15Artigo 15Artigo 15Artigo 15Conferência das PartesConferência das PartesConferência das PartesConferência das PartesConferência das Partes

1. Fica estabelecida por meio desta uma Conferência dasPartes. A primeira reunião da Conferência das partes seráconvocada pelo Diretor Executivo do PNUMA no prazo de umano a partir da entrada em vigor da presente Convenção. Sub-seqüentemente, reuniões ordinárias da Conferência das par-

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tes serão realizadas em intervalos regulares a serem determi-nados pela Conferência em sua primeira reunião.

2. Reuniões extraordinárias da Conferência das Partesserão realizadas em outras ocasiões consideradas necessári-as pela Conferência, ou mediante solicitação por escrito dequalquer Parte, num prazo de seis meses a partir do envio dareferida solicitação ao Secretariado, desde que tal solicitaçãoseja apoiada pelo menos um terço das Partes.

3. A Conferência das partes deverá acordar e adotar porconsenso regras de procedimento para si mesma e para qual-quer organismo subsidiário que possa vir a estabelecer, bemcomo normas financeiras para determinar especificamente aparticipação financeira das Partes no cumprimento da presenteConvenção.

4. Em sua primeira reunião, as Partes deverão conside-rar medidas adicionais que possam auxiliá-las no cumprimen-to de suas responsabilidades em relação à proteção do meioambiente marinho no contexto da presente Convenção.

5. A Conferência das Partes deverá manter sob contínuarevisão e avaliação a efetiva implementação da presente Con-venção e, além disso, deverá:

(a) Promover a harmonização de políticas, estraté-gias e medidas adequadas, com vistas a minimizar os danosprovocados por resíduos perigosos e outros resíduos à saúdehumana e ao meio ambiente;

(b) Considerar e adotar, de acordo com as neces-sidades, emendas à presente Convenção e seus anexos, le-vando em consideração, inter alia, informações científicas, téc-nicas, econômicas e ambientais disponíveis;

(c) Considerar e empreender qualquer ação adici-onal que possa ser necessária para alcançar os propósitos dapresente Convenção à luz da experiência adquirida na suaoperacionalização assim como na operacionalização dos acor-dos e esquemas previstos no Artigo 11;

(d) Considerar e adotar protocolos, de acordo com

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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as necessidades; e,

(e) Estabelecer quaisquer organismos subsidiári-os considerados necessários para a implementação da pre-sente Convenção.

6. As Nações Unidas, suas agências especializadas, bemcomo qualquer Estado que não seja Parte da presente Con-venção, poderão estar representados como observadores nasreuniões da Conferência das partes. Qualquer organismo ouagência, seja nacional ou internacional, governamental ou nãogovernamental, qualificado nas áreas relacionadas a resíduosperigosos ou outros resíduos que tenha informado o Secretari-ado de seu desejo de ser representado como observador numareunião da Conferência das partes, poderá ter permissão paratal, a não ser que pelo menos um terço das partes presentesfaçam objeção. A admissão e participação de observadoresficará sujeita às regras de procedimento adotadas pela Confe-rência das Partes.

7. A conferência das Partes deverá fazer, num prazo detrês anos à partir da entrada em vigor da presente Convençãoe pelo menos a cada seis anos subseqüentemente, uma ava-liação de sua eficácia e, se julgado necessário, considerar aadoção de uma proibição completa ou parcial de movimentostransfronteiriços de resíduos perigosos e outros resíduos, à luzdas últimas informações científicas, ambientais, técnicas e eco-nômicas disponíveis.

Art igo 16Artigo 16Artigo 16Artigo 16Artigo 16O SecretariadoO SecretariadoO SecretariadoO SecretariadoO Secretariado

1. As funções do Secretariado serão as seguintes:

(a) Organizar e prestar assistência às reuniões pre-vistas nos Artigos 15 e 17;

(b) Preparar e transmitir relatórios baseados nasinformações recebidas de acordo com os Artigos 3, 4, 6, 11 e13, bem como nas informações oriundas de reuniões de orga-nismos subsidiários estabelecidas de acordo com o Artigo 15e subsidiários estabelecidas de acordo com o Artigo 15 e tam-

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bém, de acordo com as necessidades, nas informaçõesfornecidas por entidades intergovernamentais e não governa-mentais pertinentes;

(c) Preparar relatórios sobre as atividades quedesenvolveu na implementação de suas funções de acordo com apresente Convenção e apresentá-los à Conferência das Partes;

(d) Garantir a necessária coordenação com orga-nismos internacionais pertinentes e, em particular, estabele-cer esquemas administrativos e contratuais necessários parao efetivo desempenho de suas funções;

(e) Comunicar-se com os pontos focais e autorida-des competentes estabelecidas pelas Partes de acordo com oArtigo 5 da presente Convenção;

(f) Compilar informações relativas aos locais e ins-talações nacionais autorizadas pelas Partes e disponíveis parao depósito de seus resíduos perigosos e outros resíduos e fa-zer essas informações circularem entre as Partes;

(g) Receber e transmitir informações de e paraPartes sobre:

– fontes de assistência técnica e treinamento;

– know-how técnico e científico disponível;

– fontes de consultoria e avaliação especializada; e

– disponibilidade de recursos.

Com vistas a assistir às Partes, mediante solicitação, emáreas como:

– gerenciamento do sistema de notificação da pre-sente Convenção;

– manejo de resíduos perigosos e outros resíduos;

– tecnologias ambientalmente racionais relaciona-das com os resíduos perigosos e outros resíduos, como taistecnologias com baixo índice de resíduos ou sem resíduos;

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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– avaliação das capacidades e locais de depósito;

– vigilância de resíduos perigosos e outros resíduos; e

– respostas a emergências;

(h) Fornecer às Partes, mediante solicitação, infor-mações sobre consultores ou firmas de consultoria que tenhama necessária competência técnica na área e que possam as-sistir às mesmas no exame de uma notificação para um movi-mento transfronteiriço, na avaliação da conformidade de umcarregamento de resíduos perigosos ou outros resíduos coma notificação pertinente e/ou na verificação de qual às instala-ções propostas para o depósito de resíduos perigosos e ou-tros resíduos são ambientalmente saudáveis, quando as Par-tes tiverem razões para crer que os resíduos em questão nãoserão manejados de forma ambientalmente saudável. Qual-quer exame dessa natureza não terá suas despesas cobertaspelo Secretariado;

(i) Assistir às partes, mediante solicitação, na iden-tificação de casos de tráfico ilegal e fazer circular imediata-mente, para as Partes interessadas, quaisquer informações quetenha recebido sobre tráfico ilegal;

(j) Cooperar com as Partes e com as organizaçõese agências internacionais pertinentes e competentes no forne-cimento de peritos e equipamentos para rapidamente prestarassistência aos Estados no caso de uma situação de emer-gência; e

(k) Desempenhar quaisquer outras funções rele-vantes às finalidades da presente Convenção, de acordo comas determinações da Conferência das partes.

