universidade federal de santa catarina curso de ... · dez atletas de softbol foram submetidos ......

37
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE FISIOTERAPIA HEMILY MAREGA DA CUNHA RAFAEL JERÔNIMO PEREIRA PROTOCOLO DE TREINAMENTO NO DESEMPENHO DE ATLETAS AMADORES DE SOFTBOL Araranguá 2016

Upload: truongnhan

Post on 30-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO DE FISIOTERAPIA

HEMILY MAREGA DA CUNHA

RAFAEL JERÔNIMO PEREIRA

PROTOCOLO DE TREINAMENTO NO DESEMPENHO DE ATLETAS

AMADORES DE SOFTBOL

Araranguá

2016

HEMILY MAREGA DA CUNHA

RAFAEL JERÔNIMO PEREIRA

PROTOCOLO DE TREINAMENTO NO DESEMPENHO DE ATLETAS

AMADORES DE SOFTBOL

Monografia apresentada ao Curso de

Graduação em Fisioterapia da Universidade

Federal de Santa Catarina, para cumprimento

do Trabalho de Conclusão de Curso II.

Orientador: Alexandre Marcio Marcolino

Co-orietadora: Heloyse Uliam Kuriki

Araranguá

2016

HEMILY MAREGA DA CUNHA

RAFAEL JERÔNIMO PEREIRA

PROTOCOLO DE TREINAMENTO NO DESEMPENHO DE ATLETAS

AMADORES DE SOFTBOL

Monografia apresentada a Universidade

Federal de Santa Catarina, como parte das

exigências para obtenção do título de

Bacharelado em Fisioterapia.

Araranguá, ____ de _____________ de _____.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Prof. Dr. Alexandre Marcio Marcolino

Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Catarina

________________________________________

Prof. Dr. Rafael Inácio Barbosa

Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Catarina

________________________________________

Prof.. Dr, Marcelo Dohnert

Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Luterana do Brasil

RESUMO

Softbol é um esporte derivado do beisebol, e diante disso tem aspectos de jogo

semelhantes ao seu desporto de origem. As quatro habilidades básicas do esporte são o lançar,

o pegar, o rebater a bola e a corrida para alcance das bases. Há uma variedade de fontes de

dados para lesões no softbol, variando desde contusões e tendinites à fraturas e distúrbios

ligamentares. A implementação de testes de desempenho físico como parte do programa pré-

temporada é um exemplo clínico da adoção de estratégias para prevenir lesões. A maioria dos

programas de treinamento utilizam protocolos de força e de potência visando à tradução de

melhores resultados no desempenho, justificados por pesquisas que apontam correlações entre

as medidas de força, potência e desempenho. O objetivo do estudo foi verificar a influência de

um protocolo de treinamento físico no desempenho de atletas amadores de softbol da UFSC.

Trata-se de um estudo experimental prospectivo. Dez atletas de softbol foram submetidos

como pré-teste a uma avaliação física utilizando os testes de força da musculatura do CORE,

o teste de cadeia cinética fechada de membros superiores (TCCFMS), Single Leg Single Leg

Hop Test, Y Balance Test, teste de preensão manual, teste salto vertical e o teste de sprint.

Durante quatro semanas, os avaliados realizaram duas sessões de treinamento físico

implementando exercícios de estabilização de CORE, exercícios de fortalecimento de

membros inferiores (MMII), exercícios proprioceptivos, pliometria e sprint. Após este

período, como pós-teste foram utilizados os mesmos testes físicos inicialmente propostos.

Para análise estatística foi utilizado o teste de Shapiro Wilk, normalidade dos dados, análise

de variância One-Way ANOVA para comparação pré e pós-intervenção, considerando nível

de significância de p<0,05 através do Software Graphipad 4.0. Os resultados dos voluntários

submetidos ao protocolo revelaram aumento significativo dos valores apresentados na

primeira bateria de testes, com exceção do salto vertical, do teste de preensão manual e do Y

Balance Test. Estes resultados demonstram que um protocolo de treinamento com dois treinos

semanais, por quatro semanas, envolvendo exercícios de estabilização do CORE, exercício de

fortalecimento de MMII, exercícios proprioceptivos e pliometria são eficazes para o aumento

de desempenho físico de jogadores de softbol amadores.

Palavras-chave: softbol, força, desempenho e prevenção de lesão.

ABSTRACT

Softball is a sport derived from baseball, and in front of it has the game of play to its

original sport. As four basic skills of the sport are the launch, the catch, the rebate the ball and

a race to reach the bases. There are a variety of data sources for lions without softball, ranging

from bruises and tendinitis to fractures and ligament disorders. The implementation of

physical performance tests as part of the preseason program is a clinical example of the

adoption of strategies to prevent injuries. Most training programs use the power and power

protocols for the best results, with no justification for the results that indicate correlations

between force measurements. The objective of the study was to verify the influence of a

physical training protocol on the performance of amateur softball athletes from UFSC. This is

an experimental prospective study. Ten softball athletes were submitted as a pre-test of a

physical evaluation using CORE muscle strength tests, closed upper limb kinetic chain test

(TCCFMS), vertical jump test and sprint test. During four weeks, the exercises performed two

sessions of physical training, lower limb strengthening exercise (LMW), proprioceptive

exercises, plyometry and sprint. After this period, the same physical tests initially proposed

were applied as post-test. For statistical analysis used in the Shapiro Wilk test, data analysis,

analysis of variance ANOVA unidirectional for preview and post-intervention, considering

level of significance of p <0.05 by Software Graphipad 4.0. The results of the volunteers

submitted to the protocol revealed a significant increase in values for the first battery of tests,

with the exception of vertical jump, manual grip test and balance test. These results

demonstrate that a training protocol with two weekly training sessions for four weeks

involving CORE stabilization exercises, MMII strengthening exercises, proprioceptive

exercises and plyometrics are effective in increasing the physical performance of amateur

softball players.

Keywords: Softball, strength, performance and injury prevention.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção obtidos pela mensuração do

tempo de permanência em prancha lateral, que prediz a força da musculatura do CORE direita

e esquerda. ................................................................................................................................ 18

Figura 3 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação da

funcionalidade os membros superiores pelo TCCFMS pré e pós-intervenção. ....................... 19

Figura 4 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação da preensão

manual em membro superior esquerdo e direito. ..................................................................... 20

Figura 6 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação do salto unipodal

horizontal pelo Single Leg Hop Test. ....................................................................................... 20

Figura 7 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção do Y Balance Test. ................. 21

Figura 8 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para mensuração do tempo do

sprint. ........................................................................................................................................ 21

Figura 10 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação do salto vertical

na plataforma de força. ............................................................................................................. 22

Figura 11 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação da oscilação do

centro de pressão no sentido ântero-posterior, látero-lateral. ................................................... 23

Figura 12 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação da força de

reação do solo. .......................................................................................................................... 23

Figura 13 - Resultados da plataforma de força ao comparar a avaliação inicial e final quanto

ao torque resultante com relação ao eixo x (látero-lateral) e y (ântero-posterior) da plataforma

de força ao realizar o salto e retornar a plataforma de força. ................................................... 24

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Descrição do protocolo de exercícios utilizados na pesquisa................................. 16

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 8

2. JUSTIFICATIVA E HIPÓTESE ................................................................................... 10

3. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 11

3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 11

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 11

4. MÉTODOS ....................................................................................................................... 12

4.1 SUBMISSÃO AO COMITE DE ÉTICA E PESQUISA – CEP ....................................... 12

4.2 ASPECTOS ÉTICOS ....................................................................................................... 12

4.3 DESENHO DO ESTUDO ................................................................................................ 12

4.4 LOCAL DO ESTUDO ..................................................................................................... 13

4.5 POPULAÇÃO DO ESTUDO .......................................................................................... 13

4.6 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ................................................................ 13

4.7 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS............................................................. 14

4.8 PROTOCOLO DE TREINAMENTO .............................................................................. 16

4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA .............................................................................................. 17

