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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA A PRÁTICA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR NA FORMAÇÃO DOCENTE DO PEDAGOGO NA UFRN JÉSSICA SUZANNA DA COSTA FLORENCIO NATAL/RN 2015.2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

A PRÁTICA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR NA FORMAÇÃO DOCENTE

DO PEDAGOGO NA UFRN

JÉSSICA SUZANNA DA COSTA FLORENCIO

NATAL/RN

2015.2

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JÉSSICA SUZANNA DA COSTA FLORENCIO

A PRÁTICA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR NA FORMAÇÃO DOCENTE

DO PEDAGOGO NA UFRN

Artigo apresentado ao Curso de

Pedagogia da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, no semestre letivo

2015.2, como requisito parcial para

obtenção do grau de Licenciado em

Pedagogia.

Orientadora: Professora. Dra. Soraneide

Soares Dantas.

NATAL

2015.2

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JÉSSICA SUZANNA DA COSTA FLORENCIO

A PRÁTICA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR NA FORMAÇÃO DOCENTE

DO PEDAGOGO NA UFRN

Aprovada em: _____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Orientadora: Dra. Soraneide Soares Dantas

_______________________________________

1° Examinador (a)

__________________________________________

2° Examinador (a)

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

Aos docentes da UFRN por terem deixado grandes contribuições durante minha

graduação.

A professora Soraneide Soares Dantas pelo tempo dedicado a organização e

orientação deste Trabalho de Conclusão de Curso.

A minha mãe, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

Ao meu namorado pelo incentivo e apoio nos momentos de produção deste

trabalho.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu

muito obrigada.

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SUMÁRIO

RESUMO 06

I - INTRODUÇÃO 07

1. Considerações Iniciais 09

2. O planejamento e a organização escolar 12

III – O PLANEJAMENTO E A PRÁTICA EDUCATIVA 14

1. O papel do coordenador pedagógico no planejamento de ensino 18

2. Elementos do planejamento 19

IV - DESENVOLVIMENTO DA DOCÊNCIA E DEMONSTRAÇÃO

DOS RESULTADOS 23

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29

VII – ANEXOS 31

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RESUMO

Este artigo se baseia na experiência de estágio feita durante a graduação em Pedagogia

na Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, realizado em uma escola

particular localizada na cidade de Natal, Rio Grande do Norte. A experiência foi como

estagiária do 2° e 4° ano do Ensino Fundamental I no turno matutino, respectivamente

nos anos de 2014 e 2015. O objetivo desse trabalho é a investigação da prática

pedagógica e a importância do planejamento dos professores junto ao coordenador

pedagógico no sentido de planejar e executar ações coletivas na superação dos

problemas, inserindo no planejamento ações e metodologias inovadoras, diversificando

as técnicas de ensino para melhor atender as necessidades dos discentes e em

consequência disso a melhoria no processo ensino e aprendizagem. Trata- se de um

artigo bibliográfico que teve como referência a análise da prática docente e a revisão da

literatura pertinente. O trabalho está dividido em quatro partes. Discute, inicialmente, a

importância do planejamento para organização escolar e finaliza com o

desenvolvimento da docência e a demonstração dos resultados. Destacando o grau de

importância do planejamento elaborado na perspectiva de interesse do aluno,

acompanhamento da gestão no ato de planejar, reflexão e avaliação da prática docente.

PALAVRAS-CHAVE:

Planejamento. Prática Docente. Estágio.

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I – INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta uma breve analise acerca da importância do ato de

planejar, fazendo ponte com a experiência no estágio remunerado, nas turmas de 2° e 4°

ano do Ensino Fundamental I, em uma escola da rede privada. O estudo se atém aos

anos letivo de 2014 e 2015.

Durante o Estágio, como graduanda tive a oportunidade de aprender e

compreender o significado da docência. Além disso, pude despertar um olhar reflexivo

para o cotidiano da escola (seu funcionamento, ter contato com a sala de aula, quem são

os alunos de hoje, como funciona a gestão da escola, como se dá a relação ensino –

aprendizagem, como é a prática do professor, como ocorre a elaboração do

planejamento). O estágio me deu a certeza que teoria e prática devem caminhar juntas,

possibilitando reflexões amcerca da profissão docente e na construção da identidade

profissional de educador. Diante dessas reflexões, despertei o interesse pela forma de

como ocorria a elaboração do planejamento nessa escola particular. A partir das

observações vivenciadas no estágio e sabendo da importância do planejamento para o

sucesso das aulas e aprendizagem do aluno, me motivei a fazer esse trabalho.

Propõe-se neste artigo uma reflexão voltada para questões que se colocam como

centrais na perspectiva de um planejamento com a participação dos docentes junto a

coordenadora pedagógica. Perspectiva essa que requer a tomada de decisão e a opção

por práticas pedagógicas dialógico-reflexivas que evitem ao máximo, posturas

meramente reprodutoras. Educação emancipadora objetiva a formação de seres

humanos autônomos, conscientes, capazes de conviver com a diversidade, de tomar

decisões éticas que valorizem não apenas o plano individual, mas também as

necessidades da coletividade.

Para nortear a reflexão a cerca do planejamento das aulas, busquei as

contribuições de Libâneo, Masseto, Padilha, entre outros teóricos que dão compreensão

da base teórica a cerca da importância do planejamento, bem como a forma de

elaboração e sua estrutura.

Este trabalho está dividido em quatro partes. Inicialmente faço uma

contextualização sobre questões que abordam a importância do planejamento para

organização escolar. A segunda parte compõe de reflexões acerca da prática educativa,

mostrando a relevância do ato de planejar e as contribuições importantes do

coordenador pedagógico para o planejamento de ensino. Em seguida, detalho os

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elementos do planejamento de acordo com os conhecimentos adquiridos na graduação

em Pedagogia. A terceira parte é o desenvolvimento da docência e demonstração dos

resultados. Nesse tópico detalho um pouco mais da minha experiência como estagiaria

nas turmas de 2° e 4° ano. E por fim, as considerações finais, onde apresento as

conclusões e descobertas vivenciadas durante a realização do estudo.

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II - CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO

PARA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

1. Considerações iniciais

O Planejamento de Ensino é um dos elementos que compõem o dia a dia da

escola, por isso refletir sobre a maneira como ele ocorre é também uma atitude

necessária para os profissionais da educação.

Todas as ações e experiências vividas pelo professor são partes da organização

do trabalho pedagógico. Nesse mesmo pensar Masseto (1998, p.183) afirma que “a

expressão do fazer pedagógico comporta vários significados, entre eles está o trabalho

realizado pela escola.” Nesse contexto, refletir a própria prática implica entender o fazer

pedagógico como resultado da interação do professor com seus alunos, em sala de aula

e em outros espaços. É nesse sentido que este fazer torna-se uma ação de toda escola,

num ato de cooperação mútua, tendo em vista o compromisso ético da comunidade

educativa para o sucesso dos discentes.

É importante que na escola seja desenvolvido um trabalho pedagógico com

preocupação em preparar o aluno para as mudanças constantes no mundo em que vive,

prepará-lo para a tomada de atitudes e para o exercício consciente de seus direitos e

deveres, mas principalmente instrumentalizá-lo para o aprendizado escolar, levando-o a

perceber a importância desse aprendizado para sua vida cotidiana. Sendo assim, tem-se

que ter claro o papel do professor em elaborar aulas com planejamento e criatividade,

utilizando recursos variados e contextualizando o conteúdo escolar com o cotidiano

vivenciado pelo aluno. Cabe ainda ao educador, instrumentalizar o aluno para que ele

possa transformar a si, à sua realidade e as pessoas de seu entorno com seu

conhecimento.

Padilha (2001) enfatiza que:

O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão

sobre a ação, “visto que esta tem como características básicas: evitar a

improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear

mais apropriadamente a execução da ação educativa, a partir dos

resultados da avaliação da própria ação, (p. 30)”.

Por outro lado, sabemos que o Coordenador Pedagógico tem um papel essencial

na articulação de um espaço coletivo de debate com a equipe de trabalho acerca do

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planejamento escolar. Só a partir dessa interação o coordenador promove um ambiente

de estudo, reflexão e ações. Portanto, percebemos que o trabalho do coordenador

pedagógico está relacionado diretamente à prática do planejamento, ou seja, no

acompanhamento sistemático da prática pedagógica dos professores, visando à

qualidade no processo de ensino e aprendizagem, orientando-os a compreender, criar e

organizar situações de aprendizagens adequadas às necessidades educacionais dos

alunos. Quem coordena deve buscar de maneira integrada e articulada reunir esforço

coletivo da equipe de trabalho para atingir os objetivos e metas estabelecidas.

