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296
UTILIZAÇÃO DE GEOTÊXTEIS COMO REFORÇO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES Ennio Marques Palmeira TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRA MAS DE PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FECERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.) Aprovada por: Alberto Ramalho Presidente Will Mauro Lucio Guedes ~Q~. acques de Medina RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JULHO DE 1981 ----- =

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UTILIZAÇÃO DE GEOTÊXTEIS COMO REFORÇO

DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES

Ennio Marques Palmeira

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRA

MAS DE PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FECERAL

DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS

PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.)

Aprovada por:

Alberto Ramalho Presidente

Will

Mauro Lucio Guedes

~Q~. acques de Medina

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

JULHO DE 1981

----- =

PALMEIRA, ENNIO MARQUES

Utilização de Geotêxtil como Reforço de

Aterros sobre Solos Moles - Rio de Janeiro

1980

VIII, 282 p., 29.7cm (COPPE-UFRJ, M.Sc.,

Engenharia Civil, 1980)

Tese - Univ. Fed. Rio de Janeiro

Engenharia

Fac.

1. Assunto I. COPPE/UFRJ T:ÍTULO (série)

Dedico este trabalho a:

- Fernanda M. Palmeira

- Antonio Marques

- Celeste Marques

- Eloy R. Palmeira

AGRADECIMENTOS

O autor do presente trabalho deixa registrado seus

agradecimentos ao Prof. José Alberto Ramalho Ortigão pela en­

tusiasmada orientação da tese, pelas sugestões e correçoes

feitas no trabalho original e pela extensa bibliografia posta

a disposição.

Ao Prof. Willy Alvarenga Lacerda o autor agradece

pelo convite para exerce·r a função que tornou possível a rea­

lização deste trabalho bem como pelas sugestões e incentivo

prestados ao longo do mesmo.

São prestados agradecimentos, também, ao Instituto

de Pesquisas Rodoviárias do DNER pelo apoio financeiro prest~

do através da firma TRAFECON-Consultoria e Projetos de Enge­

nharia Ltda.

À RHODIA S/A ficam registrados os agradecimentos p~

lo interesse dispensado pela pesquisa e pelo fornecimento do

material geotêxtil necessário.

Aos colegas abaixo, o autor expressa a sua profunda

gratidão e reconhecimento pela colaboração que tornou possí­

vel a realização deste trabalho:

Eng9 Adalsino Valentim Gonçalves - pela ajuda nos

ensaios de laboratório com o Perfilômetro de Recal­

ques do IPR;

Tecnóloga Ana Kátia Romero Nicolino - pela colabor~

ção no processamento do programa BISPO para análise

de estabilidade de taludes;

Tecnóloga Célia Regina França Guimarães - pela cola

boração na realização dos ensaios de caracterização

do material de aterro da estrada de acesso;

Eng9s Fernando e Bernadete Danziger - pelo auxílio

no processamento de programa LORANE;

Prof. Jacques Medina - pelas sugestões prestadas;

Eng9 Haroldo Braune Collet - pelas sugestões feitas

ao longo do trabalho;

Eng9 José Carlos Vertematti - pelas sugestões e in­

formações prestadas;

Eng9 Júlio Verne de Mattos - pelo apoio na tentati

va de utilização do programa de computador NONSAP

da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janei

ro;

Eng9 José Eduardo Mercier Medina - pelas informa-

çoes sobre o andamento das obras da estrada de aces

so;

Tecnólogo Miguel da Silva Grossi - pela entusiasma

da colaboração na instalação da instrumentação, me­

dições de campo, cálculo das medições, manutenção

dos instrumentos e ensaios de laboratório realiza­

dos no material de aterro da estrada;

Prof. Márcio S.S. Almeida - pelas sugestões na aná­

lise teórica por Elementos Finitos;

Prof. Nelson F. Ebeckem - pela colaboração no pro­

cessamento do programa LORANE;

Sr. Roberto Augusto - pela colaboração nos

lhos de campo;

traba-

Srta. Sonia Maria Amaral - pela revisão do texto

original, datilografia e ajuda na montagem da tese;

Tecnólogo Sérgio Trotta - pelo desenho da maioria

das figuras da tese;

Eng9 Salomão Pinto - pelas sugestões

nos ensaios de laboratório;

apresentadas

Vilma Alves - pelo serviço de datilografia.

O autor estende os agradecimentos ao pessoal e cor­

po de professores da COPPE/UFRJ e ao pessoal do Núcleo de Com

putação Eletrônica da UFRJ (NCE).

i

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho se refere a parte do programa

de pesquisas conduzido pelo Instituto de Pesquisas Rodoviá-

rias (IPR)relativo à construção sobre solos moles. Nesse tra­

balho, tratou-se do estudo da utilização de mantas geotêxteis

como reforço de aterros rodoviários de baixa altura sobre so­

los de elevada compressibilidade. Esse tipo de obra e freque~

te como estradas de acesso para a construção de obras de gr~

de porte, estradas vicinais para escoamento de produção agrf

cola, etc. O desenvolvimento do trabalho envolveu os seguin­

tes tópicos: (1) descrição dos diversos tipos de geotêxteis

existentes, (2) revisão bibliográfica a respeito do comporta­

mento mecânico dos geotêxteis, (3) previsão do comportamento

de aterros reforçados com geotêxtil por métodos teóricos, (4)

detalhamento das 6 seções instrumentadas na estradas de aces­

so para a construção do Aterro II da Pesquisa de Aterros so­

bre Solos Compressíveis, (5) discussão e interpretação dos re

sultados obtidos através da instrumentação instalada.

O trabalho foi possível graças ao contrato celebra­

do entre o Instituto de Pesquisas Rodoviárias do DNER e a fir

ma TRAFECON-Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. Esse

contrato é supervisionado pelos Engenheiros Pedro Martorell e

Carmem Sylvia Ferreira, da Divisão de Pesquisas do IPR.

ii

SUMÃRIO

No presente trabalho estudou-se a utilização de man

tas geotêxteis como reforço de aterros rodoviários de

altura sobre solos moles.

baixa

Inicialmente, são apresentados os tipos de geotêx­

teis usualmente empregados em obras de engenharia sendo, tam­

bém, apresentados e discutidos os processos de confecção e as

propriedades fisicas e mecânicas dos geotêxteis relevantes p~

ra esse tipo de problema.

A previsão, por métodos teóricos, da influência da

presença do geotêxtil na interface aterro x fundação, quer se

ja no aumento do fator de segurança contra a ruptura general!

zada, quer seja na redução dos recalques superficiais da fun­

dação e, também, analisada.

A seguir, é apresentada e comentada a instrumenta­

çao instalada nas seções testes da estrada de acesso para a

construção do Aterro II da Pesquisa de Aterros sobre Solos

Compressiveis, do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR/

DNER). Em quatro das seis seções instrumentadas foi utilizado

o geotêxtil do tipo não-tecido da marca Bidim fabricado pela

RHODIA S/A, em diversas formas de instalação sobre a superfi­

cie da fundação.

Finalmente, os resultados obtidos através da instru

mentação foram analisados e comparados às previsões teóricas.

Dessa análise pode-se concluir que a influência do geotêxtil

na redução do consumo de material de aterro empregado é mais

marcante quanto maiores forem as condições de ancoragem da

manta geotêxtil. Isto ficou evidenciado pelas economias de

iii

9.6% de material de aterro na seçao com menor capacidade de

ancoragem do geotêxtil e de 22.6% na seção com maior ancora­

gem do geotêxtil. Entretanto, constatou-se que, para as condi

ções presentes na estrada de acesso, a utilização de geotêx­

til como reforço só seria economicamente viável caso a redu­

çao de material de aterro atingisse valores superiores a 26%.

iv

ABSTRACT

This thesis presents a study on geotextile

application for stabilizing low embankment roads constructed

on weak foundation soils.

A bibliography review on the main characteristics

of some commercially available geotextiles, their physical

and mechanical properties, usual manufacturing process and

standard geotextile testing methods is presented. A review

on geotextile application as reinforcement under the base of

low embankment road is also made.

A case history is presented on the construction of

an instrumented field trialto evaluate geotextile efficiency

as reinforcement under the base of an access road on soft

ground. The field trial was carried out along the access road

for the construction of a second large trial embankment on

vertical drains. This experimental program was a part of a

large research program sponsored by the Highway Research

Institute (Brazil). Six text sections, in which geotextile

type and installation method varied, were constructed.

Measurements were compared with a section with no reinforcerrent

and also compared with theorectical predictions.

Measured geotextile performance, expressed in per

cent reduction in volume of fill material consumption, seems

to vary between 9.6% to 22.6%, depending on the way the

geotextile was laterally fixed. An economic evaluation

considering fill material and fabric cost at test site, has

shown that such a geotextile application would note be

economically advantageous unless fill material savings were

in excess 26% in volume.

V

Í N D I C E

PARTE I - REVISÃO BIBLIOGRÂFICA

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS GEOT!XTEIS

CAPÍTULO 3 - COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS GEOTEXTEIS

3.1 - Resistência à Tração

3.1.1 - Ensaio Monodirecional

3 .1. 2 - Ensaio de Tração Localizada ( "Grab

Tensile Test")

3.1.3 - Ensaio de Deformação Plana Segundo

1

2

6

11

13

13

14

Sissons (1977) 15

3.1.4 - Ensaio Bidirecional Cilíndrico

3.1.5 - Ensaio Hidráulico de Tração

3.1.6 - Ensaio de Deformação Plana Monodi­

recional

3.2 - Fluência e Relaxação de Tensões

3.3 - Atrito de Interface

3.4 - Ensaio de Penetração

3.5 - Resistência ao Estouro

3.6 - Resistência ao Rasgo

3.7 - Comportamento Mecânico dos Geotêxteis - Co

mentários Finais

16

18

21

22

23

25

26

27

27

vi

CAPfTULO 4 - UTILIZAÇÃO DE MANTA GEOTtXTIL COMO REFORÇO

DE ATERRO SOBRE SOLOS FRACOS

4.1 - Aumento do Fator de Segurança Contra a RuE

tura Generalizada

4.2 - Utilização de Geotêxteis corno Reforço de

Aterros Rodoviários de Baixa Altura: Abor-

57

58

dagens Teóricas e Observações Práticas 61

4.2.1 - Solução Aproximada de Nieuwenhuis 62

4.2.2 - Previsão do Comportamento pelo Mé-

todo dos Elementos Finitos 74

4.2.3 - Conclusões e Críticas sobre a Pre

visão do Comportamento de Aterros

de Baixa Altura Reforçados com Geo

têxteis por Métodos Teóricos

4.2.4 - Revisão Bibliográfica sobre o Pro­

jeto de Estradas Vicinais e Desern

penho de Aterros Reforçados com

82

Geotêxteis 85

CAPfTULO 5 - CONSIDERAÇÕES Ã RESPEITO DA INSTALAÇÃO DE

MANTAS GEOTtXTEIS NA BASE DE ATERROS 130

PARTE II - COMPORTAMENTO DA ESTRADA

INSTRUMENTADA

DE ACESSO

CAPfTULO 6 - CARACTERfSTICAS GEOTeCNICAS DOS MATERIAIS

138

ENVOLVIDOS 139

6.1 - Resumo sobre as Características Geotécni-

cas da Argila Cinza do Rio de Janeiro 140

6.2 - Características Geotécnicas do Material de

Aterro Empregado na Estrada de Acesso 142

vii

6.3 - Características do Geotêxtil Empregado 143

CAPÍTULO 7 - DETALHAMENTO DAS SEÇÕES INSTRUMENTADAS 154

CAPÍTULO 8 - PROJETO DA INSTRUMENTAÇÃO E INSTRUMENTOS

UTILIZADOS NA ESTRADA DE ACESSO 163

8.1 - Projeto e Instalação da Instrumentação 164

8.2 - Descrição dos Instrumentos Utilizados 167

8.2.1 - Extensômetro Magnético Horizontal 167

8.2.2 - Perfilômetro de Recalques 169

CAPÍTULO 9 - SOLICITAÇÕES IMPOSTAS Â ESTRADA DE ACESSO 182

CAPÍTULO 10 - RESULTADOS OBTIDOS NAS MEDIÇÕES DE CAMPO 186

10.1 - Recalques Superficiais da Fundação 187

10.2 - Deslocamentos Horizontais Superficiais da

Fundação 188

10.3 - Deslocamentos Horizontais no Geotêxtil 189

CAPÍTULO 11 - INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS

MEDIÇÕES DE CAMPO 196

11.1 - Recalques Superficiais da Fundação

11.2 - Deformações Horizontais Superficiais

Fundação

11.3 - Deformações Horizontais no Geotêxtil

da

11.4 - Comparação Entre a Previsão por Métodos

Teóricos e os Resultados de Campo

197

203

204

205

viii

CAPITULO 12 - RESUMO, CONCLUSÕES FINAIS E SUGESTÕES 229

BIBLIOGRAFIA 238

SIMBOLOGIA 249

LISTA DE FIGURAS 258

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA 270

1

PARTE I - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

3

1 - INTRODUÇÃO

Entende-se por geotêxtil, de maneira geral, o prod~

to resultante de tratamento físico e químico aplicados a mate

riais naturais ou sintéticos e que se assemelha no seu aspec­

to visual ou construtivo, aos produtos oriundos da indústria

têxtil.

Até o início da década de 60 a indústria têxtil mun

dial tinha como matéria prima básica de construção as fibras

naturais tais como algodão, lã e seda. Nessa época começou-se

a explorar de maneira significativa as fibras sintéticas como

o nylon, poliéster, acrílico entre outras. Devido à grande va

riedade de características que o precesso sintético admite,

tais fibras vêm se impondo de maneira cada vez mais acentuada

ao longo dos anos. Para se ter uma idéia, atualmente 73% da

produção da indústria têxtil advém da utilização de fibras

sintéticas.

A partir do início da década de 70, a indústria têx

til passa a se voltar diretamente para a aplicação de seus

produtos, oriundos de fibras sintéticas, à indústria de cons­

trução. Surgem, então, os geotêxteis. Materiais de uma grande

gama de aplicação, os geotêxteis podem ser aplicados desde c~

mo elementos de decoração até como parte estrutural de obras

de contenção de encostas. Devido, principalmente, à sua faci­

lidade de aplicação e versatilidade, as mantas geotêxteis vêm

tomando,gradativamente, o lugar de materiais que, até então,

eram utilizados tradicionalmente em construções

a areia, de filtros). Na figura 1.1 pode-se ver

(por exemplo

o notável

crescimento do consumo de geotêxteis, nas suas diversas áreas

4

de aplicação, nos Estados Unidos a partir de 1970 em que const2

ta-se a importância dada a esse novo material (sintético) de

construção (KOERNER & WELSH, 1980).

Ao longo dos últimos anos, vários fabricantes têm

feito esforços no sentido de suprir os geotêxteis de caracte­

rísticas que o tornem um elemento efetivamente ativo quando

instalado em uma obra. No que diz respeito â utilização de

mantas, como elemento de reforço, o requisito de elevados mo

dulos de deformação e elevadas resistências à tração têm se

imposto como desafio básico ao seu emprego. Todavia, atualmen

te já existem geotêxteis especialmente indicados para esta fi

nalidade.

Nos capítulos seguintes serao apresentas as carac­

terísticas mecânicas e o comportamento de mantas quando uti

lizadas como reforço de aterros sobre solos moles.

5

1300-,-------------------

U)

l&I

600

'º 500 :e ....1 •·OO-l------:;.,C----t-------+-------1

100

o-----+---+--+--1---.--+--+---+--1911 1972 1973 1974 1975 1978 19n 1978 1979 IHO 1981

F I G. 1. 1 - C O N S U MO

TECIDOS

KOERN ER

ANO

. TOTAL DE G E O T E X TE IS N AO

NOS ESTADOS UNIDOS -APUD

8 WELSH (1980)

6

CAPÍTULO 2

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS GEOTÊXTEIS

7

2 - CARACTERfSTICAS GERAIS DOS GEOTfXTEIS

Para entender-se completamente a fabricação de uma

manta geotêxtil, deve-se tomar conhecimento de todas as par­

tes que envolvem o processo, o que será abordado resumidamen­

te.

Inicialmente, a substância que dará origem a fibra

sintética, e que se encontra no estado sólido, é transformada

ao estado líquido quer seja por adição de solvente ou aplica­

ção de calor. A seguir, a substância viscosa formada é trata­

da por um processo de extrusão (semelhante ao processo de pa~

sagem da água por um chuveiro). Os filamentos que emergem des

te processo de extrusão são, então, solidificados ou por apli

cação de ar quente ou por resfriamento. Após a solidificação,

as fibras formadas são tensionadas e com isso seus diâmetros

são diminuidos. Em seguida, as fibras serão arranjadas de ma­

neira convenientes a possibilitar a formação do tipo específl

co de geotêxtil desejado. Comumente tais arranjos sao os que

aparecem na fig. 2 .1 (Koerner & Welsh, 1980).

De posse das fibras arranjadas de uma das quatro m~

neiras indicadas na figura 2.1 passa-se à confecção da manta

geotêxtil que, de acordo com o processo de fabricação adota­

do, poderá ser enquadrada em um dos seguintes grupos: grupo

dos tecidos ou grupo dos não-tecidos. Estes dois se diferen

ciam na forma de ordenação estrutural dos fios sintéticos. A

manta pertencente ao grupo dos tecidos assume a configuração

estrutural ordenada, semelhante a maioria dos tecidos utiliza-­

dos em vestimentas. Os geotêxteis não-tecidos englobam as mag

tas com uma configuração estrutural dos fios totalmente alea­

tória.

8

Entre os tecidos, a forma mais simples de arranjo

dos fios é a indicada na figura 2.2. Tal arranjo possibilita

grande variedade de valores de permeabilidade em função does

paçamento entre fios.

Outras configurações de arranjo de fios possíveis nos

geotêxteis tecidos são utilizadas em roupas de sarja de algo­

dão (por exemplo, roupas de brim), que resultam em grande po­

rosidade e as utilizadas em roupas de seda, que conduzem a

uma grande capacidade filtrante. Sendo assim, a configuração

dos fios da manta de geotêxtil do tipo tecido influencia de

forma marcante várias grandezas físicas e mecânicas da manta

tais como permeabilidade, capacidade filtrante e resistência

ao rasgo.

A manta não-tecido, como já foi dito, se caracteri

za por um arranjo aleatório dos seus fios. Na confecção de

uma manta não-tecido, apos o preparo dos emaranhados sintéti­

cos, entra-se na fase de solidarização destes emaranhados que

pode ser feita pelos seguintes processos (Koerner & Welsh,

1980) : agulhagem ( "Needle Punched") , rotativo ou misto ("Spun­

Bonded") , derretimento ou calor ("Melt-Bonded") , aplicação de resi­

nas ("Resin Bonding"·) e outros.

No processo de agulhagem, os emaranhados passam por

agulhas especialmente projetadas para dar a configuração fi­

nal à manta. No processo rotativo, a configuração dos fios é

conseguida através de rotação, indução elétrica ou fluxo con­

trolado de ar. No processo de ligação por calor, altas tempe­

raturas associadas a processo mecânicos ou químicos são util!

zadas. O processo de ligação por resinas é conseguido impre2

nando-se os emaranhados com resinas sintéticas (usualmente de

9

acrílico),

Nos capítulos seguintes sao apresentados e comenta

dos os diversos ensaios existentes para avaliar as proprieda­

des mecânicas dos geotêxteis. Comparações de resultados para

diversos geotêxteis são, também, apresentadas.

FIO DE EMARANHADO DE FIBRAS

\ EMARANHADO DE FIBRAS

.,I

10

FIG.2.1 -ARRANJOS POSSÍVEIS DAS 8 WELSH (1980)

n - n -'

e:

e:

... .... -.. FIG. 2.2 -FORMA MAIS SIMPLES .

FIO MONDFJLAMENTD CDNTI NUO

, FIBRAS SI NTETICAS -APUD KOERNEF

n ,.. n '

==:J

'

~

- ~ ....

DE ARRANJO DOS FIOS NOS

GEOTEXTEIS DO TIPO TECI DO - APUD KOERNER a WELSH(19BO

11

CAP!TULO 3

COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS GEOTÊXTEIS

12

3 - COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS GEOTÊXTEIS

O comportamento mecânico dos geotêxteis depende fun

damentalmente do tipo de material sintético utilizado na sua

confecção bem como do processo de fabricação da manta. Devido

a serem vârios os tipos e formas de fabricação de geotêxteis

pelo mundo afora, de produto a produto haverá uma certa varia

çao numa ou outra característica mecânica.

De um modo geral, as características mecânicas mais

importantes nas mantas de geotêxteis quando aplicadas como

reforço â base de aterros sao:

- Resistência à tração;

Fluência e relaxação de tensões;

- Atrito manta x solo;

- Resistência à penetração;

Resistência ao estouro;

- Resistência ao rasgo;

- Características drenantes;

- Características filtrantes.

No presente trabalho, dar-se-á maior ênfase às seis

primeiras características enunciadas. Serão apresentados da­

dos sobre essas características para a maioria dos geotêxteis

empregados em engenharia,quer sejam tecidos ou não-tecidos.Em

capítulo posterior será apresentada maior quantidade de dados

sobre o geotêxtil empregado nas seções testes.

13

3.1 - RESISTÊNCIA Ã TRAÇÃO

Neste item serao comentados os ensaios

mais usualmente empregados em geotêxteis.

3.1.1 - ENSAIO MONODIRECIONAL

de tração

No ensaio monodirecional uma tira de geotêxtil com

dimensões 50 x 200mm é solicitada à tração na direção da sua

maior dimensão conforme mostra a figura 3.1.

Estes ensaios obedecem ao procedimento empregado na

norma AFNOR-G-07.001, cujas recomendações são:

- Dimensões da tira: 50 x 200mm;

Número de ensaios: 10 ensaios em cada direção;

Velocidade de ensaio: lOOmm/min.;

- Condições atmosféricas com temperatura de 20°c e

65% de umidade relativa.

Neste tipo de ensaio ocorre uma excessiva contração

na direção da menor dimensão da tira em ensaios com não-teci

dos. Tais ensaios, feitos segundo várias direções ao longo da

manta, mostrarão os não-tecidos como se comportando quase is~

tropicamente e os tecidos com uma forte anisotropia como indi

ca a figura 3.2.

Todavia, isto se deve ao arranjo dos fios sintéti­

cos, já descritos para os tecidos, fazendo com que, para es­

tes tipos de geotêxteis, estes ensaios se justifiquem somente

nas direções de lançamento dos fios.

A figura 3. 3 mostra a curva de tensão x deformação

14

típica para este tipo de ensaio onde a ruptura ocorre, em ge­

ral, a elevadas deformações (da ordem de 50 a 70%} para os nao

tecidos.

Depreende-se da figura 3.3 que os módulos de defor­

maçao, nestes ensaios, variam bastante em função do tipo de

geotêxtil e do nível de tensões.

Embora os ensaio monodirecionais sejam de bastante

facilidade de execução, os rresl!Ds não reproduzem de maneira

correta as solicitações impostas à uma manta sob um aterro.

Um ensaio muito utilizado e que reproduz um pouco melhor es­

tas solicitações é o ensaio de Tração Localizada que é comen­

tado a seguir.

3.1.2 - ENSAIO DE TRAÇÃO LOCALIZADA ("GRAB TENSILE

TEST")

Um outro ensaio de tração em geotêxteis, embora ago

ra, com o intuito de medir a resistência à tração localizada

no interior da manta é o Ensaio de Tração Localizada ( "Grab

Tensile Test") que visa simular solicitações localizadas como

as provocadas por rodas de veículos ou pedras. Como pode ser

visto na figura 3.4, o ensaio se baseia no tracionamento, por

duas garras de 25.4mm (1") de comprimento, do trecho central

de um pedaço quadrado de manta com 200mm de lado.

Como se depreende da figura 3.4, este ensaio se

aproxima mais de um ensaio de deformação plana uma vez que as

bandas de geotêxtil laterais às garras contribuem para o au­

mento da rigidez do trecho efetivamente ensaiado.

Sissons (1977) apresenta resultados de resistência

15

a tração localizada para alguns tipos de geotêxteis em que se

nota uma ligeira vantagem, neste tipo de ensaio, para um nao­

tecido com fios ligados por calor e para o tecido. Estes re­

sultados são apresentados na tabela 3.1.

3.1.3 - ENSAIO DE DEFORMAÇÃO PLANA SEGUNDO SISSONS

(1977)

Sissons (1977) apresenta um ensaio de tração em con

dições de deformação plana com o geotêxtil sendo submetido a

tração monodirecional. Segundo este autor, o estado de defor­

mação plana é garantido devido à ação de pinos espaçados que

transpassam a manta e evitam a deformação transversal do cor

po-de-prova. O esquema de ensaio de Sissons e apresentado na

figura 3.5.

O ensaio é realizado em corpos-de-prova de 20cm x

20cm a uma taxa de deformação de 10%/min.

Segundo Sissons, o ensaio nao e perfeito uma vez

que a presença dos pinos não representa as condições de cam­

po. As forças induzidas pelos pinos sao pequenas na fase ini­

cial de carregamento do ensaio.

Os resultados deste tipo de ensaio fornecem curvas

tensão x deformação com módulos de deformação consideravel­

mente maiores que os apresentados nos ensaios monodirecionais

e dentro dos valores usualmente obtidos por outros ensaios de

deformação plana. Na figura 3.6 são apresentados resultados

típicos dos ensaios de deformação plana por Sissons para di­

versos geotêxteis.

16

3.1.4 - ENSAIO BIDIRECIONAL CILÍNDRICO

Este ensaio se baseia na solicitação bidirecional

de urna superfície cilíndrica de geotêxtil, corno mostra a fig~

ra 3.7.

Para o ensaio bidirecional sao definidas as seguin­

tes grandezas, de acordo com a figura 3.8:

- Deformação vertical: E z

- Tensão de tração na direção vertical: a z

- Deformação tangencial: E6

Tensão de tração na direção tangencial: ªe

o ensaio é feito de maneira a manter-se urna das

grandezas constante e as outras variando. No caso em que Ez =

O, que conduz a um ensaio de deformação plana ("Plane Strain"),

devem-se anotar as medidas do diâmetro da amostra bem corno as

pressoes interna e externa e a força vertical necessária F z

Com isso, o procedimento do ensaio seria o seguinte:

- Aumentando-se a pressão interna p., tem-se ]_

figura 3.8):

(pi pe) D D

1 ªe = - -2- Ee = -D o

Fz a = Ez = o z J/,

onde

E6 = deformação tangencial

E = deformação vertical z

ªe = tensão tangencial

(ver

análoga.

17

a = tensão vertical z

F = força vertical necessária para manter-se E = o z z

i comprimento da circunferência do corpo-de-pr~

va {=nD)

pi = pressao interna a amostra

pe = pressao externa à amostra

D = diâmetro da amostra {medido durante o ensaio)

D0

= diâmetro inicial

Sendo assim, pode-se obter:

a ªe a o z V z

E = = - V = z E E ªe

ªe a (1 v2íªe v2) ªe - V z - (1 E8 = = E = -E E E6

onde:

E= módulo de deformação

v = coeficiente de Poisson

Os outros ensaios passiveis sao feitos de maneira

Os ensaios bidirecionais, quando executados em te

cidos, mostram resultados de resistência à tração variando po~

co com a direção de solicitação {praticamente isotrópico) e

com resultados praticamente iguais ao dos ensaios monodireci2

nais, onde a resistência dos tecidos na direção de lançamento

das fibras não é significativamente afetada pelo estrangula­

mento. Todavia, há uma anisotropia considerável no que diz

respeito a deformação na ruptura. Tais conclusões podem ser

tiradas através da figura 3.9 {Van Leeuwen, 1977).

18

No que diz respeito aos não-tecidos, os ensaios bi­

direcionais cilindricos confirmam o seu alto grau de isotro­

pia, constatado nos ensaios rnonodirecionais, mas as resistên­

cias e os módulos de deformação são, para os ensaios bidireci

anais, consideravelmente maiores corno pode-se ver através da

figura 3.10.

Em relação aos não-tecidos, pode-se dizer, de manei

ra geral, que os ensaios de tração bidirecional apresentam em

relação aos rnonodirecionais (Van Leeuwen, 1977):

Tensão na ruptura de 30 a 50% maior;

- Deformação na ruptura de 30 a 50% menor;

- Coeficiente de Poisson entre 0.25 a 0.50;

Módulos de deformação (E) consideravelmente maio­

res.

O ensaio bidirecional cilindrico apresenta corno des

vantagem o sofisticado equipamento necessário a sua execuçao.

Outro problema associado ao ensaio e a presença da costura,

necessária para dar a configuração cilindrica ao corpo-de-prQ

vas. Por vezes, caso a costura nao seja bem feita, a ruptura

pode ocorrer ao longo desta.

3.1.5 - ENSAIO HIDRÃULICO DE TRAÇÃO

Raurnann (1979) desenvolveu um ensaio de resistência

ã tração em geotêxteis que denominou Ensaio Hidráulico de Tra

ção. O ensaio é realizado em estado de deformação plana e con

siste em se tracionar urna tira de geotêxtil, com as extrernida

des presas e impermeabilizada inferiormente por urna membrana

de borracha, através da injeção de água sob pressão entre a

19

membrana e suporte do ensaio, como pode ser visto na figura

3.11.

O equipamento é provido de dispositivos que perml

tem a execução de ensaios ciclices. O cálculo do ensaio é sim

ples. Admite-se que o geotêxtil se deforma segundo uma super­

ficie cilindrica, e pode-se demonstrar facilmente as segui::i.

tes relações (ver figura 3.11).

T = p.R = p b/a

onde:

a = b R

Se o< b, a deformação e dada por:

E = 1 a

arcsena - 1

Se o~ b, tem-se:

1 E=~- (rr - arcsena) - 1

a

Para pequenas deflecções, a expansao em série da

função arcsena fornece:

arcsena = a (1 +

o que leva a:

2 o2 E =

T = 28

2 a

-6-

Os ensaios sao conduzidos com uma taxa de deforma­

çao entre 1 e 5% por minuto. As dimensões recomendadas para a

tira de geotêxtil a ser ensaiada são 100mm x 800mm ou 200mm x

800mm, embora outras dimensões possam ser adotadas. Raumann

(1977) afirma que a influência de resistência à tração da mem

20

brana de borracha utilizada para a transmissão da pressao hi­

drostática ao geotêxtil (ver figura 3.11) bem como a influên­

cia do estado de tensões das bordas, na medida da deflecção,

sao desprezíveis.

Os resultados deste tipo de ensaio apresentam aumen

to considerável nos parâmetros de resistência da manta, quais

sejam: módulo de deformação e resistência à ruptura. Raumann

apresenta resultados comparativos entre ensaios de tração mo­

nodirecionais com tiras de diversas dimensões e o ensaio hi

dráulico para um geotêxtil de poliéster agulhado como mostra

a figura 3.12.

Nessa figura, constata-se a marcante dependência do

módulo de deformação com as dimensões da tira nos ensaios mo­

nodirecionais. O ensaio hidráulico apresenta as maiores carac

teristicas de resistência para o geotêxtil ensaiado.

Na figura 3.13 são apresentados resultados do ensaio

hidráulico para diversos tipos de geotêxteis. Os resultados

estão normalizados em relação à densidade superficial da man

ta, devido às diferenças de espessura e peso especifico dos

diversos tipos ensaiados.

Através de enchimento e esvaziamento sucessivos da

camara de pressao do aparelho, foi possível a Raumann a obten

ção de resultados do comportamento de dois geotêxteis quando

submetidos a carregamentos cíclicos. Na figura 3.14 aparecem

os resultados de ensaios cíclicos nos dois geotêxteis, um de

poliéster agulhado e o outro de fibras de polipropileno liga­

das. O ensaio foi conduzido levando-se o geotêxtil até o est~

do de tensões representado pelo ponto A e depois reduzindo-se

e elevando-se esse estado 500 vezes até atingir-se o ponto C. No

21

vamente o estado de tensões era elevado até o ponto D e rep~

tido todo o processo. Os resultados obtidos nesse ensaio para

o geotêxtil de poliéster apresentam um módulo de deformação

• dinâmico (módulo de deformação no trecho de carregamento

clico) sensivelmente maior que o módulo do ensaio padrão.

Cl.-

A

deformação na ruptura para a manta de poliéster no ensaio cí­

clico é a mesma do ensaio padrão. Todavia, para o geotêxtil

de polipropileno os resultados indicam um módulo de deforma­

çao da ordem de grandeza do módulo inicial do ensaio padrão e

uma deformação na ruptura maior do que a apresentada no en­

saio padrão.

3.1.6 - ENSAIO DE DEFORMAÇÃO PLANA MONODIRECIONAL

Riga & Perfetti (1980) apresentaram um ensaio de

tração em geotêxteis em condições de deformação plana em que

a solicitação de tração e monodirecional, como pode ser vis­

to na figura 3.15.

A condição de deformação plana é, aproximadamente,

conseguida desde que a largura B0

(ver figura 3 .15) seja predomi­

nantemente maior que a altura H do corpo-de-prova. A velocida

de do ensaio é de 50mm/min.

Os autores fizeram uma série de ensaios em dois ge2

têxteis não-tecidos para verificar qual a relação B /H ideal o

para o ensaio. Nos ensaios, adotou-se uma altura inicial do

corpo-de-provas de 10cm e as relações B /H ensaiadas foram de o

0.5, 1, 3, 5, 6.5 e 8.

Na figura 3.16 (a) pode-se verificar que para rela

çoes B /H maiores que 6,5 o estrangulamento das bordas do cor o

22

po-de7prova começa a ter menor relevância. Na figura 3.16 (b)

tem-se a variação do esforço de tração na ruptura, normaliza

do em relação à densidade superficial da manta, versus largu­

ra do corpo-de-prova. Verifica-se, agora, que uma relação B / o

H acima de 3 já é suficiente. Todavia, somente para relações

acima de 6.5 a variação do módulo de deformação do geotêxtil

é pouco afetado pela geometria do corpo-de-prova, como pode

ser visto na figura 3.16 (c). Com isso, por segurança, os au­

tores recomendam uma relação B /H igual a 8. o

A grande vantagem deste ensaio é, sem dúvida, a sua

simplicidade e facilidade de execução.

3.2 - FLU~NCIA E RELAXAÇÃO DE TENSÕES

As mantas de geotêxteis, quando em obras de engenh~

ria, estão sujeitas a ficarem solicitadas por uma carga cons

tante ou uma deformação constante durante muito tempo. Devido

a isto, surgem dois interessantes pontos a conhecer: Fluência

(deformação lenta à carga constante) e relaxação (decréscimo

de tensão à deformação constante).

O efeito de fluência será mais ou menos intenso em

função do tipo de material do qual é feita a manta. De uma ma

neira geral, pode-se dizer que as mantas de poliéster são as

menos atingidas pela fluência vindo a seguir as de poliamida

e as de poliprotileno (Van Leeuwen, 1977; Raumann, 1979; Paute

& Segouin, 1977).

Van Leeuwen (1977) cita que intensivas investiga-

çoes têm mostrado que os tecidos podem tolerar cerca de 60%

da sua carga de ruptura durante vários anos antes que a rupt~

23

ra possa ocorrer. Cita, também, o mesmo autor, que 80% da de­

formação total das amostras durante ensaios ocorrem nos pri~

meiros 10 minutos após a aplicação de carga. Na figura 3.17 a

parecem alguns resultados de fluência em geotêxteis.

Embora a fluência seja um efeito indesejado, a sua

influência negativa ao longo do tempo é contrabalançada pelo

aumento do fator de segurança da obra, devido à manta auxili­

ar, como elemento drenante, a dissipação das pressões inters

ticiais.

Raumann (1979), através do seu Ensaio Hidráulico de

Tração, apresenta resultados de ensaios de fluência a partir

de uma deformação inicial de 20% para diversos geotêxteis nao

tecidos e tecidos à base de polipropileno, bem como para um

geotêxtil não-tecido agulhado de poliéster. Os resultados sao

apresentados na figura 3.18. Nesta figura observa-se que, tam

bém no ensaio hidráulico, a manta de poliéster apresentou me

lhor comportamento quanto a fluência.

Quanto ao efeito de relaxação de tensões, também se

verifica a influência do tipo de material constituinte. Dados

sobre o assunto parecem, entretanto, escassos na bibliografia

talvez devido a menor importância prática da relaxação de ten

sões em relação a fluência. Na figura 3.19 são apresentados

alguns resultados de ensaios de relaxação de tensões em manta

de tecido publicados por Van Leeuwen (1977).

