viagem triunfal c fllÔflfrlÍt& (lt escolas técnicas · há dez anos que não ia ao teatro....

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preço l$00 Proprietário, Administrador e Editor V. S. M O T T A P I N T O Quinta-feira, 19 de Maio de 1955 Ano I — N.°12 REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A --------------------------- M O N T I J O ---------------------- ---- COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» - MONTIJO A W DIRECTOR R U Y D E M E N D O N Ç A as Técnicas Viagem Triunfal Sua Excelência o Senhor Presidente da República — General Higino Craveiro Lo- pes — percorre neste mo- mento parcelas do nosso ter- ritório ultramarino, O êxito desta viagem -que Vem continuar uma política de aproximação — em tão boa hora iniciada pelo sau- doso Presidente Carmona, não se pode avaliar em sim- ples notícia de imprensa. Não queremos no entanto deixar de assinalar nesta hora alta de patriotismo, tão exoberantemente manifes- tada pelos nossos irmãos de outro Continente, a viagem triunfal do nosso venerando Chefe de Estado. Ela repre- senta para nós a certeza de que Portugal continua a ser Portugal, quer os seus terri- tórios estejam compreendi- dos entre o Minho e o Gua- diana, a beijar o Zambeze ou a banhar-se nas revoltas águas do Indico. No sector das actividades industriais o problema da saúde do trabalhador oíe- rece-nos diversos planos de visão que dão corpo, que estruturam a Higiene Indus- trial, importante ramo da higiene aplicada que abarca não só as questões sanitá- rias ligadas às profissões e meios em que se exercem — Higiene Profissional — , como também as de Higiene Pública resultantes da in- fluência das instalações e laborações industriais sobre a salubridade local. Neste capítulo há que ter em linha de conta, logo de início, que a localização de um estabelecimento indus- trial não é indiferente. Se há que ter em consideração as vias de comunicação, o fácil acesso às matérias pri- mas, à mão de obra e aos mercados, o preço e a lar- fLlÔfLfrlÍt& (Lt Escol Setúbal, grande cidade, centro comercial e industrial de enorme projecção no país, teve no Domingo 8 de Maio a recompensa do persistente trabalho desenvolvido para a edificação de uma nova Escola Técnica. Na presença de Suas Exce- Levado mais pela crítica que dizia bem, do que pela nótula de Rollin de Macedo, de «A Província», de 28 de Abril, que dizia mal, fui a Lisboa ver «A Severa». Há dez anos que não ia ao Teatro. Não tenho, por- tanto, o inato espírito crí- tico em ponto d>t rebuçado, gueza dos terrenos necessá- rios ao desenvolvimento das instalações, há que não es- quecer que os terrenos inundáveis, os pantanosos, os sujeitos a convulsões sísmicas, vulcânicas e a des. lisamentos, os que, pela sua particular posição ou cons- tituição geológica, são sensí- veis às vibrações do trânsito ferroviário ou rodoviário, às condições meteorológicas locais ou 0 serão ao peso de toda a instalação indus- trial e às influências da laboração ou dos produtos desta, devem ser considera- dos com a mais esclarecida das atenções. O assentamento de um estabelecimento industi-ial deve fazer-se em terreno que disfrutedapossibilidade de fácil abastecimento de água potável e de conve- (Conlinua na página 8) lências os senhores Ministros da Educação Nacional e Obras Públicas, Governador Civil, Presidente da Junta Nacional das Construções para o Ensino Técnico e Profissional e muitas outras individualidades de destaque no Distrito, foi inaugurado o como também não enfermo dos efeitos da deformação habitual dos críticos abali- zados. Fica ela por ela... O que venho aqui afir- mar, é que «A Severa», de Júlio Dantas, representada pelo elenco do Monumental na Primavera de 1955, tem muito que se lhe diga.. . O cartaz é uma constela- ção de três atractivos: Júlio Dantas,, Amália e «A Se- vera». Este trio, só por si, é (como o tem sido!) uma se- gura garantia de êxito tea- tral, no sentido do agrado que qualquer peça encenada derrama nas plateias e, por vezes, no espírito dos bons críticos. Júlio Dantas é o maior vulto literário português dos nossos dias, 0 Presi- dente da Academia, 0 ora- dor oficial de Portugal culto, o roble de pé, cujo abate o bom Deus há-de retardar o mais que seja possível, pois não precisaremos de 0 ver caído para lhe medir a al- tura. Esta medida, chega às estrelas é uma glória na- cional das Letras belas. Amália é 0 facho vivo da tradição a caminhar como um peito triunfal no meado deste século, transmitindo, dos princípios aos fins, a alma impoluta do Fado, que, quer queiram alguns, quer não, foi, é e será a Canção Nacional. Amália é a mulher por- tuguesa de boca franca e olhos rebrilhantes como es- trelas, viva como gota de orvalho em folha de couve, linda como um sorriso de felicidade, elegante como uma haste de roseira florida. Dr. Cabral Adão (Continua na página 8) conjunto de edificações que formam anovaEscola Comer- cial e Industrial de Setúbal, que ficou sendo no dizer dos entendidos uma Jas melhores instalações de Portugal, Setúbal, merece-o. E sua população escolar justifica plenamente obra de tão grande envergadura, mas havemos de concordar, não servir esta Escola, por moti- vos até já expostos neste jornal, os interesses e as necessidades dos c e nt r o s populacionais Vísinhos. Assim 0 entendeu 0 Bar- reiro— que tem a sua Escola própria. Almada— que Vê realizado 0 seu sonho no próximo ano lectivo. Assim 0 entende- mos nós — que não deixare- mos de ventila" 0 assunto enquanto 0 não. Virmos em bom caminho. Porque 0 facto nos dá a certeza de que 0 próprio GoVêrno de Salazar, re- conhece a justiça e a neces- sidade da nos&a pretensão, transcrevemos algumas pas- sagens das declarações que 0 snr. Dr. Carlos Proença, (Continua na página oito) O REGIMENTO DE INFANTARIA 11 (Penamacor - Selúbal) Ao Ex.rao Senhor Comandante Mili- tar de Penamacor, Ten. Coronel João Mário Prazeres Milheiro, com um abraço amigo. Prof. ]osé Manuel Landeiro Dentro em breve, 0 Regi- mento de Infantaria n.° 11, da guarnição militar de Se- túbal, vai, certamente, a exem pio dos anos anteriores, comemorar o seu dia. Apro- veitamos esta ocasião opor- tuníssima para dizer algo do nascimento ou formação deste Regimento, de tantas e gloriosas tradições milita- res. Este regiijiento teve 0 seu nascimento, em 1643, na gloriosa vila miíitar da Beira Baixa, Penamacor, situada na arraia luso-espanhola, cuja guarnição militar foi sempre a guarda avançada das tropas lusas nas guerras travadas entre portugueses (Continua na página oito) da (Capital (Pelo Redactor ROLLIN DE MACEDO Endereço postal: Apartado 96 - Lisboa) Abertura O lema desta crónica é focar vários assun- tos, ventilar certos problemas, analisar activamente tudo o que seja de interesse, na ame- nidade do nosso estilo, aus- tera e calmamente; combater o erro com sinceridade e convic- ção, defender e isto è quase sempre dificil o que me p a - reça digno do meu aplauso do meu e deste jornal. Tudo isto á luz da razão e sem fac- ciosismo de qualquer espécie. No entanto, surgem, a todo o instante, conflitos, divergên- cias e incompatibilídades. Ve- ja-se o que o Director deste jornal e meu particular amigo Ruy de Mendonça teve já de escrever em fundo. Uma baleia em Lisboa — Pois è verdade: em terreno anexo á Administração Geral do Porto de Lisboa, ao Cais do Sodré, está em exposição uma monstruosa baleia e que é considerado o maior animal do Mundo. Suas características: pesa mais de 60 toneladas e o seu comprimento atinge mais de 20 metros. E foi baptizada com 0 nome de nMoby Dick». A caravana estrangeira que a exibe pelo Mundo, explora as entradas para um camião gi- gantesco, oude a baleia se en- contra repousada, ao preço de cinco escu&os por pessoa. Não acham os meus leitores que o preço também è gigante . Prudência com as ambu- lâncias E’ de toda a conve- niência que superiormente seja determinado que as ambulân- cias ou quaisquer outras via- turas que transportem doentes ou feridos, não possam exce- der-se na sua maicha. E’ um barbarismo autêntico o que se vê todos os dias através da capital: provas automobilísti- cas pela infelicidade de cada um. E depois para quê ? Para dos feridos se arranjarem novos feridos ou até mortos; e depois chegam aos hospitais e aguardam horas para que sejam socorridos. Prudência, senhores motoristas. E façam- me este favor, esta obra de caridade : se alguma vez tive- rem de me transportar nessas circunstâncias, levem-me deva- gar, sim ? Revista de imprensa — O mensário «A Voz de Alcochete» publicou no seu número de Abril um artigo de página in- teira intitulado «Como nasceu o Montijo», por João Lusitano, o qual termina por afirmar que «foram os moiros alcoche- tanos os primeiros habitantes do Montijo». Nesse mesmo nú- mero são trancritas algumas palavras do Ex.mo Governador Civil, extraídas da entrevista concedida ao nosso jornal. ^Pi&lxLzmas súeiah - 2 A protecção ao trabalhador pelo Dr. Orlando de Sousa Branca Á SEVERA Montijo orgulha-se de apresentar as melhores festas populares que se realizam no sul de Portugal VISITE-NOS DE 25 A 30 DE JUNHO Manuel Giraldes da Silva

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Page 1: Viagem Triunfal CÂ fLlÔfLfrlÍt& (Lt Escolas Técnicas · Há dez anos que não ia ao Teatro. Não tenho, por ... estrelas é uma glória na ... VISITE-NOS DE 25 A 30 DE JUNHO Manuel

preço l$ 0 0

Proprietário, Administrador e Editor

V . S . M O T T A P I N T O

Quinta-feira, 19 de Maio de 1955 Ano I — N.°12

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A --------------------------- M O N T I J O ---------------------- ----COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» - MONTIJO

A W

D I R E C T O R

R U Y D E M E N D O N Ç A

a s T é c n i c a sV i a g e m T r iu n fa lSua Excelência o Senhor

Presidente da República — General Higino Craveiro Lo­pes — percorre neste mo­mento parcelas do nosso ter­ritório ultramarino,

O êxito desta viagem -que Vem continuar uma política de aproximação — em tão boa hora iniciada pelo sau­doso Presidente Carmona, não se pode avaliar em sim­ples notícia de imprensa. Não queremos no entanto deixar de assinalar nesta hora alta de patriotismo, tão exoberantemente manifes­tada pelos nossos irmãos de outro Continente, a viagem triunfal do nosso venerando Chefe de Estado. Ela repre­senta para nós a certeza de que Portugal continua a ser Portugal, quer os seus terri­tórios estejam compreendi­dos entre o Minho e o Gua­diana, a beijar o Zambeze ou a banhar-se nas revoltas águas do Indico.

No sector das actividades industriais o problema da saúde do trabalhador oíe- rece-nos diversos planos de visão que dão corpo, que estruturam a Higiene Indus­trial, importante ramo da higiene aplicada que abarca não só as questões sanitá­rias ligadas às profissões e meios em que se exercem — Higiene Profissional — , como também as de Higiene Pública resultantes da in­fluência das instalações e laborações industriais sobre a salubridade local.

Neste capítulo há que ter em linha de conta, logo de início, que a localização de um estabelecimento indus­trial não é indiferente. Se há que ter em consideração as vias de comunicação, o fácil acesso às matérias pri­mas, à mão de obra e aos mercados, o preço e a lar-

C Â fL lÔ fL fr lÍt& (L t

E s c o lSetúbal, grande cidade,

centro comercial e industrial de enorme projecção no país, teve no Domingo 8 de Maio a recompensa do persistente trabalho desenvolvido para a edificação de uma nova Escola Técnica.

Na presença de Suas Exce-

Levado mais pela crítica que dizia bem, do que pela nótula de Rollin de Macedo, de «A Província», de 28 de Abril, que dizia mal, fui a Lisboa ver «A Severa».

Há dez anos que não ia ao Teatro. Não tenho, por­tanto, o inato espírito crí­tico em ponto d>t rebuçado,

gueza dos terrenos necessá­rios ao desenvolvimento das instalações, há que não es­quecer que os t e r r e n o s inundáveis, os pantanosos, os sujeitos a convulsões sísmicas, vulcânicas e a des. lisamentos, os que, pela sua particular posição ou cons­tituição geológica, são sensí­veis às vibrações do trânsito ferroviário ou rodoviário, às c o n d i ç õ e s meteorológicas locais ou 0 serão ao peso de toda a instalação indus­trial e às influências da laboração ou dos produtos desta, devem ser considera­dos com a mais esclarecida das atenções.

O assentamento de um estabelecimento industi-ial deve fazer-se em terreno que disfrutedapossibilidade de fácil abastecimento de água potável e de conve-

(C o n lin ua na página 8)

lências os senhores Ministros da E d u c a ç ã o Nacional e Obras Públicas, Governador Civil, Presidente da Junta Nacional das Construções para o Ensino Técnico e Profissional e muitas outras individualidades de destaque no Distrito, foi inaugurado o

como também não enfermo dos efeitos da deformação habitual dos críticos abali­zados. Fica ela por e l a . ..

O que venho aqui afir­mar, é que «A Severa», de Júlio Dantas, representada pelo elenco do Monumental na Primavera de 1955, tem muito que se lhe d i g a . . .

O cartaz é uma constela­ção de três atractivos: Júlio D antas,, Am ália e «A Se­vera». Este trio, só por si, é (como o tem sido!) uma se­gura garantia de êxito tea­tral, no sentido do agrado que qualquer peça encenada derrama nas plateias e, por vezes, no espírito dos bons críticos.

Júlio Dantas é o maior v u l t o literário português dos nossos dias, 0 Presi­dente da Academia, 0 ora­dor oficial de Portugal culto, o roble de pé, cujo abate o bom Deus há-de retardar o mais que seja possível, pois não precisaremos de 0 ver caído para lhe medir a al­tura. Esta medida, chega às estrelas é uma glória na­cional das Letras belas.

Am ália é 0 facho vivo da tradição a caminhar como um peito triunfal no meado deste século, transmitindo, dos princípios aos fins, a alma impoluta do Fado, que, quer queiram alguns, quer não, foi, é e será a Canção Nacional.

Am ália é a mulher por­tuguesa de boca franca e olhos rebrilhantes como es­trelas, viva como gota de orvalho em folha de couve, linda como um sorriso de felicidade, elegante como uma haste de roseira florida.

