leituras recomendadas

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Eugênia Luiza (profª. Inglês) Li o “Meu pé de laranja lima” quando tinha uns 8, 9 anos de idade e fiquei muito impressionada com as reações que a sua leitura provocaram em mim e, devo confessar, ainda provocam, ainda que em menor intensidade. A doçura daquele menino que tinha tão pouco, mas que sabia valorizar as mínimas coisas me calaram bem fundo. Chorei e ri muito com as travessuras e a sensibilidade de Zezé, que supriu sua carência afetiva com a amizade de uma árvore. Foi lendo esse livro também que entendi o que minha professora tentava me ensinar dizendo repetidas vezes: “Eugênia, leitura é processo ativo...”. Eu entendia o significado das palavras, mas não alcançava a extensão delas. Quando me vi chorando e rindo e torcendo e ansiando pela próxima página tive a exata compreensão do que Dª Lúcia tão paciente e insistentemente tentava me fazer entender. E ainda hoje, quando me lembro do Zezé, de suas tristezas, mazelas, seu amor por sua irmã, Godóia (se não estou enganada), e sua completa afinidade com o pé de laranja lima, me emociono e me remeto àqueles dias da minha infância... e me dá muita saudade.....

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Projeto do Colégio Embraer para divulgação de leituras recomendadas

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Page 1: Leituras recomendadas

Eugênia Luiza (profª. Inglês)

Li o “Meu pé de laranja lima” quando tinha uns 8, 9 anos de idade e fiquei muito

impressionada com as reações que a sua leitura provocaram em mim e, devo confessar, ainda

provocam, ainda que em menor intensidade. A doçura daquele menino que tinha tão pouco,

mas que sabia valorizar as mínimas coisas me calaram bem fundo. Chorei e ri muito com as

travessuras e a sensibilidade de Zezé, que supriu sua carência afetiva com a amizade de uma

árvore.

Foi lendo esse livro também que entendi o que minha professora tentava me ensinar

dizendo repetidas vezes: “Eugênia, leitura é processo ativo...”. Eu entendia o significado das

palavras, mas não alcançava a extensão delas. Quando me vi chorando e rindo e torcendo e

ansiando pela próxima página tive a exata compreensão do que Dª Lúcia tão paciente e

insistentemente tentava me fazer entender.

E ainda hoje, quando me lembro do Zezé, de suas tristezas, mazelas, seu amor por sua

irmã, Godóia (se não estou enganada), e sua completa afinidade com o pé de laranja lima, me

emociono e me remeto àqueles dias da minha infância... e me dá muita saudade.....

Page 2: Leituras recomendadas

Fabiana Legnaro (profª. Literatura)

Em 1995, eu passara no vestibular da Unicamp, em MATEMÁTICA. Era a minha paixão: todos aqueles números dançando em equações com a exatidão, a segurança da descoberta verdadeira. Foi quando eu assisti a uma aula de Literatura sobre o livro Miguilim, de Guimarães Rosa. Meu chão se balançou.

Pedi o livro emprestado após a aula e o li na mesma noite. Miguilim é um menino que morava no Mutum e queria muito acreditar que lá era um lugar bonito, onde sua mãe, seu pai, sua avó, seus irmãos, o tio Terêz e os agregados viviam felizes. Nem sempre as coisas são como queremos e Miguilim descobre isso; as brigas, os adultos, a infância, toda a realidade concretizada se contrapunha aos desejos de Miguilim. Mas um dia ele consegue enxergar a beleza do Mutum e pode ir embora, viver sua vida em outro lugar.

Dentre muitas, há uma passagem particularmente especial: Miguilim estava doente, pensava que morreria e conversava com Dito, seu irmão menor e melhor amigo

“_ Dito, hoje é que dia?

Então ia morrer; carecia de pensar feito já fosse pessoa grande? Suspendeu as

mãozinhas, tapando os olhos. Em mal que, a gente carecia de querer pensar somente nas

coisas que devia de fazer, mas o governo da cabeça era erroso – vinha era toda idéia ruim das

coisas que estão por poder suceder!”

E a expressão “o governo da cabeça era erroso” ficou em minha cabeça por dias, meses, para sempre. Ainda hoje penso nisso, em como a gente acaba se perdendo em pensamentos.

Não fiz Matemática, não fui para Unicamp, desisti de tudo que era tão certo em minha vida e fui estudar Literatura, tentar entender como é que um livro tem o poder que tem, como é que as histórias conseguem ser mágicas assim... como conseguem nos fazer ver o que estava mesmo embaixo de nossos olhos e de nossos narizes e subverter a ordem de nossas certezas, despertar desejos e sonhos.

Miguilim é dos meus livros de cabeceira, aqueles nos quais sempre nos refugiamos para nos lembrarmos humanos, imperfeitos, sempre-crianças...

Page 3: Leituras recomendadas

Priscila Veight (profª. Artes)

Mostra um sistema de relacionamento entre os humanos em uma Época que a

tecnologia e as ciências eram muito mais importantes que o amor.

Interessante notar que nos dias de hoje, essa história está se tornando casa vez mais

real e eu consigo enxergar muitas ações e pensamentos meus se encaixariam plenamente

nesse enredo intrigante.

Page 4: Leituras recomendadas

Fernando Nishimura de Aragão (prof. Informática)

Dentro da área de Informática, Kevin Mitnick sempre foi um ícone, assim como Bill

Gates, Steve Jobs, e tantos outros figurões conhecidos do grande público. E suas proezas

digitais, superando sistemas de segurança como FBI e CIA, transformaram o hacker em lenda.

Quando li as histórias dele, e de outros hackers famosos, sobre suas técnicas, seus

truques, as falhas que exploraram para invadir os sistemas, e tudo mais, percebi que poderia

ser exatamente tudo o que desejasse ser (na área de informática).

