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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA Carolinne Ferronato Criação e produção de codornas japonesas (COTURNIX COTURNIX JAPÔNICA) CUIABA 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA

CURSO DE ZOOTECNIA

Carolinne Ferronato

Criação e produção de codornas japonesas (COTURNIX COTURNIX JAPÔNICA)

CUIABA

2017

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Carolinne Ferronato

Criação e produção de codornas japonesas (COTURNIX COTURNIX JAPÔNICA)

Trabalho de Conclusão do Curso de Gradação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia. Orientador: Prof. Dr. Heder Jose Davila Lima

CUIABA 2017

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Aos meus pais, Claudia R. T. Ferronato e

Rubens Ferronato, que sempre me

apoiaram e incentivarem nas minhas

loucuras e nunca me deixarem desistir,

Dedico.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por sempre estar comigo e nunca me abandonar e nem me

deixar desistir no meio do caminho. A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) campus Cuiabá, pela sua

infraestrutura e profissionais competentes que apoiam os alunos. Ao professor Heder Jose Davila Lima por aceitar ser meu orientador e me dar

total apoio durante a realização do projeto. A Ana Carolina Martins, Nayara Emanoelle Matos e Silva e aos funcionários da

fazenda experimental por me ajudarem. Ao professor Marcio Aquio Hoshiba, a Pricila Barbosa, e a empresa Nutrição

Animal Rico pela a doação do farelo de algodão e incentivarem a pesquisa e o aprendizado.

Para todos que me ajudaram direta ou indiretamente durante todo o período do

estágio.

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“Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura”. "A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces".

Aristóteles

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1– Galpão de postura. ........................................................................................ 7 Figura 2– Disposição dentro do galpão. ........................................................................ 8 Figura 3– Gaiolas de codorna instaladas. ...................................................................... 8 Figura 4– Bebedor do tipo calha. ................................................................................... 9 Figura 5– Controlador de luz do tipo “timer”. ............................................................... 10 Figura 6– Debicador. ................................................................................................... 10 Figura 7– Debicando. ................................................................................................... 11 Figura 8– Predadores de ovos. .................................................................................... 11 Figura 9– Balança de precisão. ................................................................................... 12 Figura 10– Ovos marcados. ......................................................................................... 13 Figura 11- Baldes com diferentes densidades. ............................................................ 13 Figura 12 - Ovos mergulhados em solução salina. ...................................................... 14 Figura 13 - Densímetro. ............................................................................................... 14 Figura 14 - Ovos marcados. ........................................................................................ 16 Figura 15 - Pesagem do ovo. ....................................................................................... 16 Figura 16 - Ovos mergulhados em solução salina. ...................................................... 17 Figura 17 - Quebra da casca e separação da gema e clara. ....................................... 17 Figura 18 - Pesagem da gema. ................................................................................... 18

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LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS.

Tabela 1– Comparação de ovos de codorna e galinha. ................................................. 4 Gráfico 1- Evolução do efetivo de codornas - Brasil - 2005-2015. ................................. 3 Gráfico 2- Evolução da produção de ovos de codorna - Brasil - 2005-2015. ................. 4

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SUMÁRIO

1.  INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 2.  OBJETIVO (S) ........................................................................................................ 2 3.  REVISÃO ................................................................................................................ 3 4.  RELATÓRIO DE ESTÁGIO .................................................................................... 7 5.  ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ......................................................................... 15 6.  CONCLUSÕES ..................................................................................................... 19 7.  CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 20 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 21 

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RESUMO

Este trabalho aborda a criação e produção de codornas, uma cultura que vem crescendo no Brasil nos últimos anos. O estado de Mato Grosso é o primeiro na produção de grãos, mas se encontra em décimo sétimo lugar entre os estados com produção de codornas. Devido a disponibilidade de grãos e de resíduos agrícolas que podem compor a nutrição das aves, esses dados podem mudar nos próximos anos. Por esses fatores o estudo da inclusão de ingredientes que possam compor a ração de codornas se mostra imprescindível. Na criação de codornas, as aves destinadas à produção de ovos têm maior mercado que o de codornas de corte. Aliado a isso, o produto da avicultura de postura, o ovo é o alimento de maior valor biológico, sendo completo e equilibrado, recomendado à nutrição humana e que agrada todas as faixas etárias da população. Por isso o foco do trabalho foi o acompanhamento da produção de ovos, o dia a dia da criação de codornas e o efeito do ambiente e do manejo sobre a postura e/ou na qualidade dos ovos, pois esses fatores são importantes no processo de criação, relacionado a isso, o desenvolvimento de habilidades na realização de pesquisas cientificas na nutrição de aves e de analise de ovos de codornas.