D r. C a b ra l A dão(Continua na página 8)

conjunto de edificações que formam anovaEscola Comer­cial e Industrial de Setúbal, que ficou sendo no dizer dos entendidos uma Jas melhores instalações de Portugal,

Setúbal, merece-o.E sua população escolar

justifica plenamente obra de tão grande envergadura, mas havemos de concordar, não servir esta Escola, por moti­vos até já expostos neste jornal, os interesses e as necessidades dos c e n t r o s populacionais Vísinhos.

Assim 0 entendeu 0 Bar­reiro— que já tem a sua Escola própria.

Almada— que Vê realizado 0 seu sonho no próximo ano lectivo. Assim 0 entende­mos nós — que não deixare­mos de ventila" 0 assunto enquanto 0 não. Virmos em bom caminho.

Porque 0 facto nos dá a certeza de que 0 próprio GoVêrno de S a l a z a r , re­conhece a justiça e a neces­sidade da nos&a pretensão, transcrevemos algumas pas­sagens das declarações que 0 snr. Dr. Carlos Proença,

(Continua na pág ina oito)

O REGIMENTODE IN FA N TA R IA 11

(Penamacor - Selúbal)Ao Ex.rao Senhor Comandante Mili­

tar de Penamacor, Ten. Coronel João Mário Prazeres Milheiro, com um abraço amigo.

Prof. ]osé Manuel Landeiro

Dentro em breve, 0 Regi­mento de Infantaria n.° 11, da guarnição militar de Se­túbal, vai, certamente, a exem pio dos anos anteriores, comemorar o seu dia. Apro­veitamos esta ocasião opor- tuníssima para dizer algo do nascimento ou formação deste Regimento, de tantas e gloriosas tradições milita­res. Este regiijiento teve 0 seu nascimento, em 1643, na gloriosa vila miíitar da Beira Baixa, Penamacor, situada na arraia luso-espanhola, cuja guarnição militar foi sempre a guarda avançada das tropas lusas nas guerras travadas entre portugueses

(C o ntinu a na página oito)

da (Capital(Pelo Redactor R O L L I N DE M A C E D O Endereço postal: Apartado 96 - Lisboa)

A b e rtu ra — O le m a desta crónica é focar vários assun­tos, ventilar certos problemas, analisar activamente tudo o que seja de interesse, na ame­nidade do nosso estilo, aus- tera e calmamente; combater o erro com sinceridade e convic­ção, defender — e isto è quase sempre d ific il — o que me pa­reça digno do meu aplauso — do meu e deste jornal. Tudo isto á luz da razão e sem fac- ciosismo de qualquer espécie. No entanto, surgem, a todo o instante, conflitos, divergên­cias e incompatibilídades. Ve­ja-se o que o Director deste jo rna l e meu particular amigo Ruy de Mendonça teve já de escrever em fundo.

Uma b a le ia em Lisboa — Pois è verdade: em terreno anexo á Administração Geral do Porto de Lisboa, ao Cais do Sodré, está em exposição uma monstruosa baleia e que é considerado o maior animal do Mundo. Suas características: pesa mais de 60 toneladas e o seu comprimento atinge mais de 20 metros. E fo i baptizada com 0 nome de nMoby Dick». A caravana estrangeira que a exibe pelo Mundo, explora as entradas para um camião gi­gantesco, oude a baleia se en­contra repousada, ao preço de cinco escu&os por pessoa. Não acham os meus leitores que o preço também è gigante .

P ru dê nc ia com as a m b u ­lâ n c ia s — E’ de toda a conve­niência que superiormente seja determinado que as ambulân­cias ou quaisquer outras via­turas que transportem doentes ou feridos, não possam exce­der-se na sua maicha. E’ um barbarismo autêntico o que se vê todos os dias através da capital: provas automobilísti­cas pela infelicidade de cada um. E depois para quê ? Para dos feridos se arranjarem novos feridos ou até mortos; e depois chegam aos hospitais e aguardam horas para que sejam socorridos. Prudência, senhores motoristas. E façam- me este favor, esta obra de caridade : se alguma vez tive­rem de me transportar nessas circunstâncias, levem-me deva­gar, sim ?

Revista de im p re n sa — O mensário «A Voz de Alcochete» publicou no seu número de A bril um artigo de página in ­teira intitulado «Como nasceu o Montijo», por João Lusitano, o qual termina por a firm ar que «foram os moiros alcoche- tanos os primeiros habitantes do Montijo». Nesse mesmo nú­mero são trancritas algumas palavras do Ex.mo Governador Civil, extraídas da entrevista concedida ao nosso jornal.

Pi&lxLzmas súeiah - 2

A p r o t e c ç ã oa o t r a b a l h a d o r

p e l o D r . O r l a n d o d e S o u s a B r a n c a

Á SEVERA

M ontijo o r g u l h a - s e d e a p r e s e n t a r a s m e l h o r e s f e s t a s p o p u l a r e s q u e s e r e a l i z a m n o sul d e P o r t u g a l V IS IT E-N O S D E 25 A 30 D E JU N H O

Manuel Giraldes da

Silv

a

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2 A PROVINCIA 19-5-955

M O N T I J O DIA A DIAAgenda profissional

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da TrindadeRua Bulhão Pato, 42

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O D E M I R A

fa r m á c ia s de Serviço

De 19 a 25 de Maio

5.a-feira, 19 — M o n te p i o6.a - feira, 20 — M o d e r n a Sábado, 21 — D i o g o Domingo, 22 — G e r a l d e s2.a-feira, 23 — M o n te p i o3.a - feira, 24 — M o d e r n a4.a-feira, 25— D i o g o

cAftiejiLaitd& e eomenlandú

O R e l a t ó r i o e C o n t a sda Câmara Municipal de Monlijo

n o an o de 1 9 5 4(Continuação do número anterior)

A actividade desenvolvida e 0 dispendido efectuado com as obras municipais não pode ser aferido pela verba indi­cada no respectivo capítulo do orçameuro, atrás referido.

Por norma legal, aquele capítulo comporta somente as despesas com 0 pessoal, pequenas aquisições, despe­sas de c o n s e r v a ç ã o , bem como outros encargos ine­rentes.

O grande volume das ver­bas de obras figura na des­pesa extraordinária. Outras, ainda, figuram nos capítulos respeitantes a o s d i v e r s o s serviços.

Assim, somando as várias parcelas, encontramos a cifra que, sem ser invulgar, é sem dúvida muito notável, se con- siderar-mos as nossas pos­sibilidades.

Vejamos algumas das des­pesas de maior vulto:

Pessoal, 51.015$00; Repa­ração de estradas e cami­nhos, 44.874$20; Reparação de arruamentos, 63.755$40; Conservação, reparação e beneficiação da capela do Cemitério, 16.111$10; Con­servação, reparação e melho­ramentos no cais, 5.761 $70; Seguro de pessoal contra a c i d e n t e s de t i a b a l h o , 7.892160; Projectos e orça­mentos de obras, 28.902$60; Construção de uma abegoa­ria em Canha, 19.723$80; Conservação, reparação e beneficiação do edifício do Matadouro, 57.815$70; Cons­trução de um edifício esco­lar no Al t o Estanqueiro, 16.841S20; Conservação, re­paração e melhoramentos n os edifícios e s c o l a r e s , 13.941$80; Conservação, re­paração e melhoramentos nos Paços do Concelho, 3.947$00; C o n s t r u ç ã o do Mercado Central da Vila do Montijo, 741.936$10; Cons­trução da Cadeia Comarca, 658.109$70; Construção do Palácio de Justiça, 141.000$00 Abastecimento de água a S a ­rilhos Grandes, 314.560$40; Construção da estrada li­gando C a n h a às F a i a s , 294.502$90.

Parte destas obras são re­feridas ao tratar-se dos ser­viços a que respeitam. Ou­tras, porém, por não estarem naquelas condições, mere­cem aqui uma referência, ainda que ligeira

Reparação de estradas e caminhos

O elevado dispêndio efec­tuado nos últimos anos com e s t e s trabalhos, permitem,

na Verdade, beneficiar muito zonas rurais que realmente, dispunham de difíceis aces­sos.

Entendeu-se porém que, sem descurar a continuação desses trabalhos, conviria ir mais a l é m, promovendo a pavimentação de alguns, pelo que foi solicitado a campar- ticipação de quatro, dos con­siderados mais necessários.

No ano findo foi elaborado 0 projecto do primeiro, que diz respeito à l i g a ç ã o do Alto Estanqueiro com Ata­laia, a respectiva comparti­cipação foi já considerada e esperamos iniciar a obra no corrente ano,

Reparação de arruam entos

O movimento industrial da nossa Vila, que obriga a intenso trânsito de carroças bara transportes vários, refle- te-se na duração dos pavi­mentos.

A semelhança do dispên­dio verificado nos dois últi­mos anos, diz da regularidade das p e q u e n a s reparações

levadas a efeito, que reconhe­cemos não estarem à altura das necessidades.

Abastecimento de água a Sarilhos Grandes

Este importante melhora­mento, aspiração suprema da freguesia, foi concluído na sua primeira fase, que importou em cerca de 400 contos.

Trata-se realmente de uma obra que trás largos benefí­cios à população, sob 0 ponto de vista de higiene e salubridade, cuja falta de há muito se fazia sentir.

O recinto de captação e depósito, lindamente ajardi­nado, oferece um aspecto muito interessante, favore­cido ainda pela excelente localização junto da estrada nacional.

A inauguração do belo melhoramento teve a amável presença do Ex.mo Governa­dor Civil do Distrito, 0 que muito honrou a progressiva freguesia.

(Continua no próximo núm ero)

O nosso hospitalDispensário anti-luberculoso

Montiio numa clara de- montração dos seus deveres e das suas responsabilidades perante a marcante evolução de outras terras, saberá res­ponder com galhardia nunca desmentida, ao apelo que se torna necessário fazer em pról do seu Hospital. Espe-- rando continuar ao serviço de todos para que na sua iniciada campanha de p ro fi­laxia contra o mais terrível dos males que atacam a hu­manidade se colham os me­lhores resultados, espera me­recer a mais dedicada cola­boração no sentido de prestar à idéia em marcha todo 0 seu generoso auxílio,

A degenerescência da raça,em outros casos ignorados de tuberculose que os porta­dores estão longe de suspeitar, podem desde já com muitas probalidades de cura rápida, iniciar 0 seu tratamento di­rigindo-se à Consulta-Dis­pensário do nosso Hospital.

Confiemos que 0 combate há-de ser coroado de bons resultados, persistindo es­forçadamente na luta contra esse flagelo que atormenta a nossa gente e cuja percenta­gem infelizmente ê digna dos maiores cuidados pela sua grandeza.

Num plano previamente estudado, os poderes públicos

a quem 0 assunto tem mere­cido os maiores cuidados espalharam às mãos largas benefícios, cedendo gratuita­mente todos os medicamentos, radiografias, análises, etc., e em casos graves promovem 0 internamento em Sana­tórios.

A nossa população coope­rando conjnntamente e cor­respondendo às medidas pro­filáticas que estão indicadas na lu ta què se não pode abandonar, cumprirá 0 seu dever.

Dêmos uma prova clara dos nossos bons sentimentos h u m a n itá r io s , juntando todos os esforços para a. construção de um Pavilhão de Isolamento.

O horário das consultas é o seguinte', segundas-feiras para homens; quartas-fei­ras, crianças; sextas- feiras, mulheres, às 14 horas.

A vacinação pelo B. C. G. funciona às quintas-feiras e sábados das 8 às 9,30 horas.

«Á Província»ASSINATURAS

Pagam ento ad ian tado10 números — 9$90 20 números — 20800 52 números — 50$00 (um ano) Províncias Ultramarinas e Estran­geiro acresce o porte de correio

Saiidaç,ã&Há motivos,que nos prendem

mal se começa uma viagem.Natural de Angola, onde a

nostalgia dolente da saudade me fustiga, penso em cada es­boço, de partida, seguir ondasfora, até essas paragens de sonho, onde a própria escu­ridão da noite tem beleza. Eis o que de mim nasceu ao partir até Montijo.

Para Lisboa rápido; numa serpente «mecânica», onde 0 barco me esperaria, embalan­do-me como menino amimado, numa curta viagem. E ele, là veio, enquanto que meus olhos sequiosos procuravam algo de novo, coisas da minha terra. E o Tejo beijando as duas margens, parecia segredar-me canções que me entorpeciam.

Vinha para essas regiões distantes, onde a palmeira afaga a brisa em melopeias de amor. Sim, vinha surgindo. Aqui, casario junto à costa, mais além casas solitárias com algumas palmeiras, a mano­bra do barquinho de ilusões, dava-me a impressão nitida de ter chegado ao porto do Lobito. M as... o meu sonho, c o n t in u a v a a permanecer adormecido, ao chegar a Mon­tijo, onde todo o seu ser urba­nístico, possui as caracterís­ticas dessa sala de visitas de Angola.

Por isso Montijo, eu te saúdo eternecido, num estreito abraço. Eu junto a ti, ergo a minha taça de sonho, brin­dando por quanta alegria eu sinto, por longe da terra, tão perto, ter encontrado a terra .. .a minha terra.

Nuno de Meneses

Criação da freguesiad e 1 I S I D R OA Câmara Municipal em

sua reunião de 13 do corrente deliberou dar parecer favo­rável à criação da nova fre­guesia de Santo Izidro de Pegões a qual compreenderá todos os terrenos pertencentes à Junta de Colonização In­terna e ainda parte da região de Pegões.

Fica assim integrada na nova freguesia e consequen- temente no nosso concelho, uma vasta área do concelho de Palmeia que será com­pensada com cedencia de ter­renos a desanexar da fregue­sia de Canha denominados por Craveira do Sul.

No mesmô dia. reuniu igualmente 0 Concelho Mu­nicipal que apreciou 0 parecer da Câmara e deu-lhe a plena concordancia.

O assunto vai agora ser posto às entidades compe­tentes que resolverão em de­finitivo.

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|9-5*955 Á PROVINCIA 3

NOTICIAS DA SEMANAfPt&kLtmcii da n&na terra !

partidas e chegadasEncontra-se entre nós o sr. Nuno

de Menezes, jornalista, publicista, ex-locutor e produtor da Rádio Angolana e Metropolitana, que vem exercer em «A Província» a suí actividade integrado no quadro redactorial do nosso jornal. A Nuno de Menezes apetecemos os melhores êxitos na sua missão.

VisitasDeu-nos o prazer da sua visita

à nossa redacção o nosso dedicado correspondente em Odemira sr. Mário do Carmo Ferreira.

AniversáriosDia 5 — A menina Eulália Soares

Lucas Catita filhinha do nosso amigo e dedicado assinante sr. António Joaquim Lucas Catita.

Dia 17 — O nosso assinante sr. Carlos Urbano Rodrigues.

Dia 20 — O menino António João Manhoso de Sousa, filho do nosso amigo e estimado assinante sr. António de Sousa Félix da Ponte e da sr.a D. Maria José Ma­nhoso da Ponte.

