universidade federal do amazonas faculdade de … galvÃo dos santos silva.pdf · objetivo avaliar...

47
13 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APARELHOS DISJUNTORES DE MAXILA ALINE GALVÃO DOS SANTOS SILVA MANAUS 2011

Upload: lyduong

Post on 16-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

13    

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APARELHOS DISJUNTORES DE MAXILA

ALINE GALVÃO DOS SANTOS SILVA

MANAUS 2011

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

14    

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALINE GALVÃO DOS SANTOS SILVA

APARELHOS DISJUNTORES DE MAXILA

Monografia apresentada à disciplina de TCC II da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial para obtenção do título de Cirurgião-Dentista.

Orientador: Prof. Dr. Celso Tinôco Cavalcanti

MANAUS 2011

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

15    

ALINE GALVÃO DOS SANTOS SILVA

APARELHOS DISJUNTORES DE MAXILA

Monografia apresentada à disciplina de TCC II da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial para obtenção do título de Cirurgião-Dentista.

Aprovado em: 11 de Novembro de 2011

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Celso Tinôco Cavalcanti UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Prof. Pollyanna Oliveira Medina

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Prof. Ary de Oliveira Alves Filho UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

16    

Aos meus pais, Angela e Paulo, e minha irmã, Paula, por estarem ao meu lado,

sempre com carinho, amor e compreensão. Amo muito vocês.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

17    

AGRADECIMENTOS

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

18    

À Deus, por estar sempre guiando meus passos e iluminando meu caminho para que eu consiga vencer os obstáculos da vida e aprender que só assim poderei evoluir espiritualmente para, um dia chegar até ele. Pela força nos momentos que pensava em desistir, mostrando-me o caminho certo a seguir. Aos meus pais, Angela e Paulo, minha eterna gratidão, pelo amor, carinho, apoio e incentivo em todos os momentos da minha vida. Por jamais medirem esforços para que eu atingisse meus objetivos mesmo nas condições mais adversas. São meus exemplos de pessoas. Amo muito vocês À minha irmã, Paula Caroline, por ser a pessoa que é comigo, sempre me transmitindo palavras de apoio e carinho. Por ser essencial na minha vida e por muitas vezes se negligenciar em favor de mim. Te amo muito, não sei o que seria de mim sem você. Aos meus queridos e amados primos, Eloise e Júlio, que me dão forças para viver somente pelo fato de existirem. Não tem como não amar vocês. À todos Galvão e Silva, pois de alguma forma sempre estão dispostos a me ajudar. Ao meu orientador, Prof. Dr. Celso Tinôco Cavalcanti, por ter disposto do seu tempo para me ajudar nesse trabalho, pela paciência, pelas palavras e por todo conhecimento que foi passado. Minha sincera gratidão. Ao Professor José Eduardo Gomes Domingues e à Professora Janete Maria Rebelo Vieira, por acreditarem em mim, e pelas palavras de incentivo durante a minha graduação, jamais os esquecerei. Vocês são meus exemplos de profissionais. Aos meus amigos Fabíola Roberto, Patrick Osborne, Elisabethe Rabelo, Guilherme de Carvalho, Paulo Ronan Esashika e Adriano Nascimento, pois, por mais adversas que foram as situações que passamos juntos, estavam sempre comigo, do início ao fim, me oferecendo sempre o melhor que podiam. Vocês, sem dúvida, terão minha eterna amizade e gratidão. Amo vocês. Aos colegas de turma, que de alguma forma, em algum momento também contribuíram na minha formação acadêmica e por compartilharem comigo esses 5 anos. Vocês sempre terão um lugar especial em meu coração. Aos funcionários e técnicos da FAO-UFAM, muito obrigada pela disposição e boa vontade em nos ajudar de alguma forma. E por muitas vezes nos acompanhar do início ao fim de um dia longo e cansativo.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

19    

“A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original”

Albert Einstein

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

20    

RESUMO O uso dos disjuntores de maxila tem sido frequente no tratamento de maxilas atrésicas.

Devido à variedade de aparelhos que se aplicam nessa função, este trabalho tem como

objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

que são mais utilizados na clínica ortodôntica. Para isso foi realizado uma revisão da literatura

de 1995 até 2011, com o intuito de investigar as diferenças mecânicas dentro das

características individuais de cada aparelho, bem como sua correta indicação. Através da

análise das informações coletadas, como as alterações morfológicas causada pela disjunção,

pela especificidade do uso, efeitos deletérios a longo e curto prazo e resultado mediato do uso

dos aparelhos, podemos concluir com a literatura revisada que os aparelhos disjuntores

citados apresentam resultados semelhantes em relação à disjunção maxilar, não tendo sido

verificada superioridade em quaisquer aparelhos, apenas a correta indicação definirá o melhor

para cada caso.

Palavras-chave: Ortodontia Corretiva, Técnica de Expansão Palatina e Aparelhos

Ortodônticos.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

21    

SUMMARY The use of maxillary expansion appliances has been frequent in the treatment of maxillary

atresia. Due to the variety of appliances which apply in that function, this study aims to

evaluate the efficacy of four types of maxillary expansion appliances: Haas, Hyrax, Bonded

and Fan type screw which are often used in the orthodontic clinic. To this was accomplished a

literature review from 1995 to 2011 with to investigate the mechanical differences within the

individual characteristics of each appliance, as well the correct indication. By analyzing the

information collected, as morphological changes caused by the expansion, by the specificity

use, in the deleterious effects of long-and short-term and mediate result of the appliances. In

conclusion, the appliances cited in literature review shows similar results in relation to

maxillary expansion and was not found superiority of anyone, just the correct indication for

each case define the better.

Keywords: Orthodontics Corrective, Palatal Expansion Technique and Orthodontics Appliances

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

22    

LISTA DE ABREVIATURAS

Ponto A, ou subespinhal: ponto médio mais profundo na concavidade maxilar anterior.

Ponto S, ou Sela: ponto localizado no centro do contorno interno da sela túrcica (osso

esfenóide).

Ponto N, ou Násio: ponto mais anterior da sutura fronto nasal.

Ponto Pog, ou Pogônio: ponto mais anterior do contorno mento ósseo, determinado por uma

tangente, passando pelo ponto N.

Ponto Ln: ponto mais lateral da cavidade nasal.

Ponto In: ponto mais inferior da cavidade nasal.

Ponto Mx: igual ao Ponto A.

Ponto Zig: ponto mais lateral do arco zigomático.

Ponto ENA: ponto mais anterior do assoalho da fossa nasal.

Ponto ENP: ponto mais posterior dos ossos palatinos no palato duro, no plano sagital.

Ponto Co: ponto mais superior e posterior da cabeça do côndilo.

Ponto Gn: ponto mais anterior e inferior do mento ósseo, determinado por uma bissetriz do

ângulo formado pelo plano mandibular e a linha facial.

Linha SN: linha que passa pelos pontos S (sela) e N (násio).

Linha NA: linha que passa pelos pontos N (násio) e A (subespinhal).

Linha PP: plano palatino determinado pelos pontos ENA e ENP.

FMA: ângulo formado pelo Plano de Frankfurt e o Plano Mandibular.

Ângulo SNA: ângulo formado pelas linhas SN e NA.

Ângulo SNB: ângulo formado pelas linhas SN e NB.

Ângulo ANB: ângulo formado pelas linhas NA e NB, correspondendo a diferença entre os

ângulos SNA e SNB.

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

23    

Ângulo SN.PP: ângulo formado entre a linha SN e o PP (plano palatino).

Nperp-A, ou NA perp: menor distância entre a linha Nperp e o ponto A.

CoA: distância entre os pontos Co e Subespinhal.

CoGn: distância entre os pontos Co e gnátio.

ENA-SN: menor distância entre o ponto ENA e a linha SN.

ENP-SN: menor distância entre o ponto ENP e a linha SN.

Pog-Nperp: menor distância entre o ponto Pog e a linha Nperp.

Wits: Representa a distância em milímetros entre as projeções dos pontos A e B

perpendicular ao plano oclusal funcional.

