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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA INTERFERÊNCIA DE CAPIM AMARGOSO (DIGITARIA INSULARIS) NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA SOJA Gabriel Berton Ferreira SINOP MT Março 2018

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT · 2019. 4. 18. · Gabriel Berton Ferreira Orientador: Ednaldo Antonio de Andrade Co-orientador: Carlos Vinício Vieira Trabalho de Conclusão

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

INTERFERÊNCIA DE CAPIM – AMARGOSO (DIGITARIA INSULARIS) NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA SOJA

Gabriel Berton Ferreira

SINOP – MT

Março – 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

INTERFERÊNCIA DE CAPIM – AMARGOSO (DIGITARIA INSULARIS) NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA SOJA

Gabriel Berton Ferreira

Orientador: Ednaldo Antonio de Andrade

Co-orientador: Carlos Vinício Vieira

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Agronomia do ICAA/CUS/UFMT, como parte das exigências para a obtenção do Grau de Bacharel em Agronomia.

SINOP – MT

Março – 2018

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

F383i Ferreira, Gabriel Berton. Interferência de Capim - Amargoso (Digitaria insularis) no

desenvolvimento da cultura da soja / Gabriel Berton Ferreira. -- 2018

1 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientador: Ednaldo Antônio de Andrade. Co-orientador: Carlos Vinício Vieira.

TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais,Sinop, 2018.

Inclui bibliografia.

1. soja. 2. capim - amargoso. 3. interferência. 4. competição.

I. Título.

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Lista de Tabelas

Tabela 1. Descrição dos estádios fenológicos da Soja ................................................................ 12

Tabela 2. Análise físico química do solo utilizado no estudo, Sinop- MT 2017. ......................... 17

Tabela 3.Esquema da análise de variância, para os parâmetros Área foliar, Altura, e dimensão

da raiz da soja: ............................................................................................................................. 19

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Lista de Gráficos

Gráfico 1 Comparação de médias para a área foliar da soja: ..................................................... 20

Gráfico 2. Comparação de médias para altura de planta da soja: .............................................. 21

Gráfico 3. Comparação de médias para comprimento de raiz da soja: ...................................... 22

Gráfico 4. Comparação de médias para volume de raiz: ............................................................ 23

Gráfico 5. Comparação de médias para massa fresca de parte aérea: ....................................... 24

Gráfico 6. Comparação de médias para massa fresca de raiz: .................................................... 24

Gráfico 7. Comparação de medias para massa seca de parte aérea: ......................................... 25

Gráfico 8. Comparação de médias para massa seca de raiz: ...................................................... 26

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RESUMO

Um estudo foi realizado com o objetivo de verificar a influência do capim-

amargoso (Digitaria insularis) sobre as plantas de soja. Para tanto, considerou-se o

delineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial 5x3, com 4 repetições, em

condições controladas (casa de vegetação). O primeiro fator consistia de uma planta de

soja em convivência com plantas de capim-amargoso, sendo T0: a testemunha (apenas

a plantas de soja), T1: uma planta de soja e uma planta de capim-amargoso, T2: Uma

planta de soja e duas plantas de capim-amargoso, T3: uma planta de soja e 3 plantas

de capim-amargoso e T4: uma planta de soja e 4 plantas de capim-amargoso. As

avaliações ocorreram em três momentos, aos 10, 25 e 35 dias após a emergência das

plantas de soja, que compreendeu nos estádios fisiológicos V2, V5 e R2. Os parâmetros

analisados foram: altura de planta, comprimento de raiz, área foliar, volume de raiz,

massa fresca de parte aérea e raiz e massa seca de parte aérea e raiz. Houve

interferência da planta daninha em estudo na cultura da soja, podendo ser observado

pelos parâmetros avaliados, sendo a maior interferência causada pelos tratamentos três

e quatro que consistiam, respectivamente, em três e quatro plantas daninhas em

convivência com a soja.

Palavras chave: Soja, Digitaria insularis, interferência;

ABSTRACT

A study was carried out to verify the influence of amaranthgrass (Digitaria

insularis) on soybean plants. For this, the design was completely randomized in the

factorial scheme 5x3, with 4 replications, under controlled conditions (greenhouse). The

first factor consisted of a soybean plant living with bittergrass plants, with T0: the control

(soybean plants only), T1: a soybean plant and a bittergrass plant, T2: A plant soybean

and two plants of bittergrass, T3: a soybean plant and 3 plants of bittergrass and T4: a

soybean plant and 4 plants of bittergrass. The evaluations occurred at three times, at 10,

25 and 35 days after emergence of soybean plants, which comprised the physiological

stages V2, V5 and R2. The parameters analyzed were: plant height, root length, leaf

area, root volume, fresh shoot and root mass, and dry shoot and shoot mass. There was

interference of the weed in a study in the soybean crop, being able to be observed by

the evaluated parameters, being the greater interference caused by the treatments three

and four that consisted, respectively, in three and four weeds in coexistence with the

soybean.