Palavras-chaves: Consumo de ração, nutrição, postura, qualidade de ovos.

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1. INTRODUÇÃO

A coturnicultura é a arte de criar e produzir codornas, que atualmente apresenta

duas raças com produções bem definida e distintas, sendo a codorna europeia (Coturnix coturnix coturnix) criada visando a produção de carne e a codorna japonesa (Coturnix Coturnix japonica) criada para a produção de ovos. A coturnicultura vem crescendo no Brasil. Nos últimos 10 anos segundo dados do IBGE (2015) o estado de Mato Grosso tem ocupado o décimo sétimo lugar na lista dos estados com produção de codornas e o primeiro na produção de grãos.

O Mato Grosso segundo dados do IBGE (2016) estimou a produção de algodão em 2,3 milhões de toneladas, sendo 5,4% menor em comparação ao ano anterior. Ao efetuar o beneficiamento do algodão para a extração do óleo, gera-se o farelo de algodão, um resíduo agroindustrial que pode conter 28% ou 38% de proteína bruta, dependendo da quantidade de casca incluída no final do processo.

A produção de codornas no MT pode aumentar consideravelmente nos próximos anos. Tal fato se deve à disponibilidade de grãos e resíduos agrícolas. Outro fator que pode corroborar para este aumento, e o grande número de propriedades de agricultura familiar, que segundo o último senso agrícola realizado pelo IBGE (2006) as terras com agricultura familiar no estado de Mato Grosso representam 74% das propriedades. Este grupo poderá se beneficiar da criação de codornas ao constatarem a baixa necessidade de investimentos e de tecnologias, porém, com rápido retorno econômico.

E para unir o conhecimento teórico à prática, o estágio foi realizado visando o aprendizado sobre a criação na pratica, observando se a inclusão de farelo de algodão na alimentação diária das aves exerce algum efeito na produção de ovos ou em sua qualidade, em adição, o estágio visa desenvolver experiência na área de análise dos ovos e pesquisa cientifica com codornas.

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2. OBJETIVO (S)

a) Auxiliar na implementação da criação de codorna na fazenda experimental da UFMT.

b) Acompanhar a produção de ovos, o dia a dia da criação de codornas, monitorar as mortes, o estresse das aves.

c) Avaliar os efeitos da inclusão de 0, 4, 8, 12 e 16 % de farelo de algodão na alimentação de codornas japonesas.

d) Desenvolver habilidades na realização de pesquisas cientificas com codornas.

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3. REVISÃO 3.1 Importância econômica da coturnicultura no Brasil

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE (2015) o

efetivo de codornas, independentemente da finalidade da criação, para carne ou ovos, continua em ascensão. Em 2015, o setor alcançou a marca recorde de 21,99 milhões de cabeças (Gráfico 1), registrando um aumento de 8,1% comparado a 2014. A produção de ovos de codorna acompanhou o crescimento do efetivo chegando a 447,47 milhões de dúzias em 2015, maior registro histórico observado se comparado a 2014. O aumento na produção foi de 13,9% (Gráfico 2). Sendo os Municípios de Bastos (SP), com 91,35 milhões de dúzias, Iacri (SP), com 69,8 milhões de dúzias e, Santa Maria de Jetibá (ES), com 60,83 milhões de dúzias, detentores dos maiores efetivos e que também apresentaram as maiores produções de ovos de codorna.

Gráfico 1- Evolução do efetivo de codornas - Brasil - 2005-2015.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Pesquisa da Pecuária Municipal 2005-2015.

A coturnicultura, durante muitos anos, foi considerada no cenário da produção

avícola brasileira como uma atividade alternativa para pequenos produtores (SOUSA et al., 2012). Este setor da avicultura está em pleno crescimento com grande produtividade e rentabilidade, por causa da maturidade precoce, do rápido crescimento das aves, do baixo consumo de ração, da alta taxa de postura (Murakami & Furlan, 2002; SAKAMOTO et al., 2006), do uso de pequenas áreas, da geração de empregos, dos baixos custos com mão-de-obra, do baixo investimento, do rápido retorno do capital e como fonte de proteína animal para a população (LEANDRO et al., 2005; MOURA et al., 2010).

