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UTILIZAÇÃO DO JORNAL IMPRESSO E DIGITAL COMO RECURSO
DE ENSINO APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS
Eliane Schardosim1
Ana Lúcia Crisostimo2
Resumo
Aliar o ensino de Ciências ao uso das novas tecnologias significa colocar a escola em sintonia com o contexto social atual, em que informação e conhecimento estão mais democráticos. É preciso atentar que as descobertas científicas e mídias diversas integram o cotidiano dos alunos. Neste cenário o objetivo deste artigo é socializar os resultados de um processo de capacitação de professores do Colégio Estadual Duque de Caxias – EFM, localizada em Saudade do Iguaçu (PR), em relação ao uso de jornais impressos e digitais como recursos didáticos no ensino de Ciências e das disciplinas afins. A metodologia da pesquisa foi via pesquisa-ação. A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola, contou com a formação de um grupo de estudos, via formação continuada. Durante sete encontros presenciais e à distância foi implementado o material didático denominado “Utilização do jornal impresso e digital como recurso de ensino aprendizagem em Ciências” no formato de um Caderno Pedagógico, vinculado à produção didática do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) – UNICENTRO, no primeiro semestre de 2017. Os objetivos foram plenamente atingidos e as dificuldades ficaram no âmbito do domínio das tecnologias, como: uso do computador, celular, acesso à internet (lentidão do sistema), para a realização das pesquisas e na utilização dos programas. Tais dificuldades foram sanadas pelo trabalho coletivo e o espírito colaborativo.
Palavras-chave: Tecnologias; Ferramentas Pedagógicas; Jornal Digital; Formação Continuada.
1. INTRODUÇÃO
No cenário educacional atual tem se observado uma inserção cada vez maior,
nos processos de ensino-aprendizagem, de recursos didático-pedagógicos diferentes
e inovadores, especialmente os relacionados ao campo das tecnologias da
informação e comunicação. Na rede pública de ensino, uma proposta de utilização de
diferentes recursos, há algumas décadas, era praticamente inviável, onde a carência
de recursos era visível e a aquisição, inclusive, de materiais básicos, como livros
1 Professora QPM da Rede Estadual de Educação do Estado do Paraná, integrante do PDE 2016-2017. SEED-PR. E-mail: [email protected]. 2 Orientadora. Profª. Drª do depto de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) – E-mail: [email protected].
didáticos, era muito pequena e difícil. No entanto, esta realidade, gradativamente, veio
sendo mudada. As escolas públicas, senão a maioria delas, já dispõem de recursos,
principalmente, os relacionados às Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC.
Outro fator que tem sido constantemente observado entre os estudantes é um
grande interesse pelas novas tecnologias no formato de mídias eletrônicas. Este
movimento pode se tornar uma boa aliada no sentido de incorporar os avanços
tecnológicos ao ensino, mais especificamente na prática de ensino das diversas
disciplinas. Com isso a escola prepara o aluno para a realidade social e cabe aos
professores fazer a mediação desse processo promovendo o uso das tecnologias em
favor da aprendizagem.
Pressupõe-se, então, que com a aquisição de novas ferramentas pedagógicas,
pelas escolas públicas pode ocorrer em todas as áreas de conhecimento.
Particularmente, destaca-se Ciências e as disciplinas afins, cuja forma de aplicação
didático-metodológica em sala de aula é alvo de críticas, por ainda prevalecer uma
abordagem essencialmente teórica, voltada à descrição e segmentação de conteúdos,
que não resultam em aprendizagem satisfatória, conduzindo os alunos mais à
memorização que à construção do conhecimento significativo (KRASILCHIK, 2000).
Aliar o ensino de Ciências ao uso das novas tecnologias significa colocar a
escola em sintonia com o contexto social atual, em que a informação e o conhecimento
se mostram mais democráticos e, novas descobertas científicas se fazem presentes
no cotidiano dos alunos, por meio das mídias diversas, e já não se concebe que a
escola fique alheia a tudo isso.
Diante dessas considerações cabe o seguinte questionamento: como
contribuir para a formação continuada do professor que atua no ensino básico no que
se refere à importância da utilização do jornal impresso e virtual como ferramenta de
ensino?
Nesta perspectiva este artigo socializa os resultados de um processo de
capacitação de professores do Colégio Estadual Duque de Caxias – EFM em 2017,
via formação continuada, em relação ao uso de jornais impressos e digitais como
recursos didáticos ao ensino de Ciências e das disciplinas afins.
