jovens escritores - 7º ano

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Contos e fábulas - diálogos com a tradição. Narrativas produzidas pelos alunos do Sétimo Ano da Escola Premium Cenecista. Capivari/SP. 2015

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Contos e fábulas - diálogos com a tradição. Narrativas produzidas pelos alunos do Sétimo Ano da Escola Premium Cenecista. Capivari/SP.

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Page 1: Jovens Escritores - 7º Ano

Contos e fábulas -

diálogos com a tradição.

Narrativas produzidas pelos alunos do Sétimo Ano da Escola

Premium Cenecista.

Capivari/SP. 2015

Page 2: Jovens Escritores - 7º Ano

2

Apresentação.

“Contos e fábulas - diálogos com a tradição" é

uma reunião de narrativas produzidas pelos alunos

que estão cursando o Sétimo Ano do Ensino Fundamental na CNEC, unidade Capivari/SP, neste ano de 2015.

A obra está dividida em duas partes: na primeira, encontram-se versões modernizadas de contos de fadas que fazem parte de nossa herança

cultural, embalando os sonhos de gerações e gerações de crianças; na segunda, o leitor entrará em contato com fábulas inventadas pelos alunos, a partir da leitura de outros textos pertencentes a esse gênero tão antigo quanto instigante.

Imaginação, criatividade, emoção, habilidade,

dedicação e afetividade foram alguns dos “temperos” utilizados para produzir esta obra no intuito de que ela agrade aos mais diversos “paladares”. Os textos aqui divulgados exploram as múltiplas possibilidades expressivas do gênero narrativo, revelando a riqueza das mentes e almas desses

adolescentes admiráveis. Boa leitura!

Hebe Cristina da Silva.

(Professora da área de Língua Portuguesa).

Page 3: Jovens Escritores - 7º Ano

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ÍNDICE.

Parte I - Contos de fadas modernizados.

Bianca Prado p. 06

Domitila Maria Gatti Alves Rodrigues p. 07

Fernanda Gonçalves Piovezan p. 08

Gabriel Lopes Cavallari p. 09

Gabriely de Campos Silva p. 10

Gustavo Lamare Rodrigues p. 11

João Pedro Conti Forti p. 12

Júlia Tomé Carillo p. 14

Laís Ângelo de Oliveira p. 16

Laís Gomes de Souza p. 17

Lívia Brugnerotto Zunstein p. 18

Lívia Lamas da Silva p. 19

Lívia Maria Brunn p. 20

Luana Groninger Lima p. 21

Lucas dos Santos Keller p. 23

Matheus Bortolucci Zacharias p. 24

Sofia Vendramim Soares p. 25

Talia de Macedo de Oliveira p. 26

Valentini Veronez p. 27

Page 4: Jovens Escritores - 7º Ano

4

Parte II – Fábulas.

Bianca Prado p. 29

Domitila Maria Gatti Alves Rodrigues p. 30

Fernanda Gonçalves Piovezan p. 31

Gabriel Lopes Cavallari p. 32

Gabriely de Campos Silva p. 33

Gustavo Lamare Rodrigues p. 34

João Pedro Conti Forti p. 35

Júlia Tomé Carillo p. 36

Laís Ângelo de Oliveira p. 37

Laís Gomes de Souza p. 38

Lívia Brugnerotto Zunstein p. 39

Lívia Lamas da Silva p. 40

Lívia Maria Brunn p. 41

Luana Groninger Lima p. 42

Lucas dos Santos Keller p. 43

Matheus Bortolucci Zacharias p. 44

Sofia Vendramim Soares p. 45

Talia de Macedo de Oliveira p. 46

Valentini Veronez p. 47

Page 5: Jovens Escritores - 7º Ano

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Contos de fadas

modernizados.

Page 6: Jovens Escritores - 7º Ano

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Os três bandidos. (Bianca Prado)

Era uma vez um lobo conhecido como Jonas, que trabalhava no FBI. Há meses, ele havia se mudado para o Brasil para investigar a maior gang da história: o famoso TRIO SUJO. Começou a andar pela floresta à procura de pistas, mas todos se calavam por medo de dizer alguma coisa sobre o esconderijo dos três malfeitores.

Jonas procurou por toda a floresta, até se cansar e sentar numa pedra. No mesmo instante, a cachoeira que estava ao seu lado abriu-se, dando passagem a uma caverna cujo caminho levava até um vale onde havia três casas: uma de palha, uma de madeira e a outra de tijolo. Por curiosidade, Jonas foi ver.

Entrando no vale, por conta do cheiro das flores perfumadas,

começou a espirrar como um condenado. Seus espirros eram tão fortes que fizeram a primeira casa cair. Lá havia uma pilha de dinheiro e Jonas pensou: “Que suspeito!”. Então foi para a segunda casa, a de madeira. Pensou, assoprou e logo a casa caiu. Lá, encontrou documentos, celulares, bolsas e outras coisas roubadas. Quando foi para a terceira casa tentou assoprar,

percebeu que não a derrubou porque era de tijolos. Sendo assim, bateu na porta e quem atendeu foram os irmãos que compunham o trio sujo: Heitor, Bruno e Artur, o chefe da gangue.

Como eles não tinham reconhecido que era um dos detetives da polícia, Jonas se aproveitou disso e disse que queria se juntar à gangue. Eles o deixaram entrar, mas ele estava com muito

medo, pois Heitor, Bruno e Artur eram fortes, com tatuagens pelo corpo inteiro. Como Jonas era esperto, antes de entrar na casa, já havia chamado sua equipe e, como um “presentinho” para o trio sujo, pediu para trazerem Dona Maricota, a mãe dos suínos.

Não passou muito tempo, quando sua equipe chegou de helicóptero junto com a mãe dos criminosos, que se renderam na

hora. Passaram alguns dias e chegou o dia do julgamento do trio sujo. Dona Maricota prestou depoimento, dizendo que eles haviam fugido de casa, pois ela pediu para serem mais maduros e responsáveis. Entretanto, ao invés de procurarem um emprego, resolveram roubar, pois eram muito preguiçosos.

A única coisa de que os três porquinhos se esqueceram é que

somos responsáveis pelos atos... Eles tiveram que cumprir uma pena de 15 anos de prisão.

Page 7: Jovens Escritores - 7º Ano

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A feiúra adormecida

(Domitila Maria Gatti Alves Rodrigues)

Era uma vez, em um reino encantado, um rei e uma rainha

que tiveram uma linda filha chamada Aurora. No dia de seu batizado, apareceu Malévola, que era sua

madrinha boazinha e muito bela. Ela era uma feiticeira e, assim, jogou o poder de beleza, amor e felicidade sobre Aurora. Mas, de

repente, apareceram os três porquinhos, que eram feiticeiros do mal e não haviam sido convidados para o batizado da linda princesa, por isso estavam muito irritados. Com toda essa fúria, os três jogaram os poderes de feiura, raiva e maldade sobre Aurora, dizendo que o feitiço só poderia ser quebrado se um belo príncipe a amasse de verdade.

Os anos se passaram e Aurora estava cada vez mais feia. Os príncipes recusavam-se a casar com ela. Até que, um dia, a princesa conheceu um belo príncipe que a deixou mais feliz e menos furiosa. Os dois se encontravam todos os dias na floresta, que era um lugar bonito, cheio de árvores, animais, flores e onde havia até um lago. A cada dia, príncipe Nícolas percebia que

Aurora ficava mais linda e seu amor por ela ia aumentando. Um dia, os três porquinhos descobriram que Aurora estava

ficando mais bonita e fizeram-na adormecer por um dia, para que ela não fosse à floresta encontrar-se com Nícolas. O príncipe estranhou a ausência dela e foi ao castelo procurá-la. Ele olhou para Aurora, que havia ficado feia novamente, e pensou que, se

demonstrasse o seu amor, ela voltaria a ser bonita, feliz e amorosa.

