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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CADERNO DE RESUMOS CUIABÁ-MT 2010 XVIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Cuiabá, 22, 23 e 24 de setembro de 2010

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    CADERNO DE RESUMOS

    CUIABÁ-MT 2010

    XVIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

    Cuiabá, 22, 23 e 24 de setembro de 2010

  • 2

    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    Reitora

    Profa. Dra. Maria Lúcia Cavalli Neder

    Vice-Reitor

    Prof. Dr. Francisco José Dutra Souto

    Pró-Reitor de Pesquisa

    Prof. Dr. Adnauer Tarquínio Daltro

    Pró-Reitora de Pós-Graduação Profa. Dra. Leny Caselli Anzai

    Pró-Reitora de Ensino de Graduação

    Profa. Dra. Myriam Thereza de Moura Serra

    Pró-Reitor de Vivência Acadêmica e Social

    Prof. MSc. Luís Fabrício Cirillo de Carvalho

    Pró-Reitora Administrativa

    Téc. Esp. Valéria Calmon Cerisara

    Pró-Reitora de Planejamento

    Profa. Dra. Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    CADERNO DE RESUMOS CUIABÁ-MT 2010

    PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA/UFMT

    CNPq/FAPEMAT VOLUNTARIADO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA/UFMT

    XVIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Cuiabá, 22, 23 e 24 de setembro de 2010

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    PRÓ-REITORIA DE PESQUISA

    Av. Fernando Correa da Costa S/N – Coxipó - 78.060-900 – Cuiabá - MT

    Telefones: (065) 3615-8281 e 3615-8282 - FAX: (065) 3615-8262

    Homepage: http://www.ufmt.br/semanaacademica2010

    E-mail: [email protected] ou [email protected]

    Organização dos resumos

    Ícaro Pinto do Nascimento

    Arte da Capa

    Rodrigo Cezar de Andrade

    Ficha catalográfica elaborada pelo Bibliotecário Douglas Rios (CRB1/1610)

    Índice para Catálogo Sistemático

    1. Iniciação Científica – Brasil – Seminários.

    OS RESUMOS AQUI APRESENTADOS SÃO DE INTEIRA

    RESPONSABILIDADE DOS AUTORES.

    Seminário de Iniciação Científica

    Caderno de Resumos Cuiabá-MT 2010./ Cuiabá:

    Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), 2010.

    526 páginas

    ISSN: 1982-0410

    1.Iniciação Científica – Brasil - Seminários. I.Título.

    CDU 001.8

  • XVIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

    Pró-reitoria de Pesquisa Pró-reitor: Prof. Dr. Adnauer Tarquínio Daltro

    Coordenação Geral Prof. Dr. Reginaldo Brito da Costa

    Apoio Técnico Ciríaco Pires de Miranda José Antonio Marinho Alves da Silva Marck Araújo Cardoso Maria Auxiliadora de Arruda Campos Sérgio Yukio Tanisawa Tayla de Queiroz Silva Jorge Henrique de Campos Farias

    Cláudia Aparecida Grou de Oliveira Ícaro Pinto do Nascimento Leandro Amâncio dos Santos Edvandro Amâncio dos Santos Lais Arruda Acosta Caroline Ribeiro Silva

    Ailton José Terezo

    Comitê Local de Seleção e Acompanhamento

    Ciências Exatas e da Terra Josiel Maimone de Figueiredo

    Amanda Martins Baviera Carlos Triveño Rios Elmo Batista de Faria

    Marcelo Sacardi Biudes Marcelo de Freitas Lima Marilza Castilho

    Ciências Humanas e Sociais Arturo Alejandro Zavala Zavala Carmem Lúcia Silva Leana Oliveira Freitas Pablo Marcelo Diener Renílson Rosa Ribeiro

    Sandra Cristina de Moura Bonjour Saulo Tarso Rodrigues Sérgio Flores Pedroso Vera Blum Vitale Joanoni Neto

    Ciências da Vida Aída Couto Dinucci Bezerra Antônio de Arruda Tsukamoto Filho Anselmo Verlangieri Carmo Carmen Lúcia Bassi Cláudio Vieira de Araújo Domingos de Jesus Rodrigues Gustavo Manzon Nunes Luciano Nakazato Liano Centofante

    Luciano da Silva Cabral Márcia Hueb Patrícia Helena de Azevedo Patrícia Aparecida Rigatto Castelo Paulo César Venere Simoni Maria Loverde Oliveira Soraia Diniz Walcylene L. M. Pereira Scaramuzza

    Comitê Externo de Seleção e Acompanhamento

    Prof. Dr. Antonio Gilberto Ferreira (UFSCar) – Ciências Exatas e da Terra Profa. Dra. Mariluce Bittar (UCDB) – Ciências Humanas e Sociais

    Profa. Dra. Marney Pascoli Cereda (UCDB) – Ciências da Vida Profa. Dra. Antonia Railda Roel (UCDB) – Ciências da Vida

    Arte da Capa

    Rodrigo Cezar de Andrade

    5

  • 6

    APRESENTAÇÃO

    A Assembléia Geral das Nações Unidas declarou 2010 como o “Ano Internacional da Biodiversidade”, sendo planejadas e efetivadas várias atividades que estão em curso nos países ao

    redor mundo. Dentre elas, várias conferências sobre este tema da maior relevância para o Planeta

    Terra. Neste contexto, a discussão está centrada na conservação e uso racional da Biodiversidade,

    onde se faz reflexões sobre o significado da biodiversidade, sua importância, a relação com as mudanças climáticas e o comprometimento de chefes de Estado e suas diversas instâncias com este

    tema que é capital para a sobrevivência e o futuro da vida na Terra. Em todo o planeta, a

    biodiversidade, entendida como diversidade da vida, desde as bactérias até as plantas, desde as espécies até os ecossistemas, está em declínio. Em algumas décadas as alterações causadas pelo

    homem aos ecossistemas naturais, em particular as florestas primárias, especialmente em ambientes

    tropicais, as zonas úmidas, os manguezais, os lagos, os rios, os oceanos, cresceram em ritmo

    inquietante (UNESCO, 2009). Nesta linha, há que se pensar para onde estamos caminhando, já que a Terra evolui para um estado no qual não poderá mais se sustentar, caso não se implementem medidas

    de impacto visando a reversão deste quadro. Lembrando que há um limite para os danos que nós

    podemos infligir aos ambientes dos quais dependemos. Desde a revolução industrial, a humanidade trata os seus recursos naturais como se eles fossem infinitos. Poucos se dão conta que a biodiversidade

    é um recurso ímpar (Evolução dos Ecossistemas para o Milênio – publicado pelas Nações Unidas em

    2005). Com este quadro é que enfatizamos a importância da conscientização e formação dos nossos jovens cientistas, no âmbito do Programa de Iniciação científica (PIBIC), desenvolvido na UFMT,

    com apoio do CNPq e da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Mato Grosso – FAPEMAT. O

    programa visa incentivar os graduandos da instituição desde o segundo ano, em seus respectivos

    cursos e áreas, a se debruçarem sobre questões contidas em projetos de pesquisas de seus orientadores, preparando-os para atividades de pesquisa, cursos de mestrado e doutorado. No XVIII Seminário de

    Iniciação Científica serão 363 bolsistas e cerca de 200 voluntários que desenvolveram os seus

    trabalhos, cujos resumos compõem este DVD e que serão apresentados durante o evento. Desta forma, todos (orientadores, bolsistas, voluntários e a comunidade científica) estarão envolvidos, certamente

    com a biodiversidade, pois fazem parte e interagem com ela no cotidiano das suas vidas. Portanto,

    serão iniciados para tornarem-se futuros profissionais que se vejam como protagonistas e co-

    responsáveis por este Planeta que é de todos nós e, que necessita de elos móveis que realizem movimentos desejáveis na construção de uma sociedade mais holística na sua forma de ser e de ver a

    sua casa (Terra).

    Prof. Dr. Adnauer Tarquínio Daltro

    Pró-Reitor de Pesquisa

    PROPeq/UFMT

    Prof. Dr. Reginaldo Brito da Costa

    Coordenador de Pesquisa da UFMT

    COORPeq/UFMT

    Cuiabá, 6 de setembro de 2010.

  • 7

  • 8

    SUMÁRIO

    CIÊNCIAS AGRÁRIAS ...........................................................................................................9

    CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ................................................................................................... 121

    CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ...................................................................................... 178

    CIÊNCIAS DA SAÚDE ....................................................................................................... 353

    CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS................................................................................... 464

    ENGENHARIAS ................................................................................................................. 489

    LINGÜÍSTICAS, LETRAS E ARTES ................................................................................... 500

  • 9

    CIÊNCIAS AGRÁRIAS

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    INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE AROEIRA

    DO SERTÃO (Myracrodruon urundeuva) E NOVATEIRO (TRIPLARIS AMERICANA)

    Alina Auxiliadora Oliveira da Silva (BIC/FAPEMAT)

    Virgínia Helena de Azevedo (Orientadora) – Depto de Fitotecnia e Fitossanidade - FAMEV - UFMT

    E-mail: [email protected]

    Patrícia Helena de Azevedo (Colaboradora) – Depto de Fitotecnia e Fitossanidade - FAMEV - UFMT

    José Geraldo Magela Ângelo (Colaborador) – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade –

    ICMBio Henrique Cézar Boin de Lima (Colaborador) – Graduando do Curso de Agronomia - FAMEV - UFMT

    Alguns aspectos servem de base para o manejo de espécies nativas e dentre eles, a germinação de sementes

    fornece subsídio para a compreensão da capacidade de regeneração natural. O trabalho teve por objetivo avaliar

    o efeito de substratos e temperaturas na germinação de sementes de Aroeira do Sertão (Myracrodruon

    urundeuva) e Novateiro (Triplaris americana). As sementes foram coletadas de plantas matrizes na Estação

    Ecológica de Taiamã, em Cáceres-MT. Após coleta, foram encaminhadas ao Laboratório de Recursos Genéticos

    da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV) da Universidade Federal de Mato Grosso

    (UFMT). Para avaliação da qualidade fisiológica das sementes foi realizado o teste padrão de germinação, nos

    substratos entre papel, areia e vermiculita, em diferentes temperaturas, para as duas espécies. O experimento foi

    conduzido no delineamento inteiramente casualizado num arranjo fatorial 3 x 5 (três substratos e cinco temperaturas) para Aroeira do sertão e 3 x 4 (três substratos e quatro temperaturas) para o Novateiro, com 4

    repetições de 25 sementes, para cada tratamento. Os testes de germinação foram conduzidos em germinadores

    tipo BOD regulados para os regimes de temperaturas constantes de 25, 30 e 350C e alternadas de 25-30 e 25-

    350C. Antes da instalação do experimento, as sementes foram desinfetadas com hipoclorito de sódio a 5%

    durante 5 minutos e, em seguida, lavadas com água destilada. As variáveis avaliadas foram: Porcentagem de

    germinação (%), Índice de velocidade de germinação (IVG) e Tempo médio de germinação (TMG). Observou-se

    que para Aroeira do Sertão, as maiores porcentagens de germinação foram verificadas nas temperaturas

    constantes de 25, 30 e 35oC, nos três substratos, sendo que nas temperaturas constantes e no substrato areia,

    observou-se maior IVG e menor tempo médio de germinação. Para Novateiro a porcentagem de germinação foi

    muito baixa nas temperaturas e substratos avaliados, sendo que no substrato entre papel houve maior IVG e

    menor TMG. Conclui-se que as temperaturas constantes nos três substratos proporcionaram melhores resultados para Aroeira do sertão e temperatura alternada de 25-300C no substrato entre papel resultou em melhor

    porcentagem de germinação, maior IVG e menor TMG para o Novateiro.