Key words: Soybean, Digitaria insularis, interference;

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Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9

2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................................ 11

2.1SOJA (Glycine Max) ............................................................................................................ 11

2.2 CAPIM- AMARGOSO (Digitaria insularis (L.)) .................................................................... 12

2.3 INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS A CULTURA DA SOJA (Glycine Max) ................. 13

2.4 ALELOPATIA ....................................................................................................................... 15

2.5 FATORES FISIOLÓGICOS AFETADOS POR INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS ......... 16

3. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................................... 17

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 19

5. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 28

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1. INTRODUÇÃO

A soja é uma cultura que promoveu mudanças drásticas na produção brasileira

a partir de 1960, principalmente pelas suas características, podendo servir como adubo

– verde e forragem na alimentação animal, o seu óleo é utilizado para alimentação

humana, biodiesel e etc, além disso o farelo serve para alimentação animal (BEZERRA,

A. R. G, et. al 2015).

Existe ainda a perspectiva de que esta cultura se destaque ainda mais no Brasil,

tornando mais lucrativa, pois haverá aumento de demanda e países como Argentina e

EUA não possui capacidade de aumentar áreas de plantio como o Brasil (BEZERRA, A.

R. G, et. al 2015).

A sua produção pode ser afetada por fatores climáticos, já que para se obter o

desenvolvimento esperado a condição climática deve ser atendida, além disso existe os

manejos a serem aplicados: época de plantio, adubação, controle de pragas e doenças,

daninhas (FLORES, M.F 2016).

As plantas daninhas se encaixam em um dos fatores, no qual os agricultores

necessitam de atenção safra após safra, isto se deve as suas características e

capacidades, que superam as culturas agrícolas, limitando a produtividade. Isto ocorre

por conta de vários fatores, dentre eles a competição pelos recursos naturais, a exemplo

disso os nutrientes, pois as daninhas como qualquer outra planta possuem suas

exigências por nutrientes, água, CO2, luz e etc (VASCONCELOS, M. C. C et. al 2012).

A superioridade destas plantas sobre as culturas se dá pelas características

morfológicas e fisiológicas, devido ao seu crescimento e desenvolvimento ser voltado à

sobrevivência, estabelecimento e perpetuação das espécies. Enquanto as culturas por

sofrerem o processo de melhoramento genético, são domesticadas com o intuito de

serem produtivas, consequentemente, há alterações na constituição genética, cujo foco

está na produtividade. Outras variáveis também sofrerão alterações, no caso a planta

perde sua rusticidade, deixando de ser competitiva, sendo mais vulnerável a stress e a

interferência tanto de fatores bióticos, quanto abióticos (CARVALHO, L. B 2013).

O grau de interferência pode ser definido pela resultante do prejuízo que a

comunidade infestante pode causar à planta cultivada, seja de forma direta, por

competição, alelopatia e interferência na colheita, ou indiretamente, hospedando insetos

e patógenos nocivos à cultura. Conforme (PITELLI 1985), um dos fatores mais

importantes que afetam o grau de interferência entre as plantas daninhas e cultivadas é

o período em que elas conjuntamente disputam os recursos limitados do meio. De

maneira geral, pode-se dizer que, quanto maior for o período de convivência da cultura

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com a comunidade infestante, maior será o grau de interferência no desenvolvimento

de ambas.

Cada cultura possui um período crítico de convivência com a população de

plantas daninhas, na soja existem divergências entre autores quanto ao período exato,

no entanto (VAN ACKER et. al 1993) obteve o resultado que em média a cultura da soja

necessita ficar livre entre 9 a 38 dias após sua emergência, que significa entre estádio

V2 ao R3.

De acordo com (VAN ACKER et. al 1993) os dias de competição variam com a

época de semeadura, cultivar, tipo de solo, clima, dentre outros fatores, mas sempre

haverá semelhança quanto ao estádio de desenvolvimento da cultura.

O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma planta daninha que vem crescendo

em importância na agricultura brasileira a cada ano, podendo ser responsável por

grande parte de um baixo rendimento da cultura, gerando prejuízos na produtividade e

aumento no custo de produção (FRATINE, G. et. al 2016). Estes prejuízos também

poderão ser verificados nos aspectos fisiológicos das plantas de soja, impedindo seu

desenvolvimento normal tanto em parte aérea quanto em raiz.

OBJETIVOS GERAIS:

Observar a interferência de Capim- Amargoso (Digitaria insularis) sobre a cultura da

Soja sob diferentes níveis populacionais, levando em conta fatores fisiológicos;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Avaliar os parâmetros de crescimento e desenvolvimento das plantas de soja sob

diferentes populações de Capim- Amargoso (Digitaria insularis);

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1SOJA (Glycine Max)

A principal oleaginosa cultivada em todo o mundo, sendo o carro-chefe na

produção agrícola brasileira, motivado não só pelas condições propícias ao

desenvolvimento, mas pela crescente demanda por este produto ao mercado externo

(EMBRAPA, 2017). O Brasil atualmente ocupa a segunda posição em termos de

produção, e de acordo com o primeiro levantamento para safra 17/18 estima- se área

plantada variando entre 34.466,4 a 35.208,3 milhões de hectares plantados, aumento

de 0,8 % em relação à safra anterior e produção média nacional de 3.075 Kg/ ha, queda

de 8,6 % em relação à safra 16/17 (CONAB,2017).

A condição climática favorável a essa cultura depende de uma temperatura

variando entre 20 a 30° C, sendo a temperatura ótima de 25° C, sua necessidade hídrica

varia com o manejo, e as característica da cultura causando uma variação de 550 a 700

mm para realizar seu ciclo, a maior demanda hídrica ocorre em período formação e

enchimento de grãos, e fotoperíodo varia para cada cultivar, quanto ao período de

juvenilidade, que é o período as quais estas não respondem aos períodos de luz,

havendo apenas crescimento vegetativo (FARIAS, J.R.B. 2007).