2. As funções do Secretariado serão interinamente de-sempenhadas pelo PNUMA até a conclusão da primeira reu-nião da Conferência das partes realizadas de acordo com oArtigo 15.

3. Na sua primeira reunião, a Conferência das Partesdeverá nomear o Secretariado dentre as organizaçõesintergovernamentais competentes existentes que tiverem mani-

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festado intenção de desempenhar as funções do Secretariadoestabelecidas na presente Convenção. Nessa reunião, a Con-ferência das partes deverá também avaliar a execução, peloSecretariado interino, das funções a ele designadas, em parti-cular aquelas decorrentes do parágrafo 1 acima, e tomar deci-sões a respeito das estruturas adequadas para essas funções.

Artigo 17Artigo 17Artigo 17Artigo 17Artigo 17Emendas à ConvençãoEmendas à ConvençãoEmendas à ConvençãoEmendas à ConvençãoEmendas à Convenção

1. Qualquer Parte poderá propor emendas à presenteConvenção e qualquer Parte de um protocolo poderá proporemendas àquele protocolo. Essas emendas deverão levar emconta, inter alia, considerações científicas e técnicas relevan-tes.

2. Emendas à presente Convenção deverão ser adotadasem uma reunião da Conferência das Partes. Emendas a qual-quer protocolo deverão ser adotadas numa reunião da Confe-rência das Partes envolvendo o protocolo em questão. O textode qualquer emenda proposta à presente Convenção ou a qual-quer protocolo, salvo quando previsto de outra maneira em talprotocolo, deverá ser comunicado às Partes pelo Secretariadopelo menos 6 meses antes da reunião na qual ela será pro-posta para adoção. O Secretariado deverá ainda comunicaras emendas propostas aos Signatários da presente Conven-ção para informação dos mesmos.

3. As Partes deverão envidar todos os esforços para che-garem a um consenso em relação a qualquer emenda pro-posta à presente Convenção. Caso tenham sido feitos todosos esforços, sem que se tenha chegado a um consenso, aemenda deverá, como último recurso, ser adotada por votomajoritário de três quartos das partes presentes e que este-jam votando na reunião e apresentada pelo Depositário a to-das as Partes para ratificação, aprovação, confirmação formalou aceitação.

4. O procedimento mencionado no parágrafo 3 acimaaplicar-se-á a emendas propostas a qualquer protocolo, a nãoser quando uma maioria de dois terços das Partes do protoco-lo em questão presentes e que estejam votando na reunião

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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seja suficiente para a sua adoção.

5. Os instrumentos de ratificação, aprovação, confirma-ção formal ou aceitação de emendas deverão ser deposita-dos junto ao Depositário. As emendas adotadas de acordo comos parágrafos 3 e 4 deverão entrar em vigor entre as Partesque as tenham aceito no nonagésimo dia após a recepçãopelo Depositário do instrumento de ratificação, aprovação, con-firmação formal ou aceitação de pelo menos três quartos dasPartes que tenham aceito as emendas ao protocolo em ques-tão, a não ser quando previsto de outra maneira no próprioprotocolo. As emendas deverão entrar em vigor para qualqueroutra Parte ter depositado seu instrumento de ratificação, apro-vação, confirmação formal ou aceitação das emendas.

6. Para os fins do presente Artigo, por “Partes presentese que estejam votando” entende-se Partes que estejam pre-sentes e emitam um voto afirmativo ou negativo.

Artigo 18Artigo 18Artigo 18Artigo 18Artigo 18Adoção de Emendas aos AnexosAdoção de Emendas aos AnexosAdoção de Emendas aos AnexosAdoção de Emendas aos AnexosAdoção de Emendas aos Anexos

1. Os anexos da presente Convenção ou de qualquerprotocolo deverão ser parte integrante desta Convenção oudo protocolo em questão, conforme o caso, e, salvo quandoexpressamente previsto de outra maneira, uma referência aesta Convenção ou a seus protocolos constitui também umareferência a seus anexos. Esses anexos restringir-se-ão a ques-tões científicas, técnicas e administrativas.

2. Salvo quando previsto de outra maneira em qualquerprotocolo em relação a seus anexos, o seguinte procedimentoaplicar-se-á à proposta, adoção e entrada em vigor de anexosadicionais à presente Convenção ou de anexos a um protocolo:

(a) Os anexos à presente Convenção e seus proto-colos deverão ser propostos e adotados de acordo com o pro-cedimento estabelecido no Artigo 17, parágrafos 2, 3 e 4;

(b) Qualquer Parte que não possa aceitar um ane-xo adicional à presente Convenção ou um anexo a qualquerprotocolo de que seja Parte deverá notificar o Depositário a

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Entendendo o Meio Ambiente – SMA – Volume VII

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esse respeito, por escrito, em um prazo de seis meses a partirda data da comunicação da adoção feita pelo Depositário. ODepositário notificará sem demora todas as Partes a respeitodo recebimento de qualquer notificação dessa natureza. UmaParte poderá a qualquer momento substituir uma declaraçãoanterior de objeção por uma aceitação e os anexos deverão,depois disso, entrar em vigor para essa Parte;

(c) Ao término de seis meses a partir da data em quecircular a comunicação feita pelo Depositário, o anexo deveráentrar em vigor para todas as Partes da presente Convençãoou de qualquer protocolo em questão, mesmo as que não tive-rem apresentado uma notificação como previsto no subpa-rágrafo (b) acima.

3. A Proposta, adoção e entrada em vigor de emendas aanexos da presente Convenção ou de qualquer protocolo fica-rão sujeitas ao mesmo procedimento adotado em relação àproposta, adoção e entrada em vigor de Anexos à presenteConvenção ou Anexos a um protocolo. Os Anexos e emendasaos mesmos deverão levar em conta, inter alia, consideraçõescientíficas e técnicas relevantes.

4. Caso um anexo adicional ou alguma emenda a umanexo envolva uma emenda à presente Convenção ou ao pro-tocolo entre em vigor.

