vivendo um dia - livros...

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José Milton da Costa

Capivari-SP– 2013 –

Ficha catalográfica elaborada na editora

Costa, José Milton da, 1942 Vivendo um dia de cada vez / José Milton da Costa – 1ª ed. jun. 2013 – Capivari, SP : Editora EME. 216 p. ISBN 978‑85‑66805‑04‑81. Moral cristã. 2. Autoajuda. 3. Mensagens de elevação espi‑ritual. I. Título

CDD 133.9

© 2013 José Milton da Costa

Os direitos autorais desta obra foram cedidos pelo autor para a Editora EME, o que propicia a venda dos livros com preços mais acessíveis e a manutenção de campanhas com preços especiais a Clubes do Livro de todo o Brasil.

A Editora EME mantém, ainda, o Centro Espírita “Mensagem de Esperança”, colabora na manutenção da Comunidade Psicossomática Nova Consciência (clínica masculina para tratamento da dependência química), e patrocina, junto com outras empresas, a Central de Educação e Atendimento da Criança (Casa da Criança), em Capivari-SP.

CAPA | Rafael Suzuki GattiDIAGRAMAÇÃO | Victor Augusto BenattiREVISÃO | Rubens Toledo

1ª edição – junho/2013 – 3.000 exemplares

Sumário

Dedicatória ............................................................................ 7Agradecimentos ................................................................... 8Prefácio .................................................................................. 9Introdução ........................................................................... 11Mensagem de Bernardo .................................................... 13

1 – Deus ..................................................................................... 15 2 – Alegria de viver ................................................................. 19 3 – Combatendo a tristeza ....................................................... 25 4 – A arte de conversar ........................................................... 31 5 – Valorização da vida .......................................................... 35 6 – Dignidade ............................................................................ 41 7 – Percepções para a vida ...................................................... 47 8 – Os filhos do egoísmo ......................................................... 51 9 – Reforma íntima .................................................................. 5510 – Indulgência – Perdão ......................................................... 5911 – Compadecer ........................................................................ 6312 – Perdoar e compreender .................................................... 6713 – Nas horas difíceis ............................................................... 71

14 – Nossa cruz, nossa dor ........................................................ 7515 – Em situações extremas ...................................................... 8316 – Beber da taça da vida ........................................................ 8717 – Estudando o orgulho ........................................................ 9118 – Humildade .......................................................................... 9519 – Verdadeira pureza ........................................................... 10120 – Dentro do lar ..................................................................... 10521 – Ansiedade – O tempo ...................................................... 11122 – Confiança em Deus .......................................................... 11723 – Evolução das almas .......................................................... 12324 – Lidando com emoções .................................................... 12725 – Não resistais ao mal ........................................................ 13326 – Amai vossos inimigos ...................................................... 13727 – Lições sempre ensinadas, nunca aprendidas ............... 14328 – Morte e perdas .................................................................. 14929 – Julgamento do outro ........................................................ 15330 – Façamos a paz ................................................................... 15731 – Fraternidade universal .................................................... 16132 – Orar – Confiar em Deus .................................................. 16533 – Parábola do semeador ..................................................... 17134 – Saciar a fome ..................................................................... 17535 – Seguir a Cristo ................................................................. 17936 – Trabalho ............................................................................. 18337 – Subserviência não ........................................................... 18938 – Contra a depressão .......................................................... 19539 – Amor e virtudes .............................................................. 20340– Nossa essência de ouro .................................................... 211

Dedicatória

Aos meus pais, Antônio Zico e Gercey, porque sabem do meu reconhecimento e

da minha gratidão. Estejam onde estiverem, estarão zelando por mim e por meus irmãos...

8 | José Milton da Costa

Agradecimentos

À Regina, companheira e incentivadora, pelas sugestões sempre oportunas, por seu amor...

Aos meus filhos, Glaucy e Fábio, pela continuidade da vida, pelo carinho constante.

Ao Grupo Socorrista Maria de Nazaré, dirigentes e assis‑tidos, instituição que, sem o saber, contribuiu diretamente na realização deste sonho.

Ao bom Deus, Nosso Pai, e à Espiritualidade Superior, pela vida, pela graça e pela inspiração.

Minha gratidão eterna!

O Autor

Vivendo um dia de cada vez | 9

Prefácio

Na Parábola do Semeador, Jesus nos diz que é necessário se‑mear a verdade e o bem, seja qual for o resultado.

Somos todos semeadores. Resta-nos escolher o tipo de semente.

Milton é grande companheiro, semeador lúcido e incansável.Sua voz é forte, sua fala é clara e objetiva e, não importa a

distância ou o tempo, sua pessoa se faz presente.Esta obra é fruto de sua semeadura, das suas experiências

de vida, e ela nos ajuda a dimensionar nossa jornada.São palavras para ler, pensar e refletir.Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, escreve: “Mas nem

todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos ou‑tros, por meio do contato social.”

