valor de prova em juízo. também o - ccarevista.ufc.br exu ou feira nova e b - formação san-tana;...

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MAPEAMENTO E DEMARCAÇÃO DEFINITIVA DA FLORESTA NACIONAL ARARIPE - CEARA, BRASIL* M. F. LIMA ** F. A. M. LIMA *** M. M. S. TEIXEIRA **** niência da Universidade Federal do Ceará para o Mapeamento e Demarca- ção Definitiva da F LONA - Gleba Araripe. Embora, durante mais de trinta anos, hajam sido respeitados,em sua maior parte, os limites iniciais da floresta, nenhum documento topográ- fico estava dispon ível para eventuais questões de terras com posseiros, com valor I de prova em juízo. Também o I BDF necessitava de informações sobre tipologia vegetal, solos, etc., as quais se faziam essenciais para uma explora- ção racional da floresta. Com fundamen- to na atual pol ítica posta em prática pelos atuais administradores do IBDF, tendo em vista tornar uma floresta de rendimento sustentado, resolveu a dire- ção encomendar o presente trabalho. Vale ressaltar que no início encontra- ram-se significativas dificuldades como: carência de dados relativos à área, meto- dologia adequada, etc., dificuldades estas, que foram sendo superadas no decorrer dos trabalhos. O objetivo da presente pesquisa foi, conforme o pró- prio termo de ajuste, o mapeamento e demarcação definitiva da FLONA. No entanto, os autores sugeremque ou- tros trabalhos na mesmaárea devam ser levados a efeito, já que se considera o presente trabalho, apenas como útil 1. I NTRODUÇAO A Floresta Nacional Araripe (FLO- NA), criada por Decreto Lei n.o 9.226 de 02.05.46, teve seu primeiro levanta- mento topográfico real izado em 1951. Sabe-se que, na época, a área de estu- do totalizou 34.790 hectares;contudo o memorial descritivo juntamente com a carta topográfica foram extraviados. Atualmente a FLONA pertence ao Ins- tituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (I BDF), do Ministério da Agricultura. Por ser considerada uma área de grande risco de incêndios, que em geral ocorrem anualmente provocan- do danos à sua flora e fauna e por estar interessado em desenvolver plano de manejo adequado às características re- gionais da floresta, o I BDF, em setem- bro de 1982, assinou um "Termo de Ajuste" com a Fundação Cearense de Pesquisa e CultlJra (FCPC) e interve- * Trabalho realizado com recursos prove- nientes do "Termo de Ajuste" entre a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultu- ra (UFC) e Instituto Brasileiro de Oesen. volvime'lto Florestal. ** Eng.O Florestal - Professor Assistente- Coordenador do Termo de Ajuste. *** Eng.O Agr.O - Professor Adjunto do CCA/UFC - Pesquisador Bolsista. *** * Geógrafo-Bolsista. 59 Ciên. Agron.,Fortaleza, 15 (1/2): pág. 59-69 - Dezembro, 19M

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MAPEAMENTO E DEMARCAÇÃO DEFINITIVA DA FLORESTA NACIONALARARIPE - CEARA, BRASIL*

M. F. LIMA **F. A. M. LIMA ***M. M. S. TEIXEIRA ****

niência da Universidade Federal doCeará para o Mapeamento e Demarca-ção Definitiva da F LONA - GlebaAraripe. Embora, durante mais detrinta anos, hajam sido respeitados, emsua maior parte, os limites iniciais dafloresta, nenhum documento topográ-fico estava dispon ível para eventuaisquestões de terras com posseiros, comvalor I de prova em juízo. Também oI BDF necessitava de informações sobretipologia vegetal, solos, etc., as quaisse faziam essenciais para uma explora-ção racional da floresta. Com fundamen-to na atual pol ítica posta em práticapelos atuais administradores do IBDF,tendo em vista tornar uma floresta derendimento sustentado, resolveu a dire-ção encomendar o presente trabalho.Vale ressaltar que no início encontra-ram-se significativas dificuldades como:carência de dados relativos à área, meto-dologia adequada, etc., dificuldadesestas, que foram sendo superadas nodecorrer dos trabalhos. O objetivo dapresente pesquisa foi, conforme o pró-prio termo de ajuste, o mapeamentoe demarcação definitiva da FLONA.No entanto, os autores sugerem que ou-tros trabalhos na mesma área devam serlevados a efeito, já que se considera opresente trabalho, apenas como útil

