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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA O PROFESSOR E O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Natal 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA

O PROFESSOR E O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO EM SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Natal

2016

ALDECI DAS NEVES SILVA

O PROFESSOR E O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.

Orientador: Prof. Dr. João Tadeu Weck

Natal

2016

ALDECI DAS NEVES SILVA

O PROFESSOR E O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.

Orientador: Prof. Dr. João Tadeu Weck

Aprovado em 24 de junho de 2016

BANCA EXAMINADORA

________________________ Prof. Dr. João Tadeu Weck

Orientador

_________________________ Ms. Maria de Lourdes Valentim Barbalho

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_________________________ Prof. Dr. Adriano Medeiros Costa

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

À minha família: esposa, filho, filha, mãe irmão e irmãs, pelo apoio e a compreensão

dedico.

AGRADECIMENTOS

Ao nosso Pai celestial, nosso criador dos céus e da terra, que nos têm coberto de

graças, e por tudo o que tem nos dados, essencialmente nossa saúde física e

mental.

A minha família que me incentivou diuturnamente à prosseguir na missão.

A meu orientador, Prof. Dr. João Tadeu Weck, por ter aceitado me acompanhar

nesta jornada, e pelas valiosas contribuições me ofertando conhecimentos da mais

alta tecnologia, desvelando inclusive o “invisível” das coisas.

À turma de Pedagogia 2011.2 da UFRN, que me recebeu de braços abertos

ofertado-me a oportunidade de participar de um seleto grupo de pessoas, as quais

guardo um carinho enorme e uma eterna amizade.

Aos demais amigos e amigas da UFRN. Por eu estar numa condição de “aluno

desnivelado” essa situação me propocionou conhecer muita gente do bem.

A todos os professores e professoras da UFRN, com quem tive uma imensa

satisfação em poder angariar um pouco de suas experiências.

À minha primeira turma da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), minha outra

família, onde iniciamos a incrível aventura do conhecimento.

Aos professores da UNEB, pela dedicação e efetiva atenção comigo nos passos

iniciais.

Ao meu amigo Pasur Cavalcanti Tenório, que me ofertou a possibilidade de saber

mais sobre as novas tecnologias.

À Coordenadora, Vera Lúcia Santin Polleto, do Núcleo de Tecnologia Educacional –

Natal, a quem me prestigiou com uma gama de informações a respeito do tema em

questão.

“Educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos transmitem

e poucos possuem”.

Karl Kraus

RESUMO

O presente trabalho essencialmente de caráter pedagógico, objetiva compreender as problemáticas que limitam os avanços das tecnologias da informação e comunicação (TIC) nas práticas pedagógicas das salas de aula das escolas públicas brasileira. Para isto, utilizou-se como método de pesquisa, o estudo de caso, realizado com um grupo de professores que atuam no ensino fundamental da rede municipal ensino de Natal, nas seguintes escolas: Otto de Brito Guerra, Professor Ascendino de Almeida e Professor Ulisses de Góis. O procedimento de coleta de informações se deu além da observação, por meio de questionários estruturados e entrevistas direcionadas à professores e gestores dessas instituições de ensino. A análise dos dados seguiu uma abordagem quantitativa, os quais são apresentados em gráficos, a fim de verificar quais as influências que dificultam a aplicação efetiva das atividades didático-pedagógicas com as tecnologias. Palavras-chaves: Tecnologias da informação e comunicação. Professor. Capacitação.

ABSTRACT

This work essentially pedagogical, objective understanding of the problems that limit the advancement of information and communication technologies (ICT) in teaching practices of the classrooms of the Brazilian public schools. For this, it was used as a research method, the case study, conducted with a group of teachers who work in primary education in the municipal school Christmas, the following schools: Otto de Brito Guerra, professor Ascendino de Almeida and Professor Ulisses Gois. The information collection procedure took place beyond observation, through structured questionnaires and interviews aimed at teachers and managers of these educational institutions. Data analysis followed a quantitative approach, which are presented in graphs in order to verify what influences that hinder the effective application of didactic and pedagogical activities with technologies. Keywords: Information and Communication Technologies. Teacher. Training.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Blog da Escola Municipal Otto de Brito Guerra........................ 37

Figura 2: Blog da Escola Municipal Professor Ascendino de Almeida.... 37

Figura 3: Blog da Escola Municipal Professor Ulisses de Góis............... 37

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Faixa etária............................................................................. 23

Gráfico 2: Tempo que terminou a licenciatura........................................ 24

Gráfico 3: Tempo que trabalha na educação.......................................... 26

Gráfico 4: Recebeu formação específica................................................ 28

Gráfico 5: TIC utilizadas durante a licenciatura....................................... 29

Gráfico 6: Conhece a oferta de cursos.................................................... 30

Gráfico 7: Conhecimentos em informática.............................................. 31

Gráfico 8: Frequência de uso das TIC em suas práticas pedagógicas... 32

Gráfico 9: Conhece o papel das TIC no PPP da escola......................... 33

Gráfico 10: Acredita nas TIC na melhoria da educação.......................... 34

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Infraestrutura das escolas em 2014........................................ 36

Tabela 2: Situação atual da infraestrutura das escolas.......................... 36

LISTA DE SIGLAS

AEE Atendimento Educacional Especializado

EDUCOM Projeto Brasileiro de Informática na Educação

EUA Estados Unidos da América

IBOPE Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística

IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

MEC Ministério da Educação

NTE Núcleo de Tecnologia Educacional

NTM Núcleo de Tecnologia Municipal

PME Plano Municipal de Educação

PNE Plano Nacional de Educação

PPP Projeto Político Pedagógico

PRONINFE Programa Nacional de Informática Educativa

ProInfo Programa nacional de Tecnologia Educacional

PUC RJ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

SECADI Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade e

Inclusão

SEEC/RN Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte

SEED Secretaria de Educação a Distância

SEMPLA Secretaria Municipal de Planejamento

SEINF Secretária de Informática

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

UCA Um Computador por Aluno

UERN Universidade Estadual do Rio Grande do Norte

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

UFPE Universidade Federal de Pernambuco

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UnB Universidade de Brasília

Unicamp Universidade Estadual de Campinas

USP Universidade de São Paulo

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 14

2 AS TIC NA EDUCAÇÃO BÁSICA....................................................... 15

2.1 Histórico da informática e educação................................................. 15

2.2 Núcleo de Tecnologia Educacional................................................... 18

3 METODOLOGIA.................................................................................. 19

3.1 Tipo de pesquisa e instrumentos...................................................... 19

3.2 Cenário da pesquisa......................................................................... 20

3.3 População......................................................................................... 21

4 RESULTADOS..................................................................................... 21

4.1 Análise da pesquisa.......................................................................... 22

4.2 Pesquisa referente ao perfil.............................................................. 23

4.3 Pesquisa referente a formação específica....................................... 28

4.4 Pesquisa referente a importância do assunto.................................. 33

4.5 Observação...................................................................................... 34

4.6 Infraestrutura das escolas................................................................. 36

4.7 Parâmetros municipais..................................................................... 37

4.8 Blogs visitados.................................................................................. 37

5 ESTUDO DE CASO............................................................................ 38

5.1 Identificação das causas.................................................................. 39

5.2 Relações........................................................................................... 40

5.3 Propostas.......................................................................................... 41

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 42

REFERENCIAS....................................................................................... 44

ANEXOS................................................................................................. 49

14

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, é visível a crescente influência das Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC) em nossas vidas. Essa vertiginosa atuação dos meios

informacionais tem realizado profundas e importantes transformações no

desenvolvimento da humanidade em seus mais diversos aspectos. Ultimamente vem

ditando a dinâmica da economia mundial e, consequentemente, se desvelando nas

mais diferentes reações, trazendo forte impacto nas relações sociais. As TIC, em

seu dinâmico papel como eixo da informação, têm impulsionado inúmeras pesquisas

em prol de equacionar as muitas questões que permeiam o mundo, dentre as quais,

destacamos a falta de políticas públicas em nosso país que garantam o acesso a

uma educação de qualidade.

Nesse contexto, os avanços tecnológicos passaram a ser vistos também como

uma força motriz da evolução humana, e por tratar justamente de avanço da

humanidade no que tange à uniformidade de acesso, a educação se apresenta

nessa conjuntura como uma enorme e forte possibilidade de realizar uma ação

expansiva em suas práticas pedagógicas, tudo com a finalidade de minimizar essa

ausência de ações governamentais de tal forma que possam ofertar condições

melhores de ensino. É nesse instante que as TIC podem auxiliar para viabilizar esse

processo.

