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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM INFORMÁTICA
CÍCERO IRIVAN FRANÇA DOS SANTOS
INFORMÁTICA EDUCATIVA APLICADO AO ENSINO
FUNDAMENTAL
MAURITI – CEARÁ
2015
CÍCERO IRIVAN FRANÇA DOS SANTOS
INFORMÁTICA EDUCATIVA APLICADO AO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso, de Graduação em Informática apresentado ao Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau licenciado em Informática.
Orientador: Prof.Ms. Francisco Márcio Santos.
MAURITI – CEARÁ 2015
Dedico este trabalho a professora Maria Graciane
Xavier Santos pela compreensão e apoio nos
momentos de dificuldades que passamos juntos
durante a realização deste curso.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me amparado em todos os momentos da minha vida, me ajudando,
orientando e incentivando a seguir. A ele meus eternos agradecimentos!
A Milha amada Esposa Graciane, de quem sempre estive junto compartilhando das
alegrias e das tristezas que a vida nos proporciona.
Aos meus queridos filhos Áquila e Heloísa em quem sempre encontrei
encorajamento para prosseguir.
Aos meus pais, José Simião e Maria Dilza, que tantas vezes me apoiaram e
contribuíram diretamente para que eu pudesse seguir em frente.
A professora Maria Iraneide Braga de Abreu, (Menininha) minha colega de trabalho,
com quem sempre pude contar nos momentos difíceis e tanto me apoio com
palavras e ações.
Ao meu orientador, professor Ms. Francisco Márcio Santos, pela dedicação, e
atenção, oferecido durante a construção deste trabalho.
A todos os meus colegas de curso, com quem convivi durante estes últimos quatro
anos e tive o privilegio de aprender preciosas lições com cada um deles, de quem
certamente sentirei muitas saudades.
Ao professor Maciel, atual diretor a Escola Ossian Araripe, pela abertura dos
espaços da escola, inclusive do seu PPP como forma de colaboração com a
realização deste trabalho.
RESUMO
Este trabalho se propõe a fazer um levantamento a respeito da prática da
informática educativa no ensino público brasileiro com ênfase nos anos finais do
ensino fundamental, para início, apresentamos um breve estudo a respeito da
história da inserção dos recursos midiáticos no âmbito escolar. Destacando a sua
atuação como ferramenta capaz de dinamizar a prática ensino aprendizagem. A
questão do financiamento público para a promoção da educação por meio das TICs
nas diferentes instâncias do poder público e os seus reflexos na promoção da
informática educativa. Considerando os níveis desses investimentos ofertados por
estados, municípios e pela união. Outra questão abordada corresponde ao uso
pedagógico das TICs como ferramenta educativa, neste sentido todos os elementos
tecnológicos que possuam a capacidade de viabilizar a comunicação e a
interatividade são considerados como midiáticos e, portanto, capazes de promover a
prática ensino aprendizagem. Neste aspecto os softwares educativos ganham
especial destaque e tratamos a respeito da sua potencialidade educacional,
considerando sua abrangência e larga disponibilidade no mercado de softwares.
Ainda no contexto dos softwares educacionais, ganham especial destaque os
Ambientes Virtuais de Aprendizagem que são aqui relatados por sua contribuição no
processo de formação dos professores, bem como sua qualificação para o exercício
do ensino fundamental, neste contexto faz-se necessário destacar a plataforma
Moodle que tem contribuído largamente com a qualificação dos docentes brasileiros.
Palavras-chave: Informática. Formação. Professor, Educação.
ABSTRACT
This paper aims to make a survey about the practice of educational computing in the
Brazilian public education with an emphasis in the final years of elementary school,
to start , we present a brief study of the history of the integration of media resources
in schools . Highlighting its role as a tool capable of stimulating the practice teaching
and learning . The issue of public funding for the promotion of education through ICT
in various departments of the government and its impact on the promotion of
educational computing . Considering the levels of these investments offered by
states, municipalities and the union. Another question corresponds to the
pedagogical use of tics as an educational tool in this sense all the technological
elements that have the ability to facilitate communication and interactivity are
considered as media and therefore able to promote practical teaching and learning.
In this respect the educational software receive special attention and treat about their
educational potential, considering its scope and wide availability in the software
market. Also in the context of educational software , receive special attention the
Virtual Learning Environments that are reported here for his contribution in the
process of training of teachers and their qualification for the exercise of teaching in
this context it is necessary to highlight the Moodle platform that has largely
contributed to the qualification of Brazilian teachers .
Key-words: Computers, Training, Teacher, education.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Tela de login do Ambiente Colaborativo de Aprendizagem e-ProInfo .......... 16
Figura 2 – Representação do cenário de aldeia global descrito por Marchall. .............. 20
Figura 3 – Representação da capacidade de interação em diversos meios
tecnológicos. ................................................................................................................. 21
Figura 4 – Alunos da escola Ossian Araripe em aula de informática básica no
laboratório de informática da instituição. ....................................................................... 24
Figura 5 – Print screen da página inicial do Portal do Professor, em destaque -
Espaço da Aula. ............................................................................................................ 26
Figura 6 – Diagrama representativo do funcionamento do Moodle como plataforma
de ensino aplicada na formação de professores. .......................................................... 32
Figura 7 – Vista parcial da fachada da escola Ossian Araripe. ..................................... 34
Figura 8 – Alunos utilizando as mídias para apresentar trabalhos escolares ................ 35
Figura 9 – Alunos locutores no Studio da Rádio Sintonia Jovem. ................................. 36
Figura 10 – Print screem da Página da Escola Ossian Araripe na internet ................... 36
Gráfico 1 – Frequência do uso das TICs entre os professores. .................................... 38
Gráfico 2 – Opinião dos professores quanto à disposição e o acesso dos recursos
tecnológicos entre seus alunos. .................................................................................... 39
Gráfico 3 – Uso das plataformas de ensino pelos professores da escola. .................... 41
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AVA Ambientes Virtuais de Aprendizagem
CENIFOR Centro de Informática
CIE Centro de Informática na Educação
CIED Centro de Informática Educacional
CIES Centros de Informática e Educação Superior
CIET Centros de Informática na Educação Tecnológica
EaD Ensino a Distância
EDUCOM Educação com Computadores
MEC Ministério de Educação e Cultura
NTE Núcleos de Tecnologia Educacional
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
PPP Projeto Político Pedagógico
PROINFO Programa Nacional de Informática na Educação
PRONINFE Programa Nacional de Informática
PSEC Plano Setorial de Educação e Cultura
PUC-SP Universidade Pontifício Católica de São Paulo
SEI Secretaria Especial de Informática
TIC Tecnologia de Informação e Comunicação
UAB Universidade Aberta do Brasil
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior
SUMÁRIO
1 INTRODUÇAO ............................................................................................. 11
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 13
2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 13
2.2 OJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 13
3 A INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL .............................................. 14
3.1 A INFORMÁTICA EDUCATIVA NO ENSINO PARENDIZAGEM ................. 17
3.2 O ENSINO FUNDAMENTAL E A INFORMÁTICA EDUCATIVA .................. 18
4 TICS E A PRÁTICA DA INFORMÁTICA EDUCATIVA ............................... 20 4.1 OS RECURSOS MIDIÁTICOS NA EDUCAÇÃO .......................................... 22
4.1.1 Aprendendo com os recursos midiáticos ................................................ 23
4.2 SOFTWARES EDUCATIVOS E APLICAÇÃO EM DETERMINADAS
DISCIPLINAS DO ENSINO FUNDAMENTAL .............................................. 25
5 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM – AVA ............................... 29
5.1 OS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO DO
PROFESSOR ............................................................................................... 30
6 METODOLOGIA .......................................................................................... 35
7 A PESQUISA ............................................................................................... 38
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 46
APÊNDICES................................................................................................. 49
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1. INTRODUÇÃO
São recorrentes as tentativas de trazer para a educação escolar os
recursos tecnológicos digitais existentes na sociedade moderna e que hoje
chamamos de informática. A exemplo do que acontece em nossos dias, sua
utilização, aceitação e aplicação foram largamente discutidas na escola. A
informática educativa é uma inserção do computador e suas ferramentas
operacionais, a internet, os softwares educativos e jogos eletrônicos. Essas
ferramentas podem ser utilizados como recursos complementares à prática do
ensino pelo professor de qualquer que seja a disciplina.
