uso de filmes no ensino de histÓria

33
Jacqueson Silva Jéssica Simões Leilinarea Aquino Maria Ribeiro Suelly Cristina

Upload: jessica-simoes

Post on 02-Jul-2015

160 views

Category:

Education


4 download

DESCRIPTION

Abordagem de como se utilizar filmes no ensino de História

TRANSCRIPT

Jacqueson Silva

Jéssica Simões

Leilinarea Aquino

Maria Ribeiro

Suelly Cristina

Um breve históricosobre o cinema

• 1895- Irmãos Lumière criam o Cinematógrafo – Objeto de cunho científico. (Primeiro filme da história, o trem saindo da estação).

• 1902- Primeiro filme produzido como espetáculo, como arte, apresentando uma história e não apenas o cotidiano

apresentado pelos irmãos Lumière- Viagem a Lua- Georges Méliès.

Irmãos Lumière

Primeiro filme da História-O trem chegando na estação

1895

Georges Méliès Primeiro filme considerado como

arteViagem a Lua

1902

1920- EUA surge como potência cinematográfica – Grandes estúdios em Hollywood.

Charles Chaplin – Levou ao extremo as possibilidades narrativas do cinema mudo, graças ao enorme talento de

sua expressão facial e corporal, além da habilidade única em narrar situações que mesclavam humor e crítica social.

Características da Produção Cinematográfica

• Processo de manipulação que vale não só para a ficção como também para o documentário, e que torna ingênua qualquer interpretação do

cinema como reprodução do real;

• A significação depende essencialmente da relação que se estabelece com outros elementos ( Imagem, Som, História, Efeitos Visuais);

• Mercadoria Abstrata- Subjetivismo;

• A Necessidade de lucro tende a homogeneizar os produtos e público-Sistema Capitalista na produção cinematográfica.

• Star- System- Condicionar os enredos dos filmes ao ator principal, formando trajetórias individuais-

heróis – Relação com a História – Sempre grandes nomes- Não há mercado para obras com

“personagem coletivo”;

• Reações emocionadas criadas na imagem.

Marilyn Monroe – Ícone do cinema dos anos 50

Escolas cinematográficasclássicas

• Naturalismo “ Holliwoodiano”- Naturalização, identificação com espectador, Alienação do produto- Produto de massa;

• Surrealismo- Não “explica” o real pela continuidade lógica racional;

• Cinema Épico Soviético- Manipula os vários pontos de vista para que o espectador busque uma verdade, questionamento, Dialética, busca de um

realismo crítico;

• Neo – realismo Italiano – Manter o “ tempo real do sofrimento” representado no filme, exposição extensiva da realidade com

mínimo de corte, espaços abertos “ reais” para a cena;

• Expressionismo Alemão- Camêra não registra o real e sim cria visões com bases nas angustias humanas;

• Nova onda Francesa- Liberdade narrativa;

• Cinema Novo Brasileiro- Liberdade narrativa, imagens com poucos movimentos e corte, diálogos longos e refletidos , preferência por

temas sociais e políticos.

• Em princípio não há tema que seja vedado ao cinema, que deixa de ser um meio exclusivo de contar estórias para se tornar também um meio de

reflexão, política, estética, ética, religiosa, sociólogica.” ( pág. 105).

Jean- Claude Bernardet.

“Nós não apenas contamos, com também recortamos nossas histórias. E recortar quase sempre significa adaptar- “ajustar” as histórias para que

agradem ao seu novo público.”

Linda Hutcheon – Uma teoria da Adaptação

O cinema na prática docente

Adequação e abordagem do filme na escola:

• possibilidades técnicas e organizativas;

• articulação com currículo/conteúdo, habilidades e conteúdos;

• abordagem conforme a faixa etária e etapa de aprendizagem.

Três Faixas Etárias / Etapas De Aprendizagem:

• o cinema na educação infantil e nos primeiros ciclos do ensino fundamental (cinco a dez anos): narrativa, método operacional e formação de valores;

• o cinema na pré-adolescência (11 aos 13 anos): percepção e curiosidade sobre o mundo;

• o cinema na adolescência e no ensino médio (14 aos 18 anos):

interpretação e senso critico.

O Uso Didático-pedagógico Do Cinema: Possibilidades E Armadilhas:

• conteúdo: fonte/ texto-gerador;

• linguagem: educando o olhar do espectador/ interagindo com outras linguagens

• técnicas: na filmagem...

