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Virá e Não Tardará Silvio Dutra DEZ/2015

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Virá

e

Não Tardará

Silvio Dutra

DEZ/2015

2

Sumário

Virá e Não Tardará 4

ZWI – Uma Revelação 10

O Grande Risco em Escolher uma Porta Errada 17

O Cavalo Preto do Apocalipse 22

Quando o Meu Propósito é o Propósito que me Foi Imposto Por Homens

25

Profecia de Daniel Sobre o Tempo do Fim (Cap11 e 12)

29

O Palco Já Está Armado 66

Uma Unidade Falsa que Conduz à Apostasia da Verdade

70

Poderoso e Fiel é o Senhor, e o Fará 72

Paz em Todas as Circunstâncias 75

Um Reino Não Criado Pelo Homem, Mas Por Deus

77

O “deus” da Nova Ordem Mundial 81

Mega Templos e Mega Igrejas 85

A Sempre Presente Necessidade de Reforma 90

A Consolidação de Um Governo Único Mundial é Inevitável

98

O Anticristo é um Juízo de Deus Sobre o Pecado 105

Como Podemos Saber se Estes Nossos Dias São de Apostasia

107

Principal Causa das Perseguições na Grande Tribulação

118

Não Tomar o Todo Pela Parte 124

Escatologia 127

Adultério Espiritual 235

Para Subir Com Cristo 239

3

Por Que Podemos Crer que Jesus Voltará? 244

Nicolaítas Modernos 254

A Volta do Senhor - Zacarias 14 260

A Origem das Manifestações Mundiais 274

O Grande Conflito Final 283

O Arrebatamento 288

A Luta dos Illuminatis Contra o Cristianismo 293

Guardando-se Incontaminado de Babilônia 296

A História se Repete em Maior Dimensão 299

A Grande Ceifa da Iniquidade 304

Comerciantes de Almas 307

Sermão Profético de Jesus Sobre o Fim - Mateus 24.1-31

313

4

Virá e Não Tardará

Muitos em Israel se perderam nos dias de Jesus e dos

apóstolos, porque desconfiavam que não era ainda o

tempo do cumprimento da profecia, da mensagem

bíblica da promessa do envio do Messias e do Espírito

Santo, para converter o coração dos israelitas e de

muitas pessoas no mundo inteiro para Deus.

Eles ficavam desconfiados olhando o rio de água viva do

Espírito Santo passando diante de seus olhos, nas obras

que estavam sendo operadas por Deus em Sua presença

e pensavam: “já se passaram séculos desde as

promessas, e até agora nada de Messias e de Espírito

Santo... é melhor esperar um pouco mais.”

E assim, morreram nesta condição de incredulidade em

seus pecados, com a Fonte de água da vida eterna que

nos purifica dos nossos pecados, bem ao alcance de suas

mãos.

5

O mesmo sucede hoje com a Igreja do Senhor. Muitos

estão aguardando ainda o cumprimento do primeiro

sinal para o retorno do Senhor, que é a profetizada

apostasia da Igreja exatamente no tempo do fim. Esta

apostasia já ocorreu em todo o mundo, desde meados

do século passado (XX), e muitos ainda não aceitaram

ou não conseguiram enxergar isto.

Estão esperando por este primeiro sinal, enquanto

vivem suas vidas de modo não inteiramente santo, que

comprova que são também participantes desta

realidade já ocorrida.

Possa o Senhor nos despertar do sono em que nos

encontramos. Que a Igreja atenda ao Seu rogo amoroso

para o arrependimento e santidade, antes que seja

tarde demais.

Ele está fazendo isto, pela boca e ministério de muitas

pessoas em todo o mundo, através de sonhos e

revelações que lhes tem dado, de que o tempo acabou e

importa despertar do sono e ter azeite em nossas

lâmpadas, para que sejamos achados na luz e não em

6

trevas, quando da Sua vinda para nos arrebatar entre

nuvens.

Antes de trazer juízos sobre Sodoma e Gomorra, Deus

mandou alertar a família de Ló, mas seus genros não

creram que viria fogo do céu e gracejaram com ele; não

se dispuseram a sair daquelas cidades, o que significava

não estar disposto a deixar as práticas pecaminosas do

mundo, e assim foram apanhados pelo juízo do Senhor,

quando poderiam ter sido salvos, se atendessem ao

aviso que lhes fora dado.

Noé também advertiu do mesmo modo as pessoas em

seus dias, mas eles não somente não creram no dilúvio

que viria como não se dispuseram a emendar suas vidas,

abandonar o pecado, e voltarem para Deus.

Todos haviam vivido muito tempo confortavelmente na

Terra, de maneira que lhes era difícil crer na chegada de

um juízo destruidor da parte de Deus.

De igual modo sucede com a grande maioria em nossos

dias. Já se passaram 20 séculos desde que Jesus aqui

7

estivera, e por que haveríamos de crer que Ele virá nesta

hora conforme tem alertado a tantos?

Todavia Ele cumprirá o que prometeu em breve, muito

breve.

2Pe 3:3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos

dias, virão escarnecedores com os seus escárnios,

andando segundo as próprias paixões

2Pe 3:4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda?

Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas

permanecem como desde o princípio da criação.

2Pe 3:5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de

longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu

da água e através da água pela palavra de Deus,

2Pe 3:6 pela qual veio a perecer o mundo daquele

tempo, afogado em água.

2Pe 3:7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela

mesma palavra, têm sido entesourados para fogo,

8

estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos

homens ímpios.

2Pe 3:8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis

esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos,

e mil anos, como um dia.

2Pe 3:9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como

alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é

longânimo para convosco, não querendo que nenhum

pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.

2Pe 3:10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor,

no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os

elementos se desfarão abrasados; também a terra e as

obras que nela existem serão atingidas.

2Pe 3:11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim

desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo

procedimento e piedade,

2Pe 3:12 esperando e apressando a vinda do Dia de

Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão

desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.

9

2Pe 3:13 Nós, porém, segundo a sua promessa,

esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita

justiça.

2Pe 3:14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas

coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em

paz, sem mácula e irrepreensíveis,

Ele virá agora, porque o tem revelado a muitos, em

todas as partes do mundo; basta ver as publicações que

têm sido feitas na Internet, de 2012 para cá, e como têm

crescido em número, falando a mesma mensagem do

arrebatamento que ocorrerá em nossos dias. A nós

mesmos foi feita uma destas revelações por meio de

visão espiritual, em Fev/2014, que descreveremos

adiante.

10

ZWI – Uma Revelação

Fomos impulsionados à reaplicação em nossos

estudos e publicações relativas à interpretação das

circunstâncias que conduzirão ao arrebatamento da

Igreja, e à segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo,

que estão sendo presentemente antecedidas, conforme

profetizado na Bíblia, pela grande apostasia dos valores

judaicos cristãos, e ao clímax dos eventos que

brevemente manifestarão o governo mundial do

Anticristo.

A citada reaplicação foi estimulada por uma visão que

nos foi dada pelo Senhor das três letras de nosso título,

em formato grande e negro – ZWI.

Pesquisando na Internet, a única referência que fazia

sentido e correspondia à visão era o nome de “Sabatai-

Zwi”, que em 1666 se proclamou o Messias aguardado

por Israel, e cujos ensinos se baseavam não no judaísmo

com base bíblica, mas no judaísmo baseado na Cabala e

no esforço sionista de Israel produzir o seu próprio

11

Messias. É importante frisar que foi a partir de então,

que recrudesceu o modo de vida judaico secular que

representa atualmente, mais da metade da população

de Israel, por terem se afastado do modo de vida

baseado nos mandamentos da Bíblia.

É interessante o cruzamento de todo o esforço que vem

sendo realizado desde então, com as condições

presentes, para a implantação da chamada Nova Ordem

Mundial.

Os princípios promulgados por Zwi foram implantados

por um dos seus seguidores, Jacob Frank, que formou

uma ordem secreta dentro de outra sociedade secreta –

a maçonaria, com o fim de trabalhar a destruição dos

valores judaico-cristãos bíblicos, para o

estabelecimento de um governo mundial que seria

firmado com base nos princípios do sabataísmo (não

confundir com sabatismo, como, por exemplo, dos

Adventistas do Sétimo Dia).

Este foi o fator principal propulsor da Revolução

Francesa em 1789-1799, uma vez que o

12

sabatismo/frankismo já havia se infiltrado na

maçonaria, em todas as partes do mundo, não somente

no Ocidente, como também no Oriente.

Pressupomos que a visão que nos foi dada pelo Senhor

é para que nos acautelemos dos falsos cristos que estão

se apresentando já neste momento, como os salvadores

deste mundo em caos, e que culminará com a

manifestação do principal e chefe deles que será o

Anticristo.

As condições para o cumprimento das profecias do

Apocalipse estão plenamente amadurecidas em nossos

dias, e não antes; pois hoje há tecnologia suficiente para

garantir a implantação de um chip contendo a inscrição

666, em todas as pessoas do mundo, com o fim de serem

controladas e realizarem toda sua movimentação

financeira exclusivamente através do citado chip, que já

há algum tempo vem sendo produzido à taxa de um

bilhão de unidades por ano.

Lembremos que em 1 de Maio de 1776, Adam Weishapt

fundou a Ordem dos Perfeitos, ou Illuminatis.

13

Weishaupt estrategicamente se tornou global e

infiltrado com os agentes franquistas entre os ritos das

lojas maçônicas britânicas e escocesas. Os ritos

iniciáticos até o trigésimo terceiro grau da maçonaria

foram alterados. A mensagem messiânica contrária à Lei

de Deus bíblica do judaísmo havia sido então, incutida

em todas as nações que compunham o império britânico

em todo mundo por meio de suas lojas maçônicas.

A influência destes ritos maçônicos se tornou global,

junto às trilhas do imperialismo britânico. Eles são

praticados hoje na Europa, América do Norte e do Sul,

Ásia, África, Austrália e Nova Zelândia.

Esta mesma heresia de Zwi se tornou o núcleo da

sociedade "Skull and Bones” de Yale, da qual fazem

parte muitos presidentes e políticos americanos, e sua

marca gigante na CIA e no império financeiro global da

América.

O Shabbetaísmo Messiânico de Zwi é visto hoje

naqueles que controlam as relações internacionais da

14

América, no Departamento de Estado e na Presidência

dos Estados Unidos.

Com a "Guerra ao Terror", a unidade da América para

trazer a democracia com liberdade e prosperidade está

se tornando o motor dinâmico, que vai transformar este

mundo rapidamente sob o manto de um governo

universal.

Foi dos lombos dos llluminatis e sabataístas (seguidores

de Zwi), que os judeus, Karl Marx e Friedrich Engel

estabeleceram as raízes do comunismo. A partir dos

lombos dos Rothschild franquistas sabataístas, John

Jowe Astor e Jacob Schiff foram para a América, e

contaram com o apoio dos barões usurpadores da

América - Rockefeller e JP Morgan, e estabeleceram as

raízes do globalismo, no Conselho de Relações

Exteriores (CFR). O objetivo do CFR é o de derrubar a

Constituição americana, e mudar a diplomacia do país

para os interesses da globalização internacional.

Temos assim, um só e único movimento em todo o

mundo para a formação do futuro e próximo governo

15

mundial, sob as diferentes capas de capitalismo,

comunismo, socialismo etc, que migrarão para um

modelo fascista, com o controle total da elite mundial

das finanças, dos meios de produção e da força de

trabalho.

Este único movimento a que nos referimos tem seu

início marcado, não propriamente no fundador dos

illuminatis (Adam Weishaupt), senão em Sabatai-Zwi,

que formulou os princípios para a criação do governo do

Anticristo.

Não é para se admirar, que o ensino de Zwi tenha

angariado tantos admiradores para sua exposição da

Cabala – A cantora Madona é uma dessas pessoas – pois

Zwi afirmou que a vinda da era messiânica significava

que os mandamentos bíblicos não eram obrigatórios, e

que Deus agora permitia tudo.

Esta é a oração deles: "Louvado seja aquele que permite

o que é proibido"

16

Uma vez que todas as coisas seriam permitidas na era do

messias, Zwi declarou que muitas das antigas restrições

morais da Torá não eram mais aplicáveis. Ele aboliu as

leis sobre relações sexuais; e finalmente declarou, que

todos os trinta e seis grandes pecados bíblicos eram

agora permitidos, como também instruiu alguns de seus

seguidores, que era seu dever praticar tais pecados, a

fim de apressar a Redenção.

Esta é a religião do Anticristo, que tem sido abraçada

pelo mundo desde os dias de Zwi.

Ele é o ponto de partida para as blasfêmias,

perseguições e críticas aos mandamentos de Deus que

são características da profecia relativa ao Anticristo. O

berço já foi preparado para recebê-lo.

Vigiemos e oremos, e nos exortemos à pratica do amor

cristão e às boas obras; isto porque o tempo da volta do

Senhor está às portas.

17

O Grande Risco em Escolher uma Porta Errada

A salvação da alma, como tudo o mais em nossa vida,

possui também a sua porta de entrada.

Esta porta é única, eterna e insubstituível.

Corremos, portanto um sério risco em nos dar por

satisfeitos com alguma porta religiosa, filosófica, ou

qualquer outra que tenhamos escolhido como porta

para a nossa salvação; e no fim da nossa vida, quando

esta for aberta, não nos conduzir para o céu, para o

nirvana, ou para outras condições agradáveis em

relação ao destino eterno do nosso espírito, uma vez

que este tiver deixado o nosso corpo pela morte.

Ora, é bem patente que se fosse deixado por Deus, que

por nossa própria escolha viéssemos a adotar o modo de

vida ou pensamento que nos conduzirá ao céu, é bem

certo que todos nós nos perderíamos, porque, afinal,

Deus é espírito invisível, e Seus caminhos não são os

18

nossos caminhos, nem os Seus pensamentos os nossos

pensamentos.

Se no próprio mundo físico em que vivemos e

apalpamos pelo tato, e vemos com nossos olhos, muitas

coisas permanecem encobertas ao nosso conhecimento

e entendimento, quanto mais isto não é verdadeiro de

modo absoluto, quanto ao que se refere ao mundo

espiritual, celestial e invisível.

Por isso, Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia

para conosco, não nos deixou sem a Sua ajuda e direção

para nos levar à porta que se abre para o cominho da

salvação, do céu, da vida eterna.

Ele não somente nos Deus o Senhor Jesus Cristo para

morrer em nosso lugar, pagando o preço exigido pela

Sua justiça quanto aos nossos pecados, como também

nos atrai para Ele, revelando a Sua pessoa divina, para

que pelo poder da Sua graça possa, não somente

desvendar nossos olhos para o mundo espiritual

verdadeiramente santo e celestial, como também

operar a transformação de nossa vida, segundo o

19

caráter e virtudes que foram por Ele descritas na Sua

Palavra, que nos foi revelada para confirmar Seu

propósito eterno relativo ao modo da nossa salvação.

Assim, as Escrituras não contêm apenas mandamentos

de Deus, mas também descrevem as características que

passam a existir na vida dos que são salvos, pela Sua

graça mediante o arrependimento e fé em Jesus.

Elas, portanto confirmam se estamos ou não entrando

pela única porta e caminho que conduz à salvação, a

saber, a pessoa do próprio Senhor Jesus Cristo, que

passa a viver em nós em espírito.

É, sobretudo neste sentido que Jesus afirma, que não

fomos nós que O escolhemos, mas Ele que nos escolheu.

Não meramente num sentido eletivo, mas revelador,

diretivo, instrutivo, operativo, porque se não fosse pelo

Seu trabalho de nos trazer para a porta e caminho da

salvação, jamais conheceríamos aquela vida espiritual,

celestial e divina, que é comum a todos que dela têm

participado pela fé nEle.

20

Então, não é pela escolha que faço de uma determinada

filosofia de vida ou religião, que posso estar seguro de ir

para o céu, ou de estar vivendo do modo que seja

agradável a Deus.

Não nos foi dado por Deus escolher o modo de vida que

me conduzirá à Sua presença, em espírito, pois este

caminho já foi estabelecido por Ele desde antes da

fundação do mundo, e não há outros caminhos que

possam conduzir ao mesmo objetivo.

Posso orar, louvar, ler a Bíblia, ser caridoso, frequentar

os cultos de uma igreja, e ainda assim estar fora do

caminho, porque posso fazer tudo isto, sem ter tido um

encontro pessoal com Cristo, e por conseguinte, não ter

sido regenerado e santificado pelo Espírito Santo, que é

quem testifica com o nosso espírito que fomos tornados

filhos de Deus pela nossa comunhão com Jesus Cristo.

João 15:16 Não fostes vós que me escolhestes a mim;

pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei

para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça;

21

a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome,

ele vo-lo conceda.

João 15:19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o

que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo

contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.

22

O Cavalo Preto do Apocalipse

Juntamente com os três outros poderes causadores de

ruína à Terra, representados nos cavalos branco,

vermelho e amarelo; este cavalo (o cavalo preto) tem o

significado espiritual de que Deus tem permitido agora,

em nossos dias, mais precisamente a partir do ano de

2008, que a economia mundial esteja em crise

permanente, conforme era o antigo desejo de Satanás e

dos grandes agentes financeiros que controlam a

economia em todo o globo, permissão esta que não lhes

fora concedida anteriormente, de produzir tal dano de

cunho internacional, por um período de tempo

continuado e tão extenso.

Há uma inquietação desde que partiu a ordem no céu –

“VEM” para a liberação do Cavalo Preto, indicando que

havia chegado a hora de produzir a condição que traria

inquietação e grande prejuízo às massas(“uma medida

de trigo por um denário; três medidas de cevada por um

denário” – Apo 6.6a), pela ação daqueles que se

aproveitariam desta crise produzida por eles próprios

23

para o aumento e a manutenção de sua imensa riqueza

no regime fascista da Nova Ordem Mundial (“não

danifiques o azeite e o vinho.” – Apo 6.6b).

Apo 6:5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser

vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e

o seu cavaleiro com uma balança na mão.

Apo 6:6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro

seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um

denário; três medidas de cevada por um denário; e não

danifiques o azeite e o vinho.

Foi dada por Deus em 19 de agosto de 2008, a visão do

ser vivente e do cavalo preto com seu cavaleiro com a

balança na mão, ao Dr David Owuor, e como estava

destinado a produzir uma crise econômica global.

E poucos após ter tido a visão, foi anunciada em 15 de

setembro de 2008 a quebra de uma das maiores

instituições bancárias de investimento global chamada

Lehman Brothers.

24

A anunciada falência da Lehman Brothers provocou um

efeito cascata sobre os mercados de crédito em todo o

mundo.

A farra financeira de Wall Street com o seu sistema de

pirâmide veio ao conhecimento do público, e aplicações

financeiras estavam virando fumaça da noite para o dia,

trazendo enormes prejuízos inclusive a países como a

China que detém mais de um trilhão de dólares da dívida

externa dos EUA.

O dólar está sendo desvalorizado e há uma desconfiança

geral quanto à capacidade americana para contornar a

crise.

25

Quando o Meu Propósito é o Propósito que me Foi Imposto Por Homens

Arthur Tappan Pierson, na parte final do século XIX

foi convidado do por Charles Haddon Spurgeon para

estar à frente dos trabalhos do Tabernáculo

Metropolitano, no período em que a enfermidade que o

levaria à morte, havia se agravado.

A pedido da própria congregação, ele foi convidado a

assumir o pastorado da Igreja que Spurgeon havia

conduzido por tantos anos.

Pierson havia escrito muitas obras, e era profícuo em

tudo o que fazia, especialmente em sua dedicação à

obra missionária, que viria a inspirar muitos outros

depois dele neste trabalho na virada do século.

Profundamente inspirado por Spurgeon dedicou a ele o

livro que escreveu, intitulado Life-Power, no qual enfoca

a importância de ter propósitos definidos para a nossa

vida. E, na dedicatória que fizera destacou o próprio

26

Spurgeon como um exemplo vivo, que havia encarnado

todas as coisas que escrevera em seu livro, referentes ao

poder de um propósito definidor da vida, a inspiração de

ideais, sobretudo na moldagem do caráter e da conduta.

Nós vemos atualmente, este material de Pierson sendo

usado de maneira desviada do propósito original com o

qual escrevera sua obra, cuja releitura parcial tem

servido para incentivar a obra de missões mundiais, de

modo afastado daquela integridade de caráter bíblico

que havia no autor.

Ora, isto se torna não somente danoso para o

verdadeiro crescimento do cristão em santificação,

como o expõe ao perigo de definir como sendo o seu

propósito de vida, aquilo que outros têm definido para

ele, sob a alegada condição afirmada, de serem os seus

únicos e genuínos guias e mentores.

Quanto isto nos afasta daquela liberdade que temos em

Cristo, e que deveríamos preservar para o bem de nossa

própria alma e de todos aqueles que se miram em nosso

exemplo!

27

Este evangelho com cheiro de “tecnelho”, ou seja, uma

mistura de técnica com evangelho, e ainda por cima, não

com o evangelho em toda a sua integridade, mas um

evangelho parcial, que esconde o significado do

verdadeiro arrependimento, do trabalho da cruz na

mortificação do eu, no despojamento das obras da

carne, e do revestimento do fruto do Espírito Santo furta

toda aquela atmosfera de liberdade santa e agradável à

alma, que tendo vencido o pecado, tem no Espírito,

quando andamos na verdade por instrução e direção do

mesmo Espírito, e não pela vontade, planos e

metodologias dos homens.

Todos os membros da Igreja com suas funções e

ministérios ficam amarrados pelos líderes nicolaítas,

cuja obra Jesus odeia, porque impede a Igreja de ser de

fato, a Sua Igreja, dirigida por Ele, o Supremo Pastor, e

pelo Espírito, segundo a vontade de Deus Pai.

Que Deus tenha misericórdia de nós, para que os

propósitos que estabeleçamos sejam de fato

provenientes do céu para nós, e não da terra, de homens

28

carnais, que não entendem as coisas que são de Deus,

senão somente as que são dos homens.

29

Profecia de Daniel Sobre o Tempo do

Fim (Cap11 e 12)

Daniel 11

“1 Mas eu, no primeiro ano de Dario, o medo, me

levantei para o fortalecer e animar.

2 Agora, eu te declararei a verdade: eis que ainda três

reis se levantarão na Pérsia, e o quarto será cumulado

de grandes riquezas mais do que todos; e, tornado forte

por suas riquezas, empregará tudo contra o reino da

Grécia.

3 Depois, se levantará um rei poderoso, que reinará com

grande domínio e fará o que lhe aprouver.

4 Mas, no auge, o seu reino será quebrado e repartido

para os quatro ventos do céu; mas não para a sua

posteridade, nem tampouco segundo o poder com que

reinou, porque o seu reino será arrancado e passará a

outros fora de seus descendentes.

30

5 O rei do Sul será forte, como também um de seus

príncipes; este será mais forte do que ele, e reinará, e

será grande o seu domínio.

6 Mas, ao cabo de anos, eles se aliarão um com o outro;

a filha do rei do Sul casará com o rei do Norte, para

estabelecer a concórdia; ela, porém, não conservará a

força do seu braço, e ele não permanecerá, nem o seu

braço, porque ela será entregue, e bem assim os que a

trouxeram, e seu pai, e o que a tomou por sua naqueles

tempos.

7 Mas, de um renovo da linhagem dela, um se levantará

em seu lugar, e avançará contra o exército do rei do

Norte, e entrará na sua fortaleza, e agirá contra eles, e

prevalecerá.

8 Também aos seus deuses com a multidão das suas

imagens fundidas, com os seus objetos preciosos de

prata e ouro levará como despojo para o Egito; por

alguns anos, ele deixará em paz o rei do Norte.

31

9 Mas, depois, este avançará contra o reino do rei do Sul

e tornará para a sua terra.

10 Os seus filhos farão guerra e reunirão numerosas

forças; um deles virá apressadamente, arrasará tudo e

passará adiante; e, voltando à guerra, a levará até à

fortaleza do rei do Sul.

11 Então, este se exasperará, sairá e pelejará contra ele,

contra o rei do Norte; este porá em campo grande

multidão, mas a sua multidão será entregue nas mãos

daquele.

12 A multidão será levada, e o coração dele se exaltará;

ele derribará miríades, porém não prevalecerá.

13 Porque o rei do Norte tornará, e porá em campo

multidão maior do que a primeira, e, ao cabo de tempos,

isto é, de anos, virá à pressa com grande exército e

abundantes provisões.

14 Naqueles tempos, se levantarão muitos contra o rei

do Sul; também os dados à violência dentre o teu povo

se levantarão para cumprirem a profecia, mas cairão.

32

15 O rei do Norte virá, levantará baluartes e tomará

cidades fortificadas; os braços do Sul não poderão

resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá força

para resistir.

16 O que, pois, vier contra ele fará o que bem quiser, e

ninguém poderá resistir a ele; estará na terra gloriosa, e

tudo estará em suas mãos.

17 Resolverá vir com a força de todo o seu reino, e

entrará em acordo com ele, e lhe dará uma jovem em

casamento, para destruir o seu reino; isto, porém, não

vingará, nem será para a sua vantagem.

18 Depois, se voltará para as terras do mar e tomará

muitas; mas um príncipe fará cessar-lhe o opróbrio e

ainda fará recair este opróbrio sobre aquele.

19 Então, voltará para as fortalezas da sua própria terra;

mas tropeçará, e cairá, e não será achado.

20 Levantar-se-á, depois, em lugar dele, um que fará

passar um exator pela terra mais gloriosa do seu reino;

33

mas, em poucos dias, será destruído, e isto sem ira nem

batalha.

21 Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao

qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá

caladamente e tomará o reino, com intrigas.

22 As forças inundantes serão arrasadas de diante dele;

serão quebrantadas, como também o príncipe da

aliança.

23 Apesar da aliança com ele, usará de engano; subirá e

se tornará forte com pouca gente.

24 Virá também caladamente aos lugares mais férteis da

província e fará o que nunca fizeram seus pais, nem os

pais de seus pais: repartirá entre eles a presa, os

despojos e os bens; e maquinará os seus projetos contra

as fortalezas, mas por certo tempo.

25 Suscitará a sua força e o seu ânimo contra o rei do

Sul, à frente de grande exército; o rei do Sul sairá à

batalha com grande e mui poderoso exército, mas não

prevalecerá, porque maquinarão projetos contra ele.

34

26 Os que comerem os seus manjares o destruirão, e o

exército dele será arrasado, e muitos cairão

traspassados.

27 Também estes dois reis se empenharão em fazer o

mal e a uma só mesa falarão mentiras; porém isso não

prosperará, porque o fim virá no tempo determinado.

28 Então, o homem vil tornará para a sua terra com

grande riqueza, e o seu coração será contra a santa

aliança; ele fará o que lhe aprouver e tornará para a sua

terra.

29 No tempo determinado, tornará a avançar contra o

Sul; mas não será nesta última vez como foi na primeira,

30 porque virão contra ele navios de Quitim, que lhe

causarão tristeza; voltará, e se indignará contra a santa

aliança, e fará o que lhe aprouver; e, tendo voltado,

atenderá aos que tiverem desamparado a santa aliança.

31 Dele sairão forças que profanarão o santuário, a

fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário,

estabelecendo a abominação desoladora.

35

32 Aos violadores da aliança, ele, com lisonjas,

perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se

tornará forte e ativo.

33 Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia,

cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo

roubo, por algum tempo.

34 Ao caírem eles, serão ajudados com pequeno

socorro; mas muitos se ajuntarão a eles com lisonjas.

35 Alguns dos sábios cairão para serem provados,

purificados e embranquecidos, até ao tempo do fim,

porque se dará ainda no tempo determinado.

36 Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e

se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos

deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que se

cumpra a indignação; porque aquilo que está

determinado será feito.

37 Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao

desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre

tudo se engrandecerá.

36

38 Mas, em lugar dos deuses, honrará o deus das

fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram,

honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e

coisas agradáveis.

39 Com o auxílio de um deus estranho, agirá contra as

poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem,

multiplicar-lhes-á a honra, e fa-los-á reinar sobre

muitos, e lhes repartirá a terra por prêmio.

40 No tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele, e o rei

do Norte arremeterá contra ele com carros, cavaleiros e

com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as

inundará, e passará.

41 Entrará também na terra gloriosa, e muitos

sucumbirão, mas do seu poder escaparão estes: Edom,

e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom.

42 Estenderá a mão também contra as terras, e a terra

do Egito não escapará.

37

43 Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de

todas as coisas preciosas do Egito; os líbios e os etíopes

o seguirão.

44 Mas, pelos rumores do Oriente e do Norte, será

perturbado e sairá com grande furor, para destruir e

exterminar a muitos.

45 Armará as suas tendas palacianas entre os mares

contra o glorioso monte santo; mas chegará ao seu fim,

e não haverá quem o socorra.”

A visão do Senhor, que Daniel tivera no capítulo

anterior foi no terceiro ano de Ciro, que correspondia

também ao terceiro ano de Dario da Média, e foi dito

naquele capítulo que havia poderes celestiais lutando

contra a Pérsia, e que ela estava resistindo.

Agora é dito pelo próprio Senhor, neste capítulo, que Ele

havia fortalecido e animado Dario no seu primeiro ano

de reinado (v. 1), porque importava que reconduzisse os

judeus de Babilônia para a Palestina, porém o Senhor

passou a declarar qual seria o futuro da Pérsia, que três

38

reis ainda se levantariam nela, e o quarto seria

cumulado de grandes riquezas, que as usaria para entrar

em Guerra contra a Grécia, e isto seria a sua ruína (v. 2)

O rei poderoso que se levantaria depois dele e com

grande domínio não seria um rei persa, mas a referência

é a Alexandre, o Grande (v. 3), que teria seus domínios

repartidos em quatro partes, e nenhum de seus

descendentes assumiria o trono em seu lugar; isto de

fato ocorreu, porque os quatro generais de Alexandre

não permitiram que seu filho se tornasse seu sucessor

(v. 4).

O rei do Sul, destes reinos repartidos do de Alexandre, é

Ptolomeu, que governou sobre o Egito, do qual sairiam

príncipes fortes, entre os quais é contada a própria

Cleópatra (v. 5).

A aliança do rei do Sul (Ptolomeu) com o rei do Norte

seria promovida pelo casamento da filha do rei do Sul

com o rei do Norte, mas em vez de fortalecer os reinos,

lhes enfraqueceria (v. 6). No entanto, um descendente

deste casamento avançaria contra o Norte (selêucidas –

39

um dos reinos remanescentes de Alexandre que

governava a Síria) e prevaleceria (v. 7).

Este foi Ptolomeu Euergetes, que foi o filho e sucessor

de Ptolomeu Filadelfo, que lutou contra Seleuco

Callinicus, rei da Síria, para vingar a sua irmã.

Este saqueou a Síria e trouxe um grande despojo para o

Egito (v. 8). E permaneceu regendo a Síria por 46 anos,

mas teve que voltar para o Egito (Sul) para guerrear

contra a conspiração que havia sido levantada em sua

própria terra contra ele (v. 9).

Veja que estas conspirações dos reinos, por prolongados

anos são um tipo das coisas que sucederiam na terra

depois destes dias, até a manifestação do Anticristo,

com reinos sendo estabelecidos pela guerra,

conspiração, intriga e ambição pelo poder

Seleuco Callinicus, que tinha sido o rei do Norte (Síria) e

havia sido vencido (v. 7) morreu em miséria, deixou dois

filhos, Seleuco e Antíoco, e estes incitaram uma

multidão e grandes forças para recuperar o que o pai

40

havia perdido (v. 10). Mas sendo Seleuco já velho e

fraco, foi incapaz de comandar seu exército; foi

envenenado por seus amigos, e reinou somente dois

anos. Seu irmão Antíoco lhe sucedeu e reinou por 37

anos e foi chamado de Magno.

Foi com um grande exército que se colocou em batalha

contra Ptolomeu Philopater, o rei do Sul. Foi-lhe dado

vencer esta batalha (v. 10, 11), e isto fez com que se

tornasse insolente e orgulhoso, o que o levou a entrar

no templo do Senhor em Jerusalém desafiando a lei e o

lugar santo, derrubando miríades, porém não

prevaleceria segundo o conselho de Deus contra ele (v.

12); porque Ptolomeu reuniria um exército muito

grande e marcharia contra Antíoco Magno (v. 13, 14).

Muitos estavam contra Ptolomeu, o rei do Sul, inclusive

Filipe da Macedônia, pai de Alexandre o Grande. Por isso

os judeus se renderam a Antíoco e se uniram a ele para

sitiarem as guarnições de Ptolomeu (exatamente o que

os judeus farão no final dos tempos, se aliando no início

do governo de sete anos do Anticristo, para serem

livrados da ameaça de invasão dos árabes, só que o

41

Anticristo se voltará depois contra eles, tal como fizera

Antíoco com os judeus).

Este Antíoco Magno não entraria num confronto direto

com Ptolomeu, rei do Sul (Egito), mas usaria de

estratagemas tomando as fortalezas daquele reino em

Samaria e Israel; com isto se fez mestre da terra da

Judeia (v. 16)

A terra de Israel estava entre as disputas destes dois

reinos poderosos, a saber, da Síria e do Egito. Daí ter

sido disputada por ambos.

O verso 18 faz referência às guerras contra os romanos.

O verso 20 ser refere a Seleuco Philopater, filho mais

velho de Antíoco Magno, que foi um grande opressor do

seu próprio povo, lhes extorquiu muito dinheiro, e

quando lhe disseram que perderia muitos amigos

agindo daquela forma, disse que não conhecia melhor

amigo do que o dinheiro.

