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12-05-2017 1 Conceitos Ver A palavra ver é o termo que se refere ao sentido da visão que dispõe os seres humanos e os animais, juntamente com o paladar, a audição, o olfacto e o tato, ela é uma das disposições sensoriais mais destacadas do ser humano. Graças ao órgão receptor dos olhos nos chegam às impressões de luz e estas por sua vez são transmitidas ao cérebro através das vias óticas responsáveis por processar a informação e materializar em imagens. Analise Uma análise é a distinção e a separação das partes de um todo com vista a conhecer os respectivos princípios ou elementos. Também se trata de um exame que se faz de uma obra, de um escrito ou de qualquer realidade susceptível de estudo intelectual, e de um tratamento psicanalítico. Cidade – elemento construído + cidadão A cidade não é apenas um objecto perceptível por milhões de pessoas das mais variadas classes sociais e pelos mais variados tipos de personalidades, mas é o produto de muitos construtores que constantemente modificam a estrutura por razões particulares. Se por um lado podem manter por linhas gerais exteriores, por outro, há uma constante mudança no pormenor. Apenas parcialmente é possível controlar o seu crescimento e a sua forma. Não existe um resultado final mas somente uma continua sucessão de fases. Perante a experiencia de um determinado espaço, existe uma percepção em relação ao que nos envolve e ao que nos sugere reacções no conhecimento pessoal. Análise da Cidade 1º Aspecto O Primeiro é a óptica que é a visão serial propriamente dita, e é formada por percepções sequências dos espaços urbanos primeiro se avista uma rua, em seguida se entra em um pátio, que sugere um novo ponto de vista de um monumento e assim por diante. o local. – Localização. 2º Aspecto Que diz respeito às reacções do sujeito com relação a sua posição no espaço, vulgarmente denominado sentido de localização (estou aqui fora), posteriormente, (vou entrar em um novo espaço) e finalmente (estou cá dentro). - As sensações provocadas pelos espaços. 3º Aspecto Este aspecto refere-se às sensações provocadas pelos espaços; Abertos, Fechados, Altos, Baixos etc. É o conteúdo, que se relaciona com a construção da cidade, Cores, Texturas, Escalas, estilos que caracterizam edifícios e sectores da malha urbana. – Conteúdo que se relaciona com a construção da Cidade Kevin Lynch é um dos grandes autores do Urbanismo, responsável por uma das obras mais famosas e mais influentes: A Imagem da Cidade. Nela, ele destaca a maneira como percebemos a cidade e as suas partes constituintes, baseado em um extenso estudo em três cidades norte- americanas, no qual pessoas eram questionadas sobre sua percepção da cidade, como estruturavam a imagem que tinham dela e como se localizavam. A imagem da cidade o autor Kevin Lynch discorre sobre a percepção de cada individuo da cidade e de como essa imagem se estrutura. segundo Lynch, essa percepção é parcial e fragmentada, ou seja, envolve outras referencias. a imagem sempre e composta pelo conjunto de elementos e não por um elemento isolado. KEVIN LYNCH CONCEITOS PRINCIPAIS Um dos conceitos básico trabalhados é o da Legibilidade, entendido como a facilidade com que cada uma das partes [da cidade] pode ser reconhecida e organizada em um padrão coerente. A legibilidade é apontada por Lynch como elemento crucial na estrutura citadina, caracterizada pela clareza da paisagem da cidade. embora não seja, o único atributo importante da bela cidade, e algo que tem grande importância quando analisamos os ambientes urbanos pela sua dimensão, tempo e complexidade. Estruturar e identificar o ambiente é uma habilidade vital para todos os animais que se movem e, por outro lado, a sensação de desorientação é angustiante para quem vivencia a cidade. Um ambiente legível oferece segurança e possibilita uma experiência urbana mais intensa, uma vez que a cidade explore seu potencial visual e expresse toda a sua complexidade. Três cidades Através de uma comparação das imagens apresentadas com a realidade visual, foi possível desenvolver e por a prova a ideia de imaginabilidade. neste processo foram analisadas três cidades norte-americanas, Boston, por ser única na sua forma e na riqueza de problemas locais; Jersey city, pela sua ausência de forma e inferioridade de imaginabilidade; e Los Angeles, por ser uma cidade nova e possuir uma arquitectura em forma de grade na área central. A cidade de Boston foi identificada como uma cidade suja, bairros muito característicos, ruas tortas e confusas, e edifícios de tijolo vermelho. quase todos a viam como um ludar antigo com muitos edifícios velhos e preferiam paisagens longínquas. Paisagem de uma rua de Boston , em 1960 Na cidade de Los Angeles, a analise nos permite observar que a área central é um espaço com muitos significados e actividades, grandes edifícios e malha, viária quase sempre em quadriculas. o centro da cidade é referencia, mas há outros núcleos básicos pelos quais as pessoa se orientam e as reconstruções impedem a identificação que se estabelece através do processo histórico, o que a diferencia da cidade de Boston. Vias férreas de Jersey city, em 1960 Malha urbana do centro de Los Angeles, 1960 Os problemas diagnosticados em Jersey City foram pouca a actividade central própria ; cruzamento excessivo de rodovias e vias elevadas, dando a impressão de que a cidade era uma zona de passagem, não um lugar para se viver. a separação em bairros de etnias e classes sociais diferenciadas era evidente, porem prejudicial a cidade ao considerar o quesito unidade. Cheirava mal, rua suja e monótona, o centro comercial inicial foi sufocado por uma praça artificial na zona alta, coexistindo vários centros.