3.3 - ATRITO DE INTERFACE

A transferência de carga do solo para a manta pode

ser feita por atrito. Assim,a capacidade de interação entre a

24

manta e solo será função das características de atrito da in

terface solo x geotêxtil.

O ensaio que mede esta característica e conhecido

como ensaio de resistência de interface e está esquematizado

na figura 3.20.

O ensaio e conduzido de maneira semelhante ao en-

saio de cisalhamento direto, sendo o geotêxtil fixado

apoio que pode ser rígido ou composto de amostra do

a um

próprio

solo da caixa superior ou de solos diferentes. Desta maneira,

o resultado do ensaio dependerá de como sera a disposição e

características dos solos que têm contato com o geotêxtil.

De um modo geral, os ângulos de atrito encontrados

em ensaios de interface com materiais granulares variam entre

25° e soº crescendo com a granulometria do solo (RHODIA,1980).

Ensaios de Interface realizados no laboratório de

Mecânica dos Solos da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(ver relatório COPPE/UFRJ, 1978) com apoio rígido e material

arenoso compactado com a seguinte composição: areia grossa =

2%; areia média= 21%; areia fina= 39%; silte = 10% e argila

= 27% apresentaram valores de ângulo de atrito de interface

entre 27 e 30°. No mesmo trabalho são apresentados resultados

de ensaios com apoio rígido como base do geotêxtil e argila

orgânica do centro da cidade do Rio de Janeiro como solo ten

do-se observado ângulo de atrito de 20° e uma adesão de 12kN/

2 m. Em ambos os ensaios o geotêxtil utilizado foi o Bidim, CQ

mumente encontrado no mercado brasileiro. Na figura 3.21 apr~

sentam-se os resultados destes ensaios.

No presente trabalho foi executada uma série de en­

saios de interface entre solo compactado com a seguinte comp2

25

sição: areia grossa= 4%; areia média= 11%; areia fina= 22%

(total de areia 37%); silte = 22% e argila = 41% e geotêxtil

da marca Bidim. O ângulo de atrito encontrado foi de 28° com

uma adesão de 6.0 kN/m2 . A envoltória obtida está apresentada

na figura 3.22.

3.4 - ENSAIO DE PENETRAÇÃO

O ensaio de penetração simula a solicitação, impos­

ta à manta, devido as pontas de elementos rochosos principal­

mente quando estes são depositados sobre o geotêxtil e uma ca

mada mais compressível. Um esquema desta solicitação

ser visto na figura 3.23.

pode

O esquema do ensaio de penetração e mostrado na fi-

gura 3.24.

O ensaio realizado deixando-se cair sobre um pedaço

de geotêxtil perfeitamente preso à um molde (molde de ensaios

CBR, por exemplo) um peso em forma de cone. O peso do cone

bem como as dimensões apresentadas na figura 3.24 foram obti­

das através de experiências. Após a queda do peso, o diâmetro

da abertura provocada é medido através de uma gabarito, como

mostra a figura 3.25.

Em geral, o peso cônico e deixado cair por dez ve­

zes sobre o geotêxtil e a média das aberturas provocadas for­

nece o Índice de penetração para o geotêxtil. Desta maneira,

menor valor para o Índice de penetração indica melhor desemp~

nho para este tipo de solicitação.

A figura 3.26 apresenta resultados comparativos de

resistência à penetração para vários geotêxteis (Alfhein &

26

Sor.lie, 1977). Verifica-se que os não-tecidos (Bidim, Polyfelt,

Trevira) se comportam relativamente melhor que os tecidos. S~

gundo os citados autores, os fatores mais importantes que in­

flenciam os resultados dos testes são: o tipo de polímero

constituinte das fibras, o método de ligação das fibras e o

peso do material por area.

3.5 - RESISTtNCIA AO ESTOURO

Outro tipo de solicitação a que pode ser submetida

a manta de geotéxtil é a indicada na figura 3.27.

Devido às irregularidades do terreno onde se assen

ta, a manta pode vir a sofrer um puncionamento, em acidentes

localizados do terreno, devido ao peso do material granular co

locado sobre si.

O esquema do ensaio de estouro está indicado na fi-

gura 3. 28.

Neste ensaio a manta é forçada a entrar num orifí­

cio circular através da aplicação de pressão numa membrana de

borracha colocada sob a mesma.

Na tabela 3.2 aparecem valores da resistência ao es

touro para alguns geotêxteis.

Em geral, os geotêxteis que apresentam maior defor

mabilidade nos ensaios de deformação plana são, também, os

que apresentam maiores deformações antes de ocorrer a ruptura

por estouro. Em termos médios, os tecidos se apresentam mais

resistentes ao estouro.

27

3.6 - RESISTÊNCIA AO RASGO

Outro aspecto a se considerar é a possibilidade da

manta rasgar-se durante a vida útil da obra. Acredita-se que

os outros tipos de solicitações já apresentadas sejam bastan­

te mais prováveis de ocorrer num aterro sobre solo fraco do

que o rasgo. Também, a menos de um defeito de fabricação, o

rasgamento deve vir como consequéncia de outro fenômeno tal

como: ruptura por tração, penetração ou estouro.

Para estudar o comportamento dos geotêxteis no ras

gamento, Sissons (1977) apresenta dois ensaios, a saber: En­

saio de Rasgamento Localizado ("Hook Tear Test") e o Ensaio

de Rasgamento em Forma de Asa ("Wing Tear Test"). O primeiro

pode simular a ação dos cantos vivos de elementos rochosos e

o segundo a propagação do rasgo ao longo da manta. Os ensaios

aparecem esquematizados na figura 3.29.

Para os ensaios são utilizados pedaços quadrados de

manta com 15cm de lado.

Sissons (1977) apresenta resultados comparativos en

tre os dois métodos de ensaios, onde pode-se constatar uma ra

zoável correlação entre os dois tipos de ensaios para os ge~

têxteis do tipo não-tecido. Os resultados de Sissons estão

apresentados na figura 3.30.

3.7 - COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS GEOTÊXTEIS - COMEN

TÁRIOS FINAIS

Neste capitulo foi apresentado, de maneira resumi­

da, o comportamento da manta geotêxtil aos diversos tipos de

28

solicitações que lhe podem ser impostas. Tais solicitações,

simuladas em laboratório, visam reproduzir esforços presentes

in situe, através dos resultados obtidos nos ensaios, forne­

cer subsídios a um projeto racional da manta a ser empregada.

Como em vários campos de engenharia, alguns ensaios simulam

mais corretamente, ou menos corretamente, os esforços reais

que irão atuar. No caso do reforço de aterros sobre solos fra

cos com geotêxteis, isso não é exceção.

No presente trabalho, em que o estado predominante

é o de deformação plana, a utilização de resultados de ensaios

de tração monodirecionais para hipótese de comportamento de

mantas de não-tecidos leva a valores de módulos de deformação

e resistências totalmente irreais, embora no caso dos tecidos

os resultados deste ensaio não fujam muito aos ensaios

corretos, quando a direção ensaiada é a de lançamento

mais

dos

fios. A execução de ensaios monodirecionais em tecidos, em di

reçao outras que não as de lançamento dos fios, fornece resis

tências à tração mais baixas. Todavia, nesse caso, além da

nao representatividade do ensaio já discutida, tais direções

nao seriam colocadas sob as condições mais severas de esfor­

ços mecânicos num projeto elaborado conscientemente.

No Ensaio de Tração Localizada, devido à configura­

çao geométrica do ensaio, o estado gerado se aproxima um po~

comais do estado de deformação plana. Ainda assim, os resul­

tados de resistência são subestimados nesse ensaio.

Os Ensaios Monodirecional e de Tração Localizada sao

os ensaios de tração mais rápidos e mais simples de se execu­

tar. São, também, os resultados desses ensaios que são apre­

sentados geralmente como características de resistência a tra

29

çao do geotêxtil nos catálogos dos fabricantes (principalmen­

te o de Tração Localizad~. Seria bastante conveniente que a

partir de resultados obtidos em ensaios mais simples como es

tes, se pudesse extrapolar os resultados para o comportamento

a deformação plana que requer ensaios mais sofisticados. Isso

parece ser possivel no caso do ensaio de Tração Localizada on

de se poderia obter um fator multiplicativo que levaria ao re

sultado do ensaio de deformação plana. Todavia, tal fator te-

ria um determinado valor para cada fabricante de

nao podendo ser considerado como geral.

geotêxtil,

O Ensaio de Tração Bidirecional Cilindrice e um en-

saio de maiores potencialidades e fornece resultados em ter­

mos de módulo de deformação e resistência à ruptura signific~

tivamente maiores que os ensaios mais simples. Todavia, é um

ensaio sofisticado exigindo muito cuidado e atenção do opera­

dor na sua execuçao.

O Ensaio de Deformação Plana de Sissons, embora se

ja um ensaio rápido e simples, apresenta o inconveniente da

presença dos pinos atravessando a manta ensaiada, o que certa

mente altera o estado de tensões, principalmente quando se es

tá próximo à ruptura do corpo-de-prova.

O Ensaio Hidráulico de Tração reproduz de maneira

mais simples, que os citados anteriormente, a condição de de­

formação plana. Contudo, mais simples ainda e por isso mais

indicado para utilização corriqueira na avaliação do compor­

tamento em deformação plana dos geotêxteis é o ensaio de De­

formação Plana Monodirecional apresentado por Riga & Perfetti

(1980). Com a existência desses dois Últimos ensaios citados,

não parece haver justificativa que os fabricantes de geotêx-

30

teis continuem a fornecer, em seus catálogos de produtos, ap~

nas o resultado do ensaio de Tração Localizada como dado so­

bre a resistência à tração da manta.

De um modo geral, o geotêxtil do tipo tecido apre­

senta uma resposta mais rápida às solicitações impostas, isto

é, o esforço de tração é transmitido diretamente aos fios sem

envolver deformações iniciais significativas. Com isso, o te­

cido apresenta um módulo de deformação elevado ainda a níveis

de tensões baixos. Já os não-tecidos, devido à configuração~

leatória dos fios, devem admitir uma deformação inicial até

que os seus fios resistam efetivamente ao esforço aplicado.

Observou-se, ainda, uma significativa influência do nível de

tensões no valor do módulo de deformação de geotêxteis à base

de polipropileno e, também, em geotêxteis não-tecidos com

fios ligados por calor ou resinas sintéticas. t importante n2

tar, também, o excelente comportamento do geotêxtil não-teci

do de poliéster quando submetido a ensaios cíclicos de tração

através dos resultados apresentados por Raumann (1979).

No que diz respeito a fluência, os geotêxteis aba­

se de poliéster são bastante estáveis, o que não pode ser di

to em relação aos que são confeccionados a base de polipropi­

leno.

Em solicitações como as simuladas nos ensaios de p~

netração e resistência ao rasgo os geotêxteis não-tecidos p~

recem se comportar melhor que os tecidos ao passo que no en­

saio ou resistência ao estouro, por ser uma solicitação de

tração, os tecidos parecem se comportar melhor.

De um modo geral, os geotêxteis do tipo tecido sao

capazes de possuir módulos de deformação maiores e deformação

31

na ruptura menores que os não-tecidos devido a configuração

estrutural da manta de tecido. Por outro lado, os não-tecidos

parecem ser mais resistentes às solicitações ocasionais passf

veis de ocorrência numa obra. O material mais conveniente pa­

ra a confecção das fibras ê o poliéster e o processo de con­

fecção da manta de não-tecido que parece ser mais indicada no

atual estágio de conhecimento é o de agulhagem.

32

~LI /GEOTEXTIL

1 1 ANTES DO ENSAIO

1

20.0 cm ~ T 1

(POSIÇÃO INICIAL

T DURANTE O ENSAIO

• FIG. 3 1 - ENSAIO MONOOIRECIONAL EM GEOTEXTEIS

150°

180° /

SENTIDO

TRANSVERSAL 1

210°

FIG. 3.2 -

120°

/ -TECIDO

240º

CARACTE RISTICAS NO ENSAIO DE RHODIA ( 1980)

DE

SENTIDO LONGITUDINAL

-NAO TECIDO

270º

ISOTROPIA

60°

330º

300°

• DOS GEOTEXTEIS

TRAÇÃO MONODIRECIONAL - APUD

33

NAO-TEC IDO DE POLI ESTER

E TECI DO DE

u POLI PROPILENO

( PROCESSO ROTATIVO)

,n 0.8 ..... z :.:

o 0.6 I<[

Ili z NÃO-TECIDO w • DE ~ POLI ESTER

0.4 1 IMPREGNA RESINA) DE POLIPROPILENO

( PROCESSO ROTATIVO)

0.2

20 40 60 80 100 120 140

O E FORMAÇÃO ( % )

IG. 3. 3 - CURVAS TENSÃO x DEFORMAÇÃO TÍPICAS PARA ENSAIOS •

MONO DIRECIONAIS EM GEOTEXTEIS - APUD RHODIA (1980)

T

m 1 . ;

25.4mm

T

34

/PEDAÇO DE GEOTÊXTIL 200 x 200 mm

GARRA

FIG.3.4-ESQUEMA DO ENSAIO DE TRAÇÃO LOCALIZADA

TENSÃO NA DEFORMAÇÃO TENSAO A

G EOTÊXTIL RUPTURA NA RUPTURA 5°/o DE ( N) ( % ) DEF~RNMfÇÃO

NÃO-TECIDO LIGADO

POR CALOR 900 -1400 70 - 125 110 - 240

NÃO -TECIDO AGULHADO 750- 950 65 - 150 10 -20

NÃO-TECI DO LI GADO 650 - 800 50 - 65 100-250 POR RESINA SINTÉTICA

TECI DO 800 -1000 10 -25 300 - 350

' . TABELA 3.1- CARACTERISTICAS DE !!ESISTENCIA 'A TRAÇAO

PARA DIVERSOS GEOTEXTEIS NO ENSAIO DE

TRAÇÃO LOCALIZADA. VALORES NORMALIZADOS EM 200 g/m2 -APUD SISSONS (1977)

GEOTÊXTIL

20•20cm

GARRA

FIG. 3.5 - ESQUEMA

1

DO

T

i

.

T

ENSAIO DE

T

i 1 • G EOTÊX TIL

11..._~ PINOS ATRAVESSANOO

O GEOTÊXTIL

ES PAÇADOR ES RfolDOS

DOS PINOS

1

l T

DEFORMAÇÃO PLANA DE SISSONS (1977)

w u,

36

>000

E ... o N b

' Z2000 o .... ., z "' 1-

1000

50 l(X)

DEFORMAÇÃO(%)

NÃO -TECIDO AGULHADO (200g/m2 )

E ... o N Z000

' z

o ... ., Z 1000

"' 1-

00 100

DEFORMAÇÃO(%)

NAO-TECIDO LIGADO POR RESINA ( 200g / m2 )

>000

E b ... o N

' zooo z

o ... ., d

z 1000 "' 1-

o~----------,.,. o 50 100

DEFORMAÇÃO (%)

NÃo-T ECI DO LIGADO PCR CALOR ( 200 g / m2 )

E ... o N

'- 2000 z

o ... ., z "' IOCI) 1-

a

OL....----------0 50 100

DEFORMAÇÃO(%)

T E CI DO ( 11 O g / m2

)

FIG. 3. 6 - RESULTADOS DE ENSAIOS DE DEFORMAÇÃO •

PLANA ( 1977 ) PARA DIVERSOS GEOTEXTEIS -APUD SISSONS

CE LULA

/

CÉLULA DE PRESSAO

MEDIÇAO CONllNUA DO

DIAMETRO--t+-"I

MANÔMETRO

MEDIÇÃO DO VOLUME DE

ÁGUA

-l-++---- ANTEPARO

CORPO DE

PROVA ------JANELAS

// ME:IEÇÃO

FIG. 3. 7 - ESQUEMA DO ENSAIO BIDIRECIONAL CILi'NDRICO DE TRAÇÃO - APUD VAN LEEUWEN ( 1977)

1 .,, ---T-- -- ...

1

1

E u o

-::.:::_-_._: ---~ "'

__ 1 __

~

E u .. ----,---~---[ .

'

GARRA SUPERIOR

ESTADO INICIAL d, 10cm

AUMENTO DO RAIO

GARRA INFERIOR

FIG. 3.B - DEFORMAÇÃO DO CORPO DE PROVA NO ENSAIO BIDIRECIONAL CILINDRICO-

APUD VAN LEEUWEN (1977)

38

A - TECI DO COM FIOS

DE POLI A MI DA

B- TECIDO .COM FIOS DE POLIESTER

t DIREÇÃO DE LANÇAMENTO

1

DOS FIOS

/DIAGONAL

( DIREÇÃO DOS FIOS DE ABRAÇAMENTO

(o) TENSAO NA RUPTURA

t DIREÇÃO DE LANÇAMENTO

1 DOS FIOS

/DIAGONAL

I

!

1 ' o. \

li

j DIREÇÃO DOS FIOS 1 / DE ABRAÇAMENTO

( b ) DE FOR MAÇAO NA RUPTURA

FIG. 3.9 - VERIFICAÇÃO

OS TECIDOS

DO GRAU . ATRAVES

DE DE

1 SOTROPIA ENSAIOS

BIDIRECIONAIS -APUD VAN LEEUWEN ( 1977)

PARA

39

32

30

28

26

24

a2

E 20 /e

'18 z ::. 16

14 li)

12

1()

8

6 / A-NÃO-V:CIDO COM FIOS BASE DE

4 / POLIAMIDA. B-NÃO-TECIDO COM

2 / AOS'A BASE DE / POLI ÉS TER

o o 10 20 30 40 50 60 70 80

E ( % )

FIG. 3.10 - COMPARAÇAO ENTRE RESULTADOS DE ENSAIOS

MO NO DIRECIONAIS E BIDIRECIONAIS PARA

NAO- TECIDOS -APUD VAN LEEUWEN (1977)

0

DEFLECTOMETRO

PLANTA

0

0

40

G EOTÊXTIL

PARAFUSOS

MEMBRANA IMPERMEÁVEL

CORTE A-A

GEOTÊXTIL

DEFORMADO

TU B U LAÇÕ E.S PARA ENSAIOS C I CLI COS

FIG. 3.11 - ENSAIO HIDRÁULICO DE TRAÇÃO EM GEOTÊXTEIS--APUD RAUMANN(l979)

18.0

e

' z 12.0 ... o .... V, a.o z "' ~

4.0

o.o o

/ I

/ '

/ /

41

[NSAIO HIDRÁULICO

/ /

.,, ... ·-, 2

// ..... 3 /

' ' '

/ /

.-·-4

20 40 60

DEFORMAÇÃO (%)

FORO LADO

H - lt"• a" .•• 1..2.

I .--1-----, e" a z " ~zao-1.so ... n .....

2 - ylODlla • ,oo..

n r- • a•

3- u 50-. zoo-

~ ,· ,. s" 4- V zs-· ,1,-

FIG.3.12-CURVAS TENSAO x DEFORMAÇAO PARA UMA MANTA ' DE POLIESTER AGULHADA EM FUNÇÃO DAS

DIMENSÕES DO CORPO D E PROVA -APUD RAUMANN ( 1979)

11111 80.0 e

' o "' 1~' z e L1J ......_ 40.0 ~z

TECI DO D E POLIPROPILENO

NÂO-TECIOO DE POLIÉsTER AGULHADO

--------........ ----POLIPltOf'ILENO LIGADO

NÃo-TECIDO DE POLIPftOPILENO AGU LHAOO

------ ---POLIPROPILENO LIGAOO

20 40 eo ao 100 120

DEFORMAÇÃO ( % )

FIG. 3.13- CURVAS TENSAO ll DEFORMAÇAO PARA • '

DIVERSOS

GEOTEXTEIS OBTIDAS A TRAVES DO ENSAIO . HIDRAULICO -APUD RAUMANN ( 1979)

( o ) POLIÉSTER AGULHADO

.. 100

' E

);;AIO

CONVENCIONAL z

"' o "' 80 N / DINÂMICO ..J ENSAIO <l / ::E

/ o:: o / ,, , z 60 o ', ,

/ 1, ', ' o , 1' , "

/ , 1 '" '"' ',,, ,, o- / 1 I 11, "' AC t 111 ,,

"' 1 11 11, 1- 40 / , ,: 1 1 1-LJ..i

1 I 1 1 1 1

"' fi 1, 1, I 11 o t III: 1 • 1

1 f/ 1-l-U

o ' ' ' : ', .. '"' ff~soo "' 20 z "' CICLOS 1-

1 10 100

0-f...----~---~----~--20 40 60

OE FORMAÇÃO { % )

-.. ,100 E z

"' o

"' 80 N

..J

"' ::E o:: o z

60

o

'"' " "' o:: 1- 40

"' o

o

'"' "' z 20

"' ...

o o

( b) POLI PROPILENO LIGA 00

\: ~O:;NCIONAL

,,,, ..... / ENSAIO DINÂMICO

/ / r~,r--r'--r--..... /o ' ,' '

/ ,,,'/ ,' 4c//,'''' ",,,,, '/ ,'

J1,11l'I II 1 '1 / 1 1 I I I 1.---1 1 1

l / 1 1 1 I I 1 ---L---J 1111•,••, ,,.,_,,, I I 1 -t...4' __ ., ' ' , , I I I 1

it-f, 500 CICLOS

1 10 100

20 40 60

DEFORMAÇÃO{%)

80

FIG. 3.14 - CURVAS TENSAO X DEFORMAÇAO DE ENSAIOS DINAMICOS PARA • DOIS GEOTEXTEIS ( 1979 ) NÃO-TECIDOS -APUD RAUMANN

43

• GARRA GEOTEXTIL

T

1

' / 1 I I

1 I

1 I 1 I 1 B ! H

1 ' I 1 1

ESTRANGULAMENTO \ I DURANTE o ENSAIO \

I 1 1

/ /

·' /

/ •

GARRA T

ª•

FIG.3.15-ESQUEMA DO ENSAIO DE DEFORMAÇAO PLANA MONODIRECIONAL

1.0

0.8 o

"' 0.6

' "' 0.4

0.2

o.o 5 10

44

ALTURA DO CORPO DE PROVA, H, 10 cm

\NÃO-TECIDO TIPO B

30 50 Bo

65 BO

( ,,) RELAÇAO LARGURA

DE ESTRANGULAMENTO EM FUNÇÃO INICIAL 00 CORPO DE PROVA

º-ªº ... <> .. .. , o:: E ,_ z60 ~ .. -' ..

~ ~40 zN

CLl,I :i >- .. !!? :E 20 (J) o:: "' o a: z

H; 10 em

o+-~~--~---~--.---.-5 10

( b) VARIAÇAO DA RESISTENCIA

50 Bo

65

' -

80

A TRAÇAO COM

LARGURA INICIAL DO CORPO DE PROVA

'3 :, o

'O :E

--- .ll---o---o

r:t'ct', .... -ó

,

• .,.,,---- . • • H: 10 cm

o+-, ....... ----.-----.---s 10 30 50 65 80

Elo

A

DA

(e) VARIAÇAO DO MODULO DE ELASTICIDADE COM LARGURA INICIAL DO CORPO DE PROVA

.

A

FIG.3.16-VERIFICAÇAO DA INFLUENCIA DA LARGURA DO CORPO DE PROVA NO ENSAIO DE DEFORMAÇAO PLANA

MONO DIRECIONAL - APUD RIGO a PERFETTI ( 1980)

ICXJ

90

80

70

~60

50 o ... <>40 .. :li

~ 30 "­"' o 20

10

RI..PTURA ..,.- NÃo-TIE'.CIDO CONITITUID0 -----V 01: ,i111u DE NYLON 1 POLIPltOPILENO

/ .,v NÃO-TECIDO FIBRAS CONTÍNUAS º' º"'/ POLIPROPILENO- AGULHADO ,._.. -1::,•I"

' ... .-

l , -~ ·º·:~ -· F-cre.1-

NÃO-TECIDO f!B~AS DE POLIPROPILENO --...-- IE POLIÉSTER-AGULHADO

' j O-e• o.,a a-,, - -_.u ~--- ..,-NÃO-TECIDO FIBRAS CONTfNUAS a-9 .. 0.1,r,, -~ ~ /.t: V DE POLIÉSTER AGUlHADO l ----------

0'"9•0.570"9, I :/a-8 ~o.soa-1 ,

'

o 0.1

TE6'~1- ~oL\ÉsTER

1 1 1 I I I 10

TEMPO EM DIAS

CONVENÇÕES,

RESULTADOS PARA NAO-TECIDOS-APUD PAUTE, 8 SEGOUIN , ( 1977 )

RESULTADOS PARA TECIDOS APUD VAN LEEUWEN, ( 1977)

«-e • TENSÃO TANGENCIAL

cre, • T ENSÀO TANGEtl:IAL DE RUPTURA

~/ TECID0-P0LJ1AMl0A

1

.-.,:0.00,,..~, 1 I 1

FIG. 3.17 -COMPORTAMENTO OE VARIOS GEOTEXTEIS QUANTO A FLUÊNCIA -ENSAIO BIDIRECIONAL CILINDRICO

IOO

100

46

/ TECIDO DE / POLIPROPILENO

/ POL IPROPILENO

/ //

LI GADO . /

•i 60 ./ /// POLIPROPILENO <l /// _.- AGULHADO

a::I 40 / ' ,/ ,/ .... · POLIPROPILENO o / . ,,<.····· LIGADO

~ 20L--_.,:l!..-,.l'..· '.""r_:-:-"Ç::;;.s::::.·:::··":_::·'::._-: ... _.::_ •.• _··_··---PO LI ÉS TER

AGULHADO

10 '. 100 lodo lhbra ldio l~na

TEMPO

FIG. 3.18 - RESULTA DOS DE ENSAIOS DE "FLUÊNCIA"

ENSAIO HIDRÁULICO DE ,

ATRAVES DO

-APUD RAUMANN ( 1979)

TECIDO DE POLIAMIDA

DEFORMAÇÃO , 20 %

/_ DEFORMAÇAO = l!I %

' 0.1 11.0

' 10.0 1 100.0

4 S0

egundo1 IOMln. 1 Dia 32 Dias

TEMPO ( OI AS )

OBTIDOS

TRAÇAO -

FIG. 3.19- VERIFICAÇÃO DO EFEITO DE

TENSÕES EM UMA MANTA DE

RELAXAÇÃO

TECIDO -

DE

-A PUD VAN LEEUWEN (1977)

P ( CARGA NORMAL)

MÓVEL

T SOLO ( CARGA CISALHANTE)

GEOTÊXTIL CAIXA FIXA APOIO

,.

FIG.3.20-ESQUEMA 00 ENSAIO OE RESISTÊNCIA OE 1 NTERFACE

"'e ..... z

" "' ... z <t :r .J <t (1) -u

o I<(

(1)

z "' ...

100

SOLO ARENOSO COMPACTADO • GEOTÊXTIL ( BIDIM)

ARGILA ORGÂNICA • GEOTÊXTIL ( BIDIM)

O-fll';;._----------+----------+------------1 o

.

100

TENSÃO

200 300

NORMAL ( KN / m1 )

FIG. 3.21 - RESULTADOS MEDIOS DOS ENSAIOS DE INTERFACE REAL! ZADOS NO LABORATÓRIO DE 50 LOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO( RELATÓRIO COPPE/UFRJ, 197B)

... .... z ..

49

ENVOLTÓRIA DE RUPTURA DO MATERIAL DE ATERRO DA ESTRADA DE ACESSO

:i:,o~-----+---------:J;,.-:-----t-------t---, .J .. "' -u

o ... "' 5D+-~,,,C:...--+-­z ... ....

ENVOL TÓR!A DO ENSAIO DE INTERFACE ATERRl 1

GEOTÊXTIL

50 100 150 200

TENSÃO NORMAL ( KN/m2)

FIG. 3.22 - RESULTADOS REALIZADOS

DOS ENSAIOS DE INTERFACE NO PRESENTE TRABALHO

50

PE ORAS

GEOTDTIL

SOLO COMPRESSÍVEL

/// SCl.lCITAÇÃO DE PENETRAçÃO

/

FIG. 3.23- ESQUEMA DA SOLICITAÇÃO QUE JUSTIFICA O ENSAIO DE PENETRAÇÃO

FIG. 3.24- ENSAIO

51

0<. = 45º

d , 50mm

W, 10 N

h , 500 nvn

D, 152mm

LGEOTÊXTIL

D

OE PENETRA ÇAO

... 11,111111111111111 p O 10 20 3:l 40 50 AUMENTO

DIÂM. (mm) 200mm

.

h

FIG.3.25-MEOIDOR DO OIAMETRO DA ABERTURA CAUSADA NO ENSAIO OE PENETRAÇAO

.. o

.. <.)

o z

2

o

~

' :::,

... ... "' "' ' ' :::, :::,

BIOIM

o o o "' :li "' o o "' ... !::: li! : Q. Q. Q.

g 8 "' "' (/) (/)

1- 1-

::, COLBONO POLYFELT

FIG. 3.26 - RESULTADOS OE ENSAIOS

DIVERSOS GEOTÊXTEIS -APUD

~ Q "' li: ...

o.. IE

TERRAM

o 2

g "'

o o ...

TREVIRA

o ~

DE PENETRAÇÃO

ALFHEIM & SORLIE

., <O

<O "' 8 "'

TYPAR

PARA ( 1977)

FIG. 3.27- ESQUEMA O ENSAIO

DA OE

53

GEOTÊXTIL

SUPERF(CIE DO TERRENO

S OLICITAÇAO QUE RESISTÊNCIA AO

JUSTIFICA ESTOURO

PLACA CIRCULAR R IGIDA

G EOTÊXTIL

t(7/m~;:;BRANA 1 M PERMEÁVEL

p

FIG. 3. 28 - ESQUEMA 00 ENSAIO OE RESISTÊNCIA

AO ESTOURO

• TENSAO OE ESTOURO ALTURA 00 TRECHO GEOTEXTIL

N/ cm2 DEFORMADO NA RUPTURA cm

NÂO-T E CI DO LIGADO POR 100 - 200 1.4 - 2 1 CALOR

NÀO-T ECI DO AGULHA DO 100 - 210 11 - 1. 9

NAO-TECIDO LI GADO POl'I

SINTÉTICA 150 - 270 0.9 - 1.1

RESINA

TECI DO 350 - 380 1. o - 1. 2

' • TABELA 3.2 - VALORES TIPICOS OE RESISTENCIA AO ESTOURO PARA

• ALGUNS GEOTEXTEIS ( NORMALIZADO EM 200 g / m

2 )

55

GEOTÊXTIL

1

GARRA GARRA

(o) ENSAIO DE RASGAMENTO LOCALIZADO

c::=:=:=::;:t'.:::=::::;::::=::J----GARRA

. /G EOTEXTIL

' (b) ENSAIO DE RASGAMENTO EM FORMA DE ASA

FIG. 3. 29 - ESQUEMAS DOS ENSAIOS DE RASGAMENTO

z

o o ... ~ .J ... u o .J

o .... z "' :i; ... "' "' ... a:

o ... .. u z

'"' .... "' 13 a:

1000

800

600

400

200

56

TECIDO (1080/ m1 )

NÃO-TECIOO

• •

DENSIDADE SUPERFICIAL

\ LIGADO ( 240o/m•1

NÃO-TECIDO LIGAD0(280o/m1 )

• • NÃO-TECIDO AGULHADO (280 o/ m•)

NÃO-TECIDO LIGADO ( 140g/m•)

• • NÃO-TECIDO AGULHADO (210 o/ m•)

e NAO - TECIDO LIGADO POR RESINA (2000/m•)

e NAO-TECIDO LIGADO POR CALOR (130o/m2)

e NÃO -TECIDO LIGADO

POR RESINA ( 260 O/ m•)

0----------------------~---o 100 200 300 400 500

RESISTENCIA AO RASGAMENTO EM FORMA DE ASA ( N )

FIG. 3.30 - COMPARAÇÃO ENTRE RESULTADOS DE ENSAIOS DE

RASGAMENTO LOCALIZADO E RASGAMENTO EM FORMA •

DE ASA PARA DIVERSOS GEOTEXTEIS -APUO SISSONS(l977)

57

CAPITULO 4

UTILIZAÇÃO DE MANTA GEOTÊXTIL COMO

REFORÇO DE ATERROS SOBRE SOLOS FRACOS

58

4 - UTILIZAÇÃO DE MANTA GEOT!XTIL COMO REFORÇO DE

ATERROS SOBRE SOLOS FRACOS

Neste capitulo é comentada a influência da presença

do geotêxtil na base de aterros sobre solos fracos no compor­

tamento mecânico do conjunto. t analisada a sua influência na

contribuição para a segurança contra a ruptura da fundação ar

gilosa e na minimização dos recalques do aterro.

4.1 - AUMENTO DO FATOR DE SEGURANÇA CONTRA A RUPTU­

RA GENERALIZADA

A presença de um material resistente entre um ater­

ro e a fundação mole pode provocar um aumento no fator de se

gurança da obra, conforme mostra a figura 4.1. Essa melhoria

na estabilidade precisa ser analisada, o que pode ser feito

mais facilmente através dos métodos de equilíbrio limite.

Estes métodos apresentam, entretanto, a desvantagem

de nao levarem em conta as relações tensão x deformação dos

materiais envolvidos. Isso se torna patente quando os mate­

riais apresentam relações tensão x deformação como as apreseg

tadas na figura 4.2.

As características mecânicas apresentadas na figura

4.2, poderiam levar a crer que o primeiro material a romper

seria o aterro (o mais rígido) vindo a seguir a fundação arg!

losa ou o geotêxtil, dependendo de suas características mecâ­

nicas. Todavia, segundo Chirapuntu & Duncan (1977), para cur­

vas tensão x deformação do aterro e da fundação como as indi

cadas na figura 4.2, a maior concentração de tensões na funda

59

çao faz com que essa atinja a ruptura primeiro quando o ater­

ro apresenta, ainda, um nível de tensões relativamente baixo.

Assim, só após a plastificação da fundação, o aterro e o geo­

têxtil passam a ser significativamente solicitados. Deste mo­

do, a manta geotêxtil será, provavelmente, o Último elemento

a atingir a ruptura.

A análise de estabilidade por equilíbrio limite ad­

mite o comportamento rígido plástico, isto ê, todos os mate­

riais envolvidos rompem abruptamente para uma pequena deforma

çao.

Na bibliografia mundial encontra-se, em geral, como

dados referentes ao aumento do fator de segurança da obra de­

vido à presença do geotêxtil, valores entre 5 e 10%.

Num interessante trabalho sobre este assunto, Volman

ét al (1977) levaram dois aterros à ruptura numa mesma camada

de argila mole, sendo que um dos aterros continha uma manta

de geotêxtil tecido instalada na base e o outro não. Os ater­

ros foram construídos com a mesma velocidade (1 m/dia) e as

mesmas características tendo o reforçado apresentado traços

de ruptura quando por volta de 4.Sm de altura e o sem reforço

rompido literalmente com 3.Sm de altura. Com isso, os autores

concluem o trabalho afirmando que a utilização do geotêxtil

como reforço permite que o aterro seja construído com taludes

mais íngremes e a velocidade maiores.

Broms (1977) conclui que a presença da manta geotê~

til faz com que o círculo com menor fator de segurança tenda

a se deslocar na direção da região de instalação do geotêx­

til. Dependendo da resistência à tração deste, o centro do

círculo crítico pode atê mesmo se localizar sobre a manta, co

60

mo mostra a figura 4.3.

Para se ter uma idéia mais consistente da influên­

cia da presença da manta no fator de segurança de um aterro

sobre argila mole, processou-se o programa BISPO para análise

de estabilidade de taludes. Esse programa foi resultado da te

se de mestrado de Moraes Jr. (1974) tendo sido atualizado re­

centemente por Palmeira & Almeida (1980).

Para o processamento pelo programa BISPO, estudou­

se a estabilidade não-drenada de um aterro de talude 1/1 col~

cado sobre uma camada de argila mole de 10m de profundidade,

com resistência não-drenada variando, linearmente, com a pro­

fundidade. O geotêxtil foi admitido na base do aterro. Foram

feitas as combinações, para várias alturas de aterro, entre a

coesao do aterro - que e o parâmetro de resistência do ater

rode maior significância no valor do fator de segurança para

esse tipo de problema, ou seja, aterros de baixa altura sobre

solos moles (Ramalho Ortigão, 1980) e o valor da resistên­

cia â tração da manta. As hipóteses básicas desse processameg

to estão sumarizadas na figura 4.4.