Tal era sua ganância que tentou saquear o templo de

Jerusalém, mas foi destruído, segundo a profecia do

42

Senhor, sem ira nem batalha (v. 20), porque foi

envenenado por um dos seus servos chamado

Heliodoro, depois de ter reinado por 12 anos, sem ter

feito nada notável, a não ser suas pilhagens.

A partir do verso 21 até o final deste capítulo, tudo se

refere a Antíoco Epifânio, o pequeno chifre insolente

citado em Dn 8.9. Um grande inimigo da religião judaica,

e um grande perseguidor de todos que se declarassem

judeus.

Grande parte das revelações do Senhor a Daniel foram

destinadas neste capítulo, a Antíoco Epifânio, porque

tudo o que ele fez, será exatamente o que o Anticristo

fará em seus dias, especialmente o que é referido nos

versos 36 e 37.

Todavia, nos ocuparemos em comentar em detalhes a

respeito da relação existente entre as ações de Antíoco

Epifânio e o Anticristo, na parte final do décimo segundo

capítulo, no comentário geral relativo ao período da

Grande Tribulação, que abrange a grande maioria das

profecias escatológicas contidas em toda a Escritura.

43

Daniel 12

“1 Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe,

o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de

angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até

àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu

povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.

2 Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão,

uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror

eterno.

3 Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o

fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à

justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.

4 Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro,

até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber

se multiplicará.

5 Então, eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé

outros dois, um, de um lado do rio, o outro, do outro

lado.

44

6 Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava

sobre as águas do rio: Quando se cumprirão estas

maravilhas?

7 Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as

águas do rio, quando levantou a mão direita e a

esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive

eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois

tempos e metade de um tempo. E, quando se acabar a

destruição do poder do povo santo, estas coisas todas se

cumprirão.

8 Eu ouvi, porém não entendi; então, eu disse: meu

senhor, qual será o fim destas coisas?

9 Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras

estão encerradas e seladas até ao tempo do fim.

10 Muitos serão purificados, embranquecidos e

provados; mas os perversos procederão perversamente,

e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão.

45

11 Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado,

e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil

duzentos e noventa dias.

12 Bem-aventurado o que espera e chega até mil

trezentos e trinta e cinco dias.

“13 Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois

descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para

receber a tua herança.”

O início deste capítulo confirma, que a intenção da

revelação de nosso Senhor a Daniel, no capítulo anterior

era a de apontar para o tempo do fim, nos dias do

Anticristo, e não particular e exclusivamente a Antíoco

Epifânio, que em muitos pontos foi um tipo do

Anticristo, e das coisas que ocorrerão no tempo do fim.

Ao introduzir este capítulo com a citação “Nesse

tempo”, e logo em seguida, ao falar das coisas que se

referem aos últimos dias, usando a citação “naquele

tempo”, nosso Senhor, vinculou tal tempo aos dias em

que se dará a ressurreição, tanto de crentes (no

46

arrebatamento), quanto de ímpios (juízo final). Não

padece, portanto, qualquer dúvida que a profecia se

refere à consumação de todas as coisas, e não

particularmente aos dias de Antíoco Epifânio.

Chegou o momento, conforme prometemos

anteriormente, de fazer uma conexão das profecias de

Daniel 9 a 12, com outras profecias escatológicas das

Escrituras relativas ao período da Grande Tribulação, ao

qual se refere profeticamente esta porção do livro de

Daniel, mesmo quando usa as revelações relativas às

intrigas e guerras, por meio das quais os reinos se

sucederam no período babilônico, persa, grego, e

romano, especialmente, quanto ao dois grandes braços

resultantes do reino de Alexandre, o Grande, na Síria (rei

do Norte na profecia de Daniel) e Egito (rei do Sul).

Então, há o propósito de revelar como estes reinos se

estabelecem pelo engano, e como pelo próprio engano,

eles caem.

O engano citado em Mt 24.4,5:

47

“4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém

vos engane.

5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o

Cristo; a muitos enganarão.”, culminará com o maior

engano de todos, na pessoa do Anticristo que agirá pela

eficácia de Satanás, enganando a muitos, que

depositarão nele inteira confiança para a resolução dos

problemas mundiais. Ele será o último falso salvador

que o mundo verá. O último falso messias; por isso é

chamado de Anticristo, já que é um cristo falso.

O abominável da desolação, citado em Mt 24.15 é uma

referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que

ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em

Daniel 9.27.

Agora o que é o lugar santo?

Algumas pessoas dizem que é a terra. Outras dizem que

é a cidade de Jerusalém. O que é o lugar santo?

Há somente outro uso dessa frase em todo o Novo

Testamento, e encontra-se em Atos 21.28. O Lugar Santo

48

era um dos ambientes do tabernáculo e do templo de

Jerusalém.

A profecia de Daniel 11.31 teve um primeiro

cumprimento na pessoa de Antíoco Epifânio, e terá um

último cumprimento na pessoa do Anticristo:

“Dele sairão forças que profanarão o santuário, a

fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado,

estabelecendo a abominação desoladora.”

A primeira parte de Daniel 11 descreve fatos que já

tiveram cumprimento na história, e a parte posterior se

refere a coisas que ainda terão cumprimento no tempo

do fim. O verso 31 trata de um duplo cumprimento, e

historicamente já se cumpriu entre 175 e 165 a.C.

correspondente ao governo do rei sírio Antíoco.

Ele se chamava Epifânio, que quer dizer, "o grande". Ele

foi um grande perseguidor do povo de Israel, sendo

assim um tipo perfeito do Anticristo

49

Ele tentou acabar com a religião judaica, e matou

milhares e milhares de judeus, inclusive mulheres e

crianças.

Ele profanou o templo entrando nele e matando um

porco no altar, obrigando os sacerdotes a comerem sua

carne.

Além disso, ele colocou a imagem de um deus grego no

templo, provavelmente Zeus. E com o templo assim

profanado, os judeus deixaram de apresentar seus

sacrifícios nele; assim o sacrifício diário determinado

pela lei foi completamente parado.

E foi exatamente isso, que Daniel profetizou cerca de

400 antes que ele faria (11.31). Desta forma, o templo

ficou desolado por causa daquela abominação, isto é,

daquele ato detestável aos olhos de Deus e do Seu povo.

O Anticristo também profanará o templo que será

reconstruído, para afrontar os judeus e o Deus de Israel,

e pelo mesmo efeito de rejeição que isto produzirá, tal

como no passado, nos dias de Antioco Epifânio, diz-se

50

que será uma abominação desoladora. É por isso que ao

se referir à profecia exclusiva ao Anticristo em 9.26,27,

Daniel usa as palavras desolação e abominação para se

referir aos atos do Anticristo.

Em Daniel 9.24-27 temos a conhecida profecia das

setenta semanas. São setenta semanas de anos.

Referem-se, portanto a 490 anos, sendo que a profecia

estabelece dois períodos distintos; um que vai desde a

“saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até

o Ungido, ao Príncipe” - são sessenta e nove semanas,

isto é, 483 anos.

Depois da morte do Ungido se levantaria um príncipe

que governaria por uma semana (a septuagésima

semana) e que faria cessar o sacrifício e a oferta de

manjares no meio da semana (versos 26,27).

A profecia determina então, um período “para fazer

cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para

expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para

selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos

Santos.” (9.24).

51

Isto está vinculado de fato, a duas fases: ao primeiro

advento de Cristo trazendo a graça e a redenção para os

habitantes da terra, e ao seu segundo advento para

estabelecer Seu reino de justiça na terra.

Por isso, determinou-se para Daniel o prazo para a

primeira vinda de Jesus, e também o prazo que

determinaria Sua segunda vinda, que está relacionada

ao período da Grande Tribulação, que será precipitada

no governo de sete anos do Anticristo, que corresponde

à septuagésima semana da profecia de Daniel. Esta

semana é isolada das demais 69 que se cumpriram no

primeiro advento de Cristo, porque Israel tem

permanecido endurecido até hoje à recepção de Jesus

como o Salvador e Messias.

Será exatamente no tempo do fim que se voltarão para

o Senhor como nação, para a sua redenção.

Daniel queria saber de Deus quando acabaria o cativeiro

de Israel, e quando seria firmado como nação e reino

sacerdotal, conforme havia sido prometido por Deus,

desde Moisés.

52

A resposta de Deus foi dada com a profecia das setenta

semanas, porque Daniel pensava que uma vez findo os

setenta anos de cativeiro babilônico, conforme havia

sido profetizado por Jeremias, Israel seria estabelecido

como reino de Deus na terra.

Desde a “saída da ordem para restaurar e edificar

Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” temos 69 semanas,

isto é, 483 anos. O decreto para a reconstrução do

templo e da cidade de Jerusalém foi baixado em cerca

de 450 a.C. A contagem vai, portanto até a morte de

Jesus, e não até Seu nascimento, porque somando-se 33

a 450 temos os 483 anos referidos na profecia.

De fato, “para fazer cessar a transgressão, para dar fim

aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a

justiça eterna” conforme se encontra registrado na

profecia, somente seria possível com a morte de Jesus.

Por isso, a profecia de Daniel faz referência à morte do

Senhor.

Mas, “para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo

dos Santos”, conforme está também na profecia de

53

Daniel haverá necessidade de que o Senhor volte e

estabeleça Seu reino na terra, de maneira que O

veremos assim como Ele é, e o que é em parte será

aniquilado.

As visões e as profecias terão tido seu cumprimento, e

já não andaremos somente por fé, mas também pelo

que veremos.

Hoje não há um único ser humano perfeito vivendo na

terra, porque mesmo o maior dos santos é pecador e

ainda está sujeito ao pecado, em razão da natureza

terrena.

Mas, quando o Senhor voltar e nós com Ele em glória,

todos seremos perfeitos, assim como Ele é perfeito.

O plano de Deus de restaurar a criação original terá

cumprimento na volta de Jesus, e no estabelecimento

do Seu reino milenal com os salvos na terra.

Deus criou a terra para este propósito, para que fosse

herdada pelos justos, pelos que são puros de coração, e

sem pecado.

54

Ele cumprirá cabalmente aquilo que planejou desde

antes da fundação do mundo.

Em Daniel 12.11 lemos:

“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for

tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda

mil duzentos e noventa dias”; isto é, decorrerão três

anos e meio para o retorno de Cristo e a consequente

destruição do governo do Anticristo, a contar do

momento em que for posta a abominação desoladora

no Lugar Santo.

Observe que Daniel acrescenta mais 30 dias aos 1260

referidos em Apocalipse 12.6, como tempo da

perseguição do diabo aos judeus através do Anticristo,

durante o período da Grande Tribulação. Isto pode ser

explicado pelo fato de que a profecia de Daniel está

enfocando o tempo para o estabelecimento do Reino, e

não para o término do governo do Anticristo.

Isto demandará o estabelecimento da separação entre

os cabritos e as ovelhas, tendo assim, uma primeira

55

contagem de um prazo já determinado para o início do

estabelecimento do reino.

Em Daniel 12.12 lemos:

“Bem-aventurado o que espera e chega até mil

trezentos e trinta e cinco dias” ;isto é, 45 dias depois dos

1290 já referidos.

Muitas providências deverão ser tomadas para que a

terra seja restaurada a uma condição adequada para o

governo dos santos, juntamente com Cristo. Para a

separação das ovelhas, dos cabritos e tudo o mais que

for necessário. Haveria assim, provavelmente, um

período de transição de 75 dias desde o retorno do

Senhor até o estabelecimento do Seu reino milenal.

Jesus começou a remover a maldição do pecado da

terra.

A terra foi restaurada.

Em Ezequiel 36.36 lemos:

56

“Então as nações que tiverem restado ao redor de vós

saberão que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades

destruídas, e plantei o que estava desolado. Eu, o

Senhor, o disse, e o farei.”

A palavra de Romanos 8.19-21 terá cabal cumprimento

quando da volta do Senhor:

“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação

dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade,

não voluntariamente, mas por causa daquele que a

sujeitou, na esperança de que a própria criação será

redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da

glória dos filhos de Deus.”

Daniel chama o Anticristo, de “pequeno chifre, o rei com

a face feroz, o rei voluntarioso”. João o chama de “a

besta”. E Paulo o chama de “filho da perdição e homem

do pecado”.

Ele é a culminação de todos os falsos cristos. Ele é tão

convincente nisto, que Daniel 9.27 diz que Israel fará um

pacto com ele, crendo que seja o seu libertador e

57

protetor. E todas as nações do mundo, em razão das

suas perseguições vêm a ficar debaixo do seu poder, pois

ele engana a muitos.

Ele tem comunhão com os demônios do inferno. Ele é

poderoso, mas não pelo seu próprio poder. Ele causará

estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe

aprouver, bem como destruirá os poderosos e o povo

santo (Dn 8.24).

Não é seu próprio poder; é o poder do inferno. Pela

astúcia dos seus empreendimentos políticos fará

prosperar o engano (Dn 8.25). Ele usa a paz, usa a

negociação para seduzir o mundo e trazê-lo sob o seu

poder.

No capítulo 11 de Daniel nós descobrimos mais coisas

sobre ele, nos versos 36-45:

“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se

engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos

deuses, falará cousas incríveis, e será próspero, até que

se cumpra a indignação; porque aquilo que está

58

determinado será feito. Não terá respeito aos deuses de

seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer

deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas em lugar

dos deuses honrará o deus das fortalezas; a um deus que

seus pais não conheceram honrará com ouro, com prata,

com pedras preciosas e cousas agradáveis. Com auxílio

de um deus estranho agirá contra as poderosas

fortalezas, e aos que o reconhecerem multiplicar-lhe-á a

honra, fá-los-á reinar sobre muitos, e lhes repartirá a

terra por prêmio. No tempo do fim, o rei do Sul lutará

com ele, e o rei do Norte arremeterá contra ele com

carros, cavaleiros, e com muitos navios, e entrará nas

suas terras, e as inundará, e passará. Entrará também na

terra gloriosa e muitos sucumbirão, mas do seu poder

escaparão estes: Edom e Moabe, e as primícias dos

filhos de Amom. Estenderá a sua mão também contra as

terras, e a terra do Egito não escapará. Apoderar-se-á

dos tesouros de ouro e de prata, e de todas as cousas

preciosas do Egito, os líbios e os etíopes o seguirão. Mas

pelos rumores do oriente e do norte será perturbado, e

sairá com grande furor, para destruir e exterminar a

muitos. Armará as suas tendas palacianas entre os

59

mares contra o glorioso monte santo; mas chegará aos

seu fim, e não haverá quem o socorra.”

E assim, o engano dele é incrível. Na realidade, seu

engano é descrito em maior detalhe em Apocalipse 13.

Lá, João não o vê com uma face feroz nem como um rei

voluntarioso, mas em outra perspectiva; como uma

besta. Ele é uma besta que governa sobre as nações e o

simbolismo é muito vívido.

Ele é uma besta poderosa. É uma besta devastadora. O

verso 5 diz, que lhe foi dado 42 meses para agir com

autoridade. Isto equivale a três anos e meio,

correspondentes à metade final dos sete anos referidos

em Daniel 9.27 como o tempo total do seu governo.

Assim, ele passará a empreender suas perseguições

contra Israel, desde a colocação da abominação

desoladora no lugar santo, neste período de três anos e

meio, correspondente à Grande Tribulação.

Em II Tes 2.3,4, Paulo cita o Anticristo nestes termos:

60

“Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto

não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e

seja revelado o homem da iniquidade, o filho da

perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se

chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se

no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o

próprio Deus.”

E, sobre esta sua arrogância e blasfêmia João também

registrou em Apo 13.5,6:

“Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e

blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois

meses; e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus;

para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a

saber, os que habitam no céu.”

Também lemos em Daniel 7.8,25 e 11.36:

“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles

subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros

chifres, foram arrancados; e eis que neste chifre havia

61

olhos, como os de homem, e uma boca que falava com

insolência.” (7.8).

“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os

santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a

lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um

tempo, dois tempos e metade dum tempo” que é

também uma linguagem profética para designar os três

anos e meio a que nos temos referido (7.25).

“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se

engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos

deuses, falará cousas incríveis,” (11.36).

Esta exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de

ter vencido as nações, exercido domínio sobre elas, e de

ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles, ter

se considerado superior ao Deus de Israel, a ponto de se

assentar no templo proferindo palavras contra o

Altíssimo. Ele incorrerá no mesmo erro do rei Assírio

Senaqueribe, que se exaltou contra Deus e lhe dirigiu

palavras de afrontas em desafio através de Rabsaqué,

seu porta-voz (Is 36 e 37).

62

Aliado ao poder obtido sobre as nações e sobre Israel, o

Anticristo também terá por motivo de exaltação, o fato

de ser enganado pelo próprio Satanás e demônios, aos

quais estava servindo, porque o falso sistema religioso

que estará a seu serviço, personificado na pessoa do

chamado falso profeta (Apo 13.11-15) fará uma imagem

do Anticristo, e a imagem falará. Será determinado que

todos adorem a imagem, instituindo-se assim um culto

idolátrico, onde todo aquele que se recusar a adorar a

imagem da besta será morto.

Será tal o sentimento de grandeza e de posse do

Anticristo sobre toda a humanidade, que será

determinado que todos recebam certa marca sobre a

mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa

comprar ou vender, senão aquele que tiver o nome da

besta ou o número relativo ao seu nome, que é 666 (Apo

13.16-18).

Muitos poderão estar perguntando como poderia Israel

se aliançar com a besta. No entanto, antes que ele

assuma o controle sobre as nações, revelando seu

63

caráter maligno, ele deve, pela sua aliança com os

israelitas tê-los livrado da ameaça do mundo árabe.

O ódio incurável e histórico do mundo islâmico contra

Israel, não cessará por qualquer tratado de paz.

Daí, possivelmente a razão de Israel ter buscado apoio

no poder político que estará em evidência na ocasião

sob o governo do Anticristo, tal como os israelitas

dependem da sua aliança histórica com os Estados

Unidos, para sua segurança no Oriente Médio.

É possível mesmo, que nos três primeiros anos e meio

de seu governo, ele seja tido como o próprio messias

pelos israelitas, sem que saibam que ele é um falso

libertador.

Em Mt 24.29 o Senhor disse que; “logo em seguida à

tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o

período da Grande Tribulação, ocorrerá a Sua segunda

vinda, e quando isto ocorrer, o sol escurecerá e a lua não

dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e

os poderes do céu serão abalados.

64

“Isto indica que eventos cataclísmicos antecederão a

Sua manifestação, vindo sobre as nuvens do céu com

poder e muita glória.” (verso 30).

Assim, o Senhor virá imediatamente, após a Grande

Tribulação.

E, como mais um sinal da Sua vinda, o Senhor disse na

parábola da figueira que deveríamos aprender da lição

que ela nos dá, porque quando seus ramos se renovam,

e as folhas brotam; que é um sinal de que o verão está

próximo.

Assim, a geração que testemunhasse estas coisas não

passaria sem que tudo aconteça, pois ao virem todas

estas coisas, saberão que Ele está próximo, às portas (Mt

24.32-34).

A figueira dá frutos no verão, e antes que isto ocorra, ela

renova suas folhas. Assim, quando a geração que

presenciar a Grande Tribulação referida pelo Senhor,

precipitada pela profanação pelo Anticristo, do templo

que será reconstruído em Jerusalém, ela pode estar

65

certa de que presenciará a volta do Senhor, assim como

sabemos que o verão se aproxima, quando a figueira

renova seus ramos e as folhas brotam.

Assim, os sinais estão reservados para as pessoas que

estiverem vivendo no tempo do fim.

66

O Palco Já Está Armado

Como que da noite para o dia começaram os protestos

na Ucrânia, todavia, tudo isto fora instigado pelos

mesmos agentes, que operam em todo o mundo

produzindo insatisfação nas massas, para propósitos

previamente planejados e definidos pelos promotores

da NOM.

O pavio está sendo aceso neste momento,

especialmente na Ásia e Oriente Médio, que são as duas

regiões apontadas nas Escrituras, como as da

conflagração que haverá no tempo do fim.

Inicialmente, a Rússia foi provocada pelos EUA com o

estacionamento de tropas em vários pontos próximos

da Rússia já com a intenção oculta, de provocar uma

reação futura de contraresposta dos russos.

Putin tem afirmado repetidamente, que todos devem se

lembrar que não foi ele quem iniciou o quadro de tensão

67

que está se desenvolvendo entre a Rússia, os EUA e os

países do bloco europeu.

Vemos isto no seguinte artigo publicado no site

http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/eua-

buscam-aumentar-tropas-na-romenia-diante-de-crise:

“Bucareste - Os Estados Unidos pediram para aumentar

o número de tropas e aeronaves estacionadas em uma

base aérea na aliada Romênia, disse o presidente Traian

Basescu nesta terça-feira, enquanto as tensões entre o

Ocidente e a Rússia continuam na vizinha Ucrânia.

As forças dos EUA têm usado a base aérea de Mihail

Kogalniceanu, no mar Negro, desde 1999. O local

representa uma importante base para as tropas dos EUA

saindo do Afeganistão, e está localizado não muito longe

da península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia

no mês passado.

"A embaixada dos EUA em Bucareste pediu o apoio das

autoridades romenas para expandir operações em curso

na base Mihail Kogalniceanu", disse Basescu em uma

68

carta de notificação para o presidente da câmara baixa

do Parlamento da Romênia.

De acordo com o pedido, os EUA pretendem acrescentar

até 600 soldados norte-americanos aos cerca de 1.000,

atualmente estacionados na Romênia, como também

aumentar o número de aeronaves militares no país-

membro da Otan, segundo a carta.

Os ministros das Relações Exteriores das 28 nações da

Otan, se reuniram em Bruxelas na terça-feira para

discutir formas de aumentar a segurança dos Estados

membros no leste europeu ex-comunista depois da

ocupação e anexação da Crimeia pela Rússia.”

O palco se encontra armado e independentemente das

intenções de seus atores; a antiga tensão da guerra fria

foi reacendida, e todo este ressentimento haverá de

desembocar em algum momento, num grande conflito

armado, conforme planejado na agenda dos promotores

da NOM.

69

Tudo leva a crer do modo que as coisas têm sido

encaminhadas ultimamente no mundo, que está

havendo uma grande encenação por parte das

lideranças envolvidas, pois sabem previamente qual

deve ser o próximo passo a ser dado depois de um

terceiro conflito mundial. A segunda grande guerra

conduziu à formação da ONU. E a terceira por vir, há de

produzir o tão sonhado governo supremo mundial.

70

Uma Unidade Falsa que Conduz à Apostasia da Verdade

Todo crescimento espiritual real procede de Deus. É

ele que dá crescimento ao seu povo. O trabalho dos

pastores e outros ministérios, como definido por Paulo

é apenas o de semear a Palavra da verdade e regar a

lavoura, pois o crescimento é operado só e diretamente

pelo próprio poder de Deus.

Por isso Jesus declara a duas igrejas do Apocalipse que

Ele rejeita e odeia a obra dos nicolaítas (lideres que

dominam a fé do povo), porque estes tomam

indevidamente o lugar que cabe exclusivamente ao

Senhor e ao Espírito Santo, e tentam operar eles

mesmos por seus métodos humanos, o crescimento que

somente Deus pode dar tanto em quantidade quanto

em qualidade quando se fala de todas as coisas relativas

ao Seu reino. Por isso Ele não é somente o Salvador,

como também o Senhor de tudo e de todos.

71

Jesus odeia a obra dos nicolaítas porque em vez de nutrir

e cuidar das ovelhas, as maltrata, lhes priva da liberdade

para a qual Ele as chamou e, sobretudo as conduz à

apostasia, ou seja, a se afastarem dEle, quando elas

decidem seguir a liderança nicolaíta em vez da do

Espírito.

Como os dissidentes, por causa da sua fidelidade a Cristo

e à Palavra são considerados como cismáticos, divisivos,

pelos nicolaítas, porque frustram os seus propósitos de

obterem uma obediência cega, por meio do domínio

dos crentes – o que o Senhor Jesus proíbe

expressamente - eles – os nicolaítas - os expulsarão da

comunhão dos santos.

Todavia, melhor farão, estes que têm os seus olhos

abertos pela graça, para enxergarem o tipo de

comunhão antibíblica que é oferecida pelo sistema

nicolaíta, em tomar a iniciativa de se afastarem deles,

conforme lhes é ordenado pela Palavra de Deus em

várias passagens, a bem da sua fé e da manutenção da

verdade em suas vidas, para ser transmitida a outros

que também amem a verdade tanto quanto eles.

72

Poderoso e Fiel é o Senhor, e o Fará

“Gên 13:16 Farei a tua descendência como o pó da terra;

de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra,

então se contará também a tua descendência.”

“Gên 16:10 Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR:

Multiplicarei sobremodo à tua descendência, de

maneira que, por numerosa, não será contada.”

“Gên 22:17 que deveras te abençoarei e certamente

multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos

céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência

possuirá a cidade dos seus inimigos,”

Sabemos pelas Escrituras, que a promessa feita a

Abraão de ter uma descendência tão numerosa e

incontável se refere àqueles que são reputados como

seus filhos na fé, por terem sido feitos filhos de Deus,

pela mesma fé que justificou a Abraão.

73

Caso tivéssemos que aguardar que o número destes

descendentes fosse completado na presente

dispensação da graça, até o dia do arrebatamento da

Igreja seria necessário esperar ainda muitos séculos

para a volta de Jesus; mas não podemos esquecer que a

descendência de Abraão continuará se multiplicando

extraordinariamente, muito mais do que desde os seus

dias até os nossos, no período do Milênio, quando nosso

Senhor estiver sob o governo direto de todas as nações

do mundo,

Quando houve o dilúvio coube a Noé dar início a uma

nova geração sob as instruções dadas por Deus a Noé,

para serem transmitidas por ele e seus filhos, às

gerações que lhes sucederiam, e assim por diante.

Todavia, sabemos que o pecado logo voltou a controlar

o procedimento dos homens, como se vê, por exemplo,

na construção da Torre de Babel.

Mas, de quantos filhos Deus se proveu, e tem ainda se

provido, mesmo no mundo governado pela iniquidade e

74

com governantes injustos que não têm o temor do

Senhor?

De quanto maior número de filhos então, Deus não se

proverá, quando os fiéis que forem deixados sobre a

Terra depois da segunda vinda de Jesus estiverem

debaixo do Seu governo justo e perfeito, que não mais

terminará?

Somente o final do período do Milênio porá termo à

procriação na face da Terra; e até lá, a descendência de

Abraão será tão numerosa como as estrelas do céu e a

areia na praia.

Poderoso e fiel é o Senhor, e o fará.

75

Paz em Todas as Circunstâncias

“Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê

continuamente a paz em todas as circunstâncias. O

Senhor seja com todos vós.” (2 Tes 3.16)

Esta oração do apóstolo foi feita pelos cristãos de

Tessalônica, no contexto da grande angústia e

ansiedade em relação à segunda volta do Senhor, pois

julgavam, em razão das grandes perseguições que

estavam sofrendo, que Ele já tinha arrebatado a alguns

da Igreja, e eles haviam sido deixados para trás, ou

então que aqueles eram os sinais do princípio das dores

que Ele havia profetizado e que precipitariam a Sua

volta.

Então, Paulo ora por eles e por todos os cristãos no

sentido de que tenham a paz de Cristo em seus corações,

em todas as circunstâncias, recebendo-a diretamente de

Deus, por manterem comunhão com Ele.

76

Ansiedades furtam a fé, e com ela carregam a nossa

comunhão e paz, portanto não foi sem razão que nosso

Senhor Jesus Cristo nos advertiu no Sermão do Monte, a

não estarmos ansiosos de coisa alguma, nem mesmo em

meio às aflições que se intensificarão próximo da Sua

volta.

Nem mesmo os ardis diretos de Satanás contra os

cristãos, nem as conspirações que ele levanta no mundo

usando pessoas poderosas para trazer o mal sobre a

humanidade devem ser motivo para deixarmos de ter

paz perfeita no Senhor Jesus, uma vez que Ele tem sob o

Seu controle e poder todas as coisas, especialmente as

nossas vidas.

Preservemos então, a nossa fé e confiança em Deus Pai

e em Jesus Cristo, para que o nosso coração não fique

turbado, conforme é o Seu desejo quanto a todos os que

O amam.

77

Um Reino Não Criado Pelo Homem, Mas Por Deus

“Gál 6:7 Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois

aquilo que o homem semear, isso também ceifará.

“Gál 6:8 Porque o que semeia para a sua própria carne

da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o

Espírito do Espírito colherá vida eterna.”

Das muitas aplicações desta porção bíblica, uma pode

ser inferida com toda certeza; é o que concerne àqueles

que semeiam para esta vida terrena, e nada colherão

senão aquilo que é deste mundo, e não o que é do céu e

espiritual.

Quando se semeia para o mundo, se faz provisão para a

natureza carnal pecaminosa, e desta não pode advir

qualquer coisa boa e eterna.

O judeu sionista-Illuminista que busca um reino de

poder e domínio com o seu messias terreno imaginário

perecerão aqui, juntamente com ele quando lho

78

conduzirem ao domínio das nações (Anticristo), e serão

alijados da possibilidade de reinarem juntamente com

Cristo quando Ele voltar para julgar o mundo com

justiça.

É aos mansos, aos que amam a Deus e Sua justiça que é

feita a promessa da bem-aventurança da possessão

eterna da terra e do céu, isto é, para os que não buscam

exercer domínio opressor por via de poder econômico,

político, financeiro ou qualquer outro terreno que se

possa referir.

De há muito que está em andamento no mundo, um

plano insidioso para o domínio das nações, por pessoas

que distorcem a intenção e o objeto das profecias do

Velho Testamento dirigidas à futura glória prometida

por Deus para Israel. Todavia, se esquecem que o Israel

ali referido é composto por pessoas piedosas e santas de

todas as nacionalidades, convertidas de fato a Deus e

aos Seus mandamentos, de coração, pela fé em Jesus

Cristo, conforme está explicado devidamente tanto por

nosso Senhor, quanto por Seus apóstolos nos escritos do

Novo Testamento.

79

O reino de Jesus não é deste mundo, ele é de caráter

espiritual; de amor, justiça, verdade e paz que não são

segundo o homem, mas segundo a natureza do próprio

Deus, a qual é comunicada a todos aqueles que O

buscam com um coração sincero.

“Col 3:1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente

com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive,

assentado à direita de Deus.

Col 3:2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui

da terra;

Col 3:3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta

juntamente com Cristo, em Deus.

Col 3:4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar,

então, vós também sereis manifestados com ele, em

glória.

Col 3:5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena:

prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e

a avareza, que é idolatria;

80

Col 3:6 por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os

filhos da desobediência.”

81

O “deus” da Nova Ordem Mundial

“2Ts 2:3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane,

porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a

apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho

da perdição,

2Ts 2:4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se

chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-

se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o

próprio Deus.”

Não somente o Anticristo se oporá a Deus, e a tudo o

que esteja relacionado ao Seu culto e adoração; como

todos os seus adoradores e seguidores, que o

conduzirão ao governo mundial estão preparando as

condições que sejam favoráveis para a sua manifestação

ao mundo, por estarem disseminando o ódio a Deus, à

Bíblia e aos cristãos.

O desejo de sacudir o jugo de uma sociedade de

orientação moral judaico-cristã contribuirá para que se

82

dê as boas-vindas àquele que afrontará e perseguirá

tudo o que se refira a Deus.

Poucos sabem que Karl Marx era cristão em sua

juventude, e que passou a odiar a Deus e ao cristianismo

em razão de ter se associado à práticas satanistas e

ocultistas.

Ele se empenhou, juntamente com outros de mesmo

pensamento, a lutar pela causa da criação de um Estado

em que os princípios da religião cristã fossem

arrancados da vida da população.

Estes ideais foram abraçados e materializados na criação

de um estado comunista, dirigido inicialmente por

Lênin, que abrigava integramente os mesmos

sentimentos e expectativas de Marx.

Não seria, portanto de se estranhar que faça parte da

agenda de todos os que estão empenhados na criação

de uma Nova Ordem Mundial, com um governo único

para o mundo, o mesmo tipo de governo fascista

maquiado de comunista, como os que existem na Rússia

83

e na China; com o controle geral da economia, e

supressão da liberdade religiosa fundamentada em

princípios judaico-cristãos, por uma minoria oligárquica,

que vem trabalhando para o referido fim.

Por isso muitos desconfiam que foram os próprios

capitalistas que fomentaram a criação do comunismo e

ideais socialistas em países do Leste Europeu e da Ásia,

com o fim mesmo de transportar futuramente, não

propriamente o comunismo, mas seu modo de vida

feudal e ateísta, para os países do Ocidente, onde tais

mudanças seriam rejeitadas, caso implantadas pela

força das armas, como no caso dos citados países, por

ser o Ocidente de maioria cristã. Por isso tais mudanças

estão sendo implementadas por meio de uma tentativa

de destruição progressiva dos valores da sociedade

cristianizada, pela adoção de práticas pagãs.

Podemos estar convictos, de que estão sendo

financiados pela cúpula da Nova Ordem Mundial todos

os agentes de transformação dos padrões de

comportamento, especialmente através da cultura, das

artes, da música, da política, da tecnologia, do

84

consumismo, da liberação sexual, e de tudo o que

contribua para a subversão de todas as virtudes cristãs

que nos são recomendadas, como por exemplo, a da

humildade, da castidade, do respeito ao direito à

propriedade privada, inclusive pelo próprio Estado, do

amor ao próximo e à vida, do não cobiçar, do não amar

o dinheiro, da adoração exclusiva ao Deus da Bíblia, etc.

