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1. FICHA PARA CATÁLOGO
Título: Uso de Filmes comerciais no Ensino de Ciências como forma de facilitar a
Aprendizagem Significativa.
Autor (a) Jocelita Cassia Rodrigues
Escola de Atuação Colégio Estadual Santa Catarina - Ensino Fundamental e Médio
Município da Escola Coronel Domingos Soares – Paraná
Núcleo Regional de Educação Pato Branco – Paraná
Orientador Sandro Aparecido dos Santos
Instituição de Ensino Superior Unicentro – Universidade Estadual do Centro-Oeste
Disciplina/Área (entrada no PDE) Ciências
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Ciências- Matemática- Historia- Geografia- Artes - Português
Público Alvo Professores da área de Ciências
Localização Colégio Estadual Santa Catarina Ensino Fundamental e Médio – Avenida das Araucárias s/nº
Apresentação O presente estudo tem por premissa, analisar o uso de filmes comerciais como facilitador da aprendizagem significativa. Numa perspectiva ampla, mergulhamos na possibilidade de explorar, como os filmes vem representando e ao mesmo tempo produzindo o ensino. Norteada pelas DCEs-PR, da área de ciências, a qual traz como objeto de estudo o conhecimento cientifico que resulta da investigação da natureza. Para tanto, a proposta compreende o educador como facilitador do processo de ensino, alicerçado na teoria da Aprendizagem significativa defendida por Ausubel. O avanço tecnológico e o aperfeiçoamento dos equipamentos audiovisuais na maioria das instituições de ensino têm acesso a produções cinematográficas, tal avanço parece ser ignorado pela educação escola e administração publica que divulga largamente o fato de equiparem as instituições com as novas tecnologias, mas sem a preocupação paralela de formação ou capacitação dos educadores para esse empreendimento. Este trabalho propõe a analise da linguagem dos filmes, alem de pensar neles como instrumento pedagógico, pensar que é um objeto de conhecimento e que
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possibilita a percepção da realidade mais ampla, que os cursos de formação não os preparam para uma adequada utilização deste recurso e para a apropriação dessa linguagem. A busca por propostas contemporâneas se faz presente entre os educadores, bem como essas propostas podem trazer resultados positivos para a educação.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Ensino de Ciências; Aprendizagem Significativa; Formação de professores; Filmes Comerciais
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACONAL – PDE
JOCELITA CASSIA RODRIGUES
USO DE FILMES COMERCIAIS NO ENSINO DE CIENCIAS COMO FORMA DE FACILITAR A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Material didático da disciplina de Ciências apresentado ao programa de Desenvolvimento educacional, vinculado a Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO.Orientação: Professor Sandro Aparecido dos Santos
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GUARAPUAVA – 2011
APRESENTAÇAO
Desde o inicio do século XX já se falava em introduzir o cinema na educação
como um instrumento didático (SERRANO, apud BITTENCOURT,1993) e hoje, sem
dúvida, ele já está presente no cotidiano dos alunos, influenciando sua leitura do mundo
e sua forma de interpretação da realidade, seja qual for sua faixa etária ou nível
socioeconômico.
Nesta Unidade Temática, pretende-se desenvolver uma discussão permeando o
processo de ensinar e aprender com a observação, a reflexão e o discernimento das
questões que norteiam o uso de filmes comerciais como ferramenta pedagógica nesse
processo. Sendo assim, propomos usar os filmes comerciais para inserir conteúdos
estruturantes na sala de aula, também ampliar o espaço de lazer e cultural da escola,
incentivando a formação crítica e apreciativa dessa arte. Por meio, de mais essa
ferramenta pedagógica acreditamos que se pode amenizar o alto índice de
desmotivados, encontrando caminhos para o envolvimento de educadores nas atividades
educacionais, rediscutindo o real papel dos filmes comerciais nas escolas e qualificando
o educador para a utilização de recursos tecnológicos existentes nas salas de aula. A
prática de uso de filmes em sala de aula e tão antiga quanto os videoplayers e suas fitas.
Os filmes comerciais, no contexto atual da educação como mídia educativa,
podem ser compreendidos a partir de diversas dimensões estéticas, cognitivas, sociais e
psicológicas inter-relacionadas com o caráter instrumental da cinematografia aplicado
como suporte de ensino através da utilização de ferramentas psicodinâmicas, e sobre
tudo com o caráter de ensinar e educar com o cinema e sobre o cinema. O fato é que
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muitos são os momentos em que os filmes comerciais aparecem como elementos
pedagógicos no contexto escolar. Porem, apesar de ser um velho conhecido de todos,
ainda existem equívocos, tabus e muito desconhecimento acerca dessa valiosa prática
pedagógica.