AFP: altura facial posterior

AFA: altura facial anterior

AFAI: altura facial ântero-inferior

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

24    

SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

LISTRA DE ABREVIATURAS

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 13

OBJETIVO........................................................................................................... 17

REVISÃO DE LITERATURA............................................................................ 19

DISCUSSÃO....................................................................................................... 36

CONCLUSÃO.....................................................................................................43

REFERÊNCIAS...................................................................................................... 45

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

25    

INTRODUÇÃO

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

26    

O complexo estomatognático é composto por estruturas esqueléticas, dentárias e

neuromusculares que em perfeita harmonia são regidas por princípios estáticos e dinâmicos

para manter o seu equilíbrio funcional. Uma das consequências quando ocorre o desequilíbrio

dessas estruturas, seja por distúrbio genético ou ambiental, é o que chamamos de más

oclusões (FABRINI; GONÇALVES; DALMAGRO, 2006; LIMA; BERNARDES, 2003;

BRAMANTE, 2000). As más oclusões são responsáveis por alterar não somente a estética do

paciente, mas também as funções essenciais dos arcos dentários como, mastigação,

deglutição, fonética e respiração (SIQUEIRA, 2000; FERREIRA, 1997; CAPELOZZA

FILHO; SILVA FILHO, 1997).

Devido à grande variedade de estruturas presentes no complexo estomatognático, as

más oclusões também são caracterizadas de diferentes formas. O arco dentário superior está

freqüentemente associado a deficiências que alteram sua morfologia, no sentido transversal,

vertical e sagital, ou até mesmo uma associação destas discrepâncias (FERREIRA; URSI;

ATTA; LYRA; LYRA, 2007).

Uma das alterações mais comuns é a atresia maxilar, que é resultado da deficiência

transversal da maxila, e provoca desarmonia no sistema estomatognático levando a um

crescimento em desacordo com a correta formação das arcadas. Dentre os inúmeros

tratamentos ortopédicos para esta discrepância, a disjunção palatina, através dos aparelhos

disjuntores, é um dos procedimentos clínicos mais consagrados na prática ortodôntica, por sua

eficiência e boa previsibilidade. (LOPES et al, 2003; CAPELOZZA FILHO; SILVA FILHO,

1997)

A disjunção palatina traz prognóstico bastante favorável, desde que, a intervenção seja

precoce e se faça a correta indicação do aparelho mecânico. Em funcionamento estes

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

27    

aparelhos liberam forças sobre os dentes de ancoragem e sobre a maxila e por sua vez, são

capazes de induzir alterações que conduzem o complexo estomatognático ao estado de

normalidade funcional (CAPELOZZA FILHO; SILVA FILHO, 1997; SIQUEIRA, 2000). Na

literatura, diversos aparelhos disjuntores foram propostos para esta finalidade, e todos

desenvolvem um sistema mecânico semelhante, porém com algumas particularidades. Dentre

os disjuntores mais utilizados, podemos destacar, o de Haas, Hyrax, o Colado e o disjuntor em

leque ou “Borboleta”.

O aparelho de Haas é um dispositivo considerado como disjuntor fixo ativo, e

apresenta uma estrutura metálica formada por quatro bandas, geralmente posicionadas nos

primeiros molares e primeiros pré-molares superiores, com apoio de resina acrílica, unidas

por um parafuso de expansão. Sua principal característica é o afastamento dos processos

maxilares e o fato de ter ancoragem dentomucosuportada, o que divide a força entre os dentes

e a porção palatina devido ao acréscimo de acrílico no palato, porém com a gengiva marginal

aliviada. É um aparelho para mecânica transversal (CABRERA, 2000; BARBOSA Jr. et al.,

2001)

O aparelho Hyrax também é considerado um disjunto fixo ativo e de ancoragem

dentosuportada. Possui como vantagem, em relação ao aparelho descrito por Haas, facilidade

de higienização pelo fato da ausência de cobertura acrílica no palato que provocava irritações

no tecido mole devido à impacção de alimentos sob este. Desta forma o aparelho Hyrax é

construído com fios rígidos e com parafuso o mais próximo possível do palato, de modo que a

força fique próxima ao centro de resistência vertical da maxila. Clinicamente apresenta

resultados semelhantes ao anterior. É fortemente indicado para pacientes em dentadura

permanente ortopédica (BIEDERMAN, 1968; COHEN; SILVERMAN, 1973;

ALEXANDER, 1997; CABRERA, 2000).

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

28    

Mais recentemente, foi idealizado um aparelho com cobertura oclusal de acrílico, ou

disjuntor colado, visando controlar tanto os efeitos de inclinações indesejáveis nos dentes

posteriores quanto às alterações esqueléticas no sentido vertical. A cobertura oclusal é feita

com acrílico termopolimerizável ou autopolimerizável, de 3mm de espessura, que atua como

um batente de mordida posterior, inibindo a erupção dos molares durante o tratamento, e, com

isso permite o uso deste aparelho em pacientes com altura facial anteroposterior aumentada. A

cobertura oclusal também abre a mordida posterior devido ao efeito biteblock, facilitando a

correção das mordidas cruzadas (McNAMARA JR; BRUDON, 1995).

O aparelho chamado de “Borboleta” é bem semelhante ao aparelho colado por usar

acrílico autopolimerizável. É dentomucossuportado, com uma resina que envolve, por

vestibular, até o limite cervical, os dentes caninos, pré-molares e molares, bem como as faces

oclusais e palatinas. Apresenta um parafuso compatível com a quantidade de expansão. É

preconizada meia volta pela manhã e meia volta à noite, perfazendo um total de 1 (um)

milímetro por dia, para que ocorra a disjunção palatina (SAKAI et al., 2001; BARBOSA Jr. et

al., 2001)

Nesse contexto, devido à grande variedade de aparelhos disjuntores da maxila as

possibilidades de tratamento estão mais diversificadas. Sendo necessário um estudo das

características individuais dos aparelhos para sua correta indicação e assim o cirurgião-

dentista poderá obter a melhor resposta no tratamento ortodôntico do paciente.

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

29    

OBJETIVO

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

30    

Avaliar as evidências científicas sobre o uso dos aparelhos disjuntores de maxila mais

utilizados: Haas, Hyrax e Colado e Borboleta. Analisando a partir do estudo das

características individuais de cada aparelho, suas indicações, as alterações morfológicas

causada pela disjunção, especificidade do uso, efeitos deletérios a longo e curto prazo e

resultado mediato do uso dos aparelhos. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo, por

meio de revisão de literatura, comparar a eficácia entre os aparelhos, para que o cirurgião-

dentista obtenha a melhor resposta no tratamento ortodôntico do paciente.

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

31    

REVISÃO DE LITERATURA

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

32    

Em 1995, Spillane e McNamara Jr. avaliaram uma amostra de 162 pacientes com

idade média de 8 anos e 8 meses que foram submetidos à disjunção de maxila com o aparelho

colado nos dentes posteriores superiores e cobertura de acrílico na oclusal. Mantiveram os

aparelhos em boca por mais cinco meses após o período ativo de disjunção e após a remoção

do disjuntor, os pacientes utilizaram uma contenção removível por mais um ano. Em seguida,

os modelos de gesso destes pacientes em análise foram estudados para avaliação das

alterações dentárias durante a fase de pré-disjunção, pós-disjunção e um a dois anos após o

término do tratamento. Os autores observaram um aumento médio da distância intermolares

superiores de 5,94mm, a qual se manteve estável por um ano. Após 2,4 anos foi verificada

uma pequena recidiva, sendo, 80,4% das disjunções originais foram mantidas. Os dentes

apresentaram maior movimento de corpo do que inclinação. Observaram também uma

discreta diminuição na altura do palato com a disjunção, mas, após um ano, voltou aos valores

originais. Os autores concluíram que as principais alterações decorrentes da disjunção de

maxila mantiveram-se estáveis até o final da dentição mista.

Mais tarde, em 1999, Akkaya, Lorenzon e Uçem avaliaram os efeitos verticais e

sagitais da disjunção de maxila através de comparação entre os disjuntores colados com

ativações diferentes: rápida e lenta. A amostra para o estudo compreendeu 24 pacientes, todos

apresentando mordidas cruzadas bilaterais devido à atresia maxilar, sendo 12 pacientes, com

idade média de 11 anos e 11 meses, para o grupo com aparelho ativado rapidamente e 12

pacientes, com idade média de 12 anos e 4 meses, ativado lentamente. As radiografias

cefalométricas laterais foram obtidas no inicio do tratamento, imediatamente após a disjunção

e no final do período de contenção. Os resultados mostraram uma diminuição significativa na

sobremordida, no ângulo SN - Plano Palatino e no SN - Plano Mandibular para o grupo com

protocolo de ativação rápida em comparação à lenta.

