leituras recomendadas
DESCRIPTION
Projeto do Colégio Embraer para divulgação de leituras recomendadasTRANSCRIPT
Eugênia Luiza (profª. Inglês)
Li o “Meu pé de laranja lima” quando tinha uns 8, 9 anos de idade e fiquei muito
impressionada com as reações que a sua leitura provocaram em mim e, devo confessar, ainda
provocam, ainda que em menor intensidade. A doçura daquele menino que tinha tão pouco,
mas que sabia valorizar as mínimas coisas me calaram bem fundo. Chorei e ri muito com as
travessuras e a sensibilidade de Zezé, que supriu sua carência afetiva com a amizade de uma
árvore.
Foi lendo esse livro também que entendi o que minha professora tentava me ensinar
dizendo repetidas vezes: “Eugênia, leitura é processo ativo...”. Eu entendia o significado das
palavras, mas não alcançava a extensão delas. Quando me vi chorando e rindo e torcendo e
ansiando pela próxima página tive a exata compreensão do que Dª Lúcia tão paciente e
insistentemente tentava me fazer entender.
E ainda hoje, quando me lembro do Zezé, de suas tristezas, mazelas, seu amor por sua
irmã, Godóia (se não estou enganada), e sua completa afinidade com o pé de laranja lima, me
emociono e me remeto àqueles dias da minha infância... e me dá muita saudade.....
Fabiana Legnaro (profª. Literatura)
Em 1995, eu passara no vestibular da Unicamp, em MATEMÁTICA. Era a minha paixão: todos aqueles números dançando em equações com a exatidão, a segurança da descoberta verdadeira. Foi quando eu assisti a uma aula de Literatura sobre o livro Miguilim, de Guimarães Rosa. Meu chão se balançou.
Pedi o livro emprestado após a aula e o li na mesma noite. Miguilim é um menino que morava no Mutum e queria muito acreditar que lá era um lugar bonito, onde sua mãe, seu pai, sua avó, seus irmãos, o tio Terêz e os agregados viviam felizes. Nem sempre as coisas são como queremos e Miguilim descobre isso; as brigas, os adultos, a infância, toda a realidade concretizada se contrapunha aos desejos de Miguilim. Mas um dia ele consegue enxergar a beleza do Mutum e pode ir embora, viver sua vida em outro lugar.
Dentre muitas, há uma passagem particularmente especial: Miguilim estava doente, pensava que morreria e conversava com Dito, seu irmão menor e melhor amigo
“_ Dito, hoje é que dia?
Então ia morrer; carecia de pensar feito já fosse pessoa grande? Suspendeu as
mãozinhas, tapando os olhos. Em mal que, a gente carecia de querer pensar somente nas
coisas que devia de fazer, mas o governo da cabeça era erroso – vinha era toda idéia ruim das
coisas que estão por poder suceder!”
E a expressão “o governo da cabeça era erroso” ficou em minha cabeça por dias, meses, para sempre. Ainda hoje penso nisso, em como a gente acaba se perdendo em pensamentos.
Não fiz Matemática, não fui para Unicamp, desisti de tudo que era tão certo em minha vida e fui estudar Literatura, tentar entender como é que um livro tem o poder que tem, como é que as histórias conseguem ser mágicas assim... como conseguem nos fazer ver o que estava mesmo embaixo de nossos olhos e de nossos narizes e subverter a ordem de nossas certezas, despertar desejos e sonhos.
Miguilim é dos meus livros de cabeceira, aqueles nos quais sempre nos refugiamos para nos lembrarmos humanos, imperfeitos, sempre-crianças...
Priscila Veight (profª. Artes)
Mostra um sistema de relacionamento entre os humanos em uma Época que a
tecnologia e as ciências eram muito mais importantes que o amor.
Interessante notar que nos dias de hoje, essa história está se tornando casa vez mais
real e eu consigo enxergar muitas ações e pensamentos meus se encaixariam plenamente
nesse enredo intrigante.
Fernando Nishimura de Aragão (prof. Informática)
Dentro da área de Informática, Kevin Mitnick sempre foi um ícone, assim como Bill
Gates, Steve Jobs, e tantos outros figurões conhecidos do grande público. E suas proezas
digitais, superando sistemas de segurança como FBI e CIA, transformaram o hacker em lenda.
Quando li as histórias dele, e de outros hackers famosos, sobre suas técnicas, seus
truques, as falhas que exploraram para invadir os sistemas, e tudo mais, percebi que poderia
ser exatamente tudo o que desejasse ser (na área de informática).
E este livro me marcou bastante, porque eu percebi que existiam dois caminhos a
serem seguidos (assim como em tudo na vida): o bem ou o mal. Escolhi o lado do bem, e
atualmente faço pós-graduação em Segurança da Informação.
Obs.: Este livro está disponível na Biblioteca do Colégio Embraer para leitura e empréstimos.