Dia 20 — A menina Maria Isaura Gervásio Marques, estudante e residente em S. Paulo — Brasil, neta da nossa assinante sr.a D. Elisa Feijão.

Dia 24 — A menina Isolina da Silva Ribeiro Sol Posto, gentil filha do nosso amigo e assinante sr. Manuel Ribeiro Sol Posto.

EspectáculosC a r t a z d a S e m a n a

C1NE POPULARQuinta feira, 19; (18 anos) «Rai­

nha sem Ueino» e «Grito de Alarme».

Sábado, 21; (13 anos] « A Bomba Relógio» e «Perdidos na Froresta»

Domingo, 22; (13 anos) «Rob Roy, o Grande Rebelde» e «Mãe- zinha à Força»

Segunda feira, 23; (18 anos) oJohnny Guitar»CINEMA 1.° DEZEMBRO

Sábado, 21; «Rei Sem Coroa» e complementos.

Domingo, 22: «Alto e Poderoso» em CinemaScope.

2.a-feira, 23: «O Teu Amor e Uma Cabana» com «Montana Terra Proibida» (13 anos).

4.a-feira, 25: «Cantinflas Bom­beiro Atómico» (18 anos).

AchadosP e la G . N. R. í o i - n o s

comunicado, para que se lhe dê a devida publicidade, que se encontra em seu poder uma bicicleta, que será en­tregue o quem provar per- tencer-lhe.

f l C L À R K Í N D OPede-nos a S. F. i.° de

Dezembro que retifiquemos a parte final da sua carta de 6 do corrente, onde se

: «. . . integrado na rubri­ca do R. C. P. «Isto é Mon­tijo por intermédio de outra P e s s o a . . .» devi a l e r - s e

. - integrado na rubrica do R- C. P. «Isto é Portugal», Por intermédio de outra pes­soa . . .»

QuartoCentral, independente e mobi­

l o com tratamento de roupa, ca,Sa séria, precisa-se. Resposta a esta Redacção.

A ligação Montijo-Lisboa por ferry - BoatsSociedade filarmónica

í de DezembroEm prosse guimento da

«nossa campanha de transpor­tes* aqui estainos novamente, dando mais alguns promeno- res deste momentoso proble­ma, muito embora alguns deles tivessem vindo a público na imprensa diária, mas que nunca é de mais ser focado e debatido pela imprensa repre­sentativa das regiões benefi­ciadas.

A Casa do Ribatejo, ainda e sempre por intermédio do seu dedicado dirigente sr. Luís Costa Santos, cujo interesse por estes problemas é verda­deiramente notável, sabendo da existência de um projecto de 1 gação por ferry-boats en­tre Xabregas e Montijo, da autoria do sr. Eng.0 António Belo, convidou este reputado técnico a expôr esse docu­mento na sua Sede. Para esse efeito realizou-se uma reunião que teve a presença do sr. Pre­sidente, da Câmara Municipal e de alguns membros do nú­cleo regional do nosso con­celho.

Esse trabalho que revela a competência do seu autor e que deixou encantados os assistentes, pela sua clareza e elucidação, prevê a utilização de ferry-boats com acostagem de proa e de popa em cais adequado emXabregas'e espi­gão de Montijo, os quais com­portariam três ou mais filas de veículos num total de algu­mas dezenas, com entrada e saída directa sem necessidade de qualquer manobra. Presta­dos ainda outros esclareci­mentos de ordem técnica c económica, que a seu tempo elucidaremos, foi r e s o l v i d o que o projecto, gentilmente oferecido pelo seu autor à Casa do Ribatejo, fosse apre­ciado pelo Conselho Regional daquela Casa, dado o interesse de que se reveste para nume­rosos concelhos do Ribatejo e

de todo o sul do país, pela maior rapidez e comodidade na ligação com a Capital.

Imediatamente esse Conse­lho foi convocado e teve a sua reunião no passado dia 26 de Abril, sob a presidência do Sr. Costa Santos e com a assis­tência de muitos dirigentes dos referidos nicleos.

O projecto foi novamente apreciado e entre os vàrioa oradores que sobre o assunto se pronunciaram, contam-se os nos sós conterrâneos drs. Gonçalves Bita e Leite da Cruz, membros do núcleo lo­cal, que dissertaram sobre as vantagens da sua execução não só para Montijo mas muito especialmente para todo o sul de Portugal.

Por fim e por proposta do presidente foi resolvido efec­tuar uma reunião conjunti com as Casas do Algarve e do Alentejo a pedir o patrocínio das autoridades dos distritos situados a sul do Tejo pai’a efeito de ser apresentada ao Governo o pedido de execução do projecto do sr. Eng.0 Belo.

Tal reunião, realizada no passado dia 13, e cujos resul­tados vieram já a público na imprensa diária, teve como objectivo o pedido inicial da colaboração dos deputados e dos Chefes dos Distritos inte­ressados, para conjuntamente solicitarem do Governo a rea­lização do referido melhora­mento.

E’ altura portanto de se agir em profundidade e, estamos convictos, que quanto ao Chefe do nosso Distrito, Sr. Dr. Miguel Bastos, envidaráS,Ex.a todas os esfoi-ços para que essa pretenção seja atendida, não só dentro da sua esfera de acção, como até com a sua alta influência juntos dos de­putados, no seio dos quais gosa de prestígio.

Claro que a defesa desta

ligação em nada prejudica a que tem vindo a ser feita pelos deputados de Setúbal, na Assembleia Nacional, para a ligação por ponte ou tunel entre Almada e Lisboa, posto que esta obra, a efectuar-se, será de mais longa demora, e entr .tanto a ir por deante a iniciativa da Casa do Ribatejo, iam-se descongestionando os transpostes e ligações entre Lisboa e o Sul do País!

«A Provincia» que à defesa dos interesses de Montijo e de3ta região ribatejana, tem dado o seu melhor apoio, en­contra-se à disposiçãa de todas as sugestões que contribuam para a eficiência da obra que a todos interessa, sem pre- juizo, claro, dela mesmo pro­curar desenvolver e propa­gandear o assunto, dentro aos meios de que disponha e dos elementos que colher.

R e p ó rte r W

A n o va Praça de TourosO sr. ministro do Interior

assinou uma portaria que autoriza a Câmara Munici­pal do Montijo a ceder, gra­tuitamente, à Santa Casa da Misericórdia local, com des­tino à construção da nova praça de touros, um lote de terreno de forma circular, com a área de 6.358 metros quadrados, no sítio denomi­nado «Mercado».

EmpregadasCom 18 anos de idade aproxima­

damente, educadas, precisa o Café Portugal.

Resposta a esta Redacção ou directamente ao interessado.

Integrado no Ciclo Come­morativo do 31.0 aniversário da Federação das Socie- dadesde EducaçãoeRecreio, é levada a efeito no próximo dia 27 de Maio corrente, no Salão de Festas desta colec­tividade, uma festa promo­vida por aquela Federação, que constará de uma pa­lestra sobre música feita pelo ilustre conferencista sr. S a m p a i o Ribeiro, seguia- do-se um acto de variedades por amadores de Montijo, colaborando a Orquestra Ribatejana, sob a direcção de Humberto de Sousa, fechando esta festa um con­certo pela Banda de Música desta Sociedade sob a re­gência do maestro António Gonçalves.

Digna-se assistir a esta festa S. Ex.a o Sr. G over­nador Civil do Distrito, Dr. Miguel Bastos, o Presidente da Câmara de Montijo e outras entidades oficiais de Montijo e os corpos direc­tivos da Federação das So­ciedades de Educação e Recreio.

M aria ]o a n a da Conceição

AgradecimentoA família de Maria Joana da Con­

ceição, agradece reconhecidamente a todas as pessoas que se interes­saram pela sua doença bem como às que a acompanharam à sua última morada.

Câmara Municipal dé Monfijo Leonardo ferreira

E D I T Á LConstruções Clandestinas

Faz-se público que esta Câmara Municipal, em sua reunião de 3 do corrente, no intuito de evitar as construções clandestinas, que tantos prejuizos acarretam à vila no seu aspecto estético e à população, sob o ponto de vista moral e sanitária, deliberou:

1.“ — Conceder as possíveis facilidades, através do novo ante-plano de urbanização,para as construções de carácter económico.

2.° — Facultar ao público, através da Secção Técnica Municipal, projectos-tipo decasas de carácter económico, bem como todos os esclarecimentos sobre o assunto.

5.° — Multar e proceder a demolição imediata por conta dos proprietáriosde todas as obras encontradas sem licença camarária ou em desacordo com as licenças concedidas.

4.° — Multar igualmente os operários encarregados das obras nas condições do n.° 5.°.Para constar e não ser alegada ignorância se publica o presente e outros de igual

teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Agradecim entoSua esposa, filhos, noras, netos

e mais família, vêm por este meio expressar a sua gratidão a todas as pessoas que se encorporaram no funeral, ou por qualquer forma manifestaram condolências pelo falecimento de seu extremoso ma­rido, pai, sogro, avô e mais parentes.

Maria Kst Carla Rodrisues

Paços do Concelho de Montijo, 5 de Maio de 1955.

Agradecim entoCarolina Caria Rodrigues Leão

seu marido, filha, genro e mais familia, agradecem reconhecida­mente a todas as pessoas que se dignaram acompanhá-la à sua úl­tima morada, em especial, ao dis­tinto clínico snr. Dr. Avelino Rocha Barbosa, que tão carinhosa­mente a assistiu durante a sua prolongada doença.

M aria Jú lia fia lh o BastosO Presidente da Câmara,

(a) José da Silva Leite

N ã o d e i x e p a s s a r o u t r o a n o s e m a s s is t i r à s n o s s a s f e s t a selas são diferentes e únicos pela sua concepção, originalidade e beleia

Missa do 1.° MêsSua família participa que no dia

21 do corrente às 10 horas se rea­liza na Igreja da Misericórdia desta Vila, missa pelo seu eterno des- canço, correspondente ao 30.° dia do seu falecimento. Reconhecida­mente agradece a todas as pessoas que se dignem assistir este tão piedoso acto.

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4 A PROVINCIA 19-5*9SS

ANSEIO!Oh,sim se podessolidariza

a tua esperança na futura franca liberdade dos povos, na compreensão mutua das raças, na unidade comum dos pensamentos nobres, na elevação do carácter e no Ideal Supremo de viver.

Dá a tua mão ao desconhe­cido semelhante e com ele trilha a mesma estrada no Porvir. Sorri! Nesse sorriso cultiva o sonho da vida, da alegria e do prazer. Pois as nações não são massas infor­mes de cabeças pensadoras, mas, sim, a união dos pen­sadores de cabeças bem for­madas.

Sabes, como eu que tudo se transforma e se renova, nada se perde ou altera no ritmo compassado da crea- ção maravilhosa.

Olha e vê, como é des­lumbrante ao teu redor a espécie multiforme das su­cessões criadoras. Se o ho­mem sabe organizaras socie­dades económicas e dessas economias nasce a principal riquesa material dos povos, para avaliares o teu pro­gresso individual, começa por economizar-te a ti mes­mo. Eleva o teu pensamento, destroi os malefícios das ten­tações, do mal, da aberração do sonho sem ideal maior. Constroi em ti mesmo, a es- tradap a percorrer.

Despe-te do orgulho egoís- tico e não vilipendes o novo homem, despido dos seus velhos feitos. Marcha cami­nho á luz quedo alto te acena e conduz ao cume da ver- verdadeira consciência pa­ra visionares consciamente o indistinto do distinto, o mau do bom, e do feio o belo.

Deixa que a caravana passe e os teus sonhos pare- çam autopia ou fenecidos, prossegue sempre se a for­ça dum Ideal Nobre te inci­tar, não busques apenas as riquesas materiais que a traça e a ferrugem conso­mem, mercê da transição da matéria, tudo o que pos­sas guardar para teu pro­veito próprio, deixá -lo-ás ao dizeres AD EUS, a este mun­do, recreia antes; o espírito em emanações de bondade, amor, gratidão, carinho.

Sê nobre, sem a nobreza hierárquica que os homens teus irmãos te concedem por simples favor ou vaidade humana' sê bom sem galar­dão a apontar-te 0 gesto a que|passa, sê fiel sem pedi­res gratidão ou reconheci­mento, sê amigo do teu pró­prio inimigo se puderes, sê em tudo o espelho duma alma]bem formada, sem res­sentimentos nem-ódio onde a vida caiba, sem ser roman­ceada, mas, encarada nos seus aspectos infalíveis de tristeza e dor, de prazer e alegria, onde tantas vezes as lágrimas se confundem com os risos, numa ânsia legítima e bendita de viver.

M in d a PiresLisboa, Abril de 1958

Antologia do conto moderno

Memóiias de um juizLavrado o decreto que me apo­

sentava, apressei-me a despachar os últimos processos; nem muitos, liem poucos. Na comarca sonolenta e pacata, o mais trabalhoso eram demandas. Já agora, podia avançar noites a dentro ; dispunha do resto da vida para descansar. Baptista, o escrivão, que fora cabo da polícia, chamava àquilo uma faxina. A comparação desagradou-me, de certo modo, convertia a balança da justiça em vassoura de quartel.

Das minhas mãos, meu sucessor, quarenta e cinco anos mais moço, recebeu apenas um processo ; au­tos de divórcio F. M. F. versus M. A. S.. Demoraram-me a sen­tença umas sombras de esperança de reconciliação. Em toda a minha longa vida de magistrado, nunca desfiz o nó górdio pelo juiz de paz. Mas o meu sucessor era um dr. Alexandre. Sem um fio de cabelo branco, sem uma ruga na fronte. Entreguei-lhe a vara de­solado. Nas1 suas mãos, o sabre da justiça séria como a espada de soldado nas mãos do outro Ale­xandre, o macedónio ; o nó inso­lúvel do matrimónio se romperia ao primeiro golpe.

Embarquei pesaroso para umas termas. v

Normalmente, seria viagem de sete horas. Cá dentro, porém, roía-me a impressão duma jornada para sempre, como se abandonasse este planeta em busca de outras esferas. Aposentar-se é ensaiar para morrer; o descanso do ina- tivo não pode ser menos aborrecido e monótono que o repouso do sepulco. Meu cérebro reagia. Olhando, pela janelinha, a chuva que encharcava o vale sombrio e triste, por força do hábito pensava nos autos, como se houvesse de proferir sentença.

Os companheiros, uns liam, outros cochilavam ou cochicha­vam. Cochilo é um sono apenas cochichado ; daí uma raiz comum nessas palavras. Se o destino me não tivesse feito juiz, eu teria saído gramático e lexicógrafo. Crítico é que não ; é mais fácil condenar um inocente a trinta anos de cadeia do que gabar um mau livro. Mas onde me leva a digressão ? Fizeram bem aposentando-me; já não conduzo em linha recta os pensamentos; eles saem-me por aí bêbados e caducos.