Na figura 4.5 vê-se a variação do valor do fator de

segurança com a altura de aterro para uma das coesões adota­

das e para as diversas resistências à tração admitidas para a

manta.

Através de gráficos semelhantes ao da figura 4.5,

foi possível traçar curvas de variação da altura do aterro em

que ocorre fator de segurança unitário versus valor da resis­

tência da manta, para diversas coesoes utilizadas. Isso pode

ser visto na figura 4.6.

61

Depreende-se desta figura que a partir de um dado

valor da resistência da manta, valor esse dependente da coe­

são do aterro, o fator de segurança não mais sofre variação.

Isto se deve ao fato, citado por Broms (1977) e descrito no

parágrafo anterior, de que o ponto de mínimo fator de segurag

ça passa estar sobre a direção de aplicação do esforço no

geotêxtil e, para este ponto, o valor do fator de

independe do esforço na manta.

segurança

Na figura 4.7 é mostrado o deslocamento do centro

de menor fator de segurança em função da resistência S da man

ta têxtil para um dos casos analisados. Verifica-se que para

esforços atuantes no geotêxtil iguais ou maiores que 80 kN/m.

O centro de menor FS se coloca sob a direção de instalação da

manta.

Através desta análise teórica feita com o auxílio

do programa BISPO, pode-se concluir que a utilização de geo­

têxtil na base de um aterro sobre argila mole aumenta a altu­

ra crítica do aterro. O aumento percentual de altura do ater

ro, previsto teoricamente, pode ser visto na figura 4.8

um dos casos rodados. O aumento percentual no fator se

rança se situou, na maioria dos casos analisados, dentro

faixa de 5 a 10%.

para

segu­

da

4.2 - UTILIZAÇÃO DE GEOT!XTEIS COMO REFORÇO DE ATE~

ROS RODOVIÃRIOS DE BAIXA ALTURA: ABORDAGEM TE

ÕRICA E OBSERVAÇÕES PRÃTICAS

Além da contribuição do geotêxtil contra a ruptura

generalizada da fundação, tem sido pregado pelos fabricantes

62

geotêxteis que o aterro reforçado conta, também, com a contri

buição dos esforços de tração desenvolvidos na manta para a

redução das deformações da fundação. Urna aproximação desta con

tribuição é apresentada na figura 4.9. Assirn,adrnitindo a pos­

sibilidade do geotêxtil absorver parte da carga transmitida à

fundação, seria possível a economia de material de aterro,

quer seja pela diminuição da altura ou pela minimização do ma

teria! que se infiltra na fundação, quando da ocorrência de

rupturas localizadas. Nos parágrafos seguintes são apresenta­

dos procedimentos teóricos para quantificar esta possível con

tribuição do geotêxtil.

4.2.1 - SOLUÇÃO APROXIMADA DE NIEUWENHUIS

Urna solução aproximada para o problema de reforço

de aterros baixos através da utilização de mantas geotêxteis

foi apresentada por Nieuwenhuis (1977). Sua abordagem teórica

admite a distribuição de tensões, sobre a manta, indicada na

figura 4.10, onde:

p(x) = distribuição de tensões verticais devidas ao

tráfego de veículos;

y(x) = posição da manta após deformação;

K = módulo de reaçao do terreno;

St = esforço atuante num ponto da manta;

Strn = esforço máximo atuante na manta;

p = o pressao vertical devida ao pneumático do

veículo;

Sh e Sv = componentes horizontal e vertical do esforçc st:

63

As hipóteses admitidas por Nieuwenhuis para o seu

desenvolvimento teórico são as seguintes:

a) a manta não possui rigidez à flexão;

b) despreza-se o atrito entre a manta e o solo de

fundação(isso implica em ser constante a compo­

nente horizontal sh ao longo da abcissa x);

c) a distribuição de tensões devidas ao tráfego e

admitida como um carregamento estático e unifor­

memente distribuido ao longo do eixo longitudi­

nal da estrada (estado de deformação plana);

d) nao sao levadas em conta as deformações por aden

·samento da fundação;

e) somente o equilíbrio na direção vertical e anali

sado;

f) admite-se como válida a hipótese de Winkler para

o qual a reação do terreno em um ponto é propor­

cional ao recalque nesse ponto.

Através da figura 4.10, há o equilíbrio vertical em

um trecho da manta compreendido entre O ex se:

Ix p(x) dx + Ix Ky(x) dx - S 2-L = O o o H dx

( 4 .1)

Derivando-se em relação a x, tem-se:

p(x) + Ky(x) - SH = o . ( 4. 2)

Para a resolução desta equação diferencial, necessi

ta-se da função que define o carregamento vertical, ou seja,

p(x). Dependendo da escolha desta função, a resolução da equ~

64

çao 4.2 será mais ou menos difícil. A distribuição adotada por

Nieuwenhuis é a de Boussinesq, cuja expressao para o cálculo

dos acréscimos de tensões verticais é a seguinte:

p(x) = 3 N ( 4. 3) 1) 5/2

onde:

N = carga concentrada vertical;

x = abcissa em relação ao ponto de aplicação da car

ga;

z = profundidade em relação ao ponto de

da carga.

aplicação

A carga vertical N, todavia, se distribui sobre a

area de contato entre o pneumático e a superfície do aterro.

Sendo assim, admitindo-se urna área circular de raio a, a ex­

pressao de contato entre o pneu e a superfície do aterro e da

da por:

N = _ __:;:___ 2

TT a

Substituindo-se 4.4 em 4.3 e admitindo-se que a prQ

fundidade z seja um número B de vezes o raio a, isto é, z = B.a

tem-se:

p(x) = ( 4. 5) 5/2

A utilização da expressao 4. 5 na equaçao 4.2 dificulta

ria bastante a sua solução, motivo pelo qual o autor do méto­

do substituiu a expressão 4.5 por outra aproximada que é:

65

p(x) =

onde:

p0

=p(x=O) =

cos h X

(a-) a

(4.6)

( 4. 7)

a = coeficiente de ajuste das duas expressoes:

Embora pareça grosseira, a aproximação acima é exc~

lente desde que o coeficiente a, que é obtido por tentativas,

seja escolhido convenientemente. Uma amostra do grau de apro­

ximação pode ser visto na figura 4.11.

Com esse artifício torna-se possível a resolução da

equaçao diferencial 4.2 e, para facilitá-la, as variáveis x e

y são substituídas pelas variáveis adimensionais x/a e y/a

que serão chamadas doravante de x' e y'. Para que se mantenha

a igualdade dada pela equação 4.2, essa deve ser reescrita da

seguinte maneira:

COS h ( Cl X 1)

onde:

+ Ky' - S' H

d2 y'

d x• 2 = o

x' e y' coordenadas normalizadas em relação

raio a;

K' = K.a

S' = S/a

( 4. 8)

ao

Assim, a solução desta nova equaçao diferencial e

apresentada a seguir:

66

Po Y '(x') = -,-----=.,......

aÀ S' [ À x' -Àx'J (f(x' ,y) + c

1) e - (g(x' ,y)+ c2)e (4.9)

H

onde:

À =I K' /S ,' (4.10)

À y =--a

' e-ax Y f(x' ,y ) = _J u du;

1 2 u + 1 (4.12)

ax' uY e

g(x',y) = J u2 +

du; o 1

(4.13)

e= base do logarítmo neperiano;

c1 e c2 = constantes de integração.

Para a obtenção das constantes de integração devem­

se analisar as condições de fronteiras. A primeira condição é

que em x'= O deve-se ter dy'/dx' = O (ver figura 4.10). Como

segunda condição, admite-se não haja variação, na direção ver

tical, da posição dope de aterro, isto é, y'(L') = O. Há, evi

dentemente, um erro na hipótese que conduz à segundo condi­

çao uma vez que a ordenada só será nula para valores de abcis

sa tendendo ao infinito. Todavia, o autor afirma que o erro

envolvido nesta hipótese é muito pequeno devido à grandeza r~

!ativa entre os deslocamentos verticais reais no pé do aterro

e sob as rodas do veículo.

Assim, de posse das condições de fronteira e tendo

em vista que dy'/dx' é dada pela expressão:

~= Po dx ' --s~,-

ª H

ÀX' -ÀX' J [(f(x' ,y)+ c1)e +(g(x' ,y)+ S)e (4.14)

67

obtém-se para as constantes da integração, os valores:

(f{L', Y) - Àx' ÀL' (g(o,Y)e - g(L' ,Y)e (4.15) ,L' ÀL 1

c· + e

c1 = - g(o, Y) - c2

(4.16)

rnde L' é a distância normalizada incial entre o centro do pneumático

e do pé do aterro (ver figura 4.10).

Deve-se notar que até agora tem-se duas incógnitas

- y' e S' - e somente uma equação, que é a equaçao 4.9. A se­

gunda equação para a resolução do problema surge da consider~

ção do comportamento tensão x deformação do geotêxtil.

O comprimento da manta fletida e dado por:

li 2' J(L) =6L 1 + {~) dx = L + u(L) ( 4 .17)

onde J(L) e o comprimento final da manta e u(L) e variação de

comprimento em relação ao comprimento inicial.

Admitindo-se um comportamento linear elástico do

geotêxtil, tem-se que:

onde:

du dx

E - módulo de deformação do geotêxtil;

( 4 .18)

du/dx - Deformação específica num ponto do geotêx­

til;

st - esforço de tração atuante no geotêxtil(ver

figura 4.10).

Pela figura 4.10, tem-se que:

= Is 2 + s 2• = s li + H V H

2 {_9Y_)

dx ( 4 • 19)

68

Assim, substituindo-se 4.19 em 4.18, obtém-se:

E du = S /1 + dx H

(~) dx

2' (4 .20)

Integrando-se a equaçao 4.20 obtém-se para o desloca

menta u em x = L:

u(L) = dx = . J (L) ( 4. 21)

Através de 4.21 e 4.27, obtém-se:

J (L) = J (L) - L (4.22)

Com a equaçao 4.22 torna-se possível a resolução nu

mérica do problema. t importante frisar que para se compatib!

lizar esta equação com o restante do desenvolvimento, deve-se

trabalhar com as variáveis S, L e E normalizadas em relação ao

raio a. Assim, a equação 4.22 se transforma em:

S' E' J(L') = J{L') - L' (4.23)

onde

S' = S/a

E' = E/a

L' = L/a

A resolução deste problema é feita numericamente e

usualmente é conduzida de maneira a, para um dado valor de

deslocamento vertical y (O) arbitrado, obterem-se os valores

de St e E do geotêxtil.

Falta ainda a determinação do valor do raio a. Para

tal, considere-se a figura 4 .12. Para que haja equilíbrio ver­

ti cal do pneumático, deve-se ter:

N = q c

2 1T a

69

(4.24)

onde qc e a pressao de contato entre as superfícies do pneurn~

tico e do aterro.

Experimentalmente, verifica-se que a pressao de con

tato qc e ligeiramente maior que a pressão interna do pneumá­

tico (qi) - de O a 30% maior - devido à rigidez das bandas

laterais deste. Segundo Babkov & Zarnakhayev (1967),

utilizar em termos médios a seguinte relação:

q = 1.1 q c i

pode-se

(4.25)

Assim, substituindo-se 4.25 em 4.24 obtém-se para o

a, o valor:

a = /~="N'----1.1 rr q.

].

(4.26)

De posse da expressão 4.26, sabendo-se a carga atu­

ante sobre o pneumático e a sua pressão interna pode-se obter

o valor aproximado do raio a.

Ao longo de urna estrada acidentada, corno é o

de estradas vicinais, as ondulações da mesma fazem com

caso

que

cargas devido à inércia aumentem o valor de carga N, aumen­

tando, por conseguinte, o valor de a. Entretanto, tal fato de

difícil consideração teórica é ignorado nos cálculos.

Outro aspecto a se considerar diz respeito ao módu­

lo de reação do terreno, K, a ser adotado. Para o seu perfe!

to conhecimento devem ser realizados ensaios de placa no solo

de fundação caso seja possível. Outra maneira, não tão corre­

ta corno os ensaios, é a utilização de correlações usualmente

empregadas no cálculo de vigas sobre apoio elástico, corno por

exemplo:

70

- Bowles ( 19 77)

K = 12 qult

onde:

K = módulo de reaçao da fundação;

qult = capacidade de carga de fundação.

- Vesic (1961):

K = O ,65 B

onde:

K = módulo

B = largura

I = momento

Ef = módulo

E V

= módulo

de

da

de

de

de

1 - v2

reaçao da fundação;

viga;

inércia da viga;

deformação da fundação;

deformação da viga;

V = Coeficiente de Poisson da fundação;

(4.27)

(4.28)

Quanto a geometria do aterro a ser considerada para

o dimensionamento do geotêxtil a ser empregado, Nieuwenhuis

sugere que as grandezas geométricas sejam relacionadas com o

raio da área de contato do pneu com o aterro, apresentando em

seu trabalho, os seguintes valores:

- Altura do aterro: H = 2 .a (S = 2)

- Distância entre o centro do pneumático e o pe do

aterro: L = 8.a

- Pressão de contato para dimensionarrento: qc = 800kN/m2

Para a resolução numérica da solução apresentada

por Nieuwenhuis, foi elaborado um programa computacional de­

senvolvido no presente trabalho. O programa foi testado com

os exemplos apresentados por Nieuwenhuis (1977) em seu traba­

lho original, constatando-se a perfeita concordância entre os

71

valores obtidos pelo programa e pelo citado autor desde que o

módulo de reação da fundação seja superior a 800 kN/m3 . Veri-

ficou-se que a diferença encontrada para valores de módulos

de reação inferiores a este se deve à seguinte aproximação na

expressao 4.17, feita no trabalho original:

( ..EY..) dx

2' -1+.!.

2

2 (--2L-)

dx (4.29)

Esta aproximação e válida desde que dy/dx seja pe­

queno, o que nao ocorre para pontos próximos ao pé do aterro

e, principalmente, para valores baixos de K. Para módulos de

reação baixos, essa aproximação gera erros significativos no

cálculo de St e da deformação correspondente, Et' embora os

erros no módulo E sejam menores. Isso pode ser visto na figu­

ra 4.13. No presente trabalho não foi feita esta aproximação

para a resolução do prob~ema.

O programa desenvolvido no presente trabalho foi

processado para vários valores de carga N atuante sobre aro­

da do veículo e para vários valores do módulo de reação K man

tendo-se, todavia, constantes as relações entre~ e~ e are­

comendada por Nieuwenhuis e já citadas em parágrafo anterior.

A pressão de contato utilizada foi de 800 kN/m2 .

O programa foi processado de maneira a fornecer os

valores de E, Stm e Etm (ver figura 4.10) necessários ao geo­

têxtil para que o aterro reforçado apresente, sob a roda do

veículo, em recalque y inferior, em percentagens arbitradas, r

ao apresentado pelo aterro sem reforço. O recalque do aterro

sem reforço é dado pela expressao:

Po = - --K

onde p e dado pela expressao 4.7. o

(4.30)

72

Assim, obtiveram-se resultados tais como os aprese~

tados na figura 4.13 onde a carga N utilizada foi de 50 kN.

Pela figura 4.13 e para as condições apresentadas

nesta, para um dado valor do módulo de reação K e a relação

entre os recalques para o aterro com e sem reforço,

obter o par (Stm' Etm) e, por conseguinte, o valor

8 tm/Etm) ·

pode-se

de (E =

Observa-se pela figura 4.13 que quanto maior o va­

lor do módulo de reação da fundação, maiores serão os valores

de E e St necessários ao geotêxtil para esse ser capaz de ob m -

ter uma determinada percentagem de redução de recalque em re-

lação ao aterro sem reforço. Isso levaria a concluir, pela s2

lução apresentada, que os geotêxteis seriam especialmente in­

dicados como reforço de fundações de baixa capacidade de su­

porte. Todavia, deve-se ter em mente que para valores baixos

de K, a hipótese de Winkler fornece recalques muito elevados,

o que pode comprometer a solução

ficar: seja K = 300 kN/m3 e p = o

de Nieuwenhuis. Para exempl~

2 300 kN/m (caso

4.13); obtém-se, então, um recalque y = l.Om, que s

elevado para a geometria admitida na figura 4.13.

Na figura 4.13 aparece também a faixa de

da figura

e muito

variação

da curva tensão x deformação (admitida linear) dos geotêxteis

não-tecidos (em geral 50 kN/m <E< 200 kN/m). Assim, pode-se

plotar um gráfico mostrando a variação da redução percentual

dos recalques de um aterro reforçado colocado sobre uma funda

çao, com módulo de reação K para a faixa de variação do mó

dulo de deformação E. Tal gráfico é apresentado na figura 4.14.

Pela solução apresentada verifica-se que a contri-

73

buição do geotêxtil é mui.to pequena para módulos de reaçao su

periores a 2000 kN/m, região esta em que o método é mais cor­

reto matematicamente.

Através da construção de várias figuras semelhantes

à figura 4.13 para diversas cargas N atuantes sobre a roda do

veículo, foi possível obter correlações que dispensam a utili

zação do programa de computador desenvolvido. Todavia,

correlações se limitam aos seguintes casos:

tais

onde:

- Cargas verticais: 30 kN < N < 7 O kN;

- - / 3 / 3 - Modulas de Reaçao: 300 kN m < K < 2000 kN m ;

- Pressão de contato: 800 kN/m2 ;

- Redução de 30% nos recalques do aterro sem reforço;

- Condições geométricas obedecendo a sugestão de

Nieuwenhuis (ver figura 4.13) •

.As correlações obtidas sao:

- Módulo de deformação do geotêxtil:

E = n (N) K I; (N)

Resistência à tração necessária:

St = µ (N) K

µ (N) = (150. 51 + 31.00 N) 10-6

I; (N) = 1. 857 + O. 210 ln N

n (N) = 0.000268 N 0. 995

(4.31)

(4.32)

(4.33)

(4.34)

(4.35)

com Nem kN e K em kN/m3 .

O erro associado ao cálculo de E pela expressão 4. 31

74

em relação ao valor ao obtido pelo programa é inferior a 10 % • o

erro associado ao valor de St é inferior a 5%.

Bakker (1977) desenvolveu um método de dimensiona­

mento de aterros baixos reforçados com geotéxtil semelhante a

de Nieuwenhuis (1977). As hipóteses admitidas pelo citado au­

tor são as seguintes: (1) estado plano de deformações; (2) a

pressao atuante sobre a superfície de aterro devido a carga a

tuante sobre o pneumático se propaga ao longo da profundidade

em forma de tronco de cone com geratriz inclinada de 45° com

a horizontal (hipótese simples de distribuição de tensões); e,

(3) a deformada de geotêxtil, composta de segmentos de reta,

apresenta recalque máximo sob o centro da área carregada. En

tretanto, o trabalho apresentado po Bakker (1977) é bastante

confuso e parece admitir uma hipótese de distribuição de ten­

sões sobre o geotêxtil equivocada. No equilíbrio vertical de

um segmento de geotêxtil, o citado autor admite que a pressao

vertical S dy/dx (ver figura 4.10) atue uniformemente distri­

buída ao longo de todo o segmento estudado e não somente nas

extremidades, como foi admitido por Nieuwenhuis (1977). Tal

procedimento parece fisicamente incorreto.

Em item posterior será apresentada uma abordagem t~

Órica mais correta do problema em estudo neste capítulo atra

vés do Método dos Elementos Finitos.

4.2.2 - PREVISÃO DO COMPORTAMENTO PELO MtTODO DOS

ELEMENTOS FINITOS

A simulação da influência do geotêxtil como elemen­

to estabilizante na base de aterros de baixa altura {estradas

75

de acesso ou caminhos de serviço) sobre solos moles foi tenta

da, também, através do Método de Elementos Finitos.

A maioria dos programas de Elementos Finitos comu­

mente utilizados em Mecânica dos Solos não admitem um tipo de

elemento bastante apropriado para a representação do geotêx­

til, qual seja, o elemento tipo barra. Devido à reduzida es­

pessura do geotêxtil, a utilização de elementos planos para si

mulá-lo geraria vários problemas, tanto na confecção da malha

de elementos finitos como no desenvolvimento numérico do méto

do. Por isso, o elemento barra tipo treliça (só admite esfor­

ço axial) é o que mais convém. Tal elemento é comumento encon

trado em programas da área estrutural.

Não era objetivo do presente trabalho o desenvolvi­

mento de um programa específico para análise em questão. Por

essa razao optou-se pela utilização do programa LORANE LINEAR

( Ferrante et al, 1977) na análise por elementos finitos. Es­

te programa foi desenvolvido, inicialmente, na Universidade

Federal do Rio Grande do Sul sob a orientação do professor

Augustin Ferrante que atualmente coordena o seu desenvolvimen

to na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O programa LORANE LINEAR surgiu da necessidade de

um programa de elementos finitos para análise estrutural que

utilizasse uma linguagem de alto nível de fácil compreensão e

com termos de uso corrente na prática da engenharia. Para is­

so ser possível, foi elaborado um compilador específico para

problemas de análise estrutural que trabalha com a linguagem

LORANE LINEAR. O programa trabalha com vários tipos de elemen

tos triangulares e quadrangulares de primeira ou segunda or­

dem, elementos isoparamétricos, híbridos e, o que facilitou o

76

estudo em questão, elementos tipo barra. Esta versao do pro­

grama só admite materiais de comportamento linear que seja i

sotrópicos ou ortotrópicos. Contudo, está em fase de conclu­

sao (Ebecken, 1980) a versão LORANE NL, que resolve problemas

com formulação não-linear tanto das propriedades dos materiais

como na geometria do problema.

Para a análise, processaram-se vários casos em que

variaram-se as seguintes grandezas: altura de aterro, carga

proveniente da roda do veículo e os módulos de deformação do

aterro, da fundação e do geotêxtil. Admitiu-se o estado plano

de deformação com o comportamento não-drenada da fundação, o

que conduz a um coeficiente de Poisson da fundação igual a

0.5. A carga proveniente das rodas do veículo foi admitida co

mo uniformemente distribuída paralelamente ao eixo longitud!

nal do aterro.

Os primeiros casos rodados mostraram que o fato do

material do aterro ter sido admitido como isotrópico, levava

o mesmo a absorver grande parte das tensões de tração geradas

na região de instalação do geotêxtil. Com isso, as tensões de

tração no geotêxtil eram bastante baixas. Para evitar tal in­

coerência, admitiu-se o material do aterro, como ortotrópico

com um módulo de deformação na direção vertical muito maior

que o horizontal e com coeficiente de Poisson nulo. A justif!

cativa para essa hipótese é feita tendo-se em vista a expre~

são que fornece a deformação horizontal em um meio elástico

ortotrópico escrita abaixo (ver, por exemplo, Poulos & Davis,

1974, pág. 10):

(4.36)

onde:

horizontal

E X

a X

a z

a y

E X

E y

\) XX

=

=

=

=

=

=

=

77

deformação específica na direção X (horizon-

tal};

tensão normal na direção x· ,

tensão normal na direção z· ,

tensão normal na direção y (vertical};

módulo de deformação na direção x;

módulo de deformação na direção y;

coeficiente de Poisson que relaciona uma de-

formação numa direção horizontal à tensão a­

plicada numa outra direção horizontal normal

à primeira;

v = coeficiente de Poisson que relaciona a defoE yx

mação na direção x associada à tensão normal

atuante sob a direção y.

Reescrevendo-se a equaçao 4.36, obtém.,-se a tensão

a x que e dada por:

E E + + X a = E \) a \) a

X X X XX z yz E y y (4.37}

Pela expressao

mínimo deve-se ter:

4.37, constata-se que para a X

ser

\) XX

= o

Ex pequeno.

e

Assim, o módulo de deformação do aterro na dire­

çao vertical foi arbitrado com base em valores usualmente en­

contrados na prática para esses materiais; o módulo na dire

ção horizontal foi admitido como sendo mil vezes menor que

aquele.

78

O procedimento exposto nos parágrafos anteriores

foi adotado também por Bell et al (1977) quando da análise

por elementos finitos de um problema semelhante através do

programa NONSAP ( "Non Linear Structural Analysis

Tal trabalho será discutido posterioremente.

Program") .

No presente trabalho foram analisados aterros com

alturas de 0.35 e 0.70m e com módulos de deformação verti-

cais 2 de 10.000, 20.000 e 40.000 kN/m. A espessura admitida

para o geotéxtil foi de 5mm e vários módulos de deformação fo

ram estudados. As cargas verticais admitidas foram de 20, 40

e 80 kN/m. A tabela 4.1 sumariza os casos processados através

do programa LORANE.

Na figura 4.15 apresenta-se a malha de elementos fi

nitos utilizada (metade devido à simetria). Na discretiza­

ção do meio contínuo analisado, foram utilizados elementos

isoparamétricos com quatro pontos nodais para os materiais do

aterro e da fundação. Para o geotêxtil foram utilizados ele­

mentos barra tipo treliça.

Por vezes, para realçar a influência da presença

do geotéxtil, processaram-se casos com o módulo de deformação

da fundação bastante baixos sacrificando-se um pouco a preci-

sao do método e, provavelmente, aumentando-se a influência

das restrições de fronteira na área em estudo. Todavia, em tais

casos, estes efeitos influenciaram simultaneamente os ater­

ros com e sem reforço acreditando-se, ainda, como válida e

análise comparativa. Nas figuras 4.16 e 4.28 sao apresentados

os resultados obtidos com o programa que passam, agora, a ser

discutidos.

Na figura 4.16 apresentaram-se os diversos perfis

79

de recalques obtidos para o aterro com 0.70m de altura em fun

ção das diversas combinações de módulos de elasticidade dos

materiais envolvidos para uma das cargas verticais analisa-

das. Constatou-se no início da análise que a variação do módu

lo de deformação do aterro influenciava muito pouco a grande­

za dos deslocamentos horizontais e verticais obtidos, fato es

te, também observado por Ramalho Ortigão (1980). Por este mo

tivo, nesta e nas demais figuras, são apresentados os result~

dos para apenas um dos módulos de deformação analisados para

o aterro. Constatou-se, também, que os resultados obtidos pa­

ra os recalques dos aterros com e sem geotêxtil foram pratic~

mente os mesmos para módulos de deformação da fundação super~

ores a 500 kN/m2 . Como pode ser visto na figura 4.16, o único

caso em que se nota uma influência maior da presença do geo-

2 têxtil é o de Ef = 100 kN/m e, mesmo assim, tal influência

só é significativa para altos módulos de deformação do geo­

têxtil (2000 kN/m - que podem ser encontrados em alguns geo­

têxteis do tipo tecido).

Na figura 4.17 apresentam-se os deslocamentos hori

zontais ao longo da vertical passando pelo pé do aterro. Veri

fica-se só haver diferença significativa nos valores obtidos

para os aterros com e sem reforço, para profundidades menores

que 4.0m. Entretanto, a presença do geotêxtil influencia de

maneira mais marcante a movimentação lateral superficial da

fundação, como poderá ser visto a seguir.

Na figura 4.18 são apresentados os deslocamentos ho

rizontais da superfície do terreno previstos pelo método dos

elementos finitos para um dos casos rodados. Conclui-se ser

marcante a influência na movimentação superficial lateral. Ve

rifica-se, também, ser tal movimentação bastante afetada pelo

80

valor de módulo de deformação do geotêxtil. Como no caso dos

recalques, a influência é nais marcante nas fundações mais com

pressíveis.

Na figura 4.19 apresentam-se as distribuições de es

forças de tração no geotêxtil para diversos casos processados

com o aterro de 0.7m de altura. Observa-se que o esforço é m~

ximo ligeiramente à esquerda do ponto de aplicação da carga

vertical, tendendo a diminuir a medida que se aproxima do pe

do aterro. Deve-se observar, também, que esse esforço deveria

ser nulo ao pé do aterro, e que não acontece devido a conti­

nuidade entre os elementos. Outro fato a ser notado e

distribuição de esforços de tração prevista pelo método dos

elementos finitos, e que parece ser a mais realista, está em

desacordo com a prevista pelo método aproximado ée Nieuwenhuis

(1977), onde o esforço máximo ocorre justamente no pé do ater

ro. Esta e outras diferenças entre as duas abordagens

mais discutidas posteriormente.

serao

Na figura 4.20 apresenta-se a variação do esforço

de tração máximo no geotêxtil com o módulo de deformação da

fundação. Tal figura enfatiza a maior solicitação da manta

quando instalada sobre fundações mais compressíveis.

Na figura 4.21 apresenta-se a variação do recalque

máximo encontrado em função da carga vertical aplicada pela

roda do veículo. Nota-se, também, nesta figura, a pequena in­

fluência da presença do geotêxtil na redução dos recalques.

Os resultados para o aterro com 0.35m de altura são

apresentados na figura 4.22 a 4.28 e agora passam a ser discu­

tidos.

Nas figuras 4.22 e 4.23 sao apresentados os resulta

81

dos para os recalques e para os deslocamentos horizontais su­

perficiais no aterro com 0.35m de altura. Para esta nova geo­

metria, também valem os comentários feitos anteriormente para

o aterro de 0.7m de altura. Os recalques só são significativ~

mente influenciados para módulos elevados do geotêxtil (EG >

1000 kN/m). Os deslocamentos horizontais sao marcantemente in

fluenciados pela presença da manta.

A variação do esforço de tração ao longo do geotêx­

til pode ser vista na figura 4.24 e apresenta as mesmas carac

terísticas apresentadas pelo aterro mais alto.

A figura 4.25 apresenta a variação da redução per­

centual nos recalques máximos com o módulo de deformação do

geotêxtil para uma

kN/m2 . Verifica-se

fundação bastante compressível (Ef = 100

que para ambas as alturas analisadas are-

dução máxima, que ocorre para grandes módulos do geotêxtil é

inferior a 24%. Para módulos típicos de geotêxteis não-teci

dos atualmente encontrados (EG < 200 kN/m), a redução perce~

tual prevista é inferior a 4%. Todavia, a redução no desloca­

mento superficial máximo e bastante afetada pelo valor do mó­

dulo de deformação do geotêxtil. Tal pode ser visto na figura

4.26 onde a redução em um dos casos rodados ultrapassou a50%.

Atribui-se tais resultados ao fato de que o programa emprega­

do só permite considerar materiais elásticos lineares e nao

admite descontinuidade entre os elementos do aterro, geotêx­

til e fundação. Assim, nao há deslocamento relativo entre os

três materiais, o que pode nao corresponder a realidade.

Para as duas alturas de aterro estudadas tentou-se

simular um efeito de ancoragem externa do geotêxtil através

da colocação de um vínculo elástico no pe do aterro. Tal vín-

82

culo foi simulado por uma mola com constante de rigidez eco~

portamento mecânico obedecendo a lei de Hooke. Os resultados

não foram satisfatórios, uma vez que a redução percentual nos

recalques máximos para os dois aterros analisados foi de ape­

nas 20% para os maiores valores da constante da mola e para

- ~ / 2 -a fundaçao mais compressivel (Ef = 100 kN m ). As variaçoes

dos recalques máximos com a rigidez da mola, para um dos ca­

sos analisados, são apresentadas nas figuras 4.27 e 4.28.

Nos itens seguintes são feitos comentários e críti­

cas aos métodos teóricos apresentados.

4. 2. 3 - CONCLUSÕES E CRITICAS SOBRE A PREVISÃO DO

COMPORTAMENTO DE ATERROS REFORÇADOS COM GEO

TEXTEIS POR MfTODOS TEÓRICOS

No que diz respeito ao método aproximado apresent~

do por Nieuwenhuis, algumas hipóteses feitas quando da demons

tração teórica fazem com que seus resultados finais sejam mu!

to otimistas. Isso se deve, por exemplo, a nao consideração

do equilíbrio na direção horizontal e às hipóteses de nao

existência de atrito. Também não são levadas em conta os a-

créscimos de tensões normais horizontais e de tensões cisa-

lhantes induzidas pela carga vertical proveniente do pneumát!

co do veículo.

outro aspecto a ser comentado na solução proposta

por Nieuwenhuis é o fato do autor utilizar como esforço de

reação da fundação sobre o aterro, pressões dadas pela hipót~

se de Winkler, que tem sido bastante criticada pela sua fuga

às concepções reais de relação tensão x deformação e, princi-

83

palmente em solos fracos, para os quais a solução de Nieuwenhuis

foi proposta.

Devido à admissão de hipóteses que conduzem a um

estado de tensões irreal sobre o elemento geotêxtil, a solu

çao de Nieuwenhuis pode conduzir a distribuição de tensões s~

bre a manta incorreta. Isso é evidenciado pelo fato de que,

por esta solução, o máximo esforço de tração ocorrer num pon­

to onde o seu valor deveria ser nulo, isto é, no pé do aterro

(admite-se o aterro reforçado sem ancoragem externa do geotê~

til). Devido a isso, para um mesmo módulo de deformação do

geotêxtil, a redução dos recalques e os esforços de tração ob

tidos pela solução de Nieuwenhuis são bem maiores que os obti

dos pelo método dos elementos finitos.

Quanto à análise pelo Método dos Elementos Finitos,

há a desvantagem devido à utilização de um programa que só

permite materiais com comportamento elástico linear. Além dis

so, o programa não reproduz perfeitamente a interação entre o

aterro, o geotêxtil e a fundação uma vez que a versao do pro­

grama LORANE utilizada não leva em conta as descontinuidades

entre os elementos. Nada impede, no campo, de haver desloca­

mentos relativos entre os três materiais. Esse comportamento

seria melhor abordado com a utilização de elementos junta.

Não obstante tais limitações, o método fornece resultados mais

coerentes e aceitáveis de comportamento de aterros reforçados

com geotêxteis que a solução de Nieuwenhuis (1977).

Os resultados obtidos pelo método dos elementos fi­

nitos indicam não haver diminuição significativa nos recalques

do aterro reforçado para os módulos de deformação de geotêx­

teis usualmente encontrados. A maior contribuição, neste sen-

84

tido, ocorre para elevados módulos de geotêxteis e fundações

muito compressíveis. Nesse caso, entretanto, seria certamente

marcante o efeito da não-linearidade que não foi simulado pe­

lo programa LORANE. Todavia, a análise indicou uma marcante

diminuição na movimentação lateral do aterro reforçado. Acre

dita-se que isso se deva ao fato de que, quando o geotêxtil

se desloca verticalmente, devido à continuidade entre os ele

mentos, o mesmo restringe a movimentação dos elementos super­

ficiais.

A distribuição de esforços de tração na manta pre­

vistos pelo método dos elementos finitos parece ser bem mais

coerente. O esforço é máximo próximo à abcissa do ponto de

aplicação da carga vertical, isto é, na região de maior deslo

camento vertical, e diminuindo sensivelmente à medida que se

aproxima do pé do aterro. Os esforços obtidos, e por conse­

guinte as deformações específicas, foram bastante baixos, mui

aquém dos valores de ruptura encontrados em ensaios de labora

tório.

Na figura 4.29 apresenta-se a variação da redução

percentual nos recalques máximos com a rigidez da fundação p~

ra as duas soluções apresentadas neste capítulo. Como cada

uma das soluções admite parâmetros de rigidez da fundação di

ferentes (módulo de elasticidade no Método dos Elementos Fini

tos e módulo de reação na solução de Nieuwenhuis), a compara­

çao entre as duas só é possível admitindo-se uma relação en­

tre essas duas grandezas. Na figura 4.29 a escala horizontal

se refere ao valor de E ou K conforme a solução abordada. O

objetivo da figura é somente realçar as diferenças de result~

dos movidas pelas hipóteses de cada método e, qualquer que se

85

ja a relação entre o módulo de elasticidade e o módulo de rea

ção da fundação, conclui-se dai que a solução de Nieuwenhuis

parece superestimar a contribuição do geotêxtil na diminuição

dos recalques do aterro reforçado. No item seguinte são apre­

sentados alguns dados de projeto de estradas vicinais bem co

como alguns resultados de ensaios de laboratório e de campo

sobre a utilização de geotêxteis com a finalidade de reforço

encontrados na bibliografia.

4.2.4 - REVISÃO BIBLIOGRÃFICA SOBRE PROJETO DE ES­

TRADAS VICINAIS E DESEMPENHO DE ATERROS RE

FORÇADOS COM GEOTtXTIL

A altura de aterro de estradas de acesso ou vici-

nais, sem reforço, é obtida, em geral, através da experiência

de projetista ou através de estimativa teórica pela utiliza­

ção de expressões empíricas ou semi-empíricas.

