vantagens comparativas do paranÁ e de sÃo … · vantagens comparativas do paranÁ e de sÃo...

20
VANTAGENS COMPARATIVAS DO PARANÁ E DE SÃO PAULO DE 1998 A 2013: APLICAÇÃO DA TEORIA CLÁSSICA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL Hugo A. Murillo 1 Valdelei P. Filho 2 9. Comércio exterior paranaense Resumo Este trabalho analisa o desempenho do comércio externo do Estado do Paraná e de São Paulo de forma a identificar o aproveitamento das vantagens comparativas no período de 1998 até 2013. São calculados os indicadores de: a) Vantagem Comparativa Revelada (Balassa, 1965,1977 e 1979); b) Contribuição do Saldo Comercial (Lafay, 1990) e; c) Taxa de Cobertura (Rocha & Leite, 2014). O Objetivo é identificar e comparar o desempenho dos setores produtivos onde os Estados mantiveram suas vantagens comparativas e observar se existem pontos fortes em ambas as economias. O Paraná apresentou notavelmente vantagem comparativa em Objetos de arte, de coleção e antiguidades; Madeira, carvão vegetal e obras de madeira; cortiça e suas obras; obras de espartaria ou de cestaria e Animais vivos e produtos do reino animal. São Paulo teve as suas principais vantagens comparativas em Armas e munições; suas partes e acessórios; Produtos das indústrias alimentares; bebidas, líquidos alcóolicos e vinagres, tabaco e seus sucedâneos manufaturados e Objetos de arte, de coleção e antiguidades. Palavras-chaves: Vantagem Comparativa; Taxa de Cobertura; Contribuição do Saldo Comercial. Abstract This paper analyzes the performance of the external trade of the State of Paraná and São Paulo in order to identify the exploitation of comparative advantage in the period 1998 to 2013. It’s calculated the indicators: a) Revealed Comparative Advantage (Balassa, 1965.1977 and 1979); b) Contribution of the Trade Balance (Lafay, 1990) and; c) Coverage Rate (Rock & Leite, 2014). The goal is to identify and compare the performance of the productive sectors where the States kept their comparative advantages and to observe if there are strengths in both economies. The Paraná remarkably presented comparative advantage in Works of art, collectors' pieces and antiques; Wood charcoal wood; cork and articles thereof; articles of straw and plaiting materials and live animals and animal products. São Paulo had its main comparative advantages in Arms and ammunition; their parts and accessories; Prepared foodstuffs; beverages, spirits and vinegar, tobacco and their manufactured substitutes and Objects of art, collectibles and antiques. Key-word: Comparative Advantage; Coverage Rate; Contribution of the Trade Balance. 1. Introdução 1 Docente do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: [email protected]. 2 Estudante de graduação do curso de Ciências Econômicas da UEM. E-mail: [email protected].

Upload: lenhan

Post on 26-Jul-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

VANTAGENS COMPARATIVAS DO PARANÁ E DE SÃO PAULO DE 1998 A 2013: APLICAÇÃO DA TEORIA CLÁSSICA DE COMÉRCIO

INTERNACIONAL

Hugo A. Murillo1 Valdelei P. Filho2

9. Comércio exterior paranaense Resumo

Este trabalho analisa o desempenho do comércio externo do Estado do Paraná e de São Paulo de forma a identificar o aproveitamento das vantagens comparativas no período de 1998 até 2013. São calculados os indicadores de: a) Vantagem Comparativa Revelada (Balassa, 1965,1977 e 1979); b) Contribuição do Saldo Comercial (Lafay, 1990) e; c) Taxa de Cobertura (Rocha & Leite, 2014). O Objetivo é identificar e comparar o desempenho dos setores produtivos onde os Estados mantiveram suas vantagens comparativas e observar se existem pontos fortes em ambas as economias.

O Paraná apresentou notavelmente vantagem comparativa em Objetos de arte, de coleção e antiguidades; Madeira, carvão vegetal e obras de madeira; cortiça e suas obras; obras de espartaria ou de cestaria e Animais vivos e produtos do reino animal. São Paulo teve as suas principais vantagens comparativas em Armas e munições; suas partes e acessórios; Produtos das indústrias alimentares; bebidas, líquidos alcóolicos e vinagres, tabaco e seus sucedâneos manufaturados e Objetos de arte, de coleção e antiguidades.

Palavras-chaves: Vantagem Comparativa; Taxa de Cobertura; Contribuição do Saldo Comercial.

Abstract

This paper analyzes the performance of the external trade of the State of Paraná and

São Paulo in order to identify the exploitation of comparative advantage in the period 1998 to 2013. It’s calculated the indicators: a) Revealed Comparative Advantage (Balassa, 1965.1977 and 1979); b) Contribution of the Trade Balance (Lafay, 1990) and; c) Coverage Rate (Rock & Leite, 2014). The goal is to identify and compare the performance of the productive sectors where the States kept their comparative advantages and to observe if there are strengths in both economies.

The Paraná remarkably presented comparative advantage in Works of art, collectors' pieces and antiques; Wood charcoal wood; cork and articles thereof; articles of straw and plaiting materials and live animals and animal products. São Paulo had its main comparative advantages in Arms and ammunition; their parts and accessories; Prepared foodstuffs; beverages, spirits and vinegar, tobacco and their manufactured substitutes and Objects of art, collectibles and antiques.

Key-word: Comparative Advantage; Coverage Rate; Contribution of the Trade Balance.

1. Introdução

1 Docente do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: [email protected]. 2 Estudante de graduação do curso de Ciências Econômicas da UEM. E-mail: [email protected].

A economia paranaense se destaca na produção de cana-de-açúcar, soja, milho

mandioca, trigo, veículos automotores, alimentos e refino de petróleo. São Paulo é relevante

nacionalmente nos segmentos de metal-mecânica, sucroalcooleiro, automobilístico,

aeronáutica e de informática, limão, laranja e amendoim em casca.

O Paraná exportou principalmente para China, Argentina, Estados Unidos e

Alemanha. As importações advieram com destaque da Argentina, Nigéria, China e Alemanha.

Por outro lado, São Paulo vendeu mercadorias especialmente para EUA, Argentina, México,

Países Baixos (Holanda), Chile, Alemanha e Venezuela. As importações paulistas foram

realizadas, fundamentalmente dos Estados Unidos, Alemanha, China, Argentina e Japão no

período de 1998 a 2013.

Nesse contexto, torna-se relevante o estudo de ambos os Estados e de sua

importância para economia brasileira, sobretudo no comércio externo porque os maiores

volumes de escoamento da produção doméstica ocorrem pelos portos de Santos e

Paranaguá. Dessa forma, pretende-se identificar e comparar as principais vantagens

comparativas do Paraná e São Paulo de 1998 a 2013. A análise no período em questão

acontece principalmente por causa do processo de abertura da economia nacional na década

de 1990, que se intensifica ao longo do período, e da disponibilidade de dados mais

atualizados no site do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior

(MDIC).

As próximas seções são compostas pelo referencial teórico, metodologia, resultados

e análises e conclusão. No referencial teórico, expõe-se a teoria clássica da vantagem

comparativa de David Ricardo. A metodologia compreende a exposição e explanação das

fórmulas da vantagem comparativa revelada (IVCRi), ISC e TC. Resultados e discussão

representam a análise do comportamento do comércio exterior das duas unidades federativas,

bem como a comparação de suas vantagens comparativas ao longo do período. Por fim, faz-

se uma conclusão com os principais resultados obtidos.

