universidade federal de sÃo joÃo del rei … 2016 2... · josé carlos moraes rufini – dr....

29
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI PRÓ REITORIA DE ENSINO ENGENHARIA AGRONÔMICA ADRIANE DUARTE COELHO Desinfestação de sementes de jabuticabeira “Sabará” na propagação in vitro Sete Lagoas 2017

Upload: dothuan

Post on 08-Feb-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

PRÓ REITORIA DE ENSINO ENGENHARIA AGRONÔMICA

ADRIANE DUARTE COELHO

Desinfestação de sementes de jabuticabeira “Sabará” na propagação in vitro

Sete Lagoas 2017

ADRIANE DUARTE COELHO

Desinfestação de sementes de jabuticabeira “Sabará” na propagação in vitro

Sete Lagoas

2017

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

ADRIANE DUARTE COELHO

Desinfestação de sementes de jabuticabeira “Sabará” na propagação in vitro

Sete Lagoas, 08 de fevereiro de 2017. Banca examinadora:

_______________________________________ Renata Elisa Viol – Enga. Agra. Mestranda em Ciências Agrárias (UFSJ)

_______________________________________ Mayara Neves Santos Guedes – Dra. em Agroquímica (UFSJ)

_______________________________________ José Carlos Moraes Rufini – Dr. Professor Associado (UFSJ)

Orientador

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e irmãs por todo apoio, carinho e incentivo para a conclusão

de mais uma etapa.

Ao meu avô Genuíno, por ter me apresentado à Ciência desde criança e por

ampliar a minha visão sobre o Universo.

Ao professor e amigo Rufini, pelo apoio, dedicação e orientação em todos os

momentos da graduação.

À Embrapa Milho e Sorgo, em especial a pesquisadora Andrea Almeida

Carneiro, por ceder parte do material utilizado nesta pesquisa e, principalmente, por

toda a atenção e conhecimento sobre a Cultura de Tecidos.

Agradeço aos amigos Pedro Arthur, Renata, Natália, Ruane, Adriano

Mendes, Luciane, Taís, Kamila, Fernanda, Fabiane, Patrícia, Rayanne e,

especialmente, a Karen Acerbi por toda sua ajuda, paciência, carinho e amor em

todos os momentos.

Aos amigos Lucas Silvério, Guilherme Volpe, Luana, Gizele, Crosley,

Kandra, Elaine, Rogélio e a todos que tive o prazer de conviver em Fargo, dos quais

tenho a felicidade de chamar de “Família”.

A todos os colegas, professores da Universidade Federal de São João Del-

Rei e integrantes do Grupo PET Agronomia UFSJ, com os quais tive o prazer de

trabalhar.

Agradeço a todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a

realização deste trabalho, especialmente a Mayara Guedes, por toda a ajuda e

orientação necessária para a conclusão deste trabalho.

RESUMO

A jabuticabeira (Myrciariajaboticaba) é uma frutífera originária da região centro-

sul do Brasil e de ocorrência em quase todo o país, tendo maior produção na região

sudeste. Sua propagação é feita principalmente por meio de sementes, porém, este

método faz com que a jabuticabeira tenha um período juvenil prolongado. A

obtenção de protocolos de desinfestação e de germinação eficientes é

imprescindível para o desenvolvimento da técnica de microenxertia, a qual alia

técnicas do cultivo in vitro com a enxertia, capaz de produzir mudas sadias de

jabuticabeiras, de produção precoce e de qualidade genética superior. Desta forma,

o objetivo deste trabalho foi criar um protocolo de desinfestação e germinação de

sementes de jabuticabeira “Sabará”. Sementes de jabuticabeira sem tegumento

foram previamente tratadas com fungicida e lavadas em água corrente para retirada

dos resíduos. Posteriormente, as sementes tratadas foram levadas para a câmara de

fluxo laminar, em condições assépticas, onde foram imersas em etanol 70% por 30

segundos e em soluções com diferentes concentrações de hipoclorito de sódio

(NaClO) (0; 0,75; 1,25; 1,75; 2,25%), por 5 ou 10 minutos, acrescidas de 2 gotas de

detergente comercial. Em seguida, passaram por tríplice lavagem com água

destilada autoclavada e imediatamente inoculadas em meio de cultura ½ MS. A

germinação in vitro de sementes de jabuticabeira é um processo viável que pode ser

utilizada na produção de mudas por microenxertia. Sementes imersas em solução de

2,25% de NaClO por 10 minutos obtiveram os melhores resultados quanto a

germinação em conjunto com a redução da contaminação por fungos.

Palavras chave: assepsia, microenxertia, Myrciaria jaboticaba

ABSTRACT

Jaboticaba tree (Myrciaria jaboticaba) is a fruit species native to the Central-South

region of Brazil, and can be found in almost all country territory, whereas its best

production occurs in the Southern Region. The jaboticaba propagation is mainly

made by seeds. However, this method is responsible for a long juvenile plant

period, not interesting for fruit producers. The creation of an efficient protocol for

seeds disinfestation and germination is necessary for the development of jaboticaba

micrografting techniques, which combine tissue culture with grafting, capable of

produce health, pathogen-free, early production, and superior genetic quality plants.

Therefore, this work aimed to create an efficient protocol for disinfestation and

germination of jabuticaba “Sabará” seeds. Seed without the tegument were

previously treated with fungicide and washed in running water for residue removal.