5. RESULTADOS ................................................................................................................ 18

5.1 TESTE PARA AVALIAÇÃO DE FORÇA DE MUSCULATURA DO CORE .................................... 18

5.2 TESTES PARA AVALIAÇÃO DOS MMSS. ............................................................................ 19

5.3 TESTES PARA AVALIAÇÃO DOS MMII. .............................................................................. 20

5.4 AVALIAÇÃO DOS MMII PELA PLATAFORMA DE FORÇA. ................................................... 22

6. DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 24

7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 27

8. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 28

8

1. INTRODUÇÃO

O softbol é um esporte praticado em mais de cem países do mundo, com

características correspondentes ao intuito da sua criação, praticar o beisebol quando as

condições climáticas não fossem favoráveis, adaptando-o inicialmente a ginásios cobertos e

fechados. Apesar de a modalidade ter origem na cultura norte Americana, ela difundiu-se para

os demais países e chegou ao Brasil apenas em 1946. Suas principais diferenças para com o

beisebol são as dimensões do campo e da bola, as técnicas de arremesso, além de algumas

regras específicas. As quatro habilidades básicas do esporte são o lançar, o pegar, o rebater a

bola e a corrida para alcance das bases. Em termos de alta competição, o softbol é

majoritariamente praticado por equipes femininas (OGATA, 2011; SENA, 1990; FLYGER,

BUTTON, RISHIRAJ, 2006; PORTUGAL, 2009; ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA,

2010).

O campo do softbol pode ser comparado a um quadrado, tendo uma base em cada

vértice da figura, sendo estas denominadas de primeira base, segunda base, terceira base e a

placa home. Durante o gesto esportivo, assim como outros desportos como handebol e o

voleibol, os jogadores de softbol trabalham de forma intermitente alternando entre períodos de

esforço submáximos e períodos de intervalo, que proporcionam uma recuperação parcial

frente ao estímulo aplicado. Perante a isso, essa capacidade de repetição de esforços

explosivos e curtos é considerada um componente importante para o desempenho desses

atletas e, portanto, de elevada relevância também na avaliação (NIMPHIUS, MCGUIGAN,

NEWTON, 2010; OGATA, 2011).

Nikolenko et al. (2011) e Dagenais (2007), referem que a funcionalidade dos

membros superiores e inferiores é dependente do tronco, desempenhando um papel

fundamental no processo de transferência de energia para as extremidades, além da geração

de energia rotacional, necessária para bater, jogar e lançar a bola no gesto esportivo do

softbol. A musculatura da região abdominal, da lombar e da pélvica, é chamada de CORE e é

a responsável pela estabilização do tronco, assim, o acometimento desse grupo muscular por

fraqueza ou fadiga pode gerar uma força insuficiente, que ocasionaria prejuízo no

desempenho. Sendo assim, cada jogador do softbol precisa de uma forte musculatura do

CORE, não só para ser bem sucedido no campo, mas também para prevenir lesões.

A obtenção de um estado físico e mental ideais, junto de uma preparação cinética

e coordenativa contribui para a prevenção de lesões (WEINECK, 2003). No campo do

9

treinamento desportivo, os programas de treinamento neuromuscular que incluem exercícios

de equilíbrio são frequentemente implementados com o objetivo de aperfeiçoar o

desempenho, prevenir lesões ou proporcionar reabilitação. Vários autores demonstram a

eficácia dessas intervenções na redução do risco de lesões relacionadas ao esporte, bem como

no aprimoramento do desempenho funcional após lesão esportiva (Emery et al., 2005;

McGuine, Keene 2006). Embora os resultados controversos sejam relatados para o

desempenho de salto, agilidade e controle neuromuscular, sabe-se que exercícios de equilíbrio

tendem a ser mais eficazes para desenvolver desempenho quando usados em conjunto com

outros métodos de treinamento (Zech et al., 2010).

A maioria dos programas de treinamento utilizam protocolos de força e de

potência visando à tradução de melhores resultados no desempenho, isso é justificado por

pesquisas anteriores que apontam correlações entre as medidas de força, potência e

desempenho (NIMPHIUS, MCGUIGAN, NEWTON, 2010; CRONIN, HANSEN, 2005).

Coelho et al. (2011), correlacionando desempenho com salto vertical, demonstraram que

atletas com um bom desempenho no teste de sprint, também obtiveram bons resultados no

teste de salto vertical. Vescovi e McGuigan (2008) corroboram com a interação entre a altura

do salto e o tempo de corrida, porém destacam a necessidade de uma bateria completa de

testes de campo para que se possa avaliar com propriedade o desempenho destes atletas.

Portanto, é importante reconhecer que existem variáveis adicionais que devem ser incluídas

para que um bom treinamento seja planejado e desenvolvido a fim de potencializar as

capacidades motoras e fisiológicas dos atletas estudados.

10

2. JUSTIFICATIVA E HIPÓTESE

O softbol é um projeto de extensão da Universidade Federal de Santa Catarina

responsável pela inclusão de alunos em uma modalidade desportiva diferencial, que a

representa perante campeonatos regionais, estaduais e nacionais. A prática do esporte até

então ocorre sem atenção dos profissionais da saúde a modalidade, resultando em um risco

alto de lesões aos praticantes. Esta pesquisa foi realizada com o intuito de verificar em que

condições encontram-se os praticantes do esporte e se há eficácia no desempenho quando

implementado um protocolo de treinamento. De igual forma, destaca-se a preocupação em

disponibilizar tais dados ao meio acadêmico, para que uma prática mais segura do esporte

possa ser realizada, além de uma possível melhora na representabilidade desta equipe nos

campeonatos por ganhos no desempenho.

A hipótese do estudo é que os participantes poderiam obter aumento em seu

desempenho físico após a implementação de um protocolo de treinamento físico.

11

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Verificar a influência de um protocolo de treinamento físico no desempenho de

atletas amadores de softbol da UFSC.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Determinar o tempo de manutenção em prancha lateral.

Relatar o tempo de salto, oscilações, força de reação ao solo, torque de MMII,

durante o salto vertical na plataforma de força.

Verificar o tempo para o deslocamento de uma distância pré-estabelecida.

Avaliar o desempenho de membros superiores e inferiores dos voluntários.

Comparar as variáveis observadas no início do tratamento e ao final dele.

12

4. MÉTODOS

4.1 SUBMISSÃO AO COMITE DE ÉTICA E PESQUISA – CEP

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa para Seres Humanos

da Universidade Federal de Santa Catarina (Protocolo 1.619.689) e todos os participantes

foram informados sobre os procedimentos e riscos inerentes aos testes, antes de assinarem o

termo de consentimento.

4.2 ASPECTOS ÉTICOS

Esta pesquisa está fundamentada nos princípios éticos trazidos pela Resolução n°

466 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, os quais revelam, sob a

ótica do indivíduo e da coletividade, quatro referenciais basilares da bioética, quais sejam, a

autonomia, não maleficência, beneficência e justiça), com o intuito de assegurar os direitos e

deveres da comunidade científica, dos sujeitos da pesquisa e do estado.

4.3 DESENHO DO ESTUDO

Este trabalho caracterizou-se por ser estudo experimental prospectivo, contendo

cinco variáveis independentes e vinte e três dependentes. O grupo experimental, composto por

treze atletas, foi submetido como pré-teste à uma avaliação física fundada nos testes de força

da musculatura do CORE, teste de cadeia cinética fechada de membros superiores, Single Leg

Hop Test, Y balance Test, de preensão manual, de salto vertical e, também, no teste de sprint.

No período de quatro semanas, os avaliados foram submetidos à duas sessões de

treinamento físico durante sessenta minutos, utilizando os exercícios de estabilização de

CORE, com prancha ventral e prancha lateral; exercícios de fortalecimento de MMII, com

exercícios de afundo, agachamento bipodal e flexão nórdica; exercícios proprioceptivos com

equilíbrio unipodal associado ao arremesso de bola; pliometria com salto unipodal sentido

látero-lateral e em diagonal; encerrando-se com treino de sprint. Após este período, como pós-

teste foram reaplicados os mesmos testes físicos inicialmente propostos, com o fim de

verificar a influência de um protocolo de treinamento físico no desempenho de atletas

amadores de softbol.

