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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

CONVERSA COM VERSO

LENICE CONCEIÇÃO DOS SANTOS NOVAES

CURITIBA

2011

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

CONVERSA COM VERSO

Material Didático para implementação do Projeto de Intervenção de Língua Portuguesa voltado para a aquisição da linguagem por das práticas discursivas por meio com os gêneros poéticos, apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

CURITIBA

2011

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

PROFESSORA PDE: Lenice Conceição dos Santos Novaes

ÁREA PDE: Língua Portuguesa – Aquisição da Linguagem

NRE: Curitiba

PROFESSOR ORIENTADOR IES: Daniela Zimermmann Machado

IES VINCULADA: FAFIPAR

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Conselheiro Carrão

PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: 6º ano do Ensino Fundamental

TEMA:

Aquisição da Linguagem por meio das práticas discursivas com os gêneros poéticos

TÍTULO: Conversa com Verso

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UM DEDO DE PROSA

Um bom começo de conversa é sobre a importância da prática discursiva da oralidade,

que está presente em todas as esferas sociais e auxilia o desenvolvimento das demais práticas,

tanto na instância comunicacional, como didática (afinal, “quem tem boca vai a Roma”).

Cada situação demanda uma prática adequada ou todas elas combinadas. A oralidade em si

também apresenta diferentes versões para diferentes situações. Uma palestra, seminário ou

exposição exige uma oralidade com marcas linguísticas específicas, mais formais (próximas

da escrita). Já um diálogo familiar, uma contação de histórias admitem outras marcas próprias

do espontâneo, mais informais. A memorização de poemas, por exemplo, garante uma

articulação entre a escrita e a oralidade; e enriquece a comunicação, ao possibilitar o

acréscimo dos múltiplos recursos extralinguísticos: emocional, visual, facial, gestual, corporal,

a utilização de objetos, de sons, de pausas, de metonímias, etc.

A proposta de recitar o texto “Num Pacato Vilarejo”, de Hebe Coimbra, justifica-se pela

intergenericidade que ela fez entre um gênero narrativo – o conto – e os recursos poéticos:

escrita em versos, com rimas, com a presença de muitas figuras de linguagem e muito jogo

artístico com o efeito semântico das palavras e expressões. É um resgate da tradição histórica,

lúdica e artística do gênero poético. Remonta à Idade Média, quando a oralidade prevalecia

sobre a escrita; e o texto em verso, a sonoridade favoreciam a memorização, a preservação e a

divulgação da mensagem.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA

A sequência de atividades propostas vislumbra simultaneamente as práticas da oralidade,

da leitura, da análise linguística e da escrita; enfim, tem como objetivo a formação de

comportamentos leitores e escritores proficientes no processo de aquisição da linguagem. São

transposições didáticas necessárias para o desenvolvimento de competências que abrangem

habilidades fundamentais para o bom desempenho das várias funções sociais da linguagem, ou

seja, para o uso em situações reais.

OBJETIVOS:

ESCRITA INICIAL: “O lugar Onde Vivo”

-produção de um aporte diagnóstico

APRESENTAÇÃO: conto “Num pacato Vilarejo” (Hebe Coimbra)

-motivação (observação, reflexão e verbalização)

PROCEDIMENTOS DE LEITURA

-identificação das informações explícitas

-reconhecimento dos efeitos de sentido

-compreensão da adequação dos recursos linguísticos e extralinguísticos

-inferência das informações implícitas que extrapolam o texto

IMPLICAÇÕES DO GÊNERO

-relação entre o suporte e a função social e didática vinculadas

-entendimento da estrutura composicional e seus recursos expressivos e estilísticos

-distinção dos recursos de textualização (intencionalidade, causas/consequências)

-percepção do enredo (partes principais e secundárias, progressão)

-apropriação do conteúdo temático (mudanças notórias)

ANÁLISE LINGUÍSTICA

-estabelecimento de relações de coesão e coerência (sintaxe)