85

Mega Templos e Mega Igrejas

Na década de 70 havia cerca de 10 mega templos ou

mega igrejas nos EUA; na de 80, cerca de 50; e hoje, o

número ultrapassa 1.800.

Será isto um avivamento?

O recuo da apostasia profetizada para os últimos dias?

O que levou à grande concorrência de pessoas aos

templos das mega igrejas?

Consistência bíblica do evangelho pregado?

Arrependimento? Conversões genuínas? Busca de

salvação e santificação?

Ou a suntuosidade dos templos; os cenários que são

usados para eventos nos templos, considerados

verdadeiros espetáculos teatrais e musicais?

Ou os equipamentos eletrônicos de som, imagem e luz;

os amplos e confortáveis assentos, estacionamentos e

86

equipamentos para ginástica, praças de alimentação, e

tudo o mais que possa entreter com requinte e charme?

Nunca é demais lembrar, que a conversão à Jesus Cristo

e a manutenção da nossa comunhão com Ele, sempre é

precedida por arrependimento.

Como não há quem não peque... Na vida de genuínos

crentes, sempre será visto o arrependimento que

conduz à contrição de espírito, e esta à restauração da

comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo.

Agora, quanto pode contribuir para isto a pregação

típica das mega igrejas voltada para prosperidade

material, e para produzir emoção e deslumbramento

nos assistentes?

O que motiva a maioria das pessoas que frequentam

estas igrejas: participar de uma programação

deslumbrante, de um agradável entretenimento, de

uma busca de aprendizagem de como se conseguir

prosperidade mundana?

87

Quem disciplina quem, segundo a norma do evangelho

de fazê-lo com longanimidade e doutrina? Quem exorta

quem, à busca de uma maior santidade de vida? Quem

conhece o estado espiritual do irmão ao seu lado nos

cultos, para encorajá-lo à prática do amor e das boas

obras?

Como o pastor conhecerá o estado de cada uma de suas

ovelhas segundo a ordenança bíblica, de olhar por si

mesmo e por todo o rebanho que foi colocado pelo

Espírito Santo debaixo do seu cuidado, para ser

apascentado por ele? (Atos 20.28)

Como fazer tudo isto, quando a religião é tratada como

se fosse um grande negócio comercial como outro

qualquer; quando o que dita e incentiva o crescimento

são técnicas administrativas e de mídia seculares,

seguindo as mesmas regras das grandes casas de

espetáculo do mundo?

A moda está se espalhando pelo Brasil e pelo mundo

afora, com tendência a crescer cada vez mais, porque é

inegável que o chamado evangelho eletrônico e de

88

espetáculo é algo imensamente lucrativo do ponto de

vista financeiro.

Com mão de obra não remunerada, com isenção de

taxas e impostos, e com um produto que não gera custos

na sua produção, o lucro financeiro é líquido e certo.

Se toda esta multidão estivesse debaixo da pregação de

Jesus e dos apóstolos, sendo-lhe exigido que vivesse em

estrita conformidade com a norma bíblica, é bem

provável que de mega restariam os templos, mas já não

mais as igrejas, porque é certo, como costuma ocorrer

até mesmo em congregações pequenas: maior é o

número de evasões do que de permanências, porque a

parábola do semeador se cumpre onde o verdadeiro

evangelho é pregado, ensinado e aplicado na vida dos

crentes.

A Igreja de Laodiceia vê a si mesma, como muito forte e

não necessitada de qualquer graça de Deus para

prosperar; por isso nosso Senhor diz que ela é na

verdade pobre, cega, miserável e nua.

89

A Igreja de Filadélfia recebe do Senhor a atestação de

que tem pouca força, todavia é forte e irrepreensível por

depender da Sua graça.

Cada um tire a sua própria conclusão acerca disto, que

não é um fenômeno, nem um avanço do evangelho,

senão o cumprimento da profecia relativa à apostasia, e,

por conseguinte, da necessidade da chamada ao

arrependimento que encontramos no livro de

Apocalipse sendo dirigida à maioria das igrejas ali

descritas.

90

A Sempre Presente Necessidade de Reforma

Conhecendo o Presente pelo que Sucedeu no Passado

Reformar, seguindo a etimologia da própria palavra (re

– formar), significa trazer novamente à forma original.

Não se trata, portanto de criar algo novo, ou de se

acrescentar ou retirar algo do que se tornou

envelhecido, como muitos assim o entendem, mas

manter o estado original de algo que foi mudado.

A chamada Reforma Protestante tinha este caráter. Ela

não foi basicamente uma luta contra a Igreja Romana,

mas um esforço em fazer com que o genuíno evangelho

de Jesus Cristo fosse pregado e ensinado à igreja, tal e

qual se encontra registrado nas páginas da Bíblia, para

ser por ela praticado.

O evangelho não necessita de reforma, porque está

revelado de uma vez para sempre nas páginas das

Escrituras, especialmente nas do Novo Testamento.

91

Quem necessita então, sempre de reforma é a igreja,

porque esta sim é dada a se desviar da prática dos

mandamentos ordenados pelo Senhor em Sua Palavra.

As repreensões dirigidas por nosso Senhor às igrejas nos

capítulos 2 e 3 de Apocalipse, bem demonstram esta

necessidade de reforma pela via do arrependimento, e

retorno à estrita obediência aos Seus mandamentos.

Mesmo no caso das duas igrejas que não receberam

repreensões (Esmirna e Filadélfia), todavia foram

alertadas sobre a necessidade de permanecerem na

fidelidade em que se encontravam na ocasião.

O conteúdo destas repreensões e advertências do

Senhor, muito nos ajudam a entender o estado presente

da igreja em todo o mundo. Podemos ter uma visão

correta da necessidade específica de reforma em cada

uma delas, a partir do que lhes é recomendado por

nosso Senhor Jesus Cristo - a cabeça da Igreja.

Veja o caso da igreja em Éfeso:

92

“Apo 2:1 A o anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas

coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete

estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de

ouro:

Apo 2:2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como

a tua perseverança, e que não podes suportar homens

maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se

declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;

Apo 2:3 e tens perseverança, e suportaste provas por

causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.

Apo 2:4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu

primeiro amor.

Apo 2:5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e

volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti

e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te

arrependas.

Apo 2:6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras

dos nicolaítas, as quais eu também odeio.

93

“Apo 2:7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às

igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da

árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”

Por que Éfeso foi repreendida a ponto de ser ameaçada

a deixar de ser igreja (remoção do candeeiro), caso não

se arrependesse de ter abandonado o primeiro amor e

suas primeiras obras, uma vez que fora elogiada por sua

correta ortodoxia, por seu labor, rejeitando os falsos

apóstolos e o seu ensino, rejeitando toda forma de

hierarquismo eclesiástico (nicolaítas), perseverando e

suportando provas por causa do nome de Jesus, sem se

deixar esmorecer?

Éfeso nos ajuda a entender porque apesar de pregarmos

e defendermos o verdadeiro evangelho, ainda corremos

o risco de não praticá-lo em nossa vida, ou seja, não

guardarmos os mandamentos do Senhor relativos à

nossa santificação. É possível ser ouvinte da Palavra

verdadeira e não praticá-la na vida.

Este era o problema com Éfeso e com um grande

número de igrejas em nossos dias.

94

Santificação não decorre apenas de se conhecer, pregar

e ensinar o evangelho verdadeiro, mas em colocá-lo em

prática em nossos pensamentos, ações e palavras.

O primeiro amor aqui referido pelo Senhor, certamente

reporta aos dias em que sob a direção do apóstolo Paulo

e Timóteo, aquela igreja andou em verdadeira santidade

de vida, amando e praticando os mandamentos do

Senhor registrados na Bíblia.

Mas como Éfeso era uma cidade cosmopolita, na qual se

encontrava o colossal templo e culto à deusa Diana ou

Astarte, e tendo a maioria dos convertidos sido

alcançados de uma vida pagã e idolátrica, eles deviam

ser muito tentados em voltar ao antigo modo de vida de

adoração pagã, na qual o adorador serve a quem quiser

e vive como quiser.

O cristianismo, todavia não é inclusivista, mas

exclusivista, pois admite somente a adoração do único

Deus vivo e verdadeiro, e que se pratique somente a Sua

Palavra.

95

Não admira que encontremos no final da primeira

epístola de João, uma advertência quanto à necessidade

dos seus destinatários se guardarem incontaminados da

idolatria.

E certamente Éfeso contava entre os destinatários

originais daquela primeira epístola do apóstolo, uma vez

que por anos ele havia se fixado em Éfeso e

supervisionado todas as igrejas da Ásia Menor,

especialmente as mencionadas nos capítulos 2 e 3 de

Apocalipse.

Nada justifica a falta de reforma da igreja, mesmo

quando se encontra debaixo de forte perseguição, como

foi o caso de todas aquelas sete igrejas do Apocalipse,

uma vez que o imperador romano Domiciano estava

assolando a igreja, no período do seu reinado (81-96

d.c.) exigindo que fosse adorado como Senhor e Deus. O

próprio João foi deportado para Patmos por sua ordem,

e muitos crentes estavam sendo martirizados.

Todavia, Éfeso permaneceu firme e perseverou,

conforme testemunho do próprio Senhor Jesus.

96

O que poderia se esperar mais, de uma igreja

perseverante como aquela?

Santificação!

Sempre será procurado pelo Senhor, o fruto da

santificação nos Seus servos, independentemente das

circunstâncias em que estejam vivendo.

O argumento de que a pressão da mídia é muito forte

em nossos dias, que as fontes de tentação são múltiplas

e variadas, que a iniquidade tem corroído terrivelmente

toda a sociedade; enfim, tudo o que for contra a

possibilidade de se manter uma vida santa sem

pressões, não será justificado pelo Senhor por não

praticarmos Seus mandamentos.

Isto deve ser visto na vida, partindo do coração, sendo

um amor não apenas de palavras, mas por obras e de

fato.

Veja que Éfeso tinha muitas obras, mas não eram as

obras da fé. E por isso lhe foi requerido o retorno à

prática das primeiras obras que faziam em santificação.

97

Não existe, portanto uma reforma de igreja dissociada

do testemunho da nossa própria vida.

Muitos ouvirão o verdadeiro evangelho por anos

seguidos, e, no entanto, não permitirão que o Espírito

Santo reforme seus corações, trazendo-lhes à condição

em que sempre deveriam se encontrar, a saber,

crescendo na graça e no conhecimento de Jesus, pela

prática amorosa de todos os Seus mandamentos.

98

A Consolidação de Um Governo Único Mundial é Inevitável

Seja pelo caminho do bem, seja pelo caminho do mal.

Ao que tudo indica, o caminho que conduzirá à

consolidação da Nova Ordem Mundial está tendo duas

vertentes para o mesmo propósito, uma pela busca do

bem, e outra pelo cumprimento de um plano maligno.

Homens e mulheres de boa vontade, empenhados em

buscar soluções para os problemas mundiais têm

chegado à conclusão que a melhor delas seria a

instalação de um governo único central sobre todas as

nações, e por outro lado os antigos senhores do mundo

têm cumprido as diversas etapas de seu planejamento

maligno para preservação do seu status-quo, livres das

ameaças de futuras instabilidades sociais que poderiam

dilapidar suas fortunas e terminar com o seu poder de

mando global informal.

Estaremos explicando detalhadamente a seguir em que

consistem estes dois caminhos citados.

99

Por mais incrível que possa parecer, a implantação do

comunismo na Rússia, China e Coreia do Norte, foi

financiado com o capital dos banqueiros de Wall-Street,

como é sabidamente conhecido pelo testemunho da

própria imprensa americana.

A razão disto é explicada pelo plano criteriosamente

engendrado de formar no mundo dois grandes blocos

antagônicos, com vistas à grande conflagração final da

terceira guerra mundial.

Estes opositores deveriam ser devidamente fortes para

produzirem um grande estrago e caos mundial pela

confrontação das nações unificadas do eixo (União

Europeia, EUA – Nafta, Brasil – Mercosul – e demais

aliados), contra Rússia, China, Coreia do Norte, Irã e

todos os demais países muçulmanos interessados na

destruição de Israel).

Os grandes controladores do capital mundial de Wall-

Street ficarão mais ricos e poderosos financiando esta

guerra em ambos os lados, cujo custo será pago pela

tributação das populações locais.

100

Pelo pavor de evitar futuras assolações, todos estarão

dispostos em todo o mundo a abrir mão de sua

soberania nacional, em prol de um governo mundial

forte, que diferentemente da ONU, tenha o poder real

de controlar toda a população mundial, pela ação

combinada da nações coligadas como parceiras sob o

compromisso real de um pacto de ajuda, no qual,

quando qualquer parceiro tentar violar as regras

impostas, deve ser punido imediatamente pela ação das

demais nações, agora reunidas em regiões (UE, Nafta,

Mercosul, etc) com seus respectivos representantes

oficiais junto ao governo central.

Será instalado portanto um governo fascista com um

efetivo controle arbitral sobre as finanças, política,

economia, religião etc.

E quem estará agora oficialmente sentado no governo

central ditando as normas gerais de ação: os velhos

senhores de Wall-Street e seus coligados, que sempre

controlaram as finanças em todo o mundo, inclusive na

Rússia, China, e pasmem, até mesmo na Coreia do

Norte.

101

Eles haviam financiado a indústria e as guerras destas

nações, e agora o direito de estarem no comando das

ações, deverá ser reconhecido por elas, até mesmo

porque detêm agora o poder do argumento da força das

armas num contrato de parcerias de caráter inviolável.

Em linhas rápidas e gerais, acabamos de apresentar o

caminho do mal.

Vejamos agora, algumas propostas do caminho do bem,

o qual está representado por exemplo nas ideias do Ex-

Desembargador Francisco César Pinheiro Rodríguez.

O aumento abrupto da população no último século, e o

avanço tecnológico que roubou a mão-de-obra

mecânica, aponta para gravíssimos níveis de

desemprego.

Para que se tenha uma ideia, a população mundial para

passar de um bilhão para dois bilhões, levou cerca de

cem anos, entre os séculos XIX e XX.

102

Em 1950 havia dois bilhões e meio de pessoas no

mundo. E apenas sessenta e três anos depois, em 2013,

a população mundial é de 7 bilhões.

E a cada dez anos, atualmente, a população cresce em

mais um bilhão, ou seja, dez vezes mais do que no

período longo de 1800 a 1927.

É daí principalmente que decorre a maioria dos atuais

problemas mundiais, notadamente nos aspectos de

segurança, saúde, transportes, alimentação, moradia

etc.

Este é agravado pela conhecida ciranda financeira, em

que os investidores e empresas mundiais aplicam seu

capital onde lhes seja mais conveniente, segundo as

circunstâncias do momento ou previsões futuras –

muitas delas produzidas por inquietações artificiais –

levando a um constante desequilíbrio financeiro nas

diversas nações.

A disputa capitalista pelo lucro e somente pelo lucro,

coloca à margem outros interesses maiores e vitais

103

relativos não somente à preservação da condição da

dignidade humana, como também ao que se refere ao

meio ambiente.

Mas como a roda capitalista não pode parar, pois

ninguém está disposto a abrir mão do seu moderno

estilo de vida, não há como se voltar atrás, para o modo

de se viver do passado.

Assim, não há outro meio para um controle efetivo

sobre a farra financeira, política etc, senão o

estabelecimento de um governo central forte, porque os

investidores não terão alternativas para correrem com

seu capital para as nações que lhes sejam mais

convenientes e confiáveis, porque afinal, todas estariam

agora, por consenso mútuo, debaixo de um mesmo

sistema e controle mundial.

As atuais medidas protecionistas das nações, suas

barreiras alfandegárias, o câmbio flutuante monetário,

tudo isto terminaria, e, supostamente, haveria uma

melhor distribuição de recursos, oferta de empregos em

condições de igualdade, e a eliminação de muitos outros

104

problemas que existem no presente em decorrência dos

interesses soberanos de cada nação.

105

O Anticristo é um Juízo de Deus Sobre o Pecado

Como pode ser isto? Estaria Deus aliançado com o mal?

De modo nenhum, mas Ele permite e usa aqueles que se

levantam com poder político e militar superior aos

demais, para demonstrar ao homem, que é pecador por

natureza, que isto, é tudo o que se pode esperar de um

governo humano absoluto, pois, por detrás do mesmo

se esconde o engano e o mal, uma vez que Satanás é

quem governa sobre o pecado, e usa como seus agentes

homens ímpios, que podem inclusive, se disfarçarem em

princípio, tanto quanto ele, em ministros de justiça e de

paz.

Assim foi permitido à idólatra e ímpia Babilônia exercer

um juízo sobre os povos e nações do mundo antigo, e

entre eles Israel, em razão da impiedade desenfreada

em que viviam, tendo a própria Babilônia sido julgada

posteriormente pelo braço forte da coligação medo-

persa. Esta, por sua vez, por Alexandre Magno e o que

restou do império deste último foi subjugado pelos

106

romanos, e, assim tem ocorrido sucessivamente na

Terra, até que se manifeste o último e grande opressor

de todas as nações do mundo, o Anticristo, que por fim

será destruído, como todos os que lhe apoiarem

diretamente, pelo próprio Senhor Jesus Cristo, por

ocasião da sua segunda vinda.

Somente a Deus Pai e a Jesus Cristo pertence o governo

absoluto, que deve se manifestar tanto externamente,

quanto no coração.

Sem isto, não pode haver segurança, justiça e paz,

porque quando é buscado por meio do mero canal

humano, no fim, sempre se há de cair nos braços e

intentos de Satanás.

107

Como Podemos Saber se Estes Nossos Dias São de Apostasia

Nunca houve uma única congregação cristã na Terra,

em toda a história do Cristianismo, da qual se pudesse

dizer que todos os seus membros eram consagrados e

espirituais, e que os novos convertidos faziam

progresso na fé, com corações sinceros procurando

vencer o pecado e viver de modo agradável a Deus.

Mas de apostasia, de esfriamento na fé, de rejeição da

sã doutrina bíblica, substituindo-a por doutrinas de

homens e de demônios, não há testemunho nas

Escrituras senão para os últimos dias.

E se há apostasia, há aumento da iniquidade; e se há

aumento da iniquidade há esfriamento do amor

espiritual, que pode ser produzido somente pelo Espírito

Santo, quando os crentes guardam a Palavra de Deus.

Como está ficando cada vez mais difícil; mesmo em

congregações pequenas, com um reduzido número de

membros, achar a maioria dos cristãos vivendo de modo

108

santo e agradável a Deus, que é o único modo de se ter

verdadeira comunhão em amor uns com os outros, uma

vez que isto não é possível de se ter, quando não

caminhamos na luz do evangelho, então não é comum

se ver aquela comunhão espiritual que havia entre os

crentes da Igreja Primitiva.

Crentes espirituais estão gemendo e sofrendo por

aspirar por um momento de comunhão plena com

irmãos, que sejam pessoas de fato santificadas e

consagradas ao Senhor.

Quantos estão saudosos dos cultos de adoração, que

prestaram com outros irmãos amados em dias de

avivamento que experimentaram no passado.

Mas os de hoje, são dias difíceis, especialmente para

esta unidade de fé, doutrina e amor, que gera a

verdadeira comunhão espiritual quando os crentes se

reúnem para adorar a Deus.

109

Por que Jesus Disse que o Mundo Odeia os Cristãos

Tanto Quanto a Ele?

“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a

vós, me odiou a mim.” (João 15.18)

Simplesmente, porque não O conhecem pessoalmente

em espírito, e não O amam.

Este foi o problema com Nietzsche, Karl Marx e todos os

que declararam seu ódio abertamente contra Cristo e o

cristianismo.

Para quem não é de fato convertido, e que, por

conseguinte não possui a habitação do Espírito Santo,

não é de modo algum possível entender o real

significado das virtudes cristãs conforme estão

reveladas na Bíblia.

Ainda que muitos tentem justificá-los e a todos os

demais que odeiam o evangelho secretamente, sob a

alegação de que seu ódio não é propriamente contra a

pessoa de Jesus e dos cristãos, mas somente contra o

sistema religioso chamado cristianismo, que é

110

manipulado pelos clérigos, todavia permanecem na

mesma condição de opositores da verdade, porque

aqueles que conhecem a Cristo combatem o erro em

outros termos e com sentimentos diferentes de um ódio

consumidor pelo próprio Deus, e por todos que Lhe

amam.

Nietzsche não declarou apenas, que o Deus dos cristãos

está morto, mas escreveu muito em todas as suas obras

com o objetivo de combater o cristianismo.

São suas palavras em seu livro intitulado “O Anticristo”:

“Não devemos erigir uma plataforma para embelezar o

cristianismo: ele travou uma guerra de morte contra

este tipo mais elevado do homem, ele colocou todos

seus mais profundos instintos desse tipo sob a sua

proibição, desenvolveu seu conceito de mal, do mal pelo

próprio mal, fora desses instintos - o homem forte como

o réprobo típico, o "pária entre os homens." O

cristianismo tomou partido de todos os fracos, do baixo,

do que deu errado, e que fez um ideal fora de

antagonismo a todos os instintos de autoconservação da

111

vida saudável, que corrompeu até mesmo as faculdades

daquelas naturezas que são intelectualmente mais

vigorosas, representando os maiores valores

intelectuais como pecaminoso, como enganador, cheio

de tentações. O maior exemplo lamentável: a corrupção

de Pascal, que acreditava que o seu intelecto havia sido

destruído pelo pecado original, ao passo que na verdade

foi destruído pelo cristianismo!”

Seria algo surpreendente, que esteja havendo um

renovado interesse da comunidade internacional por

Nietzsche?

O que incomoda e perturba os poderosos e nobres, que

são sábios segundo o mundo é a verdade de que Deus

tem escolhido para Si os que são humildes e fracos, para

torná-los sábios e fortes segundo Deus, e não segundo o

mundo.

112

1Co 1:26 Porque vede, irmãos, a vossa vocação, que não

são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os

poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.

1Co 1:27 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste

mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as

coisas fracas deste mundo para confundir as fortes

1Co 1:28 E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e

as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que

são;

1Co 1:29 para que nenhuma carne se glorie perante ele.

1Co 1:30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para

nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação,

e redenção;

1Co 1:31 para que, como está escrito: Aquele que se

gloria, glorie-se no Senhor.

Por que Jesus Era um Traidor Para os Escribas e Fariseus?

113

Não somente para eles, mas para todos os que detinham

o poder em Israel, como os saduceus, outros que

compunham o Sinédrio e demais líderes religiosos, Jesus

foi um grande traidor, não da Lei de Deus, que Ele veio

cumprir e não revogar, mas dos seus propósitos

malignos e orgulhosos, de se considerarem o povo eleito

de Deus para governarem todas as nações da Terra, por

serem descendentes biológicos de Abraão.

Eles vinham por séculos, especialmente depois da volta

do cativeiro em Babilônia, afirmando a chegada de um

Messias que daria por fim, o poder prometido a Israel

sobre as nações.

E ao verem Aquele Profeta ensinando, que muitos

sequer eram filhos de Deus, mas do diabo, por

praticarem suas obras malignas; e que Seu governo em

sua volta seria composto por pessoas convertidas de

todas as nações e não apenas de Israel, eles se

enfureceram e começaram a agir com o intuito de matá-

Lo o mais rapidamente possível.

114

Jesus havia frustrado os seus propósitos carnais e

malignos, e afirmou que eram hipócritas, pois debaixo

de um alegado serviço a Deus e à sua Lei haviam

acrescentado vários mandamentos que anulavam a Lei

que fora dada a Moisés, e até mesmo que eram

contrários a ela, como por exemplo, o ensino cabalístico

de se odiar os inimigos.

Eles intentavam impor um governo mundial pela força

do braço do Messias, e ficaram completamente

devastados quando Jesus lhes disse que Seu reino não

era como os reinos deste mundo, pois demandava de

Seus súditos uma real transformação do coração, de

cujo interior procedem todos os males; transformação

esta, que é realizada pelo poder da Sua própria graça,

que é concedida a todo aquele que nEle crê.

Um governo compartilhado com pessoas de todas as

nações gentias era um ultraje para o modo de pensar

deles. Um governo pelo qual deveria se esperar

mediante o cumprimento da pregação do evangelho em

todos os recantos da Terra, convidando à conversão

pessoas de qualquer condição social e racial, para

115

participarem do Reino de Deus era demais para ser

aceito por eles.

Assim, seus sucessores, desde então têm trabalhado

para produzir seu próprio messias, principalmente

através do poder do dinheiro, com vistas à tentativa de

erradicar o cristianismo em todo o mundo, e estabelecer

o sistema iníquo de seu governo, que não tem qualquer

consideração pelo próximo.

Estão fazendo isto, através da perversão dos valores

cristãos, pelo uso da cultura, da mídia, das ações

governamentais etc. Na verdade, não querem um

messias, mas uma marionete que governe o mundo em

nome deles, pois todos se consideram messias em si, e

para si mesmo.

Esta é a razão de Jesus ser tão odiado por eles, e por

todos aqueles cujas mentes são insufladas pela

propaganda destas mentes perversas, que se encontram

a serviço de Satanás.

116

Todavia, poderoso é o Senhor para guardar todos os que

Lhe amam, e dar o devido pago a todos estes falsos

messias e seus seguidores, no tempo oportuno.

“Mat 23:25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,

porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes,

por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!

Mat 23:26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do

copo, para que também o seu exterior fique limpo!

Mat 23:27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,

porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por

fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios

de ossos de mortos e de toda imundícia!

Mat 23:28 Assim também vós exteriormente pareceis

justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de

hipocrisia e de iniquidade.

Mat 23:29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,

porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os

túmulos dos justos

117

Mat 23:30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de

nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue

dos profetas!

Mat 23:31 Assim, contra vós mesmos, testificais que sois

filhos dos que mataram os profetas.

Mat 23:32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.

Mat 23:33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis

da condenação do inferno?”

118

Principal Causa das Perseguições na Grande Tribulação

Em Daniel 12.11 lemos:

“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for

tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda

mil duzentos e noventa dias.”

O governo mundial do Anticristo durará exatos sete

anos, sendo que nos três anos e meio do final do seu

governo, empreenderá grande perseguição contra os

cristãos que permanecerem na Terra após o

arrebatamento da Igreja, e também aos judeus, porque

estes rejeitarão adorá-lo como se fosse um deus.

Nosso Senhor Jesus Cristo, em Sua profecia sobre o

tempo do fim, se reportou à citação de Daniel, para

descrever o que ocorreria na Grande Tribulação.

O “lugar santo”, e o “abominável da desolação” citados

em Mateus 24.15, pode tanto se referir a uma imagem

pagã que exalte o Anticristo, colocada por ele num

119

templo que seria reconstruído pelos judeus em

Jerusalém; ou à presença do próprio Anticristo na

referida cidade, com seus exércitos para produzir

desolações em Israel.

Note-se que na profecia de Daniel há uma referência à

remoção do “sacrifício costumado” que era oferecido no

templo, e isto foi feito efetivamente por Antíoco

Epifânio entre 175 e 165 a.C.; todavia não há referência

à remoção de sacrifícios na profecia de nosso Senhor.

É importante destacar que Ele havia predito, que o

templo de Jerusalém seria destruído, e não ficaria ali

pedra sobre pedra; tendo a mesquita chamada Cúpula

da Rocha sido construída exatamente no espaço que era

por ele ocupado; e, desde que os romanos o destruíram

em 70.d.C., nunca mais houve um templo no qual os

israelitas apresentassem os sacrifícios que eram

exigidos pela Lei, no período do Antigo Testamento.

“Mat 24:15 Quando, pois, virdes o abominável da

desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo

( quem lê entenda ),

120

Mat 24:16 então, os que estiverem na Judeia fujam para

os montes;

Mat 24:17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar

de casa alguma coisa;

Mat 24:18 e quem estiver no campo não volte atrás para

buscar a sua capa.

Mat 24:19 Ai das que estiverem grávidas e das que

amamentarem naqueles dias!

Mat 24:20 Orai para que a vossa fuga não se dê no

inverno, nem no sábado;

Mat 24:21 porque nesse tempo haverá grande

tribulação, como desde o princípio do mundo até agora

não tem havido e nem haverá jamais.

Mat 24:22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados,

ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais

dias serão abreviados.”

121

À luz de todas estas palavras podemos inferir, que um

dos principais elementos propulsores das assolações

que serão empreendidas pelo Anticristo contra os

judeus, e os cristãos remanescentes que estiverem

vivendo na Terra será o arrebatamento da Igreja no final

dos primeiros três anos e meio do seu governo.

É possível que o arrebatamento seja explicado pelo

Anticristo com uma mentira, de que foi em razão de

terem sido amaldiçoadas pelo seu poder divino, que tais

pessoas desapareceram misteriosamente da face da

Terra; e como eram cristãs em sua totalidade, o que

restava então, senão completar o trabalho de

exterminá-los por completo, bem como qualquer

resquício de cristianismo que ainda porventura existisse

neste mundo.

Veja que já opera presentemente uma forte oposição ao

cristianismo, tentando desacreditá-lo e ridicularizá-lo,

como sendo contrário a princípios aceitos e legitimados

pela Nova Ordem Mundial (casamento de pessoas do

mesmo sexo, aborto, adultério, negação da existência

122

de Deus e de uma moralidade baseada na religião

revelada através da Bíblia etc.).

O Anticristo estará agindo por motivos políticos, mas

por detrás disso estará Satanás, que sendo impedido

definitivamente de se dirigir ao terceiro céu para acusar

os cristãos na presença de Deus (até porque todos os

crentes fiéis lá estarão por causa do arrebatamento, e

não mais sujeitos a qualquer influência do pecado ou do

diabo) atuará com grande fúria, e tentará magoar o

coração de Deus produzindo o martírio de santos que

estiverem na Terra.

Dan 7:25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará

os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e

a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um

tempo, dois tempos e metade de um tempo.

Dan 7:26 Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe

tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim.

Dan 7:27 O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos

debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos

123

do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os

domínios o servirão e lhe obedecerão.

Vale a pena ser fiel, especialmente nestes dias, para

escaparmos de todas estas coisas, conforme predito e

prometido pelo próprio Cristo:

Apo 3:10 Porque guardaste a palavra da minha

perseverança, também eu te guardarei da hora da

provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para

experimentar os que habitam sobre a terra.

124

Não Tomar o Todo Pela Parte

Rom 9:6 Não que a palavra de Deus haja faltado, porque

nem todos os que são de Israel são israelitas;

Rom 9:7 nem por serem descendência de Abraão são

todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua

descendência.

Rom 9:8 Isto é, não são os filhos da carne que são filhos

de Deus, mas os filhos da promessa são contados como

descendência.

As promessas de Deus de estabelecer um reino

futuro na Terra sob o governo de nosso Senhor Jesus

Cristo, conforme registradas em várias passagens

bíblicas, não se destinam a todos os descendentes

naturais de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel, ou

seja, à sua descendência biológica, senão aqueles que

são circuncidados não propriamente no prepúcio, mas

no coração.

125

Rom 2:28 Porque não é judeu o que o é exteriormente,

nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.

Rom 2:29 Mas é judeu o que o é no interior, e

circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra,

cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.

É a estes que são circuncidados no coração que as

promessas se referem, a saber, a todos aqueles, de

todas as nações, inclusive de Israel, que amam a Deus e

a nosso Senhor Jesus Cristo, e que nasceram de novo do

Espírito Santo, cuja carnalidade de seus corações tem

sido despojada (circuncisão do coração) pela conversão

e santificação de suas vidas devotadas a Deus e aos Seus

mandamentos.

Não seria cabível imaginar um reino espiritual e santo de

Jesus Cristo, com aqueles que se declarando judeus

vivem escravizados ao pecado e na prática de males.

Não se deve, portanto tomar o todo pela parte, pois nem

todos de Israel (que significa príncipe de Deus), segundo

o dizer do apóstolo, são de fato israelitas para Deus.

126

Não há um reino espiritual eterno prometido por Deus

para qualquer israelita descendente de Abraão, que não

pratique as mesmas obras de Abraão por meio da fé em

Jesus Cristo; o que nosso Senhor deixou bastante claro

em Seu ministério terreno.

E muito menos deve se pensar, que haja tais promessas

para aqueles que se entregam à chamada causa sionista,

de se tentar alcançar o poder mundial através da

aplicação de métodos insidiosos e abomináveis à

santidade e justiça de Deus.

127

Escatologia

A palavra escatologia vem do grego éscatos (o último

estado) e lógos (ensino, preceito, doutrina, palavra que

encerra ideia), significando, portanto, doutrina das

últimas coisas.

I – Introdução

Antes de qualquer análise específica cabe enfocar

que há muita diversidade de interpretações do material

escatológico, e dentre estas, há muita afirmação

antibíblica gerada por influência de teólogos

contemporâneos que negaram expressamente qualquer

possibilidade de um retorno literal de Cristo em pessoa

à terra para o estabelecimento de um reino milenal. Isto

seria de ser esperado porque o apóstolo Pedro afirma

que nos últimos dias viriam escarnecedores com os seus

escárnios, andando segundo as próprias paixões e

dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? (II Pe

3.3,4). Assim, estes teólogos que negam expressamente

128

a possibilidade de uma segunda vinda de Cristo à terra,

devem ser contados entre estes escarnecedores que são

citados pelo apóstolo Pedro, e são dignos de serem

chamados falsos mestres, conforme ele os designa nesta

mesma epístola.

