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CADERNO DE RESUMOS DO ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA Ano I Número 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Ouro Preto Minas Gerais Junho de 2010

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CADERNO DE RESUMOS DO ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO

DO CURSO DE MEDICINA

Ano I – Número 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

Ouro Preto – Minas Gerais

Junho de 2010

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VI ENCONTRO

DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

João Luiz Martins

Reitor

Antenor Rodrigues Barbosa Júnior

Vice-Reitor

ESCOLA DE FARMÁCIA

Marta de Lana

Diretora

Carla Penido Serra

Vice-Diretora

CADERNO DE RESUMOS DO ENCONTRO DIDÁTICO

CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MÉDICAS

George Luiz Lins Machado Coelho

Chefe do Departamento

COLEGIADO DE MEDICINA

Márcio Antonio Moreira Galvão

Presidente

25 E 26 DE JUNHO DE 2010

CENTRO DE ARTES E CONVENÇÕES DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

OURO PRETO – MINAS GERAIS

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REALIZAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

COMISSÃO ORGANIZADORA

Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)

Professor Dr. Márcio A. Moreira Galvão (UFOP)

Acadêmico de Medicina Alessandro de Sousa Veiga (UFOP)

Acadêmico de Medicina Gustavo André Almeida de Oliveira (UFOP)

Acadêmica de Medicina Mariana Fajardo de Oliveira (UFOP)

Acadêmica de Medicina Vanessa Nogueira de Paiva (UFOP)

CADERNO DE RESUMOS ORGANIZADO POR

Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)

Acadêmico de Medicina Alessandro de Sousa Veiga (UFOP)

Acadêmica de Medicina Mariana Fajardo de Oliveira (UFOP)

Acadêmica de Medicina Vanessa Nogueira de Paiva (UFOP)

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SUMÁRIO

PREFÁCIO

1 APRESENTAÇÕES ORAIS

1.1 “Humaniza SUS: acolhimento com classificação de risco aplicado no Hospital Odilon

Behrens, em Belo Horizonte”.

1.2 Saúde no sistema prisional.

1.3 “Programa Nacional de Imunizações e sua situação atual no país e no município de Ouro

Preto”.

1.4 A doença de Alzheimer na sociedade atual.

1.5 A saúde indígena no Brasil.

1.6 As implicações psicossociais da gravidez na adolescência.

1.7 Exposição de métodos terapêuticos alternativos com ênfase no humor: O acompanhamento

do projeto HAART/UFOP.

1.8 Projeto SAUDAR (BUSCAR+ SAÚDE): redefinição dos modelos de organização e de

abordagem dos grupos operativos realizados no centro de saúde de Passagem de Mariana.

1.9 Ter Saúde Brincando: ações de educação em saúde com enfoque em crianças de 0 a 2 anos

para famílias em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família em Mariana, MG.

1.10 Projeto “é nóis na fita”: o cinema como instrumento pedagógico de educação em saúde.

1.11 Educação em saúde para adolescentes: uma experiência de formação de facilitadores.

1.12 Educação em saúde voltada para mulheres da comunidade rural de Santa Rita De Ouro

Preto- MG.

1.13 A educação em saúde na obtenção da equidade e resolutividade:

Estratégia Saúde da Família de Amarantina.

1.12 Práticas de educação em saúde com crianças do ensino fundamental: a experiência da

UBS de Morro Santana, Mariana-MG.

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2 APRESENTAÇÃO DE PÔSTERES

2.1 Bases anatomoclínicas do traumatismo cranioencefálico: relato de caso.

2.2 Reforma psiquiátrica : estudo de caso em hospitais psiquiátricos e serviços assistenciais de

saúde com enfoque no paciente.

2.3 Grupo de estudos em neurologia e neurocirurgia da Santa Casa de Misericórdia de Ouro

Preto (NEUROP): um grupo de estudo como instrumento na formação profissional

complementar do acadêmico de medicina.

2.4 Mielite transversa aguda: Um estudo de caso.

2.5 Bases para diagnóstico e tratamento da esclerose múltipla.

2.6 Encefalopatia hipóxico-isquêmica: relato de caso.

2.7 Encefalomielite disseminada aguda: relato de caso.

2.8 Contusão cerebral.

2.9 Cefaléia: um sintoma frequente e auto-medicado.

2.10 Abscesso cerebral: Um estudo de caso.

2.11 Síndrome de Capgras: a caracterização de um distúrbio pouco conhecido.

2.12 Associação entre transtorno bipolar e síndrome coronariana aguda: Relato de caso e

revisão da literatura.

2.13 Projeto HAART-Humanização da Assistência Através das Artes.

2.14 Uma nova visão sobre a obra de John Snow.

2.15 O caráter histórico do processo saúde – doença.

2.16 História natural da doença

2.17 A doença de Chagas no estado de São Paulo: Uma análise da organização do espaço e

doença.

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2.18 A teoria dos fatores de risco de Macmahon e a assistência à saúde atual.

2.19 Incidência de dengue no município de Ouro Preto, Minas Gerais.

2.20 Influência da consulta pré-natal no peso do recém-nascido.

2.21 Controle da tuberculose: análise da notificação em Ouro Preto – MG.

2.22 Disseminação de informação sobre a gripe a H1N1 entre os estudantes de medicina da

Universidade Federal de Ouro Preto – MG.

2.23 Projeto de intervenção em grupo de idosos hipertensos em Cachoeira do Campo, 2010.

2.24 Análise da adesão ao preventivo pelas mulheres do PSF Renascer-Ouro Preto/MG em

2010.

2.25 Prevenção de acidentes infantis.

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PREFÁCIO

Ensinar a se fazer ciência é uma questão de consciência e também de paciência.

Não se transforma um aluno em um médico ou cientista de uma noite para o dia. No

entanto, é preciso desde cedo que ousemos a fazê-lo refletir sobre questões referentes à

saúde dentro de parâmetros possíveis em suas diferentes fases de aprendizado.

Foi assim com vários de nós hoje professores e cientistas. Em nossas

universidades houveram educadores que nos desincentivaram a colher os primeiros

frutos alegando que não tínhamos base para tal, e aqueles que mesmo diante de nossos

erros e equívocos nos impulsionaram rumo a um saber sólido e maduro.

Assim se constrói uma iniciação científica e um futuro cientista ou um futuro

médico transformando-o num profissional reflexivo sempre atento às inovações da

ciência e à aplicabilidade da mesma no seu dia a dia.

É o que pretendemos fazer a partir dos nosso Encontros Didáticos e Científicos:

inicar com muita alegria, maturidade e sabedoria a formação desse novo profissional

MÁRCIO ANTONIO MOREIRA GALVÃO

PRESIDENTE DA COMISSÃO ORGANIZADORA

VI ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

“HUMANIZA SUS: ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO APLICADO NO HOSPITAL

ODILON BEHRENS, EM BELO HORIZONTE”.

Amanda Jackcelly Borges Neves¹

Bianca Cosme Bongiovani¹

Janaina Alves Bartelega¹

Marcela Mitterhoffer Monteiro¹

Nathália Lohana Chaves Barbosa¹

Vanessa Cristine Rezende¹

Rodrigo Pastor Alves Pereira²

Introdução: Diante do avanço tecnológico, observa-se uma crescente mecanização nas relações

humanas, dentre elas, as da saúde. Entendendo que o SUS deveria passar por um processo de valorização

nos aspectos relacionais das práticas, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Humanização

(PNH). Nesse contexto, o hospital, passou a adotar, a partir de 2006, algumas das diretrizes da PNH:

Acolhimento e Classificação de Risco para o Pronto-Atendimento. O hospital foi um dos primeiros de

Minas Gerais a implementar tais práticas e até hoje é importante ator no cenário de humanização das

práticas de saúde no ambiente hospitalar. Objetivos: Analisar como são aplicadas as bases teóricas da

Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS, com enfoque nos métodos de

Acolhimento e Classificação de Risco, nos Serviços de Urgência do Hospital Municipal Odilon Behrens.

Métodos: Visita de campo, com entrevista a profissionais e observação não participante do acesso

geográfico e organizacional, com análise temática dos dados coletados. Análise das cartilhas: “Redes de

Produção de Saúde” e “Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência”. Resultados: o

hospital Odilon Behrens adota desde 2006 o sistema de Classificação de Risco. Pôde-se perceber que o

sistema funciona como um dos eixos organizacionais do serviço. Com equipe multiprofissional, o

Acolhimento mostrou-se efetivo na redução da fila de espera, na promoção da equidade e na integração

da rede de urgência com as atenções primária e terciária à saúde. Há divergências entre médicos e

enfermeiros quanto à Classificação de Risco. Conclusões: Embora não tenhamos entrevistado usuários,

os resultados sugerem que o Acolhimento com Classificação de Risco do hospital está de acordo com a

proposta do HumanizaSUS e pode evitar a perda de vidas humanas por tratar o indivíduo integralmente.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto. 2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

SAÚDE NO SISTEMA PRISIONAL

Ana Paula de Oliveira Souza¹

Diego Cristiano da Silva¹

Lorena Gabrielle Estrella de Souza¹

Nayara Moreira da Cunha¹

Thaís Yoko Ferreira Koga¹

Márcio Antônio Moreira Galvão²

Introdução: O Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário foi elaborado pelo Ministério da Saúde

em ação integrada com o Ministério da Justiça com o objetivo de dar atenção integral à saúde da

população prisional confinada em unidades masculinas, femininas e também psiquiátricas, tendo como

base os princípios do Sistema Único de Saúde – universalidade, equidade e integralidade. Além disso, a

inclusão dessa população no acesso à Saúde é legalmente definida pela Constituição Federal de 1988.

Objetivos: Conhecer o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário e sua aplicação efetiva nas

inúmeras unidades prisionais, principalmente em Ouro Preto. Metodologia: Visita de campo, com

entrevista a profissionais e observação não participante da organização e efetividade do Plano Nacional de

Saúde em unidades prisionais em Ouro Preto e Belo Horizonte, com análise dos dados coletados. Estudo

de caso. Conclusão: Por mais que o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário ainda encontre

dificuldades para sua completa efetividade, como falta de profissionais interessados em trabalhar em

unidades prisionais, a finalidade do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário é garantir o direito

básico à saúde ao detento, proporcionando melhores condições de vida na unidade prisional, fazendo

assim com que as barreiras entre o lado de fora da unidade e o de dentro sejam diminuídas, o que pode

possibilitar uma reinserção e renovação do indivíduo perante a sociedade.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

“PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES E SUA SITUAÇÃO ATUAL NO PAÍS E NO MUNICÍPIO

DE OURO PRETO”.

Isadora Pinheiro Becker¹

Luara Brandão Viveiros¹

Natália Faria Mesquita¹

Pedro Henrique Miranda¹

Priscila de Almeida Costa¹

Rafael Miranda de Oliveira¹

Rodrigo Pastor Alves Pereira²

Introdução: Ao estudar este programa verificamos a importância da vacinação para erradicar ou reduzir

os índices de doenças imunopreveníveis. O grupo considera relevantes os princípios de equidade e

universalidade do programa, além da autonomia financeira conquistada em um país de dimensões

continentais e de tão grande diversidade socioeconômica. Uma análise da situação em Ouro Preto nos

permite observar o funcionamento intrínseco do sistema no município. Objetivo: Analisar o Programa

Nacional de Imunizações no Brasil e no município de Ouro Preto. Metodologia: Leitura e análise crítica

do livro “Programa Nacional de Imunizações”, coleta de informações do Ministério da Saúde, entrevista à

Secretaria de Saúde da cidade e entrevista aos profissionais que trabalham nos postos de vacinação.

Conclusão: O estudo do PNI no município pode demonstrar os sucessos obtidos e as possíveis falhas.

Dessa forma, pode-se planejar um melhoramento das campanhas na região, para que o público alvo possa

ser atendido com maior eficiência.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

A DOENÇA DE ALZHEIMER NA SOCIEDADE ATUAL.

André Talvani¹

Anelisa Afonso²

Lidiane Penido²

Mara Juliana²

Pauline Dias²

Sidney Batista Araújo²

Marcio Antonio Moreira Galvão³

Introdução: O fenômeno do envelhecimento populacional tem sido uma realidade global e foi

observado, inicialmente, nos países desenvolvidos e nas últimas décadas nos países em desenvolvimento.