É sabido que a escola de um modo geral no Brasil, em todas as suas esferas

jurisdicionais, tem como desafio utilizar a plenitude das TIC em seus processos de

ensino-aprendizagem. Os fatores mais comentados orbitam basicamente em torno

da formação do professor e de seu conhecimento acerca do assunto, assim como na

falta de infraestrutura da escola para o desenvolvimento dessas atividades.

Esta pesquisa buscou investigar e identificar os fatores que dificultam a

inserção e uso das TIC em escolas da rede municipal de ensino do município do

Natal.

15

2. AS TIC NA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA

2.1 Histórico da Informática e Educação

Os antecedentes do uso do computador na educação brasileira surgiram a

partir de experiências de seminários realizados em universidades do sul e sudeste

do país, sobretudo na USP de São Carlos, PUC-RJ, Unicamp, UFRGS e UFRJ.

Esses eventos foram promovidos com a colaboração de universidades americanas

no início da década de 1970, particularmente a Universidade de Dartmouth (EUA),

ocasião em que a comunidade acadêmica brasileira desencadeou a busca do

conhecimento na área da informática educativa. Assim como em outros lugares, a

informática por ser algo novo e diferente no contexto escolar recebeu influência da

educação de outras culturas, nesse caso, dos EUA. Nessa época o computador era

o objeto de estudo e pesquisa.

Ainda na década de 1970, o Governo Federal estabeleceu políticas públicas na

busca de alternativas capazes de viabilizar uma proposta nacional de uso de

computadores na educação, como a construção de uma indústria própria,

objetivando uma maior garantia de segurança no seguimento tecnológico.

Consequentemente, como resultado das reivindicações de pesquisadores

envolvidos nas experiências de informática educativa, em 1985 é criado o Projeto

Brasileiro de Informática na Educação (EDUCOM). Inicialmente vinculado à

Presidência da República e ao Conselho de Segurança Nacional e somente em

1987 o projeto passou a ser supervisionado pelo Ministério da Educação (MEC), por

meio da Secretária de Informática (SEINF). A proposta do Projeto foi voltada à

pesquisa no uso de informática educacional, com um viés de canal de experiências

e reflexões, e em sua concepção constava a implantação de centros pilotos em

universidades públicas, dentre as já citadas anteriormente, a Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tiveram

seus projetos selecionados como base para o EDUCOM. O projeto também previa a

capacitação de recursos humanos, bem como a criação de subsídios para ampliar

pesquisas no setor.

Nos anos de 1980 suas aplicações no contexto educacional se firmaram por

meio de diversas atividades, fossem elas simples ou lúdicas, de um jeito ou de outro,

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ambas potencializaram o seu uso para ensinar praticamente qualquer assunto, o

que permitiu atualmente, que a informática educativa tenha a sua própria identidade.

Para Valente (1999, p.2):

Quando o aluno usa o computador para construir o seu conhecimento, o computador passa a ser uma máquina para ser ensinada, propiciando condições para o aluno descrever a resolução de problemas, usando linguagens de programação, refletir sobre os resultados obtidos e depurar suas ideias por intermédio da busca de novos conteúdos e novas estratégias.

Particularmente no caso da informática voltada à educação, as propostas e as

decisões nunca foram totalmente centralizadas pelo MEC, sendo as ações fruto de

discussões realizadas pela comunidade de técnicos e pesquisadores da área. Nesse

contexto, destacamos a realização de 02 (dois) seminários para implantação do

programa de informática na educação no Brasil, sendo o primeiro no de ano de 1981

na Universidade de Brasília (UnB) e o segundo na Universidade Federal da Bahia

(UFBA), no ano de 1982. O papel do MEC era realizar o acompanhamento,

assegurando a implementação dessas decisões.

Em 13 de outubro de 1989, foi instituído pela Portaria Nº 549, o Programa

Nacional de Informática Educativa (PRONINFE), dentre os seus objetivos

destacamos: o apoio ao desenvolvimento e a utilização da informática educativa nas

áreas do ensino médio e da educação especial, bem como, a promoção e o

incentivo à capacitação de recursos humanos no domínio da tecnologia de

informática educativa. O Programa teve como base o EDUCOM.

Nos anos 1990 com o Programa Nacional de Informática em Educação, atual

ProInfo, criado pela Portaria nº 522 do MEC, de 9 de abril de 1997, teve como

objetivo promover junto as demais esferas juridicionais (estados, Distrito Federal e

municípios), o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica.

Nesse sentido, o Governo Federal viabilizou os meios para a disseminação da

informática na educação, além de levar às escolas computadores, recursos digitais e

conteúdos educacionais. O ProInfo também prevê a capacitação de seus usuários.

Nessa perspectiva os professores passariam a desempenhar o papel de

multiplicadores no novo processo educacional. Tajra (2012, p. 65) afirma que: “Para

que os professores se apropriem dos softwares como recurso didático, é necessário

que estejam capacitados para utilizar o computador como instrumento pedagógico”.

17

Assim sendo, os cursos de especialização foram as primeiras ações do ProInfo

no país. No Rio Grande do Norte (RN) o processo de seleção começou a partir da

avaliação do currículo e entrevista de professores que tinham algum conhecimento

em informática básica, abrindo então as inscrições para os professores

multiplicadores.

A inserção dos meios tecnológicos desenvolvidos pelo ProInfo no RN, vem

desde sua adesão em 1997 com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica

entre a Secretaria de Educação a Distancia (SEED/MEC) e a Secretaria de Estado

da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte (SEEC/RN).

A Prefeitura Municipal do Natal, por sua vez aderiu ao Programa somente no

ano de 2005 e criou seu Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE Natal, pela Lei

Complementar nº 067, de 24 de novembro de 2005, a qual teve nova redação a

partir da publicação da Lei Complementar nº 077, de 28 de novembro de 2006.

Os NTE são espaços computacionais que possuem uma equipe interdisciplinar

de professores multiplicadores e de técnicos qualificados, com o objetivo de ofertar a

formação continuada aos professores, privilegiando a aprendizagem cooperativa e

autônoma, além de colaborar com escolas da rede pública que possuem laboratório

de informática para o uso pedagógico das TIC particularmente em sala de aula.

Dentre as suas principais atribuições estão a sensibilização e a motivação das

escolas para incorporar as TIC em seu Projeto Político Pedagógico (PPP).

Em 12 de dezembro de 2007, o Governo Federal aprovou o Decreto nº 6.300,

que trata sobre o Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo. O

Decreto tem como intuito, a promoção do uso pedagógico das tecnologias de

informação e comunicação nas redes públicas de educação básica. Nesse aspecto,

estão elencados entre outros, os seguintes objetivos: fomentar a melhoria do

processo de ensino e aprendizagem, assim como contribuir com a inclusão digital.

Outra importante ação do Governo, foi o lançamento do Programa Banda Larga

nas Escolas, em 4 de abril de 2008, por meio do Decreto nº 6.424. O Programa tem

como objetivo conectar todas as escolas públicas urbanas à internet em alta

velocidade em todos os municípios brasileiros com manutenção dos serviços sem

ônus até o ano de 2025.

18

2.2 Núcleo de Tecnologia Educacional do Município do Natal

O NTE Natal compreende um espaço destinado à capacitação e

aperfeiçoamento dos professores e demais profissionais da rede municipal de

ensino do Natal, especialmente quanto ao uso pedagógico das TIC, bem como dar

apoio técnico aos laboratórios de informática dessa rede, definindo ainda as normas

de funcionamento e as atribuições dos professores regentes que atuam nesses

espaços. O referido Núcleo dispõe de infraestrutura necessária para ministrar os

cursos a que se propõe, visto que os espaços destinados a práticas das TIC estão

em perfeitas condições para o uso das máquinas e das tecnologias. A equipe de

professores está capacitada para dar o aporte necessário aos que realizam os

cursos.

Em sua grade de programação o NTE – Natal possui cursos de capacitação

nas seguintes modalidades: presencial e semipresencial, alguns são desenvolvidos

sobre a plataforma Windows e outros no Sistema Operacional Linux.

Em seu percurso como unidade de capacitação, o NTE instruiu muitos

profissionais ligados à educação. Entre os anos de 2010 a 2015, o Núcleo ministrou

cursos para mais de 1900 (mil e novecentos) professores, conforme ANEXO A.