After that, the seeds were taken to a laminar air flow chamber, on aseptic

conditions, where they were submerse in 70% ethanol, for 30 seconds, and in

Sodium Hypoclorite (NaClO) solutions, at different concentrations (0; 0.75; 1.25;

1.75; 2.25%), for 5 or 10 minutes added with 2 drops of commercial detergent.

Later, the explants were washed three times with autoclaved distilled water, and

immediately inoculated onto each petri dish containing ½ MS medium. In vitro seed

germination of jaboticaba is a viable process which can be used in the plant

production through micrografting. The seeds treated with 2.25% NaClO for 10

minutes showed the best results regarding seed germination and fungi

contamination reduction.

Keywords: Aseptic conditions, micrografting, Myrciaria jaboticaba

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................1

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................3

1.1. A cultura da jabuticabeira ............................................................................................................ 3

1.2. Cultura de tecidos vegetais .......................................................................................................... 5

3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................9

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................... 12

5. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 17

6. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 18

1

1. INTRODUÇÃO

Pertencente à família Myrtaceae, a jabuticabeira (Myrciaria jaboticaba) é

uma espécie frutífera originária da região centro-sul do Brasil (MATTOS, 1983) e

de ocorrência em quase todo o país, concentrando sua maior produção na região

sudeste (OLIVEIRA et al., 2003). Rico em compostos antioxidantes, altos teores de

flavonóides e antocianinas, seu fruto é comercializado in natura em mercados locais

ou transformado em geleia, licor, vinho e vinagre, sendo de grande importância

econômica para a agricultura familiar (CITADIN et al., 2010).

O principal método utilizado para a formação de mudas de jabuticabeira é a

propagação sexuada, dando origem a plantas denominadas “pés-franco” (MANICA,

2000). Contudo, a propagação por sementes faz com que a muda produzida tenha

um longo período juvenil, fato não interessante aos fruticultores, uma vez que se

deseja antecipar ao máximo a fase de produção da jabuticabeira, que leva de 8 a 15

anos para ser iniciada (SASSO, 2009).

Com a finalidade de antecipar o período de produção, produtores de mudas

de frutíferas utilizam métodos de propagação vegetativa, como estaquia, alporquia e

enxertia, os quais consistem em multiplicar uma planta assexuadamente, obtendo

indivíduos geneticamente idênticos a planta matriz, possibilitando maiores

produtividades e uniformidade do pomar. Desta forma, é possível conservar

características de matrizes com genótipos superiores, uma vez que não há

segregação dos genes, como ocorre na propagação por sementes.

Um dos métodos de propagação vegetativa que vem ganhando espaço na

fruticultura é a microenxertia, que alia as técnicas de enxertia ao cultivo in vitro,

produzindo mudas sadias em condições assépticas, livres de vírus, fungos e

bactérias. Neste método, desenvolvido por Murashige (1972), considera-se duas

plantas distintas: o porta-enxerto, que ficará em contato com o solo absorvendo

água e nutrientes, e o enxerto, que dará origem a copa da árvore.

Um dos maiores entraves do uso da técnica da microenxertia é a

contaminação dos explantes utilizados, causada por fungos e bactérias. Desta forma,

2

a etapa da desinfestação se faz imperativa e deve ser realizada de maneira eficaz,

uma vez que os microorganismos que se desenvolvem no meio de cultura competem

com os explantes por nutrientes, prejudicando o desenvolvimento e podendo causar

a morte da plântula (PEREIRA et al., 2011).

Para que não haja contaminação ao se utilizar a técnica da microenxertia, as

sementes que darão origem aos porta-enxertos devem passar previamente pela etapa

da desinfestação, onde as substâncias mais utilizadas neste processo são o etanol e o

hipoclorito de sódio (NaClO) (QUISEN & ÂNGELO, 2008). Entretanto, as

concentrações utilizadas e o tempo de exposição dependem da espécie a ser

propagada, sendo que para a cultura da jabuticabeira existem poucos estudos

relacionados a desinfestação e a germinação in vitro das sementes (ANDRADE,

2002).

O objetivo deste trabalho foi desenvolver um protocolo de desinfestação de

sementes de jabuticabeira a serem utilizadas como porta-enxertos na formação de

mudas por microenxertia, visando à obtenção de jabuticabeiras livres de patógenos e

de qualidade genética superior.

3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. A cultura da Jabuticabeira

A jabuticabeira (Myrciaria jaboticaba) é uma frutífera de ocorrência

espontânea em grande parte do país, tendo sua maior produção na região sudeste,

principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro

(OLIVEIRA et al., 2003). Pode ser encontrada em outros países da América do Sul,

como Bolívia, Argentina, Uruguai e Peru (ASCHERI et al., 2006), e seu cultivo está

sendo testado no estado da Flórida, para implantação de pomares nos Estados

Unidos (CITADIN et al., 2010).

Segundo Joly (2002), a jabuticabeira é classificada botanicamente como uma

planta Eudicotiledônea, pertencente à ordem Myrtales, à família Myrtaceae e ao

gênero Myrciaria, na qual existem nove espécies conhecidas de jabuticabeira.