A complexidade dos problemas sociais relacionados ao aumento da expectativa de vida da população

reflete na manutenção da saúde dos idosos e na preservação de sua permanência junto aos seus familiares.

Nesse sentido, encontra-se inserida a doença de Alzheimer como uma forma de demência que afeta o

idoso, comprometendo profundamente sua integridade física, mental e social, acarretando uma situação

de dependência total requerendo atenção cada vez mais complexa, quase sempre realizados em ambiente

domiciliar. Objetivos: Conhecer o mal de Alzheimer nos seus aspectos clínicos, fisiológicos e sociais e

avaliar o impacto gerado pela evolução da doença sobre a família do portador. Metodologia: Revisão

bibliográfica. Conclusão: Doenças crônicas incapacitantes e degenerativas podem trazer sérias

implicações para a família e a sociedade onde este indivíduo está inserido. Como a expectativa de vida no

Brasil vem aumentando ao longo dos últimos 70 anos, pode-se observar um aumento no número de casos

da doença de Alzheimer na população relacionado a esta maior longevidade. Com o crescimento do

número de casos, vem ocorrendo também um maior desenvolvimento da terapêutica em diversos níveis e

uma maior compreensão de sua fisiopatologia, porém, faz-se necessário que haja um maior preparo dos

profissionais de saúde que terão contato com a família e o paciente, para uma melhor orientação do

cuidador no sentido de prepará-lo para as mudanças ocasionadas pela doença, de oferecer os tratamentos

adequados, enfim, para proporcionar o apoio necessário para o enfrentamento da doença de Alzheimer e o

grande desgaste familiar inerente a ela.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

A SAÚDE INDÍGENA NO BRASIL

Carolina Braga Damasceno¹

Caroline Moreira Magalhães¹

Luana Matos Braga¹

Luiza Barros Fernandes de Oliveira¹

Mariana Isadora Ribeiro Vieira¹

Pedro Víctor Silva Valente¹

Raphael Guerra David Reis¹

Adriana Maria de Figueiredo²

George Luiz Lins Machado Coelho³

Introdução: Apesar das políticas afirmativas e tentativas governamentais de inserir o indígena na

sociedade, ainda pouco se sabe sobre seus direitos como cidadãos, o que gera mitos e incertezas sobre a

satisfação de suas necessidades médicas. Objetivos: Descrever a atual situação da saúde indígena no

Brasil, apresentar histórico da evolução da assistência prestada às comunidades indígenas, mostrar como

os profissionais da área da saúde lidam com as diferenças culturais. Metodologia: Pesquisa bibliográfica

e documental; trabalho de campo em comunidade indígena aldeada em Minas Gerais. Resultados: A

população de indígenas brasileiros vivendo em aldeias é de cerca de 460 mil pessoas, perfazendo um total

de 0,25% da população do país. A expectativa de vida ao nascer dos indígenas é de 48 anos, enquanto

segundo dados do Ministério da Saúde, a dos brasileiros não índios é de 73 anos. A mortalidade infantil –

55,9 por mil nascidos vivos - chega a quase o dobro dos números do conjunto da população. A assistência

à saúde indígena é prestada pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), no que tange ao saneamento

básico e aos cuidados com a saúde. Na aldeia de Maxacali visitada pelo grupo no contexto do projeto

“Enteroparasitoes e Desnutrição nas Terras Indígenas de Minas Gerias: Maxacali”, coordenado pelo

professor Dr. George Luiz Lins Machado Coelho do Departamento de Ciências Médicas da UFOP, se

pode avaliar as dificuldades encontradas na assistência à saúde indígena, tais como as barreiras culturais e

as precárias condições de vida dessa população. Conclusão: Os indígenas recebem uma atenção à saúde

qualificada. No entanto, ainda são grandes as barreiras para a promoção de sua saúde e que merecem ser

discutidas na formação médica, para que possam ser compreendidas e enfrentadas.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

3. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

AS IMPLICAÇÕES PSICOSSOCIAIS DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Álisson Oliveira dos Santos¹

Eduardo da Costa Marçal¹

Juliana Firmino Amaral¹

Leopoldo de Freitas Araújo¹

Luísa Coutinho Teixeira¹

Maira Lacerda Bomfim¹

Soraya Parates Eleutério¹

Vinícius Boaratti Ciarlariello¹

Adriana Maria de Figueiredo²

Introdução: Os discursos sobre a gravidez na adolescência adquirem um tom alarmista e moralista,

associando-o à pobreza, marginalidade social, desestruturação familiar, além de enumerar uma série de

riscos sociais, médicos e psicológicos para os sujeitos envolvidos. Ela estaria na contracorrente das

normas que regulam a reprodução. A gravidez implicaria a assunção de um papel social de adulto e a

adolescência despertaria no imaginário coletivo atributos como instabilidade, imaturidade, crise,

incompatíveis com a representação dominante sobre a parentalidade. As transformações sociais

desencadeadas pela emancipação da mulher na sociedade brasileira ensejam novas expectativas sociais

para as adolescentes e jovens, para além da maternidade, o que ajuda a explicar a inquietação pública com

a gravidez na adolescência. Objetivos: Analisar os tipos de gravidezes na adolescência, o perfil

psicossocial das adolescentes grávidas e sua inserção no sistema de saúde brasileiro, com ênfase na

cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Metodologia: Estudos de artigos relacionados ao tema e entrevista

com ACSs. Exposição dos resultados obtidos. Conclusão:

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

EXPOSIÇÃO DE MÉTODOS TERAPÊUTICOS ALTERNATIVOS COM ÊNFASE NO HUMOR: O

ACOMPANHAMENTO DO PROJETO HAART/UFOP.

Camila Abrão Borges Salomão¹

Estevão Ferreira Barbosa¹

Fernando Simões de Sena¹

Henrique Leitão Gripp¹

Paulo Henrique Sampaio Ribeiro¹

Raissa Chades Pinheiro Fonseca¹

Kerlane Ferreira da Costa Gouveia²

Introdução: O “Projeto HAART-UFOP“ procura mostrar alternativas terapêuticas que ajudem no

tratamento de enfermos e a efetividade que tais alternativas alcançam. O projeto HAART-UFOP é

desenvolvido por estudantes da UFOP de áreas variadas, incluindo alunos do curso de Medicina, Artes

Cênicas e Engenharia Ambiental, que procura melhorar o ambiente hospitalar com visitas em que

representam personagens, em geral palhaços. Objetivo: Com foco no humor como método terapêutico, o

grupo mostra o acompanhamento do projeto HAART-UFOP em suas oficinas, reuniões e visitas de

atuação. Metodologia: Para conferir a efetividade dos métodos alternativos do Projeto HAART-UFOP, o

trabalho compara seus resultados com outros projetos já desenvolvidos pelo Brasil e pelo mundo como os

“Doutores da Alegria” que também atuam com ênfase no humor. Além disso, foram feitas visitas ao Lar

São Vicente de Paulo e à Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto para a mostra prática do trabalho.

Resultados e conclusão: Seu trabalho ajuda na humanização do Sistema Único de Saúde, uma vez que

acaba por incluir em suas atividades funcionários do ramo da saúde, e tem apresentado melhoras nos

quadros clínicos dos pacientes onde o projeto atuou.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PROJETO SAUDAR (BUSCAR+ SAÚDE): REDEFINIÇÃO DOS MODELOS DE ORGANIZAÇÃO

E DE ABORDAGEM DOS GRUPOS OPERATIVOS REALIZADOS NO CENTRO DE SAÚDE DE

PASSAGEM DE MARIANA.

Armanda Resende¹

Débora Londe Moura¹

Fernanda Carolina Moreira Rocha¹

Lívia Isabela de Oliveira¹

Maria Cristina Fernandes Souza¹

Adriana Maria de Figueiredo²

Introdução: Grupo operativo é um espaço para refletir sobre temas, discutir e debater questões

de interesses dos participantes. Além disso, os grupos objetivam a melhoria da situação

patológica dos indivíduos, devendo ser conduzidos por profissionais não-médicos. A escolha de

trabalhar com grupos operativos em Passagem é devido à baixa freqüência dos participantes e o

pouco interesse dos mesmos pela temática e organização dos grupos. Objetivos: Conhecer e

avaliar a metodologia de grupos operativos na abordagem da hipertensão e diabetes entre os

pacientes cadastrados no Centro de Saúde de Passagem de Mariana. Metodologia: Foram

realizados quatro grupos operativos utilizando os métodos variados no período de 25 de maio a

16 de junho. Os convites para os grupos foram distribuídos aleatoriamente pelos agentes

comunitários com uma semana de antecedência. Resultados: Dos questionários aplicados no

primeiro e último dias com 11 e 5 pessoas, respectivamente, 100% achou o primeiro grupo

interessante e manifestou interesse em retornar as reuniões. Comparativamente, no primeiro

grupo 91% achou o grupo diferente dos realizados anteriormente e no último 80%. Conclusão:

A condução e organização dos grupos operativos deve ser um trabalho cujas perspectivas devem

convergir para a conscientização plena dos pacientes a ponto de estes alterarem seus hábitos em

prol da melhoria da qualidade de vida. Devem ser buscadas novas propostas para a elaboração

das reuniões, com atividades e dinâmicas interativas que atraiam os pacientes. Para que a

elaboração dos novos grupos operativos tenha êxito, é necessário que os responsáveis pela sua

administração, os agentes comunitários, estejam dispostos a buscar, junto à Prefeitura do

município e/ou à Secretaria de Saúde, recursos para que estes tenham condições de oferecer aos

pacientes, novas metodologias e materiais que tornem os grupos operativos cada vez mais

atraentes aos participantes.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

TER SAÚDE BRINCANDO: AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ENFOQUE EM CRIANÇAS DE

0 A 2 ANOS PARA FAMÍLIAS EM UMA UNIDADE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM

MARIANA, MG.

Camila Nicolela Geraldo Martins¹

Diogo Ruza de Queiroz¹

Rogério Magno do Nascimento Filho¹

Saulo Ribeiro de Rezende Júnior¹

Adriana Maria de Figueiredo²

Introdução: O puerpério é um estado de alteração emocional que permite às mães ligarem-se

intensamente ao recém-nascido, adaptando-se ao contato com ele e atendendo às suas necessidades

básicas. Na interação com a preceptoria do PET-Saúde, foi levantada a demanda de se trabalhar esse tema

com as famílias atendidas pela ESF-III do bairro de Cabanas, Mariana – MG, devido à ausência ações

voltadas para o atendimento dessa necessidade na unidade. As situações na UBS que demonstram essa

demanda são as mais variadas: crianças obesas, porém desnutridas e higiene inadequada são os principais

exemplos. Objetivos: Levantamento das necessidades apresentadas quanto ao cuidado familiar às

crianças de zero a dois anos da Unidade de Saúde. Planejar e desenvolver ações educativas em grupo em

atendimento às demandas levantadas em relação à saúde das crianças. Metodologia: Entrevistas em

domicílio, realizadas pelos estudantes, por meio de questionário. Realização de reuniões (grupos

operativos) com os responsáveis pelas crianças. Levantamento de dúvidas ao final de cada reunião como

forma de guiar a próxima reunião. Trocas de conhecimentos por meio de dinâmicas e técnicas

audiovisuais que despertassem o interesse dos participantes. Resultado: Com o passar das reuniões as

mães relatavam pequenas mudanças em seus cotidianos, demonstrando abertura às informações que

intencionamos transmitir, o que mostra que as mães estão dispostas a uma remodelação de alguns hábitos,

especialmente os alimentares. Conclusão: Pudemos observar que se embasados em uma bibliografia

atualizada e condizente e através do uso de uma linguagem simples é possível a aplicação bem sucedida

de um grupo operativo que visa melhorar alguns aspectos da condição de vida das crianças de uma

população carente.

1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PROJETO “É NÓIS NA FITA”: O CINEMA COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE EDUCAÇÃO EM

SAÚDE.

Diógenes Coelho Júnior¹

Guilherme Freitas Bernardo Ferreira¹

Humberto Rodrigues Parreira¹

Igor Belo Fernandes¹

Lorena de Souza Bueno¹

Sarah Mendonça Mendes de Souza¹

Vinícius Antônio Ferreira Hespanhol¹

Rodrigo Pastor Alves Pereira²

INTRODUÇÃO: A Atenção à Saúde compreende promoção, prevenção e oferta de serviços de saúde,

sendo que a Unidade de Atenção Básica à Saúde (UABS) representa uma porta de entrada ao sistema.