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

33    

Um estudo feito por Reed, Ghosh e Nanda em 1999 comparou as alterações

dentofaciais verticais do tratamento entre o aparelho disjuntor bandado do tipo Hyrax e o

aparelho disjuntor Colado. A amostra utilizada foi de 93 pacientes, sendo que 38 com média

de idade de 12 anos e 9 meses, receberam o aparelho Hyrax e o restante 55 com idade média

de 13 anos e 3 meses, receberam o aparelho Colado. O período médio de contenção com o

próprio aparelho variou nos dois grupos, sendo que no grupo com o Hyrax, o tempo médio foi

de 4,9 meses e no grupo com o colado, de 5,6 meses. Após essa fase, todos os pacientes

receberam tratamento ortodôntico corretivo. Para a análise dos resultados, obtiveram-se

radiografias cefalométricas laterais e modelos de estudo em gesso antes e após o tratamento.

Os resultados mostraram que o aumento na distância intermolares superior foi duas vezes

maior no grupo com o aparelho colado. Embora as alterações das medidas cefalométricas

angulares verticais tenham aumentado no grupo com o aparelho Hyrax, as medidas lineares

para avaliação das alterações verticais foram semelhantes nos 2 grupos, concluindo que

nenhum aparelho apresentou superioridade após a finalização do tratamento corretivo.

Em 2000, Siqueira realizou um estudo cefalométrico comparativo dos efeitos de três

tipos de disjuntores palatinos com o objetivo de detectar, por meio de radiografias póstero-

anteriores, as alterações dentoesqueléticas decorrentes da disjunção e as possíveis diferenças

entre os aparelhos. A amostra foi constituída por 63 pacientes (23 do sexo masculino e 40 do

sexo feminino) divididos em três grupos, sendo o Grupo I: composto por 20 pacientes, sendo

12 do sexo feminino e 8 do masculino, que utilizaram o disjuntor dentomucossuportado (Haas

modificado), com idade média de 13 anos e 5 meses na época da instalação do aparelho;

Grupo II: composto por 21 pacientes, sendo 14 do sexo feminino e 7 do masculino, que

utilizaram o disjuntor dentossuportado (Hyrax modificado), com idade média de 12 anos e 10

meses na época da instalação do aparelho e Grupo III: composto por 22 pacientes, sendo 14

do sexo feminino e 8 do masculino, que utilizaram o disjuntor dentossuportado, com

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

34    

cobertura de acrílica, colado aos dentes superiores, com idade média de 12 anos e 5 meses na

época da instalação do aparelho. Todos estes pacientes foram radiografados nas fases pré-

disjunção, imediatamente após e após os três meses da contenção ativa com o próprio

aparelho, totalizando assim, 189 telerradiografias em norma frontal para a realização deste

estudo. Baseando-se na metodologia empregada e nos resultados obtidos, os autores

constataram que; os três tipos de aparelho provocaram respostas ortopédicas semelhantes,

como aumento da porção inferior da cavidade nasal e da largura maxilar, que se mantiveram

estáveis durante a contenção; Os primeiros molares superiores (dentes de ancoragem)

demonstraram comportamentos semelhantes; - as distâncias intermolares inferiores

aumentaram nos três grupos, porém com diferenças significativas entre o Grupo III, que

apresentou pequenas alterações e os demais grupos; Os incisivos centrais superiores

demonstraram comportamento semelhante, nos três grupos, durante o período ativo e de

contenção, caracterizado pelos movimentos de inclinação e pela divergência apical e

convergência das coroas; Com análise das variáveis de sobremordida e a altura facial ântero-

inferior (AFAI), os autores concluíram que os três tipos de aparelho provocaram alterações

verticais semelhantes comuns a disjunção palatina.

Em 2000, Bramante realizou um estudo cefalométrico para comparar, por meio de

telerradiografias em norma lateral, as alterações dentoesqueléticas decorrentes da utilização

de três tipos de disjuntores de maxila. A amostra constou de 69 telerradiografias de 23

pacientes, sendo 15 do sexo feminino e 8 do masculino, com idades entre 9 anos e 8 meses e

15 anos e 5 meses, portadores de mordida cruzada uni e bilateral, que utilizaram o disjuntor

Colado, com cobertura acrílica na oclusal dos dentes superiores. As radiografias foram

realizadas em três fases distintas: no início do tratamento (pré-disjunção), imediatamente após

e após três meses de contenção com o próprio aparelho. Os resultados obtidos pelos autores

foram comparados com o prévio estudo realizado do tipo Haas e Hyrax, em 41 pacientes: 15

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

35    

do sexo masculino e 26 do feminino, com idades entre 10 anos e 8 meses e 17 anos e 8 meses.

O procedimento na realização das telerradiografias em norma lateral foi o mesmo do presente

estudo. De acordo com os resultados, o autor observou que imediatamente após a fase ativa

apenas o grupo do aparelho Colado apresentou um avanço significativo da maxila anterior,

enquanto que nos outros grupos esse avanço foi discreto. Depois do período de contenção,

esse avanço retornou a valores próximos aos do início, não evidenciando diferenças

significativas entre os três grupos de aparelhos e, portanto não alterando o perfil mole. Além

disso, ao final do período de contenção, também foi constatado pelos autores que a maxila

deslocou-se inferiormente nos três grupos ocasionando a rotação da mandíbula no sentido

horário também em todos os grupos sendo com maior significância para os grupos I e II, no

entanto não houve diferença estatística entre eles, enquanto que a altura facial ântero-inferior

sofreu um aumento significativo para os três grupos, ao final da terapia, sem diferença

significante entre os grupos, após o período de contenção. Dessa forma os autores concluíram

que o aparelho Colado, utilizado com o intuito de prevenir alterações esqueléticas, no sentido

vertical e a abertura da mordida anterior, não se justifica, pois ao final do período de

contenção não foram verificadas alterações significativas entre os três tipos de disjuntores.

Baccetti; Franchi; Cameron e McNamara Junior (2001) avaliaram a curto prazo e a

longo prazo os efeitos da disjunção de maxila em 2 grupos de indivíduos tratados com o

aparelho tipo Haas. O objetivo do tratamento era avaliar antes e após o pico de maturação

esquelética, com acesso ao método de maturação da vértebra cervical, uma amostra de 42

indivíduos comparado com um grupo controle de 20 sujeitos. Os cefalogramas póstero-

anterior eram analisados para os indivíduos tratados em T1 (pré-tratamento), T2

(imediatamente pós-disjunção) e T3 (observação em longo prazo), e era avaliado o T1 e o T3

com o grupo controle. A média de idade em T1 era de 11 anos e 10 meses para o grupo

tratado e controle, e a média de idade para o T3 era comparável, sendo do grupo tratado de 20

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

36    

anos e 6 meses e o grupo controle de 17 anos e 8 meses. Após os 2 meses em média de

contenção era instalado o aparelho fixo Edgewise convencional. O estudo incluía

mensurações transversais das estruturas dentoalveolares, base maxilar e mandibular e outras

regiões cranianas. A amostra tratada e controle era dividida em 2 grupos de acordo com a

maturação óssea. Os grupos de tratamento precoce não tinham atingido o pico puberal na

velocidade de crescimento esquelético no T1, no entanto o grupo tratado e controle de

tratamento tardio estavam durante ou em descendências do pico em T1. O grupo tratado

anterior ao pico mostrou um aumento significantemente em curto prazo na largura da

cavidade nasal. Em longo prazo, a largura esquelética maxilar, distância intermolar superior,

largura lateronasal e latero-orbitária eram significantemente maior no grupo de tratamento

precoce. O grupo de tratamento tardio exibia significante aumento na distância lateronasal,

distância intermolar superior e inferior. A disjunção de maxila antes do pico de velocidade de

crescimento esquelético é melhor na indução de alterações transversais craniofaciais a nível

esquelético.

Mais tarde, em 2002, Franchi, Baccetti, Cameron, Kutcipal e McNamara Jr. realizaram

um estudo com o objetivo de analisar os efeitos da disjunção de maxila em curto e longo

prazo. Foi utilizado uma amostra de 42 pacientes tratados (GT) com disjuntor

dentomucosuportado (HAAS), sendo 25 do sexo feminino e 17 do sexo masculino e também

um grupo controle (GC) composto por 11 pacientes dos sexo masculino e 9 do sexo feminino,

sendo este grupo não submetido ao tratamento ortodôntico. Os grupos tratados e controle

foram pareados com relação à idade cronológica. Foi feita então a análise cefalométrica dos

dois grupos em várias etapas do tratamento: (T1) a de pré-tratamento, (T2) imediatamente

após a fixação do parafuso e (T3) que consistia no pós-tratamento no mínimo após 5 anos.