Dentre as espécies de maior interesse, destacam-se a Myrciaria trunciflora,

conhecida como “jabuticaba de cabinho”, Myrciaria cauliflora, também chamada

de “jabuticaba-paulista” ou “açú”, e a Myrciaria jaboticaba, também conhecida

como jabuticaba “Sabará” (MATTOS, 1983). Segundo Berg (1857), a jabuticabeira

pertence ao gênero Myrciaria, entretanto, Sobral (1985) propôs a alteração de seu

gênero para Plinia. Desde então, é comum encontrarmos as duas nomenclaturas

sendo utilizadas no meio científico, sendo consideradas sinonímias.

Segundo Mattos (1970), a jabuticabeira apresenta uma exigência de

temperatura entre 20ºC a 25ºC, no mínimo 1000 mm/anuais de chuva bem

distribuída e solos preferencialmente argilosos, profundos, férteis, bem dotados de

umidade e permeáveis, potencializando o crescimento desta frutífera que pode

atingir até 15 metros de altura e 40 centímetros de diâmetro.

As flores são hermafroditas e com potencial para autopolinização, podendo

florescer de duas a três vezes no ano, de acordo com os tratos culturais (DANNER

et al., 2011a). Dependendo das condições edafoclimáticas da região, a jabuticabeira

leva de 45 a 60 dias para completar o seu ciclo de desenvolvimento do fruto, desde

a polinização até a colheita (BARROS et al., 1996 apud FORTES et al., 2012).

4

Os frutos são do tipo baga globosa de até 30 mm de diâmetro, casca

apresentando tons de vermelho a preto, polpa esbranquiçada, alto teor de açúcares,

presença de inúmeros nutrientes e contendo até quatro sementes. O processo de

maturação da jabuticaba é caracterizada pela mudança das cores da casca,

decréscimo na firmeza da fruta, aumento no pH e no conteúdo de açúcares totais

(BECKER, 2015).

A jabuticaba é um fruto rico em compostos antioxidantes, altos teores de

flavonóides, antocianinas e compostos fenólicos (DANNER et al., 2011a). Sua

casca é utilizada na medicina popular contra diarreia, asma, na inflamação dos

intestinos e hemoptise. Segundo Carvalho et al., (2009), o efeito antimicrobiano do

extrato de folhas de jabuticaba tem a capacidade de inibir o crescimento de espécies

bacterianas presentes na cavidade oral, sendo indicada a incorporação deste extrato

na produção de dentifrícios, sendo considerada como matéria-prima potencial ao

combate da cárie dental.

Análises das propriedades químicas retratam os benefícios da fruta, uma vez

que se mostrou ser fonte de fibras, carboidratos, pigmentos naturais e por possuir

compostos que apresentam atividade anticarcinogênica, destacando seu potencial

uso como ingrediente na fabricação de produtos da indústria alimentícia, na

produção de farinhas e biscoitos, cosmética e farmacêutica (FERREIRA et al.,

2012).

Um dos maiores problemas enfrentados pelos fruticultores que desejam

expandir a produção do fruto no país é o alto custo das mudas, devido

principalmente à dificuldade de enraizamento de estacas de jabuticabeira

(PEREIRA et al., 2005). Desta forma, produtores de jabuticaba optam pela

propagação seminífera, a qual contribui para a diversidade genética das plantas

(RAMOS, 2016).

A propagação por sementes pode ser afetada por diversos fatores internos e

externos, como dormência, disponibilidade de água (na semente e no substrato de

germinação), luz, gases (O2), temperatura e viabilidade da semente (MARTINS et

al., 2008). As sementes de jabuticabeira conservam-se por apenas cinco dias, sendo

5

que o armazenamento a vácuo das sementes faz com que elas possam manter sua

viabilidade por até 65 dias (DANNER, 2011b).

O tamanho das sementes influencia na germinação e no desenvolvimento

inicial das espécies de jabuticabeira “Sabará” e “Cabinho”, indicando que quanto

maior o tamanho da semente, melhor são seus resultados na germinação (JÚNIOR,

et al., 2011) e, segundo Picolotto et. al (2007), o fotoperíodo não influencia na sua

germinação.

Contudo, a propagação sexuada faz com que a muda produzida tenha um

longo período juvenil. Desta forma, produtores de mudas de jabuticabeira recorrem

à propagação vegetativa, utilizando técnicas de enxertia e alporquia (SASSO, 2009).

Para obtenção de mudas clonais e de elevado padrão sanitário, é indicada a

produção de mudas por microenxertia, método que alia a enxertia com técnicas de

cultivo in vitro de tecidos vegetais.

2.2. Cultura de Tecidos Vegetais

A cultura de tecidos vegetais, é um conjunto de técnicas de cultivo in vitro

em que partes da planta, sejam estas folhas, raízes, sementes, caules ou embriões,

são alocadas em meio nutritivo sintético adequado para a regeneração e

desenvolvimento de uma nova planta, sob condições ideais de luz, assepsia, gases e

temperatura (MURASHIGE et al., 1974).

Os meios de cultura utilizados na cultura de tecidos in vitro possuem

ingredientes vitais ao desenvolvimento dos tecidos vegetais, como macronutrientes,

micronutrientes, sacarose, vitaminas e fitoreguladores. De acordo com a exigência

das fases do desenvolvimento vegetal (estabelecimento, multiplicação e

enraizamento) e a finalidade do processo (indução de calos ou indução do

crescimento vegetativo), o meio de cultura possui concentrações específicas dos

seus componentes, podendo ser de consistência mais líquida ou gelatinosa, de

acordo com a concentração de agentes gelificantes utilizados (SAAD, 2012).

