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Garanhuns - Pernambuco
Janeiro, 2015
JOSÉ MARIO DE ARAÚJO
JULIANA MARIA DE BARROS
MARIA DO SOCORRO CARVALHO LOPES
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM TEORIA E PRÁTICA DOS CONSELHOS DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – SER CONSELHEIRO
COMPREENDENDO A PRÁTICA DO ACOLHIMENTO: a experiência do Abraçar em
Garanhuns - Pernambuco
Garanhuns, Pernambuco
Janeiro, 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
COMPREENDENDO A PRÁTICA DO ACOLHIMENTO: a experiência do Abraçar em
Garanhuns, Pernambuco
JOSÉ MARIO DE ARAÚJO
JULIANA MARIA DE BARROS
MARIA DO SOCORRO CARVALHO LOPES
Garanhuns - PE
Janeiro - 2015
Projeto de intervenção apresentado como requisito
parcial de conclusão de curso de Aperfeiçoamento
em Teoria e Prática dos Conselhos da Infância – Ser
Conselheiro.
Prof. Orientador: José Fernando da Silva
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................05
2.RESUMO...................................................................................................................06
3.JUSTIFICATIVA......................................................................................................07
4.REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................10
5. METODOLOGIA....................................................................................................12
6. APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO..............................................................13
7.OBJETIVO RESULTADO METAS E ATIVIDADES.........................................24
8. CRONOGRAMA.....................................................................................................25
9.AVALIAÇÃO............................................................................................................26
10.REFERÊNCIA........................................................................................................27
1-INTRODUÇÃO
De acordo com estudo na instituição de acolhimento Abraçar, este trabalho
propõe a realização de uma pesquisa, onde focaremos uma das únicas entidades municipais
desse segmento em nossa região, localizado na cidade de Garanhuns, onde surgiu o
questionamento :o que estão fazendo com "nossos" institucionalizados? Tal concepção nos
leva a intervir, através deste projeto a importância da família como fator primordial para a
formação e desenvolvimento das crianças e adolescentes. É imprescindível salientar que
não existe ,(ainda) uma forma eficaz de articulação e ação ou reinserção à sociedade pelos
que fazem a rede de atendimento, levando dessa forma a maquiar os verdadeiros
problemas que temos nos serviços de acolhimento .Esperamos que o presente diagnóstico
venha a contribuir e dar significativo para a elaboração do Plano Municipal de
Convivência Comunitária Familiar no município de Garanhuns, como também na
fomentação de políticas públicas que venham fortalecer os vínculos familiares. Faz-se
necessário oportunizar as crianças e os adolescentes no processo de interação sócio
familiar com os acolhidos na referida instituição. Todos os esforços deverão ser
considerados, no sentido de manter o convívio da criança e do adolescente com sua
família e garantir que seu afastamento do meio familiar seja uma medida excepcional,
aplicada somente nos casos de situação de risco e vulnerabilidade social..
No âmbito do acolhimento é básico o atendimento às necessidades da criança e
dos adolescentes, porém deve-se ir além dos cuidados principais e favorecer a partilha das
experiências do cotidiano escolar, familiar e social no intuito de consolidar respeito mútuo
e valorização no ambiente de acolhimento. É de fundamental importância inserir nas
instituições a educação em artes, pois propicia o desenvolvimento do pensamento artístico
que caracteriza e amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão, a imaginação e a
contextualização do que se constrói, apreciando e conhecendo as formas produzidas de
cada acolhido, dando ênfase ao que as crianças e os adolescentes criam. Essas atividades
ajudam a desenvolver progressivamente as interações significativas, com a participação
dos que fazem a instituição, a família e a sociedade no contexto de informações,
reproduções com valores, garantindo uma situação de aprendizagem conectada ao
desenvolvimento da autonomia e potencialidades. Para isso se faz necessário interagir com
materiais e instrumentos com procedimentos variados em artes, como: música, dança,
teatro e outras modalidades.
