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Universidade Regional do Noroeste Universidade Regional do Noroeste do Estado do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma Cremonese Ijui, 23 de Abril de 2007

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Page 1: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Universidade Regional do Noroeste do Universidade Regional do Noroeste do EstadoEstado

do Rio Grande do Sul - Unijuído Rio Grande do Sul - Unijuí

NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOSNORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS

Aluna: Elidiane Aparecida Santi

Professor: Dejalma Cremonese

Ijui, 23 de Abril de 2007

Page 2: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Nas doutrinas jurídicas cada vez mais impõe-Nas doutrinas jurídicas cada vez mais impõe-

se a necessidade da distinção entre a norma se a necessidade da distinção entre a norma

stricto sensu - na sua formulação tradicional stricto sensu - na sua formulação tradicional

- e a norma de natureza principiológica.- e a norma de natureza principiológica.

Page 3: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Karl Larenz adota a expressão proposição Karl Larenz adota a expressão proposição

jurídica com o mesmo significado de jurídica com o mesmo significado de

norma jurídica. Para o autor, toda regra norma jurídica. Para o autor, toda regra

jurídica é expressa na forma de uma jurídica é expressa na forma de uma

proposição. proposição.

Page 4: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Larenz, afirma em primeiro lugar que Larenz, afirma em primeiro lugar que

“toda ordem jurídica contém regras que “toda ordem jurídica contém regras que

pretendem que aqueles a quem se dirigem pretendem que aqueles a quem se dirigem

se comportem de acordo com elas”.se comportem de acordo com elas”.

Page 5: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Para Larenz “uma regra jurídica pode estar Para Larenz “uma regra jurídica pode estar

expressa na lei, pode resultar do expressa na lei, pode resultar do

determinado Direito consietudinário ou de determinado Direito consietudinário ou de

conseqüências implícitas no direito conseqüências implícitas no direito

vigente ou de concretizações do princípios vigente ou de concretizações do princípios

jurídicos tal como estas são jurídicos tal como estas são

constantemente efetuadas pelos constantemente efetuadas pelos

tribunais”.tribunais”.

Page 6: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Seguindo ainda o entendimento de Larenz Seguindo ainda o entendimento de Larenz

as proposições jurídicas distinguem-se as proposições jurídicas distinguem-se

pela normatividade, enquanto as pela normatividade, enquanto as

proposições enunciativas são meras proposições enunciativas são meras

constatações e fatos.constatações e fatos.

Page 7: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Pois as proposições jurídicas contém Pois as proposições jurídicas contém

enunciados que indicam aos destinatários enunciados que indicam aos destinatários

o que fazer ou deixar de fazer apenas o que fazer ou deixar de fazer apenas

prescrevem condutas, permitindo ou prescrevem condutas, permitindo ou

proibindo algo. proibindo algo.

Page 8: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Esses princípios são fornecidos pelo Direito Esses princípios são fornecidos pelo Direito

positivo, mesmo que não estejam positivo, mesmo que não estejam

expressamente formalizados podem ser expressamente formalizados podem ser

extraídos através da lei.extraídos através da lei.

Page 9: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

No entendimento de J. J. Gomes Canotilho, No entendimento de J. J. Gomes Canotilho,

a distinção entre norma e princípio baseia-a distinção entre norma e princípio baseia-

se na objetividade e presencialidade se na objetividade e presencialidade

normativa do último independentemente normativa do último independentemente

da consagração específica em qualquer da consagração específica em qualquer

preceito particular.preceito particular.

Page 10: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Hart desenvolveu uma teoria positivista Hart desenvolveu uma teoria positivista que constata a existência de duas que constata a existência de duas espécies normativas – as regras primárias espécies normativas – as regras primárias e as secundárias. Aquelas impõem um e as secundárias. Aquelas impõem um dever jurídico aos indivíduos, enquanto dever jurídico aos indivíduos, enquanto que estas são potestades para a criação, que estas são potestades para a criação, modificação ou determinação dos efeitos modificação ou determinação dos efeitos das regras primárias.das regras primárias.

Page 11: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

A principal contribuição teórica para uma A principal contribuição teórica para uma

doutrina que diferenciasse espécies doutrina que diferenciasse espécies

normativas foi formulada por Dworkin.normativas foi formulada por Dworkin.

Page 12: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Ronald Dworkin descreve que “ é mais Ronald Dworkin descreve que “ é mais

comum que eu use o termo “ princípio” comum que eu use o termo “ princípio”

genericamente para me referir a todo o genericamente para me referir a todo o

conjunto de proposições diferentes das conjunto de proposições diferentes das

regras.regras.