E este livro me marcou bastante, porque eu percebi que existiam dois caminhos a

serem seguidos (assim como em tudo na vida): o bem ou o mal. Escolhi o lado do bem, e

atualmente faço pós-graduação em Segurança da Informação.

Obs.: Este livro está disponível na Biblioteca do Colégio Embraer para leitura e empréstimos.

Page 5: Leituras recomendadas

Bruno Augusto (prof. Filosofia e Sociologia)

Li “Por quem os sinos dobram” no meu primeiro ano na Faculdade de História no

ano de 1998 no Curso de História Ibérica. Nesse livro, Ernest Miller Hemingway, apresenta a

história de Robert Jordan, um jovem norte-americano das Brigadas Internacionais durante o

período da Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939). Jordan recebe a missão de explodir uma

ponte por ocasião de um ataque simultâneo à cidade de Segóvia.

Hemingway usa sua experiência pessoal como participante voluntário da Guerra

Civil Espanhola ao lado dos republicanos e faz uma série de críticas à atuação extremamente

violenta das tropas de ambos os lados: a direita auxiliada pelo governo fascista italiano e

nazista alemão; e a esquerda pelas brigadas internacionais e União Soviética.

Esse livro contribuiu muito em minha formação acadêmica, além de ter confirmado

que (após uma rápida passagem pelo curso de Engenharia) tinha feito a escolha correta para

minha carreira.

Obs.: Este livro está disponível na Biblioteca do Colégio Embraer para leitura e empréstimos.

Page 6: Leituras recomendadas

Iris Ferreira (coordenadora de Linguagens e suas Tecnologias)

Um livro que me marcou ... “O amor nos tempos do Cólera” de Gabriel Garcia

Marques

Fui tocada pela forma sensível e realista com que o autor trata do amor entre dois

jovens que, embora separados fisicamente pelas circunstâncias da vida, continua existindo,

cada vez mais forte.

A história de encontros é um verdadeiro retrato da vida.

Page 7: Leituras recomendadas

Patrícia Monteiro (professora de Espanhol)

No Ensino médio a professora solicitou a leitura do livro “A Moreninha” e me

lembro que quando cheguei em casa e comentei com a minha mãe ela disse que já havia lido e

que inclusive foi feita uma novela a partir da história do livro.

Ler o livro foi uma oportunidade de me aproximar da minha mãe, pois, a casa

capítulo eu corria para comentar com ela.

Page 8: Leituras recomendadas

Heloísa Bellini (professora de Inglês)

Esse livro me marcou muito por conta de sua história triste e de superação, me fez

pensar sobre as mais diversas dificuldades que as pessoas de outros países (diferentes

culturas) sofreram.

Muitas vezes achamos que nossos problemas são maiores ou piores di que dos

outros, nos importando apenas com nós mesmos. Enfim, esse livro me fez refletir sobre como

não temos ideia das dificuldades / situações que outras pessoas passam. Emociona-me muito

por ser uma história real.

Page 9: Leituras recomendadas

Valério Scalabrin (professor de Educação Física)

Li, quando estava no segundo grau era para uma prova de filosofia, e em muitos

trechos eu não conseguia entender o que o autor queria transmitir. Muitas páginas eu relia

várias vezes para tentar entender, pois achava a linguagem muito complexa para mim naquela

época.

Page 10: Leituras recomendadas

Maristela (professora de Produção de Textos)

Um livro que marcou minha vida foi “O Amor nos Tempos de Cólera”. Fiquei muito

intrigada com um amor tão grande obsessivo e com a maneira como Gabriel Garcia Marquez

escreve. Parecia-me que ele estava ao meu lado contando a história.

O final se mostrou ainda mais surpreendente.

Page 11: Leituras recomendadas

Denise Borlido (professora de Educação Física)

A história do último czar da Rússia.

O autor John Boyne escreve de um modo muitíssimo interessante a trajetória da

família que morreu assassinada.

Jonh Boyne é o mesmo autor de Menino de Pijama Listrado.

Page 12: Leituras recomendadas

Murilo Cruz (prof. Geografia)

O Capital de Karl Marx

Apesar de ouvir falar deste livro desde as aulas de História e Geografia do Ensino Médio, só

tive meu primeiro contato com ele no terceiro ano da faculdade, quando li os cinco primeiros

capítulos do livro 1 (são três livros ao total), para a disciplina de História da Cultura.

Apesar da dificuldade e da necessidade de ler outros textos para compreender o Capital, a

leitura do livro foi marcante para mim por ter proporcionado uma visão sobre a sociedade

moderna que nunca mais pude abandonar, ou seja, nunca mais consegui ver o mundo como o

via antes de ler este livro.

Posteriormente, durante o mestrado, tive a oportunidade de ler cerca de 80% do livro, sob

orientação de um professor especialista no assunto. O mergulho no livro foi tão profundo que

metade das 200 páginas de minha dissertação de mestrado foram dedicadas a explicar o que

entendi da obra maior de Karl Marx.

Page 13: Leituras recomendadas

Rizete Leonel (profª. Geografia)

Narrado por Li Cunxin, um bailarino que usou a dança como esperança para sair da

miséria, o enredo tem início em sua infância difícil, em meio a realidade política de seu país.

Passando pelo ‘amor’ imposto e incondicional a seu líder Mao Tse Tung, a história tem o balé

como pano de fundo, mas se destina a retratar a obstinação e a vitória de um menino que teve

a sorte de ser escolhido para um destino melhor, e que lutou avidamente para conquistá-lo.

O que me encantou neste livro foi a perseverança do bailarino, mesmo diante de

tantas dificuldades ele nunca pensou em desistir, pelo contrário,a cada adversidade ele se

fortalecia e ia além.