A carga horária dos cursos vai desde 30 a 90 horas, os conteúdos abrangem

desde aplicativos do Office e LibreOffice (editores de texto, planilhas, etc) a

programas desenvolvidos no ambiente Web (Google Drive, Prezi, etc), as atividades

vão de informações básicas à intermediárias. Como parte da avaliação do

aprendizado, o professor aluno realiza atividades como a criação de um Blog. No

conjunto, os cursos carregam um sentido pedagógico em sua aplicação.

Atualmente os responsáveis são: Coordenadora Vera Lúcia Santin Poletto e o

Professor Denilton Silveira de Oliveira.

O NTE Natal está localizado no Centro Municipal de Referência em Educação

Aluízio Alves - CEMURE, na Avenida Coronel Estevam, 3705, Bairro Nazaré, 59060-

200 - Natal, RN – Brasil (84) 3232-3397/3380.

19

3 METODOLOGIA

Nesse capítulo iremos descrever o processo de desenvolvimento da nossa

pesquisa, atendendo as seguintes questões: Como? Com quê? Onde? Quanto?

Com quem? (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 221).

3.1 Tipo de Pesquisa e instrumentos

O procedimento metodológico dessa investigação se configurou numa

pesquisa que utilizou elementos quantitativos e qualitativos. Elegemos esse método

por se adequar ao estudo de caso. De acordo com Figueiredo (2008) é possível

associar a análise estatística à investigação dos significados das relações humanas,

o que permite a interação entre as palavras e os números.

O objeto do estudo dessa pesquisa teve como foco conhecer como o professor

da rede municipal de ensino do Natal/RN enxerga (ou estipula) o papel das TIC

como recurso pedagógico nas escolas.

Buscamos compreender uma realidade particular no universo de três 03 (três)

escolas de Ensino Fundamental, tratada como uma representação da rede pública

municipal de ensino, ou seja, uma unidade dentro do sistema maior.

Para coleta de dados além da observação, confeccionou-se um roteiro de

entrevista, conforme ANEXO A, este, destinado exclusivamente à coordenação do

NTE Natal. Segundo Duarte (2002, p.141): “De um modo geral, pesquisas de cunho

qualitativo exigem a realização de entrevistas, quase sempre longas e semi-

estruturadas”. 01 (um) questionário utilizado para o mesmo fim, com questões

fechadas, de múltiplas escolhas e dicotômicas, todas estruturadas e alinhadas com

o referencial teórico bem como, com os objetivos planejados para essa investigação,

foi aplicado junto aos professores do Ensino Fundamental da rede de ensino em

análise, de acordo com o ANEXO B.

Na pesquisa desenvolvida, optamos por trabalhar com duas abordagens

diferentes. Uma de caráter empírico: conforme assinalado acima, verificando,

mediante a pesquisa qualitativa, qual a visão dos professores pesquisados em

relação à presença das TIC. A outra, bibliográfica: análise de documentos oficiais

das esferas federal, estadual e municipal no tocante ao uso das TIC como

ferramenta pedagógica e o que definem em relação a esta temática os PPP das

20

instituições em que os professores pesquisados exercem suas atividades de

docência.

Conforme DUARTE (2002), no momento da realização da entrevista, ou seja,

da interação entrevistador/entrevistado, questões podem se mostrar incorretas e

outras dúvidas podem surgir. A partir disso, optamos por questionários flexíveis que

nos orientassem na condução da entrevista, mas sem perder a vista dos objetivos

previamente definidos para a investigação.

Por fim, se buscou levar em conta que as falas dos indivíduos são

determinadas pelas condições de vida destes (histórica, temporal e cultural). Tal

constatação nos fez considerar questões como tempo de exercício da docência na

rede de ensino na qual estão vinculados e período que se graduaram. Também se

levou em conta que na fala dos indivíduos podem ser desvelados discursos em

relação a valores e condições sociais destes.

3.2 Cenário da pesquisa

O estudo transcorreu em três (3) etapas: Iniciamos pelo NTE por sabermos que

naquele espaço é desenvolvida a cada semestre, uma vasta programação de cursos

para capacitação de professores, com a finalidade de utilizar as TIC como

ferramenta de aprendizagem na perspectiva de mudança no ensinar e no aprender.

A entrevista formal foi realizada com a coordenadora desse Núcleo, professora

Vera Lúcia Santin Polleto, por volta das 14h, do dia 11 de abril de 2016, em uma

segunda-feira.

O roteiro da entrevista foi composto de perguntas abertas e tinha como objetivo

verificar a existência de políticas educacionais que visam à formação de professores

dessa rede de ensino para uso de TIC. Na ocasião levantaram-se também questões

referentes aos potenciais fatores que possam estar dificultando o avanço das TIC

como recurso pedagógico nas escolas municipais. Cabe ainda salientar que as

perguntas forma organizadas sem que houvesse indução na resposta.

Em uma segunda etapa, foram selecionadas 03 (três) escolas num universo de

72 (setenta e duas), localizadas na área administrativa da cidade, com Ensino

Fundamental. Na busca virtual, foram apontados os seguintes estabelecimentos de

ensino: 1. Escola Municipal Otto de Brito Guerra; 2. Escola Municipal Professor

Ascendino de Almeida; 3. Escola Municipal Professor Ulisses de Góis.

21

A escolha dessas instituições se deu a partir de pesquisas na Internet, visitando

os Blogs que estão atrelados ao Blog do NTE – Natal. Segundo Polleto, a criação

dessas páginas eletrônicas é parte da avaliação do curso ministrado pelo Núcleo.

Por ocasião da procura, foi visto que dos 03 (três) Blogs visitados, apenas 01 (um)

estava cronologicamente com seus posts atualizado ao tempo do desenvolvimento

dessa pesquisa.

Em um terceiro momento, foram realizadas no período de 13 a 27 de abril de

2016, visitas às escolas, a fim de aplicar o questionário estruturado, com o propósito

de identificar o ponto de vista de professores sobre o uso das TIC em suas práticas

pedagógicas.

3.3 População

Ao todo foram pesquisados por meio de questionários, 24 (vinte e quatro)

professores de diversas disciplinas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, sendo

08 (oito) de cada escola. Do mesmo universo, 04 (quatro) foram entrevistados

informalmente. Além de que, durante a observação o contato direto também se deu

com os 03 (três) gestores, sendo 01 (um) por escola. Esse efetivo favorece um

controle maior sobre as variáveis da pesquisa, evitando a dispersão de ideias.

Os envolvidos na pesquisa iniciaram sua participação após ler, tomar ciência

do que se tratava a pesquisa. A estes foram informados que a identidade dos

sujeitos envolvidos na pesquisa seria mantida em sigilo.

Apesar de não tem sido alvo de mensuração desse estudo, verificou-se nessa

pesquisa o perfil predominantemente feminino dos profissionais entrevistados.

4 RESULTADOS

A fim de responder aos objetivos propostos desse estudo, este capítulo tem por

finalidade detalhar e organizar os dados coletados no transcorrer da pesquisa. Os

dados oriundos dos questionários respondidos pelos professores, foram tabulados e

os resultados se apresentam em forma de gráficos.

22

4.1 Análise da Pesquisa

O questionário foi estruturado dentro de 04 (quatro) aspectos, sendo eles:

- Perfil;

- Formação Específica;

- Conhecimento; e a

- Importância do assunto.

As dimensões acima listadas são derivadas de categorias reconhecidas no

campo do conhecimento.

STRAUSS e CORBIN (1998, p. 113) afirmam que “Categorias são

agrupamentos de conceitos que são unidos em um grau de abstração mais alto”.

Segundo VERGARA (2007), para apurar opiniões e atitudes, as análises

quantitativas são as adequadas e tem como proposta a mensuração dos dados

coletados, uma vez que os resultados são mais concretos e, consequentemente,

menos passíveis de erros de interpretação.

Encontra-se, aqui, um breve perfil dos professores que responderam ao

questionário, a partir das etapas acima descritas.

Com antecipação definimos o plano de análise levando em conta as limitações

dos dados obtidos, sobretudo no tocante a amostra. Entretanto, cabe salientar que

se evitou nessa análise inicial fazer comparações entre as instituições de ensino

visitada. Isso faz com que a interpretação dos dados não se incline em nenhuma

natureza de julgamento. Nesse estudo buscou-se a conformidade e as tendências

da população investigada.

