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Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia Agrária e Sociologia Rural Instituto Superior de Agronomia

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Page 1: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Valoração conjunta de

múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta

multifuncionais

José Manuel Lima e Santos

Departamento de Economia Agrária e Sociologia RuralInstituto Superior de Agronomia

Page 2: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Esquema da apresentação

1. O contexto de políticas2. O problema de valoração

3. O modelo básico de valoração

4. Interacções entre atributos e agregação de benefícios multi-atributos

5. Abordagens para a valoração empírica de múltiplos atributos não comerciais

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1. O contexto de políticas

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As múltiplas funções dos ecossistemas rurais:

•Oferta de alimentos e matérias primas,

•Alimentação de aquíferos e bacias, •Espaços abertos e florestais para recreio,

•Habitat,

•Experiência estética,

•Identidade cultural,

•Emprego rural,

•Contributo para a economia rural •Segurança alimentar.

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Produção conjunta de múltiplos bens, comerciais e não comerciais

•A agricultura e a produção florestal usam a maior parte da terra, tendo portanto efeitos cruciais nestas múltiplas funções dos ecossistemas rurais.

•Existindo produções conjuntas, …

•… as mudanças no processo produtivo para aumentar a produção de bens comerciais, p. ex. alimentos ou fibras …•… modificam a produção de bens não comerciais, como paisagem, habitat ou a qualidade da água.•Estas mudanças são habitualmente arrastadas por

•mudanças nos mercados ou

•mudanças nas políticas.

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Falha de mercado e intervenção pública

•Muitas destas produções não comerciais dos ecossistemas rurais envolvem externalidades ou bens públicos, logo …

•… os sinais dados pelos preços de mercado não asseguram automaticamente a selecção do cabaz óptimo de múltiplas produções, comerciais ou não; isto é daquele que maximisa o bem-estar social.

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•O objectivo de intervenção pública aqui é o de aumentar o bem-estar social, modificando o cabaz de bens e serviços, comerciais ou não, que recebemos dos ecossistemas rurais.

•Produções conjuntas e falhas de mercado implicam que a multifuncionalidade da agricultura e da floresta é relevante para todas as políticas que afectam o cabaz de múltiplos bens e serviços que recebemos dos ecossistemas rurais, i.e.:

políticas agrícola e florestal

política ambiental

políticas de desenvolvimento rural e regional

políticas de ordenamento do território, transportes e energia.

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Estratégias de intervenção pública

•Criação de mecanismos de mercado ou quase-mercado, tais como taxas de utilização, turismo rural, direitos vendíveis ou rótulos territoriais/certificação para os produtos comerciais, os quais apresentam algumas vantagens:

evitam a necessidade de análises de custo-benefício complexas para evitar falhas de política

evitando também problemas de concepção, aplicação e financiamento de políticas óptimas

internalizam valores não comerciais no funcionamento do sistema económico através de efeitos de equilíbrio geral em múltiplos mercados

Page 9: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

permitem pôr o potencial económico das amenidades rurais ao serviço do desenvolvimento das áreas rurais

contudo os mecanismos de mercado não são uma opção no caso de bens públicos puros, em que a exclusão dos não pagadores é impossível ou muito limitada (biodiversidade); nestes casos não existem alternativas a uma segunda estratégia:

•Conceber e aplicar políticas regulamentadoras ou baseadas em incentivos económicos, visando melhorar o cabaz de múltiplos bens e serviços dos ecossistemas rurais de modo a aumentar o bem-estar social

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O papel da valoração económica de bens não comerciais

Para atingir este objectivo há que evitar a falha de políticas, i.e.: evitar mover o cabaz de múltiplos bens e serviços dos ecossistemas rurais

- numa direcção errada ou

- demasiado longe na direcção certa

deste modo aumentando, em vez de corrigir, a falha de mercado.

Para evitar a falha de políticas neste contexto, a valoração de bens não comerciais permite

avaliar os múltiplos trade offs entre efeitos positivos e negativos das políticas no cabaz de múltiplas produções comerciais e não comerciais dos ecossistemas.