O que viabilizou o surgimento deste conceito foi a popularização do
computador na sociedade brasileira, que trouxe para a escola uma ferramenta
didática poderosa para as diversas disciplinas da educação básica e até o ensino
universitário.
Muitos investimentos financeiros veio promover o acesso e a
democratização da informática nas escolas. O poder público trouxe os laboratórios
de informática para a educação básica com o objetivo de melhorar a prática ensino e
aprendizagem, por acreditar que assim como ocorre com a informática possibilita
uma melhor reflexão sobre a realidade que nos é proposta.
O comportamento humano nos relacionamentos vem sendo alterado
produzindo na escola novas formas de aprender e ensinar. Neste aspecto não faz
sentido que a escola, que é parte desta sociedade, não se aproprie de modo efetivo
do principal meio de se produzir e veicular informações, principalmente se
considerarmos que o conhecimento surge do processamento das informações.
Por isso, a finalidade desta pesquisa é de produzir uma análise sobre a
aplicação da informática educativa como ferramenta pedagógica no ensino, com
ênfase nos anos finais do ensino fundamental, e os financiamentos governamentais
para esta finalidade.
Outra questão a ser abordada aqui, diz respeito a atual geração de jovens
em idade escolar, muitos ainda no ensino fundamental que muito embora sejam
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qualificadas como geração Z1, é preciso conhecer em que nível se dá o seu acesso
a este mundo tecnológico e o que é determinante para isso.
O desenvolvimento desta pesquisa esta estrutura em cinco seções que
veremos a seguir:
Na seção um serão comtemplados os objetivos do trabalho, eles norteiam
toda a pesquisa e são a base para a elaboração e execução da nossa metodologia
de aferimento da realidade levantada por nossa problematização.
Na seção dois serão abordados, os aspectos históricos referentes à
inserção da informática na educação como ferramenta pedagógica, para tal intenção
promovemos uma intensa busco pelos programas governamentais criados com este
propósito, a fim de conhecer qual a contribuição de cada um para o surgimento do
que hoje chamamos de informática educativa.
A seção três trata das tecnologias de informação e comunicação - TICs,
por considerar sua relevância para a promoção da informática educativa, neste
ponto, destacamos os principais recursos tecnológicos contemporâneos, que em
alguns casos passaram por um processo de reinvenção para atender a crescente
demanda de informação e a necessidade de interatividade requerida pela atual,
geração sobre a qual falamos anteriormente.
A seção quatro é uma análise dos ambientes virtuais de aprendizagem -
AVA, nosso esforço a este respeito é entender o seu nível de importância no
processo de formação dos professores, considerando que tais ambientes
constituem-se como parte integrante das TICs e, portanto, da informática educativa.
E a seção cinco trata da metodologia, utilizada para verificar os
questionamentos levantamentos nas demais seções, e isso ocorre por meio da
analise de questionários, que foram respondidos por professores de uma escola de
ensino fundamental de nível II que corresponde aos anos finais do ensino
fundamental do 6º ao 9º ano.
1.O termo Geração Z surgiu para qualificar os nascidos do ano de 1990 até 2010 Sua maneira de
pensar foi influenciada desde o berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o rádio, o telefone, música e internet [...]. Como informação não lhes falta, estão um passo à frente dos mais velhos. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/jovens/apresentacao.html> acesso em 20/01/2015.
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2. OBJETIVOS
2.1 - Objetivo Geral
O objetivo do presente trabalho é Analisar a aplicação da informática
educativa ao ensino fundamental.
2.2 - Objetivos Específicos
Verificar o nível de conhecimento dos professores em relação a informática
educativa e sua aplicação na educação.
Identificar as tecnologias mais comuns na educação e como são utilizadas.
Verificar o acesso às tecnologias digitais utilizadas para a prática da
informática educativa por parte dos alunos.
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3. A INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL
A história da informática educativa no Brasil teve o inicio ainda na década
de 1970 quando o Ministério de Educação e Cultura - MEC criou a secretaria
especial de informática com a finalidade expandir o conceito de que a escola deveria
promover o avanço científico e tecnológico esperado pela sociedade brasileira.
Segundo Maria Cândida Morais2, PUC-SP, foi Mediante articulação da
Secretaria Especial de Informática - SEI, órgão responsável pela coordenação e
execução da Política Nacional de Informática, que o Ministério da Educação tomou a
dianteira do processo, acreditando que “o equacionamento adequado da relação
informática e educação seria uma das condições importantes para o alcance do
processo de informatização da sociedade brasileira" (MORAIS, 1997, p. 2).
Dando continuidade aos investimentos na busca da inclusão da informática
no sistema de educação, foi criado entre os anos de 1982 o III Plano Setorial de
Educação e Cultura - III PSEC. Durante sua vigência foram tomadas importantes
providências quanto ao uso das novas tecnologias da informação na educação
pública brasileira, dentre elas vale destacar “a criação do Centro de Informática do
MEC - CENIFOR, que foi encarregado da implementação, coordenação e
supervisão técnica do Projeto Educação com Computadores - EDUCOM.”
(BASNIAK; SOARES, 2014, p.6)
O projeto EDUCOM, foi criado em julho do ano 1983 como meta do III
Plano Setorial de Educação e cultura do MEC para implantação da informática no
ensino. Na ocasião, segundo Oliveira (2007, p. 33), “foram cinco centros piloto
responsáveis pelo desenvolvimento de pesquisa e pala disseminação do uso de
computadores no processo de ensino aprendizagem.” A escolha destes cinco
centros experimentais, (que precisariam ser universidades públicas), deveriam
desenvolver experimentos sobre a utilização do computador no ensino médio, o
desenvolvimento deste projeto tinha como propósito suprir a maior necessidade do
Brasil, que era exatamente a falta de domínio das tecnologias relacionadas ao
2 Maria Cândida Moraes é doutora em educação pela PUC/SP e mestre em ciências pelo Instituto de
Pesquisas Espaciais, INPE/CNPq. Desde 1997, é professora do Programa de Pós-Graduação em Educação (Currículo) da PUC/SP. Foi consultora do Banco Mundial, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e professora-visitante da Universidade de Barcelona. É conferencista nacional e internacional e têm diversos livros publicados, dentre eles, O Paradigma Educacional Emergente, em sua 10ª edição e o Educar na biologia do amor e da solidariedade (Editora Vozes, 2003).
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computador. Estes centros deveriam produzir softwares e hardwares, além de
investir na formação de profissionais na área da informática.
O EDUCOM tornou-se, o “pai” de todos os projetos tecnológicos
desenvolvidos pelo MEC em benefício da educação. “O projeto EDUCOM é o
primeiro projeto público a tratar da informática educacional. Agregou diversos
pesquisadores da área e teve por princípio o investimento em pesquisas
educacionais” (TAVARES 2001a, p. 1). Este projeto compôs as bases estruturais
para todos os demais projetos de inserção do computador e as tecnologias a ele
associadas no contexto educativo, passando pelo PRONINFE que trataremos a
seguir, até chegar ao PROINFO que continua em vigência.
No final da década de 80, o MEC cria por meio da Portaria Ministerial
549/GM, o Programa Nacional de Informática Educativa - PRONINFE “que tinha
como finalidade desenvolver a informática educativa no Brasil, através de projetos e
atividades, articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica
sólida e atualizada” (BRASIL, 1989). Neste contexto articulou-se o conhecimento
técnico e científico por meio de uma política pública que envolvia o Ministério da
Educação e o Ministério da Ciência e Tecnologia em função da abrangência da
informática no ensino, nos níveis de 1º, 2º e 3º graus.
Neste programa o foco foi a formação dos recursos humanos, sobretudo
por meio da capacitação permanente de professores em 533 núcleos distribuídos
geograficamente por todo o país. O programa atuava promovendo a
descentralização funcional através dos Centros de Informática na Educação - CIE,
sendo assim, os Centros de Informática Educacional - CIED, encarregavam-se de
promover o desenvolvimento da informática na educação fundamental, na época 1º
e 2º grau, enquanto que os Centros de Informática na Educação Tecnológica - CIET
atuavam no ensino técnico, e no ensino superior, os Centros de Informática na
Educação Superior - CIES.