A título de ilustração podemos incluir entre estes um

teólogo chamado Adolph Van Harnack, que há alguns

anos atrás, escreveu um livro intitulado O que é o

Cristianismo?

Segundo ele a vinda do reino de Deus significa

simplesmente o governo de Deus na alma e nos corações

das pessoas, é o próprio Deus no seu poder. Deste ponto

de vista desaparece todo o sentido externo e histórico e

também todas as esperanças relativas ao futuro. Adolph

Van Harnack está dizendo que não há nenhuma Segunda

Vinda, não há nenhum Reino futuro. Ele rejeitou

completamente todos os aspectos escatológicos do

Reino de Deus.

Outro teólogo muito famoso é C.H. Dodd que escreveu

um livro chamado Parábolas do Reino. Este livro

129

influenciou muitos teólogos contemporâneos. E se você

fosse tentar entender Dodd mais completamente, você

chegaria à conclusão que ele nega qualquer literal

Segunda Vinda de Jesus Cristo. C.H. Dodd ensinou que a

doutrina da Segunda Vinda é um mito.

Karl Barth, criador famoso do que chegou a ser

conhecido como Neo-ortodoxia, afirmou o que ele

chama de escatologia infinita na qual a vinda de Cristo é

compreendida como um retorno literal futuro de Cristo,

mas Barth disse que ela é um símbolo infinito de uma

eternidade infinita em toda situação existencial de tudo

aquilo que tem significação no mundo.

Rudolph Bultmann, também famoso entre estudantes

de teologia, esforçou-se por aquilo que ele classificou de

desmitolizar o Novo Testamento, porque segundo ele,

o Novo Testamento está repleto de elementos

mitológicos que devem ser reinterpretados, e não

serem, portanto interpretados literalmente, como céu,

inferno, a ressurreição e a segunda vinda de Cristo, e o

dia do juízo final.

130

Outro dos que negam uma segunda vinda literal de

Cristo é o alemão Jergen Moltmann. Ele coloca a

segunda vinda de Cristo em seus escritos como uma

tolice.

Estes homens entre outros de um pequeno grupo,

influenciaram a teologia moderna contemporânea da

igreja de tal forma, que muitos que negam o

cumprimento literal dos eventos escatológicos, pelo

menos olham para isto com certa desconfiança. Mas os

apóstolos não tinham este mesmo pensamento, e nos

alertaram sobre aqueles que se levantariam nos últimos

dias negando não apenas a segunda vinda de Cristo,

como também o cumprimento dos juízos escatológicos

relatados na Palavra de Deus, porque Pedro, no texto

que citamos assim prossegue, referindo-se aos falsos

mestres que negavam tal cumprimento na história:

“Porque deliberadamente esquecem que, de longo

tempo, houve céus, bem como terra, a qual surgiu da

água e através da água pela palavra de Deus, pelas quais

veio a perecer o mundo daquele tempo afogado em

água.

131

“Ora, os céus que agora existem, e a terra, pela mesma

palavra têm sido entesourados para fogo, estando

reservados para o dia do juízo e destruição dos homens

ímpios.” (II Pe 3.5-7).

Paulo, em I Tes 4.13-17 fala de uma ressurreição do

corpo literal, de um arrebatamento dos crentes literal, e

de uma segunda vinda de Jesus também literal (I Tes 5.2;

II Tes 2.1,2). É preciso, pois ficar com a Palavra de Jesus,

com a dos apóstolos na Bíblia, e não nos deixarmos

influenciar pelas ideias desviadas da verdade de tais

teólogos.

Uma das principais razões pelas qual Satanás tenta

através destes seus instrumentos desacreditar a

literalidade dos eventos escatológicos, é para

enfraquecer os corações dos crentes e tirar deles

qualquer esperança de uma recompensa futura, de um

tempo de julgamento, e até do extremo de chegarem a

duvidar se existe mesmo um céu real para onde irão

depois da morte.

132

Se não há um reino, se não há um juízo, uma

recompensa, de que vale se esforçar para viver

fielmente segundo a vontade de Deus revelada na

Palavra?

É esta incerteza que Satanás procura gerar nos corações

daqueles que deixam de crer na revelação da Bíblia por

influência destes falsos mestres, contra os quais o

próprio Senhor e os apóstolos nos ordenaram que nos

acautelássemos dos mesmos e do seu ensino.

A negação da verdade pelos falsos mestres é usada por

Satanás para tentar abalar a fé dos crentes na Palavra,

mas tem boa acolhida pelos falsos mestres porque tal

negação serve para justificar a sensualidade e

carnalidade dos mesmos, tal como Pedro os descreve no

segundo capítulo de sua segunda epístola.

O escárnio deles é construído na moralidade pervertida

deles. Eles querem uma escatologia que se ajuste à

conduta deles. Toda a perversão moral entre pessoas

religiosas tem que ter uma teologia que lhes dê base

para as suas afirmações e vidas. Assim eles desenvolvem

133

uma teologia para permitir a perversão deles. Por

exemplo, os que amam os prazeres terrenos e que vivem

para acumular tesouros na terra, na condição de líderes

na igreja haverão certamente de elaborarem uma

teologia voltada para a prosperidade material,

investindo-se tempo e esforços somente com as coisas

deste mundo, desviando assim a atenção das realidades

eternas.

Há, portanto, da parte de Deus, na revelação dos

eventos escatológicos, um propósito de chamar o seu

povo à vigilância para um viver reto, purificando o

coração do pecado, porque haverá um tribunal para os

crentes; e também para convencer os ímpios da

necessidade de conversão, porque haverá um juízo final

e uma condenação eterna num lugar de tormentos

terríveis. Os crentes são chamados a se purificarem para

que sejam achados inculpáveis na vinda do Senhor. Há

um reino que será estabelecido em justiça e em

santidade, por isso todo aquele que tem tal esperança

deve viver em santo trato e piedade (II Pe 3.11-13).

134

Um estudo correto de escatologia deve produzir este

efeito do temor devido a Deus nos corações, além do

regozijo em se valorizar tudo aquilo que é relativo ao

reino de Deus e que é eterno. De modo a sermos

estimulados em nossa caminhada terrena,

especialmente em meio às nossas tribulações, a

permanecermos firmes na fé, por sabermos o que nos

está reservado no futuro.

Jesus voltará para reunir o seu povo com Ele. Ele virá

para condenar os homens maus e os demônios. Ele virá

para estabelecer o seu Reino e para trazer a justiça

eterna. A restauração de todas as coisas se dará com o

retorno do Senhor à terra.

II – O Princípio das Dores

Jesus chamou de princípio das dores ao conjunto de

sinais que antecederiam a sua segunda vinda, e que se

estenderiam até ao tempo determinado para a

135

consumação do século, que será marcado pela pregação

do evangelho em todo o mundo, para testemunho a

todas as nações (Mt 24.14), e à manifestação do

abominável da desolação do qual falou o profeta Daniel,

no lugar santo (Mt 24.15).

Quando os discípulos perguntaram a Jesus quais seriam

os sinais da Sua vinda e da consumação do século (Mt

24.2), o Senhor começou a lhes responder a partir do

verso 4 de Mt 24. E introduziu sua explicação com uma

palavra de advertência para que eles não permitissem

que ninguém lhes enganasse quanto a isto, porque

muitos se levantariam com este propósito afirmando

serem o Cristo (verso 5) e enganariam a muitos. E, além

disto, haveria guerras e rumores de guerras, mas

nenhuma destas coisas seriam sinais do tempo do fim

(Mt 24.6), e nação se levantaria contra nação, reino

contra reino, e haveria fomes e terremotos em vários

lugares, mas tudo isto seria também o princípio das

dores que antecederiam a consumação do século e não

sinais que marcariam a proximidade da Sua segunda

vinda (24.7,8). No trabalho da igreja no mundo, os

136

crentes seriam atribulados e mortos. Odiados de todas

as nações por causa do nome de Jesus, e muitos se

escandalizariam, trairiam e se odiariam uns aos outros,

e dentre os próprios crentes se levantariam muitos

falsos profetas que enganariam a muitos.

A iniquidade se multiplicaria e o amor de quase todos se

esfriaria. Mas em meio a tudo isto o evangelho será

pregado por todo o mundo, e quando isto acontecer,

quando a última nação for evangelizada, será

determinado por Deus a marcha de todos os eventos

previstos para a consumação do século (Mt 24.9-14).

Todos estes sinais correspondentes ao princípio das

dores são comparados por Jesus como as primeiras

contrações de um parto. E elas vão se intensificando

cada vez mais à medida que se aproxima a hora do

nascimento. E tudo isto terá o seu clímax no chamado

período da Grande Tribulação que precipitará todas as

ocorrências que culminarão com o retorno do Senhor

(Mt 24.15-31).

É digno de nota que o Senhor nos alertou que sempre

haveria falsos cristos e falsos profetas operando no

137

mundo. Isto nos chama a sermos criteriosos e vigilantes,

não dando crédito a qualquer um que alegue estar

falando a nós da parte de Deus. Falsos mestres e falsas

doutrinas têm sido espalhados pelo mundo, e isto

podemos aprender na história da igreja e em nossos

próprios dias. E assim, o Senhor nos alerta para que não

deixemos ninguém nos desviar da verdade.

À medida que o tempo do fim se aproxima se

multiplicarão os falsos cristos e profetas no mundo,

semeando mais e mais a mentira e multiplicando com

isto a iniquidade. Note que o Senhor disse que eles farão

sinais e maravilhas. Sinais e maravilhas não são,

portanto um meio seguro para sabermos se alguém está

vivendo e pregando a verdade, porque os falsos cristos

e profetas os realizarão em abundância.

Mateus 24.6, fala de guerras e rumores de guerras. E que

é necessário que isto ocorra, e por isso não devemos

ficar alarmados. Mas nada disto é ainda um indicativo

seguro do tempo do fim.

138

No verso 7, Jesus fala de terremotos e fomes em vários

lugares. O texto paralelo de Lucas inclui também

pestilências.

Isso tudo está em andamento para marcar aquele tempo

do fim.

III – A Intensificação da Perseguição aos Crentes,

Próximo e antes do Tempo do Fim

As perseguições e ódio sofridos pelos crentes

durante toda a história da igreja, se intensificarão

próximo e antes do tempo do fim. E isso é mundial e

precipitará o que está em Mt 24.10. A pressão é tão

grande da parte do mundo que começa a massacrar os

crentes que algumas pessoas que se identificaram

superficialmente com Jesus Cristo, e como a semente

ficou sufocada pelos espinhos, quando eles virem o

preço a ser pago, eles se escandalizarão e não estarão

dispostos a pagar aquele preço. Assim eles odiarão os

139

verdadeiros crentes, e os trairão entregando-os aos

seus perseguidores. Eles os delatarão para serem

mortos. Isto ocorre frequentemente em países

muçulmanos, especialmente nos da chamada janela

10/40, mas se espalhará pelo mundo conforme predito

na Palavra.

Mas os verdadeiros crentes perseverarão até o fim, eles

não negarão o seu Senhor, como estes crentes nominais

que trairão a muitos dos crentes autênticos,

especialmente no período da Grande Tribulação.

Em Mt 24.11 lemos que muitos falsos profetas surgirão

e enganarão a muitos. Não falsos cristos agora, mas

falsos mestres. E estes falsos profetas vão ensinar um

erro infernal diabólico, satânico.

Agora olhe o verso 12 que diz, que por se multiplicar a

iniquidade o amor de quase todos esfriará. Alguns

fogem porque eles não pagarão o preço exigido pela

fidelidade a Cristo. Alguns fogem porque eles são

enganadores. E alguns retrocedem porque eles optaram

pela iniquidade, que significa que eles violam a lei de

140

Deus. Nós vemos isto começando a se multiplicar em

nossos dias.

E, II Tim 3, Paulo descreve as características das pessoas

dos últimos dias. Há vinte anos tais características não

eram tão pronunciadas em todas as pessoas do mundo

como nos dias atuais, e isto irá num crescendo.

Mas os crentes, que permanecerem fiéis em meio a tudo

isto ganharão a sua alma pela perseverança, como está

afirmado em Lc 21.19.

Estes reinarão com Cristo eternamente.

A última característica destas dores de parto que

indicam o retorno do Senhor é a pregação do evangelho

em todo o mundo em testemunho a todas as nações.

Antes que o fim venha, importa que o evangelho seja

pregado em todo o mundo, a toda criatura.

Apesar da perseguição, apesar das traições, apesar dos

falsos cristos e profetas, apesar do inferno que lança os

seus demônios por toda a terra, apesar do esfriamento

do amor de muitos, apesar de guerras, fomes,

141

terremotos, pestilências, o evangelho do Reino será

pregado em todo o mundo. E então o Reino virá.

IV – A Grande Tribulação e o Anticristo

O engano citado em Mt 24.4,5, culminará com o maior

engano de todos na pessoa do Anticristo que agirá pela

eficácia de Satanás, enganando a muitos, que

depositarão nele inteira confiança para a resolução dos

problemas mundiais. Ele será o último falso salvador

que o mundo verá. O último falso messias. Por isso é

chamado de Anticristo, porque é um cristo falso.

O abominável da desolação citado em Mt 24.15 é uma

referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que

ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em

Daniel 9.27.

Agora, o que é o lugar santo?

142

Algumas pessoas dizem que é a terra. Algumas pessoas

dizem que é a cidade de Jerusalém.

O que é o lugar santo?

Há somente outro uso dessa frase em todo o Novo

Testamento e encontra-se em Atos 21:28. E o Lugar

Santo era um dos ambientes do tabernáculo e do templo

de Jerusalém.

A profecia de Daniel 11.31 teve um primeiro

cumprimento na pessoa de Antíoco Epifânio, e terá um

último cumprimento na pessoa do Anticristo:

“Dele sairão forças que profanarão o santuário, a

fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado,

estabelecendo a abominação desoladora.”

A primeira parte de Daniel 11 descreve fatos que já

tiveram cumprimento na história, e a parte posterior se

refere a coisas que ainda terão cumprimento no tempo

do fim. E o verso 31 trata de um duplo cumprimento, e

historicamente já se cumpriu entre 175 e 165 a.C.

correspondente ao governo do rei sírio Antíoco. Ele se

143

chamava Epifânio, que quer dizer "o grande.". Ele foi um

grande perseguidor do povo de Israel, sendo assim um

tipo perfeito do Anticristo. Ele tentou acabar com a

religião judaica e matou milhares e milhares de judeus,

inclusive mulheres e crianças. Ele profanou o templo

entrando nele e matando um porco no altar e obrigando

os sacerdotes a comerem a sua carne.

Além disso, ele colocou a imagem de um deus grego no

templo, provavelmente Zeus. E com o templo assim

profanado os judeus deixaram de apresentar seus

sacrifícios no mesmo. O sacrifício diário determinado

pela lei foi completamente parado. E foi exatamente

isso que Daniel profetizou cerca de 400 antes, que ele

faria (11:31). Assim o templo ficou desolado, por causa

daquela abominação, isto é, daquele ato detestável aos

olhos de Deus e do Seu povo. O Anticristo também

profanará o templo que será reconstruído, para afrontar

os judeus e o Deus de Israel, e pelo mesmo efeito de

rejeição que isto produzirá tal como no passado, nos

dias de Antioco Epifânio, diz-se que será uma

abominação desoladora. E é por isso que ao se referir à

144

profecia exclusiva ao Anticristo em 9.26,27, Daniel usa

as palavras desolação e abominação para se referir aos

atos do Anticristo.

Em Daniel 9.24-27 temos a conhecida profecia das

setenta semanas. São setenta semanas de anos.

Referem-se, portanto a 490 anos, sendo que a profecia

estabelece dois períodos distintos, um que vai desde a

“saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até

o Ungido, ao Príncipe” são sessenta e nove semanas, isto

é 483 anos. E depois da morte do Ungido se levantaria

um príncipe que governaria por uma semana (a

septuagésima semana) e que faria cessar o sacrifício e a

oferta de manjares no meio da semana (versos 26,27).

A profecia determina então um período “para fazer

cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para

expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para

selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos

Santos.” (9.24). Isto está vinculado de fato a duas fases:

ao primeiro advento de Cristo trazendo a graça e a

redenção para os habitantes da terra, e ao seu segundo

advento para estabelecer o seu reino de justiça na terra.

145

Por isso, determinou-se para Daniel o prazo para a

primeira vinda de Jesus, e também o prazo que

determinaria a sua segunda vinda, que está relacionada

ao período da Grande Tribulação que será precipitada

no governo de sete anos do Anticristo, e que

corresponde à septuagésima semana da profecia de

Daniel. Esta semana é isolada das demais 69 que se

cumpriram no primeiro advento de Cristo, porque Israel

tem permanecido endurecido até hoje à recepção de

Jesus como o Salvador e Messias. E será exatamente no

tempo do fim que se voltarão para o Senhor como nação

para a sua redenção. Daniel queria saber de Deus

quando acabaria o cativeiro de Israel, e quando este

seria firmado como nação e reino sacerdotal, conforme

havia sido prometido por Deus desde Moisés. E a

resposta de Deus foi dada com a profecia das setenta

semanas, porque Daniel pensava que uma vez findo os

setenta anos de cativeiro babilônico, conforme havia

sido profetizado por Jeremias, Israel seria estabelecido

como reino de Deus na terra.

146

Desde a “saída da ordem para restaurar e edificar

Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” temos 69 semanas,

isto é, 483 anos. O decreto para a reconstrução do

templo e da cidade de Jerusalém foi baixado em cerca

de 450 a.C. A contagem vai, portanto até a morte de

Jesus, e não até o seu nascimento, porque somando-se

33 a 450 temos os 483 anos referidos na profecia. E de

fato, “para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos

pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça

eterna” conforme se encontra registrado na profecia,

isto somente seria possível com a morte de Jesus. E por

isso a profecia de Daniel faz referência à morte do

Senhor.

Mas “para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo

dos Santos” conforme está também na profecia de

Daniel haverá necessidade de que o Senhor volte e

estabeleça o seu reino na terra, de maneira que o

veremos assim como Ele é, e o que é em parte será

aniquilado. As visões e as profecias terão tido o seu

cumprimento, e já não andaremos somente por fé, mas

também pelo que veremos. Hoje não há um único ser

147

humano perfeito vivendo na terra, porque mesmo o

maior dos santos é pecador e ainda está sujeito ao

pecado em razão da natureza terrena. Mas, quando o

Senhor voltar e nós com Ele em glória, todos seremos

perfeitos, assim como Ele é perfeito.

O plano de Deus de restaurar a criação original terá

cumprimento na volta de Jesus, e no estabelecimento

do seu reino milenal com os salvos na terra. Deus criou

a terra para este propósito, para que fosse herdada

pelos justos, pelos que são puros de coração, e sem

pecado. Ele cumprirá cabalmente aquilo que planejou

desde antes da fundação do mundo.

Em Daniel 12.11 lemos:

“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for

tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda

mil duzentos e noventa dias.” Isto é, decorrerão três

anos e meio para o retorno de Cristo e a consequente

destruição do governo do Anticristo, a contar do

momento em que for posta a abominação desoladora

no Lugar Santo.

148

Observe que Daniel acrescenta mais 30 dias aos 1260

referidos em Apocalipse 12.6, como tempo da

perseguição do diabo aos judeus através do Anticristo

durante o período da Grande Tribulação. Isto pode ser

explicado pelo fato, de que a profecia de Daniel está

enfocando o tempo para o estabelecimento do Reino, e

não para o término do governo do Anticristo. Isto

demandará o estabelecimento da separação entre os

cabritos e as ovelhas, e temos assim uma primeira

contagem de um prazo já determinado para o início do

estabelecimento do reino.

Em Daniel 12.12 lemos: “Bem-aventurado o que espera

e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias.” Isto é, 45

depois dos 1290 já referidos. Muitas providências

deverão ser tomadas para que a terra seja restaurada a

uma condição adequada para o governo dos santos

juntamente com Cristo. Para a separação das ovelhas

dos cabritos e tudo o mais que for necessário. Haveria

assim, provavelmente, um período de transição de 75

dias desde o retorno do Senhor até o estabelecimento

do seu reino milenal.

149

Jesus começou a remover a maldição do pecado da

terra. A terra foi restaurada. Em Ezequiel 36.36 lemos:

“Então as nações que tiverem restado ao redor de vós

saberão que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades

destruídas, e plantei o que estava desolado. Eu, o

Senhor, o disse, e o farei.”

A palavra de Romanos 8.19-21 terá cabal cumprimento

quando da volta do Senhor:

“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação

dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade,

não voluntariamente, mas por causa daquele que a

sujeitou, na esperança de que a própria criação será

redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da

glória dos filhos de Deus.”

Daniel chama o Anticristo de pequeno chifre, o rei com

a face feroz, o rei voluntarioso. João o chama de a besta,

e Paulo o chama de filho da perdição e homem do

pecado. Ele é a culminação de todos os falsos cristos. Ele

é tão convincente nisto que Daniel 9:27 diz que Israel

150

fará um pacto com ele, crendo que ele seja o seu

libertador e protetor. E todas as nações do mundo, em

razão das suas perseguições, vêm a ficar debaixo do seu

poder, e ele engana a muitos.

Ele tem comunhão com os demônios do inferno. Ele é

poderoso, mas não pelo seu próprio poder. Ele causará

estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe

aprouver, e destruirá os poderosos e o povo santo (Dn

8.24). Não é o próprio poder dele, é o poder do inferno.

Pela astúcia dos seus empreendimentos políticos fará

prosperar o engano (Dn 8.25). Ele usa a paz, ele usa a

negociação para seduzir o mundo e trazê-lo sob o seu

poder.

No capítulo 11 de Daniel nós descobrimos mais cousas

sobre ele nos versos 36-45:

“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se

engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos

deuses, falará cousas incríveis, e será próspero, até que

se cumpra a indignação; porque aquilo que está

determinado será feito.

151

Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao

desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre

tudo se engrandecerá.

Mas em lugar dos deuses honrará o deus das fortalezas;

a um deus que seus pais não conheceram honrará com

ouro, com prata, com pedras preciosas e cousas

agradáveis.

Com auxílio de um deus estranho agirá contra as

poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem

multiplicar-lhe-á a honra, fá-los-á reinar sobre muitos, e

lhes repartirá a terra por prêmio.

No tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele, e o rei do

Norte arremeterá contra ele com carros, cavaleiros, e

com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as

inundará, e passará.

Entrará também na terra gloriosa e muitos sucumbirão,

mas do seu poder escaparão estes: Edom e Moabe, e as

primícias dos filhos de Amom.

152

Estenderá a sua mão também contra as terras, e a terra

do Egito não escapará.

Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata, e de

todas as cousas preciosas do Egito, os líbios e os etíopes

o seguirão. Mas pelos rumores do oriente e do norte

será perturbado, e sairá com grande furor, para destruir

e exterminar a muitos.

“Armará as suas tendas palacianas entre os mares

contra o glorioso monte santo; mas chegará ao seu fim,

e não haverá quem o socorra.”

E assim, o engano dele é incrível. Na realidade, o engano

dele é descrito em maior detalhe em Apocalipse 13. E lá

João não o vê com uma face feroz e não como um rei

voluntarioso, mas em outra perspectiva, como uma

besta. Ele é uma besta que governa sobre as nações e o

simbolismo é muito vívido. Ele é uma besta poderosa.

Ele é uma besta devastadora. O verso 5 diz que lhe foi

dado 42 meses para agir com autoridade. Isto equivale

a três anos e meio, correspondentes à metade final do

153

sete anos referidos em Daniel 9.27 como o tempo total

do seu governo.

Assim, ele passará a empreender suas perseguições

contra Israel desde a colocação da abominação

desoladora no lugar santo, neste período de três anos e

meio, correspondente à Grande Tribulação.

Em II Tes 2.3,4, Paulo cita o Anticristo nestes termos:

“Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto

não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e

seja revelado o homem da iniquidade, o filho da

perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se

chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se

no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o

próprio Deus.”

E sobre esta sua arrogância e blasfêmia João também

registrou em Apo 13.5,6:

“Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e

blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois

meses; e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus;

154

para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a

saber, os que habitam no céu.”

Também lemos em Daniel 7.8,25 e 11.36:

“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles

subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros

chifres, foram arrancados; e eis que neste chifre havia

olhos, como os de homem, e uma boca que falava com

insolência.” (7.8).

“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os

santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a

lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um

tempo, dois tempos e metade dum tempo.” (7.25).

“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se

engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos

deuses, falará cousas incríveis,” (11.36).

Esta exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de

ter vencido as nações e exercido domínio sobre elas, e

de ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles,

ter se considerado superior ao Deus de Israel, ao ponto

155

de se assentar no templo, proferindo palavras contra o

Altíssimo.

Ele incorrerá no mesmo erro do rei Assírio Senaqueribe

que se exaltou contra Deus e lhe dirigiu palavras de

afrontas em desafio através de Rabsaqué, seu porta-voz

(Is 36 e 37). Aliado ao poder obtido sobre as nações e

sobre Israel, o Anticristo também terá por motivo de

exaltação o fato de ser enganado pelo próprio Satanás e

demônios aos quais estava servindo, porque o falso

sistema religioso que estará a seu serviço, personificado

na pessoa do chamado falso profeta (Apo 13.11-15).

Fará uma imagem do Anticristo e a imagem falará, e será

determinado que todos adorem a imagem, instituindo-

se assim um culto idolátrico, e todo aquele que se

recusar a adorar a imagem da besta será morto.

Será tal o sentimento de grandeza e de posse do

Anticristo sobre toda a humanidade, que será

determinado que todos recebam certa marca sobre a

mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa

comprar ou vender, senão aquele que tiver o nome da

156

besta ou o número relativo ao seu nome que é 666 (Apo

13.16-18).

Muitos poderão estar perguntando, como poderia Israel

se aliançar com a besta. No entanto, antes que ele

assumisse o controle sobre as nações, revelando o seu

caráter maligno, ele deve, pela sua aliança com os

israelitas, ter livrado os mesmos da ameaça do mundo

árabe. O ódio incurável e histórico do mundo islâmico

contra Israel não cessará por qualquer tratado de paz.

Daí, possivelmente a razão de Israel ter buscado apoio

no poder político que estará em evidência na ocasião

sob o governo do Anticristo, tal como os israelitas

dependem da sua aliança histórica com os Estados

Unidos para a sua segurança no Oriente Médio.

É possível mesmo que nos três primeiros anos e meio de

seu governo, que ele seja tido como o próprio messias

pelos israelitas, sem que saibam que ele é um falso

libertador.

Em Mt 24.29 o Senhor disse que “logo em seguida à

tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o

157

período da Grande Tribulação, ocorrerá a Sua segunda

vinda, e quando isto se der, o sol escurecerá e a lua não

dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e

os poderes do céu serão abalados. Isto indica que

eventos cataclísmicos antecederão Sua manifestação

vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.”

(verso 30).

Assim, o Senhor virá imediatamente após a Grande

Tribulação.

E como mais um sinal da Sua vinda, o Senhor disse na

parábola da figueira que deveríamos aprender da lição

que ela nos dá, porque quando os seus ramos se

renovam, e as folhas brotam, é um sinal de que o verão

está próximo. E assim a geração que testemunhasse

estas coisas, não passaria sem que tudo aconteça, pois

ao virem todas estas coisas saberão que Ele está

próximo às portas (Mt 24.32-34).

A figueira dá frutos no verão, e antes que isto ocorra, ela

renova suas folhas. Assim, quando a geração que

presenciar a Grande Tribulação referida pelo Senhor,

158

precipitada pela profanação pelo Anticristo, do templo

que será reconstruído em Jerusalém, ela pode estar

certa de que presenciará a volta do Senhor, assim como

sabemos que o verão se aproxima quando a figueira

renova os seus ramos e as folhas brotam. Assim os sinais

estão reservados para as pessoas que estiverem

vivendo no tempo do fim.

A abertura dos quatro primeiros selos citados em

Apocalipse corresponde a eventos que estão

acontecendo na terra, tipificados nos quatro cavalos e

seus cavaleiros. O quinto selo corresponde à

determinação da marcha das ocorrências relativas ao

tempo do fim, com o clamor daqueles que foram mortos

por causa do testemunho de Cristo.

O sexto e sétimo selo correspondem à segunda vinda do

Senhor e os eventos que sucederão próximo e durante

deste seu retorno.

Os selos são simbólicos. Um testamento que era deixado

a alguém no passado deveria ser lacrado sete vezes

segundo a lei romana, e assim não poderia ser violado

159

sem que fosse percebido. E este é um testamento

lacrado. É Deus está legando o mundo a Cristo. E como

Ele abre um selo depois de outro, Ele leva de volta o

mundo. Cada selo revela que eventos acontecem para

que Ele retome o mundo para Si.

Em Apo 6.4 lemos:

“E saiu outro cavalo, vermelho, e ao seu cavaleiro foi-lhe

dado tirar a paz da terra para que os homens se

matassem uns aos outros; também foi-lhe dada uma

grande espada.”.

Assim, temos aqui a guerra, e o começo da ordem

mundial para uma matança volumosa, que terá o seu

ápice nos dias do Anticristo.

E nos verso 5 e 6:

“quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser

vivente, dizendo: Vem. Então vi, e eis um cavalo preto e

o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma

como que voz no meio dos quatro seres viventes,

dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três

160

medidas de cevada por um denário; e não danifiques o

azeite e o vinho.”

Isto se refere a condições de fome. Não há bastante

comida para todos e isto é o resultado de guerra.

Então temos o quarto selo nos versos 7 e 8: quando o

Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser

vivente dizendo: Vem. E olhei, e eis um cavalo amarelo

e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte: e o

Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade

sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela

fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.”.

Temos aqui o massacre de um quarto da população do

mundo.

No capítulo 9 de Apocalipse, a partir do verso 13, vemos

que um exército de duzentos milhões de soldados saiu

pela terra induzidos por quatro anjos que foram soltos e

que se achavam atados junto ao rio Eufrates, e que

dizimou a terça parte da humanidade.

161

Apocalipse 13. 7 nos conta outra coisa interessante

sobre esta guerra. O poder poderoso nesta guerra, em

parte, não é somente das forças demoníacas do inferno

e do próprio Satanás, mas do Anticristo, a besta:

“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e

os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada

tribo, povo, língua e nação.”

Assim, é o Anticristo da mesma maneira que nós vimos

no Velho Testamento, em Daniel. É ele que massacra o

rei do sul, o exército do norte, derrota o exército do

leste, e expande o poder dele mundialmente.

Outra passagem em Apocalipse 16.13,14 revela que três

espíritos imundos, operadores de sinais, saem da boca

do dragão, da besta e do falso profeta e se dirigem aos

reis da terra para congregá-los para a batalha do

Armagedom, no grande dia do Senhor, isto é, na

segunda vinda de Cristo. Mas o intento deles será

marchar contra Jerusalém para devastá-la. E no meio

desta batalha Jesus virá e os destruirá.

162

Os capítulos 8 e 9 de Apocalipse contêm os juízos

relativos ao toque das 6 primeiras trombetas. Estes

prenunciam o grande juízo de Deus contra os ímpios,

contra a iniquidade que se multiplicou na terra, e serão

despejados durante o período de governo do Anticristo

e culminarão com a sétima trombeta correspondente à

segunda vinda de Jesus, que consumará a destruição

final dos ímpios. Somente os que tiverem se convertido

durante o período do governo do Anticristo serão

poupados.

A igreja terá sido arrebatada antes da Grande

Tribulação, não sendo assim, atingida por estes juízos.

Será lançado granizo misturado com fogo e sangue à

terra. Uma terceira parte das árvores será queimada, e

isto vai gerar fome. Uma como que grande montanha

em chamas foi lançada ao mar e um terço da vida do mar

morreu, e um terço das embarcações foi destruído.

Aqueles que dependem do mar para o seu sustento

foram prejudicados. Uma terça parte das águas dos rios

e das fontes se tornou amarga, imprópria para o

consumo. Uma terça parte do sol, da lua e das estrelas

163

foi atingida, para que a terça parte deles escurecesse,

afetando assim o ciclo das estações na terra,

prejudicando, sobretudo as atividades agrícolas.

Tudo isso constitui desastres de proporções volumosas.

Além disso, ao toque da quinta trombeta corresponderá

a soltura de demônios que estavam aprisionados no

abismo, e eles atormentarão a terra por cinco meses.

E, no toque da sexta trombeta ocorrerá a destruição da

terça parte da humanidade a que já nos referimos pelo

exército de duzentos milhões de soldados.

Os capítulos 15 e 16 de Apocalipse descrevem os sete

flagelos despejados em taças por sete anjos sobre a

terra, com os quais se consumou a ira de Deus. Por meio

de Jesus Cristo os crentes são livrados da ira de Deus, e

isto é evidência suficiente para afirmarmos que a igreja

não passará pelo período da Grande Tribulação, por ter

sido arrebatada antes que o Senhor comece a despejar

a sua ira sobre os incrédulos desde a abertura dos sete

selos e do toque das trombetas. Muitos dos que

164

estavam endurecidos até o arrebatamento da igreja,

haverão de se converter durante o período da tribulação

porque se diz que por amor dos eleitos, estes dias serão

abreviados. A tribulação será, portanto um fator que

contribuirá para a sua conversão livrando-os assim dos

tormentos eternos do inferno.