As plantas sejam elas daninhas ou as cultivadas visando sua exploração para a

atividade econômica, necessitam dos recursos disponíveis do meio para realizarem seu

ciclo, o que as diferem são a eficiência de como estas fazem seu uso seja estes (água,

CO2, nutrientes, luz).

Todas as plantas realizam a fotossíntese, com o propósito de gerar biomassa

por meio da fixação de carbono presente na atmosfera, a soja diferente das plantas

daninhas especificamente ao ‘Capim-amargoso’ são plantas denominadas C3, fixando

o carbono pelo ciclo de Calvin, os primeiros produtos estáveis da fotossíntese é uma

cadeia composta por três carbonos, e sua enzima Rubisco tem menor afinidade com o

CO2 que a PEPcase das plantas C4, pois o ponto de compensação mínima de CO2 é 40

ppm diferentemente a PEPcase ser de 5 a 10 ppm, além disso existe a fotorrespiração

nestas plantas provocando desvantagens competitivas (KLUGE, R. A et. al 2014).

Possuindo uma capacidade efetiva de captar carbono menor que as plantas C4,

as C3 acarretam também menor capacidade de utilizar a água disponível de forma mais

efetiva, já que necessitarão manter por mais tempo os seus estômatos abertos,

propiciando a perda de água na forma de vapor, em condições de estresse hídrico é

visível estas atingirem o ponto de murcha permanente antes das plantas daninhas

(BUCKERIDGE, M. 2010).

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Alguns trabalhos nos informam que a produção da soja é afetada diretamente

pela população de plantas daninhas. (GAZZIERO, D. L. P. et. al 2012) em trabalho

desenvolvido pela Embrapa Soja obteve perda de 44 % na produção da cultura contento

uma população de 4 a 8 plantas daninhas por m2. (DENADAI, J. et. al 2015) concluiu

que o controle pré-emergente de capim amargoso evita perdas na produtividade,

necessitando estar sempre orientado ao melhor método de controle a esta espécie de

daninhas que ganha importância a cada safra.

Para se ter uma orientação quanto ao desenvolvimento da cultura e facilitar as

tomadas de decisões quanto aos manejos, se desenvolveu uma padronização e além

disso foi descrito os estádios fenológicos desta cultura, sendo dividido em vegetativo e

reprodutivo. Podendo ser observado na tabela abaixo.

Tabela 1. Descrição dos estádios fenológicos da Soja

Estádios Denominação

VE Cotilédones acima da superfície do solo

VC Emergência a cotilédones abertos

V1 Folhas unifolioladas abertas

V2 Primeiro trifólio aberto

V3 Segundo trifólio aberto

V4 Terceiro trifólio aberto

V5 Quarto trifólio aberto

V6 Quinto trifólio aberto

R1 Início da floração, 50 % plantas com flor aberta

R2 Floração plena

R3 Início da formação de vagens, vagens com 5 mm

R4 Etapa final do crescimento de vagens 2 a 4 cm

R5 Início do desenvolvimento dos grãos à etapa final

R6 Enchimento completo das vagens

R7 Maturação fisiológica: 1 vagem madura

R8 Maturação plena 95% das vagens maduras

FONTE: MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) 2013.

2.2 CAPIM- AMARGOSO (Digitaria insularis (L.))

O capim-amargoso (Digitaria insularis) tem a capacidade de emergir e se

desenvolver praticamente o ano inteiro nas diferentes condições climáticas, uma vez

estabelecida com a formação de rizomas, a dificuldade de controle dessa espécie

aumenta muito. (DENADAI, J. et. al 2015). Além disto a capacidade de emergência e

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desenvolvimento durante todo ano a condiciona como uma das plantas daninhas mais

competitivas, apresentando alto grau de interferência.

É uma espécie perene, herbácea, entouceirada, ereta, rizomatosa, de colmos

estriados, com 50 a 100 cm de altura (KISSMANN & GROTH, 1997), e altamente

competitiva. O que a torna com uma dificuldade natural de controle desta espécie, e em

decorrência da grande plasticidade fenotípica existem mecanismos que conferem a

resistência de biótipos de D. insularis ao glyphosate, à causa das suas constantes

aplicações durante um longo período sem utilizar outros métodos de controle, a pressão

de seleção é muito maior, acarretando na seleção dos biótipos resistentes, sendo este,

um dos principais mecanismos da resistência (POWLES, 2008). O primeiro caso

relatado sobre um biótipo do capim-amargoso resistente ao herbicida glyphosate foi em

2006 no Paraguai (HEAP, 2011).

Esse fato está relacionado a mais lenta absorção do herbicida, a mais rápida

metabolização em ácido aminometilfosfônico (AMPA), glioxilato e sarcosinae, também

à menor translocação do herbicida em plantas do biótipo resistente em relação ao

susceptível, mesmo em plantas novas com 3 a 4 folhas (CARVALHO et al., 2011). O

ponto chave no incremento da ocorrência de D. insularis é que, uma vez que a planta

esteja estabelecida com o início da formação dos rizomas e posterior formação de

grandes touceiras, o controle torna-se muito mais difícil. Acredita-se que os rizomas

formados pelas plantas sejam ricos em amido, constituindo uma barreira para

translocação do herbicida e fonte de reserva, permitindo rápida rebrota das plantas

tratadas (MACHADO et al., 2008).