Greenstein (1979) baseando-se na teoria da Plastici­

dade e em experiências de campo, obteve para altura de agreg~

do que compoe o aterro, a expressão abaixo:

H = 9.5 - 22.5 log(CBRf) + 6.6 log(N) (4.38)

onde:

H = altura de agregado {cm);

CBRf = Indice Suporte Califórnia do material de

fundação ( % ) ;

N = número de passadas de veículos.

com:

6% ,;: CBR ,;: 30% s

86

20 X 103 ~ N < 1000 X 10 3

H '.;l. 10cm

Tráfego de veículos com eixo simples e roda dupla

com 80 kN de carga por eixo.

Greenstein (1979) não recomenda a utilização da ex­

pressao 4.38 para valores de parâmetros fora dos limites esta

belecidos acima devido à falta de conhecimento prático que

justifique tal extrapolação. O número de passadas N a utili

zar é o valor para o qual admite-se a ruptura da estrada, ca­

racterizada pelo aparecimento de sulcos superficiais, sob as

bandas de rodagem dos veículos, com cerca de 5.0 a 7.5cm de

profundidade.

Ahlvin & Hammitt (1975) apresentam a expressao abai

xo para o cálculo da altura de aterro granular, sem reforço,

baseada em experiências do Corpo de Engenheiros do Exército

Americano:

0.6324 P0.2148 N0.2394 H - .. ~ ........ ~~~~-=-~~~~-=-'-~~~-

onde:

1.02165 p CBR 0.4028 CBR 0.3140

f a

p = pressao de calibragem dos pneus;

P = carga atuante;

N = número de coberturas(*);

(4.39)

NOI'A: (*) - Diz-se que uma trilha sofreu a cobertura de uma carga quarrlo já houve um núrrero de passadas tal que todos os pontos da trilha entraram em =tato com a carga em questão. El:n estra das em que os veículos trafegam predaninantemente sobre ã mesma trilha, o núrrero de coberturas se confunde can o núrre­rode passadas.

87

CBRf = Indice de Suporte Califórnia do solo de fun

dação;

CBRa = Índice Suporte Califórnia do agregado.

Lamentavelmente, na expressao 4.39, os autores nao

fornecem as unidades a serem empregadas nem esclarecem se a

carga vertical Pé atuante sobre o eixo ou sobre roda. Toda­

via, devido às unidades empregadas ao longo do trabalho, há

evidências que tais unidades sejam as seguintes: p - lb/in2

;

P (provavelmente por eixo) - Kips; CBRf e CBRa em% e Hem PQ

legadas(**). Os autores afirmam também que, com boa aproxima­

ção, a altura da estrada de acesso pode ser admitida corno 85%

do valor obtido convencionalrnente para a altura do pavimento

flexível dimensionado para as mesmas condições de carga e trá

fego.

Turnbull et al (1962) apresentam a expressao abaixo

para o cálculo da altura de pavimentos asfálticos baseado em

experiências do Corps of Engineers. Entretanto, sua utiliza­

çao é frequente no dimensionamento de estradas vicinais nos

EUA (Ahlvin & Harnmitt, 1975 e Medina, 1981):

onde:

135.86 CBRf

2.053 p

H = altura de aterro compactado (cm);

(4.40)

P = carga atuante sobre a roda do veículo (kN);

p = pressão de contato entre o pneumático e a su

2 perfície do aterro (kN/m );

CBRf = Indice de Suporte Califórnia da fundação.

NOI'A: (**) - 1 lb/in2 = 6.895 kN/nl; 1 1b = 0.004448 kN; 1 Kip =1.000 lb= 4.448 kN

88

f importante observar que a expressao 4.40 admite

uma vida útil da estrada de 5.000 passadas. Para números de

passadas diferentes, Turnbull et al (1962) recomendam a multl

plicação da altura obtida por esta expressão por um coeficie~

te de correção dado pela figura 4.30, em função da vida útil

da estrada.

Embora o assunto seja recente, o dimensionamento de

aterros reforçados com geotêxtil já dispõe de algumas recomen

dações oriundas de pesquisas desenvolvidas.

No que diz respeito à ruptura generalizada do ater­

ro e da fundação, Broms (1977) sugere que a geometria do ateE

ro reforçado com geotêxtil apresente um fator de segurança mi

nimo de 1.3 a 1.5.

No que se refere ao dimensionamento da altura de

aterro compactado reforçado com geotêxtil, DuPont (1980) sug~

re a utilização da expressão 4.40 empregando-se uma pressao

de contato de pneumático de 690 kN/m2 e adicionando-se ao CRB

da fundação mais 4%, devido à presença do geotêxtil.

Os requisitos para as características de material

de aterro no procedimento sugerido por DuPont (1980) sao as

seguintes: o material passando na peneira n9 200 deve ser no

máximo 25% • 15% finos passando e no minimo em peso; os na pe-

neira n9 4 devem ter um Limite de Liquidez inferior a 30 e um

Indice de Plasticidade inferior a 6; o agregado deve ter uma

graduação uniforme da menor à maior partícula.

f interessante observar que são muito importantes,

no desempenho do conjunto aterro-geotêxtil, as características

mecânicas do material de aterro empregado na construção da es-

trada. Além das recomendações de DuPont (1980) apresentadas

89

no parágrafo anterior, apresenta-se na figura 4.31 a faixa

granulornétrica do material de aterro recomendada pela compa­

nhia Mirafi (1980). Todavia, muitas vezes não se dispõe do rn~

terial tecnicamente indicado. f o caso, por exemplo, do rnat~

rial de aterro utilizado nas seções testes instrumentadas no

presente trabalho. Já que este material dista consideravelrnen

te da faixa granulornétrica recomendada, será interessante ob­

servar o comportamento do aterro reforçado nestas condições.

Cornurnente encontram-se nos catálogos ou manuais de

utilização de geotêxteis, gráficos para a obtenção da altura

de aterro reforçado em função da resistência ao cisalhamento

da fundação e da carga por eixo do veículo. Esses gráficos a­

presentam, também, a curva para obtenção da altura de aterro

sem reforço. Infelizmente, grande parte dos manuais não apre­

senta maiores detalhes sobre a obtenção de tais curvas. Ore­

quisito a respeito do material de aterro e que seja composto

de agregado bem graduado. Assim, caso se utilizem tais gráfi­

cos no dimensionamento do aterro, deve-se atentar para as ca­

racterísticas dos materiais envolvidos e agir com bom senso,

independentemente do resultado obtido no gráfico. Nas figuras

4.32 e 4.33 são apresentados gráficos de dimensionamento obti

dos através de pesquisas coordenadas pelo Professor George E.

Sowers, que são fornecidos nos catálogos da Monsanto (empresa

que fabrica, nos EUA, o geotêxtil Bidirn). Segundo Verternatti

(1980), as curvas desta figura podem ser extrapoladas, de ma­

neira aproximada, para o geotêxtil Bidirn fabricado no Brasil.

Vários pesquisadores (tais corno: Bell, 1977; BarvashO\l

et al, 1977; Morel et al, 1977; etc •.. ) têm tentado avaliar

o comportamento de aterros granulares reforçados com geotêx-

90

teis através de ensaios de campo e laboratório. O ensaio esco

lhido para essas experiências é, em geral, o ensaio de placa

usualmente empregado no estudo de capacidade de carga de fun­

dações. Em laboratório, podem-se empregar modelos reduzidos

construídos em grandes recipientes. Tanto nos ensaios de cam-

po como nos ensaios de laboratório, vários autores tentaram

obedecer ao procedimento usual do ensaio, embora, por vezes,

tenham sido feitas algumas alterações devido à baixa capacid~

de de suporte do solo de fundação. O esquema geral desses en­

saios pode ser visto na figura 4.34.

Os resultados de ensaios de placa têm sido um tanto

contraditórios, uma vez que alguns autores afirmam haver dimi

nuição dos recalques nos aterros reforçados ao passo que ou­

tros negam isto. Num consenso geral, a curva pressao aplicada

na placa versus recalque, usualmente obtida nesse ensaio, e

semelhante à apresentada na figura 4.35. Os resultados obti­

dos na bibliografia estão apresentados sumariamente, na tabe

la 4.2 onde aparecem, também, as características geométricas

dos ensaios, associados à figura 4.34.

Uma conclusão comum a todos os ensaios apresentados

na tabela 4.2 é que o aterro reforçado apresenta uma diminui­

çao nos recalques quando se está próximo à ruptura do conjun­

to, uma vez que, nesse instante, as deformações já sao gran­

des o suficiente para mobilizar esforços de tração significa­

tivos no geotêxtil. Isto leva à conclusão que a presença do

geotêxtil aumenta a capacidade de carga do conjunto, o que p~

de ser visualizado, também, através da figura 4.35.

Deve-se notar, com surpresa, o elevado decréscimo

de 40% nos recalques obtido por Barvashov et al (1977) quando

91

da utilização de geotêxtil pré-tensionado inicialmente

cerca de 1.5% da carga de ruptura, o que parece ser um

tensionamento muito pequeno.

com

pré-

Quanto a experiências de campo, interessantes resul

tados foram obtidos por Bell et al (1977) na instrumentação

de uma estrada vicinal submetida a intenso tráfego de cami-

nhÕes. O trabalho resultou da instrumentação de várias seçoes

testes, com e sem reforço, de um aterro granular sobre solo

turfoso. O material da fundação tem uma profundidade de 2.7m,

resistência não-drenada média obtida através de ensaios de p~

lheta de 12 kN/m2 e umidade em torno de 960%. O geotêxtil uti

lizado foi do tipo não-tecido de polipropileno (Fibretex) com

resistência à tração entre 11.9 e 13.3 kN/m e com deformações

na ruptura entre 100 e 200%. O material que compunha o aterro

era granular com granulometria que variava desde areia grossa

até blocos de rocha de 1.20m de diâmetro equivalente. As alt~

ras de aterro variaram entre 0.9 e 2.4m. Foram estudadas, ao

todo, 13 seções em que a largura da base do aterro variou en

tre 2.0 e 6.5m, aproximadamente.

A instrumentação utilizada por Bell et al (1977) con~

tou de placas de recalque para a medição dos deslocamentos ver

ticais. Para as medições de deformações no geotêxtil foram

utilizados extensômetros elétricos formados por circuitos que

se partem a determinadas deformações específicas atingidas p~

lo trecho da manta em que estão instalados. Assim, por esse

procedimento de medição, a precisão na obtenção da deformação

no geotêxtil sera maior quanto maior for o número destes cir­

cuitos instalados no ponto de medição.

Na análise teórica por elementos finitos os autores

92

utilizaram o programa NONSAP (Bathe et al, 1974) cuja geome­

tria analisada e discretização do meio sao apresentadas na

figura 4.36. A análise conduzida por Bel! et al (1977) não in

dicou contribuição do geotêxtil na diminuição dos recalques

do aterro reforçado e os demais resultados obtidos foram bas­

tante semelhantes aos obtidos com o programa LORANE (Ferrante

et al, 1977) no presente trabalho.

Corno conclusão do trabalho, os autores afirmam que

a principal contribuição do geotêxtil foi evitar rupturas lo­

calizadas na fundação. Tal fato foi evidenciado pela economia

de 28% de material de aterro obtida. Nas seções onde nao ocor

reram rupturas localizadas, as deformações dos aterros com e

sem reforço foram praticamente as mesmas. Outra interessante

observação feita pelos autores foi a verificação de terem o­

corrido deformações por fluência na manta durante 3 meses sob

carga constante. Tal fato vem confirmar o que foi dito em ca­

pítulo anterior sob a maior susceptibilidade das mantas de

polipropileno à fluência.

More! et al (1977) realizou trabalho semelhante ao

citado no parágrafo anterior para verificar a influência

da presença de geotêxtil na diminuição da altura do mate

ria! de aterro. Neste trabalho foram analisadas várias se

çoes testes de um aterro sobre solo silto-argiloso de

baixa resistência. O único dado referente à resistência da

fundação, fornecido pelos autores, ê que o CBR é nulo. Foram

utilizados geotêxteis do tipo tecido (Stabilenka) e não-teci

do (Bidirn). O material do aterro era composto de agregado bem

graduado, tendo sido testadas alturas de aterro de 0.30,

0.50 e 0.70m.O aterro foi submetido a passagem de caminhões

93

carregados com cerca de 130 kN/por eixo. Os autores conclui-

ram, através de resultados comparativos entre seções com e

sem reforço, que nao foi possível diminuir a altura de materi

al granular devido à presença de geotêxtil. Em todas as se­

ções estudadas, independente do tipo de geotêxtil empregado,

foram obervados deslocamentos verticais elevados sob as ban­

das de rodagem dos caminhões.

Koerner & Welsh (1980) citam a experiência do Corpo

de Engenheiros do Exército Americano que construiu um aterro

experimental de 61m de comprimento por 3.6m de largura sobre

uma fundação argilosa com CBR entre 0.7 e 1.0 até 0.25m de

profundidade, e entre 1.0 e 2.3 entre 0.25 e 0.50m de profun­

didade. O tráfego que solicitou o aterro foi composto de cami

nhÕes com eixo simples e rodas duplas tendo 80 kN de carga

por eixo. O aterro foi construído com pedra britada com 0.36m

de altura. Dois geotêxteis foram testados, sendo um do tipo

não-tecido (Bidim - 400 g/m 2 } e o outro do tipo tecido (T- 16

2 - 630 g/m} Através das medições, constatou-se que a seçao

sem reforço apresentou sulcos na superfície do aterro, sob a

faixa de rolamento, de 0.28m após 200 passadas do caminhão.

No trecho com geotêxtil do tipo não-tecido, esses sulcos fo­

ram atingidos com 2.500 passadas e no reforçado com geotêxtil

tecido, com 37.000 passadas. Assim, através da utilização da

figura 4.30, já apresentada, para os números de passadas obt!

dos para uma mesma trilha de 0.28m de profundidade, os auto­

res concluíram que a economia, em volume de material de ater­

ro, no trecho reforçado com geotêxtil não-tecido foi de, apr2

ximadamente, 27% e no reforçado com geotêxtil tecido de, apr2

ximadamente, 48%.

94

Dos resultados de experiências de campo apresenta­

das até o presente momento, já se pode concluir algo a respe~

to da importância das características mecânicas do material

de aterro, como comentado em parágrafo anterior. Aterros com­

postos de elementos de rocha ou cascalho terão um comportameg

to mais rígido e, devido a sua maior possiblidade de se infil

trar na fundação mole, a contribuição do geotêxtil, em termos

de economia de material de aterro, será provavelmente maior.

Os trabalhos já citados do Corps of Engineers (Koerner & Welsh,

1980) obtendo 27% e 48% de economia e de Bell et al (1977) o~

tendo 28% de economia, parecem confirmar isto. Em aterros cujo

material é mais fino, o desempenho do aterro e do geotêxtil

provavelmente não será tão bom (como correu no trabalho desen

volvido por Morel et al (1977).

Nos capítulos posteriores sao apresentados os dados

relevantes para o estudo do comportamento das seções

instrumentadas no presente trabalho.

testes

95

/

,,1\ \ /!' \ '!

FIG. 4. 1- CONTRIBUIÇAO DO GEOTEXTIL AO AUMENTO DO

o

FATOR DE SEGURANÇA DA OBRA

s

cr, + crd ATERRO +

IT,-0

FUNDAÇÃO

10 20

DEFORMAÇÃO ( %)

GEOTÊXTIL DE

VL TO MÓDULO

I

s

f -o­

+ / . GEOTEXTIL DE BAIXO

/ i MÓDULO --

/ ~---/ / 1/

o 10 20

D E FORMAÇÃO ( % )

FIG. 4. 2 - COMPORTAMENTOS TENSÃO x DEFORMAÇÃO n'p1cos DOS MATERIAIS: .. ATERRO, FUNDAÇÃO E GEOTEXTIL

96

GEOTEXTIL)

GEOTÊÍmL GEOTÊXTIL)

FIG. 4.3 -POSICIONAMENTO DO CENTRO COM FATOR DE SEGURANÇA

E

uJ o 5.0 <[

e o z ::, u. o o: o..

10.0

. MINIMO COM E SEM GEOTÊXTIL-APUD BROMS (1977)

MANTA

/!

ARGILA

Í j' = 20 k N / m5

/ATERRO~ C: VÁRIOS

·. ·" l 111 = 30° NT

,· t= 13.2 kN/ m5

~ l1l = o l

I

'

o Su ( k N / m2 )

10 20 OD+-~~~~~~-

E

uJ o <[

~5.0 o z ::, u. o lf

10

VARIAÇÀO DA RESISTÊNCIA NÃo DRENADA COM A PROFUNDIDADE

FIG.4.4 -ESQUEMA DA ANALISE DE ESTABILIDADE DE ATERRO REFORÇADO COM GEOTÊXTIL - PROGRAMA BISPO

.. u­z .. Ir ::, (!)

3.0

"' 2.0 U)

"' o

Ir o ... .. ... 1.0

ATERRO C• 30 kN/ m• {

l'•20kN/m'

GEOTÊXTIL

o.o

50 lf • 13 kN/m1

Ili' o 10.0-----

2-+......_-

z (m ( m)

CONVENÇÕES

e - SEM GEOTÊXTIL

lll •30°

VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA NÃO DRENADA COM A PROFUNDIDADE

À TRAÇÃO . DE 6 - GEOTÊXTIL COM RESISTÊNCIA

õ -GEOTÊXTIL COM RESISTÊNCIA

o - G EOTÊXTIL COM RESISTÊNCIA

e - G EOTEXTIL COM RESISTÊNCIA

A TRAÇÃO DE

A TRAÇÃO DE

À TRAÇÃO DE

o.o+---------.-------.--------..-------.----0.o 1.0

FIG.4.5-VARIAÇÃO DO ,

ALTURA

2.0

DE

3.0 4.0

ATERRO H(m)

FATOR DE SEGURANÇA CONTRA O DESLIZAMENTO PELO METODO DE RESISTÊNCIAS

BlSHOP CO_M A ALTURA .DO ATERRO PARA DIVERSAS A TRAÇAO DO G EOTEXT IL

IOkN/m

20kN/m

40kN/m

80 k l</m

98

5.0

E

o - 4.0 " ., ...

.. 3.0 o: .. Q.

o o: o:

2.0 "' .... .. "' o

1.0 .. o: ::, .... ...J ..

o o 50 .

RESISTENCIA A TRAÇAO

o E

N 5.0 ..:

o o: Q.

10.0

.

J,13 KN/m3

111, o

C, 20 k N / m2

e, IOkN/ m2

e, 5kN/m2

100

Su(kN/m') o M),Q

DO GEOTEXTIL S ( KN / m

FIG. 4.6 - ALTURA DE ATERRO PARA FATOR DE SEGURANÇA

UNITÁRIO VERSUS RESISTÊNCIA À TRAÇÃO DO GEOTÊXTIL

-E

w e .. ~ e z :::, ... e a: o..

.

50

10.0 .. '

{

lf , 20 KN/m3

1 e= 30KN/m2

i 0 , 30°

COM REFORÇO

99

S, 1 O KN/m

S, BOKN/m FS: 1. 113

. ' '

'

E

w e

~50 o z :::, ... o a: o..

100

DO CENTRO DO CIRCULO DE

VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA NÃO-DRENADA COM A PROFUNOllAOE

FIG. 4.7 - DESLOCAMENTO M (NI MO FATOR RESISTÊNCIA DA

DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA 4

MANTA GEOTEXTIL INSTALADA

100

100.....----------.----------, .. o:: ::,_ 1- o ..J il" .. -.. o so1 --------t-.:::::;;;;;-"'-1-----1 o o::

o:: o "' 1- 1-z .. "' ::E ::, "' .. o

10 20

COESÃO ( KN/m2 )

FIG. 4.8 - AUMENTO

A COESÃO

DE ALTURA

PARA A

COM RESISTENCIA

UM

DE

40

DE ATERRO COM

GEOTÊXTIL INSTALADO

.30 K N / m

------

101

DISTRIBUIÇAO DAS PRESSOES PROVENIENTES DO PNEU DO

VEICULO

POSIÇAO INICIAL DA MANTA

/ - -,,- --FOSIÇAO FINAL

- ~;. DA MANTA

s,,

FIG. 4.9 -- ESQUEMA DA CONTRIBUIÇÃO DO G EOTÊXT I L OE BAIXA ALTURA AO REFORÇO OE ATERRO

y

p ( 1 )

DISTRIBUIÇAO DE TENSÕES

/ DEVIDAS AO PNEU DO

VEICULO

X ----MANTA --St --

DEFORMA D A .J.-,:::::::t--- Sv a S,. : : __j__ - - - ------- s.

REAÇÃO DO

TERRENO

FIG. 4.10- DISTRIBUIÇAO DAS TENSOES ATUANTES NA

ABORDAGEM APROXIMADA DE NIEUWENHUIS

X

"e 300

' z .. • .. ..J .. 200 u ;:: "' w >

o ... "' li)

w "' 100 Q.

p

' -+---ª-º-----1-

EXPREssÃO CORRETA p ( • ) =

P = 50 k N q = 800 kN / m2

o= 0.13 m f' = 2.0

O(: 1.15

X

X • A• 0/2 (( o ) -1" )

EXPHESSÃO APROXIMADA, Po

p(a)= X Coo h( <><'·-)

Q

CONVENÇÕES

----EXPRESSAO CORRETA

----- EXPRESSAO APROXIMADA

o+~~--.,.::::~-----,.-------------.---0 2

FIG.4.11- EXEMPLO PROPOSTA

4

ABCISSA

8

NORMALIZADA X/o

ILUSTRATIVO DA QUALIDADE POR NIEUWENHUIS

16

DA APROXIMAÇÃO

10 3

N , CARGA ATUANTE SOBRE O PNEU

! Q., PRESSÃO INTERNA DO PNEU

1

q0

' PRESSÃO DE CONTATO

FIG. 4. 12 - ESQUEMA PARA A OBTENÇAO DO RAIO

DA SUPERFÍCIE DE CONTATO ENTRE O

PNEU E O ATERRO

a

150!lj

E ..... z ~

EIOO.O -"' .. :z )( ... :z

o ... "' z .., 1-

~-º

o o

o

1

\

l ,_; ' } '"!

CONDIÇÕES DO PROBLEMA

Yr -•~O%

Ys

2a

H y

P, 50 k N

/q •800kN/m 2 e

CONVENÇÕES,

- K , 500 k N / m• --O-- K , 600 k N/ m• - K , IOOOkN/ m• -- K 2000 k N/m'

Y,, REC4LOUE DO ATERRO REFORÇADO

Y1 , RECALO UE DO ATERRO SEM REFORÇO

\ FA(cA DE VARIAÇÃo DE MÓDULOS DE GEOTÊXTEIS NÃO-TECIDOS

' ~ -40', '~_,,- /' NIEUWENHUIS (1977) ,,~ ( K• 500 kN/m'I

EO 5êi- - ______ L_tf>~ 70 60

- 70 SO

20 ~o 10

DEFORMAÇÃO MAXIMA fim ( % )

• FIG. 4.13 -VALORES DE S tm E E1m NECESSAR!OS EM

FUNÇÃO ' DO MODULO DE R E AÇAO K E DA

RELAÇÃO ENTRE os RECALQUES DO ATERRO

COM REFORÇO E SEM REFORÇO

U) 60 o z

_,_ .. ~ ::, o >- -z w "' uw o:: ::, "'o o. ...J ..

20 ou ... w o- o:: ::, o w o::

o o

10 5

FAIXA DE VARIAÇÃO PARA MÓDULOS

/

E DO GEOTÊXTIL ENTRE 50KN/m E 200 K N / m

CARGA POR EIXO, 100 KN

500

MODULO

ICXXl

DE REAÇÃO

1500 2000

K (KN/m3 )

FIG.4.14-VARIAÇÃO DA REDUÇÃO, PERCENTUAL DOS RECALQUES COM O MODULO DE REAÇÃO PELO MÉTODO DE NIEUWENHUIS

ATERRO FUNDAÇÃO GEOTEXTIL CARGA VERTICAL

MATERIAL, LINEAR ORTOTRÓPICO MATERIAL, LINEAR ISO TRÓPICO MATERIAL, LINEAR TIPO, PONTUAL UNIFORMEMENTE

DISTRIBUIDA

ALTURA Ey Ex v l5 Ey• E,(KN/m2

) y ESPESSURA E P(KN/m) ( m) (KN/m2

) (KN/m2) (KN/.J) (mm) ( KN' m)

10000 100 100

0.35 20000 Ey/1000 o 20 250 200 20

40000 500

O. !I 5.0 400

40 10 000 1000 2000 o. 70 20000

Ey/1000 o 20 80

40000 2000 6000

TABELA 4.1 - HIPÓTESES FEi TAS PARA A ANÁLISE POR ELEMENTOS FINITOS COM O PROGRAMA LORANE LINEAR

N

i 22 9 44 5S li ~" .. 10 20 >O 40

........ ~""

E

"' o

"' z "' o a: o

10.0

8.0

C r···

1· 6.0

1

4.0 •-

2.0 •-

o 1

"-

--

1 li 21 " 41

1• •• .. •• 2.0

FIG. 4.15 - MALHA DE PROGRAMA

.. 104 llJ 122 IJl

TI M .. 100 101 118

-

-- ---

-

- --r--

----·-

51 'º .. 77 •• .. 101 101

.. ., 77 17 .. IO!I 14 123

- - 4.0 6.0 8.0 ABCISSA ( m )

ELEMENTOS FINITOS UTILIZADA LORANE LINEAR

140 149 1 ..

124 132 ~

--

-- -- - - ---------- --- -- ------- -------

----- - ... -- -- ---!<

li T ,..

132 141 1

' 10.0 12.0 140

NO PROCESSAMENTO DO

-100 N•40KN/m

o

E 100..--~ E .__..,-

LtJ ::> o ...J <[ u 200 LtJ a::

300

.... ~.

\

1.0 2.0

'a'.,, 20 K N / m• E..-/ 1000 E•Tx

li 'o

- -- --- - ------------------+--------<

FUNDAÇÃO, Y •O.S

3.0 4.0 5.0 6.0 7.0

ABCISSA ( m)

,

E,, IOOKN/m2

E,•250KN/m2

E,, 500 KN/ m2

E,•IOOOKN/m2

SIMBOLO

-

---o----.o. ----e--

EATy E,

KN/m2 KN/m2

20000 100

20000 250

20000 500

20000 1000

20000 100

20000 100

20000 100

FIG. 4.16 - PERFIS DE RECALQUES PARA. DIVERSOS MODULOS DE ELASTICIDADE DA FUNDAÇÃO E DO ELEMENTOS FINITOS

GEOTEXTIL PREVISTOS PELO MÉTODO DOS

E• KN/m

----

100

200

2000

r o OJ

8.0

- 6.0 E

40KN/m

<I 4.01-+--­o <I z "' o a: O 2.0

{

~ar' 20KN/m

ATERRO Ear' 1000 Eu y X

., 'o DESLOCAMENTO HORIZONTAL (mm)

O 50 100 150

FUNDAÇÃO, .),Q.5

o-+------,---a-+-----+----t-..... ---r-........ ---1 o 2.0 4.0 6.0 8.0 100 12.0

ABCISSA X ( m)

FIG. 4.17 - COMPARAÇÃO ENTRE OS DESLOCAMENTOS AT.ERRO PARA O ATERRO COM E SEM METODO DOS ELEMENTOS FINITOS

Eay E, SIM BOLO

l KN/~) ( KN/~)

.

--

--o----A----a--

HORIZONTAIS REFORÇO

20000 100

20000 250

20000 500

20000 2000

20000 100

20000 100

20000 100

SOB O PÉ PREVISTOS

E9

( KN/ m )

----100

200

400

DO PELO

EEf Eo SIM BOLO EAT

K N / m2 ) KN/m 2) KN/ m )

e e -150

.J

~ i5 N

a:: o ,: 100

o 1-z ... ::tE cr g 50 .J

"' ... o

o o

y

20000

--o-- 20000

--6-- 20000

--o-- 20000

- -o - - 20000 . 20000

20000

--+ -- 20000 ,,,,,.o- -o --0--0--­

_,,,.o' ,A- -6 --A --6 -- .._O........._

O/ ,,,,,,.A ~ -o ... -o - -o - - .._ 6 -...,. ......, .......

,_, , o- - ....... o ,- _b - - D - ....... 6 .......... ,' /- ;D ............. ...... ......... ~

~-' ;, o" D..._ ..............

'.,/> "'/ - - .:::: ~ ~o ~

,.,t,"' -A--o---A ~Q/ --o- V V ---o

~/ --~ ,. --o .,

40KN/m

+--+---t--+--+ -- --+ -- -·-----+ --+ --+ --

2.0

ATERRO

4.0 . / . EATy - 20000 KN m

E4r , 20 KN /m 2 X

"•20KN/m3 04r

i> ' o

4.0 ABCISSA ( m)

6.0 8.0

6.0

100

100

100

100

100

250

500

500

FIG. 4.18 - COMPARAÇAO OS DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS

e.o

SUPERFICIAIS '

-100

200

400

2000

--6000

PARA UM ATERRO COM

2.0

ENTRE E SEM REFORÇO PREVISTOS PELO METO DO DOS ELEMENTOS FINITOS

E ..... z "'

15.0

100 .J

.... )(

e w .... o "' "'

v·a--• -- •C,,,- ·-

- -•---· -i.-

·-

"·"', . ' . " ª, . ..... -·----··-·

,- .... ' ..... ..... -. --

SIMBOLO Eu y

KN/m2

20000

20000 - 20000 ..........

D .......... ---- 20000

.......... --6-- 20000

'·· - i'.

--o-- 20000

-•D•- 20000 ' - ---------- . - - 1----- .........

~-- ................ -~ 5.0

o u-0:: o ... "' "'

E o .... o

--. --6 -- - 6 -· ,.._6 -.. --- -6 ---. --. --à---o ---'? -- ---~-- . --6 --o

o

FIG. 4.19 -

-

LO

N, 40 KN/ m

--LI-2.0

ABCISSA (m)

DISTRIBUIÇÃO DOS ESFORÇOS DE PELO MÉTODO DOS ELEMENTOS

--c1 . --u- -3.0

{

t,20KN/m5

ATERRO E..,,20000KN/m ,1000 E6T y X

y,o

LONGO TRAÇAO AO DO • GEOTEXTIL FINITOS

E, Eo

KN/m2 KN/m

100 100

2~0 100

~ºº 100

100 200

2~0 200

~00 200

100 400

PREVISTOS

112

12.0-,,----------,-----------....----.,

-10.0 E

' z "

a.o,....._ ......... ---4------------+-----------+------1

o :E )(

'e :E

6.0 o

IC <> e a:: ... "' 4.0 Q

o <> a:: o ... 2.0 .. "'

E1 =400KN/m

o 1000 2000

MÓDULO DE ELASTICIDADE DA FUNDAÇÃO ( KN/m2 )

FIG.4.20- VARIAÇAO DO ESFORÇO DE TRAÇAO MÁXIMO NO

GEOTÊXTIL COM O MÓDULO DE ELASTICIDADE

DA FUNDAÇÃO PREVISTA PELO MÉTODO DOS

ELEMENTOS FINITOS

E E 300

o ~ 20o-t-----H"'"' -r-'------1---­

)( ... ::l

... ::, o 100 ..J .. o ... IC

40

- / . E,-2~KN m

60 100 20

CARGA VERTICAL

80

KN)

FIG.4.21-VARIAÇÃO DO RECALQUE MÁXIMO SOB O COMPARAÇÃO ENTRE OS ATERROS COM

N E.,,= 20000 KN/ m1

y

I J ~&T = 20 KN /m

- ,. ..... , ------

• E ATy E, SIM BOLO

KN/m1 KN/m2

20 000 IOO

- 20000 250

- 20 000 500

20 000 20 000

--o- - 20000 100

--e-- 20 000 100

Ea

KN/m

----

100

2000

OBS., PARA E, ;;, ~00 KN/ m2 OS VALORES PARA

O ATERRO REFORÇADO SE CONFUNDEM COM O ATERRO SEM REFORÇO

ATERRO COM A CARGA APLICADA E SEM REFORÇO

-100

50 KN/ m

'ºº E SIM BOLO E

"' :::,200 .....

o ..J .. u

"' ---o .. - -IC ---o---

--o-- -

F U N D AÇÃO , V • O. 5

400 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0

ABCISSA m

FIG. 4.22 - PERFIS DE RECALQUES DOS ATERROS COM ALTURA DE O. 35 m

E6T

E • 100 KN/ ml ,

E,•Z~OKN/ml

E,• ~00 KN/ml

E, y

(KN/m2 ) ( K N / m2 )

20000 100

20000 250

20 000 500

20000 1000

20 000 100

20000 100

20000 100

7.0

E SEM REFORÇO

E• ( KN/ m

f-' f-' À

100

400

2000

COM

_: 150

J ,: >-z o N

15 :,: 1

o >-z "' 2 ,: u o 50 J U)

"' o

o

y

E "' "' ~r= / /

o

10 20

50 i<N/ m

/ / / / ' 1

1.0 2.0

-º --o-

30 40

E, , 100 I< N / m2

-- E,, 100 l<N/ m2 E0, IOOl<N/m .. - - -6 -- -- 6

-o -- -o -- -o --------·----.. ______ -~º - / . E,-z:io l<N m

50 60 70

' SIM BOLO

-+-

--o--

80

E,, 500 i<N/m2

E,, 1000 l<N/ m2

Earv ( I< N ftn" E, ( I< N ftn"l 20000 100

20000 250

20000 500 ---20000 1000 --20000 100 r """'·· ATERRO E , IOOO E -

4Ty 6Tx --e-- 20000 100 i,I, o --6-- 20000 100

)' /',,... --o-- 20000 100

' ' 1 1 ' ' ' 3.0 4.0 5.0 6.0 70 a.o 9.0

ABCISSA X ( m)

Ea

FIG.4.23-COMPARAÇÃO ENTRE OS DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS SUPERFICIAIS PARA UM DOS COM ALTURA DE 0.35m COM E SEM REFORÇO PREVISTOS PELO MÉTODO

ELEMENTOS FINITOS

( i<N,m)

---- --100

200

400

2000

A T ERR:l

-E ..... z ><

..J

f-)(

'"' f-o "' e,

o z

o , .. .... .. a:: f-

"' o

o u­a: o ... U)

"'

15.0

100

.. - -c:>---o ---º -o---o ---o _A .. --A- - -6 --6-- ---o l> ---"---t> o+----------..... -----.-----..... --..

1.0 2.0 3.0 4.0 ABCISSA m)

y

{

l(•20KN/m1

ATERRO l,,,,.;20000KN/m2• 1000 E••x

v,o -,--,--,---,&--;,'---;---r~ .....

50KN/m

FUNDAÇÃO •~•0.50

s(MBOLO

.

--·-t>-----o--

FIG. 4. 24 - VARIAÇAO

ALGUNS

DO ESFORÇO DE

CASOS RODADOS

T RAÇAO AO LONGO DO

COM O ATERRO DE

Ear E, E,

KN/m2 KN/m2 KN/m

200:X, 100 100

20000 100 200

20000 100 400

20000 500 100

20000 500 200

. GEOTEXTIL PARA

0.35mDE ALTURA

"' ;;:, 30 o ..J

" u "' o:

o

'" u-;;:, o

"' o:

117

E,• 100KN/m2 H=0.35m

Er= 100 KN/m2 H•0.70m

Ol-f"-----,------;,-----,,-----1----,----0 2cm 4C(X) 6CXX) BCI.X) IOCXXJ

MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO GEOTÊXTIL(KN/m2 )

FIG. 4. 25-VARIAÇÃO

MAXIMO . DA

COM

GEOTEXTIL

REDUÇÃO PERCENTUAL NO RECALQUE

O MODULO DE DEFORMAÇÃO DO

118

100--------------------------.

o .... z ; goo_._---------1----------~

H •0.70 m

< - --------t::::::~ o )( g "'< (/) 2 ... e

..J

o <60 -z o ... ..J a: < "' ::, Q.

