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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ NATHARA REZENDE ZEOLLA AUDITORIA DE SEGURANÇA ALIMENTAR EM HIPERMERCADOS E SUPERMERCADOS Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná como requisito parcial para a obtenção do grau de Médico Veterinário. Orientador Acadêmico: Prof. Anderlise Borsoi Orientador Profissional: Ana Karina Lázaro Mazzamboni CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

NATHARA REZENDE ZEOLLA

AUDITORIA DE SEGURANÇA ALIMENTAR EM HIPERMERCADOS E

SUPERMERCADOS

Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do

Paraná como requisito parcial para a obtenção do

grau de Médico Veterinário.

Orientador Acadêmico: Prof. Anderlise Borsoi

Orientador Profissional: Ana Karina Lázaro

Mazzamboni

CURITIBA

2015

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

REITOR

Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos

PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO

Carlos Eduardo Rangel Santos

PRÓ-REITORA ACADÊMICA

Prof. Dra. Carmen Luiza da Silva

DIRETOR DE GRADUAÇÃO

Prof. Dr. João Henrique Faryniuk

COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Prof. Dr. Welington Hartmann

COORDENADOR DE ESTÁGIO CURRICULAR

Prof. Dr. Welington Hartmann

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TERMO DE APROVAÇÃO

NATHARA REZENDE ZEOLLA

AUDITORIA DE SEGURANÇA ALIMENTAR EM SUPERMERCADOS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção

do título de Médico (a) Veterinário (a) pela Comissão Examinadora do Curso de

Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.

Comissão Examinadora:

Presidente: Prof. Dra. Anderlise Borsoi

Prof. MSc. Elza Galvão Ciffoni

Prof. Dr. Celso Grigoletti

Curitiba, 24 de novembro de 2015

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente aos meus pais Tania Zeolla e Luiz

Carlos Zeolla que mesmo com todos os obstáculos estiveram comigo durante esta

longa caminhada me dando todo suporte necessário, e fizeram tudo que puderam

com muito amor para que eu pudesse me formar Médica Veterinária.

Ao meu marido Willian Wellner que sempre apoiou e esteve do meu lado ao

longo desta jornada, que entendeu meus dias de nervosismo em semana de provas,

minha rotina agitada de aula pela manhã, estagio a tarde e alguns dias aula a noite,

e também me ajudou muito para que o meu sonho seja concretizado.

A minha querida amiga Ana Caroline Garcia que é como se fosse parte da

minha família, e não tenho palavras pra descrever o quanto foi importante durante

esta fase. Sofreu, se preocupou, e correu atrás de muitas coisas comigo, para que

eu conseguisse finalizar esta etapa da melhor forma. Com certeza ano que vem farei

questão de retribuir tudo isso em sua conclusão de curso.

A minha orientadora professora Anderlise Borsoi, que sempre esteve

disponível para tirar minhas dúvidas, para me orientar e ajudar sempre que preciso.

Foi de extrema importância nas aulas e na orientação deste trabalho.

As minhas chefes Rebecca Matte e Ana Karina Lázaro que me deram uma

oportunidade incrível de estagiar na área que eu amo, numa ótima empresa. Graças

a vocês foi possível conhecer diversas empresas de alimentos e ganhei uma

bagagem enorme de aprendizado.

Meu muito obrigada a todos vocês! Vocês foram incríveis, e serei

eternamente grata a todos.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS..............................................................................................

7

LISTA DE FIGURAS...............................................................................................

8

LISTA DE GRÁFICOS............................................................................................

10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................................

11

RESUMO.................................................................................................................

12

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................

13

2 DADOS SOBRE O ESTÁGIO.............................................................................

15

2.1 Orientador acadêmico.......................................................................................

15

2.2 Orientador profissional......................................................................................

15

2.3 Horas de estágio...............................................................................................

15

2.4 Dados sobre o local de estágio.........................................................................

15

2.5 Atividades desenvolvidas..................................................................................

16

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................

17

3.1 Saúde................................................................................................................

17

3.2 Boas práticas de fabricação..............................................................................

17

3.3 Elementos de segurança alimentar em supermercados...................................

19

3.3.1 Higiene dos manipuladores............................................................................

19

3.3.2 Saúde dos manipuladores.............................................................................

19

3.3.3 Alimentos potencialmente perigosos frios......................................................

20

3.3.4 Alimentos potencialmente perigosos quentes................................................

20

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3.3.5 Higienização de utensílios, equipamentos, e superfícies de contato direto com o alimento........................................................................................................

20

3.3.6 Contaminação cruzada..................................................................................

21

3.3.7 Formulários de controle de higienização e temperatura................................

21

3.3.8 Armazenagem de produtos químicos............................................................

21

3.3.9 Abastecimento de pias para lavagens de mãos............................................

22

3.3.10 Limpeza de piso de vendas, área de perecíveis, câmaras, balcões, ilhas e ralos .....................................................................................................................

22

3.3.11 Controle de pragas ......................................................................................

22

3.3.12 Produtos químicos, fitas de medição e ferramentas de limpeza..................

24

3.3.13 Proteção contra contaminação física, química ou microbiológica ..............

26

3.3.14 Identificação, rotulagem, validade e integridade dos produtos ...................

26

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO...............................