1. I NTRODUÇAOA Floresta Nacional Araripe (FLO-

NA), criada por Decreto Lei n.o 9.226de 02.05.46, teve seu primeiro levanta-mento topográfico real izado em 1951.Sabe-se que, na época, a área de estu-do totalizou 34.790 hectares; contudo omemorial descritivo juntamente com acarta topográfica foram extraviados.Atualmente a FLONA pertence ao Ins-tituto Brasileiro de DesenvolvimentoFlorestal (I BDF), do Ministério daAgricultura. Por ser considerada umaárea de grande risco de incêndios, queem geral ocorrem anualmente provocan-do danos à sua flora e fauna e por estarinteressado em desenvolver plano demanejo adequado às características re-gionais da floresta, o I BD F, em setem-bro de 1982, assinou um "Termo deAjuste" com a Fundação Cearense dePesquisa e CultlJra (FCPC) e interve-

* Trabalho realizado com recursos prove-nientes do "Termo de Ajuste" entre aFundação Cearense de Pesquisa e Cultu-ra (UFC) e Instituto Brasileiro de Oesen.volvime'lto Florestal.

** Eng.O Florestal - Professor Assistente-Coordenador do Termo de Ajuste.

*** Eng.O Agr.O - Professor Adjunto doCCA/UFC - Pesquisador Bolsista.

*** * Geógrafo-Bolsista.

59Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 59-69 - Dezembro, 19M

para uma tomada de posição para fu-turas explorações, sejam madeireiras outlJrísticas.

mente extraviado, tendo-se, hoje, conhe-cimento de apenas um croqui de umaárea de 34.790 ha. Quanto à GlebaApodi, no citado relatório estão des-critas as dificuldades em se proceder asdesapropriações para instalação da Flo-resta na Chapada do Apodi, por diver-sas razões, tais como: distância da sedeadministrativa, que se encontra a maisde 300 Km; exploração agrícola da áreacom mais de 350 proprietários e lití-gio de fronteiras entre terras devolutasdos Municípios de Limoeiro do Norte,Russas, Jaguaruana, no Estado do Cea-rá; Apodi e Mossoró, no Estado do RioGrande do Norte. O projeto para viabi-'Iização da Gleba Apodi foi então despre-zado, tomando-se somente a posse daGleba Araripe. Em 9 de setembro de1982 foi assinado um "Termo de Ajus-te" entre o I nstituto Brasileiro de De-senvolvimento Florestal e a FundaçãoCearense de Pesquisa e Cultura, com ainterveniência da Universidade Federaldo Ceará, para "O Mapeamento e De-marcação Definitiva da Floresta Nacio-nal Araripe Apodi, Gleba Araripe". Aotérmino do serviço, encontrou-se umaárea total de 38.262,326 hectares, es-tando nela inclu ídos nove posses depessoas físicas, além do aeroporto, per-tencente à Prefeitura Municipal doCrato e uma área pertencente à EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuária (EM-BRAPA).

DESCRiÇÃO DA AREA?

2. 1. Situação e Extensão

A Floresta Nacional do Araripe en-contra-se fazendo parte da Microrre-gião Homogênea n.o 78, no Estado doCeará. É parte também dos Municípiosde Grato, 8arbalha, Jardim e Santanado Cariri na Chapada do Araripe, que fazdivisa com o Estado de Pernambuco.Grato e Barbalha, situam-se na conhe-cida Região do Cariri e suas coordenadasgeográficas são as seguintes: Grato: La-titude Sul 07.013'37" e Long. W 39.024'30" SUDEC 1977a e Barbalha Lat.N 07.010'41" e Long. W 39.017'53"SUDEC 1977b. A Chapada do Araripepossui uma área de 2.586 Km2 perfa-zendo 1,75% da área total do Estado(Souza et alii 1979). A extensão da Flo-resta, incluindo as áreas de posses érle 38.262326 h~~tares.