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Gráfico 2- Evolução da produção de ovos de codorna - Brasil - 2005-2015.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Pesquisa da Pecuária Municipal 2005-2015.

3.2 Qualidade nutricional do ovo de codorna O ovo é o alimento de maior valor biológico, apresentando todos os

aminoácidos essenciais à nutrição humana e possui baixo custo (BAPTISTA, 2002). O ovo de codorna é um alimento completo e equilibrado (Tabela 1), uma fonte de proteínas, aminoácidos essenciais, lipídeos, vitaminas e minerais, apresentando baixo valor econômico (SEIBEL et al., 2010), seu valor nutricional chega a ser três vezes maior que o de galinha.

Tabela 1– Comparação de ovos de codorna e galinha.

Nutrientes por 100g Ovo, de codorna, inteiro, cru Ovo, de galinha, inteiro, cru

Energia (Kcal) 177 143

Proteína (g) 13,7 13,0

Lipídeos (g) 12,7 8,9

Colesterol (mg) 568 356

Cinzas (g) 1,2 0,8

Cálcio (mg) 79 42

Magnésio (mg) 11 13

Fósforo (mg) 279 164

Ferro (mg) 3,3 1,6

Sódio (mg) 129 168

Potássio (mg) 79 150

Zinco (mg) 2,1 1,1

Fonte: Adaptado de Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO (2011).

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Os principais benefícios a saúde que adquirimos com o consumo de ovos de codorna segundo os sites Dicas sobre saúde (2016), Doutíssima (2015) e Dicas de saúde (2016) são:

Hipertensão, de acordo com nutricionistas os lipídios presentes no ovo de codorna auxiliam na regulação da pressão arterial e permita que as artérias tenham maior elasticidade.

Alergias, o ovo de codorna tem a proteína ovomucoide, uma propriedade antialérgica, que estimula o fortalecimento do sistema imune, prevenindo e controlando crises de rinite alérgica, asma, tosse, eczema e psoríase.

Anemia, por ser uma fonte de ferro e esse mineral ser essencial para os glóbulos vermelhos, seu consumo estimula o aumento na produção dos glóbulos, sendo recomendado para as mulheres grávidas por serem suscetíveis a anemia durante a gestação.

Memória, aumenta e estimula a memória, as atividades cerebrais e regula o sistema nervoso.

Previnem o aparecimento de cálculos e pedras, por ser rico em lecitina, que previne o surgimento de cálculos e ajuda a quebrar pedras da bexiga, auxiliando da saúde dos rins, fígado e vesícula biliar.

Problemas digestivos, o consumo constante previne e combate úlceras estomacais e problemas digestivos.

Desintoxicante natural, o ovo de codorna estimula o organismo na eliminação de metais pesados e toxinas presentes no sangue.

Envelhecimento, os ovos de codorna possuem antioxidantes poderosos que auxiliam no controle do envelhecimento.

Fonte de cálcio, prevenindo e enfraquecimento dos ossos e estimulando o fortalecendo desses.

Reduzir o risco de Doenças Terminais, por ser uma fonte de potássio e o consumo regular manter os níveis desse alto no organismo prevenindo e diminuindo os riscos de doenças cardíacas, pressão arterial elevada, artrite, acidente vascular cerebral, câncer e distúrbios digestivos.

O aumento do consumo de ovos de codorna está sendo acompanhado proporcionalmente do aumento do número de animais, sem causar riscos de excesso de oferta e provocar a queda dos preços recebidos pelos produtores (Bertechini, 2010). Atualmente, o consumo de ovos de codornas em conserva representa 28%, in natura 71% e outras formas apenas 1% (Bertechini, 2010), como o ovo de codorna frito, gemada e bolinho de carne com ovo de codorna dentro. Sua expansão no mercado foi estimulada pelo tamanho reduzido que os ovos de codorna apresentam, conquistado o paladar e a simpatia das crianças, adolescentes e adultos e as maneiras inteligentes de apresentação das redes alimentícias, principalmente self service e dos ovos processados (conserva), são fatores que também impulsionaram a elevação do consumo e a produção de ovos de codornas (Pastore; et al., 2012).