.... ::,40 z (/)

"' o a: "' ..J Q. < .... o ~20 •< o- N

::, a: e o "' lt: :,:

o o 2000

MÓDULO

H•0.35m

' MODULO DE DEFORMAÇAO DA

FUNDAÇÃO, E,• 100 KN/ m2

4000 6CO) 8000 IOOOO

DE DEFORMAÇÃO DO GEOTÊXTIL(KN/m)

FIG. 4.26 - VARIAÇÃO DA REDUÇAO PERCENTUAL NO

DESLOCAMENTO HORIZONTAL SUPERFICIAL MÁXIMO COM O

• MODULO DE DEFORMAÇAO

DO GEOTEXTIL

400

E E

0 300

:J;

"' :,

o ...J

"

200

u 100 "' a:

o

--

-

o

- - - - ....

-

. 200 400

RIGIDEZ

L RECALQUE DO ATERRO SEM REFORÇO

- - ->--- --

. 600

DA MO LA

800

KN / m )

. 1000

y

~[ d i

FIG. 4.27 - VARIAÇÃO DO R ECA LQU E ' MAXIMO COM A COM H = O. 7 m

40 KN/m 1'r= 20 K N/m3

ATERRO C.0.T/ 20 000KN/m2

E..r = 20 KN/ rrf-• Y•O

X 1-'

{ E,=IOOKN/m2 1-'

"' FUNDAÇÃO Y = 0.5

' RIGIDEZ DO PE DO ATERRO

E E

400

- 300

o 2 -)(

-.. 2 200

"' ::, o ..J .. u 100

"' a:

o

--

-

o

1

----I _A:~ :M ~=ORÇO

' ' 200 400 600 800 1000 RIGIDEZ DA MOLA ( KN/m)

FIG. 4. 28 - VARIAÇAO

RIGIDEZ

DO

DO

RECALQUE

PE DO

MÁXIMO

ATERRO

y

DO

50 KN /m

E0

, 100 KN/m

Y,,T= 20 K N / m5

E.,.: 20000KN/m2 y

ATERRO E , 20KN/ m2

•Tx

FUNDAÇÃO

j)' o

{

E,, IOOt<N/ m2

~ 'º· 5

ATERRO REFORÇADO COM A

f-' N o

~ o

gJ :E X ... :E

"' "' :, o .J .. <.> "' a:

"' o z

.J .. :, ,_ z "' <.> a: "' a.

o ... <> :, o

"' a:

4

30

20

10

121

' ' ' ' ' ' À

'-·.tk~).J? ' --..... .._~- Eç, 3000 KN/m

E0

a400 KN/m

E0a200KN/m

oL-=:::::::;~:::::= ..... --..----L--J o 500 IOOO 1500

E, (kN/-:)

K F (..,./_,,_)

2000 2500

FIG. 4. 29- REDUÇÃO PERCENTUAL NOS RECALQUES MÁXIMOS - -

YERS~S RIGIDEZ DA FUNDAÇAO: COMPARAÇAO ENTRE O ME TODO DOS ELEMENTOS FINITOS E A SOLUÇÃO DE NIEUWENHUIS

CI 1

~ ~ l§

2.0

, ..

U 1.0

IIJ Q

IIJ

8 õ ii:

8 o.o v

o 'º

.,,,.,,, /

...,, 1-"/

V v

/

,o• ,o• NUMERO DE MSSADAS

v/ -/ ,.....,,,

1/

,o• ,o•

.,,,.,,, ,...., ALTURA RECOMENDADA

H •H'a6 ,ONDE•

H - ALTURA A UTILIZAR

H' - ALTURA DE ATERRO OBTIDA PELA EXPRESSÃO 4.40

6 - COEFICIENTE DE CORREÇÃO

FIG.4.30- CORREÇÃO DA ALTURA DE ATERRO EM FUNÇÃO DA VIDA ÚTIL DA ESTRADA EXPRESSA EM NÚMERO DE PASSADAS - APUD CORPS OF ENGINEERS ( 1962)

ABNT AREIA FINA AREIA GROSSA PEDREGULHO

'1 ASTM __,__ AREIA FINA --1--AREIA MÉDIA-l =,~~ i- PEDREGULHO

2ro 200 140 100 go ~ 40 3:> 20 1s t0 4 !/e" 1/2:" 3/4" 1" -- PENEIRA N I o~.;:;..:,_;;;;.;...,.;.;.;:-....c.;.:'--..-r'---'r--.i'---,--"i-..,...;;n-,--'r---rr-~-.-..,.,....,...,.....-i......-.....-----iT"""...,....,,......,-..,...,00

li 1

1 1 / 1 ' \ i i 1 1l ! 1 1

1 / 1 1 ,!\1 !

1 1 1 1 1 ' 1 /, 1 ' J '

, , r : r 1

1 ,, 1 1 1 r r :

20-l---ll,...I-IL-l-4-ll--_.;.,-1-+---1---4'--l-+-1-!:~-1'----+---l--+-...+-+-+--+-,11-J---+-,--4+!\--r-l'---l--+l-80

1 1 1 iyAT RIU. lE IF( IL

1111/ 1 t ' \j . } I

I 1 ~OM AI TAi Ao_ 1 1 1 1

·. ·1) !

, , .~ .. ?,;f.:'-IJt» r., , ·Ll,~ 1 ._-... AO ··- ªº 1 1 .,· ... ·: ' ... ~ ..... -- 1 1 li ·11 1 li ,, ._ ...... -~----1-1-~ 100,.J-..11-L.JJ.===-c===:i:'---LL.-L-L--WJ..W_._ _ __,__....1..._,_....u.....J...J_._JJ..L.._.__u......_._..__.1.-.J.Lo

005 0.1 o.s 1.0 5.0

DIÂMETRO DAS PARTÍCULAS ( 111111)

IO.O

FIG. 4.31 - FAIXA GRANULOMÉTRICA RECOMENDAD«\ PARA O MATERIAL DE ATERRO - APUD

>-' N w

E

N

o e ..:

12 4

0.'53"' t 21·,

1,1

jll DISTÂNCIA MENOADA

-- 1 - .... z \

1.10 + Z(

• SEM G EOTEXTIL

~ 0.404l--'l-\-+--------+---+----+---l o:: e, ..:

w e

..: o:: ::, ,-. ..J ..:

o

o

0.5 I.O CBR DA

10 20 30

RESISTÊNCIA DA

1.5 2.0 2.5 FUNDAÇÃO

60 70 40 !50

FUNDAÇAO l KN/ m2 )

FIG. 4.32- CURVAS PARA DIMENSIONAMENTO DE ATERROS DE AGREGADO RECOMENDADAS PELA MONSANTO

BASEADAS EM EXPERIÊNCIAS DO PROF. G. E. SOWERS - A PUD MONSANTO ( 1980)

125

E _.0.50

CARGA POR Eixo, 130KN N

o o <t C)

0.40 "' a: C)

<t

"' o 0.30

<t a: :::,

1-..J <t

0.20

0.10_._ ___ .._ ___ .._ ___ .._ __ ___. ___ ___._ .....

o 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 CBR DA FUNDAÇÃO

o 10 20 30 40 50 60 70

RESISTÊNCIA DA FUNDAÇÃO ( KN/ m2 )

FIG.4.33-CURVAS PARA OI MENSIONAMENTO RECOMENDADAS

DE ATERROS DE AGREGADO . BASEADAS EM EXPERIENCJAS DO - APUD MONSANTO ( 1980)

PELA MONSANTO

PROF. G. E. SOWERS

126

PLACA CIRCULAR 1

D p ( PRESSÃO APLICADA NA PLACA )

AGREGADO

FUNDAÇÃO Z2

FIG.4.34-ESQUEMA DOS ENSAIOS DE PLACA REALIZADOS •

UTILIZANDO-SE GEOTEXTIL COMO REFORÇO

PRESSÃO APLICADA

"' ~ o -' <[

o

"' a:

FUNDAÇAO SEM REFORÇO

\ \ \ \ 1

/1 1

FIG.4.35 - ESQUEMA DAS CURVAS USUALMENTE OBTIDAS NOS

FUNDAÇÃO REFORÇO

COM

PRESSÃO x RECALQUE ENSAIOS DE PLACA

AUTORES

BARVASHOV E T AL (1977)

JARRET, L EE a RI DELL( 1977)

CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS PRESENTES

AGREGADO, A REIA

FUNDAÇAO,

/J' 16.6 - 17 KN/m•

e,o.66 -0.61 h, 3 - 4%

~' 34° e , 2 K N/ m2

AREIA

/5, 14. 4 - 15. 9 K N / m•

e, 0.91 - 0.11

h, 3-4%

~, 32º

c,QKN/m2

GEOTÊXTIL• NÃO-TECIDO DE POLIPROPILEN::>

s,m' 20 KN/m 'lril 50%

FORAM REALIZADOS TAMBEM ENSAIOS COM O GEOTÊXTIL PRÉ-TE NSIONADO (0.25-0.3QKN,\n)

AGREGADO , MATERIAL GRANULAR COMPACTADO

FUNDAÇÃO , TURFA S,°" 10 KN / m2

GEOTÊXTEIS , MIRAFI 140(NÃO-TECID0)

MIRAFI 230( NÃO-TECIDO)

TERRAFIX 300 N

TERRAFIX 1000 N

ENSAIOS REALIZADOS TAMBÉM COM A PLACA DIRETA -MENTE .APOIADA SOBRE O GEOTEXTIL

0.3 2.10 0.34 10

0.15 0.30 0.15

1.5-2.0 0.45 0.30

0.56

CONCLUSOES

ENS/IIOS COM O GEOTÊXTIL NÃO, PRE-TENSIONADO MOSTRAM DECRESCI-MO NOS RECALQUES APENAS PA· RA ELEVADAS PRESSÕES

ENSAIOS COM O GEOTÊXTIL PRÉ-TENSIONADO MOSTRARAM DECRÉSCIMOS DE 40% NOS RECALOU ES

CONCLUSÃO FINAL •A UTILIZAÇÃO DE GEOTÊXTEIS REDUZ OS RECALQUES E AUMENTA A CAPACIDADE DE DA FUNDAÇÃO

. A UTILIZAÇAO DE GEOTEXTEIS

NAO REDUZIU OS RECALQUES.

A PRESENÇA DO GEOTÊXTIL

AUMENTA A CAPACIDADE DE CARGA DA FUNDAÇÃO

TA BEL A 4. 2 - R E S U MO DOS RESULTA DOS DE ENSAIOS DE PLACA EM ATERROS • REFORÇADOS COM GEOTEXTIL OBTIDOS NA BIBLIOGRAFIA

AUTORES CARACT E RISTICAS DOS MATERIAIS

PRESENTES

AGREGADO , lf = 20.3 KN/ m5

h: 4.9 %

FUNDAÇAO ' SI L TE

JESSBERGER K= 17. 7 KN/m • (1977)

15.3 % h =

G EOTÊXTI L ' NÃO- TECIDO

AGREGADO , /1 = 20.4 KN/m3

h = 9%

FUNDAÇAO, ARGILA MOLE

SORLIE ( 1977) Su ::: 1 O KN/m2

h= 34%

. GEOTEX TIL ' FIBERTEX S 170

(NÃO-TECIDO)

SÍMBOLOS UTILIZADOS °S, PESO ESPEC(FICO

h, UMIDADE . Su= RESISTENCIA NAO-DRENADA

e: INDICE DE VAZIOS

NOTA, 1-POR VEZES CERTAS CARACTER(STICAS MAIS PRESENTES NO TRABALHO ORIGINAL

2-VER TAMBÉM A FIG.4.34

TABELA 4.2 - CONTINUAÇAO

z 1 ~2i

D CONCLUSÕES q (m\ 1ml 1 KN/m2

• A PRESENÇA DO GEOTEXTI L DIMINUI os RECALQUES E AUMENTA A CAPACIDADE DE CARGA DA FUNDAÇÃO

0.15

o. 30 - 0.30 o 0.45

A PRESENÇA DO GEOTEXTIL SOM ENTE AUMENTA A CAPACIDADE DE CARGA DA

FUNDAÇÃO

0.23

O. 30 0.30 0.30 o 0.38

{il =ÂNGULO DE ATRITO

e = COESÃO

5tni RESISTÊNCIA A TRAÇAO DO .

GEOTEXTIL

E1,ri'DEFORMAÇÃO DO GEOTÊXTIL NA RUPTURA

ESCLARECEDORAS SOB OS ENSAIOS NÃO ESTAVAM

f-' N co

"' "'

-.-

4.

,

0.90m

< <

0.45 045 I

I" 1

l "'-..1 1 'y GEOTÊXTIL

~ --·~·

~

' . ' . ' . ' ' ' ' ' ' '

FIG. 4.36 - GEOMETRIA E DISCRETIZAÇÃO DO MEIO POR BELL ET AL ( 1977) ATRAVÉS DO

' '

DO PROBLEMA ANALISADO PROGRAMA NONSAP

130

CAPITULO 5

CONSIDERAÇÕES Â RESPEITO DA INSTALAÇÃO

DE MANTAS GEOTÊXTEIS NA BASE DE ATERROS

131

5 - CONSIDERAÇÕES Â RESPEITO DA INSTALAÇÃO DE MAN­

TAS GEOTtXTEIS NA BASE DE ATERROS

Neste capítulo sao feitos alguns comentários ares

peito da instalação de mantas geotêxteis no campo. Tais reco­

mendações constam em catálogos de fabricantes de geotêxteis.

As mantas geotêxteis sao fornecidas pelos fabrica~

tes em rolos com larguras variáveis e comprimentos, em geral,

acima de 100m. Uma das razões da evidente facilidade de insta

lação dos geotêxteis está no fato de que, em certos casos, o

Único trabalho necessário é o desenrolar das bobinas no local

de instalação. Entretanto, quando a largura ou o comprimento

da bobina é insuficiente, é necessária a solidarização dos

diversos pedaços de manta que comporao a estrutura geotêxtil

final. A solidarização pode ser feita de duas maneiras, asa­

ber: costura ou recobrimento (Monsanto, 1980).

Nas costuras de elementos de mantas geotêxteis sao

empregadas linhas bastante resistentes tanto no aspecto mecâ­

nico quanto na possibilidade de ataques químicos em meios a­

gressivos. A costura é feita por máquinas portáteis (ver fig~

ra 5.1) que permitem bastante rapidez de execução c= 6.0 m/min).

A costura é, também, especialmente feita de maneira a, no ca­

so de ruptura de algum ponto do trecho costurado, não haver

propagação do rasgo.

No caso de recobrimento, um trecho de um elemento

de manta que termina é superposto a outro do elemento que vai

começar. O recobrimento é feito em função do sentido de lanç~

mento do aterro como pode ser visto na figura 5.2. Quanto ao

comprimento a ser superposto, Koerner & Walsh (1980) sugerem

132

os valores indicados na tabela 5.1 em função da largura da bo

bina.

Por vezes podem-se utilizar grampos que ancoram a

manta ao solo evitando inconvenientes de levantamento da mes­

ma provocado por ventos. A utilização de tais grampos e esp~

cialmente indicada quando da opção de solidarização por reco­

brimento.

Outro aspecto construtivo importante é o lançamen­

to do aterro sobre a manta. O lançamento deve ser feito sem­

pre com a parte central do aterro adiantada em relação às bor

das corno pode ser visto na figura 5.3. Isso, além de esticar

a manta, evita a formação de bolsões e enrugamentos da mesma

no trecho central do aterro.

No caso da ocorrência de curvas na estrada, a manta

pode se ajustar às curvas segundo urna das maneiras indicadas

na figura 5.4.

No caso específico de aterros rodoviários sobre so­

los compressíveis, as configurações de instalação usualmente

empregadas são as apresentadas na figura 5.5.

Nª configuração apresentada na figura 5.5(a) o geo­

têxtil é colocado apenas sob a plataforma do aterro, ou um

pouco além desta, com a finalidade de abranger a parte da su­

perfície do terreno que efetivamente recebe as cargas proven!

entes do tráfego. Desta forma se evitaria o gasto adicional

de geotêxtil sob os taludes do aterro. Corno será visto poste­

riormente, esse gasto adicional é necessário para efeito de

ancoragem da manta, no caso de seu aproveitamento como refor­

ço.

133

No esquema apresentado na figura 5.5(b) toda a su­

perfície de contato entre o aterro e a fundação é coberta p~

la manta.

Na figura 5.5(c) o trecho ancorado e aumentado com

o emprego de bermas laterais.

Na figura 5.5(d) tenta-se obter uma ancoragem mais

significativa através do dobramento das bordas da manta.

Sem dúvida, o esquema apresentado na figura 5.5(e)

e o que mais solicita o geotêxtil à tração e conta, também,

com a parcela de resistência passiva do aterro devido à pre­

sença das placas verticais longitudinais. Todavia, tal solu­

çao é muito dificultada, caso as condições superficiais do

terreno sejam ruins.

Nos capítulos posteriores, alguns dos processos de

instalação mostrados na figura 5.5 terão seu comportamento a

nalisados através das medições nas seções testes.

134

ROLOS DE LINHA

DE

COSTURA

. FIG. 5. 1 - COSTURA DA MANTA GEOTEXTIL

FIG. 5. 2 -ESQUEMA DE RECOBRIMENTO EM ELEMENTOS . DE MANTA GEOTEXTIL

CBR PERCENTAGEM RECOMENDADA PARA o RECOBRIMENTO l % )

20 10

15 12

10 14

e 15

6 18

4 22

2 25

TAB. 5. 1 - COMPRIMENTO DE RECOBRIMENTO EM TERMOS

DE PERCENTAGEM DA LARGURA DO RÔLO

EM FUNÇÃO DO CBR DA FUNDAÇÃO-APUD

KOERNER 6 WELSH ( 1980)

135

/-

1 1 I º l ~

',J . 'íllllllllllll

TRATOR

ATERRO ~ ~ .•,

G EOTÊXTIL

FIG. 5.3- ESQUEMA DO LANÇAMENTO DE ATERRO • SOBRE MANTAS G EOT EXT E IS

1 1 1 \ \ 1

136

1 b 1

1 1 1 1 1

_J

FIG. 5.4 - FORMAS DE INSTALAÇÃO DE MANTAS

GEOTÊXTEIS EM CURVAS DE ATERROS

A

_/:: ~.

( D )

L-__ .-_. · ...

. - ... ' .·. - .. .

( b )

( e )

l d )

137

'-. G EOTÊXTIL 4

'"

BERMA DE /ANCORAGEM

,_ .-~ .· : ,· !M,ct!

GEOTEXTIL

---~RADO

, o,; -

GEOTÊXTIL PLACAS

~.-_._..;,,,.......;..;;.....;....;...,;..;..,..;,...;···.;.;·-·-·-...,.;·,'-·~NGITUD I NAIS

az z

( . )

FIG. 5. 5 - ESQUEMAS GEOTÊXTIL

DE COLOCAÇÃO SOB ATERROS

DE MANTA

138

PARTE II - COMPORTAMENTO DA ESTRADA DE ACESSO INSTRUMENTADA

139

CAPITULO 6

CARACTER!STICAS GEOTtCNICAS DOS MATERIAIS ENVOLVIDOS

140

6 - CARACTERÍSTICAS GEOTÉCNICAS DOS MATERIAIS ENVOL

VIDOS

Neste capítulo sao apresentados resultados de en­

saios realizados tanto na fundação argilosa como no material

do aterro da Estrada de Acesso para a construção do Aterro II

do IPR. Características do geotêxtil utilizado sao também

apresentadas.

6.1 - RESUMO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS

DA ARGILA CINZA DO RIO DE JANEIRO

GEOTÉCNICAS

Foram vários os autores que apresentaram, até a pr~

sente data, trabalhos sobre as características geotécnicas da

argila mole no local da construção dos aterros experimentais

do Instituto de Pesquisas Rodoviárias, dentre os quais, podem

ser citados: Ramalho Ortigão (1975), Coutinho (1976), Costa

Filho et al (1977), Antunes (1978), Collet (1978), Ramalho

Ortigão (1980) e outros. Desses trabalhos, obtiveram-se as

propriedades da fundação argilosa para emprego no presente

trabalho.

O local em questão se caracteriza pela presença de

uma camada de cerca de lOm de profundidade de uma argila mole

de coloração cinza escura. Se situa no km 116.5 da Rodovia

Washington Luiz, margeando o rio Sarapuí. Na figura 6.1 apre­

senta-se, em mapa, o local da pesquisa.

Na figura 6.2 é apresentado o perfil geotécnico lo­

cal que é composto de uma camada de argila mole sobrejacente

a camadas de areia fina argilosa. Pode-se observar que os re-

141

sultados de SPT sao muito baixos ou nulos ao longo da camada

argilosa. O nível freático é influenciado pelas marés devido

ao local em questão se situar próximo à Baía da Guanabara e

ao rio Sarapuí. O nível d'água freático aflora à

do terreno.

superfície

A camada argilosa possui uma crosta superficial com

grande quantidade de matéria vegetal (até 2.Srn de profundida­

de). Nesta região, tanto o pré-adensamento corno a resistência

não-drenada parecem maiores corno .será visto posteriormente.

Na figura 6.3 apresentava-se a curva granulornétrica

do material da fundação onde se oberva estar cerca de 70% do

material dentro da faixa de argila (classificação da ABNT).

Na figura 6.4 estão surnarizadas as propriedades ge2

técnicas da fundação. Na figura 6.4(a) pode-se verificar que

a umidade varia entre 100 e 170% ao longo da camada. Na figu-

ra 6.4(b) apresenta-se a variação do peso específico total

com a profundidade. Seu valor vem sendo usualmente adotado co

mo constante ao longo da profundidade e igual ao valor médio

13.2 kN/rn3 . Na figura 6.4(c) são apresentados os resultados

de ensaios de palheta de campo ( Collet, 1978 ) . Nota-se o cres­

cimento da resistência não-drenada na superfície devido a

crosta já comentada anteriormente. Na figura 6.4(d) é aprese~

tada a variação da sensibilidade da argila com a profundida­

de. Verifica-se que tal valor é praticamente constante e igual

ao valor médio 2.59.

Na figura 6.5 é apresentada a história de tensões

da fundação argilosa. Verifica-se que a relação de pré-adens~

rnento é máxima na zona superficial (crosta) e diminui com a

profundidade.

142

Na figura 6.6 sao apresentados dados sobre o módu

lo de deformação obtidos em laboratório e através da retroaná

lise dos recalques do Aterro Experimental I. Tais valores re­

troanálisados estão representados em função do coeficiente de

Poisson admitido para a fundação.

Para maiores detalhes sobre estas e outras caracte­

risticas apresentadas, favor consultar as referências citadas

nas figuras ou o trabalho de Ramalho Ortigão (1980).

6.2 - CARACTERÍSTICAS GEOTtCNICAS DO MATERIAL DO

ATERRO

Os ensaios realizados com o material do aterro fo­

ram os indicados abaixo:

- Ensaio de Granulometria;

- Limites de Atterberg;

- Ensaios de Densidade In Situ;

- Ensaios de Compactação;

- Ensaios de Resistência ao Cisalhamento.

Através dos ensaios de granulometria constatou-se

ser o solo composto por partes praticamente iguais de argila

e areia e complementado, por menor quantidade, de silte. A

curva granulométrica obtida é apresentada na figura 6.7. Ova

lor médio da densidade dos grãos foi de G = 2.541.

Nos ensaios de limite de Atterberg, encontraram-se

os seguintes valores:

- Limite de Liquidez: LL = 49%

densidade

se um peso

143

Limite de Plasticidade: LP = 31%

- índice de Plasticidade: IP= 18%

Ao longo da estrada foram feitos vários ensaios de

in situ pelo processo do Frasco

específico médio de 20.5 kN/rn3 •

de Areia obtendo-

Através de ensaios de compactação Proctor Normal ob

teve-se para umida ótima do material o valor h t = 18.8% e pe o -

so específico seco máximo y = 16.4 kN/rn3 • A partir dos resul s -

tados acima, foi feita urna avaliação do grau de compactação

do trecho da estrada sob as rodas dos caminhões obtendo-se o

excelente resultado de 106%.

Urna série de ensaios de resistência do material do

aterro foi também procedida. As amostras ensaiadas foram mol-

dadas sob condições de umidade ótima e peso específico seco

máximo, características essas que estão, certamente, próxi­

mas às in situ.

Na figura 6.8 apresentam-se os resultados obtidos

nos diversos ensaios de compressão simples executados no mate

rial de aterro.

Através dos ensaios de cisalharnento direto realiza­

dos, também nas condições de umidade ótima_ e ~so específico seco

máximo, obteve-se a envoltória de ruptura de Mohr que aparece

na figura 6.9.

6.3 - CARACTERÍSTICAS DO GEOTfXTIL EMPREGADO

O geotêxtil utilizado ao longo das seçoes testes

foi do tipo não-tecido com fios de poliéster agulhados da mar

144

ca Bidim. Dois tipos de manta foram utilizadas, a saber: Bi­

dim OP-30 e Bidim OP-40.

Na tabela 6.2 sao apresentadas as características

físicas e mecânicas do geotêxtil fornecidas em catálogos do

fabricante. Tais catálogos, em geral, fornecem apenas inform~

ções gerais sobre o produto não se prendendo aos detalhes de

certas características que seriam importantes quando do seu em

prego como reforço. Não são fornecidas, por exemplo, informa­

ções à respeito do módulo de deformação (ou a curva tensão x

deformação) em condições de deformação.plana. Entretanto, o~

teve-se no catálogo da representante americana da marca Bidim

(Monsanto) um valor para o módulo de elasticidade de 55 kN/m.

Segundo o fabricante do produto, o geotêxtil em

questão e bastante resistente no que diz respeito à fluênc1a,

o que e característico das mantas à base de poliêster. A re­

dução da sua resistência devido ao contato com substâncias a­

gressivas (ácidos, bases, etc •.. ) em geral ê inferior a 6%.

Ainda, segundo informações obtidas no catálogo, esta marca de

geotêxtil não ê atacável por microorganismos.

Maiores detalhes sobre outras características de

menor relevância para o presente trabalho podem ser encontra­

dos nos catálogos da marca Bidim. Detalhes de confecção eco~

parações entre características mecânicas desse e de outros ti

pos de geotêxteis podem ser encontradas nos capítulos 2 e 3

do presente trabalho.

if ~-: I[ °i i.. . .li ,. · ...

LOCAL DOS ,,. · ·'·! ATERROS EXPERIMENTAIS' .

11· •. --:

145

PETIIÔPOLIS

. .

~~ - .. ·:··:~~-~~~;~·-·::f. ·, .. ··.·· BAIXADA ·: . .-fl.:UNlfWISE. • ·

., o ~

.· .. macocu

o

DC4LA IIW'ICA

FIG. 6.1- LOCALIZAÇÃO DOS ATERROS EXPERIMENTAIS DO IPR

ESC. GRÁFICA O I Z 5 4a

NT l•I s-z NA S•S

ARGILA MOLE "

..

FIG.6.2 - PERFIL GEOTÉCNICO DA FUNDAÇÃO - APUD RAMALHO ORTIGÃO (1980)

147

-'-' ..... 'i:l' 1 = i (ASTM) ,~ ARGILA SILTE AREIA FINA • (ABNT).-~---"'.:..:..:.:::..:_ __ -1-~---=-='-'=-------t-------~- ·

~ e;

1 i ili l!I

~ z ... ()

"' Ili ...

100+1--1---.....__....._..._._......_.'-'-t"_--'_...._..__._._ .......... -t-;;;::::::--...... -.\

80

60

20

O AMOSTRA LAVADA NA #200 E SECA AO AR

e AMOSTRA SECA EM ESTUFA E DESTORRQADA

PROFUNDIDADE OAS AMOS'lftAS • 7.0 A 7.11 •

o +---+---,,--.....-.....-.,...... ....... ..+---,-.....-..,.... ............... r1---,--....--4 0.001 O.OI 0.1

DIÂMETRO DAS PARTI CU LAS (mm)

, FIG.6.3- CURVAS GRANULOMETRICAS DA ARGILA CINZA DO RIO DE

JANEIRO - APUD RAMALHO ORTIGÃO ( 1980)

o

2

Ê• -N .... 3• 15 ! ~. a: ...

12

LL,LP,11 ('li,) Õ(KN~ Su(KN/nf) SENSIBILIDADE

"" KlO ISO 200 12 13 t 14 o • 10 '" 20 o • • • LP LL li ..... ,. . ,,,.,,. • / • CXX> ......... -• 2 2 ,. .. •• ~ •

• aod·• • Su =3.9 +0.9Z (KN,ln2, • 1 - .. ]. • - .!• &• • N N • N

.... .... ; . • i• ~. 15 • a • o ! z

~ 1 · .. o. o. f

a: . \ ... ... 1 o ,

10 10 ~ 10

• l:5+=12.0+0.18Z 00 • Su = 0.59 +0.43Z (KN/J)

2.59:!:0.69

amolgado 12 12

ESPECIFICO Su ,

LIMITES DE ATTERBERG PESO ATRAVES DE ENSAIOS DE TOTAL 111

PALHETA DE CAMPO

(a) ( b) (e) (d)

FIG.6.4- RESUMO DE PROPRIEDADES GEOTÉCNICAS DA ARGILA CINZA DO RIO DE JANEIRO - APUD RAMALHO ORTIGÃO. (1980)

• •

1-' .,,. o:,

2

PAESSÁO EFETIVA VERTICAL (KN/m~ 10 20 'º 40 ..

"f :\ ._ ii • 10.!5 + 3.9 Z (KNfiri '\

VIII • rnedlo

00

]4+---.,._---1--'..'"<--r,--t------t-~ N

1· l•-t-~~~-t-->,-~-+---t~~-,~-i-~

' . .._

~• 3.2Z (KN/nO

12-L-----'-----'------~~

HISTÓRIA DE TENSÕES

2 3 4 5 º·.....---'------1--~--+-----i

12 L-----''------J---'

VALORES DE OCR

CRI%)

'° 40 "" º'+--~-----i

12.~~--~ PAl'IÂMETRO Cl'I • Cc /(l+e

0)

0 Vll'l•M"

2

SR(%)

• .~. • 1 •

1 ••

• • 1 ·1· •• • 1

T

1 • '.! +t--+-~·..-"":;· :t------i N I • • ... .. 1 i· 1.. • 1 ~ 1~ 1 f • -j---------,,----i-::-.--,.--1

10

• 1 -1

SR•8±0.8

PARÂMETl'IO Sl'I • Ca/(1 + e01 "INCHAMENTO"

FIG.6.5- RESUMO DE RESULTADOS DE ENSAIOS OEDOMÉTRICOS NA ARGILA CINZA DO RIO DE JANEIRO - APUD RAMALHO ORTIGÃO (1980)

Ê

,.:.,

o o

2 .

4

.. Ili 6 o ~ õ z ::, ... li! B ...

10 >·

12

1000

O 00 :JO

o p

~ ~ o

( o o

\

150

MÓDILO DE ELASTICIDADE E (KN/m2J

2000 3000 4000 5000 ' . .

SIMB. MÓDULO E

1 OBTIDO POR RETROANÁLISE 1

1 DOS RECALQUES EMPREGANDO-

1 SE A TEORIA DA ELASTICIDA-

1 DE E CORREÇÃO DE DAPPOI..ONIA

1 oi ai (1971) E ADOTANDO-SE

1 ~ =0.5

1 IDEM, COM ~=0.4 . .. .

1 1 ---- IDEM, COM ~=0.3

.1 ENSAIOS UU 11138 mm ( APIJD COSlll 1 o

Fªet ai, 1977) 1 1 • ENSAIOS UU 111100 mm

1 1

o:\ 1 OBS , Eu DOS ENSAIOS CORRESPONDENTE A 1 UM NIÍ/EL DE TENSÕES DE 50 % . .

~ ' •1 1 I• • 1

' 1 r-- FAIXA DE VALORES DE Eu DE ENSAIOS TRIAXIAIS

cKoli-c e CIU-C

1

FIG. 6.6 - DADOS SOBRE O MÓDULO DE ELASTICIDADE DA FUNDAÇÃO -APUD RAMALHO ORTIGÃO (1980)

ABNT-

o

o

2 o

c:t 30 e 1-UJ 40 a::

:E UJ

"'

50

c:t 60 1-z w· 70 u a:: ::'. 8 -

90

ARGILA S t LTE ------~ AREIA FINA --+-~ AREIA MÉDIA --+AltEIAGFIC85ui-1--

PENEIRAS N2 270 200 140 100 60 50 40 30 20 16 10 4

1 1 1 1 1 1 i.--1 1 1 ~ 1 1 '

1 1 '

1 1

1 ... ~ 1 1

... 1 1 1.,.,,,-' .... 1 1 ' 1 ,......1

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' ... ~ 1 1 ... ~ 1 1 1 ~ .... 1

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............... 1 1 1 1 1

1 1 1 1 1

1 1 1 1 1

1 1 1

1 1

1 1 1

1

1 1

11 ' 1 1

1

1

' 1

O.OOI 0.005 O.OI 0.05 0.075 0.15 0.3 0.42 0.6 1.2 2.0 4.8

DIÂMETRO DAS PARTICULAS mm

FIG.6.7 - CURVA GRANULOMÉTRICA DO MATERIAL DO ATERRO

DA E S T R A D A D E A C E S SO

PEDREGULHO 3 '8' 1,2" 3 '411

111

1 1 1 ' ' 1 1 ,. 1

1 1 1 1 1 ' 1

' 1 1 1

1

1 1 1 1 1 '

1

1 1

1 1

li 1 1 1 1 '

'1 1

1: 1 1

1

'1 1 1 1

1 1 1

't 1 1 1

1; 1 1

I' 1 1 1

100

90

80

o o

70 z .. (/) (/)

60 ';_

50 ::I! L,J

"' .. 1-

40 z L,J

u o:

30 L,J

a.

20

1 o \1

1! ' ' ' 9.5 19 25 O

.... Ul ....

FIG.6.8

80

60

b

...J .. :i;

a: o 4 z

15 2

,,.--- .........

,,.- ' / \ , \

? e ~NSAIOS COM UMIDADE

o , .. V> z

// }co NVENÇÕES' \,

/ 6 OTIMA(h,IB.8%) \

J1 O > ENSAIOS COM UMIDADE 1. j ~ J DE 14 %

~ 20 ;

" o

O.O 2.0

- ENSAIOS ATERRO

150

N

E

' !100

"' t-z • .. :,: ...J .. V> 5 u o , .. V> z ..,

>/ _,,/

t- o o

4.0 6.0

a - ENSAIO COM UMIDADE DE 22 %

e.o IQO 120 14.0 16.0

DEFORMAÇÃO E ( % )

DE COMPRESSÃO SIMPLES NO MATERIAL DE DA ESTRADA DE ACESSO

/

A/A

50

TENSÃO

ENVOL TÓRIA OE RUPTURA DO MATERIAL DO ATERRO DA ESTRADA DE ACESSO

/ . ,L -EN VOL TORI A DOS ENSAIOS

/ DE INTERFACE SOLO x V~o GEOTÊXTIL (ESTRADA DE

/ ACESSO)

100 150 200

NORMAL O" ( KN/ m2 )

FIG.6.9 ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO: RESISTÊNCIA DO MATERIAL DO ATERRO E RESISTÊNCIA DE INTERFACE

153

TIPO DE GEOTÊXTIL

CARACTERISTICAS OP -30 OP-40

DENSIDADE SUPERFICIAL ( Q / m ) 300 400

COMPRIMENTO DA MANTA ( m ) 210 150

LARGURA DA MANTA ( m ) 2.15 2.15 4.30 4.30

, 1.35 1. 29 PESO ME 010 DA BOBINA ( K N )

2. 70 2.5B

ESPESSURA DA MANTA (mm ) 3.5 3.8

• ' RESISTENCIA A T R A ÇAO 0.80 1.05

MO NO DIRECIONAL (KN/5cm)

DEFORMAÇÃO NA RUPTURA 50 -70 50-70

MONODIRECIONAL ( %)

RESISTÊNCIA ' A T RAÇAO 23 31

BIDIRECIONAL ( KN / m )

DEFORMAÇÃO NA RUPTURA

BIDIRECIONAL ( % ) 27 -30 27-30

' PENETRAÇÃO 1 N DICE DE 1. 3 0.8

RESISTÊNCIA AO ESTOURO 3000 3000 ( KN / m2 ) .

RESIST ENCIA AO RASGO

EM FORMA DE ASA ( N ) 180 2 70

TABELA 6.1 -CARACTER(STICAS MECÂNICAS DO

GEOTÊXTIL EMPREGADO

154

CAPl"TULO 7

DETALHAMENTO DAS SEÇÕES INSTRUMENTADAS

155

7 - DETALHAMENTO DAS SEÇÕES INSTRUMENTADAS

Neste capitulo sao apresentadas e detalhadas as se

çoes instrumentadas para a verificação do comportamento das

mantas geotêxteis instaladas na Estrada de Acesso para a cons

trução do Aterro II da Pesquisa de Aterros sobre Solos

pressiveis do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR).