Planejamento Das Atividades E Procedimentos Básicos:

Fase 1: Planejando As Atividades:

# pense no emprego do filme dentro de um planejamento geral.

# antes de trabalhar com o filme em sala de aula, procure algumas informações básicas.

Fase 2: Analisando O Filme

# não inicie o trabalho de analise exibindo o filme em classe;

# forneça um roteiro de analise para os alunos;

# selecione se for preciso, textos de apoio.

Fase 3: O trabalho em sala de aula

# articulação com o conteúdo trabalhado em classe

Cinema noensino de História

1 - Utilizar cinema como recurso pedagógico;

• Assistir ao filme e preparar a aula- Primeira atitude do professor realmente engajado com a

aprendizagem de seus alunos

• É necessário uma apresentação prévia antes da exibição do filme;

• O filme deve constituir-se em um instrumento de reflexão.

2- Postura do professor historiador frente ao objeto de estudo:

• Entendemos que ao historiador não cabe a função de contemplação às imagens, mas sim de

adentrar os limites que a obra revela.

3- A produção fílmica não aborda o contexto histórico em si, apenas faz alusão ou coloca como plano de fundo. O

interesse primordial é comercialização;

• Cabe ao professor diferenciar os elementos apresentados, levando o espectador a um

questionamento, uma reflexão sobre as alterações no filme e o que os documentos escritos nos apontam.

Documentários

• Este tópico tem por objetivo refletirmos sobre o vídeo documentário como instrumento de

aprendizagem no ensino de História.

• Com o advento da Escola Nova, inicialmente nos Estados Unidos e na Europa, educadores e estudiosos da Psicologia da

Aprendizagem começaram a confrontar às práticas pedagógicas consideradas tradicionais.

• Eles defendiam uma educação que pudesse integrar o indivíduo na sociedade, ampliando, assim, a democratização do acesso à escola.

Nesse mesmo período histórico, os teóricos da Escola de Annales iniciavam o processo de

renovação da produção historiográfica

• Considera-se que a potencialidade do cinema em sala de aula não tem sido plenamente explorada, tendo em vista que,

apesar de toda a aceitação de sua importância para o conhecimento escolar, algumas visões equivocadas ainda

persistem.

• Olhar como conteúdo unicamente verdadeiro

( evitar a assimilação como verdade absoluta);

• Intencionalidade na produção;

• Documentários Históricos revelam posturas diante do passado;

• Visões ideológicas e políticas diferentes;

• Direcionamento da visão do espectador para uma perspectiva.

DESENHOS ANIMADOS

• Alerta sobre a neutralidade do conteúdo

( pois mesmo sendo direcionado ao público infantil, possui intencionalidade);

• Disney- Narrativas fabulosas;

• Dream Works- Conteúdos sociais ou históricos.

• Por exemplo, ao incorporar filmes em suas aulas, acredita-se, muitas vezes, que o professor não está dando aula e o filme “é para passar o tempo”. Tal visão preconceituosa pode advir tanto dos alunos

como de seus colegas e do grupo gestor.

Análise do curtaILHA DAS FLORES

• Objetivo: Questionar as problemáticas sociais, ambientais, econômicas acarretadas pelo

sistema capitalista, através da reprodução do documentário Ilha das Flores

• Diretor: Jorge Furtado

• Elenco: Júlia Barth, Paulo José, CiçaReckziegel.

• Produção: Nora Goulart, Monica Schmiedt

• Roteiro: Jorge Furtado

• Fotografia: Sergio Amon, Roberto Henkin

• Trilha Sonora: Geraldo Flach

• Duração: 13 min.• Ano: 1989• País: Brasil• Gênero: Documentário• Cor: Colorido• Distribuidora: Não definida• Estúdio: Casa de Cinema de

Porto Alegre

FICHA TÉCNICA

Questionário para Reflexão

1- Quais as classe sociais presentes no documentário?

2- Quais os problemas acarretados pelo capitalismo que foi apresentado no filme?

3- Qual a dinâmica sócio espacial apresentada no filme Ilha das Flores.

4- O que vocês entendem como liberdade de acordo com a frase final do filme?

5- O que podemos absorver através desse documentário diante da realidade em que vivemos.

FRASE FINAL

“ A diferença entre os seres humanos sem dinheiro e os porcos é que os primeiros têm liberdade.” “LIBERDADE: essa palavra que o sonho humano alimenta e que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”

Cecília Meireles (Romanceiro da Inconfidência)

Referências Bibliográficas

• BERNARDET, Jean- Claude- O que é cinema / Jean- Claude Bernardet- São Paulo: Brasiliense, 2000. Coleção Primeiros Passos.

• NAPOLITANO, Marcos. Como Usar o Cinema em Sala de Aula , 4 ed- São Paulo: Contexto, 2008.

• FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. São Paulo: Papirus, 2003.

• pesquisefilmesdidaticos.blogspot.com.br