valvula de controle praticas recomendadas

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DHM AUTOMAÇÃO http://www.dhmautomacao.com.br 1 Boletim Técnico – 032/2012 “ VÁLVULA DE CONTROLE - PRATICAS RECOMENDADAS ” Glossário de “algumas” práticas recomendas que as vezes passam desapercebidas para válvula de controle desde o dimensionamento, seleção, instalação, comissionamento, manutenção. Visando um bom desempenho, baixa manutenção, segurança e vida útil elevada. Dimensionamento de CV Para o correto dimensionamento utilizar a equação ISA S75.01.01 IEC 60534-2-1 Velocidade Máxima no Corpo ( saída ) Quando a velocidade na saída do corpo para fluido liquido for maior que = 4 m/s e fluido gasoso = 0,3 Mac. Aumentar a bitola mantendo o CV para reduzir a velocidade no corpo. Seleção tipo de Válvula Fatores relevantes que inicialmente pode determinar o tipo de válvula selecionado. - Vazão - Queda de pressão - Temperatura - Cavitação e Flashing - Ruído - Matéria em suspenção - Densidade Válvulas tipo Globo Apesar do investimento inicial maior. O custo benefício e favorável ao uso de válvula globo (com curva característica de vazão linear) quando possível no lugar de válvulas borboleta para bitolas ate 4”. Pelo baixo índice de manutenção ( tipo globo índice de defeitos a10 a 15 vezes menor ). Classe de Vedação Sempre que o diferencial de pressão e o atuador permitir, utilizar válvula não balanceada pois possui “melhor” classe de vedação. Quando utilizar atuador diafragma mola. Usar mola com pressão mais elevada possível. Atuador seleção do Tipo Dar preferencia ao atuador tipo diafragma-mola, pela simplicidade e baixa manutenção . Acessibilidade Para uma boa acessibilidade instalar a válvula no nível térreo sempre que possível. Caso contrario instalar em outros pisos elevados já existentes, evitando a construção de plataforma, passarela e escada adicional para acesso a manutenção e operação. Prever espaço livre em cima do atuador para permitir a desmontagem da válvula sem retirar da linha. Posicionador O posicionador devera sempre estar voltado para o lado da válvula de mais fácil acesso. Booster Para uma boa sintonia de controle quando o atuador da válvula for grande e lento, ou o processo requerer uma alta velocidade de resposta da válvula, instalar um booster após o posicionador para aumentar a velocidade de resposta da válvula, melhorando o desempenho da malha de controle.

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Valvula de Controle Praticas Recomendadas

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Page 1: Valvula de Controle Praticas Recomendadas

DHM AUTOMAÇÃO http://www.dhmautomacao.com.br

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Boletim Técnico – 032/2012

“ VÁLVULA DE CONTROLE - PRATICAS RECOMENDADAS ”

Glossário de “algumas” práticas recomendas que as vezes passam desapercebidas para

válvula de controle desde o dimensionamento, seleção, instalação, comissionamento, manutenção. Visando um

bom desempenho, baixa manutenção, segurança e vida útil elevada.

Dimensionamento de CV Para o correto dimensionamento utilizar a equação ISA S75.01.01 IEC 60534-2-1

Velocidade Máxima no Corpo ( saída ) Quando a velocidade na saída do corpo para fluido liquido for maior que = 4 m/s e fluido

gasoso = 0,3 Mac. Aumentar a bitola mantendo o CV para reduzir a velocidade no corpo.

Seleção tipo de Válvula Fatores relevantes que inicialmente pode determinar o tipo de válvula selecionado.

- Vazão

- Queda de pressão

- Temperatura

- Cavitação e Flashing

- Ruído

- Matéria em suspenção

- Densidade

Válvulas tipo Globo Apesar do investimento inicial maior. O custo benefício e favorável ao uso de válvula

globo (com curva característica de vazão linear) quando possível no lugar de válvulas borboleta para bitolas

ate 4”. Pelo baixo índice de manutenção ( tipo globo índice de defeitos a10 a 15 vezes menor ).

Classe de Vedação Sempre que o diferencial de pressão e o atuador permitir, utilizar válvula não balanceada

pois possui “melhor” classe de vedação. Quando utilizar atuador diafragma mola. Usar mola com pressão mais

elevada possível.

Atuador seleção do Tipo Dar preferencia ao atuador tipo diafragma-mola, pela simplicidade e baixa manutenção .