Quando o primeiro anjo despejou os flagelos de sua

taça, os portadores da marca da besta e adoradores da

sua imagem sofreram úlceras malignas e perniciosas.

Desde os dias de Moisés, Deus havia prometido que não

traria as enfermidades que lançou sobre os egípcios

naqueles que andassem nos Seus estatutos, cumprindo

a Sua vontade. Vemos assim que estas úlceras serão

visitações de juízos sobre o pecado.

Então, o segundo anjo despejou a sua taça no mar e ele

se tornou como o sangue de um homem morto. Você se

lembra que no juízo dos selos aconteceu a morte de um

terço do mar, mas agora todo o mar é atingido. Isto faz

parte da palavra dada por Jesus em Lc 21.25-27:

165

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas, sobre a terra,

angústia entre as nações em perplexidade por causa do

bramido do mar e das ondas; haverá homens que

desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que

sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão

abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa

nuvem, com poder e grande glória.”

Vemos assim que a precipitação destes juízos será

rápida e próxima da vinda do Senhor, dando

cumprimento à palavra de que estes dias finais da

Grande Tribulação seriam abreviados por amor dos

escolhidos. Não temos nisto, portanto, uma sucessão de

eventos de grande impacto catastrófico e grande

tormento, por um extenso período. São juízos rápidos e

sucessivos que precipitarão e coincidirão com o retorno

do Senhor, tanto para a consumação da destruição dos

ímpios pela liberação da palavra da Sua boca, como para

destruir as obras do diabo e do Anticristo, dando início

ao Seu reino milenal sobre a terra.

O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes

das águas, e se tornaram em sangue, e o anjo declarou

166

que Deus é justo por ter julgado estas cousas, porquanto

haviam derramado o sangue de santos e de profetas, e

assim lhes estava dando sangue a beber porque eram

dignos disso (Apo 16.4-7). A humanidade estava

apoiando o Anticristo no seu trabalho de destruir

aqueles que não estavam aceitando adorá-lo como

deus. E o Senhor estava lhes dando a devida paga.

Quando o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol,

foi dado ao sol queimar os homens com fogo. Eles não

se arrependeram para darem glória a Deus, antes

blasfemaram o Seu nome (16.8,9).

O quinto anjo despejou a sua taça sobre o trono da

besta, e o reino do Anticristo se tornou em trevas; os

homens, por causa das angústias e das úlceras que

sofriam, não se arrependeram, mas blasfemaram o Deus

do céu (16.10,11).

O sexto anjo derramou a sua taça sobre o rio Eufrates,

cujas águas se secaram para preparar o caminho para os

reis que vêm do leste, para que pudessem se ajuntar no

lugar chamado Armagedom (16.12-16).

167

E o sétimo anjo derramou sua taça no ar, e sobrevieram

relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande

terremoto como nunca houve igual desde que há gente

sobre a terra. A grande cidade se dividiu em três partes

e caíram das cidades das nações, e lembrou-se Deus da

grande Babilônia, para dar-lhe o cálice do vinho do furor

da sua ira.

Toda ilha fugiu e os montes não foram achados. Houve

grande saraivada sobre os homens com pedras que

pesavam cerca de um talento, e por causa da chuva de

pedras, os homens blasfemaram de Deus (16.17-21).

Como vimos, Lucas fala de eventos horríveis, eventos

amedrontadores que irão acontecer. Você pode voltar

ao capítulo 6 de Apocalipse, e ver ali coisas horríveis

como guerra e morte, fomes e massacre. Como o céu

começa a se quebrar, como a terra começa a tremer com

eventos terríveis. Indo para o capítulo 9, vemos o

abismo sem fundo sendo aberto para a libertação de

demônios. Os homens serão atormentados por eles, e

buscarão a morte, mas a morte fugirá deles. O líder

destes demônios (9.11) chama-se em hebraico Abadom,

168

e em grego Apolion, que significa destruidor. Estes

demônios levantam um exército terrível.

No capítulo 14, onde também se descrevem coisas que

ocorreram próximo e durante a segunda vinda de Jesus.

O resultado de todos estes juízos da ira de Deus e da

ação direta do Senhor e dos seus anjos quando da sua

volta, está relatado no verso 20:

“E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do

lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e

seiscentos estádios”; isto é, um banho de sangue incrível

e inconcebível, pois cobre uma extensão de quase

trezentos quilômetros.

A chave de interpretação destes juízos de Apocalipse

desde o capítulo 6 ao 19, que tratam da Grande

Tribulação e da volta de Cristo está, portanto no

entendimento de que tudo o que ali está referido não se

dará num longo período de tempo, mas dentro do

governo de sete anos do Anticristo, cujos três últimos

anos e meio correspondem à chamada Grande

Tribulação. Não há, portanto uma sequência cronológica

169

exata das coisas narradas nestes capítulos. João passou

a visão das coisas que viu neste período próximo da

volta do Senhor.

A referência à queda de Babilônia, designada como

grande cidade é possivelmente ao sistema econômico

mundial, porque os mercadores da terra prantearam a

sua queda. Esta queda se dará depois que o Anticristo

tiver se manifestado e em meio a todos estes juízos que

estarão sendo despejados sobre a terra. Não se refere,

portanto à queda das torres gêmeas do World Trade

Center nos Estados Unidos, em setembro de 2001.

Os sinais que ocorrerão no céu e farão os homens

desmaiarem de terror, que são citados nos evangelhos

pelo Senhor como indicações da proximidade da sua

vinda, e que vimos anteriormente em Apocalipse, são

também citados no Velho Testamento, como em Joel 2,

e que são repetidos por Pedro em Atos 2:

“Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e

colunas de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua

170

em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do

Senhor.” (Joel 2.30,31).

Muitos eventos cataclísmicos já acontecem desde há

muito sobre a face da terra, mas em nada poderão ser

comparados com as coisas que acontecerão próximo da

vinda de Jesus, depois que o Anticristo tiver se

manifestado.

Os que creem em Cristo têm sido perseguidos e odiados

pelo mundo ao longo da história da igreja. Muitos, em

várias épocas e locais específicos foram vítimas de

perseguições terríveis. Mas nada se comparará à que

será empreendida contra os que confessarem a Cristo no

período da Grande Tribulação, depois do arrebatamento

da igreja. Os que se converterem depois do

arrebatamento haverão de sofrer as angústias terríveis

relatadas em Mt 24.9,10. Isso excederá todas as outras

perseguições. O mundo todo odiará por inspiração do

Anticristo tanto os judeus quantos os cristãos.

Depois que a igreja for arrebatada Deus dará duas

testemunhas ao mundo, e todos ouvirão a sua pregação

171

do evangelho, e elas serão mortas, mas depois de três

dias e meio eles serão ressuscitadas por Deus e serão

ascendidas ao céu na nuvem diante do olhar de seus

inimigos, e isto trará grande medo sobre muitos, e

naquela hora haverá um grande terremoto, e ruirá a

décima parte da cidade, e morrerão sete mil pessoas, e

as demais ficarão sobremodo aterrorizadas, e darão

glória a Deus (Apo 11.11-13). E certamente, muitos

dentre estes se converterão ao Senhor, e serão

duramente perseguidos pelo Anticristo, juntamente

com os judeus, dando cumprimento à palavra profética

da destruição dos santos, do povo santo, pela besta.

Estes que forem massacrados na Grande Tribulação são

os que clamam debaixo do altar dizendo:

“Até quando, Ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro,

não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam

sobre a terra?” (Apo 6.10).

E lhes foi respondido que aguardassem ainda por pouco

tempo, até que se completasse o número dos seus

conservos e irmãos, que iam ser mortos como eles. Note

172

que na sequência desta visão João descreve que de fato

seria muito breve o tempo que eles deveriam aguardar,

porque o sexto selo foi aberto e precipitou os juízos

finais da cólera de Deus sobre o mundo, tendo antes

determinado que se selassem nas frontes os 144.000

servos de Deus de todas as tribos dos filhos de Israel,

doze mil de cada tribo. Uma referência provável aos

judeus que ainda se converteriam por ocasião da volta

do Senhor. Estes, juntamente com os gentios que se

converteram no referido período foram vistos em

grande multidão que ninguém poderia enumerar, de

todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do

trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras

brancas, com palmas nas mãos. E um dos anciãos

perguntou a João quem eram estes, e o próprio ancião

respondeu dizendo: “São estes os que vêm da grande

tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no

sangue do Cordeiro.” (Apo 6.9-7.17).

João está descrevendo as coisas que estavam ocorrendo

na terra no período da Grande Tribulação, e a conexão

destas coisas com o céu. O prêmio do martírio daqueles

173

que estavam sendo massacrados pelo Anticristo foi-lhe

revelado por Deus, nestas visões de Apo 6.9-7.17.

No capítulo 12 vemos o dragão perseguindo uma mulher

com uma coroa de doze estrelas na cabeça, vestida do

sol e com a lua debaixo dos pés. Isto pode ser uma

referência aos judeus que fugirão para os montes,

seguindo a instrução de Jesus dada em Mateus 24.15-22,

em face da Grande Tribulação. É de Israel que descende

o filho da mulher que há de reger as nações com cetro

de ferro, o Senhor Jesus (Apo 12.5). Mas “a mulher,

porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus

preparado lugar para que nele a sustentem durante mil

duzentos e sessenta dias.” (Apo 12.6).

Repare que estes mil duzentos e sessenta dias

correspondem a três anos e meio. E é exatamente este

o período da Grande Tribulação correspondente à

perseguição do Anticristo. Muitos dos que forem

poupados em Israel fugirão da cidade para o deserto e

para os montes, e ali serão sustentados por Deus. E diz-

se mais que quando Satanás foi atirado à terra por

Miguel e seus anjos, de modo que não teria dali em

174

diante mais acesso à presença de Deus, onde acusava os

crentes de dia e de noite, isto fez com que ele ficasse

muito encolerizado contra os habitantes da terra. Isto

significa um aumento na fúria das perseguições contra

os santos no tempo do fim e contra os judeus de um

modo geral, dado ser a nação eleita através da qual Deus

trouxe o Messias ao mundo. E assim lemos mais sobre a

mulher que deu à luz o filho varão que regerá o mundo

com cetro de ferro, em Apo 12.13-18:

“Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra,

perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram

dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que

voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada

durante um tempo, tempos, e metade de um tempo,

fora da vista da serpente.

Então a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher,

água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse

arrebatada pelo rio.

A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca

e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.

175

“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os

restantes da sua descendência, os que guardam os

mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e

se pôs em pé sobre a areia do mar.”

Note mais uma vez o período de três anos e meio,

designado agora na profecia como “um tempo, tempos,

e metade de um tempo”.

O lançamento de Satanás sobre a terra, não significa que

somente a partir de então passaria a perseguir os

crentes, pois tem feito isto desde o princípio, mas sim o

impedimento de ir à presença de Deus para acusá-los.

Assim, os eventos do capítulo 13, como já dissemos,

correm em paralelo com o que foi dito anteriormente,

pois são ocorrências da Grande Tribulação. Aqui se

descreve o Anticristo como o agente destas

perseguições de Satanás descritas no capítulo anterior

(12). Nos versos 7 e 8 lemos:

“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e

os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada

176

tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que

habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram

escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto,

desde a fundação do mundo.”

E, vemos no capítulo 17 a descrição da grande meretriz,

isto é, do falso sistema religioso da Grande Tribulação

que está embriagado com o sangue dos santos, dos

mártires de Jesus. E em 16:6 se diz que eles derramaram

o sangue de santos e profetas.

Em Lucas 21 temos o paralelo ao ensino de Mateus 24.

No verso 20 de Lucas, temos o paralelo à abominação

desoladora citada em Mateus 24.15. Lucas diz:

“Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos,

sabei que está próxima a sua devastação.”

Então, complementa com as mesmas instruções que se

seguem a Mateus 24.15: “Então os que estiverem na

Judeia fujam para os montes...” e assim sucessivamente.

O que significa isto?

177

Em Zacarias 14.1-3 lemos:

“Eis que vem o dia do Senhor, em que os teus despojos

se repartirão no meio de ti.

Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra

Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão

saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da cidade

sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será

expulso da cidade.

“Então sairá o Senhor e pelejará contra essas nações,

como pelejou no dia da batalha.”

E isto, não é uma referência ao cativeiro babilônico

porque já havia acontecido, nem é uma referência à

destruição pelos romanos, porque a profecia diz que as

nações seriam juntadas contra Jerusalém.

Isto se dará no tempo do fim como está registrado em

Lucas: “quando virdes Jerusalém rodeada de exércitos”.

178

V - O Arrebatamento

Quando Deus destruiu as cidades de Sodoma e

Gomorra com fogo e enxofre, do mesmo modo que ele

trará juízos sobre o mundo quando da segunda vinda de

Cristo, Ele livrou antes o justo Ló, fazendo com que ele

fosse arrebatado pelas mãos de anjos do meio daqueles

ímpios, mesmo diante de certa relutância de Ló,

colocando-o fora da cidade ordenando-lhe que fugisse

para o monte (Gên 19.15-17). Pedro, sobre tal

livramento da parte de Deus assim se expressa em II Pe

2.9 quanto ao resgate de Ló:

“é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos,

e reservar, sob castigo, os injustos para o dia de juízo,”.

A igreja será arrebatada, não pelas mãos de anjos, mas

pela poderosa mão de Deus para o encontro com Jesus

nos ares (I Tes 4.16,17). Paulo diz que isto se dará

quando for dada a palavra de ordem do Senhor, ouvida

a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus. Em I

Cor 15.52 Paulo diz que este arrebatamento ocorrerá ao

179

ressoar a última trombeta. Se há uma última trombeta,

é porque houve várias trombetas soadas antes do

arrebatamento.

O toque de trombeta significa o alerta de Deus contra o

pecado, e a chamada dos pecadores ao arrependimento,

para que se convertam e vivam (Is 58.1; Jer 6.17; Ez 33.3-

11).

A última trombeta está associada ao arrebatamento

porque todos os crentes atenderão a esta convocação e

se reunirão ao Senhor. Há uma chamada de Deus na

dispensação da graça para que os homens creiam em

Cristo e sejam livrados da ira vindoura.

Todo aquele que atender ao chamado será livrado da

grande tribulação que virá sobre a terra, conforme

promessa do Senhor em Apo 3.10:

“Porque guardaste a palavra da minha perseverança,

também eu te guardarei da hora da provação que há de

vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que

habitam sobre a terra.”

180

Observe que o Senhor está falando de uma hora de

provação que virá sobre o mundo inteiro para

experimentar os habitantes da terra. É provavelmente

uma referência à Grande Tribulação da qual os

verdadeiros crentes serão livrados segundo a sua

promessa, por arrebatá-los antes que tais coisas

sucedam. Mas como se diz em Apo 3.10, a provação

referida terá o propósito de experimentar os que

habitam sobre a terra, isto é, por ela, se conhecerá os

que se voltarão para Deus, e os que permanecerão

endurecidos pelo pecado, chegando mesmo a blasfemar

o nome de Deus, conforme já vimos antes.

Muitos crerão pela dor, pela intensidade das

perseguições e juízos do período da Grande Tribulação,

mas aqueles que receberam a Cristo voluntariamente

em seus corações, tendo crido nEle antes do período da

tribulação, terão a distinção e honra de serem

arrebatados, para serem livrados das coisas que

sucederão ao mundo a partir do momento que a

abominação desoladora for colocada no lugar santo.

181

A igreja estará com o seu Senhor nas Bodas do Cordeiro

referida em Apo 19.7-9. E o anjo disse a João que

escrevesse que; “Bem-aventurados aqueles que são

chamados à ceia das bodas do Cordeiro.”

Cremos que um dos motivos além do principal da

comunhão plena e perfeita com Cristo, a citação à bem-

aventurança diz respeito ao livramento dos juízos que

serão despejados sobre a terra e das perseguições do

Anticristo no período da Grande Tribulação.

I Tes 1.10 diz que Jesus nos livra da ira vindoura, e nesta

mesma epístola, ele afirma que o dia do Senhor vem

como ladrão de noite, mas os crentes não estão em

trevas para que esse dia os apanhe de surpresa,

porquanto são filhos do dia, e que Deus não destinou a

igreja para a ira, mas para alcançar a salvação mediante

Jesus Cristo (I Tes 5.1-11).

Somos livrados não somente da condenação futura do

grande juízo de Deus, como também dos juízos que

serão manifestados em razão da ira de Deus contra o

pecado por ocasião da segunda vinda de Cristo. Estes

182

juízos são destinados aos incrédulos, ao mundo de

pecado, e não faria sentido, que Deus submetesse a

igreja à mesma condenação juntamente com o mundo.

Isto contrariaria frontalmente todas as promessas

bíblicas de livramento dos que têm a Cristo, dos juízos

vindouros. Pedro é bastante explícito ao afirmar que “o

Senhor sabe livrar da provação os piedosos, e reservar,

sob castigo, os injustos para o dia de juízo,”

Ele não destruirá o justo juntamente com o ímpio

quando trouxer Seu juízo sobre o mundo, assim como

manifestou este caráter da Sua justiça a Abraão, quando

este intercedeu em favor de Ló, e efetivamente livrou Ló

da destruição que era destinada aos ímpios, assim,

como também livrou Noé e sua família, nos dias do

dilúvio que trouxe ao mundo para julgar o pecado que

havia sobre a terra.

O Senhor disse a Abraão que, se houvesse dez justos em

Sodoma e Gomorra, Ele pouparia a cidade da destruição.

Entendemos então, que caso os crentes ainda

estivessem no mundo durante a Grande Tribulação,

Deus não despejaria os Seus juízos sobre o mundo por

183

amor deles. É exatamente por terem sido retirados do

mundo no arrebatamento, e por não ter ficado assim

nenhum justo na terra a partir deste momento, que foi

o fator que propiciou que Deus despejasse seus juízos

descritos em Apocalipse sobre o mundo.

Além destas, há muitas outras razões para crermos que

a igreja não passará pela Grande Tribulação.

Ninguém pode duvidar do arrebatamento, porque ele é

ensinado clara e positivamente pela Bíblia. E podemos

supor quanto ao tempo do evento que ele será antes da

Grande Tribulação porque é dito na Palavra que quando

Cristo se manifestar nós também seremos manifestados

com ele, em glória (Col 3.4).

Ora, nós sabemos que o dia da segunda vinda,

conhecido como o dia do Senhor, será um dia terrível,

de juízos terríveis, porque o Senhor virá para entrar em

juízo com o mundo de pecado.

E como poderemos nos manifestar com Ele em glória em

tal ocasião se ainda estivéssemos na terra?

184

Como poderia ter lugar a ressurreição dos crentes que

haviam morrido antes dos que estiverem vivendo, e a

transformação dos corpos deles e dos que estiverem

vivendo na terra na ocasião, para o encontro com Jesus

nas nuvens, exatamente no momento em que Ele se

manifestar como o juiz de toda a terra, matando pela

sua palavra o mundo de ímpios?

Como viríamos com Ele e com os anjos na segunda

vinda, se tivéssemos que nos encontrar com Ele nas

nuvens, exatamente na ocasião da sua segunda vinda

para julgar o mundo?

Agora, tudo se encaixa e se harmoniza com a Palavra

revelada, se colocamos o momento do arrebatamento

antes do período da Grande Tribulação, e a segunda

vinda de Jesus no final do referido período.

Outra razão para crermos que o arrebatamento ocorrerá

antes da Grande Tribulação está na própria estrutura do

livro de Apocalipse. Nos capítulos 2 e 3, o Senhor se

dirige à igreja. Mas nos capítulos 4 e 5 não se fala mais

da igreja. Por que isto?

185

A igreja não está na terra. Ela está no céu. O capítulo 4 é

introduzido com a expressão:

“Depois destas cousas olhei, e eis não somente uma

porta aberta no céu.”

Observe que a cena se desloca da terra para o céu. As

atenções estão voltadas no capítulo 5, para um livro

escrito por dentro e por fora de todo selado com sete

selos. É o livro referente à herança do Cordeiro, à

tomada de posse definitiva da Sua propriedade. Da

conquista final da terra e de tudo o que nela existe. A

abertura dos seus selos precipitará todas as ações

necessárias para a segunda vinda de Cristo e o

estabelecimento do seu reino na terra. Ele é rei.

Ele disse a Pilatos que para isto havia nascido e para isto

havia vindo ao mundo (Jo 18.37). Tudo foi criado por Ele

e para Ele. Mas santo que é, importa que a sua

propriedade seja tomada também em pureza e

santidade. Ele não é o rei de um mundo pecaminoso,

com co-herdeiros ainda sujeitos ao pecado. Por isso

186

purificará a terra de suas más obras, e assumirá o reino

com aqueles que tiver purificado pelo Seu sangue.

A abertura dos selos corresponde, portanto às ações de

juízo sobre a terra para que esta seja reconquistada. E

tudo isto se dará no período de governo do Anticristo.

Assim, nos capítulos 4 e 5 de Apocalipse a igreja está no

céu, e começarão a se desenrolar do capítulo 6 em

diante, as ações sobre a terra no período de governo da

besta. Do capítulo 6 a 18, não se menciona a igreja...

Nunca se menciona como a igreja deveria agir durante a

tribulação. Nenhuma outra palavra de advertência, de

admoestação, de convocação ao arrependimento, como

encontramos nos capítulos 2 e 3.

E qual é a razão disto?

A igreja está aperfeiçoada no céu, sem ruga nem mácula,

porque já foi arrebatada. O foco da atenção na terra já

não é, portanto a partir de agora a igreja, mas a segunda

vinda do Senhor para estabelecer o seu reino, os que

estão sendo perseguidos e massacrados pelo Anticristo,

os juízos que terão que ser despejados sobre a terra para

187

produzir a conversão de muitos dos que se

arrependeriam em face das perseguições e das

manifestações da ira de Deus.

A literatura apocalíptica, mesmo a dos dias do Velho

Testamento, tinha por propósito consolar e conduzir à

fé aqueles que estariam debaixo da aflição e juízos

futuros. Eles poderiam reconhecer a sua experiência nos

escritos proféticos que apontavam para as ocorrências

do futuro. A maior parte do Apocalipse não se refere à

igreja, porque durante as ocorrências ali narradas a

igreja já está consolada no céu, não tendo do que ser

consolada. Esta consolação será necessária para os que

estiverem vivendo na terra no período da Grande

Tribulação.

Um preço terrível terá que ser pago pela maioria dos que

se converterem nos dias do Anticristo, para não

negarem a fé, mas o livro de Apocalipse revela que

valerá a pena pagar qualquer preço em face do gozo

eterno que está prometido ao que vencer e perseverar

até o fim, e do livramento dos horrores eternos no lago

188

de fogo e enxofre para aqueles que negarem o nome de

Cristo.

VI - A Segunda Vinda de Cristo

Um das verdades mais amedrontadoras de todas da

Bíblia se refere ao evento que é identificado em I Tes 5.2

como o dia do Senhor. Aquele termo é um termo técnico

da Bíblia para descrever o dia quando Jesus voltará

trazendo a cólera flamejante e a ira de Deus sobre todos

os pecadores do mundo. É um dia de devastação. É um

dia de destruição.

Em várias outras passagens da Bíblia é usada a

expressão o "dia do Senhor" para revelar que é um dia

de angústia, de sofirmento, de juízo: Atos 2:20, 2 Tes 2:2;

2 Pe 3:10; Is 2:12, 13:6, 9; Jer 46:10; Joel 1:15; 2:11, 31;

Amós 5:18,:20; Mal 4:5; Sof 1:14, 15.

Toda palavra profética relativa ao dia do Senhor é sobre

julgamento, é sobre ira, desolação, vingança e

189

destruição terríveis. É dito que é um tempo de

melancolia e escuridão e angústia. Seis vezes é chamado

de um dia de destruição. Quatro vezes é chamado de um

dia de vingança.

Agora sempre o dia do Senhor se refere ao julgamento

final mais cataclísmico de Deus sobre a terra, para visitar

o pecado dos homens ímpios. É a culminação da cólera

de Deus numa explosão final que consome o ímpio.

Agora é verdade, que especialmente no Velho

Testamento houve épocas em que Deus manifestou a

sua ira sobre os homens, e usou meios providenciais

humanos, como uma nação destruindo outra nação, ou

usando fomes, terremotos ou pestes e doenças, como

forma de juízo, mas nada disso se compara ao grande e

final julgamento que ele despejará sobre a terra sob a

forma de situações angustiantes. Assim todos os

terremotos, fomes, desastres, doenças, tempestades,

inundações, operações demoníacas, guerras, violências

e todas as formas de tribulações que afligem os homens

são apenas prelúdios da manifestação da explosão final

190

da ira do Filho de Deus quando ele se manifestar para

desarraigar o ímpio da terra, na sua segunda vinda.

O dia do Senhor deve ser visto então exclusivamente

como um período de julgamento, julgamento dos

ímpios. E assim, todas as manifestações de juízos que

encontramos desde Apo 6 até 19 estão associadas ao dia

do Senhor, isto é, à segunda vinda de Cristo, que como

já vimos, ocorrerá no final do período de três anos e

meio da Grande Tribulação.

São várias as passagens das Escrituras que afirmam que

o dia do Senhor está próximo: Ez 30.3; Joel 2.1; 3.14; Ob

15; Sof 1.7; Zac 14.1. Sempre houve assim, a ideia de que

Ele pudesse vir a qualquer momento.

O Novo Testamento diz que neste dia o Senhor virá

como um ladrão. Não que o Senhor seja um ladrão, mas

ele virá inesperadamente e não para dar boas vindas,

mas para produzir destruição. Aqueles que não se

aprontarem para serem livrados da surpresa deste dia

terão que enfrentar as terríveis consequências da sua

negligência.

191

Joel 2.30,31 nos dá o caráter deste dia:

“Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e

colunas de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua

em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do

Senhor.”

Então, o Senhor virá com poder e muita glória. Uma

glória tal que escurecerá a própria luz do sol, da lua e das

estrelas. Este será o chamado dia do Senhor. Um dia

singular. Um dia totalmente diferente. Um dia profético,

não necessariamente um dia de 24 horas. Como diz a

palavra, porque "será um dia que será conhecido a

Jeová." (Zac 14.7)

O que ele está dizendo é que não há ninguém que possa

descrever este dia. Ninguém poderia entender este dia.

Não há nenhuma explicação científica para este dia.

Nenhum ser humano poderia ter a compreensão

completa deste dia. É um dia que somente o Senhor

pode explicar. É um dia somente conhecido a Ele. Não

haverá nenhum modo de entendê-lo. Porque poderes

192

miraculosos procederão do Senhor nos céus e na terra e

os fundamentos do mundo serão abalados.

Então, o profeta Zacarias diz mais adiante (14.7):

"Não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde.”.

Não é dia claro, nem noite. Assim, não é nem dia e nem

noite. Mas, o verso 7 diz:

"mas haverá luz à tarde".

No término daquele dia, no fim daquele período

profético, a luz virá. Assim Zacarias vê a mesma coisa.

Tudo fica escuro. Ninguém pode entender o que

aconteceu. Não há nenhuma explicação humana.

Somente Deus sabe. Não é nem um dia claro, nem uma

noite escura. É um dia singular.

Então no fim daquele período de trevas, a luz voltará. E

o que é aquela luz?

É o sinal do Filho do Homem no céu que vem nas nuvens

do céu com poder e grande glória.

193

Qual será a intensidade e a majestade desta luz divina?

Apocalipse 21.23 nos dá uma ideia sobre isto, porque na

Jerusalém celestial, o Cordeiro é a Sua lâmpada, e não

necessita de nenhuma luz natural, nem do sol, nem da

lua, nem das estrelas. Jesus encherá os céus com a glória

da Sua luz.

Mas esta luz que brilhará na escuridão, será para os

ímpios não um motivo de alegria, mas de puro terror.

Por amarem as trevas os pecadores fogem da luz. Esta

luz é para eles uma luz de julgamento vingador. Daí se

dizer em Lucas 21.26 quanto a este dia:

“haverá homens que desmaiarão de terror e pela

expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo; pois

os poderes dos céus serão abalados.”

Hebreus 1.2,3 diz, que “Jesus foi constituído por Deus

herdeiro de todas as cousas, e pelo qual também fez o

universo, e que Ele é o resplendor da glória e a expressão

exata do Seu ser, sustentando todas as cousas pela

palavra do seu poder.”

194

Observe que Jesus não é somente criador do universo,

mas também sustentador do equilíbrio de tudo o que há

no universo. E como Ele fez e faz isto ?

Simplesmente pela palavra do Seu poder. É nEle que

tudo é sustentado mediante a Sua palavra de ordem. Ele

disse no princípio: “Haja luz”, e houve luz, e assim se fez

com todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis. Da

mesma forma que Ele criou e sustenta pela sua palavra,

Ele também destruirá pela mesma palavra poderosa que

procede de Sua boca.

Ele mostrou este Seu poder abundantemente em Seu

ministério terreno, expelindo demônios, curando

enfermidades, operando maravilhas meramente com a

palavra proferida pelos seus lábios. Este mesmo poder

ainda opera na igreja dentro dos limites estabelecidos e

controlados por Ele, fazendo com que a palavra

poderosa inspirada pelo Espírito que procede da boca

dos seus servos, faça tudo quanto Lhe apraz.

O homem pode contar com a regularidade com que o

Senhor sustenta todas as coisas, para enviar satélites ao

195

espaço sideral, sabendo que eles não se desviarão de

suas órbitas, porque há um poder que mantém o

universo em equilíbrio.

Os corpos celestes são controlados pelo poder

sustentador da palavra de Deus. Mas de repente, se o

Senhor deixa de exercer este poder sustentador, o que

nós temos?

O caos, e tudo o que está unido no universo passa a se

descontrolar e desintegrar. E a terra se torna uma vítima

deste desarranjo incrível de todo o universo. Os poderes

dos céus serão abalados e nós já sabemos por que isto

ocorrerá.

Deus manifestará o seu desagrado relativamente à

impiedade dos homens que chegará a níveis

insuportáveis nos últimos dias conforme descrito na

Bíblia, através da remoção das condições de sustentação

regular da vida do mundo físico que os homens tanto

apreciam. Tal como um pai que priva o filho de um

brinquedo muito querido, quando o castiga. Deus

196

quebrará os pontos de apoio em que os homens

costumam colocar a sua confiança e segurança.

Haverá escassez de alimento e de água, de condições

climáticas favoráveis à saúde, haverá pragas e

pestilências sem medida, acidentes provocados por

terremotos, e outros eventos cataclísmicos, destruições

e aflições decorrentes de guerras, operações de

demônios, e tantas outras condições desfavoráveis para

a vida do homem na terra, em decorrência dos juízos de

Deus. A alteração no poder que sustenta o equilíbrio do

universo terá em vista principalmente produzir tais

condições desfavoráveis na terra.

É inconcebível como a terra não será totalmente

destruída com isto, mas poderoso é o Senhor para

mantê-la em plena ordem, se assim o desejasse, mesmo

retirando tudo o mais do universo que a rodeia. Deus

produzirá caos na terra, mas Ele controlará o caos pelo

Seu poder, porque Ele restaurará a terra para o reino

milenal paradisíaco de Cristo na terra.

Em Isaías 34.6 lemos:

197

“A espada do Senhor está cheia de sangue, engrossada

da gordura e do sangue de cordeiros e de bodes, da

gordura dos rins de carneiros; porque o Senhor tem

sacrifício em Bozra, e grande matança na terra de

Edom.”

Em outras palavras, haverá uma matança mundial da

parte do Senhor, quando Ele vier com os Seus santos e

os anjos para julgar o reino do Anticristo e a coligação

de nações que se ajuntarão no lugar chamado de

Armagedom para destruir Israel. O Senhor virá e

destruirá os ímpios não somente que estiverem

marchando contra Israel com o Anticristo, mas os de

todas as nações.

O descrente será morto, mas o justo viverá. Os homens

serão mais raros que o ouro de Ofir. E com estes crentes

que estiverem vivendo sobre a terra e que sobreviverão

à volta do Senhor, o mundo será repovoado para no

período do milênio.

A espada referida em Is 34.6 que está cheia de sangue,

não é uma espada física, e nem mesmo a ação de uma

198

guerra conforme a ideia que nós temos de uma guerra,

porque esta espada é a espada afiada de dois gumes. A

espada que procede da boca do Senhor, que é a Sua

palavra. Será meramente por meio da palavra de ordem

que Ele proferir que os ímpios serão mortos em todas as

nações do mundo, por ocasião da sua segunda vinda. É

aqui que se cumpre em plenitude a palavra que Ele

proferiu enquanto neste mundo; que deveríamos temer

Aquele que tem poder para matar o corpo e lançar a

alma no inferno.

Esta é uma referência a si mesmo, como Deus que é. É

Ele quem tem as chaves da morte e do inferno. Isto é, é

Ele quem tem o domínio sobre ambos. Ele revelará isto

claramente na Sua segunda vinda.

Esta destruição dos ímpios não significa aniquilação,

mas morte física, porque continuarão existindo em

espírito, mas sendo lançados no inferno para

aguardarem a condenação final ao lago de fogo e

enxofre depois de serem ressuscitados depois do

milênio e serem julgados diante do grande trono branco

(Apo 20.11).