2.3 INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS A CULTURA DA SOJA (Glycine

Max)

De acordo com (PITELLI & DURIGAN 1984), definem o período anterior a

interferência (PAI) sendo o período que a partir da emergência da cultura, esta pode

conviver com as plantas daninhas sem causar prejuízos e logo não afetando sua

produtividade, o período total de prevenção da interferência (PTPI) é considerado por

eles o período que se inicia a partir da emergência da cultura, necessitando realizar

controle das plantas daninhas para que a cultura possa manifestar todo seu potencial

de produtividade. O intervalo compreendido entre esses dois períodos é o período crítico

para prevenção da interferência (PCPI).

A interferência depende de fatores ligados à comunidade infestante que são

estes, composição especifica, densidade e distribuição, e os fatores ligados a própria

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cultura: espécie, variedade ou cultivar, espaçamento e densidade de plantio, além disso

existe influência da época e extensão do período de convivência (PITELLI, R.A 1985).

Culminando em competição, alelopatia, parasitismo, e depreciação do produto.

A competição é uma interação entre seres vivos em que há prejuízo para ambos

os indivíduos envolvidos. Sendo que só haverá competição quando ao menos um

recurso estiver limitado no meio. Caso o meio forneça o recurso em quantidade

suficiente para atender a demanda de ambos os indivíduos, o simples fato de estarem

convivendo não garante que a competição vai se estabelecer (CARVALHO, L.B, 2013).

Como se sabe todos os manejos feitos na lavoura, dentre eles a adubação são visando

atender apenas a demanda da cultura, logo na existência das plantas daninhas ocorrerá

a competição. Os principais recursos que geram a competição (água, nutrientes, CO2 e

luz).

O grau de competição entre plantas daninhas e cultura pode ser alterado em

função do período em que a comunidade estiver disputando determinado recurso. No

início do ciclo de desenvolvimento, a cultura e as plantas daninhas podem conviver por

um determinado período sem que ocorram danos à produtividade da cultura

(BRIGHENTI et al., 2004). Pois o meio é capaz de fornecer os recursos de crescimento

necessários à comunidade infestante e a cultura (VELINI, 1992).

Na competição entre plantas daninhas e plantas cultivadas, ambas as partes são

prejudicadas, porém as daninhas sempre levam vantagem competitiva por

apresentarem uma maior habilidade no aproveitamento dos elementos vitais

disponíveis. Essas plantas possuem a capacidade de acumular nutrientes em seus

tecidos vegetais, em quantidades muito maiores do que as plantas cultivadas. O

conteúdo médio das plantas daninhas é de aproximadamente duas vezes mais

nitrogênio, 1,6 vezes mais fósforo, 3,5 vezes mais potássio, 7,6 vezes mais cálcio e 3,3

vezes mais magnésio que as plantas cultivadas. (LORENZI, 2008). Porém esses valores

variam de espécie para espécie, de acordo com as exigências e capacidade dessas

plantas em absorvê-los.

Diversos autores ressaltam ainda que a época e extensão desses períodos

podem ser afetadas por diversos fatores, entre os quais se destaca a adubação mineral,

principalmente a nitrogenada, que pode favorecer tanto o crescimento da cultura quanto

das plantas daninhas. Dessa maneira, os períodos críticos de interferência poderão ser

reduzidos ou estendidos, afetando o período ideal para ser realizado o controle da

comunidade infestante.

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2.4 ALELOPATIA

É uma forma de causar interferência, porém ocorre de maneira da competição,

pois na competição há a redução de um ou mais fatores ambientais primordiais para o

desenvolvimento das espécies em um mesmo ecossistema, enquanto que na alelopatia

adiciona-se um fator ao meio, que são as substâncias aleloquímicas (RODRIGUES, N.C

2016).

Quando essas substâncias são liberadas em quantidades suficientes causam

efeitos em diferentes processos fisiológicos da planta como: inibição da germinação,

assimilação de nutrientes, crescimento de plântulas, respiração, fotossíntese, síntese

proteica, atividade enzimática e permeabilidade da membrana celular, afetando

crescimento e desenvolvimento de plantas já estabelecidas e, ainda, no

desenvolvimento de microrganismos (RODRIGUES, N. C 2016).

Essas substâncias são oriundas de processos metabólicos secundários da

planta e em geral maior parte dos mesmos são sintetizados nas folhas, são quatro

principais vias de síntese: via do ácido malônico, via do ácido chiquímico, via do ácido

mevalônico, via do ácido 3-fosfoglicérico. Destas vias originam as substâncias

alelopáticas de três grupos terpenos, grupos fenólicos e nitrogenados. (SEDIYAMA. T

et al 2015).

A liberação ocorre por volatilização, compostos voláteis ou por lixiviação,

exsudação radicular e decomposição dos restos vegetais, na qual os compostos são

liberados na forma líquida.

O processo de liberação ocorre da seguinte forma: na lixiviação, as substâncias

são solúveis em água, sendo lixiviadas pela chuva, da parte aérea da planta, das raízes

ou, mesmo, dos resíduos vegetais que estão em processo de decomposição para o

solo. Havendo a exsudação radicular os aleloquímicos são liberados na rizosfera,

atuando nas interações entre plantas a na ação de microrganismos. E na liberação de

compostos por decomposição, ocorrerá a ação dos microrganismos, de maneira direta

ou indireta (RODRIGUES, N. C 2016).

