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GABRIEL GONÇALVES FRANÇA ARQUITETURA E URBANISMO PORTFOLIO RAFAEL BRANDÃO, GEDLEY BRAGA SIMONE CORTEZÃO, NATHANAEL ANDRADE PHAMELA DADAMO A colagem conceitual foi elaborada no programa Adobe Photoshop a partir da leitura do livro “As Cidades Invisíveis” de Ítalo Calvino, especialmente o capítulo “A cidade e o nome 2” sobre a cidade de “Leandra”. A vista aérea e um mapa mental de São João del Rei também são elementos constituintes da colagem; estes serviram de base para a relação “cidade real - cidade invisível”. Os primeiros desenhos de observação foram realizados com o intuito de perceber as relações espaciais de escala e proporção entre os elementos. Iniciou-se com exercícios de ponto e linha e de objetos terminando em auto-retratos e desenhos de arquitetura. A confecção de estruturas foi o primeiro exercício de propostas de ocupação espacial. Eram estruturas de quatro tipos: estruturas lineares, de superfícies, mistas e móveis. Esse exercício foi uma espécie de base para a construção do objeto interativo. O desenvolvimento do objeto envolveu conceitos de interatividade – relação espaço-usuário, e de virtualidade – potencial do objeto, discutidos em seminários. O objeto em questão permite ser disposto em diferentes formas e atinge seu potencial máximo ao ser usado como parangolé. COLAGEM ESTRUTURAS OBJETO DESENHOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI OFICINA I - 2012.2

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Portfolio referente aos 6 primeiros semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei)

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Page 1: Portfolio AU UFSJ

GABRIELGONÇALVES FRANÇAARQUITETURA E URBANISMO

PORTFOLIO

RAFAEL BRANDÃO, GEDLEY BRAGASIMONE CORTEZÃO, NATHANAEL ANDRADE

PHAMELA DADAMO

A colagem conceitual foi elaborada no programa Adobe Photoshop a partir da

leitura do livro “As Cidades Invisíveis” de Ítalo Calvino, especialmente o capítulo

“A cidade e o nome 2” sobre a cidade de “Leandra”. A vista aérea e um mapa mental de São João del Rei também são elementos

constituintes da colagem; estes serviram de base para a relação “cidade real - cidade

invisível”.

Os primeiros desenhos de observação foram

realizados com o intuito de perceber as relações

espaciais de escala e proporção entre os

elementos. Iniciou-se com exercícios de ponto e linha

e de objetos terminando em auto-retratos e

desenhos de arquitetura.

A confecção de estruturas foi o primeiro exercício de propostas de ocupação espacial. Eram estruturas

de quatro tipos: estruturas lineares, de superfícies, mistas e móveis. Esse exercício foi uma espécie de

base para a construção do objeto interativo.

O desenvolvimento do objeto envolveu conceitos de interatividade – relação espaço-usuário, e de virtualidade – potencial do objeto, discutidos em seminários. O objeto em questão permite ser disposto em diferentes formas e atinge

seu potencial máximo ao ser usado como parangolé.

COLAGEM

ESTRUTURAS

OBJETO

DESENHOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REIOFICINA I - 2012.2

Page 2: Portfolio AU UFSJ

A intervenção no espaço público, além de abranger todos os conceitos anteriores de percepção - exercitados com desenhos da praça onde a

intervenção foi realizada e de proposição, houve agora, uma execução prática.Chamada de “O Ninho”, a intervenção foi composta de tela de arame, “toulie” e barras de ferro. Estas eram dispostas basicamente em tripés estruturais. Os

outros materiais geravam formas curvas ao percorrer o espaço.

A intervenção foi representada em seus

diferentes aspectos em um caderno técnico criado

no programa Adobe InDesign. No caderno

contém informações sobre a localidade, dados como

desenhos técnicos e relação de custo de materiais,

comparações de efeitos dia-noite, dentre outros.

O armazém virtual é um protótipo de site, produzido no programa Adobe Fireworks, que

contém grande parte dos trabalhos realizados anteriormente. O armazém possui como interface

inicial um objeto abstrato semi-manipulável criado no programa Google SketchUp.

INTERVENÇÃO

CADERNO

ARMAZÉM

GABRIEL GONÇALVES FRANÇA PORTFOLIO

ARQUITETURA E URBANISMO - UFSJOFICINA I - 2012.2

RAFAEL BRANDÃO, GEDLEY BRAGA, SIMONE CORTEZÃO, NATHANAEL ANDRADE, PHAMELA DADAMO

Page 3: Portfolio AU UFSJ

GABRIELFRANÇA

BIOMECAN

ISMO

Arquitetura e Urbanismo - UFSJ Oficina II - 2013-1 Flávia NacifMarcela Almeida

W

ORK

SHOP

É comum o homem, na sociedade contemporânea, enfrentar obstáculos para exercer atividades cotidianas. Como exemplo disso pode-se citar a contraposição entre um tempo, cada vez mais “curto”, e um trânsito cada

vez mais caótico, aliado, em casos, com dificuldades financeiras. Este exemplo se enquadra na situação de muitos estudantes universitários no momento de suas refeições.

A solução mais viável é para tal problema é o restaurante universitário (R.U.), que alia proximidade ao local de estudos e um preço acessível.

A utilização do R.U. é regida por demarcações nem sempre explícitas. Os usuários desse espaço percebem essas demarcações e interagem com ele por meio dos sentidos. Logo, parte destes, a proposta de alteração

dessa percepção e interação do espaço por meio de um biomecanismo.