    Palavras-chave: sementes florestais, substrato.

  • 11

    DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES E MUDAS DE ESPÉCIES

    NATIVAS DO CERRADO PARA REGENERAÇÃO ARTIFICIAL TENDO EM

    VISTA ASPECTOS AMBIENTAIS E PRODUTIVOS

    Alyson Jose Silva Lopes Elias (PIBIC/CNPq) Antonio de Arruda Tsukamoto Filho (Orientador) – Faculdade de Engenharia Florestal/UFMT

    E-mail: [email protected]

    O trabalho em questão tem por objetivo avaliar a qualidade de sementes e mudas de espécies nativas do Cerrado,

    como ferramenta para subsidiar a definição de maneiras diferentes de se efetuar a regeneração artificial das

    mesmas com finalidade produtiva e ambiental. As atividades foram iniciadas com a coleta e beneficiamento de

    sementes das espécies selecionadas, sendo elas: Aroeira (Myracrodruon urundeuva), Gonçaleiro (Astronium

    fraxinifolium), Genipapo (Genipa americana), Timburi (Enterolobium contortisiliquum) e Copaíba (Copaifera langsdorffii). As técnicas de beneficiamento foram adaptadas às necessidades de cada espécie, visando maior

    aproveitamento das sementes e menor dispêndio para obtê-las. Avaliou-se a germinabilidade, o peso de mil

    sementes e teor de umidade, de acordo com as regras de análises de sementes estabelecidas pelo Ministério da

    Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Utilizou-se a altura como parâmetro morfológico de avaliação

    da qualidade das mudas. O Gonçaleiro embora apresente comportamento ortodoxo quanto ao armazenamento,

    teve uma germinabilidade muita baixa de 14% após 1 ano de acondicionamento das sementes em câmara fria no

    recipiente saco de papel, embora mantendo um teor de umidade de 9,03%. A germinação do Timburi foi de 98%.

    As demais espécies foram germinadas em sementeiras no viveiro (Aroeira 77% e Copaíba 50%). O teor de

    umidade das sementes para todas as espécies variou de 4 a 10%, que são valores normalmente encontrados para

    sementes ortodoxas. O peso de mil sementes da uma idéia do tamanho das sementes e do estado de maturidade e

    sanidade delas, sendo que neste trabalho foram determinados 34,1 g para Genipapo, 20,6 g para Aroeira, 25 g para Gonçaleiro, 583,1 g para Copaíba e 764,4 g para Timburi. A altura média das mudas de Copaíba foi de

    10,27 cm e de Timburi de 18,68 cm. A avaliação da qualidade das sementes permitiu a produção de mudas em

    quantidade e na qualidade desejadas, ordenando com eficiência os trabalhos no viveiro florestal da UFMT.

    Palavras–chave: Germinação; sementes florestais.

  • 12

    DESCRIÇÃO DOS CARACTERES MORFOLÓGICOS DE SEMENTES E

    PLÂNTULAS DAS ESPÉCIES DE CEREJEIRA (Torresea acreana), SUCUPIRA-

    PRETA (Bowdichia virgilioides) E VINHÁTICO (Plathymenia reticulata)

    Amanda Georgina Ferreira da Silva (PIBIC/CNPq)

    Joana Maria Ferreira Albrecht (Orientadora) – Departamento de Engenharia Florestal – FENF/UFMT

    E-mail: [email protected]

    Paola Oliveira Caires Dias (Colaboradora) – Departamento de Engenharia Florestal – FENF – UFMT, Vinícius

    Varanda Machado (Colaborador) – Departamento de Engenharia Florestal –FENF – UFMT

    O conhecimento dos aspectos morfológicos das espécies florestais pode ser usado em estudos de taxonomia, na interpretação de testes de germinação e em estudos relacionados à ecologia das espécies. O presente estudo teve

    como principal objetivo descrever morfologicamente três espécies florestais, desde a germinação até a formação

    de plântulas, além da caracterização dos frutos e sementes. O trabalho foi realizado em uma sala experimental, no

    município de Cuiabá, estado de Mato Grosso, nas coordenadas (15°36‘55,10‖ S e 56°07‘41,09‖ O). As sementes

    foram coletadas em áreas de cerrado nos Municípios de Cuiabá e Várzea Grande no estado de Mato Grosso, na

    região Centro-Oeste do Brasil, logo após o seu processo de maturação. Depois de beneficiadas foram iniciados o

    processo de germinação e procurou-se analisar detalhadamente cada fase, para posterior descrição das etapas

    diagnosticadas em seu desenvolvimento. Os caracteres morfológicos utilizados para a descrição das espécies

    foram coloração, forma e superfície dos frutos e sementes, como também, o conjunto de caracteres com base na

    composição, margem e ápice das folhas, tipo de germinação e morfologia dos cotilédones. Constatou-se como

    plântula, a fase do desenvolvimento na qual o material se apresentou com raiz, hipocótilo, epicótilo e protófilos (primeiro par de folhas surgido após a abertura dos cotilédones). As espécies B. virgilioides e P. reticulata

    apresentaram germinação epígea e fanerocotiledonar, enquanto T. acreana apresentou germinação do tipo

    hipógea e fanerocotiledonar. Os frutos de P. reticulata são legumes deiscentes do tipo folículo, suas sementes

    apresentam um formato ovóide, castanhos com presença de 7 a 12 sementes por fruto e suas folhas são

    bicompostas pinadas. A espécie B. virgilioides possui fruto do tipo legume indeiscente, achatado, suas sementes

    apresentam um formato elíptico, castanho-avermelhado, brilhante e suas folhas são compostas pinadas

    (trifolioladas). Os frutos de T. acreana são do tipo folículo deiscente, delgado, duro, suas sementes apresentam

    formato elíptico, oblongo, ovóide e suas folhas são compostas pinadas imparipenadas. A análise do

    comportamento da morfologia das plântulas das espécies estudadas poderá servir de subsídio para a produção de

    mudas, visando à reposição florestal.

    Palavras-chave: germinação; descrição botânica.

  • 13

    BIOMASSA E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE SOLO SOB DIFERENTES USOS NA

    REGIÃO NORTE DO MATO GROSSO

    Anderson Stoquero (PIBIC/CNPq)

    Márcia Matsuoka Rosa (Orientadora) – Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais – UFMT – campus Sinop

    E-mail: [email protected]

    Os parâmetros biológicos e bioquímicos tais como a atividade enzimática do solo, a taxa de respiração, a diversidade e biomassa microbiana, são indicadores sensíveis que podem ser utilizados no monitoramento de

    alterações ambientais de forma que possam ser sugeridas modificações nos sistemas de manejo a tempo de evitar

    a sua degradação. Os diferentes usos do solo, assim como os atributos edáficos e ambientais podem determinar

    alterações qualitativas e quantitativas nos microrganismos e sua atividade. Isto ocorre porque o conjunto de

    práticas utilizadas em cada agrossistema condiciona o sistema solo-planta a uma dinâmica própria que pode

    influenciar a composição, a atividade e a biomassa das populações microbianas. O objetivo deste estudo foi

    avaliar o efeito de diferentes tempos de reflorestamento e formas de uso do solo na dinâmica da biomassa e

    atividade biológica de solo da região norte do Mato Grosso. As amostras de solo foram coletadas em duas épocas

    agosto de 2009 e março de 2010 no município de Lucas do Rio Verde/MT. Foram utilizadas cinco repetições e

    as distintas áreas de coleta constituíram os tratamentos: Pastagem degradada; reflorestamento primeiro ano;

    reflorestamento terceiro ano; floresta nativa (testemunha). As amostras de solo foram coletadas na profundidade de 0 a 10 cm e analisadas no laboratório de microbiologia da UFMT, campus Sinop. Foram avaliados a umidade

    do solo o carbono da biomassa microbiana e atividade biológica através da respiração microbiana do solo pelo

    método irradiação incubação. A respiração microbiana do solo não apresentou diferenças significativas entre os

    tratamentos avaliados sendo que os maiores valores da respiração e biomassa microbiana do solo foram

    encontrados na segunda época de coleta. As características biológicas avaliadas foram sensíveis para indicar

    alterações ocorridas em função ao uso do solo.

    Palavras-chave: microrganismos; atividade biológica do solo.

  • 14

    EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA EM SOJA NO

    MATO GROSSO

    Andréia Cristina Tavares de Mello (PIBIC/CNPq)

    Daniel Cassetari Neto (Orientador) – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – FAMEV – UFMT

    E-mail: [email protected] Colaborador: Andréia Quixabeira Machado - UNIVAG

    O conceito de controle da ferrugem da soja deve ser avaliado através da análise da eficiência de programas de

    fungicidas, mais do que da eficiência individual de cada princípio ativo disponível. Este trabalho teve como

    objetivo avaliar a eficiência de programas de fungicidas no controle da ferrugem da soja. O experimento foi

    conduzido na área experimental do Grupo Bom Futuro (Fazenda S. Antonio), no município de Campo Verde,

    MT, com a cultivar TMG 132RR. Foram avaliados oito programas com fungicidas registrados para o controle da

    doença em soja, variando-se os grupos químicos e época das aplicações. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições. A avaliação da severidade da ferrugem (porcentagem de tecido

    infectado) foi realizada no momento de cada aplicação. A menor área abaixo da curva de progresso da ferrugem

    foi proporcionada pelo fungicida prothioconazole + trifloxystrobin (300 mL/ha) aplicado em três épocas: pré-

    floração e formação de vagens; pré-floração, formação de vagens e 75% de granação; plena floração e 25 a 50%

    de granação. Os programas contemplados com prothioconazole + trifloxystrobin (300 mL/ha) iniciados na pré-

    floração proporcionaram ganhos em produtividade de 29,6 (duas aplicações) e 32,7 (três aplicações) sacas/ha.

    Palavras-chave: Phakopsora pachyrhizi, controle químico.