2. Referencial teórico

A teoria Clássica de Economia Internacional teve nos trabalhos de Adam Smith e

David Ricardo uma das primeiras tentativas de analisar de modo sistemático o comércio

internacional.

Com a publicação de A Riqueza das Nações, em 1776, Smith mostra as diretrizes e

formas pelas quais o comércio ocorreria. Define que o comércio internacional pode ser

benéfico para os países, desde que haja transações comerciais entre os mesmos, com base

no princípio das Vantagens Absolutas. Krugman e Obstfeld (2010, pg. 25) apontam que uma

nação apresenta vantagem absoluta quando utiliza a menor quantidade de horas de trabalho

para produzir determinado bem ou uma escala de produção maior, se comparado a outro país.

Coronel & Dessimon (2014) afirmam que:

“O princípio das Vantagens Absolutas, conforme Salvatore (1999), postula que as nações deveriam especializar-se na produção da commodity a qual produzissem com maior vantagem absoluta e trocar parte de sua produção pela commodity que produzissem com menor desvantagem absoluta”. (Coronel & Dessimon, 2014, p. 3)

Assim, um país deve se especializar na produção de um bem em que apresente

vantagem absoluta, exportando o mesmo. Por outro lado, deveria importar o produto que

produz internamente com desvantagem absoluta. Nesse modelo, há somente um único fator

de produção, o trabalho.

Essa teoria não elucidava totalmente o padrão de comércio internacional, uma vez

que a inexistência de Vantagem Absoluta implicaria a não participação de determinada nação

do comércio internacional. Coronel & Dessimon (2014) ressaltam que “a Teoria das

Vantagens Absolutas não explicava totalmente as bases do comércio”.

Ricardo posteriormente publica Princípios de Economia Política, onde expõe a ideia

das Vantagens Comparativas e, com base nisso, realiza alguns progressos na teoria de Smith.

Defende que é possível tomar parte do comércio, mesmo sem a detenção de alguma

Vantagem Absoluta.

Krugman e Obstfeld salientam que:

“Um país possui uma vantagem comparativa na produção de um bem se o custo de

oportunidade da produção desse bem em relação aos demais é mais baixo do que em outros. [...] O comércio entre dois países pode beneficiar a ambos, se cada qual exportar os bens em que possui uma vantagem comparativa”. (Krugman e Osbstfeld, 2010, pg. 22)

Dessa forma, uma nação é detentora de Vantagem Comparativa na produção de um

bem quando a mesma, em comparação a fabricação de outras mercadorias, apresenta menor

custo de oportunidade em tal localidade territorial do que nos demais países. A

especialização deve ocorrer na produção de um bem em que apresente Vantagem

Comparativa, exportando o mesmo. Por outro lado, deveria importar o produto que produz

internamente com Desvantagem Comparativa.

Segundo Maia (2001) e Gonçalves et al. (1998), a teoria das Vantagens

Comparativas não esclarece o comportamento do comércio internacional contemporâneo, já

que desconsidera a importância da tecnologia, diferenciação de produtos e os rendimentos

crescentes de escala. Além disso, supõe-se que haja somente um fator de produção, ausência

de custos de transporte, balança comercial em equilíbrio e que o comércio seja bilateral.

Coronel & Dessimon (2014) destacam que as hipóteses clássicas somente teriam

validade no comércio internacional se:

“a) concorrência perfeita nos mercados de bens e fatores; (b) imobilidade internacional dos fatores de produção; c) ausência de quaisquer custos adicionais, como fretes e seguros, incidentes sobre a operacionalização do comércio internacional; d) livre comércio, caracterizado pela inexistência de barreiras alfandegárias, tarifas e quaisquer outras restrição à importação”. (Coronel & Dessimon apud Ferrari Filho, pg. 4)

Posteriormente, elaboram-se outras teorias sobre o comércio internacional, com

destaque para o modelo HOS (Heckscher-Ohlin-Samuelson), onde se propôs a superar as

limitações dos modelos clássicos, como a análise do efeito do padrão comercial sobre a

distribuição de renda.

3. Procedimentos metodológicos

A fonte de dados básica é o Sistema Aliceweb, desenvolvido pelo Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No mesmo, são adquiridas as

informações sobre exportação e importação para Paraná e São Paulo de 1998 a 2013, com

especificação de produtos com dois dígitos (SH 2). Estes foram agrupados respectivamente

em 21 seções, conforme a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM)3.

Segundo Rocha & Leite (2014), o índice de Vantagens Comparativas Reveladas

(IVCR ou VC) foi inicialmente desenvolvido por Balassa em 1965, com base na teoria Clássica

de VC de David Ricardo. Para calcular as VC’s, utiliza-se a fórmula:

𝐼𝑉𝐶𝑅𝑖 =𝑋𝑖/𝑋𝑝

𝑋𝑖𝑗/𝑋𝑗 (1)

Onde:

Xi = Valor da exportação paranaense do bem i por determinado setor;

Xp = Valor total da exportação do Paraná.

Xij = Valor total da exportação brasileira do bem i por determinado setor;

Xj = Valor total da exportação do Brasil.

Se o IVCRi > 0, existe vantagem comparativa para o bem i. Caso o IVCRi < 0, há

desvantagem comparativa para o bem i.

Para ratificar os resultados obtidos pela fórmula 1, calcula-se também o indicador de

Contribuição para o Saldo Comercial (ISC). Segundo Coronel & Dessimon (2014), o mesmo

foi esboçado por Lafay (1990) e representa uma comparação em relação ao saldo comercial

observado em cada produto com o saldo comercial teórico do mesmo. É calculado pela

seguinte fórmula:

𝐼𝑆𝐶𝑖𝑗 = 100

(𝑋+𝑀)/2 × [(𝑋𝑖 − 𝑀𝑖) − (𝑋 − 𝑀) ×

(𝑋𝑖+ 𝑀𝑖)

(𝑋+𝑀)] (2)

Onde:

Xi = Exportação do bem i por determinado setor;

Mi = Importação do bem i por determinado setor.

X = Exportação total de uma região ou país;

M = Importação total de uma região, estado ou país.

3 Para maiores detalhes, acesse: < http://www.comxport.com/ncm/pt.php>. O agrupamento dos setores se deu conforme as especificações deste site para os dados da Aliceweb com 97 produtos. O nome das 21 seções pode ser visualizado no mesmo endereço eletrônico.

Caso o ISCij > 0, o bem i é considerado uma vantagem comparativa. Se ISCij < 0, o

bem i é considerado uma desvantagem comparativa.

Ademais, afere-se a Taxa de Cobertura (TC), para que se estabeleça os pontos fortes

e fracos de determinada economia. Segundo Rocha & Leite (2014), pode ser mensurado por:

𝑇𝐶𝑖 = 𝑋𝑖

𝑀𝑖 (3)

Em que Xi se refere à exportação e Mi, às importações do produto i. Caso o IVCRi e

TCi > 1, diz-se que o produto i são pontos fortes da economia. Se IVCRi e TCi < 1, o produto

i constitui um ponto fraco da economia. Se houver vantagem comparativa e TC inferior a 100

ou vice-versa, considera-se o bem como um ponto neutro. Identificar tais pontos possibilita

encontrar os produtos com boas oportunidades de serem inseridos no mercado internacional.