Atrás de mim, em bancos colo» cados frente a frente, dois casais viajavam amuados; só de vez em quando algum deles dizia qualquer coisa. Notei que todos liam o mes­mo folheto, absortos, como se es tudassem, concentrados, evitando conhecer a presença dos outros. Casais indiferentes, quem sabe; brigados, talvez. Reflecti sobre a sorte dos amores que esfriam, da felicidade que entardece fria e chuvosa, como vale lá fora, proce­dendo a noite com o drama do divórsio ou a tragédia do crime.

O rápido parou numa estação sem vida. Que era ? Que seria ?

Um sujeito de boné vejo acender a luz. Depois atravessou o vagão informando: «Barreira caídal Três horas de espera 1» Era como se anunciasse as estações:» Pindamo- nhangaba! Guaratinguetá ! A dis­plicência da rotina. Quantas bar­reiras já não se teriam desmoro­nado em sua vida? A intriga da vida alheia! Não é por nada que se inventou o crime !

Mas ia pelo carro um pandemó­nio nada propício a tais filosofias. Comentários irosos em voz alte­rada, piadas, ironias contra uma administração secularmente inapta, evocações de outras barreiras, des- carrilamentos, desastres, vítimas... Enrolei o impermiável como um travesseiro, encostei-o de encontro à janela e chamei o sono atrasado. Ele veio, perturbado com tanto barulho. Sonhei com F. M. F.

por Jaime de Ranville

versus M. A. S. As partes discutiam no tribunal. Ela, aos trinta e oito, num traje desportivo, movendo-se com graça e vivacidade, esparzindo ondas de um perfume estonteante, revolucionava o foro íntimo do Batista, menos atento ao seu traba­lho de escrivão, do que às frequen­tes indiscrições da cava das man­gas e do decote. O marido, pouco mais velho, bastante calvo, grisa­lho e enrugado, franzino, feições repelentes, era, imaginem só, acusado de maus tratos e infideli- dades. As invectivas da palavrosa consorte, sorria cínico e expelia ironias. Ela foi elevando cada vez mais o tom; ganhou um agudo tal que me despertou. Acordado, con­tinuei a ouvi-la. Endireitei o corpo esfreguei os olhos. O comboio não se movia. A discussão azeda pros­seguia atrás de mim. Haviam-se rompido as hostilidades, como eu pressentira ; isso aqueceu-me por instantes a vaidade.

— Não sei o que você viu nesse sujeito.

—Olhos de mulher vêm diferente.— Portanto, admite que me traí.— Não admiti coisa nenhuma,

seu idiota.— Mas eu tenho certeza plena

— interveio a outra mulher.— Qual a certeza que não é

plena — resmungou o marido. — Você sabe lá o que quer dizer pleno ?

— Sei sim ; pleno é cheio.— Cheio ando eu das suas

asneiras.— E os bilhetes? — gritou enér­

gico o primeiro.— Que bilhetes?— Os que tirei daquela mala.— Tinham data ?— Quer me enganar— Pacheco não seja parvo; você

sabe muito bem que Marta foi minha namorada.

— Cale essa boca suja antes que a esborrachei

— Bem, para isso é preciso al­guma força e muita coragem.

— Mulher, não me faça subir o sangue à cabeça.

— Sangue ou vinho ?— Que é isso Pacheco! Numa

mulher não se bate...— Largue-me... Está-me a tor­

cer o braço 1 Bruto íErgui-me dum salto, para inter­

vir. Inclinei-me sobre o grupo, que me fitou interrogativamente surprêso.

— Perdoem-me a intromissão — comecei. Sou um velho juiz; tenho vivido muito, julgado inúmeras causas ; conheço todas as comédias e dramas da vida, e desgraçada­mente as tragédias também. Muitas desarmonias conjugais se resol­veram no meu tribunal com a res­tauração completa da ventura do lar. Consintam que os aconselhe, para o seu bem. Quem foi feliz uma vez, porque não o será de novo ?

Naqueles semblantes, uma ex­pressão jovial, desconcertante, in­concebível, fazia esmorecer a mi­nha eloquência; interrompi o discurso, perplexo.

Uma das raparigas, abafando o riso, assumiu um tom respeitoso para me esclarecer.

— Sr. Dr. Juiz, Não conhece, como pensa, todas as comédias da vida. Nem nós, que somos actores, os quatros, conhecemos tantas assim. O comboio está parado há muitas horas, com prejuízo do nosso trabalho; nós temos de ensaiar.

Ainjda agora me sinto mal, quando recordo aqueles instantes ; tive de enxugar a testa. Cuidei tirar-me de embaraços galante­mente:

— E’ que representam com tal naturalidade, tão ao vivo que lo­grariam ao mais esperto. Aceitem os meus cumprimentos calorosos. Quando me for possível, irei assis-

rT ju t tL ( J u L t t iA p o n t a m e n t o s d e J . J . C A R I A

Diz-nos a História que Maomé despozou uma viúva riquíssima chamada Kadidja. Provàvelmente o inspirado condutor de camelos, que nessa altura andava pregando a igualdade dos homens e a Fraternidade Universal, fè-lo por uma questão de previdência .

Este facto comprova ainda que já nessa época as viuvas «recheadas» tinham bastante procura, mesmo entre os desin­teressados Profetas . . .

O grande mal do povo é pensar com a boca. O grande mal do pensamento é a boca do povo.

Os versos são bocadinhos de proza na «bicha» da poesia, Se algum deles sai da «bicha» perde a vez, e volta nova­mente a ser um bocadinho de prosa.

Quando no ano de 1818, Thenard descobriu, o peró- xido de hidrogénio, a famosa água exigenada, não pensou eertamente que a sua descoberta viria a ter mais in f luencio, nos cabelos das mulheres do que nas cabeças dos homensj

A eloquencia è o dom natural que serve para conven­cermos os outros de que estamos convencidos d'aquilo qut os pretendemos convencer.

A ptincipal força que nos fa z sentir respeito, e talvez terror, ao contemplarmos os retratos poeirentos dos nossos antepassados, é o facto de pensarmos que um dia seremos também antepassados.

29 de Fevereiro '. E is uma data em que todas as mulheres desejariam ter nascido. Sempre era uma atenuante na men­tira original . . .

Português c francês cÂExplicações a alunos do

Ensino Liceal e Comercial por ex-professor ae Ensino Téc­nico e provisório dos Liceus, devidamente diplomado.

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Trabalhosu m e r , r , t y(ias d'Arte-Aparelhos fotográficos '

Reportagem Fotográfica

R . Bulhão P a to , 11 fflO D IlJo

tir à peça. Como se chama a comédia?

— Um Juiz atrapalhado — infor­mou ela solícita.

Houve um instante de suspensão; depois rompemos todos numa gar­galhada geral. E’ verdade que um juiz não deve dat gargalhadas; mas eu estava aposentado, não esqueçam.

Coordenação J í

frei Agostinho de PenomocoíMAIO

Dia 19 -1 7 5 9 - -Funda-se em Lisboa, uma aula de comércio a nossa primeira escola comercial.

Dia 20 — 1449— Trava-se a batalha de Alfarrobeira, em que foram vencidos e mortos D. Pedro, duque de Coimbra e D. Alvaro Vaz de Almada, conde de Abran- ches.

Dia 20 — 1506 — Morre Cristóvão Colombo.

Dia 21 — 1927 — Lindberg atravessou o Atlântico eu voo directo.

Dia 22 1885 — Morre ogrande Victor Hugo, poeta e prosador francês.

Dia 23 — 1537 - O Papa Pedro III, concedeu a pedido de D. João III, o estabele­cimento da inquisição efl Portugal.

Dia 24 — 1801 — D. João V j declara guerra á Espa­nha. Perdemos Olivença.

Dia 25 — 1625 — E ’ cano­nizada, p e l o P a p a Ur‘ bano VIII, a Rainha Santa Isabel.

Quem vier a Montijo de 25 a 30 de Junho não mais esquece o deslumbrante aspecto das ornamentações, das suas praças e ruasj

Só visto se acredita

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19-5-955 A PROVINCIA 5

D E S P O R T O SCampeonato Nacio­nal da 2.“ Divisão

MonHjo, 2 — Estoril, 2C am po L u ís d’ A lm e id a F id a lg o .A r b i t r o : M a te u s P in to S o a r e s —

do P o r to .As e q u ip a s f o r m a r a :Montijo: A lb e r t in o ; J o s é L u ís

e C a ix e ir in h a ; N e to , F a b r e g a I e S e r r a lh a ; E r n e s t o , F e r n a n d o , M. L u ís , J . J o s é e B e n je ., Estoril: J o s é M a r i a ; M o ta e H o r á c io ; M a líc ia , A th o s e C a ld a s ; L o u r e n ç o , N u n e s , M e lã o , P a u lin o e M orais.

S e n d o u m jo g o q u e n ã o in t e r e s ­sava a q u a lq u e r d as tu r m a s p o rq u e q u a lq u e r d e la s e s ta v a m j á a fa s ta d a s dos p r im e ir o s lu g a r e s , m a s s ò m e n te p re d o m in a n d o a in te n ç ã o d e a m b o s , o a fa s ta m e n to do ú l t im o lu g a r , a a s s is tê n c ia fo i d e m in u ta p r in c ip a l ­m en te n o p e ã o . C o n tu d o n ã o d e i­x o u de s e r in t e r e s s a n te a m a n e ir a c o r i e c ta e b r io s a d as d u as e q u ip a s t

A p e sa r de n ã o se v e r i f i c a r em toda a p a r t id a g r a n d e s r a s g o s t é c ­n ic o s , e is so n ã o a d m ir a , p o r q u e q u a lq u e r d e las m o r m e n te o M o n ­t i jo , fez a l in h a r 5 jo v e n s , a lg u n s q u e a lin h a v a m p e la s e g u n d a v e z na e q u ip a p r in c ip a l.

A p a rt id a in ic io u - s e c o m a sa íd a do E s to r i l , q u e n o s p r im e ir o s 15 m in u to s e co m o v e n to a se u fa v o r , te im a v a in f i l t r a r - s e n o z o n a p e r i ­gosa d o s m o n t i je n s e s . E s te s n o e n ta n to ,fo r a m s a c u d in d o a p re s s ã o do a d v e rs á r io e la n ç a n d o - s e ao a taq u e p e la su a a sa e s q u e r d a e B e n je a o s 16 m in u to s fa z e n d o u m bom c ru z a m e n to , p r o p o r c io n o u a M . L u ís u m a b o a e n tr a d a d e c a b e ç a , m as sa in d o o e s fé r ic o p o r c im a d a b a rra .

A os 1 8 m in u to s , fo i a in d a o M o n tijo q u e q u a n d o c o n d u z ia u m a a v an çad a p ela a s a d ir e i ta fo i b e n e ­fic ia d o , p o r fa lta d e u m d e fe sa E s to r i l i s ta d e u m l iv r e , ju n t o à g ra n d e a re a , q u e m a rc a d o p o r F e r ­n an d o n ão r e s u lto u , n o c o n t r a a ta ­q u e do E s to r i l o M o n ti jo ce d e c a n to . L o u r e n ç o e x e c u to u m a s A l­b e r tin o , s a in d o da b a liz a b lo c o u com d e cisã o .

A os 20 m in u to s jo g a d a de p e r ig o p ara o E s to r i l , m a s J . M a ria e v ito u com o u m a b o a d e fe sa . S e g u id a ­m en te o M o n ti jo a ta c a p o r in t e r ­m éd io de J . J o s é , q u e p a ssa n d o em p ro fu n d id a d e a E r n e s t o , e s te l i - vrou^se do a d v e r s á r io e re m a to u p or c im a da b a r r a .

A os 2 5 m in u to s , c a n to c o n t r a o E s to r il m a rc a d o p o r B e n je e u m defesa d o E s t o r i l a l iv io u , a p r o v e i­tando e s te s p a r a n u m c o n t r a a ta q u e fazer p e r ig a r as b a liz a s d e A lb e r ­tin o .

E n tr e ta n to as e q u ip a s jo g a v a m em to a d a d e e q u i l íb r io m a s fo i o E s to r i l q u e a o s 33 m in u to s fe z o

• seu 1.° g o lo , p o r M e lã o , o c a s io n a d o de u m a p r e c ip ita ç ã o d e F a b r e g a I. Iam d e c o r r id o s a p e n a s 3 m in u to s o E s to r i l a u m e n to u a v a n ta g e m p ara 2 -0 p o r N u n e s q u e c a p ta n d o o e s fé r ic o j á fo r a da l in h a d e c a b e ­ce ira o c o n d u z iu p a r a o m e lh o r sito o n d e fe z o te n to .

Q u an d o se e s p e ra v a q u e o r e s u l ­tado d e ste te m p o n ã o se a lte r a s s e , o M o n ti jo c o n d u z in d o u m a ta q u e p o r J . J o s é , e s te , p r ó x im o da g ran d e á re a , a r r a n c a u m p o te n te re m a te , faze n d o o 1 .° g o lo do se u

g r u p o , iam d e c o r r id o s 41 m in u to s , te r m in a n d o o 1 .° te m p o em 2 -1 a fa v o r d o E s to r i l .

In ic ia d o o 2 .° te m p o o M o n ti jo in s ta lo u - s e lo g o n o c a m p o d o a d v e rs á r io , e a o s 2 m in u to s a r e m a te J . J o s è , J o s é M a ria d e fe n d e c o m s e g u r a n ç a .

A o s 13 m in u to s J . J o s é a b r in d o a d e feza do E s t o r i l , c o lo c a o e s f é ­r i c o à m e r c ê de M . L u ís , m a s e s te e m b r u n h a n d o -s e c o m e l e , c a i , g o r a n d o -s e a o p o rtu n id a d e do e m ­p a te .

A os 15 m in u to s b o a d e fe sa d e A lb e r t in o a r e m a te de N u n e s .

A o s 2 0 m in u to s B e n g e , fu g in d o à v ig i lâ n c ia d o a d v e r s á r io in t e r n o u - -s e p a ra o c e n tr o do te r r e n o d e fe n ­d id o p e lo E s t o r i l e d e s fe r e u m p o ­te n t e r e m a te , q u e J o s é M a ria s e g u ­r o u c o m v a le n t ia .

A o s 2 3 m in u to s a u m b o m r e ­m a te d e J . J o s é , J o s é M a ria d e fe n d e p a ra c a n to , q u e m a rc a d o lh e p r o ­p o r c io n o u n o v a d e fesa .

A o s 2 8 m in u to s n u m a e n tr a d a d e M o ta a in t e r c e p ta r u m a fu g a d e B e n je e s te le s io n o u - s e , e s ta n d o o jo g o in te r r o m p id o p o r a lg u n s m i­n u to s .