Os filmes comerciais são potentes recursos audiovisuais, que por meio do
enredo, da trama, dos personagens, do lúdico, podem quando utilizados de modo
adequado, promover excelentes experiências de aprendizagem significativa, pois neles
são trabalhadas nossas experiências e emoções, abordando diferentes linguagens: falada,
visual, musical e escrita.
Quando o aluno compreende um conteúdo trabalhado em sala de aula, sendo
que, este parta de um ensino consistente ou planejado, ele amplia sua reflexão sobre os
fenômenos que acontecem à sua volta e isso pode gerar, conseqüentemente, discussões
durante as aulas fazendo com que os alunos, além de exporem suas idéias, aprendam a
respeitar as opiniões de seus colegas de sala. As aulas de Ciências proporcionam gran-
des espaços para que o aluno seja atuante, construtor do próprio conhecimento, descob-
rindo que a ciência é mais do que mero aprendizado de fatos. Nesse sentido, o educador
deve oferecer condições para que o aluno compreenda que as ciências fazem parte do
seu cotidiano e de modo crítico permita cultivar atitudes que possibilitem viver uma
ação construtiva consigo mesmo e com seu meio.
Os filmes comerciais em sala de aula podem ser utilizados com vários objetivos
e abordando diversos temas, conteúdos provocando no aluno o questionamento da
sociedade na sua interação com o meio. Contudo, é fundamental considerar o nível de
ensino, bem como os objetivos com os filmes comerciais, antes de defini-los e aplicá-
los.
Partindo desse pressuposto, algumas questões são imprescindíveis: De que
forma os filmes comerciais podem contribuir para o processo de aprendizagem
significativa? Como e quando aplicá-los? Quais os limites e as potencialidades dos
filmes comerciais para o uso em sala de aula como ferramenta pedagógica eficiente para
a aprendizagem?
Para tanto, elaboramos esta Unidade Didática que está dividida em partes. A
primeira aborda a importância do uso de filmes comerciais como ferramenta pedagógica
de ensino-aprendizagem. A segunda que evidencia a importância dos educadores na
formação continuada dando ênfase no uso das tecnologias. A terceira onde
apresentamos a proposta de ensino fazendo uso da Teoria de Ausubel, que apresenta
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como construto a Aprendizagem Significativa. Na quarta parte, apresentamos a sugestão
de como fazer uso de filmes comerciais na sala de aula.
PARTE 1 – A IMPORTANCIA DO USO DE FILMES COMERCIAIS COMO
FERRAMENTA PEDAGOGICA DE ENSINO-APRENDIZAGEM
É de nosso conhecimento a preocupação do homem, desde a Pré-História, em re-
gistrar seu cotidiano por meio de desenhos e pinturas, dinamizando-os através do movi-
mento. Tão antigo quanto à criação do desenho em movimento, ilustrado nas paredes
das cavernas pré-históricas, temos informações do jogo de sombras do teatro de
marionetes oriental e, posteriormente, a invenção da câmara escura e a lanterna mágica
que constituem os fundamentos da ciência óptica, tornando possível a realidade cinema-
tográfica.
Apesar de ser uma linguagem artística com mais de cem anos de existência, os
filmes comerciais ainda não foram “captados” devidamente, do ponto de vista didático e
da crítica histórica, para dentro da sala de aula.
A aproximação com os filmes comerciais como objeto de estudo e investigação
é desafiador, quando temos como proposta o envolvimento de educadores no processo
de ensino-aprendizagem. O papel preponderante que a mídia tem ocupado no
desenvolvimento econômico e cultural e sua presença cada vez mais intensa na agenda
do entretenimento e nos processos de criação, lazer, trabalho e formação exige dos
educadores que concebam novos procedimentos metodológicos e apresentem posturas
que contemplem processos diferenciados de aprendizagem, respeitando as
sensibilidades e subjetividades advindas de novas linguagens e signos.
Independente do futuro acadêmico ou profissional e considerando a grande
variedade de atividades, observa-se que nem sempre o conhecimento cientifico fará
parte dessas práticas, e, justamente pela falta de evidência do valor e da utilidade do
conhecimento cientifico, pois segundo Paraná (2008, p.56) “Ao preparar a sua aula o
professor deve ter em vista que a produção científica não é uma copia fiel do mundo ou
da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção racional, uma
aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza”.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento cientifico
que resulta da investigação da natureza. Do ponto de vista cientifico, entende-se por
natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o universo, em toda a sua
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complexidade. Ao homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na
natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força, campo, energia e vida (Paraná, 2008, p.4).
A busca de propostas contemporâneas para tratar das questões do ensino-
aprendizagem, nas instituições de ensino formal, vem sendo uma das principais
preocupações entre os educadores.
Sabemos que o cinema é considerado a sétima arte e que através da arte adquiri-
mos conhecimentos, desvendamos o mundo. No entanto, o cinema ainda não é explora-
do com a potencialidade que deveria. Nesse sentido, segundo Duarte (2002, p. 87), a di-
ficuldade está em reconhecer o cinema como arte porque estamos impregnados da idéia
de que cinema é diversão e entretenimento e não representa um recurso pedagógico que
pode auxiliar de forma lúdica e atraente a aquisição de novos saberes.