199

Apo 19.11-21, e 20.1-3a descrevem parte dos eventos

relativos à segunda vinda de Jesus, e ali se diz que “sai

da sua boa uma espada afiada, para com ela ferir as

nações,” (verso 15), e que a besta e o falso profeta foram

lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre

(verso 20), e que; “os restantes foram mortos com a

espada que saía da boca daquele que estava montado

no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.”

(verso 21).

Veja então, que pela Sua palavra o Senhor destruirá os

ímpios de todas as nações por ocasião da sua segunda

vinda.

Lembramos mais uma vez, que os santos estarão com o

Senhor na Sua vinda (Zac 14.5), e também os anjos (I Tes

1.7). E vale lembrar as poderosas destruições de

milhares de ímpios que o Senhor efetuou na terra nos

dias do Velho Testamento, através do poder dos anjos.

Haverá, portanto uma mortandade real de ímpios na

segunda vinda de Jesus.

200

O centro do governo de Jesus durante o milênio será em

Jerusalém. Daí que, quando ele voltar, o teatro de

operações da guerra de coligação de nações com o

Anticristo estará se dirigindo para a referida cidade.

Em Zac 12.3 lemos: “Naquele dia farei de Jerusalém uma

pedra pesada para todos os povos; todos os que a

erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se

ajuntarão todas as nações da terra.”

Na batalha de Armagedon há um foco sobre Jerusalém,

e Jerusalém vai ser um lugar onde o Anticristo tentará

estabelecer o seu governo. Até nisto ele tentará ocupar

o lugar de Cristo.

Is 63.1-6 descreve vivamente as condições de

mortandade geral em todo o mundo por ocasião da

segunda vinda do Senhor. Apocalipse 19.13 apresenta as

vestes do Senhor salpicadas de sangue, tanto quanto em

Is 63, como resultado da matança dos seus inimigos, no

trabalho de desarraigar o ímpio da terra. Pela sua

própria impiedade é que eles serão desarraigados,

201

tendo recusado voluntariamente a chamada de Deus

para o arrependimento e salvação.

VII - O Milênio e a Prisão de Satanás

Jesus disse que os mansos são bem-aventurados

porque eles herdarão a terra. Isto é uma referência clara

ao retorno dos crentes à terra, para reinarem

juntamente com Cristo durante os mil anos citados em

Apocalipse, e da permanência na terra daqueles que se

converterem no período da Grande Tribulação, no que

podemos chamar de reino milenal. Este reino de mil

anos será o cumprimento de várias profecias bíblicas, e

especialmente da promessa feita a Davi de que da sua

descendência sairia um rei que governaria Israel com

justiça.

Este reino de mil anos é citado em várias porções das

Escrituras, especialmente no Velho Testamento,

conforme estaremos comentando adiante. No Novo

202

Testamento há versículos que chamam este período de

Regeneração, como em Mt 19.28: “Jesus lhes

respondeu: Em verdade vos digo que vós os que me

seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se

assentar no trono da sua glória, também vos assentareis

em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.”.

Em Atos 3.21 é chamado de Tempos da Restauração: “ao

qual é necessário que o céu receba até aos tempos da

restauração de todas as cousas, de que Deus falou por

boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.”

Em Ef 1.10 é chamado de Dispensação da Plenitude dos

Tempos: “de fazer convergir nele, na dispensação da

plenitude dos tempos, todas as cousas, tanto as do céu

como as da terra;”.

Na realidade, podemos afirmar que o Reino é o tema

fundamental de toda a Bíblia. Que tudo da Bíblia

realmente se orienta ao fato de que Deus governa, que

Deus é soberano, e que a meta da história redentora é

um Reino eterno no qual Deus governa. Tudo aponta

para o reino. Jesus mesmo, logo que começou o Seu

203

ministério pregava e continuou pregando a necessidade

de fé e arrependimento porque o Reino de Deus estava

próximo.

Deus sempre prometeu um reino que seria eterno, mas

Ele prometeu que seria também um reino terrestre,

tanto quanto Ele prometeu a esperança do céu eterno.

Agora como Deus pode cumprir tudo isso?

Um reino eterno que é um reino terrestre e é também

um reino divino?

Bem, a resposta é que o reino milenal é parte terrestre

daquele reino eterno. No Velho Testamento, como

estaremos vendo, as promessas dos profetas para Israel

falam de um reino que é terrestre... Mas eles também

falam de um reino que é divino, um reino que está aqui

neste planeta e que é um reino que tem uma dimensão

completamente diferente, um reino que é medido pelo

tempo e um reino que está além do tempo.

E é necessário que Deus faça isto deste modo. Ele

prometeu um reino terrestre. Naquele reino terrestre

204

haverá pessoas com um corpo terreno, tal como o nosso,

que não morreram na segunda vinda de Cristo. Eles

sobreviverão ao tempo da Tribulação e eles serão os

resgatados. Eles virão da nação de Israel e de outras

nações do mundo.

Eles entrarão no reino terrestre glorioso renovado e

reavivado na terra. Por isso o anjo disse a Daniel que

são bem-aventurados os que esperam e chegam até mil

trezentos e trinta e cinco dias, isto é, setenta e cinco dias

após o término da Grande Tribulação, que como já

vimos, é o provável prazo para o preparo e admissão

final no Reino daqueles que sobreviveram à Grande

Tribulação. Eles terão filhos, como veremos no estudo

das profecias, especialmente no livro do profeta Isaías.

A reprodução natural prosseguirá, e os processos

naturais da vida seguirão o seu curso, só que Deus

operará de tal forma que a longevidade dos primeiros

dias conforme relatado no Gênesis será restaurada.

E assim, ainda haverá um grupo de pessoas na terra,

descendentes destes crentes do Reino, tal qual no

princípio, quando o mundo de hoje foi formado a partir

205

da família de Noé, e dentre estes que tiverem

descendido deles, haverá também não eleitos, pessoas

que não se converterão, e que serão no fim dos mil anos

seduzidas por Satanás quando ele for solto de sua prisão

no abismo, por um breve tempo, para a sua condenação

final no lago de fogo e enxofre. Assim, o reino enquanto

é na realidade um reino que é dado às pessoas de Deus

por via de cumprimento da Sua promessa, é também o

tempo final no qual a redenção poderá acontecer nas

vidas de seres humanos. E cumpre dizer, que haverá,

portanto dois tipos de seres humanos vivendo na terra,

os crentes que receberão corpos glorificados na primeira

ressurreição e no arrebatamento e que retornaram à

terra com Cristo na sua segunda vinda, e estes que

citamos, ainda em corpos naturais, que sobreviveram à

Grande Tribulação, cujo término coincidiu com a

segunda vinda de Jesus.

A prisão de Satanás durante os mil anos não será no lago

de fogo, mas num lugar chamado de abismo que é muito

mencionado na Palavra (Apo 20.1, 3; II Pe 2.4; Lc 8.31).

206

Todas as sete vezes que este abismo ou cova sem fundo

é citado em Apocalipse isto se refere ao lugar onde os

anjos caídos são mantidos aprisionados. O lugar onde

eles esperam o encarceramento final deles no lago de

fogo. Diz-se de forma muito interessante em Is 24:21-23:

" Naquele dia o Senhor castigará os exércitos do alto nas

alturas, e os reis da terra sobre a terra. E serão ajuntados

como presos numa cova, e serão encerrados num

cárcere; e serão punidos depois de muitos dias. Então a

lua se confundirá, e o sol se envergonhará, pois o Senhor

dos exércitos reinará no monte Sião e em Jerusalém; e

perante os seus anciãos manifestará a sua glória."

Quais são os exércitos do céu?

Anjos. Estes são anjos maus. O Senhor castigará naquele

dia os anjos maus. Eles serão reunidos como prisioneiros

no calabouço e serão limitados em prisão e então depois

de muitos dias serão castigados. Primeiro eles são

limitados e Isaías está vendo isto. Eles são limitados por

um período para depois então serem sujeitados ao

castigo eterno. Assim então, o primeiro elemento do

Reino é a remoção de Satanás e seus demônios.

207

Olhemos para o segundo elemento, o reinado dos

santos. Da remoção de Satanás para o reinado dos

santos:

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo

e uma grande cadeia na sua mão.

Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo

e Satanás, e o amarrou por mil anos.

Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou sobre ele,

para que não enganasse mais as nações até que os mil

anos se completassem.

“Depois disto é necessário que ele seja solto por um

pouco de tempo.” (Apo 20.1-3).

Tendo sido removido Satanás, lemos nos versos 4 a 6:

“Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles

foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que

foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da

palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua

imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas

208

mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil

anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os

mil anos se completassem.

Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo

é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre

estes não tem poder a segunda morte; mas serão

sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele

durante os mil anos.”

Aqueles que morreram durante a Grande Tribulação não

estarão, portanto em desvantagem diante daqueles que

estiverem vivendo na terra depois da segunda vinda de

Jesus, porque eles serão ressuscitados em corpos

glorificados, para voltarem à terra com Cristo na

segunda vinda, e para reinarem com Ele no milênio. Apo

20.5,6 chama de primeira ressurreição a todos quantos

foram ressuscitados antes da segunda vinda de Jesus e

inauguração do milênio.

Os crentes que haviam morrido antes do arrebatamento

foram ressuscitados na ocasião do próprio

arrebatamento, antes da Grande Tribulação, e estes que

209

se converteram durante o governo do Anticristo e que

morreram antes da segunda vinda de Jesus foram

também ressuscitados, conforme se depreende de Apo

20.4, antes de terem retornado à terra com o Senhor, na

sua segunda vinda.

Todos os líderes mundiais, simplesmente todos os

governadores, todos os primeiros-ministros, todos os

magistrados, todos aqueles que são responsáveis por

educação, todos os legisladores, todos aqueles que são

responsáveis pelo governo da sociedade na face de toda

a terra serão os santos glorificados, e que já não se

casam e não se dão em casamento, que terão

autoridade delegada do próprio Senhor Jesus Cristo para

levar a cabo a vontade dele em todos os lugares. Então

haverá verdade na educação, então haverá justiça nas

salas de tribunais. Então haverá padrões morais reais

em todas as áreas da vida humana. E se cumprirá

plenamente a palavra de que bem-aventurados são os

que têm fome e sede de justiça porque serão fartos (Mt

5.6). Então haverá honestidade nos noticiários. Não

haverá poluição na terra, seja ela do tipo que for. Os

210

livros estarão cheios de verdade, e a televisão somente

transmitirá a verdade.

Apocalipse 20 faz referência ao início e ao fim do

período do milênio, quando ocorrerá a batalha final

chamada de Gogue e Magogue (20.8), com a destruição

pelo fogo de todos os que marcharem contra a cidade

central do governo de Cristo com os santos, em

Jerusalém, o lançamento de Satanás no lago de fogo, e,

então todos os descrentes terão sido mortos, e tanto os

do período do milênio quanto os do passado, desde

Adão, terão os seus corpos ressuscitados para que sejam

julgados e condenados à segunda morte, que é o lago do

fogo. E daí por diante a morte será finalmente vencida,

porque já não haverá mais reprodução, e assim a

possibilidade de nascerem pessoas descrentes. Por isso

se diz também em Apo 20.14, que tanto a morte quanto

o inferno foram também lançados no lago do fogo,

indicando que já não haverá mais julgamento, nem

condenação, daí por diante, motivo por que serão

criados novo céu e nova terra, conforme relatado em

211

Apo 21, onde estará a Nova Jerusalém como a morada

eterna dos santos com o Cordeiro.

Mas, até que Satanás seja solto da prisão com seus

demônios, o milênio será um período de justiça e de paz

na terra, porque terá tal governo sobre a terra. Com a

ausência de Satanás e dos demônios não haverá

qualquer obstrução, qualquer obstáculo, para a

manutenção da justiça e da paz. Por isso se diz em Is

65.20:

“Não haverá mais nela criança para viver poucos dias,

nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos

cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos

cem anos será amaldiçoado.”

Observe que quem pecar somente aos cem anos será

amaldiçoado. A maldição não se apressará em vir sobre

aquele que pecar porque não haverá condições

favoráveis para viver pecando deliberadamente. Tudo

chamará à paz, à justiça, à pureza. Não haverá um só

governante injusto, porque o governo será dado aos

santos, conforme o afirmam tantas passagens das

212

Escrituras, dentre as quais gostaríamos de destacar Dn

7.18:

“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o

possuirão para todo o sempre, de eternidade em

eternidade.”

E Dn 7.22: “até que veio o Ancião de dias, e fez justiça

aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os

santos possuíram o reino.”

As palavras de Jesus ganham um gosto especial, quando

contemplamos estas coisas relativas ao seu governo

futuro com os santos na terra:

“Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles

é o reino dos céus.” (Mt 5.2).

“Bem aventurados os mansos, porque herdarão a

terra.” (Mt 5.4).

“Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça,

porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.10).

213

“Deles é o reino...”, é a nota que se repete. Aprouve ao

Pai dar aos crentes o reino. O governo lhes pertence,

juntamente com Cristo, e daí se dizer em Apo 20.6:

“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na

primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não

tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de

Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos.”

Não se trata mais de ser bem aventurado simplesmente

por ter escapado da condenação futura, mas por ser

reino sacerdotal de Cristo na terra e pela eternidade

afora.

A palavra de II Pe 2.9 terá cabal cumprimento, quanto

ao exercício da função daqueles que estiverem em

corpos glorificados na terra governando juntamente

com Cristo: “sois raça eleita”, isto é, escolhidos para este

propósito; “sacerdócio real”, isto é governantes justos

que intercedem em favor dos homens junto ao Rei dos

reis; “nação santa”, um povo eleito de sacerdotes reais

porque é santo, porque tem o caráter santo do próprio

Cristo.

214

Nós seremos sacerdotes de Deus e de Cristo e

reinaremos com Ele durante os mil anos.

O que faz um sacerdote? Um sacerdote traz as pessoas

a quem?

Para Deus. Essa será nossa função mundial. Nós

estaremos trazendo as pessoas a Deus, trazendo as

pessoas ao Senhor, trazendo as pessoas ao

conhecimento de Cristo, conduzindo-os à Sua presença

gloriosa, trazendo-os à verdade. Essa será nossa função.

Nós estaremos trazendo as pessoas à salvação, ao

mesmo tempo nós estaremos regendo e reinando e

executando os desejos do Rei.

Este mundo será maravilhoso. Satanás não será mais o

seu príncipe, porque Jesus será eternamente o seu Rei,

com domínio pleno sobre todos os seus habitantes. E os

santos não terão que tentar entender o que devem fazer

porque eles estarão glorificados e aperfeiçoados em

santidade, justiça e amor e levarão a cabo a vontade de

Cristo perfeitamente.

215

Isaías 60 retrata a glória da cidade de Jerusalém tanto

durante o governo milenal de Cristo, quanto da sua

glória final, quando for estabelecida a Nova Jerusalém

depois do milênio, quando forem criados novo céu e

nova terra. Certamente até o verso 17, a referência é à

glória da Jerusalém do milênio, porque se fala ainda de

destruição de nações (verso 12; esta condição não

existirá depois do milênio).

A partir do verso 18 a profecia se desloca para a Nova

Jerusalém, porque se diz que nunca mais se ouvirá de

violência na tua terra, de desolação ou ruínas nos teus

termos, pois sabemos que haverá ainda uma

conflagração final no levante que for efetuado por

Satanás, quando for solto no final do milênio. E também,

porque se diz que nunca mais te servirá o sol para luz do

dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará, mas o

Senhor será a tua luz perpétua (verso 20), e que todos o

do teu povo serão justos e para sempre herdarão a terra

(verso 21) e sabemos que nem todos durante o milênio

que estiverem vivendo na terra, e mesmo na cidade de

Jerusalém serão justos durante o milênio.

216

As portas da cidade de Jerusalém estarão

continuamente abertas, porque não haverá ameaça de

invasão e violência contra a cidade até que Satanás seja

solto no final dos mil anos. Nos versos 11 a 14 de Is 60

lemos:

“As tuas portas estarão abertas de contínuo; nem de dia

nem de noite se fecharão, para que te sejam trazidas

riquezas das nações, e, conduzidos com elas, os seus

reis.

Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão:

sim, essas nações serão de todo assoladas.

A glória do Líbano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e o buxo

conjuntamente, para adornarem o lugar do meu

santuário, e farei glorioso o lugar dos meus pés.

Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te

oprimiram, prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés

todos os que te desdenharam, e chamar-te-ão a cidade

do Senhor, a Sião do Santo de Israel.”

O profeta Miqueias diz isto:

217

“Mas nos últimos dias acontecerá que o monte da casa

do Senhor será estabelecido no cume dos montes, e se

elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão os povos.

Irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte

do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine

os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas;

porque de Sião procederá a lei, e a palavra do Senhor de

Jerusalém.

Ele julgará entre muitos povos, e corrigirá nações

poderosas e longínquas.

“Estes converterão as suas espadas em relhas de arados,

e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará

a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a

guerra.” (Mq 4.1-3).

A razão disto é apresentada pelo profeta no verso 7:

“o Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora

e para sempre.”

218

Muitos dos que nascerem durante o milênio serão

conduzidos à fé e ao conhecimento de Cristo, e tal como

nós estarão unidos a Ele espiritualmente para sempre.

Israel será abençoado. A terra de Israel, a cidade de

Jerusalém voltará a ser gloriosa, e se cumprirá o que foi

dito pelo profeta Zacarias:

“Todos os que restarem de todas as nações que vieram

contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o

Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a festa dos

tabernáculos. Se alguma das famílias da terra não subir

a Jerusalém para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos

não fará vir sobre ele a chuva.” (Zac 14.16,17).

Haverá um julgamento imediato sobre as pessoas que

não adorarem o Senhor Jesus em Jerusalém.

Olhando então agora politicamente e espiritualmente

para o Reino, nós podemos ver como o Senhor Jesus

domina tudo.

O texto de Is 11.4-10 é uma descrição vívida da forma

como será o milênio:

219

“mas julgará com justiça os pobres, e decidirá com

equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com

a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará

o perverso.

A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o

cinto dos seus rins.

O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará

junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal

cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará.

A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se

deitarão; o leão comerá palha como o boi.

A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já

desmamado meterá a mão na cova do basilisco.

Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo

monte porque a terra se encherá do conhecimento do

Senhor, como as águas cobrem o mar.

220

Naquele dia recorrerão as nações à raiz de Jessé que

está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a

morada.”

É interessante notar a citação da presença pacífica de

animais dito selvagens no período do milênio. Assim

como o Senhor reuniu os animais na arca de Noé

preservando-os da extinção, Ele também os preservará

na segunda vinda de Cristo para que continuem se

multiplicando sobre a terra.

O capítulo 34 de Isaías depois de citar na primeira parte

do capítulo, a destruição dos ímpios das nações na volta

de Jesus, e da derrubada dos reinos deste mundo

(versos 12 e 13), cita na parte final animais como o

pelicano, ouriço, bufo, corvo, chacais, avestruzes,

corujas e abutres, que não são animais nobres, que se

fartarão das carnes dos que forem mortos na volta de

Jesus, e a estes assim se refere nos versos 16 e 17:

“Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas

criaturas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a

boca do Senhor o ordenou, e o seu Espírito mesmo as

221

ajuntará. Porque ele lançou as sortes a favor delas, e a

sua mão lhes repartiu a terra com o cordel; para sempre

a possuirão, através de gerações habitarão nela.”

O ímpio não herdará a terra, porque será desarraigado

dela, mas Deus preservará os animais na terra.

E na sequência, o capítulo 35 de Isaías descreve a

restauração da terra e alegria dos justos que habitarão

nela.

Em Is 65.19-25 lemos:

“E exultarei por causa de Jerusalém, e folgarei do meu

povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem

de clamor.

Não haverá mais nela criança para viver poucos dias,

nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos

cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos

cem anos será amaldiçoado.

Eles edificarão casas, e nelas habitarão, plantarão

vinhas, e comerão o seu fruto.

222

Não edificarão para que outros habitem; não plantarão

para que outros comam; porque a longevidade do meu

povo será como a da árvore, e os meus eleitos

desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos.

Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a

calamidade, porque são a posteridade bendita do

Senhor, e os seus filhos estarão com eles.

E será que antes que clamem, eu responderei; estando

eles ainda falando, eu os ouvirei.

O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá

palha como o boi; pó será a comida da serpente.

“Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo

monte, diz o Senhor.”

Veja que o texto se refere a uma taxa de natalidade alta

que contribuirá para o rápido repovoamento da terra.

As condições reinantes no milênio serão quase

semelhantes às existentes no Éden antes do pecado, no

que diz respeito aos que fizeram parte da primeira

223

ressurreição e que se encontram em corpos glorificados

e que já não estão mais sujeitos ao pecado.

Mas, os descendentes daqueles crentes que entraram

no milênio vindos da Grande Tribulação, e eles próprios,

que não passaram pela morte, estarão sujeitos ainda ao

pecado, tal como nós no presente. E estes também

gerarão filhos não eleitos, que não estarão sujeitos à

intensidade de tentações em razão do governo justo de

Cristo e do fato da ausência de Satanás e dos demônios,

mas a carnalidade deles se manifestará no final do

período dos mil anos, quando Satanás for solto e seduzi-

los para lutarem contra o governo de Cristo e dos seus

santos.

Se este mundo é um lugar bonito mesmo estando

amaldiçoado, imagine como será quando a maldição for

retirada e o Senhor restaurar todas as coisas.

Bem, como vimos não se pode admitir à luz de toda a

revelação uma outra interpretação verdadeiramente

bíblica para o milênio, senão a pré milenista, que

acabamos de enfocar. Os chamados pós milenistas

224

creem que as coisas melhorarão e a igreja dominará

algumas das instituições humanas, e isto fará com que

haja um governo de justiça na terra.

Alguns deles são chamados os teólogos do reino e eles

acreditam que de alguma maneira a igreja vai ganhar

grande poder de milagres, e que por este poder nós

vamos superar os demônios e vencer os poderes das

trevas de um modo definitivo. A igreja estabelecerá o

reino. O fim não virá porque as coisas melhorarão. Mas

sabemos que o fim virá porque as coisas se tornarão

piores.

A igreja nunca conquistará os reinos deste mundo, a

igreja nunca assumirá as instituições sociais deste

século, sem que haja uma intervenção direta do próprio

Cristo na Sua segunda vinda. Por isso somos chamados

a pregar o reino que se manifestará na segunda vinda do

Senhor, a exercer o ministério da reconciliação do

pecador com Deus, e não simplesmente levantar

bandeiras de movimentos moralistas com vistas a

reformar a sociedade. Este mundo não melhorará

enquanto o ímpio não for desarraigado da terra, e

225

somente Cristo poderá fazer isto, pelo Seu próprio

poder; e Ele o fará no momento oportuno.

Por isso somos pré milenistas, como claramente a

revelação é pré milenista, porque aguardamos a Cristo

para a inauguração do Seu reino milenal sobre a terra.

E há ainda os amilenistas, que não creem que haverá

qualquer reino milenal.

VIII - Novo Céu e Nova Terra

Agora, olhemos para uma alteração sem precedentes e

que Jesus cita em Mt 24.35, em que Ele diz que depois

da sua vinda com poder e muita glória “passará o céu e

a terra”. Isso é uma declaração clara de que o céu e a

terra atuais serão destruídos, e no lugar deles haverá

uma nova criação, de um novo céu e de uma nova terra.

Pedro diz como isto vai acontecer:

226

“Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual

os céus passarão com estrepitoso estrondo e os

elementos se desfarão abrasados; também a terra e as

obras que nela existem serão atingidas.

Visto que todas estas cousas hão de ser assim desfeitas,

deveis ser tais como os que vivem em santo

procedimento e piedade, esperando e apressando a

vinda do dia de Deus, por causa do qual os céus

incendiados serão desfeitos, e os elementos abrasados

se derreterão.” (II Pe 3.10-12).

A palavra no grego para estrondo ou barulho, é

rhoizedon que significa o som de crepitação. É usada

para descrever um som zumbindo produzido por

movimento rápido pelo ar. Em outras palavras, os céus

começarão a se desintegrar com um estrondo. E é o

estrondo de uma explosão nuclear. E é bem possível que

Deus use a fissão nuclear do átomo para desintegrar o

universo, como é dito por Pedro que os elementos

abrasados se derreterão. Os elementos atômicos

básicos começaram a derreter, enquanto liberam

intenso calor. A terra será atingida por isto. A Palavra diz

227

que os céus se enrolarão como um rolo de pergaminho.

Isto significa compressão e não expansão.

Encolhimento. Redução.

No verso 11, ele diz, que a terra e as obras que nela

existem serão atingidas. O verbo no grego para

“atingidas” é lúo, que significa desatar, soltar,

desprender. O poder de coesão dos elementos pelo

Senhor pela palavra do seu poder, como já vimos em

Hebreus 1, será alterado. Os elementos serão soltos,

desprendidos, esta coesão que garante a sua

estabilidade será modificada, e tudo se desfará. Agora,

isso é uma alteração sem precedentes do universo e isso

está a caminho.

No fim do milênio, e depois do juízo de Deus sobre todos

os ímpios, João fala a partir de Apo 21.1 de um novo céu

e uma nova terra. E este processo de recriação será feito

em duas fases. Na segunda vinda de Jesus haverá uma

modificação no universo. E, ao término do milênio

haverá uma recriação total de um novo céu e de uma

nova terra que são eternos. Durante o Reino milenal

será uma terra restaurada, e assim também o universo,

228

como afirma a própria Palavra. Mas, no estado eterno

final há uma nova criação, algo que não foi restaurado,

mas refeito completamente, para ser a habitação eterna

dos justos, por não mais existir nem morte, nem pecado,

nem incrédulos, nem Satanás, nem demônios, nesta

nova terra. E poderoso é o Senhor para fazer novas

todas as coisas.

Alguns pensam que tudo será destruído pelo próprio

homem com suas armas atômicas. Mas veja que será

todo o universo que se desfará. Isto não será feito pelo

homem, é Deus quem o fará.

Em Is 34, lemos: “Todo o exército dos céus se dissolverá,

e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu

exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da

figueira.”

Deus destruirá, para fazer algo inteiramente novo.

Podemos ver o dia profético do Senhor em duas fases,

porque para Ele mil anos são como um dia. A primeira

fase, na segunda vinda de Jesus, e a segunda, ao término

229

dos mil anos, quando fará novos céus e nova terra. Na

visão profética, isto pode ser dado como um só evento

aos olhos de Deus. Assim como temos isto no texto de II

Pe 3.10-12. Ele fala do dia do Senhor, e ali se refere tanto

à segunda vinda, quanto à criação do novo céu e nova

terra, como se fosse um só evento. Isto porque este é o

propósito revelado do Senhor, de fazer novas todas as

coisas, a partir da segunda vinda de Jesus.

Em Apo 8.7 temos uma pequena amostra do que irá

ocorrer no final do milênio. Aqui se descreve o que irá

acontecer no período da Grande Tribulação próximo da

segunda vinda de Jesus, mas, como dissemos, é uma

pequena demonstração da destruição final quando do

término do milênio:

“O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e

fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra.

Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das

árvores, e também toda erva verde.”

Os juízos relativos ao toque da segunda e terceira

trombetas trouxeram também, fogo sobre a terra. É

230

descrito também que a destruição final dos ímpios no

término do milênio será também com fogo que descerá

do céu para consumi-los (Apo 20.9). É bom, portanto

que aqueles que resistem quanto à probabilidade da

ocorrência destes eventos com larga destruição da terra

pelo fogo de Deus, se lembrem que o Senhor já deu

mostras suficientes de destruição pelo fogo no passado,

quer em Sodoma e Gomorra, quer entre os próprios

israelitas rebeldes nos dias de Moisés. Saía fogo da parte

do Senhor sobre eles, para que ninguém duvide que Ele

fará uma destruição final pelo fogo por causa do pecado.

Por isso se lê em II Pe 3.7: “Ora, os céus que agora

existem , e a terra, pela mesma palavra têm sido

entesourados para fogo, estando reservados para o dia

do juízo e destruição dos homens ímpios.”. E isto ele fará

na segunda vinda de Cristo. E também, pelo fogo,

destruirá todas as obras da terra e o universo, no final

do milênio para criar novo céu e nova terra.

231

IX - A Eternidade

Depois do Grande Julgamento do Trono Branco,

somente a Trindade, os anjos eleitos, e os santos

resgatados permaneceram no terceiro céu, que é a

habitação do Deus Altíssimo. O universo, que é

designado por céu, e a terra que hoje existem foram

inteiramente destruídos, e Deus fez um novo céu e uma

nova terra. Os inimigos de Cristo, tanto anjos quanto

homens foram lacrados para sempre no lago de fogo

onde sofrerão agonias e tormentos eternos.

Jesus trouxe a Nova Jerusalém desde o terceiro céu até

a nova terra criada, onde não existe, como já dissemos,

mais nenhum pecado. Então, o próprio Deus desceu à

terra para viver para sempre com o homem resgatado

(Apo 21:1-3).

A vida no estado eterno está perfeita. Não há mais

morte, nem luto, nem choro ou dor (Apo 21.4). Então se

cumprirá a palavra de Is 65.17:

232

“Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não

haverá lembrança das cousas passadas, jamais haverá

memória delas.”

Quando Pedro se refere ao novo céu e à nova terra, a

palavra utilizada no grego é kainos, que significa novo

em qualidade, não novo em cronologia, nem tampouco

novo em ordem, mas novo em qualidade, diferente, um

gosto que nós nunca conhecemos dantes.

E nesta nova terra habita a justiça plena e perfeita,

conforme é citado em II Pe 3.13. Uma justiça

permanente, inalterável.

Este é o mundo que nós esperamos. Este é o mundo que

foi prometido a nós em Jesus Cristo. É isso que Deus tem

preparado para aqueles que O amam.

O Senhor mesmo será a luz deste novo mundo,

conforme se lê em Is 60.19 e Apo 21.23 e 22.5. Uma luz

de glória espiritual e eterna que jamais acaba. O sol é

um corpo físico natural que se gasta ao longo do tempo,

mas a luz de Deus é eterna.

233

Lemos em Apo 21.1-3:

“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a

primeira terra passaram, e o mar já não existe.

Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia

do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada

para o seu esposo.

Então ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o

tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com

eles.

“Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com

eles.”

Veja que a habitação de Deus está entre os homens e Ele

se estabelecerá e estará em casa com eles.

Somente o Senhor é digno de todo o louvor e de toda a

glória, porque somente Ele, pelo Seu próprio poder pode

realizar e trazer à existência todas estas coisas. Tudo isto

teremos recebido por graça, e simplesmente por meio

da nossa fé em Cristo.

234

Todo o mérito é, portanto do Senhor, e por isso devemos

adorar o Seu santo nome por toda a eternidade.

Maranata! Vem, Senhor Jesus.

235

Adultério Espiritual

Veja que é possível que crentes genuínos, nascidos de

novo do Espírito Santo, aos quais Jesus disse as

seguintes palavras:

“Apo 2:19 - Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé,

o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras,

mais numerosas do que as primeiras.”

E também tenham sido admoestados severamente, em

razão de estarem convivendo e tolerando com o

seguinte quadro, por Ele descrito logo em seguida:

“Apo 2:20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa

mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa,

não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos

a praticarem a prostituição e a comerem coisas

sacrificadas aos ídolos.

Apo 2:21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela,

todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.

236

Apo 2:22 Eis que a prostro de cama, bem como em

grande tribulação os que com ela adulteram, caso não

se arrependam das obras que ela incita.

Apo 2:23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas

conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e

corações, e vos darei a cada um segundo as vossas

obras.

Apo 2:24 Digo, todavia, a vós outros, os demais de

Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que

não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas

de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós;

Apo 2:25 tão-somente conservai o que tendes, até que

eu venha.”

Que alguns, em nossos dias, ao lerem estas repreensões

se abençoam no seu íntimo, por pensarem que elas se

aplicavam tão somente à Igreja de Tiatira, nos dias do

apóstolo João. Todavia, este mal seria como tem sido de

fato, muito mais intenso e amplo em muitas igrejas no

tempo do fim.

237

Jezabel era a esposa do rei Acabe, de Israel. Ela era

oriunda de uma nação que adorava Baal, e foi por seu

intermédio que o culto a este falso Deus foi introduzido

e disseminado em toda a nação israelita.

Aquela Jezabel não era profetisa, mas a citada por nosso

Senhor no texto de Apocalipse se declara profetisa, ou

seja, quem ensina da parte de Deus aos homens, e

consegue seduzir os servos de Jesus para se prostituírem

espiritualmente, por se alimentarem do ensino de

demônios, que lhes são passados através dessa Jezabel.

Ora, é sabido e notório o envolvimento da Igreja

Protestante atual com sociedades secretas, com seus

cultos ocultistas, inclusive pela participação bastante

expressiva de lideranças denominacionais, cujos nomes

têm sido divulgados amplamente em vários sites da

Internet, até mesmo em noticiários da mídia secular.

238

O Senhor diz que tem uma contenda contra estes, e que

não lhes deixará descer em paz à sepultura, caso não se

arrependam deste grande estrago que têm trazido à Sua

igreja, por desviá-la da prática do genuíno evangelho

que lhes foi dado para guardarem, pregarem e

ensinarem sem qualquer contaminação com as coisas

que eles chamam de “coisas profundas de Satanás”, ou

seja, um conhecimento profundo das práticas e cultos

satanistas dos quais participam e se orgulham, por conta

da associação deles com tais sociedades ocultistas.

239

Para Subir Com Cristo

A Natureza da Santificação Verdadeiramente Bíblica

Esta é a única santificação que garantirá ao crente ser

arrebatado por Jesus.