  • 15

    CASCA DE SOJA COMO FONTE DE VOLUMOSO PARA BEZERRO

    André Luís Santos de Freitas (PIBIC/CNPq)

    Marinaldo Divino Ribeiro (Orientador) – Departamento de Zootecnia e Extensão Rural/FAMEV

    E-mail: [email protected]

    Janaina Januario da Silva (Colaboradora) – DCBPA/ FAMEV

    Bremmer Clayston Gobira Mazete (Colaborador)

    Heloísa Adélia Stefanoni de Simoni (Colaboradora) - Graduanda do curso de Medicina Veterinária/ UFMT

    A casca de soja, coproduto gerado pelas indústrias de processamento da soja, é uma fonte alternativa, que

    contribui para o valor da fibra na formulação de dietas para ruminantes e pode potencializar o desempenho animal a um custo otimizado. Assim, objetivou-se avaliar o potencial de uso da casca de soja como fonte de

    volumoso para bezerro. Para tanto foram utilizados 20 bezerros, machos, sem raça definida, com idade e peso

    médio de 100 dias e 90kg, respectivamente, distribuidos em delineamento interamente casualizado, sendo 4

    animais por tratamentos. Os tratamentos foram constituídos por dietas contendo 0; 10; 20, 30 e 40% de casca de

    soja em substituição ao volumoso. O ganho médio diário foi medido pela difereça entre o peso em jejum do

    início e do final do experimento dividido pelo número de dias em confinamento, que foram de 60 dias.Os

    animais submetidos ao tratamento 1 (10% de casca de soja) obtiveram melhor ganho médio diário (1,946 kg) em

    relação aos tratamentos 0, 2, 3 e 4 com GMD de 1,733 kg, 1,933 kg, 1,771 kg e 1,8 kg respectivamente.

    Portanto, nota-se que a proporção de casca de soja a ser incluída na dieta deve ser em função do fator econômico

    atual, pois todos os tratamentos obtiveram resultados positivos quanto ao ganho de peso.

    Palavras-chave: alimentação; co-produto.

  • 16

    INCIDÊNCIA DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS EM SEMENTES DE TRIGO,

    SISTEMA IRRIGADO, DO ESTADO DE MATO GROSSO, SAFRA 2009.

    Andressa Iraides Adoriam (PIBIC/CNPq)

    Leimi Kobayasti (Orientadora) – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – DFF – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Hortêncio Paro (Colaborador) – EMPAER – Cuiabá - MT

    À medida que a triticultura se expande em produção e em área cultivada, devido às condições climáticas

    adversas aliadas à susceptibilidade das cultivares, a cultura pode ter o seu rendimento reduzido pelo ataque de

    doenças causadas por fungos. O uso de sementes de alta qualidade sanitária contribui na prevenção de doenças,

    permitindo obter-se sustentabilidade econômica e ambiental. Em razão disso, foi avaliada a qualidade sanitária

    das cultivares BRS 254, BRS 264, BR 18, IAC 350 e Brilhante, oriundas dos municípios de Lucas do Rio Verde,

    Primavera do Leste e Sorriso, estado de Mato Grosso, sistema irrigado, safra 2009. Para avaliar a incidência

    fúngica nas sementes de trigo, estas foram incubadas pelo método Blotter test com restrição hídrica (NaCl -

    0,6MPa) em placas de Petri, com 25 sementes em 8 repetições, totalizando 200 sementes por cultivar, avaliadas e

    quantificadas individualmente sob microscópio estereoscópico. Observou-se a incidência média de fungos como

    Bipolaris sorokiniana (29,75%), Fusarium graminearum (23,55%), F. verticillioides (3,52%), F. pallidoroseum

    (1,0%), Alternaria alternata (3,93%) e Cladosporium cladosporioides (32,23%). Com menor incidência notou-

    se a presença de fungos como Curvularia sp., Epicoccum sp., Ascochyta sp., Aspergillus spp., Nigrospora sp.,

    Periconia sp., Trichothecium sp., Acremonium sp., Penicillium sp., Rhizopus stolonifer e Absidia sp.

    Palavras-chave: Triticum aestivum, incidência.

  • 17

    DESCRIÇÃO DENDROLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA MADEIRA DE

    INHARÉ, Helicostylis podogyne DUCKE - MORACEAE

    Andressa Midoci Uamauchi Baufleur (VIC/UFMT)

    Zenesio Finger (Orientador) – Departamento de Engenharia Florestal – FENF – UFMT E-mail: [email protected]

    Norman Barros Logsdon (Co-Orientador) – Departamento de Engenharia Florestal – FENF – UFMT

    A exploração de florestas nativas, em Mato Grosso, só é permitida por meio do manejo florestal, apenas as

    árvores maduras podem ser retiradas. Com a escassez de madeiras tradicionais outras espécies começaram a ser

    introduzidas no comércio. A maioria destas espécies tem suas características desconhecidas ou pouco

    conhecidas. A presente pesquisa foi realizada com o objetivo de fazer uma caracterização preliminar reunindo

    dados sobre as principais características físicas e dendrológicas, bem como traçar diagramas de retração e

    inchamento da madeira de INHARÉ, Helicostylis podogyne Ducke - MORACEAE. Para descrição dendrológica

    e identificação da espécie foram utilizados os métodos tradicionais da taxonomia. Para caracterização física utilizou-se a metodologia proposta por Logsdon (2002) para revisão da atual NBR 7190, da ABNT (1997). A

    partir de três árvores desta espécie foram coletados, no município de Nova Monte Verde – MT, 12 corpos-de-

    prova, sendo quatro por árvore. Essa espécie distribui-se naturalmente, nas florestas ombrófilas densas montanas

    e submontanas, nos estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas, sendo particularmente abundante no norte do

    estado de Mato Grosso e sul do Pará, sendo sua dispersão descontínua. Pode alcançar altura de até 30 m e

    diâmetro de até 65 cm. Nesta espécie o fuste tem altura mediana, é circular e cilíndrico, com copa capitata

    umbeliforme. Suas folhas são simples, alternas, atroverdes, ovadas a elípticas ou oblongas a lanceoladas,

    coriáceas; face superior levemente brilhante e inferior opaca e ferrugínea, com curtos pelos; com exsudação

    leitosa no pecíolo e nas nervuras. Sua casca é levemente rugosa, escamosa, vermelho-pardacenta com manchas

    acinzentadas; casca viva amarela-alaranjada com exsudação leitosa. Por meio de ensaios de estabilidade

    dimensional obtiveram-se: densidade aparente, ao teor de umidade de 12%, de ap,12%=0,6459g/cm3; densidade

    básica de bas=0,5319g/cm3; coeficientes de anisotropia dimensional, no inchamento, de Ai=1,6676, e na

    retração, de Ar=1,6165. Estes resultados sugerem pequena a mediana resistência mecânica (deve situar-se na

    classe de resistência C 20 ou C 30) e pode ser utilizada em estruturas de madeira de pequeno porte. Os coeficientes de anisotropia, por sua vez, sugerem madeira de qualidade normal, que apresenta alguns defeitos

    oriundos da secagem, mas pode ser usada na fabricação de móveis que aceitem pequenos empenamentos (mesas,

    cadeiras estantes etc.).

    Palavras-chave: inchamento; densidade.

  • 18

    CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DERMATOLÓGICAS DOS

    CÃES COM LEISHMANIOSE ATENDIDOS NO HOVET – UFMT

    Andressa Zelenski de Lara Pinto (PIBIC/CNPq)

    Valéria Régia Franco Sousa (Orientadora) – Departamento de Clínica Médica Veterinária – FAMEV - UFMT

    E-mail: [email protected]

    Arleana do Bom Parto Ferreira de Almeida (Colaboradora) – Pós-graduação em Pesquisa Clínica de Doenças

    Infecciosas – IPEC - FIOCRUZ

    A leishmaniose é uma zoonose causada nas Américas, pela Leishmania (Leishmania) infantum chagasi, indutora

    da leishmaniose visceral (LV). O cão é considerado o principal reservatório doméstico para a infecção humana,

    devido à estreita relação de convivência entre estes dois grupos. O aspecto clínico nos cães comumente inclui

    perda de pêlo e feridas no corpo, emagrecimento, secreções e lesões oculares, linfadenopatia,

    hepatoesplenomegalia, onicogrifose, sinais respiratórios, pirexia e anemia; onde as anomalias dermatológicas

    representam a alteração de maior freqüência, podendo ocorrer sem outros sinais aparentes da doença. O

    diagnóstico definitivo da LVC inclui métodos sorológicos, parasitológicos e moleculares O objetivo deste estudo foi determinar as principais alterações dermatológicas e as doenças concomitantes em cães com leishmaniose

    visceral atendidos no HOVET- UFMT, no período de janeiro de 2009 a junho de 2010, sendo realizados exame

    clínico dermatológico, cultivo fúngico, citologia cutânea e pesquisa de ácaros. Dentre os 21 cães atendidos, 13

    apresentavam alterações dermatológicas, com prevalência do padrão furfuráceo e considerável índice de úlceras

    cutâneas, onicogrifose, alopecia e hiperqueratose. O exame citológico, realizado em apenas 15 cães

    soropositivos, registrou em 20% a ocorrência de infecções secundárias em lesões, todas com presença de cocos e

    nenhuma ocorrida isoladamente. As estruturas mais encontradas foram cocos (20%), bacilos (13,33%) e

    Malassezia sp. (13,33%). O achado micológico confirmou dermatófitos em mais de 70% dos cães com LVC.

    Deste, 57,14% de Microsporum sp. e 14,29% de Trichophyton sp. Esses achados parecem estar relacionados e

    mascarando os quadros de leishmaniose visceral, já que são componentes naturais ou contaminantes saprófitos

    da microbiota da pele, e em situações favoráveis podem tornar-se agentes etiológicos de uma dermatite bacteriana ou fúngica.

    Palavras-chave: dermatofitose; leishmaniose visceral canina.

  • 19

    QUALIDADE DE SEMENTE DE GIRASSOL EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DE

    INSERÇÃO NO CAPÍTULO

    Antônio Victor Chmieleski (PIBIC/CNPq)

    Rogério de Andrade Coimbra (Orientador) – Departamento de Sementes – ICAA – UFMT – Campus

    Universitário de Sinop E-mail: [email protected]

    O girassol (Helianthus annus) é uma espécie que apresenta características agronômicas importantes, como maior

    resistência à seca, ao frio e ao calor que a maioria das espécies cultivadas no Brasil. As sementes formadas na

    região mediana e na periferia do capítulo geralmente possuem maiores teores de óleo e de proteínas, em relação

    às sementes da região central, onde as sementes são frequentemente, mal formadas devido à nutrição deficiente.