4. Resultado e Discussões

Nesta seção, são apresentados um breve panorama do comércio exterior do Paraná

e São no período de análise nas subseções 4.11 e 4.12. São analisadas as vantagens

comparativas de São Paulo e Paraná em 4.2. Descreve-se também os indicadores ISC e TC

na mesma subseção.

4.11 Economia paulista

São Paulo apresenta uma economia muito diversificada e robusta. A atividade

industrial é caracterizada pela modernidade, diversificação e pujante base tecnológica,

produzindo bens com elevado valor agregado em distintos segmentos econômicos, conforme

destaca Brasil (2014b). De acordo com Brasil (2013), 36% da produção industrial brasileira é

realizada pelo estado.

Segundo Brasil (2014b), determinados setores possuem grande potencial para

atração de investimentos, destacando-se: tecnologia da informação e comunicação;

automotivo; aeroespacial e defesa; máquinas e equipamentos; serviços financeiros e petróleo

e gás natural.

A agropecuária paulista, por sua vez, representa 12% da produção doméstica no

setor. Segundo Brasil (2014a), ovos de galinha (24%)4, carne de frango (13,51%) e bovina

(11,33%), amendoim em casca (84,54%), limão (67,84%) e laranja (64,63%) constituem os

produtos de maior importância e participação na produção nacional. Ressalta-se que possui

como características a variedade e qualidade das mercadorias, além de destaque também na

fabricação de cana de açúcar, caqui, palmito e leite.

O comércio paulista compreende 28,5% dos estabelecimentos e 29,6% do pessoal

ocupado no Brasil. Segundo Brasil (2014c), o varejo representa o principal segmento

comercial no estado, abrangendo 47% de sua margem de comercialização e 72% dos postos

4 Os valores percentuais dentro dos parênteses se referem à participação dos produtos produzidos em São Paulo,

na produção total do Brasil.

de trabalho. O atacado tem mais de 63 mil estabelecimentos e conta com margem de

comercialização de 43%, representado principalmente por equipamentos e artigos de uso

pessoal e doméstico. O comércio de veículos, peças e motocicletas detém uma margem de

comercialização de 10% e emprega 9% do pessoal ocupado no Estado.

São Paulo constitui um dos mais ricos do Brasil. Segundo Brasil (2014c), apresenta

um dos maiores PIB’s entre os estados brasileiros e o segundo PIB per capita da Federação,

tornando-se um dos principais pontos de crescimento da economia brasileira. Em 2011, teve

um PIB de R$ 1.349.465 milhões, ou 32,6% do PIB nacional.

É composta por um parque industrial diversificado, representado principalmente por

metal-mecânica, sucroalcooleira, automobilística, aeronáutica e de informática. São

relevantes também os setores de serviços, financeiro e agropecuário.

Dispõe de boa infraestrutura logística para investimentos, em virtude de boas

condições e da extensão de sua malha rodoviária, infraestrutura hidroviária, portuária e

aeroportuária. A interligação das mesmas gera uma eficiente estrutura de transporte

multimodal.

Segundo Oliveira (2010), a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo,

em setembro de 2010, passou a ser a segunda maior bolsa de valores do mundo, em termos

de seu valor de mercado.

A Balança Comercial (BC) paulista de modo geral foi deficitária no período de 1998

a 2013, ocasionado principalmente pelo maior crescimento das importações. Segundo MDIC

(2014), as importações expandiram 8,08% e as exportações, 7,81%. Todavia, na Figura 1,

observa-se que de 2002 até 2007 a BC foi superavitária.

Figura 1: Balança Comercial paulista e seus componentes de 1998 a 2013. Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria.

Esse fato ocorre por causa da intensificação das aquisições externas por parte da

Argentina e Estados Unidos. De acordo com MDIC (2014), as exportações para o primeiro

aumentaram 4,34% e o último, 5,05% no período de superávit. O mesmo representa os anos

-40.000.000

-20.000.000

0

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

US

$

Exportação Importação Balança Comercial

em que se verificam as maiores taxas de crescimento das exportações para tais países. Entre

1998 a 2001, expandiram 1,07% as compras argentinas e 2,98% a dos americanos. Os dados

do Brasil (2014a) também apontam que os argentinos adquiram os produtos a uma taxa de

2,22% e os estadunidenses a 3,30% de 2008 a 2013. São Paulo ao longo do período de

análise vendeu mercadorias principalmente para EUA, Argentina, México, Países Baixos

(Holanda), Chile, Alemanha e Venezuela. Na Figura 2, verifica-se também a importância das

relações comercias com China, Bélgica e Rússia.

Figura 2: Principais países exportadores de mercadorias de São Paulo entre 1998 e 2013. Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria.

Os dados de Brasil (2014a) apontam que a Argentina adquiriu notadamente Veículos

automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres; Suas partes e acessórios (38,34%);

Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes

(12,42 %); e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; Aparelhos de gravação

ou de reprodução de som; Aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som

em televisão, e suas partes e acessórios (11,54%) entre 1998 e 2013.

Segundo Brasil (2014a), os Estados Unidos compraram principalmente Aeronaves e

aparelhos espaciais, e suas partes (21,37%), Reatores nucleares, caldeiras, máquinas,

aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (17,82%); e Máquinas, aparelhos e

materiais elétricos, e suas partes; Aparelhos de gravação ou de reprodução de som;

Aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes

e acessórios (10,30%).

Brasil (2014a) ressalta que o México, por sua vez, destacou-se nas compras de

Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres; Suas partes e acessórios

(41,67%); Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e

suas partes (21,52%); e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; Aparelhos

Estados Unidos

18%

Argentina

14%

México

4%Países Baixos

(Holanda)

4%

Chile

3%Alemanha

3%

Venezuela

3%

China

3%

Bélgica

3%

Rússia

2%

Outros Países

43%

de gravação ou de reprodução de som; Aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens

e de som em televisão, e suas partes e acessórios (5,78%).

As importações paulistas foram realizadas, principalmente, por Estados Unidos,

Alemanha, China, Argentina e Japão no período de 1998 a 2013. A Figura 3 destaca também

a Nigéria, França, Coreia do Sul e Outros Países, que representaram cerca de 43%.

Figura 3: Principais países de origem das importações de São Paulo entre 1998 e 2013. Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria.

Observa-se na Figura 1 que as importações se expandiram de forma rápida a partir

de 2008. Segundo MDIC (2014a), entre 2008 e 2013 cresceram 7,62% contra 4,29% das

exportações. No período de 1998 a 2001, as compras externas aumentaram 3,45% ao passo

que durante o período de superávit recuou ao patamar de 2,99%.

Os Estados Unidos, como exposto na Figura 3, compreendeu 21% das importações

paulistas. Segundo Brasil (2014a), destacaram-se na venda de Reatores nucleares, caldeiras,

máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (24,96%); Máquinas, aparelhos

e materiais elétricos, e suas partes; Aparelhos de gravação ou de reprodução de som;

Aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes

e acessórios (13,13%) e Produtos químicos orgânicos (9,22%) para São Paulo durante o

período de análise.

As três principais mercadorias importadas foram as mesmas que as americanas. De

acordo com Brasil (2014a), esse Estado adquiriu da Alemanha notadamente Instrumentos e

aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia, medida ou controle de precisão;

Instrumentos e aparelhos médico-Cirúrgicos; suas partes e acessórios (4,09%) e Brinquedos,

jogos, artigos para divertimento ou para esporte; Suas partes e acessórios (2,75%).