A visão, sentido fundamental para realizar a ação de almoçar no R.U., foi alterada por uma espécie de caleidoscópio basicamente em dois aspectos: o matiz, alterada para a cor de rosa, e o campo de visão, focado

agora em dois pontos separados e refletidos por espelhos.O outro ponto alterado foi o da locomoção. Braceletes ligados à tornozeleiras por um material elástico, no caso um garrote, que passa pelos ombros. Ao flexionar os joelhos e os cotovelos a tensão no elástico altera,

interferindo nas sensações na força necessária à movimentação.

A proposta do Workshop era que se trabalhassem as diversas relações de composição. Contrastes de cheios e vazios, ritmos, cores, etc.. Para isso fez-se colagens de revista em três formatos de papel: A3, A4 e um quadrado de 40 centímetros de lado; além de uma composição de linhas em papel no formato A5.

Page 4: Portfolio AU UFSJ

HABI

CULO

DESENHOS

O exercício do Habitáculo propunha o desenvolvimento de uma proposta de espaço que sanasse alguma necessidade do “homem contemporâneo”. Através de pesquisas chegou-se à conclusão que um dos problemas atuais da sociedade é a falta de sono. Diversas pesquisas pelo mundo apontam que o cochilo, principalmente após o almoço, contribui bastante para reduzir efeitos causados por essa deficiência na qualidade do sono como estresse e problemas cardiovasculares.

Propôs-se, então, um habitáculo para cochilar. O espaço deveria atender às condições necessárias ao sono: pouca iluminação, abrigado do frio e do calor intenso e que atenda às necessidades ergonométricas. O projeto situa-se no centro da cidade, onde é grande o número de pessoas e restaurantes, possibilitando que os trabalhadores possam cochilar em seu geralmente curto horário de almoço.

O projeto baseia-se na construção de nichos, que são formados por um relevo espumado, distribuídos de forma orgânica no espaço. A iluminação, necessária para a orientação, é feita por pequenas aberturas de vidro duplo distribuídas linearmente ao longo dos corredores e com frequência reduzida nos nichos. A estrutura é composta por uma base de concreto armado, que sustenta a construção. As paredes e cobertura são feitas de fibra do bagaço de cana-de-açúcar, por ser leve e ter possibilidade de chegar às formas orgânicas projetadas.

Fez-se os desenhos de observação com o intuito de apurar a

percepção individual no meio urbano. O centro histórico da

cidade de São João Del Rei foi o foco desse trabalho, sem que se esquecesse da região periférica.

Depois de realizado, algum elemento deveria ser destacado

no desenho, evidenciando as suas particularidades.

HISTÓRIAAs aulas de Análise Crítica, Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo tinha como objetivo expor o processo de evolução da arquitetura desde os

mais remotos tempo até à contemporaneidade, Além disso, e não com menos importância, analisar escritórios, griupos, arquitetos e obras específicas em

vista da elucidação dos mais variados processos conceptivos arquitetônicos.

GABRIELFRANÇA

Arquitetura e Urbanismo - UFSJ Oficina II - 2013-1

Flávia NacifMarcela Almeida

PORTFOLIO

Page 5: Portfolio AU UFSJ

ES

TRUT

URAS

Após a proposta do habitáculo, deveria se conceber uma intervenção em escala urbana que estivesse envolvida com o funcionamento do mesmo e pontecializasse-o.

Devido a localização às margens do Córrego do Lenheiro, percebeu-se que era nessa local que deveria se

intervir. Então um projeto urbano foi realizado partindo do princípio de revitalização do córrego e utilização de suas margens pelo público.

Para vencer uma diferença de altitude que chega a mais de três metros utilizou-se platôs de forma orgânica e inclinada combinados a uma recanalização do córrego em formato. Isso proporcionou espaços mais amplos

que pudessem ser utilizados como de convivência.

Aliado a tudo isso o mobiliário que parece “sair do chão” e uma arborização reforçada no local criam os espaços propícios para a utilização popular de uma área turística que hoje é subestimada e pouco

aproveitada.

As aulas de Introdução aos Sistemas Estruturais propôs trabalhos que exemplicavam de forma geral as reações e fluxos de forças que acontecem nas estruturas. Além de uma introdução para realizar cálculos, e uma noção de materiais e processos estruturais.

INTERVENÇ

ÃO

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ORTOA análise de conforto ambiental, realizada simultaneamente ao processo de concepção do habitáculo, visa à compreensão de parâmetros básicos ergonométricos, de térmica, iluminação e acústica.

A partir disso, busca-se o entendimento das individualidades de cada pessoa e de cada lugar onde determinada obra está inserida. O estudo proporciona também uma primeira noção técnica de soluções e materiais a serem utilizados para se atingir níveis agradáveis de conforto.

GABRIELFRANÇA

Arquitetura e Urbanismo - UFSJ Oficina II - 2013.1

Flávia NacifMarcela Almeida

PORTFOLIO

Page 6: Portfolio AU UFSJ

GABRI EL FRANÇA

Localizada à Rua Altamiro Flor, 103 – Alto das Mercês – São João del Rei/MG, a casa conhecida como Fortim dos Emboabas (Figura 1)serviu, segundo tradição oral, de forte para portugueses e brasileiros do norte. Situada em ponto estratégico, com excelente vista para a cidade e seus acessos (Figura 2), fato que respalda sua tradição, a casa era uma base contra o ataque dos paulistas durante a Guerra dos Emboabas, ocorrida entre 1707 e 1709.

Além de sua função como forte, a citação anterior indica também que a extração de ouro era uma importante, e possivelmente intensa, atividade executada naquele lugar em outros tempos. Esse fato é corroborado pela existência de betas dentro dos próprios limites do terreno do Fortim (Figura 3).