2. 3. Geomorfologia

Para a descrição geomorfológica daárea transcrevemos o trabalho de SOU-ZA et alii (1979) onde se diz: "A Chapa-da do Araripe abrange os setores meri-dionais do território cearense na frontei-ra com o Estado de Pernambuco. Desen-volve-se em rochas cretácias do GrupoAraripe. Contrariamente à Chapada 'doApodi, no Araripe as cotas altimétricasalcançam em média 900m. O topo doplanalto, compreende uma superfícietabular, onde a inexistência de drenagemsuperficial justificará a preservação da su-perfície horizontal, sem que se chegue

2. 2. História e Status Legal daPropriedadeA Floresta Nacional Araripe -

Apodi, criada pelo Decreto lei n.o 9.226de 02-05-46, do então Exmo. Sr. Presi-dente da República Marechal Eurico Gas-par Dutra, tinha sua administração aoencargo do Serviço Florestal do Minis-tério da Agricultura. Foi posteriormenteadministrada pelo Departamento deRecursos Naturais Renováveis, atualmen-te pertencente ao Instituto Brasileiro deDesenvolvimento Florestal.

Não obstante haver sido criada em1946, somente em 1950 foram tomadasas primeiras providências, que se temconhecimento, para a legalização daGleba Araripe, através do relatório deviagem do administrador, na épocaEng.o Agr.o Timótheo Franklin. Em1951, foi efetuado o levantamentotopo~ráfico da Gleba Araripe, posterior-

(;n Ciên. Agron., Fortaleza, 15 ~1/2): pág. 59-69 - Dezembro. 19M

a denunciar qualquer trecho sujeito aosefeitos dos processos de dissecação dorelevo. A precariedade do escoamentosuperficial, decorrente da elevada poro-sidade e permeabilidade das rochas, jus-tifica, porém, o surgimento de inúmerasressu rgências na vertente setentrional,voltada para o Ceará. Este fato condi-ciona o desenvolvimento de um típico"brejo" de pé-de-serra. Trata-se da Re-gião do Cariri. Nesta área as condiçõesnaturais em nada se assemelham ao queé verificado no topo da chapada. Háentão a predominância de formaçõesvegetais de porte arbóreo, os rios sãoperenes e a vida agrícola é das mais in-tensas. Pela melhoria das condiçõesnaturais, o Cariri além de ser uma dasmais importantes regiões agrícolas doEstado do Ceará, apresenta extraordiná-rio adensamento populacional, contras-tando com a ocupação observada na cha-pada propriamente dita".

2. 4. Clima

inverno. O índice xerotérmico está entre100 e 150. O n.o de meses secos entre 5e 6. A estação seca apresenta-se commenos de 184 dias (SUDEC, 1973).Hiez (1982), estudando a pluviometriado Estado do Ceará através de dadosoriundos do Banco de Dados Hidrocli-matológicos do Nordeste, cedidos pelaSUDENE, determinou a altura médiaanual durante longo período, após tra-balho de homogeneização, tendo encon-trado, inclusive, valores médios paraalgumas localidades próximas da Flores-ta, conforme o Quadro I.

A temperatura média do mês maisquente é menor do que 26.oC, a médiado mês mais frio fica entre 24 e 26.oCe a mínima absoluta está entre 14 e16.oC, sendo a média anual menor doque 24.oC.

o clima da Floresta pode ser clas-sificado em Aw pela classificação deKoppen e 4 bTh pela classificaçãobio-climática de Gaussen. O clima Aw é dotipo Clima Tropical Chuvoso (Koppen).A estação chuvosa se atrasa para o ou-tono. O clima 4 bTh (Caussen) TropicalQuente de Seca Média, apresenta seca de

2. 5. GeologiaO Cretácio do Ceará acha-se bem re-

presentado, ocupando percentual relati-vamente alto da área total do Estado. NoCeará o cretácio está dividido em:

1 - Série Araripe: que compreendetoda a chapada do Araripe, sendo com-posta de duas formações: a- FormaçãoExu ou Feira Nova e b - Formação San-tana;

QUADRO I

Média Pluviométrica Observada em Diversos Anos em Alguns Locais Próximos à Floresta NacionalARARIPE-Ceará. Brasil.

Lat. 507.°19'Long. W. 39.°19'Alt. 405 metrosLat. 5 07.°19'Loni9.1 W 39.°18'Alt. 405 metrosLat. 507.°22'Long. W. 39.°23'Alt. 650 metrosLat. 507.°13'Long. W. 39.°23'Alt. 421 metrosLat. 507.°19'Long. W. 39.°23'Alt. 421 metros.