    Objetivando avaliar a qualidade das sementes de girassol em função da posição de inserção no capítulo, foram

    avaliadas duas cultivares de polinização aberta — CATISOL 01 e MULTISSOL. Após a maturidade fisiológica, os capítulos foram colhidos manualmente e subdivididos em três porções radiais por meio da divisão de seu raio

    por três, obtendo-se sementes da região central, mediana e periférica. Cada uma das regiões foi avaliada quanto à

    sua qualidade física e fisiológica utilizando os seguintes testes: germinação, emergência de plântulas a campo e

    vigor por meio da primeira contagem da germinação e condutividade elétrica. Os resultados obtidos das

    sementes provenientes do período que compreende a safrinha demonstraram que não houve diferença

    significativa na germinação e na emergência de plântulas a campo; já os testes de vigor permitiram observar

    diferenças na qualidade entre sementes de diferentes regiões de inserção, sendo que o teste de condutividade

    elétrica confirmou a melhor qualidade das sementes obtidas na região periférica e mediana, contudo os

    resultados obtidos através das analises das sementes provenientes da safra, mostrou-se satisfatório em todos os

    testes, tanto físico, quanto de vigor, confirmando assim a melhor qualidade das sementes da região periférica e

    mediana, em relação à região central. Conclui-se, assim, que há diferença de qualidade das sementes em relação a sua posição de inserção no capítulo.

    Palavras-chave: Helianthus annus; qualidade de sementes.

  • 20

    HERANÇA GENÉTICA NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MATRIZES E

    PROGÊNIES DE AROEIRA NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ, MT.

    Arthur Guilherme Schirmbeck Chaves (PIBIC/CNPq)

    Ana Carla Almeida de Freitas (VIC/CNPq)

    Reginaldo Brito da Costa (Orientador) – Departamento de Engenharia Florestal - FENF – UFMT

    E-mail: [email protected]

    O Brasil é um dos países mais rico em biodiversidade florestal do planeta, com sua flora constituída por

    expressiva diversidade de espécies arbóreas, que constituem importantes fontes de recursos genéticos e abriga

    um potencial científico essencial para a melhoria na qualidade de vida dos seres vivos. Porém, os recursos

    florestais, vêm sendo suprimidos com a intensa exploração antrópica das riquezas naturais e, dentre as espécies

    florestais nativas, destaca-se a aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All), que já consta da lista de espécies

    ameaçadas de extinção. O presente estudo objetivou avaliar parâmetros e ganhos genéticos para os caracteres

    germinação, desenvolvimento inicial das mudas em viveiro, quanto aos caracteres altura, diâmetro do coleto e

    número de lançamentos foliares, bem como os percentuais de lipídeos, proteínas, fibras e carboidratos das

    sementes de matrizes da espécie. Para a avaliação do caráter germinação das sementes e desenvolvimento inicial

    das mudas, semeou-se em tubetes, sob delineamento de blocos ao acaso, com 30 tratamentos, 6 repetições e 10 sementes por parcela. As sementes foram consideradas germinadas ao emitirem radícula e completou-se a

    avaliação do desenvolvimento inicial aos 4 meses de idade. Na análise química, as sementes foram trituradas no

    liquidificador por 10 minutos, utilizando-se 25 gramas por matriz, submetidas às mensurações percentuais de

    proteínas, lipídios, fibras e carboidratos. As determinações foram realizadas de acordo com as normas analíticas

    do Instituto Adolfo Lutz. As análises genéticas e fenotípicas foram realizadas através do ―software‖ genético-

    estatístico, denominado Selegen – Reml/Blup. As estimativas de herdabilidade para o caráter germinação,

    individual (0,25) e média de matrizes (0,76) são consideradas moderada e alta para os dois parâmetros, sugerindo

    um efetivo controle genético. No desenvolvimento das mudas, valores expressivos foram obtidos para a

    herdabilidade individual relacionada aos caracteres altura (0,20), diâmetro (0,16) e número de lançamentos

    foliares (0,15) e para média de progênies (0,65), (0,58) e (0,58) para os mesmos caracteres. Os ganhos genéticos

    na fase inicial das mudas variaram de 14,23 a 16.64%, 13,05 a 15,16% e 15.50 a 19,18%, para os caracteres altura, diâmetro e número de lançamentos foliares, respectivamente. Os caracteres químicos (lipídeos, fibras,

    proteínas e carboidratos) encontrou-se valores percentuais médios de 22,27; 20,13; 1,51 e 46,07,

    respectivamente. A variabilidade genética demonstrada, tanto no que se refere ao caráter germinação, bem como

    desenvolvimento inicial para as herdabilidades individuais e de progênies, estimulam o monitoramento

    continuado dos germoplasmas no campo, com perspectivas de maximizar os ganhos genéticos na seqüência das

    avaliações.

    Palavras-chave: melhoramento genético, herdabilidades.

  • 21

    EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE PATÓGENOS FOLIARES EM MILHO NO

    MATO GROSSO

    Barbara Garcia Proença Manzano (VIC/UFMT)

    Leimi Kobayasti (Orientador) – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – FAMEV – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Daniel Cassetari Neto (Colaborador) - Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – FAMEV – UFMT

    Andréia Quixabeira Machado (Colaboradora) - UNIVAG

    O potencial produtivo do milho pode ser afetado diretamente pela interferência de fatores fitossanitários, a

    exemplo da matocompetição nos estágios iniciais da lavoura e da ocorrência de pragas importantes incidindo

    sobre o colmo e espigas. A ocorrência de fungos fitopatogênicos tem se apresentado como mais um fator

    limitante na obtenção de altos índices de produtividade. As doenças fúngicas, em função da sua incidência,

    severidade e modo de ataque (folhas, colmos, raízes e espigas) têm acarretado reduções expressivas na produção,

    variando de acordo com as condições edafoclimáticas de cada região. A helmintosporiose é a doença de maior

    ocorrência no Brasil, tendo como principal agente causal o fungo Exserohilum turcicum. Em condições de alta

    severidade antes do pendoamento, sua ocorrência pode ocasionar perdas no rendimento da cultura de até 50%. A cercosporiose (Cercospora zea-maydis) assumiu grande importância nas principais regiões produtoras de milho

    no Brasil, principalmente no sudoeste de Goiás e noroeste de Minas Gerais. Nessas regiões a cercosporiose é

    considerada uma das doenças foliares do milho que mais causam reduções no rendimento de grãos, tendo sido

    relatada perdas de até 50%. O experimento foi conduzido com o objetivo de avaliar a eficiência de programas de

    aplicação de fungicidas no controle de doenças fúngicas foliares em milho safrinha no Mato Grosso. Foram

    avaliados sete tratamentos compostos por diferentes fungicidas, épocas e número de aplicações. O experimento

    foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso com 7 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 5 linhas de

    5 metros e espaçamento de 0,90 cm. Nas condições em que foi conduzido este experimento e com base nos

    resultados obtidos podemos concluir que os fungicidas avaliados em uma ou duas aplicações foram eficientes no

    controle de cercosporiose e helmintosporiose em milho 2ª safra e que os maiores ganhos em produtividade em

    milho 2ª safra foram proporcionados por uma ou duas aplicações de tebuconazole + trifloxistrobin.

    Palavras-chave: doenças fúngicas; controle químico.

  • 22

    VALOR NUTRIVO DE SILAGENS DE CAPIM Brachiaria decumbens COM NÍVEIS

    DE CASCA DE SOJA MOÍDA

    Bárbara Silveira de Moraes Bravo (VIC/UFMT) Anderson de Moura Zanine (Orientador) – Curso de Zootecnia – ICAT/CUR – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Alexandre Lima de Souza (Co-orientador) – Curso de Zootecnia – ICAT/CUR – UFMT

    Guilherme Ribeiro Alves (Co-orientador) – Curso de Zootecnia – ICAT/CUR – UFMT

    Daniele de Jesus Ferreira (Colaboradora) – Doutoranda em Zootecnia – DZO – UFV

    A casca de soja, subproduto das indústrias de processamento da soja surgiu como fonte alternativa, que contribui

    para o valor da fibra, na formulação de dietas para ruminantes. Em determinadas regiões do Brasil, a casca de

    soja apresenta grande disponibilidade no mercado e, na maioria dos casos, sua inclusão na formulação de dietas

    para ruminantes reduz o custo de produção. Adicionalmente sua inclusão como aditivo higroscópico e de bom valor nutricional, poderia viabilizar a sua utilização na alimentação animal por meio dos seus possíveis

    benefícios na produção de silagem de capim. Nessa realidade, objetivou-se com o experimento, avaliar a

    composição bromatológica em silagens de capim Brachiaria decumbens aditivadas com casca de soja moída, por

    meio de silos experimentais de 10 litros. O experimento foi conduzido na área experimental do Curso de

    Zootecnia/UFMT/Campus de Rondonópolis. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco

    tratamentos: T1 - capim braquiaria, T2 - 90% capim braquiaria + 10% de casca de soja, T3 – 80% de capim

    braquiaria + 20% de casca de soja, T4 – 70% de capim braquiaria + 30% de casca de soja e T5 – 60% de capim

    braquiaria + 40% de casca de soja moída, com cinco repetições por tratamento. Foram coletadas amostras

    (aproximadamente 500g) para a determinação de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente

    ácido (FDA), fibra em detergente neutro (FDN) e hemicelulose (HEM), 40 dias após a ensilagem. Os dados

    foram analisados estatisticamente através de variância (teste t) e, nos casos de significância (P

  • 23

    CONTROLE DE RAMULOSE (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) COM

    EXTRATOS AQUOSOS DE PLANTAS MEDICINAIS E FLORESTAIS

    Berenice Teodosio Dos Santos (VIC/UFMT) Solange Maria Bonaldo (Orientadora) – Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais - ICAA – UFMT/Campus

    Sinop

    E-mail: [email protected]

    Extratos aquosos de plantas medicinais têm mostrado o potencial das mesmas no controle de fitopatógenos, tanto

    por sua ação fungitóxica direta, inibindo o crescimento micelial e a germinação de esporos quanto pela

    capacidade em induzir o acúmulo de fitoalexinas em sorgo e soja, o que indica, portanto, a presença de composto

    (s) ou molécula (s) com potencial para o controle alternativo de doenças de plantas, a campo. Assim, o presente

    trabalho teve como principal objetivo, avaliar o potencial de extratos brutos aquosos de plantas medicinais:

    arruda (Ruta graveolens L), manjerona (Origanum majorana), Carqueja (Baccharis trimera) e de espécies

    florestais: Angelim (Hyemenolobium petraeum) e eucalipto (Corymbia citriodora); no controle de ramulose em algodão (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides). Utilizou-se duas cultivares de algodão, LDCV03 e

    LDCV 22, que foram plantadas a campo, em faixas, no espaçamento de 0,5m entre fileiras com 10 plantas por

    metro. Utilizou-se 5 repetições por tratamento, sendo que cada repetição foi composta por uma planta. Os

    extratos aquosos brutos (25%) foram aplicados nas plantas com 40 dias após a emergência. Plantas do tratamento

    controle receberam a aplicação de água. As avaliações da doença foram realizadas semanalmente, através da

    observação visual da severidade, onde observou-se todas as folhas das plantas atribuíndo-se um nota de 1 a 5. A

    partir dos dados de severidade calculou-se a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Na

    variedade LDCV 03, os extratos aquosos de arruda (AACPD: 80,0), manjerona (AACPD: 80,0) e carqueja

    (AACPD: 80,0) reduziram a AACPD da doença, quando comparadas com o tratamento controle (AACPD: 81,6).

