utilizaÇÃo do capim-elefante sob …repÚblica federa tiva do brasil presidente remando henrique...

32
05065 CNPGL 1999 ISSN 1517-4816 ex. 2 Dezembro, 1999 FL-O 50 65 a Técnica 54 UTILIZAÇÃO DO CAPIM-ELEFANTE SOB PASTEJO ROTATIVO PARA PRODUCAO DE LEITE E CARNE 1. . . •.•. .4 •' - -..-. '•.•ç? 1 UT Ii'. 1 99' IJ III 1 IlI 7 pa

Upload: hakhanh

Post on 24-Jan-2019

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

05065

CNPGL

1999

ISSN 1517-4816 ex. 2

Dezembro, 1999 FL-O 50 65 a

Técnica 54

UTILIZAÇÃO DO CAPIM-ELEFANTE SOB PASTEJO ROTATIVO PARA

PRODUCAO DE LEITE E CARNE

1.

• . .

•.•. .4 •'

- -..-. '•.•ç? 1

UT Ii'.

1 99'

IJ III 1 IlI

7 pa

REPÚBLICA FEDERA TIVA DO BRASIL

Presidente Remando Henrique Cardoso

MINISTÉRIO DA A GRICUL TURA E DO ABASTECIMENTO

Ministro Marcus Vinícius Pra tini de Moraes

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA A GROPECUÁ RIA

Presidente Alberto Duque Portugal

Dire teria Dante Daniel Giacome/li Scolari

Elza Ángela Ba ttaggia Brito da Cunha José Roberto Rodrigues Pemes

Embrapa Gado de Leite

Chefe-Geral Airdem Gonçalves de Assis

Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Oriel Fajardo de Campos

Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios Lim frio de Almeida Carvalho

Chefe Adjunto de Administração Aloís/o Teixefra Gomes

Enpa Empresa &asilefra elo Pesquisa Ag'opecuária

Enibrapa Gado de Leite Ministério da Agricultura e do Abastecimento

ISSN1517-4816 CIRCULAR TÉCNICA N2 54 Dezembro. 1999

[JTÍLFZAÇAG: DO: O! PFM-ÍELEFAFJTE $;OF3.J;TFEJO FJFNO PAFA, PRODUÇÃO DE LEFTFiE O/k.P;NE

Fermino Deresz Pesquisador da Embrapa Gado de Leite

Embrapa Gado de Leite Área de Comunicação Empresarial - ACE

Juiz de Fora MG

Embrapa Uado de Leite - ACE. Circular Técnica; 54 E*'éniplarérdesta publicação podem ser solicitados a: Embrapa Gado de Leite Área de Negócio&Tecnológicos - ANT Rua Eugênio do Nascimento, 610- Dom Bosco 36038-330 Juiz de Fora, MG

Telefone: (32)249-4700 Fax: (32) 249-4751

e-mail:[email protected] home page: http//www.cnpgl.embrapa.br

Tiragem: 1.000 exemplares

COMITÊ LOCAL DE PUBLICAÇÕES Orlei Fajardo de Campos (Presidente) Maria Saie te Marfins (Secretária) Jacksan Silva, e Oliveira José Valente Leônidãs P. Passas: Lim frio dj'A Imeida Carvalho Luiz Carlos Takao Varna guchi Maria Aparecida V. P. Brito Maria de Fátima Á vila Pires Mauríbo José A/vim

ARTE, COMPOSIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO

Angela de Fátima Araújo Oliveira

CÃPA

Cabaret Volta ire Design e Mu/tirnídia

REVISÃO LINGÜISTICA

Newton Luís de Almeida

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Maria Saie te Marfins

RESZ, E. Utilização do capim-elefante sob pastejo rotativo para produção de

leite e carne. Juiz de Fora, MG: Embrapa Gado de Leite, 1999. 29p. (Embrapa Gado de Leite. Circular Técnica, 54).

Capim-elefante; Pennisetum purpureum, Schum; Pastejo rotativo; Produçâo de leite; Produção de car6e:

ISSN 1517-481:6

CDD. 633,2 © Embrana. 1999

Apresentação

Observa-se aumento na demanda por informações sobre produção de

leite e carne em sistemas com manejo rotativo de pastagens,

principalmente,produção de leite a pasto, visando a redução de custos de

produçâ, haja vista o baixo preço do leite recebido pelo prõdutor.

hsta circular técnica fornece resultados de pesquièa obtidos pela

Embrapa Gado de Leite e alguns através de revisão de literatura, que

achamos de grande importância para técnicos, extensionistas e produtores.

Os tópicos abordados tratam de composição química e digestibilidade do

capim-elefante, consumo de forragem, ganho de peso, taka de lotação,

período de descanso e seus efeitos na produção de leite, adubação, pastejo

rotativo e custos de produção.

0 Autor

Sumário

Apresentação

1. Introdução ..........................................................................7

2. Composição química e digestibilidade do capim-elefante cortado em diferentes idades ...........................................................8

3. Consumo de matéria seàa de capim-elefante ...........................9

4. Ganho de peso e lotação em pastagem de capim-elefante .........11

5. Produção de leite e taxa de lotação em pastagens de capim-elefante..............................................................................12

6. Período de descanso em pastagem de capim-elefante ;: ................ 18

7. Custos de produção de leite em pastagem de capim-elefante 22

8. Produção de leite em pastagens de capim-ilefante durante a época seca do ano ...............................................................24

9. Considerações finais ...........................................................26

10. Referências bibliogrficSs ......................................................27

1. INTRODUÇÃO

:0 capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum.) é uma gramínea perene; de alto potencial de produção, adaptando-se muito bem às condições de clima e solo de praticamente todo o Brasil. Entretanto, aproximadamente 70 a 80% da sua produção de matéria seca concentra-se na época das chuvas, na maioria das regiões brasileiras. Isto mostra a necessidade de suplementação do pasto na época seca do ano, com volumosos, como silagens de milho ou sorgo, fenos ou cana-de-açúcar e coin alãum tipo de concentrado, especialmente protéico, dependendo do potencial de produção de leite das vacas.

o capim-elefante é ainda bastante utilizado como capineiras, sendo fornecido aos animais na forma de verde picado, mais comumente como complemento da pastagem na estação chuvosa, ou como parte do volumoso na estação seca do ano. Na seca, constitui apenas parte do volumoso devido à produção estacional (20 a.30% da produção da época das águas) e não há produção em quantidade suficiente para atender às necessidades dos animais. A capineira só teria produção.suficiente para atender às : necessidades dos animais se a sua área fosse aumentada conforme a demanda da época seca do ano. Usualmente isso não é viável na prática, visto que haverá sobra de capim na época das águas.

o capim-elefante cortado com 60 dias de idade fornece nutrientes •apenas para mantença das vacas e produção de cinco a seis quilogramas de leite por vaca por dia. Isso demonstra que produzir leite usando apenas a capineira com essa idade como volumoso não é uma alternativa viável economicamente. Produções de leite mais elevadas somente serão obtidas através do uso de capim-elefante quando cõrtado com idade inferior a 60 dias,!talvez, 30 dias de idade. Experimentos demonstraram que o capim-elefante cortado com 45 dias de idade fornece nutrientes para mantença da vaca é produções de leite, em torno de sete quilos por dia. Entretanto, o capiti cortado com 30 dias de idade tem baixâ produção de forragem por área, apesar dessa forragem ser de boa qualidade, em termos de valor nutritivo. Uma outra alternativa para se aumentar a produção de leite das vacas' com dietas à base de capim-elefante seria lançando mão da suplementação com concentrados. Contudo, isso resulta em aumento do custo de produção de leite do sistema. Por estas razões, a melhor forma de utilização:do capim-elefante é o pastejo rotativo. Neste sistema, o animal seleciona falhas e partes tenras do capim, sendo possível obter de 12 a 14 kg de leite por vaca por dia sem suplementação de concentrado, especiaImeite na éioca das chuvas quando a disponibilidade do capim-elefante é elevada.