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Esta necessidade de valorar os bens não comerciais aparece, por esta mesma razão, num grande número de decisões políticas, tais como:

•Reformas da PAC e liberalização do comércio internacional, que visam aumentar a eficiência e a competitividade das produções comerciais mas que têm também implicações (+/-) para os bens não comerciais, como paisagens, habitats, risco de incêndio ou qualidade da água

•Projectos de investimento (por exemplo regadios) que visam melhorar o potencial competitivo das terras mas com efeitos (+/-) também na qualidade dos bens não comerciais;

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•A concepção de medidas agro- ou silvo-ambientais, incluindo em áreas protegidas (Parque e Reservas ou sítios da Rede Natura 2000), de modo a obter o cabaz óptimo de bens comerciais e não comerciais a partir da terra gerida;

•A avaliação da sustentabilidade do desenvolvimento (contas nacionais verdes) e o desenvolvimento de sistemas de indicadores de sustentabilidade da agricultura e da produção florestal.

•Medidas agro- ou silvo-ambientais, que visam satisfazer procuras sociais relativas a uma melhor qualidade ambiental em meio rural;

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A valoração económica de bens não comerciais aplica-se também nas soluções de mercado, fornecendo aos fornecedores de amenidades rurais informações relevantes para a gestão, tais como:

•Curvas da procura potencial, úteis para a fixação de preços de acesso, etc., ou

•Tendências dinâmicas da procura, relacionadas com a evolução de variáveis determinantes das mesmas (rendimento, variáveis sócio-culturais, escassez de locais de lazer…), que permitem apoiar decisões de planeamento dos recursos a médio-longo prazo.

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2. O problema de valoração

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Definição dos efeitos de política a valorar

Definir a tarefa de valoração requer especificar os diferentes tipos de efeitos de política a valorar no caso de políticas que afectam ecossistemas rurais multifuncionais.

Exemplificaremos aqui com o caso de uma medida de política centrada nos benefícios não comerciais (uma medida agro- ou silvo-ambiental, por exemplo) mas todas as políticas acima referidas produzem estes mesmos tipos de efeitos.

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Os vários passos dos efeitos de políticas

1. Adesão pelos agrícultores/ proprietários florestais

•No caso de medidas voluntárias que utilizam incentivos financeiros, tudo começa com a adesão dos agricultores/ proprietários florestais à medida

•A taxa de adesão dependerá do nível do incentivo quando comparado com o custo de cumprir os requesitos de gestão (restrições à gestão) impostos pela medida

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2. Cumprimento das restrições à gestão voluntariamente contratadas ou impostas por regulamento

•Obter total cumprimento é difícil dada a natureza dispersa das produções rurais e dos processos ecológicos em causa

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3. Ajustamentos no processo produtivo, ao nível da exploração agrícola/florestal, quando há produção conjunta de bens comerciais e não comerciais a partir dos mesmos factores de produção.

•Mudanças nos níveis de bens não comerciais, pretendidas ou não pela medida

•Mudanças na produção dos bens comerciais

•Mudanças nos níveis de emprego de factores

Estes ajustamentos dão origem a:

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Todos estes resultados de ajustamentos ao nível da exploração determinam 3 tipos de efeitos finais das políticas:

1.Mudanças nos níveis de bens e serviços não comerciais dos ecossistemas, pretendidas ou não, positivas ou negativas; e incluindo quer

mudanças no estado do ambiente, que resultam de complexos ajustamentos ambientais às mudanças nas práticas de gestão; quermudanças noutros bens não comerciais, tais como emprego rural, viabilidade da economia rural, ou níveis de segurança alimentar

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2.Variações no rendimento dos agricultores/ proprietários florestais (custos de cumprimento de normas ou restrições contratuais à gestão) ou de outros agentes, p. ex. contribuintes (que pagam as medidas voluntárias, tais como agro- ou silvo-ambientais);3.Mudanças de preços dos bens comerciais ou de factores de produção, causadas por efeitos de equilíbrio geral ou parcial, e que afectam quer os consumidores quer os produtores.

Estes 3 tipos genéricos de efeitos de políticas incluem todos os modos através dos quais a medida de política em causa afecta o bem-estar social.

