vida tranquila
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Vou, que sempre me distraiodos embustes do destinoe dos sustos da memria
Vou por onde hajam caminhosque ascendam s raizes do solna terra queimada
vou no tom deste andamentopleno de reminiscencias temperana e ironia
Vou num passo provisriono sentido em que as instncias banaisconjuram acasos
quando o tempo se suspende e uma imagem configurao fluir do pensamento
como aves migratriasna tessitura do vento
cai o fruto da conquistamuda a cor da bandeirae desertam das mars as traineirasdesvanecem-se os anseiose recortam-se os sonhosvou, que aqui j no me agito
Sou do tempo em que nascidos lugares em que transitamos sentidos da palavra
Sou da casa do poetaque plantava seus gravetos cantando a cor da montanha
Sinto as ganas das mudanae as virtudes da preguianuma inslita harmonia
Sinto o gosto do desejoe o ardor da velocidade da luzda minha utopia
quando o esprito acolhea potencia das falsiase a dimenso do mar
como o avesso de um eclipseque nos revela o luar
sobe o pano nos teatrosmuda o tom das cantigassoam timbres de infinita estranheza
arrefecem as desditasorganizam-se intentosvou, que aqui me nao me conformo
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reverdecem os auspciosreinventam-se os hinoscai a noite em praas iluminadas
reencontam-se tendenciase deflagram quimerasvou, que assim no desespero