A escola na qual eu estagiei, tem sua estrutura física composta por nove salas de

aula, um laboratório de informática, piscina, parque, ginásio. Uma equipe de professores

polivalentes dividida em seis professoras do turno matutino e três do turno vespertino;

duas professoras de inglês, sendo uma da manhã e outra da tarde; uma professora de

artes para os dois turnos; uma coordenadora pedagógica para manhã e tarde; uma

coordenadora de disciplina para manhã e tarde; uma psicóloga e uma diretora geral que

atuam nos dois turnos, também. Essa escola prega como missão educativa e função

político-social: contribuir com a sociedade norte-riograndense, ofertando uma educação

de qualidade, voltada para a formação de crianças, assegurando o desenvolvimento

integral do aluno em seu processo de construção de si mesmo, para que o aluno se torne

um ser humano sensível, crítico, responsável, participativo, cooperativo, solidário,

autônomo, ético e apto a se integrar ao mundo do trabalho. Comprometido com a

preservação e o cuidado com a natureza e o meio ambiente, de modo a garantir

sustentabilidade e a qualidade de vida de todos os seres e do planeta como um todo.

Nesse estágio remunerado, eu tive oportunidade de fazer relação entre a teoria e

a prática. Tornando esses dois anos, um momento de construção, de reflexão e de troca

de saberes com a comunidade escolar.

Ao iniciar o estágio do curso de pedagogia, os graduandos tem a ansiedade de

estar em contato com a escola, o seu ambiente de trabalho e atravessar a ponte da

academia para a realidade da sala de aula, e assim, colocar em prática a relação com a

teoria. Nesse sentido, Selma Pimenta (2004), diz que uma das finalidades do estágio é

propiciar ao aluno/professor uma aproximação com a profissão que atuará,

possibilitando dialogar a partir da prática com as teorias e saberes adquirido.

No entanto, esse encontro entre a teoria (o estagiário) e a prática (o exercício da

profissão) nem sempre é amigável, pois os graduandos chegam à escola com os

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conhecimentos adquiridos na academia prontos para colocar em prática, Mas, não têm

oportunidade de interferir nem participar de momentos importantes, como por exemplo,

a elaboração do planejamento, como foi o meu caso. Nesse contexto, conheci também

alguns professores desmotivados e desacreditados com a profissão, que na primeira

oportunidade desmotivam o estagiário.

O estágio se caracteriza por colocar o aluno em contato com a prática visando

estabelecer relações entre a teoria e prática. Segundo Selma Pimenta (2004) não é um

momento de receitas prontas ou imitação de modelos, mas de reflexão sobre as

situações da sala de aula, é um momento de pesquisa.

No estágio não-obrigatório, remunerado, as inquietações vivenciadas durante

todo o curso vieram à tona, foi nesse momento que apareceram os dilemas, onde muitas

vezes foi difícil escolher entre múltiplas possibilidades, a melhor ação ou atitude para

atuar em determinada situação. A experiência me apresentou elementos discursivos,

dinamização de outros saberes e a indignação que pode ser o propulsor para me

subsidiar como educador com um diferencial a mais, um professor reflexivo. A vivência

com os alunos, os problemas apresentados na escola, os dilemas vivenciados pelos

professores, serviram para enriquecer minha formação quanto pedagoga.

Segundo Pimenta,

Nessa perspectiva, a pesquisa é componente essencial das práticas de estágio,

apontando novas possibilidades de ensinar e aprender a profissão docente,

inclusive para os professores formadores, que são convocados a rever suas

certezas, suas concepções do ensinar e do aprender e seus modos de

compreender, de analisar, de interpretar os fenômenos percebidos nas

atividades de estágio. Assim o estágio torna-se possibilidade de formação

contínua para os professores formadores (PIMENTA, 2004, p. 114).

Nesse sentido, um professor pesquisador é de suma importância para um melhor

desenvolvimento do seu trabalho, fundamental para o aperfeiçoamento da prática. Nesse

processo a ação reflexão gera uma ação reflexiva.

Entende-se então que o estágio não é um minicurso preparatório para estudantes

de licenciatura, não é apenas uma reafirmação da nossa escolha de curso. Vai muito

além disso, é através da experiência a docência que podemos refletir nossa práxis e

perceber se conseguimos alcançar nossos objetivos quanto o ato de educar que

esperamos ter.

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Portanto, diante do que foi visto, percebe-se que como estudante de Pedagogia,

passei durante o processo de formação por muitas aprendizagens, dilemas e desafios.

Um dos dilemas encontrados na minha experiência tanto no 2° como no 4° ano, foi

acerca da elaboração do planejamento de aula. Falarei sobre esse desafio no decorrer

desse artigo.

2. O planejamento e a organização escolar

A ideia de planejamento é discutida amplamente em nosso cotidiano, planejamos

quais ações desenvolveremos em nosso dia, planejamos como será nossa casa, como

serão as nossas férias. No ambiente educacional não pode ser diferente, o planejamento

é a base sólida do sucesso das ações tanto intra como extra-sala de aula.

Para Moretto (2007), planejar é organizar ações. Essa é uma definição simples,

mas que mostra uma dimensão da importância do ato de planejar, uma vez que o

planejamento deve existir para facilitar o trabalho tanto do professor como do aluno.

Na escola privada, onde tive minha primeira experiência com a prática docente

do ensino fundamental I, o planejamento acontecia em períodos semanais, sem

acompanhamento da coordenação e sem reuniões, apenas os professores faziam seu

planejamento em casa ou no momento das aulas extras (artes, inglês), como julgassem

necessário. Logo, percebi a importância do acompanhamento sistematizado do

planejamento na escola. Pois, não se tinha oportunidade de discutir em reuniões de

planejamento, uma vez que as reuniões só existiam no início do ano letivo.

No ano de 2014, o planejamento das atividades do 2° ano do Ensino

Fundamental era pautado no tema de aniversário da escola. A partir dessa temática

acontecia uma feira de mostra de conhecimentos sobre a história da escola. Já no ano de

2015, o tema norteador foi Luz: energia da vida, tanto para turma do 4° ano, como para

as demais turmas. A partir destes temas os professores tinham que elaborar atividades

que de forma contextualizada abordasse essa temática. Percebi que para conseguir dá

conta dessa demanda, os professores tiveram que se desdobrar, pois, tinham muitos

livros didáticos para serem cumpridos do início ao fim. Então, o tema norteador ficava

um pouco de lado, deixando a desejar nessa prática.

A função da Escola é instruir; passar o conhecimento acumulado por várias

gerações; trabalhar valores universais como companheirismo, cooperação,

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solidariedade, entre outros. Também é função da escola propiciar situações de

aprendizado ao aluno, para que ele, como sujeito, busque seu conhecimento através de

incentivos e motivos para estar ali e participar de maneira ativa e dinâmica, construindo

seu aprendizado tornando assim a sociedade de fato mais democrática, com cidadãos

letrados, alfabetizados, reflexivos, com condições reais de exercerem sua participação e

cidadania conhecendo melhor seus direitos e deveres. Para que essas funções saiam do

papel e sejam realmente cumpridas, faz-se necessário um bom planejamento das aulas.

Pois, é o planejamento de sala de aula que desemboca na prática do professor e do

aluno. Por isso, exige muito compromisso associado a algumas limitações e

possibilidades.

No que se refere ao aluno, a turma do 2° ano do EF era formada por 27 crianças,

de 7-8 anos. No 4° ano, tinham 30 crianças de 9-10 anos. Os alunos pertenciam a classe

media de Natal. A turma do 2° ano era uma turma mais calma, mais contida. Já no 4°

ano, os alunos eram mais agitados, alguns indisciplinados, mas a maioria participativo.

Percebi que a partir do planejamento, o professor tinha como prender a atenção e

interesse da turma. Uma vez que, suas aulas fossem bem planejadas e pautadas no

interesse dos alunos. Pois, em um planejamento é importante o educador ater para a

metodologia que será utilizada no desenvolvimento de sua ação, adequando ao contexto

e sua realidade, para que no processo de ensino aprendizagem aconteça sucesso na

execução da atividade. O uso diversificado de metodologias proporciona alcançar êxito

no fazer pedagógico.