O meio de cultura mais utilizado é o meio MS, criado por Murashige &

Skoog (1962), onde contém os componentes necessários para promover o

6

crescimento vegetativo da planta, porém, deve ser acrescido de reguladores vegetais

como auxinas e citocininas, para crescimento de raízes e parte aérea,

respectivamente.

A micropropagação é uma das técnicas de maior destaque na cultura de

tecidos de plantas e tem diversas aplicações na área agrícola, sendo amplamente

utilizada em programas de pesquisas em melhoramento genético e na produção de

mudas de espécies arbóreas, ornamentais e frutíferas, visando obter plantas de

qualidade sanitária, livre de qualquer tipo de contaminação e com características

genotípicas superiores (GEORGE, 1984).

A microenxertia é uma técnica utilizada na micropropagação de plantas, a

qual consiste em microenxertar um ápice caulinar (meristema) sobre um porta-

enxerto cultivado in vitro, de aproximadamente 4 semanas de idade, para produção

de mudas de maior qualidade e produtividade (PAZ; PASCOAL, 1998). A técnica

da microenxertia pode ser, inclusive, utilizada para eliminação de viroses

(MURASHIGE et al., 1972).

Dentre as vantagens do uso das técnicas da microenxertia estão: precocidade

da produção, redução no porte da planta, assegurar que as características genéticas

desejadas não sejam perdidas, restauração de plantas injuriadas e limpeza clonal, a

qual possibilita a formação de plantas livres de viroses (REHMAN, 2015). A

germinação de sementes in vitro é um método utilizado para obtenção de plantas a

serem utilizadas como porta-enxertos no processo de microenxertia (MURASHIGE

et al., 1972).

A propagação de plantas in vitro apenas terá sucesso se a cultura não sofrer

contaminação na fase de manipulação do material vegetal a ser multiplicado,

também chamado de explante. Desta forma, é de suma importância a esterilização

do tecido vegetal, dos materiais utilizados, assim como a vedação dos recipientes

onde as plantas serão acondicionadas, caso contrário, todo o material poderá ser

perdido (GEORGE, 1984).

Ao introduzir os explantes, sejam estes sementes, embrião, folhas ou

segmentos nodais, microorganismos como fungos e bactérias podem entrar nos

7

recipientes pelo ar e causar a contaminação do material ou do meio de cultura.

Sendo assim, realizar o trabalho em câmaras de fluxo laminar, bem como utilizar

pinças e estiletes somente após esterilização é imprescindível para criar um

ambiente com alto nível de assepsia (QUISEN & ANGELO, 2008).

Para que não haja contaminação, o explante deve passar pela etapa da

desinfestação, onde a parte do vegetal a ser propagada passa por diversas etapas

para assepsia do material. Dentre os agentes utilizados na desinfestação dos

explantes, o ácido clorídrico, cloreto de mercúrio, cloreto de benzalcônico e

peróxido de hidrogênio são utilizados. Porém, as substâncias germicidas mais

utilizadas nos protocolos de desinfestação de explantes vegetais são o etanol e o

hipoclorito de sódio (NaClO) (QUISEN & ANGELO, 2008). O etanol é utilizado

geralmente nas concentrações de 70% a 80%, variando de alguns segundos a

minutos. Acima da concentração indicada, o tratamento se torna ineficiente,

podendo desidratar os tecidos vegetais de explantes mais sensíveis, como folhas

jovens e segmentos nodais (GRATTAPAGLIA; MACHADO, 1998).

As concentrações de hipoclorito de sódio mais utilizadas nos protocolos de

desinfestação variam de 0,5% a 2,0% de cloro ativo, porém, alguns estudos indicam

concentrações mais altas para espécies de difícil desinfestação, com o tempo de

exposição variando de alguns segundos a minutos (TORRES et al., 2000). A alta

exposição ao hipoclorito, assim como o etanol, acaba causando efeito contrário ao

desejado, promovendo a oxidação dos tecidos e a morte dos mesmos (SMITH,

2000). Para melhorar o contato das soluções a base de cloro aos tecidos vegetais,

geralmente são adicionadas algumas gotas de detergente. Após fazer a

desinfestação, geralmente os explantes passam por uma tríplice lavagem com água

destilada autoclavada, para remoção de resíduos dos desinfestantes (TORRES et al.,

2000).

As concentrações de agentes desinfestantes utilizadas e o tempo de

exposição dependem da espécie a ser propagada (ALFENAS et al., 2004). De

acordo com Souza et al. (2011), a desinfestação de sementes de guabijuzeiro

(Myrcianthes pungens O. Berg) é mais eficiente ao se utilizar etanol 70% por 60

8

segundos, seguido de solução de hipoclorito de sódio de 4 a 6%, as quais resultaram

em 6% e 2% de contaminação fúngica, respectivamente. Segundo Martinoto et al.

(2007), para o cultivo in vitro de sementes de cagaiteira (Eugenia dysenterica DC.)

é indicado o uso de álcool 70% por 60 segundos e imersão em solução de 0,5% de

hipoclorito de sódio por 15 minutos. Picollotto et al. (2007), sugerem que a

desinfestação de sementes de jabuticabeira (Myrciaria spp.) é eficaz ao utilizar

álcool 70% por 30 segundos, seguido de imersão em solução de hipoclorito de sódio

a 5%. Entretanto, para a cultura da jabuticabeira existem poucos estudos sobre o

melhor método de desinfestação das suas sementes.