13

4.4 LOCAL DO ESTUDO

Os testes físicos foram realizados no Laboratório de Avaliação e Reabilitação do

Aparelho Locomotor (LARAL), localizado nas mediações da Universidade Federal de Santa

Catarina (UFSC), Unidade Mato Alto, Araranguá – SC. Em razão da maior acessibilidade

para os voluntários, o protocolo de treinamento foi executado nos laboratórios práticos e na

quadra esportiva, os quais se localizam na Unidade Jardim das Avenidas, UFSC, Araranguá –

SC.

4.5 POPULAÇÃO DO ESTUDO

Este estudo foi realizado com treze atletas amadores participantes do time de

softbol da UFSC, sendo quatro do sexo feminino e nove do sexo masculino, com idade entre

19 aos 22 anos e IMC médio de 21,72 (±1,22). Porém, durante a execução da pesquisa, três

voluntários foram excluídos da população do estudo, diante das faltas consecutivas ao

protocolo de treinamento físico. Desta forma, restaram apenas dez participantes que

persistiram até o final da aplicação de todo o protocolo.

Para a participação, todos estes voluntários receberam um termo de consentimento

livre e esclarecido a respeito dos riscos e benefícios do estudo. O documento apresentava

informações acerca das condutas avaliadas no estudo e dos critérios para inclusão e exclusão

dos voluntários.

4.6 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Dentre os critérios de inclusão para amostragem adequada ao estudo,

encontraram-se a existência de vínculo ao time de softbol da UFSC e a disponibilidade para

participar do treinamento por dois dias semanais, durante quatro semanas.

Dentre os critérios de exclusão estavam à presença de lesões agudas e/ou crônicas,

a participação em outro projeto com aplicação de protocolo de exercício físico que não seja o

proposto por esta pesquisa, presença de alterações cardiovasculares que incapacitem os testes

ou o treinamento, a ausência por duas vezes consecutivas ao treinamento proposto e não

responder aos questionários utilizados como forma de avaliação.

14

4.7 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

A coleta dos dados foi realizada por dois avaliadores treinados para aplicar os

testes e descrever os resultados. Estes dados foram registrados através de uma planilha

desenvolvida no Microsoft Office Excel 2007, específica para os testes aplicados. A pesquisa

teve por duração total de seis semanas, com quatro semanas de execução do protocolo de

treinamento e duas semanas para a execução da avaliação e reavaliação. Todos os testes antes

de serem aplicados foram demonstrados e explicados verbalmente e às avaliações seguiram a

ordem de teste de prancha lateral, teste de cadeia cinética fechada de membros superiores,

Single Leg Hop Test, Y balance Test, teste de preensão manual, teste de salto vertical e o teste

de sprint. O local aplicado foi uniforme para todos os participantes, com um tempo a dispor

de sessenta minutos para cada voluntário e para cada dia de coleta de dados.

Para a aplicação do teste de força de musculatura do CORE, o voluntário foi

orientado a permanecer em decúbito lateral sobre um colchonete, com manutenção do apoio

sobre o seu cotovelo e seus pés, sem tocar a pelve ao solo. Além disso, a perna superior

manteve-se em frente à inferior com os dois pés ao chão, o braço superior permaneceu sobre o

tronco com a mão apontada para os pés e a pelve foi elevada do solo e mantida numa linha

reta como um eixo ao longo do corpo entre os pés e o cotovelo. O teste foi finalizado quando

o voluntário fosse incapaz de manter a posição instruída, registrando o tempo máximo

tolerado (MCGILL, CHILDS, LIEBENSON, 1999; LIEBENSON, 2004).

Para o teste de cadeia cinética fechada de membros superiores, utilizaram-se duas

demarcações com fita adesiva no chão, separadas a uma distância de cinquenta centímetros,

de maneira de, em que cada marca posicionava-se uma mão. Com a região anterior do corpo

voltada para o chão, o voluntário posicionou as mãos em suas respectivas marcas e manteve

apoios apenas em suas mãos e seus pés. O teste se iniciou quando houve a retirada de uma das

mãos do chão a fim de tocar a outra mão posicionada sob a fita, retornando para a posição

inicial e em seguida repetindo o movimento com a mão oposta. Foram registradas quantas

repetições o indivíduo realizou em um período de quinze segundos. Este processo foi

realizado quatro vezes, com intervalo de quarenta e cinco segundos de descanso, sendo a

primeira vez para aprendizado e as três seguintes válidas para o teste, registrando como

resultado, a média das repetições realizadas nos três testes válidos (ROUSH, KITAMURA,

WAITS, 2007; PROKOPY et al. 2008).

A avaliação da força de preensão manual foi realizada utilizando a posição

aprovada e recomendada pela American Society of Hand Therapists (ASHT), mantendo o

voluntário sentado, ombro aduzido, o cotovelo fletido a noventa graus, antebraço em neutro,

15

podendo a articulação do punho variar de zero a trinta graus de extensão e fazendo uso do

dinamômetro JAMAR®. A ASHT ainda recomenda a utilização da segunda posição da

manopla do dinamômetro JAMAR®, por considerar a posição da alça a mais eficiente para

realização do teste. Diante de estímulo verbal padronizado, o teste se iniciou com o membro

superior direito, realizando três testes em manutenção de contração máxima durante três

segundos, com intervalos de descanso de quinze segundos. Foi registrada a média entre as três

medidas realizadas em cada membro (MORAN, 1981; FERNANDES, MARINS, 2011).

Os voluntários iniciaram o Single Leg Hop Test em apoio unipodal, em seguida,

realizaram o maior salto à frente possível aterrissando no mesmo membro inferior que estava

ao solo e mantendo as mãos durante todo o salto posicionadas próximas a lombar. Foram

validados somente os saltos onde o pouso foi controlado e equilibrado, com a manutenção do

pé no lugar da aterrissagem, em casos de saltos extras os mesmos foram anulados. O

voluntário realizou três saltos válidos com cada membro inferior, mensurados do local

demarcado para iniciar o salto até o lugar que o calcanhar toca novamente o solo, sendo

registrado aquele que atingir a maior distância (NEETER, 2006).

As manobras para realização do Y Balance Test foram realizadas em apoio

unipodal direcionando o membro inferior contralateral nas direções anterior (ANT), póstero-

medial (PM) e póstero-lateral (PL), utilizando o hálux para o toque ao solo durante a

execução do movimento. Todos os participantes realizaram seis provas práticas em cada

direção em caráter de aprendizado com ambos os membros inferiores. Após a prática,

mensurou-se o comprimento de ambos os membros inferiores a partir dos pontos anatômicos

crista ilíaca ântero-superior e a ponta distal do maléolo medial. O teste foi realizado três vezes

em cada direção com ambos os membros inferiores, registrando a distância máxima em

centímetros de alcance em cada sentido. A pontuação do Y Balance Test foi determinada pela

soma da média das distâncias de alcance direito e esquerdo em cada direção, dividindo-se por

três vezes o comprimento da perna e multiplicando por cem para obter a porcentagem

(CHIMERA, KREMER, 2016; BUTOWICZ, 2016; ALNAHDI et al. 2015).