É a única que o habilita a ser um vaso idôneo e útil nas

mãos de Deus.

Ensinar o que é esta santificação, e mais do que isto,

ajudar o Espírito Santo a forjá-la nos crentes, é o grande

e principal desafio para todos os líderes que são

levantados por Deus na Igreja para o referido propósito.

Há cerca de dez anos atrás, quando me dedicava ao

ministério de ensino de modo conservador e formal, que

contemplava apenas passar informações de caráter

teológico a membros de Igrejas e seminaristas, o Senhor

me separou para o trabalho que venho realizando desde

então.

240

Ele tinha ordenado anteriormente, que me dedicasse a

estudar as obras dos pastores puritanos históricos dos

séculos XVII e XVIII, e de D. M. Lloyd Jones, quando me

disse que eu nunca mais ensinaria teologia da maneira

como vinha fazendo até então, uma vez que passaria a

fazê-lo de modo informal, com o intuito de ensinar o Seu

povo a se santificar.

Não é preciso dizer que esta ordem implicava em que eu

tivesse um maior empenho e cuidado com a santificação

da minha própria vida.

Na ocasião, o Senhor não me disse qual seria o propósito

disto.

Com o passar dos anos, há cerca de quatro anos atrás,

comecei a publicar todo o material de ensino que havia

produzido e os textos sobre o assunto que eu havia

separado, até que recentemente caiu-me a ficha

espiritual relativa ao propósito de tudo isto.

241

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO ESTARÁ VINDO

ARREBATAR A IGREJA EM BREVE.

E a condição sem a qual ninguém verá o Senhor,

especialmente nesta ocasião é a santificação. Não uma

santificação imaginada, mas real, bíblica, forjada pelo

Espírito Santo, pela aplicação da Palavra de Deus em

nossa vida.

Tenho entendido então, porque, já com certa

antecedência o Senhor chamou não apenas a mim, mas

a muitos que se dedicam ao ministério do ensino da

Palavra, para estarmos nos dedicando de maneira tão

intensiva, conforme somos capacitados e amparados

pela Sua graça, a disseminar esta necessidade da

santificação e o modo de obtê-la, para que Seus servos

sejam preparados para o encontro com Jesus entre

nuvens, porque este é o único modo pelo qual é possível

fazê-lo, a saber, estando com a vida santificada.

Desta forma, peço aos amados que tenham paciência

comigo em relação às postagens que venho fazendo,

não apenas no FB, mas em diversos sites na Internet, e

242

sei que muitas delas são bastante extensas; todavia,

como ser fiel na exposição de um assunto tão amplo,

significativo e vital, com poucas palavras?

Se isto fosse possível, Deus nos teria dado a Bíblia com

apenas duas páginas, ou não muito mais do que isso.

Luc 12:43 Bem-aventurado aquele servo a quem seu

senhor, quando vier, achar fazendo assim.

1Ts 5:22 abstende-vos de toda forma de mal.

1Ts 5:23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo;

e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados

íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor

Jesus Cristo.

1Jo 2:28 Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para

que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e

dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda.

1Ts 3:13 a fim de que seja o vosso coração confirmado

em santidade, isento de culpa, na presença de nosso

243

Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos

os seus santos.

2Pe 3:10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor,

no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os

elementos se desfarão abrasados; também a terra e as

obras que nela existem serão atingidas.

2Pe 3:11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim

desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo

procedimento e piedade,

2Pe 3:12 esperando e apressando a vinda do Dia de

Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão

desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.

2Pe 3:13 Nós, porém, segundo a sua promessa,

esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita

justiça.

2Pe 3:14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas

coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em

paz, sem mácula e irrepreensíveis.

244

Por Que Podemos Crer que Jesus Voltará?

Desde que Jesus fez a promessa de que voltaria são

passados cerca de dois mil anos. E como podemos ter

esperança e crer no cumprimento desta promessa,

depois de tanto tempo?

Em primeiro lugar, deve ser dito que esta esperança é

infundida no coração dos que nEle creem pelo Espírito

Santo, mas Deus não nos deixou sem evidências

históricas para entendermos os motivos desta aparente

demora.

Não podemos esquecer, que houve também promessas

feitas por Deus para a primeira vinda de Jesus para ser o

Salvador e Redentor da humanidade, quando Ele

morreu na cruz carregando sobre Si mesmo os nossos

pecados.

Esta promessa de um Redentor foi feita ao primeiro

casal, logo depois de ter sido enganado pelo diabo,

245

ficando a sua descendência (toda a humanidade)

sujeitada à morte espiritual e eterna.

Abramos aqui um breve parêntesis, para entender a

necessidade que temos de um Redentor do nosso

espírito.

No pecado, o espírito do homem está morto e sujeito à

condenação eterna de Deus, num sofrimento também

eterno.

Isto porque o espírito não deixa de existir, ele não pode

ser aniquilado, mas pode ficar separado de Deus

eternamente por causa do pecado, caso não seja

redimido por Cristo.

Havia então, esta necessidade de um Salvador que

pudesse pagar o preço exigido pela justiça divina, e

assim, livrar desta condenação, todos os que viessem a

crer nEle e viver para Ele.

É fato notório, que o homem nada pode fazer em

relação ao reino espiritual, celestial e divino, porque não

lhe foi dado por Deus, domínio sobre este reino

246

espiritual – é somente Jesus que tem o pleno domínio

sobre ele. O homem recebeu domínio somente sobre o

reino natural, e isto é visto nas descobertas que tem

feito no campo da física, química, biologia, etc., porque

tudo isto pertence ao reino natural.

Nenhum homem tem poder sobre o espírito de outro

homem, e nada pode fazer em relação a isto, porque

sequer compreende o que seja o espírito.

É somente pela revelação que nos for concedida pela

iluminação do Espírito Santo, que podemos ter nosso

entendimento aberto para o reino espiritual, e mesmo

assim, contemplamos estas coisas de modo muito

parcial, e jamais chegaremos a entender enquanto

estivermos neste mundo, qual é a plenitude deste reino

espiritual e conhecer perfeitamente a pessoa infinita e

eterna de Jesus Cristo.

O corpo físico que temos; que foi feito a partir do pó da

terra é apenas um substrato para o nosso espírito, assim

como o solo é para as plantas que nele vivem.

247

Nosso espírito é aperfeiçoado ou arruinado pelo uso que

fazemos do nosso corpo – se em justiça ou em injustiça

– este corpo que temos passará pela morte física ou

pela transformação no dia do arrebatamento, para o

corpo glorificado que nos foi prometido, mas o espírito,

em todo o caso, não pode ser aniquilado como o nosso

corpo natural.

Muito bem - passemos agora adiante, com a nossa

explicação sobre o plano de Deus relativo à nossa

redenção.

Dissemos que a promessa de um Redentor foi feita a

Adão e Eva, mas o início da formação de um povo

exclusivo de Deus seria iniciado somente cerca de dois

mil anos depois da promessa, e há uma razão para esta

aparente demora.

Sabemos que a humanidade se corrompeu de tal forma,

que não restou a Deus senão a alternativa de destruir

toda a carne com as águas do dilúvio, com exceção de

Noé e sua família (oito pessoas).

248

Foi com estes que foi reiniciado o repovoamento da

Terra, com a crença no único Deus verdadeiro.

Todavia, sabemos que muitos destes também viriam a

se corromper; assim, Deus os espalhou pelo mundo pela

confusão de línguas que lhes trouxe em Babel, e então

começaram a ser formados os povos e nações.

Em sua grande maioria se tornaram politeístas e

idólatras, com raras exceções, como Salém, do rei e

sacerdote Melquisedeque.

Mas, não foi nestes poucos que permaneceram fiéis que

Deus foi buscar alguém para formar a nação de Israel a

partir dele, pois Abraão era de uma nação idólatra – ele

vivia na cidade de Ur dos caldeus.

Assim, temos cerca de dois mil anos contados desde a

promessa que fora feita a Adão - de que da sua

descendência viria Aquele que esmagaria a cabeça da

Serpente, Satanás, o diabo, ou seja, que destruiria suas

obras, governo e liderança usurpadora sobre os

pecadores – até a chamada de Abraão por Deus.

249

E a Abraão foi feita a promessa e aliança de dar ao povo

que seria formado a partir dele, o Messias, o Salvador, o

Redentor da humanidade.

Haveria então necessidade de um longo tempo para que

os primeiros descendentes de Abraão (Isaque, Jacó, etc.)

chegassem a formar uma nação que estaria em sua

própria Terra (Canaã, conforme promessa feita a

Abraão).

Seria desta nação que viria o Messias prometido. Muitas

profecias seriam dadas acerca dEle nas sucessivas

gerações de Israel, até que Ele viesse.

Cerca de dois mil anos se passaram desde a promessa

feita a Abraão, até a primeira vinda de Jesus.

E quantos não descreram na promessa da chegada do

Messias em razão do tempo decorrido?

Mas, muitos se mantiveram firmes na fidelidade de

Deus em cumprir todas as suas promessas, e sabiam que

havia passado muito tempo também desde a promessa

250

que foi feita a Adão, até que o povo do Messias fosse

formado através de Abraão.

Agora nos encontramos, em pleno século XXI

aguardando o cumprimento da promessa da volta de

Jesus como o Restaurador de todas as coisas, para

estabelecer Seu reino visível no Milênio, sobre toda a

Terra.

Este cumprimento está mais próximo de ser cumprido

agora, do que possamos imaginar.

A grande razão para isto é que são passados cerca de

dois mil anos, desde que Jesus fez a promessa da sua

segunda vinda – mais precisamente, 1986 anos, desde a

sua morte e ressurreição, até este nosso ano de 2014.

Outro fator a ser levado em conta para esta aparente

demora, é que Ele veio para redimir e formar um povo

debaixo do Seu sangue remidor.

Se fizesse isto logo depois do dia de Pentecostes, e

voltasse naquela mesma ocasião, quantos seriam os

redimidos – 120 pessoas? Que glória Ele teria nisto?

251

A humanidade se multiplicou assombrosamente neste

último século, passando a ter cinco vezes mais a

população que contava em 1.900, de um bilhão e meio

de pessoas, pois conta atualmente com cerca de sete

bilhões e meio.

A iniquidade tem se multiplicado também

assombrosamente. A apostasia da igreja é um fato

patente bem diante dos nossos olhos. O planejamento

para a formação de um governo único mundial está em

plena marcha, e sabemos que este governante será o

Anticristo.

A incidência de cataclismos (terremotos, furacões,

tsunamis, enchentes etc) também aumentou

assombrosamente – dando cumprimento às predições

de Jesus para os sinais do fim dos tempos.

O século XX foi o século das duas grandes guerras

mundiais, e desde então tem havido terrorismo, guerras

e rumores de guerras, fomes e pestes em todo o mundo,

de modo crescente.

252

Outra grande evidência da proximidade do retorno de

Jesus é a própria nação de Israel, que se achava

espalhada no mundo desde o ano 70, e somente em

1948 voltou a ser um país na própria terra que lhe fora

dada, por promessa de Deus desde Abraão.

Quantos creriam que as profecias que foram dadas

sobre a dispersão de Israel, inclusive desde Moisés

(3.400 anos antes), que seu retorno à terra prometida

ocorreria de fato, uma vez que isto sucedeu somente

cerca de 1900 anos depois de terem sido expulsos pelos

romanos em 70- d.C.?

Este retorno de Israel tem precipitado um conflito

permanente naquela região, especialmente com os

muçulmanos que visam à sua destruição. Jerusalém tem

sido o palco de disputas, especialmente no que diz

respeito à reconstrução do templo exatamente no local

em que foi construída uma mesquita do Islã.

O ódio contra os judeus e as constantes ameaças da sua

destruição final, não poderão ser aplacados senão

somente pelo retorno de Jesus em poder e grande glória

253

em Sua segunda vinda, para livrá-los das forças

coligadas pelo Anticristo que marcharão contra a cidade

de Jerusalém.

Então, a pergunta do nosso título deve ser invertida em

face de tudo isto:

“Dá Para não Crer que Jesus Está Voltando?”

254

Nicolaítas Modernos

Na mensagem do Senhor dirigida à Igreja de Éfeso,

lemos:

“Apo 2:6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras

dos nicolaítas, as quais eu também odeio.”

E na mensagem dirigida à Igreja de Pérgamo:

“Apo 2:15 Outrossim, também tu tens os que da mesma

forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.

Apo 2:16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti

sem demora e contra eles pelejarei com a espada da

minha boca.”

Éfeso rejeitava os nicolaítas, mas um segmento de

Pérgamo lhes dava acolhida. Então Jesus elogiou a

primeira e repreendeu a segunda.

A palavra grega nicolaíta é uma palavra composta de:

255

nikh = vitória (no sentido de exercer domínio)

laos= um povo peculiar (no caso os cristãos)

Portanto, o nome composto por estas duas palavras tem

o sentido de "vitória sobre o povo" ou "os que exercem

domínio sobre o povo".

Os nicolaítas então contrariam a ordem expressa de

Cristo, especialmente aos pastores de sua Igreja para

não exercerem domínio sobre os crentes à maneira dos

governantes do mundo (Marcos 10.42-45); ordem esta

reafirmada por Pedro em sua primeira epistola, capítulo

5 versículos 1 a 3.

Jesus instituiu ministérios de liderança para a condução

da Igreja (apóstolos, pastores, profetas, mestres,

evangelistas), mas também prescreveu o modo como

esta condução deveria ser realizada.

Isto tem uma razão principal muito importante, quando

Ele declara que odeia as obras dos nicolaítas, ou seja,

estes que exercem domínio sobre os crentes, uma vez

que os impede de funcionarem como Igreja, em

256

harmonia com os seus líderes, pois na multidão de

conselheiros é que reside a sabedoria, e isto seria

também uma forma de prevenir o desvio doutrinário

pela apostasia de um único dirigente, ou grupo que se

nomeasse como tal.

Nós vemos a Igreja sempre sendo ouvida e participando

de todas as decisões importantes na Igreja Primitiva

(como em Atos 6 e 15).

Diótrefes, citado pelo apóstolo João em sua 3ª epístola

é um triste exemplo de um nicolaíta, e no texto de 3João

9-11 se destaca um dos grandes motivos para se agir de

tal forma: “gostam de exercer a primazia entre os

irmãos”.

“3Jo 1:9 Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que

gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá

acolhida.

“3Jo 1:10 Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as

obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras

maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele

257

mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem

recebê-los e os expulsa da igreja.

“3Jo 1:11 Amado, não imites o que é mau, senão o que

é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus;

aquele que pratica o mal jamais viu a Deus.”

Satanás tem usado e muito este espírito desejoso de

primazia, para desviar os cristãos da sã doutrina, dando-

lhes mestres autoritários e que não amam a humildade,

a mansidão e a exata Palavra da verdade, pela qual

somos salvos e santificados.

Ele tem chegado ao extremo de dar à Igreja nestes dias

até mesmos pastores envolvidos com feitiçaria, com

maçonaria, e que não amavam a Palavra da verdade,

pois estão interessados em muitas outras coisas, menos

em confirmar os crentes na verdade do evangelho.

O que tem facilitado este trabalho de infiltração é o

modelo de governo das Igrejas no qual os crentes devem

apenas seguir ao líder supremo, e aceitarem todas as

suas palavras e decisões como verdadeiras e bíblicas.

258

Os líderes nicolaítas modernos têm sido tão bem

sucedidos em sua obra, que lograram neste tempo do

fim, conduzir a Igreja à apostasia na qual aqueles que

professam ser cristãos têm por sua vez, escolhido os

seus mestres segundo o comichão que sentem em seus

ouvidos, conforme profetizado por Paulo em 2 Tim 4.3,

porque o padrão que vigora presentemente é o de não

se dar ouvido à sã doutrina, senão à falsidade e mentira

que os nicolaítas vêm semeando por décadas, e que

trouxe a Igreja à sua presente condição.

O esforço dos Reformadores em libertar a igreja do jugo

dos opressores, para que pudesse viver na liberdade

para a qual fora libertada por Cristo, a saber, a de viver

o puro evangelho, está tendo o seu trabalho perdido

nestes dias, especialmente quando muitos segmentos

entre os evangélicos, sobretudo o carismático, tem se

sujeitado a mais uma nova liderança, a saber, a dos

prelados da Igreja Romana, e do Papa, pelo ecumenismo

que está em pleno curso, e ao qual têm aderido muitos

líderes evangélicos – sobretudo pastores e cantores, que

259

estão contribuindo com isto para a formação da grande

igreja mundial que dará acolhida ao Anticristo.

260

A Volta do Senhor - Zacarias 14

O 14º capítulo de Zacarias se refere ao dia da volta de

Jesus, e revela qual será a condição da glória de

Jerusalém, diante de todas as nações, a partir daquele

dia, em que o Senhor voltará com poder e grande glória,

para julgar a terra e estabelecer o Seu reino em

Jerusalém.

A situação referida particularmente no verso 2, desta

profecia de Zacarias foi citada por Jesus no texto de

Lucas 21.20-24. Compare estas palavras de Jesus com a

profecia de Zacarias:

“Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja

contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas

serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da

cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo

não será extirpado da cidade.” (Zac 14.2).

261

Veja que os exércitos de todas as nações que se

ajuntarão para pelejarem contra Jerusalém serão

levantados pela deliberação do próprio Deus, e não pelo

Anticristo, conforme se costuma afirmar.

O Anticristo estará encabeçando esta coligação de

nações, mas ele nada poderia fazer, caso isto não tivesse

sido planejado nos conselhos eternos do Senhor.

O pobre miserável Anticristo terá caído nas redes da

Soberania do Deus Altíssimo, para sofrer os juízos que

estão determinados contra ele e seus seguidores.

A quem pertence verdadeiramente o poder?

Ao insolente Anticristo, que se levanta contra o Deus

Criador e tudo que é santo?

Satanás que deu o seu poder à Besta?

O poder pertence ao Senhor, e isto será visto claramente

pela manifestação da Sua segunda vinda.

262

Veja que a profecia de Zacarias cita que as mulheres de

Jerusalém seriam forçadas, quando a cidade fosse

assolada por esta coligação de exércitos, e Jesus o

confirmou, citando a aflição que viria sobre as mulheres

grávidas e as que estivessem amamentando, porque

seria mais difícil para elas fugirem da cidade, naqueles

dias de grande tribulação (Lc 21.23).

Cabe ressaltar que tanto a profecia de Zacarias quanto a

de Jesus, no texto de Lucas 21.20-24, tiveram um

primeiro cumprimento quando Jerusalém foi assolada

pelos romanos, em 70 d.C. tendo um grande número de

judeus sido espalhados pelas nações da terra.

Para quem pensa que há um exagero ou crueldade, na

profecia que afirma as assolações que ocorrerão nos

dias do Anticristo, basta lembrar que foi permitido a

Hitler, pelo Senhor, que exterminasse cerca de 6 milhões

de judeus.

Assim, haverá um segundo e grande cumprimento

destas predições nos dias do Anticristo, quando Jesus se

263

manifestará com poder e grande glória, para destruir o

trono da Besta.

Deus permitirá que a jóia dos judeus, Jerusalém, seja

saqueada e espoliada por seus inimigos.

A avareza receberá o seu justo castigo, com o fato de

serem saqueadas as riquezas deste mundo, que os

judeus juntaram e tanto apreciam.

Por isso, a profecia diz que as casas serão saqueadas.

Eles recusaram o Messias, porque lhes falou de riquezas

espirituais e celestiais, que eles desprezaram, porque

apreciaram e amaram as riquezas materiais e terrenas,

e agora receberiam mais uma vez, um grande juízo

divino, para saberem que estas riquezas terrenas não

podem livrar e socorrer o homem no dia da aflição.

Eles rejeitaram o Deus do céu por causa do deus

Mamom, e teriam mais uma vez a oportunidade de

reconhecer que Mamom nada pode contra o Deus

Altíssimo, quando a Sua mão julgadora é estendida.

264

Entretanto, Deus fez promessas de misericórdia em

relação a Jerusalém, e que a colocaria por objeto de

glória em toda a terra.

Então, Ele misturará a misericórdia com o juízo, e

enviará livramento juntamente com o julgamento.

Muitos dos judeus que forem expulsos da cidade pelo

Anticristo retornarão a Jerusalém convertidos por

Cristo, que veio em socorro do povo de Deus, e então

terão abrigo e segurança para sempre, debaixo do

governo eterno do Messias.

Um remanescente de Israel mais uma vez será poupado

pelo Senhor, no tempo do fim, e será salvo.

As nações que forem usadas por Deus, para servirem de

açoite para o povo de Israel, serão também submetidas

aos Seus juízos, por causa da própria maldade delas.

O Senhor pelejará contra eles, e destruirá a muitos

ímpios destas nações.

265

Ele fará com que bebam do mesmo cálice da ira, que eles

haviam dado a beber ao povo de Israel.

Foi do monte das Oliveiras que Jesus ascendeu ao céu,

depois da Sua ressurreição (At 1.12). Ali foi o último

lugar sobre o qual Ele colocou Seus pés, enquanto esteve

em carne neste mundo. E será justamente ali, onde Ele

descerá por ocasião da Sua segunda vinda (v.4).

Tão grande será a glória do Senhor na Sua segunda

vinda, que é dito que neste dia não haverá nem a luz do

dia, nem as trevas da noite, tal o refulgir da glória do

Senhor em toda a terra.

A volta do Senhor precipitará vários cataclismas sobre a

face da terra, e até mesmo no universo, porque é dito

que os fundamentos do céu e da terra serão abalados.

Isto está de acordo com as pragas descritas no livro de

Apocalipse, que serão derramadas sobre a terra.

Aqui no texto de Zacarias é dito, que o monte das

Oliveiras será fendido ao meio quando o Senhor pisar

sobre Ele, e se transformará num vale muito grande (v.

266

4), e que todas as terras ao redor de Jerusalém serão

transformadas em planície (v. 10).

Isto será uma clara indicação, de que Deus começará um

trabalho de restauração de toda a terra, que culminará

com a criação de um novo céu e uma nova terra.

Um novo e vivo caminho seria aberto em Jerusalém, e

dela sairiam águas vivas (v. 8), e dali procederá a palavra

de governo do Senhor que reinará sobre todas as nações

da terra no milênio (v. 9).

Jerusalém se tornou a fonte de águas vivas para o

mundo, desde que o Espírito Santo foi derramado pela

primeira vez no dia de Pentecostes, nesta cidade. E,

estas águas vivas seriam espalhadas por todo o mundo,

tanto o Ocidental, quanto o Oriental.

Deus não faria nenhuma distinção entre os povos,

porque o evangelho é para toda criatura debaixo do céu.

Nem a seca do verão, nem o gelo do inverno poderão

deter o derramar do Espírito em todo o mundo, porque

a boca do Senhor o tem prometido (v. 8).

267

“Irão muitos povos, e dirão: Vinde, e subamos ao monte

do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine

os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque

de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor.”

(Is 2.3).

O final do verso 5 da profecia de Zacarias diz:

“Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos

contigo.”.

Agora, compare estas palavras de Zacarias com as que

foram proferidas por Jesus em Mc 8.38:

“Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera

e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas

palavras, também dele se envergonhará o Filho do

homem quando vier na glória de seu Pai com os santos

anjos.”

268

Depois da volta do Senhor, Jerusalém nunca mais será

destruída e seus moradores estarão em completa

segurança nela (v. 11).

E todos os povos que guerrearam contra Jerusalém,

juntamente com o Anticristo serão feridos com uma

praga do Senhor, que fará com que a carne deles

apodreça estando ainda de pé, especialmente seus

olhos e línguas.

Aquelas línguas que infamaram o Senhor e o Seu povo

juntamente com o Anticristo serão apodrecidas (v. 12).

Estes exércitos se destruirão mutuamente.

Haverá uma desavença entre eles, e isto procederá do

Senhor para humilhar a tentativa do Anticristo de

formar uma unidade de governo em toda a terra (v. 13).

O despojo destas nações vencidas será muito grande, e

Jerusalém de desprezada e rejeitada que era, terá que

ser agora honrada por todas as nações, que serão

tributárias de Cristo e da Igreja em Jerusalém (v. 14).

269

Anualmente, todas as nações terão que subir a

Jerusalém para adorar o Rei de toda a terra, o Senhor

Jesus, e celebrarem a festa dos tabernáculos (v. 16).

A promessa feita por Cristo aos mansos, de que

herdariam a terra terá sido finalmente cumprida,

quando estiverem reinando juntamente com Ele, em

Jerusalém (Mt 5.5).

Nenhuma das nações da terra poderá se recusar a subir

a Jerusalém para adorar o Senhor, sob a ameaça de que

Ele reterá a chuva sobre elas; isto é, Ele reterá as suas

bênçãos e os ferirá com Suas pragas (v. 17 a 19).

É feita menção à festa dos tabernáculos, porque o teor

desta festa era de louvor e alegria. Esta festa celebrava

a comunhão do povo do Senhor com Ele.

Este será um tempo para pura alegria e louvor; quando

Cristo estiver reinando sobre toda a terra, e os ímpios

tiverem sido desarraigados dela.

270

Os que restaram da grande destruição do juízo da Sua

segunda vinda terão um grande motivo para celebrar a

Sua grande misericórdia para com eles.

Neste tempo se tornará muito claro, o dever da

adoração exigido pelo evangelho.

Deus busca adoradores, porque é dever de todo homem

adorá-lO.

Não é nenhum favor que fazem a Ele quando O adoram,

mas a justa obediência que é devida ao Criador de todas

as coisas, e Salvador e Senhor dos pecadores.

E para que nunca se esqueçam que este dever de

adoração deve ser em espírito e em verdade, isto é, em

verdadeira santificação, até mesmo nas campainhas dos

cavalos será gravado: “SANTIDADE AO SENHOR” (v. 20).

Já não haverá mais joio na Igreja, e os verdadeiros salvos

não adorarão ao lado daqueles que não conhecem ao

Senhor (cananeus).

271

Somente os verdadeiros israelitas, a saber, os que foram

lavados no sangue de Jesus, prestar-Lhe-ão culto de

adoração (v. 21).

A profecia aponta para as atitudes que prevalecerão no

futuro, para que nós as tenhamos no presente, isto é,

devemos viver desde agora aquilo que seremos no

futuro.

Por isso se diz em II Pe 3.10-14:

“10 Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os

céus passarão com grande estrondo, e os elementos,

ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela

há, serão descobertas.

11 Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim

dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e

piedade,

12 aguardando, e desejando ardentemente a vinda do

dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e

os elementos, ardendo, se fundirão?

272

13 Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos

novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça.

“14 Pelo que, amados, como estais aguardando estas

coisas, procurai diligentemente ser achados por ele em

paz, imaculados e irrepreensíveis”.

O cristão deve se santificar com o olho no futuro.

Ele deve suportar sofrimentos olhando para a

recompensa futura prometida.

Ele deve contemplar em espírito, aquele dia em que o

Senhor voltará para restaurar todas as coisas (At 3.21),

e deve pautar sua vida em conformidade com a

perfeição de santidade, que será manifestada na volta

do Senhor.

É para isto que todo cristão foi chamado por Deus; é

para isto que ele deve viver, e por isso o Senhor nos tem

falado pela palavra profética, que brilha como um farol,

apontando-nos o porto seguro da Sua santa vontade

para conosco em Cristo Jesus.

273

“E temos ainda mais firme a palavra profética à qual

bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que

alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a

estrela da alva surja em vossos corações;” (II Pe 1.19).

274

A Origem das Manifestações Mundiais

Desde a chamada Primavera Árabe, com sua onda

revolucionária de manifestações e protestos que vêm

ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África; desde

18 de dezembro de 2010 envolvendo o Egito, Tunísia,

Líbia, Síria, Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia,

Omã, Iêmen, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos,

Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental há um

movimento de guerras e rumores de guerras pairando

sobre todo o mundo, especialmente pelo temor de uma

possível terceira grande guerra sendo disparada, a partir

dos recentes conflitos envolvendo a Rússia, Ucrânia e

Crimeia, com a oposição declarada dos EUA e da União

Europeia.

De onde emanou tudo isto em tão pouco tempo?

Por que o estado de inconformismo na população

mundial não se manifestou anteriormente em termos

tão incisivos?

275

Por que a própria agenda da NOM somente agora está

achando espaço para ser aplicada mundialmente?

É evidente que havia uma intervenção divina para que o

mundo fosse trazido até este momento, sem estar

debaixo de uma nova ameaça de um conflito de larga

escala.

O Espírito Santo e o exército de anjos celestiais estavam

colocando uma restrição, no plano satânico voltado para

a destruição da humanidade e da criação de um governo

mundial fascista, até então.

Todavia, como a iniquidade tem se multiplicado de

forma avassaladora em todo mundo, e o homem não

tem se arrependido de seu afastamento de Deus, e do

respeito e obediência devidos aos Seus mandamentos,

ao ponto extremo de apoiar as deliberações de líderes

mundiais na aprovação de leis que são amplamente

contrárias à moralidade prescrita por Deus na Palavra

revelada, então os poderes espirituais celestiais que

retinham o avanço da iniquidade têm sido retirados, e

com eles, a restrição do antigo desejo da implantação de

276

uma Nova Ordem Mundial baseada em princípios

pagãos por parte de uma elite compromissada com o

mal, que se opõe aos princípios divinos, também foi

removida com a liberação dos juízos previstos no livro

de Apocalipse.

Esta é a hora em que o comando para que os poderes

destrutivos representados nos quatro cavaleiros do

Apocalipse foi dado no céu, de maneira que seja

revelada toda a hipocrisia da proclamada paz e

segurança mundial que têm sido anunciadas desde os

dias da Revolução Francesa no século XVIII.

Está sendo revelado o que há realmente no coração

humano, quando não é governado pelo Espírito Santo e

pela Palavra do Senhor.

Está sendo revelado o tipo de paz que o mundo pode

oferecer, quando em vez de se deixar governar por

Deus, segue debaixo da escravidão a Satanás.

A longanimidade de Deus aguardou por séculos, para

que o homem se voltasse para Ele; porém como a

277

condição espiritual e moral da humanidade como um

todo só fez piorar, chegou então o momento do ajuste

de contas, porque a iniquidade atingiu o ponto máximo

que poderia ser suportada.

Esta mesma longanimidade esperou também por

séculos até os dias de Noé, quando por multiplicação da

iniquidade, não restou a Deus senão a alternativa de

trazer o dilúvio em forma de juízo sobre toda a carne.

“1Pe 3:20 os quais, noutro tempo, foram desobedientes

quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de

Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a

saber, oito pessoas, foram salvos, através da água,”

Os céus já não suportam ver toda a injustiça que é

praticada em todo o mundo.

Os agentes da NOM estão tendo então, nesta época, a

permissão para fazerem o que lhes estava sendo vedado

anteriormente, e eles estão mostrando quanta agitação,

inconformismo, conflitos, rebeliões e guerras podem

produzir para trazer o caos social que será o argumento

278

final, para a formação do governo mundial fascista que

eles planejaram trazer à existência, há séculos.

“Apo 6:1 Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos

e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se

fosse voz de trovão: Vem!

Apo 6:2 Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu

cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele

saiu vencendo e para vencer.

Apo 6:3 Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo

ser vivente dizendo: Vem!

Apo 6:4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu

cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os

homens se matassem uns aos outros; também lhe foi

dada uma grande espada.

Apo 6:5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser

vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e

o seu cavaleiro com uma balança na mão.

279

Apo 6:6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro

seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um

denário; três medidas de cevada por um denário; e não

danifiques o azeite e o vinho.

Apo 6:7 Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a

voz do quarto ser vivente dizendo: Vem!

Apo 6:8 E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu

cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o

estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a

quarta parte da terra para matar à espada, pela fome,

com a mortandade e por meio das feras da terra.

Apo 6:9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do

altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por

causa da palavra de Deus e por causa do testemunho

que sustentavam.

Apo 6:10 Clamaram em grande voz, dizendo: Até

quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não

julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam

sobre a terra?

280

Apo 6:11 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura

branca, e lhes disseram que repousassem ainda por

pouco tempo, até que também se completasse o

número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser

mortos como igualmente eles foram.

Apo 6:12 Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e

sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro

como saco de crina, a lua toda, como sangue,

Apo 6:13 as estrelas do céu caíram pela terra, como a

figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os

seus figos verdes,

Apo 6:14 e o céu recolheu-se como um pergaminho

quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram

movidos do seu lugar.

Apo 6:15 Os reis da terra, os grandes, os comandantes,

os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se

esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes

281

Apo 6:16 e disseram aos montes e aos rochedos: Caí

sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta

no trono e da ira do Cordeiro,

Apo 6:17 porque chegou o grande Dia da ira deles; e

quem é que pode suster-se?”

“2Ts 2:6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja

revelado somente em ocasião própria.

2Ts 2:7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e

aguarda somente que seja afastado aquele que agora o

detém;

2Ts 2:8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o

Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o

destruirá pela manifestação de sua vinda.

2Ts 2:9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a

eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios

da mentira,

282

2Ts 2:10 e com todo engano de injustiça aos que

perecem, porque não acolheram o amor da verdade

para serem salvos.

2Ts 2:11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a

operação do erro, para darem crédito à mentira,

2Ts 2:12 a fim de serem julgados todos quantos não

deram crédito à verdade; antes, pelo contrário,

deleitaram-se com a injustiça.”