9

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido no laboratório de Micropropagação da

Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Sete Lagoas. 200 frutos de um

acesso de jabuticabeira “Sabará” foram colhidos, com as cascas apresentando

coloração 50% verde, e levados ao laboratório. Os frutos foram despolpados

manualmente e colocados em solução de CaO (2 g.L-1) por 15 minutos, para

facilitar a retirada da mucilagem.

Após a desmucilagem, foi feita a lavagem do material em água corrente,

onde também se removeu o tegumento das sementes, as quais secaram em

temperatura ambiente (±28°C) por 2 horas. As sementes foram selecionadas de

acordo com seu tamanho, onde as menores foram descartadas.

O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com

esquema fatorial 2x5, sendo 2 tempos de imersão (5 ou 10 minutos) e 5

concentrações de hipoclorito de sódio (0; 0,75; 1,25; 1,75; 2,25%), em 4 repetições

por tratamento. A unidade experimental foi composta por uma placa de petri

contendo 5 explantes (sementes de jabuticabeira sem tegumento).

As sementes foram mantidas por 5 minutos em solução antifúngica

constituída de água destilada e Cercobin ® na concentração de 2 g.L-1 e, em

seguida, lavadas em água corrente e levadas para a etapa de desinfestação, a qual

ocorreu na câmara de fluxo laminar, em condições de completa assepsia. As

sementes foram imersas em álcool 70% por 30 segundos (QUISEN, 2008) e seguida

da imersão de hipoclorito de sódio (NaClO) nas concentrações de 0, 0,75, 1,25, 1,75

e 2,25% de cloro ativo contendo 2 gotas de detergente comercial. As sementes

ficaram em contato com a solução de hipoclorito de sódio por 5 ou 10 minutos.

Ao final de cada tratamento, as sementes passaram por uma tríplice lavagem

com água destilada autoclavada e imediatamente inoculadas em placas de petri

contendo meio de cultura ½ MS (MURASHIGE & SKOOG, 1962), (Tabela 1). O

pH do meio foi ajustado para 5,8, antes da inclusão do ágar e, em seguida,

autoclavado por 20 minutos a 1,5 atm e 121°C.

10

Tabela 1. Composição do Meio ½ MS (Murashige & Skoog, 1962)

Após inoculação das sementes, as placas de petri foram levadas para uma

estufa incubadora B.O.D., onde permaneceram por 7 dias no escuro, de acordo com

COMPONENTE CONCENTRAÇÃO (mg.L-1)

Macronutrientes

CaCl2. 4H2O 220

KH2PO4 85

KNO3 950

MgSO4.7H2O 185

NH4NO3 825

Micronutrientes

CoCl2.6H2O 0,0125

CuSO4.5H2O 0,0125

H2BO3 3,1

KI 0,415

MnSO4.4H20 11,15

Na2MoO4.2H2O 0,125

ZnSO4.7H2O 4,3

Fe(SO4).7H2O 13,9

Na2EDTA.2H2O 18,6

Orgânicos

Ácido nicotínico 0,25

Glicina 1,00

Mio-inositol 50

Piridoxina 0,25

Tiamina 0,025

11

Sasso (2009). Posteriormente, foram expostas a luz na B.O.D, sem presença de

fotoperíodo e à temperatura de 25°C.

Aos 7, 14, 21, 28 dias foram avaliadas as porcentagens de oxidação,

contaminação fúngica e bacteriana. As sementes não contaminadas em cada

observação foram transferidas para novas placas com meio de cultura ½ MS e, após

28 dias, a porcentagem de germinação das sementes de jabuticabeira foi avaliada.

Os dados foram transformados em 𝑎𝑟𝑐𝑜𝑠𝑒𝑛𝑜√(𝑥/100) e submetidos à

análise de variância e as médias comparadas estatisticamente pelo teste de Tukey

5%, utilizando o software SISVAR (FERREIRA, 2011).

12

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não houve interação significativa (p<0,05) entre o tempo de imersão e a

concentração do hipoclorito de sódio (NaClO) em nenhuma das variáveis analisadas

(Tabela 2).

Tabela 2. Resumo da análise de variância para contaminação fúngica,

contaminação bacteriana, oxidação e germinação das sementes de jabuticabeira.

n.s. Não significativo; ** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Os resultados obtidos apontam que o tempo de imersão e a concentração de

NaClO influencia positivamente na redução da contaminação fúngica das sementes

avaliadas (Figura 1), entretanto, o tempo de imersão não foi significativo em relação

à contaminação bacteriana, oxidação e germinação das sementes de jabuticabeira

(Tabela 3).

Figura 1. Relação entre o tempo e concentração de hipoclorito de sódio (NaClO) na

contaminação das sementes por fungos.

Tratamento Fator de Variância GL QM Contaminação fúngica CV: 31,07 Média: 0,0556

Concentração Tempo Concentração*Tempo

4 1 4

0,0048 ** 0,0042 ** 0,0004 n.s.

Contaminação bacteriana CV: 15,38 Média: 0,0696

Concentração Tempo Concentração*Tempo

4 1 4

0,0006** 0,0001 n.s. 0,0001 n.s.

Oxidação CV: 52,48 Média: 0,0459

Concentração Tempo Concentração*Tempo

4 1 4

0,0008 n.s. 0,0014 n.s. 0,0009 n.s.

Germinação CV: 10,09 Média: 0,0791

Concentração Tempo Concentração*Tempo

4 1 4

0,0005 ** 0,0001 n.s. 0,0000n.s.