A casa foi doada para a UFSJ com o objetivo de transformá-la no Centro de Referência de Artesanato além de oferecer cursos para a comunidade e desenvolver projetos vinculados ao teatro, à música e às artes (Figuras 4 e 5). Pretende-se, também, como ação permanente, manter a arquitetura da casa.

Portanto a obra de restauro e conservação aqui proposto para o lugar, que abrange a casa e seu entorno imediato, prevê tanto proporcionar segurança para as atividades a serem ali exercidas, visto as condições precárias de sua estrutura, como também potencializá-las de modo mais eficiente.

Inicialmente, é importante que se mantenha a paisagem característica do local, tanto a vista que se tem da cidade quanto a do próprio local. Deve-se, para isso, elaborar políticas públicas que impeçam a construção de edifícios que interfiram de modo agressivo nessa paisagem. Os desehos de observação (Figuras 6 a 11) e os de “skyline” (Figura 12) ilustram tais atributos na atualidade.

ORIENTADORA - LUZIA DOS SANTOS ABREU

ARQUITETURA E URBANISMO - UFSJINTERVENÇÕES NO PATRIMÔNIO - 2013. 2 .1

FORTIM DOS EMBOABAS

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

Figura 7 Figura 8

Figura 9

Figura 10 Figura 11

Figura 12

Page 7: Portfolio AU UFSJ

GABRI EL FRANÇA

ORIENTADORA - LUZIA DOS SANTOS ABREU

ARQUITETURA E URBANISMO - UFSJINTERVENÇÕES NO PATRIMÔNIO - 2013. 2 .1

FORTIM DOS EMBOABAS

O acesso de cadeirantes é um dos pontos principais do projeto, visto que, hoje, isto é impossível. Então esse acesso foi projetado para cobrir desde uma área de estacionamento até todas as áreas que poderão, de alguma forma, serem utilizadas (Figura 13). Um levantamento básico da cobertura do solo indica as áreas de arborização, gramado e de afloramentos rochosos. Além disso, apresenta também, a localização das betas no terreno (Figura 14). Devido a area de rochas e de jardins, uma área do terreno não será modificada. O local apresenta também grande declividade, o que torna inviável o acesso de cadeirantes ao lugar (Figura 15).

Para determinar a forma das passarelas, que ligam as diferentes áreas do terreno, quadriculou-se a área, selecionando então um caminho de quadrados de 2 metros de lado que permeassem o terreno sem interferir em sua composição pré-existente (Figuras 16 a 18).

Essas passarelas são compostas por módulos quadrados de madeira, de dois metros de lado, armados por uma estrutura de aço patinável. Os módulos são estruturados no terreno por encaixes entre si e sustentados apenas por apoio, de modo que não agridam o solo.

As únicas exceções quanto a não interferência no terreno são as rampas (Figura 19) que tomaram o lugar de duas escadas, estas construídas numa fase posterior à época colonial. Admite-se tal intervenção tendo em vista os benefícios que serão conquistados com as modificações.

Os módulos que cobrem as betas são semelhantes aos outros, porém a madeira foi substituída por vidro. Isso para que se possa ter acesso visual a elas de modo seguro, já que hoje estão cercadas por alambrados e muros de alvenaria.

Percebeu-se a necessidade de um espaço fechado, que desse suporte às atividades e também onde pudessem ser realizadas oficinas. Era importante, porém, fazer isso nos fundos do terreno para não interferir na paisagem. Então foi criada uma edificação com uma sala de oficinas, banheiros e um depósito. Para dar unidade à intervenção foram utilizados os mesmos materiais dos módulos das passarelas: estrutura em aço patinável, revestimento de madeira e aberturas com janelas de vidro (Figuras 20 a 22).

A casa já existente no fundo do terreno, utilizada hoje de depósito e pelo projeto “Araras”, transformar-se-á em uma loja dos produtos confeccionados nas oficinas pela própria comunidade.

Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16

Figura 17

Figura 18

Figura 19

Figura 20 Figura 21 Figura 22

Page 8: Portfolio AU UFSJ

2013.2.2

Área Ampliada Áreas de estudo - Bairro Matozinhos

SÃO JOÃO DEL REI GargalosVias principais BarreirasÁrea de estudo Nós

MOBILIDADE

Pontos de encontroRiosÁrea de estudo Áreas adensadas

ÁREAS VERDES E ADENSAMENTOSAluga-se Vende-seResidêncial IntitucionalIndustrialComercialÁrea de estudo

USOS E MERCADO IMOBILIÁRIO

DIAGNÓSTICOA proposta principal do estúdio de Urbanismo Disseminatório foi compreender a dinâmica dos espaços urbanos e munir os alunos de conhecimento legislativo destinado à solução de diversos eventos urbanos como ocupações espontâneas, sub-utilização de terrenos e especulação imobiliária.

Para entender, na prática, essas e outras questões urbanísticas isolou-se o bairro Matozinhos, na cidade de São João del Rei – MG, para a realização de um diagnóstico (feito em dupla) das ocorrências do local, como por exemplo, a invasão do mercado imobiliário, os usos dos terrenos (residencial, comercial, institucional, sub-utilizado, etc.) e questões relacionadas a mobilidade (barreiras, nós, gargalos, identificação de vias principais, etc.)

A partir do diagnóstico, recortou-se mais essa área (limitado a cinco quadras) para a identificação de parâmetros do cenário urbano existente e posterior proposta de um novo cenário que modificassem aquelas relações com a adoção de outros parâmetros.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JÃO DEL REI

GABRIELFRANÇAARQUITETURA E URBANISMO

Page 9: Portfolio AU UFSJ

2013.2.2

A minha proposta, realizada em parceria com mais duas integrantes, Camila Faxini e Taiene Nascimento, partiu da nossa intenção de disponibilizar espaço público para a população do bairro e da cidade ao mesmo tempo em que comporta um grande crescimento populacional do bairro (característica esta, intrínseca às circunstâncias do crescimento da cidade).