Cronin et al. (2004) afirmam que a medida do desempenho no salto vertical é uma

forma bastante comum para a avaliação da força e potência. Perante isso, orientamos o

voluntário a realizar o salto vertical com contra movimento, saindo da posição ereta e

efetuando uma tríplice flexão de quadril, joelhos e tornozelo a fim de atingir o maior tempo de

voo possível, sendo permitido o livre balanço dos membros superiores. Realizaram-se três

saltos e o melhor desempenho foi registrado. O resultado deste teste foi calculado através da

plataforma de força, que considera o tempo de voo do atleta como o intervalo de tempo entre

a perda de contato com a plataforma e o retorno a mesma. Além desse resultado, foram

16

analisadas as oscilações ântero-posterior e látero-lateral demonstradas durante a impulsão do

salto e o retorno à plataforma, a força de reação ao solo implementada durante a impulsão do

salto e o retorno à mesma e a análise do torque resultante das forças aplicadas com ambos os

membros inferiores (MMII) em relação ao eixo x e y da plataforma de força (HUNTER,

MARSHALL, 2002; KUBO et al. 2005; SWEARINGEN et al. 2011; HERRERO et al. 2005;

MAFFIULETTI et al. 2002).

O teste de sprint foi realizado simulando o espaço utilizado nos treinos de softbol,

com a realização de três sprints máximos. Segundo Bortolotti et al. (2010) é necessário

escolher os testes que mais se aproximem da situação do jogo e que, de alguma forma,

forneça parâmetros indicativos do estado de treinamento do atleta. Perante isso, a distância

utilizada foi a de dezoito metros, que é a distância regular entre as bases do esporte, fixando

vinte segundos de descanso registrados através do cronômetro, sendo o menor tempo o

resultado computado (HERRERO et al. 2005).

4.8 PROTOCOLO DE TREINAMENTO

Durante quatro semanas os avaliados foram submetidos a duas sessões de

treinamento físico, com duração sessenta minutos, respeitando o intervalo de quarenta e oito

horas mínimas entre as sessões. Cada sessão foi subdividida em exercício de estabilização do

CORE, exercício de fortalecimento de membros inferiores, exercícios proprioceptivos e

pliometria. Utilizou-se os exercícios de prancha ventral, prancha lateral, afundo, agachamento

bipodal, flexão nórdica, treino de equilíbrio unipodal associado ao arremesso de bola; salto

unipodal sentido látero-lateral e em diagonal; encerrando com treino de sprints (BIZZINI,

JUNGE, DVORAK, 2010; BLIVEN, ANDERSON, 2013; HERRERO et al. 2005). As

descrições dos exercícios e de suas respectivas variáveis estão descritas na tabela 1.

Tabela 1 - Descrição do protocolo de exercícios utilizados na pesquisa.

Exercício Descrição Variáveis do Protocolo

Prancha

Ventral

Decúbito ventral sobre o colchonete, apoio

sobre o antebraço e os pés mantendo linha

reta entre a cabeça e seus pés, sem tocar a

pelve ao solo.

30 segundos de descanso

3 repetições isométricas

Prancha

lateral

Decúbito lateral sobre o colchonete,

manutenção do apoio sobre o seu cotovelo

e seus pés, sem tocar a pelve ao solo.

30 segundos de descanso

3 repetições isométricas

17

Afundo Em ortostase, pés afastados a largura dos

ombros realizada passo a frente, a fim de

flexionar o membro inferior que avançou

de modo que a coxa ao final do movimento

esteja paralela ao chão, sem passar o joelho

da linha do pé.

30 segundos de descanso

3x12 repetições com

cada membro

inferior

Agachamento Em ortostase, apoiada a região lombar na

bola Suíça, e esta na parede, realizado

agachamento bipodal até atingir 90º de

flexão de quadril e joelhos.

30 segundos de descanso

3x12 repetições

Flexão Nórdica Posiciona-se ajoelhado sobre o colchonete,

joelhos separados a largura do quadril,

mantendo alinhados cabeça, tronco e

joelhos. Realizada extensão de joelho de

forma gradativa levando o tronco em

direção ao chão até assumir o peso do

corpo sobre os MMSS.

30 segundos de descanso

3x12 repetições

Equilíbrio

Unipodal

Em ortostase, apoio unipodal associado a

lançamento de uma bola de borracha para o

colega a sua frente e recepção novamente

do lançamento.

30 segundos de descanso

com cada membro

inferior

Salto Unipodal Em ortostase, seguindo um desenho em

“cruz” ao solo realizados 10 saltos em

apoio unipodal no sentido diagonal, 11

saltos no sentido látero-lateral e 10 saltos

na outra diagonal.

30 segundos de descanso

10 saltos na diagonal

11 saltos sentido látero-

lateral

10 saltos na outra

diagonal

Sprint Corrida máxima em um percurso pré-

definido de 18 metros

20 segundos de descanso

10 sprints

4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foi utilizado o teste de Shapiro Wilk para observar a normalidade dos dados. Para

análise de variância utilizou-se One-Way ANOVA para comparação de pré e pós intervenção,

considerando o nível de significância de p<0,05 através do Software Graphipad 4.0.

18

5. RESULTADOS

Todos os voluntários que participaram desta pesquisa foram avaliados antes e

após um programa de exercícios para buscar a melhora do desempenho de cada atleta. Para

avaliar foram realizados testes funcionais específicos, sendo a avaliação das variáveis do salto

vertical realizada por meio da plataforma de força. Assim com os dados obtidos no presente

estudo, pode-se realizar uma análise estatística de comparação do pré e pós o programa de

exercícios e também a correlação entre essas variáveis.

5.1 Teste para avaliação de força de musculatura do CORE

A avaliação do CORE foi realizada através do teste de prancha lateral que observa

o tempo de permanência na postura, os dados são expressos em segundos e foram

quantificados na avaliação inicial e final da pesquisa (Figura 1).

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados da prancha lateral direita no pré e

pós intervenção.

Figura 1 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção obtidos pela mensuração do

tempo de permanência em prancha lateral, que prediz a força da musculatura do CORE direita

e esquerda.

Na comparação dos resultados dos voluntários pré e pós-intervenção foram

encontrados melhores tempos de manutenção de prancha lateral com diferença

estatisticamente significativa (p<0,05) após a intervenção no teste de força muscular de

CORE no lado direito e no lado esquerdo apesar da melhora no valor da mediana não foram

encontradas diferenças estatisticamente significativas pós-intervenção.

19

5.2 Testes para avaliação dos MMSS.

A avaliação do membro superior foi realizada através do teste de Cadeia Cinética

Fechada dos Membros Superiores, pelo teste de força muscular de preensão palmar através do

dinamômetro JAMAR® e aplicaram-se os questionários de avaliação funcional: DASH e

SPADI. O TCCFMS quantifica seu escore pelo número exato da tarefa realizada (Figura 3), a

preensão palmar quantifica em Kgf (Figura 4) e os questionários com escores que quanto

maior o número, maior a disfunção do segmento acometido (Figura 5), os dados foram

quantificados na avaliação inicial e final da pesquisa.

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados pré e pós-intervenção.

Figura 2 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação da

funcionalidade os membros superiores pelo TCCFMS pré e pós-intervenção.

Na comparação dos resultados dos voluntários na avaliação inicial e final quanto à

média das repetições realizadas nos três testes válidos do TCCFMS, demonstraram-se maiores

médias de repetições no teste pós-intervenção, com diferença estatisticamente significativa

(p<0,05).

20

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados pré e pós-intervenção.

Figura 3 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação da preensão

manual em membro superior esquerdo e direito.

Na comparação dos resultados dos voluntários quanto à média das três medidas

realizadas pré e pós-intervenção no teste de preensão manual, demonstraram-se pós-

intervenção manutenção das medianas obtidas no teste pré-intervenção, sem atingir diferença

estatisticamente significativa (p<0,05).

5.3 Testes para avaliação dos MMII.

A avaliação dos membros inferiores foi realizada através do Single Leg Hop Test,

Y Balance test e teste de Sprint. O Single Leg Hop Test quantifica seu resultado em

centímetros do maior salto realizado (Figura 6), o Y Balance Test é observado através da

porcentagem de alcance em cada direção com relação ao tamanho do membro inferior testado

(Figura 7), o teste de Sprint, quantifica em segundos uma distância de dezoito metros

percorrida no menor tempo possível (Figura 8) e os dados foram quantificados na avaliação

inicial e final da pesquisa.

