v-turnbull - curso de magnetismo pessoal

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INTRODUO O Magnetismo Pessoal a qualidade pela qual um homem atrai o interesse, a confiana, a amizade e o amor dos demais. Ao escrever este livro teve o autor a inteno de levar ao conhecimento dos leitores, de forma bem simples e acessvel, o segredo do poder pessoal. Esforou-se para demonstrar ao leitor como aproveitar imediatamente o fruto de seu estudo e no quando suas esperanas estiverem desvanecidas e sua capacidade de prazer diminuda. Ento o saber j no lhe seria de utilidade. agora o momento em que sse saber poder ser uma vantagem pessoal para o leitor. Os que estudaram este Curso dizem que o autor conseguiu o seu fim. Dizem que o estrito afastamento das discusses tericas nesta instruo lhes permitiu entenderem e aplicarem o princpio do xito. Eis a razo por que este Curso satisfaz, ao passo que outras dissertaes pretensiosas, obscuras e palavrosas no conseguiram nem agradar, nem instruir.

PREFCIO

DO

AUTOR

Suponho que o desejo mais comum dos homens e das mulheres o de atrarem os outros, porque para o homem essa atrao significa poder, influncia, riqueza, xito; para a mulher significa prestgio social, popularidade, satisfao e amor. Esse desejo bom; esclareamos bem este ponto antes de comear. No deprimente aspirar a ter influncia. No baixa ambio desejar a riqueza; porque a riqueza, em si, apenas um meio de nos tornarmos mais teis. Invocando as vossas recordaes de h vinte anos ou mais, certamente vos lembrareis de que vos apontavam como exemplos dignos de imitao os homens e as mulheres de importncia e de influncia na poca. Eram como luzes refulgentes aos olhos das pessoas mais velhas do que vs. Vossos pais e mestres falavam deles com respeito e faziam votos para que pudsseis seguir as suas pegadas e chegar s culminncias que eles tinham alcanado. Porventura estavam eles em erro, quando dessa maneira exaltavam o carter humano? Creio bem que no. Os grandes espritos do mundo devem ser os nossos faris na jornada desta vida, e pela anlise dos grandes homens vivos ou j mortos que ns podemos obter o segredo da sabedoria, que tornou as suas vidas sublimes e cheias de poder. Pois eu pretendo desvendar-vos o segredo do seu xito. Nas trs primeiras lies deste Curso, procurei esclarecer--vos sobre algumas das caractersticas gerais do estudo do Magnetismo Pessoal e, deste modo, conduzir-vos e preparar-vos para a instruo especfica que vem em seguida.

PRIMEIRA PARTE

O MAGNETISMO PESSOAL LIO I Reconhecimento de uma fora A bateria de acumulao A presena de correntes mentais. Reconhecimento de uma fora. Devo falar-vos de corao aberto e se, porventura, as minhas comparaes triviais ofenderem os ultracientficos, peo-lhes que suspendam o seu juzo at que tenham assimilado estas instrues e possam observar o efeito da aplicao dos seus preceitos na vida diria de cada um. Falo para a maioria, em linguagem fcil de entender; falo para a mdia dos homens e mulheres, que desejam simplesmente que se lhes apresentem fatos; falo para o grande pblico, em geral, que deseja a chave para o aperfeioamento da sua condio. A bateria de acumulao. Talvez nunca tivsseis pensado que sois uma espcie de bateria de acumuladores eltricos; que constantemente recebeis e descarregais foras; que continuamente emitis correntes de repulso e de atrao, umas vezes conscientemente, como quando desejais impressionar os vossos amigos; outras vezes inconscientemente, como quando causais uma impresso agradvel ou desagradvel a uma pessoa conhecida apenas de vista. Desta maneira, estais atuando constante e continuamente sobre os outros, e sois atuado pelos outros, quer por vossa vontade, quer a despeito dela. Tal o primeiro fato. A presena de correntes mentais. Portanto evidente que h uma fora em ao. Ser a fora do Pensamento? No, porque ela se manifesta sem pensamento da vossa parte. Essa fora pode ser, e realmente , acrescentada ao pensamento. Ser eletricidade? Eletricidade apenas o nome de uma fora desconhecida. Que ela, ento? Chamamo-la Magnetismo, porque no sabemos que outro nome havemos de dar-lhe. Pode muito bem chamar-se corrente mental, assaz semelhante, em diversos pontos, corrente eltrica. uma fora que ns podemos aprender a empregar, a conhecer, assim como aprendemos a governar a eletricidade, sem entendermos o que ela . A sua origem um mistrio; aceitamo-lo, pois, simplesmente, assim como aceitamos o mistrio da prpria Vida, e passemos ao emprego dessa Fora. LIO II

Caractersticos do indivduo magntico Sentimento magntico de sossego Olhar peculiar Sempre polido Os fracos tornam-se mais fracos, e os fortes tornam-se mais fortes O homem magntico conserva o conhecimento, sem precipitao No vivaz Trabalha segundo leis fixas Vs gostais dele le emprega a vossa fora. Caractersticos do indivduo magntico. Indicaremos nesta lio os efeitos da fora magntica. Todos ns conhecemos o tipo do homem magntico ou da mulher magntica. As mulheres so to magnticas quanto os homens; se falo apenas nestes unicamente em benefcio da exposio. Bastar, portanto, que o aluno saiba que tudo quanto, nesse caso se aplica ao homem, aplica-se igualmente mulher. Sentimento magntico de sossego. Quando estais na presena de um homem conscientemente magntico, o primeiro efeito que le exerce sobre vs o do sossego; esse homem no se mostra nervoso; no inquieto. Em seguida ao sentimento de sossego, reconheceis que le possui algures uma fora de reteno; no nas palavras, no nos gestos, mas existe e parece ser como que uma parte dele. Ora, isto

exatamente: uma parte dele, e poucos minutos antes, por mais extraordinrio que vos parea, era, em pequenos graus, uma parte de vs mesmos! Um pouco dessa fora de atrao, que le desenvolve, e que vs reconheceis, foi de vs para le, sem que vs perce-bsseis. Mas no o podeis imaginar ainda h pouco. Olhar peculiar. Examinemos esse homem um pouco mais intimamente para ver se possvel apanhar o segredo da fascinao que ele exerceu sobre vs. Primeiramente observai o seu olhar. Os seus olhos dirigem-se para vs, mas no vos fixa, no vos fita nos olhos; le olha diretamente para os dois olhos, para a raiz do vosso nariz. um olhar aplicado e penetrante, sem ser ofensivo. Vs sentis que esse olhar no , no pode ser, impertinente. Observai tambm que le no vos olha dessa maneira, quando vs lhe estais falando; ento le espera como que para receber a vossa mensagem, e depois manda-vos a dele. Quando fala, olha para vs com aquele modo aplicado e dominador, mas amvel. le no homem de asseres pessoais; no homem de argumentos. Sempre polido. Escuta-vos com polidez; sempre polido, mas vs tendes a impresso de que, por detrs daquele sossego exterior, existe uma vontade inflexvel; vs sentis nele o poder. um homem para ser obedecido; numa palavra, a impresso que le vos deixa a de uma pessoa que sabe perfeitamente aquilo de que precisa e que no tem pressa, porque tem a convico de o alcanar. Isto bem verdadeiro e explica o seu sossego, a sua segurana. Saber poder, e le sabe que fundamenta a sua situao nas leis de causa e efeito. Os fracos tornam-se mais fracos, e os fortes tornam-se mais fortes. H uma Lei pela qual o Positivo pode atuar sobre o Negativo. por ,fra dessa lei que aquele que inconsciente de seu poder magntico e, por isso, o fraco, entrega algo do seu magnetismo natural quele que o forte, porque consciente do seu poder. "Porque a qualquer que tiver ser dado, e ter em abundncia, mas ao que no tiver, at o que tem lhe ser tirado" S. Mateus, XXV 29 O homem magntico conserva o conhecimento, sem precipitao. Analisemos agora a sua conversao. Fornece-vos le algumas informaes? Muito pouco, e coisa alguma que se possa interpretar como afirmativa de opinies prprias; o que le diz, ordinariamente, no tem grande importncia, posto que vos parea que tenha^ enquanto le est falando. No vivaz. le no vivaz. No entanto, age de maneira que vos leva a imaginar que tem em si muita vida e a usaria, se assim o desejasse. Por isso, le excita um tanto vossa curiosidade. Mas le no vos impressiona como se propositalmente pretendesse mis-tificar-vos. De modo nenhum. O seu olhar bem franco e, por isso, no podeis julgar tal coisa, e se vs conviverdes longamente com le, haveis de observar que nunca vos arma ciladas na conversa para vos provocar admirao. De fato, o seu plano de pensamento est acima da admirao. Nos seus primeiros tempos, quando le aprendia, como aprendeis agora, o modo de adquirir o magnetismo pessoal, talvez apreciasse ver provocado o seu poder pela franca admirao que os seus conhecidos lhe manifestassem; mas tornou-se superior a isso. Sim, tornou-se superior a isso. Homem nenhum permanece estacio-nrio; h sempre alturas mais alm que procuramos alcanar; nunca atingimos o vrtice. Trabalha segundo leis fixas. Quando este homem alcanou popularidade, influncia,' ikjueza ou xito, aceitou-os, tomou-os como sendo o seu direito, como uma seqncia lgica da Lei de Causa e Efeito, e seguiu avante. No ficou parado. Conseguiu a riqueza

para si, exatamente pela mesma forma como conseguiu a popularidade: governando. Carecia de riqueza; atraiu a riqueza, porque precisava dela. Vs gostais dele. Mas estamos caminhando muito depressa, alm do ponto de nossa lio. Que impresso vos deixou este homem magntico? Justamente esta: desejais ver mais alguma coisa a respeito dele, porque sentis que le est em acordo simptico convosco, por algum modo misterioso que vs no podeis definir. Estais fascinado por le, e no ficareis livre da sua influncia mesmo depois de vos terdes afastado. le emprega a vossa fora. E agora, recordando a conversao que tivestes, haveis de descobrir, posto que na ocasio no reparsseis em tal, que fstes vs que dissestes o que sabeis; fstes vs que procurastes agradar; fstes vs que destes. Sim, isto exatamente: vs destes; le recebeu. Se le, que possui a fora do conhecimento consciente, tivesse desejado que as coisas se passassem de modo diverso, vs, na vossa fraqueza c ingenuidade, certamente serieis compelido a receber tudo o que le resolvesse dar-vos impulso, determinao, opinio. Se le desejasse faz-lo, poderia ter-vos influenciado, como o vento produz as ondas na lagoa. Por que? Porque a hei, le conhece a Lei e vs no a conheceis. Mas le no desejou isso naquela ocasio; quis apenas produzir boa impresso em vs; f-lo, porque conhecia o seu poder, e tomando de vs um pouco de magnetismo, foi-se embora, como a abelha segue o seu caminho, aps haver tirado o mel da flor. LIO III