Portanto, o presente artigo traz em seu conteúdo, primeiramente, os
fundamentos teóricos que embasaram o desenvolvimento do processo formativo em
análise e, na sequência, o relato da experiência desenvolvida e os resultados obtidos
com a implementação da proposta formativa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A educação e a tecnologia no contexto escolar
Na atualidade, uma das funções da educação consiste em formar cidadãos
livres e autônomos, sujeitos do processo educacional. Processo pelo qual professores
e estudantes se identificam com o papel de pesquisadores, já que o mundo se
encontra cada vez mais voltado à informação e à informatização. Assim, a escola só
terá qualidade se integrar as novas tecnologias da informação e comunicação de
modo eficiente e crítico. Algo que será possível a partir do momento em que a escola
demonstrar sua capacidade de colocar as tecnologias a serviço do sujeito da
educação, tendo a necessária obrigação de perpassar pela atuação do professor.
Segundo Freire (2005), a educação sozinha não transforma o mundo, mas
transforma as pessoas, e elas é que mudam o mundo. Assim, é necessária e,
sobretudo urgente, a formação de professores autônomos, que se comprometam em
incluir em sua prática pedagógica a busca constante pela informação e atualização
profissional no intuito de realizar um trabalho inovador.
Diante disso, as tecnologias são elos que ligam a sala de aula ao mundo
exterior, representando e mediando o conhecimento de mundo. Também, que elas são
diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta,
mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas, combinadas,
integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de
todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência,
habilidades e atitudes.
Tendo em vista que o uso das tecnologias e a informatização têm avançado
muito, cada vez mais surgem alternativas que permitem ao aluno utilizar recursos de
acesso ao conhecimento e à informação sendo complementos fundamentais às
atividades pedagógicas realizadas em sala de aula e na escola. Portanto, a tecnologia
deve compor a construção do conhecimento, promover a reflexão e a análise crítica,
como apoio pedagógico dos processos de ensino-aprendizagem.
Nesse processo, caberá ao professor mediar a aprendizagem por meio do uso
das tecnologias, procurando inovar e utilizando-se de estratégias de ensino que as
integrem e vislumbrem resultados significativos. Por isso, ao se utilizar da tecnologia,
o professor deve inseri-la em seu projeto específico de ensino, fazendo dela um
recurso de suporte à aprendizagem.
Mais do que incentivar os alunos a acessar e buscar material na internet é
preciso explorar esses meios junto com eles, aprendendo a produzir, veicular e fazer
circular informações e significados construídos nesse espaço de convivência. A
escola, mais especificamente a escola pública, precisa garantir aos alunos o acesso
às mídias de forma ativa e produtiva, favorecendo a comunicação. Novos objetivos,
em qualquer campo de conhecimento, só podem ser valorizados, analisados e
utilizados de forma crítica e inovadora quando, de fato, compreendidos.
A escola, conforme Moran (2002), deve se preocupar e possibilitar a inclusão
digital. Com a apropriação das tecnologias, poder conquistar uma autonomia maior e
formar cidadãos críticos, com igualdade de oportunidades.
De acordo com Prata (2002), o uso das tecnologias permite às escolas
repensar seus projetos pedagógicos e por meio de novas dinâmicas flexibilizar o
currículo com projetos reais, que tenham origem em um tema disciplinar, ou uma
questão investigativa que busque a resolução de problemas no meio escolar.
Implantar as TIC’s na escola exige planejamento, disciplina e condições
técnicas, pois podem colaborar em todo o funcionamento da mesma, facilitando a
comunicação e as tomadas de decisões. O uso das tecnologias racionaliza o tempo
de estudo, pois estão alocados em um único local um cabedal de informações,
facilitando as atividades educacionais.
Entende-se como fundamental, nos dias atuais, inserir as mídias no processo
pedagógico, tanto como ferramenta de estudo, como para despertar a percepção
crítica sobre elas. São as mídias que hoje invocam um jeito diferente de aprender, de
forma divertida, curiosa. A integração desses meios nos currículos escolares não é
tarefa fácil. A escola ainda tem dificuldade em associar as tecnologias às propostas
pedagógicas, mantendo-se ligada às técnicas e tecnologias tradicionais da educação
(retroprojetor, quadro, giz, livros didáticos, oralidade, um comunicador (professor) –
muitos ouvintes, provas e testes para avaliar o desempenho dos alunos).