27

4.1 Auditorias de segurança alimentar em supermercados e hipermercados........

27

5 RELATO DE AUDITORIAS ...............................................................................

34

6 CONCLUSÔES...................................................................................................

43

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................

44

8 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Departamentos avaliados......................................................................

30

Tabela 2 Levantamento de pontuações negativas...............................................

31

Tabela 3 Levantamento de pontuações positivas................................................

33

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Selo de qualidade da Safe Quality.......................................................

16

Figura 2 Formulário PAE – Programa de atendimento Emergencial.................

23

Figura 3 Kit área limpa.......................................................................................

24

Figura 4 Kit área suja.........................................................................................

25

Figura 5 Kit piso, parede e teto..........................................................................

25

Figura 6 Resultado da auditoria.........................................................................

34

Figura 7 Publicação da pontuação de erro em manutenção de pias.................

35

Figura 8 Publicação da pontuação de dupla validade.......................................

35

Figura 9 Publicação de pontuação de falha de limpeza e higienização............

36

Figura 10 Publicação do resultado da auditoria

37

Figura 11 Publicação de pontuação por erro de temperatura de alimentos quentes...............................................................................................................

37 Figura 12 Publicação de pontuação de erro de higienização de utensílios.......

38

Figura 13 Publicação de pontuação de erro de abastecimento de pias............

38

Figura 14 Publicação de pontuação por risco de contaminação física, química ou microbiológica..................................................................................

38 Figura 15 Publicação de pontuação por erro de limpeza de superfícies...........

39

Figura 16 Publicação de pontuação por risco de contaminação física, química ou microbiológica..................................................................................

39 Figura 17 Publicação de pontuação por erro de validade..................................

39

Figura 18 Resultado da auditoria.......................................................................

40

Figura 19 Publicação da pontuação vermelho automático por não conformidade de temperatura............................................................................

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Figura 20 Publicação de pontuação por risco de contaminação física, química ou microbiológica..................................................................................

41

Figura 21 Publicação de pontuação por produtos impróprios para consumo....

41

Figura 22 Publicação de pontuação por erro de validade..................................

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Representação do levantamento de pontuações negativas.................

32

Gráfico 2 Representação do levantamento de pontuações positivas..................

33

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRAS Associação Brasileira de Supermercados

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

FAO Organização das Nações Unidas para Alimentação e

Agricultura

PAE Programa de Atendimento Emergencial

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RESUMO

A segurança dos alimentos é um desafio atual que deve ser considerado de grande importância devido à sua complexidade. Neste contexto, os hipermercados e supermercados têm grande importância no cotidiano das pessoas, principalmente nos grandes centros, pois geram empregos, capital, inovação, além da disponibilidade imediata de produtos à sociedade, representando o último elo da cadeia entre um produto e seus consumidores finais. Foram realizadas durante o estagio curricular auditorias de segurança alimentar em supermercados e hipermercados nos setores de açougue, padaria, fiambreria, rotisseria, hortifrúti, peixaria, congelados e laticínios A maior frequência de pontuações negativas encontradas nas lojas auditadas durante o estágio foram nos itens de limpeza e higienização de utensílios e superfícies nos setores de padarias e açougues, seguido do item de falta de identificação de insumos e produtos impróprios para consumo na área de

Palavras- chave: auditoria, segurança alimentar, supermercados, veterinária

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1 INTRODUÇÃO

Criada em 16 de outubro de 1945, a Organização das Nações Unidas para

Alimentação e Agricultura (FAO) atua como um fórum neutro, onde todos os países,

desenvolvidos ou em desenvolvimento, se reúnem em igualdade para fechar

acordos, debater políticas e impulsionar iniciativas estratégicas. Atualmente possui

191 países membros, além da Comunidade Europeia. A rede mundial compreende

cinco oficinas regionais e 78 escritórios nacionais. A FAO lidera os esforços

internacionais de erradicação da fome e da insegurança alimentar.

Desde sua fundação, a FAO tem dado atenção especial ao desenvolvimento

das áreas rurais, onde vivem 70% das populações de baixa renda, e que ainda

passam fome. A FAO também é fonte de conhecimento e informação. Ajudamos os

países a aperfeiçoar e modernizar suas atividades agrícolas, florestais e pesqueiras,

para assegurar uma boa nutrição a todos e o desenvolvimento agrícola e rural

sustentável (FAO,2015).

Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária, os profissionais com

seus saberes tem um alcance nas áreas de vigilância sanitária e epidemiológica,

pois o homem faz parte de um ecossistema onde vivem os animais e em constante

relação com estes, sendo agente passivo e ativo, réu ou vítima, na transmissão de

agravos e doenças. É neste ambiente em que o homem busca sua alimentação, cria

animais, produz, transforma e consome alimentos, onde está exposto a todo tipo de

riscos à saúde decorrente, por diversas vezes da sua ação antrópica ou, da relação

que tem com o meio em que vive. Tudo isto faz com que o papel do Médico

Veterinário seja importante na sociedade e na ciência.

