viola campaniça

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VIOLA CAMPANIÇA (Recolha de textos da internet) http://casadaguitarra.pt/produto/campanica/ Também designada por Viola Alentejana, a Viola Campaniça era o instrumento musical usado para acompanhar os célebres cantares à desgarrada, ou ”cantes a despique”, nas festas e feiras do Alentejo. É a maior das violas portuguesas e possui 5 ordens de cordas, tocada de dedilhado apenas com o polegar, sendo que as cordas mais graves são geralmente tocadas soltas. Adaptada à exposição da melodia das modas e cantigas alentejanas pode possuir dois tipos de afinação: Sol Mi Dó Fá Dó, do agudo para o grave, e Mi Dó# Lá Ré Lá. Como particularidade, apesar de ser um instrumento de dez cordas, pode possuir doze afinadores o que indicia que o instrumento, que se crê que tenha evoluido a partir da “Vihuela de Mano” medieval , foi outrora dotado de uma sexta ordem de cordas duplas, mas que estas terão caído em desuso.

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Viola Campaniça

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VIOLA CAMPANIÇA(Recolha de textos da internet)

http://casadaguitarra.pt/produto/campanica/

Também designada por Viola Alentejana, a Viola Campaniça era o instrumento musical usado para acompanhar os célebres cantares à desgarrada, ou ”cantes a despique”, nas festas e feiras do Alentejo. É a maior das violas portuguesas e possui 5 ordens de cordas, tocada de dedilhado apenas com o polegar, sendo que as cordas mais graves são geralmente tocadas soltas. Adaptada à exposição da melodia das modas e cantigas alentejanas pode possuir dois tipos de afinação: Sol Mi Dó Fá Dó, do agudo para o grave, e Mi Dó# Lá Ré Lá. Como particularidade, apesar de ser um instrumento de dez cordas, pode possuir doze afinadores o que indicia que o instrumento, que se crê que tenha evoluido a partir da “Vihuela de Mano” medieval , foi outrora dotado de uma sexta ordem de cordas duplas, mas que estas terão caído em desuso.

Viola Campaniça construída por Pedro Mestre em 1999

É uma das mais antigas violas populares ainda existentes. Típica da região do Baixo-Alentejo, durante algum tempo foi relativamente fácil encontrá-la desde a zona litoral até à raia e percorrendo ainda algumas franjas da região algarvia. Hoje, como reforça a conversa tida para o Arquivo deste trabalho com o músico e divulgador Pedro Mestre, o mais comum e de um modo cada vez mais aceite é encontrá-la com grande dinamização, tanto do ponto de vista do ensino como cultural, em Castro Verde.Porém, a viola campaniça gozou outrora de satisfatória popularidade na animação de balhos (bailes cantados), despiques (nas tabernas), rodas e no acompanhamento de grupos corais (alguns deles mistos).Cada tocador imprime o seu estilo interpretativo na execução, mas a afinação mais usada é: sol, mi, dó, fá, dó, embora também se possa usar outra mantendo contudo a afinação relativa entre cordas.Este cordofone por norma arma com dez cordas de metal de cor amarela e aço em cinco ordens embora o cravelhal apresente doze cravelhas com a afinação já referida. Sobre a escala, rasa com o tampo, vêem-se dez pontos e dois ou três meio pontos suplementares sob as cordas agudas.Na década de 1960 a viola campaniça entrou em desuso, voltando na segunda metade da década de 1980 mas principamente nos anos de 1990/2000 a assumir o papel de destaque, especialmente em Castro Verde, que outrora tivera, como poderá mais tarde pesquisar no Colóquio-Sessão do Mural Sonoro que moderei em Março no Museu da Música com o Tema: «Cante Alentejano: a adaptação na Música Popular, o discurso sobre as identidades e o território» através do testemunho de José Francisco Colaço Guerreiro.Ainda assim, durante a década de 1960 a viola conseguia manter alguma vitalidade entre um reduzido número de indivíduos que a tocavam na faixa ocidental da planície alentejana (zona do Alandroal).Quanto aos materiais usados na sua construção habitualmente as suas ilhargas são feitas em madeira oriunda da Austrália, o seu tampo em pinho originário de Flandres, o seu braço em mogno e o seu interior em casquinha ou mesmo choupo enquanto a escala em pau-preto.

http://cordasportuguesas.com/projects/violacampanica/

A Viola Campaniça tem 94 cm, sendo ela a maior das violas portuguesas, tem 10 cordas mas possui e 12 afinadores, o que aponta que em temos o instrumento poderia ter 12 cordas, mas que essa caracteristica não se apresenta hoje. É um cordofone com dez cordas (cinco ordens de cordas duplas), de enfranque muito pronunciado, e que se crê que tenha evoluído a partir da vihuela de mano medieval. Tem a seguinte afinação (da corda mais aguda para a mais grave): ré ré – si si – sol sol – dó dó – sol sol.É uma viola tipica da região campaniça alentejana do Baixo Alentejo.A origem é incerta mas sabe-se que era tocada antigamente para bailes, folias, rodas, ao despique, a acompanhar o canto.