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Page 1: ver e analizar a cidade - cld.pt · A imagem da cidade o autor Kevin Lynch discorre sobre a percepção de cada individuo da cidade e de como essa imagem se estrutura. segundo Lynch,

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Conceitos

Ver

A palavra ver é o termo que se refere ao sentidoda visão que dispõe os seres humanos e os animais,juntamente com o paladar, a audição, o olfacto e otato, ela é uma das disposições sensoriais maisdestacadas do ser humano.

Graças ao órgão receptor dos olhos nos chegam àsimpressões de luz e estas por sua vez sãotransmitidas ao cérebro através das vias óticasresponsáveis por processar a informação ematerializar em imagens.

Analise

Uma análise é a distinção e a separação das partes de um todo comvista a conhecer os respectivos princípios ou elementos. Também setrata de um exame que se faz de uma obra, de um escrito ou dequalquer realidade susceptível de estudo intelectual, e de umtratamento psicanalítico.

Cidade – elemento construído + cidadão

A cidade não é apenas um objecto perceptível por milhões de pessoasdas mais variadas classes sociais e pelos mais variados tipos depersonalidades, mas é o produto de muitos construtores queconstantemente modificam a estrutura por razões particulares. Se porum lado podem manter por linhas gerais exteriores, por outro, há umaconstante mudança no pormenor. Apenas parcialmente é possívelcontrolar o seu crescimento e a sua forma. Não existe um resultadofinal mas somente uma continua sucessão de fases.

Perante a experiencia de um determinado espaço, existe umapercepção em relação ao que nos envolve e ao que nos sugere reacçõesno conhecimento pessoal.

Análise da Cidade1º Aspecto

O Primeiro é a óptica que é a visão serial propriamente dita, e é formada por percepções sequências dos espaços urbanos primeiro seavista uma rua, em seguida se entra em um pátio, que sugere um novo ponto de vista deum monumento e assim por diante. o local. –Localização.

2º Aspecto

Que diz respeito às reacções do sujeito com relação a sua posição no espaço,vulgarmente denominado sentido de localização (estouaqui fora), posteriormente, (vou entrar em um novo espaço) e finalmente (estou cá dentro). -As sensações provocadas pelos espaços.

3º Aspecto

Este aspecto refere-se às sensações provocadas pelos espaços; Abertos, Fechados, Altos, Baixos etc.É o conteúdo, que se relaciona com a construção da cidade, Cores, Texturas, Escalas, estilos que caracterizam edifícios e sectores da malha urbana. –Conteúdo que se relaciona com a construção da Cidade

Kevin Lynch é um dos grandes autores doUrbanismo, responsável por uma das obras maisfamosas e mais influentes: A Imagem da Cidade.Nela, ele destaca a maneira como percebemos acidade e as suas partes constituintes, baseado emum extenso estudo em três cidades norte-americanas, no qual pessoas eram questionadassobre sua percepção da cidade, comoestruturavam a imagem que tinham dela e comose localizavam.

A imagem da cidade o autor Kevin Lynchdiscorre sobre a percepção de cada individuo dacidade e de como essa imagem se estrutura.segundo Lynch, essa percepção é parcial efragmentada, ou seja, envolve outras referencias.a imagem sempre e composta pelo conjunto deelementos e não por um elemento isolado.