Espero que estas sementes que você juntou neste livro se‑jam apenas as primeiras de um ciclo que agora se inicia em seu caminho.

Que o Mestre esteja sempre presente em seus pensamentos.Marina Alves Carriel


Introdução

Ao longo do tempo recolhi mensagens retiradas de diver‑sos livros e as usei nas diversas palestras que proferi.

A ideia de reunir tais palestras em livro tomou força no Grupo Socorrista Maria de Nazaré, em Boituva, SP, com‑pondo uma verdadeira colcha de retalhos com cores e mati‑zes diferentes.

Não tenho como elaborar as referências bibliográficas, pois as mensagens foram colhidas e guardadas em pastas (arqui‑vos) ao sabor do esquecimento. Quando a memória me aju‑dou, citei alguns autores na elaboração das palestras.

Não tenho também a pretensão de ser escritor. Apenas gosto de contar causos, para dar uma roupagem às palavras. No conjunto, meus pensamentos são escassos e pobres, e o que menos conta.

Durante um tratamento espiritual recebi duas dádivas da espiritualidade superior.

A primeira, que ouvi com muita clareza, dizia que não bas‑


ta apenas proferir palestras, mas também, trabalhar constan‑temente na seara espírita.

A segunda, que recebi do espírito Bernardo, psicografada por nosso companheiro Fortunato, eu compartilho com todos que lerem este livro. Essa dádiva está transcrita na íntegra, como a recebi.

Grato. O autor

Boituva, SP, maio de 2011.


Mensagem de Bernardo

Grande é o Senhor Deus que nos deu a vida. Grande é o seu amor, único e verdadeiro.

Sabemos todos destas verdades universais. Sabemos, mas não nos conscientizamos.

De quanta paciência Ele e a espiritualidade maior têm se utilizado para conosco!

Perguntou o homem rico, ao Senhor Jesus, qual o caminho para obter o reino dos céus.

Respondeu o Mestre que se desvencilhasse de seus bens e o seguisse.

Poucos conseguem se desvincular dos seus pertences, seus patrimônios, sejam materiais ou intelectuais ou sociais para poder seguir o Mestre, que é a pura caridade.

A fogueira de nossas vontades e paixões é feita de palha, arde logo e intensamente. Não tendo substância, deixa rapi‑damente de produzir calor.

A fogueira de nossa determinação embebida pela nossa


perseverança no bem é feita de madeira úmida, demora a in‑cendiar-se e necessita muito esforço e paciência.

Porém, ao se incendiar, aquece por muito tempo e ilumina o nosso e o caminho dos que se encontram próximos de nós.

Persevera, auxilia, ama sem condição e perdoa aquele que não entende as tuas ações no bem e aquele que te deseja mal.

O Pai te deu amplas possibilidades. Resta que não ajas como o jovem rico e consigas te desvencilhar do que te im‑possibilita o trabalho em benefício do próximo e ao teu pró‑prio progresso.

A verdade, para aquele que sabe, não é alegórica nem fi‑losófica. Para o que já sabe, esta se resume ao livre-arbítrio: é ação.

Ame e deixe que te amem.


Deus

Inteligência suprema e causa primeira de todas as coisas.O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Somos gratos aos nossos pais pela vida, pelo abrigo, pela segurança, pela saúde, pela educação, pela alimentação.

Mas todas as dádivas provêm de uma única fonte: Deus, nosso Pai. Somos Seus filhos e Ele habita em nós. Somente por esse reconhecimento temos a obrigação de sermos felizes.

Deus não faz nada a não ser por amor, pois é o próprio amor. É João, no final do Evangelho, que nos diz que Deus é amor.

Sendo o amor incondicional, não é vontade de Deus o so‑frimento, a dor, a tristeza. Isto são condições da vivência do espírito em sua experiência humana.

Devemos ser gratos aos nossos pais, mas nossa gratidão maior deve ser dirigida ao nosso Deus, nosso Criador. Somos Seus filhos imortais em busca da perfeição. Como recomen‑dou Jesus: Sede perfeitos como o Pai é perfeito.

Por sermos filhos de Deus, devemos viver a vida em ple‑nitude. Ocorre que buscamos a nossa felicidade fora de nós mesmos. O que está fora do nosso interior (literalmente tudo), roupas, casa, sapato, carros, pessoas, não nos trazem felicida‑

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de. Podem sim, nos trazer alegrias ou tristezas. Os nossos sentimentos acontecem no nosso mundo inte‑

rior. Não podemos confundir alegria com felicidade, ou tris‑teza com infelicidade, muito menos com posses, beleza, con‑forto, sorte, acertos.

Os outros, nossos companheiros de viagem nesta encar‑nação, podem nos deixar alegres ou tristes, contentes ou não, mas ninguém pode nos dar a felicidade ou a infelicidade. So‑mos felizes ou infelizes por nós mesmos.