Esses programas não garantiram a universalização da informática no
âmbito educacional, embora um dos seus objetivos tenha sido uma ampla
distribuição geográfica das ações do projeto em informatizar e formar mão de obra
qualificada para o uso adequado dos recursos tecnológicos. Não atingiu todas as
unidades escolares da rede pública, não oportunizando aos professores e alunos o
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acesso ao meio informacional, o que só veio acontecer com a implantação do
Programa Nacional de Informática na Educação - PROINFO, que tem sido o mais
amplo projeto já realizado pelo MEC voltado para disseminação da cultura
informacional e o desenvolvimento da sua prática no contexto escolar.
Figura 1 – Tela de login do Ambiente Colaborativo de Aprendizagem e-ProInfo.
Conforme definição dada pelo próprio Ministério da Educação o
PROINFO é um programa educacional com o objetivo de promover o uso
pedagógico da informática na rede pública de educação básica. É visto como uma
reformulação do PRONINFO, porem, com muitas melhorias, entre elas, um maior
investimento financeiro por parte do MEC, distribuição de computadores em todas as
escolas públicas do país, conta com o suporte dos Núcleos de Tecnologia
Educacional - NTE presentes em todos os estados da união. Para Mercado (2002.
p.12)
Frente a esta situação, as instituições educacionais enfrentam o desafio não apenas de incorporar as novas tecnologias como conteúdo de ensino, mas também reconhecer e partir das concepções que os aprendizes têm sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver e avaliar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição reflexiva sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos.
A estrutura física para a implementação dos laboratórios, bem como a
capacitação dos educadores, ficou sob a responsabilidade dos estados e dos
municípios e neste ponto é que o projeto encontrou o seu maior obstáculo,
Disponível em: http://www.rneducacao.com. Acesso: 21 de dez. de 2014.
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principalmente nas escolas das redes municipais que não conseguiram implantar a
informática educativa por falta exatamente dessa contrapartida dos municípios
devido a falta de uma gestão local mais ativa.
3.1– A informática educativa no ensino e aprendizagem
O uso da informática como prática pedagógica tem se tornado um dos
principais temas no debate sobre as melhorias na educação básica do Brasil. Nos
temas do debate está a importância do computador como ferramenta pedagógica,
reconhecidamente capaz de promover avanços na relação ensino aprendizagem,
entretanto é preciso ter clareza a respeito da função a ser desempenhada pelo
computador nesse processo, ele não deve ser visto com um fim e sim como um meio
facilitador à prática pedagógica do professor, conforme constata (SILVA; LIMA, 2013
. p.166)
As representações sociais dos professores sobre o uso do computador no processo de ensino e aprendizagem podem determinar a forma como eles fazem uso dessa ferramenta nos processos educativos e como a compreendem em suas possibilidades formativas.
O sentido da utilização computador está em reconhecer as possibilidades
de sua contribuição para o desenvolvimento da prática educativa em todos os
processos, partindo da pesquisa e uso dos programas que a máquina dispõe.
O desenvolvimento da informática educativa na prática ensino
aprendizagem não se consolida com a informatização das escolas através da
construção de laboratórios e sua equiparação com computadores e internet. O
módulo introdutório dos Parâmetros Curriculares Nacionais afirma que; “a
incorporação de computadores no ensino não deve ser apenas a informatização dos
processos de ensino já existentes, pois não se trata de aula com efeitos especiais”
(BRASIL, 2006a, p.147). Devemos compreender que nem sempre uma “revolução”
tecnológica corresponde a uma mudança de prática pedagógica.
A proposta do PROINFO contempla uma formação universalizada para
todos os agentes escolares, não somente dos professores, mas indispensavelmente
para eles, pois é na correta utilização do computador e dos seus recursos para o
benefício da prática docente que se promoverá a informática educativa, conforme o
expresso por Valente (1993. p. 21-23) “o professor da disciplina curricular deve ter
conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de
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alternar adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e
atividades que usam o computador”.
O que é consenso entre os estudiosos do assunto, é que os educadores
tem que inserir de forma correta o computador no contexto do seu trabalho de
docência para favorecer um aprendizado mais amplo sobre os assuntos que se
pretende ensinar. “O computador permite criar ambientes de aprendizagem que
fazem surgir novas formas de pensar e aprender” (BRASIL, 2006b, p.147). Desta
forma isso promove a informática educativa no ensino e na aprendizagem.
A ferramenta não pode ser supervalorizada em detrimento do profissional
que a utiliza, entretanto é notável que todo trabalho tende a render mais quando é
realizado com boas ferramentas e nas mãos de profissionais habilitados para o seu
uso. A falta de treinamento e da formação profissional dos professores para o uso da
informática educativa, deve ser o principal gargalo para implementação de uma
informática educativa de qualidade na educação brasileira.
3.2– O ensino fundamental e a informática educativa
É no ensino fundamental que encontramos os maiores obstáculos para a
prática da informática educativa, os motivos estão diretamente relacionados à
qualidade e quantidade dos investimentos financeiros, na produção dos recursos
humanos, pois a informática educativa em cada nível de ensino deve ser estruturada
pela sua entidade mantenedora, que neste caso é o município, geralmente
incapazes de disponibilizar uma estrutura desejável à prática da informática
educativa, ao contrário do que ocorre no ensino médio e o ensino superior que são
financiados pelo estado e união respectivamente.
Essa realidade é melhor compreensível quando analisamos o
comparativo elaborado pela pesquisadora Neide Rodriguez Barea Tavares da
Universidade Anhembi, Morumbi, São Paulo, sobre as diferenças de aplicação de
recursos, formação de recursos humanos e estruturação das unidades por instância
de poder, e conclui: (TAVARES, 2001, p. 18)3
3TAVARES, Neide Rodriguez Barea. História da informática educacional no Brasil observada a
partir de três projetos públicos. São Paulo: Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, 2001. p.1 Ibidem, p.18
19
Todos sabemos das inúmeras dificuldades da escola pública como inúmeros conflitos pessoais, burocracia pendente, problemas na estrutura física do prédio e com mobiliário, (...) e da ausência de tempo útil para que a escola se mobilize no sentido de se apropriar da informática através dos projetos propostos pelo governo. Entretanto, os governos federal e estadual aparentemente fazem sua parte, que é disponibilizar estrutura e equipamentos para a implantação da informática educacional.
O problema ganha maiores proporções nos fundamentos da vida escolar
das crianças. São os municípios que assumem a responsabilidades pela educação
de nível fundamental e os números divulgados anualmente pelos mecanismos de
avaliação da qualidade da educação básica no país comprovam essa realidade.
Mesmo subsidiados pelos estados e pela União, problemas relacionados à
burocracia, corrupção e a falta de qualificação dos gestores municipais, subjugam a
educação fundamental a uma base pouco sólida, desestruturada, o que acaba
afetando a qualidade de todo o processo.
Ao que parece, o ensino fundamental tem dificuldades em promover os meios
necessários e, capazes de criar bases solidadas, suficientemente fortes para a
construção de saberes significativos, em parte, por não haver ainda a devida
apropriação dos recursos tecnológicos por parte das escolas que praticam esta
modalidade de ensino assim como a sua devida aplicação como ferramenta
pedagógica.
Por outro lado, o que se observa é que os alunos desta geração que se
encontram no ensino fundamental vivem em contato direto com os mais variados
recursos tecnológicos. Trata-se de uma geração que não conhece limites para a
comunicação, sobretudo nas redes sociais é fácil perceber isso, observando a forma
natural com a qual eles tratam os objetos eletrônicos pertencentes a este universo.
O celular, smartphone, tablet, são recursos existentes no cotidiano da maioria deles
e a escola deve alinhar de forma educativa esses recursos para o bem e útil para a
sociedade e é sobre isso que trataremos a seguir.
20
4. TICS E A PRÁTICA DA INFORMÁTICA EDUCATIVA
O mundo moderno é produto de um conjunto de grandes transformações
sociais e tecnológicas ocorridas nas últimas décadas. Principalmente no modo como
nos comunicamos, considerando a velocidade com a qual as informações circulam
pelo mundo. Segundo Lévi (1996, p.27) “estamos ao mesmo tempo aqui e lá graças
às técnicas de comunicação e de telepresença”, e a incontestável veracidade de
imagens veiculadas por diversos meios de circulação de informações, produto das
Tecnologias de Informação e Comunicação comumente conhecidas pela sigla TICs.
Figura 2 – Representação do cenário de aldeia global descrito por Marchall.