KEVIN LYNCH

CONCEITOS PRINCIPAIS

Um dos conceitos básico trabalhados é o da Legibilidade, entendido como a facilidadecom que cada uma das partes [da cidade] pode ser reconhecida eorganizada em um padrãocoerente.

A legibilidade é apontada por Lynch como elemento crucial naestrutura citadina,caracterizada pela clareza da paisagem da cidade. embora não seja, o único atributoimportante da bela cidade, e algo que tem grande importânciaquando analisamos osambientes urbanos pela sua dimensão, tempo e complexidade.

Estruturar e identificar o ambiente é uma habilidade vital para todos os animais que semovem e, por outro lado, a sensação de desorientação é angustiante para quem vivencia acidade. Um ambiente legível oferece segurança e possibilita uma experiência urbana maisintensa, uma vez que a cidade explore seu potencial visual e expresse toda a suacomplexidade.

Três cidades

Através de uma comparação das imagensapresentadas com a realidade visual, foi possíveldesenvolver e por a prova a ideia deimaginabilidade. neste processo foram analisadastrês cidades norte-americanas, Boston, por serúnica na sua forma e na riqueza de problemaslocais; Jersey city, pela sua ausência de forma einferioridade de imaginabilidade; e Los Angeles,por ser uma cidade nova e possuir umaarquitectura em forma de grade na área central.

A cidade de Boston foi identificada como umacidade suja, bairros muito característicos, ruas tortase confusas, e edifícios de tijolo vermelho. quasetodos a viam como um ludar antigo com muitosedifícios velhos e preferiam paisagens longínquas.

Paisagem de uma rua de Boston , em 1960

Na cidade de Los Angeles, a analise nos permite observar

que a área central é um espaço com muitos significados e

actividades, grandes edifícios e malha, viária quase sempre

em quadriculas. o centro da cidade é referencia, mas há

outros núcleos básicos pelos quais as pessoa se orientam e

as reconstruções impedem a identificação que se

estabelece através do processo histórico, o que a diferencia

da cidade de Boston.

Vias férreas de Jersey city, em 1960

Malha urbana do centro de Los Angeles, 1960

Os problemas diagnosticados em Jersey City foram pouca a

actividade central própria ; cruzamento excessivo de

rodovias e vias elevadas, dando a impressão de que a

cidade era uma zona de passagem, não um lugar para se

viver. a separação em bairros de etnias e classes sociais

diferenciadas era evidente, porem prejudicial a cidade ao

considerar o quesito unidade. Cheirava mal, rua suja e

monótona, o centro comercial inicial foi sufocado por uma

praça artificial na zona alta, coexistindo vários centros.

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A IMAGEM DA CIDADE E SEUS ELEMENTOS

Cada individuo produz uma imagem única que possuiconteúdo nunca ou raramente divulgado, mas aindaassim, se aproxima da imagem publica que, emambientes diferentes, é mais ou menos impositiva, edeterminante. o conteúdo das cidades estudadas peloautor pode ser classificado em cinco tipos de elementos:vias, limites, bairros, cruzamentos, e pontos marcantesque podem ser definidos da seguinte maneira:

Vias - são canais de circulação ao longo dos quais oobservador se locomove de modo habitual, ocasional, oupotencial. podem ser ruas, alamedas, linhas de transito,canais, ferrovias. as características especiais de cada ruasão importantes para a identificação de cada via.

A Avenida Commonwealth, situada em Boston, é citadapor Lynch como um exemplo de via que é identificadapela tipologia das fachadas dos edifícios que la seencontra, reforçando a imagem da mesma de modosignificativo.

Avenida Commonwealth

Limites - são elementos lineares não usados ou entendidos como vias pelos habitantes. São fronteiras que dividem a cidade ou determinado espaço urbano em duas ou mais partes, quebras de continuidade entre cotas de nível ou padrões.

São exemplos: praias, margens de rios, lagos, ferrovias, construções, muros e paredes. São interessantes os limites aéreos, pouco notados pelos indivíduos de uma cidade, mas que também são limites divisores físicos ou visuais do ambiente. exemplo destes é o caso da linha férrea que passa por cima da rua Washington em New York.