Os processos alelopáticos podem ser vistos de forma positiva ou negativa.

Preferencialmente é visto causando interferência no desenvolvimento das culturas de

interesse, onde se avalia possíveis substâncias presentes em plantas daninhas que

causem efeitos alelopático sobre as culturas. Segundo Guidotti et al. (2013), a exposição

de plântulas de soja a dopamina, reduziu o comprimento das raízes e também diminuiu

o peso, tanto da raiz fresca quanto da raiz seca.

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Em trabalho realizado por (MOREIRA, G. C et. al 2012) foi verificado que as

plantas de Capim- Amargoso não promoveu interferência alelopática na germinação de

soja, através de substâncias extraídas de folhas e colmos.

Os estudos hoje buscam usar isso a favor do agricultor e ambiente, onde estas

substâncias podem servir para geração de herbicidas naturais.

2.5 FATORES FISIOLÓGICOS AFETADOS POR INTERFERÊNCIA DE PLANTAS

DANINHAS

Quando a cultura está submetida a interferência por plantas daninhas ocorre

prejuízos que acarretam em perda de produtividade, sendo este o fator mais

evidenciado nos estudos, porém por trás disto existe os processos no qual culminará

em perda de produção.

A soja, apesar de menos eficiente na extração de água do solo do que algumas

plantas daninhas (PROCÓPIO et al., 2004), apresenta maior eficiência no uso da

radiação que outras (SANTOS et al., 2003). Contudo, as plantas daninhas apresentam

grande capacidade competitiva em campo, em razão da maior densidade populacional

e da melhor utilização de outros recursos como água e nutrientes (PROCÓPIO et al.,

2004, 2004; FERREIRA et al., 2011), tal fato pode ser explicado pelas diferenças

relacionadas às características fisiológicas e outro fator que entra em questão é o

melhoramento genético, já que as plantas cultivadas sofrem com programas de

melhoramento visando agregar qualidades agronômicas (número de vagens, número

de grãos por vagem, massa de grãos), logo estas deixam de ser rústicas e perdem o

poder competitivo por recursos (BRIGHENTI, A.M et. al 2011).

A atividade fotossintética pode sofrer alterações indiretas pela competição com

plantas daninhas, exemplo da competição por água que leva a uma deficiência hídrica,

em que a cultura reduz as perdas de água pelo fechamento dos estômatos, reduzindo

o influxo de CO2 e a fotossíntese pela deficiência desse substrato (FLOSS, 2008).

Em estudo realizado por (FERREIRA, E. A et.al 2015) pode ser observado que

na presença de competição, a planta de soja fecha seus estômatos, na tentativa de

evitar estresse hídrico, consequentemente haverá diminuição das trocas gasosas,

afetando negativamente a taxa fotossintética que também irá diminuir.

O fato dos estômatos se fecharem culminou também em menor acúmulo de

massa seca, dependendo da densidade das plantas daninhas, essa redução chega a

90 %.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na casa de vegetação da Universidade Federal de

Mato Grosso, situada no município de Sinop, MT. A cidade está localizada a 11º 50’ de

latitude Sul e 55º 38’ de longitude Oeste, com uma altitude média de 380 metros.

Segundo a KÖPPEN e GEIGER o clima da região é o AW, com temperatura média anual

de 25ºC e precipitação de 1818 mm.

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado (DIC), no esquema

fatorial 5x3 (5 tratamentos e 3 tempos), com 4 repetições. Para a avaliação dos

parâmetros da soja, os tratamentos foram os seguintes:

T0 = Uma planta de soja (TESTEMUNHA)

T1 = Uma planta de soja + uma planta de Digitaria insularis

T2 = Uma planta de soja + duas plantas de Digitaria insularis

T3 = Uma planta de soja + três plantas de Digitaria insularis

T4 = Uma planta de soja + quatro plantas de Digitaria insularis.

O experimento começou com 12 vasos para cada tratamento, sendo que em

cada tempo (avaliação) foram utilizados apenas 4 que formaram as repetições de cada

tratamento.

Utilizou-se vasos de plástico com capacidade de 10 L, preenchidos com solo de

textura argilosa, cuja análise química é apresentada na tabela 2.

Tabela 2. Análise físico química do solo utilizado no estudo, Sinop- MT

2017.

Análise Granulométrica

Areia Silte Argila Classificação

Textural

26,50% 19,60% 53,90% Argiloso

Análise Química

pH M.O P H + K Ca Mg SB CTC V %

CaCO3 g/dm3 mg/dm3 --------------------------cmolc/dm3---------------------------

4,7 16,68 2,68 4,67 0,05 2,49 0,48 3,02 7,69 39,27

A análise de solo foi realizada de acordo com a metodologia de (RAIJ et. al 2001)

e as quantificações foram no Laboratório de Análises de Solos obtida pela Tabela1. O

estudo se iniciou em outubro sendo realizado o preenchimento dos vasos, o plantio das

sementes de Capim- Amargoso ocorreu antes da Soja, pois as sementes de plantas

daninhas possuem a característica de dormência e quiescência, ou seja, mesmo em

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18

condições ambientais favoráveis estas não germinam (CARVALHO, L. B, 2013), foram

coletadas in situ em campos de lavoura próximo a região. Após a germinação das

plantas daninhas e desenvolvimento inicial desta foi feito a eliminação do número

excedente de planta dependendo do tratamento, após ocorreu o plantio da soja (LG

60177 IPRO), uma cultivar com tecnologia intacta, com ciclo de 105 dias, altamente

produtiva. Além disso foi adubado com formulado 4-14-8 com 6,35 gramas por vaso,

atingindo os níveis adequados ao desenvolvimento da cultura.