13

Tabela 3. Contaminação fúngica, contaminação bacteriana, oxidação e germinação

das sementes de jabuticabeira submetidas a diferentes tempos de imersão em

hipoclorito de sódio (NaClO).

Tempo (min)

Contaminação Fúngica

(%)

Contaminação Bacteriana

(%) Oxidação

(%) Germinação

(%) 5 66,15 b 70,95 n.s. 39,90 n.s. 83,10 n.s.

10 45,45 a 15,50n.s. 52,05 n.s. 77,70 n.s. CV(%) 31,07 15,38 52,48 10,09

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, segundo teste de Tukey 5%.

A concentração da solução de NaClO contribuiu expressivamente para a

desinfestação das sementes de jabuticabeira em relação à contaminação fúngica

(Figura 2), onde maiores concentrações proporcionaram resultados expressivos,

atingindo uma queda de aproximadamente 60% na contaminação das sementes

imersas em 2,25% de NaClO (p<0.05).

Figura 2. Relação entre as diferentes concentrações de hipoclorito de sódio(NaClO)

e contaminação das sementes por fungos.

Em experimento desenvolvido por Santos (2015), sementes de jabuticabeira

com tegumento foram inoculadas em meio de cultura ½ MS para teste de

germinação in vitro, onde houve 100% de contaminação fúngica dos explantes.

Provavelmente, a retirada do tegumento implicou no melhor resultado observado

neste estudo, uma vez que o tegumento favorece os microorganismos a se ocultarem

14

em suas ondulações e assim não serem completamente afetados pelo processo da

desinfestação, resultando na contaminação do meio de cultura e dos explantes.

A imersão em solução de hipoclorito de sódio apresentou baixo rendimento

na redução da contaminação bacteriana. Apesar de ter sido reduzida em até 20%, é

possível perceber uma relação diretamente proporcional entre o aumento da

concentração de NaClO e a contaminação bacteriana (Figura 3).

Figura 3. Relação entre diferentes concentrações de NaClO e a contaminação dos

explantes por bactérias

Em estudo semelhante com a cultura da jabuticabeira, Picolotto et al. (2007)

indicaram que o uso de hipoclorito de sódio na concentração de 2,25% diminuiu a

contaminação de bactérias em 90%, divergindo dos resultados encontrados neste

trabalho. Provavelmente, ao utilizar o bico de Bunsen, o tempo de exposição ao

fogo não foi suficiente para a assepsia das pinças utilizadas. De acordo com Fortes

et al. (2012), este tipo de contaminação é a mais comum nos cultivos in vitro.

A oxidação dos explantes não foi influenciada pelo tempo de imersão e

concentração de NaClO utilizada, apresentando uma média de 45% de oxidação em

todos os tratamentos. O resultado encontrado foi, provavelmente, devido à liberação

de compostos fenólicos pela semente de jabuticabeira, uma vez que a baixa

concentração de cloro ativo utilizada não é agressiva aos tecidos vegetais a ponto de

15

causar oxidação dos tecidos. Provavelmente, os valores de oxidação encontrados

não foram maiores devido à sugestão de Sasso (2009) que, ao deixar o meio de

cultura com sementes de jabuticabeira sete dias no escuro, encontrou menores

valores de oxidação, uma vez que as sementes de jabuticabeira tendem a liberar

menos compostos fenólicos na ausência de luz.

A germinação das sementes foi influenciada positivamente pela

concentração de hipoclorito de sódio utilizada, onde todos as sementes imersas em

NaClO tiveram melhores resultados em relação ao controle, aumentando a

germinação em até 20% (Figura 4).

Figura 4. Relação entre a concentração de NaClO utilizada e a germinação

das sementes de jabuticabeira.

Em experimento semelhante, ao utilizar 2,25% de hipoclorito de sódio e

meio MS para germinação de sementes de jabuticabeira com tegumento, Picolotto et

al. (2007) obtiveram 0% de germinação em 42 dias na presença de luz, em

contrapartida aos resultados obtidos neste estudo, onde a germinação iniciou-se no

9° dia e alcançou valores entre 68% a 86%. Uma possível causa seria a

permeabilidade do tegumento, pois, com sua retirada, a dormência foi superada,

permitindo a germinação das sementes em menor tempo.

Outra possível explicação está no fato de que, neste estudo, foi utilizado

somente 50% dos sais (1/2 MS) no meio de cultura, criando uma situação de menor

diferença de potencial osmótico, se comparado ao meio de cultura MS (utilizando

16

100% dos sais). Ao utilizar 100% dos sais na preparação do meio de cultura, este

ficará mais concentrado que a semente, fazendo com que, por diferença de potencial

osmótico, a água flua da semente para o meio de cultura, causando desidratação e

prejudicando a sua germinação.

17

5. CONCLUSÃO

A germinação in vitro de sementes de jabuticabeira é um processo viável

que pode ser utilizada na produção de porta-enxertos visando a técnica da

microenxertia.

Para realizar a desinfestação de sementes de jabuticabeira “Sabará” para

cultivo in vitro e promover a sua germinação, é indicada a imersão das sementes em

solução de hipoclorito de sódio (2,25%) por 10 minutos, uma vez que se obteve

uma baixa contaminação por fungos (5%) e altos valores de germinação (86%).