Foram demarcados todos os pontos cefalométricos bilateral nas regiões da maxila,

zigomático, nasal, orbitário e os pontos da linha média também foram incluídos. Estas

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

37    

radiografias foram digitalizadas e comparadas através de um software então os efeitos

morfométricos em longo e curto prazo da disjunção de maxila, a partir das mudanças

detectadas no traçado dos pacientes. Ao avaliar os autores obtiveram os seguintes resultados:

em (T1) A maxila do GT era mais estreita que o GC, acreditam que esta diferença esteja

relacionada à compressão do terço médio da face relacionada ao ponto Mx bilateralmente

(análise cefalométrica). A análise do GT em T2 detectou que a disjunção induziu alterações

significativas na forma da região maxilar e nasal, com um alargamento dos dois, ou seja,

devido ao deslocamento dos pontos Ln, In e Mx houve uma extensão bilateral no plano

horizontal. A extensão vertical também foi detectada como resultado de um deslocamento

ascendente bilateral do ponto Zyg. Já a análise a longo prazo do (T3) de GT nos mostra um

alargamento ainda maior da base nasal que consistiu principalmente na extensão horizontal e

bilateral da região associada com o deslocamento para baixo do ponto Zyg e com o

deslocamento para cima da região orbitária bilateral. Quando comparados o GT e o GC em

(T3), os autores afirmam que a disjunção induziu alterações significativas no complexo naso-

maxilar no plano transversal, um alargamento permanente da base do nariz, a deficiência

inicial de atresia maxilar do GT foi devidamente corrigida tanto a curto quanto em longo

prazo, a posição do ponto Mx não mostrou nenhuma diferença tanto no GT quanto no GC,

diferenças na órbita e arco zigomático também foram detectadas. Frente aos resultados

obtidos os autores chegaram a conclusão de que a disjunção é um procedimento terapêutico

eficaz para induzir significativas alterações morfológicas na região craniofacial e que essas

alterações consistem prioritariamente na forma de deslocamentos do complexo naso-maxilar

em uma direção para fora e para cima, cujo fulcro de deslocamento esta localizado entre as

duas órbitas e que é, também, capaz de normalizar deformidades do complexo maxilar tanto

em curto como em longo prazo.

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

38    

Na revisão de literatura realizada por Lopes et al. (2003) o objetivo era avaliar o

método de disjunção palatina e suas possíveis alterações no complexo dentofacial dos

pacientes submetidos a este tratamento. Os autores revisaram os principais trabalhos

publicados de 1965 até 2002 e avaliaram a eficácia do método proporcionando uma visão

geral deste tratamento, demonstrando as vantagens e desvantagens da técnica utilizando o

disjuntor de Hyrax. A análise da literatura demonstrou que a disjunção palatina está indicada

no tratamento discrepâncias laterais que resultem em mordida cruzada posterior esquelética,

mordida cruzada posterior de grande magnitude, mordida cruzada totais, também em casos de

atresia maxilar acompanhada de atresia do arco dentário inferior e sempre que há necessidade

de resultados ortopédicos para o reposicionamento espacial da maxila, ganho de tecido ósseo,

independente do estágio de desenvolvimento oclusal e maxila em colapso. Os autores

observaram também a importância da idade para que se alcance um prognóstico favorável,

sendo recomendada a época de pico puberal, ou seja, ainda em desenvolvimento. Outra

conclusão foi que a disjunção de maxila pode proporcionar resposta favorável aos problemas

ortodônticos severos como, por exemplo, no tratamento da Classe III não cirúrgico,

deficiência maxilar real e relativa, estenose nasal com características de respiração bucal e nos

casos de fissura palatina, porém este procedimento não pode ser visto como um tratamento

final, com exceção apenas para alguns casos na dentadura mista. Já as contra-indicações

deste tratamento são casos de pacientes não-cooperadores, com casos de dentes isolados em

mordida cruzada, mordida cruzada anterior, planos mandibulares muito inclinados e com

perfis convexos, pacientes com assimetria maxilar ou de mandíbula, adultos com graves

discrepâncias esqueléticas verticais e ântero-posteriores. Nas comparações entre o Hyrax e o

Haas, os autores observaram que com o Hyrax consegue-se uma separação mais rápida da

maxila, é mais higiênico e permite maior controle de força de disjunção devido a ativação

diária. Também é evidenciado que o disjuntor Hyrax, é uma adaptação do Haas, através da

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

39    

eliminação da barra de conexão vestibular e a substituição da banda dos caninos decíduos pela

extensão da barra de conexão palatina ao redor dos dentes, o que facilita sua instalação na

dentição decídua e mista, sem alterar os efeitos ortopédicos. Já em relação aos resultados

alcançados, os autores observaram que na literatura é bem sedimentado que a conseqüência

dessa abertura triangular pelos disjuntores nos planos horizontal e frontal, a maxila é

reposicionada no complexo facial, sendo deslocada para baixo e para frente, sendo por isso

indicada também para corrigir deficiências relativas nos casos de tendência à classe II.

Já Oliveira, Da Silveira, Kusnoto e Viana realizaram em 2004 um estudo prospectivo

com o objetivo de comparar as alterações morfológicas da maxila produzidas por dois tipos de

disjuntores de maxila. Foi utilizado uma amostra de 19 pacientes, sendo 9 tratados com

disjuntor mucossuportado (HAAS) e os outros 10 tratados com disjuntores dentossuportado

(HYRAX). Foi feita avaliação através da análise dos dados obtidos, que incluem: Área total

distância intermolar, distância interpalatina, profundidade palatina, bem como, a comparação

cefalométrica anteroposterior com outros estudos. Inicialmente, os pacientes tinham aspectos

de má-oclusão semelhantes, porém como os aparelhos foram distribuídos aleatoriamente, o

resultado do tratamento foi diferente e de acordo com o aparelho utilizado. Os dados

mostraram que as disjunções em geral (aumento da área palatina, distância linear

intermolares, perímetro, distância interpalatina e intermaxilar) foi eficaz em ambos os grupos.

O grupo Haas alcançou melhores resultados ortopédicos com maior disjunção, enquanto o

Hyrax, obteve maior angulação palatina após o tratamento. Quanto a inclinação da coroa dos

molares não foi significativa no grupo Haas, mas foi no grupo Hyrax. A planificação do

palato não foi significante nos dois grupos. Devido à limitada casuística, as medidas

cefalométricas foram comparadas com outros estudos, e a taxas de deslocamento

dentário/esquelética foram de 1:1 para o grupo Haas, enquanto os avaliados pela análise da

amostra desse estudo foi de 3:1 para o grupo Hyrax. Os resultados levaram os autores a

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

40    

acreditar que mesmo pequenos aumentos no nível esquelético geraram aumento clínico

significativo da distância interpalatina para este grupo. Os dados mostraram que a frequência

de planificação do palato foi pequena e não estatisticamente significante para os dois grupos.

Concluíram-se os dois aparelhos são eficazes, mas que suas indicações de uso dependem das

especificidades da atividade de cada aparelho.