As avaliações ocorreram aos 10, 25, 35 dias após a emergência da soja, pois de

acordo com (VAN ACKER et. al 1993) a média do período crítico a interferência de

competição na soja ocorre entre 9 a 38 dias após a emergência, foi coletada uma planta

em cada repetição, as quais as variáveis analisadas foram: altura das plantas,

comprimento de raiz, volume de raiz, massa fresca de parte aérea e raiz e área foliar.

Nos dias que foi realizado as análises necessitou de retirar as plantas fazendo

uso de água, pois as plantas não podiam ser arrancadas, já que se feito isso culminaria

em destruição das raízes, interferindo no resultado, além disso foi utilizado peneiras

para reter algumas raízes que viessem a quebrar. Após isso iniciou as medições da

altura de planta e raízes. Depois foram desprendidas as folhas das plantas para

mensuração da área foliar, e por último a pesagem em balança de precisão da massa

fresca da parte aérea e raiz de forma separada.

A área foliar foi obtida por auxílio do integrador de análise foliar através do

equipamento (Li- cor 3100), quantificando em cm2 área foliar das plantas. O volume de

raiz através da metodologia descrita por (BASSO 1999), onde se utiliza uma proveta

com volume conhecido, sendo preenchida por água e posteriormente será inserida a

raiz, a variação do volume de água será referente ao volume de raiz, assim a cada uma

ml medido na proveta é equivalente a um cm3 de raiz.

Os materiais foram separados em parte aérea e raiz e colocados em sacos de

papel e posteriormente pesados em balança analítica de precisão obtendo a massa

fresca, após isso foram colocados em estufa para obter massa seca, o método utilizado

foi o convencional, por estufas de circulação forçada de ar com temperatura em torno

de 65° C, levando em média 48 a 72 horas (NARASIMHALU, P 1982).

As mensurações das plantas tanto sua altura como dimensões de raízes foram

realizadas por meio de régua milimetrada.

Análise Estatística

Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F (p<0,05) e as

médias comparadas pelo teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade.

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19

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tabela apresenta o esquema da análise de variância, segundo o esquema

fatorial para alguns parâmetros da soja. É possível observar efeito significativo em todas

as causas de variação (p<0,05).

Tabela 3.Esquema da análise de variância, para os parâmetros Área foliar,

Altura, e dimensão da raiz da soja:

FV GL

Significância (p-valor)

Área Foliar (cm2) Altura (cm) Comprimento raiz (cm)

Avaliação (A) 2 0,0000 0,0000 0,0000

Tratamentos (T) 4 0,0000 0,0000 0,0000

A x T 8 0,0335 0,0001 0,0000

Coeficiente de variação (%) 22,61 9,32 19,90

Por meio da análise de variância, os parâmetros de desenvolvimento área foliar,

altura e comprimento da raiz da planta de soja foram significativos nas épocas que

houve a avaliação e para os tratamentos a nível de 1% de probabilidade.

Houve interação entre as fontes de variação avaliação (A) e tratamento (T) sendo

a nível de 5 % de probabilidade para área foliar e a 1% para altura e dimensão de raiz.

No gráfico 1 mostra o desdobramento da interação para a área foliar da soja.

Percebe-se que a partir da segunda avaliação os tratamentos não apresentaram

comportamentos semelhantes, havendo redução da área foliar da soja quando em

convivência com plantas de Digitaria insularis. Demonstrando que a soja diferente das

daninhas direciona seus fotoassimilados para parte aérea no intuito de promover

fechamento do dossel e logo causar sombreamento nas daninhas (GALON, L et al

2009).

Para a primeira avaliação não houve diferença significativa, pois, a primeira

observação ocorreu 10 dias após a germinação, estando a soja em estádio V2. Desta

forma este período que decorreu se compreende ao período anterior a interferência

(PAI), ao qual as plantas daninhas não ocasionam interferência a cultura.

A formação de folhas define a habilidade do dossel em interceptar a radiação

fotossinteticamente ativa, sendo considerado fator determinante no acúmulo de massa

seca pelas plantas (SILVA et al., 2004).

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20

Gráfico 1 Comparação de médias para a área foliar da soja:

* diferença significativa à 5% de probabilidade pelo Teste de Skott-Knott

No gráfico 2 são apresentados os resultados quanto à altura de plantas. Houve

interferência apenas na segunda avaliação, podendo observar que quanto maior a

população da planta daninha maior redução de altura da cultura. Na primeira e terceira

não houve diferença dos tratamentos em relação a testemunha. Esse resultado pode

ser atribuído a alterações na qualidade e intensidade da luz incidente sobre as plantas

de soja, que irão afetar o desenvolvimento das plantas cultivadas (Ballare & Casal,

2000). Fazendo com que as plantas de soja sejam estimuladas a crescerem em altura,

numa tentativa de evitar a superioridade das daninhas na competição, captando o

máximo da radiação disponível e sombreando as plantas daninhas, no caso Capim-

Amargoso (GALON, L et al 2009). Este crescimento de plantas de soja quando em

convívio com Digitaria insularis foi realizado por alongamento das células, ocasionado

estiolamento, podendo ser observado no parâmetro massa seca de parte aérea (gráfico

7), onde as plantas tendo mesma altura, apresentavam massa seca, ou seja carbono

fixado pela fotossíntese, em quantidades inferiores. Isto pode culminar ao final do ciclo

as plantas estarem sujeitas ao tombamento e acamamento.