Este é o momento próprio para o arrependimento e

prática da santidade. Jesus está voltando. Já não haverá

muito tempo para que possamos aprender a caminhar

naquela verdade bíblica que nos levará à condição de

sermos guardados por Deus, de todas as coisas que se

apressam a vir sobre todo o mundo.

283

O Grande Conflito Final

É no mínimo curioso se observar, que houve uma

multiplicação de crenças em vários deuses no mundo

antigo, apesar de ter sido ensinado por Adão e muitos

de seus descendentes, que havia somente um Deus

verdadeiro, criador dos céus e da Terra, cujo caráter

santo, bom e perfeitamente justo lhes fora revelado.

Todavia, a natureza carnal (decaída no pecado) da

humanidade sempre lhe conduzia ao paganismo,

porque neste achava plena liberdade para dar livre

acesso à prática da iniquidade, conforme a inclinação de

seus corações.

Acrescente-se a esta tendência natural, a influência

direta de Satanás, especialmente nos condutores das

massas, lhes inspirando a dar-lhe culto de adoração

pelas revelações malignas que lhes fazia, e, muitas delas

sob a capa de lhes estar suprindo de sabedoria e poder

para dirigir o povo sob sua direção.

284

Tudo isto conduziu primeiro ao dilúvio; depois à

dispersão de Babel, operados por juízos de Deus com

vistas a preservar a humanidade da corrupção total.

Não muito depois disto, do meio de um povo

completamente idólatra, com um culto estruturado a

falsos deuses, inclusive com um enorme Zigurate

elevado em honra a eles, em Ur dos caldeus, Deus

chamou a Abraão para sair do meio deles para que

formasse, a partir do patriarca, um povo para que Se

revelasse ao mundo.

O próprio Abraão foi instruído acerca do caráter do

Senhor, que lhe deu mandamentos e estatutos para que

fossem transmitidos aos seus descendentes (veja

Gênesis 18).

Mas, o maior propósito de Deus em tudo isto era o de

formar um povo santo, numeroso como as estrelas do

céu, que seria contado em todas as nações da Terra,

através da sua união com o Descendente de Abraão,

segundo a carne, que seria dado como Salvador do

mundo, Jesus Cristo, que não somente morreria para

285

perdoar os pecados daqueles que O amassem, como

também passaria a viver neles em espírito, para que

fossem transformados e recebessem a nova vida

celestial, uma nova natureza espiritual.

Quando este povo chegasse ao número designado por

Deus, no fechamento desta dispensação da graça, que

seria inaugurada com a morte e ressurreição de Jesus

seria autorizado a Satanás, que concluísse seu plano

conspiratório, em razão da multiplicação da iniquidade

em todo o mundo, de lançar nação contra nação em

guerras e revoluções destrutivas, que gerariam o caos

final que possibilitaria a ascensão do governo déspota

satânico mundial na pessoa do Anticristo.

Este ódio e ressentimento entre as nações vêm sendo

trabalhado pelo diabo há muito tempo, especialmente

pela recriação de religiões cujos princípios são

contrários ao caráter do único Deus verdadeiro que nos

deu a Bíblia, e pela corrupção do cristianismo,

especialmente por lhe dar líderes apóstatas, tanto no

meio católico romano e ortodoxo, quanto no

protestante.

286

Valendo-se do ódio secular existente entre os árabes

descendentes de Ismael, filho de Abraão, e os israelitas

descendentes de Isaque, o filho de Abraão, através do

qual Deus formou a nação através da qual traria Jesus

ao mundo, Satanás produziu o Islã no século VI depois

de Cristo, na Arábia, com o intuito de recrudescer este

ódio, não somente por Israel, como também pelo

cristianismo, uma vez que gerou um grande

ressentimento entre as duas religiões, em razão da

matança e pilhagem havida nas Cruzadas contra o Islã, e

deste em todo o mundo pelo seu caráter expansionista,

pela força da espada.

É isto que explica o desejo do Irã, da Síria, do Líbano, e

de muitos outros países muçulmanos de destruir Israel

e apagá-lo da face da Terra.

Vejam que nada disto tem a ver com Cristo e Seus

mandamentos, especialmente os de amor ao próximo;

inclusive aos inimigos, pela mudança de caráter dos seus

seguidores para justo, santo, bom, manso, pacífico e

humilde, em um coração puro, pelo poder do Espírito

Santo que neles habita.

287

O que teve Cristo a ver com os conflitos sangrentos entre

católicos e protestantes na Irlanda?

Este ódio e ressentimento não foi obra de Cristo neles,

mas de Satanás.

Quem inspirou líderes a criarem o comunismo para que

houvesse sempre ódio e ressentimento entre os

comunistas e os capitalistas?

Certamente não foi o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus

Cristo.

288

O Arrebatamento

O propósito de Deus na formação da Igreja foi o de

conduzi-la às Bodas de casamento, como Noiva de Jesus,

o Cordeiro de Deus, que a lavou de todos os seus

pecados e a apresentará a Si mesmo, igreja santa,

gloriosa, sem mancha ou ruga, ou qualquer outra coisa

semelhante distinta da santidade divina.

Assim, as Bodas ocorrerão imediatamente após a Igreja

ser arrebatada deste mundo para o céu, num abrir e

fechar de olhos. Ninguém o verá, senão somente os que

forem arrebatados.

Este arrebatamento tem sido profetizado nestes dias,

segundo as visões e revelações que o Senhor Deus tem

dado a muitos dos seus servos em todas as partes do

mundo, lhes alertando para que se preparem através da

santificação de suas vidas, para o encontro com Jesus no

céu, entre nuvens, que ocorrerá brevemente.

289

1Ts 4:13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais

ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos

entristecerdes como os demais, que não têm esperança.

1Ts 4:14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,

assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua

companhia, os que dormem.

1Ts 4:15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do

Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda

do Senhor, de modo algum precederemos os que

dormem.

1Ts 4:16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra

de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a

trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em

Cristo ressuscitarão primeiro;

1Ts 4:17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos

arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o

encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para

sempre com o Senhor.

290

1Ts 4:18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas

palavras.

1Co 15:47 O primeiro homem, formado da terra, é

terreno; o segundo homem é do céu.

1Co 15:48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais

são também os demais homens terrenos; e, como é o

homem celestial, tais também os celestiais.

1Co 15:49 E, assim como trouxemos a imagem do que é

terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.

1Co 15:50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue

não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção

herdar a incorrupção.

1Co 15:51 Eis que vos digo um mistério: nem todos

dormiremos, mas transformados seremos todos,

1Co 15:52 num momento, num abrir e fechar de olhos,

ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os

mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos

transformados.

291

1Co 15:53 Porque é necessário que este corpo

corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o

corpo mortal se revista da imortalidade.

1Co 15:54 E, quando este corpo corruptível se revestir

de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de

imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está

escrita: Tragada foi a morte pela vitória.

1Co 15:55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está,

ó morte, o teu aguilhão?

1Ts 4:2 porque estais inteirados de quantas instruções

vos demos da parte do Senhor Jesus.

1Ts 4:3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa

santificação, que vos abstenhais da prostituição;

1Ts 4:4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo

em santificação e honra,

1Ts 4:5 não com o desejo de lascívia, como os gentios

que não conhecem a Deus;

292

1Ts 4:6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem

defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas

estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos

claramente, é o vingador,

1Ts 4:7 porquanto Deus não nos chamou para a

impureza, e sim para a santificação.

293

A Luta dos Illuminatis Contra o Cristianismo

Em seu livro, A Cruz Quebrada, o escritor católico Piers

Compton faz a seguinte citação:

“Alguma indicação dos projetos proféticos, ou

cuidadosamente planejados das sociedades secretas,

pode ser lida em uma carta dirigida a Mazzini, datada a

15 de Abril de 1871, e catalogada na Biblioteca do

Museu Britânico. Naquela época, as guerras foram

conduzidas em uma escala relativamente pequena e

restrita, mas esta carta, escrita há mais de quarenta

anos antes do início do primeiro conflito mundial pode

ser interpretada como uma previsão da Segunda Guerra

Mundial, juntamente com mais dicas possíveis de uma

terceira e ainda maior catástrofe que ainda está por vir.

Aqui é citado:

"Vamos desencadear os niilistas e os ateus, e vamos

provocar uma catástrofe social formidável que, em todo

o seu horror mostrará claramente para as nações o

294

efeito do ateísmo absoluto, selvageria original, e o

tumulto mais sangrento.”

“Então, em todos os lugares, os cidadãos obrigados a se

defender contra a maioria dos revolucionários mundiais

irão extinguir os destruidores de civilizações, e a

multidão, desiludida com o cristianismo, cujos espíritos

deístas estarão a partir daquele momento, sem bússola,

ansiosos por um ideal, mas sem saber onde praticar a

sua adoração receberá a verdadeira luz, por meio da

manifestação universal da pura doutrina de Lúcifer,

trazida finalmente para a visão pública, uma

manifestação que resultará do movimento

revolucionário geral que seguirá a destruição do

cristianismo e do ateísmo, ambos conquistados e

exterminados ao mesmo tempo."

Segundo Piers Compton, o Papa João XXIII estivera

ligado à sociedade secreta Rosa Cruz, e que desde o

citado papa, que convocou o Concílio Vaticano II com

vistas a patrocinar o ecumenismo, a Igreja Romana vem

sendo infiltrada por sacerdotes que têm contribuído

para o avanço da causa dos illuminatis no mundo.

295

Por seu turno, muitos líderes evangélico-protestantes

têm se afiliado à maçonaria e contribuído, muitos deles,

ingênua e ignorantemente, para a consecução do ideal

illuminati da promoção de uma Nova Ordem Mundial,

que é sinônima de governo do Anticristo.

Todavia, aos cristãos genuínos, fiéis e sinceros é feita a

promessa de Cristo de que as portas do inferno jamais

prevalecerão contra os mesmos.

Estando em Cristo, não podem ser abalados, porque Ele

é uma Rocha firme na qual estão firmados pela graça,

mediante a fé.

296

Guardando-se Incontaminado de Babilônia

Babilônia, nos dias do profeta Daniel era um reino tão

poderoso que diferentemente da forma da dominação

Assíria, antes dela, que espalhava os povos

conquistados pelo mundo, ela os conduzia para o seu

próprio território, como foi o caso do povo de Judá que

para lá foi levado por Nabucodonosor.

Babilônia era, portanto um misto de nações, pelo seu

propósito de trazer a todos à cultura e à religião

babilônica, conforme podemos inferir da adoração

idolátrica que Nabucodonosor tentou impor a todos,

sob ameaça de pena de morte àqueles que se negassem

a se curvarem diante do ídolo de ouro que ele mandou

erigir.

Daniel e seus três amigos que se encontravam com ele

servindo na coorte babilônica, se guardaram de toda

aquela idolatria e de toda forma de contaminação pagã

daquele reino.

297

Hoje, a grande Babilônia mundial que está sendo

formada por via da globalização nos coloca à prova de

modo muito mais amplo, para que consigamos resistir

aos seus costumes e nos mantermos fiéis a Deus.

Os ídolos e os hábitos paganizados já não nos são

apresentados de forma tão grotesca e direta como nos

dias de Daniel. A Babilônia atual é sutil e sofisticada, e

tem múltiplas formas de nos seduzir para nos

amoldarmos às suas práticas abomináveis.

Por isso somos advertidos pelo Senhor Deus com as

seguintes palavras de exortação:

“Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo

meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para

não participardes dos seus flagelos; porque os seus

pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou

dos atos iníquos que ela praticou.” (Apocalipse 18.4,5)

Ainda que esta seja uma palavra dirigida ao juízo que

será executado por Deus no tempo do fim, somos

chamados a vigiar e a manter um procedimento

298

inteiramente santo para o encontro com o Senhor entre

nuvens, no arrebatamento que está se aproximando a

passos rápidos de nós.

“A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e

Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas

tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do

mundo.” (Tiago 1.27)

299

A História se Repete em Maior Dimensão

“6 Os filhos de Cão: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã.

7 Os filhos de Cuche: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e

Sabtecá; e os filhos de Raamá são Sebá e Dedã.

8 Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro

a ser poderoso na terra.

9 Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que

se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do

Senhor.

10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e

Calné, na terra de Sinar.

11 Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou

Nínive, Reobote-Ir, Calá,

12 e Résem entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade).

300

Além de Canaã, Cão, filho de Noé, gerou a Mizraim,

Pute e Cuche. Este Cuche gerou além de outros filhos, a

Ninrode, que foi o fundador da cidade de Nínive, capital

da Assíria, e que havia principiado seu reino em Babel, a

cidade onde Deus confundiu as línguas dos homens,

agilizando e precipitando com isto, a formação das

nações.

Diz-se de Ninrode que foi poderoso na terra, e observe

que ele é filho de Cão, mas não na linhagem de Canaã,

que foi amaldiçoado. Ele é filho de Cuche, outro dos

quatro filhos de Cão.

Deste Ninrode se diz, que começou seu reino em Babel,

Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Observe que

são quatro cidades sobre as quais ele reinou no

princípio.

Ele expandiu os termos do seu reinado partindo para a

Assíria, onde edificou Nínive, Reobote-Ir, Calá, e Résem

que foi uma grande cidade que ficava entre Nínive e

Calá.

301

São citadas assim, oito cidades sobre as quais ele

governou. Tendo iniciado, como vimos antes, o seu

reinado entre aqueles que estavam em Babel, que

tinham por propósito permanecer na região que teria o

topo da torre que estavam edificando como referencial,

para não se espalharem pela terra, e com isto estariam

frustrando o plano de Deus de que toda a terra fosse

habitada pelo homem.

Naquela ocasião, isto era facilitado pelo fato de todos

falarem a mesma língua.

Se havia mais de uma língua na terra antes do dilúvio, a

partir deste, é bem provável que a língua que passou a

ser falada em toda a terra era a mesma que era falada

pela família de Noé.

Era Ninrode, como vimos quem fundou Babel e

governava sobre eles quando Deus, por ato miraculoso

e extraordinário fez com que grupos e grupos falassem

um idioma diferente, de modo que não podiam mais se

comunicar mutuamente, e todos já não podiam mais

302

entender e, por conseguinte acatar as ordens do

governador.

É bem provável que tenha sido este, o motivo de

Ninrode ter se dirigido para outras terras, para fundar

novos reinos com aqueles que passaram a falar o mesmo

e novo idioma que ele começou a falar.

O desejo dos poderosos da humanidade de ter um

governo único sobre todo o mundo é antigo, como

podemos ver na tentativa de Ninrode de se estabelecer

em Babel, e para este propósito começou a erigir uma

torre elevadíssima, que servisse de ponto de referência

para a sua grandeza e concentração das massas debaixo

do seu poder.

Àquela época havia uma única língua falada em toda a

Terra, o que facilitaria em muito o seu intento. Todavia

Deus o frustrou com a confusão de línguas, que obrigou

os grupos distintos de mesma língua a migrarem para

outras terras, formando as nações, conforme o Seu

propósito divino de impedir que toda a humanidade

viesse a se corromper debaixo de uma única liderança,

303

conforme sucedeu nos dias que antecederam o dilúvio,

e que deu causa ao mesmo.

Hoje, está sendo propiciado pela tecnologia, um

intercâmbio mundial como nunca visto antes, com a

derrubada da barreira linguística pelos modernos meios

de tradução automática e instantânea, permitindo, por

exemplo, que líderes de todas as nações possam se

comunicar nas reuniões promovidas pela ONU.

Todavia, este intercâmbio tem em vista corromper o

governo de todas as nações, para a execução do plano

maligno de condução do Anticristo ao poder. É daí que

decorre, que quase tudo o que é feito presentemente no

mundo, por aqueles que detêm o poder, não tem em

vista beneficiar a população de cada nação, senão que

sejam mantidos e aumentados o poder e o controle

financeiro mundial, pelas grandes corporações e pelos

grandes bancos.

304

A Grande Ceifa da Iniquidade

"1 O SENHOR Deus me fez ver isto: eis aqui um cesto de

frutos de verão.

2 E perguntou: Que vês, Amós? E eu respondi: Um cesto

de frutos de verão. Então, o SENHOR me disse: Chegou

o fim para o meu povo de Israel; e jamais passarei por

ele.

3 Mas os cânticos do templo, naquele dia, serão uivos,

diz o SENHOR Deus; multiplicar-se-ão os cadáveres; em

todos os lugares, serão lançados fora. Silêncio!” (Amós

8.1-3)

A iniquidade de Israel havia amadurecido, até o

ponto de estar parecida com a daqueles frutos de verão

em um cesto, que Deus mostrou a Amós em visão, e que

significava que haveria uma colheita de juízo que seria

feita com a opressão e cativeiro dos israelitas do Reino

do Norte pelos assírios, o que ocorreu em 722 a.C.,

alguns anos após a profecia que foi entregue a Amós.

305

A medida da iniquidade de Israel havia sido completada,

tal como a dos amorreus nos dias de Moisés e Josué, e

também como a de todo o mundo em nossos dias, de

forma que a colheita será feita brevemente, e a foice do

Grande ceifeiro há de passar sobre toda a Terra, para

fazer a grande e final colheita de destruição do fruto

amargo espiritual produzido pelos homens, em razão de

terem escolhido viver sob a escravidão do pecado,

rejeitando a liberdade do referido jugo, que está sendo

oferecida gratuitamente em Cristo Jesus para todos

aqueles que se arrependem.

Então, dar-se-á cumprimento à palavra revelada em

Apocalipse 14.14-20.

“Apo 14:14 Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado

sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo

na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada.

Apo 14:15 Outro anjo saiu do santuário, gritando em

grande voz para aquele que se achava sentado sobre a

nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de

ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!

306

Apo 14:16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem

passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada.

Apo 14:17 Então, saiu do santuário, que se encontra no

céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice

afiada.

Apo 14:18 Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que

tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao

que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice

afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto

as suas uvas estão amadurecidas!

Apo 14:19 Então, o anjo passou a sua foice na terra, e

vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar

da cólera de Deus.

Apo 14:20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu

sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa

extensão de mil e seiscentos estádios.”

307

Comerciantes de Almas

Quantos ficaram felizes, quando viram que haviam por

fim sido encarcerados alguns líderes que estavam

furtando o dinheiro do povo.

Todavia, muitos daqueles que detêm o poder, não

somente os políticos, como os que exercem domínio

sobre eles, através do poder financeiro e da posição

elevada que ocupam na sociedade furtam não somente

dinheiro, mas almas. São comerciantes de almas e as

vendem por nada àquele que é o pai da mentira, e que

veio a este mundo com o único propósito de roubar,

matar e destruir, não propriamente dinheiro e

propriedades, senão almas.

Quando se nega às pessoas o direito de aprenderem

sobre o caráter puro, santo e justo de Deus nas escolas;

almas estão sendo furtadas daquilo que é o seu direito

de receber, conforme ordenado pelo próprio Deus a

toda a humanidade. Veja Deuteronômio 6.

308

Quando se ensina e se incentiva a prática da luxúria e a

promoção de eventos, para entreter o povo, nos quais

Deus é escarnecido e negado abertamente, pela troca de

obtenção de votos, e outros interesses, o que se está

fazendo na verdade é o furto de almas. Eles visam

somente à obtenção de riquezas e poder, e para isto

fazem comércio com a alma humana.

Quantos não são chamados a venderem sua alma a estes

comerciantes, corrompendo-se em seus costumes, para

satisfazer os desejos deles e cumprirem seus propósitos

tenebrosos?

Este é um grande comércio, sem limites, e se expressa

das mais variadas formas com o uso de anzóis ocultos e

enganosos, que são usados para pescar a alma de

pessoas, com vistas à sua destruição.

Não é sem razão, que o próprio Jesus nos ensina a vigiar

e a orar em todo o tempo, para que possamos escapar

destes comerciantes de almas que estão a serviço do

inferno.

309

“Apo 18:1 Depois destas coisas, vi descer do céu outro

anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou

com a sua glória.

Apo 18:2 Então, exclamou com potente voz, dizendo:

Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de

demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e

esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,

Apo 18:3 pois todas as nações têm bebido do vinho do

furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis

da terra. Também os mercadores da terra se

enriqueceram à custa da sua luxúria.

Apo 18:4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos

dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus

pecados e para não participardes dos seus flagelos;

Apo 18:5 porque os seus pecados se acumularam até ao

céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela

praticou.

310

Apo 18:6 Dai-lhe em retribuição como também ela

retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e,

no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado

para ela.

Apo 18:7 O quanto a si mesma se glorificou e viveu em

luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto,

porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha.

Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!

Apo 18:8 Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus

flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no

fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou.

Apo 18:9 Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis

da terra, que com ela se prostituíram e viveram em

luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio,

Apo 18:10 e, conservando-se de longe, pelo medo do seu

tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia,

tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu

juízo.

311

Apo 18:11 E, sobre ela, choram e pranteiam os

mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua

mercadoria,

Apo 18:12 mercadoria de ouro, de prata, de pedras

preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de

seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera,

todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de

móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro, e

de mármore,

Apo 18:13 e canela de cheiro, especiarias, incenso,

unguento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo,

gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até

almas humanas.

Apo 18:14 O fruto sazonado, que a tua alma tanto

apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extinguiu tudo o

que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão

achados.

312

Apo 18:15 Os mercadores destas coisas, que, por meio

dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo

medo do seu tormento, chorando e pranteando,

Apo 18:16 dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava

vestida de linho finíssimo, de púrpura, e de escarlata,

adornada de ouro, e de pedras preciosas, e de pérolas,

“Apo 18:17 porque, em uma só hora, ficou devastada

tamanha riqueza! E todo piloto, e todo aquele que

navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam

no mar conservaram-se de longe.”

313

Sermão Profético de Jesus Sobre o Fim - Mateus 24.1-31

“1 Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando,

quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe

mostrarem os edifícios do templo.

2 Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade

vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que

não seja derribada.

3 E estando ele sentado no Monte das Oliveiras,

chegaram-se a ele os seus discípulos em particular,

dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que

sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.”

4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos

engane.

5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o

Cristo; a muitos enganarão.

314

6 E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai

não vos perturbeis; porque forçoso é que assim

aconteça; mas ainda não é o fim.

7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino

contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários

lugares.

8 Mas todas essas coisas são o princípio das dores.

9 Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e

sereis odiados de todas as nações por causa do meu

nome.

10 Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-

se uns aos outros, e mutuamente se odiarão.

11 Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e

enganarão a muitos;

12 e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos

esfriará.

13 Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

315

14 E este evangelho do reino será pregado no mundo

inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá

o fim.

15 Quando, pois, virdes estar no lugar santo a

abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel

(quem lê, entenda),

16 então os que estiverem na Judeia fujam para os

montes;

17 quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas

de sua casa,

18 e quem estiver no campo não volte atrás para

apanhar a sua capa.

19 Mas ai das que estiverem grávidas, e das que

amamentarem naqueles dias!

20 Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno

nem no sábado;

316

21 porque haverá então uma tribulação tão grande,

como nunca houve desde o princípio do mundo até

agora, nem jamais haverá.

22 E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se

salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados

aqueles dias.

23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo

aí! não acrediteis;

24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas,

e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se

possível fora, enganariam até os escolhidos.

25 Eis que de antemão vo-lo tenho dito.

26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no

deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da

casa; não acrediteis.

27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se

mostra até o ocidente, assim será também a vinda do

filho do homem.

317

28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os

abutres.

29 Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá

o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu

e os poderes dos céus serão abalados.

30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e

todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho

do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande

glória.

31 E ele enviará os seus anjos com grande clangor de

trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os

quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.”

Jesus chamou de princípio das dores ao conjunto de

sinais que antecederiam a sua segunda vinda, e que se

estenderiam até ao tempo determinado para a

consumação do século, que será marcado pela pregação

do evangelho em todo o mundo, para testemunho a

todas as nações (Mt 24.14), e à manifestação do

318

abominável da desolação do qual falou o profeta Daniel,

no lugar santo (Mt 24.15).

Quando os discípulos perguntaram a Jesus quais seriam

os sinais da Sua vinda e da consumação do século (Mt

24.2), o Senhor começou a lhes responder a partir do

verso 4 de Mt 24.

E introduziu sua explicação com uma palavra de

advertência para que eles não permitissem que ninguém

lhes enganasse quanto a isto, porque muitos se

levantariam com este propósito afirmando serem o

Cristo (verso 5) e enganariam a muitos.

E além disto haveria guerras e rumores de guerras, mas

nenhuma destas coisas seriam sinais do tempo do fim

(Mt 24.6), e nação se levantaria contra nação, reino

contra reino, e haveria fomes e terremotos em vários

lugares, mas tudo isto seria também o princípio das

dores que antecederiam a consumação do século e não

sinais que marcariam a proximidade da sua segunda

vinda (24.7,8).

319

E no trabalho da igreja no mundo os cristãos seriam

atribulados e mortos. Odiados de todas as nações por

causa do nome de Jesus, e muitos se escandalizariam,

trairiam e se odiariam uns aos outros, e dentre os

próprios cristãos se levantariam muitos falsos profetas

que enganariam a muitos.

A iniquidade se multiplicaria e o amor de quase todos se

esfriaria.

Mas em meio a tudo isto o evangelho será pregado em

todo o mundo, e quando isto acontecer, quando a

última nação for evangelizada, será determinado por

Deus a marcha de todos os eventos previstos para a

consumação do século (Mt 24.9-14).

Todos estes sinais correspondentes ao princípio das

dores são comparados por Jesus como as primeiras

contrações de um parto. E elas vão se intensificando

cada vez mais à medida que se aproxima a hora do

nascimento. E tudo isto terá o seu clímax no chamado

período da Grande Tribulação, que precipitará todas as

320

ocorrências, que culminarão com o retorno do Senhor

(Mt 24.15-31).

É digno de nota que o Senhor nos alertou que sempre

haveria falsos cristos e falsos profetas operando no

mundo. Isto nos chama a sermos criteriosos e vigilantes,

não dando crédito a qualquer um que alegue estar

falando a nós da parte de Deus.

Falsos mestres e falsas doutrinas têm sido espalhados

pelo mundo, e isto podemos aprender na história da

Igreja, inclusive em nossos próprios dias. E assim, o

Senhor nos alerta para que não deixemos ninguém nos

desviar da verdade.

À medida que o tempo do fim se aproxima se

multiplicarão os falsos cristos e profetas no mundo,

semeando mais e mais a mentira e multiplicando com

isto a iniquidade.

Note que o Senhor disse que eles farão sinais e

maravilhas. Sinais e maravilhas não são portanto um

meio seguro para sabermos se alguém está vivendo e

321

pregando a verdade, porque os falsos cristos e profetas

os realizarão em abundância.

Mateus 24.6, fala de guerras e rumores de guerras. E que

é necessário que isto ocorra, e por isso não devemos

ficar alarmados. Mas nada disto é ainda um indicativo

seguro do tempo do fim.

No verso 7, Jesus fala de terremotos e fomes em vários

lugares. O texto paralelo de Lucas inclui também

pestilências.

Isso tudo está em andamento para marcar aquele tempo

do fim.

As perseguições e ódio sofridos pelos cristãos durante

toda a história da Igreja, se intensificarão próximo e

antes do tempo do fim. E isso é mundial e precipitará o

que está em Mt 24.10.

A pressão é tão grande da parte do mundo que começa

a massacrar os cristãos que algumas pessoas que se

identificaram superficialmente com Jesus Cristo, e como

a semente ficou sufocada pelos espinhos, quando eles

322

virem o preço a ser pago, eles se escandalizarão e não

estarão dispostos a pagar aquele preço.

Assim eles odiarão os verdadeiros cristãos, e os trairão

entregando-os aos seus perseguidores.

Eles os delatarão para serem mortos.

Isto ocorre frequentemente hoje em dia, em países

muçulmanos, especialmente nos da chamada janela

10/40, mas se espalhará pelo mundo conforme predito

na Palavra.

Mas os verdadeiros cristãos perseverarão até o fim, eles

não negarão o seu Senhor, como estes cristãos nominais

que trairão a muitos dos cristãos autênticos,

especialmente no período da Grande Tribulação (os

cristãos que estiverem na terra e que não foram

arrebatados antes da Grande Tribulação).

E em Mt 24.11 lemos que muitos falsos profetas surgirão

e enganarão a muitos. Não falsos cristos agora, mas

falsos mestres. E estes falsos profetas vão ensinar um

erro infernal diabólico, satânico.

323

Agora olhe o verso 12 que diz que por se multiplicar a

iniquidade o amor de quase todos esfriará. Alguns

fogem porque eles não pagarão o preço exigido pela

fidelidade a Cristo. Alguns fogem porque eles são

enganadores. E alguns retrocedem porque eles optaram

pela iniquidade, que significa que eles violam a lei de

Deus. E nós vemos isto começando a se multiplicar em

nossos dias.

Em II Timóteo 3, Paulo descreve as características das

pessoas dos últimos dias. Mas os cristãos que

permanecerem fiéis em meio a tudo isto, ganharão as

suas almas pela sua perseverança, como está afirmado

em Lc 21.19.

Estes reinarão com Cristo eternamente.

E a última característica destas dores de parto que

indicam o retorno do Senhor, é a pregação do evangelho

em todo o mundo em testemunho a todas as nações.

Antes que o fim venha, importa que o evangelho seja

pregado em todo o mundo, a toda criatura.

324

Apesar da perseguição, apesar das traições, apesar dos

falsos cristos e profetas, apesar do inferno que lança os

seus demônios por toda a terra, apesar do esfriamento

do amor de muitos, apesar de guerras, fomes,

terremotos, pestilências, o evangelho do Reino será

pregado em todo o mundo. E então o Reino virá.

O engano citado em Mt 24.4,5, culminará com o maior

engano de todos na pessoa do Anticristo que agirá pela

eficácia de Satanás, enganando a muitos, que

depositarão nele inteira confiança para a resolução dos

problemas mundiais.

Ele será o último falso salvador que o mundo verá. O

último falso messias. Por isso é chamado de Anticristo,

porque é um cristo falso.

O abominável da desolação citado em Mt 24.15 é uma

referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que

ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em

Daniel 9.27.

325

A exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de

ter vencido as nações e exercido domínio sobre elas, e

de ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles,

ter se considerado superior ao Deus de Israel, a ponto

de se assentar no templo, proferindo palavras contra o

Altíssimo.

Em Mt 24.29 o Senhor disse que “logo em seguida à

tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o

período da Grande Tribulação, ocorrerá a sua segunda

vinda, e quando isto se der o sol escurecerá e a lua não

dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e

os poderes do céu serão abalados. Isto indica que

eventos cataclísmicos antecederão a Sua manifestação

vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.”

(verso 30).

Assim, o Senhor virá imediatamente após a Grande

Tribulação.

E como mais um sinal da sua vinda, o Senhor disse na

parábola da figueira que deveríamos aprender da lição

que ela nos dá, porque quando os seus ramos se

326

renovam, e as folhas brotam, é um sinal de que o verão

está próximo. E assim a geração que testemunhasse

estas coisas não passaria sem que tudo aconteça, pois

ao virem todas estas coisas, saberão que Ele está

próximo às portas (Mt 24.32-34). A figueira dá frutos no

verão, e antes que isto ocorra ela renova a suas folhas.

Assim, quando a geração que presenciar a Grande

Tribulação referida pelo Senhor, precipitada pela

profanação pelo Anticristo, do templo que será

reconstruído em Jerusalém, ela pode estar certa de que

presenciará a volta do Senhor, assim como sabemos que

o verão se aproxima quando a figueira renova os seus

ramos e as folhas brotam. Assim os sinais estão

reservados para as pessoas que estiverem vivendo no

tempo do fim.

Muitos eventos cataclísmicos já acontecem desde há

muito sobre a face da terra, mas em nada poderão ser

comparados com as coisas que acontecerão próximo da

vinda de Jesus, depois que o Anticristo tiver se

manifestado.

327

Os que creem em Cristo têm sido perseguidos e odiados

pelo mundo ao longo da história da igreja. Muitos, em

várias épocas e locais específicos foram vítimas de

perseguições terríveis. Mas nada se comparará à que

será empreendida contra os que confessarem a Cristo no

período da Grande Tribulação, depois do arrebatamento

da igreja.

Os que se converterem depois do arrebatamento

haverão de sofrer as angústias terríveis relatadas em Mt

24.9,10. Isso excederá todas as outras perseguições. O

mundo todo odiará por inspiração do Anticristo tanto os

judeus quantos os cristãos.

Em Lucas 21 temos o paralelo ao ensino de Mateus 24. E

no verso 20 de Lucas, temos o paralelo à abominação

desoladora citada em Mateus 24.15. Lucas diz: “Quando,

porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que

está próxima a sua devastação.”. E então complementa

com as mesmas instruções que se seguem a Mateus

24.15: “Então os que estiverem na Judeia fujam para os

montes...” e assim sucessivamente.

O que significa isto? Em Zacarias 14.1-3 lemos: “Eis que

vem o dia do Senhor, em que os teus despojos se

repartirão no meio de ti. Porque eu ajuntarei todas as

nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será

tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres

forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o

restante do povo não será expulso da cidade. Então sairá

o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou

no dia da batalha.”. E isto não é uma referência ao

cativeiro babilônico porque já havia acontecido. E nem

é uma referência à destruição pelos romanos, porque a

profecia diz que as nações seriam juntadas contra

Jerusalém.

Isto se dará no tempo do fim como está registrado em

Lucas: “quando virdes Jerusalém rodeada de exércitos”.