Art igo 19Artigo 19Artigo 19Artigo 19Artigo 19Veri f icaçãoVeri f icaçãoVeri f icaçãoVeri f icaçãoVeri f icação

Qualquer Parte que tenha razões para crer que outraParte agiu, ou está agindo de forma a violar suas obrigaçõespara com a presente Convenção poderá informar o Secretari-ado a esse respeito e, nesse caso, deverá simultânea e imedi-atamente informar, diretamente ou por meio do Secretariado,a Parte contra a qual as alegações estão sendo levantadas.Todas as informações pertinentes deverão ser encaminhadaspela Secretaria às Partes.

Art igoArtigoArtigoArtigoArtigo 2020202020Solução de ControvérsiasSolução de ControvérsiasSolução de ControvérsiasSolução de ControvérsiasSolução de Controvérsias

1. No caso de alguma controvérsia entre as Partes quanto

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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à interpretação, aplicação ou cumprimento da presente Con-venção ou de qualquer protocolo da mesma, estas deverãoprocurar solucionar a controvérsia por meio de negociaçõesou de qualquer outro meio pacífico de sua escolha.

2. Caso as Partes interessadas não consigam solucionara controvérsia pelos meios mencionados no parágrafo anteri-or, a controvérsia deverá ser submetida, se as Partes nela en-volvidas assim concordarem, à Corte Internacional de Justiçaou a arbitragem sob as condições descritas no Anexo VI sobreArbitragem. Não obstante, caso não cheguem a um acordoquanto à submissão da controvérsia à Corte Internacional deJustiça ou a arbitragem, as Partes não ficarão isentas da res-ponsabilidade de continuar a procurar uma solução pelos meiosmencionados no parágrafo 1.

3. Ao ratificar, aceitar, aprovar, confirmar formalmente ouaderir à presente Convenção, ou em qualquer momento sub-seqüente, um Estado ou organização de integração política e/ou econômica poderá declarar que reconhece como obriga-tório de pleno direito e sem acordo especial, em relação a qual-quer Parte que aceite a mesma obrigação; a submissão dacontrovérsia:

(a) à Corte Internacional de Justiça; e/ou

(b) a arbitragem de acordo com os procedimentosestabelecidos no Anexo VI.

Essa declaração deverá ser notificada por escrito aoSecretariado, que a comunicará às Partes.

Art igoArtigoArtigoArtigoArtigo 2121212121Ass ina tu raAss ina tu raAss ina tu raAss ina tu raAss ina tu ra

A presente Convenção ficará aberta para assinatura porEstados, pela Namíbia, representada pelo Conselho das Na-ções Unidas para a Namíbia, e por organizações de integraçãopolítica e/ou econômica, em Basiléia em 22 de março de 1989,no Departamento Federal de Negócios Estrangeiros da Suíça,em Berna, de 23 de março de 1989 a 30 de junho de 1989 ena sede das Nações Unidas em Nova York de 1 de julho de1989 a 22 de março de 1990.

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Artigo 22Artigo 22Artigo 22Artigo 22Artigo 22Ratif icação, Aceitação,Ratif icação, Aceitação,Ratif icação, Aceitação,Ratif icação, Aceitação,Ratif icação, Aceitação,

Confirmação Formal ou AprovaçãoConfirmação Formal ou AprovaçãoConfirmação Formal ou AprovaçãoConfirmação Formal ou AprovaçãoConfirmação Formal ou Aprovação

1. A presente Convenção será objeto de ratificação, acei-tação ou aprovação pelos Estados e pela Namíbia, representa-da pelo Conselho das Nações Unidas para a Namíbia, e deconfirmação formal ou aprovação por organizações deintegração política e/ou econômica. Os instrumentos de ratifi-cação, aceitação, confirmação formal ou aprovação deverãoser depositados juntos ao Depositário.

2. Qualquer organização mencionada no parágrafo 1acima que se torne Parte da presente Convenção sem quenenhum de seus Estados-Membros seja uma Parte ficará su-jeita a todas as obrigações previstas na presente Convenção.No caso de organizações dessa natureza, em que um ou maisde seus Estados-Membros sejam Parte da Convenção, a or-ganização e seus Estados-Membros deverão decidir a respei-to de suas respectivas responsabilidades em relação ao cum-primento de suas obrigações previstas na Convenção. Nessescasos, a organização e os Estados-Membros não poderãoexercer concomitantemente direitos previstos na Convenção.

3. Em seus instrumentos de confirmação formal ou apro-vação, as organizações mencionadas no parágrafo 1 acimadeverão declarar o âmbito de sua competência em relação àsquestões regidas pela Convenção. Essas organizações deve-rão também informar o Depositário, o qual, por sua vez, infor-mará as Partes, a respeito de qualquer modificação substanci-al no âmbito de sua competência.

Art igoArtigoArtigoArtigoArtigo 2323232323A d e s ã oA d e s ã oA d e s ã oA d e s ã oA d e s ã o

1. A presente Convenção ficará aberta à adesão de Es-tados, da Namíbia, representada pelo Conselho das NaçõesUnidas para a Namibia, de organizações de integração políti-ca e/ou econômica a partir do dia seguinte à data na qual aConvenção for fechada para assinaturas. Os instrumentos deadesão deverão ser depositados junto ao Depositário.

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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2. Em seus instrumentos de adesão, as organizaçõesmencionadas no parágrafo 1 acima deverão declarar o âmbi-to de sua competência em relação às questões regidas pelaConvenção. Essas organizações também deverão informar oDepositário a respeito de qualquer modificação substancialocorrida no âmbito de sua competência.

3. Os dispositivos do Artigo 22, parágrafo 2 aplicar-se-ãoàs organizações de integração política e/ou econômica queaderirem à presente Convenção.

Art igoArtigoArtigoArtigoArtigo 2424242424Direito a VotoDireito a VotoDireito a VotoDireito a VotoDireito a Voto

1. Cada exceção do que prevê o parágrafo 2 abaixo, cadaParte Contratante da presente Convenção terá um voto.

2. As organizações de integração política e/ou econômi-ca exercerão, em matérias no âmbito de sua competência, deacordo com o Artigo 22, parágrafo 3, e Artigo 23, parágrafo 2,seu direito de voto com um número de votos igual ao númerode seus Estados-Membros que sejam Partes da Convençãoou do protocolo em questão. Essas organizações não deverãoexercer seu direito de voto se seus Estados-Membros exerce-rem o direito deles e vice-versa.