Mas, não basta transitar pela informação. O fundamental é saber transformar
informação em conhecimento próprio por meio de procedimentos adequados de
aprendizagem. Para Fantin (2006) educar com, sobre e por meio das TIC’s é
fundamental para a formação educacional das crianças e jovens no século XXI,
fundamentando-se, sobretudo, na construção do pensamento crítico e que lhes
garantam direito à cultura, à crítica, à criação e à cidadania e permeando as ações
pedagógicas no âmbito escolar.
Um dos grandes responsáveis pela introdução, no âmbito escolar, do uso da
imprensa como recurso de ensino-aprendizagem foi Freinet (2013). Oportunizando
aos alunos, por meio da imprensa escolar, a construção de jornais para que pudessem
compartilhar com amigos e familiares as leituras produzidas. Um dos elementos que
proporcionaram essa interação/integração foi a correspondência interescolar, pois
possibilitava que os alunos enviassem fotos, desenhos, cartas e jornais a pessoas que
se encontravam em outros lugares, desta forma, trocavam informações e obtinham
conhecimentos acerca dos usos e costumes de sociedades e comunidades escolares
distantes.
Pela Internet podem ser realizadas interações significativas, pelos e-mails,
listas de discussão, fóruns, chats, blogs, ferramentas de comunicação instantânea,
sites de relacionamentos, jornal digital, é possível promover alguma forma de ensino-
aprendizagem. Porém, é de fundamental importância que o professor informe e
oriente os alunos no momento da utilização da Internet como ferramenta pedagógica,
bem como a respeito de suas vantagens e perigos.
Novas formas de reflexão e ação da leitura estão sendo utilizadas por meio da
inserção do jornal no ambiente escolar, os quais têm mostrado resultados
satisfatórios. Permite, aos novos leitores o acesso palpável a um recurso capaz de
estimular o prazer de ler, além de relacionar a realidade social por meio das
informações ali veiculadas. Ou seja, a utilização e o manuseio de jornais do dia ou de
dias anteriores, proporcionará aos estudantes, nas salas de aula, uma forma de leitura
prazerosa e descompromissada (HAMZE, 2009).
De acordo com Ostrovski (2009, p. 45), “Os textos jornalísticos trazem,
portanto, uma série de conteúdos, estabelecendo uma rede de significados que
caracterizam os fenômenos/fatos fora da escola”.
Desta forma, o jornal servirá de instrumento pedagógico, que ao ser levado
para a sala de aula, será uma ferramenta de ensino com condições de motivar o aluno
à realização de leituras. Utilizar-se de jornais no contexto educacional, associado aos
conteúdos pode representar um instrumento mais eficaz que a leitura pura e simples
do livro didático da disciplina, além de oportunizar a construção do conhecimento parta
que estes estudantes sejam cidadãos melhor informados e ativos socialmente
(HAMZE, 2009).
Para Anhussi (2009, p. 38), “Os jornais impressos ou da Internet representam
mais um entre tantos recursos que o professor tem disponíveis em sala de aula entre
livros didáticos, cartazes, lousa e giz”. Como se observa, é possível que o professor
faça uso em suas aulas desse recurso, “gerando informações que poderão promover
aprendizagem e favorecer o desenvolvimento crítico e cognitivo dos aprendizes”.
O jornal, ao ser utilizado como recurso de ensino-aprendizagem, segundo
Pavani (1999 apud OSTROVSKI, 2009, p. 45), ensina, orienta, informa, discute,
diverte, ainda para o autor trabalhar com jornal oportuniza aos estudantes o
desenvolvimento de projetos sob vários temas, uma vez que o mesmo funcionará
como “[...] fonte de informação sobre os assuntos diversos; a pesquisa em jornal pode
estender-se por semanas ou meses, se assim o aluno desejar”.
A utilização do jornal pelo professor, segundo Anhussi (2009, p. 38) pode ser
uma forma de trabalhar os conteúdos mais importantes, pois a realização de leituras
sempre representará uma boa forma de aquisição dos conhecimentos e também de
ampliá-los. Por meio do jornal é possível tomar conhecimento de como os fatos vão
se sucedendo, com isso os conhecimentos se mostram atuais e oportunizam
posicionar-se, realizar análises e também críticas. Segundo a autora, “[...] os fatos
aparecem em versões do próprio jornal, impondo a criticidade, a descoberta e a
recriação pela análise dos textos”. Como se pode constatar, o jornal tem o poder de
estimular “[...] a curiosidade e a vontade de aprofundar os fatos pela leitura das
versões”.
Em comparação a outras formas de tecnologias da informação e comunicação,
o jornal impresso mostra que, “enquanto a TV é sincrônica, isto é, simultânea aos
fatos, é instantânea, o jornal impresso é acrônico, isto é, não tem tempo próprio, é
duradouro e ao mesmo tempo contemporâneo” (TOSCHI, 1993, p.104).