Ultimamente, existe grande demanda por informaçõessobre ouso do

capim-elefante para produção de leite manejado através do pastejo

rotativo, visando principalmente à diminuição dos custos de produção, visto que não existe forma mais econômica de produzir leite do que no

sistema a pasto. A utilização do capim-elefante, através do pastejo

rotativo, têm mostrado excelente potencial, especialmente no que diz

respeito à produção de leite por área, devido à sua alta capacidade de

suporte, quatro a seis vacas por hectare, produzindo em torno de 12 a 14

kg de leite por dia, sem splementação de concentrados na época das

águas. Entretanto, hoje o capim-elefante, as braquiárias, especialmente a

B'achiaria decumbens, 'estão apresentando suscetibilidade ao ataque de cigarrinhas em algumas regiões do Brasil.

As últimas informações da literatura relacionadas com o manejo de

gramíneas tropidais, visando à alta produção de leite em condições de

astejo e'nfatizam' anecessidade de se conseguir maior proporção de folhas, - paraobtenção de dietas de melhor qualidade. A razão para isso se

deve ao fato de cjiie, usualmente, as folhas apresentam valor nutritivobem

sup&rior ao dos caules. No capim-elefante, manejado através do pastejo

rotativo, a rebrota-da planta é composta quase que exclusivamente de

folhasTspecialri -iente quando o período de descanso é de no máximo 30 dias:

2. COMPOSIÇÃO QUÍMICA E DIGESTIBILIDADE DO 'CAPIM'ELEFANTE CORTADO EM DIFERENTES IDADES

Acomposiãoquírnica e a digestibilidade do capim-elefante reduzem

severamente com o avanço da idade da planta. O efeito da idade sobre a

composiÇâo,química e a digestibilidade da matéria seca.é mostrado na

Tabela.,1. Observa-se, que os teores de matéria seca(MS), -de fibraem

detergente neutro (FDN) e de fibra em detergente ácido (FDA) aumentam

coma idade da planta, ao passo que os teores de proteína bruta (PB) e

digestibilidade "in vitro" da matéria seca (DIVMS) sofrem redução bastante

acentuda. Chama-se a atenção para os teores elevados de FDN do capim-

elefante. Em termos gerais, quanto maior s teorde FON, menor o valor

nutritivo do a!ir+'ehtó 'estando este fatdr negativamente relacionado com,o

consumo de alimento. Observa -se também que os teorS de PBdiminuem acentuadamente

com a idade da planta reduzindo assim o seu valor nutritivo E bom

esclarecer que quando o teor de proteina 'na forrgem e inferior a 12% os

animais reduzem 6 'consumo de alimento, pejudicandd 1 assim o setiJ

desempenho. Nota-se, no caso de capim-elefante, que aos 60 dias de idade, além do teor de P8 ser normalmente inferior a 10%, a digestibilidade da matéria seca também é inferior a 58% (AZEVEDO 1985 e GRANT et ai. 1974). Sabe-se que, quando a digestibilidade de uma forrageira ou de uma dieta é inferior a 65%, há necessidade de suplementacão, utilizando concentrados, para evitar a queda no consumo de alimento e no nível de energia.

Tabela 1. Efeito da idade da planta sobre os teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente ácido (FDA), fibra em detergente neutro (FDN), e digestibilidade "in vitro" da matéria seca (DIVMS) do capim-elefante.

Autores (A) -Idades (B) - ldades (C) - ldades

30 60 90 45 75 105 45 60 MS (%) 17,9 20,6 23,1 - . . 13,1 14,5 PB(%) 14,3 10,6 7,9 . - 7,5 6,7 FON (%) - . 51,0 60,7 66,9 62,2 65,6 FUA (%) - . - 30,0 37,7 42,8 43,2 46,4 DIVMS (%) r 65,5 56,5 46,0 71,6 68,6 56,6 56,6 57,3

(A) = Azevedo 119851; (B) = Silveira eI ai. (1973); (C) = Grant et ai. (1974).

Analisando os dados da Tabela 1, observa-se que, se o capim-elefante for cortado aos 60 dias de idade e utilizado como única fonte de volumoso para vacas em lactação, necessitará de suplementação, visto que a digestibilidade é menor do que øS% e os teores de P8 inferiores a 12% na base da MS.

3. CONSUMO DE MATÉRIA SECA DE CAPIM:ELEFANTE

O consumo de matéria seca (MS) de forragem aumenta à medida que a digestibilidade amenta até o redor de 65%. É sabido que o consumo de MS é afetado nor vários fatores, sendo os principais: disponibilidade de forraem, digestibilidadeda MS e teor de fibra. A Tabela 2 mostra alguns dados de consumo de MS de capim-elefante.

Os resultados demonstram que o consumo de MS de capim-elefante sob pastejo é.maior (2,4 a 2,8% do peso vivo) que aquele obtido com o capim-elefante picado (2,2 e 2,6% do peso vivo). Isto realmente confirma que a seletividade obtida no pastejo,é muito maior do que nas condições

de capim verde picado. Chama-se atenção para o fato de que os resultados présentados na Tabela 2 são relativos ao capim-elefante cortado com 30

a 60 dias de idade. Na prática, apenas alguns produtores utilizam cortes de capim nessa idade. A maioria usa o capim-elefante cortado com idade mais ávançada, muitas vezes com mais de 90 dias de idade. Nestas condições, é comum encontrar valores de consumo de 1% do peso vivo ou até menos, em razão da baixa qualidade. Nestas situações, para se baiancear a dieta de capim-elefante verde picado, a quantidade de concentrado necessária é ião elevada, que o custo de produção de leite fica economicamente inviável.

Tabela 2. Conumo de matéria seca de capim-elefante gicado e sob pastejo, em percentagem do peso vivo (PV).

Autores Consumo (% PV) Observações

Patil et ai. (1971)

Capim picado

2,27 2,46

Capim com 30 a 40 dias idade Capim com 40 a 50 dias idade

2,30

Capim com 50 a 60 dias idade Grant et aL(1974)

2,20

Capim com 45 a co dias idade

2,60

Capim com 60 dias (inverno)

Capim-elefante pastejado

2,86 3,5 novilhos/ha, com 300 kg Caro-Costas et ai. (1961) 2,74 5,5 novilhos/ha, com 300kg

2,43 6,5 novilhos/ha. com 300 kg

Caro-Costas & Vicenle-Chandler (1961) 2,50 Animais em crescimento

VicenteChandler et ai. (1983) 2,50 Vacas em lactação

Os dados da Tabela 2 mostram o grande potencial do capim-elefante para produção de leite e ganho de peso, especialmente sob condições de pastejo, visto que uma vaca de 500 kg de peso vivo pode consumir de 13 a 15 kg de MS/dia, especialmente quando o período de descanso é de 30 dias, pois, com essa idade, o capim apresenta alta qualidade. Nota-se também que a taxa de lotação influencia no consumo de matéria 'beca (Caro-Costas et ai., 1961). Quanto maior a taxa de lotação da pastagem, menor o consumo individual de alimento e pior a qualidade da dieta ingerida pelos animais em pastejo. Isto é percebido principalmente quando a taxa de lotação ultrapassa àquela considerada ótima.