18

6. REFERÊNCIAS

ALFENAS, A.C.; ZUZA, E.A.V.; MAFIA, R.G.; ASSIS, T.F. Clonagem e doenças

do eucalipto. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 442p, 2004.

ANDRADE, S. R. M. Princípios de cultura de tecidos vegetais. Planaltina.

Documentos 58. Embrapa Cerrados, 16p. 2002.

ASCHERI, D.P.R.; ASCHERI, J.L.R.; CARVALHO, C.W.P. Caracterização da

farinha do bagaço da jabuticaba e propriedades funcionais dos extrusados. Ciênc.

Tecnol. Aliment., Campinas, v. 26, p. 897-905, 2006.

BARROS, R.S; FINGER, F.L.; MAGALHAES, M.M. Changes in non-structural

carbohydrates in developing fruit of Myrciaria jaboticaba. Scientia Horticulturae, v.

66, p. 209-215, 1996.

BECKER, F.S.; VILAS BOAS, A.C.; SALES, A.; TAVARES, L.S.; SIQUEIRA,

H.H.; VILAS BOAS, E.V.B. Characterization of 'Sabará' Jabuticabas at different

maturation stages. Acta Sci., Agron., v. 37, n. 4, p. 457-462, 2015.

CARVALHO, C.M.; MACEDO-COSTA, M.R. , PEREIRA, M.S.V. ; HIGINO,

J.S.; CARVALHO, L.F.P.C.; COSTA, L.J.. Efeito antimicrobiano in vitro do

extrato de jabuticaba [Myrciaria cauliflora (Mart.) O.Berg.] sobre Streptococcus da

cavidade oral. Rev. Bras. Pl. Med., v.11, n.1, p.79-83, 2009.

CITADIN, I.; DANNER, M.A.;SASSO, S.A.Z. Jabuticabeiras. Revista Brasileira de

Fruticultura, Jaboticabal, v. 32, n.2, p 343-656, 2010.

DANNER, M.A.; CITADIN, I.; SASSO, S.A.Z.; SCARIOT, S.; BENIN, G. Genetic

dissimilarity among jabuticaba trees native to Southwestern Paraná, Brazil. Revista

Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.33, n.2, p.517-525, 2011a.

DANNER, M.A.; CITADIN, I.; SASSO, S.A.Z; AMBROSIO, R.; JÚNIOR, A.W.

Armazenamento a vácuo prolonga a viabilidade de sementes de jabuticabeira. Rev.

Bras. Frutic., Jaboticabal , v. 33, n. 1, p. 246-252, 2011b.

19

DONADIO, L. C. Jabuticaba (Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg). Jaboticabal:

Funep, 2000. 55p.

EFFEGEM, C.; GONTIJO, A.B.P.L.; CAMPANHARO, A.; GONTIJO, I.

Desinfestação e germinação in vitro de sementes de pimenta-do-reino (Piper

nigrum). Enciclopédia Biosfera. Goiânia, v.10,n.18, p.1221-1228, 2014.

FERREIRA, D. F.Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e

Agrotecnologia (UFLA), v. 35, n.6, p. 1039-1042, 2011.

FERREIRA, A. E.; FERREIRA, B. S.; LAGES, M. M. B.; RODRIGUES, V. A. F.;

THÉ, P. M. P.; PINTO, N. A. V. D. Production, characterization and use in cookies

of flour of peel of jabuticaba. Alim. Nutr. , v. 23, n. 4, p. 603-607, 2012.

FORTES, G.A.C. Análise multiparamétrica da qualidade dos frutos, mostos e

vinhos de jabuticaba. Dissertação (Mestrado em Química) Universidade Federal de

Goiás, Instituto de Química, 2012.51p.

GEORGE, E. F.; Sherrington, P. D. Plant propagation by tissue culture. Handbook

and Directory of Commercial Laboratories Exegetics Ltd, Hant, Reino Unido,

1984.709p.

GRATTAPAGLIA, D. & MACHADO, M. A. Micropropagação. In: TORRES, A.

C.; CALDAS, L. S. & BUSO, J. A. (ed). Cultura de tecidos e transformação

genética de plantas. Brasília: EMBRAPA-CNPH, v. 1, p. 183-260, 1998.

JOLY, A.B. Botânica: Introdução à taxonomia vegetal. 13º Ed. São Paulo,

Companhia Editora Nacional, 2002. 777p.

JUNIOR, A. W.; SILVA, J.O. da C.; PIMENTEL, L.D.; SANTOS, C.E.M.

BRUCKNER, C.H. Germinação e desenvolvimento inicial de duas espécies de

jabuticabeira em função do tamanho das sementes. Acta Scientiarium. Maringá, v.

33, n.1, p. 105-109, 2011.

20

LIMA, A.J.B; DUARTE, A.C; ALVES, A.P.C., C. ALVES. Caracterização química

do fruto jabuticaba (Myrciaria cauliflora Berg) e de suas frações. Archivos

Latinoamericanos de Nutrición, v.58, n.4, p.416-421, 2008.

MANICA, I. Frutas nativas, silvestres e exóticas: técnicas de produção e mercado:

abiu, amora-preta, araçá, bacuri, biribá, carambola, cereja-do-rio-grande, jabuticaba.

Porto Alegre: Cinco Continentes, 2000. 327 p.

MARTINOTTO, C.; PAIVA, R.;SANTOS, B.R.;SOARES, F.P.; NOGUEIRA,

R.C.; SILVA, A.A.N. Efeito da escarificação e luminosidade na germinação in vitro

de sementes de cagaiteira (Eugenia dysenterica DC.). Ciência e agrotecnologia, v.