Caractersticos do indivduo no-magntico " um rabugento le deprime Razo disso propenso a errar. Caractersticos do indivduo no-magntico. Conheceis o homem no-magntico? Eis uma boa ocasio para descrev-lo em contraste com a personalidade forte da qual at agora falamos. le irrita-vos; se estais aborrecido, le aumenta a vossa irritao; se tendes uma disposio mrbida, le torna mais profunda a vossa tristeza, se estais contente, le atua como um trovo. le um peso que vs sois solicitados a erguer. le pede a vossa simpatia; diz que um incompreendido; queixa-se do destino, queixa-se do tempo, queixa-se de alguma pessoa. um rabugento. Est sempre descontente; falador; diz os segredos; tem necessidade de partilhar os seus desgostos convosco; uma criatura impulsiva, sem tranqilidade, sem bom senso, sem ponderao, sem condies de atrair. Oh! li-sonjeia-o e deixa-o ir. Livrai-vos dele. Vs, muito facilmente, o podereis conquistar pelo seu amor prprio; fart-lo e desembaraar-vos dele tal o vosso pensamento; ponde logo essa idia em prtica e afugentai-o do vosso esprito. le deprime. Ficais satisfeito quando le se vai embora. le retirou algo de vs de maneira terrvel porque vs no sabeis como livrar-vos da sua influncia. Se o soubsseis, no s tereis poupado uma perda de magnetismo, como podereis mesmo ter retirado alguma coisa da sua fraqueza, se o desej asseis. Razo disso. Qual , pois, a razo dessa falta de atrao ? simples como o A.B.C. le um dependente. Um negativo; le no tem seno lamentos e mais lamentos! Porventura pode-reis imaginar o homem magntico, de que h pouco vos falei, como um homem cheio de lamentaes? Podereis conceb-lo assim? No; seria um absurdo. O vosso homem magntico um poder, porque subjugou as circunstncias, porque manteve uma atitude de esprito que governa as circunstncias, que domina as coisas que o rodeiam.

propenso a errar. Olhai, agora, o outro lado do retrato. Aqui tendes o vosso homem no-magntico que um insucesso, por sua confisso prpria, ainda que le talvez no o saiba; fraco, queixoso, provocando o insucesso pela atitude do seu esprito; dissipador do pensamento, gastador de energia; um tal carter est pela Lei destinado a falir. Aqui esto os vossos dois tipos. Estudai-os bem e cuidadosamente. O primeiro o vosso modelo; o segundo, a vossa advertncia. Pode-se repetir aos vossos ouvidos, como uma regra urea que deve ser acatada. No deis a conhecer vossos lamentos. No procureis a simpatia nem a lisonja. Reconhecei a fora em cada desejo, e jazei que essa fora seja vossa. LIO IV

Comea a instruo especfica Natureza das correntes mentais Extrair poder do desejo Plenitude da fora em tudo Mtodo de operar O segredo consiste no vosso isolamento A reserva no significa imbecilidade Prova do vigor no desejo-fra Mistrio Uso efetivo do mistrio pelos grandes homens Empresai a fora captada de outro homem Precauo Procurai evitar a lisonja. Comea a instruo especfica. Gamo foi que o vosso modelo se tornou magntico? Que fz le consigo mesmo, e como se reproduziu esse efeito? So bem naturais estas perguntas. Vou respond-las to simplesmente quanto posso. Mas faamos recair o exemplo e aplicar a instruo diretamente em vs como um indivduo, para que le possa causar-vos uma impresso mais profunda. Natureza das correntes mentais. "O desejo, em qualquer pessoa, uma corrente mental sobrecarregada de poder" justamente essa espcie de poder que o homem magntico tem sobre seus companheiros. Quando digo "corrente mental", falo literalmente. No se trata apenas de um modo de falar. Todos os desejos atuam de maneira anloga das correntes eltricas e so governados por leis anlogas, se no as mesmas da atrao e repulso. Extrair poder do desejo. Quando tiverdes entendido que podeis extrair poder e magnetismo de qualquer desejo, vs te-reis, por assim dizer, descoberto uma mina de ouro no vosso jardim. Porque o desejo est sempre mo e a sua origem manifesta-se de muitos modos. Quando dais sada ao desejo, gastais a Fora e assim enfraqueceis o vosso poder de atrao. Descarregais magnetismo que podereis armazenar com o fim de atrair as coisas boas da vida. Plenitude da fora em tudo. Quando aprenderdes a considerar o desejo, no como uma pedra de escndalo, mas como um degrau, o vosso xito na vida estar assegurado. A fora do desejo manifestada por muitas qualidades de correntes mentais, como a importncia, a clera, a distrao, a incria ou a vaidade. Esta ltima de todas, talvez, a que mais enfraquece. Ela toma formas to insidiosas que, muitas vezes, um homem no percebe que est agindo para satisfazer a prpria vaidade e por ela est sendo escravizado. Mtodo de operar. Ora,- pois, o plano de procedimento este: ao sentirdes uma corrente de desejo, procurai ret-la convosco, recusai satisfaz-la. Por esse esforo consciente da vossa vontade vos defendeis contra uma descarga de fora, que

A fora acumulada atrai sempre; a fora abandonada gasta-se e neutraliza-se.

vos enfraqueceria. Ao mesmo tempo criais uma condio de atrao, que permanecer tanto tempo quanto durar esse desejo. A satisfao do desejo viria neutralizar a fora inerente a ele. Tomemos primeiramente uma forma de corrente de vaidade, muito vulgar, mas que enfraquece muitssimo o desejo de surpreender. O segredo consiste no vosso isolamento. Primeiramente, compreendei o valor do segredo. Quanto tiverdes obtido uma informao qualquer, por mais trivial que seja, que vos seria agradvel comunicar a um conhecido, conservai-vos calado, porque desta maneira fareis a primeira tentativa para praticar a evoluo de magnetismo resultante do desejo reprimido. Este segredo que assim guardais uma unidade do magnetismo mental, armazenada na bateria do vosso crebro, e esse segredo guardado gera uma fora que lhe obtm mais fora de fora, exatamente como o vosso dinheiro num banco vence juros. Quanto mais segredos armazenardes no vosso esprito, mais reserva ou isolamento estais exercendo; e, assim, maior ser o vosso predomnio sobre os vossos impulsos, maior ser a quantidade de fra-reserva no dissipada, no gasta, que estar pronta a entrar ao vosso servio em importantes empresas. A reserva no significa imbecilidade. Mas nem por um momento imagineis que esse hbito de reprimir o impulso vir produzir uma condio de imbecilidade em que o desejo pode ser obliterado. O efeito inverso; os desejos tornam-se de vigor e fora decuplicados, como um rio atravessado por uma comporta aumenta a sua presso sobre as margens e, ento, quando estiverdes pronto a usar do poder, ele realizar alguma coisa. Tornou-se, na verdade, uma Fora. Prova do vigor no desejo-fra. Talvez nunca tivsseis analisado a fora de um desejo. Pensai um minuto. O desejo de levar uma certa notcia a um amigo pode forar-vos a tomar um veculo e ir a toda a pressa procura dele. Deve, pois, haver em operao uma fora vigorosa que vos impele para essa atividade. Pois bem, o caso que careceis dessa fora para vs mesmos. Guardai-a. Careceis dela, se tendes de atrair para vs mesmos a satisfao do xito que solicitais. Mistrio. O ponto a considerar em seguida que o mundo respeita aqueles que no entende. O rio profundo silencioso. Quem penetrar as profundezas do pensamento do homem magntico? le um mistrio; vs no podeis medi-lo, porque le no o consente. insondvel. Pois tambm vs deveis ser um mistrio: no deveis ser vulgar nem pr-vos em evidncia por qualquer modo. Ser de qualquer modo notado fatal ao verdadeiro poder. No a excentricidade do gnio que nos atrai. Ns respeitamos o gnio, no obstante a excentricidade. Tende muito cuidado, meu caro discpulo, em no confundir o interesse da curiosidade v, que gosta de se divertir, com o verdadeiro respeito, que ns sentimos por aquilo que excede a nossa compreenso. Por

conseguinte, deixai as pessoas vossas conhecidas no desconhecimento a respeito das vossas qualidades e opinies, tanto quanto fr possvel. Excitai-lhes o interesse deste modo, por exemplo: O vosso amigo vem tra-zer-vos uma notcia importante. Em outros tempos, manifes-tareis a maior surpresa. Haveis de modificar isso. Recebereis a notcia atenciosamente, mas com calma, quase sem comentrios. O efeito sobre vosso amigo ser o espanto de que uma coisa que a le impressionou tanto, em vs cause to pequena impresso. Deveis mostrar-lhe, no entanto, que no h falta de interesse vosso pelo assunto; mas le, pelo modo que rece-bestes a notcia, ficar entendendo que vs sois muito menos suscetvel de se abalar no vosso equilbrio mental do que le. Talvez no o tivsseis at ento observado. E que resulta da? Resulta que le conhece em vs uma ponderao de carter que ainda no vos tinha atribudo, e isso o torna curioso. Oh! co-meais a obter o respeito dele; sois um mistrio para le. Uso efetivo do mistrio pelos grandes homens. Os grandes condutores de homens na Histria, em contingncias difceis e em perigo de perder os seus auxiliares, muitas vezes mantiveram unidos os seus subordinados e obtiveram uma ao de conjunto e um apoio leal, pelo encanto do mistrio pessoal. Sem dvida, muitos de vs conheceis a histria de Charles Stuart Parnell, o lder irlands na Cmara dos Comuns, na Inglaterra, o "rei sem coroa", como o chamavam em segredo. Ocorre-me o seu exemplo como o mais expressivo do que seja a fora penetrante do magnetismo pessoal, mais ainda do que Napoleo, Wellington ou Gladstone. Na Amrica, James G. Blaine foi quem mais se aproximou dele, em poder pessoal sbrc os coraes e as inteligncias daqueles que o seguiam. Para os seus mais ntimos, Parnell foi sempre um mistrio. O prprio Gladstone, seu contendor tantas vezes, confessava o encanto dele, a sua fora, o modo simples como assumia o comando. Parnell falava pouco, sempre no momento exato. A sua voz nunca era spera, nem elevada. Se jamais algum homem governou pela influncia do segredo e do silncio, foi esse homem, sustentando na mo as rdeas com que guiava a faco mais rebelde e descontente que se tem reunido num parlamento. No vamos considerar neste livro os motivos e as circunstncias de sua queda. O fato que le subiu por um inteligente confiana em si mesmo, pelo exerccio da influncia repressiva, pela fora do Magnetismo Potencial. Empregai a fora captada de outro homem. O terceiro ponto de que vos deveis recordar que o silncio no significa insociabilidade, de modo algum; apenas o hbito de se conter; o hbito do pensamento firme. Puxai pelo outro homem. Lembrai-vos de que, enquanto fordes um mistrio para as pessoas das vossas relaes, sois um poder. E se, porventura, sa-tisfazeis a curiosidade dele (voltando outra vez comparao com a descarga eltrica), vs permitis, ento, uma troca de corrente, uma satisfao que significa, em termos de eletricidade, uma neutralizao. Um e outro deram e receberam, e a condio de atrao cessou no momento. Mas se conservardes sempre o mistrio, vs mesmos sereis a atrao. Sois vs o magne-te, le o ao. Precauo. preciso neste ponto acautelar o aluno demasiado entusiasta ou leviano. No esqueais que especialmente no princpio, deveis empregar grande discrio, prudncia e tato em todas as vossas experincias. Seria quase fatal para o vosso xito, se se viesse a descobrir o fim por que mudais o vosso modo de proceder. No deis a perceber que desejais obter e guardar a informao que satisfaria curiosidade ativa ou latente do vosso interlocutor. Nunca procureis abertamente despertar a curiosidade. Julgo desnecessrio dizer a qualquer estudante que nunca deve falar a respeito de seus estudos, propsitos e desejos neste assunto, porque, deste modo, poria em guarda quem o ouvisse. Se falsseis a este respeito, violareis a primeira regra do estudo do Magnetismo Pessoal a de conservar a informao pessoal e no satisfazer a vaidade. Procurai evitar a lisonja. O homem atrativo e magntico nunca fala de si. O resultado que falam mais dele, admiram--no e aprovam-no mais do que se le dedicasse toda a

sua habilidade em arranjar artifcios de conversao, destinados a li-sonjear a sua vaidade. O estudante que dissesse: "Isto no se aplica a mim. Eu nunca procuro a lisonja", seria o nico em mil. Toda gente procura o elogio dos outros, em maior ou menor grau. Os que procuram a lisonja com mais afinco so os que menos a alcanam, porque no retm nem conservam a fora que atrai essa forma de corrente mental. LIO V

