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NOVO ACORDO DA BASILÉIA 1 O Novo Acordo de Capital O Novo Acordo de Capital da Basiléia da Basiléia

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA1

O Novo Acordo de Capital da BasiléiaO Novo Acordo de Capital da Basiléia

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA2

O Banco XPT fornece um empréstimo de R$ 1.000.000 e prazo de 1 ano para a Empresa XYZ (rating A-). O Banco recebe como garantia recebíveis no valor de 125% do empréstimo.

ExemploExemplo

MetologiaCapital Mínimo Requerido de

Crédito

Redução % em Relação ao

Acordo Atual

Acordo Atual R$80.000 -BACEN R$110.000 38%Novo Acordo - Padronizada R$40.000 -50%Novo Acordo - IRB Foundation R$ 9.214 -88%Novo Acordo - IRB Advanced ? ?

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA3

O Novo Acordo de Capital da Basiléia• Acordo Atual

– Histórico e Racional– Implementação do Acordo Atual pelo BACEN– Críticas

• Novo Acordo– Principais características– Comparação com o Acordo Atual

• Necessidades Mínimas de Capital - Modelo Padronizado– Racional– Críticas

• Necessidades Mínimas de Capital - Modelo IRB Foundation & Advanced– Racional

• Resumo Comparativo e Conclusão

PautaPauta

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA4

O Atual Acordo de Capital da BasiléiaO Atual Acordo de Capital da Basiléia

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA5

• Lançado em 1988 e implementado em 1992, o Acordo de Capital da Basiléia é um conjunto de medidas proposta pelo Comitê que têm como principal objetivo reforçar a confiabilidade e estabilidade do Sistema Financeiro Internacional.

• Sua idéia central seria garantir a liquidez (solvência) do sistema financeiro, definindo o mínimo de reservas internas que um banco deve manter para cumprir suas atividades num nível de risco aceitável. (Capital Regulatório)

Acordo AtualAcordo Atual

O Acordo da Basiléia

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA6

O Acordo Atual estabelece que o Capital do Banco deve ser maior ou igual à 8% da soma dos riscos incorridos:

Nível Mínimo de Capitalização

Acordo AtualAcordo Atual

%8Crédito de Risco Mercado de Risco

Capital

Onde o capital deve ser composto de no mínimo 50% de Nível 1.

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA7

A ponderação dos ativos de crédito ao risco é principalmente função do tipo da exposição:

PONDERAÇÃO ATIVOCaixaSolicitações de créditos relacionadas à países e seus bancos centrais

0%, 20% ou 50% (à critério do Banco

Central Local)

Solicitações de créditos relacionadas à empresas do setor público não - federais

20% Solicitações de crédito relacionadas aos bancosmultilaterais de desenvolvimento (MDBs)

50% Solicitações de crédito garantidas por propriedade residencialSolicitações de crédito relacionadas à bancosSolicitações de crédito relacionadas à empresasTodos os demais ativos

0%

100%

Critério de Ponderação

Acordo AtualAcordo Atual

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA8

0%

20%

50%

100%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

CAIXA E BANCOSCENTRAIS

MBD'S CRÉDITOIMOBILIÁRIORESIDENCIAL

BANCOS /EMPRESAS /

DEMAIS ATIVOS

Acordo AtualAcordo Atual

Critério de Ponderação

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA9

Acordo AtualAcordo Atual

Portanto, o Capital Mínimo Requerido de Crédito (K) é:

R$ 1.000.000 * 8% = R$80.000

No nosso exemplo:

n

1iii RW x E x%8RWA x 8% K

K = 8% x (R$ 1.000.000) x 100%Contraparte = empresa

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA10

• As regras do Acordo adaptadas para o Brasil pelo BACEN estão contidas na Resolução 2.099 / 94;

• Define Capital Regulatório como Patrimônio Líquido Exigido (PLE);

• A ponderação ao risco é diretamente atribuída ao tipo de exposição, não considerando outros aspectos presentes no acordo original como prazos, taxas, etc.;

• Atribui a ponderação ao risco por linha de COSIF.