10

4. GANHO DE PESO E TAXA DE LOTAÇÃO EM PASTAGEM DE CAPIM-'ELEFANTE

As Tabelas 3, 4 e 5 mostram alguns resultados de ganho de peso e taxa de lotação em pastagem de capim-elefante.

Sollenberger et ai. (1988), trabalhando nas condições da Flórida, Estados Unidos, com capim-elefante cultivar Mott (capim-elefante anão selecionado para porte baixo e rico em folhas), obtiveram ganhos diários superiores a 1,0 kglanimal (Tabela 3).

Tabela 3. Ganho de peso de novilhos (330 kg peso vivo) pastejando capim-elefante cultivar MOTT, em diferentes taxas de lotacão e anos.

Ano Período (dias) Ganho (gldia) Lotação (cabeças/ha) 1984 147 932 5,4 1985 126 891 . 44 1986 126 1.091 4,4

Fonte: Sollenberger et ai. (1988)

Tabela, 4 Efeito de três níveís de adubação sobre o, ganho de peso de novilhas (270 kg peso vivo), taxa de lotação e consumo de matéria seca de capim Napier.

Adubação (fórmula) 15•05-10 iianno Lotação MS consumida (kg/baiano) (g/animaljdia) (kglha!ano) (cabeças/ha) (kgiha/ano)

675 550 638 3,5 9.970 .2.025 550 1.201 5,5 15.010 3.375 -- 550 11.333 6,3 15.230

Fonte: Vicente-chandier et ai. (1983).

Vicente-Chandler et ai. (1983) estudaram o'efõito do nível de adubação em pastagem de capim-elefante nas cõndições da Costa Rica, onde o nível de precipitação (chuva) favorece o crescimento das plantas ao longo •de todo o ano. Os autores observaram aumento na taxa de lotação com o aumento na dosagem da aduliação Entretanto, não houve diferença no ganho de peso dos animais com o aumento dos níveis de adubação (Tabela 4). Chama-se a atenção para o fato de que só se justificam níveis altos de adubaçãè, nas condições erh quehaja bom nível de precipitação e com boa ditribuição 'de chõvés' ou ainda lançando mão da técnica de

irrigação especialmente na época da seca, caso contrário não haverá resposta econômica.

Na Tabela 5 são apresentados os ganhos de peso de novilhos manejados em quatro piquetes, em sistema de pastejo rotativo com dez dias de ocupação/piquete, durante a época das águas no Município de Coronel Pacheco, MG.

Tabela S. Efeito da taxa de lotação no ganho de peso de novilhos 1-1 x Z, pastejando capim-elefante, durante a época das chuvas de 1983.

Lotação (UA!ha) Ganho (glanirnal! dia) Ganho (kg/ha1145 dias)

3 651 283 4 741 430 5 554 402

Pastejo rotativo em quatro piquetes, com 10 dias de ocupação/piquete

Fonte: Embrapa Gado de Leite lDados não publicadosl.

Os ganhos de peso relatados por Martins & Fonseca (1994), em pastagem de capim-elefante adubado com 200 kg/ha/ano de nitrogênio e de potássio (cloreto de potássio), variaram, no primeiro ano, de 481 a 508 g/cabeça/dia, durante a estação chuvosa, e de 533 a 688 9/cabeça/dia, no segundo ano de experimento. O sistema de pastejo foi o rotativo, com 11 piquetes e três dias de ocupacão/piquete, na lotação de 6,0 unidades animais (VA) por hectare. Uma unidade animal (VA) eqüivale a um animal de 450 kg de peso vivo.

Com base nestes estudos, observa-se que pastagem de capim-elefante adubada pode suportar taxas de lotação de até 6 UA/ha, com ganhos de peso superiores a 1,0 kg/dia em alguns períodos da época das chuvas. Isto mostra o grande potencial do capim-elefante para produção de carne, visto que é possível produzir acima de 1.000 kg de pesõ vivo/ha/ano, enquanto nos sistemas tradicionais de produção o animal ganha em torno de 90 kg/ano.

S. PRODUÇÃO DE LEITE E TAXA DE LOTAÇÃO EM PASTAGENS DE CAPIM-ELEFANTE

Há poucos trabalhos na literatura sobre produção de leite e taxa de lotação em pastagens de capim-elefante. Os resultados dos principais

12

trabalhos sobre taxa de lotação com vacas são mostrados na Tabela 6. Os trabalhos de Caro-Costas & Vicente-Chandler 11969 e 1974) foram conduzidos utilizando vacas da raça Holandesa e taxa de lotação de 2,5 vacas/Fia, durante 240 e 263 dias, respectivamente. No período de 1985 a 1988, a Embrapa Gado de Leite conduziu um sistema de pastejo rotativo de capim-elefante, adotando taxa de lotação de 4,7 vacas/Fia (Tabela 6). Neste trabalho, as vacas receberam individualmente 2,0 kg de concentrado/dia. A pastagem foi adubada com 80 a 100 kg de N/ha/ano, distribuídos em três aplicações iguais durante a estação chuvosa. As produções médias das vacas mestiças -1 x 7, durante a época das águas, foram de 10,4; 11,7 e 10,9 kg/dia de leite, nos anos de 1986, 1987 e 1988, respectivamente (Deresz & Mozzer, 1990).

Tabela 6. Resultados de taxa de lotação em pastagens-de-capim-elefante, durante a época das chuvas.

rotação lUA/heI

- Ouraçao (dras) Fonte Ano do experimento

47* 150 Deresz & Mozzer (1990) 1986 4,7* 150 Deresz & Mozzer (1990) 1987 47 188 Oeresz&Mozzer(1990) 1988

5,6e7 180 Oeresz (1994) 1989)91 2,5 240 Caro-Costas & Vicente-Chandler (1969) 2,5 263 Caro•Costas & Vicente-Chandler (1974)

2,0 kg de concentrado/vaca/dia

Produções de leite de vacas da raça Holandesa mantidas exclusivamente em pastagem de capim-elefante cv. Napier, observadas por Caro-Costas & Vicente-Chandier (1969) na lotaçãd de 2,5 vacas/ha, são apresentadas na Tabela 7.

- Observa-se que a produção de leite nos primeiros cinco meses de lactação foi de 12,3 kg/vaca/dia, sem utilizacão de concentrado, valores bem próximos dos obtidos por Deresz (1994), utilizando vacas mestiças Holandês x Zebu, em pastagem db capim-elefante,t sem fornecimento de concentrado. Nota-se também que a produção de leite vai diminuindo à medida qu&o período de lactação avança, começando com 14,4 kg/dia no primeiro mês de lactação e finalizdo com 5,0 kg/dia no oitavo mês de lactaião

13

Tabela 7. Produções médias mensais de leite de vacas primíparas da raça Holandesa em pastagens de capim-elefante, seri3 suplementacão de concentrado.

Mês de lactação Leite (kg!vaca/dia)

1 14,4 2 12,9 3 12,3 4 11,5 5 10,5 6 9,6 7 7,7 8 5.0

Média 10,5

Fonte: Caro-Costas & Vicente-Chandier 11969).