Page 13: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Complementa ainda sua explicação Complementa ainda sua explicação

“chamo de ‘diretriz’ aquele tipo de “chamo de ‘diretriz’ aquele tipo de

proposição que determina, objetivos a proposição que determina, objetivos a

serem alcançados, geralmente um serem alcançados, geralmente um

desenvolvimento em algum setor desenvolvimento em algum setor

econômico, político ou social da econômico, político ou social da

comunidadecomunidade

Page 14: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

E conclui sua idéia aduzindo que chama E conclui sua idéia aduzindo que chama

de ‘princípio’, uma proposição que deve de ‘princípio’, uma proposição que deve

ser observada porque é um requisito de ser observada porque é um requisito de

justiça, de equidade ou de outra dimensão justiça, de equidade ou de outra dimensão

de moralidade.de moralidade.

Page 15: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Assim considerando o Ordenamento Jurídico Assim considerando o Ordenamento Jurídico

é um conjunto de normas jurídicas oué um conjunto de normas jurídicas ou

proposições. Portanto a norma é um gênero, proposições. Portanto a norma é um gênero,

cujas espécies são as regras os princípios e cujas espécies são as regras os princípios e

as diretrizes políticas.as diretrizes políticas.

Page 16: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

A regra tem um feixe de aplicações mais A regra tem um feixe de aplicações mais

concreto, pois ou ela será relacionada a concreto, pois ou ela será relacionada a

hipótese fática – e nesse caso deverá hipótese fática – e nesse caso deverá

incidir na aplicação do direito ou caso incidir na aplicação do direito ou caso

contrário a regra em nada contribui para a contrário a regra em nada contribui para a

decisão.decisão.

Page 17: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Já os princípios possuem uma dimensão Já os princípios possuem uma dimensão

valorativa que os distingue das regras, valorativa que os distingue das regras,

principalmente quanto a aplicação do principalmente quanto a aplicação do

direito.direito.

Page 18: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Quando duas regras estão em conflito, Quando duas regras estão em conflito,

resolve-se pela utilização de uma em resolve-se pela utilização de uma em

detrimento de outra. O sistema jurídico detrimento de outra. O sistema jurídico

traz a solução do conflito por meio de traz a solução do conflito por meio de

critérios específicos – logo será aplicada a critérios específicos – logo será aplicada a

regra mais específica, a hierarquicamente regra mais específica, a hierarquicamente

superior ou a mais recente.superior ou a mais recente.

Page 19: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Em alguns casos resolve-se os conflitos Em alguns casos resolve-se os conflitos

recorrendo aos princípios. Será aplicada recorrendo aos princípios. Será aplicada

aquela regra que decorre do princípio mais aquela regra que decorre do princípio mais

relevante.relevante.

Page 20: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Norma é uma regra de conduta, podendo ser Norma é uma regra de conduta, podendo ser

jurídica, moral, técnica, etc. Admitida ou jurídica, moral, técnica, etc. Admitida ou

reconhecida pelo ordenamento jurídico reconhecida pelo ordenamento jurídico

Page 21: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Norma e lei são usadas comumente como Norma e lei são usadas comumente como

expressões equivalentes, mas norma expressões equivalentes, mas norma

abrange na verdade também o costume e abrange na verdade também o costume e

os princípios gerais do direito. os princípios gerais do direito.

Page 22: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

A classificação das normas jurídicas A classificação das normas jurídicas

apresenta uma grande variedade entre os apresenta uma grande variedade entre os

autores: primárias, secundárias, gerais, autores: primárias, secundárias, gerais,

individualizadas, fundamentais, derivadas, individualizadas, fundamentais, derivadas,

legisladas, consuetudinárias, jurisprudenciais, legisladas, consuetudinárias, jurisprudenciais,

nacionais, internacionais, locais, de direito nacionais, internacionais, locais, de direito

público ou privado, executivas, restitutivas, público ou privado, executivas, restitutivas,

rescisórias, extintivas, constitucionais, rescisórias, extintivas, constitucionais,

federais, estaduais, municipais entre outras.federais, estaduais, municipais entre outras.

Page 23: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Considerando os textos de Kelsen, Tércio e Bobbio, a Considerando os textos de Kelsen, Tércio e Bobbio, a

norma jurídica é aquela inserida em um sistema que norma jurídica é aquela inserida em um sistema que

se possa chamar de Direito. Este sistema é um se possa chamar de Direito. Este sistema é um

complexo normativo no qual a execução de seus complexo normativo no qual a execução de seus

preceitos é garantida por sanções organizadas que preceitos é garantida por sanções organizadas que

estão previstas no próprio sistema. Desta maneira, a estão previstas no próprio sistema. Desta maneira, a

norma jurídica é a que está inserida em um sistema norma jurídica é a que está inserida em um sistema

que contém outras normas que estabelecem órgãos que contém outras normas que estabelecem órgãos

capazes de, dado o seu grau de institucionalização, capazes de, dado o seu grau de institucionalização,

fazer valer os preceitos normativos através de uma fazer valer os preceitos normativos através de uma

sanção organizada. sanção organizada.