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3.3 Nutrição de codornas A nutrição corresponde a aproximadamente 75% dos custos de produção na

criação de codornas, assim torna-se essencial sua otimização, por meio da utilização de alimentos alternativos (Furlan et al., 1998). Para diminuir o preço das rações de aves, a utilização de alimentos alternativos, com menor custo, é uma opção sobretudo, os resíduos agroindustriais (BASTOS et al., 2007). Se esses resíduos forem laçados no meio ambiente causarão a contaminação de solos e mananciais aquíferos, tornando-se essencial o aproveitamento desses produtos (PELIZER et al., 2007). Contudo para aproveitarmos esses resíduos é essencial saber a composição química e os valores energéticos dos alimentos, pois essas informações são fundamentais na formulação das rações (SAUVANT et al., 2004).

O Farelo de Algodão é um resíduo agroindustrial, resultado da extração do óleo, que pode ser feita de forma mecânica, através do esmagamento mecânico do caroço, ou de forma química, através do uso de solventes (Andriguetto et al., 1994; Richetti & Melo Filho, 2001). Apresenta em sua composição o gossipol que é um composto fenólico amarelado produzido nas partes aéreas, raízes e sementes do algodoeiro (Forman et al., 1991; Cheeke, 1998; Soto-Blanco, 2008). O Gossipol livre é um composto tóxico para os monogástricos e sua inclusão na nutrição de forma indiscriminada pode trazer sérios problemas aos animais, como redução de apetite, edemas pulmonares, fígado hipertrofiado (Morgan et al., 1988; Calhounab et al., 1990), necrose do musculo cardíaco, problemas reprodutivos e o aumento na fragilidade dos glóbulos vermelhos (Lindsen et al.,1980; Calk et al., 1992; Willard et al., 1995). E em alguns casos o acúmulo de gossipol no organismo do animal pode leva-lo à morte (Hascheck et al., 1989). A intensidade dos efeitos tóxicos varia de acordo com o nível e o período de consumo, assim como a idade do animal e das condições de estresse em que esse animal se encontra (Gamboa et al., 2001). Níveis mais elevados de gossipol (200 ppm) são tolerados por aves quando comparadas aos suínos. Contudo, as poedeiras apresentam outro efeito indesejável quando os níveis de gossipol são acima de 30 ppm na ração, que é a descoloração da clara e gema do ovo, que adquirem uma coloração marrom esverdeada provocada pelo gossipol livre (Barbosa et al., 2004).

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4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO

O estágio foi realizado na fazenda experimental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que se localiza em Santo Antônio de Leverger – MT, Latitude: -15.8548, Longitude: -56.0704, 15° 51′ 17″ Sul, 56° 4′ 13″ Oeste. Criada para promover aulas práticas, cursos e projetos acadêmicos, hoje atende as áreas de Agronomia, Zootecnia, Engenharia Florestal e Medicina Veterinária. O setor de avicultura tem como infraestrutura um centro de recepção e depósito de ingredientes para ração, quatro galpões com baias de criação em piso, uma sala de abate, uma sala de ovos e um galpão de postura com gaiolas onde as atividades foram realizadas (Figura 1 e 2).

No dia 1 de dezembro de 2016 as gaiolas foram instaladas no galpão de

postura (Figura 3), são gaiolas comerciais de largura 38 cm, altura 21 cm e comprimento 50 cm, que possuem bebedouro e comedouro do tipo calha (Figura 4).

Figura 1– Galpão de postura.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

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Figura 2– Disposição dentro do galpão.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

Figura 3– Gaiolas de codorna instaladas.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

No dia 19 de dezembro as codornas foram entregues na UFMT pela empresa

Avifran e levadas para a fazenda experimental. Chegando lá, elas foram pesadas em grupos de 8 animais, totalizando 240 animais, apresentando peso médio de 73 gramas. Foram utilizadas 15 gaiolas no total, fornecendo 30 gramas de alimento nos primeiros 54 dias e 35 gramas até o final de período e água à vontade. No mesmo dia foi percebido que as aves conseguiam sair das gaiolas pela saída de ovos devido terem 30 dias de vida e serem pequenas. Para impedir a fuga foi passado um fio na

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saída de ovos que foi removido no dia 1 de janeiro. Toda a alimentação utilizada no estágio foi preparada no misturador da fazenda.

