vmi - estoque gerenciado pelo fornecedor
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8/16/2019 VMI - Estoque Gerenciado Pelo Fornecedor
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Artigo publicadona edição 14
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:: artigo
UMA INTRODUÇÃO AOS PRINCIPAIS CONCEITOS,
TECNOLOGIAS E ASPECTOS A CONSIDERAR EM UM PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO VMI
VMIEstoque
Gerenciado pelo Fornecedor
Estabelecer alianças estratégicas entrefornecedores e clientes é um passo
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Diego Augusto SteffenGraduado em Administração de Empresas e mestre em Engenharia de Produção pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(UNISINOS). Possui seis anos de experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em modelagem e tecnologia
de informação, sequenciamento no da produção, simulação computacional, S&OP, VMI e DSI. Atualmente é Consultor daunidade de negócios de Supply Chain Intelligence na ACCERA Supply Chain Solutions.
Eduardo Kazmierczak NetoGraduado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pós-graduado em Logística
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui experiência em projetos em grandes empresas dos mais
variados portes e segmentos, com ênfase em tecnologia de informação, S&OP, VMI e DSI. Atualmente é Diretor de Produto e
Inovação da ACCERA Supply Chain Solutions.
VMi aé a cablae a e a eã e
indicadores de performance.
Baea a experêca pral are, ee
artigo tem o objetivo de dar uma visão geral sobre o
VMi, ca cm a cceaã efe cce e
VMi, paa pela prcpa eclga evlvae alza cm prcpa apec a cerar em
m prje e mplaaã VMi.
Efeito Chicote (Bullwip Effect)de acr cm Cpra e Mel (2003) qa
á bj f õ
dados, gerando retrabalhos
e descentralização das
informações.
daramee, ea
empresas são acometidas
pr ma ére e clae,dentre as quais se destaca
o chamado efeito chicote.
Basicamente, este efeito é
causado pelas distorções
sofridas pela demanda em
d l d d i d
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O resultado destas distorções
em cada elo da cadeia é o aumento
da variabilidade da demanda e,
consequentemente, o aumento da
clae em realzar ma prevã
e vea. o qe a emprea fazem?
traam e crar eqe e egraa
com dimensões diretamente
proporcionais ao tamanho da
sua insegurança devido à falta de
comunicação e colaboração ao longo
da cadeia de suprimentos e demanda.
A gra 1 prcra lrar
exempl. Pe-e ar qe a
variabilidade da demanda é distorcida
cada vez mais quando passa por
cada elo da cadeia de suprimentos:do consumidor para o varejista, do
vareja para aacaa/rbr, aacaa/
distribuidor para o fabricante e do fabricante para os
fornecedores.
Lee e al. (1997) cam qe a prcpa caa
efeito chicote são:
do que a real necessidade da empresa,
amplca aa ma a varaõe
das vendas;
Flutuações de preços: quando são
realizadas promoções, normalmente o
cliente aumenta as suas compras para
poder estocar produtos e garantir a
disponibilidade durante o período
e varaã pre. Qa a
situação é normalizada, os clientes
voltam a comprar menos produtos,
levando a uma distorção entre o
padrão de compras e o padrão de
vendas;
Racionamento: quando há falta de
produtos a tendência natural é que
o cliente faça uma compra maiordo que sua necessidade, procurando
evitar que a falta ocorra novamente.
ier ee cex eá VMi qe, aravé
compartilhamento de informações, busca dar maior
visibilidade das vendas e dos estoques ao longo de
toda a cadeia para atingir os objetivos das estratégias
PARA REDUZIR OU ELIMINAR AS CAUSAS DO EFEITO CHICOTE, MAIS E MAIS EMPRESAS TÊM ADOTADO ESTRATÉGIAS DE COLABORAÇÃO
COM OS SEUS CLIENTES E FORNECEDORES. OS OBJETIVOS SÃO,DENTRE OUTROS, ESTABELECER METAS
COMUNS, DIMINUIR A DISTORÇÃO
DAS INFORMAÇÕES QUE CIRCULAM ENTRE OS ESTÁGIOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E DEMANDA,AUMENTAR A ACURÁCIA DAS
PREVISÕES DE VENDAS, REDUZIR OS ESTOQUES DE MATÉRIA-PRIMA E DE PRODUTOS ACABADOS, AUMENTAR O NÍVEL DE SERVIÇO AOS CLIENTES
E, POR FIM, AUMENTAR O RESULTADO INDIVIDUAL E GLOBAL DE TODA A
CADEIA.
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VMi, em cfrmae cm a plíca cmerca e a
estratégias de ressuprimento previamente celebradas
entre as partes envolvidas, elabora um pedido levando
em conta uma série de variáveis no seu cálculo, como,
por exemplo, previsão de vendas, estoques máximo
e mínimo, estoque de segurança, nível de serviço,
clacaã ABC, lea me e fabrcaã e e
transporte, dentre outras.