Por fim, cabe ressaltar que se adquiriu majoritariamente Combustíveis minerais,

óleos Minerais e produtos da sua destilação; Matérias betuminosas; Ceras Minerais da Nigéria

(cerca de 99%).

4.12 Economia paranaense

Estados Unidos

21%

Alemanha

10%

China

10%

Argentina

5%Japão

5%

Nigéria

4%

França

3%

Coreia

do Sul

3%

Itália

3%

Reino Unido

3%

Outros Países

33%

O Paraná desempenha uma importante função na economia brasileira,

principalmente na produção de grãos. O PIB de tal unidade da federação cresce a uma taxa

de 3,5% a.a. Segundo o Brasil (2014), a agropecuária correspondia a 8,68% do valor

adicionado em 2011. A indústria representava 27,28% e comércio e serviços, 64,04%.

A agropecuária paranaense emprega avançadas técnicas agronômicas, gerando por

consequência elevada produtividade. Apresenta a maior produção de grãos, no país, além de

uma diversificada pauta agrícola. Segundo Brasil (2014), destaca-se na produção de cana-

de-açúcar, soja, milho mandioca e trigo. Em 2012, foi responsável por cerca de 48,4% do

plantio de trigo no país. Na pecuária, avicultura participou com 27,04% do total de abates a

nível nacional em 2013. Bovinos e suínos, por sua vez, representaram respectivamente 4,1%

e 19,7% do suprimento nacional de tais carnes.

A atividade industrial se configura sobretudo pelos segmentos de veículos

automotores (20,9%)5, alimentos (19,6%) e refino de petróleo (17,4%). Segundo Brasil (2014),

os demais segmentos produtivos comportam 29,3% do valor de transformação industrial do

Paraná. Máquinas, equipamentos e caminhões constituem 9,6% da produção nacional. A

indústria atinge todo o território do Estado, estando dispersa espacialmente de forma

descentralizada. A região metropolitana de Curitiba tem 30% do parque industrial. Ademais,

Ponta Grossa, Maringá e Londrina possuem várias indústrias de transformação de produtos

primários.

Brasil (2014) aponta que serviços teve bom desempenho, em 2011, quando foi

responsável por 64,04% do valor adicionado no Paraná. Contribuíram para este resultado os

ramos de comércio, a administração pública e atividades imobiliárias.

Mantovani (2003) destaca que o Paraná detém uma economia baseada na

agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), na indústria (agroindústria,

indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).

Segundo Mantovani (2003), são relevantes as plantações de cana-de-açúcar (26,5 milhões

de toneladas), milho (12,2 milhões de toneladas), soja (8, 3 milhões de toneladas), a mandioca

(4,5 milhões de toneladas), o trigo (2 milhões de toneladas), o algodão (167 mil toneladas) e

a laranja (1,4 bilhão de frutos). O rebanho bovino se constitui de 9,5 milhões de cabeças; o

suíno, 4,2 milhões; e o ovino, 570 mil. A avicultura dispõe de 125 milhões de aves.

Contém relevantes jazidas de calcário, além da extração de gás natural, água mineral

e ínfima produção petrolífera. IBGE (2014) aponta que a atividade industrial se configura

sobretudo pelos segmentos de veículos automotores (20,9%), alimentos (19,6%) e refino de

petróleo (17,4%). Os demais segmentos produtivos comportam 29,3% do valor de

5 Os valores em parênteses representam a participação percentual de cada atividade industrial no valor de transformação industrial do Paraná em 2011.

transformação industrial do Paraná. Máquinas, equipamentos e caminhões constituem 9,6%

da produção nacional.

Apresenta aproximadamente 261,2 mil quilômetros de rodovias. Ademais, conta com

importantes rodovias federais que cortam os seus limites geográficos. O tráfego de caminhões

nas mesmas é caracterizado pela intensidade e grande quantidade. A rede ferroviária percorre

cerca de 2.250 quilômetros. (Mantovani, 2003)

De acordo com a Revista Amanhã (2011), o Estado conta com relevantes empresas

em seu território. Cabe destacar a Vivo, o HSBC, a Copel, a América Latina Logística, a

Renault, a Coamo, a Klabin, a Itaipu Binacional, a GVT e a Kraft Foods. Ressaltam-se também

a O Boticário, Positivo Informática, Sanepar, Batavo e o Grupo J. Malucelli.

A BC paranaense foi predominantemente superavitária de 1998 a 2013. Na Figura 4,

percebe-se que isso ocorreu entre 2001 e 2010. Todavia, os anos remanescentes

apresentaram comportamento contrário. Segundo dados do Brasil (2014b), ocorreu sobretudo

por causa do crescimento das importações de 4,45% sobrepujar os 3,56% das exportações

durante os anos deficitários.

Figura 4: Balança Comercial paranaense e seus componentes de 1998 a 2013. Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria.

Em contrapartida, períodos de saldos positivos foram marcados por taxas de

crescimento de 5,49% das importações frente aos 6,68% das exportações. Ao longo de todo

o período, a primeira aumentou 10,97% e a última, 10,24%.

Segundo Brasil (2014b), exportou-se principalmente para China, Argentina, Estados

Unidos e Alemanha. Na Figura 5, percebe-se que Países Baixos, França, Paraguai e Outros

Países tiveram importante participação nas vendas externas do Paraná.

-5.000.000

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

US

$

Exportação Importação Balança Comercial

Figura 5: Principais países exportadores de mercadorias do Paraná entre 1998 e 2013. Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria

Destaca-se que Outros Países engloba sobretudo o Irã, Japão, Itália, Reino Unido,

Coreia do Sul e México.

Brasil (2014a) ressalta que a China comprou de forma expressiva Sementes e frutos

oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e

forragens (74,71%), Gorduras e óleos animais ou vegetais; Produtos da sua dissociação;

Gorduras alimentares elaboradas; Ceras de origem animal ou vegetal (10,81%) e Carnes e

miudezas, comestíveis (3,04%).

Segundo Brasil (2014a) a Argentina sobressaiu-se nas aquisições de Veículos

automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres; Suas partes e acessórios (50,45%),

Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes

(14,61%) e Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão (10,14%).

Os Estados Unidos adquiriram majoritariamente os mesmos produtos supracitados

para os argentinos. Por outro lado, as importações destinaram-se com maior intensidade para

Argentina, Nigéria, China e Alemanha, como mostra a Figura 6. Os dados de Brasil (2014a)

sustentam que a participação de Outros Países com cerca de 33% é composta notavelmente

por Espanha, Rússia, Japão, Chile e Israel. Representam em conjunto 10,13% das aquisições

paranaenses no exterior.

China

12%Argentina

9%

Estados Unidos

8%

Alemanha

7%Países Baixos

(Holanda)

6%França

3%Paraguai

3%

Rússia

3%

Arábia Saudita

2%

Espanha

2%

Outros Países

45%

Figura 6: Principais países de origem das importações do Paraná entre 1998 e 2013. Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria

Segundo Brasil (2014a), comprou-se de maneira relevante Veículos automóveis,

tratores, ciclos e outros veículos terrestres; Suas partes e acessórios (53,27%), Combustíveis

minerais, óleos Minerais e produtos da sua destilação; Matérias betuminosas; Ceras Minerais

(5,90%) e Cereais (5,73%) da Argentina.