A tremenda fora do desejo de elogios, que deve ser conservada e aplicada Cautela com este esgotamento No tardareis a observar grande mudana. A tremenda fora do desejo de elogios, que deve ser conservada e aplicada. Cada um de ns pode recordar-se dos seus momentos de fraqueza, inclusive daqueles em que foi imperioso o desejo de dizer alguma coisa que tnhamos a convico de que haveria de impressionar os outros, direta ou indiretamente, pela importncia, argcia ou raridade do que diramos. Tal o desejo de elogios. uma fora dominante na natureza humana e reconhece-se mesmo na vida animal. No coisa de que se deva ter vergonha, porque natural. A importncia do fato para ns consiste em que uma fora poderosa, qual demos permisso de atuar contra ns. Quando a maioria dos homens encontra probabilidade de dizer alguma coisa que redunde em seu crdito, no so eles quase irresisttvelmente impelidos a diz-la? No procuram eles impacientemente a primeira oportunidade para a dizerem? Em cem indivduos, noventa e nove so assim. Eles no imaginam que esse desejo de elogios uma das mais poderosas foras artificiais da natureza, e que esse desejo os impele, muitas vezes, contra a sua vontade e sempre contra o seu pensamento ponderado, contra o seu bom senso e o seu bom gosto. E, mais que tudo, eles no imaginam que essa fora artificiosa, m, irresistvel, uma corrente mental que poderia ser empregada com imenso proveito para eles, em vez de consentirem que ela se "descarregue" por um jato repentino, como a centelha eltrica que sai da mquina esttica, deixando-os muito mais fracos do que antes.

o CHARCO da VAIDADE

A fora do desejo de notoriedade impele os homens, contra seu juzo, a procurar as traioeiras sendas da lisonja. Cautela com este esgotamento. Portanto, vs, meus alunos, tomai bem cuidado nisto. Reprimi, em todas as ocasies, o vosso desejo de aplausos.

No deis satisfao a esse desejo, nem nas coisas mais triviais. Se vos custa procederdes assim, isso apenas prova que estais guardando convosco uma fora poderosa. Uma fora que se agita e que luta para se unir com a sua oponente de alguma outra mentalidade. Quanto essa condio se realiza, existe um estado de atrao. No tardareis a observar grande mudana, Quando co-meardes a pr em prtica as idias aqui expostas, no tardareis em observar em vs uma notvel mudana. Um respeito de vs mesmos que vai aumentando, uma dignidade natural, um sentimento de poder.Em seguida a cada represso consciente do desejo-fra, realmente sentireis o poder nos vossos prprios nervos. Seguidamente observareis uma diferena na atitude dos outros para convosco. Um desejo maior, da parte deles, de vos procurar, de falar convosco, de vos ver. Vs podeis sempre manter e aumentar esta condio, recordando-vos da regra da "curiosidade no satisfeita". Conservai os vossos amigos admirados, mas eles no saibam que vs procedeis assim intencionalmente.

LIO

VI

Do emprego das foras antagnicas em nosso proveito prprio Reconhecimento da fora til Um magnfico exerccio para absorver energia Domina-se a tentao. Do emprego das foras antagnicas em nosso proveito prprio. Nas lies precedentes, mostrou-se que o impulso ou desejo uma fora, exatamente a espcie de fora que gostareis de exercer para influenciar os outros. Agora deveis compreender claramente, se que j o no entendestes, que todo desejo uma fra magntica mental, positiva ou negativa; e que le procura unir-se ao seu contrrio para ser satisfeito justamente como o plo positivo do mag-neto atrai o plo negativo do ao. Ao aluno que tenha dvidas sobre o vigor destas foras, apontarei o caso do bbado. Que poder impelir um homem contra a sua vontade e contra todo o instinto da sua prpria moral a no ser uma extraordinria fra artificial? Neste exemplo, a fra a tentao uma poderosa forma do desejo. Vou dizer-vos como podereis enganar essa fra viciosa, de modo que, semelhana dos atletas japoneses, possais empregar o vigor do vosso adversrio contra le mesmo. Reconhecimento da fra til. Aprendestes a reconhecer o valor magntico do segredo e da supresso da vaidade. Preciso, agora, fazer-vos ver que toda tentao um benefcio disfarado. O estudante inteligente do Magnetismo Pessoal deve receber bem a tentao, sob qualquer forma, pois que le j aprendeu que, "engarrafando" dentro de si a fra superabundante dessa tentao, le aumenta a sua bateria armazenada de magnetismo mental, isto , o seu Magnetismo Pessoal. A tentao aumenta o seu poder de atrao. Mas ceder tentao,

O homem magntico sada as foras que os outros temem, porque delas pode extrair precioso poder.

satisfazendo o desejo, seria como gastar a sua plvora, neutralizar a condio atrativa e enfraquecer a bateria. A proteo c o isolamento da vossa bateria mental, tal o saber, a espcie particular de saber que vs tirais destas lies. Um magnfico exerccio para absorver energia. Passo, agora, a dar uma informao explicita sobre o mtodo de conservar a energia. Suponhamos que vos sentis assediado por um desejo ou tentao de qualquer natureza. Ordinariamente, esse fato incomodarvos-ia, pelo menos. Mas agora que reconheceis esse desejo ou tentao, recebei-o bem, como uma nova fora para a vossa bateria, como um novo capital. Concentrai agora o vosso esprito nesse desejo e colhei o benefcio da sua plena . fora. Em seguida fazei um exerccio respiratrio apropriado, e que consiste em inspirar o ar muito lentamente com toda a capacidade dos pulmes, durante cerca de oito segundos, repetindo mentalmente: Estou conscientemente apropriando-me da fora deste desejo. Em seguida, procurai conservar o ar plenamente aspirado, durante cerca de oito segundos, repetindo mentalmente: Agora possuo perfeita estabilidade e ponderao para dominar a fora magntica que estive armazenando. Isto pode ser repetido algumas vezes, se fr necessrio. Apresentei este exerccio de respirao no s como um modo de fixar a idia de apropriao e absoro de fora magntica, mas ainda porque atualmente opinio geral, entre os psiclogos, que existe ntima relao entre a respirao e a natureza emotiva do homem. Domina-se a tentao. Desejo insistir bem neste ponto, isto , que a tentao perde o poder sobre vs, desde o momento em que estejais convencido de que a podeis enganar; tirai--lhe a fora e empregai-a para os vossos fins. Deste modo, com este passo dado, ficais colocado acima da tentao situao esta que os homens lutam toda a sua vida por alcanar. Para tornar este ponto ainda mais claro, comparemos a tentao com uma bomba. A bomba cai prxima de vs com a mecha fumegante. Conhecendo-lhe a natureza e

construo vs operais com rapidez e inteligncia: arrancais a mecha. Ento o poder da bomba vosso, usareis dela como vos parecer melhor. O homem ignorante teria deixado que se desse a exploso e sofreria os resultados. LIO VII

Tempo necessrio para resultados apreciveis Alguns efeitos que se podem observar desde logo Exemplo O que deveis fazer. Tempo necessrio para resultados apreciveis. Algum aluno pode alegar que as lies precedentes so demasiado simples; que pretende alguma coisa de mais misterioso e complexo. Respondo-lhe apenas isto: "Segui as instrues e vede por vs mesmos. No podeis aprender de outra maneira." Na verdade, s uma pessoa completamente desarrazoada que poderia esperar que uma mudana radical no seu carter se realizasse imediatamente aps a prtica de qualquer dos exerccios at agora apresentados. Estas lies mostram-nos a lei que governa o assunto, e do-nos, assim, a probabilidade de progredir sem obstculos. Deixai a planta receber luz do sol e a planta prosperar ! Mas no vai ela logo at a plena florescncia preciso tempo para que se desenvolva naturalmente. Pois, no nosso caso, a luz fornecida ao' aluno pela explanao da lei, e quanto maior segurana houver no modo como le tira vantagens da lei, tanto mais seguramente le progredir. Alguns efeitos que se podem observar desde logo. Ordinariamente, o principiante observa os efeitos do seu desenvolvimento ao cabo de quatro ou cinco dias. Contudo, a primeira sensao que aparece quase imediatamente a de um aumento de respeito de si prprio e de confiana em si mesmo. Depois de cada reteno consciente da ra de um desejo, observa-se logo uma sensao fsica de poder e de plenitude no crebro e nos nervos. No se sente isso como uma opinio prpria ou como uma vaidade. Essa sensao no de modo algum pretensiosa, mas simplesmente sossegada e tranqilizadora. Faa o principiante a crtica de si mesmo com toda a franqueza. Porm no pratique o erro de atribuir ao egosmo ou ao mau gosto dos outros a sua carncia de atrao. Se, porventura, houver erro, ser certamente dele. Exemplo. Observai-vos com todo o cuidado quando hoje vos encontrardes com os vossos amigos. Aqui est o Sr. B. Por qualquer razo, tendes sempre procurado inutilmente despertar-lhe interesse e amizade. Sentis que le no se, interessa por vs; que a vossa companhia no o satisfaz. Para desco-brirdes a razo disso, examinai a vossa anterior conduta para com le. Descobrireis que le tem sido a bateria receptora, ao passo que vs tendes "gasto a vossa plvora" com le, enfraquecendo--vos de cada vez no vosso esforo para satisfazer o vosso desejo consciente ou inconsciente de notoriedade. Conseguis a ateno dele? No. E le consegue a vossa? Sim. E esfora-se le por consegui-la? No. Pois agora podeis talvez aplicar com mais conhecimento de causa, os princpios das foras conservadoras, expostos nas lies precedentes. B. est tirando fora de vs, em vez de vs tirardes dele. O que deveis jazer. Parai. Estais navegando em guas perigosas. Ponderai a filosofia dos princpios j estabelecidos. Deixai B. s, durante alguns dias. Praticai inteligentemente a conservao dessas foras que tnheis estado a desperdiar. Fizestes hoje alguma coisa que vos seria agradvel narrar. Guardai isso convosco. Engarrafai-o resolutamente. Parece fcil, mas o hbito de fazer esvoaar essas pequeninas centelhas, pela satisfao momentnea que isso produz, tornou-se forte em vs. De quando em quando, sentis que elas escapam vossa vigilncia, e cada vez que tal sucede ficais apatetado, no-magntico. Reprimi os desejos da carne, como tambm os desejos do esprito. Isto no apenas a antiga doutrina da auto-renncia. a lei cientfica da fora, das correntes mentais. No difcil cumpri-la, porque, com uma compreenso

inteligente da lei, vs vereis que estais fazendo muitssimo mais do que apenas resistir a uma fora. Estais tornando essa fora propriamente vossa. Vs capturais essa fora, e podeis empreg-la como vos convier. LIO VIII