31, n.6, p.1668-1671, 2007.

MARTINS, C. C.; CAMARA, A. T. R.; MACHADO, C. G.; NAKAGAWA, J.

Métodos de superação de dormência de sementes de Barbatimão. Acta Scientiarum.

Agronomy, v. 30, n. 3, p. 381-385, 2008.

MATTOS, J.L.R. Frutíferas nativas do Brasil. São Paulo: Nobel, 1983. 92p.

MATTOS, J.R. As espécies da secção Cauliflorae Berg do gênero Myrciaria Berg

(Myrtaceae). Comunicações avulsas de Botânica. n. 51. São Paulo. 1970. p.33

MURASHIGE, T. & SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and bioassays

with tobacco tissue cultures. Physiologia Plantarum, v.15, p. 473–497, 1962.

MURASHIGE, T.; BITTERS, W.P.; RANGAN, T.S.; NAUER, E.M.;

ROISTACHER, C.N.; HOLLYDAY, P.B. A technique of shoot apex grafting and

its utilization towards recovering virus-free Citrus clones. Hortscience, Alexandria,

v.7, p.118-119, 1972.

MURASHIGE, Toshio. Plant propagation through tissue cultures. Annual review of

plant physiology, v. 25, n. 1, p. 135-166, 1974.

OLIVEIRA, A. L.; BRUNINI, M. A.; SALADINI, C. A. R.; BAZZO, F. R.

Caracterização tecnológica de jabuticabas ‘sabará’ provenientes de diferentes

regiões de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 25, n. 3, p. 397-400, 2003.

21

PAZ, O. P.; PASQUAL, M. Microenxertia. In: TORRES, A.C.; CALDAS, L.S.;

BUSO, J. A. Cultura de tecidos e transformação genética de plantas. Brasilia:

Embrapa – CNPH; CBAB, v.1, p.147-159, 1998.

PEREIRA, M.; OLIVEIRA, A.L.; GONÇALVES, A.N.; ALMEIDA, M. Efeitos de

substratos, valores de pH e concentrações de AIB no enraizamento de estacas

apicais de jabuticabeira [Myrciaria jaboticaba (Vell) O. Berg.]. Scientia Florestalis,

Piracicaba, n.69, p.84-92, 2005.

Pereira, G.A.; Correa, L.S.; Boliani, A.C. Desinfestação e estabelecimento in vitro

de explantes de bananeira ‘Grande naine’ em diferentes concentrações de

hipoclorito de sódio. Revista Brasileira de Fruticultura Edição Especial: 222-226,

2011.

PICOLOTTO, L.; SCHUCH, M. W.; DE SOUZA, J. A.; DA SILVA, L. C.; FERRI,

J.;FACHINELLO, J. C. Efeito do hipoclorito de sódio, fotoperíodo e temperatura

no estabelecimento in vitro de jabuticabeira. Scientia Agraria, v. 8, n. 1, p. 19-23,

2007.

QUISEN, R. C.; ANGELO, P. C. S. Manual de procedimentos do laboratório de

cultura de tecidos da Embrapa Amazônia Ocidental. 1° Ed. Manaus, AM, 2008. 44

p.

RAMOS, M.C.P. Crescimento e marcha de absorção de nutrientes em genótipos de

jabuticabeira Sabará. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias), 2016. 62p.

REHMAN, H.U.; GILL, M.I.S. Micrografting of Fruit Crops - A Review. Journal

Horticulture , v. 2, 2015. 151p.

SAAD, A.I.M; ELSHAHED, A.M. Plant tissue culture media. Recent advances in

plant in vitro culture, p. 29-40, 2012.

SANTOS, S. K. ; PEREIRA, S. S. ; COSTA JUNIOR, O. D ; SANTOS, L. A ;

COSTA, N. P. Germinação in vitro de jabuticabeira (Myrciaria jaboticaba). In: 20º

Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais e 7º Congresso

22

Brasileiro de Cultura de Tecidos de Plantas, 2015, Piracicaba. 20º Congresso

Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais e 7º Congresso Brasileiro de

Cultura de Tecidos de Plantas, 2015.

SASSO, S.A.Z.; Propagação vegetativa de jabuticabeira. Dissertação (Mestrado).

Pato Branco. UTFPR, 2009. 64p.

SMITH, J. Micro-propagation of the Gymea Lily: a report for the Rural Industries

Research and Development Corporation. Kingston: RIRDC, 2000. 59p

SOBRAL, M. Alterações nomeclaturais em plinia (Myrtaceae). Boletim do Museu

Botânico de Curitiba, Curitiba, n. 63, p.1-4, 1985.

SOUZA, L.S.; FIOR, C.S.; SOUZA, P.V.D.; SCHWARZ, S.F. Desinfestação de

sementes e multiplicação in vitro de guabijuzeiro a partir de segmentos apicais

juvenis (Myrcianthes pungens O. Berg). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33,

n.3, p. 691-697, 2011.

TORRES, A. C.; FERREIRA, A. T.; SÁ, F. G.; BUSO, J. A.; CALDAS, L. S.;

NASCIMENTO, A. S.; BRÌGIDO, M. M. & ROMANO, E. Glossário de

Biotecnologia vegetal. Brasília: Embrapa Hortaliças. 2000.