-compreensão da intencionalidade nos efeitos de sentido (semântica)

-domínio dos mecanismos enunciativos e discursivos

INTERTEXTUALIDADE

-aplicação da estética da recepção e do efeito na compreensão e análise do sentido dos textos

para valorização do senso crítico do seu papel de sujeito;

-reconhecimento e ampliação do horizonte de expectativas;

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-utilização dos diversos exemplos de gêneros como objetos de aprendizagem (reflexão sobre a

língua) e também como instrumentos de comunicação (práticas de linguagem);

-compreensão das funções sociais e esferas de circulação de cada gênero para adequação de

suas práticas discursivas;

-identificação das características dos gêneros, com acréscimo dos parâmetros de comparação;

-desenvolvimento e aprimoramento das competências linguísticas de leitores e escritores,

através do acervo das obras a seguir:

-Música: “Vilarejo” (Marisa Monte)

-Música: “Aprendendo a Jogar” (Guilherme Arantes)

-Música: “Bom Conselho” (Chico Buarque de Holanda)

-Poema: “Brincando de Não-me-Olhe” (Elias José)

-Poema: “Diversidade” (Tatiana Belink)

-Poema: “Ou Isto ou Aquilo” (Cecília Meireles)

-Filme: “A Corrente do Bem” (Warner Bros)

-Texto: “O Vestido Azul” (autor desconhecido)

-Poema: “Estatuto do Homem” (Thiago de Melo)

-Haikai: (Helena Kolody e Paulo Leminski)

-Música: “O Caderno” (Toquinho)

-Música: “Aquarela” (Toquinho)

-Crônicas: “A Arte de Ser Feliz” e “Dias Perfeitos” (Cecília Meireles), “Os

Dois Velhinhos” (Dalton Trevizan), “Meu Ideal Seria Escrever” (Paulo Mendes

Campos)

-Poema: “Canção do Exílio” (Gonçalves Dias)

-Poema: “Vou me embora pras Pasárgada” (Manuel Bandeira)

-Música: “Quem Eu Sou” (Felipe Galvão)

-Poema: “Identidade” (Pedro Bandeira)

-Música: “Bola de meia, bola de Gude” (Banda 14 Bis

PROCEDIMENTOS DE REESCRITA

-avaliação final: revisão articulada com os objetivos anteriores

SOCIALIZAÇÃO

-exposição das versões finais dos textos e apresentação cênica de um texto narrativo- poético

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O CONTO SE APRESENTA

Para conhecermos um pouco melhor este gênero, é imprescindível a leitura da obra “O

conto se apresenta”, de Moacyr Scliar, em que o conto se torna um personagem e, de uma

maneira muito criativa e didática, faz uma autoapresentação para contar sobre suas origens,

finalidades, temas e características. O desfecho explica como ocorre a identificação do lirismo

poético neste gênero tão especial que é o conto: “O mundo da nossa imaginação é muito

grande. Mas a nossa vida está cheia de emoções. E onde há emoção, pode haver conto. Onde

há gente que sabe usar as palavras para emocionar pessoas, para transmitir ideias, existem

escritores”.

Isso é poesia! Vale a pena lembrar que o poema é um gênero poético com um formato

especial: é composto por versos, estrofes, pode ter rimas ou não. A poesia refere-se à emoção,

ao efeito artístico do conteúdo. Podemos encontrar poesia em vários gêneros, além do poema:

nos provérbios, charadas, anedotas, adivinhas, parlendas e até propagandas, como observou o

grande poeta Carlos Drummond de Andrade em sua crônica “Olhador de Anúncios: [...] O

olhador sente o prazer de novas associações de coisas, animais e pessoas; e esse prazer é

poético. Quem disse que a poesia anda desvalorizada? A bossa dos anúncios prova o

contrário. E, ao vender-nos qualquer mercadoria, eles nos dão de presente ‘algo mais’, que é

produto da imaginação e tem serventia, como as coisas concretas, que também de pão

abstrato se nutre o homem”.