Neste cenário, a terra foi apelidada de "aldeia global”4 (MARCHALL,
1960. p.37) por considerar que as distâncias físicas foram reduzidas pelo meio
digital, assim não mais existe o conceito de longe e de perto, quanto velocidade com
que as informações circulam, elas estão em todos os lugares ao mesmo tempo,
somos capazes de sentir a dor, de chorar com a os que choram e de sorrir com as
4 O conceito de aldeia global foi desenvolvido por Marshall McLuhan na década de 60, como forma de
explicar os efeitos da comunicação de massa sobre a sociedade contemporânea, no mundo todo. De acordo com sua teoria a abolição das distâncias e do tempo, bem como a velocidade cada vez maior que ocorreria no processo de comunicação em escala global, nos levaria a um processo de retribalização, onde barreiras culturais, étnicas, geográficas, entre outras, seriam relativizadas, nos levando a uma homogeneização sócio-cultural. Neste caso, imaginava ele, ações sociais e políticas, por exemplo, poderiam ter inicio simultaneamente e em escala global e as pessoas seriam guiadas por ideais comuns de uma “sociedade mundial”
Disponível em: http://professorfaustosimoes.blogspot.com.br/ Acesso em 22 de fevereiro de 2015
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alegrias de pessoas a milhares de quilômetros de nossas casas, em outros países
ou em outros continentes.
Uma das principais ferramentas já produzidas pelo meio tecnológico foi a
internet, desde sua invenção até a sua popularização, ela tem se tornado o principal
veículo para conduzir informações por todo planeta. Parece não haver barreiras
para o seu alcance e está presente em quase todas as plataformas eletrônicas.
Algumas até foram reformuladas, para oferecer suporte à internet por meio de
hardwares e softwares, especialmente produzidos para essa finalidade de
estabelecer comunicação com a rede mundial de computadores.
O celular evoluiu para o smartphone, a televisão agregou a internet
(smartv) e se uniram aos novos inventos, criando um circulo de interatividade
incapaz de ser imaginado pelo mais otimista engenheiro ou arquiteto criador de
qualquer dos recursos citadas.
Figura 3 – Representação da capacidade de interação em diversos meios tecnológicos.
Quando falamos em interatividade falamos diretamente a respeito da Web
2.0 que nada mais é que uma referencia a própria capacidade de interação que se
disseminou pela internet. O Jornal Folha de São Paulo (2006) publicou que o termo
Web 2.0 “é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web
Disponível em: http://www.lgblog.it / Acesso em : 21 de dezembro. de 2014.
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tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos
internautas com sites e serviços virtuais”. Considerando que o ambiente on-line esta
mais dinâmico e que os usuários colaboram mais ativamente para a organização
dos conteúdos na web.
Dentro deste conceito destacam-se os sites que permitem a edição dos
conteúdos pelos próprios internautas e destaca como principal exemplo dessa
tendência o portal Wikipédia5 cujo conteúdo disponibilizado lá é fruto da interação
dos usuários e as informações são constantemente atualizadas conforme o ponto de
vista de quem escreve.
4.1 – Os recursos midiáticos na educação
A interatividade promovida pelas TICs especialmente a Web 2.0, são
perfeitamente adequadas às necessidades pedagógicas de um sistema de ensino
que se proponha a ser inovador, neste cenário, não há um centro específico do
saber, como nos tempos anteriores às TICs, onde a figura do professor representava
a referência do conhecimento com seus ideais e motivações de ordem religiosa,
social e cultural.
Sobre essa questão, (GARCIA; PIAGET, 1982, p. 227) afirmam que:
Ficaria inconclusivo se não retomássemos a análise desde outra perspectiva, centrando-nos não no indivíduo senão nos elementos que constituem a referência objetiva do conhecimento, isto é, numa centração sobre o objeto, em lugar da centração anterior sobre o sujeito. No que se segue, nos propomos a mostrar que esta mudança de centração é necessária para poder chegar a uma síntese totalizadora que sirva como esquema explicativo na interpretação da evolução do conhecimento tanto em escala individual como em escala social.
Retornamos, portanto, ao conceito de aldeia global, pois todas as regras,
doutrinas e costumes ocupam os mesmos espaços de convivência.
5 O portal Wikipédia esta disponível no link http://pt.wikipedia.org/, porem é importante lembrar que a
confiabilidade do referido site é muito questionada pela falta de controle autoral das informações ali disponibilizadas.
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Na escola convivemos com essa diversidade, e não é possível promover
uma ideia única sobre qualquer que seja o objeto de estudo, por isso o princípio de
construção coletiva dos saberes, filosofia da web 2.0 e do conjunto das tecnologias
de Informação e comunicação TICs, descentraliza o conhecimento de uma figura
representativa, e coloca na interação do todos sobre o objeto, criando um conceito
motivado pelas ideologias de todos os que se debruçam sobre o objeto, resultando
em um conhecimento democrático, para que todos possam se sentir parte da
historia que se produz e dos saberes que são gerados, para isso é preciso que a
escola se reformule e que os professores se modernizem, a exemplo dos recursos
que estão na sociedade, ao alcance dele próprio e dos alunos com os quais
interage.
Neste ponto, vale ressaltar que substituir a figura do professor por
qualquer que seja o mecanismo tecnológico, não é a pretensão de nenhum dos
defensores do uso das TICs com fins educacionais, e reafirmamos que tais recursos
não se constituem em um „fim‟ para a prática pedagógica, mas apenas em mais um
meio de promoção do ensino.
Contudo, as competências para a prática do ensino, neste novo cenário
dominado pela tecnologia devem ser moldadas pelo conhecimento de suas
potencialidades e a formação desse professor deve atender a necessidade de
processamento das muitas informações que chegam as salas de aula na mente e
nos dispositivos eletrônicos conduzidos pelos alunos que compõem os recursos
midiáticos sobres os quais falaremos a seguir.
4.1.1 Aprendendo com os recursos midiáticos
O caminho que se percorre na busca do conhecimento, vem sendo
“pavimentado” pelo crescente avanço tecnológico. Isso tem possibilitado ao aprendiz
o contato com um número de informações jamais imaginadas em outras gerações,
porem o acesso a essas informações se da por meio dos recursos midiáticos que
24
estão disponíveis à educação, e são, por sua vez, o “veiculo” capaz conduzir o aluno
ao conhecimento.
Figura 4 – Alunos da escola Ossian Araripe em aula de informática básica no laboratório de
informática da instituição.
Aqui se faz necessária uma breve definição sobre o que venha a ser um
recurso midiático. Para tal esforço nos apropriaremos do conceito divulgado no
Dicionário Aurélio (FERREIRA, 2004, p. 495) onde se afirma que um recurso
midiático é todo aquele “Inerente à mídia. Característica daquilo que está
relacionado à mídia, publicitado, executado ou divulgado através da mídia”. E é no
contexto da palavra mídia que surgem as Tecnologias de Informação e
Comunicação - TICs que se associam a informação e a comunicação, necessárias
para o “processamento de dados, em particular, através do uso de computadores
eletrônicos e softwares, para converter, armazenar, proteger, processar, transmitir e
recuperar informações, de forma ampla e contínua” (IACIT, 2015). É neste contexto
que a escola pode melhorar a relação ensino aprendizagem através do uso dos
Fonte: Do autor.
25
recursos midiáticos por meio da interação dos aprendizes, que neste novo contexto
são todos os agentes que se envolvam com o objeto, professores e alunos de posse
da informação veiculada pelos meios eletrônicos.
No contexto educacional, os recursos midiáticos servem de apoio
pedagógico para auxiliar ao trabalho dos professores apropriados de boas didáticas
para o seu manuseio, posto que a grande diferença encontra-se na abordagem
pedagógica que se deve fazer sobre os recursos que se encontram a sua
disposição. O diferencial é que eles fazem parte do mundo real globalizado, para
além da escola, e por isso capazes de influenciar o curso da história e o modo como
ela é contada, provocando reflexos no modo como se ensina e como se aprende, o
que para Piaget (1974, p. 181) “é, pois recomeçar a análise do desenvolvimento
cognitivo, mas situando-se do ponto de vista do objeto e já não do sujeito; é um
domínio imenso que pode reservar muitas surpresas”. Isto corresponde a uma
mudança no foco educacional e este deve ser o propósito de todo software
educativo sobre os quais falaremos a seguir.