J á q u a n d o s e e s p e ra v a q u e o E s t o r i l , c o n s e g u ir ia a v i t ó r ia , J o a ­q u im .Jo sé n u m a jo g a d a p e s s o a l, la n ç o u n o a ta q u e d a su a e q u ip a a su a v e lo c id a d e p a ra a á re a d o E s ­to r i l e s e n t in d o - s e a tr a íd o p e lo a d v e rs á r io q u e o p e r s e g u ia , p a sso u o e s fé r ic o e m c ru z a m e n to a B e n g e , e s te c o m o g u a rd a re d e s e s t o r i l i s t a ao se u e n c o n t r o n ão te v e d if ic u l­d ad e e m fa z e r o e m p a te , ia m d e c o r ­r id o s 31 m in u to s . O M o n ti jo c o m e s te g o lo , e s p e v ito u u m p o u co em p r o c u r a da v it ó r ia , p o is fo i a in d a o E s to r i l q u e c r io u p e r ig o a r e m a te d e N u n e s , q u e A lb e r t in o d e fe n d e u a p u n h o s à q u e im a ro u p a , se n d o m u ito a p la u d id o .

E c o m a s e q u ip a s c o n fo r m a d a s co m o r e s u lta d o te r m in o u a p a r ­tid a - 2 - 2 .

F r a n c a m e n te o r e s u lta d o e s tá c e r t o , p re m ia n d o a fr a c a e x ib iç ã o d a s d u a s tu r m a s . F o i u m jo g o c o r ­r e c t o q u e s im p le s m e n te in te r e s s a v a p a r a fu g ir ao ú lt im o lu g a r .

N o E s t o r i l a g r a d o u -n o s J o s é M a r ia e a v iv a c id a d e d e M e lã o .

N o M o n ti jo , m e r e c e r e a lc e J o a - q n im J o s é , b o a tê m p e ra de jo g a ­d o r e co m g r a n d e s fa c u ld a d e s d e tr iu n f a r , p e lo se u g r a n d e p o d e r a t lé t ic o e m a n e ir a s u b t i l c o m o f in ta o a d v e r s á r io e c o n d u z as a v a n ç a d a s d o se u g r u p o . O x a lá , e s t e ja a q u i o g r a n d e fu tu r o m o n t i ­je n s e .

A lb e r t in o , m e r e c e ta m b é m o s p a r a b é n s , c o to u - s e s e g u r o e á g il n a s su a s in t e r v e n ç õ e s . N os r e s t a n ­te s te m o s a s a l ie n ta r a b o a v o n ta d e d e B e n je em fa z e r b o m e m e lh o r fa z e n d o co m J . J o s é u m a b o a a s a . A d e fe sa m e n o s m á , o n d e C a ix e i ­r in h a fo i o m a is f r a c o . N o q u e re s p e ita a o s n o v o s in te g r a d o s n a e q u ip a te m o s b o a s p ro m e s s a s p a ra o fu tu r o , p r e c is a m é s e r t r a b a lh a ­d o s p o r u m té c n ic o c o m p e te n te .

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V ic t o r M . M . V ie g a s , 1 .° , 7 .° , 1 9 .° e 3 1 .° ; E d u a r d o S a b in o T e r r a s , 2 .° ,

3 .° , e 1 2 .° ; A ld e m ir o E d u a r d o B o r g e s , 4 . ° ; D io g o M e r d o n ça T a ­v a r e s , 5 ,° , 6 .° , 1 0 .° , 2 1 .° , 2 8 .° , 3 8 .° e 4 0 . ° ; J o ã o T e o d o r o da S i lv a , 8 .° , 2 2 .° , 2 3 .° e 2 7 . ° ; F r a n c is c o J . V . C a s t r o , 9 .° , 1 8 .° e 3 2 . ° ; F r a n c is c o J e s u s S i lv a , 1 1 . ° ; E d u a r d o d os S a n to s B a e ta , 1 3 .° e 3 3 . ° ; A n tó n io

J . B . B o d r ig u e s , 1 4 . ° ; C r is t ia n o J o s é M o r e ir a , 1 5 .° ; A n tó n io C u -

g u e g o F i r m in o , 1 6 .° ; J o s é M a r t in s B a r r o s , 1 7 . ° ; O r fa n a to d e M o n ti jo , 2 0 . ° ; R a u l L o p e s M a r t in s , 2 4 .° e

2 5 . ° ; E u s é b io P . O l iv e ir a , 2 6 . ° ; J o s é C o n s ta n t in o B o r g e s , 2 9 . ° ; J o s é C o r r e ia L e i te , 3 0 .° e 3 6 . ° ; J o r g e S o ta n o L o p e s , 3 4 . ° ; Jo s é P e d r o C a r a b in e ir o , 3 6 . ° ; B e n ja ­

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P e n a é q u e o p ú b lic o n ã o te n h a a c a r in h a d o c o n v e n ie n t e m e n te a in ic ia t iv a e a b o a v o n ta d e d a g e ­r ê n c ia n ã o s e ja s u f ic ie n te p a ra m a n t e r c o m r e g u la r id a d e a s su as ta r d e s d a n ç a n te s e e s p e c tá c u lo s n o c tu r n o s .

E s ta s c o n s id e r a ç õ e s v e m a p r o ­p ó s ito da c o m u n ic a ç ã o q u e a g e ­r ê n c ia faz ao p ú b lic o a v iz a n d o d e q u e in t e r r o m p e n e s ta d a ta o s p r o ­g r a m a s q u e v in h a o r g a n iz a n d o , e s p e r a n d o r e c o m e ç a r n o O u to n o se o p ú b lic o ju lg a r c o n v e n ie n te d a r - lh e u m p o u co m a is d e a p o io .

Mais uma vez a equipa de basquetebol do Clube Des­portivo de Montijo se des­locou a Lisboa para disputar um jogo do campeonato nacional da 2.a divisão. Tal como se tem notado ultima­mente, por comodismo de alguns jogadores e afazeres da vida particular ou doen­ças de outros, o grupo voltou a apresentar-se desfalcado.

Exactamente como acon­teceu no jogo disputado em Montijo, o principal trunfo do Á vila residiu na elevada estatura da maioria dos seus jogadores. Este factor im­portantíssimo ao basque­tebol, foi decisivo no jogo a que estamos referindo, pois na equipa do Montijo verificou-se justamente a ausência dos elementos com mais condições físicas para se oporem aos adversários. Assim, os jogadores monti­jenses que alinharam foram d o mi n a d o s qua s e total­mente pela envergadura e poder atlético dos antago­nistas.

Jogo no campo do Vitória de Lisboa, na Picheleira, sob a arbitragem, um pouco

tolerante no que respeita ao contacto pessoal, do sr. José Filipe.

Os grupos alinharam e marcaram:

Ávila'. — R o d r i g u e s (7), Severiano Figueiredo (26), A. Figueiredo, Pires (12), Amaral, Soares, (6), Serra (1) e Amado (3).

Montijo'. — Cosme, G a­briel, Lopes (8), Tomás, (18), José Rosa (7) e Eugênio.

No próximo domingo o Montijo recebe no seu campo do Parque, às 11,30 horas a equipa do Boa-Hora, para disputar o último jogo desta série.

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O n o s s o n ú m e r of S P f C I A L

Conforme circulares já dis­tribuídas «A Província» Vai fazer o seu número especial dedicado às F E S T A S PO­PULARES DE S. PEDRO, 0 qual será uma homenagem ao Concelho de Montijo, assinalando neste ano de 1955 todas as actividades em todos os sectores da vida montijense.

Assim, e a par da vida associativa, a comercial e industrial terão uma posição de destaque nesse número.

A todo 0 comércio e in­dústria foi pedida a colabo­ração que estamos certos, mais uma Vez nos não será negada.

No capítulo industrial não queremos deixar de assinalar os sectores corticeiro e cha- cineiro para o que iremos fazer reportagens por cola­boradores especializados.

O t r a b a l h o é árduo e grande. Só com uma optima colaboração de todos poderá ser executado conforme está previsto.

Para isso, solicitamos a todas as entidades que faci­litem quanto possível a acção dos nossos redactores, cola­boradores e agentes.

Por todo 0 bom acolhi­mento e boa Vontade «A Província» muito agradece.

«A Província» aproveita a oportunidade para publica­mente agradecer à Comissão das Festas de S. Pedro o facto de não incluir no seu programa deste ano — Pu­blicidade — deixando assim essa fonte de receita à dis­posição dos jornais que jul­garem conveniente aprovei­tá-la para os seus números extraordinários dedicados às F E ST A S.

18 Bandas de Música estarão este ano nas

Grandes Festas Populares de $. Pedro em M ONHJO

V I S I T E - N O S Tem facilidades de transporte do Norte ao Sul do País

Page 6: Viagem Triunfal CÂ fLlÔfLfrlÍt& (Lt Escolas Técnicas · Há dez anos que não ia ao Teatro. Não tenho, por ... estrelas é uma glória na ... VISITE-NOS DE 25 A 30 DE JUNHO Manuel

4 A PROVINCIA 19-5-955

Noticiário Regionalfundão

PISCINA DO FUNDÃO — Abriu finalmente a nossa piscina, que embora a temperatura esteja ainda um pouco convidativa, já teve alguns aficionados de natação a visitá-la.

Pela arrematação do seu bar, ficou de posse do sr. Júlio Duarte.

VISITAS MONTIJENSES — A tratar de assuntos referentes ao nosso jornal, visitaram-nos por curto espaço de tempo, os srs. Vasco Motta Pinto e Ruy de Men­donça, respectivamente Proprie­tário e Director, de «A Província» que se fizeram acompanhar de suas Ex*mas Esposas.

Foi com agrado que os vimos por cá, além do prazer em os conhecer.

VIDA DESPORTIVA — Após a reunião, pró-fusão, dos dois clubes Fundanenses, Sport Lisboa e Ben­fica e Sporting, sob a presidencia do sr. António Maria Paulouro, foi feita a votação para a escolha do nome à nóvel agremiação e carac­terísticas das equipas. Ficando a denominar-se, Associacão Despor­tiva do Fundão, e com as suas equipas, iguais às do Bangú-Brasil, camisola axadrezada, preta e gre- nát, e calções brancos. Mais se de­liberou, quanto às cotas, serem de 5J00 mínimas e 1$00 para crianças, possuindo os sócios maiores o desconto de 50°/o em tardes des­portivas.

Ao novo clube, que já conta com grande número de associados, fi­camos a apetecer o rejuvenesci­mento desportivo da nossa vila e longos anos.

COLCHAS DE CASTELO BRANCO—Foi de assinalado êxito, a abertura da exposição de colchas de Castelo Branco no Porto. Pelo que está de parabéns a Província da Beira-Baixa, pela apresentação desta sua maravilha de arte e bom gosto, única no género.

SPORTING DA COVILHÃ — A este clube, talvez por infelicidade, mais do que por uma razão de ser, foi-lhe aplicado o castigo da inter­dição do seu campo e a multa de mil escudos: coisas da bola, que mereceram o justo descontenta­mento, pelo que foram solicitadas providências. — C.

Pinhal NovoFEIRA ANUAL - A feira de

Maio desta localidade, realizada em 8 e 9 do corrente, teve como é costume uma farta concorrência de forasteiros, especialmente no domingo. Os comboios chegaram a esta vila, sempre completamente cheios e com as suas composições aumentadas.

Calcula-se em muitos milhares de pessoas que visitaram Pinhal Novo, que se fizeram transportar pelos combóios, Camionetas e au­tomóveis.

A feira encontrava-se muito bem abastecida e fizeram-se muitas transações, especialmente em gados.

Honve também barracas de di­versões, incluindo uma pista de automóveis que parece ter feito bom negócio, em virtude da grande quantidade de povo que frequen­tou a feira.

O recinto da feira encontrava-se ornamentado e iluminado.

SOCIEDADE FILARMÓNICA UNIÃO AGRÍCOLA — No passado dia 14 do corrente, realizou-se nesta casa de recreio o baile da Primavera. Abrilhantou esta festa, o Conjunto Musical «Reis da Ale­gria» de Montijo. — C.

Bej(A «PRÓ-ARTE» CONTINUA...

— Com a participação de duas grandes figuras de música portu­guesa, o pianista Abreu e Mota, professor do Conservatório Nacio­nal e o violoncelista Fernando Costa, primeiro solista da Orques­tra Sinfónica Nacional, prosseguiu no pretérito dia 6, a série de con­certos que a delegação da «Pró- Arte» se propôs a realizar.

Os artistas que terminaram as suas actuações interpretando um famoso trecho de Ravel, executa­ram composições de Beethowen, Schurbert, Chopin e Liszt. Em todas foram vibrantemente aplau­didas.TB ES N O T I C I A S

— Por iniciativa do sr. Bispo de Beja, vai ser construído nos subúr­bios de Beja, um bairro que terà o nome de Nossa Senhora da Conceição.

— Também, para ajudar a cons­trução deste bairro vai ser organi­zada no edifício do Governo Civil, uma exposição de Arte Antiga.

— Em viagem para Fátima, per­noitou no dia 11 nesta cidade Sua Eminência, o Cardeal Alfredo Ottavianni, que vinha de Gibral­tar. Em honra de tão alta figura religiosa, celebraram-se várias cerimónias.

D E S P O R T O

— Promovido pela Secção Columbófila do Clube Desportivo de Beja, disputou-se 110 último domingo a prova Madrid-Beja, que fazia parte do calendário da pre­sente temporada.

— Também no domingo, ao ven­cer a Ala da Vidigueira por 2-0, a Ala de Beja (Escola Industrial e

ProgramasM. de

RADIO

R e v is ta d e s p o r t i v aUma produção de Fer­

nando de Sousa informa os horários dos seus progra­mas ;

3.as feiras, em Rádio Res­tauração— às 11,30— Toiros, Toureiros e Touradas.

5.as feiras, em Rádio Ri­batejo— às 12,45 — Revista Desportiva.

Domingos, em Rádio Ri­batejo— ás 10,30— Previsões Desportivas referentes ao Campeonato Nacional da 2.a Divisão.

A ’s 15,45 'horas, 0 relato directo e integral dum de­safio de futebol a contar para a fase final da 2.a divi­são. Ao microfone o conhe­cido atleta olímpico, Matos Fernandes.

Revista Desportiva, uma produção de Fernando de Sousa ao Serviço do D es­porto Nacional.

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2.0S-feiras, às 12,15 h (inte­grado no programa «Isto é Portugal».

Comercial) foi proclamada campeã distrital.

— Diz-se que o Desportivo de Beja, a par de alguns reforços que procura arranjar para a nossa época, sofrerá várias baixas no no seu quadro.' Martins, Apolinário, Vidal, são as mais prováveis. — C.