Apesar de representar em sala de aula um bom recurso de ensino-
aprendizagem, o jornal ainda encontra resistência de ser utilizado em práticas
pedagógicas por boa parte dos professores, os quais não o veem como um recurso
propiciador da leitura e escrita ou ainda, quando fazem uso, o fazem de forma
incoerente e ineficaz. Nesse sentido, o trabalho desenvolvido por determinados
professores, é criticado por Ferreira (2007 apud ANHUSSI, 2009, p. 39), quando
comenta que “[...] os trabalhos realizados pelos alunos envolvendo pesquisas em
jornais constituem atividades mecânicas, quando os alunos recortam textos, gravuras,
espalham na cartolina e colam”.
Para Anhussi (2009) ainda, os textos para leitura destacados pelo professor,
não são lidos pelos alunos, os professores não analisam ou comentam com eles,
tampouco realiza alguma análise a fim de realizar a inserção de um novo conteúdo às
suas aulas. Para autora, agindo-se desta forma, evidencia-se que “[...] a leitura, o
entendimento e compreensão dos textos selecionados não fazem parte das práticas
educativas de muitos professores, apesar de reconhecerem no jornal uma fonte rica
de informação” (ANHUSSI, 2009, p. 40).
Quanto aos jornais digitais, mesmo com a facilidade de serem acessados pela
internet, também não são muito utilizados em sala de aula como fonte de
conhecimento e informação, acredita-se que o principal fator que impede esta
inserção é a parte estrutural da escola, falta de recursos materiais, além de uma
formação que capacite os docentes para este uso. Sendo assim, importante destacar
que ambas as formas de jornal, impresso e digital, ainda são pouco utilizadas pelos
professores como recurso de ensino-aprendizagem.
Destacar a leitura de jornais na escola, pelo prazer do ler ou pela busca do
conhecimento é sempre importante, pois “[...] a leitura é sempre produção de sentido”
(GOUMELOT, 2001, p. 107).
Importante frisar que ao se utilizar do jornal como um recurso de ensino
aprendizagem, para Ostrovski (2009), o professor deve estar atento aos seguintes
itens: saber o conteúdo que será desenvolvido; identificar em cada matéria seu
assunto específico; conhecer e avaliar as características dos alunos com os quais irá
desenvolver o trabalho; determinar quando o tema abordado com a classe; definir
quanto tempo será necessário à realização da atividade; estabelecer os objetivos a
serem alcançados; saber aquilo que pode dificultar e também o que pode auxiliar a
aprendizagem; estabelecer antecipadamente como a atividade será efetivada.
Como se constata, o jornal representa um bom recurso ao ensino-
aprendizagem, desde que o professor tenha o cuidado de utilizá-lo adequadamente
em sua disciplina.
Portanto, cabe ao professor enfrentar o desafio de ampliar sua capacidade de
propor e promover atividades novas, diferentes, utilizando-se para isso de todos os
recursos materiais, com o propósito de levar aos alunos conhecimentos novos e
diversos, reconstruindo conhecimentos já adquiridos e incentivando-os à construção
de outros (CANTINI et al., 2016).
Mas para que as mudanças educacionais se concretizem, de acordo com
Barros (2003, p. 31), é necessário primeiramente ter profissionais:
[...] maduros intelectuais e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas e que saibam motivar e dialogar, [...] os grandes educadores atraem não só pelas suas ideias, mas pelo contato pessoal. Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar e na forma de comunicar-se.
Mas, nem tudo em relação a estas mudanças cabem ao professor, elas também
dependem dos alunos, que eles sejam curiosos, motivados, assim, contribuem com o
processo educacional e estimulam no professor suas qualidades (BARROS, 2003).
Barros (2003, p. 32) ainda informa que “Uma das tarefas mais urgentes é
educar o educador para uma nova relação no processo de ensinar a aprender, mais
aberta, participativa, respeitosa do ritmo de cada aluno, das habilidades específicas
de cada um”.
Destaca-se também que para o professor a formação continuada representa
um apoio pelo qual é possível conseguir “[...] trabalhar e exercer a sua função diante
da sociedade, podendo perceber como atuar para que o horário dos seus alunos
diante da sua aula seja um momento de aprendizado” (MILEO; KOGUT, 2009, p. 02).