A busca da felicidade deve centrar‑se em nós mesmos, e no amor de Deus, nosso Pai. Só pelo amor se pode ser feliz. Não só por ser amado, mas principalmente por amarmos. Deus nos amou primeiro. O Criador ama aquilo por Ele criado.

Moramos em nosso interior; o corpo é a nossa residência. O espírito vivencia a experiência humana. Tudo está em nosso interior. Nos sentimentos superiores com o que conquistamos.

O poder está dentro de mim e não fora de mim, assim per‑mito que o bem ou o mal aqui residam. Quando penso e cultivo o bem, o bem se realiza. Quando penso e cultivo o mal, o mal se realiza. Eles estão em minha mente e em nenhum outro lugar.

Não existe outro poder fora de nós mesmos e por isso nin‑guém pode nos fazer mal senão nós mesmos. É o movimento de pensamentos que tem o poder de criar ou destruir.

O poder divino está sempre a nossa frente. O amor de Deus está a preceder nossas ações. Acreditando, assim, o caminho fica mais fácil, mais alegre, mais glorioso. Ninguém pode ser contra mim. Por que eu mesmo tenho que ficar contra mim? Esta é a razão do maior mandamento... Preciso amar a mim mesmo para poder amar ao próximo na mesma intensidade.

Para amar cada vez mais a mim mesmo, preciso mudar algumas atitudes mentais. É preciso pensar o bem, desejar o


bem... Conservar a mente limpa de maldades e malícias. O desejo do bem reforça o pensamento do bem. Fazer o bem re‑força o desejo do bem. Mas tudo tem início em nosso interior.

Quando impregnamos nossas mentes com pensamentos positivos de sucesso, de saúde, de prosperidade, de paz, de harmonia, de concórdia, de segurança, estamos reforçando as expressões do bem. Deixamos de ser negativos, estamos mu‑dando atitudes mentais. É preciso orar e vigiar!

O mal ou o bem que desejamos aos outros acabam retor‑nando a nós mesmos. Assim seremos felizes ou infelizes. É a lei de ação e reação. O espiritismo ensina que a plantação é livre (plante o que quiser), mas a colheita é obrigatória.

Só o sentimento de amor pode nos trazer felicidades. Não por sermos amados, mas porque amamos. Com meu amor en‑riqueço a vida do meu próximo e lhe trago o bem.

A felicidade do outro não depende do meu amor. Posso amá‑-lo, mas ele continuará infeliz, se não tiver amor em si mesmo. Quem ama, não espera retorno, nem faz cobranças. Ama porque ama. O amor é de graça, semeado ao vento, pleno de alegria.

Nascemos para o encontro com o outro. Nossas vidas são entrelaçadas. Posso sentir amor, compaixão, misericórdia pelo outro, mas não posso viver a sua dor ou a sua alegria. Posso apenas compartilhar, ser presente, mas não posso tirar suas experiências espirituais enquanto ser humano que é.

Sabemos que não é fácil viver e conviver com filhos usuá-rios de drogas, com maridos alcoólatras, mulher infiel etc. Ficamos tristes por eles, mas devemos conservar a nossa fe‑licidade, amando-os sempre e cada vez mais. Eles não estão em nossa vida por acaso... Enriquecem o nosso crescimento desde que os amemos.

Minha felicidade depende da capacidade de amar. Nossa


capacidade de amar depende das virtudes que já conquistamos: “Já somos pacientes, bondosos, generosos, sinceros, inocentes, entregues, delicados?” (Carta de Paulo aos Coríntios 13:1-13).

Ainda que tenhamos todas essas virtudes, precisamos ter o amor dentro de nós. Sem Deus nada nos será possível. O amor de Deus nos envolve; cerca e protege.

Outra atitude mental a ser mudada é a falta de fé. É preciso acreditar. A dúvida, o medo, a culpa são obstáculos a nossa fé, montanhas a serem ultrapassadas. São obstáculos também todos os sentimentos negativos. Eles sufocam o amor, a paz.

Quando oramos, estamos na verdade conversando com o nosso eu superior, reforçando nossas atitudes mentais em re‑lação a Deus, pois a centelha divina está em nossas mentes. A oração é um ato de fé, mas é também comunicação com a Inte‑ligência Infinita. Este ser que está dentro, e não fora da gente.

Impressiona-me a letra da música do grupo J. Quest, can‑tada por Rogério Flausino:

Eu quero ficar só,Mas sozinho eu não consigo;Eu quero ficar junto,Mas sozinho isto não é possível;É preciso amar direito, umAmor de qualquer jeito;Ser amor a qualquer hora,Ser amor de corpo inteiro.Amor de dentro pra fora.Amor que eu desconheço.Quero um amor maior,Um amor maior que eu.

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