A Nigéria vendeu praticamente os Combustíveis minerais, óleos Minerais e produtos

da sua destilação; Matérias betuminosas; Ceras Minerais, que representaram 99,99% das

aquisições da Unidade Federativa, conforme dados de Brasil (2014a).

O mesmo aponta que adquiriu-se Reatores nucleares, caldeiras, máquinas,

aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (27,88%), Máquinas, aparelhos e materiais

elétricos, e suas partes; Aparelhos de gravação ou de reprodução de som; Aparelhos de

gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios

(21,60%); e Produtos químicos orgânicos (9,79%) da China. As demais mercadorias

abrangeram cerca de 41% do montante integral que de lá proveio.

4.2 Indicadores do Comércio Exterior de São Paulo e Paraná

Os indicadores da vantagem comparativa revelada (VCR), apresentados na Tabela

1 e 2, representam a dinâmica da especialização e competitividade das economias

paranaense e paulista no período de 1998 a 2013. Conforme enunciado na metodologia, se

o indicador for superior ao zero, isso significa que determinada seção detém Vantagem

Comparativa.

Observa-se que São Paulo possui desvantagem comparativa nas seções V

(Produtos minerais), VI (Produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas), VII

(Plástico e suas obras; Borracha e suas obras), XVI (Máquinas e aparelhos, material elétrico

e suas partes; Aparelhos de gravação ou de reprodução de som, de imagem e de som em

televisão e suas partes e acessórios), XVIII (Instrumentos e aparelhos de óptica, de fotografia,

de cinematografia; Instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; suas partes e acessórios;

Argentina

12%

Nigéria

11%

China

11%

Alemanha

9%Estados Unidos

8%

França

5%

México

3%

Itália

3%

Suécia

3%

Paraguai

2%

Outros Países

33%

Artigos de relojoaria; Instrumentos musicais; suas partes e acessórios; Instrumentos musicais;

suas partes e acessórios) e XX ao longo de todo o período de análise.

O grupo XX (Mercadorias e produtos diversos) teve comportamento instável. Entre

1998 e 2004, o indicador diminuiu cerca de 5,56%, indo de – 0,47 a – 0,04. Isso significa que

as exportações cresceram a uma taxa superior ao das importações das mercadorias

contempladas na mesma. A primeira expandiu-se 5,48% contra 3,22% da última. Todavia, a

situação se modifica a partir de 2005, quando as compras do exterior passam a ampliar-se a

magnitudes maiores que a das vendas. As aquisições externas aumentaram 5,30% e as

exportações, 3,04% de 2005 a 2013.

Verifica-se que houve circunstâncias semelhantes com os agrupamentos

supracitados no parágrafo anterior e com as mesmas fontes de geração. Em contrapartida,

algumas seções se consolidaram como Vantagem Comparativa no transcorrer do tempo,

como a I (Animais vivos e produtos do reino animal), II (Produtos do Reino Vegetal), X (Pastas

de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; [...]; Papel ou cartão e suas obras), XIII

(Obras de pedra, gesso, cimento, [...]) e XV (Metais comuns e suas obras), embora

eventualmente voltem a situação inicialmente apresentada. A I sofre tal modificação sobretudo

por causa da expansão das vendas para China, que se ampliaram 8,56%.

Por outro lado, o Paraná destaca a V (Produtos minerais), VI (Produtos das indústrias

químicas ou das indústrias conexas), VII (Plástico e suas obras; Borracha e suas obras) e

XVIII (Instrumentos e aparelhos de óptica, de fotografia, de cinematografia; Instrumentos e

aparelhos médico-cirúrgicos; suas partes e acessórios; Artigos de relojoaria; Instrumentos

musicais; suas partes e acessórios; Instrumentos musicais; suas partes e acessórios) como

principais Desvantagens Comparativas. Todas também possuem o mesmo enquadramento

em São Paulo.

O grupo XVIII sofreu uma redução até 2006, quando tornou a crescer a taxa de

4,33%. As exportações do mesmo passou a aumentar 3,45% e a importação, 4,77% como

ressaltam os dados de Brasil (2014a). A VI diminuiu até 2007. Isso aconteceu por causa das

aquisições por parte dos americanos de tal categoria de produtos. Isso representou

aproximadamente 18,44% das relações comerciais com os Estados Unidos de 1998 a 2007.

Entretanto, o Estado se ressalta nas categorias I, II (Produtos do Reino Vegetal), III

(Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares

elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal), IV, VIII (Peles, couros, [...]; Artigos de

correeiro ou de seleiro; Artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes; Obras de tripa), IX

(Madeira, carvão vegetal e obras de madeira; Cortiça e suas obras; Obras de espartaria ou

de cestaria), XIV e XXI (Objetos de arte, de coleção e antiguidades) nas Vantagens

Comparativas. A XXI cresceu cerca de 5,34% no período, principalmente entre 1998 e 2001.

A I (Animais vivos e produtos do reino animal), IV (Produtos das indústrias

alimentares; Bebidas líquidos alcoólicos e vinagres; Tabaco e sucedâneos manufaturados) e

XIV (Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes,

metais preciosos [...]; Bijuterias; Moedas) tiveram uma evolução temporal parecida, embora

numa inferior proporção. Em conjunto, expandiram em média 3,56%.

São Paulo teve as suas principais vantagens comparativas na IV, XIX e XXI. A XIX

(Armas e munições; suas partes e acessórios) aumentou 4,39% ao longo do período.

Segundo Brasil (2014a), isso se verifica em concomitância com o progresso quantitativo de

crescimento das exportações para Argentina, que passou de 8,67% em 1998 para 14,71%

em 2013. As outras duas seções estão em situação semelhante a do Paraná.

Tabela 1: Índice IVCR de São Paulo entre 1998 e 2013

Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria.

Tabela 2: Índice IVCR do Paraná entre 1998 e 2013

Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria.

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Seção I -0,40 -0,05 -0,03 0,23 0,42 0,69 0,77 0,74 0,62 0,62 0,62 0,53 0,51 0,47 0,44 0,41

Seção II -0,11 0,05 -0,09 -0,18 -0,18 -0,30 0,12 0,09 0,09 0,03 0,03 -0,03 -0,01 0,12 0,20 0,17

Seção III -0,65 -0,39 -0,38 -0,13 0,13 0,13 0,16 0,09 -0,21 -0,22 -0,32 -0,40 -0,50 -0,41 -0,25 -0,29

Seção IV 0,73 0,80 0,77 0,81 0,84 0,86 0,88 0,89 0,91 0,90 0,89 0,89 0,89 0,82 0,84 0,86

Seção V -0,91 -0,80 -0,67 -0,58 -0,65 -0,52 -0,64 -0,46 -0,49 -0,50 -0,56 -0,70 -0,79 -0,84 -0,71 -0,82

Seção VI -0,58 -0,58 -0,57 -0,58 -0,54 -0,52 -0,53 -0,47 -0,44 -0,46 -0,53 -0,51 -0,53 -0,51 -0,54 -0,59

Seção VII -0,35 -0,27 -0,29 -0,28 -0,23 -0,15 -0,18 -0,15 -0,16 -0,20 -0,30 -0,26 -0,31 -0,27 -0,28 -0,39

Seção VIII 0,58 0,67 0,76 0,83 0,83 0,88 0,89 0,83 0,82 0,84 0,70 0,55 0,59 0,46 0,47 0,41

