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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO JOHANNA CAROLINA SCHVARZBACH DOS SANTOS ASPECTOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E HISTOLÓGICOS DO OSTEOMA MAMÁRIO RELATO DE CINCO CASOS Cuiabá 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

JOHANNA CAROLINA SCHVARZBACH DOS SANTOS

ASPECTOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E HISTOLÓGICOS DO OSTEOMA

MAMÁRIO – RELATO DE CINCO CASOS

Cuiabá

2017

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JOHANNA CAROLINA SCHVARZBACH DOS SANTOS

ASPECTOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E HISTOLÓGICOS DO OSTEOMA

MAMÁRIO – RELATO DE CINCO CASOS

Cuiabá

2017

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Pós-graduação de Medicina veterinária da Universidade

Federal de Mato Grosso, como requisito para obtenção do

título de Residência Uniprofissional em Clínica Cirúrgica de

Pequenos Animais.

Orientador: Prof º Drº Roberto Lopes de Souza

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Agradecimentos

Agradeço a Deus, pela dádiva da vida, e a oportunidade de vivenciar tantas coisas

maravilhosas.

Aos meus familiares, meu pai Manoel e mãe Roseli, por todo apoio durante toda minha

vida, me mostrando sempre a importância de sempre querer melhorar, e nunca parar de estudar.

Aos meus irmãos, que sempre estão ao meu lado, mesmo não estando presente em todos os

momentos, como gostaria, foram fundamentais para a conclusão de mais uma etapa da minha

vida.

A minha segunda família, que são meus sogros, estiveram ao meu lado durante

praticamente toda a minha faculdade, e agora na residência também, me apoiando, dando forças

e não deixando desanimar nos momentos difíceis.

Aos amigos que fiz durante a residência, que tornaram esta jornada mais fácil e

agradável, vou leva-los no meu coração para o resto da vida.

Ao meu noivo, que sempre me apoia em todas as minhas escolhas, foi meu ombro

amigo mais uma vez, me auxiliou nos momentos de angustia e comemorou comigo os

momentos de sucesso também. Sem você esta vitória não teria o mesmo gosto.

Aos professores e funcionários do HOVET, que nos auxiliaram muito nesses dois anos

de muito aprendizado em todos os sentidos na residência.

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Aspectos clínicos, cirúrgicos e histológicos do osteoma mamário – relato de cinco casos 1

Clinical, surgical and histological aspects of breast osteoma - report of five cases 2

3

J.C.S.Santos¹, A.R.B. Amaral ¹, D. A. Sonego ¹, L. M. C. Soares ¹, C.C. Menegassi², M. B. Stocco², R.L. 4

Souza³. 5

6

1Residente – Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá, MT 7

2Aluno de pós-graduação – Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá, MT 8

3Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá, MT 9

10

Resumo 11

12

O presente trabalho reporta as características clínicas e cirúrgicas de cinco casos de 13

cadelas diagnosticadas com osteoma mamário, todos os pacientes apresentam histórico de 14

aumento de volume nas mamas. As pacientes foram submetidas à cirurgia de mastectomia 15

unilateral para ressecção da massa neoplásica e ampla margem cirúrgica. Em um caso foi 16

realizada a ovariossalpingo-histerectomia concomitantemente. Em todos os casos ao exame 17

histopatológico foram observadas células com pleomorfismo discreto, núcleos ovalados, 18

cromatina vesiculosa, nucléolo pouco proeminente, formação de matriz osteoide com 19

osteoclastos típicos e trabéculas ósseas acompanhadas de medula óssea, instituindo-se o 20

diagnóstico de osteoma mamário. Nenhuma das pacientes apresentou recidiva após seis meses. 21

22

Abstract 23

The present study reports as clinical and surgical characteristics of five cases of 24

diagnostic bitches with breast osteoma, all patients present a history of breast volume increase. 25

