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2 Universidade Federal de Alfenas UNIFAL - MG Hílquias Tamiris S. Rodrigues O fluxo de trânsito em função das indústrias na cidade de Alfenas MG. Alfenas/MG 2010

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Universidade Federal de Alfenas

UNIFAL - MG

Hílquias Tamiris S. Rodrigues

O fluxo de trânsito em função das

indústrias na

cidade de Alfenas – MG.

Alfenas/MG

2010

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Hílquias T. S. Rodrigues

O fluxo de trânsito em função das indústrias na

cidade de Alfenas – MG.

Monografia apresentada à Universidade

Federal de Alfenas/MG para a obtenção

Do grau de bacharel em Geografia.

Orientador: Evânio Branquinho

Alfenas/MG

2010

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Hílquias T. S. Rodrigues

O fluxo de trânsito em função das indústrias na

cidade de Alfenas – MG.

A Banca examinadora abaixo-assinada aprova

a Dissertação apresentada para o TCC

Trabalho de Conclusão de Curso da

Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL),

Do curso de Geografia Bacharelado

Aprovada em:

Profº.

Instituição:

Assinatura:

Profº.

Instituição:

Assinatura:

Profº.

Instituição:

Assinatura:

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RESUMO

O trânsito é uma questão presente hoje na maioria das cidades mundiais, e considerado

como um dos grandes vilões, causadores de problemas. Alfenas também esta inseridas nesse

contexto, mesmo sendo uma cidade considerada de médio porte, com pouco mais de 70 mil

habitantes segundo o IBGE. Já possui congestionamentos, falta de infra estrutura e um

sentimento de insegurança, revelado pelo aumento no número de acidentes.

A situação piorou, a olhos de leigos, depois da instalação de grandes indústrias,

algumas multinacionais, na cidade, com a instalação do Distrito Industrial, gerou-se um

grande volume de veículos pesados passando pelo centro da cidade, e também ao fato de que

é necessário atravessar toda a cidade para se ter acesso a BR 369 em direção a grande Belo

Horizonte o que piora a situação da circulação na cidade.

Palavras-chave: trânsito, indústrias, Alfenas.

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SUMÁRIO:

1- INTRODUÇÃO........................................................................

2- JUSTIFICATIVAS.......................................................................

3- METODOLOGIA.................................................................

4 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...............................................................

4.1 - ACESSIBILIDADES URBANAS ....................................................................

4.2 - TRASPORTE URBANO E PROBLEMAS AMBIENTAIS ............................

4.3 - ALFENAS, UMA CIDADE MÉDIA .................................................................

5- HISTORICO DE ALFENAS.......................................................................

6 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA URBANA ..............................................................

6.1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS .......................................................................

6.2 - CARACTERIZAÇÃO ECONÔMICA DO MUNICÍPIO ...............................

6.3- AS INDÚSTRIAS EM ALFENAS ...................................................................

6.4- O DISTRITO ............................................................................................

7 - A FERROVIA E A RODOVIA .........................................................................

8 - RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................

9 - BIBLIOGRAFIA .........................................................................................

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1- INTRODUÇÃO

O propósito deste trabalho é compreender a dinâmica do trânsito de veículos na cidade

de Alfenas, localizada no sul de Minas Gerais. Estimativas assistemáticas apontam para um

incremento na intensidade do fluxo de veículos dentro dos limites urbanos nas últimas duas

décadas.

A hipótese de partida é que a intensidade do fluxo de veículos tenha aumentado após a

instalação do Parque Industrial nas proximidades do centro urbano, há cerca de pouco mais

que uma década. Já o Parque foi criado no final da década de noventa segundo a Prefeitura

Municipal.

A relação indústria/circulação se mostra muito relevante: “O transporte é,

freqüentemente considerado como o fator elementar mais determinante na localização da

fábrica. Isto é menos verdadeiro do que ocorreu historicamente, mas o transporte permanece

como fator essencial na localização de muitas indústrias” (SMITH, 1971 apud FISCHER,

1978). E ainda: “O transporte deve ser considerado como uma parte integrante do processo

de produção porque uma mercadoria pode ser considerada sem utilidade quando ela não

atinge seu lugar de consumo” (ESTALL-BUCHANAN, 1973 apud FISCHER, 1978).

As cidades devem ser dotadas de um ambiente urbano que as enriqueça, e que inverta

o atual cenário de degradação que se constata, particularmente nas áreas metropolitanas.

Como elementos vitais da urbanização, o transporte e a circulação podem ser os carros-chefe

desse processo de recuperação, pois no dizer de Milton Santos, “o próprio padrão geográfico é

definido pela circulação, já que este é mais numeroso, mais denso e detém o comando das

mudanças de valor no espaço” (SANTOS, 1999, p. 45)

A função dos transportes é oferecer mobilidade, criando a circulação de pessoas e

produtos. Para a geografia, o transporte é um fator essencial, pois estrutura os espaços,

dotando-os com seus próprios trechos e gerando os fluxos, que ultrapassam, em muito a

simples circulação de pessoas no ambiente urbano. Pois segundo (FISCHER, 1978) os

processos industriais implicam efeitos em diferentes graus sob a ótica da intervenção do

transporte, porque reúnem em um mesmo lugar produtos e materiais brutos que devem sofrer

transformações, e em seguida encaminham os semi-produtos e os produtos finais para os

lugares de utilização e de consumo. O resultado é que para cada indústria, uma localização

diferente implica em diferenças nos custos de transporte, por isso tantos problemas de trafego

e transito para as cidades, como no caso de Alfenas.

Os problemas gerados pelo transporte urbano impõem a necessidade de uma

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abordagem mais profunda sobre o tema, é por isso que este trabalho pretende compreender

melhor o transporte, tomando como referência o trânsito em Alfenas. Porque, a partir deste

trabalho, poderemos começar a refletir a respeito das questões apresentadas acima.

Um dos principais problemas oriundos do transporte urbano é a degradação do

ambiente urbano, uma vez que o transporte é um dos elementos que mais contribui para a

poluição nas cidades.

A questão da circulação pode se tornar uma deseconomia, uma vez que tem grande

importância nos processos de formação e integração dos territórios, se for uma influência

ruim, com um tráfego complexo e lento, terá um impacto negativo nesses processos.