As rações compunham cinco tratamentos com a inclusão de 0, 4, 8, 12 e 16 % de farelo de algodão. Foi avaliado o consumo dos animais, a postura de ovos, o peso do ovo, densidade, peso da gema e da casca para se ter correlações estatísticas e ver qual foi a influência do farelo de algodão na nutrição das aves e na produção dos ovos.

Segundo Villela (2006) o consumo alimentar de codornas adultas se encontra

na faixa de 23 e 25g de ração por dia. Em comparação, uma galinha consome em média 120 gramas de ração por dia, isso quer dizer que com o consumo de ração de uma galinha conseguiríamos alimentar aproximadamente quatro codornas.

Os bebedouros são limpos diariamente pela manhã, trocando-se a água, e à

tarde o nível de água é completado, mantendo os animais com água sempre limpa e fresca (Figura 4). O programa de luz utilizado foi o de 17 (dezessete) horas de luz, por meio de um controlador de luz do tipo “timer” (Figura 5).

Figura 4– Bebedor do tipo calha.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

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Figura 5– Controlador de luz do tipo “timer”.

Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/timer-digital-bivolt-6610-dni_86509752?region=outros.

As aves foram debicadas no dia 23 de janeiro antes do início do experimento

pois segundo Cloutier et al. (2000), a debicagem é o principal método utilizado para diminuir a retirada de penas por bicadas e o canibalismo entre as aves (Figura 6 e 7). A debicagem, quando realizada de maneira correta, reduz o desperdício de alimentos o que resulta em uma melhor conversão alimentar, melhorando a alimentação e reduzindo a mortalidade (Araújo et al., 2005). O início da inclusão de farelo de algodão na alimentação foi no dia 26 de janeiro e as aves apresentavam peso médio de 235 gramas.

Figura 6– Debicador.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

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Figura 7– Debicando.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

Durante o período foi observado queda de produção devido ao estresse térmico

e por predadores de ovos, que na indústria avícola são os grandes causadores de problemas. Os predadores consomem os ovos e perturbam as aves, são eles os ratos, gambás entre outros, que podem ser controlados com armadilhas (Figura 8). O estresse térmico reduz o consumo de alimentos pelas aves e diminui a digestibilidade dos diferentes ingredientes presentes da dieta, os quais são essenciais para a formação do ovo, o que afeta negativamente a produção e peso dos ovos. (ARAUJO et al., 2014; EL-TARABANY, 2016). Podendo ser controlado por ventiladores no caso de estresse por calor e o levantamento de cortinas em estresse por frio.

Figura 8– Predadores de ovos.

Fonte: http://www.saudeanimal.com.br/2015/12/01/gamba/;brasilescola.uol.com.br/animais/rato.htm

As aves mortas durante o período foram contabilizadas e suas carcaças foram postas na composteira do setor de avicultura. A compostagem se caracteriza por uma

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sucessão de diversas populações de micro-organismos que colonizam os dejetos presentes na biomassa ao longo do processo (BARRENA et al., 2009). Sendo assim, é a maneira mais eficiente na degradação dos resíduos orgânicos da produção animal, como as camas aviárias (VALENTE et al., 2014) e as excretas das codornas (VALENTE et al., 2010).

Os ovos inteiros obtidos durante o 19º; 20º; 21º; 40º; 41º; 42º; 61º; 62º e 63º

dias do experimento foram utilizados para análise. As análises foram realizadas com amostras de três ovos para cada repetição. Os ovos foram numerados e pesados individualmente em balança de precisão de 0,001g (Figura 9) (Figura 10). Durante o período foi avaliado a gravidade específica, determinada pelo método de flutuação salina, que consiste em mergulhar os ovos em diferentes concentrações de NaCl que variaram de 1,070 a 1,090g/cm3, com intervalos de 0,005g/cm3 entre elas, conforme Hamilton (1982) (figura 11 e 12), utilizada para avaliar a qualidade das cascas dos ovos, sendo a densidade das soluções medida com o auxílio de um densímetro modelo INCOTERM – OM – 5565 (Figura 13).

A gema de cada ovo foi pesada e registrada, a respectiva casca então foi lavada e seca ao ar, para obtenção do peso. O peso do albúmen foi obtido pela subtração, do peso do ovo, o peso da gema e o peso da casca. Durante as análises não foi observado o efeito descrito anteriormente do Gossipol, de alteração na coloração da gema e clara dos ovos.