A crár qe m acam, VMi ã éapenas uma tecnologia que faz alguns pedidos de forma
amáca. o VMi é ma lógca e clabraã qe
envolve estratégias, processos, pessoas, tecnologia e
indicadores de desempenho. Certamente a tecnologia
é uma variável muito importante, mas para uma
implantação de sucesso é necessário considerar todas
as variáveis citadas.
A ecr mplemear VMi, eve-e bcar agruma série de objetivos convergentes e complementares,
dentre os quais se destacam:
• Alinhar os objetivos e metas entre cliente e fornecedor
e diminuir a distorção das informações trocadas: para
trabalhar de forma colaborativa, cliente e fornecedor
devem estar alinhados com os mesmos objetivos e
• Reduzir o nível de estoques ao longo da cadeia:
com a visibilidade das informações através do
VMi, frecer é capaz e crlar melr
estoque do que o seu cliente, que tem produtos de
diversos fornecedores para gerenciar. Com isso é
possível diminuir o estoque de segurança, uma vez
que o fornecedor analisa as informações com mais
frequência e com maior detalhe;
• Ampliar o volume de vendas e as margens sobre elas:devido à disponibilidade de produtos no momento
certo e na quantidade adequada, os clientes sempre
encontrarão aquilo que desejam, aumentando
vlme a vea. Além , cm a reã
dos custos de manutenção e gerenciamento dos
estoques, a margem sobre cada venda é maior;
• Alinhar a produção e a entrega do fornecedor com a
real demanda do cliente: o fornecedor se planejará deacordo com as variações de demanda do seu cliente;
• Aumentar o resultado individual e global de toda a
cadeia: com o aumento das vendas e a redução dos
c, rela al é mar para .
o VMi caa vez ma e apreea cm m prce
e melra gcava a crecee eêca e
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FORNECEDOR
• iecaã a campaa e markeg qe ã
maiores resultados de forma imediata.
• dpblzaã e frmaã para qe ejam
maa aõe epecíca para amear a
penetração em todos os eixos de atuação.
• Aõe epecíca fca feree íve e
clientes.
• dmã a fala e pr e, ceqeemee,aumento do nível de serviço.
• Ame a vea ev à mar pblae
de produtos.
• Redução da variabilidade da
demanda e, consequentemente,
maior capacidade para realizar
uma previsão de vendas.
CLIENTE
• dmã a fala e pr e, ceqeemee,
aumento do nível de serviço.
• Ame a vea ev à mar pblae
de produtos.
• Mar vblae para realzar aõe epecíca e
Geralmee ela ã evaa pr e-mal
cmparlaa em reór públc, fa qe gera a
eceae e ma lgaã elefôca para aber e
usuário já recebeu os dados.
A internet como plataforma
A ferramea ma mera e VMi fcam
através da rede mundial de computadores, ou seja, basta
um navegador de internet (browser) para acessar o
sistema. Este formato de disponibilização da ferramentaamplia o seu escopo, permitindo com que mais usuár ios
possam acessar os dados transacionados.
Algma emprea aa apreeam grae averã
à disponibilidade dos seus dados na
rede mundial. Entretanto, a segurança
adquirida pela internet nos últimos
a perme er e ecar qa
usuários realmente podem acessar o
ema. Ala a eá a lzaã
e prcl crpgrác, qe fazem cm qe
a qem almee píve para lera ca
sejam interceptados por agentes indesejados.
Outra tendência é o uso de nuvens computacionais
(cloud computing) para o armazenamento dos dados
UMA LÓGICA COMO A DO VMI NÃO DEVE FICAR À MERCÊ DE PLANILHAS ELETRÔNICAS QUE SÃO INTELIGÍVEIS SOMENTE PARA ALGUMAS POUCAS
PESSOAS DA ORGANIZAÇÃO.
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as partes, ou seja, os dados precisam ser trocados de
forma consistente e integral.
Aa je, Edi (Elecrc daa iercage –
iercâmb Elerôc e da) é parã ma
lza para a rca e a VMi. o Edi ce
em um conjunto de protocolos de comunicação
parza qe permem ercâmb elerôc
de documentos entre empresas.
n Edi é eceár craar ma VAn (ValeAe nerk – Ree e Valr Agrega) para
garantir que os arquivos sejam trocados corretamente.
A VAn eabelece ma cmcaã prvaa ere
pontos e permite o envio de documentos padronizados
entre eles.