Preocupada com a situação educacional, Hebe Coimbra desenvolveu a coleção “Tirando

de Letra” para reforçar, complementar e estimular os processos de alfabetização e letramento,

valendo-se do aspecto literário, privilegiando o campo sonoro típico do gênero poético.

Figura 01

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O conto “Num Pacato Vilarejo” recebeu o Selo Altamente Recomendável pela FNLIJ,

trata-se de uma narrativa em versos que lembra os poemas épicos da Antiguidade, quando as

grandes aventuras ou histórias de amor eram transmitidas oralmente e utilizavam-se os

recursos poéticos para facilitar a memorização: versos, estrofes, rimas, ritmo, repetições.

A história apresenta uma temática que focaliza a importância de mudanças de um estado

de apatia para a euforia das transformações positivas: um pacato vilarejo é todo sacudido

depois que Manuel, dono do armazém, tem uma visão, relegada a um plano tão insignificante

que nem é descrita, mas é o pivô de uma sequência de enganos, responsáveis pela renovação

do vilarejo. O título já deixa clara a característica do lugar? O que podemos concluir sobre o

seu tamanho? Como serão os personagens? Como eles vivem? O que fazem durante o dia? E à

noite? Como se relacionam? Quais são os costumes? São felizes? Como você explicaria os

versos: “Não eram felizes. / Nem tampouco infelizes. / Eram somente / pessoas descontentes /

porém convenientes...” O que falta?

A autora é professora de Português e revisora de texto, organizou a antologia “Poesia

Essencial”, de Roseana Murray, que de modo especial escreveu:

“Palavras são como estrelas

facas ou flores

elas têm raízes, pétalas, espinhos

para acordá-las basta um sopro

em sua alma e como pássaros

vão encontrar seu caminho,,,”

Estes versos de Roseana Murray têm a mesma sensibilidade da nossa paranaense

Helena Kolody, neste haikai, que dizem muito com poucas palavras:

“PÁSSAROS LIBERTOS”

Palavras são pássaros,

Voaram!

Não nos pertencem mais”.

Outro grande ícone da poesia brasileira, Mário Quintana passa a mesma ideia nesta obra de

arte:

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“OS POEMAS”

Os poemas são pássaros

Que chegam não se sabe de onde

E pousam no livro que lês.

Quando fechas o livro,

Eles alçam vôo

Como de um alçapão.

Eles não tem pouso

Nem porto

Alimentam-se um instante

Em cada par de mãos

E partem...”

ATIVIDADES

A proposta desta sequência de atividades a seguir visa assegurar, o máximo possível, a

legitimidade da função social das práticas discursivas específicas dos gêneros a serem

trabalhados, ou seja, a legitimidade da transposição didática da situação comunicacional para

a situação de aprendizagem. Para tanto, está fundamentada em um planejamento, cujo

encaminhamento metodológico possibilita uma flexibilidade para eventuais adaptações,

necessárias durante o percurso de evolução, que implica as interações dos sujeitos que são

alvos do mesmo; considerando as expectativas sociais, a pertinência dos saberes empíricos, as

potencialidades dos saberes disponíveis, enfim todas as complexas variáveis contextuais que

ocorrem durante o processo de implementação. Tempo estimado: sessenta e quatro horas.

1-AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

-Considerando a função social para a escrita e uso do texto (narrativo ou descritivo), escrever

sobre o lugar onde vive.

-Discussão e planejamento sobre o contexto de produção, referente a:

I- um destinatário específico (professor, prefeito, amigo de outro lugar no Brasil ou no

exterior, etc.);

II- uma finalidade explícita ou implícita;

III- uma esfera social de circulação, adequada para o texto.