2- JUSTIFICATIVAS

O estudo da dinâmica dos veículos, especialmente os de grande porte, como

caminhões e ônibus, oferece a oportunidade de compreender os fatores que interferem na

qualidade de vida da população do município como um todo. Além de complementar outro

aspecto da geografia de Alfenas, uma vez que a malha viária e sua configuração constituem

uma influência fundamental para escoar a produção e a locomoção da população.

“Todo processo industrial implica um efeito, mas em graus diversos, a intervenção do

transporte, primeiramente por reunir em um mesmo lugar produtos e materiais brutos que

devem sofrer transformações, em seguida por encaminhar os semi-produtos e os produtos

finais para os lugares de utilização e de consumo” (FISCHER, 1978). O resultado é que para

cada indústria, uma localização diferente implica em diferenças nos custos de transporte, por

isso tantos problemas de trafego e transito para as cidades, como no caso de Alfenas.

A circulação, como um todo, possui estreitas relações com a vida e os interesses de

uma população. Estudá-la significa pesquisar quais são esses interesses e como transcorre o

cotidiano da cidade. Um dos mais variados papéis do geógrafo é justamente esse,

desenvolver, investigar, realizar trabalhos de pesquisa que beneficiem direta ou indiretamente

a população.

Visto que a maioria dos municípios brasileiros cresce sem um planejamento adequado,

sem políticas públicas para a organização do espaço, o que agrava os problemas estruturais e

sociais piorando a qualidade de vida. Uma análise das condições de acessibilidade e

mobilidade na cidade esta justificada, pois, a cidade, apesar do seu porte, já apresenta sérios

problemas do tema abordado, além de fortalecer uma discussão teórica dos conceitos

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apresentados, incentivando a cidadania, podendo servir de base para futuros projetos de

políticas públicas nesse sentido.

O transporte é uma das questões mais pertinentes da geografia atual, que se mostra

claramente quando se estuda o quadro da circulação, ou seja, a logística definida para o

trânsito de pessoas e veículos numa cidade. Portanto, “se aos transportes é delegada a função

de transportar, cabe à geografia pautar sua reflexão sobre o ato de transporte em suas

implicações sociais, dotando tal estudo de elementos teóricos que uma vez aplicados ao

espaço real, possam atender as necessidades dos cidadãos e das áreas afetadas, da escala

global para a local.” (POMPEU, 2006)

Além disso, existe uma grande carência de estudos geográficos sobre o município de

Alfenas em relação a vários temas ligados ao espaço urbano, inclusive sobre o trânsito, após a

implantação das indústrias no município, tema sobre o qual este projeto pretende se debruçar

para compreender. Assim, acredita-se, que com um diagnóstico da situação presente e uma

futura análise crítica das ações do poder público, existirá uma base importante para um

possível planejamento no setor.

3- METODOLOGIA

A metodologia empregada no presente trabalho foi realizada em seis momentos: o

primeiro momento foi o levantamento bibliográfico, na qual se realizou uma revisão na

literatura acerca do tema, buscando abranger variados aspectos do tema.

No segundo momento identificou se as vias de maior movimento de trânsito de

veículos. O que foi realizado por meio de incursões ao campo de estudos nos horários

identificados como de maior fluxo de trânsito de veículos, ou seja, pela manhã, por volta das

sete horas; por volta do meio dia, e no final da tarde, por volta das sete horas.

O terceiro momento realizou se a contagem de veículos às margens das vias mais

movimentadas, previamente identificas pelas incursões ao campo. Nesta etapa, a contagem

direta do número de veículos foi o meio empregado para determinar o fluxo de trânsito, uma

vez que os semáforos na cidade de Alfenas intercalam a posição de aberto/fechado em cerca

de um minuto, isso permitiu perfeitamente a contagem manual dos tipos de veículos nas vias

identificadas como as de maior fluxo.

No quarto, determinamos a direção do fluxo de transito, onde foi confeccionado um

mapa temático com os dados preliminares recolhidos em campo, após um tratamento

estatístico. O que determinou as direções preferenciais do fluxo de veículos e também as vias

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mais movimentadas na cidade nos horários estudados.

No quinto identificamos as indústrias que geram os maiores fluxos de trânsito e sua

localização na cidade, o que implicou na montagem de uma tabela com as principais

informações dessas indústrias.

O sexto momento foi quando realizamos entrevistas com motoristas de caminhões,

onde aplicamos questionários, para saber por que não utilizam o desvio que liga o Distrito

Industrial e assim conseqüentemente passam pelo centro da cidade.

O sétimo e ultimo momento foi realizado um registro fotográfico dos principais fatos

envolvendo a temática.

4 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 - ACESSIBILIDADES URBANAS

Segundo Harvey (1980) o espaço é um atributo de todos os valores de uso, ou seja, o

espaço urbano possui uma grande variabilidade de atributos dispersos de forma desigual no

território, mas de certa forma interligados pela própria funcionalidade urbana.E é dentro dessa

funcionalidade que o transito se insere,como um grande formador e transformador desta

articulação,garantindo acessibilidades e ou, produzindo segregações sociais.

Villaça (2001) discute essa questão onde as condições de transporte são de

fundamental importância para se entender a configuração de uma cidade, sua estrutura urbana;

Onde a acessibilidade possui grande relevância no que se referem às inter-relações,

dependentes da infra-estrutura da cidade.

A cidade cresce de acordo com as condições de acessibilidade de acordo com o

Villaça (2001). Por exemplo, uma ferrovia provoca um crescimento descontínuo, nucleado ao

redor das estações, ao passo que uma rodovia provoca um crescimento mais rarefeito e menos

nucleado. Alfenas passou por esses dois momentos, em um primeiro momento quando só

havia a presença da ferrovia nota-se um crescimento urbano mais ao norte, com achegada da

rodovia e a derrocada da ferrovia, podemos notar que a cidade passou a expandir mais para o

sul. Como conseqüência desse processo observa-se a agregação de valores aos lugares de

mais acessibilidade gerando a segregação social, nos lugares onde o acesso é menor.

Portanto devido à disparidade de renda, gerada pela acessibilidade ou não, os mais

pobres apresentam uma dificuldade maior em atingir os pontos de emprego, educação, lazer e

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equipamentos públicos, tanto em função do uso do solo, como em razão das características de

transporte (VILLAÇA, 2001).