4.2 - Softwares educativos e aplicação em determinadas disciplina do ensino
fundamental
A relação entre as TICs e a prática da informática educativa ganha
destaque quando nos referimos ao uso dos softwares educativos, que são
programas de computadores produzidos com objetivos pedagógicos. Estes
softwares são produzidos em escala considerável nos dias atuais com foco nas mais
variadas áreas de conhecimento, desta forma dificilmente o professor tenha
dificuldade de inserir os softwares educativos em suas aulas em qualquer que seja o
contexto.
O software educativo possibilita um maior dinamismo à aula porque
provoca a participação dos alunos por uma via da interatividade peculiar aos
softwares, ainda que de modo virtual do aprendiz com o objeto de estudo. Muitas
26
disciplinas possuem softwares produzidos especificamente para a prática do ensino
e se encontram a disposição do professor e das escolas na sua maioria
gratuitamente, rodando on-line em sites educativos, instaladas em plataformas
virtuais, através de mídias eletrônicas, como CD-ROM e pen-drive.
Dentre o conjunto dos recursos midiáticos aplicados a prática
pedagógica, ganha especial destaque o site Portal do Professor, um dos mais
completos repositórios de material aplicável de maneira multidisciplinar em variados
níveis do ensino.
Figura 5 – Página inicial do Portal do Professor, em destaque - Espaço da Aula.
O Portal, além de servir como espaço de compartilhamento de
experiências entre educadores por meio do seu banco de sugestões de aulas, é
também uma grande plataforma a serviço da formação dos educadores. O uso
adequado do Portal do Professor pode melhorar a prática docente, por conter
informações contextualizadas e já experimentadas em diferentes contextos regionais
Fonte: Print screen da aplicação no sistema operacional Windows 7
27
com suas variações culturais, possibilitando ao professor fazer sua experiência e
contribuir com os demais postando sua avaliação e os resultados obtidos.
Todo recurso utilizado em sala de aula, deve passar, necessariamente,
por uma análise previa, para o software, essa análise se torna ainda mais
importante, dentre os vários aspectos que devem ser analisados, alguns são mais
relevantes, como a usabilidade do recurso e sua aplicabilidade dentro do projeto
político pedagógico da escola e do planejamento do professor, pois o software deve
ser aplicado dentro de um contexto específico.
Atualmente muito se comenta sobre os benefícios do uso das tecnologias
em sala de aula, em especial, do software educativo. Entretanto, apenas o uso
desse recurso não implica em nenhuma mudança importante na aprendizagem dos
alunos, se não for bem aplicado no contexto do plano de aula com vista a alcançar
um objetivo específico. Analisar criteriosamente as características do software
educativo é uma característica marcante da pratica correta da informática educativa,
isso deve esta contemplado no Projeto Politico Pedagógico da escola e no Plano de
Curso dos professores.
O ato de se debruçar sobre a aplicabilidade dos softwares na tentativa de
promover aprendizagem a partir do seu uso pedagógico partindo do seu
conhecimento prévio foi abordado por Vieira (1999, p.3) no seguinte aspecto.
Um ponto a ser considerado na avaliação de um software para uso educacional está no fato de verificar se ele busca ser autônomo, descartando, desconsiderando a figura do professor como „agente de aprendizagem‟ ou se ele permite a interação do aluno com esse agente, com outro aluno ou mesmo com um grupo de alunos.
O software educativo jamais substituirá a figura do professor nem tão
pouco desempenhará a sua função, ele deve ser um instrumento usado para facilitar
o processo de ensino aprendizagem, e deve ter influência positiva na aprendizagem
dos alunos. Por isso, o professor deve estar atento ao uso adequado do software,
inserindo em seu planejamento apenas os que realmente possuam potencialidades
28
pedagógicas. Para saber quais softwares são adequados ao uso pedagógico, o
mesmo precisa avaliar o software do ponto de vista didático, ou solicitar ajuda de um
professor habilitado em informática educativa para auxiliar nesta análise.
Considerando a importância dos softwares educativos como meio
facilitador da relação ensino aprendizagem vale destacar a função dos Ambientes
Virtuais de Aprendizagem neste processo e é sobre eles que trataremos no próximo
capítulo.
29
5. AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM - AVA
Os ambientes virtuais de aprendizagem surgiram com a proposta de
subsidiar o ensino convencional a partir do uso das TICs em cursos presenciais ou
semipresenciais. Nesta modalidade, as aulas ocorrem por meio de plataformas
eletrônicas, que são sites projetados para simular o ambiente escolar, onde se
percebem espaços virtuais que identificam salas de aula e outros ambientes comuns
de ensino.
Para este esforço de conceituar os Ambientes Virtuais de Aprendizagem –
AVA6, faremos uso das palavras encontradas no Portal MEC (BRASIL, 2011) que
definem os ambientes virtuais como sendo “sistemas de software sobre metodologia
pedagógica desenvolvidos para auxiliar o professor na promoção de
ensino/aprendizagem virtual ou semipresencial.”
Com base na definição proposta, podemos dizer que a função dos
ambientes virtuais de aprendizagem é a promoção da prática ensino aprendizagem,
e isso ocorre por meio de um aparato tecnológico formado principalmente por um
conjunto de programas de computadores inter-relacionados operando em rede e
gerenciados por todos os participantes do processo, porém em níveis diferenciados.
Nos últimos anos temos acompanhado no Brasil a maturação da
modalidade de ensino a distância, embora isso não seja algo tão novo para a
educação brasileira se considerarmos o exemplo mais clássico de ensino a distância
no Brasil que foi Instituto Universal Brasileiro, “criado em 1941” (PIVA JR. et al.
2011, p. 11) tornou-se a maior instituição de ensino a distância durante as décadas
de 1960 a 1980 (e com menos importância na premeria metade da década de 1990)
6 AVA, ou Ambiente Virtual de Aprendizagem, é o “local virtual” onde, em geral, os cursos na
modalidade a distância ou semipresencial acontecem. São ambientes que utilizam plataformas
especialmente planejadas para abrigar cursos. [...] A organização do ambiente virtual permite ao
aluno um acompanhamento organizado e sistematizado daquilo que é estudado a cada semana. A
recuperação da informação e dos conteúdos estudados também é um dos benefícios proporcionados
por cursos a distância que utilizam AVAs.
Universidade de São Paulo. Disponível em: < http://licenciaturaciencias.usp.br/apresentacao-do-ava/>
acesso em: 08 de março de 2015.
30
Essa maturação vem sendo promovida pela aplicação de recursos
informacionais mais dinâmicos que estão corroborando para aumentar a qualidade
dos resultados, ao contrário do que ocorria com os alunos e professores do já citado
Instituto, onde a interação entre ambos ocorria de um modo completamente
assíncrono, pois todo material era impresso e despachado pelos correios, havendo o
tempo da ida do material até o aluno, o tempo para a interação do aluno com o
objeto, o tempo para o retorno dos trabalhos ao professor, o tempo da avaliação do
professor e o tempo da divulgação dos resultados do professor para o aluno.
O que se percebe no exemplo acima é que a duração dos cursos se
alongava pela falta de um meio de interação mais eficiente, capaz de colocar ambos
os envolvidos ao mesmo tempo, agindo sobre o mesmo objeto e, transformando-o
de forma conjunta por meio da „presença virtual‟.
É neste interim que se inicia a popularização da internet e com ela o
surgimento das plataformas de ensino a distância, agregando recursos e estratégias
à modalidade, nunca antes visto no ensino, embora à distância, a execução das
aulas, tarefas e provas passaram a ser realizadas de forma síncrona e interativa,
elevando o ensino a distância ao mesmo patamar de importância do ensino regular e
presencial.
Os ambientes virtuais de aprendizagem têm contribuído muito com o
processo de formação dos professores, conforme veremos a seguir.
5.1- Os ambientes virtuais de aprendizagem e a formação do professor
Um dos grandes desafios na busca da excelência do magistério passa
sem dúvidas pela boa formação dos docentes e sua contínua qualificação para o
exercício da função, por entender que o conhecimento é muito dinâmico e se
reformula a cada instante, as verdades são reafirmadas constantemente ou
substituídas por outras novas, não se concebe que um professor permaneça no
exercício do seu trabalho por anos sem se submeter a um processo de renovação
dos seus saberes. Para Freire (2004, p. 71).
Um professor que não leva a sério sua prática docente, que não estuda e ensina mal o que mal sabe, que não luta pra dispor das condições materiais indispensáveis à sua prática docente, se proíbe de participar para a formação da imprescindível disciplina intelectual dos estudantes. Se anula, pois, como professor.