Uma grande quadra ( 1) comportaria um grande número de pessoas (com prédios de até cinco pavimentos) e proporcionaria uma extenso espaço de lazer de acesso público (potencializado pela construção dos prédios sobre pilotis). Duas quadras médias (2 e 3) seriam destinadas à casas e comércios de até três pavimentos. E as duas quadras menores (4 e 5) seriam sistematicamente interligadas funcionando nelas uma praça e uma escola (demanda existente do lugar).

CENÁRIOS

A partir de todo esse estudo, a questão da mobilidade urbana revelou-se para mim ponto crucial para a cidade e seus habitantes. Problemas relacionados ao transporte afetam diversos setores da sociedade: economia, saúde, educação, lazer, segurança e mesmo a felicidade das pessoas. Então, este foi o foco de um estudo autônomo, com o objetivo de entender melhor os problemas e ter referência das diversas soluções propostas e realizadas em todo o mundo, mantendo sempre o paralelo com minha realidade que é o Brasil.

ESTUDO AUTÔNOMO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JÃO DEL REI

GABRIELFRANÇAARQUITETURA E URBANISMO

Page 10: Portfolio AU UFSJ

Finalizou-se o semestre com a realização de um evento que propunha, em pequena escala, ocupar um espaço sub-utilizado. O evento denominado “Escambo” ocorreu numa área ao lado do prédio do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) no campus Tancredo Neves e foi organizado por toda a turma do estúdio de Urbanismo Disseminatório.

O evento consistiu, em essência, na criação de uma oportunidade para que as pessoas pudes-sem trocar seus pertences umas com as outras. Partindo da base de negociação direta entre os envolvidos sem o uso de valores monetários. Essa foi a origem do próprio nome do evento.

Devido a própria condição de sub-uso do lugar, fizeram-se necessárias atrações que motivassem as pessoas a comparecerem. Então um palco-li-vre foi montado com estrutura e aparelhagem de som que atenderam à demanda do evento.

Além disso, foram distribuídos gratuitamente sa-quinhos de pipoca a todos os participantes. Devi-do às circunstâncias de horário e iluminação, foi cancelada a projeção de dois filmes simultâneos: “O homem com uma câmera”, do cineasta russo Dziga Vertov, e o documentário sobre street art “Exit through the gift shop” do artista de rua anô-nimo Banksy.

No fim, apesar de possuir estrutura para muitas pessoas além das presentes, considerou-se satis-fatória a participação geral do evento, devido às condições gerais do mesmo: localização, horário e disponibilidade de presença.

ESCAMBO

Os estudos feitos no módulo de Tópicos em Teoria e Análise Crítica da Arquitetura e Urbanismo, sobre os conceitos e práticas ao redor do mundo em relação à obra arquitetônica e à cidade – diversidade, mobilidade, flexibilidade, controle e autonomia – contribuiu para um entendimento mais profundo sobre os aspectos inerentes ao espaço urbano e, por consequência, uma base teórica mais desenvolvida para a concepção do projeto de cenário urbano no estúdio de Urbanismo Disseminatório.

Junto a isso, discussões sobre a relação do ho-mem com a cidade e sua vivência, especialmen-te aprofundadas no módulo teórico de Filosofia e Arquitetura, tornou mais clara a noção de referên-cia que a obra arquitetônica e urbana gera seu entorno. Seja pela configuração da paisagem ou pelo significado intrínseco de cada obra, ela in-terfere na percepção e no sentimento individual e coletivo da população que, com ela, está em contato. A arquitetura transcende a sua própria materialidade.

TRABALHO INTEGRADO

2013.2.2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JÃO DEL REI

GABRIELFRANÇAARQUITETURA E URBANISMO

Page 11: Portfolio AU UFSJ

PORTFOLIO

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Page 14: Portfolio AU UFSJ

O estúdio Pré-existência e projeto, ministrado pela professora Márcia Saeko Hirata, como o próprio nome diz, teve como objetivo a elaboração de um projeto a partir da análise de dados obtidos em diagnósticos do local de intervenção. Entretanto, diferentemente do que se costuma fazer, focou-se em um aspecto específico: as pessoas. Considerando também as questões geomorfológicas e de logística de execução, a proposta deveria ser formulada num processo participativo com a comunidade envolvida. A partir de uma parceria formada com o NINJA (Núcleo de investigações em justiça ambiental), um grupo de pesquisas da UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei), tomou-se conhecimento de uma região da cidade de São João del Rei carente em infra-estrutura urbana. Iniciou-se, então o processo de construção de um banco de dados do lugar. Localizada no bairro Senhor dos Montes, a rua dos Andradas possui uma extensão, desprovida de necessidades básicas, como um bom abastecimento de água, tratamento de esgoto ou mesmo acesso às casas dos moradores. Portanto, paro o chamado “final da rua dos Andradas”, que o grupo formado por mim, Gabriel Gonçalves França, Andressa Ferreira, Luca Barcia, Jéssyca Resende, Pedro Azalim e Thamires Lage, voltou sua atenção.

FINAL DA RUA DOS ANDRADAS

GABRIEL GONÇALVES FRANÇA

ARQUITETURA E URBANISMOPORTFOLIO 2014-1-2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

SAO JOÃO DEL REI

SENHOR DOS MONTES

FINAL DA RUA DOS ANDRADAS

Ruas de terra esburacadas, com mato, pedras e barrancos.