Os autores comentam que é importante estar ciente do por que o professor realizar
uma formação continuada, estabelecendo-se diferença entre as aulas de profissionais
que passaram e aqueles que não participaram de atualizações (MILEO; KOGUT,
2009).
A capacitação de professores contribui para que estes profissionais estejam
aptos a mediar o ensino-aprendizagem do aluno, principalmente quando se trata da
inserção tecnológica, mas para isso o professor deve estar bem preparado, deve se
capacitar continuamente.
Capacitar o professor para o bom uso das tecnologias é muito importante, pois
o que tem se visto muito nas escolas, é o investimento em espaços físicos, em
recursos materiais e não na formação continuada dos profissionais. O que demonstra,
em muitos locais, que os professores se sentem receosos em perder seu lugar para
as máquinas, por isso, acabam por estagnar-se e não buscar a atualização
necessária, fazendo com que todo o investimento em estrutura física e material
tecnológico se configurem como um desperdício, isso porque seu uso será “superficial
e sem proveito significativo” (CANTINI et al., 2016, p. 7).
Mileo e Kogut (2009, p. 6), ressaltam a importância de o docente buscar
qualificação para que possa atender necessidades de alunos e sociais. Segundo as
mesmas autoras, no mercado de trabalho, cada vez mais estão sendo escolhidos os
melhores profissionais, com qualificação, flexibilidade e com disposição para o
enfrentamento de desafios, sempre priorizando melhorias no campo educacional.
“Cabe ao docente estar consciente de que atualmente, “apenas a formação inicial não
é suficiente para a garantia da qualificação”.
Sobre a formação continuada também, Marin (2005, p. 6) corrobora que a
mesma “[...] consiste em propostas que visem à qualificação, à capacitação docente
para uma melhoria de sua prática, por meio do domínio de conhecimentos e métodos
do campo de trabalho em que atua”.
De acordo com Behrens (1996, p. 135) “A essência da formação continuada é
a construção coletiva do saber e a discussão crítica reflexiva do saber fazer”. Por isso,
considera-se o trabalho coletivo como a principal forma de realizar a formação
continuada. Por meio da coletividade o professor terá a oportunidade de trocar ideias
e experiências com seus pares, tendo a oportunidade de refletir acerca dos resultados
observados a partir de sua atuação pedagógica, para, a partir disso, buscar
estratégias diferentes que promovam a mudança de situação, sempre priorizando a
aprendizagem do aluno e a melhoria de seus conhecimentos (MILEO; KOGUT, 2009).
Destaca-se ainda, que o professor busca pela formação continuada não apenas
como forma de aquisição do conhecimento científico, mas também como forma de
aprimoramento pessoal, uma vez que, “[...] o profissional que trabalha com uma maior
disposição e dedicação diante daquilo que desenvolve terá sempre um maior incentivo
para procurar novas técnicas e desenvolver o seu trabalho docente sempre de
maneira inovadora” (MILEO; KOGUT, 2009, p. 6).
Para Marin (2005, p. 30) “[...] a formação continuada é um dos aspectos
importantes para reunir a teoria e a prática no contexto profissional”. Para que, dessa
forma, os professores possam ter diferentes momentos pelos quais tenham condições
de perceber e abstrair as melhorias promovendo a prática aliada à teoria, isto no intuito
de promover um ensino-aprendizagem claro e interessante para os alunos.
3. MATERIAL E MÉTODO
Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizada a metodologia qualitativa na
modalidade de pesquisa-ação colaborativa. Esta modalidade de pesquisa constitui-se
de um instrumento capaz de unir o desenvolvimento do conhecimento e compreensão,
como parte da prática e apresenta como característica, na linhagem da prática
metodológica, segundo Engel (2000, p. 184) “[...] a função de diagnosticar um
problema específico em uma situação também especifica, com o fim de atingir
relevância prática dos resultados”.
A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, contou com
a formação de um grupo de estudos, via curso de formação continuada junto a 09
professores do ensino público que atuam no Colégio Estadual Duque de Caxias - EFM
da cidade de Saudade do Iguaçu (PR). Durante os encontros e oficinas do grupo de
estudos foi implementado o material didático denominado “Utilização do jornal
impresso e digital como recurso de ensino aprendizagem em Ciências” no formato de
um Caderno Pedagógico, vinculado à produção didática do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) - UNICENTRO. Esse material constituiu uma
base de consulta para professores da rede pública estadual de educação, bem como
visou subsidiar teoricamente os conteúdos trabalhados durante a vigência do
processo formativo.