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Assim, uma política pública que afecte múltiplas funções de um ecossistema rural pode especificar-se identificando:

•O estado sem política dos preços p, dos rendimentos de cada indivíduo i, yi e dos bens não comerciais z, i.e.: (p0, yi

0, z0); e

•O estado das mesmas varáveis com política (p, yi, z).

Logo que estes estados, com e sem política, estão identificados, segue-se o passo de valoração.

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O passo de valoração visa associar um valor a cada um destes efeitos de política (mudanças nos preços, nos rendimentos e nos níveis dos bens não comerciais), valor este que reflecte o respectivo significado na perspectiva do bem-estar social

•Deste modo, podemos avaliar os múltiplos trade-offs entre os efeitos positivos e negativos da política, a fim de seleccionar o melhor curso de acção na perspectiva do bem-estar social.

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3. O modelo básico de valoração

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Medindo a variação de bem-estar de cada indivíduo devida a uma política

Cada indivíduo pode ser afectado por uma política que altere as múltiplas funções de um ecossistema rural através de mudanças nos preços, nos rendimentos e nos bens não comerciais.Assumindo que o indivíduo tem preferências bem definidas relativamente a estes efeitos das políticas, as quais são expressas na sua função utilidade:Vi (p, yi, z) (1)

podemos definir uma quantia que, retirada ao rendimento do indivíduo com a política, o deixa exactamente no mesmo nível de bem-estar que este teria sem a política.

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Esta quantia é a variação compensatória (VC) do rendimento:

Vi (p, yi – VCi, z) = Vi (p0, yi0, z0) (2)

Notando-se que:

•se VCi é positiva, o indivíduo é um ganhador com a política, e VCi dá-nos a sua máxima disposição a pagar (WTP) por ela;

•se VCi é negativa, o indivíduo é um perdedor, e o valor absoluto de VCi dá-nos a compensação mínima que este requereria para tolerar a política, i.e. a sua disposição a aceitar (WTA).

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Agregação entre indivíduos: análise custo-benefício

Somando algebricamente a VCi dos diversos I indivíduos dá:

stscopolicybenefitspolicyWTAWTPCVlosers

i

I

1i gainersii

(3)

Se esta soma é positiva, i.e.: os benefícios da política excedem os respectivos custos, concluímos que os ganhadores serão capazes de compensar integralmente os perdedores e ainda assim ficarem em melhor posição que estavam antes da política.

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Se a política passar este teste e a referida compensação tiver lugar, alguns indivíduos verão o seu bem-estar melhorar sem que ninguém fique pior (uma melhoria de Pareto).

Esta é a regra usada, em qualquer análise custo-benefício de políticas públicas, para agregar os benefícios e custos das políticas para a totalidade dos indivíduos por ela afectados.

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A procura de bens comerciais e não comerciais

Derivando VCi relativamente aos preços e aos níveis dos bens não comerciais dá:

VCi(.)/p = – xC(p, Vi0, z) (4)

ou seja, as funções procura Hicksianas (compensadas) para todos os bens comerciais, e VCi(.)/z = C(p, Vi

0, z) (5)

ou seja, as funções de valor marginal, ou procuras inversas (compensadas) para todos os bens não comerciais.

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4. Interações na procura e agregação de benefícios

entre os diversos efeitos de política

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Demand interactions between multiple commodity and non-

commodity outputsThis is possibly the most important single valuation issue that is specific to multiple-effect policies: •demand interactions may cause severe aggregation problems when summing up values over different policy effects;

•this aggregation problem does not depend on the way the multiple effects were generated (e.g. joint production), but simply on demand-side considerations.

Demands for either commodity or non-commodity outputs derived in (4) and (5) depend not only on all prices but also on levels of all non-commodity outputs.

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So, we can define demand interaction as shifts in demand curves caused by changes in prices or non-commodity output levels.