Para Libâneo, (2004), o planejamento é uma prática de elaboração conjunta dos

planos e sua discussão pública, é um processo contínuo de conhecimento e análise da

realidade escolar em suas condições concretas, de busca de alternativas para solução de

problemas e de tomada de decisões. O planejamento deve ser flexível, ou seja, deve

permitir ajustes nos objetivos e nas estratégias durante a sua execução, tendo em vista

que possui caráter processual e é uma atividade permanente de reflexão e ação. Dessa

forma, o processo de planejamento da escola deve ser visto como um mecanismo que

pode contribuir para a superação do imobilismo da comunidade escolar e para o

desenvolvimento da ação coletiva.

Diante dessa teoria, percebi que lá na escola os planejamentos eram rígidos, pois

a prática era baseada no conteúdo do livro didático, ainda que no início do ano ficasse

definido um tema norteador, os professores não conseguiam conciliar com o livro

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didático, já que não podiam fazer alterações nas suas aulas. Pois, existia uma regra

determinada pela gestão da escola que era concluir tal unidade do livro didático, até

uma data prevista. Porque, eram essas páginas que deveriam estar feitas para os alunos

estudarem para avaliação. Ou seja, não havia flexibilidade, mudanças, quando

necessário.

III- O PLANEJAMENTO E A PRÁTICA EDUCATIVA

Sabe-se da importância do planejamento, pois, ele é um norteador para a prática

do professor. Através dele, o professor já tem uma noção do que vai executar durante

cada aula, dar os encaminhamentos, sabendo como é a forma que vai avaliar. “A

educação, a escola e o ensino são os grandes meios que o homem busca para poder

realizar o seu projeto de vida. Portanto, cabe à escola e aos professores o dever de

planejar a sua ação educativa para construir o seu bem viver.” (MENEGOLLA &

SANT’ANNA, 2001, p.11)

A citação acima deixa clara a importância tanto da escola como dos professores

na formação humana; por este motivo todas as ações educativas devem ter como

perspectiva a construção de uma sociedade consciente de seus direitos e obrigações

sejam eles individuais ou coletivos.

Torna-se importante perceber que a clareza no conceito do planejamento

proporciona maior liberdade e mais autonomia do sujeito professor, quanto menor for a

conceitualização de planejamento, maior será a necessidade de receitas prontas e

modelos a seguir.

A partir desta concepção sobre a importância do planejamento, podemos inferir

que lá na escola o planejamento só orientava a prática do professor, orientar no sentindo

de disseminar um roteiro para as aulas. Não posso dizer que o planejamento auxiliava os

pais em reuniões semestrais, contribuía para conflitos encontrados na turma, nem para

auxiliar aquele aluno com dificuldades na aprendizagem. Não havia um trabalho

conjunto, junto à coordenação, psicólogos, quando fosse necessário. Certa vez, uma

situação me chamou atenção, um aluno que não era da minha turma, não ficava dentro

da sala de aula de jeito nenhum. Dizia mesmo que odiava a aula, não gostava da

professora, etc. Todos da escola taxavam o aluno de rebelde, mal educado. E eu pensei:

será que se as aulas fossem diferentes, fugissem do tradicional, o professor conseguiria

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manter esse aluno na turma? Acredito que sim, mas o importante para todos naquele

momento, era fingir que esse aluno não existia, pois, ele era quem prejudicava o

andamento das aulas.

Para Gandin (2007) a experiência não vem de se ter vivido muito, mas de se ter

refletido intensamente sobre o que se fez e sobre as coisas que aconteceram. Para que as

aulas tenham significado e os professores tenham sucesso no seu trabalho é necessário

que façam a ação reflexão do trabalho que desenvolve com seus alunos tentando buscar

a melhora.

A partir da visão reflexiva proposta por Gandin, pude perceber que lá na escola,

a equipe não estava composta por professores que refletem sobre as coisas que

acontecem na sala de aula. Alguns conflitos, dificuldades de aprendizagem, não os

faziam refletir sobre sua prática ou reavaliar seu planejamento. Muito pelo contrário,

alguns professores antigos, com muita experiência, acreditavam que os anos de

experiência vale mais do que a reflexão da prática ou qualquer teoria que possa ser

aplicada.

Durante o período de estágio, não percebi a preocupação da escola em trabalhar

com os professores durante reuniões de planejamento a prática da avaliação. Tais

reuniões que deveriam acontecer constantemente, não ocorriam de forma pontual e com

caráter avaliativo. Muito pelo contrário, só havia reunião, para chamar atenção de algo

que tivesse sido queixa de algum dos pais dos alunos.

Dessa forma, o resultado do rendimento da turma do 2° ano não foi muito bom,

alguns alunos que precisavam de um olhar mais especial, passaram de ano prejudicados,

por não ter tido esse olhar. Era preciso ter feito uma avaliação do planejamento das

aulas e modificar aquilo que não estava surtindo efeito para turma, ou maior parte dela.

Já no 4° ano, o rendimento da turma foi melhor, pois, apesar da falta de apoio da

coordenação, a professora tinha um olhar especial e se preocupava bastante com sua

turma. Dessa forma, a professora refazia suas aulas e adaptações na sala, na medida do

possível, mesmo fugindo da proposta ditada pela escola, já que a escola não dava

autonomia para os professores trabalharem da forma em que acreditavam ser certa,

ainda assim, de alguma forma ela tentava aplicar sua metodologia, deixando sua aula

mais atrativa e prazerosa e acompanhava cada aluno que precisava de mais atenção,

contando com minha ajuda como auxiliar. Pois, era uma turma de trinta alunos, sendo

um disléxico e vários com lacunas na aprendizagem de conteúdos do 2° e 3° ano. Uma

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novidade nesse ano de 2015, foi a inserção do uso do tablet em algumas aulas. Isso

causou bastante entusiasmo as crianças. Mas, o aplicativo utilizado era o livro didático

digitalizado.

Algo que me chamou atenção e que eu acho que prejudica o rendimento das

aulas e a prática docente é o fato que, lá na escola, o planejamento é embasado apenas

no livro didático adotado pela escola, não importando se os conteúdos têm ou não

significados para os alunos ou se tem a ver com a realidade deles. O que interessa aos

gestores é seguir o livro didático do início ao fim para que quando chegue o final do ano

letivo, não tenha página sem responder. Os professores se conformam com o que é dito

pela gestão da escola, pois, para eles é até mais fácil ter tudo prontinho no livro didático

e não precisar planejar suas aulas e sim apenas preencher uma “ficha de planejamento”

com as páginas e matérias que serão realizadas em tal dia. Na minha graduação, eu

aprendi que o livro didático deve ser apenas um guia para as aulas, um apoio, não se

pode deixar o livro assumir o papel do professor.

Percebi que o planejamento ainda é algo ditador e ainda não é visto como algo

democrático desencadeador de inovações. Para ser democrático precisa da participação

e opinião de todos que compõe o corpo docente. Quando digo ditador, me refiro ao fato

de que, é algo que é imposto, faz porque tem que fazer e não por achar necessário e

entender sua importância.

Para Luckesi (2001, p.108):

O planejamento não será nem exclusivamente um ato político-

filosófico, nem exclusivamente um ato técnico; será sim um ato ao

mesmo tempo político-social, científico e técnico: político-social, na

medida em que está comprometido com as finalidades sociais e

políticas; científicas na medida em que não pode planejar sem um

conhecimento da realidade; técnico, na medida em que o planejamento

exige uma definição de meios eficientes para se obter resultados.

O ato de planejar não pode priorizar o lado técnico em detrimento do lado polí-

tico-social ou vice-versa, ambos são importantes. Por este motivo, devem ser muito bem

pensados ao serem formulados visando à transformação da sociedade.

Para o professor responder as demandas relacionadas ao aprendizado do aluno,

deve integrar o conhecimento com os princípios da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação - LDB (Brasil, 1996). Cumprir a sua função educativa é um ato de construção

contínuo e não isolado, o percurso se faz junto aos alunos, sustentando a partir da

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abertura para o novo, com flexibilidade e autonomia para ambos os lados: valorizando o

trabalho, a ciência, a tecnologia e respeitando à condição humana.

O planejamento é um instrumento que ajuda o professor a perceber a realidade,

através de um processo de avaliação, baseado em um referencial futuro. Para isso, ele

deve ser elaborado de acordo com o contexto social do aluno e os fatores externos do

ambiente. Somente através de um planejamento rigoroso pode-se organizar, delimitar e

objetivar uma intervenção adequada.