Então ele se ajoelhou, beijou-a e, assim, a mágica aconteceu. No outro dia, o reino estava festejando a volta da beleza da princesa e o seu romance com Nícolas. Já os três porquinhos foram presos com a ajuda de Malévola.

Atualmente, Aurora está casada, com dois filhos e morando em uma mansão. De vez em quando, ela passeia com seus filhos em seu jatinho e avista a floresta onde conheceu seu amor.

Page 8: Jovens Escritores - 7º Ano

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O crime não compensa (Fernanda Gonçalves Piovezan)

Alibabá era um menino pobre que vivia em uma favela onde

havia muitos ladrões e criminosos. El Rachid era o chefe da quadrilha que comandava a favela e seu bando possuía 40

ladrões que roubavam bancos, carros fortes e eram bandidos de alta periculosidade. El Rachid estava planejando um alto assalto no Banco Central para roubar barras de ouro.

O chefe dos criminosos guardava todo seu ouro em um cofre enorme. Para abrir a porta do cofre, a senha era: "Abre-te Sésamo". Alibabá, escondido, viu El Rachid abrir o cofre para

guardar as barras de ouro que roubara do Banco Central. Alibabá viu tudo e, como era um menino pobre e muito

honesto, avisou a polícia que, chegando ao local, prendeu El Rachid e seu bando. O garoto falou a senha "Abre-te Sésamo", a porta abriu, o ouro foi recuperado e, com o prêmio da recompensa, teve uma vida melhor, pode estudar e se tornou um

grande jornalista.

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A entregadora de pizza (Gabriel Lopes Cavallari)

Era uma vez uma jovem que se chamava Chapeuzinho Azul e morava em uma grande metrópole. Ela era muito esperta, tinha vários amigos e gostava de usar um boné azul, algo que irritava muito seus pais.

Apesar de sua família ser muito rica, ela passava por sérias dificuldades, pois havia saído de casa para se tornar

independente, já que seus pais e sua avó queriam que ela se tornasse engenheira e não a deixavam estudar Artes Plásticas.

Ela encontrou muitas dificuldades para arrumar emprego e, depois de muito procurar, teve que se contentar com o cargo de entregadora da Pizzaria do Lobão, um sujeito que gostou da sua história e decidiu lhe dar uma chance. Entretanto, ficou com

muita vergonha de contar para sua família sobre seu emprego, pois sabia que eles achariam estranho uma garota como ela trabalhando de entregadora e andando de moto pela cidade. Por isso, dizia a todos que estava trabalhando em um banco.

Tudo estava correndo bem, mas um dia a família de Chapeuzinho se reuniu num sábado para comer uma pizza e a

garota não sabia, pois, quando ligaram para convidá-la, ela não pôde atender o celular.

Chapeuzinho estava terminando o seu dia de trabalho e só faltavam duas pizzas para entregar, quando percebeu que esse último pedido devia ser deixado na sua casa. Ela ficou muito nervosa, pois, se não fizesse a entrega, poderia ser despedida do

emprego, então tomou coragem e foi. Quando chegou, bateu na porta com timidez e ficou aguardando em silêncio, com um certo medo da reação de seus pais. Quando seu irmão abriu a porta, logo a reconheceu e chamou as visitas que estavam lá para ver quem era a entregadora de pizzas. Todos ficaram surpresos e ela mais ainda, pois não esperava por todos os seus parentes e nem

imaginava que eles não criticariam o seu trabalho. Depois do acontecimento, Chapeuzinho apresentou aos seus

parentes o local onde trabalhava e o seu chefe, o Lobo, que elogiou muito seu trabalho. Assim, seus pais decidiram deixar a filha seguir a carreira que quisesse e passaram a pagar suas despesas. Ela aceitou a ajuda, continuou trabalhado, pois

gostava de aventurar-se pela cidade em cima de uma moto.

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Pinóquio moderno.

(Gabriely de Campos Silva)

Pinóquio era um adolescente como outro qualquer, na

maioria das vezes, pois, quando brigava, respondia, retrucava ou falava palavrão, ele começava emitir uns ruídos esquisitos que pareciam grunhido de porco.

Pinóquio possuía dois tios muito loucos: Sra. Zica, que era uma ótima guitarrista, e Sr. Zica, que tocava bateria como ninguém. A tia era chamada por ele de Dona Fada, pois lhe dava muitos presentes, e o tio recebeu o apelido de Senhor Consciência, pois lhe dava muitos “tiches”, havendo alguns que doíam até na alma. O tio sempre dizia que ele devia comportar-se melhor,

senão acabaria passando muita vergonha em público quando começasse a grunhir como um porco.

Pinóquio, um dia, foi ao mercado e pegou uma bala e um guaraná, mas, quando foi pagar, percebeu que estava sem dinheiro e disse: “Merda, esqueci minha carteira”. Assim que terminou de falar, a bela garota que estava ao seu lado na fila e

com quem ele estava trocando olhares apaixonados quase morreu de susto e começou a rir dele, pois o garoto começou a soltar uns sons esquisitos.

Naquele momento, Pinóquio tomou consciência de que não devia falar nem fazer mais nada sem pensar e agiu bem durante dias. Ele consegui não brigar nem responder para as pessoas,

entretanto, como gostava muito de Funk, sempre acaba grunhindo enquanto cantava as músicas, pois havia palavrões nas letras.

Então seu tio, o Sr. Zica, falou para o garoto criar uma banda, pois o som emitido por ele ao pronunciar os palavrões combinaria com as “gírias” do Funk. Tudo se encaixaria, os tios seriam os

empresários e também fariam parte da banda. E não é que deu certo? Hoje, Pinóquio é famoso e sua banda

se chama “A fada, a consciência e o porco”. Todo mundo gosta de ouvir e acha-a original, pois ninguém consegue “copiar” os sons e o ritmo das suas músicas.

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Os Novos Três Porquinhos.

(Gustavo Lamare Rodrigues)

Era uma vez, três porquinhos chamados Bob, Valdisnei e Pedrinho. O Bob era um porquinho que andava de muleta, tocava trombeta e morava numa casa de palha. O Valdisnei não era muito rico, possuía um barraco de madeira e não teve filho a vida inteira. O Pedrinho era diferente, seu lar possuía designer no

interior, a casa era de tijolos e cheirosa como uma flor. Até aí estava tudo bem, até aí estava normal, mas eles deviam

muito dinheiro ao poderoso Lobo Mau. O lobo foi cobrar o Bob na casa de palheiro, chegando

exclamou: “Abre aí, vim cobrar a grana do aparelho!”. O Bob não abriu porque estava com um “preguição”, o lobo ficou bravo e

arrombou a porta, então. Bob pegou sua bicicleta e fugiu para a casa do Valdisnei. Chegando lá ele gritou: “Foi no desespero que eu cheguei!”.

Depois de contar tudo, Val ficou preocupado. Ele também devia ao lobo, pois não teve muito cuidado. Foi quando chegou, de Citroen, o poderoso Lobo Mau, com as gatinhas rebolando e a

criançada “pagando pau”. Então gritou o lobo: “Abre esse barraco de madeira! Se liguem aí, porquinhos, senão os faço virar bacon e os ponho na frigideira!”

Os porquinhos saíram correndo para a casa do seu irmão Pedrinho. Mas, chegando lá, ele disse: “Parem vocês dois. Primeiro tirem os sapatos, pois aqui está tudo limpinho.” Ao

saber do Lobo Mau, o Pedrinho se tremeu, pois foi ao restaurante do Lobo, não pagou e mesmo assim comeu.