    Os extratos aquosos de Angelim e Eucalipto não proporcionaram o controle da doença, na cultivar LDCV 03. Na

    cultivar LDCV 22 os extratos que promoveram melhor controle da ramulose foram: carqueja (AACPD: 80,0) e arruda (AACPD: 81,6), quando comparados com o controle (AACPD: 90,5). Nesta cultivar, os extratos aquosos

    de eucalipto, manjerona e angelim proporcionaram moderado controle da doença, com AACPD de 84,1, 84,8 e

    85,7, respectivamente. Conclui-se portanto, que os extratos aquosos de plantas medicinais e de espécies

    florestais apresentam potencial no controle de ramulose em algodão, a campo, no Norte do Mato Grosso.

    Palavras-chave: algodão; controle alternativo.

  • 24

    EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE MANCHA ALVO (CORYNESPORA

    CASSIICOLA) EM SOJA NO MATO GROSSO.

    Bianca Hardman Alves (VIC/UFMT)

    Daniel Cassetari Neto (Orientador) – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – FAMEV – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Colaborador: Andréia Quixabeira Machado – UNIVAG

    A mancha alvo em soja no cerrado tem merecido atenção especial quanto ao seu controle, devido ao aumento

    expressivo de sua severidade. A época adequada de aplicação de fungicidas, os princípios ativos e doses mais eficientes ainda pairam como questões a serem avaliadas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência

    de programas de fungicidas no controle da mancha alvo em soja TMG 132RR. O experimento foi conduzido no

    município de Campo Verde, MT, com oito tratamentos (programas com fungicidas dos grupos benzimidazóis,

    triazóis e estrobilurinas em duas ou três épocas de aplicação). O delineamento experimental foi de blocos ao

    acaso com quatro repetições. A avaliação da severidade da mancha alvo foi realizada no momento de cada

    aplicação, através da leitura da porcentagem de área foliar infectada. O programa iniciado com aplicação de

    carbendazim (500 mL/ha) antes da floração, seguido de aplicações de trifloxystrobin + tebuconazole (500

    mL/ha) na plena floração e 25 a 50% de granação proporcionou o melhor controle da mancha alvo, seguido pelos

    programas contemplados com duas ou três aplicações de prothioconazole + trifloxystrobin (300 mL/ha)

    associados ou não a carbendazim (500 mL/ha). Todos os programas avaliados proporcionaram incrementos na

    produtividade da cultura da soja.

    Palavras-chave: fitopatógeno; controle químico.

  • 25

    RELAÇÃO HIPSOMETRICA PARA POVOAMENTO DE TECTONA

    GRANDIS LINN F. NO MUNICÍPIO DE BRASNORTE - MATO

    GROSSO

    Bruna Maria Faria Batista (VIC/UFMT)

    Euzébio Garcia (Colaborador)

    Thais Amancio (Colaboradora)

    Ronaldo Drescher (Orientador) – Laboratório de Crescimento e Produção Florestal – FENF

    E-mail: [email protected]

    Tendo em vista a grande importância econômica da Teca e com a crescente demanda florestal as empresas buscam desenvolver metodologias mais eficazes para estimar, de maneira rápida e com menos custo, à altura das

    árvores do povoamento. Este trabalho tem por objetivo testar várias equações para o ajuste de alturas em relação

    a diâmetros e escolher o melhor modelo matemático para o povoamento de Tectona grandis na região de

    Brasnorte, definindo o modelo que melhor ajuste essa relação. A coleta dos dados foi realizada em povoamento

    de Tectona grandis no município de Brasnorte, no Centro-Norte do Estado de Mato Grosso, na Fazenda Paraná,

    que pertence à empresa Berneck e Cia, onde foram amostradas 132 parcelas temporárias empregadas de forma

    retangular, com as dimensões de 30 x 20m. As locações das unidades amostrais foram realizadas sobre o mapa,

    através de um eixo de coordenadas, com aleatorização dos pontos na abscissa e na ordenada. Para medição dos

    diâmetros, foi utilizada uma fita dendrométrica com precisão de 0,5 cm e, para as alturas, o hipsômetro

    eletrônico (Vertex). Neste trabalho, foram mensuradas 962 árvores, das quais se obteve altura e diâmetro à altura

    do peito. Os dados foram provenientes de parcelas temporárias em inventário realizado na área em estudo. Os

    modelos utilizados neste trabalho foram descritos e testados por Drescher et al.(2000), por Drescher et al. (2001) e por Schumacher et. al. (2001). Para a determinação do melhor modelo matemático foram obtidos os seguintes

    parâmetros estatísticos: os coeficientes (b0, b1 e b2), o coeficiente de determinação ajustado (R2ajus), o erro

    padrão de estimativa relativo (Syx%), a estatística F (F), a significância de cada modelo matemático (Prob>1),

    que permite realizar a seleção do melhor modelo matemático com o melhor ajuste de dados. Devido às equações

    apresentarem diferentes números de coeficientes, como parâmetro para escolha do melhor modelo matemático,

    observou-se o que obteve maior coeficiente de determinação ajustado e o menor erro padrão de estimativa em

    percentagem. Dentre os 8 modelos testados, os modelos ln(h)=b0+b1*lnd e ln(h)=b0+b1*1/d foram os que

    obtiveram melhor ajuste dos parâmetros expostos acima, obtendo um coeficiente de determinação ajustado

    (R2ajus) de 0,8967 e 0,8163, respectivamente. A análise da dispersão entre os valores observados e estimados

    com o Erro padrão de estimativa em percentagem (Syx%) mostrou que o modelo ln(h)=b0+b1*lnd obteve menor

    valor entre os demais sendo o mais indicado para estimar as alturas deste povoamento.

    Palavras-chave: Tectona grandis; Relação Hipsométrica.

  • 26

    CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DE

    GENÓTIPOS DE CANA-DE-AÇUCAR PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

    Cleverton Marcelino de Almeida (BIC/FAPEMAT)

    Joadil Gonçalves de Abreu (Orientador) – Departamento de Zootecnia e Extensão rural – CA – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Fabiano Lopes da Silva (Colaborador) – Departamento de Zootecnia e Extensão rural – CA – UFMT

    A estacionalidade da produção forrageira compromete os sistemas de produção a pasto, sendo a cana-de-açúcar

    uma boa alternativa de volumoso para o período seco (maio a setembro) devido ao seu elevado potencial de produção de matéria seca e energia a um baixo custo. Objetivou-se selecionar variedades de cana-de-açúcar de

    ciclo precoce para fins de alimentação animal, baseado nas características agronômicas e na composição

    bromatológica, sob as condições edafoclimáticas de Mato Grosso. O período experimental foi de 2009 a 2010,

    onde foram realizados cortes em três épocas: maio, agosto e outubro de 2009. O experimento foi realizado na

    Destilaria de Álcool Libra, no município de São José do Rio Claro-MT, empresa esta que participa da Rede

    Interuniversitária para Desenvolvimento do Setor Sucroalcoleiro – RIDESA. Utilizou-se o delineamento em

    blocos cazualizados, com sete tratamentos (variedades) e três repetições. As variedades avaliadas foram:

    RB835436, RB925211, RB925345, RB937570, RB945961, RB955970 e SP91-1049. A variedade RB835436

    destacou-se das demais por apresentar elevada digestibilidade in vitro da matéria orgânica, relação FDN/Brix de

    2,68; 43,78% de fibra insolúvel em detergente neutro e porcentagem de colmos de 93,28%, sendo selecionada

    para alimentação animal no início do período seco do ano.

    Palavras-chave: FDN; digestibilidade.

  • 27

    ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE PLANTAS MEDICINAIS E DE ESPÉCIES

    FLORESTAIS SOBRE Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides

    Daiane Cristina Terras Souza (PIBIC/CNPq)

    Solange Maria Bonaldo (Orientadora) – Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais - ICAA – UFMT/Campus Sinop

    E-mail: [email protected]

    Plantas medicinais e espécies florestais podem apresentar compostos secundários capazes de inibir o crescimento

    e germinação de fungos fitopatogênicos. O trabalho avaliou o efeito do extrato bruto aquoso (EBA) de arruda

    (Ruta graveolens), manjerona (Origanum majorana), Carqueja (Baccharis trimera), Cambará (Qualea

    albiflora), Angelim (Hyemenolobium petraeum) e Eucalipto (Corymbia citriodora) sobre C. gossypii var.

    cephalosporioides. O EBA com 1, 5, 10, 15, 20 e 25% de material vegetal foi incorporado ao BDA (Batata-

    Dextrose-Ágar) e distribuído em placas de Petri. No controle utilizou-se placas de Petri contendo somente BDA

    Após a solidificação do meio, um disco (8 mm de ) de micélio do patógeno foi repicado para o centro das placas, que foram vedadas e mantidas a 25± 2º C, no escuro. Avaliou-se o crescimento micelial (CM) das

    colônias diariamente e a esporulação foi determinada com o auxílio de Câmara de Neubauer. O EBA de Arruda inibiu em 18% o CM a partir da concentração de 15%; com redução de 27, 19 e 45% na esporulação, nas

    concentrações de 15, 20 e 25%, respectivamente. Manjerona na concentração de 25% inibiu 8% do CM e a

    esporulação foi reduzida nas concentrações de 5, 10, 15, 20 e 25%. O EBA de Carqueja nas concentrações 1, 5,

    10, 15, 20 e 25% inibiu o CM em 20, 37, 39, 46, 41 e 50%, respectivamente, com redução na esporulação em

    todas as concentrações testadas. O EBA de Cambará nas concentrações de 1, 5, 10, 15, 20 e 25% inibiu o CM

    em 7, 12, 10, 7,9 e 13% respectivamente, com redução da esporulação em todas as concentrações do EBA. No

    caso de Angelim, o EBA inibiu em 9, 14, 16, 28 e 30% o CM, nas concentrações de 5, 10, 15, 20 e 25%,

    respectivamente; com redução da esporulação somente na concentração de 5%. O EBA de Eucalipto inibiu o CM

    nas concentrações de 20 e 25% em 8,7 e 14% respectivamente, com redução da esporulação a partir da

    concentração de 1%. Portanto, todos os EBA apresentaram ação fungitóxica sobre C. gossypii var.

    cephalosporioides.

    Palavras-chave: Controle alternativo; extrato bruto aquoso.

  • 28

    VIABILIDADE DE SEMENTES EM DIFERENTES TEMPERATURAS E

    PRODUÇÃO DE MUDAS DE Kielmeyera coriaceae

    Daniel Braga Caneppele (PIBIC/CNPq)

    Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque (Orientadora) – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade –

    FAMEV – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Dielle Carmo de Carvalho (Colaboradora) – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – FAMEV - UFMT

    Dentre as plantas comumente encontradas no cerrado, a espécie Kielmeyera coriaceae, popularmente conhecida

    como Pau-Santo ou Saco-de-boi, é uma das mais típicas. Este presente trabalho procurou estudar a germinação

    em diferentes temperaturas e o efeito de substratos na produção de mudas dessa espécie. A coleta das sementes

    foi realizada na Estrada da Guia-MT, e as mesmas foram encaminhadas ao Laboratório de Sementes (UFMT).