For example, we say that a commodity a and a non-commodity output b are substitutes (complements) if demand for a is reduced (increased) by an increase in the level of non-commodity output b, i.e. if:xa

C (.) /zb = – 2CVi(.)/pazb < (>) 0 (6)

Along the same lines, we say that two non-commodity outputs a and b are substitutes (complements) when the marginal value of a is reduced (increased) by an increase in the level of b, i.e. if: a

C (.) /zb = 2CVi(.)/zazb < (>) 0 (7)

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Such an example of a downward shift of the marginal-value curve for a due to an increase in the level of b is illustrated in the following graph.

Figure 1. downward shift of marginal-value for a due to an increase in a substitute’s level

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Deriving the value of a multiple-output policy from demands for

the different outputs

Assume there is a policy aimed at increasing the levels of non-commodity outputs 1 and 2 (think e.g. of two landscape elements, or habitat resources) to (z1, z2) as compared to their policy-off levels (z1

0, z20).

Assume that, for visitors to the targeted area, the change in these two non-commodity outputs is the only fact affecting their well-being (i.e.: they do not suffer income or price changes caused by the policy).

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From equation (5), we know that the demand for each non-commodity output is derived by differentiating compensating variation (CV), that is WTP for the overall change, with respect to the corresponding non-commodity output.

Hence, getting WTP for the overall change will require simply integrating demands.

How to compute a visitor’s WTP for the beneficial change in the two non-commodity outputs from his (her) demand functions for the two attributes?

Page 35: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Sequential as opposed to independent values

Which integration path should we adopt to integrate demands? Consider two types of such a path:

•a sequential path, with 2 steps, such as (z1

0, z20) (z1, z2

0) followed by (z1, z20) (z1,

z2), where we change first output 1, with 2 at its initial level, and then output 2, with 1 at its final level; this is a sequential path;

•a non-sequential path where we value every single output change as if it was the next change to status quo, i.e. with the other outputs at their initial levels; this leads us to consider 2 changes:

(z10, z2

0) (z1, z20), and (z1

0, z20) (z1

0, z2).

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Integrating demands over the sequential path yields the sequential values (SV) of the changes in the first and second outputs, respectively. Summing up yields the unbiased compensating-variation (CV) value of the multiple-output change:

CVi ((z10, z2

0) (z1, z2))= SVi (z10 z1 |z2

0) + SVi (z20 z2 |z1) (8)

Integrating demands over the second, non-sequential, path yields the independent values (IV) of the changes in the first and second outputs, respectively, as if each were the next departure from the status quo.Summing up yields the independent valuation and summation (IVS) result:

IVSi ((z10, z2

0) (z1, z2))= IVi (z10 z1 | z2

0) + IVi (z20 z2 | z1

0) (9)

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The IVS bias

The IVS result is, in general, different from the unbiased CV measure of WTP for the overall multiple-output change. The difference is known as the IVS bias:

IVS bias = IVSi - CVi (10)

or, in the per-cent form:

IVS bias (%) = 100 x (IVSi / CVi – 1) (11)

The following graph illustrates the CV and IVS results, as well as the IVS bias.

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Figure 2. Valuation of a 2-output change

Page 39: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Note that these non-commodity outputs are demand substitutes for each other, as the increase in the level of one reduces the marginal value of the other.

According to the graph:

SVi (z10 z1 | z2

0) = A + B

SVi (z20 z2 | z1) = D (12)

Thus, the CV unbiased measure of WTP for the overall 2-output change is:

CVi = SVi (z10 z1 | z2

0) + SVi (z20 z2 | z1) = A + B + D

(13)

Page 40: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Which is different from the IVS result:

IVSi = IVi (z10 z1 | z2

0) + IVi (z20 z2 | z1

0) = A + B + C + D (14)

The IVS bias is, therefore:

IVS bias = IVSi - CVi = C (15)

Page 41: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Aggregating across policy effects and across individuals: two separate

problemsIf SVin is the sequential value of policy effect n for individual i, the unbiased CV measure of individual i’s WTP for the multiple-effect policy is:

N

1nini SVCV (16)

Using the cost-benefit rule to aggregate over individuals yields:

I

1i

N

1nnin

N

1n

N

1nin

I

1i

I

1ii SVSVSVCV (17)

Page 42: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Equation (17) shows that, provided we use sequential values, we can either:

(1) integrate individual demands for each output, aggregate over outputs and, eventually, summing up over individuals as in the LHS, or

(2) integrate aggregate demands for each output, and then summing up over outputs.