2-RESUMO
Este trabalho foi elaborado, visando com ênfase o cuidado e proteção observado no
contexto do Serviço de Acolhimento em Família, Centro Municipal de Acolhimento de
Criança e Adolescentes Abraçar, a partir das respectivas famílias de origem acolhedora e
de sua equipe profissional. O movimento que se institui no país da década de 1980, no
sentido da construção de um Estado Democrático de Direito, principalmente dos direitos
das crianças e adolescentes sob medida protetiva de suas famílias.Com a aprovação
Politica Nacional de Assistência Social,(PNAS/2004),à priori o Serviço de Acolhimento
em Família Acolhedora passa a ser concretizada como politica pública, o que é pertinente
com a mudança do Estatuto da Criança e do Adolescente pela Lei 12.010/2009.No âmbito
do acolhimento é básico o atendimento às necessidades das criança e dos adolescentes
priorizando a partilha das experiências do cotidiano escolar, familiar e social no intuito de
consolidar respeito mútuo e valorização no ambiente de acolhimento. A Constituição
Federal Brasileira cita em seu Art.226, que “a família, base da sociedade tem proteção
especial do Estado”, contudo percebemos que as politicas publicas não tem alcançado
assegurar os direitos de fato às crianças e adolescentes. Para o levantamento dos dados
obtidos foram realizadas visitas domiciliares dos acolhidos e instituições, como: Secretaria
de Educação, Secretaria de Saúde, Secretaria de Assistência Social e outros,no intuito de
adquirirmos informações a respeito dos serviços ofertados pelo município de Garanhuns-
PE, através de reuniões de representantes do Conselho de Direito, CRAS,CREAS,
Conselho Tutelar e Centro de Acolhimento Abraçar, onde foi possível obter conhecimento
a respeito do perfil dos acolhidos, traçando desta forma, meios para aprimorar
características que contribua para situação do acolhimento. A conclusão deste trabalho
ratifica a centralidade da importância do “Cuidado e Proteção para a efetivação do
desenvolvimento integral das crianças e adolescentes, enfatizando a responsabilidade
compartilhada pelo Estado, pela família e pela sociedade.
Palavras chaves: Acolhimento, família, crianças e adolescentes, medida protetiva.
3.JUSTIFICATIVA
Vivemos em uma sociedade democrática, mas por causa da má distribuição
de renda, que acarreta desigualdade e vulnerabilidade social, crianças e adolescentes
tornam – se vítimas dessas situações, sendo necessário a criação de Leis e Estatutos que
garantam os direitos dos mesmos. O direito da família à proteção do Estado e reconhecido
pela Convenção sobre os Direitos da Criança, Constituição Brasileira de 1988, (Art.226),
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Lei Orgânica de Assistência
Social (LOAS).
A atual política pública para criança e adolescente tem avançado muito
desde a substituição do código de menores e a criação do Estatuto da Criança e do
Adolescente, mas, ainda é presente na cultura do povo, defender que é licito o trabalho
infantil dizendo, “é melhor trabalhar que roubar” e a agressão física como forma de
disciplinar. Todavia a principal meta dos operadores de direitos é a efetivação de uma rede
de atendimento realmente eficaz. Um dos maiores problemas que a sociedade teme em
relação as crianças e adolescentes é quando eles são institucionalizados ou vão para
Acolhimento Institucional, e uma vez nessas entidades correm o risco de serem adotados,
onde acreditamos que a reinserção à família, mesmo que extensa é o ideal. A falta de uma
dessas ações ou outras similares de cunho “incentivador” deixa a população com atitudes
que terminam por levar algumas crianças e adolescentes a serem destituídos de suas
famílias, sendo acolhidos em acolhimento institucional, e uma vez nessas entidades
institucionais, passam por trâmites burocráticos para sua reinserção à sociedade.
E a confirmação desses questionamentos nos leva a intervir: Criança
adolescente, família e sociedade, onde focaremos o Acolhimento Institucional Abraçar
situado na Cidade de Garanhuns. Sabemos que não existe de forma articulada nenhuma
campanha de adoção ou reinserção à sociedade, pelos que fazem a rede de atendimento no
município, levando assim a maquiar perante a sociedade os verdadeiros problemas que
temos nos serviços de acolhimento.
A partir do século XV, mudanças importantes começaram a
ocorrer: o aprendizado doméstico foi aos poucos sendo
substituído pela educação escolar;os filhos passaram a ser
mantidos mais próximos de casa; foram crescendo os deveres
atribuídos aos pais; e a família começou a se concentrar em torno
de suas crianças. Entretanto, esse foi um processo lento. Enquanto
as famílias pobres continuaram por muito tempo enviando seus
filhos para exercer a função de criados nas casas da nobreza, os
ricos permaneceram mandando suas crianças à s amas de leite até
quando os avanços da medicina e da higiene permitiram a
utilização do leite animal. É progressivamente e aos poucos que a
família vai se diferenciando e a vida privada de pais e filhos
adquire relevância social, chegando-se até a constituição da
chamada família nuclear moderna. (SILVA, MELLO, AQUINO,
2005,p.2013).