144,49 157,17120,16 117,58

80,85

464,17

365,27*333,01*

277,7* 269,54*

794,94755,19 740,65

587,69*

451,34*

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

0 1 2 3 4

Área Foliar (cm2)

primeira segunda terceira

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Gráfico 2. Comparação de médias para altura de planta da soja:

* diferença significativa à 5% de probabilidade pelo Teste de Skott-Knott

No que diz respeito à comprimento de raiz, não houve variação significativa entre

as avaliações para os tratamentos 2 e 3. Quando se comparou os tratamentos na

primeira avaliação, os tratamentos 2 e 3 apresentaram comprimento de raiz superior

aos demais tratamentos, como a avaliação ocorreu 10 dias após a germinação,

compreendendo ao (PAI), não houve ação da planta daninha e por conta deste cultivo

ser feito dentro de casa de vegetação com condições ideais ao desenvolvimento

inicialmente não foram necessárias as plantas investirem em raiz. Na segunda e terceira

avaliação foi observado que a presença da planta daninha interferiu no desenvolvimento

da raiz, quanto maior a população de Capim- amargoso maior a interferência e menor o

desenvolvimento da raiz da soja. Segundo (PROCÓPIO, S.O et al 2004) ocorre porque

diferentes das plantas daninhas que em seu desenvolvimento inicial dirige seus

fotoassimilados para raiz no intuito de atingir maior profundida de solos as plantas

cultivadas buscam desenvolvimento de parte aérea.

3127,25 25,75

23,5 25,75

46,543,25

33,75*37,25*

26,25*

5253,75 53,25 53,5

50

0

10

20

30

40

50

60

0 1 2 3 4

Altura de Planta

primeira segunda terceira

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Gráfico 3. Comparação de médias para comprimento de raiz da soja:

* diferença significativa à 5% de probabilidade pelo Teste de Skott-Knott

Na tabela 4 é mostrado o esquema da análise de variância para os parâmetros:

Volume, Massa fresca da parte aérea e da raiz. Observa-se que em todos os fatores

houve efeito significativo dos fatores de forma isolada e também da interação (p<0,05).

Tabela 4. Esquema da análise de variância, para os parâmetros Volume de

raiz, Massa fresca da parte aérea e Massa fresca da raiz das plantas de soja:

FV GL

Significância (p-valor)

Volume (cm3) M F Aérea (g) M F Raiz (g)

Avaliação (A) 2 0,0000 0,0000 0,0000

Tratamentos (T) 4 0,0000 0,0000 0,0000

A x T 8 0,0000 0,0000 0,0036

Coeficiente de variação (%) 21,66 24,35 43,76

Assim como na dimensão de raiz, o volume de raiz (gráfico 4) da soja para

primeira e segunda avaliação não se configurou efeito da interferência da planta daninha

em estudo.

Na terceira avaliação ficou evidenciado a interferência da intensidade de plantas

daninhas em relação do volume de raiz da soja, em que os tratamentos 3 e 4

apresentaram menores volumes de raiz quando comparado aos demais tratamentos.

28*24,75*

43,2537,25

18,75*

52,5

38,75*

30,25* 28,25*22,25*

65

53,75*

37,75*35* 35,25*

0

10

20

30

40

50

60

70

0 1 2 3 4

Comprimento de Raiz (cm)

primeira segunda terceira

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Gráfico 4. Comparação de médias para volume de raiz:

* diferença significativa à 5% de probabilidade pelo Teste de Skott-Knott

No que tange a massa fresca da parte aérea da soja (gráfico 5), percebe a

interferência da soja a partir da segunda avaliação, quando da comparação dos

tratamentos. Diferente do que ocorreu no parâmetro de análise de raiz a cultura da soja

se desenvolveu ao longo do ciclo sua parte aérea, isto pode ser observado pelas letras

minúsculas em todos os tratamentos.

Isto se justifica porque ao contraria das plantas daninhas a soja não investe seu

desenvolvimento inicial em raiz e sim na sua parte aérea, numa tentativa de promover

o sombreamento das plantas invasoras.

O tratamento que causou maior interferência foi o 4 com maior número de

Capim- Amargoso em convivência com a soja.

Por meio dos parâmetros que da raiz e da altura de planta nos indica que a soja

não teve seu desenvolvimento inicial focado em desenvolvimento de raiz, neste estudo

que foi realizado em casa de vegetação o único recurso limitante que gera competição

foi os nutrientes, isto porque foi feita a adubação para atender a exigências apenas da

soja, desta forma a cultura teve um menor aproveitamento deste culminando em menor

massa fresca na presença do capim amargoso.

As plantas daninhas beneficiam-se mais das adubações do que as espécies

cultivadas, por absorverem os nutrientes com maior eficiência e em maior quantidade.