1131Janei ro de 1962Rarbalha

1190Dezembro de 1960Arajara

Janeiro de 1912 1059Crato

1131Janeiro de 1962Barbalha

-1131Média total

61Ciên. ARIon.. Fortaleza. 15 (1/2): pág. 59-69 - Dezembro. 1984

B21 e B22 nas Unidades II e 111. Naprimeira unidade possuem cores (úmi-do) de bruno avermelhado escuro abruno escuro no A e vermelho amare-lado nos horizontes B; estrutu ra fortea fraca, granular ou em blocos subangu-lares no horizonte A e granular com as-pecto maciço no B; muitos poros, emuitos e pequenos; duro a ligeiramenteduro; friável a muito friável, ligeiramen-te plástico a plástico e pegajoso; transi-ção plana e clara a difusa. Apresentama distribuição em área (km2) e respec-tivas porcentagens conforme mostradono Quadro 111, construído a partir dacarta de solos, tendo como fonte Brasil(1974).

2 - Série R io do Peixe;3 - Grupo Apodi e4 - Formação Iguatu Indivisa.Ao nível em que foi feito o reco-

nhecimento do local da floresta é pro-vável que a área venha a pertencer àSérie Ararlpe-Formação Exu. Somenteestudos posteriores, dirigidos e detalha-dos, poderão melhor classificar, ao nívelde Formação, a geologia da área. As duasformações citadas da Série Araripe refe-rem-se ao Cretácio Médio e Superior, se-gundo Caldasso (1967a e 1967b) e Veiga(1967) in Brasil (1973).

2. 6. SolosPredominam os Solos LA TOSSO-

LOS VERMELHOS AMARELOS OIS-TROFICOS (Brasil, 1973). Conforme omesmo autor, os solos encontrados naFloresta Nacional Araripe-Ce possuem ascaracterísticas fisiográficas de acordocom o mostrado no Quadro 11. Na suamorfologia apresentam-se as seguintes ca-racterísticas médias: seqüência de hori-zontes 01, A11, A12, A13, A3, B1 eB2 na Unidade I e A11, A12, A3, B11,

2. 7. RelevoA Chapada do Araripe tem forma

de mesa (BRASI L, 1973), sendo umasuperfície elevada, entre 800-900 me-tros. O conjunto tabular do Araripe temas encostas voltadas para o sul e sudeste.Na escarpa, as ressurgências dão origemaos riachos. A cornija que coroa o topo

QUADRO IICaracterísticas Morfol6gicas das Unidades de Solos da Floresta Nacional Araripe - Ceará, Brasil. (Fonte, Brasil

1973 Vol. 11).

Características Morfológicas Unidade (P1) Unidade II (p4) Unidade III (P6)

Declividade 1 % 1 % %Formação Geol6gica Cretáceo Superior - F. Exu. Cretáceo - F. Exu Cretáceo - F. Exu.Material Originário Arenitos Arenitos ArenitosRelevo Local plano Plano PlanoRelevo Regional Plano Plano PlanoAltitude 870 metros 850 metros 900 metrosDrenagem Acentuadamente Drenado Acentuadam. Drenado Acentuad. DrenadoPedregosidade Ausente Ausente AusenteErosão Não Aparente Não aparente Não AparenteVegetação Local * (1,2,3,4,5,6,7) (1,2,3,4,5,7,8,9,

10,11a15) (1,4,5,7,10,11,16,17)

Flor. Subp./Cerrado Flor. Subper/CerradoReserva Florestal Reserva FlorestalLV A, Distr6fico LV A, Distr6ficoA modo e proem. Text. A modo texto arg. e medoar. medo fase Flor. fase. Flor. Subp. rei.Subper./Cer. reto p1. s. ond.A 11, A 12, A3,B11.B2\ A11, A12, A3, B11, B12,B22 B21, B22.LVd3 LVdt

Vegetação RegionalUso AtualSoloFase

Flor. Subper.Reserva FlorestalLVA, DistróficoFlor. Subp./Cer. rei. p1

01, A11, A12, A13, A3, 81,82LVd1

Horizontes

Legenda

* 1. Jatobá; 2. Pau D' Arco; 3. Sucupira; 4. Piquizeiro; 5. Visgueiro; 6. Louro; 7. Faveiro; 8. Pau Terra; 9. Caju(;10. Pararba; 11. Muricr; 12. Amargoso; 13. Batinga; 14. Cascudo; 15. Capim Quicé; 16. Tingui; 17. Gargaúba.

Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 59-69 - Dezembro, 19M62

é mais ou menos conservada (SUDEC,1973). A escarpa é nítida no leste, ondeforma o piemont úmido do Cariri cea-rense (SUDENE), 1973). Uma cartahipsométrica foi construída e avaliadaem termos de áreas (km2) de faixasaltitudinais, bem cor:no sua distribuiçãopercentual, conforme mostrado no Qua-dro IV. Através deste quadro nota-seque 97% das terras encontram-se entreas cotas de 840-920 metros, sendo, por-tanto, muito plana a área.

cimento de água às cidades de Grato eBarbalha. Servem também como refúgiode animais e aves silvestres, possibilitan-do a perpetuação das espécies aí exis-tentes. No tocante à Flora, são encontra-das espécies de rara beleza e porte, pro-vocando um contraste em relação àcaatinga nordestina.

3. MATERIAIS E METODOS

No presente trabalho utilizaram-sefo~ografias aéreas, preto & branco, verti-cais, de escalas aproximadas 1 :25.000 e1 :40.000, datadas de 1958-62, perten-centes às Quadrículas Q-1187 e 1188, dofotoíndice do Estado do Ceará obtidaspor Levantamentos AerofotograméticosS. A. - Cruzeiro do Sul Ltda (Lasa 1958a, b, c), conforme identificação apresen-tada no mapa índice contido nos Ane-xos. O recobrimento lateral das fotogra-fias foi de aproximadamente 30% eo recobrimento longitudinal em tornode 70%, o que permitiu uma boa visãoestereoscópica da área, através dos paresestereoscópicos. Uma "escama de peixe"foi constru ída, para que a locaçãoda área ficasse determinada com segu-rança. A identificação dos elementosnos pares estereoscópicos foi realizadaem escritório com auxílio de estereos-cópio de espelho marca zeiss e binocularde aumento 50X. Em campo, utilizou-se o estereoscópio de bolso - D. F.Vasconcelos com distância interpupi-lar regulável. Empregaram-se ainda nostrabalhos de campo e principalmente de

Atualmente a floresta é a maior re- escritório as seguintes cartas básicas:serva florestal do Nordeste e a terceira Mapa do Estado do Ceará (SUDEC,Floresta Nacional do Brasil em área, sob 1982); Carta do Município de Cratoa administração do IBDF. O microclima (SUDEC, 1977a); Carta do Municípioda região do Cariri é bastante influencia- de Barbalha (SUDEC, 1977b); Cartasdo pela ação ecológica da floresta, tor- do Atlas do Ceará (SU DEC, 1973);nando-se uma das regiões mais úmidas Mapa Exploratório-Reconhecimento dedo Estado do Ceará, em condições na- Solos do Estado do Ceará (BRASIL,turais. A Flpna Araripe exerce grande 1974); Folha SB.24-YD (BRASI L,influência no regime hídrico regional. As 1976); Imagem MSS, Canal 5 (BRASI LIfontes existentes na vertente Norte da INPE, 1980); Imagem MSS, Canal 7chapada, acima da qual está encravada (Brasil/lnte, 1980) e Composição Colo-a reserva florestal, servem para o abaste- rida Canais 4,5 e 7 (BRASIL, 1980).

C'i,;n Aaron.. Fortaleza. 15 (1/2):pá2. 59-69 - Dezembro,l934

QUADRO IIIDistribuição em Area (ha) e Respectivas Distribuições

Percentuais das Unidades de Solos Mapeadas naFloresta Nacional Araripe-Ceará, Brasil

Solo (Unidade) I Legenda I Area lha) I %

I LVd1 18.131,026 47,386II LVd3 18.244,763 47,683III LVd6 1.886.537 4.931

otal 38.262.326 100,000

2.8. Fauna

Graças a ação fiscalizadora e proi-bitiva, levada a efeito pelo pequeno con-tingente de vigilantes, ainda existemcertas espécies de animais e aves silves-tres, algumas em rápido processo de ex-tinção, tais como: onça vermelha, ja-guatirica, raposa, veados, cotia, tatu,peba, seriema, juriti, jacu, além de certasaves de emigração que encontram re-fúgio no seio da floresta.