Estudo dos efeitos Observa-se uma mudana fsica Resultado especial. Estudo dos efeitos. Porventura perguntar, agora, algum aluno: "Suponhamos que eu capturei todas essas foras, agarrei a fora que existe dentro de cada desejo mental e fsico medida que ela aparece, e armazenei toda essa energia; qual ser o efeito disso?" A energia por vs armazenada atrai a energia oposta das outras pessoas, to exatamente como a eletricidade positiva atrai a negativa, e isso at sem esforo consciente de vossa parte. O vosso rosto, a vossa apresentao e as vossas aes mudaro inconscientemente. Encontrareis as coisas boas, que antes em vo procurveis, dirigindo-se para vs insensivelmente. Elas so foradas a vir. a lei da atrao. Enquanto as coisas boas esto, assim, vindo ao vosso encontro, no sejais demasiado impaciente. No murmureis por no ter ainda saltado at vs "aquela especial coisa boa" de que precisais. Ela vir. Observa-se uma mudana fsica. Quando um homem comea a desenvolver a sua personalidade magntica, conforme os preceitos apontados, o seu corpo imediatamente sofre mudana fsica. Os olhos tornam-se mais brilhantes, a pele mais clara, o porte mais ereto, e do seu rosto desaparece a expresso de receio oculto, inquietao, embr.ao, abatimento. le no j objeto infeliz das foras insidiosas da natureza humana. le prprio uma fora inconsciente. O mundo, do ponto de vista que o interessa, aparecelhe sob nova luz. Lentamente comea a reconhecer o seu poder, e, porque conhece e entende isso, sente-se satisfeito. Resultado especial. Quando o aluno chegar a esta situao, deve precaver-se contra o perigo das perdas; mesmo o falar dessa preciosa conscincia do poder produziria grande perda dele. Um fenmeno especial que eu devo mencionar, e que s um prosador superficial poder considerar como desanimador, o fato de que, medida que ides adquirindo poder e que a "fortuna" parece finalmente ter-se voltado em vosso favor, as coisas que anteriormente vs procurveis em vo, e que atualmente se dirigem para vs, perderam aos vossos olhos parte do seu valor. No seja isso motivo de desgosto para o aluno. Bem ao contrrio, le se glorifica e encontra satisfao no sentimento do poder. Lembrai-vos de que h outros desejos maiores do que esses que tendes agora.

LI O'.li

IX

Lembranas teis de aplicao prtica Olhar central Como se obtm a tranqilidade e a confiana em. si O aperto de mo magntico. Lembranas teis de aplicao prtica. Depois que o aluno fixou inteiramente no esprito a teoria da conservao da fora dentro das correntes mentais e o estado que dela resulta, poder ser-lhe til recordar algumas idias novas, mas aproveitveis, que o auxiliaro a pr em execuo mais rapidamente os seus novos conhecimentos. Tomemos primeiramente o caso em que se pretende- fazer uma impresso favorvel em ocasio difcil. Suponhamos que ides ter uma entrevista com um homem, cuja

personalidade sempre vos oprimiu. Digamos que o homem um desses sujeitos grandalhes, gritadores, olhar feroz, pescoo de touro, homem de importncia na sua roda, mas inteiramente desprovido da menor sensibilidade, um "massa-bruta" e cruel. Para uma pessoa educada e sensvel bem aborrecido ter de tratar com tal sujeito, especialmente se tem de lhe pedir um obsquio ou concesso. As naturezas grosseiras gostam de aumentar a humilhao dos que se humilham. Mas vamos ao caso. Vs podeis proceder com esse tipo muito habilmente. O vosso prvio conhecimento e exerccio de conservao das foras defende-vos de qualquer ataque possvel que, em outras circunstncias, le pudesse tentar contra a vossa sensibilidade, servindo-se da vossa fraqueza ou vaidade. Aparecei, portanto, diante dele, com um porte leal e modesto, sentindo com justia que podereis apresentar-vos muito mais favorvelmente, se quissseis faz-lo. S este conhecimento uma fora que transparecer no vosso rosto, malgrado vosso, e que, ir impressionar ou reprimir a fora contrria com que vos ides encontrar. Com a vossa conscincia da fora reservada, comeai a vossa conversao tranqila e confiadamente. Nos vossos modos no deve transparecer nenhum sinal de impacincia, inquietao ou qualquer outro sentimento que no seja uma tranqilidade agradvel e completa, e uma discreta segurana de vs mesmos. Olhar central. Quando estiverdes falando, olhai para le diretamente, para o meio dos olhos, isto , na raiz do nariz. Imaginai que estais olhando para um pequenino sinal nesse ponto e que estais vendo o ponto fraco do carter desse homem (porque realmente esses homens grosseiros so mesquinhos e fracos), e, portanto, deveis falar quele sinal do homem, entre os seus olhos, e olhar com todo o sossego enquanto falais. Nada

Uma conversa spera facilitada pelo conhecimento das leis das correntes mentais.

de esbugalhar os olhos ou franzir a testa. No tardareis a observar que le muda, com inquietao, a direo do seu olhar. Fazei com que le olhe para vs; fazei com que le conserve os seus olhos fitos nos vossos, enquanto estais falando. Mas quando le falar, desviai a vista; olhai para o seu colete, para os seus sapatos, para qualquer outra coisa que no os olhos. Escutai respeitosamente e, no instante em que comeais a falar outra vez, procurai o pequeno sinal entre os olhos. No faais qualquer dessas coisas ostensivamente. No lhe desperteis a idia de que estais fazendo experincia sobre le. O sossego a vossa chave. Esse homem h de lembrar-se de vs. Qualquer que seja o resultado da vossa entrevista, podeis estar certo de que le se h de lembrar de vs; de que vs procedestes pelo

melhor modo que se podia proceder; de que vs produzistes nele uma impresso maior do que le possa admitir consigo mesmo. Como se obtm a tranqilidade e a confiana em si. Um exerccio que vos dar grande facilidade de maneiras, porte agradvel e confiana em vs mesmo o de praticar sozinho com uma pessoa imaginria. Deveis estar absolutamente s, em um stio onde ningum possa ver-vos nem ouvir-vos. O campo seria o lugar ideal; contudo, fechado com toda segurana no vosso gabinete, estareis livre de ser observado. Em primeiro lugar, empregai cinco minutos em tomar as respiraes extensas e profundas aspirando o ar com toda a capacidade dos pulmes e expirando-o lenta e compassadamente. Depois, erguei-vos vivamente e dirigi-vos a uma pessoa imaginria do vosso conhecimento. Podeis empregar um espelho para considerar a vossa prpria imagem, ou confiar exclusivamente vossa imaginao o ver uma figura humana. claro que podeis dizer tudo o que quiserdes, por mais extraordinrio que seja, mas deveis pensar cada frase antes yt pronunci-la. Dirigi-vos, pois, imagem em tom forte, pleno, confiado. Arredondai cada slaba e carregai nela. Fazei que as vossas palavras ressoem saindo do peito. Apontai com o dedo, passeai de um para outro lado, empregai gestos que impressionem, dizei e fazei tudo o que desejareis dizer e fazer, como se realmente estivesse presente a pessoa a quem vos dirigis. Este exerccio magnfico. Desenvolver a confiana prpria em todos os que o realizarem, e os seus resultados sero observados por muitos modos indiretos, que eu no menciono aqui por falta de espao, mas que vs imediatamente reco-nhecereis.

Uma conversa interessante e proveitosa com um "esprito vivo".

Meia hora deste exerccio, toda vez que vos sentirdes abatido, ou que preciseis estimular a confiana em vs mesmos, produzir resultados magnficos. E tambm, muitas vezes, o aluno obtm resultados materiais definidos, pelo poder da auto--sugesto e por meio deste exerccio da palavra falada de forma intimativa. Pedi aquilo de que necessitais pedi-o como se fosse coisa vossa. O aperto de mo magntico. O aperto de mo tambm uma coisa importante nos encontros com outras pessoas. Olhando agradvelmente para o vosso amigo, pegai-lhe na mo com firmeza, envolvendo bem as costas e a palma. No aperteis os dedos. Depois de um aperto rpido e caloroso, retirai vossa mo, passando vossos dedos por baixo da palma da mo dele e to distante quanto possvel das pontas dos dedos dele. o aperto natural da cordialidade e surtir seu efeito.

LI A O

X

Cultura do olhar magntico Exerccio ao espelho Efeito. Cultura do olhar magntico. Depois que o aluno se convenceu do valor da conservao das correntes mentais, e aprendeu a utiliz-las, realmente no necessita de muito maior auxlio. Contudo, mais alguns meios de desenvolvimento podem parecer importantes a alguns alunos, e passo a mencion-los. Na lio antecedente, descreveu-se o mtodo de fixar um ponto entre os olhos da pessoa com quem se fala. Convm que designemos esse mtodo pela expresso olhar central. No deveis cometer o erro de empreg-lo indiferentemente, em toda e qualquer ocasio. S deve ser empregado com o intuito de causar impresso, quando assim o quiserdes. Poderia suceder que fosseis opressivamente impressivo, o que deve evitar-se. Empregai a vossa fora com tato e discrio. O agrado atraente. Sede agradvelmente impressivo. Quando desejais agradar, como sucede no convvio ordinrio, o vosso rosto deve apresentar uma expresso interessante. No mostreis um sorriso perptuo, pois no h nada menos digno, mas procurai dar ao vosso rosto a expresso natural e tranqila que le teria ao observardes uma cena interessante e apa-ziguadora. Empregai o olhar central com freqncia, mas "fa-zei-o recuar" com agrado, cheio de dignidade. Desta maneira, dareis a impresso conjunta de bom humor e poder. Exerccio ao espelho. Eis aqui um exerccio que auxiliar o desenvolvimento do olhar e da expresso eficiente. Colocai um pequeno espelho diante de vs, sobre uma mesa, ou ponde --vos diante de um espelho grande, com o rosto distncia de cerca de quinze polegadas do vidro. Com um lpis fareis um pequeno sinal ou salincia na raiz do vosso nariz, justamente entre os olhos. Esse sinal deve permanecer durante dez ou quinze minutos e servir para ajudar-vos a concentrar a ateno e o olhar. Olhando para a vossa imagem no espelho, fixai a vista naquele ponto, entre os olhos. Permanecei perfeitamente imvel, olhando fixamente para o ponto central. Procurai no pestanejar. Quando sentirdes que ides pestanejar, em vez de o fazer erguei apenas as plpebras um pouco. Os nervos descansam quase da mesma forma como se fechsseis as plpebras. Este exerccio no dever prolongar-se mais de quinze minutos. Os principiantes acharo difcil o estarem sentados perfeitamente imveis, mesmo durante cinco minutos, mas necessrio aprender este repouso e domnio dos nervos, se porventura o aluno deseja desenvolver-se completamente. Efeito. De manh cedo a melhor ocasio para esse exerccio, quando o crebro est fresco, o corpo descansado e os nervos distendidos. Comear por um exerccio de cinco minutos, aumentando-o gradualmente um minuto cada manh, at que o possais fazer durante doze ou quinze minutos. Ao im de trs dias, aproximadamente, comeareis a observar o poder e a firmeza do vosso olhar. Observareis o olhar fraco e cambiante das outras pessoas. Observareis que mesmo as pessoas de olhar atrevido olham para um ou para outro dos vossos olhos, e que desviam a vista com inquietao, quando vs sossegadamente aplicais o olhar central de que elas, claro, no tm conhecimento. O olhar central d-vos como que o estranho efeito de que estais olhando diretamente atravs da cabea da pessoa visada. E, ao mesmo tempo, alivia-vos do olhar dela ou da impresso da sua vista. O exerccio ao espelho, acima descrito, desenvolve rapidamente um poderoso olhar magntico. Os olhos so a janela da alma, e nas pessoas de grande sensibilidade

psquica os pensamentos lem-se, muitas vezes, de olhar para olhar. Deveis, pois, aplicar-vos o mais possvel a desenvolver um olhar potente. Se porventura o aluno usa habitualmente culos, o efeito do exerccio ainda o mesmo, mas ser necessrio mais cuidado para no forar a vista. O fato de usardes culos no enfraquece materialmente a capacidade de cultivar o vosso olhar, e, na verdade, s vezes acrescenta at uma certa fora de impresso. LIO XI