A Constituição Federal Brasileira cita em seu Art.226, que “a família , base da
sociedade, tem proteção especial do Estado,”contudo percebemos que as políticas públicas
não tem alcançado assegurar as crianças e adolescentes tais direitos.Sabemos que houve
uma evolução enorme desde o código de menores, que antecedeu o ECA, portando por
motivos principalmente políticos , os órgãos oficiais não conseguem suprir essa demanda
e a população não cobra como deveria, além do que, por motivos culturais essa população
não corresponde aos anseios dessa demanda, levando a negligenciar os direitos das
crianças e adolescentes. Assim como, esse trabalho acadêmico solicitado pela Escola de
Conselhos enfatiza mais uma vez as políticas para criança e adolescente. Advém de outras
vertentes tal preocupação, recentemente o Indiano Kailash Satyarthi, ganhou o prêmio
NOBEL DA PAZ 2014, por suas militâncias aos direitos das crianças e dos Adolescentes,
contribuindo também para importantes eventos sobre essa temática assim como, o tema da
redação do Enem do dia 09/11/2014 foi, “Publicidade Infantil em questão no Brasil” isso
mostra que o mundo globalizado detém de senso comum a essa pauta, mas sabemos que as
políticas públicas são feitas dentro de um conceito “adultocêntrico”, ou seja, trabalham
visando um futuro promissor para quando tais crianças forem adultas, mas sem políticas
públicas que os considerem enquanto estão em faixa etárias de condição especial de
desenvolvimento.
No cotidiano das cidades é comum vermos crianças e adolescentes
perambulando pelas ruas, e em grande maioria a população ainda marginaliza os mesmos,
mas além desse público, o Estado alcança alguns que por motivos de negligências
familiares e violências domésticas são institucionalizados, e essa realidade está fora do
alcance da sociedade, pois alguns acreditam que quando abrigados é menos um na rua. Em
grande maioria são famílias pobres que fazem parte de uma estatística de exclusão social
e extrema pobreza. Baseado no diagnóstico realizado, temos como ponto de partida para a
efetivação da elaboração de um projeto de intervenção na instituição de acolhimento local
que tem como meta, a promoção defesa e mecanismos de controle institucional e social
dos direitos da criança e do adolescente à convivência familiar e comunitária, adequando
este a realidade do nosso município. Usamos também dados estatísticos fornecidos pelo
IBGE,e CIPIA WEB(Sistema de Informação para a infância e adolescente) fornecido pelo
o Conselho Tutelar local e dados do PIA(Plano Individual de Atendimento)dos acolhidos,
tais indicadores junto a mais algumas informações da rede de atendimento como a
Secretaria de Assistência Social, conselho da Criança e do Adolescente,percebemos a
inexistência de algum tipo de divulgação à sociedade principalmente focamos os
institucionalizados que anseiam seu retorno à sociedade, aos propensos candidatos a uma
adoção e a uma gestão da rede,Dentro da rede de atendimento podemos à nível de
Secretaria de Assistência Social, CRAS e CREAS , Secretaria de Saúde,Secretaria de
Educação o PSF, NASF, CAPS e CAPS AD,temos o Ministério Público,ONGs e
afins.Como meta esperamos que com essa intervenção possamos contribuir
significativamente para a convivência comunitária e familiar de Crianças e adolescentes
acolhidas nessa entidade a um fluxo maior de todos os envolvidos nessa realidade,
intencionamos também uma maior fomentação de políticas públicas com ênfase nessa
demanda.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
A história do Brasil está marcada pela desvalorização dos cidadãos, com
modelo de sociedade embasado na exploração e na violência, tais estruturas socais e
familiares embasam um contexto patriarcal que oprime mulheres e crianças que ficam em
situação de maior vulnerabilidade social, tanto nas ruas como, dentro dos lares, ficando
expostas a todos os tipos de violência que podem ser estrutural, interpessoal, urbana,
doméstica e institucional. Portanto, fica aparente que a violência contra crianças e
adolescentes é pratica habitual nas diversas sociedades e em seus espaços ocupacionais. A
pobreza é uma violência estrutural e que se torna aprofundadora das carências e conflitos
domésticos e devem ser levadas sempre em consideração quando pensamos nas diversas
violações que levam uma criança a ser retirada do convívio familiar e devemos dar
importância as diversas dimensões, tais como, a sociedade, a família e a criança com todos
os seus aspectos socioculturais, psicológicos e econômicos.