As discussões junto ao grupo ocorreram a partir dos seguintes
encaminhamentos metodológicos: leituras, discussões e produções de textos, vídeos,
filmes, propagandas ambientais, slides, dinâmicas de grupo, músicas e minicursos,
elaboração de relatórios, entre outras. Também foram realizados os registros dos
dados que estão contribuindo com a elaboração deste trabalho, ou seja, por meio dos
relatórios das reuniões do grupo de estudos, dos subprojetos e relatórios elaborados
pelos professores envolvidos.
Sob este enfoque, o Projeto de Intervenção Pedagógica foi desenvolvido junto
aos professores que atuam na disciplina de Ciências e disciplinas afins (como
Biologia, Química, Física, Matemática), que atuam no Colégio Estadual Duque de
Caxias EFM no município de Saudade do Iguaçu – PR, com interesse e
disponibilidade para participar das atividades, em formato de oficinas de formação
continuada, nas quais o tema “Utilização de jornal impresso e digital como recursos
de ensino aprendizagem nas aulas das disciplinas do campo científico”, serviu de base
ao desenvolvimento das ações.
Para o desenvolvimento das ações foram organizadas atividades que
constituíram o Material Didático, no formato de caderno pedagógico, no qual há um
roteiro com a descrição dos passos que foram seguidos na implementação. No
material foram sugeridas atividades como: pesquisa e análise de conceitos relativos
ao uso da tecnologia como prática didático-pedagógica; promover a discussão dos
caminhos para a inserção das tecnologias no ensino de Ciências e áreas afins; a partir
das leituras e pesquisas analisar quais são as dificuldades do ensino de Ciências e
das áreas afins, bem como os norteamentos a serem seguidos na busca da superação
das mesmas; promover o estudo e análise das características do jornal impresso como
recurso de ensino aprendizagem em ciências e disciplinas afins; efetuar o estudo da
possibilidade da construção de um jornal digital de Ciências e das áreas afins, quais
os procedimentos para a elaboração, promover a experimentação coletiva da
construção até o uso prático onde serão disponibilizados conteúdos das disciplinas e
interação com os alunos e proporcionar a investigação, estimular ideias, explorar
temas e realizar experiências; realizar a pesquisa do que é e de como utilizar em sala
de aula o jornal digital; realizar coletivamente o material: o jornal digital para que
sirvam, além de exemplo, para que o professor já possua maior conhecimento no
momento de realizar este tipo de trabalho com os alunos.
4. RELATO DA EXPERIÊNCIA E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
O projeto de intervenção pedagógica “Utilização do jornal impresso e digital
como recurso de ensino aprendizagem em Ciências”, cujo tema esteve centrado nas
novas tecnologias como ferramentas pedagógicas no ensino de Ciências, foi
desenvolvido junto aos professores que atuam na disciplina de Ciências e disciplinas
afins (como Biologia, Química, Física, Matemática), que atuam no Colégio Estadual
Duque de Caxias EFM no município de Saudade do Iguaçu – PR, que demonstraram
interesse e possuíam disponibilidade para participarem das atividades propostas, as
quais foram realizadas em forma de oficinas de formação continuada. Para o
desenvolvimento das ações foram organizadas atividades, as quais compõem um
caderno pedagógico, ou seja, o Material Didático de implementação, em que foi
elaborado um roteiro com os passos a serem seguidos em sua execução.
Importante destacar que, a utilização do jornal pelo professor, segundo Anhussi
(2009) pode ser uma forma de trabalhar os conteúdos mais importantes, pois a
realização de leituras sempre representará uma boa forma de aquisição dos
conhecimentos e também de ampliá-los. Por meio do jornal é possível tomar
conhecimento de como os fatos vão se sucedendo, com isso os conhecimentos se
mostram atuais e oportunizam posicionar-se, realizar análises e também críticas. Na
atualidade, cada vez mais, o desenvolvimento das práticas pedagógicas escolares,
têm exigido que o professor se capacite, que esteja bem preparado ao
desenvolvimento do seu trabalho em sala de aula e também, que o mesmo esteja apto
a lidar com as novidades e problemas que se apresentam na sociedade (MILEO;
KOGUT, 2009). Para Behrens (1996), o profissional que acredita na educação como
forma de transformação da sociedade, precisa estar sempre buscando a educação
continuada.