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Batalha de Flores — Marcha Luminosa — Queima do BatelSão três números do programa das FesLas Populares de S. Pedro em MonHjo

que por si só consh'Luem um espectáculo inesquecível

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,9-5-955 A PROVINCIA 7

Correspondência_ Maria do Rosário Travas-

s0S Vâldez — Sintra — As co­lunas deste jornal estão à sua inteira disposição. Sinceramente nos agradaram os seus versos. Não podemos, dada a exiguidade do espaço de que dispomos, fazer uma apreciação profunda e ainda porque nos reservamos para depois

ler mais algumas produções, que por certo nos vai enviar. Cum­primentos e muito gratos pelas palavras amáveis que nos dirigiu.

_ Cândido Tavares Rosa da Silva - Afonsoeiro — Lemos já os vossos trabalhos. Eles revelam, embora com dificiências ortográ­ficas e imperfeições de forma, bom sentido humano, imaginação, tem­peramento poético aceitável e digno de ser acarinhado e estimulado. Pode contar connosco. Hoje sai a prosa, na próxima «Porta Aberta» publicaremos os dois sonetos.

— José António Moedas — Beja — Como deve ter observado colocámo-lo na categoria que me­rece. Palavras Cruzadas o Biogra­fias são assuntos que nos inte­ressam sempre. Felicitamo-lo pela idéia e aguardamos reconhecidos a continuação. Sobre o outro assunto da sua última carta, — não estão assim tão máus como pensa.

Envie-nos logo que possa duas fotografias para o cartão. Gratos por todos os favores recebidos.

— Afonso da Silva Campante — Tramagal — Recebemos sua colaboração. E notícias P Deixou passar as festas e não nos disse nada! Agradecemos o envio de duas fotografias para o cartão de identidade. Cumprimentos.

— Domingos Antunes Va­lente — Castelo Branco — Gos­tosamente o consideramos corres­pondente. Mande-nos duas foto­grafias e quando desejar colaborar deve enviar-nos directamente as suas produções.

— Alfredo Campos Lopes — Vila Real S. António — Recebe­mos sua carta que agradecemos. Já experimentou fazer uma pe­quena novela ? Tente o género e mande-nos para apreciação.

— Amável Cardoso Diniz — Montijo — Os versos que mandou são hoje publicados. Julgamos ter satisfeito o seu desejo. Conti­nuamos às ordens.

— Maria Antònia Guerreiro Castilho — Beja — Dos 3 sonetos que nos entregaram publicamos o melhor. Esperamos notícias e as suas impressões sobre o jornal.

— Aos correspondentes — A Administração agradece o envio urgente de duas fotofografias afim de serem passados os respectivos Cartões de Identidade.

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Lar Al FNTF.IO P E N S A M E N T O SPobres dos que não tem mãe... Ai dos que não têm lar.

No meu pobre vocabulário, à ternura que espande o nome de mãe só acho uma outra palavra que se assemelha : — Lar.

O filho quando nasce, busca na mãe por instinto natural,alimento, agasalho e protecção; depois da mãe, quando o tempo o faz conhe­cer procura o Lar. A ave voa à noite para o ninho com a mesma vontade com que de manhã voa em busca de alimento; a fera busca o covil quando acossada, para o defender e para lhe entra­rem no Lar há que passar sobre o seu cadáver.

E nós, homens, buscamos no Lar : o repouso, a alegria, o amor, toda a pura casta de prazeres que só ele nos proporciona.

Jlorre-nos a mãe, a mãe para sempre acabou-se, dela só fica a saudade; e é, por isso talvez, que ela nos é ainda mais querida; mas se algum cataclismo do mundo nos rouba o Lar, renasce em nós o desejo que é quase um legado da natureza, e o vazio da nossa exis­tência enche-se dessa justa ambi­ção : a edificação de um novo Lar.

Os fugitivos, os homens perse­guidos por outros homens que o digam, quantos anos do melhor da sua vida não dariam para o possuir. E aqueles que, roubados a eles, atirados para os campos de bata­lha, defendendo às vezes ideias de outros, que o digam também.

Lar, quanta ternura e magnani­midade não exprime a união destas três letras. Se o tens, faz dele o teu Deus, o Templo Divino da harmonia, o depósito da tua feli­cidade.

Que o espectro da desunião, en­contre a servir de porta uma bar­reira intransponível, formada'de amor, alegria, bondade e trabalho, forjada ao fogo bendito do enten­dimento.

Lembra-te que teu Lar se ergueu sobre alicerces de amor e que se eles se corromperem o edifício cuirá.

Recorda que tua esposa não pode ser para ti a escrava da tua von­tade ; lembra quando o amor para ela surgiu e era para ti a Deusa da perfeição; pensa que onde há su­periores não há comunicação livre de pensamento; e no Lar onde se ocultam ideias e acções não existe uma felicidade capaz de resistir à adversidade da sorte.

E tu, esposa, lembra que se hoje teu marido já não é o herói dos teus sonhos, e que já nem sonhas sequer, recorda que já o foi nos sonhos passados; e, quando o vires vacilar ampara-o, encoraja-o, na luta perpétua pela vida. Não rias dos seus ideais porque lhe são caros. . .

Amar, não deve ser gostar ape­nas, mas lutar pela felicidade de quem se ama, que só na felicidade deles se alcança a nossa.

C â n d id o T. Rosa da Silva

Toda a charneca é labareda viva Em angustia e espasmo de deso­

lação,Já não há foices,Nem guisalhadas,Nem pão...A própria terra é lume,Lume de mil fornadas E a terra, chorosa, de ciume Embebeu-a de orvalhadas!Que angustia desceu na terra

quente,Abraçada a tojos e alecrim Num amplexo de Dor E em solidão sem fim?O sobreiral transpira de agonia, Lágrimas da própria carne e do afã Do homem que o despiu...A terra mater bebe a seiva fugidia, (Não vá o Sol bebê-la)O homem tem esforços de titan, E a aragem é um sonho que fugiu...No silêncio há cansada melopeia, De sêdes ressequidas E a sombra vem cinzenta, duma

nuvemSem lágrimas sentidas:Terra que ficas longe do caminho Na carne do ausente Arrancada à Dor dum sói poente Quero beijar-te minha terra

exangue, No meu próprio sanguel

N oe l A ltu ra s

Q U AD RASComeço por elogiar O vosso belo jornal Pois tudo quanto ele encerra E instrutivo e leal

I IBasta ser iniciativa Desta terra sem igual Uma das vilas mais lindas Das vilas de Portugal

I I IConfesso que tenho pena Não ser de cá, natural Mas apesar de não ser Montijo é meu ideal

I VTem as festas de S. Pedro Que são verdadeiro encanto Montijo terra adorada Como eu te adoro tanto

Montijenses trabalhai Com alegria e vontade P’ra conseguirem fazer Do Montijo uma cidade

V IA todos os montijenses Eu agora me d irijo Para que gritem bem alto Comigo— Viva o Montijo

A n íb a l C ardoso D in lz

( C a n s a ç oVenho cansada! . . . Cansada de caminhar. ..No teu regaço óh!r mãi deixa-me descansar Olha p’ra mim. Oh! mãi vê como eu voltei.Venho doente de tanto que caminhei.

Repara. Olha os meus olhos, bem de frente!. .. Não vês! Agora a sua luz é dijerente.Escuta o coração. Ouve-lo bater?Já não vivo, não! No entanto quero viver.

Caminhei, e quase p’ lo caminho m orri.. .Chorei lágrimas de sangue, rezei, pedi;Tudo em vão, tudo me negaram friamente.

Nada encontrei, mas só em ti mãi, ternamente Eu achei repouso, finalmente em teu regaço E senti por fim terminado o meu cansaço.

Beia M a ria À n tó n ia G u e rre iro C astilho

Todo o homem que no palco da vida, não cria a sua próqria perso­nalidade moral; cedo recebe os apupos da plateia que o julgará no mais intimo da sua consciência.

Não há luz mais brilhante que a do espírito quando ele é livre.

Saber esperar. Saber estar calado e saber falar a tempo. São três virtudes que raramente coexistem no homem.

Antes de jogares futebol com os pés, deves primeiro assimilá-lo pelo cérebro.

O pormenor é a subslànci.i do raciocínio.

O futebol não é uma futilidade, mas sim uma arte que requere poder físico e concepção.

Nunca olvides a «História» por­que ela é a eterna memória dos povos.

Enquanto o medo subsistir en­tre os homens, nunca na «Terra» poderá haver a verdadeira felici­dade.

Tramagal, 1955Afonso da Silva C a m pa nte

F U T E B O LFutebol! Palavra mágica que

todos respeitam e veneram.Futebol! Alvo das multidões, que

ora deliram de alegria e entu­siasmo, ora de mágoa e sofrimento.. Sente-se no campo de jogos algo que esvoaça perante esses cérebros ávidos da vitória do favo­rito. São noventa minutos que não vivem, São noventa minutos em que as máscaras da dòr e da feli­cidade unidas dir-se-iam criadas num ambiente de respeito mutuo.

Enquanto uns, num combate íntimo, fazem espelhar no rosto a máscara do fatalismo, outros como verdadeiros irracionais, gritam em alarido insuportável os mais vee­mentes protestos contra a vítima.

Kefiro-me a essa parte para mim puramente neutral que é oárbitro. Desportista cem por cento, porque não exerce essa ingrata senão de­testável profissão um alheio do desporto, ele sente de antemão que vai cumprir uma arriscada tarefa mesmo que, e errar é próprio do homem, se desempenha dela impe- càvelmente.

Creio, e quase afirmo que assim acontece, essa é a única parte que descora o rico cenário cheio de beleza e poesia que nos oferece o desporto-rei. Pois os gritos radi­antes de uns, o sofrimento mudo de outros, a par desse fervor que os vinte e dois artistas, que sobre o relvado desempenham o seu emocionante papel, põem numa luta por vezes rude, mas leal.

Assim, quando se eliminar esse atrito que tem tornado muitas vezes o espectáculo tão apreciado, indigno de se presenciar, então sim, poderemos com orgulho dis­cutir e aclamar o belo desporto.

Fred

Pagam ento de AssinaturasImportante

Como é uso em toda a Im­prensa, o pagamento das assi­naturas è fe ito adianiada- mente.

Contudo, por motivos de organização inicial não nos foi possível proceder às primeira» cobranças senão quando saía já o N.° 1 de «A PROVINCI U.

De futuro vamos acertar o passo, fazendo o que todos fazem, isto è, cobrando-se as assinaturas com o avanço de uma série de 10 ou 20 números conforme se trata de assinan­tes de Montijo ou fora de Montijo.

Esperamos a boa vontade de todos para uma perfeita orga­nização que se impõe e todos anseamos.

Para fora de M ontijo: Houve algumas devoluções de reci­bos por não serem encontra­dos os destinatários.

Para estes pedimos o espe­cial favor de nos remeterem a importância das respectivas assinaturas, o mais ràpida- mente possível, porquanto não só nos facilitam os serviços como evitam mais despesas de correio.

Solicitamos ainda a todos os assinantes que residem fora de Montijo, sempre que pos­sam nos enviem as importân­cias das suas assinaturas, o que de futuro assinalaremos sempre numa coluna do nosso jornal destinada a «Assina­turas».

Os recibos para fora de Montijo, serão sempre passa­dos por séries de 20 números, salvo indicação em contrário dos interessados, que nesse caso informarão se pretendem séries de 10 ou 52 (1 ano).

Mais uma vez rogamos a boa vontade e o melhor acolhi­mento para as nossas cobran­ças, poisé dos seus assinantes que «A PROVINCIA» vive.

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8 A PROVINCIA 19 5-955

0 Regimento de Infantaria(C o n c l u s ã o d a

A profecção ao frabalhador( C o n c l u s ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )

ESCOLAS TECNKÀS(Conclusão da í.» página)

Ilustre Director Geral do Ensino Técnico Profissional, fez ao nosso colega «Dis­trito de Setúbal» no seu número especial de 7 do corrente.

A’ pergunta do jornalista:— Qual a posição do distrito de Setúbal no quadro do Ensino Técnico Profissional?— respondeu o snr. Dr. Car­los P r o e n ç a da seguinte forma:

— «Instalada conveniente­mente, como agora fica, a escola da sede do Distrito; a caminho de conclusão o edifício definitivo da escola do Barreiro, frequentada já por cerca de 900 alunos; criada e prestes a entrar em funcionamento a de Almada, cujas instalações definitivas em breve começarão também a ser erguidas — a posição do distrito de Setúbal no esquema de distribuição do ensino técnico, não pode dei­xar de considerar-se boa.

Está t a mb é m prevista; como sabe, a criação de uma escola no Montijo. A sua vez há-de chegar, quando Sua Ex.a o Ministro da Educação Nacional — a quem o País fica devendo, neste como noutros domínios, uma obra sem precedentes — o julgar oportuno, depois de ponde­rados, como é próprio dos seus métodos de trabalho, todos os factores a conside­rar em decisões desta natu­reza.»

Congratulemo-nos com o facto e fiquemos com a cer­teza de que embora neste ciclo c o m e m o r a t i v o da Grande Revolução Nacional; não esteja ainda incluida a Escola Técnica de Montijo, Sua Excelência o Senhor Ministro não deixará de olhar com carinho e atenção para este problema vital que é a formação técnico-profissio- nal da nossa juventude.

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MONTIJO

O que se diz, na peça, da Severa perante a Mouraria, pode dizer-se de Amália perante Portugal inteiro.

O drama «A Severa» cau­sou escândalo, ao ser repre­sentado pela primeira vez nos palcos de Lisboa e fir- mou-se obra de valor para jamais se arrancar da Lite­ratura Portuguesa. Vê-la, de vez em quando, é desejo das gerações e obrigação dos empresários teatrais. Os seus passos estão gravados na memória do povo, certas frases pertencem às conver­sas de todos os d ia s: «Isto é descer, Marqueza ?!» ; cer­tas figuras andam-nos na frente dos o l h o s a cada passo: o Custódia, a Chica, o Româo alquilador.

Am ália acedeu a repre-

e castelhanos. A nossa torre de menagem, embora des­mantelada e velhinha, é um pergaminho oficial não só da história da histórica vila militar, mas até do exército português que, sempre e nos momentos mais difíceis para a Casa Lusitana, soube lutar por um Portugal livre.

O Regimento delnfantaria n.° i i , hoje aquartelado em Setúbal, foi formado em 1643 como dissemos pelo terço do Partido de Castelo Branco e terço de Penamacor, com nome de Regimento de Pena­macor, como aindaeraconhe- cido em 1806. Este terço era o único existente na Beiia em 1643.

Tomou parte nas opera­ções da fronteira da Beira Baixa, entre as quais desta­caremos dois combates. O primeiro em 23 de Março de 1650, em Moraleja, foi uma brilhante vitória; o segundo, dois anos depois, entre Sarça e o Salto del Ca- ballo em que as tropas por­tuguesas ioram vencidas e na maior parte aprisionadas.