Seção IX 0,52 0,69 0,66 0,69 0,74 0,83 0,86 0,86 0,80 0,73 0,66 0,61 0,50 0,37 0,28 0,41

Seção X -0,11 0,01 0,01 0,12 0,22 0,41 0,33 0,36 0,27 0,25 0,17 0,25 0,16 0,17 0,20 0,23

Seção XI -0,37 -0,22 -0,23 -0,13 -0,07 0,10 0,09 0,03 -0,08 -0,17 -0,29 -0,37 -0,41 -0,51 -0,60 -0,64

Seção XII 0,13 0,49 0,60 0,54 0,51 0,56 0,61 0,46 0,38 0,23 -0,01 -0,19 -0,17 -0,33 -0,39 -0,47

Seção XIII -0,07 0,14 0,17 0,10 0,34 0,44 0,45 0,39 0,36 0,30 0,10 0,08 -0,05 -0,17 -0,25 -0,24

Seção XIV 0,34 0,43 0,29 -0,05 0,33 0,43 0,32 0,19 0,31 0,29 0,43 0,54 0,37 0,57 0,68 0,37

Seção XV -0,05 -0,02 0,01 0,01 0,16 0,18 0,21 0,22 0,23 0,14 0,00 0,00 -0,14 -0,17 -0,08 -0,23

Seção XVI -0,46 -0,40 -0,36 -0,37 -0,25 -0,16 -0,18 -0,12 -0,12 -0,22 -0,31 -0,38 -0,42 -0,43 -0,43 -0,51

Seção XVII 0,35 0,38 0,49 0,56 0,60 0,62 0,62 0,62 0,62 0,57 0,46 0,38 0,31 0,32 0,34 0,25

Seção XVIII -0,76 -0,68 -0,70 -0,70 -0,66 -0,68 -0,70 -0,70 -0,71 -0,75 -0,78 -0,79 -0,79 -0,76 -0,78 -0,80

Seção XIX 0,55 0,80 0,87 0,71 0,97 0,91 0,87 0,91 0,93 0,88 0,89 0,91 0,83 0,85 0,89 0,89

Seção XX -0,47 -0,37 -0,25 -0,21 -0,16 -0,01 -0,04 -0,08 -0,17 -0,20 -0,31 -0,35 -0,48 -0,49 -0,40 -0,60

Seção XXI -0,89 -0,60 0,25 -0,15 -0,47 0,74 0,76 0,66 0,88 0,63 0,76 0,91 0,82 0,77 0,27 0,74

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Seção I 0,59 0,77 0,73 0,89 0,88 0,93 0,92 0,91 0,90 0,91 0,91 0,89 0,87 0,88 0,87 0,87

Seção II 0,41 0,43 0,39 0,59 0,61 0,62 0,83 0,74 0,72 0,67 0,59 0,59 0,69 0,77 0,72 0,70

Seção III 0,91 0,83 0,87 0,94 0,96 0,98 0,98 0,95 0,91 0,87 0,84 0,71 0,68 0,58 0,56 0,67

Seção IV 0,87 0,95 0,94 0,95 0,93 0,93 0,92 0,89 0,90 0,90 0,90 0,90 0,87 0,87 0,85 0,86

Seção V -0,95 -0,94 -0,96 -0,93 -0,75 -0,95 -0,92 -0,86 -0,85 -0,81 -0,90 -0,85 -0,92 -0,80 -0,76 -0,92

Seção VI -0,71 -0,67 -0,70 -0,71 -0,70 -0,62 -0,69 -0,60 -0,61 -0,68 -0,77 -0,63 -0,64 -0,69 -0,71 -0,73

Seção VII -0,87 -0,91 -0,91 -0,91 -0,81 -0,67 -0,63 -0,62 -0,58 -0,62 -0,73 -0,74 -0,82 -0,86 -0,87 -0,88

Seção VIII 0,92 0,89 0,83 0,80 0,77 0,82 0,76 0,88 0,89 0,90 0,85 0,75 0,80 0,76 0,69 0,81

Seção IX 0,79 0,93 0,90 0,93 0,96 0,95 0,94 0,95 0,93 0,93 0,88 0,89 0,88 0,86 0,93 0,93

Seção X 0,10 0,20 0,04 0,18 0,30 0,44 0,40 0,42 0,43 0,44 0,44 0,38 0,30 0,21 0,15 0,16

Seção XI -0,11 -0,11 -0,18 -0,22 -0,38 -0,01 0,11 0,35 0,34 0,16 0,22 0,08 -0,02 -0,26 -0,18 -0,06

Seção XII 0,16 0,37 0,57 0,69 0,67 0,68 0,64 0,59 0,40 0,46 -0,14 -0,76 -0,79 -0,79 -0,80 -0,45

Seção XIII 0,19 0,13 0,07 0,00 0,07 0,14 0,25 0,15 0,25 0,05 -0,32 -0,36 -0,53 -0,68 -0,69 -0,71

Seção XIV 0,27 -0,27 0,00 0,00 -0,35 0,58 0,23 0,54 0,36 0,16 0,83 0,94 0,89 0,86 0,87 0,87

Seção XV -0,50 -0,50 -0,59 -0,48 -0,26 -0,02 0,03 0,14 -0,05 -0,19 -0,36 -0,45 -0,66 -0,68 -0,66 -0,57

Seção XVI -0,48 -0,53 -0,56 -0,60 -0,27 -0,11 0,03 -0,04 -0,01 -0,22 -0,37 -0,52 -0,54 -0,60 -0,60 -0,59

Seção XVII -0,77 -0,66 -0,05 0,09 0,29 0,35 0,38 0,57 0,29 0,12 0,02 -0,13 -0,14 -0,34 -0,36 -0,31

Seção XVIII -0,79 -0,69 -0,65 -0,72 -0,73 -0,77 -0,72 -0,76 -0,66 -0,68 -0,71 -0,80 -0,74 -0,81 -0,80 -0,82

Seção XIX 0,00 0,00 0,00 -1,00 -1,00 -1,00 -0,67 0,97 0,12 0,92 0,98 -0,27 0,80 0,92 0,58 0,84

Seção XX 0,06 0,19 0,14 0,06 0,19 0,33 0,42 0,44 0,44 0,32 0,30 0,15 0,05 -0,04 -0,11 -0,18

Seção XXI -0,98 -0,99 -0,21 0,64 0,72 0,97 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,98 0,88 0,98 0,96 0,99

Para ratificar os resultados obtidos com o IVCR, calcula-se também o indicador de

Contribuição para o Saldo Comercial (ISC) para o Paraná e São Paulo, como destacado pelas

Tabelas 3 e 4. Segundo Coronel & Dessimon (2014), representa uma comparação em relação

ao saldo comercial observado em cada produto com o saldo comercial teórico do mesmo.

No Paraná, ressalta-se que houve um comportamento semelhante ao descrito na

tabela 2 nas vantagens comparativas. As seções I, II, III, IV, VIII, IX, XIV e XXI cresceram em

média 3,23%.

Cabe ressaltar que os maiores valores observados ocorrem com a II (Produtos do

Reino Vegetal), III (Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação;

gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal) e IV (Produtos das

indústrias alimentares; Bebidas líquidos alcoólicos e vinagres; Tabaco e sucedâneos

manufaturados). Progrediram em torno de 4,55%, sobretudo em decorrência do fluxo de

trocas comerciais com seus principais parceiros.