Nesse contexto, desponta a disciplina Práticas em Serviços de Saúde II (PSSII) do curso de Medicina da

UFOP, a qual promove integração entre ensino e serviço de saúde através do PET- saúde. O

conhecimento da área abrangida pela UABS-Piedade (Ouro Preto) possibilitou a análise de que os jovens

representam um grupo merecedor de intervenção no que tange a sua saúde. O trabalho em educação em

saúde dos monitores do PET-saúde busca o incentivo do protagonismo juvenil na construção de

referências acerca da saúde. OBJETIVO: Mediar a criação de instrumentos para compreensão do

conceito de saúde dos jovens do nono ano da Escola Municipal Izaura Mendes, em Piedade, no segundo

semestre de 2010. METODOLOGIA: O planejamento baseou-se no diagnóstico situacional da UABS-

Piedade, definindo que os jovens da escola serão o foco do projeto. Selecionou-se ainda o cinema como

auxiliar na educação em saúde. O contato, a ser realizado na escola, ocorrerá em reuniões temáticas

quinzenais com dinâmicas lúdicas e informativas que inspirem os alunos na execução de vídeos,

posteriormente editados para construção do filme definitivo. RESULTADOS: Durante o período de

realização do diagnóstico situacional, observou-se a criação de vínculo entre o grupo e a comunidade e a

consolidação dos conceitos desenvolvidos pela disciplina da PSSII, o que contribuiu para elaboração do

projeto “É nóis na fita”. CONCLUSÃO: A criação de vínculo com a população será determinante na

eficiência do projeto. Os obstáculos vivenciados no decorrer do trabalho foram disparadores para o

desenvolvimento de habilidades aplicáveis à realidade médica. Espera-se que a confecção do vídeo seja

um instrumento didático tanto para atores quanto para expectadores e monitores.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ADOLESCENTES: UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO DE

FACILITADORES.

Carolina Silva Bernardes¹

Diego Pires de Melo¹

Flávia Assad Gostaldon,¹

Gabriela Miranda Mendes¹

Priscilla Bedeschi Araújo¹

Marina Costa Jonas¹

Ramine Almeida Torreão Mota¹

Rodrigo Pastor Alves Pereira²

INTRODUÇÃO Os novos modelos de ensino médico propõem a busca de outros cenários para o

ensino/aprendizado, visando profissionais com atuação voltada a uma assistência integral à população e

preconizam a interação do aluno com a população e com os profissionais de saúde desde o início do

processo de formação. Dessa forma, os alunos foram inseridos na Unidade Básica de Saúde Flor de Liz,

no município de Ouro Preto, por meio do programa PET-Saúde, e promoveram atividades de educação

em saúde para adolescentes. OBJETIVOS: Promover intervenções de educação em saúde para o público

jovem da comunidade do Padre Faria, capacitando-os como “facilitadores” de conhecimento para outros

jovens. METODOLOGIA: No primeiro momento o processo de inserção dos acadêmicos foi marcado

por reuniões com os profissionais da equipe de saúde, visitas domiciliares, participação na campanha de

vacinação e entrevistas não-estruturadas com informantes-chave. Em um momento posterior foi realizada

a intervenção a partir de dinâmicas de grupo. RESULTADOS: Percebeu-se um entrosamento dos alunos

com a ESF e com outras instituições vinculadas à comunidade. A partir das atividades realizadas foi

possível adquirir novas experiências de educação em saúde. Além disso, foram observados como aspectos

positivos: aproximação entre todos os participantes (alunos do PET, jovens, unidade básica e CRAS) e

interesse dos jovens pelos assuntos abordados, diante da possibilidade do aprendizado prático. Como

aspectos negativos se incluem o baixo número de jovens participantes e a heterogeneidade do grupo.

CONCLUSÃO: As atividades buscaram privilegiar o aspecto lúdico e a possibilidade de participação, bem

como permitir a interação dos participantes, o que facilitou o processo de aprendizado em saúde, além de

permitir aos alunos do PET adquirir novas experiências de educação em saúde. De uma forma geral o

trabalho foi produtivo, apesar das falhas, necessitando, pois, de modificações no planejamento das

atividades futuras.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADA PARA MULHERES DA COMUNIDADE RURAL DE SANTA RITA

DE OURO PRETO- MG.

Amanda de Assis Silveira¹

Caroline Guimarães Dantas de Siqueira¹

Eduardo Marrara¹

Lahis Bragança¹

Michele Carolina de Araújo¹

Tânia Mara Quintão Castro¹

Maria Lilian Sales²

INTRODUÇÃO: Este trabalho aborda algumas formas de educação em saúde voltadas para mulheres

residentes nas comunidades de Zezinho e Maciel, pertencentes ao município de Santa Rita de Ouro Preto

– MG. Através de encontros e reuniões foram abordados assuntos como o câncer de mama, câncer de colo

e hipertensão, doenças afligem muitas mulheres no mundo inteiro, com grandes índices de mortalidade.

Frente às limitações práticas, como a distancia do posto de saúde e a precariedade dos recursos, a

implementação de estratégias efetivas para a prevenção do câncer cervical, detecção do câncer de mama e

controle da hipertensão passam a ser direcionadas à sua detecção precoce, diagnósticos adequados e

tratamento oportuno. OBJETIVOS: Desenvolver atividades educativas, individuais ou coletivas,

incentivar o auto cuidado, estimular a autonomia da comunidade, integrar os discentes com a equipe de

saúde e execução de atividades voltadas para comunidades rurais. METODOLOGIA: Através de

encontros, grupos e dinâmicas, foram realizadas conversas sobre hipertensão arterial, câncer de mama,

câncer cervical, higiene intima e menopausa com as mulheres das comunidades, utilizando imagens sobre

o tema para observação do conhecimento prévio dos participantes; avaliação dos participantes após cada

encontro, por meio da confecção de símbolos correspondentes aos seguintes níveis de satisfação: bom,

ruim ou indiferente. RESULTADOS: Durante o período de realização das atividades observou-se a

criação de vínculos das comunidades com os discente e satisfação dos participantes comprovados através

de símbolos com níveis: bom,ruim e indiferente, possibilitando a formulação do projeto. CONCLUSÃO:

O trabalho realizado nessas comunidades proporcionou aos discentes a experiência do planejamento e

execução de atividades voltadas para a saúde da mulher em comunidades rurais, respeitando a

individualidade de cada uma, suas crenças e hábitos de vida. Valorizando o papel da mulher na sociedade

como replicadora do conhecimento aprendido nos grupos dentro do núcleo familiar e para toda

comunidade.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA OBTENÇÃO DA EQUIDADE E RESOLUTIVIDADE:

ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DE AMARANTINA.

César Augusto Nunes Costa¹

Cynthia Mairink Félix da Silveira¹

Helbert José da Silva¹

Ivy Carolina Pereira de Oliveira¹

Ludmylla Gomes Neves¹

Pedro Marcos Silva e Gonçalves¹

Maria Lilian Sales²

INTRODUÇÃO: Em 1994, o Ministério da Saúde propôs o Programa Saúde da Família (PSF) como

uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial, com o desafio de tornar o serviço resolutivo,

integral e equitativo. Os grupos operativos são alternativas voltadas para usuários com necessidade de

apoio social, sendo esses um conjunto de pessoas reunidas em torno de um interesse comum que preserva

a individualidade e a particularidade de cada integrante. OBJETIVOS: Trata-se de uma pesquisa

quantitativa e qualitativa para avaliar a contribuição da ESF Amarantina na resolutividade e equidade de

acesso da população ao atendimento. MÉTODOS: O período deste estudo foi de março a junho de 2010.

Foram aplicados questionários a 19 pacientes que compareceram ao grupo de educação em saúde e a 9

profissionais que compõem a equipe do PSF Amarantina. Os dados foram tratados por meio de análise

descritiva e apresentados sob a forma de texto e de tabelas. RESULTADOS: A idade média dos usuários

foi de 60,05 anos, sendo a maioria do sexo feminino e de baixa escolaridade. A prática de atividade física

é incomum. O tabagismo e o etilismo ocorreram na minoria dos pacientes (10,5% e 31,6%,

respectivamente). 50% dos pacientes relataram estresse em médio ou alto grau, além de problemas de

sono (57,9%). A maioria dos entrevistados (n=15) relatou tomar os remédios regularmente. Para os

profissionais, a maioria dos usuários não pratica atividade física, o estresse é a principal causa de

problemas de saúde e os pacientes utilizam a medicação corretamente. CONCLUSÃO: A pesquisa

possibilitou a vivência das dificuldades e desafios do PSF quanto à eficácia no tratamento desses

pacientes. O sistema de saúde ainda é deficiente e não atende a todos que necessitam. Percebeu-se

também a necessidade de orientação e treinamento contínuo dos profissionais de saúde.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL: A

EXPERIÊNCIA DA UBS DE MORRO SANTANA, MARIANA-MG.

Alyne Hoth Trindade¹

Camila de Alcântara Casagrande Castro¹

Davi Gasparini Baraldi1

Luís Fernando Resende Marques¹

Luiza Gonçalves Martins¹

Rodrigo Vieira Gomes¹

Adriana Maria de Figueiredo²

INTRODUÇÃO: A ESF Santa Rita localiza-se na cidade de Mariana – MG e atende a seis micro-áreas:

cinco rurais e uma urbana, Morro Santana, na qual desenvolvemos nosso projeto. A Unidade Básica de

Saúde que atende a região divide terreno com a Escola Municipal Morro Santana. A partir do atributo da

oportunidade, escolheu-se trabalhar com crianças do primeiro ao quinto ano dessa escola. A situação

sócio-econômica dessas é precária e afeta diretamente as condições gerais de saúde, influenciando no

desempenho escolar. Esses problemas podem ser amenizados se forem colocados em prática os serviços

de educação em saúde que visam promover a saúde por meio de ações preventivas. OBJETIVO:

compreender a situação de saúde das crianças da escola; desenvolver estratégias de ações educativas em

saúde; sensibilizar as crianças da escola quanto à auto-promoção da saúde no que diz respeito à higiene

pessoal e à condição de saúde em geral; criar vínculo entre a população e a UBS. MÉTODOS: coleta de

dados; atividades interativas a fim de obter das crianças informações sobre o que é saúde, higiene e bem

estar na visão delas; palestras com didática adaptada à faixa etária e às condições socioeconômicas dos

ouvintes. RESULTADOS: diagnóstico; elaboração de cartilha educativa com material produzido pelas

crianças, visando atingir a família; estabelecimento de vínculo entre a escola e a UBS que possibilitará

futuros trabalhos intersetoriais. CONCLUSÃO: constatamos a existência de uma desigualdade sócio-

econômica significativa entre as crianças, sugerindo a importância da análise prévia do contexto do

educando para o sucesso da atividade educativa. Observamos que a grande maioria das crianças teve

acesso, previamente, a informações a respeito de hábitos de higiene, mas que esse conhecimento não é

suficiente para garantir que esses hábitos sejam praticados. Estamos conscientes de que nossa atuação foi

tímida diante da complexidade que envolve a mudança de hábitos.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

BASES ANATOMOCLÍNICAS DO TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: RELATO DE CASO.

Gabriela Miranda Mendes¹

Cynthia Mairink Félix da Silveira¹

Ivy Carolina Pereira de Oliveira¹

Luciana Hoffert Castro Cruz²

Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma agressão que acarreta lesão anatômica ou

comprometimento funcional de estruturas cefálicas, incluindo couro cabeludo, crânio, meninges, face ou

encéfalo. Ocorre em conseqüência de trauma externo por impacto direto ou indireto, resultando em

alterações físicas ou cognitivas, sejam elas momentâneas ou permanentes. Pacientes com epilepsia têm

risco aumentado de acidentes quando comparados com outras pessoas. Epilepsia é uma desordem

neurológica caracterizada por repetidas crises convulsivas na ausência de condições febris e metabólicas.