Reggiani e Kochenborger (2005) avaliaram as alterações esqueléticas verticais

provocadas pela disjunção de maxila em 14 pacientes com idade média inicial de 8 anos e 5

meses e final de 9 anos e 2 meses, na dentadura mista precoce, apresentando FMA > 25 graus

e com tendência de crescimento vertical, segundo Tweed. Todos os pacientes foram tratados

com o aparelho de adesão direta, segundo McNamara, ativados um quarto de volta do

parafuso disjuntor por dia, até que as cúspides palatinas dos dentes superiores ocluíssem com

as cúspides vestibulares dos dentes inferiores, sempre avaliados clinicamente. Após o término

da disjunção a contenção foi feita com o próprio aparelho passivo na boca por um período

mínimo de 3 meses. Para cada paciente foram tomadas 2 telerradiografias em norma lateral,

sendo a primeira antes do tratamento e a segunda no final do período de contenção,

totalizando 28 telerradiografias, com um intervalo de tempo entre elas de 5 a 13 meses e os

traçados cefalométricos foram feitos por um único examinador. As medidas angulares FMA

(Tweed), Eixo Facial (Ricketts), Ângulo Articular (Jarabak) e a milimétrica, Altura Facial

Ântero-Inferior (McNamara), foram analisadas de acordo com os seus respectivos autores,

criteriosamente. A análise estatística foi feita usando o teste "T-student" para amostras

dependentes. A medida linear (AFAI) foi, estatisticamente, significativa, devido ao

deslocamento para frente e para baixo da maxila, durante a disjunção. As outras medidas

angulares (FMA, Eixo facial e Ângulo Articular) não obtiveram significância estatística, uma

vez que houve um maior crescimento na região posterior (Altura Facial Posterior), ocorrido

em 50% dos pacientes avaliados, quando comparado com o crescimento da região anterior.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

41    

Assim, os autores puderam concluir que os efeitos verticais observados com a terapia de

disjunção de maxila com o uso do aparelho de McNamara foram que as medidas angulares

não foram significativas no estudo cefalométrico devido principalmente ao fator de

crescimento, e que a medida milimétrica AFAI de McNamara foi a única variante que obteve

significância estatística, devido principalmente à própria anatomia do disjuntor, que possui

uma cobertura oclusal acrílica que encapsula os dentes posteriores e origina uma mordida

aberta anterior transitória. Observaram ainda, que ocorreu um maior crescimento da região

posterior (ponto sela até o goníaco cefalométrico) em relação a região anterior (ponto násio

até o mentoniano), aumentando a porcentagem de Jarabak em 50% dos pacientes tratados

nesta amostra, ocasionando um giro anti-horário da mandíbula, portanto, compensando o

resultado das três medidas angulares avaliadas. O autores sugerem que o estudo com

acompanhamento em longo prazo terá uma melhor avaliação tanto da parte cefalométrica

quanto do fator de crescimento e afirmam que, o uso do aparelho com cobertura oclusal de

acrílico, ou disjuntor de McNamara, é indicado para pacientes com tendência de crescimento

vertical, nas dentaduras decíduas e mista precoce, a partir de um correto diagnóstico e de um

plano de tratamento individualizado.

Scanavini, Reis, Simões e Gonçalves (2006) avaliaram os efeitos da disjunção de

maxila sobre o posicionamento vertical e sagital da maxila, comparando os aparelhos de Haas

e Hyrax. A amostra utilizada consistiu em 93 telerradiografias de perfil de 31 pacientes

jovens, brasileiros, de ambos os gêneros , com idade média de 13 anos e 2 meses no início do

tratamento, sendo 16 do gênero masculino e 15 do gênero feminino, com dentição permanente

e indicação de disjunção maxilar para correção de atresia maxilar. Os pacientes foram

aleatoriamente divididos em dois grupos, cada um tratado por um tipo diferente de disjuntor.

O Grupo I, composto por 18 pacientes, 9 de cada gênero, foram tratados com disjuntor do tipo

Haas e o Grupo II, composto por 13 pacientes, sendo 7 do gênero masculino e 6 do gênero

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

42    

feminino, foram tratados com disjuntor do tipo Hyrax. Para cada paciente, foram obtidas três

telerradiografias laterais padronizadas com os dentes em oclusão cêntrica, sendo estas antes

da instalação do aparelho, ao final da fase ativa de disjunção e ao final da fase de nivelamento

ortodôntico. Também foi realizado o traçado cefalométrico manual desses pacientes. Para

avaliação da posição ântero-posterior da maxila foram usadas as seguintes variáveis: SNA,

Nperp-A e CoA. O deslocamento vertical da maxila foi avaliado pelos seguintes fatores:

ENA-SN, ENP-SN e SN.PP. O comportamento estatístico foi avaliado através de análise de

variância de medidas repetidas, para a verificação das diferenças significativas. Desta forma,

segundo a metodologia empregada e diante da análise e discussão dos resultados obtidos, os

autores julgaram válido concluir que o posicionamento da maxila, no sentido ântero-posterior

em relação à base do crânio, sofreu modificações semelhantes para ambos os grupos, com a

ocorrência de avanço maxilar na fase pós-disjunção, evidenciado pelo comportamento

estatístico das variáveis SNA e Nperp-A, seguida de um retorno aos valores iniciais na fase

final de nivelamento. A variável CoA manteve, ao final do nivelamento, o incremento

verificado pós-disjunção, devido à influência do aumento vertical sobre a medição dessa

variável. Ainda sobre o posicionamento da maxila, concluíram que as modificações foram

semelhantes para ambos os grupos, com a ocorrência de deslocamento vertical da maxila para

baixo, sem rotação, evidenciado pelo comportamento estatístico das variáveis ENA-SN, ENP-

SN e SN.PP.

Em 2006, Lagravère, Heo, Major e Flores-mir realizaram uma revisão de literatura

para avaliar as mudanças ortopédicas e ortodônticas, como alterações transversais, ântero-

posterior e vertical produzidas pela disjunção de maxila. Os autores revisaram os principais

estudos clínicos que avaliaram as imediatas alterações ortodônticas e ortopédicas após

disjunção. Para critério de inclusão do artigo na base de dados a ser revisada incluíam-se:

Ensaios clínicos em humanos; As medições ortodônticas e ortopédicas feitas a partir de

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

43    

radiografias cefalométricas, modelos de gesso, ou ambos; Ausência de tratamento cirúrgico

prévio ou outros que possam afetar os efeitos durante o período de disjunção; Mudanças

imediatas relatadas após fase de expansão ativa. Os autores pesquisaram em bancos de dados

online e encontraram 14 artigos que preenchiam os critérios de inclusão definitiva, no entanto,

tiveram deficiências metodológicas. As maiores mudanças encontradas nos estudos analisados

foram alterações ortodônticas e ortopédicas transversais. Poucas alterações verticais e ântero-

posteriores como mudanças imediatas foram estatisticamente significativas.

Ferreira; Ursi; Atta; Lyra e Lyra (2007) avaliaram se possíveis efeitos deletérios em

curto prazo, advindos da disjunção maxilar com aparelho Hyrax, são permanentes ou se

diluem em médio prazo, com crescimento e desenvolvimento normais. Essa avaliação feita

através de análise de radiografias cefalométricas laterais, tomadas pré-disjunção e pós-

disjunção, de 30 crianças, sendo 18 do gênero feminino e 12 do gênero masculino, na faixa

etária de 6 anos a 12 anos e seis meses. Os pacientes selecionados foram encontravam-se na

dentadura mista, foram tratados com disjuntor palatino do tipo Hyrax e apresentavam sinais

clínicos de estreitamento maxilar, como: apinhamento, forma do arco alterado, corredor bucal

aumentado, apresentando necessidade de expansão maxilar. A amostra do grupo controle

consistia de 30 pacientes, na faixa etária de 6 anos e 10 meses a 13 anos e 6 meses, que não

passaram por qualquer tipo de tratamento ortodôntico. A radiografia inicial do grupo tratado

foi denominada T1 e a final de T2, as do grupo controle foram denominadas NT1, as iniciais,

e NT2, as finais. Para a validação das medidas, foram repetidos os traçados iniciais e finais de

5 pacientes tratados e de 5 pacientes não tratados, também foi aplicado o teste de “T-Student”

pareado, as medidas foram denominadas de CT1 e CT2 quando comparadas com T1 e T2,

respectivamente e CNT1 e CNT2 quando comparadas com NT1 e NT2, respectivamente. O

nível de significância considerado foi de 5%, sendo, p>0,05 considerado diferença não-

significativa, p<0,05 diferença significativa e p<0,01 diferença altamente significativa. As

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

44    

grandezas cefalométricas eleitas para análise das modificações ântero-posteriores foram:

SNA, SNB, ANB, NA perp, Pog Nperp, Wits, Co-A, Co-Gn, profundidade facial,

profundidade maxilar e convexidade maxilar. Para análise das alterações verticais, foram

utilizadas as seguintes grandezas cefalométricas: AFAI, AFP, AFA, eixo facial, Pp.SN,

Pp.GoGn, Go.Gn.SN, ENP perp, ENA perp e ângulo goníaco. Na comparação das diferenças

entre a fase final (T2) e inicial (T1) do grupo tratado, encontraram diferença significativa no:

ANB, na profundidade facial e Go-Gn.Sn, e diferença altamente significativa em:

convexidade maxilar, Co-A, Co-Gn, AFAI, AFP, AFA, PlpalaGO, Ângulo goníaco, ENPperp

e ENAperd. Já o restante das grandezas cefalométricas encontravam-se dentro da

normalidade. Na comparação das diferenças entre a fase final (NT2) e inicial (NT1), do grupo

controle, observaram diferença significativa somente no eixo facial, e diferença altamente

significativa em todas as outras grandezas faciais, com exceção da profundidade maxilar, NA

perp, Wits, e PlpalaSN que não apresentavam diferenças significativas. Quando eles

compararam as diferenças entre o grupo tratado (T2) e o grupo controle (NT2), na fase final,

observam que: havia diferença significativa apenas nas grandezas de Wits e Altura facial

anterior e diferenças altamente significativas em CoA, CoGn, AFP, ENP e ENA perd,

enquanto que todas as outras grandezas apresentavam-se com diferenças não-significativas.