Acessibilidade Para uma boa acessibilidade instalar a válvula no nível térreo sempre que possível. Caso

contrario instalar em outros pisos elevados já existentes, evitando a construção de plataforma, passarela e

escada adicional para acesso a manutenção e operação. Prever espaço livre em cima do atuador para permitir a

desmontagem da válvula sem retirar da linha.

Posicionador O posicionador devera sempre estar voltado para o lado da válvula de mais fácil acesso.

Booster Para uma boa sintonia de controle quando o atuador da válvula for grande e lento, ou o

processo requerer uma alta velocidade de resposta da válvula, instalar um booster após o posicionador para

aumentar a velocidade de resposta da válvula, melhorando o desempenho da malha de controle.

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Locação na Tubulação Deverá ser utilizado a ISA RP 4.2 . Em fluidos gasosos com escoamento turbulento,

deixar um trecho reto a montante da válvula de controle de 15 a 18 vezes o diâmetro da linha , a jusante 5 vezes

o diâmetro. Esta medida evitará a quebra e desgaste prematuro dos internos por vibração mecânica.

Válvulas de By Pass Utilizar um dos 6 arranjos típicos básicos de BY PASS do manual de instalação API 550

de 1965 segunda edição. As válvulas de bloqueio a montante e a jusante , poderá ser do tipo globo , gaveta ou

ate mesmo borboleta ou esfera. A válvula do desvio não poderá ser do tipo gaveta, pois este tipo de válvula não

pode trabalhar parcialmente aberta regulando o fluido.

Bitola das Válvulas do By pass As válvulas de bloqueio poderão ser da mesma bitola da válvula de controle. Deverá ser

analisada a possibilidade do uso de menor bitola na válvula do desvio.

Válvula de inspeção de vazamento Em todo o By pass deverá ser instalado uma válvula de pequena bitola, para

despressurização e verificação de vedação das válvulas de bloqueio da válvula de controle. Evitando acidentes

durante a retirada da válvula de controle para manutenção.

Tubulações Devera ser previsto liras ou junta de dilatação para absorver esforço resultante de

dilatação térmica da tubulação, evitando que este esforço não prejudique o desempenho da válvula.

Suportes na Tubulação A tubulação deve ser suportada nas proximidades da válvula, a montante e a jusante.

Suportes Adicionais. Válvulas muito pesadas devem possuir um suporte somente para elas.

Montagem na Tubulação O aperto dos flanges deve ser feito sempre progressivamente e cruzado. Observar o torque

recomendado para cada bitola de prisioneiro.

Prisioneiros Observar a especificação técnica do material especificado para os prisioneiros de fixação

nos flanges pois válvulas com classe de vedação acima de 150 psi ou submetidas a alta temperatura requerem

prisioneiros especiais.

Sopragem de linha Toda a válvula de controle após ser montada, deverá ser retirada da tubulação para

sopragem da linha. Isto evitará que carepa de solda danifique a vedação e os internos.

Manutenção na linha Sempre que for feito algum serviço na linha a montante da válvula de controle como a

construção de uma derivação ou uma junção, o processo de sopragem deve ser repetido.

Armazenamento Toda válvula de controle deverá ser mantida em sua embalagem de fabrica em local

preferencialmente coberto e limpo, sem contato com a terra até a sua instalação na linha.

Comissionamento. No recebimento após ao pré comissionamento armazenar a válvula na embalagem do

fabricante. Fazer o comissionamento com o auxilio do Data Sheet do fabricante.

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Sintonia de Controle A sintonia de controle deve ser bem realizada evitando que a haste da válvula fique muito

instável, pois isto ira provocar desgaste prematuro da gaxeta e até mesmo da haste.

Hibernação do Projeto Em atmosfera corrosiva ou a beira mar, quando período previsto de hibernação do projeto

for superior a 3 anos, tomar medidas de conservação comuns a equipamentos mecânicos deveram ser tomadas

Manutenção Programada Criar um programa de gestão da manutenção, utilizando software para controle. Fazer uso

da manutenção preditiva e preventiva , bem como o uso de indicadores de manutenção. Ferramentas da

qualidade auxiliam na gestão da manutenção.

Bibliografia: API, American Petroleum Institute , API 500

ISA, International Society of Automation, ISA S75.01.01 , RP 4.2

IEC, International Electrotechnical Commission , IEC 60534-2-1

ASME, American Society of Mechanical Engineers

BARALLOBRE , Roberto - Manual de Treinamento - Válvulas de Controle, 1979.

Autores: Eng. Fernando Sampaio E-mail: [email protected]

Eng. Paula Sampaio E-mail: [email protected]