Objetivo: Descrever as características anatomo-clínicas do TCE, correlacionando o acometimento de

estruturas cranianas e encefálicas aos sintomas. Discussão: Através de relato de caso de paciente vítima

de TCE, cedido pela médica responsável do Hospital Madre Teresa, foram analisados dados obtidos pela

anamnese e análise de registros hospitalares, idade, gênero, data da ocorrência, localidade, causa do

trauma, achados radiológicos, infecção em período de internação, ingestão alcoólica, pontuação na escala

de coma de Glasgow. Nesse traumatismo gerado por queda após crise epiléptica ocorreu hematoma

subdural agudo fronto-temporo-parietal esquerdo, contusões frontal e temporal à esquerda e desvio da

linha média com hérnia subfalcial. O paciente evoluiu com cefaléia, vômitos e alteração da consciência.

Obteve pontuação 10 na escala de coma de Glasgow, considerado um trauma moderado. Foi submetido a

craniotomia frontoparietal esquerda e drenagem de hematoma subdural. Após o trauma, permanece

internado. Conclusão: O TCE grave envolve vários mecanismos de lesão sem certezas em relação ao real

prognóstico do paciente, uma vez que pode ocasionar várias seqüelas como distuúrbio de personalidade e

convulsãoes. É importante elucidar, portanto, as bases anatomo-clínicas desta doença crônica, visto vez

que ela pode gerar incapacidades permanentes nos indivíduos, afetando a qualidade de vida do paciente e

familiares.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professora Substituta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

REFORMA PSIQUIÁTRICA : ESTUDO DE CASO EM HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS E SERVIÇOS

ASSISTENCIAIS DE SAÚDE COM ENFOQUE NO PACIENTE.

Armanda Resende¹

Diego Pires de Melo¹

Igor Belo Fernandes¹

Ludmylla Gomes Neves¹

Priscilla Bedeschi Araújo¹

Saulo Ribeiro de Rezende Júnior¹

Márcio Antonio Moreira Galvão²

Introdução: A Reforma Psiquiátrica no Brasil inscrita no contexto internacional de mudanças em relação

à violência asilar, objetiva a reestruturação da assistência hospitalar psiquiátrica, com redução contínua e

programada de leitos em hospitais psiquiátricos, garantindo a assistência dos pacientes na rede de atenção

ambulatorial e a reinserção ao convívio social.Objetivos: Analisar o processo de implantação da Reforma

Psiquiátrica Brasileira e conseqüências para o cotidiano de pessoas portadoras de sofrimento

psíquico.Metodologia: Visitar instituições hospitalares psiquiátricas, o Instituto Raul Soares e o Centro

Psíquico da Adolescência e Infância em Belo Horizonte, e duas unidades não hospitalares, o Centro de

Atenção Psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Preto e uma ONG, a Comunidade da

Figueira de Mariana, avaliando nas mesmas os passos da Reforma.Discussão: Apesar das diferenças nos

objetivos dessas instituições, percebe-se que se complementam quanto ao tipo de atendimento oferecido à

população. O paciente recém saído do hospital encontra no CAPS uma continuidade do tratamento, com a

vantagem de permanecer em seu ambiente social. Na Comunidade da Figueira, um centro de apoio ao

deficiente físico e mental, pode-se perceber o resgate do bem estar psíquico pela valorização do potencial

e habilidade do indivíduo. Não foi observado uma integração eficiente na rede de atendimento quanto ao

processo de desospitalização, não havendo um planejamento satisfatório do número de CAPS

proporcional à redução do número de leitos. Foi observado ainda um despreparo da população em receber

o portador de sofrimento psíquico e reconhecê-lo como um indivíduo capaz de atuar ativamente na

sociedade. Conclusão: É necessária uma ação que envolva os hospitais psiquiátricos, unidades extra-

hospitalares e sociedade, de forma a atuar conjuntamente com o individuo portador de sofrimento

psíquico para a melhoria da sua saúde, resgate da cidadania e inclusão social.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto

2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

GRUPO DE ESTUDOS EM NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA DA

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE OURO PRETO

(NEUROP)

UM GRUPO DE ESTUDO COMO INSTRUMENTO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

COMPLEMENTAR DO ACADÊMICO DE MEDICINA

Diogo Milioli Ferreira¹

Daniel do Nascimento Antônio¹

Alessandro de Sousa Veiga¹

Gustavo André Almeida de Oliveira¹

Wallace de Almeida Alves²

Introdução: Os grupos de estudos desempenham papel interessante na formação médica desde que não

representem uma super-especialização precoce, indo na contramão das Diretrizes Nacionais do Ensino

Médico e da discussão atual sobre a necessidade de se formarem médicos generalistas. O grupo deve ser

visto como instrumento importante na formação profissional, servindo claramente como complementação

de seu treinamento sabidamente deficiente na maioria de nossas escolas. Pode ser considerado como um

desdobramento de expectativas não contempladas pelo currículo instituído, contribuindo de forma

diferenciada para mudanças pessoais no universitário. Objetivos: Reunir estudantes interessados nas

temáticas neurológicas. Preencher lacunas curriculares na graduação. Integrar-se com colegas.

Suplementar o curso. Obter bem-estar. Atender indagações profissionais. Método: Encontros semanais de

1h, na Santa Casa. Estudos de artigos de revisão e bibliografias relacionadas. Discussão de estudos de

casos. Discussões/Resultados: Criado em outubro de 2009, o NEUROP é aberto aos estudantes e

profissionais de saúde. As atividades são: clube de revista, discussão de artigos de revisão e agravos

neurológicos, aulas ministradas por médicos convidados e estudos de casos de paciente internados na

Santa Casa. O próximo objetivo do NEUROP será a consolidação de um estágio de vivência,

supervisionado, junto ao serviço de neurologia e neurocirurgia da Santa Casa a fim de inserir os alunos na

realidade hospitalar, visando uma complementação da graduação médica. O grupo não é voltado apenas

para aqueles que pretendem se tornar neurologistas ou neurocirurgiões. Os temas envolvem situações

cotidianas na sala de emergência, focando intervenções básicas, porém fundamentais, para um melhor

prognóstico dos pacientes. Conclusões: O grupo de estudos é uma oportunidade de adquirir

conhecimentos sem pressão, com mais satisfação e de modo mais significativo; desenvolver potenciais

intelectuais, afetivos e relacionais, assim como a capacidade crítica e reflexiva; exercer a criatividade, a

espontaneidade e a liderança, sendo mais ator e menos expectador do processo ensino-aprendizagem.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Neurocirurgião da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto

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POSTERES

MIELITE TRANSVERSA AGUDA

UM ESTUDO DE CASO

Renato de Oliveira Milagres¹

Alessandro de Sousa Veiga¹

Daniel do Nascimento Antônio¹

Diogo Milioli Ferreira¹

Gustavo André Almeida de Oliveira¹

Simone Floresta Leal¹

Wallace de Almeida Alves²

Introdução: Mielite Transversa Aguda (MTA) é uma síndrome neurológica caracterizada por processo

inflamatório da medula espinhal, podendo resultar em disfunção sensorial, motora e/ou autonômica. A

etiologia da MTA pode ser idiopática ou estar associada a doenças infecciosas, pós-infecciosas ou auto-

imunes. Anualmente, surgem 4 novos casos em cada 1.000.000 indivíduos, com maior prevalência em

idades de 10 a 19 e 30 a 39 anos. O diagnóstico é realizado através de exames de Ressonância magnética,

mielograma e análise de líquor. Objetivos: Descrever e analisar o desenvolvimento do quadro clínico de

um paciente com MTA internado na Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto. Métodos: Realização de

estudo dos exames neuroclínicos, laboratoriais e de imagem do paciente. Pesquisa bibliográfica sobre a

doença. Resultados: R.X, sexo masculino, 18 anos, chegou à Santa Casa queixando dores nas costas e

formigamento dos MMII, seguidos de parestesia bilateral, evoluindo para paraplegia, evidenciados em

exames físicos. O paciente relatou que o processo ocorreu de modo súbito. Apresentou nível sensitivo nos

MMII, porém, em queda. Realizou-se uma ressonância magnética de medula espinhal e uma punção

lombar. No exame de imagem, detectou-se uma lesão medular ascendente no fascículo anterior até o

segmento T4. A análise de líquor com aumento de proteína foi complementar para o diagnóstico de MTA.

Conclusões: Com o diagnóstico de MTA, iniciou-se o tratamento com metilprednisolona por 05 dias e,

em seguida, pulso de ciclofosfamida. O tratamento pode obter eficácia com doses máximas de

metilprednisolona, com esquema individualizado, baseando-se na resposta do paciente. Não foi

identificada a causa específica da MTA do paciente, o que sugere etiologia idiopática ou auto-imune.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Neurocirurgião da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto

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POSTERES

BASES PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA.

Aline Fernandes Silva¹

Wallace de Almeida Alves²

INTRODUÇÃO: A EM é uma doença desmielinizante do sistema nervoso central de grande

relevância, principalmente devido à variedade de sinais e sintomas neurológicos que pode gerar

de acordo com a área acometida. OBJETIVO: Apresentar os aspectos mais importantes da

doença, como etiopatogenia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento. MÉTODOS: Consulta de

livros e artigos referentes a pesquisas atuais sobre a doença. RESULTADOS: A EM é uma

doença de etiopatogenia mal definida. No entanto, há hipóteses de que auto-antígenos

específicos depositados na substância branca do sistema nervoso central gerariam respostas

imunes que poderiam lesar a mielina. Tal hipótese é baseada principalmente na detecção de

exsudato inflamatório na fase aguda da doença. A evolução da doença é variável e imprevisível,

podendo-se distinguir dois cursos: o curso denominado remitente/recorrente que acomete

principalmente o adulto jovem e se caracteriza por sinais e sintomas neurológicos transitórios, e

o curso progressivo, que se manifesta com maior freqüência após os 40 anos e é caracterizado

por uma intensificação dos sinais e sintomas, que se tornam não remitentes e mais sistêmicos. O

diagnóstico é clínico. Uma anamnese minuciosa identifica surtos transitórios, como a perda

súbita de determinada função sensitiva ou motora, os quais serão relacionados às estruturas

lesadas no sistema nervoso central pelo exame neurológico. Alguns dos exames que auxiliam no

diagnóstico são a ressonância magnética e pesquisa de bandas oligoclonais nas imunoglobulinas

do LCR. Em 75% dos pacientes observa-se elevação de globulinas-gama e IgG no LCR,

independentemente do curso da doença. Alguns dos diagnósticos diferenciais são: vasculites

sistêmicas, doença vascular cerebral, ADEM, mielite transversa aguda e a neurite óptica. A

terapêutica é no sentido de atenuar o processo inflamatório que ocorre durante os surtos e de

tentar previní-los. Usa-se corticosteróides como prednisona, dexametasona e azatioprina.

CONCLUSÃO: O diagnóstico e tratamento da EM são fundamentais, pois a progressão da

doença pode levar a perdas irreversíveis.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto

2. Neurocirurgião da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto

Page 27: V ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO · 2.22 Disseminação de informação sobre a gripe a H1N1 entre os estudantes de medicina da Universidade Federal de Ouro Preto – MG. 2.23 Projeto

POSTERES

ENCEFALOPATIA HIPÓXICO-ISQUÊMICA: RELATO DE CASO.