Trs mtodos particulares de irradiao direta da influncia magntica l.o) Fotografia mental 2.) Mtodo do plexo solar 3.) Mtodo muscular. Trs mtodos particulares de irradiao direta da influncia magntica. Em cada um destes trs mtodos, o primeiro passo necessrio o retiro ao silncio. Quer isto dizer que o aluno deve recolher-se num quarto arejado, livre de toda intromisso estranha, colocar-se em posio confortvel, sentado ou encostado, e entregar-se inteiramente, durante uns dez minutos, completa passividade, de corpo e esprito. Todos os msculos devem ser distendidos, todo pensamento perturbador deve ser banido. Quando o aluno sente que est nessa disposio, est apto a empregar um dos trs mtodos para lanar a sua prpria fora em servio ativo. Passo a descrever os trs mtodos. 1.) Fotografia mental. Depois de conseguido o estado tranqilo e passivo, sentai-vos a uma mesa e escrevei uma delineada sugesto, muito simplesmente, numa folha de papel. Escrevei, por exemplo: "Quero que terminem as zangas entre mim e Joo Beltro", ou "Quero que Fulano tenha uma boa impresso a meu respeito", ou ainda "Quero que Sicrano seja levado a fazer isto". Depois de escrever o vosso desejo simplesmente e em breves palavras, acomodai-vos na cadeira com todo o conforto, e olhai para o papel fixamente, concentrando--vos intensamente, mas com tranqilidade, na significao das linhas que estais vendo, e, entrementes, respirando vagarosa, mas profundamente. Tal a fotografia mental. A teoria consiste em que, desta maneira, as correntes mentais eficientes se formam com maior perfeio. Se comeardes por pedidos razoveis e simples, de natureza genrica, tais como a melhoria gradual da vossa sade, o aperfeioamento e a fortificao do carter, melhor memria, gnio mais sossegado, provavelmente logo, desde o momento,

Fotografia mental: formar, absorver e irradiar o fora do pensamento.

obtereis xito e, medida que vos fardes desenvolvendo, pode-reis formular pedidos mais explcitos e entrar em minudncias, como as dos exemplos acima mencionados. Se pedirdes coisas que de modo algum estejam, direta ou indiretamente, em conflito com

os direitos ou com a felicidade de outras pessoas, obtereis um certo grau de xito que estar em relao com a sinceridade e inteligncia com que tiverdes adotado nossas instrues. 2.6) Mtodo do plexo solar. 0 plexo solar o centro nervoso da espinha ou medula situado por detrs do vazio do estmago. Alguns cientistas afirmam, e com lgica muito boa, que le realmente um crebro o crebro abdominal e que regula no s certas funes corporais involuntrias, tais como a respirao e a pulsao do corao, mas ainda a natureza emocional do indivduo. Atualmente, alguns sbios consideram o plexo solar como um verdadeiro centro magntico ou magneto nervoso capaz de impressionar a personalidade dos outros, ou de ser por ela impressionado. Esses sbios operam pelo modo seguinte: Tendo-se entregue ao silncio e tornando-se propriamente passivos, deitam-se de costas, depois de previamente terem despido toda a roupa que, de qualquer modo, possa impedir ou embaraar os movimentos. Tomando uma profunda inspirao, enchem o peito, recolhendo o abdmen ao mesmo tempo. Depois, sustentando a inspirao, recolhem o peito, forando o ar que nele existe e, desse modo, distendendo o abdmen. Em seguida, recolhem o abdmen e, assim, se a inspirao foi ainda mantida, torna-se a estender o peito. Para cada respirao, o peito e o abdmen so recolhidos e distendidos alternadamente, cada um deles cinco vezes, bem rapidamente. Segue-se um descanso de meio minuto e repete-se a operao. Outro descanso de meio minuto e repete-se a operao pela terceira e ltima vez. O aluno atento h de observar desde logo que este exerccio atua diretamente sobre o plexo solar, dando-lhe uma estimulante massagem interna por meio de movimentao dos rgos adjacentes. A parte mental desta idia que o desejo, cuja realizao se pretende, deve ser mantido tranqilamente no esprito, enquanto o exerccio dura, e que o estmulo do plexo solar ou da bateria de nervos lana o pensamento em vibraes que exercem efeitos sobre o organismo nervoso mais ou menos receptivo das outras pessoas de quem se trata. Muito se tem dito sobre a eficcia deste sistema; mas, qualquer que seja a sua virtude em relao ao efeito produzido sobre os outros, certo que ele tem efeito notvel sobre o aluno, em tudo quanto diz respeito a dar-lhe ponderao, tranqilidade e alvio nas depresses. 3.) Mtodo muscular. O terceiro e ltimo mtodo parece estranho ao primeiro exame, mas torna-se claro desde que se considere que a Fora, quer se exprima na Forma de inteligncia, de esprito, de gravidade, de eletricidade, de ao muscular, etc, sempre a mesma em sua essncia, Baseado nessa teoria, o aluno, depois de se retirar ao silncio, pe-se de p e contrai todos os msculos do corpo, dando-lhe o estado de rigidez mais intenso que lhe seja possvel. Aqui certamente est uma fora produzida, mas no aplicada. O esprito do aluno fixa-se, ento, inteiramente sobre o desejo que pretende satisfazer. O aluno aplica todo o seu poder e querer em realizao. Ao mesmo tempo, certifica-se de que a fra-expresso fsica (a rigidez dos msculos) se vai transformando em fra-expresso mental. Ele

Estimulao do plexo solar pela teoria da vibrao irradiante.

cultiva o pensamento de que, medida que a fora se vai filtrando para fora dos seus msculos, permitindo-lhes perder a rigidez e tornarem-se lassos, ela vai saindo dele sob a forma mental do seu desejo, e sob essa forma vai atuar sobre as pessoas ou condies de que se trata. Isto tem sido experimentado com xito notvel em assuntos gerais de negcios. Um dos meus amigos, todas as manhs, durante uma semana, praticou este exerccio com o pensamento: "O negcio h de melhorar", e o resultado foi bom. "Por que no continuaste?" perguntei-lhe. "No sei" foi a sua resposta franca; e o aluno provavelmente responderia o mesmo. Uma verdade maravilhosa, experimentada, provada e tendo bom xito, muitas vezes desprezada, porque a sua prpria simplicidade produz falta de f. LIO XII

A f ajuda, mas no essencial F adquirida e xito por meio de idias provocadas psiquicamente As idias soo, muitas vezes, o lao de unio entre o psquico e o material. A j ajuda, mas no essencial. A f, nos precedentes, exerccios de Magnetismo Pessoal, posto que no seja essencial, auxilia a eficcia desses exerccios. Compreendo bem quanto seja difcil para o principiante ter f em coisas de que nada sabe e, por isso, aproveito a ocasio para dizer duas palavras de advertncia sobre o assunto. F adquirida, e xito por meio de idias provocadas psiquicamente. Provavelmente admitireis que a f vos ajudaria com maior rapidez, mas dizeis que no a possuis. Mesmo sem f, podereis desenvolver-vos no Magnetismo Pessoal, mas havendo f so melhores os resultados. Deixai-me, pois, dizer-vos que, se realmente desejais a vantagem que a f poderia dar, para obt-la bastar recusardes considerar a dvida. Isto no custa tanto como parece. O fato de que estais estudando mostra que tendes vontade de aprender. Logo, quereis seguir umas instrues. Recusar dar a menor considerao dvida coisa que de modo nenhum vos causar prejuzo ou enfraquecimento. Tomai isso como uma parte da vossa tarefa, e lembrai-vos de que recusar (mesmo temporariamente) dar considerao dvida praticamente a mesma coisa que ter f, e pode ser feito isso por todo aquele que livremente deseja aprender. Muitos alunos tm sido auxiliados a ascender a pontos difceis pela adoo deste plano (que se poderia chamar negativo) de adquirir f, e ainda estou para ver um aluno sincero que tenha operado assim, sem alcanar xito. O mentalismo inteligente no pretende que os mtodos h pouco expostos sejam por si ss inteiramente suficientes para produzirem resultados satisfatrios. A f sem trabalho de nada vale, diz a Bblia, e o trabalho sem f quase intil. As idias so, muitas vezes, o lao de unio entre o psquico e o material. Estes mtodos ajudam a levantar uma poderosa vibrao psquica em favor do aluno aplicado. Ento, se le mantm aberto o esprito e espreita as idias, est na trilha do xito. O bem aparece-lhe usualmente em primeiro lugar sob a forma de idias felizes, o que o resultado direto da atividade psquica, auxiliada pela ao proposital do aluno. A idia- , assim, o lao de unio entre o psquico e o material, e apenas resta ao aluno desenvolver as oportunidades criadas para le pelo seu pensamento, ou, para ser mais exato, as oportunidades atradas a le pelo seu desejo.

LIO

XIII

desenvolvimento consciente do poder-vontade Base cio desenvolvimento do podervontade Mtodo mais eficaz de aplicao. Desenvolvimento consciente do poder-vontade. Praticando a conservao das foras mentais irregulares, conforme se disse nas primeiras lies, o poder-vontade do indivduo desenvolve-se inconscientemente. Deve-se, no obstante, desejar um desenvolvimento consciente, do qual resulta um aumento da confiana do aluno em si prprio, embora le no compreenda como isso possa acontecer. Base do desenvolvimento do poder-vontade. Basta dizer que a realizao proposital de qualquer coisa difcil, por menos importante que seja, refora a vontade. Comeai por qualquer coisa trivial, como, por exemplo, desenhar, ao mesmo tempo, numa folha de papel, um crculo com uma das mos e um quadrado com a outra. Habituai o vosso esprito a faz-lo, com o firme propsito de o realizar. Quando, por fim, o tiverdes conseguido, sentai-vos e absorvei a convico de que conquistastes alguma coisa s pelo poder--vontade. Juntai essa convico vossa bateria de acumulao, e passai a outra qualquer coisa mais prtica, porventura algum problema intrincado da vossa vida domstica. Habituai o vosso esprito a faz-lo. Empregai toda a convico relativamente fora que vs tendes estado a armazenar e no a abandoneis. De cada vez ganhareis e ficareis mais forte do que anteriormente. Mtodo mais eficaz de aplicao. O homem de poder--vontade mais eficaz no aquele que cerra os dentes, retesa os msculos, franze as sobrancelhas furiosamente e se aplica sua tarefa de um modo abrutalhado. Pode ter xito, mas gasta energia indevidamente, e no pode competir como o homem sossegado, inteligente, tranqilo e cheio de confiana. Este ltimo entrega-se sua tarefa refletidamente. Se depara com o mau xito, sorri e recomea resignada e pacientemente, acreditando no seu prprio poder de conseguir o que pretende. Para le, esse trabalho no significa um combate, como para o outro homem; significa apenas um perodo de atividade inteligente, que tem um nico resultado possvel o xito. LIO X IV

Os mtodos de projeo ativa no so absolutamente necessrios Relao entre o mental e o material Processo de induo Projetar a fora pela afirmao Alguma preparao impres-cinivelmente necessria. Os mtodos de projeo ativa no so absolutamente necessrios. Revendo este Curso, que estou quase a terminar, algum aluno pode dizer: "Fizestes-me entender, com bastante clareza, como que eu posso armazenar a fora que significa poder para o indivduo, mas seria preciso saber corno posso projetar ativamente essa fora." Seria talvez o caso de remeter tal aluno para a lio XI, mas compreendo: le precisa de alguma coisa mais imediata e pessoal.