Abastecimento improvisado com problemas frequentes.

Poucos pontes de luz, às vezes, um ou outro não funciona.

Cada morador possui o próprio jeito de resolvê-lo

ACESSO

ÁGUA

ILUMINAÇÃO

ESGOTO

Page 15: Portfolio AU UFSJ

A dificuldade de acesso é uma questão fundamental a ser resolvida no final da rua dos Andradas. O acesso original dessa parte da rua é um barranco com alta declividade, sendo que apenas é possível transitar a pé, e com muita dificuldade. Por isso, abriu-se um caminho alternativo para facilitar o acesso às casas. A partir de certo ponto da rua não é possível transitar com veículos de quatro rodas, apenas com motocicletas. Devido a isso, serviços básicos como o de correios e o de saúde são comprometidos: os moradores têm que buscar suas correspondências e as ambulâncias não chegam lá, assim como qualquer serviço de tele-entrega. Todo o final da rua dos Andradas é feito de terra. Por causa de enxurradas muito fortes, manilhas de esgoto expostas e mato alto, é difícil transitar mesmo a pé. O chão muito irregular e com diversos obstáculos, como buracos e pedras, pode provocar acidentes aos transeuntes.

Apesar das normas para iluminação pública estipularem distâncias mínimas entre um ponto e outro, há casos em que esse mínimo não pode em nenhuma circunstância ser a regra. O final da rua dos Andradas segue a regra. Devido às suas condições excepcionais, como declividade, mato alto, caminhos estreitos e perigosos, área pouco urbanizada, essa parte da rua deveria ser intensamente iluminada para atender a condições mínimas de segurança. Isso por causa tanto da locomoção quanto para evitar atividades criminosas, como tráfico e consumo de drogas, além de assaltos e estupros. Entretanto a iluminação do final da rua dos Andradas é precária, deixando seus moradores receosos, amedrontados e um alvo fácil para criminosos.

SÃO JOÃO DEL REI

CAMPO DE FUTEBOL

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SENHOR DOS MONTES

FINAL DA RUA DOS ANDRADAS

ACESSO

ILUMINAÇÃO

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ACESSO ALTERNATIVO

POSTE DE MADEIRA

INÍCIO DO CAMINHO ESTREITO

ÁREA MAL ILUMINADA

GABRIEL GONÇALVES FRANÇA

ARQUITETURA E URBANISMO

PORTFOLIO 2014-1-2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

ÁREA ILUMINADA

PONTOS CRÍTICOS

Page 16: Portfolio AU UFSJ

Talvez o item mais básico de infra-estrutura urbana seja o abastecimento de água potável. No final da rua dos Andradas, entretanto, cada casa teve que tomar suas próprias providências para ter acesso a este recurso. Na parte superior da rua, fez-se desvios da rede pública de água para ter o abastecimento. Cada casa possui um encanamento individual vindo direto da rede pública. Os canos expostos são constantemente violados pelo trânsito de motos, pessoas e animais. Vazamentos são constantes e os próprios moradores são responsáveis pela manutenção.J á na parte baixa da rua, os moradores se uniram para fazer um sistema de encanamento que busca água em uma mina aproximadamente a 200 metros das casas. A partir do encanamento principal, a água é redistribuída para a casas.

Assim como a água, o esgotamento sanitário é outro item fundamental que não é proporcionado para os moradores do final da rua dos Andradas. Entretanto, nesse caso, o problema é ainda pior. Além de ter acesso a essa infra-estrutura, os moradores sofrem com o esgotamento do restante do bairro. Despejado diretamente no córrego que passa muito próximo à rua, sem qualquer preocupação com tratamento, o esgoto causa mal cheiro que em dias muito quentes é insuportável. Além disso as manilhas passam expostos pela própria rua, ocasionando vazamentos e irregularidades no solo. Sem muitas alternativas, os moradores são obrigados a despejar seu esgoto de forma precária também no córrego. Há ainda os moradores que possuem fossas no quintal de suas casas.

SÃO JOÃO DEL REI

CAMPO DE FUTEBOL

FUTEBOLDE

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ÁREA MILITAR

MILITAR

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SÃO FRANCISCO

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SENHOR DOS MONTES

FINAL DA RUA DOS ANDRADAS

ÁGUA

ESGOTO

GABRIEL GONÇALVES FRANÇA

ARQUITETURA E URBANISMO

PORTFOLIO 2014-1-2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

MINA DE ÁGUA

FOSSA

ENCANAMENTO INDIVIDUAL

MANILHA EXPOSTA

VAZAMENTO DE ÁGUA

DESPEJO DE ESGOTO SEM TRATAMENTO

MANILHAS DE ESGOTO

ENCANAMENTO DE ÁGUA

Page 17: Portfolio AU UFSJ

LEITURA 1INTERVENÇÃO URBANAPRAÇA DO MATOSINHOSGabriel Gonçalves França

Professora Daniela AbrittaPERCEPÇÃO AMBIENTAL

Mapas mentais

Buscou-se compreender o espaço da Praça do Bom Jesus do Matosinhos e de seu entorno por meio de seu histórico e de leitura técnica e comunitária. Esta foi realizada utilizando-se de quatro métodos diferentes que se complementam: a entrevista, o mapa mental, o poema dos desejos e o mapa comportamental. Cada um destes métodos focou determinado aspecto da relação do usuário com o espaço. O mapa mental, por exemplo, propõe ao entrevistado reconhecer o espaço através de seu passado e presente; por outro lado, o poema dos desejos visa a imagem ideal do lugar, ou seja, como ele poderia vir a ser no futuro.