Sarah Mendonça Mendes de Souza¹

Camila de Alcântara Casagrande Castro¹

César Augusto Nunes Costa¹

Lorena de Souza Bueno¹

Luciana Hoffert Castro Cruz²

INTRODUÇÃO: A vascularização encefálica é necessária para adequado funcionamento e manutenção

da homeostase do sistema nervoso, pois este consome elevados níveis de oxigênio e glicose durante a

atividade celular. Fatores de risco como cardiopatias, sedentarismo e tabagismo podem conduzir a

possível parada cardíaca e causar déficits à vascularização encefálica. Pacientes que sobrevivem à parada

cardíaca correm alto risco de apresentarem encefalopatia hipóxico-isquêmica, quanto mais demorado for

o socorro, o que influencia definitivamente o prognóstico do paciente. OBJETIVOS: Ressaltar, por meio

de relato de caso familiar, a importância da vascularização encefálica e a sua relação com o fluxo

sanguíneo cerebral (FSC) e pressão intracraniana (PIC); ressaltar a hipotermia corporal controlada como

uma estratégia terapêutica neuroprotetora. DISCUSSÃO: O paciente P.E.S, 57 anos, sexo masculino,

cardiopata, sedentário e tabagista, sofreu infarto agudo do miocárdio, culminando em encefalopatia

hipóxico-isquêmica e óbito. A demora no socorro foi determinante na magnitude do prejuízo cortical. As

áreas encefálicas irrigadas pelas artérias cerebrais anterior, média e posterior foram lesadas quase em sua

totalidade, em conseqüência da redução do FSC. Aplicou-se hipotermia terapêutica, que reduz a demanda

energética cerebral e o consumo de oxigênio, além de minimizar cascatas deletérias. A deficiência na

irrigação encefálica causou danos neurais graves e irreversíveis devido à hipóxia. Tais danos promovem a

liberação de sinais vasodilatadores e extravasamento de plasma sanguíneo, culminando em edema

cerebral. Esse evento foi o principal fator de aumento da PIC, que agravou o dano encefálico. A

hipotermia terapêutica parece ser opção válida para prevenção de seqüelas neurológicas, integrando

aspectos vasculares às necessidades metabólicas do tecido nervoso. CONCLUSÃO: O entendimento dos

danos neurológicos permite o desenvolvimento de técnicas de tratamento apropriadas, embora a

compreensão dos mecanismos de lesão não signifique garantia de bom prognóstico.

.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Substituto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

ENCEFALOMIELITE DISSEMINADA AGUDA: RELATO DE CASO.

Diogo Milioli Ferreira¹ Alessandro de Sousa Veiga¹

Bruno Terra Junho¹

Daniel do Nascimento Antônio¹

Diego Andrade Leal¹

Gustavo André Almeida de Oliveira¹

Wallace de Almeida Alves²

INTRODUÇÃO: A encefalomielite disseminada aguda (EMDA) é uma doença autoimune

desmielinizante do sistema nervoso central, que acomete a substância branca do encéfalo e a da medula

espinal, sendo precedida por uma infecção febril ou vacinação. Acomete principalmente crianças e

apresenta uma variabilidade de incidência entre os estudos, porém os valores encontram-se na faixa de

0,4-0,8 casos/100.000 habitantes. Inicialmente apresenta-se com uma sintomatologia inespecífica como

febre, mal-estar, cefaléia, náuseas e vômitos. Posteriormente progride para expressivos déficits

neurológicos. O diagnóstico é firmado através de episódio infeccioso anterior ou de vacinação aliado a

evidências radiológicas. Seu tratamento baseia-se no uso de corticóides. O diagnóstico diferencial visa

descartar doenças como a esclerose múltipla, meningoencefalite herpética, encefalopatias associadas ao

HIV e linfomas. OBJETIVOS: Estudar o quadro clínico do paciente, além de exercitar o raciocínio

médico. MÉTODOS: Revisão bibliográfica e relato de um caso clínico de paciente internado na Santa

Casa de Misericórdia de Ouro Preto. RESULTADOS: P.M.A.G., masculino, 56 anos, deu entrada na

Santa Casa, queixando-se de confusão mental e distúrbio de equilíbrio. O paciente apresenta histórico de

diabetes mellitus, insuficiência renal crônica e hipertensão arterial sistêmica. Ao exame neurológico

constatou-se: reflexo de membro superior 3/3, reflexo do membro inferior 1/3, sensibilidades superficial e

profunda normais, dismetria, ataxia de tronco e marcha, disdiadococinesia, sinal de Romberg positivo. Na

ressonância magnética foram observadas lesões bilaterais nos tálamos, corpo caloso, regiões

periventricular e cerebelar, e base do mesencéfalo. Iniciou-se doses de ataque com corticóides, o que

levou a uma melhora significativa dos sintomas, corroborando para o diagnóstico de EMDA.

CONCLUSÃO: Apesar de sua baixa incidência, a EMDA tem crescido em importância devido ao

diagnóstico diferencial de outras doenças, sintomatologia neurológica importante e estar associada com as

campanhas de vacinação. A não instituição de um tratamento adequado e rápido pode gerar sequelas

significativas.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Neurocirurgião da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto

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POSTERES

CONTUSÃO CEREBRAL.

Mariana Fajardo de Oliveira¹

Vanessa Nogueira de Paiva¹

Wallace de Almeida Alves²

INTRODUÇÃO: A contusão cerebral é uma lesão fundamental do trauma cranioencefálico, que está

entre as três principais causas de morte. Ela é uma lesão focal resultante de forças mecânicas sobre

pequenos vasos e/ou parênquima cerebral com extravasamento de sangue e inchaço da área afetada; pode

haver necrose tecidual, edema ou isquemia. OBJETIVOS: Analisar o que é contusão cerebral, distinguir

a fase aguda da tardia, conhecer etiologia, diagnóstico e tratamento. MÉTODOS: Foram realizadas

buscas bibliográficas não sistemáticas em sites e em livros de neurotrauma, e apresentação em um grupo

que discute neurologia, com a participação de variados discentes do curso de medicina e de um

neurocirurgião. DISCUSSÃO: Contusão cerebral é uma lesão traumática dos tecidos com ruptura de

vasos e sem solução de continuidade da pele, em que há integridade da pia-máter e da aracnóide. É

associada a outras lesões como hematomas extradurais ou subdurais. Assim, a contusão se difere da

concussão (perda de consciência de curta duração) e da laceração (ruptura tecidual e continuidade com a

pele). O local de ocorrência está relacionado a ossos não lisos. Já a etiologia da contusão cerebral é

diversa sendo por fratura, golpe, contragolpe, hérnia ou deslizamento. Pode-se distinguir em contusão na

fase aguda (lesões necro-hemorrágicas) e contusão antiga (áreas atróficas, deprimidas e amareladas). O

diagnóstico se baseia na avaliação do nível de consciência; exame físico; radiografia simples (evidencia

fraturas cranianas), e tomografia computadorizada de crânio (mostra hemorragias, edema, isquemia ou

necrose tecidual). Por fim o tratamento clínico baseia-se em manter a homeostase, verificar vias aéreas e

pressão intercraniana. O tratamento cirúrgico só é indicado em hematomas, afundamentos ou lacerações.

CONCLUSÃO: Deve-se estar atento para o diagnóstico da contusão cerebral, uma vez que suas

complicações causam morbidade e até mesmo mortalidade. Em contraponto se bem monitorado e

assistido, o paciente apresentará bom prognóstico.

1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Neurocirurgião da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto

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POSTERES

CEFALÉIA: UM SINTOMA FREQUENTE E AUTO-MEDICADO.

Lívia Isabela de Oliveira¹ Cynthia Mairink Félix da Silveira¹ Camila Nicolela Geraldo Martins¹

Alyne Hoth Trindade¹ Lívia Isabela de Oliveira¹

Luciana Hoffert Castro Cruz²

INTRODUÇÃO: Cefaléia é todo processo doloroso referido no segmento cefálico, o qual pode originar-

se em quaisquer estruturas faciais ou cranianas. As cefaléias podem ser divididas em primárias, cujas

mais frequentes são enxaqueca, cefaléia do tipo tensional e cefaléia em salvas, e em secundárias, que são

causadas por outra doença, como tumor cerebral e TCE. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaléia, no

último ano, 72% da população brasileira entre 18 e 79 anos apresentou cefaléia, sendo mulheres as mais

afetadas. OBJETIVO: Analisar a incidência de cefaléia e a prática de auto-medicação em alunos do ciclo

básico de curso de medicina da Universidade Federal de Ouro Preto. METÓDOS: Os alunos de primeiro

a quarto período de Medicina da UFOP foram requisitados a responder um questionário sobre cefaléia,

adaptado de ID Migraine™- Richard B. Lipton, após ouvirem a leitura do termo de consentimento.

RESULTADOS: Obteve-se o consentimento e a participação de 118 estudantes, dos quais 72,88%

apresentaram cefaléia nos últimos três meses. Desses, 59,3% eram do sexo feminino. 81,4% praticam

auto-medicação e apenas 16,21% consultaram um médico. CONCLUSÃO: Os dados desta pesquisa

corroboram os dados da literatura científica atual no que se refere à incidência de cefaléia em uma

determinada população cuja faixa etária variou de 18 a 35 anos de idade. Da mesma forma, a cefaléia

prevaleceu em indivíduos do sexo feminino, podendo estar relacionado aos hormônios femininos e

ocorrência de Transtorno Pré-Menstrual. A elevada taxa de auto-medicação, acompanhada da baixa

procura por consulta médica, contribui para o agravamento da cefaléia, que pode se tornar um problema

crônico e diário. A cefaléia é um problema que acomete grande parte da população, fato exemplificado a

partir do espaço amostral utilizado.Tal problema,deve ser valorizado pela população, pois afeta a

realização de atividades da vida diária e prejudica a qualidade de vida.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Substituto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

ABSCESSO CEREBRAL

UM ESTUDO DE CASO

Alessandro de Sousa Veiga¹

Daniel do Nascimento Antônio¹

Diogo Milioli Ferreira¹

Gustavo André Almeida de Oliveira¹

Wallace de Almeida Alves²

Introdução: O abscesso cerebral é uma lesão que ocupa espaço no cérebro, causada por inflamação e

acúmulo de material infectado (pus) dentro do tecido cerebral. Ocorrem aproximadamente 1500-2000

casos/ano nos EUA, com maior incidência nos países em desenvolvimento. A proporção homem x mulher

é de 1,5-3:1. São fatores de risco as anormalidades pulmonares, cardiopatia congênita cianótica,

endocardite bacteriana, traumatismo crânio encefálico penetrante e AIDS. Suas vias de disseminação são

a hematogênica e a contígua. Objetivos: Acompanhar a história clínica de um paciente com quadro de

abscesso cerebral, internado na Santa Casa de Ouro Preto, através de um estudo retrospectivo nos

registros médico. Realizar um levantamento bibliográfico sobre a doença em questão. Método: Estudo

retrospectivo nos registros médicos do paciente em questão e busca na literatura especializada sobre o

agravo. Apresentação do caso. Discussões/Resultados: C.F.S, masculino,7anos, deu entrada na Santa

Casa queixando febre alta há 3 dias. Apresentava história patológica pregressa de má formação vascular,

fístula arteriovenosa, anomalia da artéria cerebral, hipertensão pulmonar com cardiomegalia, pneumopatia

e cardiopatia cianótica grave. Ao exame físico apresentava perda do tônus muscular, hemiparestesia e

hemiplegia à direita, afasia sensitiva e motora, sem sinais meníngeos. Foi internado para propedêutica. Os

exames laboratoriais indicavam processo infeccioso, porém sem foco. O serviço de neurologia suspeitou

de um processo expansivo intracraniano. Foi contra-indicado punção lombar e realizado uma tomografia

de crânio que evidenciou abscessos parenquimatosos cerebrais. Iniciou-se antibioticoterapia e

corticoterapia para tratamento clínico. Não foi realizada drenagem cirúrgica devido ao prognóstico

reservado e falta de vaga em CTI pediátrico. Conclusões/Desfecho: Feito o diagnóstico e iniciado o

tratamento, a criança apresentou discreta melhora inicial, porém evolui com piora dos sintomas clínicos,

anasarca e crises álgicas intensas, principalmente nas mãos. Aproximadamente 30 dias após internação

evoluiu com piora do padrão respiratório seguido de parada cardiorrespiratória, feito manobras de

reanimação sem sucesso.

.

1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Neurocirurgião da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto

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POSTERES

SÍNDROME DE CAPGRAS: A CARACTERIZAÇÃO DE UM DISTÚRBIO POUCO

CONHECIDO.

Raphael Botelho Sá¹ Lívia Caetano Vasques¹

Vinícius de Jesus Rodrigues Neves¹ Luciana Hoffert Castro Cruz²

Introdução: A Síndrome de Capgras, também conhecida como Síndrome do Fantasma Duplo, Síndrome

Subjetiva Dupla ou Ilusão de Capgras, é uma doença rara e de difícil diagnóstico em que uma pessoa

sofre de uma crença ilusória de que um conhecido, normalmente um cônjuge ou outro membro familiar

próximo, foi substituído por um impostor idêntico, um “sósia”. Objetivo: Procurou-se identificar a

síndrome, sua etiologia, conseqüências e, assim, determinar a importância de sua devida caracterização.