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados do MID no pré e pós-intervenção.

Figura 4 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação do salto unipodal

horizontal pelo Single Leg Hop Test.

Na comparação dos resultados dos voluntários pré e pós-intervenção foram

alcançadas maiores distâncias no salto horizontal (Single Leg Hop Test) pós-intervenção com

diferença estatisticamente significativa (p<0,007) quanto ao membro inferior direito, porém

apesar do aumento da mediana pós-intervenção, não se encontraram diferenças

21

estatisticamente significativas quanto às distâncias alcançadas com o membro inferior

esquerdo.

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados do MID no pré e pós-intervenção.

Figura 5 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção do Y Balance Test.

Na comparação dos resultados dos voluntários pré e pós-intervenção quanto ao Y

Balance Test observou-se aumento da mediana no pós-intervenção, porém não houve

diferença estatística entre os tempos de avaliação.

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados pré e pós-intervenção.

Figura 6 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para mensuração do

tempo do sprint.

22

Na comparação dos resultados dos voluntários pré e pós-intervenção quanto ao

teste de sprint, demonstra-se redução do tempo de corrida após o período de intervenção com

diferença estatisticamente significativa (p<0,02).

5.4 Avaliação dos MMII pela Plataforma de Força.

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados pré e pós-intervenção.

Figura 7 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação do salto vertical

na plataforma de força.

Na comparação dos resultados dos voluntários quanto ao teste de salto vertical

na plataforma de força no pré-intervenção e pós-intervenção, observa-se o aumento do tempo

de ausência da plataforma pós-intervenção, porém sem diferença estatisticamente

significativa.

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados pré e pós-intervenção.

Força Latero-Lateral

Inicial Final0

50

100

150

200

250

300

*

D

eslo

cam

en

to L

/L (

N)

Força Antero-Posterior

Inicial Final0

150

300

450

600

750

900

1050

1200

*

D

eslo

cam

en

to A

/P (

N)

23

Figura 8 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação da oscilação do

centro de pressão no sentido ântero-posterior, látero-lateral.

Na comparação pré-intervenção e pós-intervenção das oscilações ântero-posterior

e látero-lateral apresentadas no teste de salto vertical durante a impulsão do salto e o retorno à

plataforma demonstrada redução da oscilação em ambos os sentidos com diferenças

estatisticamente significativas.

Força de Reação do Solo

Inicial Final0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

N

ew

ton

s (

N)

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados pré e pós-intervenção.

Figura 9 - Dados referentes à avaliação pré e pós-intervenção para avaliação da força de

reação do solo.

Na comparação de força de reação ao solo pré e pós-intervenção não houve

diferença estatística.

* Diferença estatística (p<0,05) na comparação entre os resultados pré e pós intervenção.

Momento (Torque) Antero-Posterior

Inicial Final0

100

200

300

400

500

*

D

eslo

cam

en

to A

/P (

N.m

)

Momento (Torque) Latero-Lateral

Inicial Final

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

700

750

*

D

eslo

cam

en

to L

/L (

N.m

)

24

Figura 10 - Resultados da plataforma de força ao comparar a avaliação inicial e final quanto

ao torque resultante com relação ao eixo x (látero-lateral) e y (ântero-posterior) da plataforma

de força ao realizar o salto e retornar a plataforma de força.

Na comparação dos resultados pré-intervenção e pós-intervenção quanto ao torque

resultante das forças aplicadas com ambos os MMII em relação ao eixo x e y da plataforma de

força no teste de salto vertical, foi demonstrada redução dos valores encontrados como de

torque resultante, gerando valores mais próximos à zero nas análises pós-intervenção

correspondendo a uma menor diferença entre as forças aplicadas pelos membros inferiores na

plataforma de força com relação a um mesmo eixo.

6. DISCUSSÃO

Os resultados do presente estudo demonstram que após um período de quatro

semanas de aplicação de treinamento físico foi possível identificar alterações significativas na

maioria dos testes funcionais propostos. Se por um lado, os objetivos do estudo e sua hipótese

puderam ser verificadas e confirmadas através da melhora do desempenho de atletas

amadores em curto período de tempo, por outro, também se pode observar que o aumento

isolado de apenas uma variável de desempenho nem sempre corrobora com o aumento do

desempenho em geral.

Em nosso estudo observamos melhores desempenhos nos testes de fortalecimento

de CORE após a intervenção, porém com predominância do lado direito. Estes resultados são

corroborados com os estudos de Granacher et al. (2014) e Allen et al. (2014) que ao aplicarem

protocolo de treinamento de seis à nove semanas obtiveram melhores desempenhos nos testes

de força de CORE, indicando que talvez ao prolongar em pelo menos mais duas semanas o

nosso estudo poderíamos coletar resultados mais simétricos quanto ao desenvolvimento de

força muscular de CORE. Destaca-se que o desenvolvimento de força muscular de CORE tem

sido defendido por aumentar o desempenho desportivo, a manutenção da saúde

musculoesquelética e também prevenir a dor lombar (Allen et al. 2014; Nikolenko et al.

2011).

O teste de cadeia cinética fechada de membros superiores surgiu da necessidade

de desenvolver testes para fornecer dados objetivos, determinar o estado físico para retorno ao

desporto e possuir facilidade de aplicação (Goldbeck, Davies, 2000). Roush, Kitamura, Waits

(2007) estabeleceram uma média de toques realizados durante o TCCMS dos atletas de

beisebol profissionais, obtendo uma média de trinta toques, independendo da posição que o

jogador ocupe no campo. Em nosso estudo com atletas amadores de softbol, iniciou-se com

25

uma média de vinte toques durante o TCCMS e conseguiu-se pós-intervenção atingir uma

média de vinte sete toques, aproximando-se muito da média obtida por atletas profissionais de

beisebol. Além disso, destaca-se que cinquenta e oito por cento das lesões no beisebol

colegial envolvem a extremidade superior e, de igual forma, representam setenta e cinco por

cento das causas de ausência do esporte por lesão (McFarland, Wasik, 1998).

A força de preensão manual dos voluntários praticamente não sofreu alteração

após a intervenção, contrariando nossas expectativas logo que vários estudos com formatos

semelhantes ao nosso, sem realizar um treino específico para aumento de força de preensão

manual, encontraram ganhos significativos nesta variável. Santos, Benassi e Gonçalves (2012)

ao verificarem o efeito de cinco semanas de treinamento de força de MMII na força de

preensão manual de mulheres sedentárias, com frequência de três vezes por semana,

obtiveram aumentos significativos quanto à força de preensão palmar já na terceira semana de

treinamento. Em outro estudo, Morais et al. (2004) ao verificarem o efeito do treinamento de

força global de quatro meses, também com frequência de três vezes por semana, obtiveram

mais uma vez resultados significativos ao avaliar a preensão manual pré e pós-intervenção.

Diferentemente de nosso estudo com dois treinos semanais, ambos realizaram treinamentos de

fortalecimento com frequência de três vezes por semana, o que poderia ter sido o motivo de

não serem encontradas diferenças significativas na preensão manual em nossa pesquisa.

O teste de salto unipodal foi inicialmente projetado para avaliar o desempenho

funcional de uma extremidade lesada, no entanto, vários autores o utilizam também para

avaliar indivíduos saudáveis e atletas (Hamilton, 2008; Emery et al., 2005; McGuine, Keene,

2006). Em nosso estudo obtivemos aumento de desempenho no Single Leg Hop Test apenas

com membro inferior direito pós-intervenção, resultados que também foram encontrados no

estudo de Sahin et al. (2014). Diferente disso sabe-se que maiores tamanhos de efeito tendem

a ser mostrados para programas de treinamento de maior duração (Zech et al., 2010),

evidenciando talvez que ambos os estudos necessitassem de maior tempo de pesquisa para

que obtivessem resultados em ambos os MMII quanto ao Single Leg Hop Test.