PARTE 2 – A IMPORTANCIA DO USO DAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇAO
CONTINUADA DOS EDUCADORES
O aprendizado na escola não pode se restringir unicamente ao cumprimento de
horários e conteúdos deve ir muito além do simples formalismo presente, nessas
atividades. A escola não pode se furtar da construção de conceitos através da
significação das ações naturais e das ações humanas por meio de atividades de
observações e críticas, através das quais há possibilidades de mudanças de hábitos, de
postura filosófica frente aos acontecimentos naturais. Havendo necessidade na mudança
de ações, passamos então a usar novas metodologias, a ressignificar conceitos.
O educador tem acesso aos meios tecnológicos, mas muitas vezes não faz uso
dessa ferramenta, para auxiliar na construção do conhecimento trazendo insegurança na
apresentação dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
O uso de imagens no ensino de Ciências é absolutamente rotineiro. Pesquisas
têm mostrado que a leitura de imagens precisa ser ensinada, pois elas não são
transparentes. Como qualquer outro recurso, o professor tem um papel, intencional ou
não, direto ou indireto, no modo como as imagens funcionam em sala de aula. Além
desses pressupostos, considerou-se que a leitura de imagens depende de condições
sócio-historicamente construídas. O sujeito faz parte dessas condições. Essas idéias nos
mostram a necessidade de se estudar com mais profundidade o papel da formação de
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professores na constituição dos modos de mediação do uso de imagens no ensino de
Ciências.
Há uma distância considerável entre a prática da exibição cinematográfica e a re-
alidade escolar brasileira. Escolas e professores, de um modo geral, não estão suficien-
temente preparados para lidar com esse tipo de linguagem. Por parte do professor, por
exemplo, predomina com muito vigor o ensino tradicional, baseado fundamentalmente
em aulas expositivas e no livro didático como referencial para informar e não para dis-
cutir e construir o conhecimento histórico. Identificar os fatores que levam a não-utiliza-
ção eficiente de filmes comerciais em sala de aula ou quando ele é utilizado, mesmo de
modo inadequado, não é uma tarefa fácil.
PARTE 3 – APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é in-
corporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a
partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou
repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significa-
do, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações
arbitrárias na estrutura cognitiva.
A aprendizagem significativa proposta por Ausubel é uma aprendizagem cogni-
tivista, na qual o conceito deve ser organizado e assim interagir com o conteúdo total de
idéias. É o processo através do qual uma pessoa adquire novos conhecimentos
de maneira não-arbitrária e substantiva. “Não-arbitrariedade quer dizer que o material
potencialmente significativo se relaciona de maneira não-arbitrária com o conhecimento
já existente na estrutura cognitiva do aprendiz. Substantividade significa que o que é in-
corporado à estrutura cognitiva é a substância do novo conhecimento, das novas idéias,
não as palavras precisas usadas para expressá-la” (Moreira, Caballero, Rodriguez
(orgs.)1997, p.20).
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em pri-
meiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser me-
morizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em
segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo,
ou seja, ele tem que ser lógico e psicologicamente significativo: o significado lógico de-
pende somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência
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que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm signi-
ficado ou não para si próprio.
Para facilitar ao aluno a aprendizagem significativa é importante manipular o
conteúdo, identificando conceitos básicos da matéria de ensino e entendendo-o como
eles estão estruturados, fazendo uma análise de sua importância e relacioná-los com as-
pectos relevantes da estrutura cognitiva do aprendiz. Em seguida, esses conteúdos de-
vem estar programados para ordenar a matéria de ensino, respeitando sua organização e
planejando atividades práticas. É importante não sobrecarregar o aluno com conceitos
desnecessários e procurar a melhor maneira de expor o conteúdo, relacionando-os com
atividades práticas que sejam significativas para o aprendiz.
Em uma aprendizagem significativa não acontece apenas à retenção da estrutura
do conhecimento, mas se desenvolve a capacidade de transferir esse conhecimento para
a sua possível utilização em um contexto diferente daquele em que ela se concretizou.