Nos conhecimentos adquiridos na disciplina de Didática, no curso de Pedagogia,

aprendi que os momentos do planejamento devem acontecer através da: avaliação;

levantamento do processo das hipóteses do planejamento (especificando objetivos

gerais e específicos das atividades, envolvendo matérias, tempo e espaço);

acompanhamento do desenvolvimento da ação planejada: conferindo sua adequação ou

não, suas possíveis mudanças; avaliação reflexiva do produto conquistado;

replanejamento. Na minha experiência no 2° e 4° anos do Ensino Fundamental eu pude

me deparar com realidades bem diferentes do que aprendi com os professores da

graduação e com o que dizem alguns autores acerca de como deve acontecer o

planejamento. Pois, o planejamento que vivenciei na escola, não era dividido nesses

momentos, não havia levantamento das hipóteses, não havia a especificação de

objetivos gerais e nem específicos. Como podemos observar nos anexos, ao final deste

trabalho. Não havia acompanhamento nenhum para as ações planejadas e nem sequer o

planejamento passava por mudanças, ainda que consideradas necessárias. O que

acontecia era que o professor fazia um apanhado geral dos conteúdos dispostos no

material didático e confrontava com o tempo que tinha disponível para ensinar esses

conteúdos aos alunos e a partir desses dados divide-os atribuindo a este ato

erroneamente o nome de plano de aula.

Muitas vezes os professores trocam o que seria o seu planejamento pela

escolha de um livro didático. Infelizmente, quando isso acontece, na maioria

das vezes, esses professores acabam se tornando simples administradores do

livro escolhido. Deixam de planejar seu trabalho a partir da realidade de seus

alunos para seguir o que o autor do livro considerou como mais indicado

(MEC, 2006, p. 40)

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1. O papel do coordenador pedagógico no planejamento de ensino

O gestor escolar, de forma interdisciplinar e com um trabalho coletivo, promove

os caminhos para uma educação emancipadora. Para a promoção desta educação

emancipadora o gestor deve considerar em sua atividade, segundo Ferreira e Aguiar

(2001), a ética, um relacionamento de cooperação e interdependência, saber mediar os

conflitos, ter uma visão ao todo, reconhecer que o objetivo do seu trabalho é o

conhecimento. Dessa forma, o coordenador contribui para o desenvolvimento de um

bom planejamento junto com os professores, fazendo reuniões semanais, avaliando e

replanejando junto com os docentes, apresentando propostas pedagógicas que

enriqueçam a prática educativa.

O trabalho do coordenador pedagógico é determinante para o sucesso no

processo de ensino aprendizagem. Pois, uma vez que esse coordenador ajuda, interfere,

participa da elaboração do planejamento de aula, ele está contribuindo para o sucesso da

aprendizagem dos alunos. O acompanhamento na fase de preparação do planejamento

assegura a sistematização, o desenvolvimento e a concretização dos objetivos previstos.

Na graduação em Pedagogia, eu aprendi que é de ordem e obrigação do

coordenador garantir a realização semanal do horário de trabalho pedagógico coletivo;

organizar encontros de docentes por área e por série; dar atendimento individual aos

professores; fornecer base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas; conhecer o

desempenho da escola em avaliações externas. Mas, na prática não foi isso que eu

vivenciei. Eu me deparei com uma coordenadora pedagógica pouco acessível e

participativa. Talvez ela não estivesse bem preparada para o seu real papel, ou até

mesmo não sabia qual é sua importante função. Em alguns momentos percebi que, a

coordenadora ficava sobrecarregada de muitas tarefas como, por exemplo: substituir o

professor que faltou; atender uma demanda grande de pais; supervisionar as salas de

aula para averiguar o trabalho dos professores e estagiários. E diante dessas várias

demandas que iam parar nas mãos da coordenadora pedagógica, acabava não dando

conta de auxiliar os professores e apresentar propostas de planejamento, bem como

ouvir as angústias e queixas a respeito do que estava funcionando ou não na sala de

aula. Dessa forma, o planejamento era elaborado apenas pelos professores, não tendo

acompanhamento da coordenação, gerando como consequência professores

desestimulados por não terem apoio e nem orientação necessária e um planejamento

superficial, sem objetivos a serem alcançados. Quando na verdade, o coordenador

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deveria mediar a competência docente. Considerando o saber, as experiências, os

interesses e o modo de trabalho dos professores, criando condições para direcionar a

prática e disponibilizando recursos para auxiliá-los.

2. Elementos do planejamento

O objetivo deste tópico é destacar a relevância dos elementos que compõem um

bom planejamento. Baseado nos conhecimentos adquiridos na graduação, eu aprendi

que um bom planejamento, deve está bem estruturado, contendo: estrutura didática;

temática; objetivos, gerais e específicos; conteúdos e avaliação.

2.1 Estrutura Didática

Compreende organizar e desenhar a estrutura básica do plano de aula a ser

desenvolvido. Consiste em orientar para ação, sendo que o plano é uma estrutura de

decisões quanto aos fins e meios, apresentando os objetivos e metodologia.

Para isso, o professor deve planejar, coordenar, dirigir e avaliar todas as

atividades por meio de uma dimensão educacional crítica, politica, ética e social, que

seja dinâmica e contínua.

“A culminância, ou melhor, o resultado do processo de planejamento da ação

docente é o plano didático. Em geral, o plano didático, assume a forma de um

documento escrito, pois é o registro das conclusões do processo de previsão das

atividades docentes” (HAYDT, p. 99).

Nos planejamentos anexados ao final deste trabalho, podemos perceber que a

estrutura apenas orienta o professor a cumprir determinadas ações. Mas não apresenta

objetivos e nem metodologia.

2.2 Temática

O tema da aula deve estar inserido no conteúdo programático do curso e

vinculado ao objetivo geral do mesmo. Deve refletir a realidade, podendo apresentar-se

de forma abrangente ou específica.

Na minha realidade de estágio, a temática não refletia na realidade do aluno.

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2.3 Objetivos

Consiste na organização de conteúdos orientando procedimentos que

circunscrevem e antecipam possíveis resultados. Apresenta também a função de facilitar

a avaliação diagnóstica do trabalho conjunto do professor e dos alunos.

Os objetivos devem ser formulados de forma clara, dos mais simples para o mais

complexo de maneira concreta e prática, mantendo sequência lógica e assegurado a

inter-relação entre os mesmos. Os verbos devem ser escritos no infinitivo, serem

passíveis de medição, com termos precisos evitando várias interpretações. Deve atender

os diferentes níveis do domínio cognitivo (conhecimento, compreensão, aplicação,

análise, síntese e avaliação); afetivo, psico-motor e adaptativo- social, descrevendo os

resultados educacionais possíveis de serem observáveis.

A validade, a precisão e o significado dos objetivos estão vinculados ao

conteúdo programático, ao período específico de tempo disponível e principalmente ao

preparo dos alunos para aprendizagem. Do ponto de vista de seu valor intrínseco deve

apresentar, as seguintes características: relevância: realismo; congruência e

compatibilidade.

Para articularmos os valores gerais da educação (concepção de educação) com as

aprendizagens dos conteúdos programáticos e as atividades que o professor pretende

desenvolver na sua aula, devemos elaborar os objetivos gerais e os específicos. O

objetivo geral expressa propósitos mais amplos acerca da função da educação, da

escola, do ensino, considerando as exigências sociais, do desenvolvimento da

personalidade ou do desenvolvimento profissional dos alunos. O objetivo específico,

expressa as expectativas do professor sobre o que deseja obter dos alunos no processo

de ensino.

Ao iniciar o planejamento, o professor deve analisar e prever quais resultados ele

pretende obter, com relação à aprendizagem dos alunos. Esta aprendizagem pode ser da

ordem dos conhecimentos, habilidades e hábitos, atitudes e convicções, envolvendo

aspectos cognitivo, afetivo, social e motor. Os objetivos específicos devem estar

vinculados aos objetivos gerais, e retratar a realidade concreta da escola, do ensino e dos

alunos. Correspondem às aprendizagens de conteúdos, atitudes e comportamentos.

Diante desses conhecimentos, eu percebi que no planejamento da escola onde eu

tive experiência, não ficava claro quais os objetivos deveriam ser alcançados. Assim, o

professor não sabia onde queria chegar e o que almejava com sua turma. Talvez, esteja

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ai a explicação do fato que algumas crianças não avançam na educação. Por não

encontrar prazer, significado nos conteúdos escolares.