23

4.2 Pesquisa referente ao perfil

Gráfico 1: faixa etária

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

O gráfico 1, mostra a distribuição dos professores por faixa etária, sendo que:

8% estão entre 25 e 30 anos; percentual semelhante aos que estão entre 30 e 35;

entre 35 e 40 anos encontra-se 17%; 29% correspondem aos que estão entre 45 a

50 anos, e acima dos 50 são 37%.

Verifica-se que mais de 80% dos professores dessa investigação vivenciaram

as ricas mudanças da revolução tecnológica ocorrida nos anos de 1990, período

considerado como a década que nos conectou1. Entretanto, os dados desse estudo

apontam também uma tendência para professores mais próximos de encerrar suas

atividades (tempo de permanência), relativamente ao limite de idade para a

aposentadoria compulsória do servidor público.

Nesse sentido, vemos a necessidade da nova geração de professores, ainda

em sua formação, se inteirar desse conhecimento histórico, uma vez que é

fundamental compreender o valor dos antecedentes que trouxeram grande

desenvolvimento tecnológico para a humanidade.

_________________________ 1

Anos 90, a década que nos conectou, documentário exibido nos canais por assinatura Nat Geo e, em seguida, no FOX Play. Disponível em: http://www.foxplaybrasil.com.br/watch/331998787704>Acesso em 23 maio. 2016.

0 0

1 1

0

6

0

2

1

2

3

0 0 0 0

1

4

3

0

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3

4

5

6

7

20 a 25 25 a 30 30 a 35 35 a 40 45 a 50 50

24

Gráfico 2: tempo que terminou a licenciatura

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

Nesse gráfico 2, observa-se o tempo em que os professores terminaram suas

licenciaturas. Os dados obtidos nesse esquema apontaram o que Polleto2 (ANEXO

A), evidenciara sobre a oferta de cursos para capacitação no NTE - Natal. Na

entrevista realizada, a professora frisou que o Núcleo em Natal está em atividade há

pelo menos 11 (onze) anos, e apesar dos professores conhecerem a oferta

disponível no âmbito municipal para capacitação tecnológica com fins pedagógicos,

muitos o deixam de fazê-la. Queixam-se sobre a falta de tempo, principalmente

quando estão relacionadas as demandas impostas pelas escolas e o contrafluxo dos

horários para frequentarem as aulas do curso.

Terribili Filho3 (2008) destaca ainda que a grande maioria dos que optam pelos

cursos superiores, não sabem o que fazer após concluir sua graduação, buscam

apenas exclusivamente a formação profissional, ou seja, desenvolver habilidades,

conhecer técnicas e ferramentas para o exercício de sua profissão.

_________________________ 2

Vera Lúcia Santin Polleto, coordenadora do NTE Natal, Chefe do Setor de Tecnologia Educacional e Desenvolvimento de Pessoal, Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal do Natal.

3 Armando Terribili Filho – Doutor em Educação pela UNESP/Marília, Mestre em Administração de Empresas pela FECAP, Professor da Faculdade de Administração e da Faculdade de Computação e Informática da FAAP, professor de cursos de pós-graduação na FAAP. Autor do livro “Indicadores de Gerenciamento de Projetos”.

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3

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2

1

5

0 1

7

0

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2

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5

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7

8

1 a 5 anos 6 a 10 anos mais de 10

25

Conforme Dimenstein (1997) o bom educador deve ser aquele que atue como

um “administrador de curiosidades”. Que desperte nos alunos a vontade de

conhecer e reconhecer na sociedade elementos de pertencimento e os dotem de

condições de orientar-se no “oceano” de informações que inunda a sociedade.

Para que o docente possa atuar nesse sentido, é essencial que ele participe de

cursos (curta e média duração), seminários e que assuma uma postura de formação

permanente. Tal processo se configuraria, de acordo com Nascimento (1995, p. 143)

como:

a formação recebida por formados, já profissionalizados e com uma vida ativa, tendo por base a adaptação contínua a mudanças dos conhecimentos, das técnicas e das convicções de trabalho, o melhoramento das suas qualificações profissionais e a sua promoção profissional e social.

A formação permanente tem como pressuposto principal a reflexão como um

processo diário. É na vivência cotidiana do exercício profissional que o docente pode

(e deve) aprimorar a sua atuação.

A realização de cursos ofertados pelo NTE Natal ou outra instituição auxiliaria o

professor para atuar em um meio social aonde as TIC realizam diferentes tipos de

mediações.

26

Gráfico 3: tempo que trabalha na educação

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

Quanto ao tempo de atuação como professor, o gráfico 3 destaque que: 8%

dos professores exercem a docência a menos de 10 anos, 25% estão entre 10 a 15

anos, e 67% estão a mais 15 de anos. Observa-se que há um percentual

considerável na faixa de maior tempo. Sabemos que frequentemente há conflitos de

gerações nos ambientes de trabalho, a escola não se furta desse fenômeno,

principalmente em relação ao uso das tecnologias.

A Pesquisa Nacional sobre Diversidade na Educação4, realizada na rede

pública de ensino básico do País, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira, em parceria com a Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), tratou em uma de

suas temáticas, a questão geracional no ambiente escolar e apontou que 37,9% dos

entrevistados sofrem algum tipo atitude preconceituosa.

Na investigação avaliaram as seguintes frases:

- Os professores mais velhos têm menos capacidade para ensinar; e

- Os professores mais novos entendem melhor os alunos.

Além dos alunos, profissionais da escola, pais e a comunidade, participaram

também desse estudo, 1.004 (mil e quatro) professores, das cinco regiões

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menos de 10 anos entre 10 e 15 anos mais de 15 anos

27

brasileiras. A pesquisa foi iniciada em outubro de 2006 e divulgada em outubro

2010.

Rosa5 (2013) nos lembra de que, professores das mais distintas instituições de

ensino têm apresentado dificuldades em lidar com as inovações tecnologias em seu

dia a dia, por ou lado, há os que aprenderam a usá-las, entretanto não a dominam.

Kenski (2009, p.103) assevera ainda que:

Um dos grandes desafios que os professores brasileiros enfrentam está na necessidade de saber lidar pedagogicamente com alunos e situações extremas: dos alunos que já possuem conhecimentos avançados e acesso pleno às últimas inovações tecnológicas aos que se encontram em plena exclusão tecnológica; das instituições de ensino equipadas com mais modernas tecnologias digitais aos espaços educacionais precários e com recursos mínimos para o exercício da função docente. O desafio maior, no entanto, ainda se encontra na própria formação profissional para enfrentar

esses e tantos outros problemas.

Acreditamos que essa junção por mais conflituosa que seja, traga contribuições

significativas, uma vez que o mais veterano se renova com o novo, e este se

embasa com o outro. A riqueza está nas diferenças, e isso é essencial para a

compreensão dos aspectos que condicionam o trabalho pedagógico.

_________________________ 4 Pesquisa Nacional sobre Diversidade na Educação

Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relatoriofinal.pdf> Acesso em 1º jun. 2016. 5 ROSA, Rosemar. Trabalho docente: dificuldades apontadas pelos professores no uso das

tecnologias. Revista Encontro de Pesquisa em Educação Uberaba, v. 1, n.1, p. 214-227, out. 2013.

28

4. 3 Pesquisa referente à formação específica

Gráfico 4: recebeu formação específica

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

O gráfico 4 sinaliza que 75% dos investigados não receberam formação

especifica para o uso das TIC

Dados divulgados em 2010 da pesquisa realizada pela Fundação Victor Civita6,

entre os anos de 2007 e 2009, aborda com preocupação essa questão da formação

docente no Brasil, uma vez que segundo os pesquisadores, os saberes relacionados

a tecnologias no ensino estão praticamente ausentes na condição formativa

oferecida nas instituições de ensino superior no Brasil.

_________________________ 6

Estudos & Pesquisas Educacionais, nº 1, apresenta artigos acadêmicos dos sete trabalhos realizados pela área de estudos e pesquisas. Disponível em: <http://www.fvc.org.br/pdf/artigo-computadores-internet.pdf> Acesso em 1º jun. 2016.

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Sim Não

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Gráfico 5: TIC utilizadas durante a licenciatura

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

Neste gráfico 5, estão colocados os dados referentes à concepção dos

professores quanto à utilização das TIC, especificamente em sua formação. A

questão lançada foi de múltipla escolha, ocasião em que os professores puderam

indicar quais os meios utilizados em sua licenciatura.