Desta forma, os autores concluíram que o disjuntor do tipo Hyrax é eficiente na promoção de

efeitos esquelético sobre a maxila e o deslocamento para baixo e para trás da mandíbula,

geralmente observado com aparelhos bandados, porém este efeito não é permanente, visto

que, comparadas as diferenças das médias iniciais e finais dos pacientes tratados com as do

grupo controle, nota-se que todas as medidas angulares e lineares verticais foram compatíveis

com o crescimento normal.

Kiliç; Kiki e Oktay (2008) realizaram um estudo com o objetivo de comparar as

inclinações dentoalveolares produzidas por dois tipos diferentes de disjuntores palatinos

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

45    

através de um método de avaliação em curto prazo. Foi utilizado uma amostra de 39

pacientes, com idade entre 11 e 16 anos divididos aleatoriamente em dois grupos, sendo 21

tratados com disjuntor dentossuportado (HYRAX) e os outros 18 tratados com disjuntor

dentomucosuportado (Disjuntor Colado). Os aparelhos disjuntores da maxila foram ativados

duas vezes ao dia, sendo um quarto de volta pela manhã e outro quarto de volta à noite, e a

expansão maxilar de ambos foi avaliada pelo aumento da distância intermolares superiores.

Para a avaliação foram confeccionados modelos de estudo antes e depois de uma semana do

término da ativação do aparelho. Essa avaliação consistia em aplicar sobre os modelos com

um pincel solução de sulfato de bário, uma linha de aproximadamente 1mm de diâmetro. Essa

linha começava a partir da margem gengival da cúspide mesiovestibular do primeiro molar

superior direito e terminava na margem gengival vestibular do primeiro molar esquerdo. Após

esse procedimento foram feitas imagens radiográficas dos modelos e estas foram digitalizadas

e a inclinação vestibular das coroas dos molares e processos alveolares foram

avaliadas através de um software. Os dados foram analisados pelos teste estatístico de T-

Student. Os autores obtiveram como resultado os seguintes parâmetros: A disjunção maxilar

média foi semelhante nos dois grupos, porém a angulação palatina e a inclinação das coroas

dos molares foram maior no grupo Hyrax, então concluíram que ambos os aparelhos

produziram inclinação dentoalveolar significativa durante a disjunção (p<0,001), mas esta foi

maior no grupo Hyrax (p>0,05).

Uma revisão sistemática foi realizada por De Rossi; De Sá Rocha e Gavião (2008)

com o objetivo de avaliar nas dimensões vertical e sagital os efeitos da disjunção de maxila

com o aparelho colado, bem como suas vantagens e indicações. A amostra bibliográfica foi

retirada de banco de dados de períodos científicos como a Medline, Pubmed e Web Science,

cujo critério de inclusão eram: Ensaios clínicos em humanos envolvendo o uso de medidas

BRMEA feita a partir de telerradiografias em norma lateral, para determinar os efeitos

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

46    

vertical e sagital da disjunção de maxila; Nenhum tratamento cirúrgico ou relato de caso

clínico. A seleção dos artigos foi feita por dois pesquisadores devidamente calibrados e

concordantes quanto a inclusão do artigo na base de dados a ser estudada. Os autores então a

partir das análises minuciosas dos artigos chegaram a conclusão de que o BRMEA causou

menos deslocamento da mandíbula para baixo e para trás do que outros aparelhos bandados e

não foi encontrado consenso quanto ao deslocamento sagital após a disjunção, sendo assim

não há evidências suficientes que sustentem o uso da BRMEA para controlar os efeitos

indesejáveis da disjunção maxilar.

Nozimoto et al. (2008) apresentaram uma variação na técnica de construção do

aparelho disjuntor do tipo McNamara. Após análise minuciosa da literatura, os autores

constataram diversas dificuldades técnicas nos disjuntores existentes, entre as quais se

destacou a remoção do disjuntor de McNamara após a disjunção. A modificação proposta

consistia na adaptação de lâminas metálicas circulares sobre as faces oclusais dos dentes

posteriores durante a acrilização, para que a remoção seja feita com um alicate removedor de

bandas, este, adaptado por um pino em uma das pontas ativas é introduzido nas perfurações

feitas. Tomando-se por referência as lâminas metálicas previamente inseridas, e com a outra

ponta ativa posicionada lateralmente, promove-se a pressão necessária para a devida remoção

do aparelho. Desta forma, os autores puderam constatar que a variação na técnica de

construção facilita o procedimento de remoção do aparelho. Após disjunção, a utilização de

um alicate adaptado proporcionou a redução do desconforto ao paciente no momento da

execução desta manobra, reduzindo também a possibilidade de danos aos esmalte dentário

pois não são utilizadas brocas para a divisão de sua estrutura em partes para posterior

remoção, diminuindo ainda, o tempo de consulta.

Mais atualmente, em 2011, Dos Santos; Stuani; Faria; Quintão e Sasso Stuani

realizaram um estudo prospectivo com o objetivo de avaliar os efeitos da disjunção de maxila

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

47    

em curto e longo prazo no perfil dos tecidos moles faciais. Foi utilizada uma amostra de 20

pacientes tratados (GT) com disjuntor dentossuportado (HYRAX de acrílico modificado),

sendo 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino com média de idade de 9,3 anos cujos

critérios de inclusão na amostra eram: estar na fase de dentição mista, atresia maxila, mordida

cruzada posterior, indicação de disjunção, Padrão esquelético Classe I e sem ângulo

mandibular elevado. Foi feita a análise cefalométrica da amostra em várias etapas do

tratamento: (T1) a de pré-tratamento, (T2) imediatamente após a expansão e (T3) que

consistia no pós-tratamento. O intervalo médio entre (T1) e (T2) foi de 21 dias e entre (T2) e

(T3) foi de 6 meses. O traçado cefalométrico e as medidas da mudança do perfil de tecido

mole foram feitos a mão com pesquisadores devidamente calibrados para confecção destes.

Os resultados foram avaliados através de análise variância e teste de Tukey. Ao avaliar os

autores obtiveram os seguintes resultados: Protrusão do lábio superior em (T2) e retrusão em

(T3), demonstrando então, que após a ERM o lábio superior volta a sua posição original; Já

no lábio inferior mostra retrusão em (T2) e protrusão em (T3), indicando a rotação para baixo

e para trás da mandíbula; No perfil a partir dos pontos (H’- Prn) houve uma diminuição em

(T2) e um aumento em (T3), porém esse aumento não tem significância estatística; Já a

análise do perfil utilizando a linha H.NB os autores notaram um aumento em (T2) e uma

diminuição em (T3), relacionado com a rotação para baixo e para trás da mandíbula; A

profundidade do sulco mento-labial e ângulo nasolabial não apresentavam diferença

significativa em nenhum momento e a Medida LAFH aumentou em T2 e diminuiu em T3,

embora nenhuma diferença foi notada a altura facial ântero-superior. Os autores concluíram

então que a disjunção com aparelho HYRAX modificado com acrílico produz alterações

significativas no perfil dos tecidos moles devido a placa oclusal, porém no final período de

retenção não foi observada nenhuma alteração significativa.

 

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

48    

DISCUSSÃO

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

49    

A disjunção da maxila tem como principal objetivo tratar a atresia maxilar superior. A

literatura descreve vários aparelhos para esta função, sendo mais utilizados os disjuntores de

Haas (Fig. 1) e Hyrax (Fig. 2), que têm como principal diferença a presença de um apoio de

acrílico no palato, presente neste primeiro aparelho e, apesar de cada um ter suas

particularidades na confecção e indicação produzem efeitos ortopédicos e dentoalveolares

semelhantes tendo como principal efeito o aumento transversal da maxila. (REGGIANE;

KROCHENBORGER, 2005; AKKAYA; LORENZON; ÜÇEM, 1999).