Implantação do Acordo no Brasil

Acordo AtualAcordo Atual

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA11

Implantação do Acordo no Brasil

1. Parcela relativa ao risco de crédito operações ativas ponderadas pelo risco; 2. Parcela relativa ao risco de crédito em operações de swap;

3. Parcela relativa ao risco de crédito em operações com ouro e com ativos e passivos referenciados em variação cambial, incluído o mercados de derivativos (K = 0,05 se |APRci| / PR 0,05 ; 0 se |APRci| / PR 0,05);

4. Parcela relativa ao risco de mercado (taxa de juros).

Acordo AtualAcordo Atual

n

1i

n

1i

n

1iiii EC PR);0}*K - |APRc|max{(*0,2 RCD APR*0,11 PLE

1 2 3 4

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA12

Portanto, o Capital Mínimo Requerido de Crédito (K) é:

R$ 1.000.000 * 11% = R$ 110.000

• Portanto, utilizando a metodologia do BACEN no nosso exemplo:

n

1iii RW x E x%11RWA x 11% K

K = 11% x (R$ 1.000.000) x 100%Empréstimo registrado

em COSIF com ponderação à 100%

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA13

• Pesos dos riscos dos ativos definidos arbitrariamente, causando discrepâncias:

– Dívida soberana: País Desenvolvido X País Emergente – Op. de Crédito: Empresa AAA X Empresa BB-

• Não considera aspectos como hedge e diversificação;

• Reconhecimento limitado de mitigadores de risco (apenas títulos soberanos de países da OECD);

• Ignora os benefícios de uma boa gestão interna de risco;

• Ignora riscos operacionais.

Críticas

Acordo AtualAcordo Atual

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA14

O Novo Acordo de Capital da BasiléiaO Novo Acordo de Capital da Basiléia

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA15

• Em 1999 o Comitê iniciou uma revisão completa do Acordo, com base em 3 princípios:

Os requerimentos de capital regulatório devem ser mais sensíveis ao risco, demonstrando uma relação direta entre risco e capital alocado; A alocação de capital deve ser mais que uma simples fixação de percentuais mínimos exigidos. Os supervisores e a disciplina de mercado devem representar papéis importantes; Deve existir uma fiscalização constante e incentivos para que os bancos melhorem a sua mensuração e gestão de risco.

Novo AcordoNovo Acordo

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA16

NECESSIDADES MÍNIMAS DE

CAPITALFISCALIZAÇÃO

DISCIPLINA DE MERCADO

RISCO DE CRÉDITO

RISCO DE MERCADO

RISCO OPERACIONAL

MétodoStandardMétodo

IRB

MétodoStandardModelos Internos

Indicador BásicoMétodo

StandardMedição InternaFoundation

Advanced

INCENTIVO À MELHOR

GESTÃO

TRANSPARÊNCIA NORMATIVA

PILARES DO NOVO ACORDO DE CAPITAL

Novo AcordoNovo Acordo

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA17

• O total de ativos de crédito ponderados ao risco (RWA) pode ser calculado através de duas metodologias:

1. Abordagem Padronizada

2. Abordagem IRB (Foundation ou Advanced)

Novo AcordoNovo Acordo

%8Crédito de Risco lOperaciona Risco Mercado de Risco

Capital

Nível Mínimo de Capitalização

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA18

Necessidades Mínimas de CapitalNecessidades Mínimas de Capital

Risco de Crédito - Abordagem PadronizadaRisco de Crédito - Abordagem Padronizada

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA19

• Estabelece fatores de ponderação fixos correspondendo para cada tipo de contraparte;

• Utiliza avaliações de crédito de agências independentes para aumentar a sensibilidade ao risco em comparação ao acordo atual;

• Adição de alguns colaterais e garantias, tratando inclusive do descasamento de prazos entre exposição e mitigantes.

Novo Acordo - Abordagem PadronizadaNovo Acordo - Abordagem Padronizada

Principais Características

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA20

Novo Acordo - Abordagem PadronizadaNovo Acordo - Abordagem Padronizada

• Exposições de varejo podem ser analizadas ao nível de portfolio (inclusive SME’s), desde que obedeçam 4 critérios:1. Critério de gerenciamento 2. Critério de produto 3. Critério de granularidade4. Critério de valor

• Nesses casos é utilizada a seguinte ponderação de risco: Varejo (Geral): RW = 75% Crédito Imobiliário PF: RW = 35% Crédito Imobiliário PJ: RW = 100%

Principais Características

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA21

• Contém diretrizes para uso do supervisor de critérios de qualificação de agências de classificação de risco como provedores elegíveis;

• Créditos em atraso também recebem ponderação de 150% exceto quando provisões mínimas tiverem sido constituídas;

• Onde circunstâncias não permitam a utilização de um escopo mais amplo, o Comitê desenvolveu uma Abordagem Padronizada Simplificada.