Então chegou o Lobo Mau dizendo: “Vim resolver essa 'parada' aqui na casa do Pedrinho.” Ao falar isso, o próprio espirrou perfume no seu focinho. O Lobo Mau ficou inchado, pois era alérgico a lavanda, então morreu no SUS, pois lá a fila não

anda.

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A mudança de Cinderela (João Pedro Conti Forti)

Era uma adolescente como outras do século vinte e um: não queria trabalhar, só ficar dormindo, mexendo no celular, comendo bobeira, assistindo televisão e saindo com os amigos.

Cinderela era uma menina sustentada somente pelo pai. Ele era viúvo, bem sucedido e podia ser considerado rico, ao passo que a menina era mimada, não pelo pai, mas sim pelas

empregadas. Cinderela não ligava para nada, não pegava no lápis, muito

menos no caderno, só ficava no seu “iphone” 6 e na sua televisão de sessenta e sete polegadas. Ela falava isso para todo mundo e se achava a “poderosa”.

Ao sair da adolescência, após alguns meses, em um dia

normal, Cinderela recebeu uma triste notícia: seu pai havia falecido. Ela chorou muito e ficou triste ao saber que ele não estaria mais ao seu lado.

O pai foi enterrado em um caixão de prata e o túmulo foi feito de ouro, mas sempre falava que não queria luxo em seu enterro, pois era muito humilde. Homenagens foram feitas,

Cinderela discursou e amigos de seu pai também. A empresa foi assumida por Cinderela e foi um desastre,

pois, vinte e sete dias depois, estava prestes a falir e, em menos de dois meses, faliu devido à má administração feita por ela. A garota arrepende-se por não ter ouvido o pai, que sempre a aconselhava a estudar administração.

Com a falência da empresa, Cinderela nunca mais pode ir aos “shows” e assistir de camarote com ar condicionado e quitutes na mão, o celular da moda que ela tinha virou o mais básico, dispensou as empregadas e vendeu a televisão para ganhar algum dinheiro. Enquanto isso, pensava em uma solução. Como a única coisa que sobrara foi a casa enorme, decidiu alugar

alguns quartos para ajudar em seu sustento. Mesmo buscando novas ideias, a única saída era usar os

conselhos de seu pai. Diferentemente da Cinderela do passado, que esperou por um príncipe, esta quis ter estabilidade financeira antes de encontrar seu verdadeiro amor.

Então trabalhou pela primeira vez na vida e juntou dinheiro.

Após alguns anos, usando o dinheiro que havia guardado, bancou uma faculdade de administração de empresas. Ao terminar o curso, trabalhou vários anos, sempre poupando.

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Certo dia, foi ao banco ver quanto já havia guardado. Relembrou das palavras e conselhos que seu velho lhe dera e resolveu abrir seu próprio negócio.

Anos se passaram, a empresa cresceu, havia entrado muito dinheiro e já estava madura o suficiente para coordenar o que faria com o dinheiro. Então saiu à procura de um “príncipe”.

Cinderela se casou com trinta e dois anos e foi mãe um ano depois, teve gêmeos e jurou que jamais iria mimá-los como fora feito com ela. Os quartos da casa que herdara do pai foram

desocupados e sua nova família, junto com ela, passou a viver lá.

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O lobo funkeiro e os agentes da FBI.

(Júlia Tomé Carillo)

Havia um lobo chamado Gregório, que era um funkeiro muito

famoso chamado, por seus fãs, de Grego. Ele realizava diversos shows que eram muito bem montados, pois o palco onde cantava sus músicas era todo eletrônico, com telas de LD e imagens 3D.

Além disso, seus funks apresentavam uma letra consciente e eram cantados informalmente, utilizando gírias e falas de adolescentes.

Certo dia, ele começou a receber mensagens anônimas em seu celular, com vários xingamentos e algumas ameaças. Essas mensagens começaram a ficar mais pesadas, indicando que iria

ser perseguido ou até mesmo sequestrado. Grego ficou muito preocupado, então resolveu contratar os famosos agentes da FBI: os três porquinhos. O lobo confiou na solução do caso, pois eles eram os melhores.

Em um de seus intervalos de apresentação, Gregório foi abordado por bandidos e obrigado a entrar dentro de um carro.

Os agentes , ao avistar a cena, seguiram o veículo, mas os bandidos conseguiram despistá-los. Entretanto, acabaram deixando rastros, como cordas jogadas pela rua, marcas de pneu em bairros com ruas de terra, entre outros tipos de indícios.

No dia seguinte, ao acordar em um local totalmente diferente, Grego foi forçado por bandidos a gravar um vídeo falando que,

para ser liberto, os seus fãs ou familiares deveriam, até o dia seguinte, pagar um milhão de reais. Quando a imprensa recebeu o vídeo realizado pelos sequestradores, publicou imediatamente a matéria no jornal, justificando o desaparecimento do funkeiro em seu próprio show.

Todos ficaram enfurecidos com a situação e muito

preocupados, pois não sabiam como conseguiriam salvar seu cantor predileto sem o dinheiro. Mas os porquinhos estavam estudando o caso e ficaram à procura de Grego durante a noite toda. Depois de quatro horas do vídeo publicado na rede, graças à análise do vídeo, eles conseguiram encontrar o local onde os bandidos estavam se escondendo.

Os bandidos avistaram os porquinhos e começaram a fugir. Foi uma grande perseguição, havia carros em altas velocidade, tiros para o alto dados pela polícia e gritos de pedestres assustados.

Page 15: Jovens Escritores - 7º Ano

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Por fim, os bandidos acabaram entrando em um grande beco sem saída enquanto fugiam. Então os agentes tiveram a oportunidade de prender os sequestradores, que ficaram presos

em regime fechado durante trinta e dois anos, pois haviam cometido muitos outros crimes.

Depois do resgate, o lobo Gregório postou, em suas redes sociais, uma foto na qual dizia que havia sido salvo, que já estava tudo bem e que continuaria realizando seus shows. Ao lado dele estavam os três porquinhos, que ficaram ainda mais famosos.

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Cinderela justiceira. (Laís Ângelo de Oliveira)

Era uma vez, numa grande metrópole, uma garota chamada Liz, que estava cursando o 2º ano de faculdade de medicina. Ela tinha apenas 19 anos e seu sonho era poder ajudar aos outros, pois sua mãe havia morrido quando era pequena.

Seu pai, o senhor Carlo, achava que a filha precisava de uma influência feminina. Então decidiu entrar em um site de

namoro para encontrar uma companheira e deu certo, pois conheceu uma linda mulher que possuía duas filhas. Ela se chamava Lúcia e possuía um gatinho chamado Lúcifer. O nome de suas filhas eram Silvana e Mariana e elas não eram flores de pessoas, na verdade eram muito más.

Uma noite, no baile do aniversário de Liz, seu pai foi

envenenado misteriosamente. Todos suspeitaram que a assassina era Lúcia, pois o testamento a apontava como única herdeira, mas não havia provas. Desde então, a madrasta começou a fazer Liz de empregada e suas irmãs postiças malvadamente lhe deram o apelido de Cinderela.

Um ano depois, novamente na data de seu aniversário, Liz

queria sair para comemorar. Então, mesmo não devendo satisfações à sua madrasta, foi pedir a ela para ir a uma festa que seus amigos de faculdade organizaram, mas Lúcia disse que não permitia e trancou-a em seu quarto.

Perdida em seus pensamentos e em lágrimas de desespero, a garota começou a folhear o antigo álbum de fotos para o qual não

olhava desde a morte de seu pai, pois ali havia lindas fotos dos dois. De repente, ela viu cair duas folhas de seu álbum: uma delas era o real testamento de seu pai, que havia deixado todos os seus bens para ela, e a outra era uma carta em que ele dizia que estava desconfiado de que Lúcia pretendia matá-lo.