A palavra enquanto mensagem, segundo BAKTHTIN (1995), é uma estrutura
pura, complexa, que o homem utiliza na sua prática, distanciando o receptor da essência
da mensagem que pode ser feita de palavra escrita, falada, cantada, desenhada, pintada,
tocada, cheirada, vista, gesticulada, saboreada ou, simplesmente, sentida. O próprio edu-
cador, praticante da sua área de conhecimento, é uma ferramenta do saber do aluno. Se
ele for apaixonado pela sua área de conhecimento e for capaz de encantar, o aluno pode-
rá talvez perceber que existe algo pelo qual alguém de fato se interessou e que talvez
possa valer à pena seguir o mesmo caminho. Mas se essa não for à realidade vivida pelo
professor, se ele apenas transmitir aquilo que leu nos livros, por mais que ele fale de de-
terminado assunto, todo corpo estará dizendo o contrário e o aluno provavelmente terá
aquele conhecimento como algo para apenas ser cumprido, porque a mente humana é
capaz de fazer leituras bastante profundas dos detalhes aparentemente insignificantes,
mas que certamente têm um grande poder de semear profundos significados. Baseado
nessas informações, conclui-se que a teoria de Ausubel contribuirá de maneira significa-
tiva na construção do conhecimento, de tal modo que tenhamos uma sociedade mais
culta e crítica e em condições de melhor observar e melhorar o mundo a sua volta.
PARTE 4 – ROTEIRO DE FILMES COMERCIAIS PARA SEREM ANALISADOS E
UTILIZADOS PELOS EDUCADORES EM SUAS AULAS.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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Os Educadores da área de Ciências possuem conhecimentos, que foram
adquiridos ao longo de sua caminhada. Para os Educadores, é de extrema importância
conhecer um pouco nosso educando, que elementos chamam sua atenção, qual a relação
que ele possui com o meio em que ele está inserido.
Devemos ter como premissa em nosso trabalho, a troca de experiências entre os
educadores. A análise de filmes comerciais utilizados em aulas visa traçar um
diagnóstico do conhecimento prévio, para posterior registro, sempre tentando fazer com
que todos participem do debate.
Quando falamos em usar os filmes comerciais corretamente, é importante entender
que:
a) A prática da projeção do filme em ambiente escolar deve estar alicerçada no pla-nejamento de ensino. Não adianta levar os alunos para a sala de TV ou o vídeo para a sala sem definir exatamente o conteúdo que se deseja abordar.
b) O professor deve assistir ao filme com antecedência, marcando as partes, os ele-mentos, as cenas que exemplificam e vivenciam o conteúdo pedagógico proposto, de modo a apontar estes itens durante a execução do filme.
c) Muitas vezes, não se faz necessário que o docente e os alunos assistam ao filme inteiro. Podem-se selecionar os trechos mais significativos que ilustrem e esclare-çam a temática em questão.
d) O filme em sala de aula não é diversão ou passatempo. Desmistifique isso com seus educandos.
e) Prepare seus educados para o filme. Em sala de aula, comente quais conteúdos pedagógicos serão “vistos” na projeção em questão, qual o período histórico, os elementos importantes e os vestuários.
f) O item anterior fica totalmente revogado se a sua intenção for surpreender os alunos. Permita que assistam ao filme sem nenhuma orientação e depois retome o assunto em sala de aula, de modo a perceber qual a visão do grupo sobre o assunto, os conhecimentos anteriores que possuem e retome o conteúdo com base nas ques-tões apresentadas por eles.
g) Todo mundo gosta de ver o filme. Isso é uma verdade incontestável. Portanto, assegure que o tamanho da tela da TV seja adequado e garanta a visibilidade do grupo todo. A mesma dica vale para o som. Do primeiro ao último aluno, todos de-vem estar ouvindo bem. Muitas vezes, os educadores reclamam de indisciplina du-rante as projeções, mas ela pode ser causada pelo fato de que eles, simplesmente, não conseguem ler as legendas ou visualizar a televisão.
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h) Alguns docentes solicitam o preenchimento de uma ficha técnica do filme du-rante a execução dele. O recurso é válido, desde que os alunos tenham condições de preencher tal ficha... Há luminosidade? Há carteiras e cadeiras adequadas?
i) Os filmes apresentam erros conceituais? Ótimo! Aproveite a oportunidade para esclarecer o ponto em questão e também para desenvolver o senso crítico dos alu-nos, mostrando que nem tudo que está na TV, no filme, no comercial é correto e verdadeiro!
j) Curta o momento com seu grupo! Vale todo mundo no chão, com almofadas, pi-poca e aquele clima de aconchego que todo mundo gosta de vivenciar e não esque-ce nunca
ATIVIDADE - 1
Bee Movie
Ficha técnica do filme
Título no Brasil: Bee Movie – A história de uma abelha
Título original: Bee Movie
País de origem: EUA
Gênero: Animação
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de lançamento: 2007
Site oficial: http://www.beemovie.com
Estúdio/Distrib.: Paramount Pictures Brasil
Direção: Steve Hickner/Simon J. Smith
Sinopse
O filme mostra o mundo das abelhas sob a ótica das abelhas, ou seja, diferente
do olhar humano. Assim, Barry Benson, uma abelha recém-formada, decide processar
os humanos pela apropriação indevida do mel. O filme mostra de modo claro, a necessi-
dade do equilíbrio nos ecossistemas e da codependência entre todas as espécies vivas
para a sustentabilidade da vida na Terra.