Ainda no século XXI, comumente encontramos professores recém-formados que não sabem sequer ligar computadores e muito menos associar tal instrumento às suas atividades educacionais. (TAJRA, 2012, p. 113).

TAJRA (2012, p. 113) acrescenta ainda que:

“a maior parte de cursos de formação de professores não contemplam a

utilização de novas tecnologias da informação e da comunicação em seus

currículos.”

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6

Rádio TV ou Vídeo Jornal e Revistas Computador Nenhum

30

Gráfico 6: conhece a oferta de cursos

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

O gráfico 6 atesta os números revelados no gráfico 2. Do universo de 24

participantes, destes, 67% disseram que têm conhecimento da oferta dos cursos de

capacitação disponíveis no município, os 33% disseram não saber.

Ou seja, de um jeito ou de outro percebemos que a divulgação dos cursos está

chegando aos principais interessados, entretanto como já foi visto desde o término

de sua licenciatura muitos professores esbarram nas queixas já reveladas acima.

Tajra (2012) afirma que a partir da capacitação do professor, ele estará apto a

planejar atividades educacionais utilizando as TIC como ferramenta pedagógica.

Dessa forma, percebemos que as políticas públicas efetivas ao incentivo à

formação continuada do professor, torna-se um aspecto fundamental para o avanço

das tecnologias na educação do município do Natal.

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Sim Não

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Gráfico 7: conhecimentos em informática

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

Para verificar o grau de conhecimento dos professores com as tecnologias,

foram utilizados os seguintes parâmetros para confecção desse gráfico 7, o qual

ficou assim descrito na pergunta, referente ao nível de conhecimento em informática:

- básico (lê e envia emails, navega na internet e digita textos, provas);

- intermediário básico (faz uso de pendrive, edição de fotos, planilhas);

- intermediário plus (realiza edição de vídeos e músicas, configuração e

instalação); e o

- avançado (executa uma formatação, programação, construção de sites).

Verifica-se que boa parte dos entrevistados estão numa faixa intermediária de

conhecimento.

Polleto (2016) enfatiza que mesmo com algum conhecimento na área, não

adianta o professor tentar realizar uma prática pedagógica com os meios

tecnológicos em sala de aula ou em laboratório para esse fim, se ele não estiver

devidamente preparado.

Tajra (2012) ressalta ainda que muitos professores se sentem inseguros

quando se deparam com alunos que detêm conhecimentos tecnológicos muito

superiores aos seus.

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Básico Intermediário Básico Intermediário Plus Avançado

32

Gráfico 8: frequência de uso das TIC em suas práticas pedagógicas

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

O gráfico 8 verificou qual a frequência que os professores investigados fazem

uso das TIC em suas práticas pedagógicas em sala de aula.

Dados da pesquisa TIC Educação 20127, divulgados em 2013, realizada pelo

Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação

(Cetic.br), constatou que mesmo tendo computador com acesso a internet em casa

ou no trabalho, apenas 2% dos professores da rede pública urbana, usam a

tecnologia como suporte em sala de aula.

De alguma forma, verifica-se no esquema acima que as TIC não estão

totalmente fora do âmbito escolar.

_________________________ 7

Portal de Dados - consultas de indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na sociedade brasileira.

Disponível em:< http://www.cetic.br/pesquisa/educacao/>Acesso em 21 maio 2016.

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Sempre Algumas vezes Nunca

33

4.4 Pesquisa referente a importância do assunto

Gráfico 9: conhece o papel das TIC no PPP da escola

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

Sabemos que o Projeto Político Pedagógico é uma referência norteadora de

todo o processo educativo de uma escola. As influências da gestão das tecnologias

devem estar voltadas as ações pedagógicas desse espaço de conhecimentos,

entretanto o gráfico acima revela que 42% informaram que sabem como está

definido o papel das TIC em suas escolas e 58% informaram desconhecer.

Anteriormente o gráfico 8 mostrou com qual frequência o professor faz uso das

TIC, entretanto os dados fornecidos pelos professores para compor o gráfico 9,

serviu apenas para mensurar se eles conhecem as atribuições das tecnologia, não

detalha quanto à aplicabilidade efetiva das ações previstas no PPP de suas

respectivas escolas, no entanto, nas entrevistas, aqueles que informaram que

utilizam os recursos das tecnologias da informação e comunicação, o fazem apenas

para dinamizar o ensino em suas áreas, não sabendo ao certo se contemplam o que

prever nos PPP de suas escolas.

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Gráfico 10: acredita nas TIC na melhoria da educação

Otto de Brito Guerra Prof. Ascendino de Almeida Prof. Ulisses de Góis

No gráfico 10, foi colocada a questão referente à concepção dos professores

quanto a sua visão de que as TIC podem melhorar na educação, apesar de alguns

não trabalharem diretamente, veem nas TIC como importante ferramenta para a

escola, pois 100% dos entrevistados responderam que sim a este questionamento.

4.5 Observação

Durante as visitas nas escolas, foi verificado junto aos professores e gestores,

qual a sua visão a respeito do papel das TIC para o processo ensino-aprendizagem.

Os entrevistados foram consonantes ao considerarem a questão como sendo

de suma importância para a educação, mesmo sob a declaração que não usam

constantemente essa ferramenta. Na visão dos entrevistados, acham que as TIC

contribuem com a melhoria da educação em muitos outros aspectos, como a

socialização por exemplo.

Sobre o tema, relataram também acerca da:

- imposição da permuta dos professores regentes dos laboratórios de

informática por professores readaptados por motivo de saúde;

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Sim Não

35

- ausência de incentivo de ordem pecuniária à regência de classe, concedida

aos professores em efetivo exercício em sala de aula, particularmente aqueles

destinados aos laboratórios;

- falta de tempo para qualificação tecnológica adequada e compatível com a

área de conhecimento que lecionam; e

- a atual situação da infraestrutura escolar, devido principalmente a falta de

manutenção dos meios tecnológicos.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Lemann, divulgada no ano passado,

aponta reclamações semelhantes de professores do ensino fundamental da rede

pública. O estudo foi feito em 50 municípios das cinco regiões brasileiras, durante o

segundo semestre de 2014 e contou com 1000 (mil) professores.

Em relação ao uso das TIC em sala de aula, a pesquisa revelou a quebra de

alguns mitos. Segundo Faria8:

“92% dos educadores estão abertos ao uso de tecnologia nas salas de aula e

que eles acham que materiais de tecnologia de qualidade facilitam o aprendizado

dos alunos.”

Ele ressalta sobre a necessidade de pensar em uma forma de garantir uma

maior infraestrutura tecnológica nos colégios e preparar os professores para usar as

plataformas nas classes.

4.6 Infraestrutura das Escolas

Como aproveitamento do êxito, também foi realizada a pesquisa exploratória,

nas instalações, tendo em vista uma aproximação com o problema, tudo com a

finalidade de aprimorar as ideias. E nesse sentido também foram realizadas

entrevistas direcionadas aos professores e gestores dessas instituições acerca das

condições de emprego das TIC nas escolas.

_________________________ 8

Ernesto Martins Faria, coordenador de projeto, Gerente da Área de Qualidade na Fundação

Lemann. Disponível em: <http://www.fundacaolemann.org.br/conselho-de-classe/>Acesso em 23

maio 2016.

36

4.7 Parâmetros Municipais

A cidade do Natal possui 144 (cento e quarenta e quatro) estabelecimentos de

ensino da rede municipal9, destes, setenta e dois (72), são escolas localizadas em

zona urbana com Ensino Fundamental, das quais:

Infraestrutura Descrição Quantidade Percentual

Laboratório de informática - 60 83%

Equipamentos DVD e Televisão 70 97%

Tecnologia

Internet 61 85%

Banda Larga 46 64%

Computadores 1049 -

Tabela 1 – Infraestrutura das escolas em 2014 Quadro elaborado pelo autor a partir do Censo Escolar/INEP 2014

10

Das 3 (três) escolas visitadas, constatou que atualmente:

Escolas Municipais Lab Infor DVD/TV Internet Banda Larga PC*

Otto de Brito Guerra Sim Sim Sim Sim 20Un

Ascendino de Almeida Sim Sim Sim Não 10Un

Ulisses de Góis Sim Sim Sim Não 25Un

Tabela 2 – Situação atual da infraestrutura das escolas *Computadores para uso dos alunos.

Quadro elaborado pelo autor a partir da observação realizada.