Liz aproveitou a oportunidade, revelou à polícia que sua

madrasta havia falsificado o testamento e, graças à carta do pai, foram iniciadas as investigações que provaram que ele fora envenenado pela segunda esposa. Como não pudera ir à sua festa de aniversário, ela organizou um grande baile em sua casa para comemorar a prisão da madrasta e, nesse dia, conheceu o homem com quem se casou, teve filhos e viveu feliz para sempre.

Page 17: Jovens Escritores - 7º Ano

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Rapunzel

(Laís Gomes de Souza)

Rapunzel era uma garota que amava festas, era viciada no

celular e era muito preconceituosa, pois só gostava de se relacionar que pertenciam à sua classe social. Ela tinha lindos cabelos compridos e foi criada pela madrasta, que passava dia e

noite na farra e não lhe dava atenção. Um dia, Rapunzel foi a uma festa com suas amigas e, no meio

da comemoração, um garoto chamado Roberto começou a conversar com ela. Ela havia gostado do jeito dele e das características que ele tinha.

No dia seguinte, a menina o procurou no facebook e, logo que

o achou, chamou-o para conversar. Papo foi e papo voltou, ele a chamou para tomar sorvete e ela, empolgada, aceitou.

Assim que se encontraram, Rapunzel, enquanto conversava, percebeu que ele não usava roupas de marca e mandou uma mensagem para suas amigas perguntando sobre Roberto. Então

descobriu que ele, na verdade, era muito pobre e trabalhava como office boy em no escritório de uma de suas amigas. Rapunzel, com seu preconceito, despediu-se dele e foi embora.

No dia seguinte, Rapunzel encontrou-o em outra festa e começou a tratá-lo mal, mas ele não foi grosseiro com ela, apenas lhe disse, muito chateado:

- Você poderia ser mais bela se não tivesse esse preconceito. Isso me dá nojo! De que adiantam seus belos cabelos, se dentro de sua cabeça não há nada de bom?

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Os três porquinhos, o Lobo e a banda. (Lívia Brugnerotto Zunstein)

Jony, o gordão; Alex, o baixinho, e Denis, o nerd, eram

conhecidos como "os três porquinhos" na vila em que moravam. Eles viviam cansados de sua inimizade com o Lobão, que sempre derrubava a casa dos suínos, gerando um grande transtorno.

Um dia, Jony decidiu montar uma banda de rock, mas a voz dos porquinhos não era muito aguda e precisavam de alguém com a voz mais grossa. Porém, quem eles convidariam? Claro!

Denis, o nerd, teve uma ideia: chamar o lobo para ser o vocalista da banda.

E não é que ele aceitou? O lobo ficou muito agradecido pelo convite e acabou confessando para os porquinhos que assoprava as casas porque estava com uma crise no relacionamento, já que Raspucha, sua noiva, deixava-o muito irritado. Além de explicar o

caso, desculpou-se . A banda precisaria de um empresário, foi então que Lobão

disse que tinha um irmão muito rico, o Godofredo. Ele então conversou com seu "brother", que aceitou patrocinar a banda e gerenciar os seus shows.

Juntos fizeram o maior sucesso! Tiveram muitos acessos no

YouTube e foram convidados para se apresentar nos programas de televisão mais famosos.

Em uma de suas turnês, Lobão, que havia terminado o noivado devido às crises e à fama, encontrou uma lobinha chamada Fernanda. Foi amor à primeira vista e ela se separou de seu namorado, o famoso Justin Bambi, para ficar com Lobão, o

astro do rock . Os porquinhos, apesar do assédio das fãs, consideravam-se

despreparados para namorar, pois eram muito novos, por isso decidiram aproveitar a vida de solteiro indo a festas e investindo na carreira.

Page 19: Jovens Escritores - 7º Ano

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A Bela Baladeira (Lívia Lamas da Silva)

Era uma vez um casal que morava em São Paulo e que vivia triste porque não conseguia ter um bebê. Porém, um belo dia, a esposa engravidou de uma menina e eles ficaram muito felizes.

Para comemorar, fizeram um chá de bebê e convidaram quase toda a vizinhança. Sem ser convidada, a vizinha cigana chegou de repente e jogou uma praga para a menina: sua adolescência não

seria normal, pois ela daria muito trabalho para os pais. O casal achou bobeira e nem ligou.

Dezoito anos depois, Bela só queria sair com os amigos e nada de estudar. Sua mãe, muito preocupada, não a deixou mais sair de casa, a não ser para ir à escola.

Em um sábado à noite, quando todos estavam dormindo, a

garota aproveitou para fugir de casa. Então foi para uma balada com os amigos, fumou, bebeu e acabou passando tão mal que desmaiou.

Seus amigos a levaram para um hospital, achando que estaria morta, pois batera a cabeça no chão quando caiu desmaiada devido ao efeito do álcool. Ao receberem a notícia de

que Bela estava em coma, comunicaram imediatamente os pais dela, que ficaram espantados com tal comportamento da filha.

Depois de avisarem seus pais, os amigos ligaram para o namorado de Bela e lhe deram a notícia. Então ele foi visitá-la e ao dar-lhe um beijo, Bela acordou assustada, perguntando o que havia acontecido. Seu namorado explicou que ela havia entrado

em coma devido ao seu mau comportamento na balada. Quando os pais souberam que ela havia acordado, ficaram

muito felizes e aliviados. Então perceberam, afinal, que a cigana havia falado a verdade. Depois desse dia, a menina começou a valorizar muito sua vida porque percebeu que, por uma bobeira, poderia ter morrido.

Page 20: Jovens Escritores - 7º Ano

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Cinderela na favela. (Lívia Maria Brunn)

Era uma vez uma menina que se chamava Cinderela, mas todos da comunidade chamavam-na de Cicy. Ela morava com sua tia Gertrudes e com suas primas Marizete (a Mari) e Pandora (a Danda).

Uma noite, Cicy, Mari e Danda foram a um baile funk, mas sua tia Gertudes falou que, se elas não chegassem antes da meia-

noite, iriam ficar sem sair por um mês. As três foram ao baile e, quando chegou a hora de ir embora,

estavam dançando e se divertindo, mas mesmo assim resolveram obedecer as recomendações de dona Gertrudes. Entretanto, Cicy não queria ir por dois motivos: o primeiro é porque ela tinha conhecido um moço super lindo chamado Pedro e o segundo era

que ela estava um pouco bêbada. Mary e Danda estavam preocupadas porque demorariam meia-hora para sair do baile funk e chegar até a casa delas a pé, por isso acabaram arrastando a prima pelo braço.

Dias depois, em casa, Cicy estava chateada porque tinha esquecido seus sapatos no baile funk quando as primas a

levaram à força para casa. Ela ficou muito triste porque era seu par de sapatos favorito.

Foi então que Pedro chegou. Ele também morava na comunidade e, como viu que Cicy tinha deixado os sapatos, guardou-os para entregar a ela quando descobrisse onde ficava sua casa. Cicy ficou muito feliz e eles começaram a namorar.

Page 21: Jovens Escritores - 7º Ano

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Branca de Neve, a sequestradora de anões.

(Luana Groninger Lima)

O carro chegou “voando” à delegacia. No local, já havia

repórteres e uma multidão reunida para acompanhar a chegada da criminosa. Todos falavam sem parar e o assunto era o mesmo: Carmen, mais conhecida como Branca de Neve, a sequestradora

de anões. A viatura estacionou em frente ao local e logo um grupo de

policiais se juntou aos que saíram do veículo para impedir que a garota fugisse e que alguém tentasse chegar perto dela. Branca de Neve saiu da viatura com uma expressão raivosa, que ofuscava toda a beleza dos traços suaves de seu rosto.