Page 43: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Thus demonstrating that demand interactions are not a concern for summing up values over individuals, but only for summing up values over policy effects – using IVs instead of SVs, equations (16) and (17) would not hold.

This is intuitive, as demand interactions between policy effects are internal to each individual.

Thus, the issues of aggregating across individuals and across policy effects are two separate problems.

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Practical importance of the IVS bias

The importance of the IVS bias is very often underestimated in practice.

It is one of the greater (if not the greatest) limitations to valuation and cost-benefit analysis of multiple-effect policy changes, because:

•most usual valuation methods, based on either original valuation studies or valuation information transferred from previous studies, are prone to this bias;

•the IVS bias may be sufficiently large to lead to the wrong policy recommendations in many practical cases – a fact which we refer to as the practical importance, as opposed to the statistical significance, of bias.

Page 45: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Predicting the sign and size of the IVS bias•With large numbers of non-commodity outputs, IVS will overstate the unbiased value of the overall multiple-output policy – theoretical proof given by Hoehn and Randall (1989);

•with smaller numbers of non-commodity outputs, the sign and size of the IVS bias will, in general, be undetermined, because there may be offsetting effects between substitution and complementarity effects;

•yet, even in these smaller-number cases, Hoehn (1991) and Santos (1998) suggested that demand substitution between non-commodity outputs will be more frequent than complementarity; thus IVS would very often lead to overvaluation of true WTP;

•evidence presented by Hoehn (1991) and Hoehn and Loomis (1993) matches this expectation.

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Empirical evidence in the context of multifunctional

agricultureStudy 1. Pennine Dales Environmentally

Sensitive Area (ESA) study (Santos 1998);

- carried out in 1995;

- 422 usable questionnaires administered to visitors to the area;

- each visitor asked about weather would pay a specified amount for a particular mix of three basic programmes; - P1 was stone walls and barns conservation; P2, the conservation of flower diversity in hay meadows; and P3, the conservation of small broad-leaved woods.

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(1) the continuance of a specified ESA scheme at a given tax-rise cost

(2) giving up the scheme with no tax increase

Page 48: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Hypothetical policy-mixes were built by

combining three basic programmes:

P1, or the conservation of existing stone walls and field barns

P2, or the conservation of flower-rich hay meadows

P3, or the conservation of remaining small broad-leaved woods

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Study 2. Peneda-Gerês National Park study (Santos 1998);

- carried out in 1996;

- identical survey design, but programmes were: P1, the conservation of terraced farming; P2, the conservation of meadows and P3, the conservation of oak woods in farms.

- 704 usable questionnaires administered to visitors;

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Study 3. Sintra-Cascais Natural Park study (Almeida 1999);

- carried out in 1999;

- 76 usable questionnaires administered to visitors;

- as regards demand interactions, only that between woods and birds of prey was efficiently estimated.

Page 51: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

- carried out in 1998/1999;

- 2 separate surveys – a visitor survey plus a general-public survey;

- total of 1087 usable questionnaires; - each survey separately estimated to account for different preferences;

- only 2 programmes valued — P1, or the conservation of traditional almond tree orchards; and P2, afforestation;

Study 4. Douro Superior study (Madureira 2000);

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- these were combined in different area proportions (e.g. 50%: 50%, or 50%: 25%);

- thus we got WTP for any combination of these land uses, plus abandoned area in the remaining percentage of land (Madureira 2000);

- here, we compare demand interactions for the two different populations and 2 different such land-use combinations.

Page 53: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Policy-on 1

• almond 100 %

• afforestation 0 %

• abandoned 0 %

Policy-off

• abandoned 100 %

Page 54: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Policy-on 2

• almond 50 %

• afforestation 50 %

• abandoned 0 %

Policy-off

• abandoned 100 %

Page 55: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Policy-on 3

• almond 0 %

• afforestation 50 %

• abandoned 50 %

Policy-off

• abandoned 100 %

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Table 1 presents the relevant results from these four studies.