Neste estudo, apesar de conquistarmos melhores escores quanto ao Single Leg

Hop Test, não conseguimos obter resultados significativos no Y Balance Test pós-intervenção

de quatro semanas. Destaca-se que talvez necessitássemos de um maior tempo para que

respostas significativas fossem alcançadas no Y Balance Test e, além disso, ressalta-se que há

literatura controversa sobre a efetividade real do Y Balance Test como método preditivo de

lesão. Aliás, Plisky et al. (2006) investigando a utilização deste teste como preditivo de lesão,

conseguiu obter resultados confiáveis do Y Balance Test como preditor de lesões. Todavia,

Smith et al. (2014) ao analisar uma amostra de atletas de esportes diversificados ao longo da

26

temporada esportiva, foi incapaz de encontrar correlação entre o Y Balance Test e as lesões

apresentadas em membros inferiores, demonstrando uma falta de consenso sobre a utilização

deste teste como um preditor de lesão.

O presente estudo explicitou um aumento do desempenho de sprint com um

protocolo de apenas quatro semanas, apesar de que em literatura a maioria dos artigos

necessitaram de protocolos mais longos para que os resultados significativos fossem

demonstrados. Sobre o tema cita-se Fernandez et al., (2015) que ao analisarem os efeitos de

um protocolo de treinamento em atletas de tênis juniores, alcançaram melhorias significativas

quanto ao tempo do sprint máximo apenas após oito semanas. Sabe-se que um começo de

sprint explosivo requer um poderoso movimento angular dos braços, quadris e pernas, mas os

efeitos do treinamento de força sobre o desempenho de corrida ainda são contraditórios, já

que em alguns estudos demonstram melhores desempenhos de corrida após protocolo de força

(Sedano et al, (2013) e Damasceno et al., (2015) e outros não relatam nenhum efeito benéfico

do treinamento de força no desempenho da corrida (Kelly, Burnett e Newton, 2008; Ferrauti,

Bergerman e Fernandez, 2010).

Nardone, Schieppati (2010) e Antunha, Sampaio (2008) expõem que treinos que

envolvam instabilidade e desequilíbrio constituem situações indispensáveis para ativação dos

proprioceptores e, como consequência, uma resposta muscular para a reorganização e

estabilização postural. Atualmente, a plataforma de força é a ferramenta considerada padrão

ouro para análise do equilíbrio corporal ao quantificar as oscilações do corpo e permitir

utilizá-las em diversas áreas, tais como avaliação clínica, reabilitação e até treinamento

desportivo (OLIVEIRA, IMBIRIBA, GARCIA, 2000; DUARTE, FREITAS, 2010; SILVA et

al., 2013). Neste estudo analisou-se a oscilação do centro de pressão através do deslocamento

do mesmo durante o salto, demonstrando redução da oscilação nos sentidos ântero-posterior e

látero-lateral pós-intervenção. Lamb et al. (2014) ao avaliarem ginastas rítmicas em apoio

bipodal sobre a plataforma de força antes e após um protocolo de treinamento proprioceptivo,

verificaram o deslocamento ântero-posterior e látero-lateral através da oscilação do centro de

pressão, encontrando menores oscilações após os dois meses de protocolo.

Sabe-se que o desempenho no salto vertical é imprescindível para o sucesso de

atletas em diversas modalidades esportivas. Entretanto a literatura é escassa quando analisado

o gesto esportivo unido a plataforma de força. No estudo de Gomes et al. (2009) foram

comparadas as forças de reação ao solo impostas por jogadores de futebol e de basquete

profissionais sem implementar qualquer protocolo de exercício, derrubando a hipótese do

estudo de que haveria diferença entre as forças de reação ao solo entre essas populações. De

igual forma quando comparamos em nosso estudo a força de reação ao solo no desempenho

27

do salto vertical pré e pós-intervenção, também não encontramos alterações pós-intervenção

da força necessária para realizar o movimento de salto.

Apesar destes importantes achados, há limitações, no presente estudo, que

justificam uma interpretação cautelosa destes resultados. A primeira limitação pode ser

indicada como a baixa amostra que talvez não possibilite uma comparação mais adequada

com toda a população que pratica o softbol, em segundo plano, uma outra limitação a ser

citada é a realização de treinamentos físicos em pequenos grupos de voluntários, devido ao

pouco tempo disponível dos mesmos para realização do estudo, impedindo que a progressão

do exercício pudesse ser realizada. Por fim, recomenda-se que mais estudos sejam realizados

com o intuito de colaborar e confirmar os dados alcançados nesta pesquisa, com o propósito

de proporcionar uma prática mais segura de um esporte ainda tão pouco divulgado neste país.

7. CONCLUSÃO

Os atletas que concluíram o estudo obtiveram um incremento importante em seu

desempenho físico em quase todos os testes funcionais, com exceção apenas dos testes de

preensão manual e Y Balance Test. Neste sentido, demonstrou-se que um protocolo de

treinamento com dois treinos semanais por quatro semanas envolvendo exercícios de

estabilização do CORE, exercício de fortalecimento de MMII, exercícios proprioceptivos e

pliometria são eficazes para o aumento de desempenho físico de jogadores de softbol

amadores.

28

8. REFERÊNCIAS

ALLEN, B.A. et al. Effect of a CORE Conditioning Intervention On Tests of Trunk

Muscular Endurance in School Aged Children. The Journal of Strength and Conditioning

Research, 28(7):2063–2070, 2014.

ALNAHDI, A. H. et al. Reference values for the Y Balance Test and the lower

extremity functional scale in young healthy adults. Journal Of Physical Therapy

Science. Arábia Saudita, 27(12):3917-3921, 2015.

ANTUNHA, E.L.; SAMPAIO, P. Propriocepção: um conceito de vanguarda na área

diagnóstica e terapêutica. Academia Paulista de Psicologia, 2(8):278-83, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumos.

Rio de Janeiro, 2003.

BENIS, R.; BONATO, M.; TORRETO, A.L. Elite Female Basketball Players Body

Weight Neuromuscular Training and Performance on the Y Balance Test. Journal of Athletic

Training, 51(12):1-10, 2016.

BIRCHAK, J.; ROCHETTE, L.M.; SMITH, G.S. American Journal of Emergency

Medicine, USA, 31(6): 900-905, 2013.

BIZZINI, M; JUNGE, A; DVORAK, J. FIFA 11+ Manual. Um Programa de

Aquecimento Completo para Prevenir Lesões no Futebol. FIFA Medical Assessment and

Research Center (F-MARC). 1:1-74, 2010.

BLIVEN, K.C.H. ANDERSON, B.E. CORE stability for injury prevention. Sports

Health: A multidisciplinary Approach, 5(6):514-522, 2013.

BORTOLOTTI, H. et. al. Avaliação da capacidade de realizar sprints repetidos no

futebol. Motriz, Rio Claro, 16(4):1006-1012, 2010.

BUTOWICZ, C. M. et al. Validation of two clinical measures of CORE stability.

The International Journal Of Sports Physical Therapy. Philadelphia, 6(2):63-74:15-24,

2016.

CANDOTTI, C.T.; SOARES, V.S.; NOLL, M. A. Influência da postura sobre as

capacidades motoras: agilidade, força e velocidade. Revista Brasileira Ciência e

Movimento, 18(2):11-18, 2010.

29

CHIMERA, N. J.; KREMER, K. Sportsmetrics training improves power and landing

in High School rowers. The International Journal Of Sports Physical Therapy. New York,

11(1):44-54, 2016.

COELHO, D.B. et al. Correlação entre o desempenho de jogadores de futebol no

teste de sprint de 30m e no teste de salto vertical. Motriz, Rio Claro, 17(1):63-70, 2011.

COLÔMBIA. Ministério do Trabalho e da Segurança Social. Serviço Nacional de

Aprendizagem. Softbol, Bogotá: SENA, 1990. 24p.