Harvey (1980) coloca, ainda a necessidade de ações planejadas do poder público a fim

de garantir essa acessibilidade a todos, da melhor maneira possível, pesando os pontos

positivos e negativos de qualquer mudança a ser implementada.

4.2 - TRASPORTE URBANO E PROBLEMAS AMBIENTAIS

Com êxodo rural as cidades sofreram um grande “inchaço”, aliado a esse processo

também temos a necessidade capitalista do consumo em crescente evolução, o que provocou

algumas mudanças, como uma das maiores mudanças ocorridas pode-se incluir o setor de

transporte, onde a valorização do transporte privativo provocou um “abandono” do transporte

público. Todos esses processos provocaram uma degradação ambiental, por todos os ângulos

do espaço urbano.

A decadência do uso do transporte público têm sido responsável por um grande

incremento de problemas ambientais do espaço urbano. Nesse contexto, há um agravamento,

segundo o autor, dos congestionamentos, poluição do ar, poluição sonora, etc. O autor também

ressalta as conseqüências do modelo de desenvolvimento adotado no Brasil após a II Guerra

Mundial, baseado no rodoviarismo, que favorecia a indústria automobilística. Assim, até o

sistema de transporte coletivo, que antes era, em sua maioria, realizado sobre trilhos, com os

bondes, passou paulatinamente a ser substituído por ônibus, que levou ao sucateamento do

setor ferroviário no país. Macedo (2006)

Portanto essa política adotada pelo país também é um fator muito importante,

contribuinte para a degradação ambiental e segregação social, já que o sistema rodoviarista

atual prioriza o transporte individual e nem todos podem comprar um automóvel. O que

acentua ainda mais as desigualdades sociais. Somado a essa política ainda temos a

precarização cada vez mais do transporte coletivo.

Segundo, Macedo (2006), as principais fontes poluidoras do ar nas regiões urbanas são

os veículos automotores, sendo responsáveis por 47% das emissões por queima de

combustível fóssil. Os veículos automotores produzem mais poluição atmosférica do que

qualquer outra atividade isolada, variando de acordo com as características da cidade e o

combustível usado.

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4.3 - ALFENAS, UMA CIDADE MÉDIA

Alfenas pode ser considerada uma cidade média por conta de sua infra-estrutura, por

abrigar indústrias de médio a grande porte, como multinacionais, e também por polarizar

cidades vizinhas que ainda mantêm características rurais, do período técnico anterior.

Sposito (2006) dá destaque às redes regionais no sentido de sobreposição de fluxos

descontínuos, porém ligados por fortes conexões internas. As cidades médias têm seu papel

alterado nesse processo, em função de situações geográficas mais ou menos favoráveis e

atraentes aos investimentos externos e de iniciativas de atores locais e regionais, maior ou

menor capacidade de se integrarem de forma mais ampla às novas formas de configuração de

relações em múltiplas escalas. O que interfere na divisão regional do trabalho e na divisão

internacional do trabalho, que não são as mesmas para todas as cidades médias.

Essa observação segundo a autora vem passando despercebida, já que a idéia de

descentralização de atividades produtivas industriais das metrópoles principais para as

regionais, cidades grandes ou médias podem passar a idéia de melhor distribuição territorial

das atividades econômicas, quando na verdade gera novas especializações territoriais, com

maior participação no território nacional no processo.

Ainda segundo a presente autora, dentro do conceito de cidades médias a periferia

deixa de ser caracterizada somente por exclusão social e espacial, e se torna um novo sub

centro, como é o caso de Alfenas, que na periferia já se concentra Universidade (novo

Campus da UNIFAL, ainda em construção), o Distrito Industrial da cidade e acesso a uma das

rodovias principais da região, a BR 491.

O que constitui no paradigma centro-periferia, porque as cidades médias deixaram o

período técnico anterior para viverem a atual globalização, ou período técnico informacional

de modo que algumas estão mais ligadas ao exterior do que o próprio país, Alfenas abriga

empresas internacionais como a Unifi.

Por isso fica mais difícil identificar o centro e a periferia desses lugares, essas questões

não apenas se relacionam, mas se sobrepõem.

“Onde está o centro e onde esta a periferia nessas cidades? Esses espaços existem, mas

temos que falar de centro e periferias, temos que olhar para esses espaços mais por seus

conteúdos e papéis do que por suas posições geográficas nas estruturas urbanas, regionais,

nacionais e internacionais do período atual”. (SPOSITO, 2006, p. 243)

Ainda segundo Sposito (2006), as relações dessas cidades extrapolam a própria rede,

para comandar exportações de produção agropecuária e industrial regional, passando a se

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relacionar diretamente com cidades de outros países como já foi dito. As telecomunicações

possibilitam essas novas formas de interação espacial. Em função disso, a localização

industrial das multinacionais pode se liberar da tendência a se situarem nas grandes

metrópoles e procurar menores custos de produção, no que se incluem suas escolhas

territoriais pelas cidades médias.

Nesse sentido, podemos pensar também como a circulação é afetada nessas cidades,

com o fluxo sendo reestruturado a partir da criação de novas centralidades.

5-HISTÓRICO DE ALFENAS

Existem várias versões para a criação de Alfenas, porém nenhuma versão foi

comprovada, pois derivam de dados duvidosos. Mas sem dúvida, sua criação está relacionada

a José Martins Alfena e sua família, que eram bastante populares na região. “Em 1869, pela

lei n. 1.614, de 15 de outubro, foi elevada á cidade a então Vila Formosa, que em 1871, pela

lei n. 1.791, passou simplesmente a denominarem-se Alfenas, por haver em Goyaz (Goiás)

outra cidade com o nome de Formosa, causa de “Freqüentes enganos postais, que convinha

evitar”, segundo o Leitura Técnica de Alfenas.

O café, introduzido nas lavouras do sul de Minas em 1833, fez de Alfenas, até 1887,

um local de destaque quantidade e qualidade que produzia. Além do café cultivavam outros

cereais e também a cana. Criava-se gado e porcos, em grande parte para exportação.

Para Alfenas, o século XX trouxe consigo grandes avanços em relação aos transportes

e às comunicações: ainda na primeira década houve a integração do município à Rede

Ferroviária Sul Mineira, através da construção de um ramal e de uma Estação Ferroviária, na

mesma década, inauguram-se os serviços de telefonia.