A quebra dos vínculos comunitários, o contato com os grupos de irmãos e a
convivência em casas com um número elevado de crianças, faz da prática dos acolhimento
uma ação oposta ao que determina o ECA, reproduzindo assim, as mesmas violações que
se propõem a combater. “Tal procedimento fere os direitos garantidos pelo Estatuto,
operando a inversão do que encontramos no artigo 101, parágrafo único: “O acolhimento
institucional é medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a
colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade”.(Nascimento,
2010:21)
O Acolhimento se qualifica como um espaço protetor dos direitos de crianças e
adolescentes, mas é ao mesmo tempo violador, já que simultaneamente se propõe a
protegê-los de situações de risco, mas infringe a lei por outros percursos. [...] ao fato de
que as instituição de acolhimento terem se tornado um lugar de permanência até a
maioridade, enquanto o caráter temporário desses espaços é uma condição prevista na lei.
(Nascimento, 2010, p. 9) Tal situação leva a dificuldades para a reinserção destas crianças
à sociedade, pois sofrem preconceitos e também por acabarem perdendo os vínculos
familiares e comunitários, bem como as habilidades de viver em sociedade já que teve seu
amadurecimento construído em um ambiente restritivo e isolado. Oliveira et al, apud
“Parreira e Justo (2005) relatam em seu estudo o sentimento de um adolescente
reconhecido publicamente como abrigado, para ele ser abrigado é ser alguém sem família,
significa lidar com as facetas do abandono e com a falta de referenciais, defrontando-se
com a ausência de uma filiação, de um lugar próprio onde o sujeito possa reconhecer-se
numa história, no tempo e no espaço, podendo visualizar seu passado, identificar sua
linhagem e posicionar-se na rede familiar que assegura seu posicionamento psicossocial
primário. Significa deparar-se com a ausência da filiação primária, constituída na vivência
afetiva, que designe à criança um lugar psicossocial sólido e seguro, um lugar que lhe
assegure a possibilidade do desejo dentro dos parâmetros da Lei, conectando-a assim, com
os outros e com a cultura de maneira geral.”A família deve ser o ambiente ideal para o bom
desenvolvimento de uma criança, para que esta seja um ambiente verdadeiramente
saudável é preciso apoiar tais famílias para que estas tenham condições de garantir o
desenvolvimento pleno de suas crianças e adolescentes.
A violência contra crianças e adolescentes é uma condição amplamente
constatada, assim, a principal atitude que deve orientar a ação dos que trabalham com
crianças em instituições de acolhimento deverá ser sempre a de garantir a estas as
condições indispensáveis para o seu desenvolvimento completo, que devem ser embasadas
no Estatuto da Criança e Adolescente).Apesar do ECA propor um rompimento com a
lógica de internação, ao estabelecer uma outra forma de atendimento, a cultura dos antigos
internatos muitas vezes permanece, o que aponta para divergências entre a lei e as práticas
cotidianas das entidades de acolhimento. Assim, o modelo de estabelecimentos onde
crianças e jovens moravam, estudavam, recebiam assistência médica, psicológica e
odontológica não foi completamente substituído pelos princípios presentes na nova
legislação. (Nascimento, 2010, p.17). Chegamos a pensar que produzir leis, nem sempre
garante as transformações que guiaram sua elaboração, tão pouco a própria lei garante os
direitos por ela mencionados.
5.METODOLOGIA
O projeto realizar-se á na institucionalização de Acolhimento Abraçar, onde
pretendemos resgatar a esperança de vermos crianças e adolescentes, sendo trabalhados
para serem inseridos no meio familiar , através de relatório mensais, visitas domiciliares
pela equipe técnica e a acompanhamento pela rede, mediante a área de abrangência das
famílias.