Principais Características

Novo Acordo - Abordagem PadronizadaNovo Acordo - Abordagem Padronizada

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA22

ContraparteContraparteRatingRating

AAA atéAAA atéAA-AA-

A+ até A-A+ até A- BBB+ atéBBB+ atéBBB-BBB-

BB+ até B-BB+ até B- Abaixo deAbaixo de B-B-

SemSemClassific.Classific.

GovernoGoverno 0%0% 20%20% 50%50% 100%100% 150%150% 100%100%

BancosBancosOpção 1Opção 1 1 1

Opção 2 Opção 2 22

20%20%

20%20%

50%50%

50% 50% 33

100%100%

50% 50% 33

100%100%

100%100% 3 3

150%150%

150%150%

100%100%

50% 50% 33

EmpresasEmpresas 20%20% 50%50% 100%100% 100%100% 150%150% 100%100%1 Risco baseado no risco ponderado do país onde o banco está sediado2 Risco ponderado baseado na avaliação do Banco individualmente3 Créditos de curto prazo contra bancos (até de 3 meses) com essas ponderações de risco podem

receber uma ponderação um nível mais favorável do que o usual.

Critério de Ponderação

Novo Acordo - Abordagem PadronizadaNovo Acordo - Abordagem Padronizada

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Novo Acordo - Abordagem PadronizadaNovo Acordo - Abordagem Padronizada

> A

A-

A+

até

A-

BB

B+

até

BB

B-

BB

+ at

é B

-

< B

- ou

em a

traso

sem

cla

ssif

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%110%120%130%140%150%

RISCO SOBERANO BANCOS (RISCO PAÍS) BANCOS (RISCO INDIVIDUAL) EMPRESAS

Critério de Ponderação

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA24

Efeito dos Mitigadores de Risco

Novo Acordo - Abordagem PadronizadaNovo Acordo - Abordagem Padronizada

1. Reconhecimento de garantias reais:E* = EA - CA

2. Reconhecimento de garantias fidejussórias:RWA = Egarantida x RWgarantidor + Enão garantida x RWcontraparte (RWgar<RWcont)

3. Reconhecimento de descamento de prazos:CA* = CA x t / T onde, t = prazo da garantia

T = prazo da exposição

4. É feita a utilização de haircuts para ajuste dos valores das garantias e da exposição à preços de mercado

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA25

Novo Acordo - Abordagem PadronizadaNovo Acordo - Abordagem Padronizada

Utilizando a Abordagem Padronizada no nosso exemplo:

n

1iii RW x *E x%8RWA x 8% K

• No exemplo, o colateral apresentado não é elegível para a abordagem padronizada e o haircut de ajuste da exposição é zero (exposição em dinheiro), portanto:

E* = E = R$ 1.000.000

K = 8% x (R$ 1.000.000) x 50%Contraparte = empresa rating A-

• Logo, o Capital Mínimo Requerido de Crédito (K) é:

R$ 500.000 * 8% = R$ 40.000

Exposição ajustada por haircut e colateral ou garantia

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA26

• A cultura do rating externo é diferente entre países;

• Inferior a B- (150%) x Unrated (100%): leva à arbitragem e desestimula empresas com fraca estrutura de balanço a não solicitarem classificação externa de risco;

• Poucos tipos garantias comumente utilizados são considerados válidos dentro dessa abordagem.

Críticas à Abordagem PadronizadaCríticas à Abordagem Padronizada

Novo Acordo - Abordagem PadronizadaNovo Acordo - Abordagem Padronizada

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA27

Necessidades Mínimas de CapitalNecessidades Mínimas de Capital

Risco de Crédito - Abordagem IRB - Risco de Crédito - Abordagem IRB -

Foundation & AdvancedFoundation & Advanced

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA28

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

• O Capital Requerido é calculado através de uma função contínua (não é mais necessária a atribuição de valores discretos de ponderação);

• Possibilita a utilização de parâmetros internos de risco de crédito, incentivando um melhor controle das operações;

• Exige um controle detalhado das garantias associadas à cada exposição e processos eficientes de cobrança / recuperação de crédito;

• Exige a construção/manutenção de bases de dados extensas, detalhadas e consistentes para a validação desses parâmetros;

• Aborda com maior exatidão os conceitos de perda esperada, perda inesperada e capital econômico, resultando numa mensuração do risco mais eficiente.