Table 1. IVS bias for the 4 contingent-valuation studies of agricultural landscapes in the UK and Portugal

Independent valuationCase-study Numb. of

outputsOutputs description Output 1

(O1)Output 2

(O2)Output 3

(O3)IVS

resultJoint

valuationIVS bias(in %)

Pennine DalesESA in the UK(Santos 1998)

2 Stone walls (O1) and haymeadows (O2)

43.01 42.62 85.63 61.17 40%

2 Stone walls (O1) andwoodland (O3)

43.01 42.90 85.91 60.20 43%

Currency:1995 £

2 Hay meadows (O2) andwoodland (O3)

42.62 42.90 85.52 56.61 51%

3 Stone walls (O1), haymeadows (O2) andwoodland (O3)

43.01 42.62 42.90 128.53 72.05 78%

Page 57: Valoração conjunta de múltiplos atributos ambientais O caso da agricultura e da floresta multifuncionais José Manuel Lima e Santos Departamento de Economia

Independent valuationCase-study Numb. of

outputsOutputs description Output 1

(O1)Output 2

(O2)Output 3

(O3)IVS

resultJoint

valuationIVS bias(in %)

Peneda-GerêsNP in Portugal(Santos 1998)

2 Terraces (O1) andmeadows (O2)

6221 4205 10426 7253 44%

2 Terraces (O1) andwoodland (O3)

6221 6634 12855 9029 42%

Currency:1996 PTE

2 Meadows (O2) andwoodland (O3)

4205 6634 10839 6721 61%

3 Terraces (O1), meadows(O2) and woodland (O3)

6221 4205 6634 17060 11559 48%

Sintra-CascaisNP in Portugal(Almeida 1999)

Currency:1999 PTE

2 Woodland (O1) and birdsof prey (O2)

10156 6275 16431 6832 141%

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Independent valuationCase-study Numb. of

outputsOutputs description Output 1

(O1)Output 2

(O2)Output 3

(O3)IVS

resultJoint

valuationIVS bias(in %)

Douro Superiorin Portugal(Madureira

2000)

2 Almond tree orchards50% (O1) and forest 25%(O2), for visitors

12981 5466 18447 14078 31%

Currency:1998/99 PTE

2 Almond tree orchards50% (O1) and forest 50%(O2), for visitors

12981 8668 21649 12911 68%

2 Almond tree orchards50% (O1) and forest 25%(O2), for general public

9860 3334 13194 11631 13%

2 Almond tree orchards50% (O1) and forest 50%(O2), for general public

9860 5635 15495 12368 25%

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Discussion of results in table 1 • First, for all the 13 multiple-output bundles, the IVS bias is positive (and statistically significant), implying substitution relationships prevail among the several non-commodity outputs in the bundle;• estimates from the Pennine Dales ESA case suggest that the IVS bias increases with increase in the size of the bundle from 2 to 3 outputs;• this trend is not confirmed by the Peneda-Gerês results, where respondents were prepared to pay a large premium to have the 3 most important landscape attributes conserved altogether; which leads to complementarity in demand when the third output is added to the bundle;

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• thus, while, in general, the IVS bias will eventually rise as the number of outputs in the bundle grows large (Hoehn and Randall 1989), more empirical research is required to predict IVS trends with respect to increasing bundle size in cases of small numbers of policy outputs;

• the more similar two outputs are the more close substitutes we would expect they are; thus, purely aesthetic/cultural landscape attributes, such as stone-walls would be poor substitutes for meadows and woods, largely perceived by respondents as wildlife habitats, and not purely aesthetic elements; the results in table 1 strongly support this prediction;

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• the fourth case-study allows us to check what happens to the size of the IVS bias (thus the strength of substitution) when the amount of one of the outputs is increased; for both visitors and the general public, the IVS bias is significantly increased with the rise from 25% to 50% in the share of afforested land;

• this study also enables us to compare the size of the IVS bias between two populations; substitution between almond tree orchards and afforested land is much stronger for visitors than among the general public; for the former, the value of the output-bundle actually declines with the amount of afforested land, despite the fact that afforested (as compared to abandoned) land is itself a good, not a bad.