    No laboratório, foram feitos os testes preliminares (teor de água e massa de mil sementes) e o teste de

    germinação em diferentes temperaturas (15, 20, 25, 30, 35 e 40°C), determinando-se a porcentagem e velocidade

    de germinação. Em casa de vegetação, foram produzidas as mudas nos substratos areia+terra preta+casca de

    arroz 2:1:1, areia+terra preta+casca de arroz 1:1:1, vermiculita+terra preta 2:1, vermiculita+terra preta 1:1,

    vermiculita+terra preta+casca de arroz 2:1:1 e vermiculita+terra preta+casca de arroz 1:1:1, Foram avaliados a

    massa seca, área foliar, comprimento, diâmetro e número de folhas aos 120 dias após semeadura. Os melhores resultados de germinação foram obtidos nas temperaturas de 20, 25 e 30°C, porém o tempo médio de

    germinação foi melhor na temperatura de 30°C. A formação de plântulas normais foi melhor nas temperaturas de

    25 e 30°C, e o melhor tempo médio na temperatura de 30°C. As sementes quando colocadas na temperatura de

    15°C não germinaram, mas quando as mesmas foram levadas para 30°C, germinaram atingindo 69% de

    germinação em tempo médio de 4,5 dias. Não ocorreu diferença entre os diferentes substratos, exceto quanto ao

    diâmetro das mudas que apresentaram melhores resultados nos substratos areia+terra preta+casca de arroz 2:1:1,

    areia+terra preta+casca de arroz 1:1:1, vermiculita+terra preta 2:1.

    Palavras-chave: Germinação; Produção de mudas.

  • 29

    GENOTIPIFICAÇÃO DE Malassezia pachydermatis ATRAVÉS DA TÉCNICA DE

    RAPD

    Danny Franciele da Silva Dias (PIBIC/CNPq)

    Valéria Dutra (Orientadora) - Departamento de Clínica Médica Veterinária - FAMEV - UFMT

    E-mail: [email protected]

    Malassezia pachydermatis é uma levedura não lipofílica, de grande importância em medicina veterinária por

    estar intimamente associada à quadros de otite e dermatite nas mais diversas espécies de mamíferos. Este

    microorganismo é comumente isolado de pele íntegra, sugerindo-se que age também de forma comensal.

    Estudos recentes indicam a possibilidade de existir uma variabilidade na virulência da levedura em questão,

    indicando que as lesões causadas por esta não são somente por causas de quadros depressivos do sistema

    imunológico do hospedeiro. Através da técnica de RAPD, este estudo visa genotipificar amostras de M. pachydermatis, na cidade de Cuiabá – MT, oriundas de cães, gatos e tamanduás que apresentavam sinais clínicos

    de otite/dermatite ou estavam clinicamente sadios. As amostras foram colhidas através de swabs e cultivadas em

    Ágar sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol (100 mg/l), e incubadas à 37°C por 15 dias. As amostras

    morfologicamente e microscopicamente compatíveis com Malassezia pachydermatis, foram enriquecidas em

    caldo Sabouraud incubadas durante 7 dias à 37°C para extração de DNA. O DNA foi obtido através da

    incubação das amostras à 65°C em tampão de lise por 1 hora, seguidos de purificação com

    fenol/clorofórmio/isoamílico, precipitados com isopropanol e ressuspendidos em água ultra pura. As amostras

    foram submetidas à reação de PCR a confirmação da espécie através da utilização de primers específicos para o

    DNA ribossomal. Das 128 amostras isoladas, 105 foram submetidas à reação de PCR (82,03%) e destas 3

    amostras (2,85%) foram negativas. Das 102 amostras positivas (97,15%), 39 amostras (38,23%) foram

    submetidas à técnica de RAPD, utilizando-se o primer OPT 20.Pelo RAPD, observou-se que 22 (56,4%) foram compatíveis com o tipo I; 5 (12,8%) compatíveis com o tipo II; 11 (28,2%) foram compatíveis com o tipo III; e

    apenas 1 (2,6%) foi compatível com o tipo IV. Os isolados do tipo I, II e III têm a porcentagem dentro dos

    parâmetros já relatados pela literatura utilizada. Já o índice obtido pelo tipo IV esteve abaixo da percentagem

    descrito pela literatura, sendo possivelmente explicado por ser um tipo menos comum em nossa região.

    Palavras-chave: Malassezia pachydermatis; RAPD.

  • 30

    MAPEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM

    SINOP/MT

    David José Ferreira da Silva (VIC/UFMT)

    Juliana Arena Galhardo (Orientadora) – Medicina Veterinária – Instituto de Ciências da Saúde – UFMT/Sinop

    E-mail: [email protected]

    Crescente problema de saúde pública, a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é considerada endemia em

    expansão geográfica e de controle complexo. O cão é apontado como reservatório dessa enfermidade e como

    hospedeiro doméstico, sendo provavelmente o reservatório natural de maior importância e principal elo na cadeia de transmissão relacionado aos casos humanos. Nesse contesto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a

    prevalência da LVC e distribuição dos casos no município de Sinop, no centro-norte de Mato Grosso, estado

    endêmico para leishmaniose visceral, enfocando a urbanização desta doença e seus reservatórios domésticos. A

    execução ocorreu em parceria entre a UFMT - Campus Sinop e Secretaria Municipal de Saúde. Para tanto,

    durante o segundo semestre do ano de 2009, foram realizadas coletas de sangue, por venopunção da cefálica ou

    jugular para obtenção de soro de cães domiciliados de 27 bairros/conglomerados do município, através de

    amostragem por conglomerados seguida de aleatória simples. As amostras foram submetidas à sorologia para

    leishmaniose pela técnica de reação de imunofluorescência indireta (RIFI), realizada pelo Laboratório Central de

    Saúde Pública – LACEN (MT - Laboratório). Para a análise espacial dos dados referentes à LVC, no momento

    da coleta de dados nas residências foram utilizados os recursos de geolocalização, utilizando-se como ferramenta

    o sistema de rádio-navegação mundial Global Positioning System (GPS). A análise dos dados foi realizada

    utilizando o software Spring 5.0 (INPE/Brasil). A análise espacial dos casos caninos foi feita a partir dos registros do inquérito sorológico. A prevalência encontrada no município, para o período analisado, foi de 13,21% e a distribuição das soroprevalências por bairro/conglomerado configurou-se da seguinte maneira:

    7,69% (2/26) no Centro Comercial; 11,76% (2/17) no Jardim das Violetas; 16,67% (2/12) no Jardim das

    Oliveiras; 18,18% (2/11) no conjunto Santa Rita/Jardim Ipê/Jardim Novo Estado; 20% (2/10) no Residencial

    Brasília; 33,33% (2/06) na Comunidade Campo Verde; 35,29% (6/17) no Jardim Boa Esperança; 50% (4/08) no

    Jardim das Nações I/II/III e 66,66% (6/9) no Jardim Celeste. Em análise dos resultados desse experimento foi

    possível concluir que a distribuição espacial dos casos é diferenciada no município de Sinop e requer medidas

    sanitárias de acordo com cada área de risco. O conhecimento sobre a manutenção e categoria da população

    canina permitirá estabelecer estratégias eficazes para ações de controle desta enfermidade no município.

    Palavras-chave: epidemiologia; geoprocessamento.

  • 31

    COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE GIRASSOL EM MATO GROSSO

    QUANTO AO RENDIMENTO DE ÓLEO

    Dayana Aparecida de Faria (PIBIC/CNPq)

    Aluisio Brigido Borba Filho (Orientador) – Dep. de Fitotecnia e Fitossanidade – FAMEV – UFMT

    E-mail: [email protected]

    O girassol (Helianthus annuus L.) tem como principal produto o óleo de excelente qualidade extraído de suas sementes, utilizado para consumo humano, para diversos fins industriais ou como matéria prima para produção

    de biocombustíveis. Em virtude da interação genótipo x ambiente, são necessárias avaliações contínuas, a fim de

    determinar o comportamento agronômico dos genótipos e sua adaptação às condições locais. O presente trabalho

    foi realizado com o objetivo de verificar o comportamento de genótipos de girassol quanto ao rendimento de

    óleo, visando à indicação para cultivo em Mato Grosso. Foram avaliados 18 genótipos de girassol em

    experimento conduzido na Fazenda Santa Luzia, no município de Campo Verde, seguindo o delineamento em

    blocos ao acaso com quatro repetições. As parcelas foram formadas por quatro linhas de 6,0 m, com

    espaçamento de 0,9 m x 0,3 m, utilizando-se como área útil, duas linhas centrais de 5,0 m. Foi efetuada adubação

    no sulco de semeadura com 30-80-80 Kg/ha de NPK e 2,0 Kg/ha de boro e 30 Kg/ha de N em cobertura. A área

    do experimento foi mantida livre da interferência de plantas daninhas e foram efetuados os tratos fitossanitários

    necessários. Observou-se no experimento, média de 45% para teor de óleo e de 1230 Kg/ha para rendimento de

    óleo. Os genótipos HLT 5004 e SRM 822 apresentaram teor de óleo de 50% e 49%, respectivamente, superando os demais. Quanto ao rendimento de óleo, os genótipos Neon, NTO 3.0, HLT 5004, Paraiso 20, Triton Max, Exp

    1450 HO, SRM 822 e V20041 apresentaram resultados superiores aos demais, com valores entre 1680 Kg/ha e

    1313 Kg/ha. Com base nos resultados obtidos, é possível a seleção de genótipos de girassol com potencial para

    cultivo em Mato Grosso.

    Palavras-chave: Helianthus annuus; oleaginosa.

  • 32

    INFLUÊNCIA DO NITROGÊNIO NA PRODUTIVIDADE DE DIFERENTES

    LINHAGENS DO FEIJOEIRO NA REGIÃO NORTE DO MATO GROSSO

    Débora Diel (VIC/UFMT)

    Flávia Barbosa Silva Botelho (Orientadora) - Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - ICAA – UFMT Campus Sinop

    E-mail: [email protected]

    Sayonara A. do C. M.Arantes (Colaboradora) - Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - ICAA –

    UFMT Campus Sinop.

    E-mail: [email protected]

    O trabalho foi conduzido visando à identificação de linhagens do feijoeiro eficientes na utilização do nitrogênio.