Segundo Masetto (1997), os objetivos indicam aquilo que o aluno deverá ser

capaz como consequência de seu desempenho em atividades de uma determinada

escola, série, disciplina ou mesmo uma aula.

2.4 Seleção e organização dos conteúdos escolares

Os estudos da Didática contribuem com o professor, oferecendo possibilidades

de escolher o que ensinar, para que o aluno aprenda e descubra como aprendeu. Essa é

uma habilidade que requer conhecimento e um compromisso com a realidade do aluno.

Neste sentido, o professor deve ter conhecimento do presente e perspectivas de futuro,

tanto pessoal como dos alunos. A seleção dos conteúdos que farão parte do ensino é

uma tomada de decisão carregada de intencionalidades. É da responsabilidade do

professor escolher os conteúdos que desenvolverão aprendizagens nos alunos para que

estes expliquem a realidade conscientemente.

Veja o que escreve o professor Libâneo sobre os conteúdos de ensino:

Conteúdos de ensino são o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos,

modos valorativos e atitudinais de atuação social, organizados pedagógica e

didaticamente, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação pelos alunos na

sua vida prática. Englobam, portanto: conceitos, idéias, fatos, processos,

princípios, leis científicas, regras; habilidades cognoscitivas, modos de

atividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de estudos, de

trabalho e de convivência social; valores convicções, atitudes. São expressos

nos programas oficiais, nos livros didáticos, nos planos de ensino e de aula,

nas atitudes e convicções do professor, nos exercícios nos métodos e forma

de organização do ensino. Podemos dizer que os conteúdos retratam a

experiência social da humanidade no que se refere a conhecimentos e modos

de ação, transformando-se em instrumentos pelos quais os alunos assimilam,

compreendem e enfrentam as exigências teóricas e práticas da vida social.

Constituem o objeto de mediação escolar no processo de ensino, no sentido

de que a assimilação e compreensão dos conhecimentos e modos de ação se

convertem em idéias sobre as propriedades e relações fundamentais da

natureza e da sociedade, formando convicções e critérios de orientação das

opções dos alunos frente às atividades teóricas e práticas postas pela vida

social (1994, p.128-129).

Desta forma, os conteúdos de ensino junto com a metodologia são responsáveis

pela produção e elaboração das aprendizagens e dos saberes na escola. Libâneo (1991)

acrescenta que escolher os conteúdos de ensino não é tarefa fácil; por isso, quanto mais

planejado, ordenado e esquematizado estiver mais os alunos entenderão a sua

importância social; porém, a seleção e a organização dos conteúdos não se confundem

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com uma mera listagem. Cabe ao professor selecionar e organizar o conteúdo

devidamente planejado para atender às necessidades dos seus alunos. Conteúdos de

ensino bem selecionados devem atender aos critérios de validade, flexibilidade,

significação, possibilidade de elaboração pessoal; sem esses critérios, o professor corre

o risco de escolher conteúdos sem relevância para seus alunos. Lá no estágio o processo

de seleção de conteúdos para o 2° e 4° ano, ocorriam a partir do livro didático. O

conteúdo contido no livro era o conteúdo que seria seguido pelos professores. Ou seja, o

livro didático que era pra ser apenas um norteador de questões a serem seguidas, era

quem determinava o conteúdo do ano letivo. Assim, nem sempre havia significado dos

conteúdos, não existia uma flexibilidade para alterar tais conteúdos que não tivesse a ver

com as características da turma.

2.5 A avaliação da aprendizagem

A avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino – aprendizagem, e

não uma etapa ou momento isolado. Faz parte da metodologia de ensino, está

diretamente imbricada com os objetivos, os conteúdos e os procedimentos

metodológicos expressos no planejamento e desenvolvidos no decorrer do ensino.

A partir das definições das principais etapas que devem conter um planejamento,

o professor já tem condições necessárias para fazê-lo e utilizá-lo adequadamente. A

avaliação da aula deve ser contextualizada de acordo com a concepção do sujeito e do

mundo, podendo ocorrer diferentes momentos com finalidades distintas. Pode ter o

propósito de levantar necessidades (avaliação diagnóstica), acompanhar o processo

(avaliação formativa) e verificar o produto (avaliação somativa), que compõem a

avaliação do processo de ensino aprendizagem deve estar presente em todo

planejamento. Dias, Galiazzi e Thomaz (1996), lembram ainda que ela pode ser

concebida como problematização, questionamento e reflexão sobre a ação, entre outras

modalidades.

No estágio, os professores não usavam fichas de acompanhamento do

rendimento do aluno. As avaliações eram feitas duas vezes ao mês, impressa em folha,

com questões estudadas a partir dos livros didáticos. Sendo a primeira avaliação

valendo cinco e a segunda dez. Os conteúdos abordados eram aqueles estudados até

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aquele momento da avaliação. Os professores mandavam pra casa o roteiro com as

páginas do livro a serem estudadas para a prova.

IV- DESENVOLVIMENTO DA DOCÊNCIA E DEMONSTRAÇÃO DOS

RESULTADOS

A participação de todos os envolvidos no dia-a-dia da escola nas decisões sobre

os seus rumos, garante a produção de um planejamento no qual estejam contemplados

os diferentes "olhares" da realidade escolar, possibilitando assim, a criação de vínculos

entre pais, alunos, professores e gestão. A presença do debate democrático possibilita a

produção de critérios coletivos na orientação do processo de planejamento, que por sua

vez, incorpora significados comuns aos diferentes agentes educacionais, colaborando

com a identificação desses com o trabalho desenvolvido na escola; favorecendo a

execução de ações através de compromissos construídos entre aqueles diretamente

atingidos pelo planejamento educacional. Nesse sentido, a participação deve ser

entendida como um processo de aprendizagem que demanda espaços sociais específicos

para a sua concretização, tempo para que ideias sejam debatidas e analisadas, bem

como, e principalmente, o esforço de todos aqueles preocupados com a formação do

cidadão e de uma escola verdadeiramente democrática.

Nessa minha experiência no Ensino Fundamental, tanto no 2° quanto no 4° ano,

o que mais me chamou atenção foi a forma como os professores planejam. Mesmo não

podendo participar dos momentos de planejamento nessa escola da rede privada, passei

a observar e perguntar como ocorria essa prática. Como estagiara, apenas recebia o

planejamento impresso para poder acompanhar a aplicação durante as aulas. Mas,

procurei verificar se os professores planejavam, de que forma faziam: coletiva ou

individualmente; se discutiam; se estudavam; se refletiam a própria prática; como se

preparavam e em que se apoiavam, enfim, busquei compreender o que se passava

durante as ações que antecedem a elaboração do planejamento e sua aplicação efetiva

junto aos alunos.

No que concerne às questões postas sobre o planejamento, destaquei aquelas de

fundamental importância para minha análise. Existe um planejamento das práticas

pedagógicas? Qual o grau de envolvimento e de participação? Dedica-se um momento

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específico, no calendário escolar, para o planejamento das atividades constitutivas do

currículo? Os professores têm autonomia ou devem se submeter às decisões dos outros

“atores” (direção, pais, equipe pedagógica, supervisão), na construção do planejamento?

As experiências e práticas dos professores estão contempladas na elaboração do

planejamento ou este é apenas um instrumento institucional?

Nessa análise das observações no que se refere à maneira de elaborar o

planejamento, me fez perceber, que as professoras fazem o planejamento sozinhas, não

recebem qualquer orientação da supervisora e não têm a ocasião ou oportunidade de

trocar ideias com os colegas.

Ocorre dessa forma, não por opção das docentes, mas sim, por ausência da

coordenação pedagógica. As professoras contam com o apoio da coordenadora

pedagógica, mas não tem sucesso nessa orientação. Então, terminam mesmo elaborando

seu próprio plano individual em casa e apenas compartilhando por e-mail com as

colegas do grupo da mesma turma. Elaboram seu planejamento, sem apoio da

supervisão ou de colegas da escola, se baseando apenas nos livros didáticos. Inclusive,

uma vez conversando com uma das professoras, eu perguntei qual era o referencial dela

para elaboração do planejamento, ela respondeu que é o livro didático e sua consciência.