A partir da análise dos resultados das leituras técnica e comunitária pode-se extrair tanto as principais qualidades da Praça do Matosinhos e de seu entorno, quanto seus principais problemas. Esse resultado norteou as elaboração das diretrizes para o projeto que visa sanar os problemas e exaltar as qualidades.

Entre as principais qualidades se destacaram os elementos naturais - as árvores e sua respectiva sombra -, o comércio, e os equipamentos de ginástica. O lazer, encontrar amigos, passear, os eventos religiosos e a feira aos domingos são as principais atividades realizadas no lugar.

Quanto aos pontos negativos, destacaram-se a sujeira, a falta de manutenção, a segurança, a acessibilidade tanto do portador de necessidades especiais quanto do pedestre comum, principalmente em relação às travessias das ruas.

Devido a essas constatações criou-se duas diretrizes no que diz respeito a permanência e à passagem pela área da Praça do Matosinhos e de seu entorno. São elas, respectivamente “aumentar a área de espaço público e potencializar o local para diferentes formas de apropriação” e “Priorizar o pedestre e meios de locomoção alternativos”.

Além disso, verificou-se nas pesquisas, um rico número de elementos históricos que é pouco conhecido pela comunidade. Em vista disso, criou-se uma terceira diretriz: Valorizar as referências materiais e simbólicas da área da praça e de seu entorno.

Page 18: Portfolio AU UFSJ

DIRETRIZES

PASSAGEMPriorizar o pedestre e meios de locomoção alternativos

PROPÕE-SE:

Mudança de pavimentação na área próxima à praça Bom Jesus do Matosinhos eliminando o asfalto com a implementação de piso intertravado (permeável ou não) ou com placas de concreto. Mudança de sentido de algumas ruas para adequação à nova formulação da praça.

Incorporação de sistema cicloviário (ciclovias, ciclofaixas, etc.), com pavimentação diferente do restante (p. e. piso intertravado permeável vermelho). O sistema conectará as rodovias que perpassam a cidade - estrada real, MG-494, MG-383 e MG-265 - passando por pontos importantes como os campi e a rodoviária.

Implementação de rampas e passagem em nível pela linha férrea em pontos estratégicos, assim como sistema de piso tátil.

Manutenção frequente das calçadas de pedra portuguesa, sendo que as demais deverão ser feitas com piso intertravado permeável.

Reformulação dos pontos com faixas de pedestres, que deverá ser feita com coloração diferente da pavimentação viária e Implementação de traffic calmings em pontos estratégicos.

PERMANÊNCIAAumentar a área de espaço público e potencializar o local para diferentes formas de apropriação

PROPÕE-SE:

Incorporação da área interna aos muros da Igreja com a derrubada destes. União de dois canteiros centrais com o fechamento de uma via. Incorporação do espaço da estação Chagas Dória com sua reativação.

Manutenção dos equipamentos de ginástica, instalação de playground e de mobiliário de múltipla apropriação.

Melhoria da iluminação para potencializar a apropriação no período noturno com a integração com o paisagismo e troca do tipo de lâmpada.

Esplanada que comporte os eventos já realizados além de outros a serem incorporados.

PATRIMÔNIOValorizar as referências materiais e simbólicas da área da praça e de seu entorno

PROPÕE-SE:

Reativar a estação Chagas Dória, seja como ponto de parada do trem ou com outro uso apropriado, por exemplo, um museu.

Derrubada do muro e uso de parte da ruína do mesmo e sistema de lâmpadas em seu antigo percurso como memorial.

Memorial da antiga Igreja com implantação da portada, desenho no chão e relocação do chafariz, amboes em seus lugares originais.

Portada da Antiga Igreja Iluminação defeituosaVista aérea do Matosinhos Mobiliário precário

Antiga Igreja e chafariz Área fechada da IgrejaDificuldade dos ciclistas Dificuldade dos pedestres

2INTERVENÇÃO URBANAPRAÇA DO MATOSINHOSGabriel Gonçalves França

Professora Daniela AbrittaPERCEPÇÃO AMBIENTAL

Page 19: Portfolio AU UFSJ

PROPOSTAS

MEMORIAL À ANTIGA IGREJA Composto pela antiga portada recuperada da Igreja e o desenho da planta de cobertura da Igreja no chão, ambos em seus lugares originais.

REMANEJO DO CHAFARIZ Remanejo do chafariz para seu local de origem

MEMORIAL AO MURORuína de parte de sua estrutura próxima ao portão principal juntamente com este e a demarcação no chão com spots de luz por onde o muro se estendia.

ESTACIONAMENTOPlantio de árvores e alargamento das calçadas que comportarão o estacionamento rotativo 45° para automóveis.

MOBILIÁRIOBancos que conformam canteiros com árvores.

PONTOS DE ÔNIBUSRecuo da calçada para delimitar o local de parada dos ônibus, cujo ponto de embarque e desembarque de passageiros conterá em sua estrutura um bicicletário.

TRAVESSIASEntorno da praça será rodeado de um traffic calming de tipo “platô” para reduzir a velocidade dos automóveis e passagem em nível pela linha do trem que garanta a segurança e acessibilidade do pedestre.

CICLOVIASistema cicloviário que prioriza o ciclista no trânsito e que passa pelas principais vias do bairro ligando a pontos importantes da cidade.

ESCADARIA Vencimento do desnível lateral da praça com uma escadaria ladeada de bancos em formato similar ao de arquibancadas.