Metodologia: Revisão bibliográfica não sistemática de artigos recentes (2007 em diante) em bancos de

dados – Scielo, BVS e PubMed. Resultados: Trata-se da mais freqüente das doenças que se enquadram

no conjunto dos Distúrbios de Má-Identificação, apresentando causas multifatoriais, como influência

hereditária e, para as pessoas com suscetibilidade genética, fatores orgânicos como alcoolismo e má

nutrição podem influenciar sua ocorrência. Verificam-se, nessa enfermidade, aspectos neurais

modificados, pois se percebem alterações funcionais no hemisfério cerebral direito com

comprometimento da via lobo-parietal inferior, prejudicando a interação entre córtex visual e áreas

límbicas sub-corticais, responsáveis pela interpretação da imagem captada. Inicialmente, utilizou-se como

forma de tratamento a mesma terapêutica da esquizofrenia. Percebeu-se, com a ampliação do

conhecimento sobre a síndrome, que os quadros clínicos tinham cursos diferentes, apesar de iniciados de

forma semelhante. Hoje, portanto, prioriza-se o acompanhamento do paciente, visando à melhor relação

com os “sósias”, já que não há medicação específica para a enfermidade. Conclusão: A importância do

estudo reside no fato de que a Síndrome de Capgras é pouco conhecida, inclusive entre os profissionais de

saúde. É, também, bastante confundida com outros Distúrbios de Má Identificação, e ainda com

esquizofrenia, necessitando ser devidamente caracterizada para ser tratada de forma correta e específica.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professora Substituta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

ASSOCIAÇÃO ENTRE TRANSTORNO BIPOLAR E SÍNDROME CORONARIANA AGUDA:

RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA.

Bruno Terra Junho¹

Hugo Alejandro Cano Prais²

Introdução: Os transtornos do humor e as doenças cardiovasculares são condições comuns na população

geral. A literatura atual aponta para uma possível associação entre os transtornos bipolares do humor e

doenças cardiovasculares, como as síndromes coronarianas agudas. Objetivos: Relatar um caso de um

paciente de 39 anos admitido várias vezes no serviço de cardiologia com sintomas de dor anginosa e com

várias intercorrências no serviço de saúde mental com quadro maniforme. Realizar uma revisão

sistemática da literatura sobre a associação entre doenças cardiovasculares e transtornos bipolares do

humor. Métodos: Construção do caso clínico do paciente com informações das clínicas cardiológicas e

psiquiátrica. Revisão da literatura a partir do MEDLINE. Discussão: MLE, homem, 39 anos, deu entrada

no serviço de urgência da Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto com queixa de precordialgia intensa,

sendo admitido e, posteriormente, diagnosticado com síndrome coronariana aguda. Apresenta histórico de

transtorno bipolar com evidentes sintomas psicóticos e relato de quatro episódios anteriores de infarto do

miocárdio. Conclusões: Vários estudos evidenciam uma associação existente entre transtornos do humor

e cardiopatias, porém essas pesquisas não estabelecem as relações entre quais transtornos de humor se

relacionam com quais problemas cardiovasculares. Outro ponto relevante é a falta de articulação existente

entre as clínicas psiquiátrica e cardiológica e como essa deficiência impacta negativamente na saúde do

paciente.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PROJETO HAART-HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA ATRAVÉS DAS ARTES.

Bruno de Oliveira Rocha¹

Camila de Freitas Corrêa¹

Fabiana Chamon de Moura¹

Felipe Moreira Dias¹

Tatiane Rufino Viera¹

Kerlane Ferreira da Costa Gouveia²

Introdução: O projeto HAART- Humanização da Assistência através das Artes trabalha com a

interdisciplinaridade, abrangendo, hoje, os cursos de Medicina, Artes Cênicas, Engenharia de Produção e

Música. O desenvolvimento do mesmo se deu em unidades de Estratégia da Saúde da Família (ESF) das

cidades de Ouro Preto e Mariana, Minas Gerais, bem como na Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto

no período de 06/04/2009 a 30/11/2009. Objetivos: Através do desenvolvimento de atividades lúdicas, e

artísticas com pacientes internados e institucionalizados esperou-se complementar e ultrapassar a

abordagem organicista e tecnicista da doença, dominante no currículo médico, bem como proporcionar a

aproximação entre médico e paciente. Ao mesmo tempo, contribuiu-se para produzir modificações nos

ambientes hospitalar e institucional, proporcionando melhoria da qualidade de vida dos seus usuários.

Desenvolvimento: Todas as intervenções realizadas pelo projeto HAART tiveram como principal foco

aproximar a população da unidade de saúde, mostrando que ali pode ser um local agradável onde existem

pessoas aptas e dispostas a ajudarem. Quando se caracteriza como clown um mundo totalmente diferente

é criado a sua volta. São nesses momentos de compartilhamento de sentimentos que a intervenção é mais

efetiva e dessa forma o paciente tem prazer e confiança em se aproximar do profissional e da unidade de

saúde. Conclusão: A interdisciplinaridade presente nesse projeto, ponto que o difere dos demais projetos

que trabalham nessa área, ajudou os estudantes de medicina a entender melhor o que a população sente ao

se deparar frente a um profissional da saúde. A visão dos alunos de medicina sobre a intervenção

propiciou aos alunos de outras áreas um maior entendimento sobre a dinâmica das unidades de saúde e

também da rotina de um profissional da área. As experiências vividas durante as intervenções com certeza

tiveram caráter formador não só profissional, mas também humano.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professora Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

UMA NOVA VISÃO SOBRE A OBRA DE JOHN SNOW.

Aline Fernandes Silva¹

Ludmila Naves Magalhães¹

Marco Túlio Froes Duarte¹

Núbia Bernardes Carvalho¹

Tuian Santiago Cerqueira¹

Vinícius Nobre Flávio¹

Márcio Antônio Moreira Galvão²

INTRODUÇÃO: John Snow é considerado pai da epidemiologia por ter desenvolvido uma teoria sobre o

método de investigação epidemiológica a partir do estudo das epidemias de cólera ocorridas no século

XIX em Londres. Segundo ele, a transmissão ocorria artavés da introdução do “veneno mórbido do

cólera” pelo canal alimentar por intermédio da água. Apesar das evidências já acumuladas nessa época a

favor da sua hipótese, Snow opta por desenvolver uma minuciosa pesquisa sobre a rede de abastecimento

de água e sobre as companhias responsáveis por esse serviço em Londres. Com seu estudo, ele descreveu

em detalhes os sinais e sintomas do cólera, reconhecendo as características fisiopatológicas da doença.

Muitas vezes, foi enfatizado o olhar higienista de Snow em detrimento do seu olhar social. DISCUSSÃO:

Ao contrário das interpretações clássicas sobre a obra de John Snow, que fixam a atenção apenas nos

achados a respeito dos mecanismos de transmissão do cólera, uma nova visão dessa obra surge quando se

enfatiza o olhar do autor sobre o cotidiano, os hábitos e modos de vida, os processos de trabalho e a

natureza das políticas públicas. Esses aspectos evidenciam a percepção de Snow a respeito da influência

da precária infra-estrutura urbana e das condições de vida da população na dinâmica de transmissão do

cólera. A preocupação de John Snow em propor um programa social, a fim de controlar a contaminação

da água nas fontes de captação, bem como a sua atenção aos processos particulares sócio-biológicos

(modo concreto de trabalhar, de viver), indica a real dimensão do “higienismo” que muitos detectam na

obra em detrimento do seu “reformismo social” implícito. CONCLUSÃO: O trabalho de Snow é um

exemplo da contribuição da epidemiologia para a compreensão dos mecanismos de transmissão das

doenças na sociedade, integrando ações de saúde pública às demandas estabelecidas dentro da questão

social.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

O CARÁTER HISTÓRICO DO PROCESSO SAÚDE – DOENÇA.

Déglia Kennia Rodrigues Santana¹

Felipe Moreira Dias¹

Janaína Flávia Corrêa Lopes¹

Thaysa Lorrane Fernandes de Lima¹

Monize Romualdo carvalho Rocha¹

Bruno de Oliveira Rocha¹

Tatiane Cínthia Nascimento¹

Letícia Pereira de Azevedo¹

Camila de Freitas Correa¹

Márcio Antônio Moreira Galvão²

Introdução: Desde os anos 60 intensificou-se a polêmica sobre o caráter do processo saúde-doença. Se

esse processo é essencialmente biológico, ou ao contrário, social. As razões dessa discussão devem ser

buscadas no desenvolvimento da medicina e da sociedade. A evolução científica e a reflexão sobre os

acontecimentos políticos e sociais permitiram constatar que só a medicina não era suficiente para

compreender o perfil e a origem das enfermidades nos países, mas também era necessário uma analise

crítica sobre a situação econômica, política e social. Objetivos: Resgate histórico das mudanças ocorridas

no pensamento humano sobre os determinantes do processo saúde-doença no início da década de 60.

Metodologia: Pesquisa baseada no texto “A saúde-doença como processo social” de Asa Cristina Laurell

presente na obra “Medicina Social – Aspectos históricos e teóricos” de Everardo Duarte Nunes, e análise

dos dados sobre o perfil de saúde-doença no México, Cuba e EUA nas décadas de 60/70. Resultados: O

perfil patológico no México na década de 60 é de doenças infecto-contagiosas, mas as causas de morte

típicas da sociedade “moderna” começam a se destacar. Em Cuba a importância das doenças infecto-

contagiosas é menor, destacando-se as doenças cardiovasculares e tumores. As estatísticas de mortalidade

cubanas demonstram que não existe relação necessária entre o grau de desenvolvimento econômico e as

condições coletivas de saúde. O perfil patológico dos EUA assemelha-se ao cubano, porém há diferença

quanto à freqüência, que pode ser explicado pelas diferentes relações de produção. Conclusões: O perfil

epidemiológico de morbi-mortalidade específico de cada tipo de sociedade não se explica como simples

função de fatores de risco isolados, mas é fruto e função de cada classe social com seu respectivo perfil,

ou seja, a maneira de consumir de cada classe, aliado ao desgaste dentro das várias formas de trabalho.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

Ana Yin Yin Mao¹

Fernanda Valério Henriques¹

Guilherme Henrique Silveira Teixeira¹

Janaíssa Mara Neto Diniz Ribeiro¹

Jean Felipe Medeiros¹

Maria Eugênia Silveira¹

Natália Maira Resende¹

Márcio Antônio Moreira Galvão²

A medicina preventiva tem por objetivo a promoção da saúde, a prevenção de doenças e evitar a

invalidez depois que o homem foi atingido pela doença. Os níveis de aplicação das medidas preventivas

são: prevenção primária, secundária e terciária. O estudo tem por objetivo analisar o processo de saúde e

doença, enfatizando avaliações do modelo da História Natural da Doença, realizado a partir de revisão de

literatura que possibilitou análise de pontos relevantes desse modelo epidemiológico. O modelo de níveis

de prevenção pode ser entendido como uma proposta de regionalização. Tal modelo encontra um bom

ajustamento ao falar das chamadas doenças transmissíveis e enfrenta obstáculos ao se reportar às doenças

degenerativas, às relacionadas aos transtornos de personalidade, às doenças comportamentais e às

psiconeuróticas. Quanto às condutas preventivas adotadas pela equipe médica e pela população, pondera-

se a importância do indivíduo assumir seu papel como doente e da educação em saúde. A prevenção

primária é discutida com base na eficácia de exames preventivos. O termo indústria do diagnóstico

precoce é utilizado para introduzir a idéia de que os exames de massa como o check-up visam a captar ou

“criar” doentes. A discussão acerca das prevenções secundária e terciária se baseia na efetividade das

medidas relacionadas a esses tipos de prevenção. A estratégia do modelo da história natural da doença,

por sua vez, pretende ser eficiente em identificar a lógica da ordenação dos elementos numa tentativa de

evitar a doença. Sob certo aspecto, esse modelo contribui para o surgimento de uma medicina eficiente e

única, eliminando a dicotomia entre a medicina preventiva e a curativa, construindo uma unidade a ser

erigida. Em suma, o objetivo final da prevenção permanente seria a integração dos quatro níveis de

conduta (diagnóstica, preventiva, terapêutica e de reabilitação).

1. Acadêmicos de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

A DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DE SÃO PAULO:

UMA ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DOENÇA.