Principais CaracterísticasPrincipais Características

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA29

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

• Existem duas metodologias possíveis:

Foundation: • A probabilidade de default (PD) é um parâmetro baseado nas estimativas internas de cada instituição;• O órgão supervisor define o restante dos parâmetros de risco de crédito.

Advanced:• O Banco usa parâmetros internos de risco de crédito.

Metodologias para a Abordagem IRBMetodologias para a Abordagem IRB

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA30

1. Categorizar de cada exposição do Banco segundo as classes de exposição definidas pelo Acordo;

2. Estimar os parâmetros de risco de crédito para cada tipo de exposição. (Essa estimativa pode ser feita internamente ou pelo órgão regulador e, no caso de estimativa interna, é necessário também validar esses parâmetros através de bases de dados históricas);

3. Calcular o Capital Mínimo Requerido de Crédito.

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Implementação da Abordagem IRBImplementação da Abordagem IRB• Para o cálculo do Capital Mínimo Requerido de Crédito (K) pelo método IRB são necessários 3 passos:

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA31

• É necessário classificar cada exposição do Banco, de acordo com a contraparte,em uma das categorias abaixo:

– Empresas– Empresas - Pequenas e Médias (SME)– Empresas - Empréstimos especializados (5 subclasses)– Governos– Bancos– Varejo - Crédito Imobiliário– Varejo - Rotativos– Varejo - Outros– Açoes– Recebíveis Empresas

Varejo

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Categorização das ExposiçõesCategorização das Exposições

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA32

• Os parâmetros de risco que permitem a mensuração do risco de crédito de cada exposição;

• São definidos quatro parâmetros de risco:

1. Probabilidade de Default (Probability of Default - PD)

2. Exposição Dado o Default (Exposure at Default - EAD)

3. Perda Dado o Default (Loss Given Default - LGD)

4. Prazo Médio da Operação (Average Maturity - M)

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Estimativa dos Parâmetros de RiscoEstimativa dos Parâmetros de Risco

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA33

• Indica a probabilidade da contraparte entrar em ‘default’. O evento default pode ser definido de diversas formas:

– não pagar suas obrigações financeiras até certo prazo estipulado pelo banco;– falência ou concordata;– ser declarado em default pelo banco;– ter sua dívida reestruturada;– ser contabilizado como prejuízo.

• A PD é atribuída ao tomador e se reflete em seu rating;

• O rating é função exclusiva do cliente e não depende da estrutura/tipo das operações.

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Probabilidade de Default - PDProbabilidade de Default - PD

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA34

• Definida como a exposição do Banco no momento de default de uma contraparte;

• É estimada através da soma do risco atual e de um percentual do limite não utilizado que provavelmente estará sendo usado no momento do default (Credit Conversion Factor = CCF)

EAD = RISCO + (LIMITE - RISCO) x CCF

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Exposição Dado Default - EADExposição Dado Default - EAD

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA35

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Exposição Dado Default - EADExposição Dado Default - EAD

• Para a abordagem IRB Foundation, o Acordo estabelece que:

Linhas comprometidas: CCF = 75% Linhas não-comprometidas: CCF = 0%

• Para a abordagem IRB Advanced, é necessário uma base de defaults de no mínimo 7 anos para exposições não-varejo e 5 anos para exposições varejo que permita fazer uma estimativa do parâmetro para cada linha de crédito;

• O EAD deve ser estimado para cada tipo de linha e ponderado pela taxa de default de cada período.

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA36

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Perda Dado Default - LGDPerda Dado Default - LGD

• Mede a proporção de uma exposição que será perdida em caso de default;

• É expresso como um percentual do EAD e é função de diversos aspectos, como tipo e estrutura da dívida, o tipo do colateral e demais riscos (legal, falta de controle, segmento/indústria do cliente);

• Conceitualmente, equivale à 1- (taxa de recuperação) para dado empréstimo.