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It is the IVS bias sufficiently large to lead to wrong policy decisions being recommended by the cost-benefit analysis?

i.e. it is the bias practically important? (as opposed to statistically significant).

• For the Pennine Dales ESA case, the unbiased social benefit-cost ratios were very large; thus the (overestimated) IVS benefit-cost ratios could only lead to the same policy recommendation as unbiased ones, that is: going ahead with any of those output bundles; • note, however, that this result heavily depends on the particular characteristics of this policy case, in particular the fact that true benefits were here much larger than costs;

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• in the Peneda-Gerês case, the unbiased social benefit-cost ratios for the several output-bundles were in the range 0.65-1.43, with one case at exactly 1,00; policy recommendations to go ahead with scheme are much weaker here than in the previous policy case; however, IVS biases were not sufficiently large to invert the unbiased policy recommendations; yet in some cases they lead to perhaps too overconfident recommendations of going ahead with the policy;• in many cases, especially in complex real-world policy cases, where the number of non-commodity outputs of policy is much larger than 2 or 3, the practical importance of IVS biases will be much greater.

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Recommendations to improve usual valuation practices to avoid

practically important biases

• Using a valuation approach, such as that used in the 4 studies above, which, by jointly valuing the several multiple-output changes, automatically takes into account substitution effects;

• extending research, using this approach, to different policy contexts, to check whether the trends identified above are confirmed and some general pattern emerges (Randall 1991);

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• if this is the case, this pattern could be modelled to predict the sign and magnitude of the IVS bias for the specific circumstances of any policy that we need values for;

• this would generate adjusting factors, which would eventually help to correct empirical benefit measures estimated by using current, IVS-bias-prone, approaches; • this systematic generation of adjusting factors will probably come up as the most cost-effective solution, as most (cheaper) empirical approaches to valuation, especially benefit transfers, are based on piecewise (i.e. independent) valuation of effects followed by summing up across effects – i.e. IVS is generally used.

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5. Empirical approaches to the valuation of

multiple non-commodity outputs

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Non-market valuation methods

We briefly review here the potential of different valuation methods to value multiple non-commodity outputs of land in ways that take account of demand interactions between these outputs.Valuation methods can be classified according to two criteria:

•the type of data used, i.e.: hypothetical as opposed to behavioural data;

•the way used to ask things to people, or to reveal value from collected data, which can be direct or indirect.

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Hypothetical, direct methods

This is the case of the Open-ended (OE) version of the Contingent Valuation Method (CVM), which directly asks people exactly what we need to know, that is WTP:

(1) “how much would you be prepared to pay as an entrance fee to this particular recreation site?”

Hypothetical, indirect methods

In this case, we ask people to make choices that are more indirectly related to WTP. To reveal WTP values from people’s answers some type of modelling is required. Some examples are given here.

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One is the discrete-choice (DC) version of the CVM:(2) “would you pay $p as an entrance fee to this particular recreation site or prefer not to enter at this price?”

(amounts $p vary across respondents)

Another is the multi-attribute DC version of CVM:

(3) “if you could choose between having the (policy-on) multiple-output bundle z1 at price $p1 or bundle z0 (policy-off levels) at zero price, what would you choose?”

(different respondents are presented different bundles z2, z3,…, the same policy off bundle z0, and different prices $p2, $p3,…).

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Still another is the Choice-experiment (CE) method:

(4) “if you could choose between having (z1, $p1), (z2, $p2), (z3, $p3) or (z0, $0), what would you choose?

(different respondents are presented different choice sets, which always include the policy-off option, i.e.: z0 at price $0).Note that (3) is a particular case of (4), in which the choice set only includes two alternative options.Using formats (3) and (4) enhances the possibilities of transferring benefit information to other policy evaluation contexts, if the values of individual outputs are more transferable than the value of the overall multiple-output bundle.

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Behavioural, indirect methods

Behavioural methods ask for actual behaviours or choices of the individuals in actual settings, e.g.:

(5) “how many visits did you pay to this particular recreation site last year?”