Thiago Amorim Ribeiro da Cruz ¹

Alessandro de Sousa Veiga¹

Ariane Cavalcante¹

Daniel do Nascimento Antônio¹

Daniela Andrade Albergaria¹

Diogo Milioli Ferreira¹

Gustavo André Almeida de Oliveira¹

Gustavo Ferreira¹

Tatiane Duarte Figueiredo¹

Márcio Antonio Moreira Galvão²

INTRODUÇÃO: As doenças tal como as sociedades em que ocorrem, não são imutáveis, surgindo,

desaparecendo ou sofrendo modificações conforme o momento histórico. A distribuição da doença de

Chagas no Estado de São Paulo é avaliada nessa discussão através dos conceitos epidemiológicos

buscados a Teoria de Ocupação do Espaço Geográfico. Torna-se, assim, necessário buscar, no processo

evolutivo da doença de Chagas, os vínculos que esta estabelece com o espaço geográfico, para explicar as

transformações que sofre ao longo do tempo. OBJETIVOS: Demonstrar as modificações da doença de

Chagas no seu contexto epidemiológico, à medida que o espaço agrário paulista se transformou.

METODOLOGIA: Análise de texto e artigo relacionados à organização do espaço/doença e evolução da

doença de Chagas. DISCUSSÃO: Dentro da conceituação clássica da epidemiologia, a doença de Chagas

ocorre no momento em que o homem perturba o equilíbrio ecológico dos focos silvestres da doença e

constrói casas de pau-a-pique. Entretanto, o Triatoma infestans, não sofreu, em São Paulo, processo de

domiciliação e a doença de Chagas ocorreu predominantemente em regiões recém desbravadas próximas

à fronteira agrícola, não havendo relação entre casa de pau-a-pique/doença, evidenciando a inadequação

da teoria clássica a essa situação. Surge então uma explicação alternativa para a distribuição da doença de

Chagas baseada na vinculação do processo de disseminação da endemia e o avanço da fronteira agrícola

paulista. CONCLUSÃO: o contexto epidemiológico particular da endemia chagásica se limitou a

distribuição da organização espacial. Dessa forma, o maior determinante do declínio da disseminação da

doença de Chagas no Estado de São Paulo teria sido a reestruturação do espaço agrário caracterizada por

êxodo rural, melhoria das condições de vida e modernização da agricultura. Assim, quando as condições

históricas determinaram a reorganização espacial, a endemia desapareceu.

1. Acadêmicos de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

A TEORIA DOS FATORES DE RISCO DE MACMAHON E A ASSISTÊNCIA À SAÚDE ATUAL.

Robert Eduardo Emídio¹

Antônio Gilson Prades Júnior¹

Flávio Alexandre Pinto¹

Gustavo de Freitas Flausino¹

Ismael Eliezer de Azevedo¹

João Antônio T. Baratti¹

Laissa Reis Paixão¹

Luís Felipe da C. S. Azevedo¹

Renato de Sousa Malverde¹

Márcio Antonio Moreira Galvão²

Diferentes teorias interpretativas do processo saúde-doença identificáveis na história têm como

decorrência distintos projetos intervencionistas sobre a realidade, respondendo a necessidades sociais. A

partir da década de 70, com Brian MacMahon, passou-se a buscar condições necessárias relacionadas a

um processo patológico. Variações do comportamento epidêmico dependiam da natureza coletiva do

campo em questão. A epidemiologia do risco restringiu-se à construção e verificação de associações

probabilísticas e estatísticas entre eventos empíricos de interesse no campo da saúde e na formulação de

Redes de Causalidade – conjunto de fatores de risco associados à enfermidade. Objetivo. Conceituar a

Teoria dos Fatores de Risco de MacMahon e aplicá-la criticamente à assistência à saúde atual. Discussão.

Em tempos recentes observa-se uma tendência de transitar nos diversos modelos de organização da

assistência à saúde: da priorização de práticas centradas na doença, na assistência curativa, na intervenção

medicamentosa, para outras que buscam orientar-se ativamente em direção à saúde: práticas preventivas,

educação em saúde e à busca da qualidade de vida. O risco é cada vez menos conteúdo e cada vez mais

raciocínio na busca de se estabelecer nexos causais. Conclusão. Dificuldades metodológicas para se

entender a conceituação positiva da saúde através da metodologia epidemiológica alicerçada pelos fatores

de risco e pelas redes de causalidade mostram que não se deve abrir mão dos valores alcançados até o

momento na promoção da saúde, como equidade, humanização e democratização, além de se ter uma

visão do caráter coletivo e estrutural do processo saúde-doença. O desafio conceitual da saúde impõe

pensar as condições de validade normativa, expressiva e proposicional dos discursos que a aspiram. Não

faz sentido reclamar uma epidemiologia sem números ou sem risco, mas há que se buscarem categorias

que permitam fazer dialogar os seus achados com outras construções conceituais visando uma melhora na

atenção à saúde da população.

1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

INCIDÊNCIA DE DENGUE NO

MUNICÍPIO DE OURO PRETO, MINAS GERAIS.

Bruno Terra Junho ¹

Cássia Rafaela Leão de Brito¹

Felipe dos Santos Nascimento¹

Geizon Souza Barbosa¹

Guilherme Almeida Maia¹

George Luiz Lins Machado-Coelho²

INTRODUÇÃO: A dengue é uma das doenças virais mais importantes, que afeta principalmente os

países localizados nos trópicos, sendo favorecida por características climáticas, sociais e ambientais.

OBJETIVOS: No presente trabalho, será analisada a problemática dessa doença no município de Ouro

Preto, Minas Gerais, buscando analisar as variáveis ambientais, tais como temperatura, altitude, área

geográfica e aspectos demográficos. MÉTODOS: Análise dos dados referentes à incidência de dengue

encontrados no Sistema de Notificação de Agravos (SINAN) e os fornecidos pela prefeitura de Ouro

Preto, além de uma breve revisão da literatura sobre a influência dos aspectos citados acima e sua relação

com a biologia do vetor. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em 2009, foram notificados 392.530 casos

de dengue no Brasil, o que equivale a uma taxa de incidência de 204,98/100.000 habitantes, com uma

taxa de mortalidade de aproximadamente 0,15/100.000 habitantes. No mesmo ano, em Ouro Preto, Minas

Gerais, foram notificados 3 casos de dengue, o que equivale a uma taxa de incidência de 4,32/100.000

habitantes, porém, não foi registrado nenhum caso de óbito em função de agravo da doença. Com relação

às variáveis geográficas do município, encontra-se uma altitude média de 1.150 metros e uma temperatura

que oscila entre 6ºC, em julho, e 28ºC, em janeiro. Observa-se, ainda, uma acentuada discrepância entre o

número de casos notificados pela prefeitura de Ouro Preto e os encontrados no SINAN. CONCLUSÃO:

Através da análise das variáveis foi possível concluir que a as baixas temperaturas e elevada altitude são

fatores que influenciam nas taxas de incidência dessa doença.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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INFLUÊNCIA DA CONSULTA PRÉ-NATAL NO PESO DO RECÉM-NASCIDO.

Alexandrina Batista Rodrigues¹

Fabiana Chamon de Moura¹

Lívia Ferreira Fernandes¹

Marcos Kamilo Castro e Fonseca¹

Mariana Carla Santos Rossini¹

Tatiane Rufino Vieira¹

Autor apresentador:¹

Marcos Kamilo Castro e Fonseca¹

George Luiz Lins Machado Coelho²

Introdução: O Ministério da Saúde implantou o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)

em 1990 com o objetivo de reunir informações epidemiológicas referentes aos nascimentos em todo

território nacional. Metodologia: Foi feita uma análise por meio do programa Epi Info 3.4 do banco de

dados fornecido pelo Sinasc, referente aos prontuários de nascidos vivos do município de Ouro Preto, no

período de 2000 a 2004 e ano de 2008. Resultados: O percentual de nascidos do sexo masculino foi

maior que do sexo feminino, exceto no ano de 2004, em que os percentuais se igualaram. O parto tipo

vaginal corresponde a 58,9% dos analisados. O parto Cesário corresponde a 41,1% dos avaliados no

período. Ao analisar a variável Apgar1 em relação ao número de consultas pré-natal realizadas, temos um

valor de p= 0,0014, o que indica que o teste teve significância estatística, revelando que o Índice Apgar

pode ser influenciado pelo número de consultas. Do mesmo modo se comporta a relação entre o Apgar 5

e o número de consultas em que o valor de p foi inferior a 0,005.Conclusão: Ensaios desta natureza

deveriam ser realizados periodicamente, sob a coordenação do setor responsável pelo processamento e

controle do Sinasc com vistas a apontar e corrigir possíveis inconsistências dos dados.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

INFLUÊNCIA DA CONSULTA PRÉ-NATAL NO PESO DO RECÉM-NASCIDO.

Tiago Soares Baumfeld¹

André Silva Rodrigues¹

Filipe Garcia Moreira¹

Luís Felipe Cintra Pereira¹

Luiz Augusto Martins Silva¹

Ana Carolina Santana e Silva¹

Rosana Aparecida Rodrigues Cardos¹

George Luiz Lins Machado Coelho²

INTRODUÇÃO: O sistema de informação sobre a mortalidade oferece aos gestores de saúde, pesquisadores e

entidades da sociedade informações relevantes para a definição de prioridades nos programas de prevenção e controle

de doenças, a partir das declarações de óbito coletadas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo descritivo, em que foi analisada a distribuição temporal das principais

causas de mortalidade no município de Ouro Preto no período de 2003 a 2009. Essa distribuição foi estratificada por

faixa-etária, sexo, por grupos de doenças determinados pela Classificação Internacional de Doenças. Realizou-se a

comparação dos índices de mortalidade proporcional de Ouro Preto em relação a Minas Gerais e ao Brasil, através da

curva de Mortalidade de Nelson Morais e do Índice Quantitativo de Guedes. Os dados utilizados foram os

correspondentes aos 2788 óbitos declarados no município entre 2003 a 2009 e foram analisados por meio dos

softwares Epi Info 2000 e Microsoft Excel 2007®. As informações sobre Ouro Preto estão contidas no SIM e foram

cedidas pela Secretaria Municipal de Saúde. O DataSUS foi utilizado como fonte para os dados referentes a MG e ao

Brasil. RESULTADOS: Dos 2788 óbitos, 1275 foram do sexo feminino e 1513 do sexo masculino. As principais

causas de mortalidade em ambos os sexos foram as cardiovasculares, neoplasias e inespecíficas. O índice de Guedes

para as três localidades mostrou-se semelhante e com tendência de aumento ao longo do período de estudo.

CONCLUSÃO: A partir dos resultados obtidos, percebe-se que o perfil de mortalidade no município se mantém

relativamente constante no período em estudo. Nota-se ainda que os índices de mortalidade proporcional são

semelhantes ao padrão estadual e nacional. O estudo evidencia a necessidade de um vínculo indissociável entre a

pesquisa epidemiológica e o planejamento das ações no aprimoramento da assistência integral à saúde.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

CONTROLE DA TUBERCULOSE: ANÁLISE DA NOTIFICAÇÃO EM OURO PRETO - MG

Tiago César Pereira Ferreira1

Hendrik R Oliveira Carvalho1

Cezar Augusto Lamberti1

Felipe Mota Mariano1

Marlus Sérgio Borges Salomão-Júnior1

Rodrigo Pastor Alves Pereira2

Palmira de Fátima Bonolo2

Introdução: Estima-se que cerca de um terço da população mundial está infectada com o

Mycobacterium tuberculosis, sob risco, portanto, de desenvolver a enfermidade. Em Ouro Preto, a

média de novos casos notificados no período de 2002 à 2009 é de 27.58 casos/100 mil habitantes.

Quanto ao controle da tuberculose, o número de casos novos diagnosticados avalia a capacidade de

detecção dos serviços de saúde e a tendência da endemia. Objetivos: Compreender o modelo

estruturado de controle e registro da tuberculose do município de Ouro Preto; Comparar os dados de

incidência de tuberculose em Ouro Preto, registrados na Policlínica, com os do Sistema de

Informação de Agravos de Notificação (SINAN) a nível municipal, estadual e nacional.