Algumas vezes também foram enviados destacamen­tos, a ele pertencentes, à Beira A lta e nessa fronteira participou na tomada de Lumbrales. Devemos obser­var que, nesta última parte da guerra, havia dois Terços no chamado partido de Cas­telo Branco.

Finda a luta, foram, pela reformação de 1668 reduzi­dos a um só, que ficou a c a r g o do governador da

sentar «A Severa» talvez com sacrifício, talvez com renitência. Era uma respon­sabilidade que assumia, pe­rante um público exigente, perante uma crítica preten­siosa e perante si própria. Era um cometimento algum tanto arriscado. Mas o ser­viço prestado à arte de Bra- zão impôs-se. E a peça veio à cena.

Que se v i u? Um sucesso, a que não faltou a detracção. Amália não é a actriz, nem sequer a cantadeira. E ’ a Severa, autêntica, real, reen- carnada. E ’ azougue, femini­lidade cortante, fatigando- -se, dando-se até à rouqui­dão, «alma do Fado» mais que nunc a . Ela enche o teatro, enche a peça, enche as medidas das atenções

p r i m e i r a p á g i n a )

praça de Penamacor, mas em 1675 passou de novo a ter comando independente.

Na campanha da Guerra da Sucessão de Espanha, este Terço figurava na Beira em 1704; em 1706 foi d ivi­dido em dois corpos chama­dos «velhos» e «novos»; ambos eles entrai-am na invasão de Espanha e foram destruídos na batalha de Almanza. Segundo a infor­mação de um oficial que tomou parte na batalha, a perda do primeiro deveu-se a tentar extemporaneamente a retirada, e a do segundo, a um êrro do sargento-mór. O mestre de campo do Terço Novo, Jorge de Azevedo Coutinho, comendador da Santa Marinha da Mata dos Lobos, foi morto combatendo valorosamente.

Já organizados em Regi­mento, pelejaram no A len ­tejo dois corpos da Beira Baixa em 1708-10, um dos quais, pelo menos, parece ter figurado na batalha da Godinha. Finda a guerra, ficou a existir um Regimento com o seu quartel em Pena­macor.

Em 1762, pertenceram os dois Regimentos de Pena­macor ao corpo que operou na Beira.

O restante da história do Regimento de Infantaria 11 (Regimento de Penamacor) continua-se 11a cidade de Setúbal, onde actualmente se encontra.

Prof. José M an ue l Lande iro

que a devoram, pôs o seu talento pessoal ao serviço da naturalidade, supremo predicado da Arte pura.

Assis é 0 grande artista que todos conhecemos, o faleroso p r o f i s s i o n a l que arrrrrebata as plateias, que desempenha um dos papéis mais difíceis do Teatro Por­tuguês com nervo talentoso; o auge da admiração atin­ge-se na cena das gargalha­das, que deflagra na casa uma explosão de aplausos espontâneos e sinceros.

Paulo Renato e os demais saem-se o melhor que sabem e podem, há que confessá-lo.

A crítica séria é uma sonda que pesquisa um veio. Não pode revelá-lo onde não existe, nem pode sonegá-lo onde o fluxo brota, pujante e fresco. De contrário, é uma estaca, hirta, solene, altaneira, que nada repre­senta, nem i n d i c a , nem aponta. Cabral Ádão

niente evacuação das águas residuais e pluviais e das matérias usadas. Também não é indiferente a orien­tação a dar à edificação se se quiser dotá-la de conve­niente exposição à luz e ca­lor solares para que no seu interior os compartimentos ou unidades de laboração tenham a localização apro­priada.

Os técnicos da construção, os técnicos da indústria e os técnicos sanitários não podem deixar de colaborar na criteriosa escolha dos materiais de c o n s t r u ç ã o , pois dela resultará não só a sua maior ou menor segu­rança mas também o con­forto ou desconforto e a sa­lubridade ou insalubridade dos locais de trabalho. As condições de a r m a z e n a ­mento, conservação e dis­tribuição do calor natural ou artificial, as condições de arejamento, ventilação e, até, de vibração e ressonân­cia dos edifícios são função da boa ou má escolha que se fizer do material de cons­trução — pedra comum, gra­nito, tejolo, ferro, cimento, madeira ou outro.

A disposição das diversas secções e oficinas de um es­tabelecimento i n d u s t r i a l , bem como a dos vestiários, refeitórios, instalações sa­nitárias, infantários, recin­tos de repouso, etc., devem obedecer a propósito de economia de tempo e esforço e de higiene, não devendo ser deixada ao acaso a es­colha e arranjo dos respec­tivos pavimentos.

A s instalações eléctricas, os esgotos, as canalizações de águas, gases e outros produtos, bem como a eva­cuação das matérias resi­duais põem problemas téc­nicos de segurança e higiene que exigem cuidadoso es­tudo.

Um estabelecimento in­dustrial que se abre tem de oferecer aos trabalhadores que nele vão exercer a sua actividade a segurança das suas vidas e saúde impor­tando que seja considerada a cubagem de ar, o pé di­reito, a espessura e o reves­timento das paredes dos locais de trabalho, refeitó­rios, dormitórios etc E o mesmo se deve dizer relati­vamente ao aquecimento, ventilação, iluminação e à evacuação dos produtos ou materiais incómodos, peri­gosos ou tóxicos.

Um defeituoso aqueci­mento, uma ventilação in­conveniente, um a i l u m i ­nação natural ou artificial que peque por excesso ou por defeito concorrem para a insanidade do trabalhador, para o seu desconforto, para o seu maior esforço, fadiga e falta de atenção, compro­metendo a produção em quantidade e q u a l i da d e . Também o grau de humi­dade merece estudo porque, por um lado, o trabalhador e, por outro, certas indús­trias só podem trabalhar em certas condições de hu­midade.

Os fumos, as poeiras e os gases ou vapores devem

ser convenientemente afas- tados dos locais de trabalho para que não comprometam a saúde do trabalhador, prejudiquem o trabalho ou os produtos manufacturados ou constituam perigo de ex. plosâo. Simultaneamente, tem de ser atendida a pro­tecção do trabalhador pela adopção individual de ves­tuário, luvas, toucas, cal­çado, óculos, máscaras e outros aparelhos que os s u b t r a i a m às influências perniciosas.

Os ruídos e as vibrações devem ser amortecidos até à medida do possível e 0 trabalhador deve ser ser­vido individualmente dos meios de protecção contra eles, bem como contra as radiações eléctricas, calorí­ficas e outras que lhe com­prometam a saúde e segu­rança. Esta não pode deixar de considerar uma estudada arrumação, protecção e con­cepção das máquinas e fer­ramentas, um conveniente espaçamento das passagens de serviço e acesso, a adop­ção de uma postura menos traumatizante do esforço e da atenção do trabalhador e, portanto, menos fatigante, Tudo são elementos que diminuem os riscos de de­sastres no trabalho.

Os trabalhos nas atmos­feras mefíticas, nas minas, nas indústrias tóxicas exi­gem cuidados individuais e colectivos de protecção e educação muito especiais.

A combustibilidade ou i n c o m b u s t i b i l i d a d e das construções, das máquinas e ferramentas, dos detritos, dos produtos industriais e materiais armazenados so­mam-se a diversos outros factores q u e influem no risco de incêndio e suas consequências para o traba­lhador e para a formação industrial.

São, indirectamente, nor­mas de protecção contra os desastres no trabalho e de defesa da saúde do traba­lhador as que dizem respeito a horários de trabalho e de descanso porque o indivíduo cansado, fatigado, está pre­disposto à distracção e ao desastre.

A limitação das horas de trabalho, em particular para as mulheres e para os me nores, e o escalonamento dos períodos de trabalho e de descanso para estes, bem como, para uns e outros, a sua exclusão de certos tra­balhos e horas de laboração, são medidas de largo alcance na profilaxia de muitos pre­juízos morais e materiais.

Certas organizações in­dustriais tem tentado expe­r i m e n t a l m e n t e levar aos ambientes de trabalho unis atmosfera repousante ou ex­citante de cor, música e desporto e, até, de r e c o lh i­mento espiritual com ópti­mos resultados práticos.

O condicionamento numé­rico das instalações sanitá­rias, a sua separação p°r sexos e a sua limpeza são apreciáveis meios de defesa da saúde física e moral dos trabalhadores.

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A B E L J U S T I N I A N O V E N T U R APraça da República— MONTIJO

A SEVERA(Conclusão da primeiro página)

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19 5*955 A PROVINCIA 9

P A L A V R A S C R U Z A D A SHORIZONTAIS : 1 — Terra natal do maior lírico

do século XVIII que usou o pseudónimo de Elmano Sadino. 2 — Alta. 3 — Prefixo latino que significa separação; provem; atmosfera. 4 —Em as; partida: ice. 5 — Máquina para introduzir agua nas locomo­tivas; 1905 em romano. 6 — Dividi em obras a água de rega. 7 — Marco; segues. 8 — Ocasião ; ópera ; partida. 9 — Hera; aragens; figura. 10 — Cano por onde se escoam as águas dos telhados. 11 — A Lusa Atenas.

VERTICAIS: 1 — Afecção inflamatória na laringe. 2 _Terceiro nome de Bocage. 3 - Conjugaçãocondicional; descanço ; antes de Cristo. 4 — Pron. pessoal; elo; para barlavento. 5 — Receei; escapei- -me. 6 — Conserva de uvas; lupanas. 7 — Desterra; nome de tromen (inv.) 8 — Nome de mulher; 1505 em romano; contracção de senhor. 9 — Ali; recuai; esquadrão (inv.) 10 — Segundo nome do vigoroso escritor Alentejano, autor dos Gatos. 11 — Rever provas.

Solução do P ro b lem a N.° IOHORIZONTAIS ; 1 — Mar; pre. 2 — Latoarias.

3 — Es; em. 4 — Ufa ; aos ; sob. 5 — Nem; ara. 6 — Grata; nível. 1 — Rir; ela. 8 — Ira; ele; lar. 9 — ln ; ar. 10 — Reatarias. 11 — Use ; aro.

VERTICAIS: 1 — Hungria. 2 — Ferir. 3 — Ma; amara; eu. 4 — Ate; ias. 5 — Rosadamente. 7 — Presenteara. 8 — Rim ; rir. 9 — Ea ; savel; ao. 10 — Orela. 11 — Abalara.

Problema N.° 11

9 10 11

C O M A R C A DE M O N T I J O

Anuncio(l.a publicação)

No dia 15 do próximo mês de Junho, pelas 10 horas, à porta do Tribunal Judicial desta comarca, vai pela l.a vez à praça para ser arrematado pelo maior lanço oferecido superior ao valor por que será posto em arrematação, o pré­dio que a seguir se indica e que consta do autos de Acção de Divisão de Ccisa Comum que Emidio Pinto de Almeida e esposa Maria Emilia Nunes Figueira, movem contra Antó­nio de Sousa e Elisiaria de Sousa, Itodos residentes em Alhos Vedros, a correr seus termos pela 2.a Secção de Pro­cessos deste tribunal.

PRÉDIO A ARREMATAR Prédio de rés -do-chão e

quintal, sito na Rua Cândido dos Reis, em Alhos Vedros, a confrontar do Norte com Felis- berto da Costa Soares do Sul com Josè de Brito Caiado, do Nascente com o mesmo e do Ponte com a Rua, descrito na Conservatória desta comarca sob o n.° 8.133, a fls. 198 verso do Livro B- 21, e inscrito na matriz urbana da freguesia de Alhos Vedros, no art.0 17, que vai à praça pelo valor matri­cial corrigido de 20.160$00.

Montijo, 9 de Maio de 1955 O Chefe de Secção,

Francisco António Faria Verifiquei:

O JUIZ DE DIREITO,Josè Maria Pereira de Oliveira

Responda je é c a p a z ! . , ,SOLUÇÃO DO NUMERO ANTERIOR

1) — O crescente em brasões de cidades ou vilas significa que a povoação pertenceu aos mouros, pois o crescente é o signo do estandarte mahome- tano e que para isso teve tam­bém a sua origem num facto histórico.

2) — Porque D. João IV ao consagrar o reino a Nossa Se­nhora da Conceição, determi­nou que nem ele' nem os reis 8 eu s sucessores poriam a coroa na cabeça, porque daí para o futuro, a Senhora da Conceição, Rainha do Céu era também Rainha de Portugal.

3} — Um certo padre pret-n- deu a paroquididade de Alco­chete, para o que implorou o auxilio de D. Francisco, irmão de D. João V. Para a obter, o Infante fê-lo meter no rio e passear por ele de maneira que a água lhe desse pelas barbas. Feito isso, o sacerdote obteve a jsjraça que desejava, inas a infante teve de dizer- -lhe; Obtiveste o que desejavas mas é necessário dizeres a toda a gente que, para isso, «teve de te dar a água pelas barbas».

4) — As conchas ou vieiras em igrejas ou qualquer outro monumento recordam o pode­rio de Santiago ou qualquer obrado por seu intermedio. Quase todas as jgrejas perten­centes a esta Ordem tem as conchas ou vieiras, que tam­bém tem a sua origem simbó­lica.

José M a n u e l Lan de iro

Vendas a pronto e com

'• • • pagamentos suaves : : :

UMA C A N E T A PARA ESCREVER MELHOR

Vende-se em Monrijo na

REPAL, L.DAP r a ç a Gomei freire de A n d r a d e , 2 2

T e lefon e 0 2 6 378

C O N C J J R S O0 Campeão de «A Provinda»

1.°2.°3.°-4.°-5.°-6.° -7.°-8.°. 9.° -

10.° ■

Classificação na 9.” etapa- D. Maria da Conceição dos Santos — Montijo —- Teófilo Martins Caiado — » —- Manuel Militão de Carvalho — » —- António Lucas Catita — > —- Eduardo Santos Baeta — » —- Afonso da Silva Campante — Tramagal —■ Álvaro Serra — Montijo —- Eugênio Vieira Branco — » —José Francisco Soares Martins — » —

- António Sampaio Martinho — Bombarral —

108 pontos 55 »42 »39 »34 »20 »14 »13 »1 2 »8 »

Mais uma etapa e mais uma revelação — o sr. José Francisco Soares Martins — até aqui desconhecido que, ascendeu ao 9.° lugar da clas­sificação geral ficando ape­nas a 1 e a 2 pontos do 8.° e 7.° classificados.

Entre o 1.° e o 10.° classi­ficados há a diferença de 100 pontos mas por enquanto não há razão para desfaleci­mentos, pois ainda' temos o «caso» da semana passada — o concorrente sr. Teófilo Martins Caiado —, que de uma assentada conseguiu 55 pontos e o 2.° lugar. Se dá outra pedalada assim, não sabemos o que suced erá .. . ?

Como primeiramente in­formámos só publicamos a classificação dos primeiros 10, c o n q u a n t o presente­mente os concorrentes já ultrapassem o número de 30.