Rua Washington

Bairros - são regiões medias ou grandes de um espaço urbano, considerados como tendo extensão bidimensional. Os bairros podem ter fronteiras definidas e precisa, e outras ligeiras e incertas. Essas diferenças no caracter das fronteiras provocam confusão e incertezas na formação da imagem de delimitação construída por cada individuo, como é o caso da cidade de Boston.

Cruzamentos - são pontos, lugares estratégicas de uma cidade através dos quais o observador pode entrar, são focos intensivos para os quais ou a partir dos quais se locomove.

Fronteiras dos bairros de Boston

Cruzamento Veneza são Marcos

Elementos marcantes - são outro tipo de referencia, mas, nesse caso considerados exteriores ao observador. Em geral, caracterizados por um objecto físico definido de maneira muito simples: edifício, sinal, loja ou montanha.

Catedral de florença

GORDON CULLEN E A PAISAGEM URBANA

De acordo com cullen, paisagem urbana é a arte de tornar coerente e organizado,visualmente, o amanhado de edifícios, ruas e espaços que constituem anos 1960,exerce forte influência em arquitectos e urbanistas exactamente porque possibilitaanálises sequenciais e dinâmicas da paisagem a partir de premissas estéticas, isto é,quando os elementos e jogos urbanos provocam impactos de ordem emocional.

Para estruturar esse conceito de paisagem Cullen recorre a três aspectos. Oprimeiro é a ótica, que é a visão serial propriamente-dita, eé formada por percepçõessequenciais dos espaços urbanos, primeiro se avista uma rua, em seguida se entra emum pátio, que sugere um novo ponto de vista de um monumento e assim por diante.

Visão serial

É formada por percepções sequenciais dosespaços urbanos Diz respeito às reacções dosujeito com relação a sua posição no espaço,vulgarmente denominado sentido delocalização. Fala sobre a construção da cidade.

É um elemento de força que se materializa deforma isolada. Perspectiva grandiosa É umdescortino imediato entre o “aqui e o além”,como a perspectiva visual dos eixosmonumentais, dos grandes bulevares. Essapaisagem funde o primeiro plano aolongínquo, produzindo sensação de imensidão,grandiosidade e omnipresença.

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1 - o cilindro (3) e o cone (4), vão surgindo sucessivamente aos nossos olhos como desenrolar de um drama de geometria de sólidos. Temos a sensação de estar a desvendar um mistério, de poder vir a descobrir sempre mais alguma coisa se continuar-mos a andar. 2 - Ipswisch: um modesto arco funciona como elemento de separação no terreno que estamos a explorar. De um lado a parte da rua em que nos encontramos; para lá do arco, o espaço onde iremos desembocar, transitando então para uma nova ambiência. 3 - Westminster: a complexidade de sucessivas contraposições de torres, pináculos e mastros, a multiplicidade de alinhamentos e agrupamentos sempre diferentes e a súbita convergência de enfáticas verticais num nó intricando, são

Apropriação do Espaço

Num mundo de conceitos bemdefinidos, as estradas destinam-se aotrânsito de pessoas e coisas e osedifícios as relações sociais e detrabalho. Mas como a maioria daspessoas fazem exatamente o que lhesconvém e quando lhes convém, verifica-se que também o exterior se encontraocupado para fins sociais e comerciais.A ocupação de determinados espaços oulinhas privilegiadas no exterior, osrecintos, pontos focais, paisagensinteriores etc. são outras tantas formasde apropriação do espaço.

CONCEITOS BÁSICOS DA SINTAXE ESPACIAL

Linhas axiais

Linhas axiais são as maiores linhas rectas capazes de cobrir todo o sistema de espaços abertos de um determinado recorte urbano (HILLIER; HANSON, 1984). Juntamente com os espaços convexos, elas são a unidade básica de análise utilizada pela Sintaxe Espacial. Os espaços convexos, entretanto, não têm sido tão frequentemente utilizados, talvez por despenderem maior quantidade de esforços para serem confeccionados.

IntegraçãoDas medidas possíveis de análise sintáctica, a principal é a chamada “Integração”. Ela é

útil na previsão de fluxos de pedestres e veículos e no entendimento da lógica de localização de usos urbanos e dos encontros sociais. A medida de integração mede o quão “profunda”, ou distante, uma linha axial está de todas as outras linhas do sistema (HILLIER et al, 1993).