_________________________ 9

Quadro das Escolas Municipais e CMEIs Disponível em:<http://www.natal.rn.gov.br/sme/paginas/ctd-421.html> Acesso em 1 nov. 2015.

10 Censo Escolar/INEP 2014 Disponível em:<http://www.qedu.org.br/cidade/1097-natal/censo-

escolar?year=2014&dependence=0&localization=0&education_stage=0&item=> Acesso em 23 maio. 2016.

37

4.8 Blogs Visitados

Segue abaixo, a visão geral das páginas eletrônicas:

Figura 1 - Blog da Escola Municipal Otto de Brito Guerra

11

Figura 2 - Blog da Escola Municipal Professor Ascendino de Almeida

12

Figura 3 - Blog da Escola Municipal Professor Ulisses de Góis

13

_________________________ 11

Disponível em:<http://empottodebritoguerra.blogspot.com.br/> Acesso em 12 abr. 2016. 12

Disponível em:<http://ascendinoonline.blogspot.com.br/> Acesso em 12 abr. 2016. 13

Disponível em:< http://escolaulissesdegois.blogspot.com.br/> Acesso em 12 abr. 2016.

38

5 Estudo de Caso

O eixo que norteou esse estudo de caso foi conhecer como o professor da rede

municipal de ensino da cidade do Natal-RN, ver as TIC como recurso pedagógico

nas escolas.

Yin (1994) assevera que essa abordagem metodológica se molda à

investigação em educação, essencialmente quando se procura respostas para o

“como?” e o “porquê?” das questões.

Para o entendimento de pontos de vista divergentes, essa estratégia

metodológica favorece sobremaneira o intercâmbio de ideias, principalmente

quando, em grupo. A análise se desenvolve em confronto de alternativas, ocasião

em que o pesquisador entesta com situações onde as variáveis consideradas

importantes tornam-se complexa, dificultando sua identificação.

Entretanto, sobre esse estudo de caso, houve a preocupação de se perceber o

que o caso sugere a respeito do todo.

Os dados obtidos para aplicação dessa técnica foram coletados por meio de

questionários estruturados e entrevistas dentro de um contexto da vida real de

servidores públicos no desempenho de suas funções no município do Natal.

Nessa ótica, o caso aqui analisado foi selecionado mediante dados estatísticos

fornecidos pela amostragem, assim como das informações extraídas na observação

dos espaços destinados à prática efetiva dos recursos tecnológicos, isso desde a

chegada ao campo de pesquisa até a interação com os indivíduos envolvidos.

Dessa forma segundo Yin (1994) é possível analisar o evento e identificar seus

componentes mais relevantes, até atribuir lhes graus de importância relativa em

função do caso específico.

Esse fenômeno para ser investigado em profundidade, buscou-se inicialmente

os casos típicos, por perpassar por uma grande variedade de fatores e

relacionamentos conhecidos, mesmo porque essa investigação estava dentro num

período de tempo limitado.

39

5.1 Identificação das causas

Para dar continuidade aos estudos no sentido de capacitação voltados as TIC,

a falta de tempo e o excesso de demandas nas escolas, foram os destaques nas

entrevistas informais. Em seguida vieram a tona os comentários sobre a

precariedade na manutenção da infraestrutura voltada às TIC, denotando

inicialmente uma carência de entusiasmo pelo seguimento tecnológico.

“A gente se capacita e depois não temos os meios adequados para

desenvolver nossas atividades”, comenta uma entrevistada14.

Martins enfatiza:

Um dos fatores primordiais para a obtenção do sucesso na utilização da informática na educação é a capacitação do professor perante essa nova realidade educacional (2005, p. 94).

Uma pesquisa15 realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística

(IBOPE) no segundo semestre de 2014, com 1000 (mil) professores do Ensino

Fundamental de 50 municípios das cinco regiões brasileiras, abordou as seguintes

questões: sobre o prosseguimento dos estudos, os professores investigados nessa

pesquisa aprovam consonantes em sua maioria quanto a aplicação das TIC em suas

rotinas de ensino, e acreditam que a formação para o seu uso contribui para a

melhoria na educação, conforme mostrou também o resultado do GRÁFICO 10

deste trabalho. Na pesquisa do IBOPE, 92% sinalizaram positivamente que a

proposta para capacitação potencializaria essa contribuição.

Sobre o assunto, Tajra explana que:

A política educacional vem apresentando sempre sinais de incorporação das novas tecnologias e vale ressaltar que os nossos programas procuram desenvolver a formação de professores para que estejam atualizados conforme o contexto o qual estão inseridos (2012, p. 217).

Entretanto a pesquisa do Instituto aponta também que 25% dos entrevistados

nunca opinaram quanto a implementação de políticas e/ou programas nas escolas

voltados à capacitação. Apenas 13% são ouvidos pelas Secretarias de Educação da

rede a qual pertence a escola, e os demais, algumas vezes são consultados.

_________________________ 14

ENTREVISTADA. Observação. 2016. Entrevista concedida a Aldeci das Neves Silva, Natal, 20 abr. 2016.

15 Visão dos professores sobre a educação no Brasil. Disponível em: <http://www.fundacaolemann.org.br/conselho-de-classe/> Acesso em 23 maio 2016.

40

Referente as condições adequadas para o professor exercer suas atividades

pedagógicas, especificamente quanto a precariedade na infraestrutura das escola, a

pesquisa do renomado Instituto de Pesquisa acima citado, apontou esse aspecto

como sendo um dos fatores de maior urgência a ser resolvido. A pesquisa revelou

também que apenas 23% dos entrevistados estão satisfeitos com as condições de

trabalho.

O Estudo acima mencionado tratou da visão dos professores sobre a educação

no Brasil, e foi organizado pela Fundação Lemann em parceria com o Instituto Paulo

Montenegro, sendo divulgada no ano de 2015.

5.2 Relações

O Artigo 72, do Capítulo X, da seção III, da Lei Municipal Nº 1.517/65, de 23 de

dezembro de 1995, trata sobre a readaptação de funcionários públicos municipais do

Natal, nesse sentido específica apenas sobre a utilização do funcionário em uma

função mais compatível com sua capacidade física ou intelectual, podendo ainda ser

a condição vocacional.

Outra queixa registrada na observação (pag. 34), foi a troca de professores

regentes dos laboratórios de informática, por professores readaptados pelos mais

diversos motivos clínicos, isso em conexão com o descompasso financeiro

destinado a quem ocupa esse cargo trouxe outras expectativas. Para os

entrevistados esse é o termômetro da falta de entusiasmo para ocupar a vaga de

regente nos laboratórios das escolas.

A baixa valorização do professor pela comunidade escolar foi outra pauta de

citada com urgência na mesma pesquisa acima já referenciada.

LEITE16, expos em seu estudo, iniciado no ano de 2003, informações sobre

esse estado de espírito. A pesquisadora entrevistou professores da educação básica

da rede pública de ensino, e essa pesquisa revelou que 15,7% dos professores, num

universo de 8,7 mil docentes, apresentaram a falta de motivação em suas

atividades, esse dado está entre os aspectos citados no trabalho que foi defendido

por ela na Universidade de Brasília (UnB), no ano de 2007.

_________________________ 16

LEITE, Nádja Maria Bessera. Síndrome de Burnout e Relações Sociais no Trabalho. 2007. 168 f. Tese (Mestrado em Psicologia), Universidade de Brasília, Brasília. 2007 Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/3261/1/2007_NadiaMariaBeserraLeite.PDF> Acesso em 5 jun. 2016.

41

5.3 Propostas

Vemos como um considerável significado, a capacitação dos professores para

uma boa utilização das TIC nas escolas visitadas, nesse caso especificamente, a

viabilidade desse processo deve estar alinhando a esta recomendação, que seria

uma melhor atenção na infraestrutura dos laboratórios de informática.

Como oportunidade de melhoria, esses espaços e seus equipamentos

necessitam de manutenção para o bom andamento de suas práticas, bem como a

ampliação da oferta de expansão para o acesso à Internet.

Dessa forma propomos o seguinte:

A coordenação das escolas em consenso com a direção, possam justapostas

desencadear um projeto piloto com abrangência à todos os professores, tratando

essencialmente da importância do uso das tecnologias como aliado nas práticas

pedagógicas.

Esse trabalho de conscientização partiria de um diagnóstico com o professor

durante as reuniões de planejamento, ofertando aos mesmos, a possibilidade de

opinar e sugerir ideias voltadas ao uso das TIC em suas práticas. O tema central

dessa discussão seriam as tecnologias como estratégia de vantagem para as

diversas disciplinas.