    Foram avaliadas seis linhagens de feijoeiro oriundas do programa de melhoramento genético da Universidade

    Federal de Lavras. As linhagens BP-16, MAIII 9.91, CVII 5514 são classificadas como altamente responsivas e

    tolerantes à aplicação de nitrogênio e as linhagens MAI 2.5, IAPAR 81 e Pérola, não responsivas. Foram

    realizados três experimentos, sendo que no primeiro experimento não foi aplicado o nutriente, no segundo foi

    aplicada a dose recomendada e no terceiro foram feitas duas vezes a aplicação da dose recomendada. Os experimentos foram realizados em DBC, com três repetições, sendo as parcelas constituídas por duas linhas de

    três metros de comprimento. Pode-se concluir que apesar das linhagens BP-16, MAIII 9.91 e CVII 5514 serem

    altamente responsivas à aplicação de nitrogênio e as linhagens Pérola, MAI 2.5 e IAPAR 81 não responderem à

    aplicação do nutriente, não foram observadas diferenças nos desempenhos desses materiais nos diferentes

    experimentos no norte do estado do Mato Grosso. Fato esse que elucida a existência da interação genótipos x

    ambientes, pois essas linhagens em experimento conduzido no sul de Minas apresentaram diferentes

    comportamentos na presença ou ausência de nitrogênio. A linhagem MAI 2.5 é o material genético mais propício

    para indicação de cultivo, na região Norte do Mato Grosso, dentre as linhagens avaliadas, pois indiferente do

    teor de nitrogênio aplicado, apresentou melhor estimativa de produtividade de grãos. Podendo, portanto, ser

    recomendada para agricultores com diferentes sistemas de manejo.

    Palavras-chave: Phaseolus vulgaris; nitrogênio.

  • 33

    CARACTERIZAÇÃO ACÚSTICA DE ESPÉCIES DE ANFÍBIOS ANUROS DA

    ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE SERRA DAS ARARAS

    Derek Dalla Vechia Ito (VIC/UFMT) Christine Strüssmann (Orientador) – Departamento de Ciências Básicas e Produção Animal – FAMEV – UFMT

    E-mail: [email protected]

    André Pansonato (Colaborador) – Laboratório de Herpetologia, sala 107 – IB – UFMT;

    Rafael Martins Valadão (Colaborador) – Analista Ambiental da Estação Ecológica Serra das Araras – Instituto

    Chico Mendes (ICMBio)

    A produção de sons por animais é, primariamente, um método de anúncio ou advertência, para comunicar a

    presença de um indivíduo a outros da mesma ou de espécie distinta. Dentre os vertebrados que possuem grande

    capacidade para emitir sons, como as aves, alguns mamíferos (golfinhos, primatas e morcegos) e os anfíbios

    anuros, estes últimos constituem um grupo notável por apresentar comunicação acústica (vocalizações) bastante

    variada e específica. Os anuros podem ser encontrados emitindo sons em diferentes ambientes, uma vez que

    utilizam grande diversidade de hábitats para reprodução. Durante todo o período reprodutivo, as vocalizações são importantes para o acasalamento, proporcionando maiores oportunidades para que ocorra seleção sexual.

    Realizado na Estação Ecológica Serra das Araras (EESA), localizada no domínio morfoclimático do Cerrado,

    sudoeste do Estado do Mato Grosso, município de Porto Estrela (15°27‘S; 57°03‘W), este estudo teve como

    principal objetivo descrever registros bioacústicos da anurofauna local, como subsídio para o conhecimento da

    biodiversidade da estação e para divulgação cientifico-popular. Indivíduos machos de diferentes espécies, em

    atividade reprodutiva, tiveram suas vocalizações de anúncio gravadas, no período de dezembro de 2009 a março

    de 2010, durante três campanhas. As vocalizações foram analisadas por meio do programa para análise de sons

    Cool Edit 96. Dentre 31 espécies de anfíbios anuros já registradas para a EESA (distribuídas em seis famílias e

    13 gêneros), foram obtidas e descritas gravações dos cantos de anúncio emitidos por machos de 12 espécies: uma

    espécie pertencente à família Dendrobatidae (Ameerega braccata), duas à família Hylidae (Dendropsophus

    minutus e Scinax aff. fuscovarius), três à família Leiuperidae (Physalaemus albonotatus, P. cuvieri e Pseudopaludicola ameghini (sensu Cope, 1887)), cinco à família Leptodactylidae (Leptodactylus mystaceus, L.

    labyrinthicus, L. cf. sertanejo, L. syphax, Leptodactylus sp (= Adenomera)) e uma à família Microhylidae

    (Elachistocleis cf. ovalis). As análises dos parâmetros bioacústicos dos cantos de anúncio das espécies

    registradas na EESA demonstram, a presença de táxons cuja identidade deve ser mais bem esclarecida (L. cf.

    sertanejo, S. aff. fuscovarius, E. cf. ovalis), com base em outros elementos taxonômicos. Por outro lado,

    permitem confirmar a mescla local de elementos típicos da fauna do Pantanal (e.g., P. albonotatus), da

    Amazônia (e.g., L. mystaceus) e do Cerrado (e.g., Ameerega braccata).

    Palavras-chave: Anura; Bioacústica.

  • 34

    CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA DOS ÓXIDOS DE FERRO E ALUMÍNIO E

    DOS ARGILOMINERAIS NA FRAÇÃO ARGILA DE DOIS NEOSSOLOS

    QUARTZARENICO

    Diogo Pinto de Sousa (VIC/UFMT)

    Oscarlina Lucia dos Santos Weber (Orientadora) – Departamento de Solos e Engenharia Rural – FAMEV – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Oalas Aparecido Morais dos Santos (Colaborador) – IFMT Campus São Vicente

    O presente trabalho teve por objetivo caracterizar mineralogicamente os óxidos de ferro e alumínio e os

    argilominerais da fração argila de dois Neossolos quartzarênico órtico. Selecionou-se dois NEOSSOLO

    QUARTZARÊNICO Órtico em duas regiões distintas, uma no sudoeste e a outra no médio Araguaia. No Estado

    de Mato Grosso. Posteriormente foi aberta uma trincheira para caracterização do perfil do referido solo. Foi feita

    a descrição geral e morfológica do perfil e foram coletadas amostras do solo de cada horizonte para

    caracterização dos atributos mineralógicos. Para tanto, a matéria orgânica e os óxidos de ferro cristalizados

    (deferrificação) das amostras foram removidos com peróxido de hidrogênio e ditionito de sódio, respectivamente. Os teores de ferro e alumínio mal cristalizados (FeOX, AlOX) foram extraídos com solução ácida

    de oxalato de amônio (OXA), e os teores de Fe e Al foram determinados por espectrofotometria de absorção

    atômica. As análises mineralógicas por DRX foram realizadas na fração argila após a remoção da matéria

    orgânica e da deferrificação. Foram preparadas lâminas orientadas de argilas saturadas com Mg e K (K-25ºC e

    Mg-25ºC) e submetidas à análise mineralógica em difratômetro de RX. A identificação dos óxidos de ferro foi

    feita nas amostras da fração argila com óxidos de ferro concentrados e analisadas por DRX em lâminas não

    orientadas. Os óxidos de ferro cristalizados estiveram mais associados à fração silte do que a fração argila em

    ambos os solos. Não foi encontrado diferença na mineralogia entre os dois Neossolos Quartzarênicos Órticos

    estudados. Os óxidos de alumínio presentes na fração argila dos Neossolos Quartzarênicos Órticos foram

    responsáveis pela sua baixa dispersão.

    Palavras-chave: tipificação; solos.

  • 35

    GERMINAÇÃO E VIABILIDADE DE SEMENTES DE Stryphonodendron adstrigens

    (Mart.) Cov.

    Dionathan Maurílio Munhoz (PIBIC/CNPq)

    Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade/FAMEV

    (Orientadora)

    E-mail: [email protected]

    O objetivo deste trabalho foi avaliar a quantidade de água para germinação e padronizar o teste de tetrazólio para

    sementes de Stryphonodendron adstrigens. Os experimentos foram realizados no laboratório de análises de

    sementes da FAMEV, com sementes coletadas em 2009 e embaladas em sacos de plástico e armazenadas na câmara refrigerada com temperatura e umidade controlada. A quantidade de água utilizada equivalente a 1,5;

    2,0; 2,5; 3,0; e 3,5 vezes a massa do papel seco. As sementes foram colocadas para germinar em rolo de papel a

    30°C e em fotoperíodo de 12 horas, até a estabilização da germinação. Foram avaliadas as porcentagens de

    plântulas normais e de sementes duras, comprimento de raiz, parte aérea e massa seca de plântulas. Para o teste

    de tetrazólio, as sementes foram escarificadas com lixa de água n°100 no lado oposto ao embrião e colocadas em

    água por 24 horas a temperatura de 25°C. Depois deste período foram retirados os tegumentos e os embriões

    foram colocados em soluções de tetrazólio nas concentrações de 0,075; 0,1; 0,2; 0,3 e 0,5%, nas temperaturas de

    30, 35 e 40°C. Foram usadas quatro repetições de 20 sementes e essas foram avaliadas a cada 30 minutos, quanto

    ao padrão (uniformidade), intensidade e o tempo para desenvolvimento da coloração. Os melhores resultados

    foram obtidos pela quantidade de água de 2,0 e 2,5 vezes, onde se verificou respectivamente 68% e 65% de

    plântulas normais, 7% de sementes duras em ambos os tratamentos. O comprimento médio das plântulas foi de 139,8 mm e 132,5mm com parte aérea medindo em média 85,4 mm e 79,8mm e o sistema radicular 54,4 mm e

    52,7mm. A massa seca média das plântulas foi de 0,0143g e 0,0137g. Para o teste de tetrazólio, os melhores

    resultados foram obtidos na concentração de 0,075% e a 30°C.

    Palavras-chave: teste de tetrazólio; germinabilidade.