Os primeiros flashes de câmeras foram disparados e os barulhos se intensificaram. As pessoas ali presentes começaram a gritar ofensas e os repórteres a bombardear a jovem com perguntas. Ela apenas grunhiu e continuou andando, acompanhada dos policiais.

Dentro da delegacia, o delegado ajeitou a cadeira para que

Carmen se sentasse e iniciou o interrogatório. - Bem, Carmen, você sabe do que está sendo acusada? –

perguntou o homem. - Sim, sr. Rocha, por sequestro e venda ilegal de anões. – a

moça respondeu revirando os olhos, como se aquilo não fosse grande coisa.

O delegado respirou fundo e continuou: - Você se julga inocente ou culpada? Branca de Neve não disse nada, apenas soltou um “tsc” e deu

de ombros. - Carmen você precisa colaborar conosco. – Sr. Rocha desta

vez recebeu uma risada em resposta e, quando estava prestes a

repreender a menina novamente, foi interrompido: - Fala sério, delegado! O senhor já ouviu várias pessoas

relatando que me viram durante os sequestros, havia fotos, até vídeos. Acha que eu estaria aqui se não tivesse feito nada? Não seria idiota de perder meu precioso tempo para ficar olhando sua cara de leitão. – Branca de Neve falou com um sorriso atrevido no

rosto. O delegado Rocha preferiu ignorar. Sabia que ela era culpada

e isso já bastava, então prosseguiu: - Por que você fez isso?

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- Já vou contar a história toda para me poupar de ouvir sua voz me incomodando... Quando eu era pequena, meu pai foi assassinado. Eu tive que morar com a minha mãe, já que fui

expulsa de casa pela minha madrasta. No fim, minha mãe também foi “pro brejo” e eu fiquei sozinha. Perto do lugar onde eu vivia, trabalhavam sete anões e, certo dia, eles se ofereceram para cuidar de mim. Tinha oito anos e é claro que eu aceitei. Comeram e dormiram na minha casa, mas, na manhã seguinte, os homenzinhos e os objetos de valor tinham sumido. Desde então,

não suporto anões. Chorei por dias, até que um gigante me ofereceu ajuda e o fez de verdade. Como agradecimento, selei um acordo com a terra dele: iria levar anões para venda e consumo. E, se quer saber, não me arrependo nem um pouco.

Sr. Rocha achou aquilo um absurdo e mandou a garota direto para o julgamento. Condenada a 13 anos de prisão, Carmen não

podia estar mais feliz, pois disporia de um bom tempo para planejar sua volta triunfal. Mas, enquanto isso...

- Ei, posso usar o telefone? – ela pediu antes de ir para a cela. - Cinco minutos. – o carcereiro respondeu rapidamente,

encantado com a beleza da moça. Branca de Neve foi até um dos aparelhos e discou um número

bem conhecido. Sua cúmplice nos crimes mais perigosos logo atendeu:

- Alô, Bella? Prepare Aurora, Cinderela e as outras garotas. Vou precisar que me cubram por um tempinho nas ações da quadrilha até eu sair de um pequeno embaraço em que me envolvi.

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Os três porquinhos jogadores. (Lucas dos Santos Keller)

Um dia, em um lugar espaçoso da floresta, havia três porquinhos. Eles estavam jogando futebol e, quando menos esperavam, a bola caiu do outro lado do rio. Tentaram pegá-la, mas não conseguiram. De repente, a bola apareceu no alto de uma árvore e foi em direção ao gol: era o lobo que chutou bem forte, mas ele não estava sozinho, estava com sua turma.

A turma do lobo cercou os porquinhos, mas o inesperado era que eles convidaram os três para entrar no time de futebol para conseguirem onze jogadores, pois só assim jogariam na liga. Os porquinhos aceitaram e ingressaram no time.

Quando começou o campeonato, no mês seguinte, os porquinhos e os lobos ganharam todas as partidas, até que

chegaram à final e golearam o Palmeiras de 3x0. Com a taça na mão, foram comemorar na casa do lobo.

Quando lá chegaram, os porquinhos perceberam que era uma armadilha para devorá-los, então pegaram a taça e saíram correndo. O lobo e sua turma foram atrás, mas não os alcançaram.

No dia seguinte, quando correram para pegar os porquinhos, tiveram uma surpresa: um campo de futebol e um time de porcos desafiaram o time dos lobos. Eles fizeram a seguinte proposta: se o time dos porcos ganhasse, os lobos os deixariam em paz, caso contrário, os porquinhos seriam devorados. Felizmente, os lobos perderam por 5x3 e nunca mais atormentaram os suínos.

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João e Maria.

(Matheus Bortolucci Zacharias)

Era uma vez duas crianças chamadas João e Maria. Os dois estavam atrasados para a festa gótica para onde iam e, por isso, foram por um caminho mais curto e escuro onde viviam duas

bruxas. Elas eram tão más que as crianças foram presas por elas ao

passarem perto de sua casa, pois precisavam de cobaias para testar suas novas poções. Quando estavam prestes a começar os testes, Maria perguntou para João:

- Por que querem testar em nós? Somos melhores ou piores

em alguma coisa? - Acho que sei o motivo: é porque somos seres humanos! - E se nós aproveitássemos nossas fantasias e fingíssemos

que somos zumbis? - Boa ideia. Aproveitando que as bruxas estavam ocupadas separando as

poções que seriam testadas, Maria retocou as maquiagens dela e do amigo, fazendo que ficassem mais parecidos com zumbis.

As bruxas, ao se aproximarem mais das crianças, estranharam suas aparências e acabaram mudando de ideia, pois as poções não poderiam ser desperdiçadas com zumbis. Além disso, as crianças certamente eram parentes do Zumbi Poderoso,

que era conhecido por devorar bruxas, e elas não queriam morrer tão cedo. Assim, libertam as crianças e, quando os dois já estavam na porta, perguntaram:

- Para onde vocês estavam indo? - Para a festa do Zumbi Poderoso - disse João, que conhecia

todas as histórias de terror.

As Bruxas desejaram boa festa e voltaram aos seus experimentos. Enquanto isso, João e Maria divertiram-se na festa gótica durante oito horas e depois foram embora.

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Desenrolados.

(Sofia Vendramim Soares)

Rapunzel morava com seus pais em uma casa que parecia

um castelo e ficava no centro da cidade. Ela tinha um castor que era muito seu amigo e não desgrudava dele.

No dia do seu aniversário de dezoito anos, ela ganhou de seus

pais um carro novo, muito moderno e luxuoso. Como já tinha tirado a carta de motorista, no mesmo dia, foi passear com seu castor em um parque.

Lá ela achou um desses homens com parte da cabeça raspada e a outra com muito cabelo. Quando o castor viu o sujeito, não o aprovou mas Rapunzel gostou muito dele e não

ligou para a opinião do amigo. Ele também gostou da moça porque ela possuía um cabelo muito longo e bonito e estava de top, com uma mini saia bem curta. Ele se apaixonou por Rapunzel.

Então eles se conheceram e ficaram quatro meses namorando, mas terminaram o relacionamento devido a uma briga que

começou quando Rapunzel decidiu que ia cortar o seu cabelo comprido e passaria a usar roupas mais discretas.

Mas Rapunzel não queria ficar triste e decidiu arrumar algum tarefa para ocupar sua mente. Então começou a trabalhar na empresa de seu pai, onde conheceu um homem mais sociável, mais bonito, mais alegre e que não queria mandar em suas

roupas nem em seus cabelos. Os dois namoram, casaram-se e tiveram muitos filhos.