Assim, a adubação pode estimular o maior crescimento de plantas daninhas, reduzindo

ainda mais a produtividade da cultura econômica (FLECK, N. G. 1992).

2* 2*

3,17 3

1*

5,5

4* 3,75*4,5

3*

10

9

7*

4* 3,75*

0

2

4

6

8

10

12

0 1 2 3 4

Volume de Raiz (cm3)

primeira segunda terceira

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Gráfico 5. Comparação de médias para massa fresca de parte aérea:

* diferença significativa à 5% de probabilidade pelo Teste de Skott-Knott

O comportamento dos tratamentos no que diz respeito à Massa fresca de raiz

(gráfico 6) foi semelhante nas duas primeiras avaliações. Na terceira avaliação a

testemunha apresentou maior valor de massa seca da raiz quando comparada aos

demais tratamentos, evidenciando a ação do capim amargoso sobre a soja.

Gráfico 6. Comparação de médias para massa fresca de raiz:

* diferença significativa à 5% de probabilidade pelo Teste de Skott-Knott

4,58 4,25 3,48 3,62,52

13,47

9,46* 9,41*7,51*

4,56*

23,41

20,5 20,47

15,52*

9,03*

0

5

10

15

20

25

0 1 2 3 4

Massa fresca de parte aérea (gramas)

primeira segunda terceira

2,59 2,99

1,552,53

0,66

6,47

4,26 4,2

2,8 2,45

12,78

6,7*

7,73*

4,12*3,22*

0

2

4

6

8

10

12

14

0 1 2 3 4

Massa fresca de Raiz (gramas)

primeira segunda terceira

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Na tabela 5 é apresentado o esquema de análise de variância para os

parâmetros: massa seca da parte aérea e da raiz das plantas de soja. Houve efeito

significativo para todas as fontes de variação testadas (p<0,05).

Tabela 5. Esquema da análise de variância, para os parâmetros, Massa seca

da parte aérea e Massa seca da raiz das plantas de soja:

FV GL

Significância (p-valor)

Massa seca da parte aérea Massa seca da raiz

Avaliação (A) 2 0,0000 0,0000

Tratamentos (T) 4 0,0000 0,0000

A x T 8 0,0008 0,0043

Coeficiente de Variação (%) 24,31 42,93

No gráfico 7 tem-se as informações quanto a massa seca da parte aérea.

Na segunda avaliação vê-se claramente a interferência da Digitaria insularis, pois a

testemunha apresentou maior valor de massa seca, já na terceira avaliação, o

tratamento com 4 plantas de capim-amargoso em convivência com a soja (T4), foi o que

apresentou o menor valor. Radosevich et al.1997, explicam que a presença da planta

daninha no meio, faz com que os recursos disponíveis se tornem escassos gerando a

competição, sendo o suficiente para que a planta de soja entre em estresse para

realização do acúmulo de matéria seca.

Gráfico 7. Comparação de medias para massa seca de parte aérea:

* diferença significativa à 5% de probabilidade pelo Teste de Skott-Knott

1,16 1,07 0,88 0,90,63

3,37

2,37* 2,35*1,87*

1,16*

5,86

5,13 5,12

3,89*

2,26*

0

1

2

3

4

5

6

7

0 1 2 3 4

Massa seca de parte aérea (gramas)

primeira segunda terceira

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A massa seca de raiz (gráfico 8) apresento a mesma resposta que a parte aérea,

não havendo interferência de Digitaria insularis sobre a soja independentemente do

nível populacional na primeira avaliação. Isto é explicado por VAN ACKER et. al 1993,

na qual a planta de soja pode ter o convívio com as plantas daninhas nos primeiros 9

dias após a emergência sem haver interferência.

Na segunda avaliação a interferência foi vista em todos tratamentos, os quais

diferiram da testemunha e na última avaliação a maior interferência foi gerada pelos

tratamentos 3 e 4. Além disso pode ser observado que os tratamentos 3 e 4 os acúmulos

de massa seca da soja foi estático, não tendo aumento ao longo do ciclo. Por meio do

estudo de (MACHADO, A.F.L. et al 2006), as plantas de Digitaria insularis, realizam

acúmulo de matéria seca de raiz, pois após os 45 dias de desenvolvimento estas entram

em estádio reprodutivo necessitando da formação de rizomas para realizarem a

perpetuação da espécie. Isto culminou no não desenvolvimento das raízes da planta de

soja.

Gráfico 8. Comparação de médias para massa seca de raiz:

* diferença significativa à 5% de probabilidade pelo Teste de Skott-Knott

0,65 0,75

0,390,64

0,17

1,72

1,12* 1,05*

0,71* 0,61*

3,2

1,68*1,93*

1,05*0,83*

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

0 1 2 3 4

Massa seca de raiz (gramas)

primeira segunda terceira

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5. CONCLUSÃO

Pode se concluir por meio deste estudo que a presença de Digitaria insularis

(Capim - Amargoso), interfere significativamente no desenvolvimento da cultura da Soja,

podendo ser observado pelos parâmetros de desenvolvimento, sendo essa interferência

devido ao efeito da ação da competição e/ou alelopatia.

O convívio com apenas uma planta de Digitaria insularis já é o suficiente para

que haja interferência sobre a planta de soja, sendo que os níveis de população que

geraram maior competição, culminando em maior interferência, foram na presença de 3

e 4 plantas daninhas por vaso.

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