São Paulo também obteve uma situação parecida com a da Tabela 1 nas Vantagens

Comparativas. Os grupos IV (Produtos das indústrias alimentares; Bebidas líquidos alcoólicos

e vinagres; Tabaco e sucedâneos manufaturados), XIX (Armas e munições; suas partes e

acessórios) e XXI (Objetos de arte, de coleção e antiguidades) se ampliaram em média 2,46%.

A IV sofreu redução até 2005, quando passa a ter fases de decrescimento e outras de queda.

As exportações desses produtos para os Países Baixos (Holanda), que é o seu principal

destino, aumentaram 5,47%.

O agrupamento XIX foi exportada sobretudo para Alemanha, respondendo por

7,09%. As importações do mesmo, por sua vez, representaram 1,98% das aquisições

paulistas no exterior. Teve uma evolução positiva ao longo do período de análise,

compreendida por 1,09%.

Tabela 3: Índice ISC do Paraná de 1998 a 2013

Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria.

Tabela 4: Índice ISC de São Paulo de 1998 a 2013

Fonte: Brasil (2014a). Elaboração própria

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Seção I 6,86 9,45 7,83 9,02 8,54 8,67 9,32 12,11 9,75 12,04 14,07 15,73 14,81 14,22 13,86 14,16

Seção II 31,47 25,87 24,55 25,63 23,62 22,33 18,17 11,13 13,28 18,05 21,32 25,71 25,67 28,35 31,49 33,01

Seção III 10,66 10,78 4,89 4,74 5,85 6,76 5,72 4,38 5,37 6,33 8,51 4,68 4,16 5,81 5,05 3,86

Seção IV 33,54 27,08 22,34 21,05 18,04 15,94 13,93 13,31 17,94 17,86 20,61 24,90 23,69 23,89 23,28 22,23

Seção V 7,11 9,72 17,35 12,71 6,65 5,14 4,19 5,68 14,49 15,85 23,44 13,76 15,73 17,04 17,65 10,74

Seção VI 11,80 13,16 15,62 12,59 10,70 9,76 9,97 8,46 11,50 15,28 24,40 16,47 16,11 20,54 21,68 25,38

Seção VII 4,25 6,52 7,65 6,75 3,96 2,55 2,23 2,86 3,47 3,99 4,53 5,10 6,35 6,91 7,67 7,64

Seção VIII 1,92 1,92 2,03 1,64 1,55 0,84 0,62 0,75 1,06 1,17 0,78 0,95 1,44 1,53 1,52 1,78

Seção IX 8,25 12,33 11,59 9,71 10,15 9,74 10,88 9,86 10,51 8,65 6,17 5,08 4,94 4,05 4,32 4,62

Seção X 5,95 6,05 6,56 4,52 3,40 3,11 2,79 3,11 3,99 3,87 4,21 4,59 4,79 4,57 4,67 4,69

Seção XI 3,42 2,64 2,74 2,55 2,32 1,67 1,47 1,23 1,85 1,74 1,72 2,00 2,21 2,56 2,24 1,87

Seção XII 0,18 0,17 0,25 0,22 0,18 0,12 0,12 0,11 0,11 0,15 0,19 0,67 0,77 0,69 0,62 0,23

Seção XIII 1,46 1,50 1,52 1,23 1,04 0,80 0,77 0,76 0,96 0,93 1,02 1,08 1,28 1,28 1,14 1,23

Seção XIV 0,01 0,02 0,02 0,03 0,02 0,02 0,01 0,02 0,03 0,03 0,07 0,19 0,14 0,11 0,15 0,17

Seção XV 3,27 4,03 6,04 4,36 3,15 2,97 3,16 4,06 4,99 5,39 5,63 6,01 7,51 6,46 5,84 5,91

Seção XVI 32,44 35,31 35,39 40,17 23,43 21,61 21,55 23,51 27,08 28,38 29,42 29,93 35,89 35,07 32,66 33,97

Seção XVII 30,10 23,62 37,31 32,41 22,91 17,30 13,48 21,54 21,77 27,31 28,12 26,32 31,22 32,99 33,42 31,72

Seção XVIII 2,80 3,36 2,59 2,63 1,98 1,46 1,11 1,44 1,56 1,57 1,64 1,88 1,93 1,98 1,92 2,24

Seção XIX 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,06 0,00 0,01 0,04 0,03 0,04

Seção XX 1,09 1,42 1,93 1,58 1,25 1,18 1,20 1,16 1,46 1,45 1,48 1,44 1,67 1,65 1,63 1,71

Seção XXI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,02 0,03 0,05 0,04 0,04 0,05 0,04 0,04 0,04

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Seção I -0,57 0,36 0,39 1,18 2,07 3,63 4,74 4,00 2,63 3,06 3,59 3,21 3,29 3,21 2,69 3,13

Seção II 0,61 1,20 0,23 -0,35 -0,88 -1,60 0,24 -0,04 -0,04 0,03 0,41 0,26 0,51 1,21 1,67 2,08

Seção III -0,56 -0,18 -0,13 -0,01 0,09 0,06 0,08 -0,01 -0,20 -0,17 -0,20 -0,25 -0,28 -0,19 -0,07 -0,03

Seção IV 15,34 17,03 11,23 14,34 15,58 14,62 13,35 13,92 17,44 15,62 15,28 22,40 23,11 22,09 20,95 21,81

Seção V -5,34 -5,27 -5,63 -5,22 -6,44 -6,91 -9,37 -6,68 -8,68 -9,35 -9,28 -7,77 -9,22 -12,20 -7,93 -12,81

Seção VI -10,05 -12,97 -11,45 -12,85 -15,52 -16,90 -16,29 -14,31 -11,83 -11,51 -11,54 -12,63 -11,24 -9,52 -11,04 -9,74

Seção VII -1,41 -1,31 -1,69 -1,85 -2,70 -2,49 -2,76 -2,97 -2,87 -2,45 -2,30 -1,77 -1,93 -1,09 -1,40 -1,53

Seção VIII 0,86 0,76 1,03 1,22 1,31 1,37 1,43 1,22 1,35 1,54 0,97 0,62 0,87 0,60 0,65 0,70

Seção IX 0,37 0,45 0,37 0,34 0,41 0,45 0,42 0,43 0,36 0,31 0,26 0,20 0,13 0,11 0,10 0,17

Seção X 0,74 1,13 1,00 1,27 1,22 2,01 1,29 1,26 0,85 1,08 1,18 1,78 1,52 1,59 1,50 1,84

Seção XI -0,89 -0,36 -0,41 -0,10 -0,27 0,17 0,09 -0,23 -0,49 -0,51 -0,48 -0,73 -0,75 -0,97 -1,49 -1,32

Seção XII 0,33 0,49 0,66 0,59 0,47 0,50 0,58 0,38 0,24 0,16 0,05 -0,07 -0,02 -0,09 -0,16 -0,18

Seção XIII 0,32 0,64 0,69 0,43 0,84 1,09 0,97 0,69 0,58 0,60 0,36 0,33 0,17 0,01 -0,19 0,03

Seção XIV 0,24 0,32 0,24 0,03 0,17 0,22 0,13 0,04 0,12 0,17 0,32 0,37 0,26 0,37 0,62 0,24

Seção XV 1,89 1,35 1,56 1,13 1,84 1,52 2,06 1,56 1,71 1,64 1,19 1,13 0,07 0,06 0,91 0,25