Artigo 25Artigo 25Artigo 25Artigo 25Artigo 25Entrada em VigorEntrada em VigorEntrada em VigorEntrada em VigorEntrada em Vigor

1. A presente Convenção entrará em vigor no nonagési-mo dia após a data de depósito do vigésimo instrumento deratificação, aceitação, confirmação formal, aprovação ou ade-são.

2. Para cada Estado e/ou organização de integraçãopolítica e/ou econômica que ratifique, aceite, aprove ou confir-me formalmente a presente Convenção ou que aceda à mes-ma após a data de depósito do vigésimo instrumento de ratifi-cação, aceitação, aprovação, confirmação formal ou adesão, aConvenção entrará em vigor no nonagésimo dia após a datade depósito por esse Estado ou organização de integração

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Entendendo o Meio Ambiente – SMA – Volume VII

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política e/ou econômica de seu instrumento de ratificação, acei-tação, aprovação, confirmação formal ou adesão.

3. Para os fins dos parágrafos 1 e 2 acima, qualquer ins-trumento depositado por uma organização de integração polí-tica e/ou econômica não será contado como adicional àque-les depositados pelos Estados-Membros daquele organização.

Art igoArtigoArtigoArtigoArtigo 2626262626Reservas e DeclaraçõesReservas e DeclaraçõesReservas e DeclaraçõesReservas e DeclaraçõesReservas e Declarações

1. Não poderá ser feita qualquer reserva ou exceção àpresente Convenção.

2. O parágrafo 1 deste Artigo não impede que um Esta-do ou organização de integração política e/ou econômica, aoassinar, ratificar, aceitar, aprovar, confirmar formalmente ouaderir à presente Convenção, emita declarações ou manifes-tações, sob qualquer forma ou título, com vistas a, inter alia,harmonizar suas leis e regulamentos com os dispositivos dapresente Convenção, desde que essas declarações ou afir-mações não pretendam excluir ou modificar os efeitos legaisdos dispositivos da Convenção na sua aplicação àquele Estado.

Art igoArtigoArtigoArtigoArtigo 2727272727DenúnciaDenúnciaDenúnciaDenúnciaDenúncia

1. A qualquer momento, após um prazo de três anoscontado a partir da data de entrada em vigor da presente Con-venção para uma Parte, a mesma poderá denunciar a Con-venção apresentando uma notificação por escrito ao Deposi-tário.

2. A denúncia será efetiva um ano após o recebimentoda notificação pelo Depositário ou em qualquer data posteriorespecificada na notificação.

Artigo 28Artigo 28Artigo 28Artigo 28Artigo 28Deposi tár ioDeposi tár ioDeposi tár ioDeposi tár ioDeposi tár io

O Secretário-Geral das Nações Unidas será o Depositá-rio da presente Convenção e de todo protocolo à mesma.

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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Artigo 29Artigo 29Artigo 29Artigo 29Artigo 29Textos AutênticosTextos AutênticosTextos AutênticosTextos AutênticosTextos Autênticos

Os textos originais em árabe, chinês, inglês, francês, rus-so e espanhol da presente Convenção são igualmente autênti-cos.

EM FÉ DO QUE, os signatários, estando devidamenteautorizados nesse sentido, assinaram a presente Convenção.

Aceita em........................................Nada data de........de.........................de 1989.

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Anexo IAnexo IAnexo IAnexo IAnexo ICategorias de Resíduos a serem ControladosCategorias de Resíduos a serem ControladosCategorias de Resíduos a serem ControladosCategorias de Resíduos a serem ControladosCategorias de Resíduos a serem Controlados

Fluxos de ResíduosFluxos de ResíduosFluxos de ResíduosFluxos de ResíduosFluxos de Resíduos

Y1 Resíduos clínicos oriundos de cuidados médicosem hospitais, centros médicos e clínicas.

Y2 Resíduos oriundos da produção e preparação deprodutos farmacêuticos

Y3 Resíduos de medicamentos e produtos farmacêu-ticos

Y4 Resíduos oriundos da produção, formulação e uti-lização de biocidas e produtos fitofarmacêuticos

Y5 Resíduos oriundos da fabricação, formulação e uti-lização de produtos químicos utilizados na preservação de ma-deira

Y6 Resíduos oriundos da produção , formulação e uti-lização de solventes orgânicos

Y7 Resíduos oriundos de operações de tratamentotérmico e de têmpera que contenham cianetos

Y8 Resíduos de óleos minerais não aproveitáveis parao uso a que estavam destinados

Y9 Misturas, ou emulsões residuais de óleos/água,hidrocarbonetos/água

Y10 Substâncias e artigos residuais que contenham ouestejam contaminados com bifenilos policlorados e/ou terfenilospoliclorados e/ou bifenilos polibromados

Y11 Resíduos de alcatrão resultantes de refino, destila-ção ou qualquer outro tratamento pirolítico

Y12 Resíduos oriundos da produção, formulação e uti-lização de tintas em geral, corantes, pigmentos, lacas, verniz

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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Y13 Resíduos oriundos da produção, formulação e uti-lização de resinas, látex, plastificantes, colas/adesivos

Y14 Resíduos de substâncias químicas produzidas ematividades de pesquisa e desenvolvimento ou de ensino quenão estejam identificadas e/ou sejam novas e cujos efeitos ohomem e/ou o meio ambiente sejam desconhecidos

Y15 Resíduos de natureza explosiva que não estejamsujeitos a outra legislação

Y16 Resíduos oriundos da produção, preparação e uti-lização de produtos químicos e materiais de processamentofotográfico

Y17 Resíduos resultantes do tratamento superficial demetais e plásticos

Y18 Resíduos resultantes de operações de depósito deresíduos industriais

Resíduos que tenham como elementos constitutivos:Resíduos que tenham como elementos constitutivos:Resíduos que tenham como elementos constitutivos:Resíduos que tenham como elementos constitutivos:Resíduos que tenham como elementos constitutivos:

Y19 Carbonilos metálicos

Y20 Berílio; compostos de berílio

Y21 Compostos de cromo hexavalentes

Y22 Compostos de cobre

Y23 Compostos de zinco

Y24 Arsênico; compostos de arsênico

Y25 Selênio; compostos de selênio

Y26 Cádmio; compostos de cádmio

Y27 Antimônio; compostos de antimônio

Y28 Telúrio; compostos de telúrio

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Y29 Mercúrio; compostos de mercúrio