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA37

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Perda Dado Default - LGDPerda Dado Default - LGD• Para a abordagem IRB Foundation, o Acordo estabelece que:

1. Linhas sem garantia: LGD = 45% (dívida subordinada = 75%);2. Linhas com garantia elegíveis pela Abordagem Padronizada: LGD* = Max (0; LGD x E*/E);3. Linhas com outros tipos de garantia:

Tipo de garantia LGD

Nível de Colateralização

Mínimo da Exposição

Nível de Sobrecolateralização

Requerido para Reconhecimento do LGD

Recebíveis 35% 0% 125%Hipoteca (PJ e PF) 35% 30% 140%Outros 40% 30% 140%

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA38

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Perda Dado Default - LGDPerda Dado Default - LGD

• Para a abordagem IRB Advanced, estimativas internas de LGD devem ser baseadas em taxas históricas de recuperação e no valor de mercado estimado das garantias associadas;

• As bases históricas para estimativa interna do LGD devem ser de no mínimo 7 anos para exposições não-varejo e 5 anos para exposições varejo.

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA39

• O prazo médio da operação é definido como o prazo ponderado pelo plano de pagamento do crédito, sendo de no mínimo 1 e no máximo 7 anos.

linha da totalmontante

*M 1

n

iii yn

,onde: n = montante a ser pago a cada período i

y = período de repagamento

Prazo Médio da Operação - M (Advanced)Prazo Médio da Operação - M (Advanced)

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA40

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Parâmetros de Risco - Exposições VarejoParâmetros de Risco - Exposições Varejo

• Exposições varejo podem ser analizadas no nível de portfolio, desde que obedeçam os 4 critérios (gerenciamento, produto, granularidade e valor) já mencionados na abordagem padronizada;

• Os parâmetros EAD e LGD são atribuídos por tipo de portfolio, que devem ser os mais homogêneos possiveis;

• Não se aplica o conceito de prazo médio.

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA41

• É feito através de funções matemáticas que geram um Capital Mínimo Requerido de Crédito (K) para cada exposição em função do seu PD, LGD, EAD e M suficiente para cobrir com 99.9% de confiança as perdas associadas à essa exposição;

• O Capital Mínimo Requerido de Crédito total do banco corresponde então a somatória do Capital Mínimo Requerido de Crédito de cada exposição.

Cálculo do Capital Mínimo Requerido de CréditoCálculo do Capital Mínimo Requerido de Crédito

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA42

CAPITAL MÍNIMO REQUERIDO DE CRÉDITO

PERDAS INESPERADAS(DESVIO PADRÃO EM TORNO DA PERDA ESPERADA = CAPITAL ECONÔMICO)

PERDAS ESPERADAS (PERDA MÉDIA QUE O BANCO ESPERA TER NUMA OPERAÇÃO = PROVISÃO)

MÉD

IA

VALOR DA PERDA

FREQ

UÊNC

IA

DAS

PERD

AS

PERDAS INESPERADAS EXTREMAS (0.1%)

SUFICIENTE PARA COBRIR PERDAS ESPERADAS E INESPERADAS COM 99.9%

DE CONFIANÇA

PERDA REAL = PERDA ESPERADA + PERDA INESPERADA

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Relação Capital Requerido X PerdasRelação Capital Requerido X Perdas

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA43

ii

ii

i

iii

n

1i

LGD*)b(PD*1.5-1

)b(PD*2.5)-M(1*)(PD-1G(0.999)*)(PD)G(PD

N* EAD K

Fórmula do Capital Mínimo Requerido de CréditoFórmula do Capital Mínimo Requerido de Crédito

DISTRIBUIÇÃO DE DEFAULTS BASEADA NO MODELO DE MERTON

FATOR AJUSTE DA MIGRAÇÃO DA PD PARA PRAZO 2.5 ANOS

Onde: • = 0,02 x (1-e(-50 x PD) / (1-e(-50)) + 0,15 x [1-(1-e(-50 x PD) / (1-e(-50))] Fator de ajuste da correlação dos ativos

• N = distribuição cumulativa normal

• G = distribuição cumulativa normal inversa

• b = (0,08451 - 0,05898 x log(PD))^2 Ajuste da PD pela possibilidade da contraparte migrar de rating em 2.5 anos (prazo padrão definido pelo BIS).