2. 9. Ecologia

63'

Para avaliação das diversas áreasmapeadas empregou-se o planímetropolar Koikumi type KP-27, segundoMarchetti & Garcia (1977) e Godoy(1974) que apresenta um erro de 0,01mm. Adotou-se a área de 38.262,326hectares como sendo a mais correta,por haver sido determinada "in loco'"em levantamento topográfico a teodo-lito. A determinação de áreas nas diversascartas e mapas foi então corrigida emdistribuição proporcional de erro, sem-pre tendo em vista a área determinadapela topografia. A carta hipsométricafoi obtida por compilação das cartasde Crato e Barbalha (SU DEC, 1977 a eb). O Mapa Exploratório-Reconhecimen-to de Solos do Estado do Ceará, de esca-la 1 :500.000 (BRASI L, 1974), permitiu,através de uma ampliação de 10X rea-lizada com auxílio do pantógrafo, obter-se uma carta de solos na escala de1 :50.000, para a área da floresta. A cartada Tipologia Vegetal foi inicialmentefeita com o auxílio de fotografias aéreas.Posteriormente, resolveu-se abandonar aconfecção desta carta, por entender-mos que sua fidelidade estava muitoprejudicada devido a data de tomadasdas fotos (Lasa, 1958a e b), fazendocom que as mudanças, principalmentede natureza antrópica, no decorrer de25 anos se apresentassem muito acen-tuadas, oferecendo uma carta de vege-tação bastante diferente da real idadeatual. Partiu-se então para a imagem deradar, que sendo bem mais recente(BRASIL, 1976) poderia apresentar

melhor a feição atual. Não obstante aboa identificação da Chapada do Ara-ripe, diferenças na caracterização da ve-getação não foram significativas e, por-tanto, não puderam ser mapeadas. Emseguida, partiu-se para as imagens desatél ites do tipo MSS, canais 5 e 7(BRASIL, 1980a e b) que, talvez pu-dessem resolver o problema. Tal nãoaconteceu. Finalmente, com a utiliza-ção da Composição Colorida canais 4,5 e 7 (BRASI L, 1980), o problema foisolucionado satisfatoriamente. Apesardesta imagem estar apresentada numaescala pequena 1 :500.000, diferençasatualizadas na vegetação puderam sernotadas. Fez-se então uma ampliaçãodo croqu i da área levantada para a es-cala 1 :50.000, utilizando-se um pan-tógrafo Rosenhaim, metálico, de altaprecisão. As paisagens foram entãomaDeadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO4.

QUADRO IVDistribuição em Area (ha) e Relação Percentual t!8i

das Unidades em Faixas Altitudinais da FlorestaNacional Araripe-Ceará, Brasil.

BRASI L (1973) afirma que a Flo-resta Nacional Araripe apresenta a se-guinte Tipologia Florestal:

a) Floresta sub-perenifólia.É uma formação de porte alto,normalmente com folhas de ta-manho médio, esgalhamentoaberto, rica em espéceis, algumascom copa em para-sol apresen-tando lianas e epífitas. Entre asespécies mais importantes citam-se: Hymenaea sp. (Jatobá); Ana-denanthera maGro-carpa Benth.(Angico); Cardia sp. (Frei Jorge);Tabebuia spp. (Pau D' Arco-róseoe amarelo).

b) Transição floresta sub-perenifó-lia/cerrado. É uma formação ar-bóreo-arbustiva que apresenta al-gumas espécies com troncos tor-tuosos, de casca espessa, fendi-Ihados e copas irregulares. Veri-fica-se, também aí, a formaçãode gramínea rasteira. A estaformação Andrade Lima chamoude cerradão. As espécies mais co-muns são: Caryocar coriaceuin

menor que 760760 - 780780 - 800800 - 820820 - 840840 - 860860 - 880880 - 900900 - 920

19,73927,14381,430

281,304219,615858,719

2.748,8869.888,133

24.139,357

0.0530.0720.2130.7350,5712.2447.183

25.84263,087-

Tnt,,1

Ciên. ARron.. Fortaleza. 15 (1/2): OáR. 59-69 - Dezembro. 19M

Wittm. (Piquiz~ire)' Parkia platy-cephala Benth. ~(Visgueiro); Di-morphandra gardneniana Tull.(Faveira); Platymenia reticulataBenth. (Amarelo); Byrsonimaverbascifolia Rich. (Murici); Ta-bebuia sp. (Pau D'arco); além deespécies conhecidas vulgarmentepor Caraíba, Mucunduba eLacre.