Y30 Tálio; compostos de tálio

Y31 Chumbo; compostos de chumbo

Y32 Compostos inorgânicos de flúor, excluindo o fluoretode cálcio

Y33 Cianeto inorgânicos

Y34 Soluções ácidas ou ácidos em forma sólida

Y35 Soluções básicas ou bases em forma sólida

Y36 Amianto (pó e fibras)

Y37 Compostos fosforosos orgânicos

Y38 Cianetos orgânicos

Y39 Fenóis; compostos fenólicos, inclusive clorofenóis

Y40 Éteres

Y41 Solventes orgânicos

Y42 Solventes orgânicos, excluindo os solventes halo-genados

Y43 Qualquer congênere de dibenzo-furano policlorado

Y44 Qualquer congênere de dibenzo-p-dioxina

Y45 Compostos orgânicos halógenos diferentes dassubstâncias mencionadas no presente Anexo (por exemplo,Y39, Y41, Y42, Y43, Y44)

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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Anexo IIAnexo IIAnexo IIAnexo IIAnexo IICategorias de Resíduos queCategorias de Resíduos queCategorias de Resíduos queCategorias de Resíduos queCategorias de Resíduos que

exigem Consideração Especialexigem Consideração Especialexigem Consideração Especialexigem Consideração Especialexigem Consideração Especial

Y46 Resíduos coletados de residências

Y47 Resíduos oriundos da incineração de resíduos do-mést icos

Anexo IIIAnexo IIIAnexo IIIAnexo IIIAnexo IIILista de Característ icas PerigosasLista de Característ icas PerigosasLista de Característ icas PerigosasLista de Característ icas PerigosasLista de Característ icas Perigosas

C L A S S EC L A S S EC L A S S EC L A S S EC L A S S E Cód i goCód i goCód i goCód i goCód i go Carac te r í s t i casCarac te r í s t i casCarac te r í s t i casCarac te r í s t i casCarac te r í s t i casDAS NU*DAS NU*DAS NU*DAS NU*DAS NU*

1 1 1 1 1 H 1H 1H 1H 1H 1 ExplosivosExplosivosExplosivosExplosivosExplosivos

Por substâncias ou resíduo explosivoentende-se toda substância ou resíduosólido ou líquido (ou mistura de subs-tâncias e resíduos) que por si só é ca-paz, mediante reação química, de pro-duzir gás a uma temperatura, pressãoe velocidade tais que provoque às áreasas circunjacentes;

3 3 3 3 3 H 3H 3H 3H 3H 3 Líquidos inflamáveisLíquidos inflamáveisLíquidos inflamáveisLíquidos inflamáveisLíquidos inflamáveis

Por l íquidos inflamáveis entende-seaqueles líquidos, ou misturas de líqui-dos, os líquidos que contenham sólidosem solução ou suspensão (por exem-plo, tintas, vernizes, lacas, etc., mas semincluir substâncias ou resíduos classifi-cados de outra maneira em função desuas características perigosas) que li-beram vapores inflamáveis a tempera-turas não superiores a 60,5 C, ao se-rem testados em recipiente fechado, oua 65,6 C, em teste com recipiente aber-to. (Considerando que os resultadosdos testes com recipiente aberto e re-

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cipiente fechado não são estritamentecomparáveis, e que resultados indivi-duais dos mesmos testes muitas vezesvariam, regulamentos que apresentemvariações dos números apresentadosacima com o objetivo de levar em con-ta essas diferenças seriam compatíveiscom o espírito desta definição).

4.1 4.1 4.1 4.1 4.1 H4.1H4.1H4.1H4.1H4.1 Sólidos inflamáveisSólidos inflamáveisSólidos inflamáveisSólidos inflamáveisSólidos inflamáveis

Sólidos, ou resíduos sólidos, diferentesdos classificados como explosivos, quesob as condições encontradas notransporte possam entrar em combus-tão facilmente ou causar ou contribuirpara gerar fogo por fricção.

4.2 4.2 4.2 4.2 4.2 H4.2H4.2H4.2H4.2H4.2 Substâncias ou resíduos sujeitos aSubstâncias ou resíduos sujeitos aSubstâncias ou resíduos sujeitos aSubstâncias ou resíduos sujeitos aSubstâncias ou resíduos sujeitos acombustão espontâneacombustão espontâneacombustão espontâneacombustão espontâneacombustão espontânea

Substâncias ou resíduos sujeitos aaquecimento espontâneo sob condi-ções normais de transporte ou a aque-cimento quando em contato como ar,sendo portanto suscetíveis a pegarfogo.

4.3 4.3 4.3 4.3 4.3 H4.3H4.3H4.3H4.3H4.3 Substâncias ou resíduos que, emSubstâncias ou resíduos que, emSubstâncias ou resíduos que, emSubstâncias ou resíduos que, emSubstâncias ou resíduos que, emcontato com água, emitem gasescontato com água, emitem gasescontato com água, emitem gasescontato com água, emitem gasescontato com água, emitem gasesinf lamáveisinf lamáveisinf lamáveisinf lamáveisinf lamáveis

Substâncias ou resíduos que, por inte-ração com água, podem se tornar in-flamáveis espontaneamente ou emitirgases inflamáveis em quantidades pe-rigosas.

5.1 5.1 5.1 5.1 5.1 H5.1H5.1H5.1H5.1H5.1 Oxidan tesOxidan tesOxidan tesOxidan tesOxidan tes

Substâncias ou resíduos que, emboranão sejam necessariamente combus-tíveis por sua própria natureza, possam

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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provocar a combustão de outros ma-teriais ou contribuir para tanto, geral-mente mediante a liberação de oxigê-nio.

5.2 5.2 5.2 5.2 5.2 H5.2H5.2H5.2H5.2H5.2 Peróxidos orgânicosPeróxidos orgânicosPeróxidos orgânicosPeróxidos orgânicosPeróxidos orgânicos

Substâncias ou resíduos orgânicos quecontêm a estrutura-o-o-bivalente sãosubstâncias termicamente instáveisque podem entrar em decomposiçãoexotérmica auto-acelerada

6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 H6.1H6.1H6.1H6.1H6.1 Venenosas (Agudas)Venenosas (Agudas)Venenosas (Agudas)Venenosas (Agudas)Venenosas (Agudas)

Substâncias ou resíduos passíveis deprovocar morte ou sérios danos ou efei-tos adversos à saúde humana se inge-ridos ou inalados ou pelo contato dosmesmos com a pele.