Figura 1 – Disjuntor de Haas FONTE: BRAMANTE, 2000. Estes aparelhos são utilizados em um procedimento eficaz para induzir significativas

alterações morfológicas na região craniofacial que consistem prioritariamente no

deslocamento da maxila para frente e para baixo com o intuito de normalizar as deficiências

existentes tanto a curto quanto em longo prazo. Porém, algumas variáveis podem interferir no

sucesso da terapia de disjunção palatina, como por exemplo, a idade no início do tratamento,

o tipo de aparelho utilizado, a magnitude da força aplicada e a contenção. (FRANCHI;

BACCETI; CAMERON; KUTCIPAL; MCNAMRA Jr, 2002; SCANAVINI; REIS; SIMÕES;

GONÇALVES, 2006).

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

50    

Indicação quanto à idade

Em um estudo realizado por Baccetti et al (2001) observaram que em longo prazo, a

largura esquelética maxilar, distância intermolar superior, largura lateronasal e latero-orbitária

eram significantemente maior quando o tratamento era feito precocemente, enquanto o grupo

de tratamento tardio exibia um aumento não tão significante na distância lateronasal, distância

intermolar superior e inferior. Evidenciando que a disjunção de maxila deve ser feita antes do

pico de velocidade de crescimento esquelético pois há melhor indução de alterações

esqueléticas, principalmente as transversais craniofaciais.

Já Ferreira et. al (2007) afirmaram que para alcançar um prognóstico favorável é

recomendando a época de desenvolvimento, ou seja, o pico puberal, pois é nessa fase que

ocorrem intensas modificações faciais; queda dos dentes decíduos e erupção dos dentes

permanentes e crescimento ativo da maxila e mandíbula. Dessa forma, neste período há

possibilidade de se direcionar o crescimento e impedir a má posição dos dentes, minimizando

ou até mesmo anulando a possibilidade de correções complexas no futuro. Já em pacientes

adultos, por causa da maior calcificação e rigidez das suturas, os efeitos observados são

dentoalveolares e não esquelético e isso ocorreu devido à maior resistência das lâminas

pterigóideas do osso esfenóide e rigidez das suturas do osso zigomático.

Quanto às alterações morfológicas produzidas por cada aparelho

Quanto ao tipo de aparelho utilizado, Lopes et al (2003) afirmaram que o aparelho

Hyrax consegue uma separação mais rápida da maxila, é mais higiênico e permite maior

controle de força de disjunção devido a ativação diária. Em contrapartida, tanto Baccetti et al

(2001) quanto Oliveira et al. (2007), declaram que com o aparelho de Haas obtêm-se

melhores resultados ortopédicos com maior amplitude de disjunção e a um aumento

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

51    

significativo da cavidade nasal, enquanto que com o aparelho Hyrax obtêm-se maior

angulação palatina no pós-tratamento e uma significativa inclinação da coroa dos molares.

Figura 2 – Disjuntor Hyrax FONTE: BRAMANTE, 2000. Kiliç, Kiki e Oktay (2008) observaram em seus estudos que a disjunção maxilar entre

os aparelhos do tipo Haas e Hyrax são semelhantes, porém a angulação palatina e a inclinação

das coroas dos molares são maior no grupo Hyrax, assim são eficientes em sua função o que

os difere é apenas a intensidade do efeito produzido, dessa forma, suas indicações de uso

dependem da especificidade do aparelho e do resultado que é necessário alcançar.

Na comparação entre estes dois aparelhos em relação ao aparelho colado com

cobertura oclusal (Fig. 3), feita por Reggiani et. al (2005), observaram que houve um maior

crescimento na altura facial posterior. Já nas medidas lineares houve um aumento

significativo na grandeza AFAI, devido ao deslocamento para frente e para baixo da maxila.

Outras medidas angulares (FMA, Eixo Facial e Ângulo Articular), não obtiveram

significância estatística, uma vez a altura facial posterior apresentou um crescimento

significativo. Notou-se então que, os efeitos verticais são diminuídos, portanto indicados

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

52    

corretamente para pacientes com tendências de crescimento vertical, tanto nas dentaduras

decíduas como nas dentaduras mistas precoce, a partir de um correto diagnóstico e de um

plano de tratamento individualizado.

Figura 3 – Disjuntor colado com cobertura oclusal

FONTE: BRAMANTE, 2000.

Ainda sobre o disjuntor de colado, também chamado de McNamara, o controle da

altura facial ântero-inferior é resultado da intrusão, inibição do crescimento alveolar e erupção

dos dentes posteriores, menor inclinação axial e extrusão dos dentes encapsulados em

comparação ao que ocorre com os aparelhos do tipo Haas e Hyrax convencionais. Pode-se

observar também que não há um aumento significativo da altura facial anterior inferior (ENA-

Me) após o tratamento realizado com o disjuntor com cobertura oclusal. Todavia, o

deslocamento inferior da maxila e a inclinação do plano mandibular são maiores com

aparelho do tipo Hyrax. (SPILLANE; McNAMARA, 1995; REGGIANE;

KROCHENBORGER, 2005; LOPES; NOUER; TAVANO; MIYAMURA; ARSATI;

WASSAL, 2003)

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

53    

A literatura mostra que o uso dos disjuntores convencionais do tipo, Haas, Hyrax e

McNamara ocasiona outras alterações dentoalveolares esqueléticas, que podem ou não

mostrar-se favoráveis ao prosseguimento do tratamento ortodôntico corretivo. A

vestibularização e a extrusão dos molares superiores geralmente utilizados na ancoragem,

associado ao deslocamento da maxila para frente e para baixo, promovem rotação da

mandíbula no sentido horário. Essas modificações podem ocasionar um incremento na altura

facial anterior do paciente, bem como o aumento da tendência de mordida aberta anterior,

tornando-se altamente desfavoráveis em pacientes com padrão vertical já acentuado

(BRAMANTE, 2000; SIQUEIRA, 2000; REGGIANI; KROCHENBORGER, 2005;

LAGRAVÉRE; HEO; MAJOR; FLORES-MIR, 2006; De ROSSI; de SÁ ROCHA; GAVIÃO,

2008).

Outro importante fator a ser observado, é que embora, se consiga respostas

significativas às discrepâncias ortodônticas severas, como: tratamento da Classe III não-

cirúrgico, deficiência maxilar real e relativa, estenose nasal como características da respiração

bucal e nos casos de fissura palatina, o tratamento de disjunção, não pode ser visto como

tratamento final, com exceção de casos específicos na dentadura mista (LOPES; NOUER;

TAVANO; MIYAMURA; ARSATI; WASSAL, 2003).

Todavia, segundo Ferreira et al (2007) as possíveis alterações deletérias ocorridas com

o uso de disjuntores são, em médio e longo prazo, compensadas pelo crescimento e

desenvolvimento, tornando-as insignificantes estatisticamente. Assim, o disjuntor Hyrax,

diferentemente do que foi proposto por Haas, não possui efeitos indesejáveis, como, por

exemplo, a inclinação vestibular dos dentes em médio prazo.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

54    

Magnitude de força

A magnitude da força dissipada pelo aparelho é transmitida aos dentes e à sutura

palatina mediana. Quando a sutura não se rompe, a força fica restrita somente aos dentes e,

isso poderá provocar alterações na tábua óssea vestibular e retração gengival.Dessa forma, a

correta força e indicação dos aparelhos deve ser observada (FERREIRA; URSI; ATTA;

LYRA; LYRA, 2007).

Contenção

A contenção é feita com o próprio aparelho sem ativação ou com contenção

confeccionada com fio ortodôntico e acrílico, para Reed, Gosh e Nanda (1995) a ausência

desta ou uso incorreto, pode causar efeitos indesejáveis do uso dos disjuntores palatinos,

como por exemplo, recidivas no avanço da maxila e rotação mandibular, obtidos durante a

fase ativa do aparelho, porém estas foram insignificantes, devido a não alteração do perfil

mole.