As patients undergoing unilateral mastectomy surgery for resection of the neoplastic mass and 26

wide surgical margin. In one case, an ovariohysterectomy was performed concomitantly. In all 27

cases of histopathological examination, cells with discrete pleomorphism, oval nuclei, vesicular 28

chromatin, little prominent nucleolus, formation of osteoid matrix with typical osteoclasts and 29

cosmetic trabeculae with bone marrow were instituted, and the diagnosis of mammary osteoma 30

was established. None of the patients presented recurrence after six months. 31

Key Words: Neoplasia mamaria, osteoma mamário, mastectomia. 32

33

Introdução 34

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Analisando as neoplasias mais frequentes na espécie canina, as neoplasias mamárias 35

destacam-se das demais, representando um total de 25 a 50% de todas as neoplasias nas fêmeas 36

caninas, enquanto as relacionada às neoplasias do aparelho reprodutor feminino da cadela, as 37

que afetam as glândulas mamárias correspondem a 82% (Donnay et al., 1989). 38

As neoplasias mamárias ocorrem em qualquer dos cinco pares de glândulas mamárias, 39

porém são mais encontradas nos dois pares caudais devido ao maior volume de tecido mamário 40

existentes neste local (Johnston, 1998). Cerca de 60% dos tumores, encontram-se nas mamas 41

inguinais, não existe predisposição racial evidente, sabe-se apenas que os cães da raça boxer e 42

beagle apresentam menor risco de desenvolverem neoplasias mamárias (Queiroga e Lopes, 43

2002). 44

Dentre os tumores benignos (fibroadenoma, adenoma, e osteoma) os mais frequentes 45

são os fibroadenomas (REIS, 2010). 46

Quando há a ocorrência de múltiplos nódulos é indicada a realização da mastectomia 47

unilateral completa, onde se remove todas as glândulas ipsilateral e o tecido entre as mesmas 48

(Stone, 1998). Segundo Johnston et al. (1998), alguns estudos demonstraram que a existência de 49

diferentes nódulos podem não ter semelhança histológica. 50

A origem de tecido ósseo mamário surge da metaplasia a partir dos fibroblastos, sendo 51

semelhante à formação óssea normal. Em glândula mamária humana a neoplasia óssea mamária 52

é menos frequente comparando-se a outros mamíferos, especialmente à espécie canina (Gal-53

Gombos et al., 2002). O prognóstico da doença é dependente de diversos fatores como a 54

dimensão da neoplasia, a extensão da cirurgia, o grau histológico, a presença de metástases, a 55

invasão nos linfonodos, os aspectos clínicos e a ulceração cutânea (Queiroga, 2002). 56

Por ter baixa ocorrência em caninos objetivou-se o relato de cinco casos de osteoma 57

mamário, reportando as características clínicas, cirúrgicas, tratamento, achados histológicos e o 58

pós-operatório. 59

60

Casuística 61

62

Dentre os 134 casos de neoplasia mamária atendidos, no Hospital Veterinário da 63

Universidade Federal de Mato Grosso (HOVET-UFMT) no ano de 2016, foram diagnosticados 64

cinco casos de osteoma mamário. As pacientes apresentavam idade média de 11 anos e seis 65

meses (quatro a quinze anos), peso médio corporal médio de 14,7 kg (5,1 a 29,5kg). Entre as 66

raças atendidas observou-se predomínio de sem raça definida, três casos (60%), seguida por um 67

Poodle (20%) e um Pinscher (20%). Das cinco fêmeas, quatro eram inteiras, e uma fêmea 68

castrada. 69

Em três pacientes o osteoma mamário foi encontrado na mama inguinal, um na 70

segunda mama torácica, e um na segunda mama abdominal. Apenas em um caso foi encontrado 71

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somente osteoma mamário, e quatro casos foram encontradas, concomitantemente, outras 72

alterações, como hiperplasia lobular mamária com atividade secretória, carcinoma mamário 73

complexo grau I, carcinoma mamário complexo grau II, hiperplasia lobular mamária (adenose) 74

e adenoma mamário simples. Os nódulos tinham em média 7,2 centímetros de diâmetro 75