A partir de 1914, duas linhas de navegação fluvial estavam integradas à rede

ferroviária: a Navegação Fluvial do Rio Sapucaí e a Viação Fluvial do Rio Sapucaí. Elas

estavam “encravadas” entre o Sul e o Oeste de Minas Gerais. Grandes embarcações, com

capacidade para 20 passageiros e 30 mil toneladas de carga, tinham itinerários definidos e

horários regulares. Levavam sal, rapadura, queijo, manteiga e outros mantimentos, conforme

as encomendas entre os comerciantes da região.

No início do século XX, pertenciam ao município os seguintes povoados: Bárbaras,

Esteves, Gaspar Lopes (estação de trem), Harmonia (estação de trem), Paiva, Rochas, Vianna.

Em 1917 a cidade tinha 6000 habitantes, distribuídos em 929 casas. As principais lavouras

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eram a de café, cereais e cana. As principais indústrias de laticínios e pastoril; comércio de

gado vacum e suíno, as principais fábricas eram de manteiga, macarrão e arreios. Exportava

toucinho, café, queijo, manteiga e cereais. Importava fazendas (feitios), armarinhos, calçados,

ferragens, etc. (FRADE, 1917: 85, apud Leitura Técnica de Alfenas). Na região, a década de

1960 representa um grande marco. Nessa época, sob a égide de grandes idéias

desenvolvimentistas, a região passa por transformações radicais. O então Presidente da

República Juscelino Kubitscheck, fiel ao seu binômio Energia e Transporte, determinou a

construção da Hidrelétrica de Furnas, que viria a sanar um grande déficit de energia no país.

Usina Hidrelétrica de Furnas

Sua construção teve inicio em julho de 1958, com a sua primeira unidade sendo

inaugurada em 4 de setembro de 1963 e a sexta unidade concluída em 9 de julho de 1965. Em

1972, foi iniciada sua ampliação para a instalação da sétima e da oitava unidades. A potência

final atingida, em 30 de abril de 1974, foi de 1.216 MW. O Lago inundou terras de 34

municípios, inclusive de Alfenas, o que alterou substancialmente o perfil geoeconômico da

região, além da própria mudança na configuração da paisagem regional. A superfície total

destes municípios totaliza 15.155Km2, variando a afetação do lago em cada um dos

municípios. Este oscila de 212,18km2 em Carmo do Rio Claro até os 0,02Km2 do município

de Ilicínea. Alguns municípios como Boa Esperança, Campo do Meio, Fama e Guapé têm a

sede do município à beira do lago.

Além deste impacto, tem-se que o sistema de transporte, antes articulado por ferrovias,

passou a ser calcado em sistemas rodoviários, o que alterou tanto o acesso como a estrutura do

escoamento da produção agrícola dos municípios.

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Mapa 1: Represa de Furnas

Fonte: Leitura Técnica, 2006.

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Foto 1 : – Hidrelétrica de Furnas.

Fonte: Furnas Centrais Elétricas

Foto 2 : – Represa de Furnas.

Fonte: Prefeitura Municipal de Alfenas

6 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA URBANA

Nos primeiros anos do século XX, a atual sede do município de Alfenas passou por

um grande desenvolvimento, com a construção do grupo escolar Minas Gerais, atualmente

denominados Coronel José Bento, a inauguração do serviço telefônico e a construção de um

ramal com uma Estação Ferroviária, integrada com a navegação Fluvial do Rio Sapucaí, e

também a implementação da Escola Federal de Odontologia, que recebia grande número de

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alunos. Segundo D’AURIA, a linha férrea possuía as seguintes estações: Alfenas (na sede),

Fama, Gaspar Lopes; Harmonia e Areado (D’AUREA, 2001 apud Leitura técnica de Alfenas).

Nessa época a cidade se estendia mais ao norte, perto da estação ferroviária como podemos

ver no mapa seguinte.

No período de 1940 a 1949, a cidade já ocupava a área de quatro micro-bacias,

aproximando-se das nascentes dos córregos da Pedra Branca e do Pântano e transpondo, pela

primeira vez, o limite de um curso d’água, com a construção do aeroporto, o que provocou

uma ocupação ao redor dessa área que culminaria no bairro Aeroporto, atualmente.

Até a década de 60, a rede urbana do sul de Minas articulava-se, basicamente, através

do sistema ferroviário, principal escoador da produção agrícola da região, sobretudo a

cafeeira. Antes da construção da ferrovia,a cidade crescia ao longo dos principais caminhos da

região que depois se tornaram rodovias. Com a instalação da Hidrelétrica de Furnas e a

conseqüente inundação das terras baixas, todo este sistema de acessos foi desarticulado. Foi

construída a rodovia BR-491 com o intuito de restabelecer essa rede de acessos. Mesmo

assim, a economia da região, de base predominantemente agrícola, ficou seriamente

comprometida, passando assim a se reorganizar num quadro sócio-econômico bem mais

diversificado.

O crescimento da ocupação foi pouco significativo na década de 60, sendo esta

ocupação voltada para a implantação do primeiro conjunto habitacional da cidade, conhecido

como “Vista Grande”, na região norte. O pequeno crescimento foi devido o grande número de

lotes vagos resultantes área loteada na década anterior. Porém o início dos anos 60 é marcado

pela construção da represa de Furnas, onde o lago inundou uma superfície de 149,89km²,

resultando em alterações no sistema de transporte, na agricultura e na paisagem do município.

Podemos notar uma estagnação do crescimento demográfico nessa região.

O sistema de transporte, que era articulado pela ferrovia, ficou comprometido com a

inundação das terras baixas, leito natural da linha férrea. A ferrovia foi então desativada,

sendo construídas rodovias para solucionar o problema de transporte na região, que foi

desarticulado com a inundação de diversas estradas e pontes.

Por isso a cidade passou a crescer mais ao sul como podemos visualizar no mapa

seguinte. Como a consolidação do bairro Vila Teixeira, constituído principalmente de

estudantes da Universidade privada UNIFENAS, construída as margens da BR -491.