Bruno Augusto (prof. Filosofia e Sociologia)
Li “Por quem os sinos dobram” no meu primeiro ano na Faculdade de História no
ano de 1998 no Curso de História Ibérica. Nesse livro, Ernest Miller Hemingway, apresenta a
história de Robert Jordan, um jovem norte-americano das Brigadas Internacionais durante o
período da Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939). Jordan recebe a missão de explodir uma
ponte por ocasião de um ataque simultâneo à cidade de Segóvia.
Hemingway usa sua experiência pessoal como participante voluntário da Guerra
Civil Espanhola ao lado dos republicanos e faz uma série de críticas à atuação extremamente
violenta das tropas de ambos os lados: a direita auxiliada pelo governo fascista italiano e
nazista alemão; e a esquerda pelas brigadas internacionais e União Soviética.
Esse livro contribuiu muito em minha formação acadêmica, além de ter confirmado
que (após uma rápida passagem pelo curso de Engenharia) tinha feito a escolha correta para
minha carreira.
Obs.: Este livro está disponível na Biblioteca do Colégio Embraer para leitura e empréstimos.
Iris Ferreira (coordenadora de Linguagens e suas Tecnologias)
Um livro que me marcou ... “O amor nos tempos do Cólera” de Gabriel Garcia
Marques
Fui tocada pela forma sensível e realista com que o autor trata do amor entre dois
jovens que, embora separados fisicamente pelas circunstâncias da vida, continua existindo,
cada vez mais forte.
A história de encontros é um verdadeiro retrato da vida.
Patrícia Monteiro (professora de Espanhol)
No Ensino médio a professora solicitou a leitura do livro “A Moreninha” e me
lembro que quando cheguei em casa e comentei com a minha mãe ela disse que já havia lido e
que inclusive foi feita uma novela a partir da história do livro.
Ler o livro foi uma oportunidade de me aproximar da minha mãe, pois, a casa
capítulo eu corria para comentar com ela.
Heloísa Bellini (professora de Inglês)
Esse livro me marcou muito por conta de sua história triste e de superação, me fez
pensar sobre as mais diversas dificuldades que as pessoas de outros países (diferentes
culturas) sofreram.
Muitas vezes achamos que nossos problemas são maiores ou piores di que dos
outros, nos importando apenas com nós mesmos. Enfim, esse livro me fez refletir sobre como
não temos ideia das dificuldades / situações que outras pessoas passam. Emociona-me muito
por ser uma história real.
Valério Scalabrin (professor de Educação Física)
Li, quando estava no segundo grau era para uma prova de filosofia, e em muitos
trechos eu não conseguia entender o que o autor queria transmitir. Muitas páginas eu relia
várias vezes para tentar entender, pois achava a linguagem muito complexa para mim naquela
época.
Maristela (professora de Produção de Textos)
Um livro que marcou minha vida foi “O Amor nos Tempos de Cólera”. Fiquei muito
intrigada com um amor tão grande obsessivo e com a maneira como Gabriel Garcia Marquez
escreve. Parecia-me que ele estava ao meu lado contando a história.
O final se mostrou ainda mais surpreendente.
Denise Borlido (professora de Educação Física)
A história do último czar da Rússia.
O autor John Boyne escreve de um modo muitíssimo interessante a trajetória da
família que morreu assassinada.
Jonh Boyne é o mesmo autor de Menino de Pijama Listrado.
Murilo Cruz (prof. Geografia)
O Capital de Karl Marx
Apesar de ouvir falar deste livro desde as aulas de História e Geografia do Ensino Médio, só
tive meu primeiro contato com ele no terceiro ano da faculdade, quando li os cinco primeiros
capítulos do livro 1 (são três livros ao total), para a disciplina de História da Cultura.
Apesar da dificuldade e da necessidade de ler outros textos para compreender o Capital, a
leitura do livro foi marcante para mim por ter proporcionado uma visão sobre a sociedade
moderna que nunca mais pude abandonar, ou seja, nunca mais consegui ver o mundo como o
via antes de ler este livro.
Posteriormente, durante o mestrado, tive a oportunidade de ler cerca de 80% do livro, sob
orientação de um professor especialista no assunto. O mergulho no livro foi tão profundo que
metade das 200 páginas de minha dissertação de mestrado foram dedicadas a explicar o que
entendi da obra maior de Karl Marx.
Rizete Leonel (profª. Geografia)
Narrado por Li Cunxin, um bailarino que usou a dança como esperança para sair da
miséria, o enredo tem início em sua infância difícil, em meio a realidade política de seu país.
Passando pelo ‘amor’ imposto e incondicional a seu líder Mao Tse Tung, a história tem o balé
como pano de fundo, mas se destina a retratar a obstinação e a vitória de um menino que teve
a sorte de ser escolhido para um destino melhor, e que lutou avidamente para conquistá-lo.
O que me encantou neste livro foi a perseverança do bailarino, mesmo diante de
tantas dificuldades ele nunca pensou em desistir, pelo contrário,a cada adversidade ele se
fortalecia e ia além.