Normalmente no necessrio projetar ativamente a fora. O fato de serdes o possuidor de uma fora consciente o bastante para atrairdes o interesse, a confiana, o amor, o respeito das pessoas com as quais conviveis. evidente que haver vantagens mais materiais: vrias portas, que no passado se haviam fechado para vs, agora se abriro. Antes no havieis compreendido que o domnio das coisas materiais tem de ser obtido por uma aproximao inteligente e harmnica, empregando os canais mentais. Relao entre o mental e o material. Usarei como exemplo uma analogia. Imaginai um lago com uma bela ilha no meio. A ilha representa alguma coisa material que desejais a riqueza, por exemplo. A gua do lago representa as condies mentais que a cercam. O vosso natural desejo precipitar-vos impetuosamente para a ilha. Encontrai-vos a debater com a gua condio mental. Esta, embora intangvel, constitui uma barreira real. Para alcanardes a ilha, tendes que aprender a nadar. Isto , deveis aprender a dominar as leis dos arredores mentais, antes de poderdes atingir resultados mentais. No se justifica o desejo impaciente do aluno no sentido de realizar uma projeo ativa de sua fora. Quando le entender o mtodo passivo, mais lento, porm mais eficiente, ento seu xito estar plenamente assegurado. Processo de induo. Tendo em vista a teoria eltrica, bem demonstrada, que a passagem de uma corrente prxima de um outro condutor produz nesse condutor uma corrente simptica, suponhamos que vs desejais impressionar ou influenciar uma pessoa com quem acabais de travar conhecimento. Fixai no vosso esprito o fato de que essa pessoa um instrumento pelo qual passam correntes mentais; e que vs sois um instrumento que no s produz, mas tambm recebe e guarda aquelas correntes que desejais. Por isto, podeis comear com deciso a "puxar por le" na conversa, empregando judiciosamente o olhar central. Dedicai todo o vosso tato e cincia a fazer isso de um modo discreto, no importuno, mantendo ao mesmo tempo com firmeza toda a vossa fora; por assim dizer, puxando-vos para dentro. Pelo ato de fazerdes passar diante dele as correntes mentais, sob a forma de perguntas ou sugestes hbeis, vs despertais nele correntes simpticas que manifestam seus gostos e averses. Estimulando e satisfazendo, no decorrer da conversa, tais gostos e averses por meio de uma constante subcorrente de aprovao expressa sutilmente, no tardareis a conseguir que le esteja em completa vibrao convosco. Isto , le gosta de vs, e prefere estar convosco a no estar. No cometais o erro de empregar lisonja barata, que s atua sobre os espritos muito fracos; procurai criar em vs mesmos uma corrente de interesse amvel e genuno. Podeis conseguir isso, expulsando do vosso esprito os outros interesses.

Mtodo muscular ou transformao direta da fora fsica em fora psquica.

Com o conhecimento das leis de- induo e atrao, que existem entre as correntes mentais, achareis que a prtica de atrair as pessoas se torna uma cincia fascinadora, No as atraireis por necessitardes delas, mas simplesmente para exercitar o vosso poder e estudar a ao da lei sob circunstncias vrias. Projetar a fora pela afirmao. Outro mtodo de projeo ativa da influncia o que emprega a afirmao. Por exemplo, estais numa reunio mundana e desejais que uma determinada pessoa procure de modo prprio ser-vos apresentada; podeis empregar o processo seguinte, variado conforme as circunstncias. Este processo tem dado resultado em centenas de experincias, quando as condies no so absolutamente contrrias. Escolhei bem o paciente da vossa experincia. Passai diante do seu campo de viso tantas vezes quanto possvel, mas sem ser importuno. Empregai o olhar central, com tranqilidade e agrado, todas as vezes que le olhar para vs. Ao mesmo tempo, ide repetindo mentalmente, como se estivsseis a falar com le: "Vs quereis falar-me. Vs quereis falar-me." Fazei disso uma afirmao vigorosa e procurai incutir-lha, por assim dizer, por meio dos vossos olhos. Alguma preparao imprescindlvelmente necessria. E claro que nenhum mtodo de atrao, ativa ou passiva, tem o menor valor, se o aluno deixar sair a sua prpria fora acumulada, iso , se le despreza a constante conservao da fora, conforme se descreveu nas primeiras lies. Mais ainda: no se pode aconselhar, nem razoavelmente possvel empregar qualquer dos mtodos diretos que tm sido mencionados, sem que o aluno tenha assimilado os princpios gerais da cincia, esboados nas precedentes lies. Tudo o que se adquire custa o seu preo: neste caso do Magnetismo Pessoal o preo a absoluta supresso da vaidade em toda e qualquer das suas inmeras formas. LIO XV

Concluso da Primeira Parte Mais algumas palavras antes de vos deixar. Senti prazer ao escrever este Curso. Pareceme que est completo e que vos d justamente a informao que le pretendia dar. Uma advertncia: guardai-vos dos maus hbitos.

Os maus hbitos so os maiores distribuidores do Magnetismo Pessoal. Todo aquele que escravo de qualquer mau hbito, mental ou fsico, pode perfeitamente atribuir a esse fato a sua falta de personalidade magntica. Os maus hbitos so uma fora, que se inclui no captulo geral da Tentao. Podem, pois ser tratados como se indicou numa lio anterior; a sua fora pode ser arrancada e armazenada dentro de vs, e os seus maus efeitos podem ser neutralizados. E agora, como explicao final, recordai-vos disto: Aprendestes a conservar e a projetar esta Fora, a que damos o nome de Magnetismo Pessoal. Nunca deveis esquecer que, por um mero esforo da vossa vontade, podeis, em todas as ocasies, desafiar aqueles que, pela aproximao mental, pretendam retirar fora de vs. Estais prova de tais saques quando sois positivo e autocontrolado. Em todo o decurso destas lies, eu procurei, sem afirmar este fato em tantas palavras, darvos a impresso de que estais aprendendo a fazer de uma fora, que por si prpria no tem individualidade nem inteligncia, uma parte de vossa individualidade, uma parte de vs mesmos, pela imposio de vossa vontade sobre ela. Sabeis, pois, finalmente, que o Magnetismo Pessoal muito poderoso, quando a Fora e a Vontade operam juntas em harmonia e unidade, e se tornam um todo nico. Segunda Parte AS QUALIDADES MAGNTICAS LIO XVI Introduo Preliminares Formos de influncia A Confiana. Introduo. No intuito de tornarmos este trabalho ainda mais interessante, se possvel, vamos adicionar-lhe mais alguns ensinamentos e exerccios dignos da mais alta ponderao e constante prtica. Constituem eles a substncia do que de melhor se tem escrito sobre este assunto no Velho e Novo Mundo, a essncia dos excelentes mtodos do Rvmo. Paulo Weller, do Dr. La Motte, do professor americano Clark, compendiados pelo distinto investigador espanhol D. Vicente Garcia Ruy Prez, no seu primoroso livrinho Magnetismo Pessoal, que fecha com chave de ouro, estampando o mtodo indiano para o desenvolvimento da vontade. A estes, agregamos trabalhos de outros investigadores, que julgamos indispensveis para tornar este livro, embora sob uma aparncia modesta, um vade mecutn de sumo valor para todos aqueles que tm lutado em vo contra o infortnio e desejam, a todo transe, elevar-se e progredir. le fornece os meios mais eficazes que at hoje se conhecem para melhorar rapidamente a situao de cada um. Antes, porm, de darmos o contedo dos referidos mtodos, julgamos acertado preced-los, em resumo das preciosas consideraes e conselhos contidos na pequena, mas valiosa, obra acima citada. O livro Magnetismo Pessoal, por ser uma exposio dos mtodos de diversos autores, nem sempre apresenta uma perfeita unidade de vistas, apresentando mesmo algumas redundncias. Este leve seno, porm, se prejudica o valor literrio da obra, nem por isso lhe tira o valor cientfico, o seu valor intrnseco, que o que mais interessa ao leitor. Feitas estas ligeiras consideraes, entremos no assunto.

A possibilidade extraordinria que todos possumos de influenciar os nossos semelhantes, em estado de viglia, to natural como o andar. Todos, mais ou menos conscientemente, a executamos, mas a executamos mal, e precisamente o fim principal desta obra facilitar aos estudiosos perseverantes os meios infalveis para que possam mudar radicalmente, e num prazo relativamente breve, a corrente atual da sua vida, convertendo o fracasso em xito, o infortnio em ventura. Nessa afirmao categrica fica assinalada a grande importncia, o valor excepcional e imenso dos ensinamentos contidos nas linhas que seguem. Com o fim de tornarmos esta obra acessvel a todos, no entramos aqui em largas explicaes de doutrinas, prprias de um trabalho de maior flego, e deixando de parte os termos tcnicos, usamos de uma linguagem ch, ao alcance da maioria a que ela se destina. Preliminares. Oferecemos-vos o estudo de um assunto novo e interessantssimo, posto que as verdades em que se funda sejam to antigas como o mundo, e to simples que, para alguns, parecem sem valor. Entretanto, sobre essas verdades que se assenta o Magnetismo Pessoal, e, quanto mais se aplicam aos usos da vida, tanto maiores so os resultados que se obtm. indispensvel trabalhar ativamente e com perseverana para desenvolver as faculdades que todos possumos e conseguir que, quase imperceptivelmente, o nosso poderio cresa e aumente num grau incalculvel. O primeiro requisito para se obter uma presena magntica a sade; sem ela nada se pode fazer. A fora da mente se relaciona com a condio do corpo, de tal modo que, quando este enfraquece, aquela se ressente. O magnetismo uma fora nervosa e em nossos nervos vivemos, de maneira que falta de vitalidade diminui em grau correspondente a nossa fora nervosa. O primeiro esforo, pois, h de encaminhar-se para recuperar a sade, se foi perdida; e o segundo, para conserv-la em bom estado. Para tal fim muito conveniente abandonar o uso das bebidas alcolicas, carne de porco, pastelaria, doces, ch, caf e todos os estimulantes, buscando somente os alimentos mais puros, e nada que nos possa causar dano, ainda que nos lisonjeie o paladar. A regularidade nos costumes e o evitar excessos ativam nossas foras latentes e as aumentam. A influncia magntica trplice na sua forma e emprega como agentes os olhos, a voz e as mos. O olhar inquieto, exaltado e movedio infunde receios, enquanto que o olhar sereno, firme e desapaixonado inspira confiana e determinao. Os movimentos bruscos e gestos desagradveis repelem e, amiudadas vezes, aniquilam qualquer bom efeito que se tenha conseguido causar com a conversao. Deve haver a maior sobriedade no emprego deles. Se a isto se ajuntar uma voz inculta e spera, no nos surpreender que pessoas de certo merecimento passem a sua vida de fracasso em fracasso.