Algumas ligações não foram resolvidas com a construção das novas rodovias. A

ligação da sede do município com o distrito de Barranco Alto, que se localiza a uma distancia

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de 45,5km, na parte norte do município, foi interrompida pelo lago, sendo o transporte

realizado por balsa, que ainda hoje opera precariamente, ou percorrendo um trajeto de

75,5km, que passa pelos municípios de Areado e Alterosa.

Mapa 2 : – Década de 70.

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Fonte: Leitura Técnica, 2006.

Segundo a Leitura Técnica, Alfenas, a partir de 2000, apresentou um processo de

retração do mercado imobiliário, apesar de ainda receber investimentos com a construção de

novos loteamentos e habitações. Cresce o número habitações ociosas com o aumento da oferta

de moradias e a estabilização do número de estudantes na cidade. Soma-se a esse fator a

situação econômica do país (alta das taxas de juro e do valor do dólar) e a crise no preço do

café, que é importante para a economia da região. Nessa nova conjuntura o preço do aluguel

passa a ter um valor real em relação ao que é oferecido, pois anteriormente o preço cobrado

era inflacionado, sustentado na escassez de imóveis. Atualmente um dos principais problemas

em Alfenas é o grande número de lotes vagos.

O problema de áreas ociosas na cidade de Alfenas é antigo, a densidade de ocupação é

historicamente baixa. Analisando os censos do IBGE (1950, 1960, 1970, 1980, 1991 e 2000) e

os dados da área urbanizada em cada período chega-se à média de densidade bruta em torno

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de 40 habitantes por hectare, que é considerada baixa. Nas últimas décadas tem-se uma leve

tendência de aumento da densidade, porém nada significante.

Segundo a Prefeitura Municipal a área urbana de Alfenas é composta por diversos

vales, com córregos e nascentes que, historicamente, têm sofrido processo de degradação. O

estudo da evolução urbana é interessante para se entender como se deram as alterações físico

espaciais dos ambientes fluviais. A ocupação do perímetro possui um horizonte ainda

distante. Com uma área de 33,1km², comportaria, descontando os 40% destinados a áreas

públicas, uma ocupação de 19,9km² com lotes particulares, possibilitando mais de 58 mil lotes

de 337m². Portanto, as glebas urbanizavam, com infra-estrutura implantada, poderiam receber

mais 230 mil habitantes, atendendo, até 2055, o crescimento da população urbana. A tipologia

adotada para realizar os cálculos foi de baixa densidade, unidades unifamiliares isoladas no

lote. Apesar de existir nesse universo, o uso comercial, institucional e industrial, que

diminuiria o número de unidades habitacionais, existe uma compensação pelo uso misto e por

edificações multifamiliares (prédios de apartamentos, casas geminadas, co-habitação e outras

tipologias de maior densidade)

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Mapa 3 : – 2000 em Diante.

Fonte: Leitura Técnica, 2006.

Podemos notar a partir desses dois mapas e também no mapa de Estruturação urbana

que antes da construção da ferrovia, a cidade crescia ao longo dos principais caminhos da

região que depois se tornaram rodovias, ou seja a cidade cresceu ao longo das principais vias

de acesso.

Segundo Villaça (2001) as vias provocam crescimento ou desenvolvimento urbano,

porque essas vias regionais provocam valorização nos terrenos adjacentes, devido à melhoria

de sua acessibilidade. Principalmente no caso da rodovia que ao longo de seu percurso oferece

possibilidade de concretização de transporte urbano de passageiros. Isso porque o transporte

rodoviário é mais flexível, pois, em qualquer ponto da via o acesso ao centro da cidade irá se

concretizar. Então à medida que a cidade cresce, ela se apropria e absorve os trechos urbanos

das vias regionais. Por isso é que autor afirma que as vias regionais são muito importantes no

processo de estruturação das cidades, e podemos ver isso nitidamente em Alfenas, ou seja, ela

foi estruturada em um primeiro momento pela ferrovia, que à leste da cidade e, em um

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segundo momento, pelas rodovias federais mais para sul, apresentando assim a cidade um

crescimento longitudinal, orientado pelas principais vias que são as BRs 491 e 369.

Ainda segundo este autor, o crescimento das cidades é principalmente atraído pelas

vias regionais, em geral aquelas ligam a regiões ou cidades mais importantes. Essa

importância se refere a um tráfego regional, o que significa muitas vezes melhorias no

atendimento urbano, em relação a uma maior circulação.

6.1 – Características Gerais

Atualmente, com uma população estimada de 75.889 habitantes, distribuídos em uma

área de 846,9 Km2, Alfenas têm uma densidade demográfica de aproximadamente 89,6

hab/Km2 e uma taxa de crescimento anual de 3,16%. A divisão da população de Alfenas por

faixas etárias demonstra que a maioria da população alfenense possui idade entre 30 e 59 anos

(IBGE, 2008).

Ainda segundo o IBGE, além do crescimento vegetativo da população alfenense,

existe ainda uma dinâmica populacional flutuante devido às universidades e o próprio

contexto rural. Ambos são significativos em Alfenas, e correspondem a 15% da população

total.

A população universitária possui grande importância para a economia do município no

período letivo, pois movimenta o setor terciário. A maioria da população rural procura ou é

conduzida para o município nos períodos sazonais das principais safras agrícolas: café, cana-

de-açúcar, batata. Alfenas também recebem anualmente grande contingente de pessoas dos

municípios vizinhos, já que se tornou pólo microrregional devido a sua infra-estrutura.

Alfenas pode ser classificada como uma aglomeração de médio porte, pois presta serviços e

possui um forte setor de comércio, atraindo com essas características muitas cidades em seu

entorno.

Alfenas em relação aos municípios regionais: 5º lugar em alfabetização (0,71), 5º em

renda (0,64) 14º em habitação (0,34), 4º em índice ambiental, 6º lugar em saúde (0,54) e 5º

lugar em qualidade de vida (0,62), (IBGE, 2008).

6.2 – CARACTERIZAÇÃO ECONÔMICA DO MUNICÍPIO

– Produto Interno Bruto (PIB)

Segundo o Leitura Técnica, o ICMS (Imposto sobre as operações relativas à

Circulação de Mercadoria e prestação de Serviço, de transportes interestaduais e

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intermunicipais, e de comunicação) de acordo com a Constituição Federal de 1988, determina

que 25% do total arrecadado pelo estado são destinados aos municípios. Deste montante, 75%

do valor são distribuídos com base no VAF (Valor Adicionado Fiscal) e os 25% do mesmo

são distribuídos de acordo com a lei estadual.