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Crítica do filme
“A animação Bee Movie é uma forma encantadora de analisarmos a nossa socie-
dade, o mundo das abelhas e as relações de interdependência entre os sistemas e ecos-
sistemas. Além disso, o jogo de palavras envolvendo a temática do mel é muito bacana!
Mel-ravilhoso mesmo!”
Sugestões pedagógicas
1) A Vida das Abelhas.
Para perfeita compreensão do filme, seria interessante que os alunos tenham ori-
entações iniciais sobre a vida das abelhas.
Alguns sites interessantes:
• http://www.cidadedasabelhas.com.br/aprenda.htm
• http://www.brasilescola.com/animais/abelha.htm
2) Sociedade.
Depois disso, proponha uma análise. O filme retrata situações que refletem a so-
ciedade das abelhas e outras que refletem a sociedade humana. Quais são elas?
3) Conceito de equipe.
Bee Movie deixa muito claro o conceito de equipe, mencionando a importância
das pequenas tarefas para a realização do todo. Solicite aos alunos que identifiquem no
filme em que momentos este conceito aparece. Em seguida, peça que transponham estas
situações para o cotidiano escolar e familiar. Onde estou? Qual minha função e impor-
tância neste grupo?
4) Exploração da natureza.
O personagem principal, Berry Benson, questiona a exploração ao mel das abelhas.
Argumente com seus alunos:
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a) Realmente os humanos exploravam as abelhas?
b) Que outros reinos da natureza são explorados na natureza?
c) Até que ponto o homem pode usufruir da natureza?
5) Ecossistemas.
Trabalhe o conceito de interdependência entre os ecossistemas, questionando os
alunos sobre o que acontece quando as abelhas vencem a batalha judicial e param de
trabalhar.
6) Polinização.
Peça aos alunos que expliquem por que o processo de polinização é fundamental
para os humanos.
7) Equilíbrio ambiental.
Ao final do filme, Barry torna-se um advogado “animal” e recebe em seu con-
sultório uma vaca reclamando da usurpação do seu leite.
Como podemos viver em harmonia com os demais seres vivos? Como conseguir
este equilíbrio ambiental?
8) Palavras.
O filme faz analogias com as palavras de modo a relacioná-las ao tema abelhas,
como por exemplo: Mel-ravilhoso! Favo-loso! Mel-lênio! Abelhar! Proponha uma brin-
cadeira. E se o filme fosse sobre cães? Que palavra poderia criar?
9) Atividade com os Pais.
O filme pode ser muito interessante para trabalharmos com os pais! Alguns as-
pectos que podem ser abordados: a escolha precoce das profissões na transição do Ensi-
no Médio para a faculdade; pais que não escutam seus filhos; sucessão familiar; a des-
coberta da vida fora da colméia – descoberta do mundo exterior e rompimento do cor-
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dão umbilical familiar; como acontece o despertar da verdadeira vocação; a escolha das
namoradas, que não podem ser vespas nem aranhas.
10) O mundo das abelhas - Extras.
Nos extras do DVD é possível fazer perguntas pré-formuladas ao Barry Benson.
Algumas são apenas reprises de momentos vistos no filme, mas outras são favo-losas
para aprender mais sobre o mundo mel-ravilhoso das abelhas!
Links complementares
Site oficial do filme:
• http://www.beemovie.com
Conteúdos possíveis a serem relacionados com o filme:
Abelhas (Ordem Hymenoptera)
Abelhas são muito importantes no processo de reprodução sexuada dos vegetais.
Reino - Animália
Filo - Artrópode
Classe – Insecta
Abelhas pertencem a Ordem Hymenoptera, assim como vespas e formigas; e são
classificadas como integrantes da Superfamília Apoidea e Subgrupo Anthophilia. Exis-
tem em todo o mundo, cerca de 20000 espécies de abelhas descritas e mais de 1500 no
Brasil. No entanto, acredita-se que o verdadeiro numero de abelhas encontradas em todo
o mundo seja bem maior.
São muito importantes no processo de polinização, sendo algumas especificas a
um grupo restrito de plantas. Assim sua extinção fatalmente colabora para a extinção de
tais vegetais. Alem disso, são extremamente sensíveis a modificações do meio em que
vivem, podendo ser utilizadas como bioindicadores de qualidade ambiental.
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Tais animais possuem cinco olhos, antenas, dois pares de asas e três pares de pa-
tas; mais possuem diferenças de acordo com o grupo e espécie a que pertencem. Exis-
tem diversas formas, tamanhos e cores de abelhas. Temos abelhas com ou sem ferrão;
muitas de vida livre e algumas com comportamento parasita, como a Osirinus santiagoi
e Lestrimelitta ehrhardtr, e também espécies coloniais e solitárias. Surpreendentemen-
te, estas são mais freqüentes que aquelas; e, em tal situação, na maioria das espécies,
machos nascem alguns dias antes das fêmeas e aguardam a eclosão destas para fecun-
dá-las. Fêmeas fecundadas buscarão um local para, sozinhas construírem seus ninhos,
geralmente em arvores ocas ou embaixo da terra, buscam alimentos, depositam seus
ovos e, em seguida encerram seu ciclo de vida, antes mesmo da eclosão de seus filhotes.