3INTERVENÇÃO URBANAPRAÇA DO MATOSINHOSGabriel Gonçalves França

Professora Daniela AbrittaPERCEPÇÃO AMBIENTAL

Page 20: Portfolio AU UFSJ

CASACAFÉPROJETOGABRIEL GONÇALVES FRANÇA

Perspectivas do projeto

2º pavimento1º pavimento

O PROJETO CASA-CAFÉ consiste em um edifício híbrido de residência e casa de café. Este uso misto do espaço moradia-comércio é uma prática muito comum em todo mundo, em especial no Brasil. Entretanto, é bastante comum que esse tipo de uso seja feito de forma improvisada, ou seja, a construção utilizada não foi projetada inicialmente com esse intuito. Isso, portanto, pode fazer com que os espaços não sejam aproveitados de forma adequada, tornando os espaços deficientes.

Então, o PROJETO CASA-CAFÉ, é uma experimentação arquitetônica que tem como proposta o uso misto do espaço do terreno; dividido entre as seguintes categorias: PÚBLICO, de acesso livre permanentemente; CAFÉ, de acesso público nos horários de funcionamento; CASA, de acesso privativo do proprietário; e CASA+CAFÉ, um terraço-jardim de acesso compartilhado entre o público do café e o proprietário da casa. O acesso deste último é mediado pelo proprietário, além de ser possível dividí-lo para usá-lo simultaneamente pelas duas funções.

Café

Casa+Café

Público

Casa

CONCEITO

USO DOS ESPAÇOS

Page 21: Portfolio AU UFSJ

CASACAFÉPROJETOGABRIEL GONÇALVES FRANÇA

Cortes horizontais do 1º (acima) e do 2º pavimento (abaixo)

7

1

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7

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5

5

6

63

PÚBLICO

CASA

CASA+CAFÉ

CAFÉ

Balcão

Pergola

Sala de estar

Dispensa/Depósito

Banheiro

Terraço - (pode ser exclusivo do café)

Acesso do café

Escadas de acessp integradas com as do beco

Divisão entre a casa e o café

Área de mesas

Espaço gramado inclinado

Acesso da casa

Banheiro

Quarto

Terraço - (pode ser exclusivo da casa)

Área de preparo do café

Cozinha

Acesso secundário do café e para a casa

Área de serviço

Acesso para o terraço pelo café

Page 22: Portfolio AU UFSJ

O município tem grande parte de seu território delimitado por três principais rios. São eles o Rio das Mortes, o Rio do Peixe e o Rio Santo Antônio; sendo estes dois últimos afuentes do primeiro, e todos pertencentes à bacia hidrográfica do Rio Grande.

O relevo de Ritápolis é predominantemente montanhoso sendo que suas áreas mais baixas estão em cerca de 900 metros de altitude em relação ao nível o mar e alguns topos de morros se aproximam de 1300 metros de altitude.

Ritápolis possui 4.925 habitantes (IBGE, 2010) e uma área de 404,805 km². Tem seu principal acesso pela rodovia federal BR 494 e faz limite à oeste com o município de São Tiago, à sudoeste com Conceição da Barra de Minas, à sul com São João del Rei, à leste com Coronel Xavier Chaves e à norte com o município de Resende Costa.

Não existem traduções sem perdas semânticas. Não existem pesquisas sem estratificações. Não existe mapeamentos sem reduções. Não existem medidas administrativas que satisfaça o interesse de todos.

O planejamento ambiental traduz informações em dados, utiliza de amostras como representantes do todo, mapeia de forma mais ou menos detalhada sua área de atuação e, de acordo com seu enfoque, privilegia determinados interesses.

Sendo assim, não poderia existir qualquer tipo de planejamento que contemplasse tudo o que estivesse envolvido em seus braços.

Cabe, então, aos planejadores, administradores e teóricos, avaliar de modo multidisciplinar e multicriterial o objeto de estudo para que se possa escolher o instrumento de planejamento mais adequado para atingir os objetivos almejados pelo grupo gestor.

Como se viu, nesse processo, a definição da área de abrangência do instrumento é um ponto chave para a eficiência do planejamento. Sabe-se que o todo absoluto não será contemplado, todas os dados quantitativos e qualitativos envolvidos não estarão representados.

A definição da área é, portanto, um exercício de abstração e julgamento em que o essencial, o principal enfoque do planejamento, deverá transparecer e, para isso, as informações a ele intrínsecas deverão ser consideradas de forma hierárquica até o ponto em que a logística de trabalho não permita mais detalhamentos.

Deve-se, então, haver uma constante interação entre os planos ambientais de diversas escalas de área de ação para que eles supram suas próprias deficiências.

VIAS E MUNICÍPIOS LIMÍTROFES

FRONTEIRAS DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL:A DEFINIÇÃO DE ÁREA

TOPOGRAFIA HIDROGRAFIA

demais cursos de águaprincipais rioscurvas de nível

estradas

FONTES: IBGE | GOOGLE ESCALA: N

GABRIEL GONÇALVES FRANÇAÊNFASE: PLANEJAMENTO URBANO E REGIONALORIENTADORA: FERNANDA NASCIMENTO CORGHI2015-1-1 6º PERÍODO

MINAS GERAIS

RITÁPOLIS

BELO HORIZONTE

1237 m1245 m

1268 m

1170 m

1086 m

1090m 1047 m

CORONEL XAVIER CHAVES

SÃO JOÃO DEL REI

CONCEIÇÃO DA BARRA DE

MINAS

SÃO TIAGO BR-494

RESENDE COSTA

RIO DAS MORTES

RIO SANTO ANTÔNIO

RIO DO PEIXE

2 4 8 kmMAPAS ABAIXO

topos de morros

RITÁPOLIS - MINAS GERAIS

Page 23: Portfolio AU UFSJ

PENEDO

PRAINHA

GLÓRIA

PENEDO

1230 m1150 m

1115 m

1098 m

1067 m

1094 m

1093 m

1047 m

1006 m

1015 m

GLÓRIA

RIO SANTO ANTÔNIO

PRAINHA

RIO SANTO ANTÔNIO RIO SANTO ANTÔNIO

PENEDO

GLÓRIA GLÓRIA

PRAINHA

PENEDO

PRAINHA

Na região de Penedo destaca-se a exploração de minério de manganês, sendo que ao sul do povoado há também a exploração de cassiterita e a sudeste requerimento de lavra de estanho. Além disso, nessa área de estudo estão em andamento pesquisas e requerimentos de pesquisa para manganês, areia e minério de ouro.