B RASI L (1981), no levantamentode Recursos Naturais, classifica a tipo-logia florestal da área como sendo o deContato/Savana/Floresta estacional, des-crevendo o seguinte: A Floresta Esta-cional caracteriza-se por uma vegeta-ção secundária de porte baixo e altadensidade. Suas espécies mais represen-tativas são: Bowdichia vlrgiliodes H. B.K. (Sucupira); Tourrubia sp. (Joãomole) e Dialium guianense (Pau ferro).Alguns autores, entre eles Tavares(1964), afirmam existir nestas áreas flo-restais espécies típicas da savana, o que,na realidade, confirma a existência deuma área de "Tensão Ecológica", e elemesmo concluiu: a vegetação torna-semal caracterizada florística e fisionomi-camente. A Savana (Cerrado) define-sepela formação arbórea aberta, com al-tura dos indivíduos mais representati-vos em torno de 1m, ocupando aspartes mais elevadas do planalto. A faceNordeste do Planalto Araripe, favore-cida por maior pluviosidade" acha-secoberta por uma mistura de espécies(ecotono). Atualmente, uma parceladessa vegetação mantém-se preservada,pois trata-se de uma área fiscalizada peloI BDF-Floresta Nacional do Araripe. Apresença da Savana nesta área é condi-cionada pelos fatores pedológicos, ondeo LATOSSOLO VERMELHO AMARE-LO Alico, favorece sua instalação, en-quanto a floresta e~tá mais ligada àscondições climáticas. A interação destesfatores promove o referido ecotono, oqual possui certas peculiaridades nãoapresentando as espécies característicasda Savana, possuidoras de xeromorfismo,grande 'porte, ostentando troncos reti-

I íneos pouco corticosos, com ramifica-ção alta e profusa; há predominância deespécies meso e microfiladas; ausênciade' epífitas, lianas e palmeiras. Geral-mente a submata, em rege,neração, é bas-tante densa. Na sua composição florís-tica destacam-se: Piquizeiro, Murici, Fa-veira, Copaifera /ongsdarffii (Pau dóleo),Caraiba Tabebuia caraiba) Bur. e Astro-nium frazinifolium 5chatt. (GonçaloAlves).

No decorrer do mapeamento e de-marcação da Flona-Araripe foram identi-ficadas cinco formações florestais (videcarta da Tipologia Vegetal) Fig.1, asquais passaremos a descrever:

a) Floresta úmida semi-perenifólia- Constitu ída por vegetação le-nhosa de médio porte, com al-guns elementos alcançando umaaltu ra de 11 a 15 metros, fusteretilíneo, ramificações altas,apresentando um sub-bosquecomposto pela regeneração natu-ral, muito densa. Dentre as espé-cies que mais se destacam citare-mos as seguintes: Caraíba; Sima-ruba versic%r 5t. Hill (Paraí-ba); Visgueiro; Ocotea sp. (Lou-ro), Byrsonimea spp. (Murici);Faveira, Pau dóleo, Jatobá, Qua-/ea parvif/ora Mart. (Pau Terra);Visenia sp. (Lacre) e Piquizeiro.

b) Transição floresta úmida/cerrado(F/C) - Formação de transiçãoentre Floresta Úmida e Cerrado,com uma vegetação lenhosa maisesparsa, de médio porte, com al-tura máxima de 11 m, compostapor elementos com fustes retil í-neos e/ou tortuosos, bastante ra-mificados, sub-bosque com pe-quena incidência de regeneraçãonatural. De solos recobertos porgram íneas, tendo sido identifica-do em campo indivíduos como:Piquizeiro, visgueiro, murici,Anacardium humile (Cajuí), Hi-matouthus articulatus (Vahl)Hoodson (Janaguba), pau dóleo,e lacre.

Ciên. A2ron.. Fortaleza. 15 (1/2): oá2. 59-69 - Dezembro. 19M ~,

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QUADRO V

Distribuição da Area (ha) e (%) da Area das Formações Florestais Encontradas na Tipologia Vegetal da FlorestaNacional Araripe-Ceará. Brasil.

