universidade tecnolÓgica federal do paranÁpaginapessoal.utfpr.edu.br/flaviofreire/sistemas... ·...

53
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Disciplina: SISTEMAS HIDRÁULICOS URBANOS arquivo 04 Captação em mananciais superficiais Prof.: Flavio Bentes Freire

Upload: others

Post on 09-Jun-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA

FEDERAL DO PARANÁ

Disciplina:

SISTEMAS HIDRÁULICOS URBANOS arquivo 04

Captação em mananciais superficiais

Prof.: Flavio Bentes Freire

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Locais apropriados para a localização da unidade de

captação.

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Tubulação de tomada com crivo, descarregando em

desarenador

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Descarregando em caixa de passagem de uma

adutora por gravidade

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Descarregando em poço de sucção de uma

elevatória

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Pode ser a sucção direta de uma bomba

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Tubulação de tomada com tubos perfurados.

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Canais de derivação (geralmente dotados de

grade em sua entrada)

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Poço de derivação com apenas uma tomada de água

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Quando a variação de nível for acentuada, pode-se

adotar mais de uma tubulação de tomada

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Tomada de água com conjunto motobomba flutuante

instalado em balsa.

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Tomada de água com conjunto motobomba suspenso por flutuadores.

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Tomada de água flutuante.

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Tomada de água flutuante.

Torre de tomada

(Pode funcionar também como estação elevatória)

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Captação com barragem de nível (configuração típica).

Fonte: Tsutyia (2006)

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Bitolas padronizadas

Tipo de grade

Grosseira 3/8” (0,95 cm) 7/16” (1,11 cm) 1/2” (1,27 cm)

Fina 1/4" (0,64 cm) 5/16” (0,79 cm) 3/8” (0,95 cm)

Espessuras padronizadas

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Tipo de limpeza:

• As grades (e também as telas) podem ser de

limpeza manual ou mecanizada.

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Grades com limpeza manual: inclinação para jusante

de 70º a 80º com a horizontal, e passadiço para

execução dos serviços de manutenção

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Esquema de uma grade

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ No que se refere ao dimensionamento das grades, a

NBR 12.213 recomenda o seguinte:

+ Área das aberturas da grade: na seção

correspondente ao nível mínimo de água, a área das

aberturas da grade deve ser superior a 1,7 cm2, para

cada litro por metro cúbico de vazão

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ A velocidade resultante na abertura das grades deve

ser igual ou inferior a 10 cm/s

+ As perdas de carga avaliadas devem admitir a

obstrução de 50% da seção de passagem

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Perda de carga: a perda de carga nas grades e telas

é dada por:

V: velocidade média de aproximação (m/s);

g: aceleração da gravidade (m/s2);

k: coeficiente de perda de carga, depende da

geometria da barra

g.2

V.kh

2

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ O coeficiente de perda de carga é determinado por:

: coeficiente adimensional que depende da barra

s: espessura das barras

b: distância entre as barras

: ângulo das barras em relação a horizontal

sen.

b

s.k

33,1

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Valores de segundo a geometria da barra

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

►Dimensionamento de grade (exercício)

Dimensionar uma grade para captação de 20 L/s em um

ribeirão, utilizando caixa de tomada. O manancial

apresenta regime de escoamento torrencial em períodos de

chuva, com transporte de sólidos flutuantes de grandes

dimensões.

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

As alturas das lâminas de água mínima e máxima do

ribeirão sobre a laje de fundo da caixa de tomada (colocada

0,40 m acima do leito do curso de água) são,

respectivamente, de 0,30 m e 1,20 m

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Tipo de grade e especificações de suas barras:

+ Será adotada uma grade do tipo grosseira de limpeza

manual, com a seguinte configuração

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Vista de frente da grade

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Especificações de suas barras:

+ As barras terão espessura (s) de 3/8” (0,95 cm),

espaçamento (b) de 10 cm e inclinação com a

horizontal () de 70º

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Tipo de grade e especificações de suas barras:

+ Foi escolhida para as barras a seção circular (tipo G),

e o material utilizado será o aço carbono com pintura

anticorrosiva

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Grade tipo G

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Área útil mínima da grade (Au):

+ Deve ser igual ou superior a 1,7 cm² para cada litro

por minuto de vazão captada, de modo que a

velocidade resultante seja igual ou inferior a 10 cm/s

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Área útil mínima da grade (Au):

Au = 0,204 m2

min

L1200

min

s60.

s

L20

s

L20Q

22u m 204,0cm 20401200.7,1A

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Verificação da velocidade entre as barras:

+ Como Q = 20 L/s = 0,020 m3/s, da equação da

continuidade tem-se:

!!OK! cm/s 10 cm/s 9,8 m/s 098,0204,0

020,0

A

QV

u

u

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Largura útil mínima da grade (Bu):

+ É a largura livre da grade (somando-se os

espaçamentos entre as barras). Sabe-se que:

minuu H.BA

m 68,03,0

204,0

H

AB

min

uu

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Número mínimo de barras (n): deve ser um número

inteiro, com arredondamento para cima

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

1b

Bnb.1nB u

u

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Entrando com os valores conhecidos:

1b

Bnb.1nB u

u

8n se-adota8,711,0

68,0n

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Largura total mínima da grade:

cm 6,7710.795,0.8b.1ns.nB

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Altura da grade:

+ Função do NA máximo do curso d’água em relação a

laje de fundo da caixa de tomada

+ Como essa altura é de 1,20 m, e deve-se adotar uma

borda livre próxima a 0,20 m

+ H = 1,40 m para a grade

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Altura da grade:

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Perda de carga na grade:

+ Para grade tipo G, tem-se = 1,79

+ Adotou-se um ângulo com a horizontal de 70º

073,070sen.10

95,0.79,1sen.

b

s.k o

33,133,1

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

+ Velocidade V de aproximação na seção a

montante da grade, com 50% de obstrução

m/s 223,0

30,0.776,0.5,0

02,0

H.B.5,0

QV

min

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

● Perda de carga na grade:

+ A perda de carga é muito pequena, o que é uma

característica das grades grosseiras (grande

espaçamento)

mm 0,18 m 00018,081,9.2

22,0.073,0

g.2

V.kh

22

CAPTAÇÃO EM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

Planta e corte de um desarenador com duas células

Fonte: Heller e Pádua (2006)

Base conceitual para o dimensionamento do desarenador.

Hazen (T = 10º C) Azevedo Netto (T = 20º C)

1 10 ---

0,8 8,3 ---

0,6 6,3 ---

0,5 5,3 ---

0,4 4,2 ---

0,3 3,2 4,3

0,2 2,1 2,4

0,15 1,5 ---

0,1 0,8 0,9

0,01 --- 0,01

0,001 --- 0,0001

Diâmetro da partícula (mm)Vs (cm/s)

Fonte: YASSUDA e NOGAMI (1976); VIANNA (1997)

Velocidade de sedimentação de grãos de areia