Na mesma frente, a coordenação poderá criar estímulos, otimizando o

conteúdo educacional, formatando os assuntos para uma nova dinâmica de aula.

Nessa direção, acreditamos que o professor seria um individuo disposto a buscar

inovações e experimentar coisas novas, sejam elas técnicas de ensino, aplicativos

educacionais, ferramentas de TIC ou dispositivos eletrônicos em suas aulas.

42

6 Considerações Finais

As TIC como poderosa ferramenta de ensinar e de aprender, têm em seu leque

de oportunidades a verdadeira possibilidade de modificar os modos de pensar

educação, sobretudo à capacidade de causar mudanças vultosas na humanidade.

Nesse sentido, a finalidade deste estudo foi substancialmente identificar quais

são as bases do comprometimento do avanço das TIC nas práticas pedagógicas dos

professores da rede municipal de ensino da cidade do Natal. De acordo com e os

resultados obtidos com esta pesquisa, pode-se sustentar que a proposta inicial foi

atingida.

Os fatores foram elencados a partir da visão dos docentes entrevistados, o que

para eles interferem no padrão da qualidade do ensino no município do Natal,

principalmente quanto há certa brandura no contexto escolar, no que se refere à

aplicação das TIC em nas mais diversas práticas. O estudo se propôs por meio do

estudo de caso, responder como? E o porquê? Desse fenômeno.

O delineamento desse estudo de caso como metodologia de investigação

constituiu-se em fases relacionadas como:

- a delimitação do caso, determinando os focos da investigação, estabelecendo

contornos do estudo para resultar na coleta de informações;

- uma pesquisa bibliográfica, ocasião em que foi realizada uma análise nos

documentos oficiais nos âmbitos federal, estadual e municipal relativo ao uso das

TIC como ferramenta pedagógica;

- na coleta de dados, momento em que foi utilizado instrumentos variados

destinados à direcionar a elucidação do estudo de caso;

- seguindo pela seleção, análise e interpretação dos dados de forma

sistemática, mantendo a constante relação entre a teoria e a prática; e

- a concepção de uma propositura para suscitar o uso das TIC, esta destinada

em especial, às escolas visitadas no decorrer dessa pesquisa.

A partir desses procedimentos foi possível elaborar uma proposta sucinta de

forma a atender a demanda inicial das escolas investigadas e entender o olhar do

professor sobre a questão do emprego das TIC em suas práticas.

Com o estímulo, todos os atores envolvidos e comprometidos com a educação

têm a ganhar, é sabido que motivar os professores é certamente um investimento

eficaz nos resultados.

43

Nesse contexto é importante assegurar por meio de medidas claras e eficientes

uma infraestrutura tecnológica que funcione, assim como preparar os professores

para usar as TIC nas salas de aula. Acreditamos que essa idealização são injeções

de ânimo para enfrentar, a baixa renumeração e a falta de reconhecimento no

ambiente de trabalho.

Para a manutenção da qualidade de ensino com as tecnologias, os professores

devem estar aptos e seguros a utilizar esses recursos em sala de aula. Nessa

direção os docentes precisam se sentir admirados, sendo assim, é preciso pensar

no desenvolvimento de políticas públicas efetivas voltadas as TIC para a educação

em nosso município.

Aprendemos também com esse estudo que é de fundamental importância

acrescentar outras competências na formação do professor, criar em suas aptidões,

um direcionado à utilização das novas tecnologias.

Pretendemos ainda com esse estudo, provocar mudanças, levar essa

discussão para o lado de fora da academia, explorar novas possibilidades, procurar

novas informações e desafios, cremos que investigar, é o termo mais apropriado.

O professor inovador nem sempre é o professor moderno, antes de tudo é

preciso que ele seja um apaixonado pelas novas tecnologias, e perceber tudo o quê

se pode ser incrementado em sua sala de aula com o uso das TIC.

44

REFERÊNCIAS

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL Disponível em:<http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/avulsas/estudos1-3-formacao-professores.shtml?page=6>Acesso em 21 maio 2016. ANDRÉ, Marli Eliza D. A. de. Etnografia da prática escolar. 5. ed. Campinas: Papirus, 2000. (Série Prática Pedagógica). ANOS 90, A DÉCADA QUE NOS CONECTOU Disponível em:<http://www.foxplaybrasil.com.br/watch/331998787704> Acesso em 23 maio. 2016. BRASIL. Decreto n. 6300, de 12 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o Programa Nacional de Tecnologia Educacional - ProInfo, Brasília, 2007. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica, Brasília, DF, 2013. Brasil. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. B823p Programa Nacional de informática educativa/MEC/ SEMTEC.-Brasília: PRONINFE, 1994 39p. CIDADE DO NATAL (Município). Prefeito (2012-2016: Alves). Documento Base Plano Municipal de Educação 2015-2025. Versão preliminar. Natal, 2015. CONSELHO DE CLASSE - Uma pesquisa sobre a visão dos professores brasileiros. Disponível em: <http://www.fundacaolemann.org.br/conselho-de-classe/> Acesso em 23 maio 2016. DUARTE, Rosália. “Pesquisa Qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo”. Cadernos de Pesquisa, n. 115, mp. a1rç3o9/-125040,2 março/ 2002. Disponível em: <http://unisc.br/portal/upload/com_arquivo/pesquisa_qualitativa_reflexoes_sobre_o_trabalho_de_campo.pdf.> Acesso em 02.09.2014 DIMENSTEIN, Gilberto. O aprendiz do futuro. São Paulo: Ática, 1997.

45

ESTUDO APONTA QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES DOS PROFESSORES Disponível em:< http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/professor/2015/03/30/professor_interna,477560/estudo-aponta-quais-sao-as-principais-reclamacoes-entre-professores.shtml> Acesso em 23 maio 2016. FIGUEIREDO, N. M. A. et al. Método e metodologia na pesquisa científica. São Paulo: Difusão, 2008. FUNDAÇÃO VICTOR CIVITA, Estudos & Pesquisas Educacionais. São Paulo, 2010. Disponível em: <http://www.fvc.org.br/pdf/artigo-computadores-internet.pdf> Acesso em 1º jun. 2016. GAGLIARDO, A. F. O Uso do Computador em Atividades de Ensino. Tese de Mestrado. Faculdade de Educação. Campinas: Unicamp, SP, 1985. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. HISTÓRICO DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO Disponível em:< http://www.infoescola.com/educacao/historico-da-informatica-na-educacao/ >Acesso em 19 abr. 2016. HISTÓRICO DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO - Dulce Disponível em:< http://orientacaounivima2008.pbworks.com/w/page/8543041/2%20HIST%C3%93RICO%20DA%20INFORM%C3%81TICA%20NA%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20-%20Dulce>Acesso em 19 abr. 16 KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 5.ed. Campinas, SP: Papirus, 2009. 141p. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da Metodologia Científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARTINS, Rosilda Baron, Metodologia Cientifica: Como tornar mais agradável a elaboração de trabalhos acadêmicos, Curitiba: Juruá, 2005. 277p.

46

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47

SANTOS, Gilberto Lacerda. et al.Tecnologias na Educação e Formação de Professores. Brasília: Plano Editora, 2003. 154p. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DO NATAL- Quadro das Escolas Municipais e CMEIs Disponível em:<http://www.natal.rn.gov.br/sme/paginas/ctd-421.html> Acesso em 1 nov. 2015. LEITE, Nádja Maria Bessera. Síndrome de Burnout e Relações Sociais no Trabalho. 2007. 168 f. Tese (Mestrado em Psicologia), Universidade de Brasília, Brasília. 2007 Strauss, A. and J. Corbin, Basics of Qualitative Research: Techniques and Procedures for Developing Grounded Theory. Second. ed. 1998, Thousand Oaks, CA: SAGE publications. TAJRA. Sanmya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor da atualidade. 9ª ed. Rev. atual. e ampl. São Paulo: Érica, 2012. TICs na Educação: 10 Recomendações Para Aplicá-la Disponível em:<https://www.examtime.com/pt-BR/blog/tics-na-educacao/> Acesso em 4 jun. 2016. THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa - ação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1986. USE DADOS. TRANSFORME A EDUCAÇÃO Disponível em:<http://www.qedu.org.br/>Acesso em 21 maio 2016. VALENTE, J. A. Diferentes Usos do Computador na Educação. Computadores e conhecimento: Repensando a Educação VALENTE, J. A. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas, SP:UNICAMP/NIED, 1999.156p. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2007. VISÃO ANALÍTICA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: a questão da formação do professor Disponível em:< http://www.geogebra.im-uff.mat.br/biblioteca/valente.html >Acesso em 19 abr. 16

48

YIN, Robert (1994). Case Study Research: Design and Methods (2ª Ed) Thousand Oaks, CA: SAGE Publications.