31
É precisamente neste aspecto que os ambientes virtuais de
aprendizagem são muito importantes para a formação dos professores, e o sentido
que apresentamos encontra-se na capacidade que os ambientes virtuais têm de
ofertar aperfeiçoamento, em cursos complementares de formação para o exercício
da função de ensinar.
Graças à popularização dos cursos superiores pelas universidades
brasileiras nos ambientes virtuais de aprendizagem, tem se observado claramente o
aumento do acesso das pessoas ao ensino superior para os cursos de graduação, e
o reflexo mais verdadeiramente positivo encontra-se nas pequenas cidades
interioranas, distantes dos grandes centros urbanos onde não é possível contar com
boas universidades. Neste sentido há uma democratização do ensino superior, ao
passo que houve uma expansão da área de abrangência das universidades,
tornando-as capazes de chegar a muitos lugares, ainda que de modo virtual.
Em 2005, foi criado o Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB pelo
Ministério da Educação com a finalidade principal de capacitar os professores para a
educação básica. “O programa busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos [...] por
meio da educação a distância. A prioridade é oferecer formação inicial a professores
em efetivo exercício na educação básica pública” (BRASIL, 2009), de acordo com a
última atualização disponibilizada em 2009 pelo MEC, em sua página na internet,7
sobre a atuação e expansão da UAB, há o registro de 5.636 polos de apoio ligados a
145 instituições credenciadas para a modalidade de educação a distância.
Com relação à estrutura desses polos, para garantir o seu funcionamento,
além de assegurar completa acessibilidade, a Fundação (CAPES, 2013) define que
um polo deve dispor de infraestrutura adequada, recursos humanos qualificados,
disponibilizar aos estudantes o acesso às tecnologias de informação e comunicação,
indispensáveis à mediação didático-pedagógica dos cursos a distância, e oferecer
biblioteca física e virtual que possibilite a pesquisa aos estudantes.
No entanto, esse modelo de formação a distância, esta longe de ser uma
unanimidade entre os críticos do sistema de ensino brasileiro, embora haja uma
ampla propagação dos cursos, em sua maioria financiados pelo Estado, e por ele
7 http://www.mec.gov.br/
32
legalizados, há aqueles que acreditam que a Educação a Distância - EaD não passa
de uma estratégia do governo para acobertar o imenso vazio que o ensino superior
deixa em todo território nacional, para Feldimann (2009, p.139).
O Estado assume o papel de fomentador da implementação dessa modalidade de educação, por percebê-la como estratégia para a concretização da reforma educacional brasileira, de modo a contribuir com a otimização de custos por meio da redução de recursos humanos. Revela-se, então, um movimento neopragmático na formação de educadores.
Esse tipo de afirmação coloca em dúvida a qualidade desses cursos a
distância, para muitos críticos, tais cursos são incapazes de atingir o mesmo nível de
excelência dos cursos intensivos e presenciais e que as experiências de
aprendizagem vivenciadas em uma plataforma de ensino jamais se constituirá tão
eficiente quanto aquelas que ocorrem nos campus universitários.
Dentre as plataformas de ensino conhecidas em todo mundo, ganha
especial destaque a plataforma Moodle, que segundo Sabbatini (2007, p.1) “é uma
plataforma de aprendizagem a distância baseada em software livre. É um acrônimo
de Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (ambiente modular de
aprendizagem dinâmica orientada a objetos)” essa plataforma se molda a qualquer
tipo de curso, e o acesso é geralmente sem custos financeiros significativos para a
sua utilização, atendendo perfeitamente do iniciante em EaD as grandes e já
aclamadas instituições de ensino que praticam a modalidade de ensino a distância.
Figura 6 – Diagrama representativo da estrutura e funcionamento de um curso
implantado em ambiente moodle.
Disponível em: http://www.aescolanoseculoxxi.com.br/?tag=ead/ Acesso em 23 de fevereiro de 2015
33
Uma das características mais marcantes do Moodle é o seu formato
clássico e interface intuitiva facilitando o manuseio por todos os alunos, ainda que
não tenham elevado conhecimento na área de informática. Por ser de livre acesso, e
permitir o gerenciamento de páginas com conteúdo para o propósito educativo. há
uma sensível vantagem em seu uso em relação às demais plataformas, seja na
praticidade, no custo, na acessibilidade, na amplitude e visibilidade que o curso ali
criado possa ter em relação as demais plataformas.
Essa abordagem sobre o Moodle se faz necessária por considerar a sua
larga contribuição para com as instituições de ensino superior em suas políticas de
EaD, constituindo-se a ferramenta das TICs mais usada para propagação dos
cursos superiores e para a descentralização das faculdades de graduação tornando-
as mas acessíveis a um número maior de pessoas.
Com isso a qualidade do ensino tende a melhorar, ao passo que mais
pessoas estão tendo acesso a cursos de aperfeiçoamento, por meio da educação a
distância.
34
6. METODOLOGIA
O texto a seguir trata da aplicação e da análise da metodologia utilizada
para verificação dos aspectos levantados nos capítulos anteriores deste estudo,
tendo com referência, o problema de pesquisa e os objetivos propostos para a sua
fundamentação. Para a coleta dos dados para estudo, foi utilizado a entrevista com
estrutura padronizado com perguntas abertas e fechadas que foi respondido pelos
professores da escola pública de Ensino Fundamental de nível II, Ossian Araripe
localizada em um distrito do município de Mauriti, estado do Ceará.
A pesquisa foi bibliográfica, contida em nosso referencial teórico e
também qualitativa, pela abordagem dos questionamentos feitos aos professores,
com característica de estudo de campo e exploratório. A finalidade é compreender o
nível de conhecimento dos professores em relação aos recursos tecnológicos
existentes, e quais fazem parte da sua rotina de trabalho, o modo como se procede
a aplicação destes recursos na prática pedagógica, e o acesso dos alunos aos
recursos tecnológicos.
A escola pesquisada atende apenas ao nível II (de 6º ao 9º ano
fundamental), a média de idade dos alunos fica entre 11 e 14 anos, e esta localizada
no distrito de Palestina do Cariri (onze mil habitantes) a uma distância de 12
quilômetros da sede do município de Mauriti, Ceará.
Figura 7 – Vista parcial da fachada da escola Ossian Araripe.
Fonte: Foto do autor
35
Atende a um total de 390 alunos nos turnos manhã e tarde e conta com
um quadro de 17 professores, dos quais, dois são mestres, e todos os demais são
graduados ou pós-graduados.
A escola tem vários “recursos tecnológicos”8, como os que estão
representados na imagem abaixo, a disposição dos professores e dos alunos.
Figura 8 – Alunos utilizando as mídias para apresentar trabalhos escolares.
Fonte: Acervo da Escola Ossian Araripe
Dentre eles podemos destacar: um laboratório de informática com 10
computadores do programa PROINFO do MEC conectados a internet, e
equipamentos como data show, notebook, caixas de som, sendo 3 amplificadas e 2
acústicas, internet (wi fi que alcança todas as salas de aula), um computador
conectado a internet na sala dos professores destinado ao seu planejamento, TV e
DVD, 3 impressoras para uso pedagógico, 3 máquinas de xerox, 2 filmadoras, 10
câmeras fotográficas.
A escola mantem uma rádio escola (Rádio Sintonia Jovem), mostrada na
imagem abaixo, montada com mesa de som, computador ligado a internet e
microfone, inclusive fazendo transmissões on-line.
8 As informações a respeito da existência dos recursos aqui mencionados constam no Projeto Político
Pedagógico (PPP) da escola em seu capítulo 1 que trata da estrutura e dos recursos da escola.
36
Figura 9 – Alunos9 locutores no Studio da Rádio Sintonia Jovem.
Fonte: Acervo da Escola Ossian Araripe
As transmissões são feitas a partir da página da rádio no blog da escola
na internet que pode ser encontrada neste link: http://ossianararipe.blogspot.com/ e
representada na imagem abaixo, usando streaming em softwares gratuitos, a
interação com os ouvintes, que geralmente são os alunos, se da por meio das redes
sociais.
Figura 11: Print screem da Página da Escola Ossian Araripe na internet.
Fonte: Print screen da aplicação no sistema operacional Windows 7
9 Publicação autorizada pelo detentor da imagem
37
7. RESULTADOS
Os questionários foram entregues aos professores por meio da
coordenação pedagógica da escola no dia 23 de fevereiro de 2015, e foi sugerido o
intervalo de um dia para a sua devolução. Nove professores foram entrevistados
correspondendo a mais da metade do corpo de docentes da instituição. Estes nove
professores foram denominados com letras maiúsculas do alfabeto.