Seção XVI -14,69 -15,22 -14,19 -16,68 -13,51 -11,26 -11,94 -12,42 -12,34 -12,59 -11,88 -14,97 -14,62 -14,05 -15,35 -13,41

Seção XVII 16,32 14,75 19,48 20,44 18,89 17,46 19,20 17,99 16,23 17,26 16,75 12,89 12,87 12,74 12,88 12,67

Seção XVIII -3,05 -2,88 -3,32 -3,82 -4,04 -4,04 -4,21 -4,68 -4,81 -4,69 -4,52 -4,97 -4,45 -3,57 -4,05 -3,61

Seção XIX 0,07 0,07 0,12 0,08 0,69 0,18 0,11 0,12 0,12 0,16 0,20 0,36 0,29 0,21 0,25 0,31

Seção XX -0,52 -0,34 -0,17 -0,16 -0,22 -0,08 -0,13 -0,26 -0,39 -0,37 -0,37 -0,44 -0,62 -0,59 -0,59 -0,74

Seção XXI -0,01 0,00 0,00 0,00 -0,01 0,01 0,02 0,01 0,02 0,01 0,02 0,06 0,02 0,06 0,04 0,15

Percebe-se que os grupos IV, XXI representam as semelhanças de ambos os

Estados nas Vantagens Comparativas. No entanto, diferem pelas seções I, II, III, VIII, IX e

XIV. As mesmas expandiram em média 3,34% enquanto produtos de exportação e 4,23% nas

importações.

A análise da evolução das relações de comércio internacional e da vantagem

competitiva pode ser auferida pela identificação dos pontos fortes da economia. São os que

possuem ao mesmo tempo uma taxa de cobertura e Vantagem Comparativa Revelada maior

que a unidade. As mercadorias que apresentam desvantagem comparativa revelada e,

concomitantemente, taxa de cobertura inferior à unidade são avaliados como pontos fracos.

Conforme os dados das Tabelas 1 e 2 e o indicador de Taxa de cobertura, as seções são

classificadas como “forte, fraco e neutro”.

Ambos os Estados apresentaram nenhumas das classificações anteriormente

mencionadas. Os cálculos foram refeitos, mas se obteve os mesmos valores. Em

contrapartida, quando se observa o cálculo para os produtos que compõem cada uma das 21

categorias, encontra-se alguns resultados. Dessa maneira, em virtude da agregação que foi

realizada para produzir-se este trabalho, teve implicações na identificação dos dados

relevantes no indicador de Taxa de Cobertura.

5. Considerações finais

Observa-se que São Paulo possui desvantagem comparativa nas seções V, VI, VII,

XVI, XVIII e XX ao longo de todo o período de análise. O Paraná, por sua vez, destaca a V,

VI, VII e XVIII como principais desvantagens comparativas. Desse modo, diferem somente

pela categoria XX.

Entretanto, o Paraná se ressalta nas categorias I, II, III, IV, VIII, IX, XIV e XXI nas

vantagens comparativas. São Paulo teve as suas principais vantagens comparativas na IV,

XIX e XXI. Percebe-se que os grupos IV, XXI representam as semelhanças de ambos os

Estados nas vantagens comparativas. No entanto, diferem pelas seções I, II, III, VIII, IX e XIV.

As mesmas expandiram em média 3,34% enquanto produtos de exportação e 4,23% nas

importações.

Ambos os Estados apresentaram nenhumas das classificações relacionadas ao

indicador de Taxa de Cobertura.

O Paraná exportou principalmente para China, Argentina, Estados Unidos e

Alemanha. As importações advieram com destaque da Argentina, Nigéria, China e Alemanha.

São Paulo vendeu mercadorias principalmente para EUA, Argentina, México, Países Baixos

(Holanda), Chile, Alemanha e Venezuela. As importações paulistas foram realizadas,

principalmente, por Estados Unidos, Alemanha, China, Argentina e Japão no período de 1998

a 2013.

Referências

BRASIL (2013). Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contas Regionais do Brasil – 2011. Disponível em: < ftp://ftp.ibge.gov.br/Contas_Regionais/2011/contas_regionais_2011.pdf> Acessado em: 06/2014. BRASIL (2014). Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: < www.ibge.gov.br/>. Acessado em: 07/2014. ______________. Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC). Sistema Aliceweb. Disponível em: < http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/>. Acessado em: 05/2014a. ______________. Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC). Balança Comercial: Unidades da Federação. Disponível em: < http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1076>. Acessado em: 07/2014b. ______________. Investe São Paulo (ISP). Setores de negócio. Disponível em: <http://www.investe.sp.gov.br/por-que-sao-paulo/economia-diversificada/pib/.>. Acessado em: 07/2014a. ______________. Investe São Paulo (ISP). Economia diversificada - Indústria. Disponível em: <http://www.investe.sp.gov.br/por-que-sao-paulo/economia-diversificada/industria>. Acessado em: 07/2014b. ______________. Investe São Paulo (ISP). Economia diversificada - Comércio. Disponível em: <http://www.investe.sp.gov.br/por-que-sao-paulo/economia-diversificada/comercio/>. Acessado em: 07/2014c. ______________. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Anuário estatístico do Paraná. Disponível em: <http://www.ipardes.pr.gov.br/anuario_2012/index.html>. Acessado em: 07/2014. CORONEL, Daniel Arruda & DESSIMON, João Armando. VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS E ORIENTAÇÃO REGIONAL DA SOJA BRASILEIRA EM RELAÇÃO À CHINA. Disponível em: < http://online.unisc.br/seer/index.php/cepe/article/view/302/238>. Acessado em: 06/2014. GONÇALVES, Reinaldo et al. A nova economia internacional: uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Campus, 1998. KRUGMAN, Paul & OBSTFELD, Maurice. Economia internacional: teoria e política. Revisão técnica: Rogério Mori, Paulo Gala; [tradução de Eliezer Martins Diniz]. 8ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. MAIA, Jaime de Mariz. Economia internacional e comércio exterior. São Paulo: Atlas, 2001. MANTOVANI, Ana Margô (2003). Paraná: Economia (em português). Laboratórios de Informática Unilasalle. Disponível em: http://www.labin.unilasalle.edu.br/infoedu/siteinfoedu103/trabalhos/sitescc/geo/htms/pp.html Acessada em: 11 de julho de 2014. OLIVEIRA, Maria Angélica (2010). Economia e Negócios. “Bovespa se torna a 2ª maior do mundo em valor de mercado”. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia-e-

negocios/noticia/2010/09/bovespa-se-tornou-2-maior-do-mundo-em-valor-de-mercado.html>. Acessado em: 07/2014. Revista Amanhã (2011). 500 Maiores do Sul do Brasil (em português). Site Oficial da Revista. Disponível em: <http://www.amanha.com.br/grandes20anos/?b=1&nome=&setor=&estado=PR&cidade>. Acessada em: 06/2014. ROCHA, Luiz Eduardo de Vasconcelos & LEITE, Wilson Teixeira de Andrade. TRANSFORMAÇÕES RECENTES DO AGRONEGÓCIO MINEIRO: UMA ANÁLISE DE INDICADORES DE COMÉRCIO EXTERIOR NO PERÍODO DE 1996 A 2006. Disponível em: < http://www.sober.org.br/palestra/6/305.pdf>. Acessado em: 05/2014. SALVATORE, Dominick. Economia Internacional. Rio de Janeiro. Livros Técnicos Científicos (LTC), 1999.