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2-RECONHECIMENTO DO GÊNERO

-Leitura do conto “O conto se apresenta”

-Audição do CD “A hora e a vez do conto”

-Recitação do conto “Num pacato vilarejo”

-Conversa sobre a identificação, no segundo conto, dos elementos característicos do gênero

citados no primeiro conto.

-Conversa sobre a identificação do gênero poético no segundo conto.

-Audição da música “Vilarejo”

3-CAÇA AOS PROVÉRBIOS

-Fazer um levantamento dos provérbios populares e organizar um campeonato para decifrar os

efeitos de sentido.

-Vamos discutir sobre o ponto de vista da

compositora Eliz Regina, relacionando os

provérbios originais com o contexto em que

aparecem na música “Aprendendo a

Jogar”, interpretada por Guilherme

Arantes.

Veja o exemplo: “Mas em casa de ferreiro /

quem com ferro fere é bobo”

-Quais os dois provérbios originais? Quais

os sentidos de cada um? Qual o novo

sentido adquirido com a adaptação da

compositora?

Figura 02

-Na música “Bom Conselho” do cantor Chico Buarque de Holanda, ele contra-argumentou o

sentido original dos provérbios.

Veja o exemplo: “Devagar é que não se vai longe”

-Qual a sua opinião sobre os contra-argumentos do compositor? Como você rebateria outros

provérbios?

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4-POLISSEMIA

A linguagem figurada é um recurso linguístico indispensável nos gêneros poéticos, utilizada

para fazer uma comparação, aproveitando os diversos sentidos que as palavras ou frases

expressam em diferentes situações, dentro de um contexto mais amplo. A polissemia

enriquece o repertório lexical e proporciona a coerência necessária na compreensão e

interpretação.

-Recorrendo a este mecanismo, explique o sentido das seguintes expressões:

p. 15- singular:

p. 15- ligados:

p. 16- batidos e rebatidos:

p. 17- plural:

p. 18- precisar:

p. 18- corrido:

p. 18- dividido:

p. 19- pesado:

p. 25- ruminando:

p. 27- virando:

p. 27- pique:

p. 28- choque:

p. 31- assanhada:

p. 32- prisma:

p. 32- clarear:

p. 32- visão:

p. 34- rumina:

5-LOTERIA DAS APARÊNCIAS

Esta é uma seleção de palavras não muito usadas em nosso cotidiano atualmente.

-Que definição você escolheria para cada uma, limitando-se apenas à aparência, ou seja,

através do “chute”?

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1- p.15. SENSABORIA Sem sabedoria Sem sabor Sensibilidade

2- p.17. RAMERÃO Ramagem Rotina Emburrado

3- p.19. TRUCAGEM Trabalho Engano Passagem

4- p.19. CONJETURANDO Supondo Juntando Jurando

5- p.20. ESTOUVANDO Descuidando Atentando Estourando

6- p.21. PÍSSICA Física Pacifica Doida

7- p.25. QUIMERAS Queixas Questões Ilusões

8- p.26. ABATUMADA Abusada Pesada Abobada

9- p.27. FURIBUNDA Vagabunda Furiosa Imunda

10-p.27. BARAFUNDA Bagunça Barata Barraca

-Agora, faça uma revisão, consultando o contexto em que aparecem.

-Caso ainda restem dúvidas, confira o dicionário.

6-RECURSOS LINGUÍSTICOS

6.1-RIMAS

Nem todo texto poético apresenta rimas, mas o nosso conto não dispensa este recurso, às

vezes até inverte a ordem direta dos termos da oração para colaborar com este efeito sonoro

característico das rimas.

-Relacione os versos do conto com esta ocorrência (inversão), indicando qual seria a ordem

direta.

-Agora, aplique o recurso da utilização de rimas e complete, com adjetivos e/ou advérbios, as

lacunas criadas no poema “Brincando de Não-me-Olhe”, de Elias José.

-Complete as lacunas, utilizando as rimas e as diferentes características físicas e

psicológicas, trabalhadas no livro “Diversidade”, em que Tatiana Belinky, reforça a temática

sobre as mudanças notórias. Com versos e rimas ela conclui, ressaltando a beleza da

notoriedade da diversidade:

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[...]