As perguntas dirigidas aos entrevistados abrangeu toda problemática
constante no referencial teórica que se estende ao relacionamento dos adolescentes
com as tecnologias. A análise a respeito da interação dos alunos com os objetos
tecnológicos e a dinâmica do seu aprendizado, será revelada pela ótica do
professor.
Na primeira pergunta do questionário, o professor foi levado a refletir
sobre a importância dada por ele da informática educativa na prática didática das
séries finais do ensino fundamental. A intenção foi descobrir se existe na escola
professores que desconsideram a relevância do meio informacional como recurso
capaz de melhorar a sua aula, e que acreditam na sua eficiência como instrumento
de ensino. O objetivo é verificar se existe reconhecimento da informática educativa
por parte dos docentes. As respostas oferecidas pelos professores indicam que eles
confiam que com o uso dos recursos tecnológicos, o seu trabalho será facilitado e os
alunos aprendem.
O professor A, além de afirmar que a informática tem o poder de
promover o ensino e facilitar o seu trabalho, a exemplo dos demais, ainda se prestou
a explicar o motivo pelo qual reconhece a importância do uso das tecnologias da
informação e comunicação para promoção da prática ensino aprendizagem,
conforme podemos observar em seu relato, que transcrevemos a seguir de modo
literal.
As ferramentas tecnológicas despertam a atenção do aluno e gera o interesse em aprender mais e fazer novas descobertas dentro do ensino aprendizagem. (Professor A)
Na pergunta dois do questionário, foi solicitado para que definissem com
breves palavras, o significado de informática educativa. Diante das suas vivências
como educadores e das suas experiências com o universo das tecnologias bem
38
como a aplicação que fazem das tecnologias no âmbito educacional, conforme se
pode comprovar no apêndice A.
Todos os professores envolvidos na pesquisa escreveram o seu
entendimento a respeito da informática educativa, e o que se percebe pela análise
das respostas obtidas é que, mesmo diante da amplitude do conceito apresentado,
todos abstraem o seu significado, muito embora, algumas respostas pareçam
desarticuladas e denotem falta de conhecimento sobre o assunto, pode-se dizer que
todos conseguiram definir o tema, considerando que nem todos têm o hábito de usar
em suas práticas. Vejamos a definição dada pelo professor B
Com acesso a tecnologia o ensino se torna mais avançado. (Professor B)
A terceira pergunta foi sobre o acesso e o uso da informática e das TICs
no planejamento e na execução das aulas. O gráfico abaixo, mostra que ainda é
grande a falta de acesso, e que os professores não usam a os recursos
informacionais incluindo a internet. O percentual de 22% corresponde a
aproximadamente um quarto dos professos da escola.
Gráfico 1 – frequência do uso das tics entre os professores.
Outro dado de 22% que usa os recursos informacionais, porém são
utilizados para concluir algum conteúdo do seu plano de curso, considerando neste
aspecto, também, o uso da internet.
Fonte: Elaborado pelo autor.
0% 22%
22%
0% 22%
34%
COM QUE FREQUENCIA OS PREFESSORES USAM AS TICS NAS AULAS
Nunca, pois considero desnecessáro
Raramente
Sempre no fechamento de um conteúdo
Sempre que preciso faltar a escola
Todo dia, fundamento minhas aulas por pesquisas na internet
Tenho outra resposta.
39
Os 34% dos entrevistados apresentaram outras razões para justificar o
motivo do seu interesse pelos recursos tecnológicos enquanto ferramenta
pedagógica, ou para justificar o motivo do desinteresse e da falta de uso de tais
recursos na sua prática. Dentre estes, consideramos significativo texto escrito pelo
professor B.
Uso sempre que necessário, mas ainda acho muito dispendioso o uso do material de mídia na escola, ou seja, insuficiente. (Professor B)
Ao ler o texto escrito pelo professor acima, devemos considerar o que foi
dito, fundamentado pelo Projeto Político Pedagógico - PPP da escola, no início deste
capítulo com relação ao acesso as tecnologias disponibilizadas pela escola, tanto
para os alunos como para a prática do planejamento dos professores na escola.
A pergunta quatro procurou retirar do professor uma análise sobre a
interação e o acesso dos seus alunos quanto aos recursos tecnológicos.
Especificando aquelas tecnologias que são mais comuns e despertam interesse ao
universo dos adolescentes. Os percentuais no gráfico abaixo correspondem ao
número de professores que ofereceram sua compressão sobre a disposição e o
acesso às tecnologias entre os alunos, e se baseia na observação de cada um sobre
o dia a dia das crianças e de sua interação como os mesmos.
Gráfico 2 – Opinião dos professores quanto a disposição e o acesso dos
recursos tecnológicos entre seus alunos.
Fonte: Elaborado pelo autor.
34%
11%
11%
33%
11%
Tecnologias como TV, Tablet, Internet. Fazem parte da rotina e estão acessíveis aos seus alunos?
Sim, diariamente
Sim, para mais da metade deles esomente em casa.Sim,para mais da metade deles e somentena escolaA minoria tem acesso a esses recursos,seja em casa ou na escolaNão sei informar
40
É curioso perceber, pela interpretação do gráfico, como os professores
possuem pontos de observação diferentes sobre o uso de aparelhos tecnológicos
por parte dos alunos, porém é preciso destacar, que o percentual dos professores
que acreditam que a maioria dos alunos convive diariamente com esses recursos é
bastante significativo. Os 34% que afirma que a maioria tem acesso a tecnologias
digitais diariamente, sem considerar o meio onde isso ocorre, com os outros 11%
que acreditam que a maioria tem acesso, porem, ainda que isso só ocorra em suas
casas, somados aos 11% que entende que a maioria dos alunos tem contato com
tais tecnologias, mas somente na escola, teremos um percentual significativa de
56% dos professores que atestam que a maioria dos alunos da escola esta em
contato com os recursos tecnológicos. Mas não dá para desprezar a constatação de
que 33% dos professores ainda acham que se trata da minoria dos alunos a
conviver com os elementos tecnológicos. Outros 11% dos professores não se
sentiram informados suficientemente para emitir uma opinião sobre este assunto.
A quinta pergunta foi elaborado com o intuito de provocar no professor
uma maior atenção ao modo como os alunos se relacionam com o mundo
tecnológico, considerando suas habilidades no uso dos equipamentos tecnológicos
como celulares e smartphones, computadores e projetores de multimídia, entretanto
o principal objetivo era levar o professor a fazer uma comparação entre o seu
interesse e habilidade com o interesse e a habilidade dos alunos quanto aos
recursos tecnológicos. Neste ponto, oferecemos ao professor seis opções diferentes
de respostas ao item:
Tabela 1 - Visão dos professores sobre sua própria habilidade e interesse com tecnologias, comparados ao interesse a habilidade dos sues alunos.
Fonte: 1 Elaborado Pelo Autor
Distribuição das respostas por item, entre os professores da amostra. 0 Temos o mesmo nível de interesse porém minha habilidade e maior.
5 Temos o mesmo nível de interesse porém a habilidade deles e maior.
1 Temos a mesma habilidade porem o meu interesse é maior.
0 Temos a mesma habilidade porem o interesse deles é maior.
2 O interesse e a habilidade deles são maiores do que os meus.
0 Não vejo nem habilidade nem interesse dos meus alunos por qualquer
destes recursos tecnológicos.
1 Prefiro escrever minha resposta
41
Nenhum dos professores consultados reconhece ser mais habilidoso no
manuseio dos recursos tecnológicos do que os seus alunos. Um deles afirma ter a
mesma habilidade, porém com maior interesse por tecnologias que os seus alunos.
Dois professores, tem menos habilidade e seu interesse pelas tecnologias e menor
que os dos seus alunos.
A sexta pergunta do questionário, foi desenvolvida para averiguar o nível
de conhecimento dos professores a respeito do uso da internet e do seu potencial
como instrumento promovedor da relação ensino aprendizagem, uso dos ambientes
virtuais e se já se beneficiaram deles pela realização de algum curso ou formação.
Esta análise se fez necessária nesta pesquisa para averiguar o
levantamento feito em nosso referencial teórico sobre a promoção do ensino
superior por meio da Educação a Distância - EaD e do uso das plataformas de
ensino no processo de formação dos professores da rede pública.