Ao contrrio, as atitudes adequadas, naturais e elegantes, acompanhadas de uma voz agradvel e de tons bem modulados, produzem um efeito que se retm muito tempo depois de terem sido esquecidas as palavras. Outro importantssimo acessrio para o desenvolvimento do Magnetismo Pessoal a vontade que regula a quantidade e energia da fora que se emprega e, alm disso, determina a sua natureza. A vontade o poder que dirige as foras e as envia tarefa que se tem de efetuar, mas cumpre distinguir entre a vontade e a teimosia, assim como entre a vontade e o desejo. A vontade quer, determina uma resoluo fixa e firme. O desejo, muito mais fraco, uma aspirao; denota um intento somente. Por meio de exerccios adequados, a vontade pode desenvolver-se como qualquer outra faculdade. A prtica seguida fortalece e aumenta a vontade, mas em compensao, se no se emprega, definha pela inao. Cumpre educar a vontade, porque o xito depende inteiramente dela. O elemento final do Magnetismo Pessoal a confiana no seu poder. Aquele a quem falte confiana em si prprio ser o joguete de todas as mentes fortes e obedecer a todas as influncias. Incapaz de sustentar-se por si s, depende dos outros aos quais se chega e lhe servem de sustentculo. Recai no infortnio, quando fica abandonado a si mesmo. Ocupar sempre um posto inferior e, enquanto no vencer por si mesmo essa condio prejudicial, no ter xito em nada, nem poder ser feliz. Precisa aprender a no depender seno de si mesmo. Assim como pode fazer certas coisas, poder fazer outras. Importa muito no desanimar diante dos fracassos; se os no houvesse, no haveria xitos. O superar dificuldades a prova do magnetismo. A confiana em si mesmo no significa orgulho, nem egosmo, mas sim, perfeito domnio, educao absoluta, correo completa. Aquele que fr modesto no seu trato, calmo e cnscio do seu poder, e confiar ilimitadamente em si mesmo, esse ser o mais magntico. O trato engendra confiana, mas no deve nunca descer vulgaridade ou a qualquer outra das caractersticas das pessoas mal-educadas. Devemos possuir sempre um conhecimento exato e to profundo quanto fr possvel das pessoas ou coisas a quem dirigimos a nossa ateno. Isso s se consegue com paciente aplicao e estudo. Antes de podermos falar de uma coisa com clareza e segurana, carecemos de conhecla e estar familiarizados com todos os seus pormenores.

Deste modo adquirimos conhecimento seguro e ganhamos a confiana prpria e alheia. Antes de podermos esperar influenciar a alguns, devemos primeiro descobrir os nossos pontos fracos e fortes, para robus-tecermos os primeiros e aplicarmos os outros eficazmente; mas, antes de intentarmos .isso, devemos ter a maior confiana em ns mesmos para convencer-nos da prpria habilidade e ocupar--nos sem temor no trabalho que nos convenha. Para facilitar o estudo e para proceder a um auto-exame, responda o leitor s seguintes perguntas: " calmo e comedido?" "Altera-se facilmente?" "Manifesta as suas impresses, quando recebe boas ou ms notcias?" "Tem amor e dios violentos?" "Irrita-se estando s, quando as coisas no andam a seu gosto ?" "Pode conter-se em presena de sua famlia e de amigos?" "E em presena de estranhos?" "Diz ou faz inopinadamente coisas que, pouco depois, lamenta ter dito ou ter feito?" "Equivoca-se quando julga fatos de pouca monta?" "Engana-se a respeito de assuntos transcendentes?" "Est contente com a sua situao atual? "Sofre por ninharias?" "Passa as noites acordado?" "Padece de dores de cabea ?" " nervoso?" "Molestam-no certos sons?" "-lhe aborrecida a aproximao de certas pessoas?" "Repelem-no outras?" "Como trata as pessoas que reconhece serem-lhe superiores?" Das respostas que der, poder deduzir a necessidade de robustecer os pontos fracos e manter o nvel dos pontos fortes. Formas de influncia. A vida s tem valor quando influenciada pela cultura e pela educao. Isto exato tanto em relao ao homem como em relao a toda a natureza. A tendncia sempre para baixo.

O que o cuidado para a planta, a educao para o homem. Abandonado a si mesmo, este degenerar invariavelmente. A tendncia para o descenso notria em toda parte. Toda tendncia para flutuar fraqueza e tem sua origem na carncia de uma direo, na falta de um fim ou objetivo bem definido na vida. Essa ausncia de finalidade, de propsito, devida a estar a vitalidade enfraquecida, o que, por sua vez, implica falta de magnetismo. Conseguintemente, para ser magntico, h de se ter um objetivo concreto. A natureza de tal objetivo varia com o indivduo. Uns se propem adquirir riquezas, outros uma posio culminante na sociedade, sobressair-se nas artes ou cincias, distinguir-se na poltica, etc, e assim todos. O fracasso ou xito est diretamente relacionado com a natureza do fim que cada um se prope e com a constncia com que busca a sua realizao. Com maus desejos uma pessoa no pode adquirir magnetismo. Com inteno absolutamente pura e uma forte vontade, consegue-se o melhor magnetismo e no se pode deixar de alcanar resultados favorveis, seja qual fr o objetivo. Mas antes de podermos formar uma inteno estritamente honrada, necessrio aprendermos a cultivar o pensamento na honradez. Deve o leitor desde j cultivar a honradez absoluta, no fazendo conluios com a astcia, a velhacaria, o estratagema ou a maldade em nenhuma das suas formas. Eleva-se sobre qualquer dvida e mantm-se firme e forte na cspide da retido e da verdade. Seja qual fr a sua vida, nunca faa, pense, fale ou intente uma falsidade nem nada que com ela se parea. Um pensamento honrado e amante da verdade, num crebro forte, o verdadeiro magnetismo e a mais poderosa vontade, e, como fatos indiscutveis, devem cultivar-se. Nunca diga mentiras nem mesmo de brincadeira. No exagere mritos mas tambm nunca os rebaixe. No lisonjeie nem menospreze outrem; ambos os modos so errneos. Seja exatamente correto. No passe adiante um conto ou uma anedota que contenham alguma falsidade, ainda que esta seja to manifesta que no possa enganar ao mais simplrio. Seja sincero, dizendo as verdades tais como so, sem variantes nem exageros. Conclua sempre o que principiou e no permita que ningum, nem coisa alguma, desvie a sua ateno. Se a observao e o estudo o tm familiarizado com as leis da vida, h de ter notado que influncias e contra-influncias se entrecruzam na nossa mente e a afetam, alterando a corrente do pensamento. Devido a elas, mudamos de inteno e deixamos de conseguir o que desejamos. Para dominar essas circunstncias, importa cultivar o pensamento direto desde este momento. A confiana. O xito na vida quer da mente, do corpo ou dos negcios, quer na aquisio de conhecimentos, felicidade, riqueza ou poderio, depende da harmonia do seu pensamento e da fora da esperana.

Aquele que dotado de um carter ntegro, de uma natureza franca e que possui uma determinao firme e invarivel, alcana sempre todas as vitrias honestas que se podem conseguir na esfera do poder de uma pessoa. A razo de muitos fracassarem e ficarem condenados a ve-getar nas fileiras da mediocridade pode-se atribuir confuso do seu sistema nervoso, inarmnico, que no se consorcia com os propsitos da mente. Essa condio afeta as pessoas de diferentes modos e de acordo com o grau de inteligncia que cada qual possui. Um ignorante ou rstico pode ser relativamente feliz, nesse estado, por no haver conhecido nem aspirado a nada melhor; ao mesmo tempo que, em igual estado, outra pessoa de maior capacidade intelectual se repute muito infeliz, sendo a sua vida um constante desengano e um fardo insuportvel. A desarmonia interior deve ser cuidadosamente estudada porque estamos todos sujeitos a ela, em maior ou menor grau. Algumas pessoas so mais rigorosamente afetadas por esse estado de desarmonia interior e nunca se libertam. De nada serve buscarmos o remdio fora de ns mesmos. Mantenha sempre, no trabalho como nas diverses, a dignidade que impe respeito e lhe possibilita o uso integral de suas faculdades. O xito daqueles que nunca perdem a calma. A excitao do indivduo revela-se principalmente pela voz, que pode se elevar demais ou tornar-se muito grave. Lembre-se de que, se, algumas vezes, voc tem que ser humilde, outras vezes tem que ser altaneiro. Antes de fazer alguma coisa que no lhe seja habitual, pense maduramente para prever o seu resultado. Antes de falar em voz alta sobre algum assunto importante, diga-o a si mesmo mentalmente e trate de ouvi-lo para averiguar como soar. Observando-se esta prtica, bem depressa se adquirir o hbito de ponderar previamente as aes e palavras, evitando-se, assim, o que no for adequado. Cumpre no irritar-se. Para isso, indispensvel esforar-se para estar sempre de bom humor e tratar de achar alegre a vida. O temor mortifica e enerva; prejudicialssimo e nos incapacita para toda ao magntica. A excitao , como a irritabilidade, indcio de fraqueza, e convm no se deixar vencer nem dominar por ela. Se na sua companhia estiver naturalmente se tranqilizar. algum excitado, mantenha-se calmo, que le

Se voc fr provocado por algum, no se excite, no responda ao desafio, e tudo terminar bem, porque bem certo o adgio. Quando um no quer, dois no brigam.

Se obtiver triunfo em algum assunto, no se exalte; se houver cometido um engano, confesse-o francamente e d as satisfaes necessrias; que o sangue frio presida a todos os atos da sua vida, e voc ter dado um grande passo para a felicidade. A ansiedade uma condio mental que, afetando o nosso ritmo respiratrio, nos causa uma perda de fora nervosa. A vitalidade adquirida pelo sistema nervoso por meio do oxignio do ar que respiramos. Na. ansiedade, inspiramos menos ar do que necessrio para nos mantermos com sade. No h necessidade de acentuar as causas reais ou imaginrias que produzem a ansiedade. Sempre cometemos erros, sofremos perdas e encontramos dificuldades. Mas para que nos ocuparmos com o passado ou interrogarmos o futuro, quando o presente est cheio de oportunidades que reclamam a nossa imediata ateno? O mau vzo de buscarem-se preocupaes comea sempre por muito pouca coisa e logo cresce at o tamanho de uma montanha. Os que sofrem ansiedade tornam-se inteis para si mesmos e quase imprestveis para os outros. bom nos prevenirmos contra as enfermidades e o infortnio, que, a no ser assim, nos surpreenderiam; mas vai grande diferena entre afastar-se para deixar passar uma carruagem e pr-se a chorar pelo risco de ser atropelado. O primeiro um ato de precauo devido ao raciocnio; o segundo c uma viso de infortnio criada por um crebro fraco. Evitem-se os erros, a misria e a desgraa. No se abandone nenhum dever e adquira-se tudo quanto honradamente se possa conseguir. Procurem-se as diverses lcitas e amem-se a verdade e o bem; mas no nos entreguemos ansiedade que contm todos os germes que destroem a vida, o corao e o crebro. Deixemos de lado a inquietao sem motivo, inimiga da ambio sadia e da felicidade. Caminhemos para a frente com o firme objetivo de mudar o curso da vida, e o Triunfo ser certo. LIO XVII

A vontade Eficcia do magnetismo Domnio magntico O pensamento. A vontade. Sendo sabido que, para ser magntico, necessrio ter uma confiana ilimitada, domnio sobre si mesmo e um firme e claro objetivo a realizar, vamo-nos ocupar de outro aspecto muito importante, que o estudo da vontade. No tm sido devidamente apreciadas as faculdades intelectuais do animal e, muitas vezes, so eles considerados como desprovidos de inteligncia. A observao, no entanto, nos ensina que entre a mentalidade dos animais e a dos homens h apenas diferena de grau. Em certos casos no h mesmo nenhuma diferena.