Metodologia: Foi realizado o diagnóstico situacional, com base em entrevistas semi-estruturadas

com profissionais responsáveis pelo controle da tuberculose em Ouro Preto. Foi confeccionada a

árvore de problemas e definição da notificação como nó crítico. Para a comparação, foram utilizados

os dados registrados na Policlínica pela profissional responsável pela notificação e os dados que

constam no SINAN referentes a Ouro Preto. Com base nessas informações foram confeccionados

gráficos comparativos da incidência no período de 2002 a 2008. Resultados: No período analisado, a

média da incidência de tuberculose foi respectivamente: 42,5%, 35,1% e 22,7% para o Brasil, Minas

Gerais e Ouro Preto. Ocorreu uma subnotificação de casos no registro do SINAN quando comparado

ao da Policlínica, fato que desaparece a partir do ano de 2008. Ocorreu maior flutuação da

notificação de casos do município de Ouro Preto. Conclusão: O modelo de controle estabelecido em

Ouro Preto baseia-se na centralização do diagnóstico e acompanhamento do paciente na unidade

ambulatorial de doenças infecto-contagiosas na Policlínica, modelo inverso ao incentivado pelo

Ministério da Saúde moldado no padrão descentralizado. Também se pode constatar que a

centralização de todo processo de notificação em um só profissional, além de acabar com a distorção

entre as incidências de tuberculose em Ouro Preto obtidas pela Policlínica e pelo SINAN, serviu para

o real conhecimento da doença pela vigilância epidemiológica bem como para evitar sublocação de

ações e recursos para seu controle.

1. Acadêmicos do sexto período de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto 2. Professores do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A GRIPE A H1N1 ENTRE OS ESTUDANTES DE

MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – MG.

Marília Faleiro Malaguth Mendonça1

Paula Baccarini Cunha1

Tábata Passos Ferreira1

Talis V G M de Oliveira1

Thaís M B Camêlo1

Marcelo Pascoal Xavier2

Palmira de Fátima Bonolo2

Introdução: Estamos vivendo hoje a expectativa de uma provável segunda onda pandêmica da gripe

A-H1N1. Diante dessa possibilidade, é necessário traçar estratégias de enfrentamento baseadas na

experiência adquirida em 2009 e no inverno de 2010 dos países do hemisfério norte. Objetivos:

Aumentar o número de pessoas capacitadas a disseminar informações adequadas sobre a gripe A-

H1N1. Metodologia: Realização do diagnóstico situacional e priorização da informação insuficiente

como problema a ser enfrentado. Escolha do público alvo do 1º ao 5º ano do curso de medicina,

UFOP. Elaboração de questionário para aplicação pré e pós - intervenção (seminário) para apreensão

do conhecimento. Comparação pré e pós - seminário com 95% de intervalo de confiança. Digitação e

análise dos dados no Programa EpiInfo 3.4.1. Resultados: Participaram 135 e 65 estudantes no

momento pré e pós, respectivamente. A média de conhecimento anterior (pré) foi de 66,0, sendo a

variação de 61,0 (2º período) e 71 (5º período). A média posterior (pós) foi de 86,8 (84,5 no 1º

período e 92,0 no 5º período). Em relação a não ter vacinado, 31% no pré seminário relataram a

intenção de vacinar e 50,0% no pós com valor de p < 0,001.Conclusão: Apesar da redução dos

estudantes no segundo momento, esta não se deu por recusa e sim pelo período de final de semestre.

Houve aumento nas médias de acertos em todos os períodos e aumento significativo da intenção de

vacinar pós – seminário. A apresentação do seminário estimulou o debate entre os alunos a respeito

do tema.

1. Acadêmicos do sexto período de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto

2. Professores do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PROJETO DE INTERVENÇÃO EM GRUPO DE IDOSOS HIPERTENSOS EM CACHOEIRA DO

CAMPO, 2010.

Geysla Almeida Carvalhais Mourão1

Lídia Lacerda Guimarães1

Luciano de Barros Mendes1

Márcio Figueiredo de Mendonça1

Marcos Vinícius Pimentel Cardoso1

Ana Paula Pereira Carlota2

Luiz Antônio Braga2

Palmira de Fátima Bonolo3

Introdução: Analisando a situação de saúde da comunidade adscrita pelo PSF Bem Viver,

detectamos o nó crítico relacionado a complicações na saúde da população idosa: hipertensão arterial

sistêmica (HAS). Em conjunto com os demais atores sociais decidimos abordar esse aspecto.

Objetivo: A partir do planejamento e da gestão de ações abordar os aspectos relacionados à

hipertensão em idosos visando uma melhoria na qualidade de vida bem como uma maior adesão ao

tratamento anti-hipertensivo. Metodologia: Interação com o serviço para diagnóstico situacional da

condição de saúde da microrregião. A partir disso, definição dos problemas e priorização daquele de

maior resolutibilidade pelos atores sociais (HAS). Descrição do problema a fim de selecionar os

indicadores a serem utilizados na sua avaliação. Explicação do problema para indicar seus

determinantes e delinear as ações. Seleção dos nós críticos para conduzir as intervenções. Desenho

das operações identificando recursos, produtos e resultados para cada uma. Desenho dos recursos

críticos a fim de delimitarmos aqueles estaria ao nosso alcance. Análise e viabilidade do plano:

idntificar os atores que controlam os recursos necessários e a motivação destes em relação aos

objetivos propostos. Elaboração do plano operativo designando o responsável e os prazos para cada

ação. Desenvolvimento de dinâmicas sobre os temas: alimentação, medicamentos e cuidador.

Aplicação de questionário para avaliar hábitos de vida, história familiar de HAS e uso de

medicamentos. Resultados: Dentre os participantes (cerca de 32 idosos), 75% eram do sexo

feminino; 90% relatavam uso correto da medicação para HAS; 90% eram não tabagistas; 52,5%

tinham história familiar positiva para HAS, 25% desconheciam e 23,5% tinham história negativa. As

dinâmicas foram realizadas com grande participação e foi elaborado um instrumento para auxiliar no

registro diário da tomada de medicamentos. Conclusão: Percebemos a importância do planejamento

e da gestão em saúde a fim de obter-se a maior efetividade com os recursos disponíveis. Também, a

necessidade de grupos operativos mais dinâmicos e interativos para uma melhor compreensão acerca

dos temas abordados, visto que, com esta estratégia, obtivemos, a cada encontro, um maior número

de freqüentadores. Esperamos que as informações transmitidas possam auxiliar no controle da HAS

e, portanto, uma melhora na qualidade de vida desses idosos.

1. Acadêmicos do sexto período de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto 2. Profissionais de Saúde da Unidade Básica de Saúde – Bem Viver – Cachoeira do Campo, Ouro Preto

3. Professora do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

ANÁLISE DA ADESÃO AO PREVENTIVO PELAS MULHERES DO PSF RENASCER-

OURO PRETO/MG EM 2010.

Hálisson Flamini Arantes1

João Duarte de Carvalho1

Luís Paulo Vilela Lemos1

Mariana Sales Costa1

Núbia Carvalho Pena de Oliveira1

Raíssa Lage Coimbra1

Michelle Isabel Ferreira Mendes2

Alexandre de Almeida Barra3

Palmira de Fátima Bonolo3

Introdução: O câncer de mama e o de colo uterino representa o primeiro e o terceiro tumores mais

incidentes em mulheres no Brasil (INCA). Quanto à mortalidade por câncer em mulheres, o câncer de

mama é o primeiro, ao passo que o câncer de colo uterino é a quinta causa de óbito. Tais cânceres

podem ser detectados precocemente pelo exame preventivo, que neste estudo considera o exame da

mama e a colpocitologia. Objetivo: Verificar a adesão das mulheres da Unidade Básica de Saúde

(UBS) Renascer ao exame preventivo; Realizar a sensibilização das mulheres em relação a

importância da prevenção. Metodologia: Estudo de corte seccional com aplicação de questionário

padronizado em visitas domiciliares. O público eram mulheres entre 25 a 59 anos, residentes na

microárea 2 da UBS Renascer. Houve a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Os

dados foram digitados e analisados no programa EpiInfo 2002. Resultados: Dentre as 99 mulheres

entrevistadas, apenas uma relatou não conhecer os exames preventivos. De 98 mulheres, 77 (78,6%)

fizeram o preventivo há menos de 1 ano e 90 (91,8%) o fizeram há menos de 2 anos. Com relação ao

auto-exame da mama, observou-se que 38 (38,4%) não o fazem regularmente (mensalmente).

Percebeu-se também que a maioria das mulheres confunde o auto-exame com a mamografia. Em

relação a dificuldades em realizar os exames, 58,6% relatam não apresentar. Entretanto, vergonha e

incômodo são as maiores queixas em relação aos exames preventivos. Das mulheres com indicação

para mamografia, 35,3% nunca o fizeram, sendo a falta de um mamógrafo na cidade um grande fator

limitante. As sensibilizações foram realizadas com êxito. Conclusão: Concluiu-se que boa parte das

mulheres conhece e tem feito o exame Papanicolau anualmente, fato extremamente importante para o

diagnóstico em estágios ainda precoces do câncer de colo uterino. Ressalta-se a necessidade de

esclarecimentos sobre o auto-exame da mama e a mamografia e a importância de cada um deles. A

relevância desse fato é que ou as mulheres têm menosprezado o auto-exame, ou não sabem o que ele

é, ou ainda, pensam que a realização da mamografia exclui a necessidade do auto-exame

mensalmente.

1. Acadêmicos do sexto período de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto 2. Profissional de Saúde da Unidade Básica de Saúde – Renascer – Ouro Preto

3. Professores do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PREVENÇÃO DE ACIDENTES INFANTIS.

Ana Paula Alves Santos1

Athina Hetiene de Oliveira Irineu1

Cecília de Souza Monteiro1

Eduardo Gonçalves Martins da Costa1

Tiago Araújo Alves1

Tchalton Amador Corrêa1

Palmira de Fátima Bonolo2

Maria Cristina Veiga Aranha Nascimento2

Kerlane Ferreira da Costa Gouveia2

Keyla C C M S Cunha2

Introdução: Acidente é qualquer evento não intencional e evitável, causador de lesões físicas e

emocionais (Ministério da Saúde). Os acidentes infantis são causa crescente de mortalidade e

invalidez na infância e adolescência, acarretando a perda de anos de vida produtiva superior às

doenças cardiovasculares e o câncer em conjunto. Nesse sentido, os estudantes do 6° período de

Medicina, motivados pela relevância do assunto associada aos dados de acidentes infantis obtidos no

município de Ouro Preto, propuseram o tema pela disciplina Políticas, Planejamento e Gestão em

Saúde. Objetivos: Desenvolver um plano operacional e promover uma intervenção voltada para

educação na comunidade e abordagem individual; Promover a redução da incidência de acidentes

infantis, tanto em âmbito doméstico, quanto em ambientes coletivos. Metodologia: Realizou-se

levantamento na base de dados do Ministério da Saúde – DATASUS – e entrevistas com

informantes-chave. Foram produzidos dois pôsteres e um folder sobre o tema e realizado

aconselhamento sobre a prevenção de acidentes com os profissionais e cuidadores das crianças

atendidas no Centro de Saúde da UFOP e em uma Escola Maternal. Para avaliação utilizou-se um

questionário padronizado. Resultados: A maioria das internações por acidentes em 2008 ocorrereu

na faixa de 5 a 14 anos (83,3%). Foram realizados aconselhamento com 38 acompanhantes da

pediatria, 5 funcionárias do Centro de Saúde e 4 cuidadoras da Escola Maternal. A maioria das

pessoas havia presenciado acidentes em crianças, principalmente “quedas e queimaduras”; 57,9% não

entendiam que algo podia ser feito para se evitar os acidentes, mas conseguiriam aplicar as

orientações feitas pelo grupo. Os profissionais da Escola Maternal relataram que foi a primeira vez

que essa abordagem de acidentes foi conduzida na escola. Conclusão: O planejamento operacional

ocorreu de forma efetiva. As atividades de intervenção foram realizadas nos locais propostos e houve

boa receptividade para as ações. Conclui-se que a redução do número de acidentes, não depende

exclusivamente do conhecimento, pois de acordo com o trabalho realizado, os

cuidadores/profissionais tinham conhecimento da maioria das formas de evitar acidentes, porém não

o aplicavam.

1. Acadêmicos do sexto período de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto

2. Professores do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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