Com-

Foram estudadas, ao todo, 6 seções do aterro, empr~

gando-se dois tipos de geotêxtil Bidim, a saber: Bidim OP-30

e Bidim OP-40. As características mecânicas desse geotêxtil

foram apresentadas em capitulo anterior. Nas seções instru­

mentadas tentou-se, dentro do possível, instalar a manta das

maneiras indicadas no capitulo 5 (ver figura 5. 5) .

Duas das seçoes instrumentadas nao contêm geotêx-

til, para servirem de referência para comparações. Todavia,

uma destas seções, a de número 3, foi acidentada logo apos

a sua instalação tendo sido, então, abandonada. As denomina­

çoes e características das seções são apresentadas abaixo:

S-1 Seção com Bidim OP-30 simplesmente

sob a plataforma da estrada;

S-2 Sem geotêxtil;

colocado

S-3 Sem geotêxtil. Inutilizada, por acidente,logo

apos a passagem do aterro;

S-4

S-5

Seção com Bidim OP-40 simplesmente

sob toda a base do aterro;

colocado

Seção com Bidim OP-40 ancorado

(ver figura 5. 5 (d));

internamente

S-6 Seção com Bidim OP-40 ancorado externamente.

156

Na figura 7.1 é apresentada a planta da Estrada de

Acesso com a localização das seções instrumentadas.

Nas figuras 7.2 a 7.6 são detalhadas as caracterís­

ticas geométricas e a instrumentação instalada nas seçoes tes

te. Maiores detalhes quanto ao projeto de instrumentação e a

instrumentação utilizada serão fornecidas em capitulo poste­

rior.

Na seçao S-6 tentou-se obter uma maior solicita­

çao da manta através de ancoragem externa, como mostra a fig~

ra 7.6. A tentativa de ancoragem externa apresentadas nesta

figura, se deveu ao fato de que a seção apresentada na figura

5.S(e} se tornar muito difícil de instalar devido às

çoes superficiais do terreno.

condi-

Deve-se frisar que na construção da estrada nao fo-

ram dispensados maiores cuidados quanto à execução, isto é, o

material do aterro era lançado,espalhado pelo trator (modelo D-4)

e compactado pelo próprio tráfego do trator e dos caminhões

carregados. Deste modo, tem-se um teste bastante rigoroso e

realista da aplicação de geotêxteis a esse tipo de obra.

Embora houvesse a intenção de se instrumentar se­

çoes com alturas menores (30 ou 40cm, por exemplo} isso nao

foi possível por terem sido observadas excessivas deformações

verticais devidas ao peso de trator (que é mais leve que os

caminhões carregados} nas primeiras camadas de aterro espalh~

das.

Nos capítulos posteriores sao dados maiores deta-

lhes sobre a instrumentação utilizada e o seu comportamento.

\ RIO SARAPU(

"-------------RODOVIA WASHINGTON LUIZ

CANAL DE DRENAGEM

ESTRADA DE

" 18 19 20

SI S2 S3 S4 S5 S6

l'Ç_ -- --------------------------' 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1: I I ATERRO lI: I 1 I 1 1 ~ -=- = = _- ....::.-_---_-.::: .:::-_-------_ ---_-=- -=- =- -=----_--= ~

ESCALA GRÁFICA O 20 40m

ATERRO I

FIG. 7. 1 - P L A N T A DA ESTRADA DE ACESSO - LOCALIZAÇÃO DAS SEÇÕES INSTRUMENTADAS

,..., U1 -.J

1.50

l/1~ ,,,, ' '

~ 1.10 1.20

FIG. 7.2- DETALHAMENTO

7.00

4.00

ESTRADA DE ACESSO

1.20 1. 75

1.50

1.75 J ESCALA GRÁFICA,

O.O 1.0 2.0m

o ., o

DA SEÇAO S-1 - BIDIM OP -30 SOB A PLATAFORMA

7.00

1.50 4.00

ESTRADA OE ACESSO

1.10 1.20 1.20 1.75

FIG. 7.3- DETALHAMENTO DA SEÇAO S-2- SEM

1.50

1. 1.75 - j ESCALA GRÁFICA,

O.O 1.0 2.0m

. G EOTEXTIL

o <O ó

11; \ ,;~,

7.00

1.50 4.00 1.50

ALVOS MAGNÉTICOS

ESTRADA DE ACESSO o (1)

o

1/f.:..Y.. f\'\ " ,, 'j, {\ "' ~,

f-'

"' 1.10 1.20 1.20 1. 75 1.75 o

ESCALA GRÁFICA,

o.o 1.0 2.0m

------

FIG. 7.4 - DETALHAMENTO DA SEÇÃO S-4-BIDIM OP-40

7.00

1. 50 4.00

0.75 1.20

ACESSO

J!. y11 ~\:7 ,, ,,

1.10 • , 1.20 1.20 1.75

1.50

1.75

'

ALVOS MAGNÉTICOS COSTURADOS NA MANTA

o CD

ci

!'; ~\ '\\

ESCALA GRAFICA,

O.O 1.0 2.0m

FIG. 7.5 - DETALHAMENTO DA SEÇAO S-5 - BI OI M OP - 40 ANCORADO INTERNAMENTE

ALVOS MAGNÉTICOS COSTURADOS NA MANTA

ESTACA DE PERÓBA ( 100 mm x 100mm x 6.0m )

o 1D ..:

1.50

ESTACA DE

7.00

4.00

ESTRADA DE ACESSO

PERÓBA ( 100mm x 100mm)

1.50

ALYOS MAGNÉTICOS SOLTOS

ESCALA GRÁFICA,

o.o 1.0 2.0m

o a,

ci

/, : ,· 1 ''

GEOTÊXTIL PRESO ÀS ESTACAS COM PREGOS

FIG. 7.6 - DETALHAMENTO DA SEÇÃO S-6 - BIDIM OP-40 ANCORADO EXTERNAMENTE

16 3

CAPITULO 8

PROJETO DA INSTRUMENTAÇÃO E INSTRUMENTOS

UTILIZADOS NA ESTRADA DE ACESSO

164

8 - PROJETOS DA INSTRUMENTAÇÃO E INSTRUMENTOS UTILI

ZADOS NA ESTRADA DE ACESSO

Neste capítulo sao apresentados e comentados o pro­

jeto da instrumentação e os instrumentos utilizados neste tra

balho.

8.1 - PROJETO E INSTALAÇÃO DA INSTRUMENTAÇÃO

A instrumentação da estrada de acesso constou dos

seguintes instrumentos e finalidades:

- Placas magnéticas do extensômetro magnético hori

zontal para a medição dos deslocamentos horizon­

tais superficiais do terreno;

- Alvos magnéticos costurados na manta de Bidim

(quando presente na seção) para a obtenção das de

formações horizontais no geotêxtil;

Tubos para a passagem dos torpedos do extensôme­

tro magnético horizontal e do medidor contínuo de

recalques (Perfilômetro).

Quanto a disposição típica ao longo da seçao, tal

pode ser visto na figura 8.1.

Foi utilizado o mesmo tubo para o acesso dos torp~

dos do extensômetro .magnético horizontal e do perfilômetro,

tubo este de PVC com 50mm de diâmetro para esgoto. Esse tubo

mostrou-se suficientemente flexível para a medição dos recal­

ques. Cada peça de tubo (com 3m de comprimento) foi ligada a

outra através de juntas telescópicas feitas com tubos de PVC

rígido, marrom com 60mm de diâmetro. As características geo-

165

métricas da junta sao apresentadas na figura 8,l(c).

A escolha de juntas telescópicas para a solidariza­

çao do tubo parece ser a mais indicada devido a possibilitar

a movimentação dos tubos de acesso sem acréscimo significati­

vo de tensões de tração aos mesmos que, sem dúvida, surgiriam

se tais peças fossem soldadas urnas as outras corno usualmente

o são em encanamentos. A rigidez da solda pode provocar o sec

cionamento do tubo quando ocorrem grandes deslocamentos.

A instalação do tubo de acesso para as medições foi

feita da seguinte maneira: primeiramente procedeu-se à remo­

ção da matéria vegetal superficial; a seguir, abriu-se urna ca

va com cerca de 30cm de profundidade; em separado eram monta­

dos os tubos, juntas e placas; o conjunto era, então, inseri­

do na cava e a disposição das placas era confirmada; o rnateri

al escavado era recolocado sobre o conjunto instalado

corno a matéria vegetal.

assim

Na montagem dos tubos e juntas tornava-se o cuidado

de, após a colocação da junta, solidarizá-la ao tubo com fita

adesiva para evitar que a mesma corresse quando da instalação

do conjunto. Havia, também, na extremidade de cada tubo de

acesso, marcas indicando a posição correta da junta telescópi

ca.

Os alvos magnéticos instalados para a obtenção das

deformações horizontais da manta foram imãs circulares (ver

figura 8 .1 (d) , em .forma de anel, pelo interior dos quais e

possivel passar um tubo flexivel de PVC com 40mm de diâmetro

para o acesso do torpedo magnético. Os imãs foram solidariza­

dos à manta através de costura com linha idêntica à empregada

para fazer emendas no geotêxtil utilizado. Este trabalho foi

166

feito antes da colocação da manta. Após a costura de todos os

irnãs, as distâncias entre os mesmos foram medidas para efeito

de leituras iniciais.

A junta telescópica utilizada na junção das peças

de tubo PVC para as medições na manta obedeceu ao mesmo fun­

cionamento indicado na figura 8.l(c). O tubo empregado na ju~

ta foi de PVC rígido marron com 50mm de diâmetro. Os cuidados

dispensados para a perfeita instalação da junta, nestes casos,

foram os mesmos já descritos anteriormente.

Quando o aterro estava prestes a atravessar a seçao

instrumentada, antes disso ocorrer, os tubos eram cobertos

com material do aterro, manualmente, para protegê-los e evi­

tar que os mesmos pudessem ser danificados pelo impacto com

alguma pedra.

Imediatamente antes e imediatamente após a coloca­

çao do material do aterro eram feitas várias leituras com to­

dos os instrumentos utilizados. Verificou-se que nao seria

correto tomarem-se corno leituras iniciais as leituras feitas

antes da colocação do aterro devido a esta colocação provocar

grandes deslocamentos horizontais nas placas de extensómetro

magnético horizontal e grandes deslocamentos verticais no tu­

bo de acesso para a medição dos recalques devido ao assenta­

mento provocado pelo peso do aterro e do trator. Por esse mo­

tivo, as leituras iniciais foram tornadas como sendo as feitas

imediatamente após a colocação do aterro sobre a instrumenta

çao.

167

8.2 - DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Neste item sao apresentados e descritos os instru­

mentos utilizados nas seções testes. são discutidos os princi

pios de funcionamento e a acurácia(*) dos mesmos.

8.2.1 - EXTENSÕMETRO MAGNfTICO HORIZONTAL

A medição dos deslocamentos horizontais do solo po­

de ser conseguida através da utilização de um conjunto de pl~

cas magnéticas e de um torpedo (ou sensor) magnético. o torp~

do tem em seu interior um contato elétrico que se fecha quan-

do da ação do campo magnético do imã. Isso faz com que haja

passagem de corrente elétrica pelo fio que une o torpedo à

unidade de leitura provocando o disparo de um alarme sonoro

presente nesta unidade. Isso pode ser visto na figura 8.2.

Na placa de concreto construída a uma certa distân

eia dope do aterro de maneira a não sofrer a influência de

movimentação deste, e parcialmente embutido um imã de referên

eia para as medições. Ã medida que o torpedo vai sendo intro­

duzido no tubo pela corda puxada pela outra extremidade, vao

sendo feitas leitura na trena presa ao torpedo em relação à·

boca do tubo de acesso a cada disparo do alarme. Como a dis-

tância da boca do tubo ao imã de referência também é tomada

dessa maneira, a diferença entre a leitura na trena para uma

placa qualquer e a leitura para o imã de referência possibili­

ta a obtenção da distância da placa em questão ao imã de refe

NOJ'A: C*L - OS termos utilizados neste trabalho para caracterizar a ~ !idade das leituras feitas por um instrumento (acurácia, pr~ cisão, repetibilidade, etc ... )tem o significado dado por Dunniclif (1971).

168

rência, que é admitido como indeslocável. O acompanhamento da

evolução dessa distância em relação à distância inicial permi

te obter os deslocamentos horizontais da placa. Assim, é pos­

sível obter-se a deformação horizontal da fundação entre duas

placas magnéticas seguidas, pela diferença entre as distân­

cias atual e inicial entre estas duas placas dividida pela

distância inicial.

No que diz respeito aos fatores que podem conduzir

a erros de leitura com este instrumento, pode-se enumerar, co

mo os mais comuns, os seguintes:

1 - A distância da boca do tubo de acesso ao1 imã de

referência é insuficiente, podendo ocorrer er­

ros na leitura devido à curvatura-da trena caso

esta passe pelo imã na sua posição elevada. Há,

também, neste caso, a influência inconveniente

do fio do torpedo. Para minimizar esse efeito,

recomenda-se um comprimento lb

(b)) não inferior a 60cm;

(ver figura 8.2

2 - A trena se enrosca no torpedo ou em torno do

fio fazendo com que se mascare a verdadeira medi

da. Isso é comum quando se utiliza trenas de p~

no ou fibra de vidro. Para evitar isso, recomen

da-se a utilização de trena de aço;

3 - O alarme dispara mais de uma vez, para um só

imã, quando da passagem do torpedo. Isso ocorre

em ímãs com maior intensidade de imantação. De­

ve-se então, a título de sistemática, fazer-se

a leitura cuidadosamente sempre ao primeiro to­

que do alarme sonoro;

169

4 - Há o deslocamento da boca do tubo de acesso no

meio de uma leitura. Isto pode ocorrer quando

há uma junta telescópica relativamente próxima

à boca do tubo. Este tipo de erro pode ser evi­

tado verificando-se a sua possibilidade de ocor

rência antes de se começarem as leituras em um

tubo.

O extensómetro magnético horizontal ao longo das v~

zes e que foi utilizado em medições de deslocamentos (ver,por

exemplo, Ramalho Ortigão, 1980 e Coutinho, 1980)) tem se mos­

trado bastante acurado - acurácia da ordem de 2mm - e tem

sofrido desenvolvimentos constantes no Instituto de Pesquisas

Rodoviárias para melhorar cada vez mais o seu desempenho.

8.2.2 - PERFILÕMETRO DE RECALQUES

Um instrumento para medição de perfis de recalques

foi desenvolvido no Instituto de Pesquisas Rodoviárias para

emprego em obras sobre solos moles. Tal instrumento se apli­

ca especialmente ao caso estudado no presente trabalho, uma

vez que a utilização de outros instrumentos para este fim

(placas de recalque, por exemplo) seria bastante dificultada

devido ao constante'tráfego de veículos pela estrada. Na figura

8.3 é apresentado, de maneira esquemática, o perfilÔmetroIPR.

O instrumento funciona da seguinte maneira: o pai­

nel (ver figura 8.3) é ligado ao torpedo através de um tubo

de plástico flexível 9.00mm de diàmetro que tem no seu interi

or outro tubo plástico com 3.2mm de diâmetro; o tubo de 3.2mm

liga o manômetro de mercúrio e a bomba de pressão manual do

170

painel a uma bo.lsa de borracha existente no interior do torp~

do; ao longo de todo o tubo de 3.2mm e na bolsa de borracha

existe ar; entre a parede externa do tubo de 3.2mm e a pare­

de interna do de 9.0mm existe água desaerada que liga o inte­

rior do torpedo à bureta graduada no painel.

Para medir-se a posição do torpedo, o procedimento

e o seguinte:

1 - Posicionado o torpedo no ponto onde se deseja a

medida, são abertas as válvulas da bureta e do

manômetro de mercúrio mantendo-se fechada a vál

vula da bomba manual de pressão;

2 - Aumenta-se gradativamente a pressão do ar atra

ves da bomba manual de pressão. Esse aumento

vai sendo acusado no manômetro de mercúrio;

3 - Quando a pressao do ar se iguala à pressao devi

da à altura de coluna d'água H, a bolsa de bor­

cha começa a se expandir fazendo com que o ní­

vel d'água na bureta se mova ascendentemente;

4 - Quando o nível d'água na bureta se estabiliza

num ponto cuja variação de volume d'água deslo­

cada é igual ao volume da bolsa, sem estar tra­

cionada, faz-se a leitura da bureta graduada e

do desnível de mercúrio. Nestas condições, a al

tura H é calculada pela expressão:

H = :y Hg .y H2ü

onde:

( 8 .1)

H = distância, sob a vertical, entre o nível

d'água na bureta e o torpedo;

171

hHg = desnível no manômetro de mercúrio;

YHg = peso especifico do mercúrio;

YH O= peso especifico da agua. 2

Para a obtenção da cota em que se encontra o torp~

do, deve-se ter um ponto do painel nivelado topograficamenta

Assim, se esse ponto de referência está abaixo do nível d'água

da bureta, a cota do torpedo é dada por:

CT = CR + d - H (8.2)

onde:

CT cota do torpedo;

CR =cotado ponto de referência obtida através de

nivelamento topográfico;

d = distância entre o nível d'água da bureta e o

ponto de referência;

H = altura de coluna d'água calculada pela expre~

são 8.1.

Desde que a bureta esteja bem fixa no painel, é con

veniente, por simplicidade nos cálculos, que o ponto de refe­

rência seja um valor da graduação da bureta (o menor, que em

geral é o zero).

O PerfilÔmetro foi testado em laboratório e no cam

po com o intuito de avaliar a sua acurácia (Palmeira & Ramalho

Ortigão, 1980). No laboratório, os testes consistiram em me­

dir a altura H de coluna d'água através do aparelho e compa­

rar essa medida ao valor medido através de uma trena milime­

trada. O esquema do teste é apresentado na figura 8.4. Na fi­

gura 8.5 apresentam-se os resultados destes testes em labora-

172

tório. Verifica-se, por esta figura, que o erro apresentado

pelo instrumento não parece variar com a altura H. Obteve-se,

nesses ensaios, um erro médio de -3.8mm e um desvio padrão de

10.2mm. O erro médio deveria ser nulo. Entretanto, verificou-

se (Palmeira & Ramalho Ortigão, 1980) ser bastante provável

que esse valor negativo encontrado se deva ao fenômeno de ca­

pilaridade durante o processo de medição.

A temperatura é um dos fatores que afeta a leitura

deste instrumento. Isto se deve ao fato da relação YHg/ Y H 0 2

variar com a temperatura, como mostra a figura 8.6. Tal erro

(da ordem de no máximo 2.5mm por metro de coluna d'água medi­

do), entretanto, não é significativo em presença de outros fa

tores. Isso se deve ao fato dos valores de H medidos serem p~

quenos (da ordem de lm) e das características climáticas usu­

almente encontradas no Brasil. Os erros relevantes sao devi­

dos à sensibilidade do manômetro de mercúrio e ao enchimento

excessivo da bolsa de borracha. Um erro de 1mm na leitura do

manômetro de mercúrio acarreta um erro da ordem de 13.6mm no

valor de H (yHg = 13.6 y820

). Um erro no enchimento da bolsa

de borracha pode acarretar erros bem maiores nos valores de H.

Todavia, o erro no enchimento pode ser evitado com uma medi­

ção cuidadosa. Erros podem surgir, também, quando ocorrem va

zamentos na tubulação do aparelho, motivo pelo qual

da-se a manutenção periódica do instrumento.

recomen

Para exemplificar o desempenho do Perfilômetro no

campo, pode-se citar o aterro teste levado à ruptura no local

da Barragem de Juturnaíba. (Coutinho, 19 80) próximo a Ararua­

ma-RJ. Nesta obra pode-se comparar os resultados obtidos com

o Perfilômetro com outros instrumentos para a medição de re-

173

calques como, por exemplo, as placas de recalques. Na figura

8.7 apresenta-se a seçao transversal do aterro com os desloca

mentos verticais obtidos pelo Perfilômetro, pelas Placas de

Recalques e Marcos Superficiais ao longo aos diversos está-

gios de carregamento. Depreende-se desta figura a excelente

concordância entre os resultados dos dois primeiros instrumen

tos exceto, no que diz respeito à placa PLl (ver figura 8.7),

para os Últimos estágios. Todavia, verificou-se (Palmeira &

Ramalho Ortigão, 1980) que tal diferença se deveu à pouca acu

rácia desta placa motivada pela sua proximidade do talude ju­

sante e do tráfego de caminhões que traziam material para a

execuçao do aterro. Na figura 8.8 apresenta-se a comparaçao

entre os resultados obtidos pelo Perfilômetro e, pelas Placas

de Recalques instaladas no trecho central do aterro (PL2 e

PL3 na figura 8.7) e, por isso, menos afetadas pela movimenta

çao lateral das extremidades do aterro. Verifica-se que, nes

se caso a concordância é excelente.

Como pode ser visto, a acurácia apresentada pelo

Perfilômetro (10.2mm para um nível de confiança de 67%)é bas

tante boa para o tipo de obra a que se propõe, onde os recal­

ques chegam a atingir centenas de milímetros. O único inconve

niente inerente ao aparelho é a necessidade do operador ser

um técnico de bom nível, bem treinado e conhecedor dos fato­

res que influenciam o comportamento do instrumento.

Nos capítulos seguintes são apresentados e discuti

dos os resultados obtidos pela instrumentação instalada na es

trada de acesso para o Aterro II.da Pesquisa de Aterros sobre

Solos Compressíveis do Instituto de Pesquisas Rodoviárias.

, ALVOS MAGNETICOS

COSTURADOS NA MANTA(CASO EXISTA)

1.50m

BASE DE REFERÊNCIA

4.0m

DETALHE OA PLACA MAGNÉTICA ( MATERIAL, MADEIRA)

VISTA FRONTAL CORTE

1.50m

.· -~ ,

.\ :' GEOTÊ ''

PLACAS PARA MEDIÇÃO DE DESLOCAMENJOS HORIZONTAIS DA FUNDAÇAO

( a )

7.0m

4.0m

DETALHE DA JUNTA TELESCÓPICA

• • o IMÃ? CI RCIJLAR -t-

-+ 's,""" " N

( b ) ( e )

TUBO DE ACESSO 050 mm

1.50m

TUBO DE ACESSO 040mm PARA OS

I MÃS DA MANTA ( CASO EXISTA)

CORDA DE

p~

JUNTA TELESCÓPICA

DETALHE DOS ALVOS ,

MAGNETICOS DA MANTA

VISTA FRONTAL CORTE

~ GEOTEXTIL

CIRCULAR

'~ ,-----1~""-pc ;-i COSTURA

( d )

FIG.8.1- DETALHAMENTO GERAL DA 1 NSTRUMENTAÇAO UTILIZADA

; .. ó

FIO

/RENA

' € COAXIAL

"

SISTEMA DE

ALARME

TORPEDO

/

F ~ },

CONTATO ELETRO- MAGNÉTICO

(o)TORPEDO E PLACA

.. ;., ·.,~-··~·/.".o.:~-' o

TRENA

TUBO-GUIA

MAGNETICA

. (b) ACESSÓRIOS NA BASE DE REFERENCIA

A • FIG. 8.2 - COMPONENTES DO E X TENSO METRO MAGNETICO

PLACA

TORPEDO

CORDA DE PUXAR

IMÃ CIRCULAR

DE REFERÊNCIA

GUIA

HORIZONTAL

1--' -.J V1

VÁLVULA

BURETA

•• : • ' • : •• :· ,J -~ ••• --~ ;·:

H ... ' . '('}\ : >)\t•~· .... ·i:\ : : é>.'

--

MANÔMETRO DE NERCÓRIO

IOMBA MANUAL OE PRESSÃO

r· 1

1 ---··-··-- .. ---Í

~--·

H TORPEDO

BOLSA OE BORRACHA

CORDÃO

AG. 8.3- PERFILÔMETRO DE RECALQUES IPR - APUD RUMEIRA a RAMALHO ORTIGÃO (1980)

177

-

~---TRENA NIUNE~

TORPEDO 11E7--~-FIG. 8.4 - ESQl.EMA DOS TESTES COM O PERFILÔMETRO EM

LABORATÓRIO - APUD PALMEIRA a RAMALHO ORTIGÃO (1980)

-• 1 -o a: a: Ili

70

80

"º 40 • 30

20 • ••

S • DESVIO PAQIIÃO • 10.2 ••

o 0.5

'·º , .. H (a)

• IOLSA COM J(GIJA

z.o

FIG.8.5 - DESEMPENHO DO PERFILÕMETRO EM LABORATdRIO - APUD PALMEIRA a RAMALHO ORTIGAO ( 1980)

1-' -..J 00

o ·,t•

lC

1 79

13.6000,+---+------+------t-t----------j

13.5900 +---+------+---f---j-------J

;;: 13.5800 +---1-------L-------+-----;

VALOR MÍNIMO DA RELAÇÃO tf /-ri 13.5700 +-=~::!'-====--=-==-=-=--=t-=.::::-=-=--- Ha "e°

13.5600 +----1------+------t----' 15° 20° YJ0 40•

T(ºC)

FIG.8.6 - VARIAÇÃO DE ti l°t5. 0

COM A TEMPERATURA- APUD Ht "z _

PALMEIRA a RAMALHO ORTIGAO (1980)

-., Ili :,

i a::

180

12.0~-----------------------------;

H•l,ÕM

100 CONVENÇÕES,

- PLACA DE RECALQCJE -o- PERFIL.&IETRO

-<r MARCO SUPERFICIAL

O 2 4 ••

1-1•4.0•

H•S.0•

ALn.RA DO ATERRO (mi

FIG.8.7- COMFAAACÃO ENTRE OS RECALQUES MEDIDOS COM O A

PERFILOMETRO · E OUTROS INSTRUMENTOS EM JUTURNAÍBA - APUD PALMEIRA a RAMALI-k) ORTIGÃO ( 198Q

ALTURA DO ATERRO ( m) ALTURA DO ATERRO ( 11)

LO 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 o 1.0 20 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 o k:::---'---'---+----'---'---;----'-,

~ o

100 100

- -a 200 E - ~ ~ 300 11-~r-LJ

I 2QO -... ::, o 300 ..J e e., ... a:

500 .ÔNdl'RO

FIG. 8.8- COMPARACÃO ENTRE OS RESULTADOS DO PERFILÔMETRO E DAS PLACAS

PL2 E PL3 EM JUTURNAÍBA - APUD PALMEIRA a RAMALHO ORTIGÃO (1980)

>-' ())

>-'

182

CAPITULO 9

SOLICITAÇÕES IMPOSTAS Ã ESTRADA DE ACESSO

183

9 - SOLICITAÇÕES IMPOSTAS Ã ESTRADA DE ACESSO

Neste capítulo sao avaliados os esforços atuantes

sobre a estrada de acesso oriundos do tráfego de veículos car

regados.

O material de aterro para a construção da estrada

foi trazido em caminhões basculantes de eixo traseiro simples

e rodas duplas. Para o espalhamento do material, foi utiliza-

do um trator da marca Caterpillar Modelo D-4. A capacidade

dos caminhões empregados na obra era de 6m3 e o peso dos cami

nhões descarregados era de 16 kN.

A maneira mais correta e precisa de avaliar o peso

real dos veículos, nas condições expostas no parágrafo anter!

or, seria obter-se a média de uma amostragem de peso total de

caminhões carregados. Todavia, não havia condições técnicas

ou econômicas de se proceder à pesagem de caminhões. Assim,

restou a tentativa de avaliar a carga total através do conhe

cimento de peso específico do material transportado e de volu

me dos caminhões.

Através de ensaios realizados quando da chegada dos

veículos à estrada de acesso, obteve-se um peso específico t2

tal médio de 15.1 kN/m3 . O valor estimado para o peso total

médio do veículo é dado, então, por:

Peso Total= 15.1 x 6 + 16 = 107 kN

Uma vez que para o tipo de caminhões empregados o

eixo traseiro (o mais carregado) absorve 2/3 do peso total do

veículo (Ricardo & Catalani, 1976), tem-se uma carga máxima

por eixo de: 2 x 107/3 = 71 kN. Isso conduz a uma carga atua-

184

te sobre cada par de rodas traseiras de, aproximadamente,

36 kN.

Durante a construção da estrada foi possível um ri­

goroso controle do número de caminhões que passavam diariame~

te pelas seções instrumentadas. Só foram consideradas aspas­

sagens de caminhões carregados, urna vez que a solicitação irn

posta pelo peso próprio do caminhão nao é significativa. Veí­

culos menores (automóveis, utilitários, etc ... ) também não fo

raro levados em conta.

Durante a construção do Aterro Experimental II, mo

tiva da construção desta estrada de acesso, o controle do nú-

mero de passadas foi muito dificultado devido às diversas

frentes de trabalho existentes e a excassez de pessoal para

a realização desta contagem. Outro problema foi a variação de

capacidade volumétrica dos veículos envolvidos na construção

do Aterro II, urna vez que havia caminhões de até 14rn3

de cap~

cidade.

Na figura 9.1 sao apresentadas as curvas de frequê~

eia acumulada de passagem de dos caminhões pelas seções ins­

trumentadas com o tempo. Cabe lembrar que as primeiras têm,

para um mesma data, um número de passadas maior que as segui~

tes, devido ao fato de estarem localizadas no início da estra

da (ver figura 7.1). O controle do número de passadas que re­

sultou na figura 9.1 foi feito diariamente sendo, entretanto,

vários pontos omitidos na elaboração dessa figura para maior

clareza. Com o auxilio da figura 9.1 e com a data em que foram

efetuadas as medições, foi possível obter as figuras que se­

rão apresentadas nos capítulos posteriores.

ff • li I 00

li; I

o /;

~ I 00 J / //

~ V / ~

/ ~ / 00

lt V

. / V V- _./

,/Ç> o

12

1000

2

CONVENÇÕES -ô- SEÇÃO S-1

--- SEÇÁO S-2

-+- SEÇÃO S-4

-o- SEÇÃO S-5

~ SEÇÁO S-6

MAIO JUNttO Jll.HO AGOSTO ET!frillRO OUTVlftO NOW:NBRO DaDIBRO JANl!:1110 P"E:'t'EtElflO 1110 1181

DATA

FIG. 9.1 - VARIAÇÃO DO NÚMERO DE PASSAQI\S COM O TEMPO NAS SEÇÕES INSTRUMENTADAS

1-' (X) U1

186

CAPÍTULO 10

RESULTADOS OBTIDOS NAS MEDIÇÕES DE CAMPO

187

10 - RESULTADOS OBTIDOS NAS MEDIÇES DE CAMPO

Neste capitulo sao apresentados e comentados os re­

sultados obtidos através das medições de campo efetuadas na

estrada de acesso.

A variação das grandezas medidas no campo depende

fundamentalmente do tempo e da solicitação de tráfego, carac­

rizada pelo número de passadas de caminhões. Essa última vari

ável, entretanto, é certamente a mais importante, razao pela

qual todas as grandezas observadas foram analisadas em função

somente do número de passadas. Por outro lado, a inclusão da

variável tempo (recalques por adensamento, fluência, etc ... )

dificultaria sobremaneira a análise dos resultados.

10.l - RECALQUES SUPERFICIAIS DA FUNDAÇÃO

Nas figuras 10.l a 10.5 sao apresentados os perfis

de recalques ao longo das seções instrumentadas para diversos

números de passadas. Pode-se observar que as seções S-1 e S-2

apresentam recalques significativamente maiores que as demais

seções. Em particular, no que diz respeito a seção S-2 (sem

geotêxtil), isto se deveu à visível ocorrência de uma ruptura

localizada, à direita do eixo de simetria, que foi sentida

quando as primeira solicitações foram impostas à seçao. A se

ção S-3 (sem geotêxtil) foi inutilizada por uma ruptura loca­

lizada sob a banda de rodagem dos veículos.

As seções S-4, S-5 e S-6 apresentaram perfis de re­

calques mais uniformes, não evidenciando rupturas localizadas

da grandeza da observada.na seção S-2.

188

Nas seçoes S-1, S-4 e S-6, para numero de passadas

superior a 50, é visível a tendência dos maiores recalques o­

correrem sob as bandas de rodagem dos veículos.

Para número de passadas elevado, a seção S-1 (ge~

têxtil somente sob a plataforma da estrada) apresenta recal­

ques elevados na região de ocorrência da ruptura localizada

da seção S-2 como pode ser visto nas figuras 10.2 a 10.4.

Antes que pudesse atingir a 200 passadas, a seçao

S-4 teve o seu tubo de acesso parcialmente obstruído. Pores­

se motivo, em algumas das figuras apresentadas não consta o

perfil de recalques correspondente à seção S-4. No entanto, a

pesar da obstrução à passagem do torpedo do perfilômetro, a

sonda do extensômetro magnético horizontal continuou a pas­

sar ao longo de todo o tubo, devido ao seu menor diâmetro.

10.2 - DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS SUPERFICIAIS DA

FUNDAÇÃO

Na figura 10.6 estão apresentados perfis de desloc~

mentos horizontais da superfície do terreno, onde se observam

deslocamentos da ordem de 100 a 200mm.

Deve-se observar que logo no início da construção

as placas magnéticas apresentam grandes deslocamento devido

as primeiras passadas do trator e dos veículos. Isso se deve

às dimensões das placas e à baixa altura de aterro quando do

início do tráfego. Em particular, a seção S-4 teve uma placa

danificada logo após espalhamento de material sobre a instru­

mentação. Acredita-se que o imã circular desta placa tenha se

partido pois, uma vez espalhado o material de aterro sobre a

189

instrumentação, a presença desta placa nao foi mais detectada

pelo sensor magnético.

Outro fato importante, observado é que as placas

instaladas nos pés do aterro são susceptíveis à danos ou lei­

turas errôneas devido a choques provocados por agentes exter­

nos. Também na seçao S-4, a placa instalada no pé do aterro

à direita do eixo de simetria (ver figura 10.6) teve o seu

comportamento afetado por um acidente com um caminhão que ato

lou nas suas proximidades. Após o acidente, efetuou-se uma cor

reção no deslocamento horizontal desta placa. O acompanhamen­

to posterior do desempenho da mesma mostrou ter sido satisfa­

tória a correção efetuada.

10.3 - DESLOCAMENTO HORIZONTAIS NO GEOTtXTIL

Na figura 10.6 sao apresentados, também, os desloc~

mentos horizontais dos alvos magnéticos costurado na manta de

geotéxtil. Tais alvos não foram tão afetados pelo espalhamen­

to inicial do material de aterro sobre as seções instrumenta­

das. Acredita-se que isso se deva às reduzidas dimensões dos

imãs instalados.

e E

"' :::, o ..J

"' u "' a:

S-4 50

S-1

100

S-6

ESCALA GRÁFICA

O. I.Om

-

150L---------------------------~

FIG.10.1- PERFÍS DE RECALQUES

PARA 50 PASSADAS

-AO LONGO DAS SEÇOES INSTRUMENTADAS

s-1

S-2

S-3

S-5

50

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ESCALA GRÁFICA o. 1.0 ..

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FIG.10.2- PERF(S DE RECALQUES AO LONGO DAS SEÇÕES INSTRUMENTADAS

PARA 100 PASSADAS

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ESCALA GRÁFICA O. I.Om

DETALHE DAS SEÇÕES

S-1

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FIG.10.3 PERFIS DE RECALQUES AO LONGO DAS SEÇOES INSTRUMENTADAS

PARA 150 PASSADAS

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. . . . . .. . . '· ..... ·.· ....

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s-1

' ESCALA GRAFICA

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DETALHE DAS SEÇÕES

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FIG. 10.4 - PERFIS DE RECALQUES AO LONGO DAS SEÇÕES INSTRUMENTADAS

PARA 200 PASSADAS

S-1

S-2

S-4

S-5

S-6

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. ~ ~ ..