A partir de dezembro de 1989, iniciou-se na Embrapa Gado de Leite um experimento para a avaliação de três taxas de lotação (cinco, seis e sete vacas/ha): em pastagem de capim-elefante manejada com três dias de ocupação/piquete e 30 dias de período de descanso. A adubação usada foi de 200 kg/ha de nitrogênio e de K20, aplicada em três parcelas iguais de 113 cada uma, •nos meses de novembro, janeiro e março.

No primeiro ano, de dezembro de 1989 a janeiro de 1990, somente as vacas com produções acima.. de 12,0 kg/dia receberam suplementação de concentrado, na base de 1,0 kg para cada 2,0 kg de leite produzido acima de 12 kg. A partir de fevereiro, todas as vacas passaram a receber mais 1,0 kg de concentrado, independente do nível de producão, pois a disponibilidade de pasto foi reduzida, devido ao veranico ocorrido em janeiro. A partir de fevereiro, as vacas receberam alimentação volumosa suplementar com capim-elefante verde picado à vontade, no intervalo da ordenha da manhã e da tarde. Após a ordenha da tarde, tinham acesso aos piquetes .e ali permaneciam até a ordenha da manhã seguinte.

Na época das chuvas de 1990191, novembro de 1990 a maio de 1991,, as vacas do experimento eram recém-paridas e todas receberam individualmente 2,0 kg de concentrado/vaca/dia, e, no início: da• lactação, produziam acima de 11 kg/dia de leite. O nível de adubação foi o mesmo do adotado em 1989/90.

Na Tabela 8 são apresentadas as produções médias deleite, durante a estação das chuvas de 1989190 e 1990191, nas três lotações estudadas. Observa-se que a produção de leite na taxa de lotação de sete vacas/ha foi

14

menor desde o inicio do experimento, nos dois anos estudados, indicando que a taxa de lotação era muito alta para as condições deste experimento.

Tabela 8. Produção média de leite (kg/vaca/dia) de vacas mestiças Holandês x Zebu, em pastagem de capim-elefante com diferentes taxas de lotação, durante a época das chuvas de 1989/90 e 1990/91.

1989(90 1990191 Meses Lotação (vacas/ha) lo tação (vacas!ha)

5 6 7 5 6 7 Dezembro 11,6 11,9 11,1 13,4 14,3 13,5 Janeiro 10,8 10,6 9,7 13,1 13,0 12,6 Fevereiro 10,7 11,1 9,7 11,8 12,1 11,7 Março 10,6 11,2 9,7 11,4 11,8 11,7 Abril 10,5 11,5 9,7 11,4 10,8 10,8 Maio 8,7 9,5 8,1 9,8 9,5 9,2 Média 10,5 11,0 9,7 12,0 12,0 11,6

Fonte: Deresz (1994).

As produções de leite nos meses de dezembro e janeiro de 1989190 não sofreram interferência climática adversa, podendo ser consideradas representativas do potencial de produção de leite das vacas manejadas em pastagem de capim-elefante. Contudo, a partir de fevereiro, houve efeito da suplementação na produção de leite, tanto volumosa quanto concentrada. A maior produção de leite das vacas em 1990191 está, pelo menos em parte, relacionada com a suplementação com concentrado, que foi de 2 kg/vacafdia. Observa-se, também, que a produção média de leite nos três tratamentos foi cerca de 12 kg/vaca/dia. Apenas na taxa de lotação de 7 vacas/ha, a média foi de 11,6 kg/dia. Salienta-se que no ano de 1990/91 não houve efeito negativo da estiagem durante o período experimental.

Na Figura 1 observa-se o consumo de capim-elefante verde picado nas diferentes lotações. O consumo médio de MS de capim-elefante verde picado durante o período de suplementação foi de 1,1; 2,2 e 2,5 kg/vaca/dia para as lotações cinco, seis e sete vacas/ha, respectivamente. Nota-se que o consumo de MS de capim-elefante picado foi maior durante as primeiras quatro semanas do período de suplementação (fevereiro e início de março), estabilizando-se depois até a 13 semana na faixa de 1 a 2 kg/vaca/dia. Somente no início da estação seca (maio) houve aumento no consumo de MS. Observa-se também que o consumo de MS de capim-elefante verde picado pelas vacas nas lotações de seis e sete vacas/ha foi bem semelhante, porém mais que o dobro do consumo daquelas do tratamento de cinco vacas/ha.

is

—+-5yaa4

6vasøia

h'a

!

1 o

Datas

Figura 1. Consumo médio de capim-elefante picado na estação das chuvas de 1990.

Na Tabela 9 são apresentadas as produções de leite por hectare, durante a estação das chuvas de 1989/90 e 1990191. A produção de leite por hectare, no ano de 1989190, aumentou com o aumento da taxa de lotação, muito embora a produção de leite por vaca por dia tenha sido menor na taxa de lotação de sete vacas/ha. As diferenças nas produções de leite por hectare entre as taxas de lotação de seis e cinco vacas foram de 2.409 kg/ha, durante os 180 dias de experimento, e a diferença entre astaxas de lotação de seis e sete vacas/ha foi de apenas 336 kg/ha, durante o mesmo período: Entretanto, a diferença na produção de leite, entre as lotações d cinco e seis vacas/ha, nos diferentes meses de lactação, esteve em torno de 400 kg de leite/ha, com exceção do mês de janeiro, que foi de 288 kg

Os dados de produção de leite de 1989/90, tanto por animalquanto por hectare, a partir de fevereiro, devem ser considerados com cautela, visto que•a suplementação oferecida tanto de volumoso comode concentrado a partir de fevereiro pode ter influenciado os resultados obtidos

Aprodução de leite por hectare cresceu com o aumento da taxade lotação (Tabela 9), embora a produção média diária fosse menor na lotação de sete vacas/ha (Tabela 8). Conclui-se que provavelmente a disponibilidade, assim como a qualidade da forragem na lotação de sete vacas/ha foi insuficiente para manter a produção de leite por vaca. Esse fato foi observado em 1989/90 e em 1990191, Aparentemente, à taxa de lotação de seis vacas/ha foi a mais adequada para este nívelde adubação e para as condições do experimento. Eimportante salientar que para se obter uma taxa

If1

de lotação de seis vacas/ha, produzindo 12 a 14 kg de leite por vaca por dia, e considerando uma perda de forragem ao redor de 10% provocada pelo pastejo, a disponibilidade de capim-elefante necessária para cada vaca seria da ordem de 80 a 100 kg de matéria verde ou de 13 a 16,5 kg de matéria seca. Esses números é que o técnico ou o produtor não pode esquecer quando se está pensando em produzir leite a pasto.

Tabela 9. Produção média de leite (kg/ha) de vacas mestiças Holandês x Zebu, em pastagens de capim-elefante com diferentes taxas de lotação, durante a época das chuvas de 1989190 e 1990191.

1969190 1990191 Meses lotação (vacas/ha) lotação (vacas/ha)

5 6 7 5 6 7 Dezembro 1.740 2.142 2.331 2.085 2.574 2.835 Janeiro 1,620 1.908 2.037 1.965 2.340 2.646 Fevereiro 1.605 1.998 2.037 1.770 2.178 2.457 Março 1.590 2.016 2.037 1.785 2.124 2.457 AbHl 1.575 2.070 2.038 1.710 1.944 2.226 Maio 1.305 1.710 1.701 1.470 1.710 1.932

Total 9.435 11.844 12.180 10.785 12.780 14.553

Fonte: Deresz fl 994L

Se por um lado as pastagens tropicais podem suportar elevadas taxas de lotação (cinco a sete vacas/ha) durante a época das chuvas, segundo Cowan et aI. (1993), elas propiciam produções individuais de leite relativamente baixas, 12 a 13 kg/dia. Essa baixa produtividade está provavelmente associada com o alto teor de fibra (FDN), com a digestibilidade da matéria seca e ao baixo nível de consumo das forragens tropicais. Segundo Cowan et al.(1 993), várias estratégias de manejo de pastagens tropicais falharam, cuaidosetentou aumentar a produção de leite de vacas Holandesas para nívéis acima de 13 kg/vaca/dia.