Estamos quase a metade da prova e a primeira posição parece ser inatingível, no entanto não prognasticamos para não sair asneira.

Portanto meus senhores e . . . mi nhas senhoras, peda­lem sem cessar, sem desfa­lecimentos, com isso só têm a lucrar, «A Província» e os prezados leitores.

E agora até à 10.a jornada.

PASTELARIABPERÁNÇá

Fabricação es­merada de bolos em todos os sor­tidos para re­venda e venda

ao público. Fornecem-se lanches para bapti- sados, casamentos, soirés, etc.

Rua Joaquim d’A lm e id a , 49 M ONTIJO

Condições gerais do concurso

1.° — Todos os leitores ouleitoras podem concor­rer.

2.° — O concurso terá a du­ração de seis meses, com início em 5 de Março de 1955.

5o. — O concorrente que du­rante o prazo do con­curso consiga obter o maior número de assi­nantes será proclamado O Cam peão de «A P R O V IN C IA » .

4.° — Em todos os númerosdo nosso jornal e até fim do concurso, será indicada a classificação semanal dos primeiros dez concorrentes.

5.° — Ao concorrente procla­mado Campeão de «A P R O V I N C I A » s e r á entregue a quantia de MIL ESCU D O S.

6.° — Serão ainda contem­plados com pr é mi o s que oportunamente ire­mos anunciando todos os concorrentes classi­ficados até ao 10.° lu­gar.

Aviso importante: Os pré­mios só serão entregues, depois de os assinantes pro­postos efectuarem o paga­mento das assinaturas do nosso jornal.

Mande hoje mesmo a sua primeira lisla

F o l h e t i m d e « A P r o v í n c i a » N . ° 1 0

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cÂaguLtuL JHuit

— Oh meu D eu s! — dizia ? criado — como teria sido isto possível! . . .

— Não sei Dunstan, mas uma coisa é certo. Alguém entrou no quarto. . . e seria conveniente v e r i f i c a r m o s como foi isto possível.

Os meus olhos cairam ®ais uina vez sobre o pu­nhal, que estava agora so­bre uma cadeira.

— Este punhal pertencia a° patrão — disse lenta­mente o velho — estava co­locado na parede nesta pa­nóplia.

E apontava o lugar vago «eixado pela arma.

— Por onde teria pene­trado o assassino ?

Por fim, Dunstan e eu começámos a percorrer todas as dependências do Castelo, verificando as portas e ja­nelas, as quais estavam devi­damente fechadas.

A mão trémula do velho criadoaproximou se da boca eem surdina perguntou-me:

— Que pensa disto «Mis­ter» Irvine ?

Não estava disposto a dar crédito às superstições de Dunsta e perguntei-lhe por minha v e z :

_ Não haverá com certeza outra entrada para o Cas­telo ?

— Que eu saiba não. . . mas . . . passa-se aqui qual­quer coisa de e s t r a n h o ,

«Mister» Irvine. . . qualquer coisa, ..

E a sua voz espirou tre- mulamente.

— Voltemos — di s se eu depois de uns momentos de reflexão —e que sua mulher vá chamar «Miss» Paradene e lhe diga o que se passa.

** *

Ouvi bater quatro horas. Um irredutível sentimento de depressão começava a apossar-se de mim.

No entanto voltei a sen­tar-me no maple em frente do fogo, na disposição de r e f l e c t i r , tranquilamente sobre a fúnebre aventura.

Voltei ao princípio da história e apliquei me a re­ver todos os detalhes que podessem lançar alguma luz sobre a morte do homem que tã o misteriosamente chegara a «Falcon Castle».

O motivo da sua visita pareceu-me falso. Uma só pessoa podia ajudar à reso­lução do enigna: Lucille Paradene.

Porque tinha ela oposto um mudismo obstinado às minhas p e r g u n t a s de hà pouco?

O seu silencio não era menos enervante do que a morte, do seu companheiro.

Uma só suposição razoá­vel me ocorria: era de que um importante segrêdo exis­tia entre «Mister» Paul e meu avô. Mas a natureza desse segredo?...

S e n t i a que o sono se apossava de novo de mim. Sem reagir fechei os olhos e adormeci.

Em sono agitado, sem que o espírito s o s s e g a s s e , as visões socediam-se, obrigan­do-me a um esforço violento para para acordar.

Ao mesmo tempo ouvia chamar pelo meu nome e pancadas fortes, soavam-me dentro do cérebro.

Abri os olhos.A s v e l a s inteiramente

consumidas estavam apaga­das. A s janelas fechadas, mas pelas frinchas vi a cla­

ridade do dia que despon­tava.

No momento em que me punha de pé, Dunstan abria a porta.

Apesar d a obscuridade que reinava no aposento, pude ver o ar terrivelmente desfigurado que o pobre criado aparentava.

— Já bati várias v e z e s ,., como não r e s p o n d i a . . . a br i . . . A campainha.

Todas estas frazes eram entrecortadas pela respira­ção o f e g a n t e do v e l h o Dunstan.

— Não sei de que campai­nha xfala! .. A d o r m e c i e nada ouvi a não ser as pan­cadas que deu na porta até me acordar.

— A campainha do quarto do Patrão — respondeu-me ele cada vez aparentando maior terror.

— A campainha de meu avô?. , . É im possível!...

( Continua)

Page 10: Viagem Triunfal CÂ fLlÔfLfrlÍt& (Lt Escolas Técnicas · Há dez anos que não ia ao Teatro. Não tenho, por ... estrelas é uma glória na ... VISITE-NOS DE 25 A 30 DE JUNHO Manuel

10 Á PROVINCIA 12 - 5-955—j

A C T U A L I D A D E S D O M U N D OA R G E N T I N A

P A G IN O Q U IN Z E N A L

N Ú M E R O 1

19 de Maio de 1955

Actualidades do Mundo M a i s e m i g r a n t e s • • •

«A Província» inicia hoje a primeira página dedicada aos d i v e r s o s p a í s e s do Mundo, creditados em Por­tugal.

Estamos convencidos de que ela vai interessar os nossos leitores, de Vez em quando, Visto que o «pro­grama» é Variado e não Vi­sará qualquer aspecto de propaganda e de interesse monetário, para o autor ou para o jornal.

Os moldes em que Vão assentar estas páginas, são

simples e claros, culturais e artísticos.

A Argentina, a França, o Brasil, a América, o Princi­pado de Mónaco, a Itália, a China Nacionalista, a Ale­manha, o Japão, a Suíça, a Espanha, etc. Vão ter a sua página de hoje em diante.

Esperamos o bom acolhi­mento e as nossas sauda­ções à Argentina — Grande Nação governada por Peron— representada em Portugal pelo Dr. Roberto Angel Goyenechea, novo ministro da Argentina em Lisboa.

Grandes riquezasA República Argentina, com

a sua diversidade de climas e variada topografia, è um pais de grandes riquezas, cuja ex­ploração racial e intensiva, segundo planos coordenados, se está praticando actual­mente como fundamento da justiça social e da indepen­dência económica. Durante mais de um século de vida política independente a Nação viveu isenta duma economia livre, numa situação de de-

crescimento da riqueza. Mercê do esforço planificado e des­pendido nos últimos anos, a Argentina tran sfo rm ou-se numaNação socialmente justa, económicamente livre e politi­camente soberana.

Uma oportuna reforma eco­nómica e social transformou as antigas estruturas do mapa económico. O fomento e pro­gresso da hidro-electricidade a intensa industrialização, a racionalização da agricultura

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pendência, que tornava impos­sível concretizar a reforma social a que aspiravam as classes trabalhadorss. O Go­verno do Presidente Peron enfrentou duas tarefas impor­tantes; colocar o capital ao serviço da economia, modifi­cando o antigo e contrário es­tado de coisas e proceder ao reordenamento da riqueza argentina para a organizar, defender, incrementar e a co­locar, igualmente, ao serviço dos altos interesses da Nação e do Povo, que a produz com o seu estorço.

Até há muito pouco tempo, a Argentina era um país ex­clusivamente agrícola e pe­cuário, de exploração semi- -feudal e rudimentar. Era ló­gico, por certo, que essas estruturas monopolistas e co­loniais procurassem travar o desenvolvimento do país e o bem estar social e conspi­rassem contra um harmónico e pecuária e o cuidado dispen­

sado às riquezas minerais e petrolífera? marcaram uma etapa de realizações gigan­tescas. O Governo do Presi­dente Peron apoiou com todos os meios ao seu alcance a produção e a indústria. O Banco de Crédito Industrial Argentino converteu-se num organismo de alta política in­dustrial. Não se limita ser uma instituição de crédito, pois também propicia e fomenta todas as manifestações da acti­vidade, tendentes a consolidar a indústria do país, estimula a criação de novas indústrias ajustadas ás possibilidades racionais e em zonas propícias para fixação de núcleos hu­manos; encaminha os contin­gentes emigratórios e conse­gue a política da energia, de­senvolvendo especialmente a hidro-electricidade, tenda a libertar o país duma tradi­cional dependência do com­bustível alheio.

Mereceu também igual preo-

. . . O navio, lento e ma- gestoso, fundeia no porto de Buenos Aires. Nas pontes, olhares ansiosos,esperanças, rostos pálidos e faces quei­madas pelo sol. Pequenas cabeças de mulheres cingidas pelo clássico lenço de cores ViVas. Idiomas vários mur­murando frases diferentes, mas unidos todos numa só palavra que anda de boca em boca, fundindo todas as linguagens, como antecipa­ção do destino de irmandade que os aguarda: Argentina!

Chega à Argentina mais um navio, com vários milha­res de homens de trabalho. Para trás, naquele mundo, ao qual viraram as costas, ficou a guerra, as persegui­ções raciais, religiosas ou políticas. Também lá ficou a incerteza, a destruição e a morte.

Agora, eles abrem bem os olhos, para captar a nova paisagem. Sabem que não estão enganados.

Desembarcam numa terra de paz. Já nâo terá impor­tância o facto de ser branco, amarelo ou negro.

É suficiente ser um homem honesto e de trabalho.

Bem pouco, na verdade. Mas foi preciso percorrer um longo caminho, para encon­trar uin lugar no Mundo onde esse pouco fosse reconhe­cido.

O Hotel dos Emigrantes! A espera t r a n q u i l a dum futuro mais sossegado ainda. Tudo está resolvido, com­pleto, conseguido. Mas não faltarão pequenos problemas individuais, que, inevitavel­mente, uma organização de c a r á c t e r ge r a l n ã o . p o d e prever.

Parentes que ficaram no longínquo país e que também desejam emigrar. Anciães já inaptos para o trabalho, mas que, pelo facto de serem pais, quizeram passar os seus

cupação o estímulo da indús­tria siderúrgica e o fomento da exploração do sub-solo. As minas de carvão de Rio Tur- bio, para não citar senão um exemplo, são hoje motivo de justificada satisfação nacional.

As vastas concepções do plano da energia, levadas a cabo gradualmente, coorde­nadas com a produção de electricidade dos diques e ge­radoras já terminadas e a in­tensificação da exploração do petróleo, gaz natural e carvão, estão transformando a Argen­tina radicalmente, apoiada por uma mão de obra competente e efectiva, adestrada nas Es­colas de Aprendizagem e Orientação Profissional e nas Universidades Operárias e alentada pela vigência dum estatuto social, que protege legalmente uma justa remune­ração, e por excelentes con­dições de tr ab alh o . Deste modo, dia a dia se vai conso­lidando e afiançando definiti­vamente a já recuperada eco­nomia da Argentina.

últimos anos junto dos filhos jovens que marcham para a Argentina a l m e j a n d o um porvir. Também esses proble­mas encontram sempre uma solução na Argentina de hoje.

Porque uma benemérita instituição que o s t e n t a o nome respeitado e querido da saudosa esposa do Presi­dente da República Argen­tina, a Fundação Eva Perón, trabalha i n c a n s á v e l me nt e p a r a solucionar t odos o s problemas que tocam o sen­timento de solidariedade, de compreensão e de a j u d a humanitária para todos os necessitados do país e dou­tras nações.

Por isso, um noVo navio

que c h e g a ao p o r t o de Buenos Aires, com a sua carga de milhares de emigran­tes, é uma renovada e sem­pre satisfatória comprovação de que a atitude generosa e cordial deste país acha eco em todos os trabalhadores do Mundo, que anseiam che­gar a uma terra de paz, de trabalho e de prosperidade,

Urna terra onde a lei su­prema seja o direito inalie­nável de pensar, trabalhar e prosperar, sem obstáculos de nenhuma índole.

. . . E em cada navio que atraca, os tradalhadores que nele chegam verificam ser a República Argentina a terra com que tinham|sonhado.

A transformação ' da vida argentina possui uma das suas mais sólidas bases no extraor­dinário impulso e fomento das riquezas do País. Durante muito tempo, a economia ar­gentina viu-se estancada na exclusiva exploração da ri­queza agropecuária. Até o sis­tema de comunicações ferro­viárias fôra planeado pelo capital estrangeiro, de forma a servir exclusivamente os seus interesses particulares, mas atentando contra a saàde e o progresso de todo o orga­nismo nacional. Todas as li­nhas Férreas convergiam no pacto de Buenos Aires, funil de sucção para a seiva vital do País e que a encaminhava para o estrangeiro em barcos alheios, como alheios eram os seguros e resseguros que co­briam os riscos inerentes a essas riquezas.

A situação actual é total­mente diferente. A nacionali­zação dos caminhos de ferro foi o primeiro passo gigan­tesco, para colocar os trans­portes ao serviço da riqueza nacional.

A criação da Frota Mercante Argentina, que proporciona porões próprios aos produtos do país, foi outro importante degrau, a que se seguiu a na­cionalização dos portos e se­guros. Uma vez nacionalizados os caminhos de ferro, foram os mesmos coordenados e li­gados mediante uma sólida rêde, que os une em todas as direcções.

A Frota Mercante Argentina, por seu turno, ostentando o pavilhão argentino, corre o Mundo como uma mensagem de amizade e de intercâmbio leal e equitativo. O seu pro­gresso foi enorme. Actual­mente, ultrapassa 1.200.00 to­

neladas e constantemente se rejuvenesce, sendo aumentada com novas unidades, providas de todos os melhoramentos da técnica moderna. Magní­ficos expoentes da Frota Mer­cante Argentina são os transa­tlânticos «Eva Perón»; «17 de Octubre» e «Presidente Peróm, este último um dos mais có­modos e luxuosos que nave­gam nos mares do mundo.

Quanto à política de comu­nicações, devemos frisar que o número de automóveis cir­culantes na Argentina a coloca no primeiro lugar da América do Sul, correspondendo, se­gundo as estatísticas, um veí­culo por cada trinta habitantes, Todos esses transportes, a que se deve juntar o aéreo — nave­gação, muito desenvolvida, dão uma idéia do grau de po­tencialidade económica da Ke- pública Argentina.

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