Desenvolver atividades que proporcione as crianças e adolescentes meios
para o processo de interação na sociedade, através de trabalhos educativos, como: arte,
artesanato, esporte, passeios, atividades físicas, palestras direcionadas à convivência
familiar e comunitária, inserção em cursos profissionalizantes e a participação em
acolhidos em programas e projetos de estimulo ao desenvolvimento infantil em situação
de risco e vulnerabilidade social. Aplicação de questionário as famílias por equipe
multidisciplinar, pedagogo, psicóloga, assistente social, informações sobre escolaridade,
uso de substâncias psicoativas e recursos para complementar os dados colhidos juto ao
PIA(Plano Individual de Atendimento)
6-APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO-
O presente diagnóstico tem como lema “conhecer para transformar” sendo este
o ponto de partida para a efetivação e elaboração do Plano Municipal de Promoção,
Proteção e Defesa do Direito da criança e do adolescente à convivência Familiar e
Comunitária, adequando este a realidade do Município de Garanhuns. Garanhuns que
possui 129,408 mil habitantes, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE 2010), com uma concentração urbana de 88,00% dos
habitantes, e uma área territorial de 458,552 km² e densidade de 282,21 ( hab./km)
localizado no Planalto da Borborema, distante 230 km da Capital do Estado, Recife.
Ditamos informações relevantes a respeito da distribuição dessa população, renda familiar,
e situação de pobreza. Foi realizado o seguinte questionário com os familiares dos
institucionalizados.
1-Nome do responsável familiar,endereço,ponto de referência
2-Composição familiar
3-Escolaridade do grupo familiar
4-Renda familiar
5-Uso/abuso de drogas lícitas ou ilícitas
6-Relação afetiva da família com a criança /adolescente abrigado
7-conhecimento e/ou utilização dos serviços ofertados pela rede atendimento do município
8-Realizam com que frequência visitas às crianças /adolescentes?
9-Há interesse da família em acolher a criança / adolescente no seio familiar?
10-Vivenciam algum tipo de violência no âmbito familiar.
Fonte IBGE
Tabela: Fonte –SIPIA WEB Conselho Tutelar de Garanhuns
Os dados acima extraído do SIPIA WEB/Garanhuns , sendo este Conselho
Tutelar referência no Estado de Pernambuco, pois 100% dos atendimentos são
devidamente registrados no SIPIA, facilitando a formatação dos dados em estatística. Os
dados abaixo demonstram em um gráfico de pizza que no período de 01/01/2014 à
30/11/2014 foram registradas 1.394 violações, sendo que a maior incidência ocorreu na
categoria de Direito a Convivência Familiar e Comunitária representando 64%.
Quando damos um zoom out neste dado, ou melhor, quando aprofundados a
categoria de dados relativos à Convivência Familiar verificamos que a negligência familiar
representa 47% destes dados.
Os presentes dados foram colhidos no Conselho Tutelar de Garanhuns.
Dentro destes dados verificamos que a omissão com os cuidados com a
segurança e proteção e segurança representam 33% das negligências registradas. Este dado
mostra que as famílias deixam muitas vezes os seus filhos sem um adulto responsável na
formação destes.
Fonte: Tabela: –SIPIA WEB Conselho Tutelar de Garanhuns
Tabela: Os autores 2015
Dados referentes às crianças e aos adolescentes acolhidos no ABRAÇAR.
Tabela: Os autores 2015
Tabela: Os autores 2015
Tabela: Os autores 2015
Tabela: Os autores 2015
Percebe-se no gráfico acima que uma vez destituídos, os familiares entregam a
responsabilidade total de seus filhos para o estado, se isentando de qualquer
responsabilidade, é quando percebemos a falta de afeição pelos mesmos diminuindo assim
as possibilidades de uma reinserção familiar, dados colhidos mostram que a frequência dos
mesmos é muito baixa, argumentam que é falta de tempo, ou condições financeiras,mas
uma cidade das dimensões geográficos de Garanhuns e aos olhos da equipe técnica da
entidade não existe tal dificuldade caso algum dos antes reposáveis quisesse ver o retorno
do acolhido ao lar e a comunidade.
Além dos dados colhidos no PIA e na administração do ABRAÇAR foi feita aplicação de
questionário às famílias dos acolhidos dando condições de levantamento de dados
importantes como:1) A frequência que a família visita os filhos no acolhimento e 2) qual o
percentual do uso de substâncias psicoativas. Como Podemos ver logo abaixo:
1. Rede de Atendimento
Dentro da rede de atendimento podemos em nível de Secretaria de Assistência
Social, CRAS e CREAS e a nível de Secretaria de Saúde o PSF, NASF, CAPS E
CAPS AD. Abaixo demonstramos as áreas de abrangência dos CRAS:
DOS A CONSIDERAR NO DIAGNÓSTICO:
Tabela: Os autores 2015
Tabela- Os autores 2015
7. OBJETIVOS, RESULTADOS, METAS E ATIVIDADES:
Propor um novo paradigma de ação que rompa com o tradicionalismo estigmatizaste do
acolhimento, tendo como foco primordial a implementação do artigo 101 do ECA,
Obj.