(medindo 1,5 a 14 cm de diâmetro). Todos os casos apresentaram velocidade de crescimento 76

lenta. 77

Uma das pacientes havia feito uso de anticoncepcional por três vezes. 78

Hemograma e perfil bioquímico (alanina aminotransferase, creatinina, albumina, ureia 79

e fosfatase alcalina) revelaram anemia normocítica normocrômica em um paciente, e 80

trombocitopenia em outro paciente. Não foram encontradas alterações nos exames bioquímicos. 81

Na ultrassonografia abdominal e radiografia torácica não foram encontradas alterações em 82

nenhum caso. As cadelas foram pré-medicadas com cetamina 8mg/kg (Cetamin®, cloridrato de 83

cetamina 10%, Rhobifarma Indústria Farmacêutica Ltda., Brasil), midazolam 0,5mg/kg 84

(midazolam, medicamento genérico, União Química Farmacêutica Nacional S/A, Brasil) e 85

morfina 0,5mg/kg (Dimarf®, sulfato de morfina, Cristália, Brasil), todos pela via intramuscular. 86

Foram induzidas com propofol intravenoso 2mg/kg, administrado a efeito, e manutenção 87

anestésica com isoflurano na concentração anestésica mínima (CAM) 1,3V%. No 88

transoperatório, foram administrados, cefalotina 25mg/kg (cefalotina sódica 200mg/mL, 89

medicamento genérico – ABL Antibióticos do Brasil, Brasil), meloxicam 0.2mg/kg (maxicam 90

2% Ouro Fino, Brasil), tramadol 3mg/kg (Tramal® cloridrato de tramadol 50mg/ml – Pfizer, 91

Brasil) por via intravenosa. 92

Realizou-se tricotomia ampla da cadeia mamária a ser excisada, realizada a antissepsia 93

prévia e definitiva, foram realizadas a mastectomia unilateral completa da cadeia mamária 94

afetada pela neoplasia, retirando ampla margem na região da neoplasia. A hemostasia e redução 95

do espaço subcutâneo foram realizadas com fio de ácido poliglicólico 2.0-0.0 (APG 291®, 96

214®, 014®, Brasuture, Brasil), a ligadura da veia epigástrica e sutura de pele foram realizadas 97

com fio de náilon 2.0-0.0 (Nylon®, Techonofio, Brasil). As neoformações resseccionadas foram 98

condicionadas em formalina a 10% e encaminhadas ao Laboratório de Patologia Veterinária do 99

HOVET-UFMT, para e coloração com hematoxilina/eosina e análise histológica em 100

microscopia de luz. 101

Em apenas uma cadela foi realizada a cirurgia de ovariosalpingohisterectomia (OSH), 102

concomitantemente. Nos demais quatro casos, uma paciente já era castrada, e nos três casos 103

restantes não se realizaram OSH devido a não autorização do proprietário. 104

No pós-cirúrgico, as pacientes receberam, via oral, cefalexina 25mg/kg BID durante 105

sete dias, meloxicam 0,1mg/kg durante cinco dias, dipirona 25mg/kg durante cinco dias, 106

tramadol 3mg/kg durante 5 dias e curativo local com solução fisiológica e iodo povidine. 107

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Ao exame histopatológico, em 100% dos casos observaram-se, à microscopia de luz, 108

células com pleomorfismo discreto, núcleos ovalados, cromatina vesiculosa, nucléolo pouco 109

proeminente, formação de matriz osteóide com osteoclastos típicos e trabéculas ósseas 110

acompanhadas de medula óssea, não foram visualizados figuras de mitose, instituindo-se o 111

diagnostico de osteoma mamário. Decorridos seis meses, as cinco cadelas diagnosticadas com 112

osteoma mamário não apresentaram recidiva e os proprietários relataram ausência de sinais 113

relacionados com a doença descrita. 114

115

Discussão 116

117

Em um estudo retrospectivo realizado de 2004 a 2008, de 1647 casos de neoplasia 118

mamária houve um total de 1075 casos de tumores malignos e 390 casos de tumores benignos, 119

sendo que, destes apenas um caso de osteoma mamário, representando 0,07% do total de casos 120

relatados (Filho et al., 2010), caracterizando assim a baixa ocorrência deste evento aqui 121

relatado. 122

Em geral, a faixa etária média de manifestação dos tumores mamários em cadelas está 123

entre 10-11 anos (Rutteman et al. 2001), corroborando com o nosso estudo, no qual a média foi 124

de 11 anos e seis meses. 125

Podem estar presentes na massa tumoral receptores de estrógeno, progesterona, 126

andrógenos, prolactina e fator de crescimento epidérmico, alterando a sua velocidade de 127

crescimento quando os níveis desses hormônios se apresentam elevados (FONSECA & 128