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A Rapunzel sem cabelos. (Talia de Macedo de Oliveira)

Finais felizes, magia, príncipes encantados... é o que todas sonham, mas, na realidade, a vida não é tão fácil assim.

Rapunzel era uma jovem extremamente bela e fazia o bem a todos. Sua beleza era incomparável e seu sorriso fazia com que as estrelas parecessem não brilhar. Porém, infelizmente, nem todos a viam dessa maneira, pois seu próprio pai, o Rei Miguel, passou

a ter vergonha da filha devido ao câncer que ela desenvolvera havia três meses. Ele tinha tanto orgulho de trancafiou-a na torre mais alta da província para que ninguém soubesse que estava doente. Ele não possuía outros filhos e tinha medo de que as pessoas duvidassem da capacidade de Rapunzel governar como legítima sucessora do trono devido à sua enfermidade.

- Você ficará trancada até um príncipe se interessar em se casar com você e tomar o trono como seu esposo. Você se tornou uma inválida! - dizia o rei que, no fundo, estava triste.

Meses se passaram, mas ninguém aparecia. A quem ela queria enganar? Ela estava feia porque sua doença a tornara assim. Pelo menos era o que pensava. Seus longos cabelos caíram

devido aos remédios e tratamentos e sua pele ficava cada vez mais pálida e sem vida. A jovem ficou cada dia mais dependente de tubos respiratórios até que, um dia, sofreu uma parada cardíaca e entrou em estado grave. O mensageiro da torre, que havia sido contratado pelo pai dela para auxiliá-la em casos de emergência, foi avisar o rei rapidamente sobre o ocorrido.

Sem muita demora, a majestade chegou ao lugar. Era difícil ver sua garotinha em semelhante estado, com o câncer cada vez mais forte e um físico decadente. Miguel acabou dizendo, num tom de preocupação e todo arrependido:

- Filha, você está bem? Consegue me entender? - Agora me sinto melhor... - Rapunzel disse, baixinho, com o

resto de voz que ainda lhe restava, enquanto recolhia suas forças e dava um longo abraço no pai.

Aos poucos, seus olhos foram se fechando, sua pele foi ficando cada vez pais pálida e ressecada e tudo à sua volta se transformou num enorme clarão. O céu passou a brilhar, comemorando a chegada de uma nova estrela. A dor e o

sofrimento haviam ido embora para não mais voltar. É... talvez finais felizes existam em outras histórias de

Rapunzel.

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Os três porquinhos assaltantes.

(Valentini Veronez)

Era uma vez três porquinhos que moravam no Morumbi. Eles

levavam uma vida de rico, mas eram foragidos da polícia e, antes de saírem de casa, vestiam-se de mulher para não serem reconhecidos e presos.

Até que, um dia, o detetive Lobão, decidiu investigar os criminosos que roubavam os bancos da cidade. Ele foi até o último banco que havia sido assaltado e, ao olhar as câmeras de segurança enquanto aguardava as imagens do dia do assalto, viu três senhoras gordas depositando milhões em suas contas. Ele então comparou as imagens das câmeras registradas nesse dia e

no dia do assalto e deu um pulo, pois havia descoberto a identidade dos foragidos.

O lobo seguiu os três porquinhos disfarçados de mulheres e chegou à casa onde se escondiam, mas não sabia como prendê-los, afinal eram assaltantes de fama internacional. Até o banco mais protegido dos Estados Unidos eles haviam roubado!

Então, o detetive, que era muito inteligente, montou uma armadilha e os pegou. Ele começou a questionar os roubos e os três negaram tudo, mas não deu certo: Mamadeira, Fralda e Leite Ninho foram presos e estão na cadeia até hoje.

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Fábulas.

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Pedro e Heitor (Bianca Prado)

Na floresta Arco-Íris, vivia todo o tipo de animal, desde o

pequeno ao maior. Nessa floresta, havia dois pássaros irmãos, o

Pedro e Heitor. Eles sempre arrumavam confusão na floresta, deixando sua mãe de penas para o alto.

Um dia, resolveram aprontar e, ao invés de ir à escola, foram com seu primo Juca ao parque. A noite já ia chegando e eles estavam lá, pois ficaram só brincando a tarde toda e perderam a noção do tempo.

Quando voltaram para o ninho, sua mãe Sônia estava muito preocupada e Pedro perguntou:

-Mãe, por que você está preocupada? Ela tomou um susto e respondeu com raiva, mas ao mesmo

tempo feliz por eles terem voltado: - Filhos, onde vocês estavam esse tempo todo? Eu fiquei

sabendo que não foram à escola. Heitor perguntou: - Quem contou a você? Sônia resolveu contar: - Bem, a Dona Jurema do galho de cima contou. Pedro mentiu:

- Nossa, que absurdo! Nós não fizemos isso. Heitor se intrometeu, interrompeu a fala do seu irmão e disse

a verdade: - Nós fomos ao parque com o nosso primo Juca. Sônia disse, aproveitando a fala do filho: - Eu sabia! Nunca mais mintam para mim!

MORAL: Mentira tem perna curta.

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O pinguim e o peixe

(Domitila Maria Gatti Alves Rodrigues)

Era uma vez um pinguim chamado Gunter. Ele era todo

branquinho e fofo Um dia, Gunter estava deslizando pelo gelo, com um peixe na

boca. De repente, viu outro pinguim com um monte de peixes e

outros animais marinhos pequenos e pensou no quanto queria ter também um monte de comida. Foi até a água, mergulhou e tentou pegar mais peixes. Mas, infelizmente, não pegou nenhum e ainda derrubou o que estava em sua boca.

A partir desse dia, o pinguim aprendeu a se contentar com o que tinha.

MORAL: Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

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Sogra não é parente, é castigo. (Fernanda Gonçalves Piovezan)

Big era um cachorrinho alegre e faceiro que gostava de uma

cachorrinha chamada Bela, mas ela tinha uma mãe muito brava e ciumenta.

Big sempre recebia conselhos de um amigo seu chamado Adão, que nunca tinha tido sogra porque optou por ficar solteiro. Um certo dia Adão disse a ele:

- Meu caro amigo, sogra não é parente, é castigo. Se eu fosse

você pegava minhas coisas e me ia embora dessa cidade logo depois do casamento, pois sua sogra não vai lhe dar sossego.

Big voltou para casa, mas não considerou o que Adão lhe disse e resolveu casar-se com Bela sem se preocupar em mudar de cidade. Depois que ocorreu o casamento, eles foram morar em uma casa próxima à de sua sogra e, a partir daquele dia, sua vida

ficou muito difícil. Big aguentou as perseguições de sua sogra por algum tempo,

mas a situação ficou insuportável. Então ele se lembrou dos conselhos de Adão e, juntamente Bela e seus dois filhos, mudaram-se para outra cidade em busca de paz e felicidade.

MORAL: Feliz foi Adão que não teve sogra.

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A diferença (Gabriel Lopes Cavallari)

Em uma escola de uma pequena cidade, havia uma classe

muito boa, formada por ótimos alunos, com exceção de uma cigarra que fazia muitas brincadeiras durante a aula, atrapalhando o rendimento da sala. Ela sempre tentava “conquistar” colegas para entrar na sua brincadeira, deixando a professora Coruja nervosa.

A professora sempre alertava os pais das formiguinhas sobre

as brincadeiras da cigarra. Ela acreditava que podiam gerar consequências ruins para o futuro dos alunos que a acompanhassem, pois eles poderiam ter um mau desempenho como a cigarra, que sempre passou de série com sua nota “raspando”.