- As observações de produção de leite com vacas mestiças Holandês x Zebu, em pastagens de capim-elefante manejadas em sistema de pastejo rotativo, com o período de descanso sendo de 30 e o de ocupação dos piquetes de três dias, durante a época das chuvas, também estão em torno de. 12 a 14kg/vaca/dia (Deresz, 1994). Entretanto, ainda assim é possível obter acima de 2.000 kg de. leite/ha/mês durante a época das chuvas, quando se utilizam taxas de lotação de cinco ou seis vacas/ha.

17

6. PERÍODO DE DESCANSO EM PASTAGEM DE CAPIM-ELEFANTE

O período de descanso é um fator muito importante no sistema de pastejo rotativo de capim-elefante, visto que este afeta o número de piquetes Hecessários ao seu manejo, à qualidade da forragem e à produção de leite das vacas (Deresz, 1994).

Os efeitos da idade da planta de capim-elefante sobre as porcentagens de caules e folhas, teor de PB e FB dessas partes da planta foram mostrados or Britto et ai. (1966) com capim-elefante cortado em diferentes idades. À

medida que a idade do capim-elefante aumenta a partir de 28 dias de idade, diminui a porcentagem de folhas da planta e aumenta a de caules na base da MS. A porcentagem de PB diminui e o teor de FB aumenta, tanto nas folhas quanto nos caules, como pode ser visto na Tabela 10.

Tabela 10. .Efeito.da idade da planta sobre as porcentagens de caules e de folha, na base da MS, teor de P8 e de FB do capim-elefante (% da MS).

Idade Folhas - Caules P8 (%) - FB (%) -------- -- (dias) 1%) (%) Folhas Caules Folhas Caules

28 70 30 13,4 9,6 31,1 31,1 .42 65 35 10,0 5,8 32,9 33,1 56 54 46 9.2 4,5 33,3 34,1 70 49 51 8,3 4,5 33,4 34,2 84 47 53 8,0 4,1 33,5 36,4 98 35 65 7,6 3.4 33,7 38,8

Fonte: Britio et ai. (1 966)

Observa-se que, aos 28 dias de idade, o capim-elefante apresenta na base da matéria seca 70% de folhas e apenas 30% de caules, e, aos 56 dias, a percentagem de folhas já cai para 54% e a de caules para 46% (Tabela 10). Por essa razão é que o capim-elefante tem de ser utilizado com idade menor que 60 dias para ser fornecido como capim verde picado e 30 ou menos dias quando utilizado para pastejo. Caso contrário, a forragerh não apresenta qualidade para produção de leite ou mesmo ganho de peso. Essa são as principais razões para se recomendar o pastejo do cíapim-elefante e no o corte, pois o animal não tem oportunidade de selecionar parte mais nutritiva da planta, que são as folhas. Observa-se também que a percentagem de P8 das folhas do capim-elefante aos 42 dias de idade está em 10% (Tabeia10). Esse teor de proteína é insuficiente para atender às nedessidades de uma vaca produzindo 10 kg de leite por dia. Salienta-se que os 10% de P3 são relativos às folhas e não à planta toda.

18

:Deresz (1994) mostrou o efeito do período de descanso da pastagem sobre a composição química e DIVMS do capim-elefante em amostras coletadas mensalmente, entre dezembro de 1991 e maio de 1992, através do pastejo simulado (Tabela 11).

Tabela 11. Composição química e digestibilidade de amostras de capim-elefante, com 30 e 45 dias de idade, coletadas durante a época das chuvas de 1991192.

Idade (dias) MS (%) PB (%) FON (%) FDA (%) OIVMS (%) '30 17,5 15,5 66,3 38,6 68,5 45 18,3 13,5 68,2 42,5 65,1

Fonte: Deresz (19941.

Observa-se que, no sistema de pastejo rotativo, em que o período de descanso é de 30 dias, o capim-elefante apresenta valores mais altos de P8 e DIVMS, do que quando é manejado com período de descanso de 45 dias, quando apresenta teores mais elevados de MS, FDN e FDA, indicando, assim, menor valor energético ou pior qualidade em termos de valor nutritivo. Hillesheim (1987), trabalhando com período de descanso de 46 dias encontrou teores de 13,5% de PB e 64,5% de DIVMS, sendo semelhantes aos relatados por Deresz (1994) para o período de descanso de 45 dias.

A elevação da altura de corte pode contrabalançar, até certo ponto, os efeitos prejudiciais da maior freqüência de cortes (1-larris, 1978, citado por Corsi, 1992). Santana et ai. (1989) evidenciaram interação significativa entre altura e freqüência de corte na produção de MS em pastagens de capim-elefante. No intervalo de cortes de quatro semanas, a altura de corte de 30 cm foi a que apresentou a maior produção de MS/ha, em relação às alturas de O e 15 cm do chão (Tabela 12).

Tabela, 12. Produção média de matéria seca (kg/ha) em capim-elefante nas diferentes alturas de corte, no intervalo de corte de quatro semanas, durante 672 dias.

Altura de corte (cm) Produção de MS 1kg/heI O 13.807

15 20.954 30 21.916

Fonte: SanTtaria et ai. (1989).

Werner etal. (1966) também observaram maior produção de MS/ha em capim-elefante cv. Napier quando cortado a cada quatro semanas na altura de 70-80cm, em comparação a 30-40cm (Tabela 13).

19

TabeIa 13.. Prõdução média de MS (kg/ha) de caiim-élefante .. Napier cortado a. cada quatro semanas em diferentes:alturas de corte, durante a época das chuvas.

Datas dos cortes 11111 06101 03102 03103 31103 28104 Total

Corte 30-40cm 1.657 1.454 1.573 1.286 966 . 597 7.523 Corte 7080cm 1.710 1.833 2.089 1.549 1.170 784 9.235

Fonte: Werner et ai. (19661.

Àaseando-se nos resultados de produção de matéria seca da Tabela 13, parece que a altura do resíduo pós-pastejo pode ser ao redor de 80 cm, sem comprometer a produção animal, visto que as produções de matéria seca foram maiores nos cortes mais altos. No caso de período de descanso de 30 dias, a altura do resíduo é um fator muito importante para o manejo de capim-elefante e a recomendação da Embrapa Gado de Leite é de 80 a 100 cm:

.0 efeito do período de descanso, em pastagem de capim-elefante, sobre a producão de leite e a variação do peso vivo das vacas:foram estudados na Embrapa Gado de Leite, em Coronel Pacheco, MC: Foram testados três períodos de descanso: 30; 37,5 e 45 dias. Todas;asvadas do experimento receberam, individualmente, 2 kg de concentrado/dia (CC) e mistura mineral à vontade. Foi incluido também um tratamento com período de descanso de 30 dias, no qual as vacas não receberam concentrado (SC). A pastagem foi adubada com 200 kg/ha de nitrogénio e de K20.