Quanto às abelhas sociais, elas representam somente 2% desses insetos, e são
quase em sua totalidade, produtoras de mel, sendo a grande maioria do sexo feminino.
Podem ser operarias responsáveis pela alimentação e proteção da colméia, e assistência
as larvas; ou rainhas, as reprodutoras. Geralmente existe somente uma rainha, sendo re-
sultante de uma dieta diferenciada, fazendo-a maior, mais forte e com maior expectativa
de vida. Ela e alimentada pelas operarias, com geléia real, rica em proteínas, vitaminas e
hormônios sexuais. Os machos, zangões, nascem por patogênese, ou seja: sem a neces-
sidade de fecundação e também são responsáveis pela reprodução, fecundação da rai-
nha.
Em todo o mundo, a abelha de maior visibilidade e a domestica, Apes mellifera,
introduzida no país no período colonial, para fins de apicultura. Ela se encontra dividi-
das em varias subespécies adaptadas, a diferentes condições ambientais. Apesar de for-
necer renda e fontes nutricionais a diversas pessoas a abelha domestica pode se tornar
um problema as espécies nativas, principalmente quando há o cruzamento entre as li-
nhagens européias e africanas, uma vez que os indivíduos resultantes, popularmente
chamadas de abelhas africanizadas, podem comportar-se como organismos invasores,
competindo com espécies típicas daquele ambiente. Apesar disso, a destruição de habi-
tats, principalmente pelo desmatamento e queimadas e o uso indiscriminado de pestici-
das são as causas principais da redução da diversidade desse grupo de Himenóptera.
CURIOSIDADES
Uma única colméia pode abrigar mais de 60 mil abelhas.
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Alunos de uma escola primaria britânica publicaram um artigo cientifico sobre a
descoberta de que abelhas podem reconhecer cores em busca de alimentos.
ATIVIDADE- 2 Toy Story 3
Ficha técnica do filme
Diretor: Lee Unkrich
Elenco: Vozes de Tom Hanks, Michael Keaton, Joan Cusack, Tim Allen, John Ratzen-
berger, Wallace Shaw, Josi Benson, Ned Beatty, Don Rickles, Estelle Harris, Whoopi
Goldberg, Richard Kind, Ned Beatty, John Morris
Produção: Darla K. Anderson
Roteiro: Michael Arndt
Trilha sonora: Randy Newman
Duração: 113min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Buena Vista
Estúdio: Walt Disney Pictures/Pixar Animation Studios
Classificação: Livre
Lançamento no cinema – 18/06/2010
Lançamento em DVD – previsto para o primeiro semestre de 2011
Sinopse
O recente lançamento da Disney-Pixar traz a terceira etapa da história Toy Story.
Depois de escaparem de um menino mau, que não sabia respeitar os brinquedos (Toy
Story 1) e de virarem peças de um museu no Japão (Toy Story 2), Woody, Buzz e toda a
turminha se preparam para viver grandes aventuras e desafios. Andy cresceu e agora
com 17 anos está a caminho da universidade. Os brinquedos se apavoram por não sabe-
rem qual será o seu destino... A trama começa quando eles, equivocadamente, são dei-
xados pela mãe do Andy como doação na creche Sunnyside. Apesar da dor da separa-
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ção, aquele lugar parecia ser o paraíso, afinal eles não pertenceriam a apenas uma crian-
ça, mas a muitas! Mas como as aparências enganam! Durante o dia são “massacrados”
pelas crianças pequenas e, assim, decidem ir embora! Mas será que é possível, para sim-
ples brinquedos, retomarem o caminho de suas casas? No desenrolar da trama, apare-
cem 15 novos brinquedos e muitos desafios e também uma lição inesquecível sobre
infância, amizade e lealdade. O final é surpreendente e nos faz refletir sobre a vida com
suas idas e vindas e sobre como são complicadas e doloridas as despedidas!
Crítica do filme
“Toy Story 3 é o máximo! Incrível mesmo, pois trabalha a temática da amizade,
da solidariedade e principalmente da real essência da infância de modo suave e extrema-
mente divertido!
Sugestões pedagógicas
1) Valores da amizade, cooperação, espírito de equipe, solidariedade e infância.
O filme aborda, de modo envolvente, as questões que envolvem a amizade, a co-
operação, o espírito de equipe, a solidariedade e a infância. Você pode ampliar a discus-
são do filme para a realidade dos seus alunos, resgatando estes valores, que há muito pa-
recem estar meio sem brilho.