Viola Campaniça construída por Pedro Mestre em 1999

http://www.jose-lucio.com/MEDIDAS/Medidas.htm

Violas de Arame Portuguesas – Medidas para ConstruçãoMuitas são as pessoas que pretendem construir "Violas de Arame Portuguesas". Aqui fica uma pequena ajuda, no entanto tenha em atenção o seguinte: não existe consenso entre os Violeiros, em relação ao tamanho das "Formas" e medidas dos instrumentos. As medidas apresentadas dizem respeito aos instrumentos que fui reparando e estudando. Longe de ditarem uma regra única de construção. Tenha em atenção ao "Tiro de Corda" dos instrumentos. O Tiro de corda representa a distância entre os dois apoios das cordas soltas. A Pestana junto à cabeça (onde estão os carrilhões) e o Pente. O Pente pode fazer parte do Cavalete ou não. Muitas são as Violas de Arame que têm um Pente à frente do Cavalete (Pente móvel em madeira rija do tipo Pau-santo ou Ébano). A colocação deste Pente é rigorosa, caso contrário a Viola não afina correctamente. A distância da Pestana ao 12º traste é igual à distância do 12º Traste à Pestana móvel. A qualidade das madeiras varia e depende da sonoridade pretendida. As madeiras nobres são mais caras e como é lógico o instrumento também. O barramento das Violas de arame é feito por travessas paralelas. No entanto existe uma regra válida para qualquer Cordofone.

As fotografias apresentadas podem ser copiadas ou imprimidas, mas não representam o tamanho original do instrumento. Depois de as copiar para o seu computador, tem de fazer um molde em papel do tamanho real que vai servir de bitola para a construção do mesmo.

Aqui ficam as medidas dos instrumentos que fazem parte da minha colecção. Apesar de todas as medidas terem sido verificadas pode haver erros de escrita. Se encontrar erros por favor diga-me por correio electrónico [email protected] para eu as emendar. Nada pior do que uma internet com erros.

Para construir uma Viola de Arame vai precisar de fazer uma Forma para quando está a dobrar as Ilhargas elas se ajustarem e adquirirem uma forma correcta.

Algumas notas finais: as nossas Violas de Arame apesar de estarem ligadas ao ambiente da música popular não têm de ser uns "cascabulhos"! Devem ter a dignidade de qualquer Viola Dedilhada (dita de Guitarra Clássica). O recado vai para os construtores e para os músicos. Não comprem nem vendam "gato por lebre". Para que as Violas de Arame tenham a sua sonoridade própria e não a de uma Viola de 12 cordas é importante que respeitem as sua afinações e calibres de cordas. Não existem à venda Jogos de Cordas para a maioria das Violas de Arame. Como tal tem de comprar cordas soltas que se adaptem à afinação do instrumento. Afinar uma Viola de Arame como fosse um Viola Dedilhada ( E, B, G, D, A, E - do agudo para o grave) é retirar todo o ambiente tímbrico do instrumento. Tenha em atenção a relação entre o Tiro de Corda, a Afinação e o Calibre de cordas. Se tem dúvidas pode consultar o meu livro " Os Sons e os Tons da Música Popular Portuguesa". Está no topo da página em formato PDF e pode guardá-lo sem pagar nada. Os calibres não são os ideais mas remedeiam. As Violas de Arame perderam adeptos, apesar de existirem em Portugal milhares de instrumentos guardados e todos partidos. A cultura musical sempre foi o parente pobre do nosso País. Como tal para poder sobreviver tem de ter o carinho dos seus amantes. Tiro de Cordas e afinação (do agudo para o grave)Viola Amarantina - Tiro de corda = 505 mm - A, E, B, A, D

Viola Braguesa - Tiro de corda = 505 mm - G, D, A, G, CViola Beiroa - Tiro de corda = 520 mm - D, B, G, D, A, D (cordas requintas em D, que afinam junto ao corpo)Viola Toeira - Tiro de corda = 550 mm - E, B, G, D (cordas triplas), A (cordas triplas)Viola Campaniça - Tiro de corda = 550 mm - G, E, C, F, CViola da Madeira - Tiro de corda = 525 mm - D, B, G, D, G (a 2ª corda "B" é singela e não dupla) - 9 cordasViola da Terra - Tiro de corda = 550 mm - D, B, G, D (cordas triplas), A (cordas triplas) - 12 cordasViola da Terceira - Tiro de corda = 540 mm - E, B, G, D, A, E - (D, A, E, cordas triplas) As cordas triplas da Viola da Terceira podem afinar em 3 oitavas, desde que tenham os calibres certos (2 bordões de calibres diferentes e uma corda de aço.Esta página está a ser diariamente corrigida, devido à complexidade da mesma, para evitar os erros de escrita nos valores apresentados.Um abraço e bom trabalhoJosé Lúcio Ribeiro de Almeida

http://www.joraga.net/gruposcorais/pags09_pautas_09_CSerpa_MRitaOPC/0433_CdeSerpa_MRitaCortez_000_000_p410_listade410pags.htm