6.2 6.2 6.2 6.2 6.2 H6.3H6.3H6.3H6.3H6.3 Substâncias infecciosasSubstâncias infecciosasSubstâncias infecciosasSubstâncias infecciosasSubstâncias infecciosas

Substâncias ou resíduos contendo mi-croorganismos viáveis ou suas toxinasque comprovada ou possivelmente pro-voquem doenças em animais ou sereshumanos.

8 8 8 8 8 H 8H 8H 8H 8H 8 Cor ros ivasCor ros ivasCor ros ivasCor ros ivasCor ros ivas

Substâncias ou resíduos que, por açãoquímica, provoquem sérios danosquando em contato com tecidos vivosou, em caso de vazamento, material-mente danifiquem, ou mesmo destru-am, outros bens ou o meio de transporte; eles também podem implicaroutros riscos.

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Entendendo o Meio Ambiente – SMA – Volume VII

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9 9 9 9 9 H 1 0H 1 0H 1 0H 1 0H 1 0 Liberação de gases tóxicos emLiberação de gases tóxicos emLiberação de gases tóxicos emLiberação de gases tóxicos emLiberação de gases tóxicos emcontato com o ar ou a águacontato com o ar ou a águacontato com o ar ou a águacontato com o ar ou a águacontato com o ar ou a água

Substâncias ou resíduos que, por inte-ração com o ar ou a água, são passí-veis de emitir gases tóxicos em quanti-dades perigosas.

9 9 9 9 9 H 1 1H 1 1H 1 1H 1 1H 1 1 Tóxicas (Retardadas ou crônicas)Tóxicas (Retardadas ou crônicas)Tóxicas (Retardadas ou crônicas)Tóxicas (Retardadas ou crônicas)Tóxicas (Retardadas ou crônicas)

Substâncias ou resíduos que, se inala-dos ou ingeridos, ou se penetrarem napele, podem implicar efeitos retardadosou crônicos, inclusive carcinogenici-dade.

9 9 9 9 9 H 1 2H 1 2H 1 2H 1 2H 1 2 Eco tóx icasEco tóx icasEco tóx icasEco tóx icasEco tóx icas

Substâncias ou resíduos que, se libe-rados, apresentem ou possam apre-sentar impactos adversos retardadossobre o meio ambiente por bioacumu-mulação e/ou efeitos tóxicos sobre ossistemas bióticos.

9 9 9 9 9 H 1 3H 1 3H 1 3H 1 3H 1 3 Capazes, por quaisquer meios, apósCapazes, por quaisquer meios, apósCapazes, por quaisquer meios, apósCapazes, por quaisquer meios, apósCapazes, por quaisquer meios, apóso depósito, de gerar outro material,o depósito, de gerar outro material,o depósito, de gerar outro material,o depósito, de gerar outro material,o depósito, de gerar outro material,como, por exemplo, lixívia, que pos-como, por exemplo, lixívia, que pos-como, por exemplo, lixívia, que pos-como, por exemplo, lixívia, que pos-como, por exemplo, lixívia, que pos-sua quaisquer das característ icas resua quaisquer das característ icas resua quaisquer das característ icas resua quaisquer das característ icas resua quaisquer das característ icas relacionadas acima.lacionadas acima.lacionadas acima.lacionadas acima.lacionadas acima.

* Corresponde ao sistema de classificação de risco in-cluído nas Recomendações das Nações Unidas para o Trans-porte de Mercadorias Perigosas (ST/SG/AC.10/1/Rev.5, NaçõesUnidas, Nova York, 1988

T E S T E ST E S T E ST E S T E ST E S T E ST E S T E S

Os riscos potenciais de determinados tipos de resíduosainda não foram completamente documentados; não existemtestes para definir quantitativamente esses riscos. É necessá-rio aprofundar as pesquisas a fim de desenvolver meios paracaracterizar riscos desses resíduos em relação ao ser huma-

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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no e/ou ao meio ambiente . Foram elaborados testes padroni-zados para as substâncias e materiais puros,. Diversos paísesdesenvolveram testes nacionais que podem ser aplicados aosmateriais relacionados no Anexo I com o objetivo de decidir seesses materiais apresentam quaisquer das características re-lacionadas neste Anexo.

Anexo IVAnexo IVAnexo IVAnexo IVAnexo IVOperações de DepósitoOperações de DepósitoOperações de DepósitoOperações de DepósitoOperações de Depósito

A. Operações que não incluam a possibilidade de re-cuperação de recursos, reciclagem, reaproveitamento, rege-neração, reutilização direta ou usos alternativos

A Seção A abrange todas as operações de depósito queocorrem na prática

D1 Depósito na terra ou sobre superfície de terra (porexemplo), aterramento, etc.)

D2 Tratamento de solo (por exemplo, biodegradaçãode resíduos líquidos ou lamacentos no solo, etc.)

D3 Injeção profunda (por exemplo, injeção de resídu-os bombeáveis em poços, formações salinas ou depósitos deocorrência natural, etc.)

D4 Confinamento superficial (por exemplo, depósito deresíduos líquidos ou lamacentos em covas, tanques ou lagoas,etc.)

D5 Aterramentos especialmente projetados (por exem-plo, e compartimentos separados, revestidos, tampados e iso-lados uns dos outros e do meio ambiente, etc.)

D6 Descarga num corpo de água, exceto mares/oce-anos

D7 Descarga em mares/oceanos, inclusive inserçõesnos leitos dos mares

D8 Tratamento biológico não especificado em outra

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Entendendo o Meio Ambiente – SMA – Volume VII

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parte do presente Anexo que produza compostos ou misturasfinais que sejam eliminadas por meio de quaisquer das opera-ções mencionadas na Seção A

D9 Tratamento físico-químico não especificado emoutra parte do presente Anexo que produza compostos oumisturas finais que sejam eliminadas por meio de quaisquerdas operações mencionadas na Seção A (por exemplo, eva-poração, secagem, calcinação, neutralização, precipitação, etc.)

D10 Incineração sobre o solo

D11 Incineração no mar

D12 Armazenagem permanente (por exemplo, coloca-ção de containers dentro de uma mina, etc.)

D13 Combinação ou mistura antes de se efetuar quais-quer das operações mencionadas na Seção A

D14 Reempacotamento antes de se efetuar quaisquerdas operações mencionadas na Seção A

D15 Armazenagem no decorrer de quaisquer das ope-rações mencionadas na Seção A

B. Operações que possam levar à recuperação derecursos, reciclagem, reaproveitamento, reutilização direta ouusos alternativos

A Seção B abrange todas as operações relacionadascom materiais legalmente definidos ou considerados comoresíduos perigosos e que, de outro modo, teriam sido destina-dos a operações incluídas na Seção A.