No material elaborado, foram sugeridas aos professores ações como: pesquisa
e análise de conceitos relativos ao uso da tecnologia como prática didático-
pedagógica; promoção de discussões dos caminhos para a inserção das tecnologias
no ensino de Ciências e áreas afins; a partir das leituras e pesquisas foram analisadas
quais são as dificuldades do ensino de Ciências e das áreas afins, bem como os
norteamentos a serem seguidos na busca da superação das mesmas; promoveu-se
o estudo e análise das características do jornal impresso como recurso de ensino
aprendizagem em ciências e disciplinas afins; efetuou-se o estudo da possibilidade e
viabilidade da produção conjunta de um jornal digital de Ciências e das áreas afins e
de quais os procedimentos para essa elaboração, promoveu-se a experimentação
coletiva da construção e do uso prático do jornal com a disponibilização de conteúdos
das disciplinas e da interação com os alunos, desta forma foi possível proporcionar a
investigação, estimularam-se ideias, exploraram-se temas e experiências foram
desenvolvidas; procurou-se ainda com o grupo, realizar a pesquisa do que é e de
como utilizar em sala de aula o jornal digital para depois, construir coletivamente o
material: o jornal digital para que servisse de exemplo, para que o professor possuísse
maior conhecimento no momento de realizar este tipo de trabalho com os alunos.
Paralela à implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola,
ocorreu a tutoria do GTR – Grupo de Trabalho em Rede, no qual a autora deste artigo
apresentou suas produções didáticas, o projeto de intervenção e o material didático,
ao grupo de professores participantes do grupo de estudos, para que fossem
estudados, analisados e debatidos. Neste contexto, como professora-tutora, mediou
os debates e discussões e também pode conhecer as experiências e sugestões
apresentadas no espaço coletivo de discussões. Pode-se afirmar que a participação
no GTR, as discussões, sugestões e análises, oportunizaram a aquisição de novos
conhecimentos para todos os participantes. Que foi de grande importância a
realização do mesmo, tendo contribuído para muitas reflexões em relação às práticas
pedagógicas atualmente efetivadas. Além disso, trouxeram contribuições positivas
para a elaboração deste artigo.
Para efetivação da implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na
escola, foi seguido o roteiro base, disposto no Material Didático. Segue então um
breve relato da execução das atividades e resultados obtidos por meio das mesmas.
Na Atividade 1 foi apresentado o Projeto de Intervenção Pedagógica ao grupo
de estudos. Na sequência foi aplicado um questionário base com o objetivo de sondar
o que os professores participantes do grupo de estudos conheciam sobre o uso das
TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação como recurso ao ensino-
aprendizagem na disciplina de Ciências e também nas disciplinas afins (Matemática,
Biologia, Química e Física). Neste mesmo dia foi realizada a leitura análise e estudo
de textos promovendo a reflexão crítica acerca do tema proposto para estudo: texto
01 - Integração de mídias digitais na educação de Klaus Schlünzen Junior e Maria
Elisabette Brisola Brito Prado; texto para grupo 01 - Pedagogia para o Jornal Escolar
de Daniel Raviolo; texto para grupo 02: Apresentando Freinet; texto para grupo 03 - O
Jornal Escolar Articulado ao Uso da Mídia Impressa e Digital na Escola Orlando Bueno
da Silva de Osvalda Marcelino Costa. Sempre ao final das leituras e análises de textos
ocorreram debates e discussões coletivas, oportunizando que os participantes
trocassem ideias, experiências e relatassem seus sucessos e fracassos mediante o
uso das tecnologias como recursos de ensino e aprendizagem em sala de aula
Na sequência, apresentou-se o jornal impresso e o jornal on-line como
integrantes das TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação e por isso, recursos
possíveis de utilização no ensino-aprendizagem de Ciências e disciplinas afins. Para
fechar esta atividade, apresentaram-se em plenária as sínteses formuladas nos
pequenos grupos, tendo novamente a oportunidade da troca de ideias e
conhecimentos entre todos os participantes.
As atividades 2 e 4 foram não presenciais e os participantes deveriam assistir
vídeo-aulas, que ensinavam o passo-a-passo de utilização do programa Scribus, o
qual se trata de um editor de textos para a produção de jornal. Foi solicitado que os
participantes construíssem um jornal escolar com base no referido programa, Nos
encontros presenciais seguintes à ambas as atividades, alguns professores relataram
a dificuldade de utilização do programa, justamente por não terem muita familiaridade
com o uso das tecnologias e que o programa é um tanto quanto complicado de utilizar.