O gráfico abaixo mostra que a grande maioria dos professores já tiveram
algum tipo de experiência com os ambientes virtuais de aprendizagem.
Gráfico 3 – Uso das plataformas de ensino pelos professores da escola.
Fonte: Elaborado Pelo autor.
Dentre os que afirmam nunca ter se utilizado dos ambientes virtuais de
aprendizagem, destacamos o relato escrito pelo professor G que afirma:
Nuca fiz, por falta de interesse mesmo (Professor G)
Já fiz cursos em AVA e melhorei minha prática
78%
Nunca fiz cursos em AVA
22%
REALIZAÇÃO DE CURSOS EM AMBIETES VIRTUAIS PELOS PROFESSORES
42
Por outro lado, entre os professores que afirmam já terem se utilizado dos
ambientes virtuais em sua formação, destacamos o relato do professor E:
Já fiz e gostei da experiência. Avalio a prática como positiva (Professor E)
É expressivo o percentual de professores que já utilizaram os ambientes
virtuais em sue processo da primeira formação, ou em cursos de aperfeiçoamento
para o exercício da docência, e fica claro que estes ambientes estão ao alcance de
todos os professores da escola, a sua utilização, ou não, depende da postura do
professor como pudemos constatar nos dois relatos acima.
43
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa foi realizada a partir da constatação de que a informática
educativa e os demais recursos tecnológicos relacionados às TICs podem ser muito
importantes para a promoção da prática ensino aprendizagem. A nossa busca foi
conduzida no sentido de saber como a Informática educativa pode contribuir para a
melhoria do ensino fundamental, e essa, com foco direcionado as séries finais desta
modalidade de ensino, sobretudo no âmbito da escola pública.
A este respeito, o que se observa é que ainda existe muita resistência à
aplicação dos recursos informacionais na prática pedagógica por parte de muitos
professores, ainda que estes mesmos reconheçam o sua importância como
ferramenta de ensino, conforme pudemos observar em nossa pesquisa, o que
constitui um distanciamento entre o discurso e a prática, onde o principal obstáculo
para a não utilização de tais recursos de forma mais efetiva é a falta de domínio por
parte do professor sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs e a
deficiente distribuição e gestão dos recursos entre as instâncias do poder público,
conforme levantamento realizado em nossa pesquisa bibliográfica.
Por outro lado, ao analisar a posição do aluno ante aos recursos
tecnológicos constatamos que a sua relação com os modernos equipamentos ocorre
de modo muito natural segundo a observação dos próprios professores, e são estes
que também afirmam conhecerem menos que os adolescentes, quando se trata de
computadores, smartphone, tablete, internet, e outros recursos tecnológicos
relacionados às TICs. Este cenário revela que a escola apresenta uma ordem
invertida quanto ao ensino, posto que os alunos sabem mais e possuem mais
interesse pelo assunto, que os professores.
Após a análise do exposto a cima, concluímos que a realidade revelada
em nossa pesquisa é decorrente de um conjunto de falhas ao longo do processo de
inserção dos recursos informacionais na escola pública, que vão desde a irregular
distribuição dos recursos financeiros para a aquisição de equipamentos e
estruturação dos laboratórios de informática entre as unidades escolares e entre as
instâncias de poder público, passando pelo processo de preparação dos professores
e gestores para implementação da cultura informacional, peculiar a atual geração de
44
alunos, e a resistência por parte dos educadores em se submeter ao processo de
reformulação da prática pedagógica, sobre a qual tratamos ao analisar ambientes
virtuais de aprendizagem e a formação do professor.
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BASNIAK, Maria Ivete; SOARES, Maria Tereza Carneiro. Políticas educacionais brasileiras relacionadas às tecnologias na educação em teses e dissertações. Em: II JORNADA LATINOAMERICANA DE ESTUDOS EPISTEMOLÓGICOS EM POLITICA EDUCATIVA, 18, 19 e 20 de agosto., 2014, Curitiba. Anais... Curitiba: Paraná - Brasil, Universidade Federal do Paraná Brasil, 2014. p. 6-10. BRASIL. MEC. O Que é educação à distância? 2011. Disponível em: <http://portal .mec.gov.br/> acesso em 20 / janeiro de 2015. BRASIL, MEC. Universidade Aberta do Brasil. Disponível: http://portal.mec.gov.br /index.php?option=com_content& view=article&id=12265:universidade-aberta-do-brasiluab&catid=248:uabuniversidade -aberta-do-brasil&Itemid=510. Acesso em: 23/ fevereiro de 2015. BRASIL. MINISTÈRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Parâmetros Curriculares nacionais de qualidade para a educação infantil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica: Brasília (DF), 2006 v.l; il.
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APÊNDICE A – Questionário para conhecer o nível de interação dos professores e
dos alunos com os equipamentos tecnológicos existentes.
Prezado (a) Professor (a),
Estamos realizando uma pesquisa para o desenvolvimento do TCC - Trabalho de
Conclusão de Curso de graduação em Informática Educativa da UAB -
Universidade aberta do Brasil. UEUCE Universidade Estadual do Ceará. O tema do
trabalho é A INFORMÁTICA EDUCATIVA APLICADOA NO ENSINO
FUNDAMENTAL. Desenvolvido pelo graduando CÍCERO IRIVAN FRANÇA DOS
SANTOS.
Solicitamos a sua contribuição para o preenchimento deste questionário.
Agradecemos antecipadamente pela sua atenção.
1. Sobre a prática da informática educativa nas escolas, Qual o nível de importância
que, você (como professor do ensino fundamental II) atribui para o desempenho da
prática ensina aprendizagem?
( ) Atrapalha
( ) é irrelevante
( ) Contribui mas não muda a realidade do ensino
( ) Promove o ensino e facilita o trabalho do professor.
( ) Não sei opinar
( ) Prefiro escrever minha resposta.
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2. Você poderia definir com breves palavras o que significa (para você), Informática
Educativa?
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____________________________________________________( ) Não sei definir.
3. Baseado no que você afirma ser informática educativa informe (em sua prática
com professor do ensino fundamental de nível II) com qual periodicidade você utiliza
os recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs em suas aulas.
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( ) Nunca, acho desnecessário para a prática ensino aprendizagem
( ) Raramente
( ) Sempre no fechamento de um conteúdo
( ) Sempre que preciso faltar à escola.
( ) Todo dia, pois todas as minhas aulas são referenciada por pesquisas na internet.
( ) Prefere escrever sua resposta.
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4. Tecnologias como computador celular smartphone TV, tablet Internet. Fazem
parte da rotina e estão acessíveis aos seus alunos.
( ) Sim, diariamente
( ) Sim, para mais da metade deles somente em casa.
( ) Sim para mais da metade deles somente na escola
( ) A minoria tem acesso parte desses recursos, seja em casa ou na escola.
( ) Não sei informar
( ) Prefere escrever sua resposta?
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5. Como relação aos seus alunos, como você avalia o uso das tecnologias entre
eles? Você acha que a habilidade e o interesse e deles por recursos tecnológicos
como computador tablet, celular, smartphone, internet... é maior ou menor que os
seus.
( ) Temos o mesmo nível de interesse porem minha habilidade e maior.
( ) Temos o mesmo nível de interesse porem a habilidade deles e maior.
( ) Temos a mesma habilidade porem o meu interesse é maior.
( ) Temos a mesma habilidade porem o interesse deles é maior.
( ) O interesse e a habilidade deles são maiores do que os meus.
( ) Não vejo nem habilidade nem interesse dos meus alunos por qualquer destes
recursos tecnológicos.
( ) Prefiro escrever minha resposta
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6. Professor, sobre a formação continuada para o exercício da profissão que pode
ocorrer por diferentes meios e entre eles, a formação a distancia, ou semipresencial
por meio da internet, e das plataformas de ensino como a Plataforma Freire, o
Moodle, O portal do MEC. Entre outros.
Você fez ou faz algum curso de aperfeiçoamento utilizando como meio de estudo a
internet e os Ambientes Virtuais de Aprendizagem.
( ) Nunca fiz por desconhecimento.
( ) Nunca fiz por falta de oportunidades.
( ) Nunca fiz por não acreditar nos resultados.
( ) Já fiz, mas não gostei dos resultados.
( ) Já fiz e consegui melhor a minha prática pela eficiência dos resultados.
( ) Quero escrever a minha resposta
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