DALECK, 2000). 129

A OSH precoce, antes das alterações hormonais devido ao ciclo estral, parece ser o 130

único método de prevenção do desenvolvimento destes tumores. Dessa forma, a prevenção 131

conferida pela castração desaparece após os dois anos e meio de idade, quando nenhum efeito é 132

obtido (Fonseca e Daleck, 2000). Todavia, um estudo que considerou avaliar tumores benignos 133

e mamas com lesões hiperplásicas demonstrou que, quando a ovariohisterectomia (OVH) for 134

realizada no momento da mastectomia, as chances de novos tumores aparecerem na cadeia 135

mamária contralateral decrescem em 50% (KRISTIANSEN et al., 2013). No nosso estudo 136

apresentado apenas uma cadela era castrada, a cirurgia foi realizada quando a paciente 137

apresentava nove anos, ou seja quatro anos antes de apresentar a neoplasia, corroborando com 138

estudos de que apenas a castração precoce, antes do primeiro estro, reduz a ocorrência de 139

tumores mamários. 140

No estudo recente de Kristiansen et al. (2016), os autores concluíram que de forma 141

geral, a OVH não reduz as chances de recidiva de carcinomas mamários e que o procedimento 142

não eleva o tempo de sobrevida, comparativamente às cadelas mastectomizadas e não castradas. 143

Entretanto, cadelas que apresentarem carcinomas de até grau II, com imunomarcação positiva 144

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para receptores de estrógeno, aliada a altas concentrações de estradiol sanguíneo podem se 145

beneficiar da OVH no momento da mastectomia. 146

A espécie canina pode possuir ao mesmo tempo, múltiplos tumores mamários 147

diferentes histologicamente. Em torno de 37% dos animais ocorre a presença, 148

concomitantemente, de neoplasias benignas e malignas. Além disso, a permanência de um 149

tecido neoplásico benigno aumenta o risco em até três vezes do desenvolvimento subseqüente 150

para neoplasia maligna (Johnston, 1998). Em nosso estudo quatro dos cinco casos (80%) 151

apresentaram outros tipos de neoplasia concomitantemente. 152

A grande maioria dos tumores benignos é pequena (menor do que três cm), firme à 153

palpação e bem circunscrita. Nos casos dos tumores malignos são superiores a cinco 154

centímetros, aderidos e muitas das vezes ulcerados (Queiroga e Lopes, 2002). No nosso 155

presente estudo a média dos osteomas mamários foi de 7,2 centímetros de diâmetro (medindo 156

1,5 a 14 cm de diâmetro) discordando de Queiroga e Lopes (2002). 157

Estudos de toxicidade e epidemiológicos demonstraram que a administração de 158

esteroides ovarianos aumenta a ocorrência de tumores mamários em cadelas (Rutteman e 159

Misdorp, 1993). O tratamento anticoncepcional, à base de progestágenos promove, em longo 160

prazo, a formação de nódulos mamários hiperplásicos, em que estas alterações podem predispor 161

a uma transformação maligna (Zuccari et al., 2001). No nosso estudo aqui apresentado apenas 162

uma paciente havia feito uso de anticoncepcional, por três vezes. 163

O prognóstico desta afecção é favorável por se tratar de uma neoplasia benigna, tem 164

baixo poder de metastatização, a excisão cirúrgica com pequena margem é suficiente para evitar 165

recidivas (Johnston, 1998). Em nossos casos aqui apresentados, após seis meses de 166

acompanhamento, não houve recidiva. 167

168

Bibliografia 169

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