A atividade 3 consistiu na realização de estudos e discussões sobre a prática
docente com uso do jornal impresso e online como recurso de aprendizagem. Para
isso, foram feitas Leitura, análise e discussões de textos: texto 01 - Projeto ler e
pensar: o jornal em sala de aula e suas contribuições para o aprendizado da leitura e
da escrita de Mary Natsue Ogawa e Katia Santos Lima; texto 02 - O Gênero textual
Notícia: do jornal impresso ao on-line de Daniela Baroni; texto 03 - produzindo Jornal
Online, atividades em grupo; plenárias e socializações das produções do dia.
Momento produtivo, com interação entre os pares, exposição de situações
vivenciadas e relatos de experiências das práticas pedagógicas com uso de vários
recursos didáticos.
A atividade 5 teve como objetivo construir um plano pedagógico com jornal
como recurso pedagógico. Para este encontro, os encaminhamentos metodológicos
foram: trabalho em grupo via análises, discussões e produções de unidades de
ensino. Os professores foram reunidos em pequenos grupos e construíram planos de
aulas direcionando-os às turmas e conteúdos em que iriam atuar na semana seguinte
no espaço escolar. O trabalho em grupo oportunizou que os professores
contribuíssem uns com os outros, com sugestões de atividades, ideias criativas e
inovação em sua prática docente.
No encontro seguinte, antes de iniciar as atividades do dia, foi realizado um
momento de relato e reflexão sobre a implementação em sala de aula das atividades
elaboradas no encontro anterior. Pode-se perceber pelos relatos, que a troca de ideias
e auxílio conjunto na elaboração de unidades de ensino fortaleceu e diferenciou as
práticas pedagógicas comumente efetivadas. Na atividade 6, o intuito foi de utilizar,
praticar o editor de textos para jornal do programa Scribus, em que usando o
computador os professores deveriam elaborar partes de um jornal.
O último encontro do grupo, com a atividade 7, ocorreu o aprofundamento dos
conhecimentos adquiridos e das dificuldades por meio da socialização. Assim foram
realizadas apresentações em plenária dos trabalhos produzidos à distância e dos
resultados obtidos, os relatos de aplicação em sala de aula dos recursos conhecidos
por meio da implementação. Ao final os participantes tiveram a oportunidade de
avaliar, de forma geral, a implementação, a qual, de acordo com as avaliações dos
participantes trouxe uma nova oportunidade de aquisição de conhecimento e de
melhoria das práticas pedagógicas.
Importante destacar que, em todo o decorrer da Implementação os professores
participantes demonstraram um alto grau de envolvimento nas atividades propostas.
Haja vista que, todas as ações foram preparadas de acordo com a realidade da escola,
com atividades diversificadas que contemplaram as seguintes temáticas: o uso das
TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação como recurso ao ensino-
aprendizagem na disciplina de Ciências e também nas disciplinas afins (Matemática,
Biologia, Química e Física); a prática docente com uso do jornal impresso e online
como recursos de aprendizagem; editor de textos para jornal Scribus; construção de
plano pedagógico utilizando o jornal como recurso pedagógico; socialização de
conhecimentos e troca de experiências.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredita-se que a implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na
escola com a utilização das TIC foi um desafio instigante e interessante, pois foi
oportunizado aos professores participantes conhecer e trabalhar com uma proposta
de recursos pedagógicos inovadora.
Depois de realizada a implementação e de analisar seus resultados, pode-se
concluir os resultados permitem afirmar que os objetivos foram atingidos. Óbvio que
em certos momentos da implementação, especialmente no momento de utilizar o
editor de textos do programa Scribus, houve dúvidas e angústias devido à
inexperiência e à incerteza de que se estava fazendo a utilização de forma adequada.
Os obstáculos superados no processo de formação continuada foram
principalmente no âmbito do domínio das tecnologias, como: uso do computador,
celular, acesso à internet (lentidão do sistema), para a realização das pesquisas e na
utilização dos programas, mas como o grupo era bastante unido e empenhado, foi
trabalhando junto e os que tinham maior habilidade, facilidade contribuíam e ajudavam
àqueles com nem tanta facilidade ou habilidade. A avaliação do processo formativo,
ora socializado, ocorreu de forma contínua e se baseou no registro e análise coletiva
das atividades programadas e desenvolvidas em cada etapa já relatada neste artigo.
Finalmente cabe ressaltar que, essa experiência formativa foi oportunizada
pelo Programa de Desenvolvimento Profissional (PDE), ofertado pela Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, em parceria com a Universidade Estadual do Centro-
Oeste - Unicentro. Os resultaram apontaram para a construção coletiva do
conhecimento a partir da constituição de grupos de estudos o que contribuiu
efetivamente para a melhoria da qualidade da prática pedagógica dos professores
participantes.
Referências
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