É preciso ressaltar que embora eu tenha percebido que essas professoras tenham

consciência de que precisam seguir certas diretrizes, elas usam apenas o livro didático

como guia, sempre de maneira que não fujam demasiadamente do que é prescrito pela

direção do estabelecimento escolar. Que é somente seguir a risca o livro didático, todas

as páginas, assuntos e atividades. Segundo Torres (1998), a escolarização sustentada

pelos livros didáticos é um contrassenso, pois na medida em que nesse recurso

encontra-se tudo o que cada estudante tem de recordar para passar de ano, este poderia

deixar de ir a instituição escolar e dedicar-se à memorização de tais livros, sem precisar

do corpo docente. Em um processo educacional no qual os livros didáticos têm a única e

última palavra, torna-se realidade o conceito de Paulo Freire de “educação bancária”,

este processo de ensino aprendizagem limita-se a transformar meninos e meninas em

acumuladores de conhecimentos. Neste modelo bancário cada estudante é um receptor

passivo, obcecado por armazenar dados na memória.

Percebi que por mais que tenha um determinado horário destinado para

elaboração do planejamento, termina não sendo suficiente. No momento das aulas de

inglês, artes e educação física, fica destinado para que os professores polivalentes se

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reúnam para elaboração do planejamento. Mas, além do tempo não ser suficiente, como

cada um fica responsável por um planejamento de determinada disciplina, termina que

cada professora elabora individualmente o seu plano de aula. Assim, uma elabora o

plano de aula de ciências, outra de português, outra matemática, enviam para o e-mail

da coordenação e a coordenadora imprime. Ou seja, uma professora segue o plano

elaborado por outra professora, sem ter autonomia para questionar ou modificar, embora

muitas vezes ache que não se enquadre para sua turma em um determinado momento. O

plano fica estruturado da seguinte forma: data; dia da semana; disciplina; páginas do

livro didático e uma breve descrição de atividades ou conteúdos a ser estudado. (Anexos

1, 2 e 3)

Eu também pude observar que nessa escola não há um espaço dedicado para a

discussão da prática de ensino, para a troca de ideias e de experiências entre professores,

não há uma reunião oficial com a finalidade de analisar e refletir sobre o planejamento.

O único momento de debate democrático é no início do ano letivo, onde ocorre uma

reunião com coordenadora e os professores do ensino fundamental I. A coordenadora

perguntava aos professores veteranos os pontos bem sucedidos e os considerados

fracassados, com o intuito de deixar de lado aqueles pontos que não obtiveram sucesso

no ano anterior. Nesse momento, os professores eram ouvidos e tinham oportunidade de

se expressarem. Mas, ainda assim, poucos falavam.

Fica determinado pela gestão da escola que no início do ano, os professores

devem estabelecer os planejamentos, primeiro o anual depois o semestral e que deveram

se reunir a cada semana para fazer o planejamento semanal, discutir. Mas, na prática

acontece diferente. Os professores fazem apenas o planejamento semanal.

No final do ano letivo ou semestre não há reunião por nível de ensino para

avaliar o planejamento do ano que terminou, deveria ser diferente, porque o

planejamento é a referencia que o professor tem e deveria ser analisado pelo corpo

docente e gestão para ver o que funcionou ou não, o que deve ser mantido e o que é

preciso modificar.

De acordo com Bruel (2010, p 45)

Há três grandes momentos no processo de planejamento educacional,

que incluem a realização de planos, a execução das ações e a avaliação

dos processos e resultados. Um planejamento exige um

estabelecimento de um diagnóstico da realidade a que se destina [...]

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É importante a criação de um espaço de reflexão e socialização das experiências,

pois, garante maior segurança ao professor que se sente mais à vontade e mais

consciente de sua prática, fazendo com que os professores trabalhem com um espírito de

equipe e, ao mesmo tempo, tendo certa liberdade e autonomia dentro da sala de aula.

Nessa instituição, a coordenadora e mesmo a direção se ocupam de outras

questões, muitas vezes da esfera administrativa, deixando de lado o que se refere ao

pedagógico.

Os professores estão sozinhos porque são abandonados pela coordenação.

Embora exista, a coordenação é ausente ou quase nula e a escola não oferece um espaço

ou um tempo no calendário escolar exclusivo para a troca de experiências, avaliação das

práticas ou elaboração do planejamento. O que me surpreendeu é que poucos são os

professores que se incomodam com isso, pois, para a maioria, sair do tradicional dar

mais trabalho. E aqueles que se preocupam, não questionam sobre isso por medo de

perderem o emprego.

A coordenadora pedagógica é pouco atuante e muito autoritária, daquelas que só

sabe criticar, mas não dá subsídios e nem orienta como deve ser. Neste caso, a situação

é sempre desfavorável para os professores.

Nesse tempo de experiência, conheci apenas uma professora que se julga segura

de sua prática, e, de certa forma, impõe sua autonomia. Mas, não vendo resultados,

pediu demissão da instituição. Pois, em escola de rede privada fica difícil o professor

trabalhar da forma que ele acredita. Porque, o que prevalece é a ordem e ponto de vista

da gestão, do sistema escolar.

Com relação a esse aspecto, Tochon (1989, p. 86), em um artigo sobre

planejamento de aulas trata da autonomia do professor e cita Hashweh, que afirma: “[...]

quanto mais o professor é competente mais ele toma a liberdade na utilização de

manuais escolares”. Nesse sentido, podemos pensar que certa competência favorece a

autonomia do professor em relação ao planejamento, em relação à supervisão ou às

outras imposições da instituição escolar.

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V- CONSIDERAÇÕES FINAIS

As questões levantadas no decorrer do artigo indicam a necessidade de que o

professor e coordenador busquem promover planejamento com objetivos a serem

alcançados e conteúdos que despertem o interesse do aluno. As definições acerca do

planejamento da escola em torno do qual se organiza o fazer pedagógico, poderão estar

voltadas para práticas emancipadoras, se considerarem os sujeitos envolvidos no

processo educacional, bem como o contexto no qual se inserem. A prática educativa se

embasa, pelo ato de planejar do professor junto ao coordenador baseando-se na

realidade dos alunos. Para uma gestão democrática, é preciso garantir a participação e

interesse de todos (professor, coordenador, aluno). Para isso é que se fazem necessárias

reuniões. Se não acontecer dessa forma, continuaremos atribuindo à educação o sentido

e a finalidade de reproduzir, de apenas transmitir informações e conhecimentos

considerados importantes. Por isso, não é concebível que o livro didático assuma o

papel do professor, uma vez que o autor do livro não conhece as características da

turma.

Como já sabemos a prática pedagógica e o planejamento escolar são ferramentas

primordiais no processo de ensino – aprendizagem. Uma vez sendo bem planejadas

favorecem melhorias na qualidade do ensino.

Partindo do principio de que o professor deve ensinar os conteúdos e também

formar o aluno para que ele se torne atuante na sociedade, ele deve organizar seu plano

de aula de modo que o aluno possa perceber a importância do que está sendo ensinado,

seja num contexto histórico, para o seu dia a dia ou para seu futuro.

Nos momentos da minha prática docente, observei que na sala de aula há

algumas dificuldades enfrentadas pelos professores, que em minha opinião pode ser

reflexo do modelo de planejamento utilizado. Uma vez que os docentes não inserem em

seu planejamento o uso de novas metodologias e contextualizam de acordo com a

realidade do aluno, há dificuldades como, por exemplo: falta de interesse dos alunos em

determinados assuntos; aulas muito tradicionais; pouco atrativas.

Diante dos estudos efetuados e analisando a minha experiência no estágio, eu me

questionei: será que podemos considerar o modelo de planejamento (anexos 1, 2 3)

existente na escola como funcional? Eu acredito que não, pois, esse planejamento nem

sequer tem a definição dos objetivos a ser alcançados e a escolha de conteúdos é ditada

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pelo o autor do livro didático, a seleção de atividades também é de acordo com o livro

didático. Quando na verdade, as atividades, procedimentos, métodos, técnicas e

modalidades de ensino deveriam ser selecionados com o propósito de facilitar a

aprendizagem dos alunos, sempre numa perspectiva de interesse da turma, com

conteúdos de significados sociais, baseado no contexto em que o aluno vive. E isso só é

possível, através de um conhecimento prévio que o professor deve fazer da sua turma.