Na Tabela 14 são apresentadas as produções médias de leite de vacas mestiças Holandês x Zebu de diferentes graus de sangue; nos diferentes períodos de descanso.

Tabela 14. Produção média de leite (kg/vaca/dia), de vacasmestiças I-1x Z em pastagens de capim-elefante, sem suplementação (SC) ou com 2 kg de concentrado/vaca/dia (CC), durante aestação das chuvas de 1991192.

Mp.sns Períodos de descanso (dias)

308C 30CC 37,5GC 45CC Dezembro 14,1 15,1 14,8 14,2 Janeiro 13,8 15,0 14,4 13,7 Fevereiro 13,3 14,6 13,7 13,1 Março 12,9 14,3 - 13,2 12,7 Abril 12,6 13,9 12,8 12,4 Maio . 12,1.. 13,5 12,5 12,0 Média. . 13,1 14,4 .13,6 .... 13,0

Fonte: Deresz et ai. (1994).

20

Quando se compararam os tratamentos 30 SC e 30 CC, as produções médias de leite do período foram de 13,1 e 14,4 kg/vaca/dia. Houve um incremento de apenas 0,55 kg de leite para cada quilograma de concentrado fornecido. Dessa forma, o fornecimento de concentrado para vacas mestiças 1-1 x Z em lactação, quando mantidas em pastagens de boa qualidade e com alta disponibilidade, deve ser muito criterioso, pois os resultados sugerem alta taxa de substituição da pastagem por concentrado. A produção de leite das vacas no tratamento 30 SC é uma indicação de que é possível produzir de 12 a 14kg de leite/vaca/dia, sem suplementacão de concentrado.

As vacas mantidas nos piquetes no tratamento 45 CC apresentaram as menores produções de leite, desde o início do experimento (Tabela 14). Isso pode ser atribuído principalmente à queda na qualidade da forragem, visto que à medida que o capim-elefante envelhece ocorrem perdas no valor nutritivo, como mostram os dados das Tabelas 1, 10 e 11.

Analisando-se as produções de leite/Fia/mês (Tabela 15), observa-se que, no início do experimento, alguns tratamentos ultrapassaram 2.000 kg. Isso demonstra o grande potencial de producão de leite das pastagens de capim-elefante, principalmente devido à alta taxa de lotação adotada nos experimentos. A produção total de leite/ha no tratamento 30 CC foi de 11.761 kg, enquanto no tratamento 30 SC (sem suplementação de concentrado) foi de 10.831 kg. Observa-se que o tratamento 30 CC produziu 1.082 kg de leite/Fia a mais que o tratamento 45 CC, indicando que o manejo da pastagem de capim-elefante adotando o período de descanso de 30 dias é melhor que aquele com 45 dias.

Tabela 15. Produção média de leite (kg/ha/1 80 dias), de vacas mestiças H x 7 em pastagens de capim-elefante sem suplementação (SC) ou com 2 kg de concentrado/vaca/dia (CC), durante a estacão das chuvas de 1991192.

Meses Perlodos de descanso (dias)

30SC 30C1C 37,5CC 45CC Dezembro 1.995 2.048 2.027 1.941 Janeiro 1.885 2.032 1.970 1.871 Fevereiro 1.831 1.998 1.891 1.800 Março 1.768 1.943 1.813 1.736 Abril 1.724 1.897 1.749 1.690 Maio 1.666 1.842 1.699 1.640

Total 10.831 11.761 11.151 10.679

Fonte: Deresz et ai. (1994).

2!

Na Figura 2 são apresentados os dados de variação de peso vivo das vacas durante o período de 182 dias. Independentemente do tratamento, após 42 dias do início do experimento, todas as vacas ganharam peso, mesmo as sem suplementação, indicando que a produção de leite não se deu às custas da mobilização de reservas corporais dos animais e sim. da forragem ingerida.

530

sio- soo-

450 —*-37,5CG

440 *45GC

430 ••

420

0.J4 28 42 56 70 84 08112126140154168182

Dias

Figura 2. Peso vivo médio das vacas em pastagem de capim-elefante com diferentes períodos de descanso, com (CC) e sem (SC) concentrado.

Fonte: Deresz et ai. (1994).

7. CUSTOS DE PRODUÇÃO DE LEITE EM PASTAGEM DE CAPIM-ELEFANTE

Existe uma preocupação muito grande entre os produtores de leite de que o preço do adubo é muito caro e que o retorno do investimento com adubação de pastagens é de alto risco. Entretanto, a não ser que a fertilidade natural do solo seja elevada, a adubação de manutenção torna-se necessária, especialmente quando se buscam altos níveis de produtividade, como os obtidos em pastagens de capim-elefante.

Na Tabela 16, são apresentados os custos de produção de leite em pastagem de capim-elefante, sem suplementação de concentrado. A adubação foi feita na época das chuvas, utilizando-se 200 kg/ha de nitrogônio e de 1<20. Foi considerada, ainda, a aplicação de 50 kglha de fósforo, na •forma de superfosfato simples e 1.000 kg/ha de calcário dolomítico. A utilização de calcário pode não ser necessária se o produtor optar por usar fontes de nitrogênio, tais como: uréia ou nitrocálcio em vez de

sulfato de amônio, pois este último tem tendência a acidificar o solo. Os custos apresentados referem-se aos preços do adubo nos meses da sua aplicação, bem como ao preço do leite tipo "C', nos respectivos meses, na região de Juiz de Fora, MG.

Tabela 16. Estimativa de custos de produção de leite em pastagem de capim-elefante no tratamento sem concentrado, no período de novembro/92 a maio/93.

Meses ftite produzido (kglha) Custo adubo (em kg de leite)

Novembro 657 - 685 Dezembro 1.925 Janeiro 1.827 Fevereiro 1.499 428 Março 1.646 405 Abril 1.418 Maio 1.214

Total 10.186 1.508

Fonte: Deresz et ai. (1994).

A primeira aplicação dos fertilizantes ecorretivos correspondeu a um custo de 685 kg de leite, a segunda a 418 kg de leite e a terceira a 405 kg de leite por hectare. Durante a ëpoca das chuvas, o custo do adubo eqüivaleu a 1.508 kg de leite, ou seja, aproximadamente, a 14,8% do leite total produzido por hectare, durante esse período.

Na Tabela 17 são apresentados os custos de produção de leite em pastagem de capim-elefante, quando os animais receberam 2,0 kg de concentrado/vaca/dia, independente da produção de leite. 0 nível de adubação foi o mesmo do adotado no sistema sem concentrado.

O custo do adubo (em equivalente leite) foi o mesmo daquele citado na Tábela 17, ou seja, 1.508 kg de leite/ha. Entretanto, a produção de leite foi de 11.421 kg/ha, durante o período estudado, e, conseqüentemente, o custo da.adubação representou 13,2% do leite total produzido. O custo de 2,0 kg de concentrado/vaca/dia, expresso em quilogramas de leite, representou, no período total, 1.158 kg de leite, ou seja, aproximadamente 10% do leite produzido. Observa-se que o custo do adubo nas quantidades aplicadas representou quase O mesmo valor do custo de 2,0 kg de concentrado/vaca/dia forne'cid& Isso mostra que o preço do concentrado tem uma participação muito alta na composição do custo de producão de leite. No caso da pastagem de capim-elefante, o fornecimento de 1.728 kg de concentrado no período (2 kg de concentrado/vaca/dia) resultou em 1.235

23

kg de leite apenas, ao passo que o adubo aplicado permitiu colocar uma taxa de lotação de 4,5 vacas por hectare e cada vaca produziu em média 13;1 kg de leite/dia, durante a época das chuvas de 1991192.