Desta forma, as ações do Médico Veterinário na Saúde Pública podem ser

desenvolvidas em diversas áreas, tais como:

• Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para

a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,

hemoderivados e outros insumos;

• Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de

saúde do trabalhador;

• Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

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• Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento

básico;

• Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e

tecnológico;

• Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor

nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

• Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e

utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos e

• Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Os mais abordados em segurança alimentar nos hipermercados são:

• Higiene pessoal dos manipuladores de alimentos;

• Higiene dos utensílios e superfícies que entram em contato direto com o

alimento;

• Controle de temperatura nas cadeias de alimentos frios e quentes;

• Abastecimento correto de pia para lavagens de mãos;

• Higienização de ralos, câmaras e balcões;

• Controle de pragas;

• Disponibilidade de produtos químicos próprios para indústrias de alimentos e

varejo;

• Armazenamento de produtos por espécie;

• Proteção dos alimentos contra contaminações físicas, químicas e

microbiológicas e

• Rotulação, identificação pós abertura e validade dos produtos.

O objetivo deste trabalho foi apresentar as não-conformidades mais

encontradas em uma rede multinacional de hipermercados e supermercados no

ramo atacadista/varejista durante as auditorias de segurança alimentar as quais são

submetidos mensalmente, acompanhadas no estágio curricular obrigatório para o

curso de Medicina Veterinária.

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2 DADOS SOBRE O ESTÁGIO

As atividades do estágio curricular foram desenvolvidas na empresa de

consultoria em alimentos Safe Quality Consultoria em Alimentos. Foram realizadas

visitas diárias para a realização de auditorias de segurança alimentar a clientes do

ramo atacadista e varejista de redes nacionais e multinacionais.

2.1 ORIENTADOR ACADÊMICO

A orientação durante o estágio curricular foi realizada pela professora Dra.

Anderlise Borsoi, Médica Veterinária, responsável pela disciplina de Higiene e

Inspeção de Produtos de Origem Animal, do curso de Medicina Veterinária da

Universidade Tuiuti do Paraná.

2.2 ORIENTADOR PROFISSIONAL

O estágio foi orientado pela Engenheira de Alimentos Ana Karina Lázaro

Mazzamboni, proprietária da empresa e responsável pela realização das auditorias

de segurança alimentar.

2.3 HORAS DE ESTÁGIO

O estágio teve início no dia 14/09/15 e término em 20/11/15 com 40 horas

semanais, totalizando 400 horas.

2.4 DADOS SOBRE O LOCAL DE ESTÁGIO

A Safe Quality Consultoria em Alimentos Ltda. está no mercado desde 2005,

é uma empresa especializada no setor alimentício, com experiência na capacitação

de profissionais, qualificação de fornecedores, padronização de processos, dando

ênfase na qualidade e segurança alimentar dos produtos dos clientes. Prepara

empresas para inspeções técnicas, sanitárias, visitas e auditorias. Os trabalhos são

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desenvolvidos de acordo com as normas legais, com alto padrão de qualidade. Atua

em diversos segmentos do ramo alimentício: indústrias, supermercados, hotéis,

restaurantes, panificadoras, confeitarias, bares, frigoríficos, cozinhas industriais e

escolas, garantindo o padrão de qualidade na sua empresa.

A empresa possui um selo de qualidade (Figura 1), que é a implementação de

um conjunto de normas que garantem a higiene e a segurança alimentar do

estabelecimento, exigidas pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Para a obtenção do Selo de Qualidade da Safe Quality são necessários vários

requisitos como seis módulos de treinamentos e auditorias para verificação da

efetividade.

FIGURA 1:Selo de Qualidade da Safe Quality

Fonte: SAFEQUALITY, 2015.

2.5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o estágio foram realizadas auditorias de segurança alimentar em

estabelecimentos atacadistas/varejistas (supermercados, hipermercados, atacados,

e clubes) nos setores de açougue, fiambreria, rotisseria, peixaria, padaria, laticínios

e congelados.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 SAÚDE

A saúde de um indivíduo depende de fatores como: estado nutricional,

disponibilidade do alimento, além de condições de saneamento ambiental, renda,

educação, salário, habitação, lazer, transporte, acesso aos serviços de saúde,

segurança alimentar, enfim, de políticas públicas, sociais, econômicas, agrícolas, de

educação e de saúde (ANGELIS, 1999).

A preocupação com os hábitos alimentares é crescente, e desde a década de

80 vem aumentando a conscientização do público a respeito da relação entre dieta e

saúde (HICKMAN et al. apud CELESTE, 2001).

Através de uma dieta equilibrada o organismo adquire a energia e os

nutrientes necessários para o bom desempenho de suas funções e para a

manutenção de um bom estado de saúde. De longa data, se conhece os prejuízos

decorrentes quer do consumo alimentar insuficiente – deficiências nutricionais – quer

do consumo alimentar excessivo – obesidade (MONDINI & MONTEIRO, 1994).

De acordo com Couig it Castro (2000), o conjunto de informações que são

expressas nas embalagens dos alimentos pode ser útil como instrumento para

prevenir problemas de saúde e, ao mesmo tempo, exercer um papel educativo na

definição de hábitos alimentares (MARINS,2008).

3.2 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

Um alimento pode possuir contaminantes de natureza química, física ou

biológica, o que possibilita o comprometimento da saúde de quem o ingere. Esse

alimento é considerado seguro quando se reduz os contaminantes, através de boas

práticas de higiene, a um nível que evite os riscos de toxinfecções.