Quando chegou o fim de ano, a cigarra foi a única da sala que

ficou de recuperação e, para piorar, não conseguiu recuperar sua nota. Por isso, todos os seus colegas passariam de ano e ela iria repetir.

No último dia de aula, a cigarra chegou até a professora e pediu desculpas por ter atrapalhado as aulas o ano todo e não ter estudado o suficiente. Então a coruja a desculpou e deu-lhe o

ponto que faltava para passar de ano. A cigarra, muito feliz e arrependida do que havia feito, começou a se dedicar muito e, a partir do ano seguinte, passou a ser a melhor aluna da sala.

MORAL: Um simples ato pode mudar o rumo da vida de

alguém.

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O Elefante Mimado. (Gabriely de Campos Silva)

Existia um elefante na savana que, sempre que alguém comprava algo novo, queria. Queria tudo o que via.

Um dia, ele viu a girafa com uma roupa nova que chamou atenção de todos e quis comprar uma igual, porém era muito cara, pois era feito de ouro com pedras preciosas. As girafas passavam grande parte da vida trabalhando para conseguir comprar um

traje daquele, pois era destinado para ocasiões muito especiais. Então, querendo uma vestimenta igual, ele vendeu tudo o que

tinha para comprar uma roupa semelhante à da girafa. Quando a roupa chegou, ele correu para provar, mas o traje

era muito comprido no pescoço e ficou apertado (bem apertado) na parte de baixo.

O bichinho queria vender a roupa, mas todas as girafas já tinham e então ele perdeu dinheiro e tudo que tinha.

MORAL: "Quem tudo quer, nada tem.”

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O Cavalo e o Cabrito

(Gustavo Lamare Rodrigues)

Em uma cidade, viviam dois animais, um cavalo e um

cabrito. O cavalo, que não era burro, foi sempre muito estudioso. Já o cabrito, que se achava o tal, não queria saber de estudar. Ele zombava do cavalo, dizendo:

- Oh, meu! Você é burro, heim cavalo! Fica perdendo tempo com essa besteira de estudos. Eu vou é aproveitar a vida!

O cabrito então matava as aulas e saía correndo pelas ruas para se divertir. Mas o cavalo nem ligava para a zombaria do cabrito e continuava estudando... Estudando... Estudando.

Já adulto, o cavalo se tornou gerente de um banco e levava

uma vida folgada. O cabrito, pelo contrário, sem estudo, vivia também sem trabalho, passando por dificuldades.

MORAL: O sucesso vem através do estudo.

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O burrinho e os cavalos.

(João Pedro Conti Forti)

Como todos os dias, o pobre e simples burrinho levava os

grandes sacos feijão até a fazenda vizinha, mas sempre era desprezado e oprimido por um grupo de cavalos grandes e fortes, com pelos que brilhavam como sol.

Certo dia, voltando da fazenda, o burrinho viu os cavalos sendo colocados à força e amarrados em currais. Dalí os levaria até o matadouro, para que seus couros fossem retirados.

– Socorro! Socorro! – gritou um dos bichos. O burrinho foi ver o que estava acontecendo... então falou: – Quem fez isso com vocês?

Imediatamente pôs-se a dar coices no portão até derrubá-los e depois, usando seus dentes, serrou todas as cordas. Serrou uma por uma e, por fim, salvou todos os cavalos.

Os cavalos ficaram surpresos com atitude do simples e humilde burrinho, mesmo sempre sendo desprezado.

– Perdão, amigo! - exclamou um cavalo – devemos nossas

vidas a você. O animal, com seu bondoso coração, perdoou a todos sem

nenhum problema. MORAL: Nunca podemos menosprezar alguém por sua

imagem.

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A raposa e o coelho.

(Júlia Tomé Carillo)

Na floresta, houve a inauguração do Instituto de Proteção aos

Animais e houve contratação de funcionários para trabalhar no local. Vários cidadãos foram entregar seus currículos, junto de seu papel de inscrição.

Told, a raposa, foi convocado junto de seu conhecido de escola e faculdade Thor, o coelho. Eles foram os selecionados a coordenador e vice-coordenador do projeto. Porém, para decidir qual cargo cada um iria exercer, foi necessária a realização de provas de testes.

Told se saiu melhor e Thor, não satisfeito, resolveu falsicar a

avaliação e encher a cabeça do Tamanduá Rold, o diretor do projeto, dizendo que a raposa havia colado no teste e que não era uma pessoa capacitada. Além disso, fez questão de dizer que a colega falou mal do diretor.

Por conta da mentira, Told ficou como vice-diretora e percebeu que não confiavam no seu trabalho. Depois de dois

meses, pensando alto e falando consigo mesmo, disse Thor: – Bem feito! O bobo daquele diretor acreditou em toda minhas

mentiras e agora sou o coordenador, não aquela raposa. Bem nessa hora, o tamanduá passou e ouviu tudo. Thor foi

demitido do Instituto dos Animais e Told foi eleita coordenadora.

MORAL: Mentira tem perna curta.

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A raposa triste (Laís Ângelo de Oliveira)

Era uma vez uma raposa muito triste e solitária, com poucos

amigos e que não saía de casa. Um dia, um de seus poucos amigos, o porquinho, convidou-a

para ir ao parque de diversões e ela disse : - Hum... Acho que não vou... Está tão calor! - Por isso mesmo: a temperatura está ótima para nadar no

lago, fazer um piquenique, essas coisas.

- Ah, não. Prefiro ficar dormindo, mas amanhã com certeza irei, afinal, será meu aniversário.

- Está bem, então... O porquinho pensava "Acho que não devo contar a ela que

amanhã haverá chuva. " E assim aconteceu: choveu o dia todo e a raposa ficou presa

em casa durante seu aniversário. MORAL: Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje.

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A Barata e a Formiga. (Laís Gomes de Souza)

Era uma vez uma barata que se chamava Helena e era muito

gananciosa. Um dia, ela apareceu com um anel de ouro na casa de sua amiga, a formiga Zilda.

A barata estava “se achando” com o anel, que era da sua mãe, quando a formiga lhe perguntou:

- Amiga, esse anel é seu? - É sim, amiga. – a barata lhe respondeu. Passadas algumas horas, a mãe de Helena foi buscá-la na

casa da formiga e, vendo que sua filha estava com o seu anel,

disse: - Garota, por que pegou meu anel? Já para casa! Helena saiu andando com vergonha da mentira que havia

contado à sua amiga. MORAL: A mentira tem perna curta!

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O Elefante e a Formiga.

(Lívia Brugnerotto Zunstein)

Certo dia, na floresta, a formiga Lili passou perto do elefante e

disse: - Bom dia! Ele virou as costas e nem ligou. No outro dia, o grande animal

falou com a formiga, mas ela não respondeu. Então ele perguntou: - Por que você não fala comigo? - Lembra-se de ontem? Eu falei e você não me deu atenção.

- Eu falo se eu quiser. - respondeu o bicho, zangado. Alguns dias depois, ele encontrou seu melhor amigo, o tigre.

O elefante então cumprimentou-o, mas o felino não respondeu. Assim, o bicho durão sentiu na pele o que havia feito com a formiga Lili. Arrependeu-se e pediu desculpas. A pequenina criatura o perdoou e eles se tornaram melhores amigos.

MORAL: Não faça com os outros o que não gostaria que

fizessem com você.

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O Elefante e a Popularidade.

(Lívia Lamas da Silva)

Vivia na savana um elefante que queria ter vários amigos. Ele pensava sempre: “Preciso de mais amigos! Um amigo é muito pouco!” Com esse pensamento, tomou a decisão de que iria ter

mais amigos. Um tempo depois, o elefante já havia conseguido vários

amigos, que, na verdade, só se interessavam pela sua popularidade.