Com essa experiência de estágio foi possível perceber que o planejamento é

realmente importante na prática pedagógica do professor como organizador e norteador

do seu trabalho. É o planejamento que dá ao professor a dimensão da importância de sua

aula e os objetivos a que ela se destina, bem como o tipo de cidadão que pretende

formar. E percebi também que um aspecto a ser considerado de suma importância na

elaboração do planejamento é a definição de objetivos claros e significativos, pois são

eles que irão direcionar e determinar todas as etapas do ato de planejar. É a partir dos

objetivos que consequentemente serão determinados os meios os recursos possíveis,

viáveis e disponíveis, ou seja, é a partir deles que serão expressas as necessidades a

serem superadas e de que forma combatê-las. E também decidirá sobre quanto tempo

será disponibilizado para se obter êxito desses objetivos e quais etapas a serem

superadas.

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VI- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LUCKESI, C.C. planejamento e Avaliação escolar: articulação e necessária

determinação ideológica. IN: O diretor articulador do projeto da escola. Borges, Silva

Abel. São Paulo, 1992. FDE. Diretoria Técnica. Série Idéias nº 15.

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 16º ed. Editora Loyola. São

Paulo, SP. Junho/ 2007.

Brasil. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação. PNE / Ministério da

Educação. Brasília: INEP, 2001. Disponível em

http://www.inep.gov.br/download/cibec/2001/titulos_avulsos/miolo_PNE.pdf. Acesso

em: 03/11/2008

FERREIRA, F. W. Planejamento Sim e Não: um modo de agir num mundo em

permanente mudança. 11a Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

LIBÄNEO, José Carlos. Didática. 21ª. São Paulo: Cortez, 1994.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da escola: teoria e pártica. 5 ed.

Goiania, GO: Alternativa, 2004.

MEC – Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf. Acesso em:

06/07/2008.

PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na Formação de Professores: Unidade Teoria

e Prática? 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2004.

MENEGOLLA, Maximiliano. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como

planejar? 10ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

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1996. Estabelece as diretrizes e base da educação nacional. Diário Oficial, Brasília, 23

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DIAS, C. M. S.: GALIAZZI, M. C.: THOMAZ, T. C. F. Significado da avaliação no

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HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 8. Ed. São Paulo: Editora

Ática, 2006.

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MASSETO, Costa Barros. Planejamento de ensino como elemento articulador da

relação da prática pedagógica: Pratica social. Disponível em: hottp : // w.w.w

Aparecida. Pro.br/alunos/textos/planejamento.htm. Acesso em 20 de novembro de 2011.

MORETTO, Vasco Pedro. Planejamento: planejando a educação para o

desenvolvimento de competências. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto políticopedagógico

da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

BRUEL, Ana Lorena de Oliveira. Políticas e legislação básica no Brasil. Curitiba:

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TOCHON, F. “A quoi pensent les enseignants quand ils planifient leurs cours?”.

Revue Française de Pédagogie, n. 86, jan./fev./mar. 1989

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VII – ANEXOS

Anexo 1- Modelo do planejamento semanal do 2° ano do Ensino Fundamental I

PLANEJAMENTO SEMANAL Nº 39 e 40 (03/11 à 14/11/2014) Ano: 2º

Dia 03.11.2014 – Segunda-feira

1. Matemática – Matemática em textos.

2. Ética – “Seus olhos, minhas mãos”/ “De mãos dadas com a natureza”.

Agenda:

Caderno de atividades, página: 95.

Ética páginas 74 a 76.

Acolhida

1. Atividade no livro, páginas: 254 a 257.

2. Leitura e discussão das páginas 64 a 73.

Dia 04.11.2014 - Terça-feira

1. Língua Portuguesa - Produção de texto.

1.1 Gramática - verbo (presente, passado e

futuro).

Educação Física

Artes

Agenda:

Caderno de Português.

Acolhida.

1. Realizar uma produção de texto sobre a Jornada

Cultural Científica.

1.1 Atividade em folha sobre verbo.

Dia 05.11.2014 - Quarta-feira

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1. Geografia – Eu e meus colegas

2. Ciências – Cuidados com os animais.

Agenda: Geografia – caderno.

1) O que você aprendeu na dinâmica feita em

sala?

2) O que você mais gostou? Por quê?

Ciências – Atividade no caderno.

(Ficha do meu animal de estimação)

1) Se não tenho um animal, qual gostaria de ter?

a) Qual o animal?

b) O que ele gosta de comer?

c) Quais os cuidados necessários?

d) Quantos anos ele vive aproximadamente?

e)Desenhe-o.

Acolhida

1. Dinâmica feitiço contra feiticeiro:

Não dizer o nome da dinâmica;

Levar os alunos para um espaço ao ar livre;

Formar um grande círculo e deixa-los em

dupla;

Pedir para que cada um pense numa

prenda para seu colega pagar. (Professoras

instigar os alunos a pensarem em algo bem

complicado).

Por fim pedir para que cada criança diga a

prenda que o colega vai pagar, quando

terminar, vão ficar sabendo que cada um

vai fazer o que pensou... ou seja, o que eu

desejei para o outro vai acontecer comigo

mesmo.

Refletir sobre a importância do outro,

nunca desejar o que não quero para mim.

2.1. Pedi para que os alunos desenhem em seu

caderno um animal de sua preferencia, podendo

ser selvagens ou domesticados. Depois dos

desenhos concluídos solicitar que escrevam quais

os cuidados são necessários para que esse animal

cresça saudável.. Seja com a ajuda dos humanos,

seja sozinho.

2.2. Levar os alunos a refletirem, reconhecendo

que alguns animais mesmo sendo domesticados ou

de criação consegue de alguma forma aprender e

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desenvolver algumas atividades sozinhos.

2.3. Separar os alunos em grupos:

Animais domésticos;

Animais silvestres;

Animais de criação.

Deixar que ilustrem com desenhos e escrevam

as particularidades especificas de cada grupo.

Em seguida, os grupos devem socializar seus

trabalhos.

Dia 06.11.2014 Quinta-feira

1. Língua Portuguesa - Revisão para AF.

1.1 Gramática - Revisão para AF.

2. História – Retomada de conteúdos.

Agenda:

Estudar para AF de Português.

Estudar para AF de História e Geografia.

Acolhida.

1. Retomada dos conteúdos (AF).

1.1 Retomada dos conteúdos.

Dia 07.11.2014 - Sexta-feira

1. Matemática- Multiplicação e divisão.

2. Ciências – Retomada de Conteúdos

Agenda:

Caderno de Matemática com adesivos da ficha

25 (3 e 4).

Acolhida.

1.1 Atividade em folha.

1.2 Ficha 25 número 2.

2.1. Deixar os alunos olharem os livros sobre os

animais.

(A professora vai levar os livros sobre curiosidades

do mundo animal)

2.2. Posteriormente refletir sobre os animais

presentes nos livros... Locomoção, revestimento do

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corpo, nascimento.

Dia 10.11.2014 - Segunda-feira

1. Matemática - Revisão para AF.

2. Ética - "E os animais, como ficam?”

Agenda:

Ética páginas 82 e 83.

Estudar para AFs.

Acolhida.

1. Retomada de conteúdos para AF.

2. Leitura e discussão das páginas 77 a 81, 84 e 85.

Dia 11.11.2014 - Terça-feira

1. Língua portuguesa - Leitura.

1.1. Gramática - Produção de texto.

Educação Física

Artes

Agenda:

Estudar para as AF's.

Acolhida

1. Ir com os alunos para a biblioteca para realizar

uma contação de história.

1.1 Realizar uma produção textual sobre a contação

de história realizada na biblioteca.

Dia 12.11.2014 Quarta-feira

1. História – Retomada de conteúdos

2. Ciências – Mais animais.

Agenda:

Estudar para AF de Português.

Acolhida.

1.1. Atividade de revisão no caderno.

1) Descreva como são as ruas do seu bairro.

2) E as ruas do bairro da escola, como são?

2.1. Atividades nas páginas 114, 115, 116 e 117.

2.2. Páginas 118 e 119.

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Dia 13.11.2014 - Quinta-feira

1. Língua portuguesa - Avaliação Final.

2. Gramática - Avaliação Final.

Educação Física

Artes

Agenda:

Estudar conteúdos para AF de

História/Geografia.

Acolhida

1. Avaliação Final.

2. Avaliação Final.

Dia 14.11.2014 Sexta-feira

1. Matemática - Aula cedida para AF de

História/Geografia.

2. Ciências – Retomada de Conteúdos

Agenda:

Estudar para AF de Matemática que será na

segunda (17.11).

Acolhida.

1. Aula cedida para AF de História/Geografia.

2.1. Retomada de conteúdos com as atividades

propostas nas páginas 120 e 121.