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA44

Fórmula do Capital Mínimo Requerido de CréditoFórmula do Capital Mínimo Requerido de Crédito

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

ii

ii

i

iii

n

1i

LGD*)b(PD*1.5-1

)b(PD*2.5)-M(1*)(PD-1G(0.999)*)(PD)G(PD

N* EAD K

8%*

8%

n

1iii RW x EAD x%8RWA x 8% K

• Comparando com os métodos anteriores:

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA45

15% 25

% 45% 55

% 65% 75

% 85%

100%

AA-A+

AA-

BBB+BBB

BBB-BB+

BBBB- 0.00%

2.00%

4.00%

6.00%

8.00%

10.00%

12.00%

14.00%

16.00%

18.00%

20.00%

22.00%

24.00%

26.00%

28.00%

30.00%

32.00%

RWi

LGD

Rating

30.00%-32.00%28.00%-30.00%26.00%-28.00%24.00%-26.00%22.00%-24.00%20.00%-22.00%18.00%-20.00%16.00%-18.00%14.00%-16.00%12.00%-14.00%10.00%-12.00%8.00%-10.00%6.00%-8.00%4.00%-6.00%2.00%-4.00%0.00%-2.00%

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

Critério de Ponderação

Page 46: NOVO ACORDO DA BASILÉIA 1 O Novo Acordo de Capital da Basiléia

NOVO ACORDO DA BASILÉIA46

Utilizando a Abordagem IRB Foundation no nosso exemplo:

M) LGD, EAD, PD,( K f

Novo Acordo - Abordagem IRBNovo Acordo - Abordagem IRB

• Pelos dados do exemplo:

EAD = R$1.000.000

LGD = 35% (para 125% de Duplicatas)

PD = 0,07% (Rating A-)

M = 1 ano

• Aplicando a Fórmula, temos que o Capital Mínimo Requerido de Crédito (K) é R$ 9.214

Page 47: NOVO ACORDO DA BASILÉIA 1 O Novo Acordo de Capital da Basiléia

NOVO ACORDO DA BASILÉIA47

Resumo Comparativo e ConclusãoResumo Comparativo e Conclusão

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA48

Resumo Comparativo e ConclusãoResumo Comparativo e Conclusão

Resumo ComparativoResumo Comparativo

1. Abordagem Atual:

n

1iii RW x E x%8RWA x 8% K

RW : valores discretos (0%, 20%, 50%, 100%). Ei : exposição em balanço; desconsidera garantias, perfis de

risco, diversificação.

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA49

2. Abordagem Standard:

n

1iii RW x E x%8RWA x 8% K

RW : valores discretos ,mas diferenciados por perfil de risco (tipo de contraparte e rating externo). Ei : exposição em balanço ajustada e descontada do valor da garantia ajustada (ajustes feitos por

haircuts). Existe ajuste por descasamento de prazo de exposição X garantia

Resumo ComparativoResumo Comparativo

Resumo Comparativo e ConclusãoResumo Comparativo e Conclusão

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA50

3. Abordagem IRB:

n

1iii RW x EAD x%8RWA x 8% K

M) LGD, EAD, PD,( K f

8%1 x )M ,LGD ,(PD x EAD x 8% K

n

1iiiii

f

Fazendo uma analogia com os dois métodos anteriores, temos:

ii

ii

i

iii

n

1i

LGD*)b(PD*1.5-1

)b(PD*2.5)-M(1*)(PD-1G(0.999)*)(PD)G(PD

N* EADK

Resumo ComparativoResumo Comparativo

Resumo Comparativo e ConclusãoResumo Comparativo e Conclusão

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA51

3. Abordagem IRB: RWi : função contínua, dependente do PD, LGD, prazo e tipo da exposição;

EADi : exposição que leva em consideração o seu potencial aumento dentro do limite disponível (EAD E).

• IRB se torna vantajoso sobre Standard quando o aumento na exposição é compensado por um decréscimo no RW;

• K = LGD (melhoria no processo de cobrança);

• EAD deve ser bem controlado (diminuição dos limites disponíveis).

Resumo ComparativoResumo Comparativo

Resumo Comparativo e ConclusãoResumo Comparativo e Conclusão

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NOVO ACORDO DA BASILÉIA52

ConclusãoConclusão• A diferença entre as abordagens está na precisão matemática na definição do Capital Mínimo Requerido (K);

• Quanto mais complexo o modelo adotado: maior a complexidade e sofisticação da implementação; maiores os investimentos necessários; possibilidade de maior economia de capital; maior demanda por um melhor o gerenciamento de risco.

• Independente da abordagem, a otimização da alocação do Capital vai permear cada vez mais estratégias de negócios e o estabelecimento do nível de apetite de risco.

Resumo Comparativo e ConclusãoResumo Comparativo e Conclusão

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