COMSTOCK, R.D; COLLINS, C.L.; CURRIE, D.W. National High School Sports:

related injury surveillance study. Center for Injury Research & Policy, Colorado, 2013.

CRONIN, J.B.; HANSEN, K.T. Strength and power predictors of sports speed. The

Journal of Strength Conditioning Research, Nova Zelândia, 19(2):349–357, 2005.

CRONIN, J.B.; HING, R.D.; MCNAIR, P.J. Reliability and validity of a linear

position transducer for measuring jump performance. Journal of Strength and

Conditioning Research, Champaign, 18(3):590-593, 2004.

DAGENAIS, M. O. Softball Peak Performance Coach. Canadá. 2007. 32p.

D'ALESSANDRO, R. L. et al. Análise da Associação entre a Dinamometria

Isocinética da Articulação do Joelho e o Salto Horizontal Unipodal, Hop Test, em Atletas de

Voleibol. Revista Brasileira Medicina do Esporte, 11(5): 271-275, 2005.

DAMASCENO, M. V. et al. Effects of Resistance Training on Neuromuscular

Characteristics and Pacing During 10 km Running Time Trial. European Journal of Applied

Physiology, 115(7):1113-1522, 2015.

DESROSIRES, J.; BRAVO, G.; HÉBERT, R. Isometric Grip Endurance of Healthy

Elderly Men and Women. Archives of Gerontology and Geriatrics, 24(1):75-8, 1997.

DUARTE, M.; FREITAS, S.M.S. Revisão sobre posturografia baseada em

plataforma de forca para avaliação do equilíbrio. Revista Brasileira Fisioterapia, 14(3):183-

92, 2010.

EMERY, C.A. et al. Effectiveness of a Home Based Balance Training Program in

Reducing Sports Related Injuries Among Healthy Adolescents: a cluster randomized

controlled trial. Canadian Medical Association Journal, 172(6):749–754, 2005.

30

EMERY, C.A. et al. Effectiveness of a home-based balance-training program in

reducing sports-related injuries among healthy adolescents: a cluster randomized controlled

trial. Canadian Medican Association Journal, Canadá, 172(6):749–54, 2005.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Federação Internacional de Softbol. Official

Rules Of Softball, Florida, 2010. 89p.

FERNANDES, A.A.; MARINS, J.C.B. Teste de força de preensão manual: análise

metodológica e dados normativos em atletas. Fisioterapia do Movimento, Curitiba, 24(3):

567-578, 2011.

FERNANDES, L.F.R.M. et al. Correlações entre força de preensão manual e

variáveis antropométricas da mão de jovens adultos. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo,

18(2):156-162, 2011.

FERNANDEZ, F. et al. In Season Effect of a Combined Repeated Sprint and

Explosive Strength Training Program on Elite Junior Tennis Players. Journal Strength

Conditioning Research, 29(2): 351–357, 2015.

FERRAUTI A.; BERGERMANN, B.; FERNANDEZ, J. Effects of a Concurrent

Strength and Endurance Training on Running Performance and Running Economy in

Recreational Marathon Runners. The Journal of Strength and Conditioning Research,

24(10):2770-2778, 2010.

FILIPA, A. et al. Neuromuscular Training Improves Performance on the Star

Excursion Balance Test in Young Female Athletes. Journal Orthopedic Sports Physical

Therapy, 40(9): 551-558, 2012.

FLYGER, N.; BUTTON, C.; RISHIRAJ, N. The Science of Softball: Implications

for Performance and Injury Prevention. Sports Medicine, Nova Zelândia, 36(9): 797-816,

2006.

FREDERIKSEN, H. et al. Age Trajectories of Grip Strength: Cross-sectional and

Longitudinal. Annals of Epidemiology, 16(7):554-562, 2006.

GOLDBECK, T.C.; DAVIES, C.J. Test-Retest Reliability of The Closed Kinetic

Chain Upper Extremity Stability Test: a clinical field test. Journal Sport Rehabilitation,

9(1):35-45, 2000.

31

GOMES et al. Características cinemáticas e cinéticas do salto vertical: comparação

entre jogadores de futebol e basquetebol. Revista Brasileira Cineantropometria

Desempenho Humano, 11(4):392-399, 2009.

GRANACHER et al. Effects of CORE Strength Training Using Stable Versus

Unstable Surfaces on Physical Fitness in Adolescents: a randomized controlled trial. Sports

Science, Medicine, and Rehabilitation, 6(40):2-11, 2014.

HALBERTSMA, J.P.K., et al. Repeated Passive Stretching: acute effect on the

passive muscle moment and extensibility of short hamstrings. Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation, Groninga, 80(4):407-414, 1999.

HALL, C.M., BROD, L.T. Exercícios terapêuticos na busca da função. 2ª Ed. Rio

de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

HAMILTON, R.T. et al. Triple Hop Distance as a Valid Predictor of Lower Limb

Strength and Power. Journal of Athletic Training, 43(2):144–151, 2008.

HARLAND, M.J.; STEELE, J.R. Biomechanics of the Sprint Start. Sports

Medicine, 23(1):11-20, 1997.

HERRERO, J. A. et al. Electromyostimulation and Plyometric Training Effects on

Jumping and Sprint Time. Journal Sports Medicine, New York, 27(7):533-539, 2005.

HUBSCHER, M. et al. Neuromuscular Training for Sports Injury Prevention: A

Systematic Review. Medicine & Science in Sports & Exercise; 42(3): 413-421, 2010.

HUNTER, J.P.; MARSHAL, L.R.N. Effects of power and flexibility training on

vertical jump technique. Medicine & Science in Sports & Exercise, 34(3):478-486, 2002.

JESTER, A; HARTH, A.;GERMAN, G. Measuring Levels of Upper-Extremity

Disability in Employed Adults Using the DASH Questionnaire. The Journal of Hand

Surgery, 30(5): 1074-1083, 2005.

JONES, M.T. Progressive Overload Whole Body Vibration Training As Part Of

Periodized, Off-Season Strength Training In Trained Women Athletes. Journal of Strength

and Conditioning Research, 28(9):2461-2469, 2014.

32

KELLY, C.M.; BURNETT, A.F.; NEWTON, M.J. The Effect Of Strength Training

On Three Kilometer Performance in Recreation Women Endurance Runners. Journal of

Strength and Conditioning Research, 22(2):396-403, 2008.

KISNER, C.; COLBY, L.A. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas. 4ª

Ed. São Paulo: Manole, 2005.

KORCHEMNY, R.A. New Concept for Sprint Start and Acceleration Training. New

Studies in Athletics, 7(4): 65-72, 1992.

KUBO, K. et al. Effects of isometric squat training on the tendon stiffness and jump

performance, European Journal of Applied Physiology, 96(3):305-314, 2006.

LAMB, M. et al. Efeito do treinamento proprioceptivo no equilíbrio de atletas de

ginástica rítmica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 20(5):379-382, 2014.

LIEBENSON, C. Spinal stabilization - an update: Part 2 - Functional assessment.

Journal of Bodywork and Movement Therapies, 8, 199-210, 2004.

LOMBARDI et al. Progressive resistance training in patients with shoulder

impingement syndrome: A randomized controlled trial. Arthritis & Rheumatism, 59(5):

615-622, 2008.

MAFFIULETTI, N.A. et al. Effect of combined electrostimulation and plyometric

training on vertical jump height. Medicine & Science in Sports & Exercise, 34(10):1638-

1644, 2002.

MARTINS, J. et al. Versão brasileira do Shoulder Pain and Disability Index:

tradução, adaptação cultural e confiabilidade: The Brazilian Version of Shoulder Pain and

Disability Index - translation, cultural adaptation and reliability. Revista Brasileira de

Fisioterapia, São Carlos, 14 (6): 527-536, 2010.

MCARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do Exercício: energia,

nutrição e desempenho humano. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

MCFARLAND, E.G.; WASIK, M. Epidemiology of Collegiate Baseball

Injuries. Clinical Journal Sport Medicine, 8(1):10-13, 1998.