Tudo é humano,

Bem diferente

Assim, assado

Todos são gente.

Cada um na sua

E não Faz mal

Di-ver-si-da-de

É que é Legal.

Vamos, venhamos

Isto é um fato:

Tudo igualzinho

Ai, como é chato!

Figura 03

6.2-SEMELHANÇAS E CONTRASTES

?

-Observe que a poesia, “Ou Isto ou Aquilo”, obra-prima de

Cecília Meireles, apresenta uma série de alternativas opostas. A

autora do nosso conto faz algo semelhante utilizando os

conectivos que expressam a dúvida de Manuel em relação à visão

que teve (ou não?).

?

-Identifique as justificativas contrárias para as afirmações destacadas abaixo:

1º - sobre Manuel

p. 19- “Então foi trabalhar numa boa. Bem nem tão numa boa assim...”

justificativa: pois

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2º - sobre Serafina:

p. 20- “famosas por suas tortas saborosas. Mais ou menos...”

justificativa:

3º - sobre Dona Mercedes:

p. 21- “cheia de tric tric. Bom... nem muito cheia”

justificativa:

4º - sobre Belinda:

p. 23- “...e aquele olhar apaixonada (bem... nem tanto assim...)”

justificativa:

5º - sobre Ataíde:

p. 24- “um moço sisudo, mas não muito carrancudo”

justificativa:

6º - sobre Raimundo:

p. 24- “O que vivia num outro mundo. Não. Nem tão noutro assim...”

justificativa:

6.3-CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Os objetos mencionados no texto têm um papel relevante, são elementos simbólicos, que

fazem referência a fatos importantes.

-Localize os fatos que os objetos representam.

1º Serafina- a colher de pau refere-se à:

o bacalhau refere-se ao:

2º Dona Mercedes- o spray contra barata:

o livro Democrata:

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3º Belinda- a camisola florida:

a bola colorida:

4º Ataíde- o dicionário de latim:

a garrafa de gim:

5º Raimundo- o raio de sol:

- o urinol:

6.4-CONCLUSÕES

As situações mencionadas no início do texto foram retomadas no final, marcando o desfecho

da história.

-Localize as mudanças ocorridas.

p. 15- “tudo, tudo, sempre igual”.

Depois (p. 30):

p. 17- “O filho do barbeiro, barbeiro seria”.

Depois (p. 33):

p. 17- “O filho do Astolfo seria marido da filha de Lia”.

Depois ( p. 33):

7-ENREDO

Para um gênero ser considerado narrativo, precisa apresentar um enredo, com os conflitos,

clímax e desfecho.

-Analise a estrutura apresentada pelo enredo da narração.

1ª PARTE: DESCRIÇÃO DO VILAREJO

-Considerando o contexto, relacione os versos que explicam as expressões que descrevem o

vilarejo.

pacato:

sensaboria:

insipidez:

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-Descreva os tipos de fatos que não aconteciam no vilarejo?

-Deduza que afirmações demonstram que os moradores eram organizados?

-Explique os adjetivos utilizados para os assuntos batidos e rebatidos.

escassos:

disperso:

esparso:

-Relacione a expressão que explica o que é “conhecer detalhes e minúcias”

-Como era o tempo no pacato vilarejo?

-Como a vida transcorria?

-Indique os antônimos:

alegria:

felizes:

contentes:

convenientes:

-Comente: “Curitiba é um lugar pacato?”

2ª PARTE: A VISÃO DE MANUEL

-Explique a diferença entre “lenda” e “fato”?

-Identifique as referências ao tempo em ocorreu a visão?

-Relacione a expressão que explica o que é “casualidades”.

-Aponte os “efeitos colaterais” da visão de Manuel?

-Comente: “O que Manuel viu?”