Tipologia Vegetal

Legenda

(%) AreôArea (ha)Discriminação

4.190,36618.617,831

578,576

-48,6611,52

1.51

FF/C

C

Floresta úmida PerenifóliaTransição floresta úmida/CerradoCarrascoFloresta úmida com incidência deincêndios periódicosCerrado

4.407,02410.468,529

11,5226,79D

c) Carrasco (C) - Formado poruma vegetação arbóreo-arbustivade pequeno porte, densa, apre-sentando um xeromorfismo acen-tuado, com espécies caducifóliasque alcançam uma altura máxi-ma de 5 metros.

ração natural, o sub-bosque foisubstituído, em grande parte,por gram íneas que recobrem osolo.

e) Cerradão (D) - Apresenta umavegetação formada por maciçosintercalados por grandes clarei-ras, com solo descoberto ou sob

d) Floresta úmida com I incidência I uma cobertura rala de gram íneas.de incêndios; (I) - Parte da flo- Estes maciços apresentam árvoresresta úmida está situada em áreas tortuosas de médio e pequenosujeitas a freqüentes incêndios portes, bastante esgalhados, comflorestais, danificando sensivel- cascas rugosas e fendilhadas emente o sub-bosque, sobressain- um sub-bosque arbustivo denso.do-se somente a vegetação arbó- Apresenta como principais repre-rea de porte elevado. Não haven- sentantes o piqui, cajuí, visguei-do grande incidência de regene- ro e pau ferro.

QUADRO VI

Principais Essências Florestais Nativas Identificadas na Floresta Nacional Araripe-Ceará, Brasil.

P/atymenia reticu/ata Benth.Anadenanthera macrocarpa Benth.Oerris araripensis Benth.Anacardium humi/e St. Hiel.Tabebuia caraiba Bur.Machaerium angustifo/ium VogoCardia sp.Oimorphandra gardneriana Tull.Astronium fraxifo/ium Schott.

Hymenaea sp.Himatouthus articu/atus (Vahl) WoodsonTourrubia sp.Visenia sp.Ocotea sp.Termina/ia brasi/iensis Eichl.

Byrsonima spp.Simaruba versic%r St. Hill.Tabebuia spp.Copaifera Langsdorfii Desf.Agonandra brasi/iensis Miers.Sweetia dasycarpa Benth.Ana/ea porvif/ora Mart.Caryocar coriaceum Wittm.Bowdichia Virgi/ioides H. B. K.Parkia p/atvcepha/a Benth.

67Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 59-69 - Dezembro, 19M

Wet forest-cerrado transition (48,66%),cerradão (27,35%), wet forest with pe-riodics accidental tires (11,53%), se-miperennial wet forest (10,95%) andcarrasco (1.51%).

A distribuição da área em hecta-res e porcentagens de áreas das diversasformações florestais foram determinadasno mapa da tipologia vegetal apresentadana Fig. 1 e no Quadro V. Nesta área en-controu-se as essências nativas, conformeapresentado no Quadro V I.

CONCLUSOES5.7. LITERATURA CITADA

Com o emprego da metodologia ado-tada para o mapeamento e demarcaçãoda F LONA chegou-se às seguintes con-clusões:a. A área da floresta (inclusive posses)

é de 38.262,326 hectares e faz par-te dos Municípios de Grato, Barba-lha, Jardim e Santana do Cariri,todos pertencentes à Chapada doAraripe-Ce;

b. A área de posses é de 1.154,4565hectares e

c. A tipologia vegetal apresentou-seem ordem decrescente de área erespectivas porcentagens, conformea seguir:

Area

18.617,80110.468.529

48.6827.35

4,407.024 11.53

Transição floresta úmida/CerradoCerradãoFloresta úmida com inci-dência de incêndios peri6dicosFloresta úmida semi-pe-renif61iaCarrascoTotal

4.190,366 10,95578,576 1,51

38.262,326 100,00

6 SUMMARY

The purpose of this research wasthe mapping and definitive demarcationof Araripe National Forest of state ofCeará, Brasil. Phutointerpretation and vi-sual interpretation works of landsat IIIand landsat IV products, calculationsand reportelabo~tion, were dane inoffice. Mapping with theodolite andfield trips wer I realizerd of the checkup the interpretation. The most impor-tant conclusions of the survey wer: thetotal área of the forest is 38.262,363ha, with the folowing vegetation classes:

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