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Perceber-se-á que o conceito de norma Perceber-se-á que o conceito de norma

jurídica, na verdade, não pode ser jurídica, na verdade, não pode ser

encontrado na norma em si, eis que a encontrado na norma em si, eis que a

pergunta: O que é norma jurídica? pergunta: O que é norma jurídica?

transmuda-se em O que é ordenamento transmuda-se em O que é ordenamento

jurídico. Ou seja, o elemento que identifica jurídico. Ou seja, o elemento que identifica

a norma como jurídica está presente no a norma como jurídica está presente no

ordenamento jurídico. ordenamento jurídico.

Page 25: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Os princípios constitucionais são normas de Os princípios constitucionais são normas de

natureza estruturante de toda a ordem jurídica natureza estruturante de toda a ordem jurídica

que legitimam o próprio sistema, pois consagram que legitimam o próprio sistema, pois consagram

valores culturalmente fundantes da própria valores culturalmente fundantes da própria

sociedade. Assim, o princípio constitucional sociedade. Assim, o princípio constitucional

democrático estrutura juridicamente todo o democrático estrutura juridicamente todo o

regime político e o faz legitimamente porque se regime político e o faz legitimamente porque se

funda no valor conatural ao homem da liberdade funda no valor conatural ao homem da liberdade

política hoje positivado em diversos matizes.política hoje positivado em diversos matizes.

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A concepção teórica de Estado de direito A concepção teórica de Estado de direito

cumpre a missão de limitar o poder político cumpre a missão de limitar o poder político

para estabelecer o império do direito, o para estabelecer o império do direito, o

“governo das leis e não dos homens”, o que “governo das leis e não dos homens”, o que

pode aparentar mero atrelar-se à “liberdade pode aparentar mero atrelar-se à “liberdade

dos modernos” assente no distanciamento e dos modernos” assente no distanciamento e

na restrição do poder, na defesa contra o na restrição do poder, na defesa contra o

mesmo.mesmo.

Page 27: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Tercio Sampaio Ferraz Jr. Possibilita a Tercio Sampaio Ferraz Jr. Possibilita a

identificação da seguinte forma:identificação da seguinte forma: as regrasas regras - são especificas ou em pautas, - são especificas ou em pautas,

tem uma inponibilidade mais estrita; embora tem uma inponibilidade mais estrita; embora

admitam exceções, quando contraditadas admitam exceções, quando contraditadas

provocam a exclusão do dispositivo provocam a exclusão do dispositivo

colidente; o conceito de validade tem colidente; o conceito de validade tem

cabimento a elas. cabimento a elas.

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a) O grau de abstração:a) O grau de abstração: os princípios são normas com um grau de os princípios são normas com um grau de

abstração relativamente elevado; de modo diverso, as regras abstração relativamente elevado; de modo diverso, as regras

possuem uma abstração relativamente reduzida.possuem uma abstração relativamente reduzida.

b) Grau de determinabilidade na aplicação do caso concreto:b) Grau de determinabilidade na aplicação do caso concreto: os os

princípios, por serem vagos e indeterminados, carecem de princípios, por serem vagos e indeterminados, carecem de

mediações concretizadoras (do legislador? do juiz?), enquanto as mediações concretizadoras (do legislador? do juiz?), enquanto as

regras são susceptíveis de aplicação direta.regras são susceptíveis de aplicação direta.

c) Caráter de fundamentalidade no sistema de fontes de direito:c) Caráter de fundamentalidade no sistema de fontes de direito:

os princípios são normas de natureza ou com um papel os princípios são normas de natureza ou com um papel

fundamental no ordenamento jurídico devido à sua posição fundamental no ordenamento jurídico devido à sua posição

hierárquica no sistema das fontes (ex: princípios constitucionais) hierárquica no sistema das fontes (ex: princípios constitucionais)

ou à sua importância estruturante dentro do sistema jurídico (ex: ou à sua importância estruturante dentro do sistema jurídico (ex:

princípio do Estado de Direito).princípio do Estado de Direito).