A Segurança dos Alimentos é um desafio atual que deve ser considerado de

grande importância devido à sua complexidade. A Crescente demanda de

valorização dos atributos de qualidade deve-se as consequências danosas a que um

consumidor vem sendo exposto, além dos prejuízos econômicos dos

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estabelecimentos pela perda de clientes para uma concorrência. A percepção sobre

a inocuidade dos alimentos, tanto dos consumidores, como do setor alimentício, vem

sofrendo grandes mudanças, devido a diversos episódios envolvendo alimentos e

risco a saúde ao longo dos anos (VIEIRA. et al, 2010).

Atualmente, os supermercados tem grande importância no cotidiano das

pessoas, principalmente nos grandes centros, pois geram empregos, capital,

inovação, além da disponibilidade imediata de produtos à sociedade. Representam o

último elo da cadeia entre um produto e seus consumidores finais, vendem

predominantemente alimentos perecíveis dispostos em formato para

autoatendimento (self service) e dispõem de caixas para pagamentos (checkouts) na

saída, tratando-se, portanto, de autosserviço (RINALDI. et al, 2009).

Para dispor de grande eficiência, afim de aumentar a competitividade e

diminuir riscos, as grandes redes de supermercados estão investindo em logística,

concentrando seus produtos em uma central de armazenamento e distribuição

própria.

As mudanças no estilo de vida das pessoas tornaram-nas mais exigentes em

relação à qualidade dos produtos adquiridos. E essa percepção, juntamente com a

preocupação em relação à legislação sanitária vigente, vem sendo levada em conta

no varejo de alimentos no momento de investir em sistemas que previnam riscos e

atendam às necessidades do público consumidor.

As boas práticas são procedimentos que visam a produção e comercialização

de alimentos seguros. Elas são indispensáveis em supermercados e os setores de

armazenamento e distribuição desses estabelecimentos devem implementa-las, afim

de garantir que a qualidade e inocuidade dos alimentos se mantenham ao longo de

toda logística: armazenamento, transporte e distribuição. Todos os fatores são de

grande importância para que os produtos cheguem intactos e seguros nas

prateleiras dos supermercados, afim de proporcionar ao consumidor final, um

alimento que não ofereça risco a sua saúde.

Muitas vezes, o desconhecimento sobre a legislação sanitária e sobre a

necessidade de um programa de boas práticas, conduz os estabelecimentos a

cometerem irregularidades, as quais podem comprometer a qualidade dos seus

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produtos, a saúde do consumidor, além de sua confiança e credibilidade (RIOS,

2012).

3.3 ELEMENTOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR EM SUPERMERCADOS

De acordo com a Diretriz de Auditoria de Segurança Alimenta do Wal-Mart – Junho

2015, algumas práticas devem ser adotadas (ROSSI, 2015):

3.3.1 HIGIENE DOS MANIPULADORES

Todos os manipuladores de alimentos devem lavar as mãos corretamente e

sempre que apropriado para evitar qualquer tipo de contaminação.

A adequada lavagem das mãos é um dos componentes mais importantes na

prevenção de segurança dos alimentos.

Procedimento:

Utilização de sabonete bactericida;

As mãos devem ser esfregadas completamente na palma, entre os dedos e

costas das mãos e

Secar em papel toalha descartável.

3.3.2 SAÚDE DOS MANIPULADORES

Todos os manipuladores de alimentos devem estar livres de sintomas

associados a doenças de origem alimentar.

Manipuladores de alimentos doentes são os principais veículos de doenças de

origem alimentar, portanto é imprescindível a observação de sinais e pistas que

possam indicar esse problema. Se essas condições forem observadas o

manipulador deve ser afastado imediatamente do departamento e encaminhado ao

médico.

Sintomas a serem observados: tosse persistente, espirros, icterícia, dor de

garganta, e febre, ferida aberta e exposta, vomito e diarreia.

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3.3.3 ALIMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS FRIOS

Todos os alimentos potencialmente perigosos (manipulados), devem ser

mantidos abaixo de 5 graus Celsius, evitando assim o crescimento de bactérias

nocivas aos alimentos.

Os setores que devem ser observados são: padaria, Fiambreria,

rotisseria, hortifrúti, peixaria, açougue e laticínios.

Hortifrúti: Produtos de soja e frutas cortadas (até 10ºC)

Laticínios: Leite não UHT, molhos, queijos de massa mole e iogurtes

(até 5ºC ou até a temperatura informada no rótulo)

Deli (fiambreria/ rotisseria): Salsichas, queijos de massa mole,

queijos/presuntos/frios fatiados/a granel, pizzas, saladas, sanduiches

preparados, cachorro-quente, recheios de lanches (até 5ºC ou em caso

de produtos industrializados até a temperatura informada no rotulo.

Açougue: carnes frescas – bovinos, suínos, aves, peru, linguiça (até

5ºC)

Peixaria: peixes, mariscos, sushi (até 2ºC)

3.3.4 ALIMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS QUENTES

Todos os alimentos potencialmente perigosos quentes devem ser mantidos

acima de 60º C para evitar o crescimento de bactérias nocivas aos alimentos.

Os produtos a serem observados são: Frango assado, carnes assadas, e

refeições quentes.