Figura 9– Balança de precisão.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

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Figura 10– Ovos marcados.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

Figura 11- Baldes com diferentes densidades.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

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Figura 12 - Ovos mergulhados em solução salina.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

Figura 13 - Densímetro.

Fonte: http://www.shoptime.com.br/categoria/235513?filtro=%5B%7B%22id%22%3A%22category.id%22%2C%22v22value%22%3A%22235513%22%2C%22fixed%22%3Atrue%7D%2C%7B%22id%22%3A%22extra.MARCA%22%2C%22value%22%3A%22INCOTERM%22%7D%5D&ordenacao=bestSellers&origem=omega.

Ao final do experimento foi avaliada a conversão alimentar por dúzia de ovos

produzidos, que é expressa pelo consumo total de ração em quilogramas dividido pelas dúzias de ovos produzidos (kg/dz), e por massa de ovos, que será obtida pelo consumo de ração em quilogramas dividido pela massa de ovos produzida em quilogramas (kg/kg).

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5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades desenvolvidas durante o estágio foram descritas no tópico anterior

e abrangeram:

A limpeza dos bebedouros e o fornecimento de ração diariamente;

Os bebedouros foram lavados com uma bucha até a retirada completa das

partículas de alimentos todos os dias pela manhã e a ração era fornecida através de

um recipiente que tinha a quantidade do trato mascado, sendo fornecido a alimentação

duas vezes por dia.

Controle das mortes;

Os animais encontrados mortos durante o período de estágio, eram retirados da

gaiola e devidamente registrado de qual gaiola eles eram.

Acompanhamento da postura de ovos;

Se dava através da anotação diária da postura de cada gaiola durante o período

de estágio.

Controle de predadores de ovos;

Foi feito com meio de armadilhas instaladas no galpão.

Acompanhamento do estresse dos animais;

Observado através do comportamento dos animais e da redução da postura dos

ovos.

Analise dos ovos.

Coleta de três ovos de cada amostra experimental, enumerados de acordo com a gaiola que vieram, pesados individualmente, imersos em baldes com solução salina para se determinar a densidade dos ovos, que demonstra a qualidade da casca dos ovos quando mais for a densidade, quebrados com a ajuda de um estilete, separada a clara da gema e pesagem da gema individualmente, lavagem das cascas e postas para secar e pesagem das cascas dos ovos (figuras 14, 15, 16, 17 e 18).

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Figura 14 - Ovos marcados.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

Figura 15 - Pesagem do ovo.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

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Figura 16 - Ovos mergulhados em solução salina.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

Figura 17 - Quebra da casca e separação da gema e clara.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

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Figura 18 - Pesagem da gema.

Fonte: Carolinne Ferronato, arquivo pessoal.

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6. CONCLUSÕES

A criação de codornas é simples e fácil, pois não há a necessidade de muito

espaço, em uma área de um metro e maio por um metro e maio de altura consegue-se

colocar quinze gaiolas comerciais que alojam de 240 á 300 animais, sem grandes

investimento para começar a produzir, pois se o produtor não quiser comprar as

gaiolas ele pode faze-las com os matérias que tem à disposição, o consumo de

alimento é reduzido, comparado ao de uma galinha que consome em média 120

gramas um produtor de codornas manteria até 4 animais com a mesma quantidade de

ração e as excretas dos animais pode ser utilizada para adubação, o que a torna uma

alternativa para o complemento de renda de pequenos produtores e cooperativas, que

querem iniciar uma produção de baixo investimento e de rápido retorno econômico.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O aprendizado adquirido durante o decorrer do estágio foi diverso, totalmente diferente das descrições que se pode encontrar em uma literatura, desafiador e principalmente gratificante. Devido a todos os imprevistos ocorridos, atraso na entrega dos animais, variação de clima e minha inicial e total inexperiência na criação de codornas, os predadores de ovos que demorei para identificar e controlar. As coisas boas como o acompanhamento da produção, ter que lidar com clientes por causa da venda dos ovos, aprender a não se abalar quando imprevistos acontecem e as coisas não saem de acordo com as nossas expectativas, as análises de ovos que se mostraram como uma atividade de concentração, paciência e precisão.

Tudo o que ocorreu durante o estágio vou levar comigo para sempre, pois comecei ele sendo uma pessoa e terminei ele como outra, completamente diferente e tenho certeza que isso me fará uma profissional muito melhor do que eu seria sem esse desafio.

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