MCGILL, S.M.; CHILDS, A., LIEBENSON, C. Endurance times for stabilization

exercises: clinical targets for testing and training from a normal database. Archives of

Physical Medicine and Rehabilitation, 80: 941–944, 1999.

33

MCGUINE, T.A.; KEENE, J.S. The Effect of a Balance Training Program on the

Risk of Ankle Sprains in High School Athletes. American Journal Sports Medicine,

34(7):1103-1111, 2006.

MEY, K. et al. Scapular Muscle Rehabilitation Exercises in Overhead Athletes With

Impingement Symptoms: Effect of a 6 Week Training Program on Muscle Recruitment and

Functional Outcome. The American Journal Of Sports Medicine, 40(8):1906-1915, 2012.

MEYERS, M.C.; BROWN, B.R.; BLOOM, J.A. Fast Pitch Softball Injuries. Sports

Medicine, Texas, 31(1):61-73, 2001.

MINTKEN, Paul E. et al. Cervicothoracic Manual Therapy Plus Exercise Therapy

Versus Exercise Therapy Alone in the Management of Individuals With Shoulder Pain: A

Multicenter Randomized Controlled Trial. Journal of Orthopaedic & Sports Physical

Therapy, 46(8):617-628, 2016.

MORAIS, I.J et al. A melhora da força muscular em idosas através de um programa

de treinamento de força de intensidade progressiva. Revista da Educação Física, 15(2):7-15,

2004.

MORAN, C. F. Clinical Assessment Recommendations. American Society of Hand

Therapist, 1981.

NARDONE, A; SCHIEPPATI, M. The Role of Instrumental Assessment of Balance

in Clinical Decision Making. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine,

46(2):221-37, 2010.

NEETER, C. et al. Development of a strength test battery for evaluating leg muscle

power after anterior cruciate ligament injury and reconstruction. Knee Surgery Sports

Traumatology Arthroscopy, 14(6): 571–580, 2006.

NIKOLENKO, M., et al. Relationship Between CORE power and measures of sport

performance. Kinesiology, Califórnia, 43(2):163-168, 2011.

NIMPHIUS, S.; MCGUIGAN, M.R.; NEWTON, R. U.. Relationship Between

Strength, Power, Speed, and Change of Direction Performance of Female Softball Players.

The Journal of Strength And Conditioning Research, Nova Zelândia, 24(4): 885-895,

2010.

34

OGATA, M.R., Softbol: considerações pedagógicas sobre o ensino na etapa de

iniciação. Maringá, 2006. 1-73p.

OLIVEIRA, L.F.; IMBIRIBA, L. A.; GARCIA, M.A.C. Índice de estabilidade para

avaliação do equilíbrio postural. Revista Brasileira de Biomecânica, 1(1):33-38, 2000.

ORFALE, A.G. et al. Translation into Brazilian Portuguese, cultural adaptation and

evaluation of the reliability of the Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand

Questionnaire. Brazilian Journal Of Medical And Biological Research, São Paulo, 2(38):

293-302, 2005.

PECCIN, M.S.; CICONELLI, R.; COHEN, M. Questionário Específico para

Sintomas do Joelho "Lysholm Knee Scoring Scale" - tradução e validação para a língua

portuguesa. Acta Ortop Bras, São Paulo, 5(14): 268-272, 2006.

PEDERSON, et al. Implementation of specific strength training among industrial

laboratory technicians: long-term effects on back, neck and upper extremity pain.

Musculoskeletal Disorders, 14(3):2-11, 2013.

PLISKY, P.J. et al. Star Excursion Balance Test as a Predictor of Lower Extremity

Injury in High School Basketball Players. Journal of Orthopedic & Sports Physical

Therapy, 36(12):911-919, 2006.

PORTUGAL. Federação Portuguesa de Basebol e Softbol. Resumo das Regras

Oficiais de Jogo. Abrantes: [2009]. 11p.

PROKOPY, M.P. et al. Closed kinetic chain upper body training improves throwing

performance of NCAA division in softball players. Journal of Strength and Conditioning

Research, 22(6):1790-1798, 2008.

RANTANEN, T. et al. Midlife Hand Grip Strength as a Predictor of Old Age

Disability. Journal of Aging Physical Activity, 281(6):558-560, 1999.

RODRIGUES, R.C. et al. Tradução, adaptação cultural e validação do "American

Orthopedic Foot and Ankle Society (AOFAS) Ankle-Hindfoot Scale". Acta Ortopédica

Brasileira, São Paulo, 2(16): 107-111, 2007.

ROUSH, J. R.; KITAMURA, J.; WAITS, M. C. Reference Values for the Closed

Kinetic Chain Upper Extremity Stability Test. North American Journal of Sports Physical

Therapy, 2(3):159-163, 2007.

35

ROUSH, J. R.; KITAMURA, J.; WAITS, M. C. Reference Values for the Closed

Kinetic Chain Upper Extremity Stability Test. North American Journal of Sports Physical

Therapy, 2(3):159-163, 2007.

SAHIN, G. et al. Effect of Short Time Neuromuscular Training on Single Leg Hop

Test in Young Soccer Players. International Journal Of Physical Education. Sports And

Health, 1(1):01-04, 2014.

SANTOS, F.C.; BENASSI, R.; GONÇALVES, L.C.O. A Influência de Cinco

Semanas de Treinamento de Força para Membros Inferiores na Força de Preensão Manual,

em Mulheres Sedentárias. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício,

6(33):284-290, 2012.

SEDANO, S. et al. Concurrent Training in Elite Male Runners: The Influence of

Strength Versus Muscular endurance Training on Performance Outcomes. Journal of

Strength and Conditioning Research, 27(9): 2433–2443, 2013.

SILVA, R.A. et al. Age-related differences in time limit performance and force

platform-based balance measures during one-leg stance. Journal Electromyografic

Kinesiology, 23(3):634-9, 2013.

SMITH, C.A.; CHIMERA, N.J.; WARREN, M. Association of Y Balance Test

Reach Asymmetry and Injury in Division I Athletes. Medicine & Science in Sports &

Exercise, 47(1):136-141, 2014.

SOUZA, J. A. et al. Biofotogrametria confiabilidade das medidas do protocolo do

software para avaliação postural (SAPO). Revista Brasileira Cineantropometria

Desempenho Humano, 13(4):299-305, 2011.

STONE J.A; PARTIN, N.B.; LUEKEN, J.S.; TIMM, K.E.; RYAN, E.J. Upper

Extremity Proprioceptive Training. Journal of Athletic Training, 29(1):15-18, 1994.

SWEARINGEN, J. et al. Correlation of single leg vertical jump, single leg hop for

distance, and single leg hop for time. Division of Physical Therapy,12(4):194-198, 2011.

VESCOVI, J.D.; MCGUIGAN, M.R. Relationships between sprinting, agility, and

jump ability in female athletes. Journal of Sports Sciences, Austrália, 26(1): 97-107, 2008.

VIGATTO, R.; ALEXANDRE, N. M.; CORREA, H.R.F. Development of a

Brazilian Portuguese version of the Oswestry Disability Index: cross-cultural adaptation,

realiability and validity. Spine, 32(4):481-486, 2007.

36

VIKMOEN, O. et al. Effects of Heavy Strength Training on Running Performance

and Determinants of Running Performance in Female Endurance Athletes. Strength Training

and Running Performance, 11(3):1-18, 2016.

WEINECK, J. Treinamento Ideal. 9ª Ed. São Paulo: Manole, 2003.

WRIGHT, A.A. et al. Association of Lower Quarter Y Balance Test with lower

extremity injury in NCAA Division 1 athletes: an independent validation study,

Physiotherapy, 12(1):01-06, 2016.

ZECH, A. et al. Balance Training for Neuromuscular Control and Performance

Enhancement: A Systematic Review. Journal of Athletic Training, 45(4):392-403, 2010.