VIVA A REPÚBLICA!

Escola B/S de Vale do Tamel

Comemoração do 5 de Outubro – dia da implantação da República em

Portugal (1910)

Zé Povinho, de Rafael Bordalo Pinheiro

Zé Povinho: Estamos fartos de ser governados por um rei! A monarquia é um desastre!

Stuart Carvalhais

Monarquia: Mais respeito Zé Povinho! Mais respeito pelos 8 séculos que recaem sobre os meus ombros!

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sRepública: E qual o resultado de tantos séculos a governar o país? Estás velha e

desgastada. Já ninguém acredita em ti!

Zé Povinho: Sim, vivemos numa situação de grave

crise económica e financeira, as nossas

condições de vida são muito más! Está na hora

de implantarmos um novo regime em Portugal, a

República!

República: Tu já nem és capaz de defender o país? Como é possível que tenhas cedido aos interesses britânicos em África? Porque não

avançamos com o Projeto do Mapa Cor-de-rosa, que nos ia permitir ligar Angola a Moçambique, só porque convinha à Grã-Bretanha?

Monarquia: Querias que cortássemos relações com uma tão antiga aliança e que enfrentássemos um país tão poderoso como a Grã-Bretanha? Querias submeter Portugal a uma guerra?República: Antes a guerra do que passar por esta humilhação!

Rei D. Carlos

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gRepública e Zé Povinho: O rei D. Carlos é o culpado!

Abaixo a monarquia! Guerra à Grã-Bretanha!

As manifestações contra o Ultimato Inglês levaram à composição de uma marcha militar e patriótica “ A Portuguesa”, que mais tarde viria ser o Hino Nacional.

Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,

Às armas, às armas!Pela pátria lutar!

Contra os Bretões marchar, marchar!

Primeira página do jornal francês “Le Petit Journal” sobre o regicídio (1908).

Monarquia: Mas havia necessidade de assassinar o nosso rei D. Carlos e o filho herdeiro ao trono?

República: Foram as vossas políticas que acabaram por provocar a morte do símbolo da monarquia, o rei!

Rei D. Manuel II – último rei de Portugal

Monarquia: Mas ainda havia uma esperança. D. Manuel II, o filho de D. Carlos que saiu ileso do atentado, assumiu, ainda que muito novo, a tarefa árdua de governar o país.

Grande manifestação contra a Monarquia, em Lisboa

República: Mas ele nada podia fazer por ti. Estavas no fim!Zé Povinho: Sim, D. Manuel II já nada podia fazer. O descontentamento e a revolta em relação à monarquia tinham-se definitivamente instalado. O partido republicano tinha cada vez mais adeptos. Já quase ninguém te defendia!

31 de Janeiro de 1891, no Porto – Primeira revolta Republicana contra a Monarquia.

Monarquia: Mas uns anos antes

deste acontecimento

trágico que foi a morte do rei, em

1891, ainda tivemos força para

vos derrotar, naquela que ficou conhecida como a Revolta de 31 de

Janeiro, no Porto!

República: Aproveitaram a nossa falta de organização! Mas no dia 5 de outubro de 1910, nada nos deteve, e conseguimos derrotar-te, numa ação conjunta de

militares com grande apoio de populares, em Lisboa. E nesse dia, da varanda da Câmara Municipal, foi proclamada a República em Portugal.

1º Presidente da República - Manuel de Arriaga

República: Eis o novo Chefe de Estado: o Presidente da

República! Vamos Sr. Presidente Manuel de Arriaga, que muito há

a fazer por este país!

Heróis do mar, nobre Povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria, sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!

http://www.heroisdomar.com/hino/

Viva a República! Viva a República!