' ESCALA GRAFICA

O. 1 Om

DETALHE DAS SEÇÕES

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FIG.10.5 PERFÍs· DE RECALQUES AO LONGO DAS SEÇÕES INSTRUMENTADAS

PARA 400 PASSADAS

s-1

S-6

19 5

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SEÇÃO S-1 ~

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SEÇÃO s-2 I\

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~ SEÇÃO S-5 ~ ------1, ~ IOOi---==:....:::_:::__::====:_------=~A~O':::'.::-=-=-===:'...--j ---~ ~ E- _.o...._ ..o---:;:::.--~ ----~ o EE o - --- --- -- ~ % ----- --ó A ., A

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FIG.10.6- PERFÍS DE DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS SUPERFICIAIS DA AJNDACÃO E DO GEOTÊXTIL EM FUNCÃO DO· NÚMERO DE PASSADAS

19 6

CAPÍTULO 11

INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS COM A INSTRUMENTAÇÃO

19 7

11 - INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS COM A INS

TRUMENTAÇÃO

Neste capítulo sao interpretados os resultados obti

dos com a instrumentação instalada na estrada de acesso.

11.1 - RECALQUES SUPERFICIAIS DA FUNDAÇÃO

Nas figuras 10.l a 10.5 pode-se ver os perfis der~

calques obtidos para vários números de passada, ao longo das

seçoes. Destas figuras, pode-se concluir que:

1 - A distribuição dos recalques parece mais uni­

forme ao longo das seções com geotêxteis;

2 - A seção sem geotêxtil (S-2) apresentou urna rup-

tura localizada à direita do eixo de

já para um número pequeno de passadas;

3 - Devido à sua altura inicial ter sido

simetria

menor

(0.60m), a seção S-6 (geotêxtil ancorado exter­

namente) apresentou recalques máximos sob as

bandas de rodagem dos veículos;

4 - Para o número de passadas superior a 150, os r~

calques da seção S-1 (geotêxtil sob a platafor­

ma da estrada), à direita do eixo de simetria,

tendem a acompanhar os recalques apresentados

pela seção sem geotêxtil na mesma região.

Para a análise que se seguirá, torna-se necessário

definir as seguintes grandezas: (1) recalque médio da seçao

i, símbolo p., corno sendo o valor obtido pela divisão da área l

19 8

do perfil de recalques pelo comprimento da base do aterro; (2)

redução percentual dos recalques, símbolo RP, parâmetro este

que permite avaliar a eficiência da instalação do geotêxtil na

redução de recalques sendo dado pela expressão abaixo:

RP = X 100 (%} ( 11.1}

onde:

RP = redução percentual nos recalques ( % } ;

P2 = recalque mêdio na seçao S-2 (sem geotêxtil};

pi = recalque médio na seçao i (i = 1, 4, 5 ou 6} •

A figura 11.1 compara valores de p para todas as se

çoes, e a figura seguinte compara a redução percentual nos re

calques com o número de passadas. Nota-se uma elevada redução

inicial (60%} que diminui sensivelmente com o aumento de nume

rode passadas.

Entretanto, pode nao ser:totalmente correto atribu­

ir ao geotêxtil a capacidade de redução apresentada na figura

11.2. Isso se deve ao fato da ocorrência da ruptura localiza-

da de um lado da seção S-2, e que levou esta redução a se

tornar muito elevada. Assim, devido à acentuada assimetria dos

recalques da seção S-2, decidiu-se proceder ao estudo da efi­

ciência do geotêxtil, comparando-se independentemente os re­

calques à esquerda e à direita do eixo de simetria do aterro.

Procedendo-se dessa forma, obtém-se as variações nos recal-

ques médios e nas reduções percentuais nos recalques com o nu

mero de passadas apresentadas nas figuras 11.3 e 11.4. Essas

figuras mostram uma redução na contribuição do geotêxtil em

199

relação aos resultados apresentados nas figuras 11.l e 11.2.

Verifica-se que deficiência do geotêxtil nas seçoes S-4 e

S-5 decrescem muito com o número de passadas até, praticamen­

te, não haver mais redução nos recalques. O geotêxtil da se

çao S-6, em que pese a sua eficiência também decrescer com o

numero de passadas, apresenta um desempenho melhor que as de

mais.

f interessante observar que ao se representar p ver

sus raiz quadrada .do número de passadas, obtém-se uma relação

linear, conforme apresentado nas figuras 11.5 e 11.6. Esse ti

pode representação foi citado por Sauvage (1981), porém, em

ensaios cíclicos em modelos reduzidos.

Através de furos feitos à trado nas seçoes instru­

mentadas, foi possível a medição da altura de aterro colocado

sobre as seçoes. Foram feitos 9 furos por seção sendo três na

seçao transversal principal, como mostra a figura 11.7, e 6

espalhados aleatoriamente nas proximidades do trecho instru­

mentado. Os valores obtidos para as alturas de aterro estão

apresentados na tabela 11.1. São também apresentados, nesta

tabela, os valores médios e os desvios padrão das alturas me­

didas.

Através de um teste estatístico simples para a veri

ficação da igualdade entre médias amostras (ver, por exemplo,

Christmann, 1978) verifica-se, com um nível de confiança de

95%, que as médias das alturas das seçoes com e sem reforço

são diferentes, isto ~

e' a presença do geotêxtil parece ter

provocado redução na altura do aterro.

Definindo-se a redução percentual na altura de ater

ro como sendo o valor dado pela expressão a seguir:

200

X 100 (%) (11.2)

onde:

RPh = redução percentual na altura de aterro (%);

Hs = altura de aterro média na seçao sem geotêxtil;

Hc = altura de aterro média na seçao com geotêxtil;

obtém-se, utilizando os dados da tabela 11.1, para cada seçao

instrumentada, os seguintes valores:

Seção S-1: RPH = 9.6%

Seção S-4: RPH = 15.7%

seção S-5: RPH = 18.3%

Seção S-6: RPH = 22.6%

A ordem crescente dos valores acima parece confir-

mar a importância da ancoragem das extremidades do geotêxtil.

Embora a redução na altura de aterro para as seçoes

S-4, S-5 e S-6 tenha sido significativa, o aspecto econômico

da utilização de geotêxtil não foi favorável. Conclui-se isto

à partir dos custos dos materiais envolvidos na construção da

estrada de acesso. O preço de rn 3 de aterro (em dólares, por

ser urna moeda mais estável) foi de $ 5. 36/rn3 (Collet,

incluindo transporte (distância de transporte= 20km),

1981)

eSp!:;

lharnento de material e pessoal necessário para o acornpanharneg

to e execução da obra. O preço unitário de geotêxtil empreg!:;

do foi de $ l.60/m2 (RHODIA, 1981). Assim, e facil verificar

que seria necessário uma redução no material de aterro, no mi

nirno, 26% para se tornar viável economicamente a utilização

201

de geotêxtil.

~ interessante a aplicação da expressao 4.40 aos re

sultados obtidos para a altura de aterro nas seçoes da estra­

da de acesso. Como foi comentado no capítulo 4, tal expressao

foi inicialmente desenvolvida pelo Corpo de Engenheiros do

Exército Americano (Turnbull et al, 1962) para o projeto de

pavimentos flexíveis. Todavia, seu emprego é muito comum nos

EUA, no projeto de estradas de acesso (Medina, 1981 e Ahlvin

& Hammit, 1975). Tal expressão é a seguinte:

H = ~(

onde:

135.86 CBRf

2.053 p

H = altura de aterro (cm);

P = carga atuante sobre a roda (kN);

(4.40)

p = pressao de contato entre o pneumático e a su

perfície do aterro (kN/m2 );

CBRf = Indice de Suporte Califórnia da Fundação(%).

Esta expressao utiliza como Índice de resistência da

fundação o Indice de Suporte Califórnia (CBR) que, no caso de

argilas moles, não tem muito significado prático. Isso de de­

ve ao fato de que, para este tipo de solo, o valor do CBR e

muito baixo, a ponto de se situar dentro da faixa de incerte

za do ensaio. Entretanto, torna-se interessante saber qual o

valor de CBR que deveria ser utilizado no presente trabalho

para o perfeito dimensionamento da altura da estrada de aces

so. Sabendo-se que, para o presente caso, tem-se P = 36 kN e

p = 660 kN/m 2 , obtém-se:

202

Seção S-1: Hl = 1. O 4m ............ CBRf = 0.45%

Seção S-2: H2 = 1. 15m ............ CBRf = 0.37%

Seção S-4: H4 = O. 9 7m ............ CBRf = 0.52%

Seção S-5: H5 = 0.94m ............ CBRf = 0.55%

Seção S-6: H6 = 0.89m ............ CBRf = 0.62%

Novamente o melhor desempenho se verifica para a se

çao S-6 (ancoragem externa) .

Os cálculos dos parágrafos anteriores servem, tarn-

bérn, para mostrar que, para as características de materiais

presentes na estrada de acesso, não se verifica a sugestão de

DuPont (1980) para o qual a presença do geotêxtil aumentaria

em 4 unidades o CBR da fundação. Entretanto, corno já comenta

do anteriormente, os materiais de aterro são bastante diferen

tes nos dois casos.

~ importante citar, também, que o valor do CBR da

fundação retroanalisado pela expressão 4.40 (CBRf = 0.37) se

situa bem próximo do valor obtido em correlações entre a re­

sistência não-drenada da fundação e o CBR e que constam, ge­

ralmente, em manuais de fabricantes de geotêxtil (ver, por exern

plo, Monsanto, 1980 ou Mirafi, 1980). Na figura 4.32 (ver ca­

pítulo 4) obtém-se através dessa correlação, para urna resis-

tência não-drenada de 10 kN/rn2 (valor médio de Su da Argila

Cinza do Rio de Janeiro) um valor de CBR de 0.35. ~ interes­

sante observar, também na figura 4.32, que a altura de aterro

reforçado prevista por essa figura é de 36cm (o Bidirn OP-40 a

presenta, aproximadamente, as mesmas características mecâni­

cas que o geotêxtil C-34 da Monsanto - Verternatti, 1980). En

tretanto, para o material de aterro utilizado ria estrada de

203

acesso, verificou-se ser impraticável o tráfego de veículos

com tal altura. Acredita-se, inclusive, que para um material

mais granular, tal valor de altura de aterro não seria sufici

ente.

11.2 - DEFORMAÇÕES HORIZONTAIS SUPERFICIAIS DA FUN­

DAÇÃO

Nas figuras 11.8 a 11.12 sao apresentados os perfis

de deformações horizontais da superfície da fundação para vá­

rios números de passadas. Nestas figuras sao apresentados,ta~

bém, os perfis de deformações horizontais no geotêxtil que se

rao comentados posteriormente. Por estas figuras verifica- se

que inicialmente as deformações das seções com geotêxtil sao

menores que as apresentadas pela seção sem reforço. A medida

que o númereo de passadas aumenta, há a tendência das deforma

ções horizontais das seções com e sem geotêxtil terem a mesma

ordem de grandeza, atingindo valores de 5 a 10%.

As seções S-5 e S-6 apresentaram deformações hori­

zontais superficiais da fundação muito elevadas próximo ao pe

esquerdo do aterro. Credita-se isto ao fato, já citado das

placas magnéticas horizontais instaladas nesta região serem

muito susceptíveis a acidentes provocados por agentes exter­

nos.

A figura 11.12 apresenta a comparaçao entre os per­

fis de deformações horizontais na fundação das seções 571 e

S-2. A seção S-1 apresenta elevadas deformações já a número

pequeno de passadas, em particular, à esquerda do eixo de si­

metria da seção.

204

Através dos resultados apresentados pelas figuras

11.8 a 11.12, a presença do geotêxtil não parece ter influen­

ciado a grandeza das deformações horizontais superficiais da

fundação.

11.3 - DEFORMAÇÕES HORIZONTAIS NO GEOTtXTIL

Nas figuras 11.8 a 11.11 sao apresentadas, também,

as deformações especificas obtidas ao longo da manta geotêx­

til. Por estas figuras nota-se a tendência do geotêxtil nao

ser tracionado na região situada sob os taludes de aterro, em

particular a seção S-5. Um motivo para isto, poderia ser o en

rugamento do geotêxtil, nestas regiões, quando da instalação

da manta sobre a fundação. Todavia, todo o cuidado possível

foi tomado na instalação da manta para evitar este problema.

As seções S-5 e S-6 apresentaram distribuição de d~

formações no geotêxtil, ao longo da base do aterro, semelhan­

tes para número de passadas superior a 100. A seçao S-4, no

entanto, apresenta distribuição diferente das demais. Cabe

lembrar que a seçao S-1 não teve alvo magnético instalado no

geotêxtil. Em todas estas seções observa-se o fato das defor­

maçoes no geotêxtil e na fundação diferirem bastante em va­

lor.

t importante comentar a possibilidade de ocorrerem

deformações maiores que as obtidas, em pontos localizados en­

tre dois alvos magnéticos. O que se mediu, na realidade, foi

a deformação média do segmento compreendido entre dois alvos.

No entanto, esse é um problema inerente ao procedimento para

a medição de deformações horizontais e que poderia ser dimi­

nuído com a redução do espaçamento entre os alvos o que, en

205

tretanto, torna a instrumentação mais orenosa

mais trabalhosa.

e a medição

Nas figuras 11.13 a 11.16 sao apresentados os per­

fis de recalques e de deformações no geotêxtil ao longo das

seções. Observa-se a tendência das deformações máximas de tra

ção no geotêxtil ocorrerem nos pontos de recalque máximo da

fundação, como era esperado.

Como já foi citado em capitulo anterior, foram ins

talados alvos magnéticos soltos sobre a manta geotêxtil das~

ção S-6. Visava-se com isso, verificar a possibilidade de de~

loeamento relativo entre o material de aterro e o geotêxtil.

Na figura 11.17 apresentam-se os perfis de deslocamentos hori

zontais de todos os alvos instalados na manta da seção S-6,

fixos ou não, para várias datas. Observa-se que a distribui­

çao dos deslocamentos é gradual, nao havendo diferenças brus­

cas nos pontos onde instalaram-se os alvos soltos. Isso leva

a concluir que, se houve deslocamentos relativos nestes pon­

tos, tais deslocamentos foram muito pequenos. Se for admitido

que os deslocamentos dos alvos magnéticos soltos reproduzem

os deslocamentos do geotêxtil naqueles pontos, verifica-se que

a manta geotêxtil instalada continua sendo efetivamente tra­

cionada no trecho à direita do eixo de simetria. Isso pode

ser visto pela inclusão, nas figuras 11.13 a 11.16, das defor

mações calculadas à partir dos deslocamentos horizontais dos

alvos soltos.

11.4 - COMPARAÇÃO ENTRE A PREVISÃO POR ~TODOS TEÔ

RICOS E OS RESULTADOS DE CAMPO

Devido a natureza dinâmica das solicitações que fo-

206

ram impostas à estrada de acesso e,devido ao fato de que nas

abordagens teóricas apresentadas às solicitações aplicadas

são estáticas, torna-se relativamente limitada a comparaçao

entre os resultados previstos teoricamente e os resultados de

campo. A abordagem dinâmica do problema, embora mais realis­

ta, apresenta uma série de dificuldades tais como: (1) as so

luções de problemas dinâmicos geram equaçoes matemáticas de

difícil solução e pouca viabilidade prática de utilização; (2)

as características dos materiais envolvidos passam a ter que

ser expressas em função do tempo, uma vez que na solução dinâ

mica essa variável é de fundamental importância; (3) as solu

çoes dinâmicas exigem propriedades dos solos que sao difíceis

de serem obtidas, como por exemplo, características de amorte

cimento, recuperaçao elástica, perdas por deformações residu

ais, etc ...

Um problema decorrente do que foi exposto no para­

grafo anterior é a escolha do número de passadas em que deve

ser feita a comparação. Embora o número de passadas pequeno

fosse o ideal, tem-se, nesse caso, o inconveniente da seçao

ainda não apresentar todas as suas características geométri­

cas finais. Utilizou-se, então, um número de passadas igual a

25 para a comparação. Admite-se que para esse número de passa

das a estrada já apresentava configuração geométrica próxima

à final.

Na figura 11.18 apresenta-se a comparaçao entre os

perfis de recalques obtidos nas seçoes instrumentadas através

das medições e o perfil teórico obtido através do Método dos

Elementos Finitos (program LORANE L - ver capítulo 4). Apre­

senta-se, também, o recalque máximo previsto pela solução de

Nieuwenhuis, admitindo-se um módulo de reação da fundação com

207

valor numérico da ordem do valor do módulo de elasticidade

não-drenado (Bowles, 1975), isto e, KF = 700 kN/m3

. Observa­

se que a não homogeneidade das características de resistência

da superfície da fundação,além da natureza plástica das de­

formações existentes, faz com que os perfis medidos se dispeE

sem bastante do perfil previsto pelo M.E.F. para um material

elástico linear e isotrópico. Todavia, pelo menos em formato,

o perfil previsto teoricamente se verificou em algumas seções

para número de passadas maiores. A previsão obtida pela solu-

ção de Nieuwenhuis, como já comentado em capítulo anterior,

superestimou a redução dos recalques com a utilização do geo­

têxtil. Devemos observar que para a solução de Nieuwenhuis só

se apresentou o recalque máximo esperado, e não o perfil de

recalques, porque o programa desenvolvido para a sua solução

fornece todos os resultados em função de recalques máximos. A

obtenção do perfil de recalques por esta solução, além de só

ser possível no trecho compreendido entre o pneumático do veí

culo e o pé to aterro, é um trabalho computacional de elevado

custo e tempo de processamento, além de não ser tão relevante

quanto o recalque máximo obtido.

Os mesmos comentários feitos no parágrafo anterior

se aplicam à interpretação dos resultados apresentados na fig~

ra 11.19. Nesta figura apresenta-se os resultados obtidos p~

ra os perfis de deslocamentos horizontais superficiais da fun

dação. Deve-se notar que nesta figura não se faz referência à

solução de Nieuwenhuis movido pelo fato de que tal

não leva em conta os deslocamentos horizontais.

solução

Na figura 11.20 apresenta-se a comparação entre os

perfis de deformações no geotêxtil obtidos teoricamente e

208

através das medições. Novamente as diferenças sao grandes, e~

bora a previsão pelo Método dos Elementos Finitos seja coeren

te em apresentar deformações máximas no geotêxtil na região

sob as rodas do veículo (a escala desta figura dificulta a v!

sualização deste fato na previsão teórica). Isso já não ocor­

re para solução de Nieuwenhuis, que apresnta deformações máx!

mas no geotêxtil ocorrendo no pé do aterro onde observaram-se

valores baixos ou até mesmo negativos.

g interessante observar a semelhança de comportame~

to apresentado pela seção s-6 (que foi a mais eficiente na re

dução dos recalques) com um modelo teórico apresentado no ca­

pítulo 4, em que se simulou uma restrição à movimentação do

pé do aterro através da aplicação de uma mola nesse ponto. No

modelo teórico, o aumento da rigidez da mola resultou numa re

dução de 20% no recalque máximo.

Através das comparações efetuadas neste item, pode­

se concluir que a previsão teórica pelo Método dos Elementos

Finitos apresenta bons resultados de ordem qualitativa. Quan­

to à solução apresentada po Nieuwenhuis, confirmou-se que es­

ta superestima a redução nos recalques e apresenta perfil de

deformações no geotêxtil irreal devido às simplificações para

a resolução matemática do problema.

-E E -o ,ili 2

!!j a .J e e., Ili o:

209

ESQUEMA DE CÁU:ULO

1 L 1 , _

~I 4~~1/ARF.A-A . ~ ......... ~- ... ,- .. ,-~-.

RECALQUE MÉDIO , f ' A/ L

100

NÚMERO DE PASSADAS

CONVENÇÕES -o- SECÃO S-1

...... SEÇÃO S-2

-tr SEÇÃO S-4

...._ SEÇÃO S - !I

-O- SEÇÃO S-6

DETALHES MS SEÇÕES

S-1

S-2

m 4~~::c'.i'-:.•·:t?,, S-4

S-!I

FIG.11.1- VARIAÇÃO DOS RECALQUES MÉDIOS COM O NÚMERO DE MSSADAS

210

' ESQlEMA DE CA!a•o DETALHE OU SEÇÔES

-~ S·!

RECALQUE MÉDIO , e • A/L -yé°"'''"'··<···>, f S-6

ãe 60

-~ 1-z Ili 40 u a: Ili li.

·~ a 20 Ili a:

S-1

o o 100 200 300

NÚMERO DE PASSADAS

FIG.11.2- VARIAÇÃO DA REDUÇÃO PERCENTUAL NOS RECALQUES , COM O NUMERO DE PASSADAS

ElQEMA DE clu:ULO

L

IE~ NÉDto, ê • A/L

-E • -o Z5

'Ili 100 ::li

!!I 3 ~" Ili a::

211

CONVENÇÕES -o- SEÇÃO S• I

-+- SEÇÃO S•Z

-O- SEÇÃO S•4

--6- SEÇÃO S•5

-o- SEÇÃO S-6

, NUMERO DE PASSADAS

DETALIES IWI SEÇÕES

S·5

s-•

S·I

S·5 S·2

S-6

- , -FIG.11.3 - VARIACAO DOS RECALQUES MEDIOS NAS SEC~S INSTRUtlENTAI

COM O NÚMERO ~ PASSADAS CONSIDERANDO-SE A MEIA SEÇ.i À ESQUERDA DO EIXO DE SIMETRIA

,K ~

212

REDUCÀO PERCENTUAL • R • f. ;2

f', a 100 ("lo)

ONDE• R - REDU(:ÁO PERCENTUAL NOS RECALQUES

f>2 - RECALQUE MÉDIO NA SECAO S • 2

{)1

- RECALQUE MÉDIO NA SEÇÃO 1 ( i • 4,5 ou 6)

s-e

: 20+-------t-""T""----+------j---------j

9·4

\ o 100 200 300

NÚMERO DE PASSADAS

' FIG.11.4- VARIAÇÃO DA REDUCÃO PERCENTUAL NOS RECALQUES MEDIO: COM O NÚMERO DE PASSADAS PARA A MEIA SEÇÃO À ESQUERDA DO EIXO DE SIMETRIA

E E

200

o i5

..... 100 :z

o o

ESQUEMA DE CÁLCULO•

L

ÁREA=A

RECALQUE MÉDIO, f = A /L

.

·" ,., .. -8-2 ~ y ,,,,

...-; .... ' ,.,. . ,,,, /

S-5~ v" /<

/ /

213

DETALHES DAS SEÇÕES

S-1

s-2

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50 100 150 200 250 400

NÚMERO DE PASSADAS

OBS• A ESCALA DO EIXO DAS ABCISSAS E DO TIPO 1/V:.

FIG. 11.5 - VARIAÇÃO DO RECALQUE MÉDIO COM O NÚMERO DE PASSAc:.v\: ESCALA TRANSFORMADA - MEIA SEÇÃO

Ê E

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200

CONVENCÕES o SEÇÃO S-1

• SEÇÃO S-2

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o SEÇÃO S-6

214

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50 100 150 200 250 400 625

IÚolERO DE PASSADo\S

OBS• A ESCAI A DO EIXO DAS ABaSSAS É DO TIPO VX.

FIG.11.6 - VARIAÇÃO DO RECALQUE MÉDIO COM O NÚMERO DE PASSADAS - ESCALA TRANSFORMADA (SECÃO INTEIRA)

215

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AG.11.7 - OBTENÇÃO DA ALTURA DE ATERRO DA ESTRADA DE ACESSO

SEÇÁO ALTURA DE ATERRO NOS FUROS (m) Al.1\JRA DESVIO MEDA ~AO lmt

l 0.96 099 1.00 1.03 Ll!i 1.25 1.00 1.04 0.94 1.04 O.IO

2 l.l!i 1.18 1.22 1.24 1.25 0.9!5 1.14 1.10 1.09 1.l!i 0.09

4 0.97 093 0.97 1.00 0.92 Q.98 1.0II 0.99 0.96 0.97 0.04

!i 0.9!5 0.93 0.94 1.0!i 0.90 0.88 0.87 0.94 0.98 0.94 0.05

6 0.91 089 Q.86 0.92 0.90 0.77 08!5 Q.96 0.95 0.89 0.06

TABELA 11.1 - VALORES OBTIDOS PARA A ALTURA DE ATERRO NAS

SEÇÕES INSTRUMENTADAS

216

10-+--------------------------, SEÇÃO S-4

.5 . ..1....------------------------~ 10,~-------------------------,

SECÁO S-5

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SEÇÃO S-6

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FIG. ll.8 - PERFIS DE DEFORMACOES HORIZONTAIS NO GEOTEXTIL E NA FUNDAÇÃO PARA 50 PASSADAS

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217

SEÇÃO 9•4

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SEÇÃO S•II

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CONVENÇÕES -- DEFORMAÇÕES NA FUNWICÃAl>1 -o-- DEFORMAÇÕES NO 6EOTÊXTIL _,_ DEFORMAÇÕES NA FI.IIDAÇÂO DA

SEÇÃO S·2

FIG.11.9 - PERFIS DE DEFORMAÇÕES HORIZONTAIS NO GEOTÊXTIL E NA FUNDAÇÃO PARA 100 PASSADAS

218

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10 SEÇÃO S-6

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--o-- DEFORMAÇÕES NO 6EOTÊXTIL

ESC. GRÁFICA o 1.0.

--õ- DEFORMAÇÕES NA FUNDAÇÃO DA SEÇÃO S-2

FI G.11.10- PERFÍS DE DEFORMAÇÕES HORIZONTAIS NO GEOTÊXTIL E NA FUNDAÇÃO PARA 150 PASSADAS

219

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SEÇÃO S-4 s1'.GiF5?> a...""J .... .

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SECÃO S-6

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CONVENÇÕES -- DEFORMAÇÕES NA FUNDAÇÃO --o-· DEFORNACÕES NO GEOTÊXTIL -ó- DEFORMAÇÕES NA FUNDAÇÃO DA

SEÇÃO S-2

FIG. 11.11 - PERFÍS DE DEFORMAÇÕES HORIZONTAIS NO GEOTÊXTIL E FUNDAÇÃO PARA 200 ~SADAS

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CONVENÇÕES

50 PASSADAS-SEÇÃO S-2

-o-- 100 PASSADAS -SEÇÃO S-2 _._ 150 PASSADAS-SEÇÂO S-2

-ó- 200PASSADAS-SEÇÂO S-2

--- RESULTADOS DA SEÇÃO S-1

FIG.11.12 COMPARAÇÃO ENTRE OS PERFÍS DE DEFORMAÇÕES HORIZONTAIS SUPERFICIAIS

DAS SEÇÕES , I

S-1 E S-2 PARA VARIOS NUMEROS DE PASSADAS

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221

SEÇÃO S-4

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SEÇÃO s-11

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CONVENÇÕES•

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ESC. GRÁFICA ··<>- PERFÍS DE DEFORMAÇÕES NO GE:ari:>CTIL O 1.011'1 e DEFORMAÇÕES CALCULADA À PARTIR DOS

ALVOS SOLTOS (SEÇÃO 8•6)

FIG.11.13 - COMPARAÇÕES ENTRE OS PERFIS DE RECALQUES DA FI.IIIDACÃO E DEFORMAÇÕES NO GEOTÊXTIL PARA 50 PA.SSADAS

222

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SEÇÃO S-5

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-- ~ECALQUES • ..,_ PERFÍS DE DEFORMAÇÕES NO GEOTÊXTIL

o DEFORIIAÇÕES CAI.CU ADAS À PARTIR DOS ALVOS SOLTOS

FIG. 11.14 - COMPARAÇÕES ENTRE OS PERFÍS DE RECALQUES DA - - ~ FUNCIAÇAO E DE DEFORMAÇQES NO GEOTEXTIL PARA 100 PASSADAS

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223

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ESC. GRÁFICA o LDm

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CONVENÇÕES•

- PERFÍS DE RECALQUES -~ PERFÍS DE DEFORMAÇÕES NO 8EOTÊXTIL

a DEFORMAÇÕES CALCULADAS ~ MRTIR DOS ALVOS SOLTOS (SEÇÃO S-6)

FIG.11.15 -COMPARAÇÕES ENTRE OS PERFÍS DE RECALQUES DA FUNlACÃO E DE DEFORMAÇÕES NO GEOTÊXTIL PARA 150 PASSADAS

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224

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ESC. 8RÁFICA O LO•

- PERFÍS DE RECALQIES ··<>-· PERPÍS DE DEFORNAÇÕESNO GEOIÊl<TIL

e DEFORNA(:ÕES CALCULADAS ºA PARTIR DOS ALVOS SOLTOS ( SEÇÃO S - 1)

FIG. 11.16 - COMPARAÇÕES ENTRE OS PERFIS DE RECALQUES DA FUNDAÇÃO E DE DEFORMAÇÕES NO GEOTÊXTIL PARA 200 PASSADAS

+200

CONVENÇÕES

....... 10/06/80

--<)- 18/0&/ao

+100 ----õ- 07/01/81

........ 28/01/81

• ALVOS MAGNÉTICOS

E COSTURADOS NA

E MANTA ' /F ...J o

e,: o ALVOS MAGNé:TICOS ... z SOLTOS o N

~ ALVOS SOLTOS :e N N

o ,-100 iJ1 ... z UJ :z e,: .. 3 cn UJ o

-200

• • FIG.11.17- PERFIS DE DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS DOS ALVOS MAGNETICOS INSTALADOS

- , N ,.

NO GEOTEXTIL EM VARIAS DATAS NA SEÇAO S-6: VERIFICAÇAO DO DESLOCAMENTO

RELATIVO ENTRE O ATERRO E O GEOTEXTIL

-E E

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ESC. GRÁFICA O 1.0111

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CONVENÇÕES

-- SEÇÁO S-2

-e- SEçÃO S-4

-- SEçÃO S-5 -<>- SEÇÃO S-6

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"·· 0,5 EAT• 1000 E,.? 20 000 rol/m

2 y •

V O v • 20KN/m2 AT; UAT

E,:55 KN/m

PRjVISÂO FARA O RECALQUE MÁXIMO POR NEUWENNJIS (1977! PARA• ~•55 KN/111 K •700KN/m5

F

FIG. 11.18 - COMPARAÇÃO ENTRE OS PERFÍS DE RECALQUES OBTIDOS PARA 25 PASSADAS E O PREVISTO TEORICAMENTE

N N

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100-.----------------------------------,

i CONVENÇÕES

_,,_ SEÇÃO 8 - 4

--- SEÇÃO 8- li -O- SEÇÃO 8 - 6

~ 50 --~- PREVISÃO TEtÍIICA PELO lolÉTil>O DOS ELEMENTOS FINITOS COM•

---

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ESC. 8RÁFICA 0 1.0111

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Ein,• 1000 E.,• 20 000 KN/m2

y •

\{T• O l/,a • IOKN/•'5

E0

• 611 KN/m

FIG.11.19 - COMPARAÇÃO ENTRE OS PERFÍS DE DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS DA FUNDACÃO OBTIDOS PARA 25 PASSADAS E O PREVISTO TEORICAMENTE

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•~-------------------------------,

CONVENl:ÕES• 4 -ó- SEÇÃO S-4 -- SEÇÃO S-11

-o- 8EÇÂO S-8 --o--- ~ TECÍRICA PEU>

DOS ELEMENTOS • FINITOS COM • E,• TOO KN/.J v,• O.!I

EAT • 1000 E",.,• 20 000 KN/in2

y •

o Yar•O 5

~AT • 20KN/,n

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• 11!1 KN/111

·•

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ESC. GRÁFICA O 1.0.

FIG.11.20 - cn.1PARACÃO ENlRE OS PERFÍS DE DEFORMAÇÕES NO GEOTÊXTIL OBTIDO PARA 25 PASSADAS E O PREVISTO TEORICAMENTE

'" N CP

229

CAPÍTULO 12

RESUMO, CONCLUSÕES FINAIS E SUGESTÕES

230

12 - RESUMO, CONCLUSÕES FINAIS E SUGESTÕES

O presente trabalho visou avaliar o comportamento

de aterros rodoviários de baixa altura reforçados com manta

geotêxtil não-tecida da marca Bidim (tipos OP-30 e OP-40).Tais

aterros são bastante comuns como estradas de acessos para

grandes obras, estradas vicinais para escoamento de produção

agrícola, etc ... Em regiões de baixa capacidade de suporte da

fundação e alto custo do material de aterro, o emprego de re­

forço- na fundação pode levar à redução de volumes de aterro

e minimização de custos. Torna-se, então, interessante a pes­

quisa de materais sintêticos de baixo custo e fácil instala­

çao que minimize a necessidade de especificações rigorosas p~

ra este tipo de obra. Foi o que se tentou no presente traba­

lho, através do estudo da utilização de mantas geotéxteis na

interface aterro x fundação, atualmente uma solução bastante

difundida em países como França, EUA e Suécia, entre outros.

Inicialmente foram apresentados os tipos, processos

de fabricação e características físicas e mecânicas dos geo­

têxteis relevantes para o problema em estudo. Ã seguir, foram

apresentados métodos teóricos para a previsão do comportame~

to dos geotêxteis quando utilizados como reforço de aterros

de baixa altura. Resultados obtidos em obras similares, docu­

mentados na bibliografia mundial, foram, também, apresentados.

Dando prosseguimento ao trabalho, foram detalhadas as seçoes

testes e a instrumentação utilizada. Finalmente, os resulta­

dos obtidos nas medições foram apresentados e analisados.

As principais conclusões tiradas dos tópicos cita­

dos no parágrafo anterior são:

231

(1) O geotêxtil do tipo tecido apresentam maior

capacidade de absorver esforços de tração a de­

formações menores (maior módulo de deformação).

Isto se deve a configuração estrutural dos fios

dessa espécie de manta. Entretanto, o desempe­

nho dos geotêxteis não-tecidos parece ser me­

lhor para solicitações de rasgo e penetração(c2

muns em obras de aterros). O material que atual

mente parece ser o mais indicado para confecção

das mantas é o poliéster e o processo de confec

çao de mantas de geotêxteis não-tecidos é o de

agulhagem.

(2) Os ensaios de tração em geotêxteis que melhor

reproduzem as condições de campo do presente

trabalho são os de deformação plana e, entre os

apresentados, os mais recomendados devido à sim

plicidade e rapidez de execução são os ensaios

de Deformação Plana Monodirecional e o Ensaio

Hidráulico de Tração.

(3) Os aumentos no fator de segurança previstos por

métodos de equilíbrio limite que têm sido enco~

trados na bibliografia mundial se situam em tor

no de 10%. Valor desta ordem de grandeza foi en

contrado, também, no presente trabalho, através

do processamento do programa BISPO para análise

de estabilidade de taludes. Isto recomenda a

utilização de geotêxtil como reforço em obras a

serem construídas sobre solos moles nas proxim~

dades de outras já existentes. Seria um fator

232

de segurança adicional contra uma ruptura gen~

ralizada da fundação.

(4) Na abordagem teórica do comportamento do geotê~

til como reforço de aterro rodoviário baixo so­

bra solo mole, os resultados fornecidos pelo me

todo aproximado de Nieuwenhuis superestimam a

contribuição do geotêxtil na redução dos recal­

ques da superficie da fundação. Isso se deve ao

fato do método admitir hipóteses simplificado­

ras que não satisfazem a todas as condições de

equilibrio e geram distribuição de tensões ir­

reais ao longo da manta. A previsão pelo Método

dos Elementos Finitos fornece resultados mais

realistas, embora a simulação tentada apresente

diversas deficiências, tais como: o programa e~

pregado só admite a análise com relação tensão

x deformação linear; o programa utilizado nao

admite descontinuidades entre os elementos, nem

solicitações de natureza transiente, que são as

que efetivamente ocorrem devido ao tráfego. As­

sim, as previsões pelo Método de Elementos Fini

tos foram válidas mais no seu aspecto qualitat!

vo do que quantitativo. O método prevê uma con­

tribuição de geotêxtil muito pequena na redução

dos recalques elásticos e uma distribuição de

esforços de tração ao longo da manta de acordo

com o observado na prática.

(5) Com respeito à instrumentação utilizada nas se­

ções testes, seu comportamento foi bom, princi-

233

palmente no que diz respeito às medições de re­

calques e deformações no geotêxtil. Os instru­

mentos utilizados (Perfilômetro e Extensômetro

Magnético Horizontal) apresentaram a acurácia

dentro dos valores obtidos em experiências de

campo anteriores (10mm para o Perfilômetro e

2mm para o Extensômetro Megnético). A ressalva

a ser feita diz respeito às placas magnéticas~

tilizadas para a medição dos deslocamentos hori

zontais superficiais da fundação. Acredita-se

que as dimensões das placas tenham sido um pou­

co maiores que as ideais para a geometria do

problema em estudo. Se suas dimensões fossem me

nores (placas de 0.20 x 0.20m ou 0.15 x 0.15m)

acredita-se que não seriam tão sacrificadas pe­

las primeiras passadas dos veículos carregados.