3.3.5 HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS, EQUIPAMENTOS, E SUPERFÍCIES DE

CONTATO COM O ALIMENTO

As superfícies que entram em contato direto com o alimento devem ser

lavadas, enxaguadas, sanitizadas, e enxaguadas novamente antes de serem

guardadas

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Devem ser avaliados: panelas, bandejas, utensílios pequenos (facas,

colheres, escumadeiras, garfos, espátulas, mesas, tabuas de altileno, fatiadores,

serra fita, moedor de carnes.

3.3.6 CONTAMINAÇÃO CRUZADA

Os alimentos podem ser contaminados por bactérias caso alguns cuidados

com o preparo, armazenamento e manuseio não forem tomados.

Exemplo:

Contaminação de alimento pronto para o consumo por alimentos crus e

vice versa;

Mãos não lavadas quando se muda de um produto cru para um produto

pronto para o consumo e

Alimento cru estocado diretamente acima ou tocando um alimento

totalmente cozido.

3.3.7 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE HIGIENIZAÇÃO E TEMPERATURA

Os formulários de controle são importantes ferramentas na gestão de

segurança dos alimentos. São projetados para auxiliar os manipuladores no

monitoramento dos pontos críticos de controle e reforçar comportamentos

importantes de segurança dos alimentos.

As temperaturas das câmaras, balcões e ilhas devem ser aferidas e

registradas nos três turnos (manhã, tarde e noite).

A higienização dos setores, moedor de carnes, serra fita e utensílios deve ser

realizada e registrada nos três turnos e sempre que houver necessidade.

3.3.8 ARMAZENAGEM DE PRODUTOS QUIMICOS

O armazenamento adequado de produtos químicos evita o risco de

contaminação dos alimentos.

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Não pode haver qualquer parte do recipiente químico diretamente acima ou

em contato direto com alimentos e / ou superfícies de contato com o alimento.

3.3.9 ABASTECIMENTO DE PIAS PARA LAVAGENS DE MÃOS

As pias para higienização de mãos devem estar funcionando corretamente

para permitir o adequado procedimento de higienização de mãos seja cumprido e

consequentemente garantindo a segurança dos alimentos. A falta dos recursos

necessários desencoraja o manipulador no cumprimento dos comportamentos

desejados.

Deve haver pelo menos uma pia no setor com acionamento de agua

automática, abastecida com sabonete bactericida, papel toalha descartável e uma

lixeira com pedal.

A agua não deve estar fechada no registo, a saboneteira e a papeleira devem

permanecer abastecidas, e a lixeira em boas condições (com tampa e pedal

funcionando).

3.3.10 LIMPEZA DE PISO DE VENDAS, ÁREAS DE PERECÍVEIS, CÂMARAS,

BALCÕES, ILHAS E RALOS

Um ambiente limpo é vital para produzir um alimento seguro e saudável. Um

ambiente de trabalho anti-higiênico aumenta o risco de contaminação do produto e

de bactérias patogênicas.

Devem ser avaliados: pisos, paredes, rodapés, ralos, racks e prateleiras dos

setores, câmaras e estoques, bancadas de manipulação, coifas, ilhas de

congelados, gondolas de mercearia e refrigerados.

3.3.11 CONTROLE DE PRAGAS

As pragas são possíveis transmissores de doenças além de gerar incômodos

para clientes e funcionários, são indicadores de falta de higiene.

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Devem ser observados presença ou indícios de baratas, ratos, moscas,

pombos e outras aves nos departamentos de manipulação, área de vendas e

depósitos.

Caso seja observado, deve-se contatar a empresa de controle de pragas para

que um Programa de Atendimento Emergencial – PAE (Figura 2) seja aberto e

tomadas as medidas de captura e extermínio dos mesmos.

FIGURA 2: Formulário PAE – Programa de Atendimento Emergencial

Fonte: ROSSI, 2015.

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3.3.12 PRODUTOS QUÍMICOS, FITAS DE MEDIÇÃO E FERRAMENTAS DE LIMPEZA

Os produtos químicos próprios para indústria de alimentos devem estar

disponíveis para assegurar que os alimentos sejam processados em um ambiente

sanitário. A falta dos recursos necessários para a limpeza desencorajam o

manipulador no cumprimento do comportamento desejado.

Devem estar disponíveis sanitizante e produto multiuso para limpeza dos

utensílios e superfícies, além dos 3 kits citados abaixo:

KIT 1 – ÁREA LIMPA (Figura 3): Luva colorida (exceto preta), escova ou fibraço.

FIGURA 3: Kit para área limpa

Fonte: ROSSI, 2015.

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KIT 2 – ÁREA SUJA (Figura 4): Luva preta e escova e /ou bucha

FIGURA 4: Kit para área suja

Fonte: DIRETRIZ DE AUDITORIA, 2015.

KIT 3 – PISO PAREDE E TETO (Figura 5): Vassoura e rodo

FIGURA 5: Kit para piso, parede e teto

Fonte: ROSSI, 2015.

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3.3.13 PROTEÇÃO CONTRA CONTAMINAÇÃO FÍSICA

A proteção contra a contaminação física é importante para garantir que os

alimentos e as superfícies que entram em contato com o alimento sejam protegidos

contra materiais estranhos.