A experêca em ver prje em emra
qe ma emprea qe lzam Edi e a VAn
paam pr ma ére e clae ev à fala e
validação da consistência dos dados, bem como à falta
de transparência e agilidade quando ocorre alguma falha
na transmissão.
de ma frma ma mera e para prr algma
ecêca Edi e a VAn, a va eclga
e egraã lzam a própra ere para fazer a
Principais aspectos a considerar em umaimplantação de VMI
um prje e mplaaã e VMi evlve ver
aspectos importantes que precisam ser considerados
para agr pleamee bjev. A egr, ã
apresentados alguns desses elementos essenciais.
Parceria entre cliente e fornecedor
Em qualquer iniciativa de colaboração é necessário
eabelecer ma lógca p gaa-gaa. A plíca
comerciais, os indicadores de performance, as metas
e vea, parâmer e eqe, em, a a
regra egóc evem ear bem clara para a a
partes envolvidas.
Cm m prje e VMi a relaã ere clee e
fornecedor precisa ser fortalecida, selando um vínculo
onde todos devem sair ganhando. Esta quebra deparadigma é um avanço bastante considerável, pois,
tradicionalmente e de forma equivocada, muitos clientes
utilizam um poder de barganha maior para obter uma
vantagem individual frente aos seus fornecedores.
Erea, a mplaaã VMi a “regra
j ” l b l é
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Projeto-piloto
Ae e parr para a mplaaã VMi cm
clee, eve-e elabrar m prje-pl
para valar a regra e egóc, a egraõe e
acr eabelec. Além , cm vm,
VMi caa mpac clra clee e, pr ,
deve ser conduzido de forma gradativa. Para o piloto,
recmea-e bcar clee ma próxm (ã ma
que um ou dois), que apresentem maior abertura parauma integração.
Além a valaõe, pl é ma excelee
prae para clear alg rela e lzá-l
rll- ege cm r clee. A experêca
em prje e VMi mra qe m prje-pl bem
conduzido é meio caminho para uma implantação de
ce VMi.
Existem empresas no mercado que possibilitam a
aplcaã VMi aravé e pl mecam e
vblae e eqe e frma rápa e mple. dea
forma, a empresa tem a real noção dos benefícios que
este conceito pode trazer para a cadeia de suprimentos
e demanda que ela está inserida.
própr frecer axlar clee ee aje,
investindo em melhorias dos processos internos
do cliente para otimizar a integração e a gestão da
informação.
Indicadores de performance
O que não é medido não é gerenciado, e o que não é
gereca ã pe er melra. nã á armaã
melhor quando o assunto é indicadores de performance.n VMi, care qe e referem à relaã ere
fornecedor e cliente devem ser estabelecidos desde
o primeiro momento, pois é através deles que os
evlv aberã e VMi eá a rer.
Os indicadores devem estar disponíveis de forma
-le e âmca, axla a ecõe a lg a
caea e prme e emaa. Alg care
lza VMi ã, pr exempl:
• Cobertura de estoques do cliente, em dias;
• Positivação de clientes, ou seja, número de clientes
diferentes que compraram ao menos um produto
em determinado período.
• Positivação de produtos, ou seja, número de produtos
diferentes que foram comprados ao menos uma vez
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para elabrar próp cm a rea, facla a
escolha do sistema que seja mais aderente à realidade
da empresa.
Considerações naisA emprea qe aarem e frma efevamee
integrada com os seus parceiros obtêm ganhos mais
expressivos do que os possíveis ganhos individuais
quando a empresa trabalha de forma isolada. Estaevolução exige um completo reposicionamento de
posturas gerenciais, sistemas de informação e processos
existentes. E por mais complicado que isso possa
parecer, é cada vez mais indispensável que as discussões
considerem o papel dos demais parceiros envolvidos ao
longo da cadeia de valor.
ier ee cex e e frma ca, ee
artigo mostrou os principais conceitos e aspectos por
rá VMi, qe é ma a prcpa cava e
colaboração entre empresas. Conforme foi apresentado,
a emprea qe aplcarem ea lógca cm e clee
e fornecedores, certamente terão grandes benefícios,
aumentando a sua competitividade frente aos seus
concorrentes.
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96-106, 1998.Disney, S. M., & Towill, D. R. (2003). The effect of vendor managedinventory (VMI) dynamics on the Bullwhip effect in supply chains.International Journal of Production Economics, 85(2), 199–215.Emigh, J. (1999). Vendor-managed inventory. Computerworld, 33(34),52. Forrester, J.W. (1958). Industrial dynamics - A major break-through for decision-makers. Harvard Business Review, 1958.Kaipia, R., Holmström, J. & Tanskanen, K. (2002). What are you los-ing if you let your customer place orders? Production Planning andControl, 13(1), 17–25.SIMCHI-LEVI, David; KAMINSKY, Philip; SIMCHI-LEVI, Edith. Cadeiade Suprimentos: Projeto e Gestão. Porto Alegre: Bookman, 2003.
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