Pode-se observar em Alfenas, segundo dados levantados sobre a arrecadação do

ICMS, a gradação ascendente que parte do ano de 1999 com 13.835.137,22 (treze milhões,

oitocentos e trinta e cinco mil e cento e trinta e sete reais e vinte e dois centavos), e chega ao

ano de 2000 com 27.094.395,00 (vinte e sete milhões noventa e quatro mil e trezentos e

noventa e cinco reais). (Leitura Técnica de Alfenas, 2006)

A arrecadação mensal de Alfenas continuou aumentando no ano de 2001, de

1.759.877,60 (um milhão setecentos e cinqüenta e nove mil, oitocentos e setenta e sete reais e

sessenta centavos) em janeiro, para 3.360.819,33 (três milhões, trezentos e sessenta mil e

oitocentos e dezenove reais e trinta e três centavos) em abril, mas sofre uma queda no mês de

maio, abaixando seu valor para 1.743.226,66 (um milhão setecentos e quarenta e três mil e

duzentos e vinte e seis reais e sessenta e seis centavos, caracterizando um aumento de 51%.

(IBGE, 2008)

Dos dados apresentados anteriormente podemos concluir que ....

6.3- AS INDÚSTRIAS EM ALFENAS

Segundo o IBGE havia em Alfenas 82 empresas em 1970 e 93 em 1980. Em 2008

eram 2.376, este numero encontra-se em constante evolução já que desde que o Distrito

industrial foi inaugurado tem notado um avanço nas implantações de indústrias e na geração

de empregos, já que este é um do distrito indústrias mais importantes do Brasil e o que mais

cresce, segundo a Prefeitura Municipal.

E é também um grande gerador de trânsito de grande porte dentro da cidade, como

caminhões carregados, carretas e ate mesmo treminhões. Como pode ser observado na tabela

das indústrias de Alfenas, algumas chegam á um trafego de 350, 400 caminhões por mês. O

que significa um incremento no trafego da cidade de aproximadamente 14, 15 caminhões

diários, circulando vagarosamente, gerando uma serie de problemas.

A maioria das indústrias de Alfenas se concentra no DI, porém algumas estão

localizadas em bairros, como é o caso da Saliba no centro da cidade e a Paramotos no bairro

América, intensificando o trafego de caminhões nessas áreas.

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Tabela: Indústrias em Alfenas – MG

Fonte: Trabalho de campo, realizado em julho de 2010

6.4- O DISTRITO

O distrito foi instalado em meados da década de 80, em 1999 já possuía 32 indústrias,

segundo o Jornal dos Lagos. Situado na região noroeste da cidade, ocupa uma área de

Empresa Ano de instalação

Media de produção

Produtos Destino dos produtos

Meio de transporte

Média de caminhões

Setor

Cooxupé 1991 6 mil sacas

Café Internacionais Próprio 30 Agrícola

Lagos química

1990 10 mil litros

Detergente São Paulo Rio de

Janeiro e Minas gerais

Próprio 3 Domestico

Alternativa Construções

elétricas

1996 ñ possui Prestação de serviços

Minas gerais Próprio 8 Construções elétricas

Plasmig 1985 10 toneladas

Embalagens plásticas

Minas gerais Transportadora 7 Reciclagem

Estrutura de Concreto

Cobra LTDA

1998 3 estruturas

Estrutura de Concreto

(galpão pré-moldado)

Brasil Próprio 8 Construção civil

Coagril 1983 3 maquinas

Pulverizador pressurizado

Brasil e Internacionais

Transportadora 30 Agrícola

Pioneer sementes

2004 ñ possui Sementes Sul de Minas Transportadora 150 Agrícola

Alfenaco 1984 5 estruturas

Estruturas metálicas

Minas Gerais Próprio 10 Construção civil

Lafarge Concreto

SA

1999 5 toneladas

Concreto Sul de Minas Próprio 40 Construção civil

Tiph

(Fundição

de

autopeças)

1998 ñ

informado

Autopeças

leves e

pesadas p/

caminhões

Brasil e

Internacionais

Transportadora 350 Automobilística

Saliba 1981 ñ

informado

Tecidos Brasil Transportadora 15 Têxtil

Paramotos 1989 ñ

informado

Peças

p/motos

Brasil Transportadora ñ

informado

Automobilística

Unifi 1998 ñ

informado

Texturização

de fios de

poliéster

Brasil e

internacionais

Transportadora 400 Têxtil

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1.200.000 metros quadrados, e vários lotes ainda a disposição. Essa área foi escolhida

segundo a Prefeitura Municipal (Secretaria de Planejamento e Orçamento), porque era um

terreno de posse da Prefeitura, sem nenhuma predestinação.

Atualmente o DI é administrado pela CDI(Companhia de Desenvolvimento Industrial

de Minas Gerais) e pelo INDI (Instituto de Desenvolvimento de Minas) e abriga empresas

internacionais de grande porte como a UNIFI (indústria de texturização de fios de poliéster,

matéria prima da indústria têxtil), a Técnica Industrial TIPH (fundição de autopeças leves e

pesadas para tratores), e a IBCEL (que industrializa condutores elétricos); são apenas, alguns

exemplos das empresas em operação no DI. A recente duplicação da Fernão Dias incentivou

os investidores a migrarem para o município, que possui localização estratégica, ótimos

incentivos fiscais, entre outras vantagens.

7 – A FERROVIA E A RODOVIA

- SISTEMA FERROVIARIO:

A estação ferroviária de Alfenas foi construída na segunda metade da década de 1910

pelo engenheiro carioca Paulo Froitein, graças à influência política do então senador estadual

Dr. Gaspar Lopes durante a gestão do Coronel José Bento como agente executivo do

município, segundo o Jornal dos Lagos de 1996.