  • 36

    DINÂMICA DA POPULAÇÃO MICROBIANA EM SOLOS DE CERRADO SOB

    CULTIVO DE GIRASSOL

    Dryelle Sifuentes Pallaoro (VIC/UFMT)

    Daniela Tiago Silva Campos (Orientadora) – DFF – FAMEV – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Os microorganismos presentes no solo desempenham funções essenciais nos ciclos biogeoquímicos

    influenciando o ecossistema e sua diversidade. Podem contribuir no aumento da fertilidade do solo, diminuindo

    a necessidade na aplicação de fertilizantes de síntese química. A cultura do girassol (Helianthus annuus L.)

    possui a capacidade de se adaptar a diversas condições edafoclimáticas, diversificando o sistema produtivo. Este

    trabalho tem como objetivo analisar a dinâmica da população microbiana em solo de Cerrado sob cultivo de três

    genótipos de girassol: M 734, Agrobel 960 e Helio 358. O experimento foi realizado na Fazenda Santa Luzia, em

    delineamento de blocos ao acaso, no município de Campo Verde, Mato Grosso. As amostras de solo foram

    coletadas em três épocas, sendo a primeira antes da implantação da cultura, a segunda aos 60 dias e a terceira, no

    período de maturação fisiológica. A amostragem das raízes foi realizada no final do experimento. Dentre as

    técnicas utilizadas para avaliar a dinâmica da microbiota do solo na presente pesquisa estão: taxa de colonização

    micorrízica arbuscular; contagem dos microorganismos totais do solo, utilizando os meios Ágar Nutriente para bactérias e Batata Dextrose Ágar para fungos; determinação do carbono da biomassa (C-BM) e respiração basal

    (RB) microbiana, pelo método de fumigação-incubação; extração de esporos totais de fungos micorrízicos

    arbusculares (FMA) e colonização do sistema radicular por FMA. A população total de microrganismos no solo

    variou segundo o período e o genótipo sendo a média de unidade formadora de colônias (UFC) 16,6 x 106

    bactérias no plantio, 38,8 x 106 na floração e 10,0 x 106 na colheita. A média de UFCs de fungos foi de 4,66 x

    105 no plantio, 13,33 x 105 na floração e 17,92 x 105 na colheita. O número de esporos de FMA foi maior no

    período de floração, com média de 317 esporos e menor no período de início de ciclo, com 219 esporos. A média

    geral de colonização do sistema radicular dos genótipos variou entre 14 a 46 %. Juntamente com

    desenvolvimento da cultura houve um aumento nos teores de C-BM e na atividade respiratória, que foram de 2 a

    10 mg C g-1 solo. O aumento nos teores de C-BM e na RB durante o desenvolvimento da cultura deu-se em

    todos os genótipos avaliados, sendo o maior teor encontrado na época da colheita, indicando, portanto, que o

    aumento pode ter sido estimulado pela presença das raízes no solo.

    Palavras-chave: Helianthus annuus; microrganismo.

  • 37

    SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO DE PASTAGEM EM DEGRADAÇÃO NO

    CERRADO MATOGROSSENSE: CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO SOLO

    Elizabeth Haruna Kazama (PIBIC/CNPq)

    Tonny José Araújo da Silva (Orientador) – Departamento de Engenharia Agrícola e Ambiental – ICAT – UFMT

    E-mail: [email protected]

    Valéria de Souza Luz (Colaboradora) – Departamento de Engenharia Agrícola e Ambiental – ICAT – UFMT

    Edna Maria Bonfim da Silva (Colaboradora) – Departamento de Engenharia Agrícola e Ambiental – ICAT –

    UFMT

    No Brasil, como em todas as regiões tropicais, a produção animal se mostra dependente das pastagens. A

    atividade agropecuária modifica a estrutura do solo, diminuindo o espaço poroso do solo, devido aos processos

    de compactação e adensamento, o que influi diretamente sobre a densidade do solo. Nesses aspectos, a avaliação

    de propriedades físicas de solo se torna importante ferramenta no monitoramento da qualidade ambiental,

    considerando-se as características e finalidade do uso de determinado agroecossistema. Objetivou-se por este

    trabalho avaliar o efeito de três sistemas de recuperação de pastagens nas características físico-hídricas do solo.

    O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Rondonópolis-

    MT no período de agosto de 2009 a julho de 2010. Utilizou-se delineamento de blocos casualizados, composto

    por três tratamentos (adubação química, adubação química associada ao uso de grade e recuperação por meio da

    semeadura direta) e oito repetições, perfazendo o total de 24 parcelas experimentais. Não houve diferença

    estatística para densidade do solo com valores de 1,44 g cm-3; 1,43 g cm-3; e 1,44 g cm-3, respectivamente para os

    tratamentos com adubação química; semeadura direta e da recuperação com o uso de grade associada à adubação química. A capacidade de água disponível foi de 0,095 cm cm-1 para o tratamento químico; 0,09 cm cm-1 para a

    semeadura direta e 0,089 cm cm-1 para o tratamento com grade associada à adubação química. A condutividade e

    hidráulica apresentou resultados de 51,28 mm h-1; 50,93 mm h-1; e 44,87 mm h-1, respectivamente para os

    tratamentos com adubação química; semeadura direta e da recuperação com o uso de grade associada à adubação

    química. Assim, pode-se concluir que os sistemas de manejo de recuperação não influenciaram as características

    físico-hídricas do solo no primeiro ano de avaliação.

    Palavras-chave: física do solo, Brachiaria brizantha.

  • 38

    ASPECTOS ANATÔMICOS FOLIARES DE MICROTOMATEIROS MUTANTES

    EM FITOCROMO

    Elvis Josefer Constantino (VIC/UFMT)

    Hyrandir Cabral de Melo (Orientador) - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais - CA - UFMT

    E-mail: [email protected]

    Renato Correa Cacho (Colaborador) – Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais - PIBIC/CNPq/UFMT,

    Jonatha Tenutti (Colaborador) - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais - PIBIC/CNPq/UFMT

    Plantas mutantes em fotorreceptores têm sido usadas atualmente como uma ferramenta metodológica para a

    ampliação e desenvolvimento de novos estudos em fotomorfogênese, especialmente para estudos de qualidade

    de radiação sobre o desenvolvimento de plantas. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo comparativo de

    aspectos anatômicos foliares de microtomateiros (Lycopersicon esculentum cv. Micro-Tom) fitocromo-mutantes

    visando conhecer a influência da radiação no espectro do vermelho e vermelho distante sobre a morfologia

    foliar. O experimento foi desenvolvido no Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, UFMT, no município de

    Sinop - MT. Foram utilizados microtomateiros da cultivar Micro-Tom (MT), e seus mutantes aurea (subexpressa

    fitocromos) e hp1 (superexpressa eventos mediado por fitocromos). As plantas foram cultivadas em mini casa de

    vegetação sob sombrite 50% e caracterizados no estádio de maturação dos frutos (68 DAE). Para a realização

    das análises foi utilizado o folíolo central de folhas completamente expandidas ocorrentes no terceiro nó, do

    ápice para a base da planta, os quais foram fixados em FAA 70 (formaldeído+ácido acético+álcool etílico 70%) por 24 horas e transferidas para álcool 70% até o momento dos cortes anatômicos. O experimento foi conduzido

    em delineamento experimental inteiramente casualizado. Foram coletados folíolos de cinco plantas de cada

    microtomateiro e realizada análises de quatro seções transversais do terço médio de cada folíolo. Os tecidos

    foram medidos com uso de uma ocular micrométrica acoplada a um fotomicroscópio. Os dados foram

    submetidos a análise de variância e as médias agrupadas em classes distintas utilizado-se o teste de Tukey a 5%.

    A maior espessura da epiderme da face adaxial foi observada no mutante aurea e a maior espessura na face

    abaxial ocorreu em ambos os mutantes, aurea e hp1. O mutante aurea também obteve a maior espessura polar

    (entre epidermes) do feixe vascular medido na nervura central, enquanto a espessura do feixe vascular medido no

    sentido equatorial foi maior para a cultivar Micro-Tom e para o mutante aurea. O mutante hp1 obteve a maior

    espessura do parênquima lacunoso, enquanto que o mutante aurea deteve a menor espessura para este tecido.

    Não houve diferença significativa entre os microtomateiros para a espessura do parênquima paliçádico. Conclui-se que a estrutura morfológica foliar é influenciada pelos fitocromos, e conseqüentemente, pela radiação nos

    espectros do vermelho e vermelho distante.

    Palavras-chave: Lycopersicon esculentum, fotomorfogênese.

  • 39

    ANÁLISE DO CRESCIMENTO E DA PRODUÇÃO FLORESTAL

    EM PLANTIOS DE Tectona grandis L.

    Evandro Luiz Missasse (PIBIC/CNPq)

    Dirceu Lucio Carneiro de Miranda (Orientador) – ICAA/ UFMT/Campus de Sinop

    E-mail: [email protected]

    Pastor Amador Mojena (Colaborador) – ICAA/ UFMT/Campus de Sinop

    Marieli Cunha de Miranda(Colaboradora)

    Cláudia Regina Faganelo (Colaboradora)

    Ana Caroline Pauli Biasi (Colaboradora)

    Atualmente, avaliar o crescimento florestal e desenvolver modelos matemáticos para predição do volume é de

    fundamental importância no planejamento de uma empresa florestal e essencial para sua sobrevivência. Neste

    contexto objetivou-se analisar o crescimento florestal em plantios de Tectona grandis e desenvolver modelos

    matemáticos a partir de quocientes de forma e fator de forma para estimativa de volume individual de árvores de

    Tectona grandis para a região de Sinop – Mato Grosso. Para desenvolvimento das equações e estimativas de

    quociente e fator de forma para diferentes classes diamétricas foram cubadas 31 árvores pelo método de Smalian.

    Para a análise do crescimento florestal foram realizadas análise de tronco total retirando fatias a diferentes

    alturas das árvores cubadas anteriormente. As análises dos dados foram realizadas em planilhas eletrônicas. O

    fator de forma artificial médio encontrado no presente trabalho foi 0,28 e 0,33 para o fator de forma natural. Os

    resultados para o quociente de forma foram 0,64, 0,70 e 0,86 para Schiffel Jonhson e Girard respectivamente. A

    parir da análise dos resultados, não foram constatadas diferenças estatísticas significativas para os fatores e quocientes de forma estudados nas diferentes classes diamétricas, havendo apenas uma diferença numérica que

    tende a aumentar conforme há um aumento do diâmetro. Analisando o crescimento das árvores, os resultados

    mostraram que o maior crescimento em diâmetro e altura (ICAd, ICAh) ocorreram na idade de 2 anos. Os

    resultados também revelaram que há uma considerável diminuição no crescimento das árvores a partir do 6° ano,

    resultado esse se deve ao fato das árvores estarem muito adensadas e não passarem por nenhum tratamento

    silvicultural como desbaste e que, a partir desse ponto pode-se observar o declínio do crescimento individual

    dessas árvores. Com relação ao fator e quociente de forma conclui-se que se pode utilizar apenas o fator e o

    quociente de forma médio para estimar os volumes não havendo necessidade de levar em consideração as classes

    de diâmetro. Conclui-se também que plantios florestais adensados que não sofrem tratamentos silviculturais

    como desbastes, têm seu crescimento individual em diâmetro diminuído fortemente pela competição.

    Palavras-chave: Tectona grandis, análise de crescimento.

  • 40

    MORFOLOGIA DE SEMENTES E DE PLÂNTULAS DE

    Magonia pubescens E Kielmeyera coriacea

    Fabiane Petrovics (PIBIC/CNPq)

    Elisabeth A. Furtado de Mendonça – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade –FAMEV – UFMT E-mail: [email protected]

    Maria Cristina de F. e Albuquerque (Colaboradora) – Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade –FAMEV –

    UFMT

    O objetivo neste trabalho foi caracterizar as sementes, as plântulas e o tipo de germinação de sementes de

    Kielmeyera coriacea e Magonia pubescens. As características externas observadas foram tamanho, envoltório,

    tegumento, cor, posição do hilo e, as internas, tipo, forma, cor, posição do embrião, presença de endosperma e

    cotilédones. Foram realizadas observações diárias do processo germinativo, com fotografias, ilustrações e

    medições de estruturas. As sementes de M. pubescen