Os resultados obtidos nas Tabelas 16 e 17 mostram qué o prbdutor de leite deveria priorizar os investimentos na adubação de pastagem, pois este é o alimento mais barato para se produzir leite. O custo do concentrado normalmente é muito caro nas condiçôes brasileiras.

Tabela'17. Estimativa de custos de produção de leite em pastagem de capim-elefante, no período de novembro/92 a maio/93, usando-se 2,0 kg de concentrado/vaca/dia.

eite produzido Custo adubo Custo concentrado Meses (kglha) (em kg de leite) (em kg de leite)

Novembro 662 685 95 Dezembro 2.093 295

- Janeiro 2.023 418 221 Fevereiro 1.688 405 153 Março 1.855 . 145 Abril 1.607 . 119 Maio - 1.493 130 Total 11.421 1.508 1.158

Fonte: Oeresz et ai. 119941.

8. PRODUÇÃO DE LEITE EM PASTAGENS DE CAPIM-ELEFANTE DURANTE A ÉPOCA SECA DO ANO

Na época seca do ano (junho a outubro) de 1985, instalou-se, na Embrapa Gado de Leite, um sistema de produção d4 leite em pastagem de capim-elefante, manejado através do pastejo rotativo. Foram estudados três níveis de concentrado, a saber: sem concentrado = (To); 2 kg de concentrado/vaca/dia = ( T2); e 4,0 kg de concentrado/vaca/dia = ( T4)

Foram utilizados 32 piquetes de 1.800 m 2 cada um e um dia de ocupação/piquete. A pastagem foi adubada com 250 kg de silfato d amônio/ha e 150 kg/ha de cloreto de potássio.

No intervalo das ordenhas cia manhã e da tarde, as vacas receberam; em média, 20 k/dia de cana-de-açúcar, enriquecida com 1% de uréia (nové partes de uréia para uma de sulfato de amãnio). Após a ordenha da tarde, as vacas tiveram acesso aos piquetes de capim-elefante. Ao entrarem no experimento, as vacas encontravam-se todas no estágio inicial da lactação.

24

O concentrado fornecido tinha a seguinte composição: 50% de farelo de algodão; 49% de milho desintegrado com palha e sabugo e 1% de calcário cale ít lo o

No período de 03/06/85 a 15/11185, as produções médias de leite foram de 6,8; 8,7 e 10,0 kg/vaca/dia, para os níveis T0, T2 e T4,

respectivamente. Deve-se ressaltar que os 20 kg de cana-de-açúcar enriquecida com 1% de uréia, aparentemente, fornecem nutrientes apenas para atender às necessidades de mantença de uma vaca de 450 kg de peso vivo, quando, teoricamente, cada quilograma de concentrado fornece nutrientes para produzir 2 kg de leite. Entretanto, a resposta não foi dessa ordem. Aparentemente, pode ter havido efeito de substituição de pasto ou volumoso por concentrado. Entretanto, esses efeitos não foram avaliados no trabalho em questão. Geralmente, nos meses de junho, julho e agosto, a contribuição do pasto nesta região é muito pequena, devido à baixa disponibilidade de pasto causada pela falta de chuvas e ao frio.

Em outro trabalho, realizado na Embrapa Gado de Leite, durante a estação seca de 1993, nos meses de julho a outubro, a pastagem foi manejada com três dias de ocupacão/piquete e 30 dias de descanso. Foram utilizadas vacas mestiças H x Z, as quais receberam, à vontade, cana-de-açúcar picada enriquecida com 1% de uréia no intervalo das ordenhas da manh&e da tarde. Após a ordenha da tarde, as vacas tiveram acesso aos piquetes de capim-elefante. Nesse período, comparou-se o desempenho de um grupo de vacas sem receber concentrado (To) com um grupo que recebeu 2 kg de concentrado/vaca/dia (T2). Os resultados de produção de leite podem ser vistos na Tabela 18.

Tabela 18. Produção média de leite e consumo médio de matéria seca de cana-de-açúcar de vacas mestiças H x Z, durante a época seca do ano de 1993, sem suplementação (Te) ou com 2 kg de concentrado/vaca/dia (T2).

Produção de leite Consumo de cana Meses (kg!vacaldia) (kg MS!vaca!dia)

To T2 Ta Julho 8,4 9,5 5,8 5,7 Agosto 7,8 8,9 6,3 6,6 Setembro 6,8 8,0 6,0 6,0 Outubro 7,7 9,0 3,8 4,9 Média 7,7 8,9 5,5 5,8

Fonte: Deresz et ai. (1995). Dados não publicados.

25

A producão de leite durante o período variava dõ 77 a 8,9 :kg/vaca/dia, para os tratamentol To e T2, respectivamente, com uma vantagem de apens 1,2 kg de leite a favor do grupo que recebeu 2,0 kg de concentrado. A'4sposta esperada seria em torno de 2,0 kg de leite para cada quilograma de concentrado fornecido. Parte dos nutriehtes parece ter sido direcionado para ganho de peso, uma vez que as vacas que nào receberam concentrado perderam em média 50 9/dia e aquelas que receberam 2,0 kg dê concentrado ganharam em média.140 g/dia durante o período de julho a outubro.

Com relação ao consumo de MS de cana-de-açúcar com uréia, observa-se:que variou de 3,8 a 6,3 kg de MS/dia, comum consumo médio de 5;5 kgno tratamento sem concentrado (Tabela 18); O baixo consumo de MS'rde cana-de-açúcar em outubro provavelmente.se deveLi à maior disponibilidade de forragem de capim-elefante em início da rebrota, visto que em outubro a produção de leite aumentou em relacão ao mês de setembro, senialteração da alimentação, o que indica que o capim-elefante apresenta melhor qualidade do que a suplementação de cana derêçúcar corrigida com uréia (Tabela 18).

No tratamento T2, a variação no consumo de MS de cana-de-açúcar foi de 6,6 a 4,9 kg/vaca/dia, com um consumo médio de 5,8kg (Tabela 18). Não foi encontrada uma explicação satisfatória para o fato de o consumo de :MS de cana-de-açúcar no tratamento (To) ter sido menor do que no tratamento (T2). Contudo, o fornecimento de concentrado poderia ter levado a um aumento na digestibilidade da cana-de-açúcar. Em resumo, nas condições do experimento, parece ser possível produzir em torno de 7 kg de leite/vaca/dia, em pastagem de capim-elefante, com o fornecimento de cana-de-açúcar enriquecida com 1% de uréia na estação seca do ano, sem a utilização de concentrado.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos realizados até o momento em pastagens de capim-elefante permitem as seguintes conclusões:

A produção de leite em pastagens de capim-elefante manejadas em sistema rotativo com 11 piquetes e com três dias de ocupação/piquete e 30 dias de descanso, adubadas com 200 kg de N/ha é K0, respectivamente, constituem boa alternativa para se produzir leite a baixo custo em muitas regiões brasileiras.