Específicos
Resultados
Metas Atividades
Responsável/eis
Quantitativ
os
Qualitativos
Incentivar o
fortalecimento
dos vínculos
familiares
80% Melhoria da
qualidade dos
vínculos
afetivos
Estimular os
abrigados a
convivência
familiar
Atividades
lúdicas/
Dinâmicas em
grupos
familiares
Equipe Técnica
Conscientizar
os atores do
SGD
50% Capacitar os
profissionais
da rede
Fortalecer o
trabalho em
equipe para
melhor
atendimento
para criança e
adolescente
Seminários e
palestras
COMDICA
Inserir os
abrigados em
projetos
/Atividades
sociais,
60% Garantir a
convivência
social
Inserir os
abrigado no
meio social
Planejar o
cronograma de
atividades,
atendendo o
interesse
individual
Equipe técnica e
educadores sociais
Emitir
relatório
100% Cumprimento
do trabalho
mediante
estudo
Fornecer
diagnóstico
dos trabalhos
realizados
Apresentação no
COMDICA
Alunos+
COMDICA
8. CRONOGRAMA FÍSICO
Atividades previstas H/a S1 S2 S3 S4
Elaboração do Plano de Plano de Aula 10h/a X
Palestra nos Conselhos 20h/a X X
Construção do Relatório 10h/a X X
9. AVALIAÇÃO
A finalidade desse trabalho é mostrar dentro de um parâmetro não tendencioso
as ações de políticos que se esforçam para cumprir suas ações dentro de uma ética, tanto da
convicção, quanto da responsabilidade. Por outro lado Conforme o diagnóstico acima que
será entregue para os gestores das políticas públicas e especialmente as sociais de Crianças
e de Adolescentes, que regem como prioridade absoluta, mas não estão sendo eficazmente
conduzidas pelos gestores, pois tais dados devem servir de parâmetro para tais decisões,
com parceria do COMDICA Garanhuns, que abril espaço em suas reuniões ordinárias para
que seja discutida nossa avaliação da Rede, pois as informações hoje contida no
COMDICA e demais conselhos setoriais deixa a população ainda dependente do terceiro
setor para cobrir a abrangência e suprir as demandas dessa classe que mais parece ainda
está vivendo o código de menores. No referido trabalho evidenciou-se questões sérias em
relação à prática da Instituição de Acolhimento Abraçar. Vale salientar que as normas
técnicas fundamentais apresentadas no referido trabalho compreende as necessidades de
adequação de serviços, no intuito de atingir os parâmetros exigidos. Espera-se que através
deste trabalho haja melhoria em diversos contextos relacionados com o que rege o Estatuto
da Criança e do Adolescente, preservando para que seus direitos não sejam violados. O que
se deseja deste trabalho é que possa atender as necessidades da criança e do adolescente,
indo além dos cuidados principais favorecerem respeito mútuo e valorização no ambiente
de acolhimento. As atividades mencionadas na metodologia tendem a desenvolver
progressivamente as interações significativas com a participação dos que fazem a
instituição, a família e a sociedade no contexto de informações, reproduções de valores,
garantindo dessa forma um desenvolvimento potencializado no atendimento de garantia de
direito as criança e adolescentes.
10. REFERENCIAS BIBLOGRAFICAS
A HISTÓRIA DA INFÂNCIA EM PERNAMBUCO. Org. Humberto Miranda, Maria
Emília Vasconcelos. Ed. Universitária da UFRPE. Recife, 2017;
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jan./abr. 2010. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/aletheia/n31/n31a03.pdfA cessado em: 29/12/2014;
OLIVEIRA, Cecília Olívia Paraguai de. O CUIDADO À CRIANÇA EM CASA DE
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMENTADO: comentários
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SANTOS, Benedito Rodrigues dos; ECA NA ESCOLA – aula inaugural. Fundação
Telefônica, 2014. Disponível em:
http://ead.fundacaotelefonica.org.br/repository/coursefilearea/file.php/5/Arquivos/c
onteudo/m1-video-aula4-benedito-santos.pdf acesso em: 09/01/2015
Siqueira, et al. PROCESSO DE REINSERÇÃO FAMILIAR: ESTUDO DE CASOS
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2005. Disponível em:
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