Por este motivo são proibidos o uso de adornos (brincos, correntes, pulseiras

e anéis), chaveiros e crachás pendurados, aparelhos para matar insetos na área de

preparo, lâmpadas que podem ser facilmente quebradas sem proteção (lâmpadas

tubulares) na área de preparo. Utensílios não autorizados como: fósforos, esponja

de aço, material de palha e madeira, facas quebradas, superfícies enferrujadas,

superfícies danificadas para o preparo do alimento, peças de vidro.

Armazenagem de produtos diretamente no piso, armazenagem de produtos

sem devida proteção.

3.3.14 IDENTIFICAÇÃO, ROTULAGEM E VALIDADE E INTEGRIDADE DOS

PRODUTOS

Produtos alimentícios que são processados na própria loja devem ter

rotulagem correta de todos os ingredientes encontrados no produto. Muitos

consumidores tem alergias a certos alimentos e contam com o rotulo para verificar

se os produtos possuem ingredientes que possam prejudicar a sua saúde.

O produto alimentício utilizado parcialmente para produção própria, após o

uso deve ser datado de acordo com as recomendações do rótulo ou dos

procedimentos da empresa com a correta data de validade para garantir a

qualidade.

Não devem estar dispostos na área de vendas produtos fora da validade e

impróprios para consumo (produtos sem vácuo ou estufados, embolorados, com

odor fétido, etc.).

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4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO

4.1 AUDITORIAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR EM REDE DE

HIPERMERCADOS

Foram realizadas auditorias de segurança alimentar em supermercados,

hipermercados, clubes varejistas e atacados nos setores de açougue, padaria,

fiambreria, rotisseria, hortifrúti, peixaria, congelados e laticínios.

De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), os

supermercados são classificados em função do formato da loja. Segundo

Zimmermann (1959) que cita uma das definições mais antigas, supermercados são

estabelecimentos de venda a varejo, com muitas sessões que vendem alimentos, e

outras mercadorias, com estacionamento apropriado, e com uma receita mínima de

250.000 dólares ao ano.

Os supermercados convencionais são de porte médio e mantem o caráter

essencialmente de loja de alimentos, apresentando boa variedade de produtos.

Hipermercados são grandes lojas de autosserviço com cerca de 10 mil metros

quadrados, que apresentam enorme variedade de cerca de 50 mil itens, de produtos

alimentícios e não alimentícios. Por sua grande variedade e preços competitivos,

tem grande aceitação principalmente em cidades grandes, pois oferecem ao cliente

o conforto de fazer todas as suas compras em um só lugar. A principal diferença

entre um super, e um hipermercado é a variedade do número de itens e de setores

não alimentícios.

Os Atacados ou Clubes Atacadistas são grandes lojas que vendem tanto no

varejo (diretamente para o consumidor final), como no atacado (para comerciantes),

o sortimento é limitado, as instalações são bastantes despojadas (disposição de

alguns produtos ainda em pallets vindos do fornecedor, estocados em racks na

própria área de vendas da loja), o preço é relativamente mais baixo do que os nos

formatos de super. e hipermercados (Rios, 2012).

As auditorias são realizadas mensalmente, não necessariamente a cada 30

dias. Os clientes não são informados sobre a data em que serão auditados para que

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a prática correta dos procedimentos faça parte da rotina das lojas, e não apenas

para a data da auditoria.

As auditorias seguem a Diretriz de ROSSI, 2015. Todos as questões citadas

nos itens 3.3.1 a 3.3.14 são observadas durante a auditoria, pontuadas e

classificadas pelas cores verde, amarelo, vermelho e vermelho automático.

As questões são pontuadas primeiramente por setor, e posteriormente

lançadas a um sistema que irá gerar cor final e nota geral da loja.

As pontuações verdes são aquelas em que o procedimento encontra-se 100%

correta.

Exemplo: Os utensílios são devidamente sanitizados (totalmente imersos na

agua com o sanitizante próprio e atingindo a concentração adequada do mesmo).

As pontuações amarelas são aquelas em que houve falha regular no

procedimento.

Exemplo: Os utensílios encontram-se parcialmente imersos na água com o

sanitizante próprio, na concentração adequada.

A questão é pontuada como amarela, pois os utensílios não estão sendo

sanitizados corretamente, apenas algumas partes estão em contato com o produto

químico, ou seja, o processo acontece pela metade e de forma incorreta.

As pontuações vermelhas são aquelas em que houve falha grave no

procedimento.

Exemplo: Os utensílios encontram-se sujos, imersos na agua com o

sanitizante próprio e em concentração adequada.

A questão é pontuada como vermelha, pois de nada é válido sanitizar um

utensilio que não passou pelo processo de lavagem corretamente. Para que os

utensílios sejam sanitizados, primeiramente precisam estar limpos.

As pontuações de vermelho automático são as consideradas gravíssimas,

que oferecem grande risco ao alimento e ao cliente. Quando ocorre o vermelho

automático, a auditoria continua porém a gerência e os funcionários já sabem que a

cor final da loja será vermelho.

As questões pontuadas como vermelho automático são:

Alimentos prontos para o consumo sendo tocados com as mãos;

Manipulador apresentando sintomas de doenças gastrointestinais;

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Alimentos que necessitem refrigeração com temperatura interna acima de

10ºC;

Contaminação de alimentos e / ou superfícies de contato com o alimento por

produto químico;

Ralos entupidos com transbordamento e departamento em manipulação e

Presença de ratos e baratas na loja sem o PAE aberto.