(6) Quanto aos resultados obtidos através das medi­

ções de campo observou-se que as seçoes refor­

çadas apresentaram reduções significativas nos

recalques, em relação à seção sem reforço, para

as primeiras passadas de veículos. No entanto,

verificou-se a tendência desses valores cairem

sensivelmente com o aumento do número de passa­

das. A seção S-6 (geotêxtil ancorado externamen

te) apresentou o melhor desempenho na

de recalques.

redução

(7) A presença do geotêxtil nao parece influenciar

o desenvolvimento de recalques iniciais. Sua in

fluência, na estrada de acesso, foi evitar a

ocorrência ou progressão de rupturas localiza-

234

das na superfície da fundação.

(8) Não se verificou, também, influência significa­

tiva da presença do geotêxtil na geração de des

locamentos horizontais superficiais da funda­

çao.

(9) Através de furos realizados ao longo das seçoes

instrumentadas pode-se verificar que a presença

do geotêxtil provocou uma redução no consumo de

material de aterro. Sobre esse aspecto, o me­

lhor desempenho verificou-se para a seção S-6

(redução de 22.6% na altura de aterro)e o pior

para a seção S-1 (redução de 9.6% na altura de

aterro). Acredita-se que essa redução na altura

de aterro tenha se devido, principalmente, à m~

nimização dos efeitos de rupturas localizadas

na superfície da fundação. Entretanto, consta

tou-se para que a utilização de geotêxtil fosse

economicamente viável nas condições da estrada

de acesso, seria necessário uma economia de, no

mínimo, 26% no material de aterro empregado. As

sim, faz-se necessário um estudo prévio de via­

bilidade econômica no emprego de geotêxtil como

reforço. Esse estudo deve ser feito no local da

obra através do acompanhamento do desempenho de

seções testes, com e sem geotêxtil, submetidas

ao tráfego de um caminhão carregado. O procedi­

mento para a tomada de decisão pode ser a comp~

raçao das alturas de aterro das seções testes.

Outro procedimento disponível, esse para ater-

235

ros de granulometria mais grossa, é o empregado

pelo Corps of Engineers citado em Koerner &

Welsh (1980) e já comentado no presente traba­

lho. Com os resultados das seções testes e com

os custos dos materiais envolvidos pode-se deci

dir sobre a conveniência ou não da utilização de

geotêxtil.

(10) As deformações especificas no geotêxtil ating!

ram valores da ordem de 12% na região sob as r~

das dos veiculas. O valor de deformação na rup­

tura obtidos no ensaio de deformação plana Bidi

recional Cilindrice, para o geotêxtil Bidim em

pregado na estrada de acesso varia entre 28 e

30% (RHODIA, 1980). Verifica-se, então, que até

o presente estágio o geotêxtil atingiu um nível

de deformações de, aproximadamente, 40% da de­

formação de ruptura.

(11) Através de comparações com os resultados medi­

dos, verificou-se que as previsões teóricas de

comportamento apresentaram somente resultados

de ordem qualitativa. O Método dos Elementos Fi

nitos previu deformações máximas no geotêxtil

sob as rodas dos veiculas e pouca contribuição

do geotêxtil na redução dos recalques elásti­

cos,o que efetivamente se verificou no campo. A

simulação teórica de ancoragem no pé do aterro

resultou em diminuição dos recalques do mesmo.

Isso também foi verificado no campo através do

desempenho da seção S-6. Embora o módulo de rea

2 36

çao da fundação, para a aplicação da solução de

Nieuwenhuis tenha sido adotado através de corre

lação, acredita-se que a tendência dessa solu­

ção, é superestimar a contribuição do geotêxtil

devido às simplificações feitas para a sua reso

lução matemática.

(12) Para as condições do presente trabalho nao se

verificou a recomendação de DuPont (1980) para

o qual a utilização do geotêxtil faz com que o

CBR da fundação aumente em 4 unidades. Sob esse

aspecto, no presente trabalho verificou-se que

a influência do geotêxtil foi aumentar, no rnáxi

mo (resultado obtido para a seção S-6), o CBR

da fundação em 0.25 unidades.~ interessante ob

servar que na retroanálise do CBR que deveria

ser utilizado para a fundação, nas condições da

estrada de acesso, constatou-se que o valor en­

contrado (0.37) foi praticamente o previsto pe­

la correlação entre o valor do CBR e a resistên

eia não-drenada da fundação, presente em alguns

catálogos de fabricantes de geotêxteis (ver,por

exemplo, Monsanto, 1980 e Mirafi, 1980).

(13) Ao longo dos resultados obtidos para as diver­

sas seçoes instrumentadas pode-se verificar a

conveniência do pré-tensionarnento do geotêxtil..

Deduz-se isto do melhor desempenho observado p~

ra as seções S-5 e S-6. O comportamento da se­

ção S-1 não recomenda a utilização do geotêxtil

corno reforço quando instalado somente sob a pl~

taforrna da estrada.

237

(14) Ao longo das vezes em que foram feitas escava-

ções na estrada de acesso pode-se verificar

que tanto nas seções com geotêxtil como nas se

ções sem geotêxtil houve impregnação do materi

al de aterro pelos finos provenientes da fund~

ção. Entretanto, nas seçoes com geotêxtil a im

pregnação foi menor, notando-se a visível ten­

dência dos finos concentrarem-se na manta geo­

têxtil, colmatando-a.

Como sugestões para pesquisas futuras sobre o assun

to do presente trabalho são dadas as seguintes:

( 1) Verificar o comportamento de geotêxteis do tipo

tecido em obras semelhantes. Já se encontra ge2

têxtil desse tipo no mercado brasileiro.

(2) Verificar o comportamento de aterros mais gran~

lares (pedra britada, blocos de rocha, etc ... )

reforçados com geotêxtil.

(3) Tentar quantificar a intensidade de impregnação

do aterro pelos finos provenientes da fundação

em aterros com e sem geotêxtil.

(4) Verificar a qualidade da previsão teórica por

Elementos Finitos usando-se programas computa­

cionais mais potentes que admitam a análise nao

-linear, solicitações de natureza dinâmica, ele

mentas junta, etc ...

(5) Realizar ensaios de laboratório nos diversos ge2

têxteis presentes no mercado brasileiro para v~

rificação de suas características de resistên­

cia, drenagem e filtro.

238

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

239

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ADVANCE (1980) "Adva-Felt for Civil Engineering" - Catálogo

do Fabricante - Advance Construction Specialities

Co., Inc. - Memphis, Tennessee 38117, Post Office

Box 17212.

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249

SIMBOLOGIA

a

a

A

b

B o

B

B

c

CBR

CBR a

CR

CR

2 50

SIMBOLOGIA

Raio da area de contato do pneumático com o aterro;

Igual a b/R;

Ãrea compreendida entre o perfil de recalques e

superfície do terreno;

Raio da célula do Ensaio Hidráulico de Tração;

a

Largura inicial do corpo-de-prova no Ensaio de De­

formação Plana Monodirecional;

Largura do corpo-de-prova durante o Ensaio de Defor

mação Plana Monodirecional;

Largura de viga;

Coesão;

Constantes de integração;

Indice de Suporte Califórnia;

Indice de Suporte Califórnia da Fundação;

Indice de Suporte Califórnia equivalente da funda-

ção do aterro com reforço;

Indice de Suporte Califórnia equivalente da funda-

çao do aterro sem reforço;

Indice de Suporte Califórnia do agregado;

Indice de Compressão;

Indice de Expansão ou Inchamento;

Relação de Compressão Virgem (igual a C / (1+ e ) ) ; c o

Cota do ponto de Referência no painel do perfilôme-

tro;

CT

d

d

D o

D

dx

dy

D

D

e

e

E

E'

Ef

E V

E X

E y

EG

EAT X

251

Cota do torpedo do perfilômetro;

Diâmetro do peso usado no Ensaio de Penetração;

Distância entre o nível d'água da bureta e o ponto

de referência no painel do perfilômetro;

Diâmetro inicial do corpo-de-prova no Ensaio Bidire

cional Cilíndrico;

Diâmetro do corpo-de-prova no Ensaio

Cilíndrico;

Diferencial da variável x;

Diferencial da variável y;

Bidirecional

Diâmetro do corpo-de-prova do Ensaio de Penetração;

Diâmetro da placa circular do Ensaio de Placa;

Índice de vazios;

índice de vazios inicial;

Base do logaritmo Neperiano;

Môdulo de deformação;

Môdulo de deformação normalizado em relação ao raio

da área de contato de pneu x aterro (E'= E/a);

MÔdulo de deformação da fundação;

MÔdulo de deformação da viga;

Môdulo de deformação na direção x;

Módulo de deformação na direção y;

MÔdulo de deformação do geotêxtil;

Módulo de deformação do aterro na direção x· '

EAT y

252

Módulo de deformação do aterro na direção y;

f (x' , Y ) Função dependente de x' e Y ;

Fz

FS

FSmin

g (x' ,

G

h

h

h

H

H

H

H'

H c

I

IP

J (L)

K

y )

Força na direção do eixo coordenado z;

Fator de segurança;

Fator de segurança mínimo;

Função dependente de x' e Y;

Densidade real dos graos;

Altura de queda do peso usado no Ensaio de Penetra-

çao;

Altura de aterro;

Umidade;

Umidade ótima;

Desnível no manômetro de mercúrio;

Altura do corpo-de-prova do Ensaio de

Plana Monodirecional;

Altura de Aterro;

Deformação

Altura de coluna d'água medida pelo perfilômetro de

recalques;

Altura de aterro;

Altura média de aterro nas seçoes com geotêxtil;

Altura média de aterro nas seçoes sem geotêxtil;

Momento de inércia de seçoes planas;

índice de Plasticidade;

Comprimento do geotêxtil fletido;

Módulo de reação do terreno;

K'

1

L

L

L'

LL

LP

N

N

NA

NT

OCR

p

p

p(x)

253

igual ao produto de K pelo raio da area de contato

pneu x aterro;

Comprimento da circunferência do corpo-de-prova no

Ensaio Bidirecional Cilíndrico;

Distância entre a boca do tubo de acesso do Extensô

metro Magnético Horizontal e o Imã de Referência;

Distância do pneumático ao pé do aterro na solução

de Nieuwenhuis;

Comprimento da base do aterro;

Distância do pneumático ao pé do aterro normaliza-

da em relação ao raio da ârea de contato

aterro;

Limite de Liquidez;

Limite de Plasticidade;

Número de passadas de veículos carregados;

Carga concentrada vertical;

Nível d'água;

Nível do terreno;

Relação de pré-adensamento;

Pressão de contato pneumático x aterro;

Pressão de calibragem do pneumático;

pneu

Pressão interna no Ensaio Bidirecional Cilíndrico;

Pressão externa no Ensaio Bidirecional Cilíndrico;

Pressão no Ensaio Hidráulico;

X

Pressão vertical devida ao tráfego de veículos

abcissa x;

na

p

PL

p

p

q

RP

~H

s

s c

254

Pressão vertical devida ao tráfego de veículos em x

= O;

Pressão aplicada sobre uma placa circular;

Placa de recalque;

Carga vertical do ensaio de Interface;

Carga atuante sobre o pneumático do veículo;

Sobrecarga distribuída uniformemente;

Pressão de contato;

Pressão interna do pneumático;

Capacidade de carga da fundação;

Raio de curvatura do geotêxtil deformado no Ensaio

Hidráulico de Tração;

Redução percentual nos recalques;

Redução percentual na altura de aterro devido a pr~

sença do geotêxtil;

Esforço de tração por unidade de comprimento;

Desvio padrão da amostra de alturas de aterro

seçoes com geotêxtil;

Desvio padrão da amostra de alturas de aterro

seçoes sem geotêxtil;

Esforço de tração por unidade de comprimento

ponto da manta geotêxtil;

Valor máximo de St;

nas

num

Componentes vertical e horizontal do esforço St' re~

pectivamente;

S' H

Su

Sl, S2 e

S3

SR

Sl, ... ,S6

T

T

T

u

u {L)

w

X

x'

y

y (x)

y'

z

z

255

Esforço SH normalizado em relação ao raio da super­

fície de contato pneu x aterro (S8 = SH/a);

Resistência não-drenada;

Denominação de furos de sondagem a percussao;

Relação de Expansão {SR= Cs/(1 + e0));

Denominação das seções instrumentadas;

Carga de tração no ensaio de Deformação Plana Mono

direcional;

Carga cisalhante no ensaio de Interface;

Temperatura;

Variável de apoio ao cálculo integral de funções ma­

temáticas;

Variação de comprimento do geotêxtil;

Peso;

Eixo coordenado das abcissas;

Abcissa normalizada em relação ao raio da superfí­

cie de contato pneu x aterro {x' = x/a);

Eixo coordenado das ordenadas;

Deslocamento vertical na abcissa x;

Ordenada normalizada em relação ao raio da area de

contato pneu x aterro {y' = y/a);

Recalque do aterro sem reforço na solução Niewenhuis;

!Ecalql.E do ate=o reforçado na solução de Nieuwenhuis;

Altura de agregado;

Eixo coordenado;

z

a

a

s

y

y

ó

256

Profundidade;

Altura do aterro de agregado;

Espessura do material de fundação;

ALFABETO GREGO

Ângulo da ponta do peso usado no Ensaio de Penetra

çao;

Coeficiente de ajuste da expressao simplificada pa­

ra o cálculo de pressoes na solução de Nieuwenhuis;

Relação entre a altura do aterro e o raio da super­

fície de contato pneu x aterro;

Relação entre À e o coeficiente a na solução

Nieuwenh uis;

Peso específico;

Peso específico do material de aterro;

Peso específico seco máximo;

Peso específico total;

Peso específico do mercúrio;

Peso específico da agua;

de

Deslocamento do corpo-de-prova no Ensaio Hidráuli­

co de Tração;

Coeficiente de correçao da altura de aterro em fun

ção da vida útil;

Deformação na direção x;

Deformação tangencial;

Deformação na direção z;

n (N)

À

µ (N)

V

V XX

V yx

257

Deformação num ponto do geotêxtil;

Valor máximo de Et;

Função dependente da carga concentrada N;

Igual a / K/S •';

Função dependente da carga concentrada N;

Coeficiente de Poisson;

Coeficiente de Poisson que relaciona urna deformação

numa direção horizontal à tensão aplicada numa ou­

tra direção normal à primeira;

Coeficiente de Poisson que relaciona a deformação

na direção x associada à tensão normal atuante so­

bre y;

~(N) Função dependente da carga concentrada N;

P Recalque;

Pi Recalque médio na seçao instrumentada i;

P Recalque médio;

(J

X

(J z

(J

vm

(J

vo

(J d

(J

3

<P

Tensão normal na direção x;

Tensão normal na direção y;

Tensão normal na direção z;

Tensão normal na direção tangencial;

Tensão normal tangencial de ruptura;

Pressão vertical de p ré-adensamento;

Pressão efetiva vertical

Tensão desviatória;

Tensão principal menor;

Ãngulo de atrito;

inicial;

258

LI STA DE FIGURAS

259

LISTA DE FIGURAS

CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO

Fig. 1.1 Consumo Total de Geotêxteis Não-Tecidos nos Estados

Unidos - Apud Koerner & Welsh (1980) - pág. 5

CAPITULO 2 - CARACTER!STICAS GERAIS DOS GEOTtXTEIS

Fig. 2.1 Arranjos Possíveis das Fibras Sintéticas - pag. 10

Fig. 2.2 Forma mais Simples de Arranjo dos Fios nos Geotêx­

teis do Tipo Tecido - pág. 10

CAPITULO 3 - COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS GEOTtXTEIS

Fig. 3.1 Ensaio Monodirecional em Geotêxteis - pág. 32

Fig. 3.2 Características de Isotropia dos Geotêxteis no En­

saio de Tração Monodirecional - Apud Rhodia (1980)

pág.32

Fig.3.3 Curvas de Tensão x Deformação Típicas para Ensaios

Monodirecionais em Geotêxteis - Apud Rhodia (1980)

pág. 33

Fig. 3.4 Esquema do Ensaio de Tração Localizada - pág.34

Fig. 3.5 Esquema do Ensaio de Deformação Plana de Sissons

(1977) - pág. 35

Fig. 3.6 Resultados de Deformação Plana para Diversos Geotêx

teis - Apud Sissons (1977) - pág. 36

Fig. 3.7 Esquema do Ensaio Bidirecional Cilíndrico de Tração

Apud Van Leeuwen (1977) - pág. 37

Fig. 3.8 Deformação do Corpo-de-Prova no Ensaio Bidirecional

Cilíndrico - Apud Van Leeuwen (1977) - pag. 37

260

Fig. 3.9 Verificação do Grau de Isotropia rara os Tecidos

Através de Ensaios Bidirecionais - Apud Van Ieeuwen

(1977) - pág. 38

Fig. 3.10 Comparação Entre Resultados de Ensaios Monodirecio

nais e Bidirecionais para Não-Tecidos - Apud Van

Leeuwen (1977) - pág. 39

Fig. 3.11 Ensaio Hidráulico de Tração em Geotêxteis -

Raumann (1979) - pág. 40

Apud

Fig. 3.12 Curvas Tensão x Defromação para Uma Manta de Po­

liéster Agulhada em Função das Dimensões do Corpo­

de-Prova - Apud Raumann (1979) - pág. 41

Fig. 3.13 Curvas Tensão x Deformação para Diversos Geotêx­

teis Obtidas Através do Ensaio Hidráulico - Apud

Raumann (1979) - pág. 41

Fig. 3.14 Curvas Tensão x Deformação de Ensaios Dinâmicos p~

ra Dois Geotêxteis Não-Tecidos - Apud Raumann(1979)

pág. 42

Fig. 3.15 Esquema do Ensaio de Deformação Plana Monodirecio­

nal - pág. 43

Fig. 3.16 Verificação da Influência da Largura do Corpo-de­

Prova no Ensaio de Deformação Plana Monodirecional

- Apud Rigo & Perfetti (1980) - pág. 44

Fig. 3.17 Comportamento de Vários Geotêxteis quanto a Fluên­

cia - Ensaio Bidirecional Cilíndrico - pág. 45

Fig. 3.18 Resultados de Ensaios de Fluência Obtidos Através

do Ensaio Hidráulico de Tração - Apud Raurrann (1979)

pág. 46

Fig. 3.19 Verificação do Efeito de Relaxação de Tensões em

Uma Manta de Tecido - Apud Van Leeuwen (1977) -

pág. 46

Fig, 3.20 Esquema do Ensaio de Resistência de Interface -

pág. 47

261

Fig. 3.21 Resultados Médios dos Ensaios de Interface Realiza

dos no Laboratório de Solos da Universidade R:?d::!ral

do Rio de Janeiro (Relatório COPPE/UFRJ, 1978)

pág. 48

Fig. 3.22 Resultados dos Ensaios de Interface Realizados no

Presente Trabalho - pag. 49

Fig. 3.23 Esquema da Solicitação que Justifica o Ensaio de

Penetração - pág. 50

Fig. 3.24 Ensaio de Penetração - pag. 51

Fig. 3.25 Medidor do Diâmetro da Abertura Causada no Ensaio

Penetração - pág. 51

Fig. 3.26 Resultados de Ensaios de Penetração para Diversos

Geotêxteis - Apud Alfheim & Sorlie (1977) - pág. 52

Fig. 3.27 Esquema da Solicitação que Justifica o Ensaio de

Resistência ao Estouro - pág. 53

Fig. 3.28 Esquema do Ensaio de Resistência ao Estouro - pag.

53

Fig. 3.29 Esquema dos Ensaios de Rasgamento - pag. 55

Fig. 3.30 Comparação Entre Resultados de Ensaios de Rasgame~

to Localizado e Rasgamento em Forma de Asa para D~

versos Geotêxteis - Apud Sissons (1977) - pág. 56

Fig. 4.1

Fig. 4. 2

CAPÍTULO 4 - UTILIZAÇÃO DE MANTA GEOTfXTIL COMO RE

FORÇO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES

Contribuição do Gextêxtil ao Awnento do Fator

Segurança da Obra - Pág. 95

e

Comportamento Tensão x Deformação Típicos dos Ma­

teriais: Aterro, Fundação e Geotêxtil - pág. 95

262

Fig. 4.3 Posicionamento do Centro com Fator de Segurança Mi

nima com e sem Geotêxtil - Apud Broms (1977) -

pág. 96

Fig. 4.4 Esquema da Análise de Estabilidade de Aterro Refor

çado com Geotêxtil - Programa BISPO - pág. 96

Fig. 4.5 Variação do Fator de Segurança Contra o Deslizamen

to pelo Método de Bishop com a Altura do Aterro p~

ra Diversas Resistências à Tração do Geotêxtil -

pág. 9 7

Fig. 4.6 Altura de Aterro para Fator de Segurança Unitário

Versus Resistência à Tração do Geotêxtil - pag. 98

Fig. 4.7 Deslocamentos do Centro do Círculo de Mínimo Fator

de Segurança em Função da Resistência da Manta Geo

têxtil Instalada - pág. 99

Fig. 4.8 Aumento da Altura de Aterro com a Coesão para um

Geotêxtil Instalado com Resistência de 39 kN/m

pág. 100

Fig. 4.9 Esquema da Contribuição do Geotêxtil ao Reforço de

Aterro de Baixa Altura - pag. 101

Fig. 4.10 Distribuição das Tensões Atuantes na Abordagem A­

proximada de Nieuwenhuis - pag. 101

Fig. 4.11 Exemplo Ilustrativo da Qualidade da Aproximação Pro

posta por Nieuwenhuis - pag. 102

Fig. 4.12 Esquema para a Obtenção do Raio a da Superfície de

Contato Entre o Pneu e o Aterro - pag. 103

Fig. 4.13 Valores de Stm e Etm Necessários em Função do MÓdu

lo de Reação K e da Relação Entre os Recalques do

Aterro com Reforço e sem Reforço - pag. 104

Fig. 4.14 Variação da Redução Percentual dos Recalques com o

Módulo de Reação pelo Método de Nieuwenhuis -

pág. 105

Fig. 4.15 Malha de Elementos Finitos utilizada no Processa­

mento do Programa LORANE LINEAR - pág. 107

263

Fig. 4.16 Perfis de Recalques para Diversos Módulos de Elas

ticidade da Fundação e do Geotêxtil Previstos pelo

Método dos Elementos Finitos - pág. 108

Fig. 4.17 Comparação Entre os Deslocamentos Horizontais Sob

o Pé do Aterro para o Aterro com e sem Reforço Pre

vistos pelo Método dos Elementos Finitos - pág.109

Fig. 4.18 Comparação Entre os Deslocamentos Horizontais Su­

perficiais para Um Aterro com e sem Reforço Previ~

to pelo Método dos Elementos Finitos - pág. 110

Fig. 4.19 Distribuição dos Esforços de Tração ao Longo do

Geotêxtil Previstos pelo Método dos Elementos Fini

tos - pág. 111

Fig. 4.20 Variação do Esforço de Tração Máximo no Geotêxtil

com o Módulo de Elasticidade da Fundação Prevista

pelo Método dos Elementos Finitos - pag. 112

Fig. 4.21 Variação do Recalque Máximo Sob o Aterro com a Car

ga Aplicada: Comparação Entre os Aterros com e sem

Reforço - pág. 113

Fig. 4.22 Perfis de Recalques dos Aterros com e sem Reforço

com Altura de 0.35m - pag. 114

Fig. 4.23 Comparação Entre os Deslocamentos Horizontais Su­

perficiais para Um Aterro com e sem Reforço Previ~

tos pelo Método dos Elementos Finitos - pág. 115

Fig. 4.24 Variação do Esforço de Tração ao Longo do Geotêxtil

para Alguns Casos Rodados com o Aterro de o.35m de

Altura - pág. 116

Fig. 4.25 Variação da Redução Percentual no Recalque Máximo

com o Módulo de Deformação do Geotêxtil - pág.117

Fig. 4.26 Variação da Redução Percentual no Deslocamento Ho­

rizontal Superficial Máximo com o Módulo de Defor­

mação do Geotêxtil - pág. 118

Fig. 4.27 Variação do Recalque Máximo com a Rigidez do Pé do

Aterro com H = 0.7m - pág. 119

Fig. 4.28 Variação do Recalque Máximo do Aterro Reforçado com

a Rigidez do Pé do Aterro - H = 0.35m - pág. 120

264

Fig. 4.29 Redução Percentual nos Recalques Máximos Versus R!

gidez da Fundação: Comparação Entre de Métodos dos

Elementos Finitos e a Solução de Nieuwenhuis

pág. 121

Fig. 4.30 Correção da Altura de Aterro em Função da Vida

útil da Estrada Expressa em Número de Passadas -

Apud Corps of Engineers (1962) - pág. 122

Fig. 4.31 Faixa Granulométrica Recomendada para o Material de

Aterro - Apud Mirafi (1980) - pág. 123

Fig. 4.32 Curvas para Dimensionamento de Aterros de Agregado

Recomendadas pela Monsanto Baseadas em Experiên­

cias do Prof. G.E.Sowers - Apud Monsanto (1980) -

pag. 124

Fig. 4.33 Curvas para Dimensionamento de Aterros de Agregado

Recomendadas pela Monsanto Baseadas em Experiên­

cias do Prof. G.E.Sowers - Apud Monsanto (1980)

pag. 125

Fig. 4.34 Esquema dos Ensaios de Placa Utilizando-se Geotêx

til como Reforço - pág. 126

Fig. 4.35 Esquema das Curvas Pressão x Recalque Usualmente

Obtidas nos Ensaios de Placa - pág. 126

Fig. 4.36 Geometria e Discretização do Meio do Problema Ana­

lisado por Bell et àl (1977) Através do Programa

NONSAP - pág. 129

CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES Ã RESPEITO DA INSTALA­

ÇÃO DE MANTAS GEOTEXTEIS NA BASE DE

ATERROS

Fig. 5.1 Costura da Manta Geotêxtil - pág. 134

Fig. 5.2 Esquema de Recobrimento em Elementos de Mantas Geo

têxteis - pág. 134

Fig. 5.3 Esquema do Lançamento de Aterro Sobre Mantas Geo­

têxteis - pag. 135

Fig. 5.4 Formas de Instalação de Mantas Geotêxteis em Cur­

vas de Aterros - pág. 136

265

Fig. 5.5 Esquemas de Colocação de Mantas Geotêxteis Sob A-

terros pág. 137

CAPITULO 6 - CARACTERISTICAS GEOTtCNICAS DOS MATE

RIAIS ENVOLVIDOS

Fig. 6.1 Localização dos Aterros Experimentais do IPR

pág. 145

Fig. 6. 2 Perfil Geotécnico da Fundação - Apud Ramalho Ortigão

(1980) - pág. 146

Fig. 6.3 Curvas Granulométricas da Argila Cinza do Rio de

Janeiro - Apud Ramalho Ortigão (1980) - pag. 147

Fig. 6.4 Resumo de Propriedades Geotécnicas da Argila Cinza

do Rio de Janeiro - Apud Ramalho Ortigão (1980)

pág. 148

Fig. 6.5 Resumo de Resultados de Ensaios Oedométricos na Ar

gila Cinza do Rio de Janeiro - Apud Ramalho Ortigão

(1980) - pág. 149

Fig. 6.6 Dados Sobre o módulo de Elasticidade da Fundação -

Apud Ramalho Ortigão (1980) - pág. 150

Fig. 6.7 Curva Granulométrica do Material de Aterro da Es­

trada de Acesso - pág. 151

Fig. 6.8 Ensaios de Compressão Simples no Material de Ater­

ro da Estrada de Acesso - pág. 152

Fig. 6.9 Ensaio de Cisalhamento Direto: Resistência do Mate

rial do Aterro e Resistência de Interface -

pag. 152

CAPITULO 7 - DETALHAMENTO DAS SEÇÕES INSTRUMENI'ADAS

Fig. 7.1 Planta da Estrada de Acesso - Localização das Se-

ções Instrumentadas pág. 15 7

Fig. 7.2 Detalhamento da Seção S-1 - Bidim OP-30 Sob a Pla­

taforma - pág. 15 8

Fig. 7.3 Detalhamento da Seção S-2 - Sem Geotêxtil -pág .. 159

Fig. 7 .4

Fig. 7.5

Fig. 7 .6

266

De talhamento da Seção S-4 - Bidim OP-40 - pág. 160

Detalhamento da Seção S-5 - Bidim OP-40 - Ancorado

Internamente - pag. 161

Detalhamento da Seção S-6 - Bidim OP-40 - Ancorado

Externamente - pag. 162

CAPÍTULO 8 - PROJETO DA INSTRUMENTAÇÃO E INTRUMEN­

TOS UTILIZADOS NA ESTRADA DE ACESSO

Fig. 8.1 Detalhamento Geral da Instrumentação Utilizada

pág. 174

Fig. 8.2 Componentes do Extensômetro Magnético Horizontal -

pag. 175

Fig. 8.3 Perfilômetro de Recalque IPR - Apud Palmeira &

Ramalho Ortigão (1980) - pag. 176

Fig. 8.4 Esquema dos Testes com o Perfilômetro em Laborató

rio - Apud Palmeira & Ramalho Ortigão (1980)

pag. 177

Fig. 8.5 Desempenho do Perfilômetro em Laboratório -

Palmeira & Ramalho Ortigão (1980) - pág. 178

Apud

Fig. 8.6 . - vHa Variaçao de....c.:::..a_0

com a Temperatura - Apud YH2

& Ramalho Ortigão (1980) - pág. 179

Palmeira

Fig. 8.7 Comparação Entre os Recalques Medidos com o Perfi­

lômetro e Outros Instrumentos em Juturnaíba - Apud

Palmeira & Ramalho Ortigão (1980) - pag. 180

Fig. 8.8 Comparação Entre os Resultados do Perfilômetro e

das Placas PL-2 e PL-3 em Juturnaíba - Apud Palmeira

& Ramalho Ortigão (1980) - pág. 181

CAPÍTULO 9 - SOLICITAÇÕES IMPOSTAS Ã ESTRADA DE

ACESSO

Fig. 9.1 Variação do Número de Passadas com o Tempo nas Se

çoes Instrumentadas - pág. 185

267

CAP1TULO 10 - RESULTADOS OBTIDOS NAS MEDIÇÕES DE

CAMPO

Fig. 10.1 Perfis de Recalques ao Longo das Seções Instrumen

tadas para 50 Passadas - pig. 190

Fig. 10.2 Perfis de Recalques ao Longo das Seções Instrumen

tadas para 100 Passadas - pig. 191

Fig. 10.3 Perfis de Recalques ao Longo das Seções Instrumen

tadas para 150 Passadas - pig. 192

Fig. 10.4 Perfis de Recalques ao Longo das Seções Instrumen

tadas para 200 Passadas - pig. 193

Fig. 10.5 Perfis de Recalques ao Longo das Seções Instrumen

tadas para 400 Passadas - pig. 194

Fig. 10.6 Perfis de Deslocamentos Horizontais Superficiais

da Fundação e do Geotêxtil em Função do Número de

Passadas - pig. 195

CAP1TULO 10 - INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS

NAS MEDIÇÕES DE CAMPO

Fig. 11.1 Variação dos Recalques Mêdios com o Número de Pas

sadas - Seção Inteira - pig. 209

Fig. 11.2 Variação da Redução Percentual nos Recalques com o

Número de Passadas - Seção Inteira - pig. 210

Fig. 11.3 Variação dos Recalques Mêdios nas Seções Instrume~

tadas com o Número de Passadas Considerando-se a

Meia Seção à Esquerda do Eixo de Simetria - pig.211

Fig. 11.4 Variação da Redução Percentual nos Recalques Mé­

dios com o Número de Passadas para a Meia Seção à

Esquerda do Eixo da Simetria - pig. 212

Fig. 11.5 Variação do Recalque Médio com o Número de Passa­

das - Escala Transformada - Meia Seção -pig.213

Fig. 11.6 Variação do Recalque Médio com o Número de Passa­

das - Escala Transformada - Seção Inteira - pig.214

268

Fig. 11.7 Alturas de Aterro Obtidas ao Longo das Seções Ins

trumentadas - pág. 215

Fig. 11.8 Perfis de Deformações Horizontais no Geotêxtil e

na Fundação para 50 Passadas - pág. 216

Fig. 11.9 Perfis de Deformações Horizontais no Geotêxtil e

na Fundação para 100 Passadas - pág. 217

Fig. 11.10 Perfis de Deformações no Geotêxtil e na

para 150 Passadas - pág. 218

Fundação

Fig. 11.11 Perfis de Deformações Horizontais no Geotêxtil e

na Fundação para 200 Passadas - pág. 219

Fig. 11.12 Comparação Entre os Perfis de Deformações Horizon-

tais Superficiais das Seções S-1 e S-2 para vá-

rios Números de Passadas - pag. 220

Fig. 11.13 Comparações Entre os Perfis de Recalques da Funda­

ção e de Deformações no Geotêxtil para 50 Passadas

- Pág. 221

Fig. 11.14 Comparações Entre os Perfis de Recalques da Funda­

ção e de Deformações no Geotêxtil para 100 Passa­

das - pág. 222

Fig. 11.15 Comparações Entre os Perfis de Recalques da Funda­

çao e de Deformações no Geotêxtil para 150 Passa­

das - pag. 223

Fig. 11.16 Comparações Entre os Perfis de Recalques da Funda­

çao e de Deformações no Geotêxtil para 200 Passa­

das - pag. 224

Fig. 11.17 Perfis de Deslocamntos Horizontais dos Alvos Magn~

ticos Instalados no Geotêxtil em Várias Datas na

Seção S-6: Verificação no Deslocamento Relativo En

tre o Aterro e o Geotêxtil - pág. 225

Fig. 11.18 Comparação Entre os Perfis de Recalques Obtidos p~

ra 25 Passadas e o Previsto Teoricamente- pág. 226

Fig. 11.19 Comparação Entre os Perfis de Deslocamentos Hori­

zontais da Fundação Obtidos para 25 Passadas e o

Previsto Teoricamente - pág. 227

269

Fig. 11.20 Comparação Entre os Perfis de Deformações no Geo­

têxtil Obtidos para 25 Passadas e o Previsto Teo­

ricamente - pág. 228

270

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Fo l o 1 - Vi sta do Local de Cons trução dos At er r os Experimenta i s do

Instituto de Pesquisas Rodoviir ias

272

Foto 2 - Geotêxteis do Tipo Não- Tecido

273

Foto 3 - Geotêxtcis do Tipo Tecido

27 4

\

Foto 4 - Componentes do Extcnsômetro ~agnético Horizontal :

Placa :-lagnética , Torpedo , Trena e Rolo da Fiação

Foto 5 - Detalhe do Torp~

do Magnético

. .. .

2 75

..

Foto 6 - Pe rfilÔme tro de Recalques IPR : Detal he do Pai­nel, Torpedo e Ca i xa de Prote­çao .

Fo t o 7 - Pe r fi l Ôrnetrol ns talado , Pronto para Le i tura .

276

Foto 8 - Detalhe do Alvo Magnético Instalado na

Manta Geotêxtil.

Foto 9 - Base de ReferMncia para as Leituras na

Estrada de Acesso.

277

Foto 10 - Detalhe do Rolo do Geotêxtil Empregado

~ ~ ' ·~

'11 ~ p •'

r, , )

Foto 11 - Detalhe da Máquina de Costura do Geotêxtil

278

Foto 12 - Detalhe da Costura da Manta Geotêxtil

Foto 13 - Detalhe da Costura da Manta Geotêxtil

279

Foto 14 - Detalhe da Costura da Manta Geot~xtil

Foto 15 - Detalhe de Um Trecho Costurado

280

\._ - \.

·.'\..

Foto 16 - Dificuldade de Trafego Devido à Altura de Aterro e Características Mecânicas do Aterro Insuficientes (H; 0 ,60m).

Foto 17 - Estado da Superfície da Estrada de Acesso

(Nessa Época, H; 0,60m) .

281

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'

Foto 18 - Estado da Superfície da Estrada de Acesso (Pri meiras Passadas, Altura de Aterro; 0.6m) . -

Foto 19 - Estado da Superfície da Est rada de Acesso (Pri meiras Passadas , Altura de Aterro; 0 . 6m).

282

Foto 20 - Restauração de Trecho da Estrada de Acesso (P r óximo ã Seção S- 6) .

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Foto 21

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Vista da Restauração de Trechos da Estrada de Acesso .