A vegetação de Ritápolis é típica do cerrado e da mata atlântica. Entretanto a ocupação humana, as atividades agropecuárias e a exploração mineradora tem feito alterações crescentes na cobertura superficial do solo, alterando e prejudicando os ecossistemas naturais da região.

Penedo se encontra às margens do encontro do Córrego do Carioca com o Rio Santo Antônio. O povoado apresenta altitudes variam de pouco mais de 900 metros a 1100 metros; sendo que há topos de morros em seu entorno que atingem 1230 metros de altitude.

Localizado na zona rural do município de Ritápolis, o povoado de Penedo possui cerca de 450 habitantes e se localiza numa área de grande fragilidade ambiental a 6,8 km da área urbana. Essa característica deve-se, principalmente, à atividade mineradora presente no entornos do povoado e que tem tendência se expandir. Dentre outras questões importantes, como a da atividade agropecuária, destaca-se a questão do abastecimento de água; diante do conflito de interesse entre a população e as mineradoras, sendo que ainda deve-se considerar o papel ecossistêmico da água.

VISTA AÉREA¹

GABRIEL FRANÇA

FERNANDA N. CORGHIO RIO E O MUNICÍPIO

TOPOGRAFIA E HIDROGRAFIA¹ ² COBERTURA DO SOLO¹ ² PROCESSOS MINERÁRIOS¹ ² ³

FONTES: ¹GOOGLE | ²IBGE | ³DNPMMAPAS ABAIXO

autorização de pesquisadisponibilidade

concessão de lavracursos de águaestradas

requerimento de lavrarequerimento de pesquisa

500 1000 2000 mESCALA:

vegetação altaocupação urbana (maior densidade)

cursos de água

cursos de água

estradas

estradas

ocupação urbana (menor densidade)

solo exposto (mineração)

topos de morros

1100

1020980940900 m

114011801220

1060

N

ÁREA URBANA

RITÁPOLIS

PENEDOÁREA DE ESTUDO

PENEDO - RITÁPOLIS

Page 24: Portfolio AU UFSJ

N

GABRIEL FRANÇA

LÍVIA R. A. MUCHINELLISANEAMENTO E INFRAESTRUTURA URBANA

Devido a sua localização peculiar, o bairro apresenta poucas vias de acesso, sendo elas quatro pontes e uma avenida e a linha férrea é muito utilizada por pedestres que estão indo ou vindo do bairro vizinho. Além de não existe qualquer forma de acessibilidade para deficientes físicos ou visuais, há diversos fatores que limitam a utilização das calçadas, como obstruções, jardins e calçadas degradadas ou mesmo inexistentes. Há ainda problemas de segurança pelas péssimas condições de guardas-corpo e de travessia de ruas pelo trÂnsito confuso e, em alguns pontos, muito intenso

Além de problemas pontuais de manutenção de postes de luz, a iluminação é extremamente deficiente na parte periférica do bairro; que são as orlas dos córregos e da linha férrea, principalmente na iluminação de calçadas que em vários pontos é obstruída por árvores.

Devido a própria formação geológica em que se encontra a cidade, ela está sujeita a periódicas inundações. Agravando a situação, o bairro Pedro Paulo encontra-se numa posição crítica de confluência de dois córregos, sendo assim uma planície de inundação natural. Além disso o bairro não possui sistema de drenagem suficiente para chuvas torrenciais, o que causa alagamentos frequentes em alguns pontos específicos.

O estudo sobre infraestrutura urbana foi realizado no bairro Pedro Paulo (Fábricas), uma região de importantes confluências de fluxos na cidade de São João del Rei. O bairro é delimitado pelo encontro dos córregos Lenheiro e Água Limpa e pela linha férrea que liga a cidade à Tiradentes. Além disso, o bairro é atravessado pela avenida Pedro Paulo e encontra-se próximo a rodoviária da cidade.

LOCALIZAÇÃO E REFERÊNCIAS DRENAGEM URBANA ILUMINAÇÃO MOBILIDADE

RODOVIÁRIA

PONTILHÃOLINHA DO TREM

C. ÁGUA LIMPAC. LENHEIRO

AV. LEITE DE CASTRO

AV. PEDRO PAULO

R. GEN. ARISTÍDES PRADO

ÁREA DE ESTUDO

SÃO JOÃO DEL REI

MATOSINHOS

FÁBRICAS

COLÔNIA DO MARÇAL

CENTRO

TEJUCO

SENHOR DOS

MONTES

ÁREA DE ESTUDO

calçada utilizada como jardim

calçada inexistente ou inutilizávelconflitos de trânsito

calçada utilizada como garagemcalçada degradada

acessos viáriosconflitos de trânsito

área propensa à inundações e alagamentos

bocas-de-lobo de sarjetabocas-de-lobo de guia

área propensa à alagamentos

áreas de mobilidade insegura

áreas com iluminação deficiente

acesso de pedestres

100 200 400 mESCALA:FONTE: GOOGLEMAPAS ABAIXO

BAIRRO PEDRO PAULO - SÃO JOÃO DEL REI