Depois de um mês indo ao encontro de seus “amigos”, descobriu que não eram amigos de verdade porque eles tinham

interesse nesta amizade. O elefante ficou arrependido e procurou sua primeira grande amiga:

- Desculpe por esquecê-la. Volta a ser minha amiga? - pediu o animal arrependido.

- Não, você me trocou por outros e agora já achei outro bicho para ser meu amigo. - respondeu a garça.

Depois desse dia , o elefantinho começou a valorizar tudo aquilo o que tinha.

MORAL: Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

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O arrependimento (Lívia Maria Brunn)

Um dia, um elefante-fêmea que se chamava Isabella e tinha o apelido de Bella estava com suas primas e elas pretendiam ir ao cinema.

Bella convidou seus amigos para ir com ela, mas eles responderam que iriam na semana seguinte. Bella não ligou e foi mesmo assim com suas primas. Elas gostaram muito do filme e

se divertiram bastante. Na semana em que seus amigos quiseram ir, o filme não

estava mais em cartaz. Os amigos de Bella se arrependeram de não terem ido na semana em que ela havia convidado, pois queriam muito ter assistido ao filme.

MORAL: Nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje.

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As abelhinhas iludidas. (Luana Groninger Lima)

Era uma vez, no Vale Encantado, duas abelhinhas chamadas Clotilde e André. Certo dia, tiveram que sair de sua colmeia, pois houve uma superlotação e não havia mais lugar lá.

– E agora, para onde vamos? – perguntou Clotilde,

preocupada. – Não sei. – André respondeu. – Que tal sairmos procurando

pelo vale? Então foram. Voaram, voaram, mas nada de achar moradia.

Até que, um dia, passando pelo Campo das Borboletas, os belos insetos de asas coloridas vieram oferecer ajuda.

– Olá, meu nome é Marina. Vocês também tiveram que sair de sua casa? Venham, podem morar comigo. No meu jardim há as flores mais belas e cheirosas! – falou uma borboletinha azul.

Clotilde e André ficaram tão animados que nem desconfiaram da proposta, apenas seguiram Marina até o tal jardim.

Quando chegaram, o local era feio, escuro e havia várias

abelhinhas trabalhando, tristemente, para fazer mel. Logo, a borboleta aparentemente tão bondosa e de uma cor tão pura transformou-se em uma assustadora mariposa, revelando seu verdadeiro nome: Ravena. Ela então prendeu os dois insetinhos e os fez servir-lhe, como os outros, para o resto de suas vidas.

MORAL: Tome cuidado, pois nem tudo é o que parece ser.

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O pato perdedor. (Lucas dos Santos Keller)

Era um belo dia e haveria uma competição dos bichos da

floresta. O senhor Pato tinha certeza de que iria ganhar todas as provas e ficou exibindo-se para os outros animais:

- Serei o melhor bicho da floresta! - Convencido- retrucou o macaco, que já era velho. A primeira competição era de salto e quem ganhou foi o

macaco-prego, que tinha dezoito anos apenas; a segunda prova era de corrida e o pato perdeu de novo, pois a lebre ganhou; a terceira era de levantamento de peso e o elefante ganhou; a

quarta prova era de habilidade e a quinta era de chute ao gol, mas o leão ganhou as duas e foi campeão das olimpíadas.

O senhor Pato não ganhou nem uma das competições e saiu da floresta resmungando:

- Por que eu não ganhei nem uma das provas? Que vergonha! Todos estão zombando de mim.

- Não ganhou porque você não é especialista nessas coisas. E a vergonha do fato de você comemorou antes da hora, julgando-se melhor que os outros - respondeu o Leão.

MORAL: Não cante vitória antes da hora.

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O gato curioso. (Matheus Bortolucci Zacharias)

Fazer arte era o que aquele gato mais gostava. A cada dia aprontava uma, principalmente porque era muito curioso e queria conhecer tudo e todos.

Um dia, resolveu visitar um castelo onde havia um muro altíssimo, então pensou consigo mesmo: "Como entrarei nesse castelo? Parece assombrado!"

Então subiu no muro através de uma árvore e pulou para dentro do jardim. Estava tudo em silêncio porque o castelo estava enfeitiçado, por isso ele deu um grito para ver se alguém respondia. De repente, um vento muito forte soprou e as janelas e portas bateram, fechando e abrindo sem parar.

João, que se dizia valente e sem medo, saiu correndo e

soluçando. Ao chegar em casa e contar o que houve, sua mãe lhe disse: "Bem feito, João! Você vive procurando confusão!"

MORAL: Quem procura, acha.

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O rato e a tartaruga. (Sofia Vendramim Soares)

Em toda a floresta se ouvia um grito de uma tartaruga adulta. Ela estava de cabeça para baixo e ninguém parava para ajudá-la porque todos estavam com muita pressa. Mas um simples ratinho parou e falou:

- Você quer ajuda? - De um ratinho como você, desse tamanho? Você não irá me

aguentar! - disse a tartaruga. Então o ratinho foi buscar sua família e disse, ao chegar lá: - E agora? - Por favor. Muito obrigada por trazer sua família e me ajudar

- disse a tartaruga.

MORAL: A união faz a força.

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A aranha e a borboleta. (Talia de Macedo de Oliveira)

Grande, peluda e temida por todos os bichos. Essa era a descrição de Dona Tarântula, um dos animais mais perigosos de

toda a grande floresta. Certo dia, uma pela borboleta atravessava o rio e foi

capturada por uma criança que brincava com alguns amigos. A coitada estava em apuros e batia-se na mão do garotinho, tentando escapar.

Dona Tarântula, que passava por lá, presenciou toda a cena.

Comovida com o que havia visto, foi tentar ajudar o outro animal de todo o bom coração.

A aranha se aproximou, mas a borboleta ficou com mais medo dela do que do próprio capturador. Quando a criança percebeu a presença do aracnídeo, assustou-se muito.

- Ah, mamãe! Uma aranha!!! - gritou, soltando, por impulso, a

borboleta de suas mãos. A borboleta foi eternamente grata a Dona Tarântula, que, pelo

seu ato heroico, nunca mais intimidou nenhum animal e virou amiga de todos eles.

MORAL: Nunca julgue um livro pela sua capa.

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A ganância. (Valentini Veronez)

Era uma vez um tatu que se chamava Teco. Desde criança,

sua casa era vizinha de seus familiares, com quem ele brincava sempre. Ele era o "rei do pedaço".

Certo dia, ouviu falar de um novo vizinho mais rico que ele. Como Teco sempre foi invejoso, foi logo visitar Leo, o novo vizinho. Quando chegou, disse:

- Olá, tudo bem? Sou seu vizinho, prazer!

E Leo respondeu: - Olá, estou bem sim. Estou adorando a região, é bem alegre. - Sim, aqui é assim mesmo. - Entre, fique à vontade! - Obrigado. Que linda sua casa, bem confortável. - Obrigado!

Depois de alguns minutos, Teco foi embora e Leo foi descansar. Já em casa, Tequinho pensou que poderia trocar de casa com Leo, pois se achava o melhor da região e não poderia deixar de possuir a melhor casa de todas. Infelizmente, no dia seguinte, quando fez a proposta, Léo não aceitou, pois havia trabalhado muito na construção do seu lar.

Então, para não perder a pose, Teco decidiu cavar outra toca em cima de sua própria casa, pois assim teria a única toca de dois andares da região. Ele trabalhou muito em sua nova casa, ao longo de semanas.

Quando tudo estava ficando pronto, houve um temporal e a casa acabou desabando. Teco ficou desesperado, pois havia

ficado sem casa e sem dinheiro para construir outra moradia. MORAL: Antes um pássaro na mão do que dois voando.