O conceito de profundo leva emconsideração a distância topológica, e não adistância métrica. Sendo assim, todos oseixos directamente conectados a umadeterminada linha estão a um passotopológico dela.

As linhas directamente conectadas a esseseixos estão a dois passos topológicas daprimeira, e assim por diante. Aprofundidade média de uma linha axial(MD) é, portanto, obtida pela somatória dasprofundidades de todas as linhas axiais emrelação a ela, dividida pelo número total delinhas menos um:

Onde:MDi = Profundidade média do espaço i;

dij = Profundidade da linha j em relação à linha i;

k = Número total de espaços do sistema.

A partir da profundidade média é calculada a integração de cada linha axial, De acordo com Hillier e Hanson (1984), linhas axiais com valores de integração superior a 1,67 podem ser consideradas altamente integradas, enquanto aquelas com valor inferior a 1 podem ser consideradas como segregadas.

Núcleo integrador

Corresponde às linhas mais integradas do sistema. Dependendo do número total de linhas, pode ser 50%, 25%, 10% ou até mesmo uma percentagem menor de linhas, em casos de sistemas muito grandes. Conforme Hillier e Hanson (1984, p.115), é sempre interessante ver onde estão as linhas mais integradas e como elas se relacionam no sistema; mas mais importante é que tipo de padrão é formado pelos espaços mais integrados (é uma estrutura em árvore? ou em grelha? abrange toda a cidade ou apenas uma parte dela? e assim por diante).

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APLICAÇÕES DA SINTAXE ESPACIALA Sintaxe Espacial pode ser aplicada em

diversos estudos no meio urbano, entre eles:

acessibilidade;

coesão e exclusão social

segurança;

áreas comerciais.

O site oficial da vertente comercial da Sintaxe

Espacial mostra vários exemplos da utilização

da Sintaxe em estudos urbanos. Um deles é em

Brixton, onde foi feito um estudo para

revitalizar uma área central. A Sintaxe mostrou

que a área dependia excessivamente de uma

rota principal, mantendo outras áreas

segregadas, o que impedia o comércio de se

instalar. A partir dissso, foram propostas outras

conexões para o tecido urbano, de forma a criar

novas localizações de interesse para o comércio

local.

Situação antes do estudo

Situação proposta a partir do estudo.

• No Brasil, um exemplo da utilização

da Sintaxe Espacial foi a leitura

técnica realizada para o Plano

Diretor de São José – SC. A análise

mostrou que o município é

altamente segregado, confirmando

as reclamações dos moradores

ouvidos nos eventos de leitura

comunitária. A análise, entretanto,

possibilitou um entendimento mais

aprimorad dessa segregação, e deu

pistas importantes de como superá-

la. O mapa da integração global e o mapa destacando as linhas mais

integradas e as mais segregadas

mostram claramente a grande

diferenciação entre as partes da

cidade.

• Os gráficos abaixo mostram de maneira ainda mais clara a diferença entre os bairros mais segregados e os mais integrados: • Os bairros situados a oeste são aqueles com menor integração global, o que significa que estão

mais distantes dos outros bairros, se analisado o sistema urbano como um todo. Esses bairros podem, portanto, ser considerados segregados com relação à cidade, que traz prejuízos não apenas em termos de deslocamentos (que tendem a ser consideravelmente maiores), mas também cria dificuldades às possibilidades de interação social com os outros bairros da cidade.

• Como conclusões, foi possível prever uma estruturação do sistema viário cujos principais objetivos foram promover a integração entre os bairros e aumentar a integração daqueles mais segregados atualmente, através de vias arteriais que estabelecessem uma estruturação para a área.

• Conclusao • Como conclusao, foi possivel perceber como estes tres urbanista viam e analisavam as cidades.

• Lynch com o conseito da legibilidade conseguiu transmitir a importancia que e uma cidade ser facilmente interpretada isso quando ela e organizada de uma forma coerente.

• Gordon Cullen com o tema paissagem urbana explica que e a arte de tornar coerente e organizado, o amanhado de edificios, ruas e espacos, isso porque possiblita analizes sequenciais e dinamicas da paisagem a partir de premissas esteticas.

• Já com a sintax espacial, foi possível prever uma estruturação do sistema viário cujos principais objetivos foram promover a integração entre os bairros e aumentar a integração daqueles mais segregados atualmente, através de vias arteriais que estabelecessem uma estruturação para a área.