C.P.A. coletiva.

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Anexo 2 – Modelo de planejamento da turma do 4° ano do Ensino Fundamental I ENSINO FUNDAMENTAL I – 4º ANO PLANEJAMENTO SEMANAL Nº 26 e 27 (31/08 a 11/09/2015)

Dia 31.08.2015 – Segunda-feira

1. HISTÓRIA -

1. História CAP. 8 - Os bandeirantes e a busca por riquezas 2. PORTUGUÊS – UNIDADE 8

Eu tenho problemas Para falar e escrever melhor

Gramática. Dois-pontos e travessão;

Dicionário: palavras com pronúncia igual. Páginas 188 a 191.

CASA: 1. Livro p. 31. 2. Páginas 190 e 191.

1. HISTÓRIA

Coletar o conhecimento prévio dos alunos e Realização da

leitura, discussão e atividades nas páginas 126 a 130, com

autocorreção.

2. PORTUGUÊS

Retomar o conteúdo gramatical; dois-pontos e travessão, usando as explicações contidas no livro. Em seguida, responder as questões propostas nas páginas 188 e 189.

Dia 01.09.2015 - Terça-feira

1. PORTUGUÊS PRODUÇÃO TEXTUAL

Diálogo 2. CIÊNCIAS UNIDADE 7

Tema 2 – A energia se transforma.

Páginas 110 e 111.

CASA: 1. Livro p. 131

2. Atividade no caderno (folha)

1. PORTUGUÊS

Usando os conhecimentos adquiridos na aula de

ontem sobre o emprego dos dois-pontos e

travessão, produzir um texto coletivo em forma de

diálogo, procurando ressaltar os momentos em que

esses dois sinais de pontuação devem ser usados.

2. CIÊNCIAS

Retomada da atividade do caderno, do dia 28/08

com correção e discussão do assunto em sala;

Realização da leitura, discussão e atividades nas

páginas 110 e 111, com autocorreção. Colar no

caderno folha de atividade.

Dia 02.09.2015 - Quarta-feira

1. MATEMÁTICA – UNIDADE 7

Frações e porcentagem

Vamos conhecer;

Compreender problemas;

Compreender informações;

A Matemática me ajuda a ser... .

Páginas 204 a 211

CASA: 1. Livro, páginas 212, 213 e Caderno de Atividades, página 75 e 76.

1. MATEMÁTICA

Retomada do conteúdo visto nas aulas anteriores e

dar continuidade ao assunto, ministrando as

questões propostas no livro.

Autocorreção.

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Dia 03.09.2015 - Quinta-feira

1. PORTUGUÊS – UNIDADE 8

REVISÃO NO CADERNO

Tempos verbais

Emprego do AM e ÃO nos verbos.

2. GEOGRAFIA - HISTÓRIA

Texto complementar atividades

econômicas do RN

CASA: 1. Concluir e estudar a tarefa no

caderno.

2.Caderno de história

1.PORTUGUÊS Atividade no caderno abordando os tempos verbais e o uso correto do AM e ÃO nos verbos. Autocorreção da tarefa no caderno.

2. GEOGRAFIA – GEOGRAFIA

Iniciar a aula com o vídeo sobre o RN e depois pedir que

eles façam tópicos no aplicativo Mapa mental sobre o

que assistiram e depois fazer uma discursão.

https://www.youtube.com/watch?v=lb2NDH3qfCI

https://www.youtube.com/watch?v=fo3PuvRH_qc

Leitura e discurso do texto complementar e depois realizar

cópia da atividade acerca do assunto abordado.

Dia 04.09.2015 – Sexta-feira

1. MATEMÁTICA – UNIDADE 7 – FRAÇÃO

REVISÃO NO CADERNO

Termos;

Leitura;

Situações com frações;

Adição e subtração com frações.

2. CIÊNCIAS UNIDADE 7 Tema 2 – Fontes de energia

Fontes renováveis e não

renováveis.

Páginas 112 a 115.

CASA: 1. Concluir a revisão no caderno e

estudar.

2. Páginas 114 e 115.

1. MATEMÁTICA

Atividade no caderno contemplando o conteúdo ministrado na unidade 7 – Fração.

Autocorreção parcial da tarefa.

2. CIÊNCIAS

Realização da leitura, discussão e atividades nas páginas 112 e 113, com autocorreção. Esclarecer aos alunos que este será o tema da nossa jornada e que faremos um trabalho integrado com Geografia. https://www.youtube.com/watch?v=uD8o6OcxEjk

Assistir o vídeo falando sobre a crise de água com a estiagem que atingi a energia.

Para concluir assistir o vídeo sobre energia https://www.youtube.com/watch?v=uzVhBGicfH

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Anexo 3 – Modelo de planejamento da turma do 4° ano do Ensino Fundamental

.Dia 07.09.2015 – Segunda-feira - FERIADO

Dia 08.09.2015 - Terça-feira

1. PORTUGUÊS 2. CIÊNCIAS Leitura do livrinho

(COSERN) com o

tema “ Como não

desperdiçar

energia”

CASA: 1. ... 2. Pesquisar imagens

acerca da campanha “ Economize

energia elétrica” e salvar em seu

tablet. Trazê-lo carregado na sexta-

feira, doía 11/09.

OBS. TRAZER O TABLET/IPAD

AMANHÃ PARA A AULA DE

MATEMÁTICA.

1. PORTUGUÊS 2. CIÊNCIAS

Realização da leitura silenciosa, seguida de uma leitura coletiva abrindo discussão para o assunto. Em seguida, propor aos alunos estratégias para reduzir em casa, com ajuda dos familiares o consumo de energia elétrica. Realização de atividade no caderno.

Iniciando a campanha de redução do consumo de energia elétrica em casa!!!

Dia 09.09.2015 - Quarta-feira

1. MATEMÁTICA – UNIDADE 8

NÚMEROS NA FORMA DECIMAL

Décimos;

Centésimos;

Centésimos e centavos do real.

Páginas 214 a 221.

CASA: 1. Caderno de Atividades,

páginas 78 a 80.

1. MATEMÁTICA

Interpretação do senário que abre a unidade, como

também, resolução coletiva das situações propostas no

senário. Em seguida, usando o conteúdo de fração, já

ministrados anteriormente, explicar o conteúdo listado e

responder as questões propostas nas páginas 214 a 221. Na

sequência, fazer a autocorreção.

OBS. Usar o Tablet, nas páginas 216, 218 e 221.

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Dia 10.09.2015 - Quinta-feira

1. PORTUGUÊS

USO DOS PORQUÊS (Texto complementar)

2. GEOGRAFIA - Correção CASA: 1. Concluir e estudar a tarefa

em folhas. 2. Elaborar uma resenha

sobre o vídeo apresentado em sala de

aula.

OBS. TRAZER O TABLET/IPAD

AMANHÃ PARA A AULA DE

MATEMÁTICA.

1. PORTUGUÊS

Leitura e explicação das informações contidas no texto complementar sobre o uso dos porquês.

Realizar a tarefa nas folhas xerografadas.

2. HISTÓRIA Correção da aula passada e vídeo sobre a crise de água no RN. https://www.youtube.com/watch?v=p3CBCDWNC6c

Dia 11.09.2015 - Sexta-feira

1. MATEMÁTICA – UNIDADE 8 NÚMEROS NA FORMA DECIMAL

Milésimos;

Pratique mais;

O sistema de numeração e a forma decimal. Páginas 222 a 227

2. CIÊNCIAS

CAMPANHA “ Como não

desperdiçar

energia”

USO DO TABLET COM DADOS

(imagens da

campanha)

CASA: Caderno de Atividades, páginas 81 e 82.

1. MATEMÁTICA

Usando o Material Dourado, dar continuidade ao conteúdo explicando o conteúdo listado e, em seguida, fazer a autocorreção.

OBS. Usar o Tablet nas páginas 222 e 224. 2. Ciências

Retomar a discussão acerca da campanha de redução do consumo de energia elétrica e discutir coletivamente o que foi feito em casa, no sentido de intensificar a campanha.

Propor aos alunos a elaboração em grupos de cartazes ( utilizar as imagens salvas no tablet como ideias para produção do cartaz) para esclarecer na escola a necessidade de economizar energia elétrica, sabendo que estaremos intensificando a campanha (próxima aula), passando nas salas do setor e posteriormente fixaremos esses cartazes nas paredes externas do setor.