R 1 Utilização como combustível (mas não incineraçãodireta) ou outros meios de gerar energia

R 2 Reaproveitamento/regeneração de solventes

R 3 Reciclagem/reaproveitamento de substâncias or-gânicas que não sejam usadas como solventes

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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R 4 Reciclagem/reaproveitamento de metais e com-postos metálicos

R 5 Reciclagem/reaproveitamento de outros materiaisinorgânicos

R 6 Regeneração de ácidos ou bases

R 7 Recuperação de componentes usados na reduçãoda poluição

R 8 Recuperação de componentes de catalisadores

R 9 Re-refinamento de petróleo usado ou outrasreutilizações de petróleo previamente usado

R 1 0 Tratamento de solo que produza benefícios para aagricultura ou melhores ambientais

R 1 1 Utilização de materiais residuais obtidos a partir dequalquer das operações relacionadas de R1 a R10

R12 Intercâmbio de resíduos para submetê-los a qual-quer das operações relacionadas de R1 a R11

R 1 3 Acumulação de material que se pretenda subme-ter a qualquer das operações mencionadas na Seção B

Anexo VAAnexo VAAnexo VAAnexo VAAnexo VAInformações a serem FornecidasInformações a serem FornecidasInformações a serem FornecidasInformações a serem FornecidasInformações a serem Fornecidas

por ocasião da Notificaçãopor ocasião da Notificaçãopor ocasião da Notificaçãopor ocasião da Notificaçãopor ocasião da Notificação

1. Razão para a exportação dos resíduos

2. Exportador dos resíduos 1/

3. Gerador(es) dos resíduos e local de geração 1/

4. Encarregado do depósito e local efetivo do mes-mo 1/

5. Transportado(es) pretendido(a) dos resíduos ou

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Entendendo o Meio Ambiente – SMA – Volume VII

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seus agentes, se conhecidos 1/

6. País de exportação dos resíduos

Autoridade competente 2/

7. Possíveis países de trânsito

Autoridade competente 2/

8. País de importação dos resíduos

Autoridade competente 2/

9. Notificação geral ou isolada

10. Data(s) projetada(s) dos(s) embarque(s) e períododurante o qual os resíduos serão exportados e itinerário pro-posto (inclusive ponto de entrada e saída) 3/

11. Meio de transporte planejado (rodovia, ferrovia, mar,ar, águas internas)

12. Informações sobre seguro 4/

13. Designação e descrição física dos resíduos, inclu-sive número y e número das Nações Unidas e sua composi-ção 5/ e informações sobre quaisquer requisitos especiais demanejo inclusive providências de emergência em caso de aci-dentes

14. Tipo de empacotamento planejado (por exemplo,a granel, dentro de tambores, navio)

15. Quantidade estimada em peso/volume 6/

16. Processo pelo qual os resíduos são gerados 7/

17. Para os resíduos relacionados no Anexo I, classifi-cações do Anexo III: características de risco, número H e clas-se das nações Unidas.

18. Método de depósito, de acordo com o Anexo IV

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19. Declaração do gerador e exportador de que as in-formações são corretas

20. Informações transmitidas (inclusive descrição téc-nica da usina) ao exportador ou gerador da parte do encarre-gado do depósito a respeito dos resíduos, com base nas quaiseste fez a sua avaliação de que não havia razão para crer queos resíduos não seriam administrados de formaambientalmente saudável de acordo com as leis e regulamen-tos do país de importação

21. Informações relativas ao contrato entre o exporta-dor e o encarregado do depósito.

NOTASNOTASNOTASNOTASNOTAS

1/ Nome completo e endereço, número do telefone,telex ou facsímile da pessoas a ser contatada.

2 / Nome completo e endereço, número do telefone,telex ou facsímile.

3 / No caso de uma notificação geral para diversasexpedições, as datas planejadas de cada expedição ou, senão forem conhecida, a freqüência esperada das expediçõesserá exigida.

4 / Informações a serem fornecidas sobre exigênciasrelativas ao seguro e sobre como serão cumpridas pelo ex-portador, transportador e encarregado do depósito.

5 / A natureza e a concentração dos componentesmais perigosos, em termos de toxicidade e outros perigos apre-sentados pelos resíduos tanto no seu manuseio como no mé-todo de depósito proposto.

6 / No caso de uma notificação geral para diversasexpedições, tanto a quantidade total estimada como as quan-tidade estimadas para cada expedição individual serãoexigidas.

7 / Na medida em que isto for necessário para avaliar

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o risco e determinar até que ponto a operação de depósitoproposta é efetivamente adequado.

Anexo VBAnexo VBAnexo VBAnexo VBAnexo VBInformações a serem fornecidas no Documento deInformações a serem fornecidas no Documento deInformações a serem fornecidas no Documento deInformações a serem fornecidas no Documento deInformações a serem fornecidas no Documento de

Mov imentoMov imentoMov imentoMov imentoMov imento

1. Exportador dos resíduos. 1/

2. Gerador(es) dos resíduos e local de geração. 1/

3. Encarregado do depósito e local efetivo do mes-mo.

4. Transportador(es) dos resíduos I/ ou seu(s)agente(s).

5. Objeto da notificação geral ou unitária.

6. A data de início do movimento transfronteiriço edata(s) e assinatura de cada pessoa encarregada dos resídu-os por ocasião do recebimento dos mesmos.

7. Meio de transporte (rodovia, ferrovia, vias aquáti-cas internas, mar, ar), inclusive países de exportação, trânsitoe importação, bem como ponto de entrada e saída que te-nham sido indicados.

8. Descrição geral dos resíduos (estado físico, nomede embarque e classe apropriados das Nações Unidas, nú-mero das Nações Unidas, número Y e número H, de acordocom o caso).

9. Informações sobre exigências especiais de manu-seio, inclusive providências de emergência em caso de aci-dentes.

10. Tipo e número de pacotes.

11. Quantidade em peso/volume.

12. Declaração do gerador ou exportador de que as

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informações são corretas.

13. Declaração do gerador ou exportador de que nãohá objeção alguma por parte das autoridades competentesde todos os Estados interessados que sejam Partes.