This is the travel cost (TC) method.

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•interpreted as a demand curve and

•used to compute consumer’s surplus, as an estimate of the visitor’s WTP to gain access to the site.

This is an indirect way to secure a WTP value that is directly elicited by OE CVM – the format (1) above.

The TC method models the relationship between trip frequency and the implicit price of assess to the site –travel cost. This relationship is then:

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Deriving the value of each non-commodity output in one or two

regression steps

Variants of the travel cost method can be used to measure WTP for quality changes at the site as opposed to WTP to gain access to the site.

Valuing quality changes is the most relevant application to measure WTP for landscape, water quality, biodiversity or other non-commodity outputs of land.

For this purpose, we need to model, in a second regression step, the levels of these non-commodity outputs as shifters of an estimated demand relationship.

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WTP for a positive change in the level of a non-commodity output is then measured as the variation in consumer’s surplus resulting from that change.

Note that WTP for the change in a non-commodity output is secured here only at a second regression step. Thus, with TC models, WTP for quality changes is two-steps away from observed data.

Using OE CVM as in (1), WTP for the change in a non-commodity output is secured in a single regression step – by regressing WTP answers on site quality, across multiple sites.

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Estimating WTP values for quality changes in one single regression step is econometrically more efficient, i.e. gets more precise estimates of:

•the required marginal WTP (inverse demands) for the diverse non-commodity outputs of multifunctional land; and of

•demand interactions between these outputs.

Formats (2) to (4) also enable us to estimate WTP for quality changes in a single regression step – by directly modelling individuals’ choices as determined by the levels of the multiple outputs and price.

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Benefits transfer

In practical policy evaluations, analysts often make resort to previous valuation studies, and transfer valuation information from these studies to build the benefit estimates they need to evaluate a new policy.This practice is known as benefits transfer.

This is today’s dominant valuation practice, as it is

•cheaper than carrying out an original valuation study for each policy, and, especially,

•because carrying out such an original study is usually not compatible with the time constraints of the policy evaluation process.

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Benefits transfer and demand interactions

There are many ways to carry out benefit transfers, some more reliable than others.

There are many general problems with these transfer techniques. One of them is specific of multiple-output policy settings, and hence more relevant for the valuation of policies for multifunctional land. This problem has to do with the choice between carrying out:

•a disaggregate transfer or

•an aggregate transfer.

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A disaggregate transfer involves:

•separately looking for original studies in the literature for each of the policy outputs;

•separately transferring benefit estimates for each output, and then

•summing up across outputs.

Advantage: makes the analyst list (hence recall) all of the policy outputs, which leads to completeness in benefit estimation.

Limitation: prone to IVS bias.

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An aggregate transfer involves:

•looking for past valuation studies of complex multiple-output policies similar to the one we need a value for, and

•jointly transferring the original multiple-output benefit estimate as a whole.

Advantage: not prone to IVS bias.

Problems: •usually impossible to find a past valuation study of

a policy that is exactly the same as the one of interest with respect to all of the policy effects and the surveyed population;

•recall and cognitive problems for people in valuing multiple policy effects and the corresponding trade-offs in a single step.

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Thus, while simultaneous valuation of all of the multiple policy effects would be theoretically preferable, these recall and cognitive problems can make it practically impossible.

This limitation has to do not with benefit transfers themselves but with original valuation studies.

This is a very general limitation in the context of the empirical estimation of benefits of multiple-effect policies, such as policies affecting multifunctional land.

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Recommendations for policy evaluation

•In practice, the only possible way forward in many cases is keeping to the practicable IVS procedures, i.e.: disaggregate transfers or original benefit estimates prone to IVS bias.

•This stresses the need to seriously consider the suggestion, made earlier in this presentation, of extending the research on demand interactions to different policy contexts;

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•in this way we can search for patterns of IVS biases common to similar contexts.

•These patterns will lead us to estimate the adjusting factor to be used in each context.

•These factors could then be systematically applied to correct for the large aggregation biases usually incurred in disaggregate transfers, as well as in IVS-based original benefit estimation, when these are the only practical alternatives.