utilização da fibra na prática clínica - ufrgs.br · pdf...
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� Química: é a soma de polissacarídeosnão amiláceos e lignina - celulose, hemicelulose, lignina e PNA solúveis(arabinoxilanas, beta-glicanas)
� Fisiológica: Componentes da dietaresistentes à degradação por enzimasendógenas de mamíferos e aves.
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ALTAPectina
Goma guarMODERADA
Polpa de beterraba
Farelo de arrozGoma arábica
BAIXACelulose
Farelo de trigoFibra de cana-
de-açúcar
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Solúvel Insolúvel
Diminuição da velocidade de
passagem no TGI -saciedade
Fermentação e produção de
AGCC
Controle da diarreia
Controla os níveis de glicose, colesterol e
triglicerídeos
Estimula o trânsito intestinal, aumentando
a velocidade de passagem
Retém águaaumentando o
peso e o volume das fezes
Renovação da mucosa, proteção contra infecções
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Controle de
patologias
Diminui absorção e
digestão
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E NA CLÍNICA?
Diabetes Mellitus
Obesidade
Constipação
Hairball
� Dieta específica (baixa caloria e alta fibra);
� Comprometimento do proprietário;
� Atividade física
• 25 a 40% da população de cães e gatos estáacima do peso
Sucesso do tratamento depende de:
� Fatores de risco:
- Raça
- Idade
- Castração
- Inatividade física
- Doenças endócrinas
- Manejo nutricional (dieta de alta qualidade com baixa fibra + alimentação livre)
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� Diminuindo a digestibilidade dos nutrientes
� Proporcionando saciedade
� Diluindo a energia da dieta, permitindoassim a ingestão de um volume considerávelde alimento
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� Cão com 10kg, ECC 9 – redução de 20%
(8kg)0,75 x 70 = 332kcal/dia
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Consumindo uma dieta hipocalórica(3.000 kcal/kg) = 110g/dia
Consumindo uma dieta hipercalórica(4.000 kcal/kg) = 83g/dia
� Dietas hipocalóricas comerciais têm de 11 a 16% de fibra bruta
� A energia metabolizável em torno de 3.000 kcal/kg ou menor
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A perda de peso é mais satisfatória e menossofrida com o auxílio de dieta rica em fibra
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�
Redução de30% do peso
1,44% de perda porsemana
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�
Redução de15% do peso
0,5% de perda porsemana
� Doença endócrina comum em cães e gatos
� DMID: Insulinodependente: mais frequenteem cães (fêmeas entre 4 e 14 anos)
� DMNID: Não insulinodependente: maisfrequente em gatos (machos castrados)
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A obesidade eleva em 4x o risco de DMNID felina
� Feldman & Nelson (1996):
"Os efeitos das fibras solúveis e insolúveisparecem similares em cães”
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� Nelson et al. (1998)
- Utilizaram dietas com 50% carboidratosdigestíveis e 10 – 15% de fibra insolúvelpara cães ou 12% para gatos
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EFICAZES NO CONTROLE GLICÊMICO
� Nelson (2000) – gatos diabéticos
- 2 dietas:
- alta fibra insolúvel (12% de celulose)
- baixa fibra (1%)
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Dieta com alta fibra foi mais eficaz no controle glicêmico
� Kimmel et al. (2000)
- Os efeitos das fibras solúveis e insolúveis nãoforam similares
- Os cães diabéticos alimentados com fibrainsolúvel tiveram as menores concentraçõesde glicose
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� Fischer et al. (2012) – gatos com sobrepeso
- 3 fontes de fibra:
Polpa de beterraba,
Farelo de trigo
Fibra de cana-de-açúcar
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Menor concentração de glicose foiverificada nos animais que consumiram a
dieta com fibra de cana
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� Não está estabelecido o conteúdo ideal de fibra para animais diabéticos
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Porém,
Existe um consenso de que a fibra é eficaz e deve serincluída em quantidades moderadas (8 a 17% na MS)
A inclusão deve ser de fibra insolúvel oumista solúvel e insolúvel
� Transtornos do intestino delgado:
- Síndrome do intestino curto
� Transtornos do intestino grosso:
- Colite;
- Síndrome do intestino irritável;
- Constipação
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� Não é comum em cães e gatos
� Geralmente ocorre após retirada de 70% do intestino delgado
� Misto de fibra solúvel e insolúvel
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� Fibra insolúvel
- Modula a motilidade intestinal;
- Melhora a regulação do conteúdo de água fecal
� Fibra solúvel
- Modula a motilidade intestinal;
- Pectina, gomas: retardam o esvaziamentogástrico
- Produz ácidos graxos de cadeia curta24
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� Transtorno comum em cães e gatos
� Fatores infecciosos, tóxicos, inflamatórios edietéticos (hipersensibilidade alimentar)podem desencadear colite aguda oucrônica
� Prinicipais sinais clínicos: diarreia dointestino grosso com muco ou sangue,tenesmo e disquesia
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� Utilização de fibra é controversa
� Níveis moderados (10% FB na MS) defibra insolúvel parece ser o maisindicado
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� Corresponde a 5 a 17% dos transtornos do intestino grosso em cães
� Não diagnosticado em gatos
- Ingestão de fibra conduz à melhora clínicade muitos pacientes
- Uso de fibras fermentáveis como psyllium: 1 a 6 colheres de chá por refeição em dietacomercial específica para problemas GI
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� É definida como a infrequência ou a dificuldade na passagem das fezes, com sua retenção e endurecimentoexacerbado.
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� Utilização de fármacos indutores
- Anticonvulsivantes, antidepressivos, diuréticos, opiáceos, sucralfato)
� Ingestão de ossos, pedras, corpo estranhoem cães
� Ingestão de pelos em gatos
� Caixa sanitária suja
� Transtornos perineais e perianais (hérniaperineal, fístula perianal)
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DisquesiaDisquesia
Retençãoprolongada
de fezes
Retençãoprolongada
de fezes
Aumento naabsorção de
água
Aumento naabsorção de
águaTenesmoTenesmo
MegacólonMegacólon
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� Psyllium - Metamucil® -1 a 5 colheres de chá / dia (para cada 5kg), ou:
� 2 a 4% de psyllium em pó diretamentena ração
� Dieta comercial rica em fibras
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� 24 cães constipados atendidos em HV
� Inclusão de 2% de psyllium à dieta
� Durante o uso de psyllium, as fezes foramconsideradas pelos proprietários:
- pastosas por 4 (16,7%),
- normais por 18 (75%),
- ressecadas por 2 (8,3%)
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� É a formação de bolas de pelo no intestino.
� Mais comum em gatos de pelo longo
� Geralmente associada a:
- baixa motilidade intestinal durante períodosde jejum;
- higienização – ingestão de pelos
- doenças de pele, picadas de insetos
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� 24 gatos com sinais clínicos (vômito, náuseaou tosse)
� Grupo 1: petisco rico em fibra (psyllium) 2x ao dia durante 14 dias
� Grupo 2: petisco placebo 2x ao dia durante14 dias
� Grupo que recebeu a fibra apresentoumelhora significativa de 29% dos sinaisclínicos
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� Mais comum em Pastor Alemão mas acomete outras raças;
� Aumento gradual de fibra na dietapode melhorar – 5% de FB por semana
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CUIDAR!
Gatos idosos com sobrepeso podemdesenvolver megacólon, constipação ou
flatulência
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� A fibra dietética tem inúmeras aplicaçõesclínicas – obesidade, DM e constipação
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- O tipo de fibra e a quantidade a serempregada varia conforme o objetivo e oanimal (tolerância)
- Deve-se aumentar gradativamente aquantidade de fibra nas dietas dos animais comdistúrbios GI e ter cautela!!
� Aumento na quantidade de fibra nas dietaspara animais adultos e idosos
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� Redução da energia de dietas de altaqualidade para adultos de raçaspredispostas – prevenção da obesidade =dietas light
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Contato: [email protected]