Incorporada à Rede Mineira de Viação, a via férrea ligava Alfenas ao Rio de Janeiro

com um ramal direto até a estação de abastecimento localizada no bairro pitangueiras (depois

denominada Gaspar Lopes, em homenagem ao seu idealizador) a 9 km de Alfenas, onde havia

o entroncamento para Tiuti (atual Jureia) e para Cruzeiro, estado de São Paulo. Também foi

construído um eixo ligando Gaspar Lopes à Machado, passado pelo bairro rural de Caiana,

onde as locomotivas eram abastecidas dos combustíveis lenha e carvão. A linha era o meio de

transporte mais ágil que a população local dispunha, já que as estradas eram muito precárias.

Havia muita movimentação com despachos de produtos agrícolas principalmente café,

(toda a produção cafeeira da região era transportada por trem), pastoris e avícolas para os

grandes centros como Rio de Janeiro, na época capital do Brasil. E também recebimentos de

encomendas de madeira proveniente do Paraná e encomendas de carros, segundo o Jornal dos

Lagos de 1996

Vale ressaltar ainda que as ferrovias brasileiras foram construídas para atender a uma

demanda regional de transportes, ou seja, não foram construídas para o transporte urbano de

passageiros e sim para fins industriais e cargueiros, como é o caso de Alfenas. Porem mesmo

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assim já representavam uma demanda urbana sobre um sistema de transporte extra-urbano.

Villaça (2001).

Ainda de acordo com o Jornal, em meados da década de sessenta a linha foi desativada

pelas obras da represa de Furnas, então o prédio da Estação ficou ocioso, o prefeito em

exercício mandou demolir uma parte para prolongamento da Rua Rui Barbosa, deixando de

pé apenas um dos barracões que serviu de armazém ate ser reformado e transformado em

Casa de Cultura de Alfenas na gestão do prefeito Dagoberto Engel.

Foto 3 : Estação Ferroviária de Alfenas, 1932.

Fonte: Prefeitura Municipal de Alfenas.

- SISTEMA RODOVIÁRIO E O TRANSPORTE COLETIVO:

Alfenas articula-se em uma malha rodoviária com duas estradas federais (BR- 491 e

BR-369) e algumas estradas estaduais, que fazem a ligação da cidade com grandes centros e

demais cidades da região, segundo o IBGE,2008. No geral, constata-se que todas as rodovias

atendem bem as necessidades do município, não havendo necessidade de maiores

intervenções, ou ampliações das mesmas, a não ser mais cuidado com todas, fazendo

periodicamente alguma manutenção no intuito de mantê-las funcionando bem.

Segundo o leitura Técnica, atividades de reparos que não eram realizadas na BR-491,

que se encontrava em estado bem precário quanto à pavimentação e sinalização até 2007,

quando se iniciou a “reforma”, as obras duraram cerca de dois anos e meio, terminou em julho

de 2009 e passou por uma repavimentação completa, porém é importante ressaltar que a

manutenção não é realizada. Atualmente, a BR 491 esta sob concessão da concessionária

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Nascente das Gerais. Têm-se ainda diversas estradas rurais responsáveis pelo escoamento da

produção agropecuária. Estas estradas rurais geralmente não são pavimentadas, mas recebem

manutenção periódica, como cascalho ou passagem de máquinas.

As principais rodovias que ligam Alfenas ao resto do estado: a BR- 491 que liga o

interior de São Paulo (região de Ribeirão Preto) ao sul de Minas, passando por Passos,

Alfenas, Varginha e termina no entroncamento com a Fernão Dias; a BR-369 liga Alfenas a

Belo Horizonte, de acordo com o IBGE,2008. Foram construídas em meados da década de

70,segundo a Prefeitura Municipal. Antes eram estradas de terra e se encontravam em

situação precária, porem após a construção de Usina Hidrelétrica Furnas e a desativação da

linha férrea, a população passou a contar apenas com esse meio e acesso. Hoje, o sistema

rodoviário é composto por três estradas federais: BR-491, BR-267 e BR-369, quatro

estaduais: MG-179, MG-184, MG-453 e MG-879, e diversas municipais, também segundo o

IBGE, 2008.

De acordo com a Leitura Técnica, 2006, quanto ao sistema viário urbano, Alfenas

conta hoje com um sistema rodoviário deficitário, carecendo de intervenções e manutenções.

O traçado ortogonal apresenta ruas estreitas, principalmente na área central, com larguras

médias de 10m. Estas, no horário comercial, recebem grande fluxo de veículos leves, que

ocupam boa parte com estacionamentos, dificultando assim o abastecimento de mercadorias

nas lojas e estabelecimentos, feito por veículos de grande porte, o que causa grande

precarização do transito. Cortando longitudinalmente a cidade, passando pelo centro, tem-se a

ligação entre as rodovias, o fluxo intenso e pesado sobrecarrega o sistema rodoviário, devido

à ausência de vias destinadas a este fluxo.

Gráficos comparativos que mostram o aumento, principalmente de caminhões, de

2008 para 2009, confirmando a situação de precariedade do transito alfenense, são expostos a

seguir, nos quais podemos notar que os caminhões tiveram um aumento de 5% e as carretas

um aumento de 6%, ou seja, o trânsito cada vez mais negativo e com pouca fluidez.

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Gráfico 1:

Trafego de veículos entre as ruas Arthur Bernardes, Alferes Domingues, Pedro Correia

e Avenida Governador Valadares.

Gráfico 2:

Trafego de veículos entre as ruas Arthur Bernardes, Alferes Domingues, Pedro Correia

e Avenida Governador Valadares.

27%

28%45%

Carreta

7-8 h 12-13 h 18-19

Dados obtidos em trabalho de campo entre os dias 1 de outubro/2009 á 14 de

dezembro/2009

Segundo a Prefeitura Municipal o projeto da via perimetral e a criação de leis de

controle ao longo da mesma, o fluxo pesado deverá ser desviado da área central, amenizando

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o tráfego desses veículos nesta região. Outro problema enfrentado no sistema viário urbano é

em relação ao trevo, que apresenta na sua proximidade a instalação do campus da Unifenas.

Essa universidade, junto aos acessos da BR-491 e MG-179, ocasiona nos períodos mais

intensos (das 7 h às 9 h e 30 min., das 11 h às 14 h e 17 h às 19 h) congestionamentos devido

à entrada e saída dos usuários do campus. Há desconforto aos que têm que ficar parados,

esperando dentro dos veículos, uma oportunidade para conseguir concluir o trajeto.