A vontade humana difere da vontade do animal especialmente numa circunstncia, a saber: a do animal fixa, e quando determina uma coisa procede imediatamente sua execuo. No retifica as suas resolues nem efetua mudana alguma nelas. Os animais selvagens fogem com a cauda metida entre as pernas, quando, ao primeiro instante, no logram o seu intento. A formiga irrita-se e enfurece-se, quando alguma coisa lhe intercepta a passagem. A explicao desse procedimento consiste no fato de que, havendo resolvido fazer uma coisa, a vontade do animal se aferra, se fixa na sua determinao e no quer empreender outra ao, ainda que as circunstncias a estejam requerendo. A vontade fixa do animal a teimosia no homem que, com tal procedimento, no denota fortaleza, mas, sim fraqueza. Uma vontade forte uma fora sempre alerta, sempre ativa. Se um mtodo no prevalece, busca outro e outro, at conseguir o fim proposto. Se sobrevm obstculos, a vontade os remove ou, circunvalando o caminho at que se torne desembaraado. quando no, inutiliza-os,

Uma vontade realmente forte no sabe o que so fracassos nem pode fracassar, porque cria recursos apropriados ocasio e continua sempre para diante. O que o seu destino deve ser, cada qual deve determin-lo por si mesmo. "A sade fsica e moral, a fora, a influncia pessoal, a felicidade diz Durville no so presentes do cu; no os recebe seno quem os merece, pois que se acham por todas as partes na natureza e cada um pode tom-las a seu bel-prazer. A felicidade um dos sinais mais evidentes de uma individualidade forte, mais evolucionada, mais desenvolvida, mais perfeita, ao passo que o infortnio indcio de uma individualidade pusilnime e atrasada." Deve-se, porm, aspirar somente quilo que fr possvel alcanar-se. Se um jovem de clara inteligncia e razovel habilidade deseja obter um elevado emprego, est perfeitamente de acordo com as suas foras, porque, se encaminhar todas as suas energias para esse fim, pode ficar racionalmente certo do seu xito, enquanto que, a um velho inepto, aspirar mesma coisa seria uma toleima. "Querer poder, disse o escritor acima citado com a condio de no querer seno o que fr possvel e saber fazer uso da vontade." Qualquer desejo pode ser realizado dentro de certos limites. Um valioso auxlio nesse assunto a cultura do pensamento na retido e honradez. "Repare bem diz ainda Durville que os pensamentos de bondade, benevolncia, alegria, esperana, valor e confiana, possuem em si e por si mesmos um poder organizador que assegura a nossa sade fsica, atrai para junto de ns tudo quanto bom e prepara a nossa felicidade, enquanto que a maldade, o dio, a indolncia, a tristeza, o desespero constituem foras destruidoras que arruinam nossa sade fsica,

nos fazem detestados de quantos nos rodeiam e nos arredam do que bom, preparando-nos assim a infelicidade. "As pessoas boas, benfazejas, perseverantes, alegres e cheias de esperanas, so atraentes; possuem j a personalidade magntica at um certo grau; e tm naturalmente todas as qualidades requeridas para desenvolv-la rapidamente at um pouco mais elevado. Os malvados devem converter-se, seno em bons, pelo menos em melhores. Os desesperados, os que no chegaram a coisa nenhuma, devem compreender que o fracasso devido sua insuficincia, sua inpcia, sua ignorncia, e devem aprender para obter algum resultado. Para estes ltimos, a tarefa ser mais longa e difcil do que para os primeiros, porque se acham menos avanados na jornada da vida, menos evolucionados; mas compreendem, tambm, que podem mudar de carter, ser melhores, mais simpticos, mais hbeis e que, ento, a felicidade que to obstinadamente se lhes escapara, vir para eles to depressa quanto maiores forem os esforos que empregarem para obt-la. Deste modo encurtaro o caminho que deve conduzi-los ao fim almejado, passando por uma estrada mais direita, melhor conservada, mais segura. Lucraro, assim, um tempo precioso. E, segundo o provrbio ingls, Tempo dinheiro. Muitos fracassos devem ser atribudos ao fato de ter sido abandonado ou descuidado algum princpio fundamental. Os que nunca triunfam so os que se deixam ir ao sabor das correntes, sem roteiro fixo. No visam nenhum fim definido e concreto, e dedicam a sua ateno a todas as novidades que se lhes deparam. Sendo entusiastas, as suas energias se perdem, porque se dispersam em diferentes sentidos. A direo do pensamento consiste em fazer convergir todas as suas energias para um s ponto. Cumpre ter sempre presente o fim para o qual nos dirigimos; no devemos deixar de lado a mais insignificante mincia, nem nos ocuparmos de coisa alguma que no se relacione direta ou indiretamente com o objeto que temos em vista. Eficcia do magnetismo. Para conseguir a direo dos indivduos, e uma vez adquirida, torn-la proveitosa, nada h mais eficaz do que o magnetismo. Esse poder eleva todas as pessoas e afeta favoravelmente aquele que o exerce, ainda que seja temporariamente. Gera a convico de que o ser superior o mais agradvel, o que melhor conhece as coisas e o que mais til. O magnetismo favorece sempre. Exerce uma atrao suave e graciosa, real e positiva, que causa prazer, irradia vitalidade exuberante e a envia onde seja necessria. O magnetismo o poder do indivduo e o atrativo da sua personalidade; , ainda, pelo menos em parte, um meio de aplicao da sua energia. Qualquer coisa que atraia para ns uma disposio favorvel de algum auxlio, assim como tudo o que repulsivo dificulta o exerccio desse poder. A violncia de pensamentos, sentimentos e aes tem impedido, em alguns casos, a marcha do xito, quando, com habilidade e brandura, se teria chegado a le.

Os hbitos pessoais de alguns indivduos repelem com freqncia aqueles que desejariam ser seus amigos. H quem suponha que o magnetismo o resultado de um temperamento especial; porm no tal coisa. O temperamento magntico, se desenvolve pelo meio de viver, regime e conduta que tendem a conservar as energias. Qualquer pessoa sria pode desenvolver em si mesma tal temperamento; mas aguardar que le surja espontaneamente, sem dedicar-se ao seu estudo e prtica, seria esperar em vo. A condio magntica tempera os caracteres e indubitavelmente necessria, porque, como meio compensador, produz um grande bem ao seu possuidor nas lutas e angstias. Nenhum homem pode ter melhor amigo nem mais constante defensor e auxiliar do que o temperamento magntico. Nenhuma mulher estar to disposta a cuidar de si mesma no mundo, repelindo a agresso sem ofender ou sentindo a sua superioridade em relao ao homem comum, do que aquela que possui o temperamento magntico. Muitas vidas tm mudado radicalmente, graas ao uso do magnetismo. O proveito no se obtm somente com o estudo terico; necessrio praticar tambm e, sobretudo, adotar uma resoluo firmssima da vontade. O magnetismo engrandece o futuro. Assim como a vida uma acumulao de dias, o homem uma acumulao de sua mente. Estudemos a sua cabea. O rosto formado por um conjunto de cordas a que chamamos msculos e cada lado deles tem dois movimentos, um para puxar as carnes para trs e outro para traz-las de novo ao seu lugar. A ctis cobre as carnes e um tecido ao qual se ligam pequenos msculos capazes de dar ao rosto todas as formas de expresso. Cada pensamento nos mostra a sua ndole, de um modo ou de outro, graas a essa condio. , pois, lgico que, se a pele suave, quando estirada, se enrugue quando se relaxe ou contraia pelo desgosto. Sendo o magnetismo, como , uma tenso sadia que des-tri todo o indcio de fraqueza, transforma o rosto, arredon-dando-o em todos os sentidos e encurtando a sua forma alongada. A sensao do prazer produz este efeito, ao passo que o pesar alonga e contrai o rosto.

Todas as partes da cabea participam destas modificaes e, estudando o rosto dos circunstantes, observaremos a exatido desta lei. Quando franzimos os sobrolhos, alguma coisa nos fz mal, alguma idia desagradvel nos passou pela mente, causando--nos desgosto, ou algum temor nos assaltou, tirandonos a paz do crebro e do sistema nervoso. Uma palavra desagradvel pode causar uma ruga, que se faz para hora. mais profunda de hora

A fronte carrancuda alonga e adelgaa o rosto visivelmente, e nenhum rosto to repulsivo como o que demasiadamente estreito. As linhas que ficam aos lados da boca crescem retas ou curvas, conforme somos magnticamente positivos ou negativos. s vezes, as faces se encovam e as narinas se prolongam e se afinam. O nariz exageradamente delgado denota crueldade, segundo se diz, e pode, com efeito, ser assim, pois que o centro do rosto o ponto da emoo inteligente, da mesma forma que os msculos da fronte indicam as faculdades de raciocinar. cinismo duvidar da retido do motivo do procedimento alheio, buscando alguma coisa de interessado e malvolo nas aes boas, como, por exemplo, censurar a caridade, atribuindo-lhe af de notoriedade ou alarde de virtude. cnico aquele que passa o dia todo censurando os outros. Os efeitos desse proceder se manifestam nas feies: as sobrancelhas se carregam, a fronte vinca-se de rugas de dvida, o nariz se afila por crueldade e os extremos da boca tendem para baixo. O modo de evitar isso consiste em formar novos hbitos e, por uma determinao da vontade, proibir-se de ter dvidas. prefervel encarar as coisas pelo lado bom. A crtica adversa contramagntica. Se no se pode dizer bem de uma pessoa, no se diga nada. A, censura h de ser sempre nobre e generosa, sem necessidade de mentiras, exageros e animosidades. Nunca busque o mal, e sim o bem. O hbito de aplicar a tudo a mansuetude, o amor e a bondade recompensa amplamente a quem o segue, dotando-o de temperamento magntico que desfaz as rugas, afugenta a tristeza e engrandece o porvir. Domnio magntico. A arte de governar as pessoas tem muitos aspectos. Pode consistir na fora fsica, quando esta real em relao ao antagonista. A obedincia pode resultar tambm do temor da convenincia ou do desejo de seguir algum em quem se haja depositado a maior confiana. Um agente de polcia, por exemplo, fisicamente mais forte do que o malfeitor a quem detm, induz este a acompanh-lo pela fora da sua vitalidade muscular, e este o domnio pela fora fsica. Se outro policial, menos musculoso do que o criminoso, fizesse igual deteno, venceria pela energia de sua vontade, e este meio seria magnetismo fsico.

H outras muitssimas formas de influncia que convm estudarmos, porque nos permite atrair e conjugar as vontades ao nosso desejo. Convm advertir, desde logo, que o buscar vantagens para vencer antimagntico, porque no nobre; melhor ganhar a boa vontade sem violncia de nenhum gnero. O domnio magntico deve comear por simples afinidades, entendendo-se por afinidade a coincidncia de gostos, inclinaes e juzos, com outras pessoas, pelo menos no momento. Este o cimento, a base do futuro edifcio, porque seria tolice pr-se uma pessoa em contradio com o indivduo a quem deseja dominar. A natureza humana ope-se resolutamente discordncia e contradio clara e manifesta. Alm disso, no necessrio humilhar para vencer. A afinidade pode estabelecer-se sempre, ainda quando o modo de ver o caso seja diverso, procurando-se, para principiar, um ponto no qual exista o acordo comum; mas sempre, segundo todas as regras, deve ser cuidadosamente evitado o antagonismo declarado. Uma pessoa de forte temperamento magntico pode arrastar tudo quanto esteja diante dela. No devemos desejar conquistas fceis. Poder suceder, algumas vezes, que uma vontade superior nossa esteja em contr