3ª PARTE: AS MUDANÇAS NOTÓRIAS

-Relacione as mudanças referentes aos personagens

Serafina:

Dona Mercedes:

Belinda:

Ataíde Amaral:

Raimundo:

Manuel:

-Que adjetivo você usaria para o vilarejo depois das mudanças?

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8-EXTRAPOLAÇÃO

8.1-REVEZAMENTO DE PARLENDAS

A sucessão de eventos do conto lembra um encadeamento, uma corrente. Isto é o que acontece

com as parlendas, que fortalecem a memorização e a oralidade de maneira lúdica. -A proposta,

agora, é de um campeonato de parlendas em duplas para promover uma relação cooperativa de

aprendizagem.

8.2-AÇÃO E REAÇÃO

-Assistir ao filme “A Corrente do Bem” (Warner Bross, 2001), ler o texto “O Vestido Azul” e

planejar (em grupo) ações para contextualização, abordando questões como o meio ambiente,

a cultura da paz, e outros temas levantados pela turma

-Ouvir a gravação do poema “Estatuto do Homem” de Thiago de Melo e produzir “Os

Estatutos da Turma”

9-PRODUÇÃO DE TEXTO

-Audição da música: “O Caderno” de Toquinho, como

motivação para a descrição de um objeto a ser revelado só no

final, depois das tentativas dos ouvintes.

Figura 04

-Audição da música “Aquarela” de Toquinho, como

motivação para a descrição de um lugar ideal, a partir do

verso “Um menino caminha e caminhando chega no muro”.

Figura 05

10-RODA DE LEITURA

-Leitura compartilhada para debate das crônicas:

“Arte de ser Feliz” (Cecília Meireles): discussão do provérbio “Mais vale um pássaro na mão

que dois voando”.

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“Os dois Velhinhos” (Dalton Trevizan): relação com o texto anterior, discussão dos

provérbios “Em terra de cego, quem tem um olho é rei” e “Quem não tem cão, caça com

gato”.

“Dias Perfeitos” (Cecília Meireles): preenchimento de lacunas com omissão de palavras-

chave, inferência pelo contexto.

“Meu Ideal Seria Escrever” (Paulo Mendes Campos): explosão de ideias sobre a história

sugerida na crônica.

11-PESQUISA

-Levantamento de informações sobre o gênero poético “haikai” para exposição de mural com

obras de Helena Kolody, de Paulo Leminski e da turma.

-Levantamento de informações sobre Gonçalves Dias e a obra “Canção do Exílio” e sobre

Manuel Bandeira e a obra “Vou-me embora pra Pasárgada”.

-Comparação entre os gêneros: “paráfrase” e “paródia” para contextualização.

Figura 06

12-AVALIAÇÃO FINAL

-Após audição da música “Quem Sou Eu?” (Felipe Galvão – Fiuk) , e leitura do poema

“Identidade” (Pedro Bandeira), reflexão sobre a sua importância no lugar onde vive para

revisão e reescrita da primeira produção do texto “O lugar Onde Vivo” .

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Figura 07

13-SOCIALIZAÇÃO

-Comparação dos gêneros: “parábola” e “conto”.

-Seleção de parábolas para dramatização de uma narrativa poética.

-Apresentação de encerramento: “Natal em Cordel”.

-Exposição retrospectiva das atividades.

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REFERÊNCIAS:

A Corrente do bem. Direção: Mimi Leder. Produção: Peter Abrams, Steve Reuther. EUA:

Warner Home Vídeo, 2001. 1DVD (124 min.).

AGUIAR, Vera Teixeira de. A formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto

Alegre: Mercado Aberto, 1993.

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Sequência Didática: uma proposta para o ensino de língua portuguesa nas séries iniciais.

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CAMPOS, Paulo Mendes. Meu ideal seria escrever. In: A traição das elegantes. Rio de

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DIAS, Gonçalves. Canção do Exílio. In: Poemas. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo:

Publifolha, 1997

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