No momento das pontuações amarelas ou vermelhas, deve-se orientar o

funcionário sobre o procedimento correto. No caso de pontuação vermelho

automático deve-se comunicar no ato a gerencia, encarregado do setor onde a não

conformidade foi encontrada e o médico veterinário responsável técnico da loja. No

caso de pontuações verdes, são feitos elogios e reforços positivos.

Durante a auditoria também são observadas questões que podem gerar

pontuações positivas, auxiliando num melhor resultado final.

Exemplo:

Lavagens de mãos corretas – 1 ponto positivo por funcionário que realizar o

procedimento corretamente sempre que necessário;

Utensílios e superfícies limpos – até 5 pontos positivos (são avaliados 5

utensílios e superfícies por setor) e

Utensílios sanitizando de forma correta e na concentração adequada – até 5

pontos positivos (são avaliados 5 utensílios por setor).

Como citado anteriormente, após o termino da auditoria, todas as pontuações

são lançadas num sistema que gera a nota final e cor geral da loja. O esperado é

que a cor geral seja verde, pois o resultado da auditoria sai da seguinte forma:

Verde: atende as expectativas da rede

Amarelo: Necessita melhorias

Vermelho: Não atente as expectativas da rede

Para obtenção da cor verde: 95% das questões corretas

Para obtenção da cor amarela: 94% das questões corretas

Para obtenção da cor vermelha: 84% das questões corretas

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A loja que não atinge o resultado esperado, deve junto ao médico veterinário

responsável técnico, criar um plano de ação para que as questões pontuadas sejam

corrigidas. Caso o resultado da próxima auditoria continue insatisfatório, os lideres

assinam advertências que podem acarretar em problemas em sua carreira na

empresa.

Durante o período de estagio foram realizadas 98 auditorias em uma rede de

supermercados e hipermercados. Foram avaliados diversos departamentos

(Tabela1), e as maiores falhas encontradas foram nas questões de limpeza e

higienização de utensílios e superfícies de contato direto com o alimento, erros de

estocagem oferecendo risco de contaminação física, química e biológica, disposição

de produtos impróprios para consumo na área de vendas e câmaras, e erros de

identificação de insumos utilizados na produção própria (Tabela 2) ;(Gráfico 1).

TABELA 1: DEPARTAMENTOS AVALIADOS

Setor Departamento a avaliar

Açougue Laboratório, câmara e balcão de atendimento

Fiambreria Laboratório, câmara e balcão de atendimento

Rotisseria Laboratório, câmaras, estoque de insumos e balcão de atendimento

Peixaria Laboratório, câmara e balcão de atendimento

Padaria Laboratório, câmaras, estoque de insumos, estoques de farinhas e

balcão de atendimento

Hortifruti Laboratório, câmaras e estoque

Congelados Câmara

Laticinios Câmara

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TABELA 2: Levantamento de pontuações negativas.

Questão Setor Total de erros

Observações

Saúde dos manipuladores

0

Lavagem de mãos Açougue e fiambreria

7 Lavagem de mãos incompleta, e sem utilização de sabonete bactericida

Temperatura de produtos frios

Fiambreria e laticínios

18 Produtos com temperatura acima de 5C ou 2C acima do indicado no rótulo

Temperatura de produtos quentes

Rotisseria 12 Produtos com temperatura inferior a 60C no balcão quente

Limpeza e higienização de utensílios e superfícies

Padaria e açougue

127 Má higienização de facas, serra fita e moedor de carnes, equipamentos de panificação, tabuas de corte, e superfícies de inox

Contaminação Cruzada Açougue 3 Manipulação simultânea de frango e bovino na mesma bancada

Formulários de controle de higienização e temperatura

Açougue e fiambreria

22 Datas sem registro de limpeza e de aferição de temperatura

Armazenagem de produtos químicos

0

Abastecimento de pia para lavagem de mãos

Açougue e hortifrúti

6 Ausência de papel toalha e/ ou detergente bactericida, e agua com abertura manual

Limpeza de piso de vendas, ralos e áreas gerais

Hortifrúti e laticínios

54 Sujidades acumuladas em paredes, piso, rodapés e teto de câmaras

Controle de Pragas 0

Produtos químicos e ferramentas de limpeza

Hortifrúti e açougue

21 Ausência dos Kits de limpeza

Proteção contra contaminação física

Padaria e açougue

79 Armazenagem de produtos diretamente no piso, sem proteção adequada

Identificação, rotulagem e validade e integridade do produto

139 Falta de identificação de insumos, produtos impróprios para consumo na área de vendas

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GRÁFICO 1: Representação das pontuações negativas

Também foram observadas diversos pontos positivos como: lavagens de

mãos corretas, uso de sanitizante para utensílios na concentração adequada e

disposição de produtos em temperatura adequada na área de vendas e câmaras

(Tabela 3 e Gráfico 2).

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Tabela 3: Levantamento de pontuações positivas.

Questão Setor Total de acertos

Lavagens de mãos Padaria e fiambreria 19

Sanitizante em concentração adequada

Açougue e Padaria 94

Temperatura de frios Fiambreria, açougue e laticínios

237

GRÁFICO 2: Levantamento de pontuações positivas

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5. RELATO DE AUDITORIAS

Foram selecionadas três auditorias para apresentação, sendo a primeira com

resultado satisfatório – verde (Figura 6), a segunda com resultado regular – amarelo

(Figura 10), e a terceira com resultado insatisfatório – vermelho (Figura 18).