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d) ´Proximidade da idéia de direito`d) ´Proximidade da idéia de direito` :: os princípios são os princípios são

´Standards` juridicamente vinculantes radicados nas ´Standards` juridicamente vinculantes radicados nas

exigências de ´justiça` (DWORKIN) ou na ´idéia de direito` exigências de ´justiça` (DWORKIN) ou na ´idéia de direito`

(LARENZ); as regras podem ser normas vinculantes com um (LARENZ); as regras podem ser normas vinculantes com um

conteúdo meramente formal.conteúdo meramente formal.

e) Natureza normogenética:e) Natureza normogenética: os princípios são fundamento os princípios são fundamento

de regras, isto é, são normas que estão na base ou de regras, isto é, são normas que estão na base ou

constituem a ratio de regras jurídicas, desempenhando, por constituem a ratio de regras jurídicas, desempenhando, por

isso, uma função normogenética fundamentante" (Apud isso, uma função normogenética fundamentante" (Apud

ESPÍNDOLA, Ruy Samuel. Conceito de Princípios ESPÍNDOLA, Ruy Samuel. Conceito de Princípios

Constitucionais. Revista dos Tribunais, São Paulo, 1999, p. Constitucionais. Revista dos Tribunais, São Paulo, 1999, p.

65). 65).

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Verifica-se que nem sempre é clara a distinção Verifica-se que nem sempre é clara a distinção

entre normas que são regas e normas que são entre normas que são regas e normas que são

princípios, pois muitas vezes a norma jurídica é princípios, pois muitas vezes a norma jurídica é

uma proposição em forma de regra, mas uma proposição em forma de regra, mas

funciona como um princípio ou diretriz pois traz funciona como um princípio ou diretriz pois traz

termos como “razoáveis” e “justo” que termos como “razoáveis” e “justo” que

remetem a valorização da razoabilidade e da remetem a valorização da razoabilidade e da

justiça na hipótese em questão. Não obstante, justiça na hipótese em questão. Não obstante,

as regras não se transformam em princípios.as regras não se transformam em princípios.

Page 31: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

Conclui-se portanto, que a lógica para a Conclui-se portanto, que a lógica para a

aplicação das regras é extremamente aplicação das regras é extremamente

normativa e convencional, ao passo que a normativa e convencional, ao passo que a

lógica da aplicação dos princípios é lógica da aplicação dos princípios é

orientada pela racionalidade na aplicação orientada pela racionalidade na aplicação

de valores que traduzem não apenas a de valores que traduzem não apenas a

ordem jurídica, mas, principalmente, a ordem jurídica, mas, principalmente, a

ordem política de uma sociedade.ordem política de uma sociedade.

Page 32: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí NORMAS: REGRAS E PRINCÍPIOS Aluna: Elidiane Aparecida Santi Professor: Dejalma

CATÃO, Adrualdo de Lima. O critério identificador da norma jurídica. A necessidade de um CATÃO, Adrualdo de Lima. O critério identificador da norma jurídica. A necessidade de um

enfoque sistemático. Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 51, out. 2001. Disponível em: enfoque sistemático. Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 51, out. 2001. Disponível em:

<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2249>. Acesso em: 19 abr. 2007.<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2249>. Acesso em: 19 abr. 2007.

COSTA, Flávio Ribeiro da. A força normativa dos princípios constitucionais. Boletim Jurídico, COSTA, Flávio Ribeiro da. A força normativa dos princípios constitucionais. Boletim Jurídico,

Uberaba/MG, a. 5, nº 195. Disponível em:<http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?Uberaba/MG, a. 5, nº 195. Disponível em:<http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?

id=1543> Acesso em: 19  abr. 2007.id=1543> Acesso em: 19  abr. 2007.

ENCICLOPÉDIA JURÍDICA ELETRÔNICA – Leib Soibelman. Disponível em < ENCICLOPÉDIA JURÍDICA ELETRÔNICA – Leib Soibelman. Disponível em <

www.elfez.com.br/elfez/www.elfez.com.br/elfez/NormaNormajuridica.html - 12k>, acesso em 19 Abr. 2007.juridica.html - 12k>, acesso em 19 Abr. 2007.

LAMY, Marcelo. Princípio Constitucional do EstadoLAMY, Marcelo. Princípio Constitucional do Estado

Democrático e Direito Natural. Disponible em: < Democrático e Direito Natural. Disponible em: < www.hottopos.com/rih9/lamy.htm - 57k ->, www.hottopos.com/rih9/lamy.htm - 57k ->,

acessado em 19 abr. 2007.acessado em 19 abr. 2007.

TORRENS, Haradja Leite. TORRENS, Haradja Leite. Hermenêntica Jurídica e Paradigmas InterpretativosHermenêntica Jurídica e Paradigmas Interpretativos – perspectivas e – perspectivas e

fundamento de aplicação da teoria integrativa de Ronald Dworkin em face da Ordem Jurídica fundamento de aplicação da teoria integrativa de Ronald Dworkin em face da Ordem Jurídica

Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Letra Legal, 2004.Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Letra Legal, 2004.

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