2) Heterogeneidade.
Um ponto interessante que aparece no filme é que, apesar de formatos, cores
funções e até valores diferentes, cada brinquedo tem uma participação especial para o
sucesso da equipe. Transponha esta situação para sala de aula, mostrando que é a hete-
rogeneidade e não a homogeneidade que faz um grupo ser forte e vencedor!
3) Campanha de doação.
O site do filme apresenta uma campanha “A brincadeira não pode parar”, na
qual dezenas de locais no Brasil serão pontos de arrecadação de brinquedos usados, pro-
ponha isso na sua escola e doe para entidades do seu município. Amplie esta iniciativa
com seu grupo de trabalho, uma vez que o filme propõe uma reflexão sobre a importân-
cia da brincadeira e do brincar, sobre os cuidados com os brinquedos e sobre a necessi-
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dade da continuidade do uso deles. Desperte em seus alunos este desejo de doar, de
compartilhar!
4) Temática do lixo.
Ainda dentro desta reflexão, aborde o tema: LIXO! O que é lixo afinal? Quantas
vezes jogamos coisas boas, como brinquedos, porque não sabemos a quem doar? Men-
cione também as questões da coletas seletivas e dos desafios da sustentabilidade.
5) O consumo.
É possível também abordar as questões de consumo. Tudo o que vemos na TV
nós pedimos para nossos pais, mas, afinal, será que precisamos de tudo isso mesmo?
Quantas vezes brincamos com os brinquedos que ganhamos?
6) A aparência.
A questão da aparência também pode ser uma temática para discussão. Quem vê
cara não vê coração! Há dois exemplos para análise:
• O ursinho de pelúcia Lotso, fofo e cheirando a morangos silvestres é o grande
vilão da história.
• A Barbie representa o estereótipo da mulher fútil: frágil, loira e burrinha, porém,
no desenrolar da história, ela mostra sua força, estratégia e inteligência.
7) Trabalho com os pais.
Para trabalhar com os pais, podemos colocar um trecho do filme 1, no qual o
menino mau “curte” a sua infância, explodindo brinquedos, enquanto no filme 3, Andy
sente a despedida dos brinquedos como o término de uma infância extremamente feliz.
Realizar uma analise com seus filhos, seu comportamento frente às diferentes situações
da vida.
Links complementares
Site oficial filme, com destaque à campanha “A brincadeira tem que continuar”:
• http://www.disney.com.br/filmes/cinema/toystory/
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• http://www.disney.com.br/filmes/cinema/toystory/#/parks
Conteúdos possíveis de serem trabalhados com o filme:
Consumo responsável
Consumo responsável significa adquirir produtos eticamente corretos, ou seja,
cuja elaboração não envolva a exploração de seres humanos, animais e não provoque
danos ao ambiente..
Isto pode ser feito através das maneiras:
• compras corretas — favorecendo produtos eticamente corretos e realizar negoci-
ações baseadas em princípios no bem comum, e não só na satisfação de interes-
ses individuais, permitindo a negociação para o interesse próprio apenas para
perpetuar algum bem comum além deste interesse.
• boicotes morais — a compras e negociações que vão de encontro à proposta an-
terior.
Resíduos Sólidos
A última geração consumiu uma quantidade maior de recursos do que todas as
populações desde o aparecimento do homem na terra. Essa escala de produção gera uma
enorme pressão ambiental sobre os recursos naturais, que já demonstram sinais de es-
cassez gerando uma grande quantidade de resíduos, causando impactos ambientais, com
graves conseqüências para a população. A solução do problema produzido pelos resí-
duos deve, portanto, iniciar com uma análise nos padrões de consumo das populações, a
qual, como se sabe, é bastante desigual entre as populações ricas e pobres. Devemos ter
em mente que os resíduos sem serventia para nós, jogados no lixo, são a fonte de sobre-
vivência de milhares de pessoas que vagam pelas cidades ou retiram seu sustento de li-
xões. Precisamos avaliar até que ponto a nossa geração tem o direito de utilizar-se das
reservas de recursos, agravando a situação e até mesmo comprometendo a qualidade de
vida e a possibilidade de sobrevivência de futuras gerações.
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Na maioria das cidades brasileiras, tanto o lixo como o esgoto são lançados a céu
aberto, em praias, córregos e lagoas, por falta de ofertas de serviços ou por não existi-
rem coletas ou rede coletora de dejetos por falta de planejamento e comprometimento
dos órgãos responsáveis, criando ambientes prejudiciais à saúde, colocando a população
residente em contato com várias doenças infecto-contagiosas como vermes, infecções
bacterianas e viróticas.