A pastagem de capim-elefante adubada permite uma taxa de lótação de cinco vacasmestiçasT H k Z por hectaré. sem suolementacão concentrada

26

e garante nutrientes para mantença e produção de 12 a 14 kg de leite/vaca/dia, durante a maior parte da época das chuvas. Em alguns casos,

é possível manter até sete vacas mestiças H x 7 por hectare em pastagem

de capim-elefante adubada durante a estação das chuvas, desde que haja

fornecimento de 2,0 kg/vaca/dia de concentrado. O início do primeiro pastejo deve ser féito quando a planta atinge 1,70

a 1,80 m de altura. O resíduo pós-pastejo deverá estar entre 80- 100cm de

altuia

A qualidade do capim-elefante após um ciclo de pastejo de 30 dias é

superior ao de 45 dias, bem como a produção de leite. A produção de leite em pastagens de capim-elefante pode,

eventualmente, ser afetada por períodos curtos de veranico ou mesmo por

excesso de chuva e falta de luminosidade, mesmo durante a estação das

chuvê. Isto pode ser também causado por ocorrência de pragas, como a

cigarrinha ou lagarta-da-pastagem.

o potencial de produção de leite, em pastgem de capim-elefante com

Suplementáção de cana-de-açúcar com 1% de uréia durante a estação seca

do ano, é baixo, situando-se ao redor de 6 a 7 kg/vaca/dia de leite,

especialmente nas Regiôes Sudeste e Centro-Oeste.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, G.P.C. Produção, composição química e digestibilidade Iri vitro' do

capim-elefante (Pernisetum purpw'eum, Schum.) Cameroon em diferentes idades.

Lavras: ESAL, 1985. 79p. Tese Mestrado.

BRlTT0; D.P.P. de 5.; ARONOVICH, 5.; RIBEIRO, H. Comparação entre duas Qariedades de capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum.) e de seis

diferentes espaços de tempo entre os cortes da planta. ln: CONGRESSO INTERNACIONAL DE PASTAGENS, 99., 1965, São Paulo. Anais... São Paulo: Secretaria da Agricultura, 1966. vi, p.l 683-1685.

CARO-COSTAS; A.; VICENTE-CHANDLER, J. Effect of fertilization on carrying capacity and beef produced by napier grass pasture. Agronomy Journal, Madison, v.53, n.3, p.204-205, 1961.

CARO-COSTAS, R.; VICENTE-CHANOLER, J.; BURLEIGH, C. Beef production and carrying capacity of heavily fertilized; irrigated guinea, napier and pangola grass pastures on the semiarid coast of Puerto Rico. Journal Agriculture University Puerto Rico7Rio Piedras, v.45, n.1, p.32-36, 1961.

27

CARO-COSTAS, A.; VICENTE-CHANDLER, J. Milk production with aII-grass rations from steep, intensively, managed tropical pastures. Journal Aõricúltüre University Puerto Rido, Rio Piêdras, v.53, n.4, p.251-258, 1969.

ÇARO-COSTAS, A.; VICENTE-CHANDLER, J. Milk production ol young .Holstein cows 1 ed only on grass pasture over three sucessivo. lactations. Journal Agriculture University Puerto Rico, Rio Piedras, v.58, n.1. o.18-25. 1974.

CORSI, M. Manejo de capim-elefante sob pastejo. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 10., 1992, Piracicaba. Anais... Piracicaba: FEALQ, 1992. P143-168.

COWAN, R.T.; MOSS, R.J. KERR, D.V. Northern dairy feedbase 2001. 2. Summer Feeding Systems. Tropical Grasslands, St. Lucia, v.27, p. 150-161, 1993.

DERESZ, FI; MOZZER, O.L. Produção de leite em pastagem de capim-elefante. In: SIMPÓSIO SOBRE CAPIM-ELEFANTE, 1990, Juiz de Fora.'Anais... CoroneF Pacheco: Embrapa Gado de Leite, 1990. p.155-172.

DERESZ, F.; CÓSER, A.C.; MARTINS, C.E.; BOTREL, M. de A.; AROEIRA, L.J.M,; VASQUEZ, H.M.; MATOS, L.L. de. Utilização do capim-elefante (Pennisewm purpureum, Schum.) para a produção de leite. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE FORRAGEIRAS E PASTAGENS, 1994, Campinas. Anais... Campinas, SPtCBNA, 1994. p.103-199.

DERESZ, F. Manejo de pastagem de capim-elefante para produção de leite e carne. In: SIMPÓSIO SOBRE CAPIM-ELEFANTE, 2., 1994, Juiz de Fora. Anais... Coronel Pacheco, MG: Embrapa Gado de Leite, 1994. p. 116-137.

GRANT, R.J.; VAN SOEST, P.J.; McDOWELL, R.E.; PERES, Jr., C.B. lntake, digestibility and metabolic loss ot napier grass by cattle and buffaloes when ted wilted, chopped and whole. Journal Animal Science, Champaign, v.39, n.2, p.423-434, 1974.

HILLESHEIM, A. Fatores que afetam o consumo e perdas de capim-elefante (Penaisetum purpureum Schum.) sob pastejo. Piracicaba: ESALO, 1987. 94p. Tese Mestrado.

•MARTINS, C.E.; FONSECA, D.M. da. Manejo de solo e adubação de pastagemde capim-elefante. SIMPÓSIO SOBRE CAPIM-ELEFANTE, 2., 1994, Juiz de Fõra. Anais... Coronel Pacheco, MG: Embrapa Gado de Leite, 1994. p.82-1 15.

PATIL, 5H.; HAKAPANAHALLI, M.D.; ATMARAN, K.; AHIVIED S.T. Chemical composition, digestibility and nutritivo value of dwarf hybrid napier - 2. Veterinary

• Journal, Madras, v.48, p.176-182, 1971.

SANTANA. J.R. de; PEREIRA, J.M.; ARRUDA, N.G. de; RUIZ, M.A.M. Avaliação de cultivares de capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum.) no sul da Bahia. 1. Agrossistema Cacaueiro. Revista da Sociedade Brasileira ide Zootecnia, Viçosa, v.18, p.273-283, 1989.

28

SILVEIRA, A.C.; FARIA, V.P. de; TOSI, H. Efeito da maturidade sobre o valor nutritivo do capim napier. O Solo, Piracicaba, v.65, n.2, p.35-42, 1973.

SOLLENBERGER, L.E.; PRINE, G.M.; OCL)MPAUGH, W.R.; HANNA, W.W.; JONES,

Jr., C.S.; SÇHANK, S.C.; KAMBACHER, R.S. MOTT Dwart elephant grass: a high quality forage for the subtropics and tropios. Gainesville: University of Florida, 1988. iSp. lCircular, 5-356).

WERNER, J.C.; LIMA, F.P.; MARTINEILI, D.; CINTRA, S. Estudos de três diferentes

alturas de cones em capim-elefante napier. Boletim de Indústria Animal, Nova Odessa, v.23, p.161-168, 1966.

VICENTE-CI-IANDLER, J.; CARO-COSTAS, R.; ABRLffiA, F.; SILVA, S. Producción y utilizaciôn intensiva de Ias forrajeras en Puerto Rico. Rio F'iedras: Univ. Puerto Rico, 1983. 226p. (Boletin 271).

29

ii..

, . j *

,

io

:.j

4q.}iL'

ii

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO

Em pa Empresa Srasileíra de Pesquisa Agropecuária

Embrape Gado de Leite Miflfstuirn da A9JÍCUII aia a do Abastecimento

Rua Eugênio do /Vasc,nmy'tu. £570 Dom Rosco

Fone: (32)2494 700 - Fax. 132)249-4 757 J0i7 'lo Fura MD CEP: 36035-330

Homo poqio bttp:. ww a'. Ünp gI. O!T.bO)f.lO. £ir

e-moi: cnpg/@cnpg/ embrapa.hr