14. Certificado do encarregado do depósito quanto aorecebimento na instalação de depósito designada e indicaçãodo método de depósito e data aproximada do mesmo.

NOTASNOTASNOTASNOTASNOTAS

As informações exigidas para o documento de movimen-to serão, quando passível, integradas num único documentocom as informações exigidas pelas normas de transporte.Quando isto não for possível, as informações devem comple-mentar, e não duplicar, aquelas exigidas de acordo com asnormas de transporte. O documento de movimento deveráconter instruções a respeito de quem deverá fornecer infor-mações e preencher qualquer formulário.

1 / Nome completo e endereço, número de telefone,telex ou facsímile da pessoa a ser contatada em caso deemergência.

Anexo VIAnexo VIAnexo VIAnexo VIAnexo VIA rb i t r agemArb i t r agemArb i t r agemArb i t r agemArb i t r agem

Artigo 1Artigo 1Artigo 1Artigo 1Artigo 1

Salvo se o acordo mencionado no Artigo 20 da Conven-ção dispuser de outra maneira, o procedimento de arbitragemdeverá ser conduzido de acordo com os Artigos 2 a 10 abaixo.

Artigo 2Artigo 2Artigo 2Artigo 2Artigo 2

A parte demandante deverá notificar o Secretariado deque as partes concordaram em submeter a controvérsia a ar-bitragem de acordo com o parágrafo 2 ou parágrafo 3 do Arti-go 20 e indicar, em particular, os Artigos da Convenção cuja

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interpretação ou aplicação sejam objeto da controvérsia. OSecretariado encaminhará as informações recebidas a todasas Partes da Convenção.

Artigo 3Artigo 3Artigo 3Artigo 3Artigo 3

O tribunal de arbitragem deverá ser composto por trêsmembros. Cada uma das partes envolvidas na controvérsiadeverá indicar um árbitro e os dois árbitros assim indicadosdeverão designar de comum acordo um terceiro árbitro, queserá o presidente do tribunal. Este último não poderá ser umcidadão de qualquer das partes envolvidas na controvérsia,nem residir usualmente no território de uma das partes, etampouco ser empregado por uma delas ou ter lidado com ocaso em qualquer outra instância.

Artigo 4Artigo 4Artigo 4Artigo 4Artigo 4

1. Como o presidente do tribunal de arbitragem nãotenha sido designado no prazo de dois meses a contar da datade indicação do segundo árbitro, o Secretário-Geral nas Na-ções Unidas deverá, a pedido de uma das partes, designá-lodentro de um prazo adicional de dois meses.

2. Caso uma das partes envolvidas na controvérsia nãoindique um árbitro num prazo de dois meses a partir do rece-bimento da solicitação, a outra parte poderá informar o fato aoSecretário-Geral das Nações Unidas, o qual designará o presi-dente do tribunal de arbitragem num período adicional de doismeses. Após a designação, o presidente do tribunal de arbi-tragem deverá solicitar à parte que não indicou um árbitro parafazê-lo num prazo de dois meses. Decorrido este período, eledeverá informar o Secretário-Geral das Nações Unidas, quefará a indicação num prazo adicional de dois meses.

Artigo 5Artigo 5Artigo 5Artigo 5Artigo 5

1. O tribunal de arbitragem deverá proferir sua decisãode acordo com o direito internacional e de acordo com os dis-positivos da presente Convenção.

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2. Qualquer tribunal de arbitragem constituído como pre-visto no presente Anexo deverá estabelecer suas próprias re-gras de procedimento.

Artigo 6Artigo 6Artigo 6Artigo 6Artigo 6

1. As decisões do tribunal de arbitragem com relaçãotanto ao procedimento quanto à substância, deverão ser to-madas por voto majoritário de seus membros.

2. O tribunal poderá tomar as medidas apropriadas paradeterminar os fatos. Mediante solicitação de uma das partes,poderá recomendar medidas cautelares indispensáveis.

3. As Partes envolvidas na controvérsia oferecerão to-das as facilidades necessárias para o bom andamento do pro-cesso .

4. A ausência ou não cumprimento de obrigação por umaparte não representará impedimento ao andamento do pro-cesso .

Artigo 7Artigo 7Artigo 7Artigo 7Artigo 7

O tribunal poderá conhecer alegações contrárias base-adas diretamente na matéria da controvérsia, e deliberar a res-peito.

Artigo 8Artigo 8Artigo 8Artigo 8Artigo 8

A menos que o tribunal de arbitragem determine de ou-tra forma em função de circunstâncias particulares do caso,as despesas do tribunal, inclusive a remuneração de seusmembros, deverão ser assumidas pelas partes envolvidas nacontrovérsia e divididas igualmente. O tribunal manterá umregistro de todas as suas despesas e encaminhará um balan-ço final das mesmas às partes.

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Artigo 9Artigo 9Artigo 9Artigo 9Artigo 9

Qualquer parte que tenha um interesse de natureza le-gal na matéria da controvérsia, o qual possa ser afetado peladecisão do caso, poderá intervir no processo mediante autori-zação do tribunal.

Art igo 10Artigo 10Artigo 10Artigo 10Artigo 10

1. O tribunal deverá proferir sua sentença arbitral numprazode cinco meses a partir da data de sua constituição, amenos que julgue necessário dilatar o prazo por um períodoadicional que não deve exceder cinco meses.

2. A sentença do tribunal de arbitragem deverá ser acom-panhada por uma declaração de motivos. Ela será definitiva eobrigatória para as Partes envolvidas na controvérsia.

3. Qualquer controvérsia que possa surgir entre as Par-tes com relação à interpretação ou execução da sentença po-derá ser encaminhada ao tribunal de arbitragem que emitiu asentença ou, caso não seja possível submetê-la a este, a umoutro tribunal constituído da mesma maneira que o primeiro.

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Convenção da Basiléia – Resíduos Perigosos

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Coordenação GeralCoordenação GeralCoordenação GeralCoordenação GeralCoordenação Geral

Secretário de Estado do Meio Ambiente de São PauloFabio Feldmann

Produção Editorial e PesquisaProdução Editorial e PesquisaProdução Editorial e PesquisaProdução Editorial e PesquisaProdução Editorial e Pesquisa

Rachel Biderman Furriela

Produção GráficaProdução GráficaProdução GráficaProdução GráficaProdução Gráfica

Dirceu Rodrigues

C a p aC a p aC a p aC a p aC a p a

OZ Design

ImpressãoImpressãoImpressãoImpressãoImpressão

Gráfica IMESP