Tem-se ainda a falta de planejamento e garantia da eficiência do sistema viário, que

deveria buscar compatibilizar a classificação funcional com a geometria das vias, evitando

assim conflitos entre pedestres e veículos.

Porém, os piores congestionamentos acontecem no centro da cidade, devido a vários

problemas como a deficiência no transporte publico, acesso à BR-369 que obriga a passagem

dos veículos pelo centro, trafego de veículos de grande porte, entre outros.

Mapa 4:

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Fonte:Carta Temática de Alfenas

Podemos notar que o maior fluxo de trânsito corta a cidade de norte a sul, gerando

maiores congestionamentos nas ruas indicadas no mapa. Podemos observar também que após

a derrocada da ferrovia e a criação das rodovias, a cidade passou a crescer ao leste e sul,

longitudinalmente, ou seja, margeando as rodovias ou vias regionais como as BRs 491 e 369 e

vias intra-urbanas como as estradas vicinais, e as avenidas. Com exceção para a região

destacada no mapa de amarelo onde se localiza o bairro Aeroporto que teve sua consolidação

a partir da construção do mesmo.E também a parte destacada de lilás, onde estão localizados

os bairros Conjunto habitacional Pinheirinho, Recreio Vale do Sol e bairro Santa Clara,

bairros de baixa renda,que demonstram a exclusão espacial de Alfenas.Porém nota-se que o

Distrito Industrial esta localizado bem ao lado dessa região (destacado de rosa,no mapa).

Entre essa região esta o novo Campus da Unifal, ainda em construção,gerando o que vamos

chamar de “novo centro”, ou centralidade,constituindo aquele paradigma centro-periferia que

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a autora Sposito (2006) discute no presente texto acima no tópico:Alfenas uma cidade

média.

O próximo mapa mostra o sistema viário como um todo:

Mapa 5: – Sistema Viário 2006.

Fonte: Leitura Técnica de Alfenas

Segundo a empresa ALFETUR o sistema de transporte atende todo o meio urbano,

através das 19 linhas de ônibus, que passam pela cidade.

Porém esse tipo de transporte coletivo não possui pontos de ônibus com cobertura e

acentos para as pessoas que ali aguardam. Também não há elevadores para deficientes físicos

na porta do ônibus. Pode-se contar atualmente, com uma empresa responsável pelo transporte

coletivo, ALFETUR, além de inúmeros táxis que fixam seus pontos, geralmente na

Rodoviária, na Praça Emílio da Silveira e na Praça Getúlio Vargas. Para o único distrito

(Barranco Alto) o transporte é feito por meio de balsa.(PREFEITURA MUNICIPAL,2008)

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Mapa 6: – Síntese Ônibus Coletivo.

Fonte: Tabela Escrita das Linhas de Ônibus da Empresa Alfetur, 2006.

8 - RESULTADOS E DISCUSSÕES

O problema do trânsito nas cidades tem sido amplamente debatido. E em Alfenas essa

questão vem à tona dada à grande falta de mobilidade vivida pelos motoristas dentro da

cidade, provocada por veículos de grande porte, que vêm, ou vão, para o Distrito Industrial.

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Comprovando assim a nossa hipótese de partirda. Somado a esse problema, temos a falta de

um desvio para se chegar a BR-369, que dá acesso a grande Belo Horizonte, por isso os

motoristas são obrigados a passar pelo centro da cidade.

A falta de logística nesses dois casos foi o pivô da situação, principalmente no caso do

DI, que foi construído sem levar em conta a acessibilidade da área, existe uma via perimetral

que dá acesso ao DI, a sudeste apenas, sem levar em conta, motoristas que vêm do norte da

cidade, que neste caso teriam que dar uma volta de aproximadamente sete quilômetros. De

dezessete entrevistas realizadas com motoristas que se direcionam ao DI, apenas quatro,

disseram conhecer e utilizar a via, seis disseram não utilizar a via porque esta não apresenta

boa infra-estrutura para veículos pesados, pois possui muitas subidas e curvas fechadas.

Quatro disseram não utilizar a via, porque aumentaria o trajeto, e três desconheciam a

existência da via.

Todos esses problemas são característicos de cidades médias em crescimento, como

Alfenas, que vêm adquirindo os problemas das grandes cidades. São cidades, onde as vias de

circulação regionais são as principais responsáveis pela estruturação urbana, como podemos

notar quando comparamos os gráficos de circulação, a tabela de indústrias e o mapa de

estruturação urbana de Alfenas, presentes neste trabalho. Nos quais as indústrias direcionam o

fluxo de trânsito, que por sua vez estrutura o crescimento da cidade, no sentido norte-sul, ou

seja, longitudinalmente. Portanto, um crescimento orientado pelas principais rodovias, ruas e

avenidas.

Ainda analisando a tabela e o mapa, podemos definir a direção do fluxo de trânsito,

local: noroeste, em direção à BR-369 e sudeste em direção à BR-491; regional: sudeste, em

direção a Varginha (Porto Seco), norte em direção a grande Belo Horizonte; nacional: São

Paulo, Belo Horizonte; aeroportos, como o de Cumbica/SP, e também portos como o de

Santos/SP, para fins de exportação de produtos produzidos em Alfenas/MG.

Portanto, é importante enfatizar que a movimentação de cargas urbanas é fundamental

para a economia de uma cidade, ou alcançando até mesmo uma escala global. No momento

atual, quando mudanças radicais vêm ocorrendo no ambiente industrial, com aumento

significativo da competitividade e crescimento dos mercados, todos os diferenciais logísticos

passam a ser importantes. Por isso, a necessidade de sanar esses problemas dentro da cidade

de Alfenas, porque estão provocando deseconomias, que influenciam na economia da cidade.

Para as cidades, a movimentação de carga é um mal necessário, pois ela não sobrevive

sem estes fluxos vitais. (Villaça, 2001).

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Por isso, o desenvolvimento de um planejamento urbano que contemple esta variável e

de uma legislação que organize suas atividades é o principal papel do poder público para

minimizar estes problemas. São desafios do poder público o desenvolvimento de políticas

voltadas para esta questão, determinando quais intervenções devem ser feitas, monitorando o

desempenho dos sistemas de movimentação de veículos e de cargas e prevendo demandas

futuras destes fluxos.

9 – BIBLIOGRAFIA

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