49

ANEXO A

Roteiro de Entrevista – NTE Natal

1) Síntese sobre o Programa Nacional de Tecnologia Educacional -

ProInfo no âmbito nacional e sua evolução no Rio Grande do Norte.

O ProInfor enquanto política pública voltada à educação, se apresenta como

um forte meio de inclusão tecnológica e social, propondo a universalização do seu

uso. Seus visíveis resultados nas ações pedagógicas têm revelado efeitos positivos,

assim como na capacitação dos professores.

2) Breve relato da ampliação do número de Núcleos de Tecnologia

Educacional (NTE) no RN, a partir do Decreto 6.300/2007, que criou o Programa

Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional – ProInfo

Integrado.

Para verificar a atuação dos 950 (novecentos e cinquenta) NTEs e NTMs

existentes no país, o MEC realizou um diagnóstico (TERMO DE REFERÊNCIA Nº

02/1041/2014), com a finalidade de constatar quais estratégias estavam sendo

utilizadas para a formação dos professores das redes municipais e estaduais de

educação básica.

Desse levantamento, os seguintes núcleos estão assim distribuídos no RN:

NTM - NATAL - (Nazaré), NTM - CURRAIS NOVOS, NTM – MOSSORÓ, NTM –

CAICÓ, NTM – MACAU, NTE – NATAL – (Petrópolis), NTE - CURRAIS NOVOS (9ª

DIRED), NTE – CAICÓ, NTE – MOSSORÓ, NTE - MACAU (6ª DIRED).

O NTE-Natal está em atividade desde 2005.

3) O Programa está contribuindo para a formação continuada dos

professores quanto ao uso pedagógico das Tecnologias da Informação e

Comunicação?

Sim, a grade de programação contemplam cursos que ampliam as

possibilidades dos professores, ocasião que eles podem aplicar seu aprendizado em

suas práticas pedagógicas.

Apesar da disponibilidade muitos professore deixam de fazer os cursos.

Queixam-se sobre a falta de tempo, principalmente quando estão relacionada as

50

demandas impostas pelas escolas e o contrafluxo dos horários para frequentarem as

aulas do cursos.

4) De forma sucinta, verificar uma mostra da avaliação do material

didático dos Cursos.

Atualmente o NTE não dispõe de livros ou apostilas para seus alunos, no inicio

verificou-se que o material não era atrativo ao desenvolvimento das atividades

propostas.

Nesse sentido o NTE passa atividades “on line” aos seus alunos.

5) Conhecer o quantitativo de formadores/multiplicadores responsáveis

pela implementação deste processo formativo junto aos professores e

gestores escolares do sistema público de ensino.

Quadro Demonstrativo de alunos referente ao período de 2010 a 2015

QUADRO QUANTITATIVO DE ALUNOS CONCLUINTES

2010 2011 2012 2013 2014 2015

1ºS 2ºS 1ºS 2ºS 1ºS 2ºS 1ºS 2ºS 1ºS 2ºS 1ºS 2ºS

171 245 210 120 154 149 191 186 117 - 191 191

416 330 303 377 117* 382

* Devido a reforma nas instalações do CEMURE, os cursos funcionaram

somente no 1º semestre de 2014.

Apesar dos números, ela comenta que os professores precisam se preparar

para atuar com as TIC, ela ressalta “Não adianta tenta realizar uma atividade

pedagógica com as TIC sem antes fazer um planejamento e sem ter o conhecimento

adequado”.

Os dados de anos anteriores desde a sua criação não foram informados.

Os dados referentes aos semestres de 2016 ainda estão sendo computados.

6) O que há na área das políticas educacionais com vistas à formação de

professores?

Disse que o Plano Municipal de Educação – 2015-2025, trás mais informações

acerca do assunto. O PME, ver essa questão como essencial, possui como

estratégia ampliar a oferta e a melhoria da formação inicial e continuada dos

professores, principalmente para uso de Salas de Recursos Multifuncionais para o

Atendimento Educacional Especializado (AEE). Esses espaços vão complementar

ou suplementar aos estudantes que possuem alguma deficiência ou superdotação,

dando-lhes condições de acesso, participação e aprendizagem.

51

7) Quais as principais projetos desenvolvidos pelo NTE?

Como parte das ações do MEC, o NTE realizou entre os anos de 2011 e 2012

o acompanhamento nas escolas da implantação do Programa Um Computador por

Aluno (UCA), a finalidade foi propiciar a inclusão digital dos alunos com a utilização

das TIC com uso de laptops, os quais foram utilizados como recurso pedagógico no

desenvolvimento curricular das escolas. O NTE atuou particularmente nos

laboratórios de informática das escolas atendidas pelo projeto, sendo 5 (cinco) do

município e 5 (cinco) do estado, num total de 10 estabelecimentos de ensino da rede

pública.

8) Quais as propostas em pauta atualmente?

O plano de trabalho seguirá conforme a grade de programação dos cursos

2016.1. Os cursos são presenciais e semipresenciais, alguns são direcionados

dentro da plataforma Windows outros no Sistema Operacional Linux, em sua

totalidade de seu percurso as atividades contemplam desde informações básicas à

intermediárias, no conjunto, os cursos carregam um sentido pedagógico em sua

aplicação.

9) Quais os parceiros do NTE?

- O Instituto Metrópole Digital – UFRN;

- Cidades inteligentes – Secretaria de Planejamento Municipal (SEMPLA); e

- Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN).

10) Como acontece as reuniões de planejamento?

A cada semestre toda equipe se reúne para verificar as oportunidades de

melhorias na grade de programação dos cursos, observando erros e acertos durante

o período considerado, e em minha função como orientadora, me esforço para

promover a autonomia e a criatividade dos professores, dando-lhes voz durante as

reuniões, percebo com isso que essas ações fortalecem as práticas pedagógicas

coletivas na esfera do NTE.

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ANEXO B

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA

Obrigado por dedicar parte do seu tempo para responder este questionário.

A finalidade dessa pesquisa é verificar como os professores e gestores veem a

atuação da Tecnologia da Informação e Comunicação como recurso pedagógico nas

escolas (TIC).

Esse estudo é importante porque visa identificar se há impedimentos nos

avanço dessas tecnologias nas escolas.

Não há necessidade de identificação, suas respostas ficarão totalmente

anônimas e se tiver qualquer dúvida sobre o questionário, fale comigo aldeci-

[email protected]

Sua participação é muito importante!

Perfil

1) Qual é a sua faixa etária?

( ) 20 a 25 anos ( ) 25 a 30 anos ( ) 30 a 35 anos

( ) 35 a 40 anos ( ) 45 a 50 anos ( ) acima dos 50

anos

2) Há quanto tempo você terminou sua licenciatura?

( ) 1 a 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) mais de 10 anos

3) Há quanto tempo trabalha na educação?

( ) menos de 10 anos ( ) entre 10 e 15 anos ( ) mais de 15

anos

Formação específica

4) Ao ingressar na educação pública, você recebeu curso de formação para uso das TIC?

( ) Sim ( ) Não

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5) Quais mídias foram utilizadas pelos seus professores durante a sua licenciatura?

( ) rádio ( ) TV e/ou vídeo ( ) jornal e revistas

( ) computador ( ) nenhuma

6) Você conhece a oferta de cursos de capacitação/atualização para uso das TIC?

( ) Sim ( ) Não

Conhecimentos

7) Qual o seu conhecimento em informática?

( ) básico (lê e envia emails, navega na internet e digita textos, provas)

( ) intermediário básico (uso de pendrive, edição de fotos, planilhas)

( ) intermediário plus (edição de vídeos e músicas, configuração e instalação)

( ) avançado (formatação, programação, construção de sites)

8) Com qual frequência você faz uso das TIC em sala de aula?

( ) sempre ( ) algumas vezes ( ) nunca

Importância do assunto

9) Você sabe qual o papel das TIC definido no PPP da sua escola?

( ) sim ( ) Não

10) Você acredita que as TIC podem auxiliar na melhoria da educação.

( ) sim ( ) Não