O Lixo Urbano
Nos últimos 20 anos, a quantidade de lixo urbano tem aumentado sua constitui-
ção tem-se alterado. Os resíduos nas residências são compostos por restos de alimentos
e materiais recicláveis (vidros, latas, papel e plásticos), dispondo grande número de ma-
teriais que podem causar prejuízos aos ecossistemas e riscos a saúde humana. Entre
eles, podemos citar o alumínio (Al), utilizado na produção de cosméticos e maquila-
gens; o níquel (Ni) e o cádmio (Cd), existente nas pilhas e baterias; o mercúrio (Hg) é
um metal que envenena as pessoas, presente nas lâmpadas, e o amianto que entra na
composição das pastilhas e lonas de freios, caixas d’água e na fabricação de telhas po-
dendo acumular-se nos pulmões. Além destes, existem ainda os resíduos industriais e o
lixo hospitalar (ANDRADE, 2006).
Cabe à Prefeitura das cidades realizarem a coleta e dar o destino adequado aos
resíduos sólidos produzidos. Infelizmente, a maioria delas não consegue recolher e dar
ao lixo o destino correto, sendo que a prática mais comum é recolher o lixo e jogá-lo em
grandes depósitos a céu aberto, chamados de lixões.
Considerações finais
Segundo Morin (1965: 127): "o cinema é um conjunto complexo de realidade e
irrealidade; determina um estado misto, a cavalo sobre o sonho e vigília". O cinema não
é como o sonho ou um estado de devaneio; ele está mais próximo do estado de vigília.
Ao contrário de quem sonha que o faz sem consciência, o espectador sabe que está no
cinema. Para Luz (1989), o filme seria um lugar de atualização das fantasias pessoais
próprias a cada espectador.
Hoje, a presença de filmes comerciais na sociedade é tão grande, que pode pare-
cer redundante justificar sua importância (Hobbs, 1998). Em nossa Sociedade do Espe-
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táculo (Debord, 1994) o cinema não apenas reflete a sociedade (Denzin, 1991), como
também ajuda a moldar atitudes e comportamentos (Denzin (1995). No cinema, a tela é
ao mesmo tempo realidade e percepção (Xavier, 1993). O filme estabelece uma comuni-
cação entre o olhar do realizador e o olhar do espectador. A montagem sugere e nos
conduz, mas nós deduzimos. No filme, o espectador ainda pode ser um observador-par-
ticipante.
Ao possibilitar fruir a estética da obra, o filme também nos remete a outros ní-
veis de interação, pelo inconsciente e pela vivência, e ainda permite reflexão.
Ao se discutir o Ensino de Ciências, várias pesquisas apontam que o mesmo ain-
da é tradicional, em caixinhas, mesmo com o esforço de alguns professores em tentar re-
alizar um trabalho diferente, não atende às necessidades e expectativas dos educandos
no mundo atual.
A concepção inadequada de mídia que muitos Educadores trazem consigo, inter-
fere significativamente na escolha e abordagem dos conteúdos, utilizando como ferra-
menta didático pedagógica o uso de filmes comerciais trabalhados em sala de aula,
quando concebe o conhecimento como a - histórico, pronto e acabado. Nessa perspecti-
va, o trabalho é centralizado no livro didático, havendo entre professor e aluno simples-
mente transferência de conhecimentos e informações.
Na contemporaneidade esperamos, no entanto, que o Educador passe de simples
transmissor, mediador e consiga indicar caminhos que os levem ao conhecimento, fa-
zendo suas interações, tornando o conteúdo científico significativo para o educando e
próximo da sua realidade, para que este se torne critico e atuante na sociedade em que
vive.
Para que isso se realize efetivamente, o Educador precisa compreender o verda-
deiro papel da Ciência e o porquê e importante ser ensinada na escola, sair da mesmice
do dia a dia, pois o problema esta enraizado na má formação, na falta de vontade de
querer mudar buscando uma formação continuada para que possamos reverter esse qua-
dro apresentado nas escolas, necessitamos de Educadores comprometidos com o ensino
e a educação, mostrando interesse e vontade de mudar, buscando novas metodologias
que possam tornar suas aulas mais atrativas e enriquecedoras, pois conforme afirmam
PELIZZARI et al (2002, p. 41), se o educador “for apaixonado pela sua área de conheci-
mento e for capaz de encantar, o aluno poderá talvez perceber que existe algo pelo qual
alguém de fato se interessou e que talvez possa valer à pena seguir o mesmo caminho.”
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Por meio do uso de instrumentos que facilitem o ensino-aprendizagem, não e
utópico pensar em aprendizagem significativa, e lançar um novo olhar sobre a educação,
e esquecer-se dos inúmeros problemas que a mesma apresenta.
Esperamos que essa Unidade Didática seja mais um caminho, para os Educado-
res na busca de alternativas de aulas mais atrativas e que o educando compreenda e pos-
sa ampliar seus conhecimentos, que este s valorizem não só os conteúdos mais sim todo
o contexto atual de sua educação.
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