Tanto Bramante e Almeida (2002) como Scanavini et al. (2006) afirmam que tanto

Hyrax, Haas e o disjuntor com cobertura oclusal produzem o mesmo resultado e que seus

benefícios compensam quaisquer efeitos secundários que possam advir de seu uso.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

55    

CONCLUSÃO

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

56    

De acordo com a literatura revisada os aparelhos disjuntores Haas, Hyrax, Colado e

Borboleta verificamos que:

• Estes apresentam resultados semelhantes em relação à disjunção de maxila;

• O disjuntor de Hyrax é mais higiênico, possui mais rapidez de disjunção e permite

maior controle da força, podendo ser corretamente indicado em pacientes no final do

pico puberal.

• Já o disjuntor de Haas tem com vantagem maior amplitude de disjunção com melhor

resultado ortopédico, assim é indicado corretamente em casos de deficiência maxilar

real e relativa ou em casos de pacientes com estenose nasal.

• O disjuntor Colado possui os efeitos verticais diminuídos e assim podem ser

corretamente indicado para pacientes com tendência de crescimento vertical.

• O disjuntor borboleta, devido a presença de uma dobradiça que abre na região dos

molares podem ser indicado para correções ortopédicas de más-oclusões transversais

que atingem a pré-maxila.

Assim, podemos concluir que apesar de não tendo sido verificada superioridade em

quaisquer um dos aparelhos disjuntores apenas a correta indicação definirá o melhor para

cada caso.

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

57    

REFERÊNCIAS

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

58    

ALEXANDER, R.G. A disciplina de Alexander. São Paulo: Santos, 1997. 443p.

AKKAYA, Sevil; LORENZON, Surum; ÜÇEM, Tuba Tortop. A Comparison of Sagittal and Vertical Effects Between Bonded Rapid And Slow Maxillary Expansion Procedures. Eur. J. Orthod, v.21, n.2, p. 175-180, Abr. 1999.

BACCETTI, Tizziano; FRANCHI, Lorenzo; CAMERON, Christopher G.; McNAMARA JR, James A. Treatment timming for rapid maxillary expansion. Angle Orthod. Appleton, v. 71, n. 5, p. 343-50, Out. 2001.

BARBOSA Jr., Heráclio A; MARINHO, Alfeu V.; MARINHO, Rodolfo R.; TERAMOTO, Lúcia; LIMA, Saulo A. A.; MARINHO, Ricardo R.Proposta de um aparelho para disjunção palatina – o borboleta de Marinho. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial, v.6, n.5, p.105-110, Set/Out 2001.

BIEDERMAN, W. A hygienic appliance for rapid expansion. J Pract Orthod, v. 2, p.67-70, Fev 1968.

BRAMANTE, Fausto Silva. Estudo cefalométrico em norma lateral dos efeitos dentoesqueléticos produzidos por três tipos de expansores: Colado, tipo Haas e Hyrax. 2000. 258f. Dissertação (Mestrado em Ortodontia) – Universidade de São Paulo (USP), Bauru – São Paulo.

CAPELOZZA FILHO, Leopoldino; SILVA FILHO, Omar G. Expansão rápida da maxila: considerações gerais e aplicação clínica. Parte II. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial, v.2, n.4, p.86-108, Jul/Ago 1997.

CABRERA, Carlos A.G. et al. Ortodontia operacional. Curitiba: Produções Interativas, 2000. 450p.

COHEN, Morton; SILVERMAN, Elliot. A new and simple palate splitting palate device. J Clin Orthod, v.7, n. 6, p.368-369, Jun 1973.

De ROSSI, Moara; de SÁ ROCHA, Renata A.S.; GAVIÃO, Maria B. D. Effects of bonded rapid maxillary expansion appliance (brmea) in vertical and sagital dimensions: a systematic review. Braz J Oral Sci. v.7, n.25, p. 1571-1574. Abr/Jun 2008.

FABRINI, Fábio F.; GONÇALVES, Keith J.; DALMAGRO Filho, Lauri. Expansão rápida da maxila, sem assistência cirúrgica, utilizando Hyrax. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 10, n. 3, p. 177-180, Set/Dez 2006.

FERREIRA, Carla P. M.; URSI, Weber; ATTA, João Y.; LYRA, Maria Cristina O.; LYRA, Fábio A. Efeitos dentais e esqueletais mediatos da ERM utilizando disjuntor HYRAX. R Dental Press Ortod Ortop Facial. v. 12, n. 4, p. 36-48, Jul/Ago 2007.

FERREIRA, Marcelo do Amaral. Hábitos bucais no contexto da maturação. J Bras Ortod Ortop Maxilar. v.2, n 9, p. 11-16, Mai/Jun 1997.

FRANCHI, Lorenzo; BACCETTI, Tizziano; CAMERON, Christopher G.; KUTCIPAL Elizabeth A, McNAMARA Jr, James A. Thin-plate spline analysis of the short- and long-term effects of rapid maxillary expansion. Eur J Orthod. v. 24, n.2, p.143–150. Abr 2002.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE … GALVÃO DOS SANTOS SILVA.pdf · objetivo avaliar a eficácia entre os aparelhos disjuntores de Haas, Hyrax, Colado e Borboleta

59    

KILIÇ, Nihat; KIKI, Ali; OKTAY, Hüsamenttin. A comparison of dentoalveolar inclination treated by two palatal expanders. Eur. J. Orthod. v.30, n.1, p. 67-72, Fev. 2008.

LAGRAVÉRE, Manuel O.; HEO, Giseon; MAJOR, Paul W.; FLORES-MIR, Carlos. Meta-analysis of immediate changes with rapid maxillary expansion treatment. J Am Dent Assoc. v.137, n.1, p. 44-53, Jan. 2006.

LIMA, Edriano B.; BERNARDES, Luis Antônio A. Avaliação da sutura palatina mediana e das alterações verticais das bases ósseas pós-expansão rápida da maxila com aparelho tipo Haas. J Bras Ortodon Ortop Facial v.48, n. 8, p. 485-95.2003.

LOPES, David G.; NOUER, Paulo R.; TAVANO, Orivaldo; MIYAMURA, Zeferino Y.; ARSATI, Inara; WASSAL.Thomaz. Disjunção rápida da maxila por meio de aparelhos expansores. R G O, v.51, n.4, p 237-242, Out. 2003.

McNAMARA Jr, James.A.; BRUDON, William L. Bonded rapid maxillary expansion appliances. In: _____ Orthodontic and orthopedic treatment in the mixed dentition. 5.ed. 1995. Cap.7. p.145-169.

OLIVEIRA, Nanci L.; DA SILVEIRA, Adriana C.; KUSNOTO, Budi; VIANA, Grace. Three-dimensional assessment of morphologic changes of the maxilla: a comparison of 2 kinds of palatal expanders. Am J Orthod Dentofacial Orthop. v. 126, n. 3, p. 354-362, Set. 2004.

REED, Noel; GHOSH, Joydeep; NANDA, Ram S. Comparison of treatment outcomes with banded and RPE appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.116, n.1, p. 31-40, Jul. 1999.

REGGIANI, Luciano R.; KOCHENBORGER, Carlos A. Avaliação cefalométrica da expansão rápida com o uso do aparelho de McNamara. Ortodontia Gaúcha, v. 9, n. 1, p. 61-69, Jan/Jun 2005.

SAKAI, Eduardo et al. Nova visão em ortodontia e ortopedia facial. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2001.

SANTOS, Bianca M.; STUANI, Andréa S.; FARIA, Gisele; QUINTÃO, Catia C.; SASSO STUANI, Maria B. Soft tissue profile changes after rapid maxillary expansion with a bonded expander. Eur. J. Orthod. v.33, p.1-7. Mar. 2011.

SCANAVINI, Marco A.; REIS, Silvia A. B.; SIMÕES, Marcelo M.; GONÇALVES, Regina Ap. R. Avaliação comparativa dos efeitos maxilares da expansão rápida da maxila com os aparelhos de Haas e Hyrax. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, v. 11, n. 1, p. 60-71, Jan/Fev 2006.

SIQUEIRA, Danilo F. Estudo comparativo por meio de análise cefalométrica em norma frontal dos efeitos dentoesqueléticos produzidos por três tipos de expansores palatinos. 2000. 270f. Dissertação (Mestrado em Ortodontia) – Universidade de São Paulo (USP), Bauru -São Paulo.

SPILLANE, Lawrence M.; McNAMARA JR, James A. Maxillary adaptation to expansion in the mixed dentition. Semin. in Orthod.. v. 1, n. 3, p.176-187, Set. 1995.