A primeira auditoria a ser apresentada foi realizada no dia 09/10/15 em um

hipermercado de Curitiba, localizado no bairro Santa Felicidade. O resultado final foi

satisfatório.

Foram encontradas as seguintes não conformidades:

Papel toalha ausente na fiambreria (Figura 7)

Peça de queijo com dupla data de validade na fiambreria (Figura 8)

Sujidades acumuladas na parte inferior de uma das bancadas de manipulação

da padaria

Sujidades acumuladas na parte externa do cilindro de massa da padaria.

(Figura 9)

FIGURA 6: Resultado da auditoria

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FIGURA 7: Publicação da pontuação de erro em manutenção de pias

FIGURA 8: Publicação da pontuação de dupla validade

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FIGURA 9: Publicação de pontuação de falha de limpeza e higienização

A segunda auditoria a ser apresentada foi realizada no dia 07/10/15 num

supermercado de Curitiba, no bairro Bigorrilho. O resultado final foi regular.

Foram encontradas as seguintes não conformidades:

Sobrecoxa de frango com temperatura inferior a 60ºC (Figura 11)

Escorredor para massas armazenado com sujidades na rotisseria (Figura 12)

Agua quente ausente nos setores (Figura 13)

Parte interna do armário de insumos da padaria com sujidades acumuladas

(Figura 14)

Coador de pano armazenado no armário de embalagens da padaria (Figura

15)

17 unidades de chocolate em pó solúvel vencidos no estoque da padaria

(Figura 16)

Presença de bolor na parede da câmara de laticínio

Rack da câmara de laticínios com resíduos de alimentos (Figura 17)

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FIGURA 10: Publicação do resultado da auditoria

FIGURA 11: Publicação da pontuação por erro de temperatura de alimentos quentes

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FIGURA 12: Publicação de pontuação por erro de higienização de utensílios

FIGURA 13: Publicação de pontuação de erro de abastecimento de pias

FIGURA 14: Publicação de pontuação por erro de risco de contaminação física,

química ou biológica

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FIGURA 15: Publicação de pontuação por erro de limpeza de superfícies

FIGURA 16: Publicação de pontuação por risco de contaminação física ou

microbiológica

FIGURA 17:Publicação de erro de validade

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A terceira auditoria a ser apresentada, foi realizada no dia 11/11/15 em

Curitiba em um supermercado localizado no bairro novo mundo. O resultado foi

insatisfatório.

As não conformidades encontradas foram:

Iogurte grego com temperatura de 16.5 C no balcão refrigerado da área de

vendas (pontuação vermelho automático). (Figura 19)

Panelas armazenadas não invertidas na rotisseria.

Panelas com cabo de madeira na rotisseria. (Figura 20)

1 unidade de lombo suíno,1 unidade de bacon e 1 unidade de kit feijoada sem

vácuo na área de vendas (Figura 21)

9 unidades de óleo de soja vencidos no estoque da padaria (Figura 22)

FIGURA 18: Resultado da auditoria

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FIGURA 19: Publicação da pontuação vermelho automático por não conformidade

de temperatura

FIGURA 20: Publicação de erro por risco de contaminação física, química ou microbiológica

FIGURA 21:Publicação de erro por produtos impróprios para consumo

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FIGURA 22: Publicação de erro por validade

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6 CONCLUSÕES

A maior frequência de pontuações negativas encontradas nas lojas auditadas

durante o estágio foram nos itens de limpeza e higienização de utensílios e

superfícies nos setores de padarias e açougues, seguido do item de falta de

identificação de insumos e produtos impróprios para consumo na área de venda .

Foi possível notar que para as trinta e seis lojas avaliadas haviam quatro

médicas veterinárias responsáveis técnicas, sendo cada uma delas responsável por

nove lojas. As lojas em que as responsáveis técnicas (RTs) aplicaram medidas

corretivas com base nas não conformidades encontradas durante as auditorias,

apresentaram resultados cada vez mais positivos em relação as lojas em que as

RTs não atuaram sobre os pontos de não conformes avaliados nas auditorias.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o período de estágio, foi possível observar o quanto é importante a

participação de um médico veterinário com seus conhecimentos dentro das redes de

hipermercados e supermercados. As lojas que possuiam um médico veterinário

responsável técnico (RT) fazendo visitas semanais, apresentaram melhores

resultados de auditoria comparado às lojas em que o médico veterinário não visita

com esta frequência.

As auditorias de segurança alimentar provocam de forma notória um maior

comprometimento de toda a equipe para que todos os processos sejam realizados

de forma correta, a fim de garantir a segurança dos alimentos aos clientes

consumidores.

É possível diferenciar apenas pela área de vendas a rede de supermercados

que possui um serviço rigoroso de segurança alimentar, com um mesmo médico

veterinário RT fazendo visitas semanais e com auditorias mensais de segurança

alimentar por empresas terceirizadas, das redes que possuem um grande número de

RTs que ficam em constante rotatividade nas lojas, dificultando a possibilidade de

um trabalho intensivo em lojas com problemas recorrentes, ou seja, críticas.

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